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    270 DESAFIOS • Português • 11.o ano • Material fotocopiável © Santillana-Constância

    PARTE

           R     e     s     p     o     s      t     a     s

    10

    FICHA FORMATIVA 1  PÁG. 41

    I

    1   O filme estreou no DocLisboa.

    2   O filme ante-estreou no dia 16 de novembro porque era o dia em que Saramago faria 88 anos, se estivessevivo.

    3   Esta conjunção é utilizada porque o filme, apesar de ser um documentário, parece um filme de ficção, dadoque nele se entrelaçam muitas histórias. Há diálogos tão bons que parecem saídos de um guião e são abor-dados temas muito profundos, como nos melhores filmes de ficção.

    4   Esta expressão pretende demonstrar que Saramago e Pilar, apesar de serem muito diferentes — ou mesmo«antagónicos», em alguns aspetos — formavam um casal muito unido, sendo esse o motivo por que seafirma que são «confluentes».

    5   Numa primeira fase, pretendia atribuir-se este título ao filme porque o casamento dos protagonistas é, defacto, uma «união ibérica» entre um português, com características do seu povo, e uma espanhola, também

    com marcas do povo a que pertence. Além disso, este título pode também ser entendido como uma alusãovelada ao romance Jangada de Pedra.

    6    Tal como no romance é narrado o percurso do elefante, também o documentário é um filme on the road .Além disso, ambos podem ser entendidos como parábolas sobre o sentido da vida.

    II

    1   «documentário», «filme», «estreia», «exibição», «guiões».

    2   a)  chamem: forma do verbo «chamar» na 3.ª pessoa do plural do presente do conjuntivo.

      b)  ante-estreou: forma do verbo «ante-estrear» na 3.ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo.

      c)  faria: forma do verbo «fazer» na 3.ª pessoa do singular do presente do condicional.

      d)  conhecíamos: forma do verbo «conhecer» na 1.ª pessoa do plural do pretérito imperfeito do indicativo.

      e)  há: forma do verbo «haver» na 3.ª pessoa do singular do presente do indicativo.

    FICHA FORMATIVA 2  PÁG. 44

    I

    1   Era uma das dezassete prisões políticas da antiga RDA.

    2   O facto de, nesta prisão, existirem mais salas de interrogatório do que celas demonstrava que aquilo que sepretendia era, acima de tudo, extrair informações dos presos, recorrendo-se muitas vezes à tortura.

    3   Uma determinada zona do estabelecimento prisional tinha o nome de «submarino» porque, como se situavadebaixo da terra, os prisioneiros que lá se encontravam como que estavam submersos, nunca sabendo seera de noite ou de dia.

    4   Não, porque se pretende demonstrar que Jorge é melhor do que um guia profissional, dado que passoupor todas as experiências que narra aos visitantes.

    5   Jorge profere esta afirmação porque foi a paixão por uma mulher alemã que o levou a abandonar Cuba ea ir viver para a RDA.

    6   O título pode ser entendido tanto como uma referência ao primeiro momento em que Jorge decidiu deixarCuba para se juntar à alemã por quem estava apaixonado, como ao momento em que, depois de ter cum-prido a pena em Cuba, decidiu regressar a Berlim.

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    271DESAFIOS • Português • 11.o ano • Material fotocopiável © Santillana-Constância

    PARTE

    R  e s   p o s  t    a s 

    10II

    1   a)  Jorge afirmou que quem entrava ali estava condenado e que não havia fuga possível.

      b)  O guia explicou que lhe chamavam assim porque, quando lá entravam, as pessoas desapareciam, sub-mergiam. Acrescentou ainda que nessa submersão nunca era possível perceber se era de dia ou de noite.

      c)  Os guardas diziam que naquele lugar eles deixavam de ter nome e passavam a ser um número.

    2   a)  Deítico espacial/pessoal/temporal; b) Deítico espacial.

    FICHA FORMATIVA 3  PÁG. 47

    I

    1   O comportamento dos peixes contrasta com o dos seres humanos na medida em que os homens, que sãocrentes e criaturas racionais, não querem escutar a palavra de Deus pela boca de Santo António, enquantoos peixes, que são seres irracionais, vêm ouvi-la. Mais ainda, os indivíduos recebem com agressividade opregador porque não gostam das suas críticas; os peixes recebem-no com atenção e obediência.

