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7/23/2019 Respostas Lista9 Butler&Volmer http://slidepdf.com/reader/full/respostas-lista9-butlervolmer 1/6 GABARITO  NONA LISTA DE EXERCÍCIOS CQ049 Assunto: Transferência. Equação de Butler-Volmer. Gráfico de Tafel. 1. Schaum 2000, cap. 9, exercícios 9.64 e 9.63, págs. 298-299. Aplicação do gráfico de Tafel. Primeiro precisamos converter os dados: , V 0,40 0,53 0,64 0,77  j , A.m 2  10 100 1000 10000 ln  2,302 4,605 6,908 9,210 ln j 0  = ( coeficiente linear ) = ( 5,3  0,3)  j 0  = 5,1 mA.m 2  ( 1  ) f =( coeficiente angular ) = ( 18,9  0,4) V 1  1 = ( coeficiente angular ) / f = ( 18,9 V 1  ) ( 0,02569 V ) = 0,49 E portanto  = 0,51 Como a sobretensão é pequena, 2 2 2 0 m mA 3 m mA 2,978 mV 25,69 m mA 5,1 mV 15 RT j η j    I = j A = ( 3,0 mA.m 2  ) ( 5,0 cm 2  ) ( 10 4  m 2 .cm 2  ) = 1,50 mA 2. Aspectos da energética da reação: quantas ligações de que tipos estão sendo afetadas pela reação. Se a densidade de corrente de troca é grande, o processo redox não envolve rompimento de ligação, ou envolve rompimento de ligações fracas. Se a densidade de corrente de troca é pequena, o processo redox envolve transferência de mais de um elétron, ou rompem-se ligações fortes (duplas ou triplas). Dê uma olhada na questão 10, que é exatamente esta em outros termos. 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 l n j , V  

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GABARITO – NONA LISTA DE EXERCÍCIOS CQ049Assunto: Transferência. Equação de Butler-Volmer. Gráfico de Tafel.

1. Schaum 2000, cap. 9, exercícios 9.64 e 9.63, págs. 298-299. Aplicaçãodo gráfico de Tafel. Primeiro precisamos converter os dados:

, V 0,40 0,53 0,64 0,77

 j , A.m2  10 100 1000 10000ln j   2,302 4,605 6,908 9,210

ln j0 = ( coeficiente linear ) = ( 5,3  0,3)  j0 = 5,1 mA.m2 

( 1 ) f =( coeficiente angular ) = ( 18,9  0,4) V1 

1 = ( coeficiente angular ) / f = ( 18,9 V1 ) ( 0,02569 V ) = 0,49

E portanto  = 0,51

Como a sobretensão é pequena,

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0 mmA3mmA2,978mV25,69

mmA5,1mV15

RT

jηj  

 

I = j A = ( 3,0 mA.m2 ) ( 5,0 cm2 ) ( 104 m2.cm2 ) = 1,50 mA

2.  Aspectos da energética da reação: quantas ligações de que tiposestão sendo afetadas pela reação.

Se a densidade de corrente de troca é grande, o processo redox nãoenvolve rompimento de ligação, ou envolve rompimento de ligaçõesfracas.

Se a densidade de corrente de troca é pequena, o processo redoxenvolve transferência de mais de um elétron, ou rompem-se ligações

fortes (duplas ou triplas).

Dê uma olhada na questão 10, que é exatamente esta em outrostermos.

0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8

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-5

-4

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-1

0

1

2

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ln

j

, V 

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 3. Aplicação do gráfico de Tafel. Primeiro precisamos converter os

dados:

, mV 50 100 150 200 250 

I, mA 8,8 25,0 58,0 131 298

j , mA.cm-2  4,4 12,5 29,0 65,5 149

ln j   1,482 2,526 3,367 4,182 5,004

ln j0 = ( coeficiente linear ) = ( 0,70  0,09 )  j0 = 2,0 mA.cm2 

( 1 ) f = ( coeficiente angular ) = ( 17,4  0,5) 10-3 mV1 

1 = ( coeficiente angular ) / f = ( 17,4 V1 ) ( 0,02569 V ) = 0,45

E portanto  = 0,54

0 50 100 150 200 250 300

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

4.0

4.5

5.0

5.5

ln

j

, mV 

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4. Vemulapalli, cap. 28, exemplo 28.6, págs. 815-816. Aplicação dográfico de Tafel. Primeiro precisamos converter os dados:

, mV 200 300 400 500 600 

j , mA.cm2  0,0063 0,04 0,2 1,3 7,9

log j   5,2 4,4 3,7 2,9 2,1

ln j   -11,97 -10,13 -8,52 -6,68 -4,84

ln j0 = ( coeficiente linear ) = ( -15,5  0,1 )  j0 = 0,19 A.cm2 

( 1 ) f = ( coeficiente angular ) = ( 17,7  0,2) 10-3 mV1 

1 = ( coeficiente angular ) / f = ( 17,7 V1 ) ( 0,02569 V ) = 0,455

e portanto o coeficiente de transferência é  = 0,544

5.  Para alguns eletrodos, o potencial quase não se altera com acorrente. Estes eletrodos são ditos “não-polarizáveis”. Eles sãoindicados para serem usados como referência. O eletrodo decalomelano e o de hidrogênio são os exemplos mais notórios.

