responsabilidade social

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CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL ODILON RIBEIRO COUTINHO Técnico Em Administração Jéssika Francisca Leitão Sabrina Matias dos Santos Lima Thayná Fabiane Remígio Fausto RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL: COMO GESTÃO DE MARKETING

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responsabilidade social empresarial

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TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO MONOGRAFIA

CENTRO DE EDUCAO PROFISSIONAL

ODILON RIBEIRO COUTINHO

Tcnico Em AdministraoJssika Francisca Leito

Sabrina Matias dos Santos LimaThayn Fabiane Remgio FaustoRESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL:

COMO GESTO DE MARKETING JOO PESSOA - PB2015

Jssika Francisca Leito

Sabrina Matias dos Santos Lima

Thayn Fabiane Remgio FaustoRESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL:

COMO GESTO DE MARKETINGTrabalho de Concluso de Curso apresentada como requisto parcial para obteno do Certificado de Tcnico em Administrao, no SENAI-JP, Centro De Educao Profissional Odilon Ribeiro Coutinho. Orientador: Prof Fabiano SantosJOO PESSOA - PB2015A ficha catalogrfica preparada pela Biblioteca e deve ser solicitada atravs do auto-atendimento, acessando o cone Biblioteca.

Catalogao na fonte elaborada pela Equipe Tcnica da

Biblioteca do SENAI

(Folha de aprovao)

Jssika Francisca Leito

Sabrina Matias dos Santos Lima

Thayn Fabiane Remgio FaustoRESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL:

COMO GESTO DE MARKETINGTrabalho de Concluso de Curso submetida ao corpo docente do Curso Tcnico em Administrao, do SENAI - CEPORC, aprovada em ___ de ____ de ____ (dia, ms e ano).

Banca examinadora (Arial, tam. 12)

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Nome completo, titulao do professor Orientador

(Arial, tam. 12)

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Nome completo, titulao do professor Examinador

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Nome completo, titulao do professor Examinador

(Arial, tam. 12)

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Nome completo, titulao do professor Examinador

(Arial, tam. 12)

DEDICATRIADedico todos aqueles que de alguma forma estiverem e esto prximos de ns, fazendo nossas vidas acontecerem e acreditar que o impossvel pode ser conquistado.Agradecimentos

Aos nossos familiares, pela compreenso de cada momento que tivemos de se ausentar, pelo apoio incondicional e pelo incentivo.

A todos aqueles que, de uma forma direta e/ou indiretamente, contriburam na realizao deste trabalho.

A Deus por nos ter dado sade e fora para superar as dificuldades.

A esta instituio de aprendizagem e todo corpo docente, direo e administrao.

Aos professores orientadores que depositaram sua credibilidade ao nosso trabalho, nos direcionando e incentivando.

.

Aprender a nica coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende.

(Leornado da Vinci)

RESUMO

O presente trabalho trar de abordar a importncia da Responsabilidade Social Empresarial, ou seja, quando as empresas tem o carter e decidem, voluntariamente,contribuirpara uma sociedade mais justae para umambiente mais limpo. Iniciativa a qual tende a influenciar com certa intensidade nas decises dos consumidores impactando diretamente em resultados e valores de empreendimentos. Palavras-chave: Primeira palavra. Segunda palavra. Terceira palavra. (Arial, tam. 12)

SUMRIO1. INTRODUCO.............................................................................................2. REFERENCIAL TERICO ......................................................................2.1 Responsabilidade Social Empresarial.............................2.1.1 As Quatros Dimenses Da Responsabilidade Social Empresarial....................................................................................2.1.2 O Modelo Dos Trs Domnios Da Responsabilidade Social ...................2.1.3 As Diretrizes Da Responsabilidade Social ..............................................2.1.4 Balano Social .......................................................................................2.2 O MARKETING SOCIAL E A RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL .............................................................................................2.2.1 Marketing Social ....................................................................................2.2.2 tica Empresarial ..................................................................................2.2.3 Gesto E Responsabilidade Social Empresarial ......................................2.2.4 A Relao Do Marketing Social Com A Responsabilidade Social ......2.3 OS PRINCIPOS FUNDAMENTAIS DA RESPONSABILIDADE SOCIAL...2.3.1 As Prticas Fundamentais Da Responsabilidade Social ......................2.3.2 Iniciativas De Empresas Sobre Responsabilidade Social .....................2.3.3 As Vantagens E Desvantagens Da Responsabilidade Social ...............2.3.4 Promoo Da Responsabilidade Social Empresarial Com A Comunidade ....................................................................................................3. METODOLOGIA ............................................................................................4. ANLISE E DISCUSSO ...............................................................................5. CONSIDERAES FINAIS ............................................................................ REFERNCIAS

