resistencia ao fogo
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Proteção das Estruturas de Betão Armado Contra o Fogo
João Vinagre
Dimensionamento de Estruturas – 2010/2011
Proteção das Estruturas de Betão Armado Contra o Fogo ‐ 2/32
Protecção das Estruturas deBetão Armado Contra o Fogo
Sumário:
• Fatores condicionantes da resistência ao fogo
• Aspetos gerais a atender na conceção
• Conceitos regulamentares (EC2‐P1.2)
• Métodos de cálculo
• Valores regulamentares (método indireto)
Proteção das Estruturas de Betão Armado Contra o Fogo ‐ 3/32
Factores condicionantes
Principais aspetos a ter em conta na conceção e dimensionamento de uma estrutura para uma conveniente proteçãoao fogo (1/2):
• forma das seções;
Conceitos Regulamentares
Lajes
Vigas
Pilares
Conclusões
Concepção Geral
Factores condicionantes
• posicionamento das armaduras nas seções;
• emendas e dobragens dos varões;
• posicionamento das juntas estruturais;
Métodos de Cálculo
Métodos Indiretos
Paredes
Proteção das Estruturas de Betão Armado Contra o Fogo ‐ 4/32
Factores condicionantes
• proteção das ancoragens de cabos de pré‐esforço.
Principais aspetos a ter em conta (2/2):
• percentagem de armadura colocada nos elementos;
Fundamentalmente, a boa conceção de estruturas de betão armado para resis‐tência ao fogo traduz‐se na colocação de mais betão e menos armaduras.
Conceitos Regulamentares
Lajes
Vigas
Pilares
Conclusões
Concepção Geral
Factores condicionantes
Métodos de Cálculo
Métodos Indiretos
Paredes
Proteção das Estruturas de Betão Armado Contra o Fogo ‐ 5/32
Concepção Geral
Aspectos gerais a atender na concepção de estruturas de BA:
• os elementos estruturais verticais sofrem menores danos se a sua maior dimensão coincidir com a menor dimensão da estrutura;
Conceitos Regulamentares
Lajes
Vigas
Pilares
Conclusões
Concepção Geral
Factores condicionantes
Métodos de Cálculo
Métodos Indiretos
Paredes
Proteção das Estruturas de Betão Armado Contra o Fogo ‐ 6/32
Concepção Geral
Os elementos de maior rigidez devem situar‐se no interior da planta ou na parte central entre duas juntas estruturais, para possibilitar uma dilatação da estrutura, idêntica em todas as direcções.
Conceitos Regulamentares
Lajes
Vigas
Pilares
Conclusões
Concepção Geral
Factores condicionantes
Métodos de Cálculo
Métodos Indiretos
Paredes
Proteção das Estruturas de Betão Armado Contra o Fogo ‐ 7/32
Concepção Geral
É conveniente a adopção de elemen‐tos com menores percentagens de armadura (seções de maiores dimen‐sões)
Menor percentagem de armadura
Melhor comportamento estrutural
Conceitos Regulamentares
Lajes
Vigas
Pilares
Conclusões
Concepção Geral
Factores condicionantes
Métodos de Cálculo
Métodos Indiretos
Paredes
Proteção das Estruturas de Betão Armado Contra o Fogo ‐ 8/32
Concepção Geral
É conveniente a colocação de um maior número de varões e a não concentração das armaduras junto aos cantos das secções (devido ao maior acréscimo de temperatura que neles ocorre).
Conceitos Regulamentares
Lajes
Vigas
Pilares
Conclusões
Concepção Geral
Factores condicionantes
Métodos de Cálculo
Métodos Indiretos
Paredes
Proteção das Estruturas de Betão Armado Contra o Fogo ‐ 9/32
Conceitos regulamentares
O dimensionamento de estruturas com resistência ao fogo é abordado no
EC2, Parte 1.2: Resistência ao fogo de estruturas de betão, nele sendo apenas referidos os métodos passivos de resistência ao fogo (a consideração do fogo como ação é tratado no EC1.Parte 5).
Conceitos Regulamentares
Lajes
Vigas
Pilares
Conclusões
Concepção Geral
Factores condicionantes
Métodos de Cálculo
Métodos Indiretos
Paredes
Proteção das Estruturas de Betão Armado Contra o Fogo ‐ 10/32
Conceitos regulamentares
Tipos de especificação a adoptar para os elementos:
R ‐manutenção da resistência mecânica;
E ‐ manutenção da estanquidade ao fogo (não formação de fendas ou aberturas que permitam a propagação do fogo para outras regiões da estrutura);
I ‐ manutenção do isolamento (impedimento à propagação do fogo por aumento da temperatura na face oposta à do incêndio).