6.

Devido ao acúmulo de carga no eletrodo, o seupotencial elétrico fica diferente do potencialelétrico da solução. Além disso, o potencial doeletrodo pode ser adicionalmente alterado em condiçõesde operação por uma fonte externa. Se o potencialresultante no eletrodo é M e o do seio da solução éS, diz-se que o sistema é caracterizado pela diferençado “potencial de Galvani” dada por

= M  S 

0 100 200 300 400 500 600 700

-16

-15

-14

-13

-12

-11

-10

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ln

j

, V 

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Para dois eletrodos, um à direita (R) e outro à esquerda (L), sesubtrairmos as respectivas diferenças de potencial de Galvani, teremos:

R  - L = M(R) S  –  [ M(L) S ] = M(R) M(L)

Ou seja, obtém-se a diferença de potencial entre os eletrodos,independente do valor do potencial da solução  ( S ). Pode-se usarportanto  como uma medida do potencial do eletrodo.

7.  Vimos que o perfil de energia livre da reação é importante por queambos processos catódico e anódico são ativados.

Suponha que examinamos a reação de redução, Ox + e Red. Existem

duas situações possíveis: ou o estado de transição do complexoativado é parecido com o produto, ou parecido com o reagente.

No primeiro caso, o máximo do perfil de energia está próximo doeletrodo   ǂG passa de seu valor sem a diferença de potencial,

ǂGc(0) , para ǂGc  = ǂGc(0) +     se o eletrodo for maispositivo que a solução,   > 0  mais trabalho é necessário paraformar a espécie oxidada  ǂG aumenta.

No segundo caso, o máximo do perfil de energia está próximo do planoexterno da dupla camada  ǂG é independente de .

(a) ǂ  produto sistema real (b) ǂ  reagente

Examinemos a figura acima: num sistema real, o estado de transição estáentre os dois extremos.

A energia livre de ativação para redução é ǂGc = ǂGc(0) +   ,

onde o parâmetro  é chamado coeficiente de transferência catódico, quetem um valor entre 0 e 1 ( mais comum 0,5 ).

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Para a reação de oxidação Red  Ox + e , repete-se o mesmoarrazoado, com as devidas modificações. O redutor doa um elétron aoeletrodo, de modo que o trabalho extra é nulo se o estado de transiçãofor parecido com o reagente. O trabalho extra é  se o estado detransição for parecido com o produto.

A energia livre de Gibbs de ativação para o processo anódico é

ǂGa = ǂGa(0)  ( 1   ) ,

Ver descrição em Atkins, vol. 3, seção 6.2(c), págs. 127-128.

8.  Quando a pilha fornece corrente, o potencial se altera e deixa deter o valor de corrente nula ( E  ) e assume um valor de operação(E ’). A diferença entre estes valores é a chamada “sobretensão” 

 = E ’  E , e o potencial  passa de E  para E + .

As densidades de corrente anódica e catódica ficam então

     f   j ja     1exp0   e    f   j jc     exp0  

A densidade de corrente total é apenas a diferença entre elas, comodemonstrado por Butler & Volmer:

  αfηexpfηα1expjj   0    

John A. Butler Max Volmer

Há dois limites interessantes desta equação que precisamos examinar.

Se a sobretensão é muito pequena, ou seja, f   << 1 ou  < 10 mV, as

exponenciais da equação podem ser expandidas numa série de Taylor

ex  = 1 + x + ( x 2/2) + ... e da diferença sobra j  j 0 f .

Nesta situação, a densidade de corrente é proporcional à sobretensão.

Assim, a interface se comporta como um condutor ôhmico. A diferença de

potencial no eletrodo é0

 j

 j RT 

 

  .

Se a sobretensão é grande e positiva, ou seja,  > 120 mV, então oeletrodo é o anodo em uma eletrólise. A segunda exponencial é muitopequena e pode ser desprezada, sobrando

fηα1expjj   0     ou ln j  = ln j 0 + ( 1  ) f   

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 Observe no diagrama ao lado a descrição de comoa equação de Butler & Volmer funciona:

No meio do diagrama, a sobretensão é pequena e acorrente é proporcional à sobretensão.

No primeiro quadrante, a sobretensão é positivae a corrente é anódica.

No terceiro quadrante, a sobretensão é negativae a corrente é catódica.Portanto, o eletrodo é o catodo de umaeletrólise. Neste caso, o primeiro termoexponencial da equação de Butler & Volmer podeser desprezado, sobrando apenas

   f   j j     exp0

 

9.

O aparato experimental é mostrado ao lado. Oeletrodo de trabalho é o objeto do estudo. Eleé atravessado por uma corrente controlada: sesua área é A e a corrente é I , então adensidade de corrente é dada simplesmente por  j  = I  / A.

A diferença de potencial na interface é medidaindiretamente, usando-se um eletrodo dereferência e um voltímetro de grandeimpedância.

Ver descrição em Atkins, vol. 3, pág. 129

10. Se as correntes de troca são grandes, o processo redox não envolverompimento de ligação, ou então são rompidas ligações fracas.

+ e  

Ɵ = 0,771 V

Se as correntes de troca são pequenas, o processo redox envolverompimento de ligações fortes, ou então transferência de mais de umelétron.