OBJETIVO

Objetivo Geral

Objetivo Especifico

1. INTRODUO

As empresas que at ento eram voltadas para oferecer produtos, servios de qualidade e na obteno de lucros passam por mudanas no plano de estratgia em engajar e em adotar polticas de comportamento tico, seja no tratamento e qualidade de trabalho e de vida oferecidas aos funcionrios e familiares, seja na manipulao e fabricao de seus produtos ou servios, ou atravs da contribuio para o desenvolvimento econmico da comunidade em que est inserida e da sociedade como um todo.

As empresas so importantes agentes de promoo do desenvolvimento econmico de um pas, assim como de seu avano tecnolgico. Estas possuem grande capacidade criadora e de gerao de recursos, num contexto onde o bem estar comum depende cada vez mais de uma ao cooperativa e integrada de todos os setores da economia e que faz parte de um processo de desenvolvimento que tem por objetivo a preservao do meio ambiente e a promoo dos direitos humanos.

O tema Responsabilidade Social Empresarial (RSE) vem ganhando destaque no meio empresarial, que consiste em uma gesto sustentvel em termos econmicos, ecolgicos e sociais. O conceito de responsabilidade social est diretamente relacionado ao desenvolvimento sustentvel, pois a busca pela excelncia nas empresas passa a ter como objetivo a qualidade nas relaes e a sustentabilidade em suas trs dimenses: econmica, social e ambiental. As empresas passam a demonstrar um grau de maturidade quanto ao desenvolvimento social, pois deixam de lado a filantropia e o assistencialismo, passando a adotar prticas que realmente tragam alguma mudana para a sociedade. A adoo dessas prticas possibilita s organizaes agregar valor social sua imagem e atravs dela alcanar a credibilidade e admirao de toda a sociedade, conquistando um destaque frente concorrncia.Segundo o Instituto Ethos (2012), as empresas que incorporarem e aplicarem corretamente os princpios da responsabilidade social podero obter resultados como: a valorizao da imagem institucional e da marca, maior lealdade do consumidor, maior capacidade de recrutar e manter talentos, flexibilidade e capacidade de adaptao e longevidade. Dessa forma, a responsabilidade social torna-se uma nova estratgia para as empresas que buscam um retorno institucional a partir de suas prticas sociais. A responsabilidade das organizaes, em especial das empresariais, no um assunto pacificado, a no ser o reconhecimento da sua importncia. Esse um tema importante para diversas reas do conhecimento, como Direito, Economia, Sociologia, Cincia Poltica, tica e Administrao (BARBIERI,2012).

2. REFERENCIAL TERICO 2.1 RESPONSABILIDADE SOCIAL O termo responsabilidade social empresarial no tem um mesmo significado para todos que o estudam. Para alguns ele transmite a idia de responsabilidade; para outros ele significa comportamento responsvel socialmente no sentido tico; ainda para outros significa sentir-se responsvel por, comparando-se a contribuies de caridade; alguns o vem como mero sinnimo de legitimidade e ainda alguns o vem como obrigao fiduciria (ZENISEK, 1979).

Os primeiros conceitos a respeito de responsabilidade social corporativa surgiram na dcada de 1950, nos Estados Unidos, com a publicao do livro Social Responsabilities of the Businessman, de Robert R. Bowen. Segundo Bowen (1957), o termo se refere s obrigaes dos homens de negcios de adotar orientaes, tomar decises e seguir linhas de ao, que sejam compatveis com os fins e valores de nossa sociedade.

As primeiras tentativas de definio da expresso responsabilidade social ocorreram nos Estados Unidos, por volta de 1950, e ganharam corpo com a disseminao do conceito na Europa, entre as dcadas de 1960 e 1970. A idia fortaleceu-se durante os anos 1980 e efetivou sua participao no meio empresarial brasileiro e mundial no incio dos anos 1990, quando as empresas aumentaram sua atuao na rea social, desenvolvendo projetos que beneficiam os mais variados segmentos (PARENTE et al, 2004, p. 6).