Conceitos Regulamentares
Lajes
Vigas
Pilares
Conclusões
Concepção Geral
Factores condicionantes
Métodos de Cálculo
Métodos Indiretos
Paredes
Proteção das Estruturas de Betão Armado Contra o Fogo ‐ 11/32
Conceitos regulamentares
O critério R é considerado satisfeito se a função resistente do elemento é mantida durante o requerido tempo de exposição ao fogo.
O critério E é considerado satisfeito se a função de estanquidade do elemento é mantida durante o requerido tempo de exposição ao fogo.
Conceitos Regulamentares
Lajes
Vigas
Pilares
Conclusões
Concepção Geral
Factores condicionantes
Métodos de Cálculo
Métodos Indiretos
Paredes
Proteção das Estruturas de Betão Armado Contra o Fogo ‐ 12/32
Conceitos regulamentares
O critério I é considerado satisfeito se o acréscimo de temperatura média em toda a superfície não exposta é limitado a 140 K e o aumento máximo em qualquer ponto não excede 180 K.
Conceitos Regulamentares
Lajes
Vigas
Pilares
Conclusões
Concepção Geral
Factores condicionantes
Métodos de Cálculo
Métodos Indiretos
Paredes
O valor numérico corresponde ao número de minutos a garantir resistência numa exposição a um fogo padrão (E30, R60, …)
Proteção das Estruturas de Betão Armado Contra o Fogo ‐ 13/32
Conceitos regulamentares
Os elementos estruturais devem obedecer aos seguintes critérios:
• elementos com funções resistentes (pilares, vigas): R
• elementos de separação sem função resistente (paredes): EI
• elementos de separação com função resistente (paredes, lajes): REI
Conceitos Regulamentares
Lajes
Vigas
Pilares
Conclusões
Concepção Geral
Factores condicionantes
Métodos de Cálculo
Métodos Indiretos
Paredes
Proteção das Estruturas de Betão Armado Contra o Fogo ‐ 14/32
Métodos de Cálculo
Métodos Diretos
Avaliação da capacidade resistente dos elementos tendo em conta os efeitos da temperatura. Garantia da condição:
Sd (t) ≤ Rd (t)
em que t é a duração da exposição do elemento ao fogo.
Conceitos Regulamentares
Lajes
Vigas
Pilares
Conclusões
Concepção Geral
Factores condicionantes
Métodos de Cálculo
Métodos Indiretos
Paredes
Proteção das Estruturas de Betão Armado Contra o Fogo ‐ 15/32
Métodos de Cálculo
Métodos Diretos
O modelo de cálculo deve ter em conta o modo relevante de rotura da estrutura sujeita ao fogo, as alterações às propriedades dos materiais provocadas pela temperatura e o efeito do aumento das extensões e deforma‐ções (ações indirectas).
Nota: as alterações às relações constitutivas encontram‐se definidas e estabelecidas no EC2‐1.2
Conceitos Regulamentares
Lajes
Vigas
Pilares
Conclusões
Concepção Geral
Factores condicionantes
Métodos de Cálculo
Métodos Indiretos
Paredes
Proteção das Estruturas de Betão Armado Contra o Fogo ‐ 16/32
Métodos de Cálculo
Métodos Indiretos
A garantia de segurança é obtida através da limitação, a determinados valores, de parâmetros geométricos dos elementos (larguras, espessuras, recobrimentos, etc.), em função do tempo em que se pretende garantir a segurança.
Conceitos Regulamentares
Lajes
Vigas
Pilares
Conclusões
Concepção Geral
Factores condicionantes
Métodos de Cálculo
Métodos Indiretos
Paredes
Proteção das Estruturas de Betão Armado Contra o Fogo ‐ 17/32
Métodos de Cálculo
Métodos Indiretos
Os valores propostos pelo EC2.P1.2 referem‐‐se a exposições a um fogo padrão, tendo sido obtidos de forma empírica e confirmados pela experiência e por testes teóricos (valores conservativos).
Nota: Os valores tabelados referem‐se a betões de peso normal, compostos com inertes siliciosos. A adoção de inertes calcários, em vigas e lajes, permite a redução de 10% nos valores.