    2   No excerto é descrita uma situação em que Santo António é recebido com azedume pelos ouvintes, quenão o querem escutar porque ele condena os seus comportamentos. O episódio tem semelhanças com

    aquele que António Vieira vive no Maranhão: aí os colonos do Brasil indignam-se e não acatam o que o jesuíta diz porque este denuncia os seus excessos e os seus pecados como, por exemplo, a exploração dosescravos.

    3   Na expressão «Vinde pois, irmãos [peixes]» (l. 1) encontramos uma apóstrofe. Vieira dirige-se aos peixesporque os homens se recusam a escutar a mensagem de Deus (de onde se deduzem críticas ao seu com-portamento). Com a apóstrofe aos peixes é sublinhado que os homens, insensíveis, se recusam a ouvir apalavra do Criador e que o pregador se tem de virar para os seres marinhos para mostrar o que são os com-portamentos virtuosos e que levam à Salvação.

    4   Nesta frase é dito que os seres humanos, ao contrário dos peixes, são dotados da faculdade do pensamento.No entanto, na presente situação, os homens tinham a capacidade do raciocínio mas não a utilizavam por-que não queriam ouvir a palavra da Salvação. Por seu lado, os peixes, sendo irracionais, comportavam-se

    como seres racionais, pois escutavam o pregador.5   O episódio bíblico de Jonas serve para ilustrar a argumentação de Vieira e para conferir autoridade às ideias

    que ele apresenta. De facto, com esta passagem do Velho Testamento o pregador prova que os homensmaltratam os enviados de Deus, que os vêm salvar, ao passo que os peixes lhes dão bom acolhimento.

    II

    1   1.1  O Sermão de Santo António aos Peixes, do Padre António Vieira, é um texto dominado pela mensagemcristã porque o seu objetivo principal é persuadir os ouvintes a seguir a lei de Deus. Pretende o prega-dor levar os fiéis a optar por uma vida de virtude, que conduza à Salvação, e a afastar-se do pecado.Assim, apesar de haver uma dimensão social e cívica neste texto (i. e., convencer os cidadãos a ter

    comportamentos mais justos e solidários), mesmo essa vertente se inscreve numa mensagem social

    cristã que defende que os princípios desta religião trarão harmonia à comunidade. Vieira veicula as suasideias através de argumentos apoiados na Bíblia e em doutores da Igreja, mas também em peixes, queencarnam as virtudes e os pecados humanos.

    III

    1   a)  aquela: determinante demonstrativo, feminino, singular.

      b)  repreendia: forma do verbo «repreender» no pretérito imperfeito do indicativo na 3.a pessoa do singular.

      c)  quando: conjunção subordinativa temporal, invariável.

    2   a)  Complemento oblíquo; b) Sujeito; c) Vocativo; d) Complemento direto.

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    PARTE

           R     e     s     p     o     s      t     a     s

    10FICHA FORMATIVA 4  PÁG. 50

    I

    1   Este excerto localiza-se no início da parte IV  do sermão, depois de se terem louvado quatro peixes em par-ticular (parte III) e antes da repreensão particular a quatro criaturas marinhas (parteV ). Na parte IV  Vieira aponta

    críticas gerais aos peixes, para indiretamente repreender os homens.

    2   Representam o facto de alguns homens explorarem, dominarem e oprimirem outros homens.3   Nesta frase insinua-se que todas as atividades humanas das cidades são formas de os homens tentarem

    explorar e dominar outros homens. Nesta hipérbole afirma-se que todos querem participar nessa voragem.

    4   Neste parágrafo demonstra-se como, quando um indivíduo está às portas da morte, é explorado por todosos que o rodeiam e que querem o seu dinheiro.

      4.1  A enumeração («Comem-no os herdeiros, comem-no os testamenteiros, comem-no os legatários…»)é usada neste parágrafo para dar conta da grande quantidade e diversidade de pessoas que queremapropriar-se dos bens do moribundo. Desta forma se identificam também esses indivíduos.

    II

    1   O Sermão de Santo António aos Peixes é uma alegoria porque, através de uma rede de símbolos e metáforas,o pregador passa a sua mensagem religiosa e representa os principais vícios da humanidade e, mais parti-cularmente, do seu auditório de colonos do Brasil. O sal simboliza os pregadores, que devem ter a funçãode promover as virtudes e impedir que os homens se degradem moralmente. Já os peixes, tanto representam

    os bons exemplos humanos a seguir como os pecados e os vícios a evitar: no primeiro caso encontra-se arémora, no segundo, o voador. Outros elementos contribuem, pela sua simbologia, para a alegoria: o factode os peixes se comerem uns aos outros alude à exploração e à opressão; as naus da parte II representampecados, etc.