Chaberlain, define responsabilidade social, considerando-a em termos de ao dos dirigentes da empresa frente a uma determinada situao. J Frederick, ao contrrio, v a responsabilidade social como uma preocupao das empresas para com as expectativas do pblico (CHAMBERLAIN; FREDERICK apud ZENISEK 1979).Em uma viso geral, responsabilidade social empresarial uma forma de gesto que pretende diminuir os impactos negativos no meio ambiente e comunidades, preservando recursos ambientais e culturais, respeitando a diversidade e reduzindo a desigualdade social.

2.1.1 A RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL E AS QUATRO DIMENSOES Conforme Barbieri e Cajazeira (2012) faz-se meno a seguinte definio de responsabilidade social empresarial por Carroll exposta em um artigo de 1979 a responsabilidade social das empresas compreende as expectativas econmicas, legais, ticas e discricionrias que a sociedade tem em relao s organizaes em dado perodo, tendo a palavra discricionria substituda por filantrpica.

Para ser compreendida e aceita pelos dirigentes de empresas, Carroll (1991) defende que a responsabilidade social empresarial deve ser estruturada de urna forma que permeie todas as esferas de responsabilidade que o negcio envolve, e prope a Pirmide da Responsabilidade Social Empresarial, como mostra a figura 2.1.1.

Dimenso econmica: maximiza a riqueza para os stakeholders (pblico estratgico). Ou seja, uma empresa tem o dever tico e legal de gerar lucro para acionistas, benefcios para os empregados e desenvolvimento para a comunidade. A empresa est utilizando os recursos da sociedade e deve gerar resultados positivos. Ela tem que ser produtiva e rentvel. Essa forma de perceber o negcio da empresa provocou uma forma de mudana no comportamento do empresariado que estava acostumado a beneficiar apenas os acionistas e gestores.

Dimenso legal: cumprir com todas as leis determinadas pelo Estado para seu tipo de empreendimento, relativa ao cumprimento das leis promulgadas pelos governos, que servem para estabelecer padres mnimos de conduta e no para determinar o que tico ou antitico. Para operar em algum lugar ela obedece ao poder legal estabelecido, ou seja, o Estado que lhe concede o direito de atuar em uma regio. A contrapartida so os deveres que tem que cumprir. No faz nenhum sentido uma empresa investir recursos em projeto social se ela estiver em dbito com INSS, no pagar imposto de renda ou desmatar, quando a legislao no permitir.

Dimenso tica: a conduta tica da empresa refere-se ao que certo ou errado, aceitvel ou no. Seguindo os padres de conduta aceitveis da maneira definida pelos stakeholders, os administradores, proprietrios e dirigentes empresariais fortalecem as relaes entre as partes envolvidas nas diversas negociaes existentes, nos mais distintos mbitos, atingindo os interesses dos stakeholder.

Dimenso Filantrpica: a restituio sociedade do que foi recebido dela. Est relacionado com as contribuies das empresas com a sociedade, em relao qualidade de vida e bem estar, a sociedade espera que as empresas proporcionem padro e projetam a qualidade de vida da comunidade. Se uma empresa atua em uma regio explorando seus recursos (mo de obra, matria prima, infraestrutura) nada mais justo do que estar envolvida na melhoria do ambiente social.

2.1.2 O MODELO DOS TRS DOMINIOS DA RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIALNo novo modelo dos trs domnios da responsabilidade social das empresas, Carroll e Schwartz deixaram de tratar a filantropia como uma dimenso especfica devido ao fato de ser de difcil distino as atividades ticas e filantrpicas, e que esta pode ser praticada sendo motivada apenas por interesses econmicos (BARBIERI, 2009).

O atual modelo proposto possui apenas trs domnios da responsabilidade social, quais sejam: domnio econmico, domnio legal e o domnio tico. O domnio econmico est voltado produo de impactos econmicos positivos, como a maximizao de lucro ao acionista. O domnio da responsabilidade legal est voltado a resposta da empresa em relao aos princpios legais, que segundo Carroll e Schwartz podem ser visto sob Trs ticas: conformidade legal, medidas para evitar litgios e medidas antecipatrias s leis. O domnio tico diz respeito a postura da empresa frente as expectativas dos seus stakeholders (BARBIERI, 2009).