Conceitos Regulamentares
Lajes
Vigas
Pilares
Conclusões
Concepção Geral
Factores condicionantes
Métodos de Cálculo
Métodos Indiretos
Paredes
Proteção das Estruturas de Betão Armado Contra o Fogo ‐ 18/32
Métodos Indiretos
Os valores apresentados nas tabelas referem‐se essencialmente às dimensões das seções (menor dimensão de pilares e vigas, espessura dos elementos planos) e à distância do centro de gravidade das armaduras à face dos elementos.
Conceitos Regulamentares
Lajes
Vigas
Pilares
Conclusões
Concepção Geral
Factores condicionantes
Métodos de Cálculo
Métodos Indiretos
Paredes
Proteção das Estruturas de Betão Armado Contra o Fogo ‐ 19/32
Métodos Indiretos
Em seções compostas por diferentes camadas de armadura, o valor a deve ser considerado igual a:
siAiasiA
maConceitos Regulamentares
Lajes
Vigas
Pilares
Conclusões
Concepção Geral
Factores condicionantes
Métodos de Cálculo
Métodos Indiretos
Paredes
No entanto, a distância mínima de qualquer armadura à face não pode ser inferior ao valor estabelecido para R30 nem inferior a am/2.
Proteção das Estruturas de Betão Armado Contra o Fogo ‐ 20/32
Pilares
Os valores tabelados referem‐se a uma redução da carga de dimensionamento na situação de fogo de 70%.** mínimo de 8 varões
Conceitos Regulamentares
Lajes
Vigas
Pilares
Conclusões
Concepção Geral
Factores condicionantes
Métodos de Cálculo
Métodos Indiretos
Paredes
Resistência ao Fogo
Dimensão mínima do pilar / distância a [mm]
Exposição ao Fogo em mais do que um lado
Exposição num só lado (pilares inseridos em paredes)
R 30 200 / 32 155/ 25
R 60 250/ 46 155 / 25
R 90 350 / 53 155/ 25
R 120 350/ 57** 175 / 35
R 180 450/ 70** 230 / 55
R 240 ‐ 295 / 70
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Paredes Não Resistentes
Conceitos Regulamentares
Lajes
Vigas
Pilares
Conclusões
Concepção Geral
Factores condicionantes
Métodos de Cálculo
Métodos Indiretos
Paredes
Resistência ao fogoEspessura mínima
[mm]
EI 30 60
EI 60 80
EI 90 100
EI 120 120
EI 180 150
EI 240 175
Nas paredes não resistentes é necessário garantir a estanquidade (E) e o impedimento à propagação (I).
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Paredes Resistentes
Conceitos Regulamentares
Lajes
Vigas
Pilares
Conclusões
Concepção Geral
Factores condicionantes
Métodos de Cálculo
Métodos Indiretos
Paredes
Resistência
ao fogo
Dimensões mínimas da parede / distância a
[mm]
fi=0.70 Exposição num só lado Exposição em dois lados
REI 30 120 / 10 120 / 10
REI 60 130 / 10 140 / 10
REI 90 140 / 25 170 / 25
REI 120 160 / 35 220 / 35
REI 180 210 / 50 300 / 55
REI 240 270 / 60 350 / 60
Nas paredes resistentes torna‐se necessário garantir, além da estanquidade (E) e impedimento à propagação (I), a resistência (R).