    III

    1   a)  Aspeto genérico (aceita-se iterativo e habitual); b) Aspeto iterativo;

      1.1  Por exemplo: O pescador começou a pescar.

    2   a)  Ato ilocutório expressivo; b) Ato ilocutório assertivo; c) Ato ilocutório diretivo.

    FICHA FORMATIVA 5  PÁG. 53

    I

    1   Neste excerto, pertencente à cena VIII do ato I, Manuel de Sousa Coutinho já foi informado de que os gover-nadores do reino ao serviço de Espanha decidiram hospedar-se em sua casa. A personagem sente comouma afronta a obrigação de os acolher e decide abandonar o seu palácio, incendiando-o em seguida.

    2   Ao proferir esta frase, Manuel encarna o orgulho de ser português, revelando todo o seu patriotismo e

    determinação em defender a causa independentista portuguesa quando o País estava então sob domínioespanhol e muitos venderam a sua fidelidade aos Filipes. Manuel não seguiu esse caminho. Mostrará que éíntegro e que lutará pela independência, desobedecendo e incendiando a sua própria casa.

    3   Madalena era uma esposa obediente, pois secundava todas as vontades de Manuel. Era também muitoinsegura, receosa e inquieta, pois vivia com um enorme receio daquilo que lhe podia vir a acontecer a si eà sua família.

    4   Madalena não quer voltar àquela casa porque o palácio lhe recorda os receios de que D. João possa estarvivo e regressar. Tal situação implicaria o fim da família.

    5   Madalena está certa de que a desgraça cairá sobre a sua família, se se mudarem para aquela casa. Trata-sede um presságio, pois tal virá, efetivamente, a acontecer quando D. João de Portugal regressar e trouxer

    consigo a ruína daquela família.

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    PARTE

    R  e s   p o s  t    a s 

    103.1  Uma personagem-tipo é uma figura que representa um grupo social e que partilha os traços caracte-

    rísticos desse grupo. Dâmaso corresponde a esse conceito, na medida em que encarna o tipo do

    provinciano novo-rico e vaidoso, que se preocupa, acima de tudo, com as aparências.

    4   Ao recorrer a vocábulos ou expressões francesas, o narrador chama a atenção para uma certa presunçãosocial, que valorizava o estrangeiro; algumas expressões coloquiais de Dâmaso («é lá que me pilham!»,

    «é direitinho para Paris!», «Isto aqui é um chiqueiro…») traem a pose presunçosa da personagem, revelandoa sua falta de caráter e a sua dimensão ridícula.

    II

    1   Espaço social é uma dimensão da categoria narrativa espaço e consiste na criação de ambientes que sepropiciam à análise e à crítica dos comportamentos de certos grupos ou de certos tipos sociais. N'Os Maias o espaço social irrompe em vários episódios como o do Hipódromo, o Jantar dos Gouvarinhos, o Sarau da

     Trindade, entre outros. Os lugares (a casa dos Gouvarinhos, o Teatro da Trindade, etc.) são apenas o palcoonde as personagens e os grupos sociais revelam o que, de facto, são. No episódio do jantar no Hotel Cen-tral denunciam-se a indiferença e a falta de responsabilidade da classe pensante do País, ao passo que nasequência narrativa que tem lugar no Teatro da Trindade se expõem alguns comportamentos e falhas dasociedade burguesa do fim de Oitocentos.

    III

    1   a)  Aspeto perfetivo; b) Aspeto durativo; c)  Aspeto incoativo.

    2   a)  todos: sujeito; no Hotel de Nantes: predicativo do sujeito.

      b)  escarlate: modificador apositivo do nome; de gozo: complemento oblíquo.

    FICHA FORMATIVA 9  PÁG. 65

    I

    1   1.1 O eu poético descreve uma grande cidade do século XIX, Lisboa. A urbe é «moderna» e exibe marcas

    da industrialização («chaminés», «edifícios», «via-férrea»). A vida dos seus habitantes é agitada («o bulício»);porém, a atmosfera é pesada («O gás […] enjoa-me, perturba»), e o labirinto de ruas e «edifícios» desperta

    uma sensação de claustrofobia («Semelham-se a gaiolas […] / As edificações»).