Barbieri (2009) salienta que a principal diferena do modelo anterior a sobreposio de domnios, formando sete segmentos. O autor ressalta que a sobreposio ideal a (vii), onde os trs domnios da responsabilidade social se encontram simultaneamente.

2.1.3 AS DIRETRIZES DA RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL

A Organizao Internacional para Padronizao (Sigla em ingls, ISO) a principal responsvel pelo desenvolvimento de normas internacionais voluntrias de especificao de produtos, servios e boas prticas, que visam a auxiliar a indstria a se tornar mais eficiente e eficaz (INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION, 20--a).

A ISO 26000 uma norma de diretrizes sobre responsabilidade social (RS) dividida em sete sesses. A primeira, Escopo, traz uma orientao geral para todos os tipos de organizaes, independentemente de seu tamanho ou localizao. A segunda, Termos e definies, define termos chave sobre RS, inclusive o conceito de RSE adotado nessa pesquisa. A terceira, Entendendo responsabilidade social, apresenta um histrico da RS e suas principais caractersticas. A quarta,Princpios de responsabilidade social, aborda os elementos: responsabilizao; transparncia; comportamento tico; respeito pelos interesses dos stakeholders; pela lei; pelas normas internacionais; e pelos direitos humanos (INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION, 2010).

Por sua vez, a quinta sesso refere-se ao Reconhecimento da responsabilidade social e engajamento das partes interessadas, que enfatiza que o engajamento das partes interessadas fundamental para a RS. A sexta, Orientaes sobre temas centrais da responsabilidade social, aborda os temas: governana organizacional; direitos humanos; prticas de trabalho; meio ambiente; prticas leais de operao; questes relativas ao consumidor, e envolvimento e desenvolvimento da comunidade (INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION, 2010).

Por fim, o stimo e ltimo item, Orientaes sobre a integrao da responsabilidade social por toda a organizao, trata mais especificamente da implementao da norma. Sodiscutidos: as caractersticas de uma organizao com a RS; a compreenso da RS da organizao; as prticas para integrar a RS em toda a organizao; a comunicao sobre RS; o fortalecimento da credibilidade em relao RS; a anlise e o aprimoramento das aes e prticas de uma organizao relativas RS; e as iniciativas voluntrias de RS (INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION, 2010).

2.1.4 BALANO SOCIAL

O IBASE (2003) definiu o balano social como um demonstrativo numrico que registrava um conjunto de informaes sobre as atividades sociais da empresa. Poderia ser apontado como um instrumento estratgico para avaliar e multiplicar o exerccio da responsabilidade social corporativa.

O uso do balano social iniciou-se nos anos 60, nos EUA e na Europa, quando o repdio da populao guerra do Vietn motivou um movimento de boicote aquisio de produtos e aes de empresas ligadas ao conflito. A sociedade exigia uma nova postura tica e diversas empresas passaram a prestar contas de suas aes e objetivos sociais. A elaborao e divulgao anual de relatrios com informaes de carter social resultaram no hoje denominado balano social (TORRES; MANSUR, 2008).

O objetivo do balano social empresarial, segundo Iudcibus, Martins e Gelbcke (2007), era registrar o resultado da influncia mtua entre a empresa e o meio onde atuaria. Para os autores, o BS da empresa deveria demonstrar os resultados das aes com recuperao ambiental, recursos humanos, demonstrao do valor adicionado e benefcios e contribuies sociedade civil, conforme as quatro vertentes:

Balano Ambiental: Demonstra os investimentos em equipamentos e tecnologia voltados a recuperao ambiental, objetivando sua preservao e proteo.

Balano de Recursos Humanos: Visa evidenciar o perfil da fora de trabalho, como a idade, o sexo, formao escolar, estado civil e tempo de trabalho na empresa, bem como a remunerao e benefcios concedidos aos funcionrios como salrio, auxlio alimentao, educao, sade e transporte.

Demonstrao do Valor Adicionado: Evidencia a contribuio da empresa para o desenvolvimento da regio, ou seja, discrimina o que a empresa agrega de riqueza economia local e a forma como distribui essa riqueza.