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Vigas
Formas das secções consideradas
Em vigas de largura variável, o valor mínimo b refere‐‐se ao centro de gravidade da armadura. Em secções I, com banzo de largura variável, a sua espessura efectiva, def, não deve ser inferior a:
min21 5.0 bdddef
Conceitos Regulamentares
Lajes
Vigas
Pilares
Conclusões
Concepção Geral
Factores condicionantes
Métodos de Cálculo
Métodos Indiretos
Paredes
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Vigas Simplesmente Apoiadas
Conceitos Regulamentares
Lajes
Vigas
Pilares
Conclusões
Concepção Geral
Factores condicionantes
Métodos de Cálculo
Métodos Indiretos
Paredes
Resistência ao Fogo
Dimensões mínimas [mm]
Possíveis combinações de a e bmin
R 30 bmin
a
80
25
120
20
160
15
200
15R 60 bmin
a
120
40
160
35
200
30
300
25R 90 bmin
a
150
55
200
45
300
40
400
35R 120 bmin
a
200
65
240
60
300
55
500
50R 180 bmin
a
240
80
300
70
400
65
600
60R 240 bmin
a
280
90
350
80
500
75
700
70
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Vigas Contínuas
Conceitos Regulamentares
Lajes
Vigas
Pilares
Conclusões
Concepção Geral
Factores condicionantes
Métodos de Cálculo
Métodos Indiretos
Paredes
Resistência ao Fogo
Dimensões mínimas [mm]
Possíveis combinações de a e bmin
R 30 bmin
a
80
15
160
12R 60 bmin
a
120
25
200
12R 90 bmin
a
150
35
250
25R 120 bmin
a
200
45
300
35
450
35
500
30R 180 bmin
a
240
60
400
50
550
50
600
40R 240 bmin
a
280
75
500
60
650
60
700
50
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Lajes Vigadas
A espessura mínima especificada garante a verificação dos critérios E e I. A exigência do critério R é garantida com as espessuras mínimas expressas no EC2‐1.1
1 - laje de betão; 2 - revestimento (não combustível); 3 - isolamento sonoro (possivelmente combustível)
21 hhhs
Conceitos Regulamentares
Lajes
Vigas
Pilares
Conclusões
Concepção Geral
Factores condicionantes
Métodos de Cálculo
Métodos Indiretos
Paredes
Proteção das Estruturas de Betão Armado Contra o Fogo ‐ 27/32
Lajes Vigadas
Conceitos Regulamentares
Lajes
Vigas
Pilares
Conclusões
Concepção Geral
Factores condicionantes
Métodos de Cálculo
Métodos Indiretos
Paredes
Resistência ao fogo
Dimensões mínimas [mm]
Espessurahs [mm]
Distância a
1 direcção2 direcções
lx/ly1,5 1,5lx/ly2,0
REI 30 60 10 10 10
REI 60 80 20 10 15
REI 90 100 30 15 20
REI 120 120 40 20 25
REI 180 150 55 30 40
REI 240 175 65 40 50
lx e ly são os vãos da laje, sendo ly>lx
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Lajes Fungiformes
Conceitos Regulamentares
Lajes
Vigas
Pilares
Conclusões
Concepção Geral
Factores condicionantes
Métodos de Cálculo
Métodos Indiretos
Paredes
Resistência ao Fogo
Dimensões mínimas [mm]
Espessura, hs distância a
REI 30 150 10
REI 60 200 15
REI 90 200 25
REI 120 200 35
REI 180 200 45
REI 240 200 50
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Lajes Nervuradas
Conceitos Regulamentares
Lajes
Vigas
Pilares
Conclusões
Concepção Geral
Factores condicionantes
Métodos de Cálculo
Métodos Indiretos
Paredes
Resistência ao Fogo
Dimensões mínimas [mm]
Combinações de largura das nervuras e distância a
Espessura hse distância a
REI 30bmin = 80a = 15
hs=80a=10
REI 60bmin = 100a = 35
12025
≥20015*
hs=80a=10
REI 90bmin = 120a = 45
16040
≥25030
hs=100a=15
REI 120bmin = 160a = 60
19055
≥30040
hs=120a=20
REI 180bmin = 220a = 75
26070
≥41060
hs=150a=30
REI 240bmin = 280a = 90
35075
≥50070
hs=175a=40
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Conclusões
Na concepção de estruturas de betão armado para resistência ao fogo há que atender, fundamentalmente:
‐ à distribuição da rigidez dos elementos;
‐ à forma da secção dos elementos;
‐ ao posicionamento da armadura.
Conceitos Regulamentares
Lajes
Vigas
Pilares
Conclusões
Concepção Geral
Factores condicionantes
Métodos de Cálculo
Métodos Indiretos
Paredes
Proteção das Estruturas de Betão Armado Contra o Fogo ‐ 31/32
Conclusões
O EC2.Parte1.2 possibilita uma avaliação indirecta da resistência ao fogo (duração) em função dos objectivos de:
‐ resistência;
‐ estanquidade;
‐ isolamento;
através da especificação de dimensões mínimas a adoptar para os elementos e para o posicionamento da armadura.
Conceitos Regulamentares
Lajes
Vigas
Pilares
Conclusões
Concepção Geral
Factores condicionantes
Métodos de Cálculo
Métodos Indiretos
Paredes
Proteção das Estruturas de Betão Armado Contra o Fogo ‐ 32/32
Bibliografia
Eurocode 1 Part 1,5 ‐ prEN 1991‐1‐5‐2003 — Eurocode 1: Actionson structures ‐ Part 1‐5: General actions ‐ Thermal actions, 2003.
Eurocode 2 Part 1,2 ‐ prEN 1992‐1‐2‐2004 – Structural FireDesign, 2004