    2   O estado de espírito do eu poético é de melancolia, náusea («enjoa-me») e profundo desânimo. São o cená-rio, a atmosfera da cidade e o modo de vida dos seus habitantes que o deixam neste estado.

    3   Desta forma, o eu lírico vai dando conta de diversos locais da cidade e vai «revelando» os diferentes tipos depessoas que aí vivem.

    4   Comparação. O eu poético encontra semelhanças entre os prédios e as gaiolas para dar conta de que oshabitantes da cidade vivem enjaulados, aprisionados, nas suas casas.

    5   Cesário recorre a um léxico que não habitava antes a poesia para representar a vida na cidade moderna:«chaminés», «via-férrea», «enfarruscados», etc. Porém, usa de forma expressiva o adjetivo duplo («cor monó-tona e londrina») para projetar a subjetividade do eu nos elementos descritos. Por fim, o verso longo (decas-sílabos e alexandrinos) aproxima esta poesia do ritmo da prosa.

    II

    1   1.1 Resposta aberta.

    III

    1   a)  Predicativo do sujeito; b) Complemento direto; c) Complemento direto.

    2   a)  Aspeto genérico; b) Aspeto durativo (aceita-se imperfetivo); c) Aspeto iterativo (aceita-se imperfetivo).

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    PARTE

           R     e     s     p     o     s      t     a     s

    10FICHA FORMATIVA 10  PÁG. 68

    I

    1   O sujeito poético evoca o momento em que a sua família se viu obrigada a fugir da cidade para não sucumbiràs epidemias e a morte posterior de um dos elementos do seu núcleo familiar, aquando do seu regresso à cidade.

    2   O sujeito poético explica o seu amor pelo campo pelo facto de ter sido a sua fuga para este espaço que

    permitiu à sua família salvar a vida, num momento em que a cidade era assolada pela cólera e pela febre--amarela.

    3   A cidade surge como um espaço associado à doença e à morte: «a Febre e a Cólera também andaram nacidade», «o que se ouvia sempre era o dobrar dos sinos; / Mesmo no nosso prédio, os outros inquilinos

    morreram todos», «Uma iluminação a azeite de purgueira, / De noite amarelava os prédios macilentos», «Ele,dum lado, via os filhos achacados, / Um lívido flagelo e uma moléstia horrenda!». A sua carga negativa éacentuada pelo facto de ser investida de contornos infernais: «Barricas de alcatrão ardiam; de maneira / Quetinham tons de inferno outros arruamentos». Pelo contrário, o campo é um local associado à fertilidade e àvida: «Toda a vegetação, pletórica, potente, / Ganhava imenso com a enorme mortandade!», «Num ímpetode seiva os arvoredos fartos, / Numa opulenta fúria as novidades todas, / Como uma universal celebraçãode bodas, / Amaram-se! E depois houve soberbos partos», «E via, do outro lado, eiras, lezírias, prados, / E umsalutar refúgio e um lucro na vivenda!».

    4   A figura de estilo é a personificação.

      4.1  Através desta figura de estilo, pretende-se transmitir a ideia de que a palidez característica da doençase alargou dos habitantes da cidade aos próprios edifícios.

    5   A expressão textual que demonstra a opinião que o sujeito poético tem da cidade é «capital maldita».

    6   Neste verso, «polir» significa escrever sobre algo. O sujeito poético apresenta-se como poeta, como é pos-sível verificar pela referência aos seus «amados versos» na última estrofe. O facto de a escrita ser associadaà atividade de polir algo demonstra que esta é vista com um processo de depuração da linguagem.

    7   7.1  A comparação presente no verso «Viu o seu fim chegar como um medonho muro» realça o caráterassustador da morte, que aqui é encarada como um fim abrupto e definitivo.

    8   O sujeito poético reagiu à morte de um rapaz da sua família com tristeza e revolta: «E eu sempre lembrarei,triste, as palavras ternas, / Com que se despediu de todos e do mundo!», «Não sei de um infortúnio imensocomo o seu!» e «De tal maneira que hoje, eu desgostoso e azedo / Com tanta crueldade e tantas injustiças, /Se inda trabalho é como os presos no degredo, / Com planos de vingança e ideias insubmissas.».

    II

    1   a)  Deítico espacial.

      b) Deítico pessoal.

      c) Deítico pessoal.

      d) Deítico espacial.