Benefcios e Contribuies Sociedade Civil: Demonstra o grau de responsabilidade social assumido pela empresa com as necessidades bsicas da populao, mediante investimentos voluntrios como contribuies a entidades assistenciais e filantrpicas, preservao de bens culturais e educao de necessitados.

Para Torres e Mansur (2008), a empresa registraria no balano social as aes para os profissionais, dependentes, colaboradores e comunidade em geral, dando transparncia s atividades que melhorassem a qualidade de vida geral, isto , a funo principal seria tornar pblica a responsabilidade social empresarial, estabelecendo maiores vnculos entre a empresa, a sociedade e o meio ambiente.

2.2 O MARKETING SOCIAL E A INTERFACE COM A RESPONSABILIDADE SOCIALA expresso marketing social surgiu nos Estados Unidos da Amrica, em 1971, usada pela primeira vez pelos autores Philip Kotler e Gerald Zaltman que, naquele momento, estudavam as aplicaes do marketing como meio de contribuio social na busca por solues de diversas questes sociais.

Para Andreasen (2002) a meta do marketing social prevenir e/ou resolver certos problemas sociais, logo ele pode ser compreendido e identificado pela finalidade no comercial que busca alcanar.Segundo Vaz (2003, p.281) o marketing social pode ainda ser compreendido como a modalidade de ao mercadolgica institucional que tem como objetivo principal atenuar ou eliminar os problemas sociais, as carncias da sociedade relacionadas principalmente s questes de higiene e sade pblica, de trabalho, educao, habitao, transportes e nutrio. Partindo deste ponto de vista, o marketing social pode ser entendido como uma estratgia de negcios que tem como objetivo criar uma imagem positiva da empresa, buscando, para isso, aes sociais que tragam benefcios para a sociedade. A empresa fica atenta s oportunidades de aes sociais com maior notoriedade social ou com maior potencial de ao resolutiva (maior chance de soluo). Em outros termos, o marketing social pode ser empregado para designar as aes empresariais de apoio a certas causas sociais, o que corresponde empresa ser conhecida por seu apoio direto a uma causa, sendo tal apoio utilizado para promover a prpria empresa.2.2.1 TICA EMPRESARIAL No plano empresarial, a tica prende-se com a reflexo em torno das atitudes e condutas humanas orientadas para o mundo dos negcios, na sua vertente moral. A tica a base da responsabilidade social, expressa nos princpios enos valores adotados pela organizao. No h responsabilidade social sem tica nos negcios. No adianta uma empresa pagar mal seus funcionrios, corromper a rea de compras de seus clientes, pagar propinas a fiscais do governo e, ao mesmo tempo, desenvolver programas voltados a entidades sociais da comunidade. Essa postura no condiz com uma empresa que quer trilhar um caminho de responsabilidade social. importante haver coerncia entre ao e discurso.Responsabilidades ticas correspondem a atividades, prticas, polticas e comportamentos esperados (no sentido positivo) ou proibidos (no sentido negativo) por membro da sociedade, apesar de no codificados em leis. Elas envolvem uma srie de normas, padres ou expectativas de comportamento para atender quilo que os diversos pblicos (A tica empresarial, termo mais restrito que o de tica no seu sentido mais amplo, trata especificamente, nos dias atuais, da relao das empresas pblicas, privadas ou mistas (comportamento interativo), com todos os demais segmentos que esto no seu campo de ao: colaboradores, clientes, pblico, concorrentes, comunidade, etc. A tica empresarial norteada por princpios jurdicos, de natureza legal, e por princpios de boa convivncia, de natureza social, em conformidade com os valores da organizao, que dizem respeito responsabilidade individual de seus integrantes e aos valores sociais que dizem respeito cultura social em que a empresa est inserida.Os aspectos ticos na avaliao da responsabilidade social da empresa referem-se, entre outros, s dimenses ticas na conduo dos negcios, s questes morais que se originam da relao trabalho/empresa e ao acordo explcito entre os objetivos e metas da empresa com o cumprimento dos cdigos de tica dos profissionais que dela fazem parte.Segundo o consultor Matos a sociedade impossvel a continuidade de um grupo que no tenha estrutura tica na forma de valores, princpios, limites, respeito pessoa e sentido de bem comum. Informa da necessidade de Predisposio tica, por parte de empresas e pessoas, que se viabiliza atravs da sensibilidade social, da percepo de valor e da relevncia do bem moral. Mas isso s possvel quando h Conscincia tica, que corresponde capacidade de avaliar e julgar.2.2.2 GESTO E RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL2.2.3 A RELAO DO MARKETING SOCIAL COM A RESPONSABILIDADE SOCIALDickson (2001) divide a responsabilidade social e o marketing em trs etapas distintas. A primeira etapa caracterizada pelo processo de fazer com que os profissionais do marketing realizem seus trabalhos de forma responsvel, atendendo de maneira rpida s exigncias do mercado e dando, por fim, retorno financeiro empresa.

A primeira responsabilidade do marketing para com a sociedade fazer com que a vida, a liberdade e a felicidade geral avancem atravs da criao de mercados, inovaes de produtos e inovaes de comrcio que aumentem a eficincia e eficcia do processo econmico. Em resumo, a primeira responsabilidade do marketing continuar aprendendo a fazer o seu trabalho mais eficiente e eficazmente (DICKSON, 2001, p. 50).

A segunda etapa consiste em utilizar a responsabilidade social de forma tica, ou seja, sabendo respeitar os limites do consumidor, assim como ter um comportamento responsvel frente ao que est sendo oferecido. A terceira etapa tem a premissa de encorajar as atitudes que mobilizam os indivduos a agirem de forma consciente.Do ponto de vista das empresas, possvel afirmar que as aes de marketing relacionado causa social tornam possveis no apenas o aumento de notoriedade ou melhoramento de imagem corporativa, mas tambm o aumento da possibilidade de gerao de novos negcios, o que, por consequncia tende a se consumar em elevao dos lucros em longo prazo. Em outros termos, a empresa d nfase ao que se pode chamar de filantropia estratgica.2.3 OS PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS DA RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIALPrimeiramente, preciso esclarecer quais so os princpios bsicos para que uma organizao gerencie sua responsabilidade social, aquilo que orienta suas polticas, estratgias e, consequentemente, suas atividades. claro que princpios e valores devem estar alinhados cultura organizacional, ser construdos de forma participativa, de dentro para fora, e representar a essncia da organizao. Em muitos casos, so apresentados no formato de declarao de princpios e cdigo de conduta. No entanto, h um mnimo denominador comum que deve estar presente na base da formulao dos princpios e valores de cada organizao. A norma ABNT ISO 26000 prope sete princpios, que procuram sintetizar as orientaes bsicas de gesto e conduta para que as organizaes consigam alcanar seus objetivos de negcios com responsabilidade social. Por esse motivo, so abrangentes e respondem s demandas de diversos segmentos da sociedade, a fim de potencializar a organizao como promotora de uma nova economia, inclusiva, verde e responsvel. So eles:

1.Accountability

O que :Prestar contas e se responsabilizar por seus impactos na sociedade, na economia e no meio ambiente, principalmente aqueles com consequncias negativas significativas.

Como se faz na prtica: Conhecer os impactos das decises e atividades da organizao na sociedade e, no caso de impactos negativos imprevistos e no intencionais, aceitar a investigao apropriada e tomar medidas para que sua repetio seja evitada.

Dar respostas e prestar contas tanto para os controladores e as autoridades legais como para as partes interessadas afetadas por suas decises e atividades.

2. Transparncia

O que :Ser transparente, comunicar sobre as decises e atividades que impactam a sociedade e o meio ambiente.

Como se faz na prtica: Comunicar de forma clara, precisa, completa e acessvel as informaes referentes organizao, como impactos conhecidos e provveis de suas decises e atividades, governana, origens e aplicaes de recursos financeiros, critrios e resultados de seu desempenho econmico, social e ambiental.

Divulgar o modo como identifica, seleciona e engaja suas partes interessadas.3. Comportamento tico

O que :Comportar-se eticamente, baseada em valores de honestidade, equidade e integridade.

Como se faz na prtica: Ter o compromisso de lidar com o impacto de suas atividades e decises de forma a preocupar-se com os interesses das pessoas e dos animais e com o meio ambiente.

Identificar e declarar os valores fundamentais da organizao e comunic-los de forma abrangente a todas as partes interessadas.

Estabelecer e promover padres ticos de comportamento, de acordo com seus princpios e atividades, a partir do monitoramento e tambm do oferecimento de canais de denncia.

Prevenir e solucionar conflitos de interesse.

4. Respeito aos interesses das partes interessadas

O que :Respeitar, considerar e responder aos interesses de demais partes interessadas, alm de proprietrios, conselheiros, clientes ou associados.

Como se faz na prtica: Identificar as partes interessadas, seus interesses, preocupaes, direitos legtimos e capacidade de engajamento.

Reconhecer como as decises e atividades da organizao impactam as partes interessadas e como, reciprocamente, a organizao impactada.

Colocar-se no lugar das partes interessadas para compreender seus pontos de vista e relacion-los s expectativas da sociedade e do desenvolvimento sustentvel.

5. Respeito pelo estado de direito.

O que :Aceitar que o respeito pelo estado de direito obrigatrio, isto , nenhum indivduo ou organizao est acima da lei, nem mesmo o governo.

Como se faz na prtica: Manter-se informada sobre todas as leis e regulamentos aplicveis s suas atividades e informar a todos na organizao sobre a obrigatoriedade de cumpri-los.

Assegurar a conformidade legal de todas as suas atividades, independentemente da localizao e/ou do nvel de fiscalizao.

6. Respeito s normas internacionais de comportamento

O que :Acatar as normas internacionais de comportamento e, ao mesmo tempo, cumprir as leis e regulamentos a que est sujeita.

Como se faz na prtica: Reconhecer situaes e localidades em que no haja legislao ou salvaguardas socioambientais adequadas e, nesses casos, respeitar como padro mnimo as normas internacionais de comportamento.

Reconhecer quando h contradio ou conflito entre a legislao local e as normas internacionais de comportamento e, nesse caso, buscar atender as normas internacionais dentro do possvel, considerando, inclusive, as consequncias do no cumprimento.

Avaliar se h localidades e situaes nas quais no vale a pena desenvolver atividades em razo dos conflitos com as normas internacionais de comportamento.

Evitar ser cmplice de atividades de outra organizao que desrespeite as normas internacionais de comportamento.

7. Respeito pelos direitos humanos

O que :Respeitar e reconhecer a importncia e universalidade da Carta Internacional dos Direitos Humanos, que inclui aDeclarao Universal dos Direitos Humanos, oPacto Internacional dos Direitos Civis e Polticose oPacto Internacional dos Direitos Econmicos, Sociais e Culturais.

Como se faz na prtica: Reconhecer que os direitos humanos so aplicveis em todos os pases, culturas e situaes.

Respeitar e promover os direitos humanos, bem como monitorar o seu cumprimento em todas as decises e atividades.

Como mencionado anteriormente, tanto a declarao e carta de princpios como o cdigo de conduta so os formatos mais encontrados no mercado. fundamental que sejam comunicados largamente para a sociedade, considerando todas as partes interessadas, de forma a fortalecer o compromisso pblico da organizao. E que essa divulgao seja contnua. As partes interessadas diretamente envolvidas nas decises e atividades da organizao, a exemplo de funcionrios e conselheiros, devem estar capacitadas tanto para aplicar os princpios como para monitorar seu cumprimento. Isto quer dizer que elas devem estar aptas a compreender a presena dos princpios em todas as suas rotinas de trabalho, sendo necessrio um canal de denncia seguro para o informe de no conformidades.

2.3.1 AS PRTICAS FUNDAMENTAIS DA RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIALTrazer a responsabilidade social para todos os aspectos de uma organizao envolve comprometimento e compreenso em todos os nveis da organizao.A prtica detm-se de acordo com a norma ISO 2600 e como convm cada organizao empresarial. Segundo Barbieri (2012) ressalva que as prticas fundamentais esto integralizadas pelo fato de condicionarem as avaliaes posteriores relacionadas com os temas centrais e a associao da responsabilidade social por toda a organizao. Destaca que a primeira prtica refere-se identificao de problemas decorrentes dos impactos das decises e atividades da organizao com vistas a contribuir para o desenvolvimento sustentvel e a segunda, destaca para o reconhecimento das partes interessadas.

Figura 2 Relao entre a organizao, suas partes interessadas e a sociedade.

2.3.2 INICIATIVAS DE EMPRESAS SOBRE A RESPONSABILIDADE SOCIAL

2.3.3 AS VANTAGENS E DESVANTAGENS DA PRTICA DA RESPONSABILIDADE SOCIAL

Para as empresas a Responsabilidade Social no se restringe apenas organizao, mas envolve toda a sua rea de influncia e seus funcionrios, caracterizando-se como um modo de a empresa ser competitiva, conquistar e ampliar o mercado. Isso porque a Responsabilidade Social no pode ser destacada como uma ao caridosa ou como uma filantropia isolada, motivada por um sentimento de culpa provindo da utilizao dos recursos da sociedade, ou por iniciativa unilateral do empresrio, mas, sim, alinhada aos objetivos da empresa, que devem contemplar a responsabilidade social (ORCHIS et al., 2002).

Alguns benefcios da Responsabilidade Social voltada para as empresas podem ser traduzidos em vantagens como: o fortalecimento da marca e imagem da organizao; a diferenciao perante aos concorrentes; a gerao de mdia espontnea; a fidelizao de clientes; a segurana patrimonial e dos funcionrios; a atrao e reteno de talentos profissionais; a proteo contra ao negativa de funcionrios; a menor ocorrncia de controles e auditorias de rgos externos; a atrao de investidores e dedues fiscais (MELO NETO e FROES, 1999).

No sentido de demonstrar algumas vantagens conseguidas por empresas que investem em aes sociais Ashley et al. (2002)20 | citam uma pesquisa realizada pela IBM, onde 75% dos profissionais entrevistados afirmaram que uma empresa com responsabilidade social e um plano de trabalho voluntrio atrai e retm talentos. E outra pesquisa feita pela You & Company com aproximadamente 2000 alunos de MBA, constatou que 83% dos que procuravam por empregos afirmaram que escolheriam a oferta da empresa que demonstrasse maior Responsabilidade Social, e 50% deles mencionaram preferir trabalhar em companhias ticas mesmo com salrios menores.

Um dos argumentos mais comuns que as empresas fazem quando indicam relutncia em polticas de Responsabilidade Social Empresarial a desvantagem que isso causa contra as empresas que no o fazem. Em outras palavras, se a empresa A faz a sua parte para investir recursos para cuidar de suas comunidades e meio ambiente, e a empresa B no, a empresa B mantm seus recursos, incluindo dinheiro, para outras atividades de negcios. Assim, sem a estrita adeso de toda a indstria, algumas empresas alegam que no podem ficar para trs, colocando o dinheiro em programas de Responsabilidade Social.

2.3.4 A PROMOCAO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL COM A COMUNIDADE3. METODOLOGIA4. ANLISE E DISCUSSO

5. CONSIDERAES FINAIS

REFERNCIAS

BARBIERI, Jos Carlos; CAJAZEIRA, Jorge Emanuel Reis. Responsabilidade social empresarial e empresa sustentvel: da teoria prtica. 2. ed. So Paulo: Saraiva, 2012.ASHLEY, Patrcia A.; COUTINHO, Renata B. G.; TOMEI, Patrcia A. Responsabilidade social corporativa e cidadania empresarial: uma anlise conceitual comparativa. ed. ENAMPAD, 2000.

MELO NETO, Francisco Paulo de; FROES, Csar. Responsabilidade social & cidadania empresarial :administrao do terceiro setor. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1999.

ORCHIS, Marcelo A. et al. Responsabilidade social das empresas: a contribuio das universidades. So Paulo: Petrpolis, 2002.

ASHLEY, Patrcia Almeida et al. tica e responsabilidade social nos negcios. So Paulo: Saraiva, 2002.

ANDREASEN, A. R. tica e marketing social. So Paulo: Futura, 2002.

VAZ, Gil N. Marketing Institucional: o mercado de ideias e imagens. So Paulo: Pioneira,2003.

MATOS, Francisco Gomes de. tica Empresarial e Responsabilidade Social. Revista Recre@rte N3 Junho 2005. Disponvel em http://www.iacat.com/Revista/recrearte/recrearte03/etica_soc-empr.htm . Acesso em maio de 2007.

L961M Luna, Clia Pereira de

Manual de servio da NIT / Gilglauber XXXXXXXX.

. Joo Pessoa: CEPORC Centro de Educao Profissional Odilon Ribeiro Coutinho

2012

48 f. : il.

TCC (Tcnico) SENAI. 2012.

1. Biblioteca SENAI Joo Pessoa Manual de servio. 2. Biblioteca da

UNPBFPB Manual de servio

SENAI-JPPB CDU-027

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