Resumo

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 1  Resumo  Resumo Disciplina de IPA I  Resumo  Resumo  Resumo  Resumo  Resumo  Resumo  Resumo  Resumo  Resumir um texto significa reduzi - lo à s id é ias  principais do assunto abordado, sem perder de vista a essência desse texto.  Para que isso aconte ç a, é  necess á rio organizar alguns elementos significativos para um bom resultado no que se pretende.  Hierarquia de Passos para se  Hierarquia de Passos para se  Hierarquia de Passos para se  Hierarquia de Passos para se  Hierarquia de Passos para se  Hierarquia de Passos para se  Hierarquia de Passos para se  Hierarquia de Passos para se  Fazer um Resumo  Fazer um Resumo  Fazer um Resumo  Fazer um Resumo  Fazer um Resumo  Fazer um Resumo  Fazer um Resumo  Fazer um Resumo 1.  Leitura integral do texto, para um primeiro contato; 2. Sublinhar, a cada par á  grafo lido, a id é ia n ú cleo, id é ia  principal, id é ia central ou t ó  pico frasal; 3.  Utiliza ç ão de um esquema, para que haja um aquecimento do trabalho para o resumo, ou seja, das  palavras - chave do texto para que se construa um     esqueleto     do material a ser resumido;  Hierarquia de Passos para se  Hierarquia de Passos para se  Hierarquia de Passos para se  Hierarquia de Passos para se  Hierarquia de Passos para se  Hierarquia de Passos para se  Hierarquia de Passos para se  Hierarquia de Passos para se  Fazer um Resumo  Fazer um Resumo  Fazer um Resumo  Fazer um Resumo  Fazer um Resumo  Fazer um Resumo  Fazer um Resumo  Fazer um Resumo 4. O esquema pode ser organizado na forma horizontal ou vertical, j á que o objetivo dele é contemplar as id é ias - n ú cleo com clareza e precisão; 5.  No esquema é comum que o autor fa ç a uso de s í mbolos diversos como marcas de referência e compreensão, como setas, c í rculos, chaves, etc.; para que ele pr ó  prio consiga compreender melhor a leitura que pretende resumir. Como Redigir um Resumo Como Redigir um Resumo Como Redigir um Resumo Como Redigir um Resumo Como Redigir um Resumo Como Redigir um Resumo Como Redigir um Resumo Como Redigir um Resumo  É  necess á rio uma segunda leitura do material que dever á ser resumido, para uma compreensão mais abrangente do que j á havia sido sublinhado antes. Caso seja necess á rio, recorrer ao dicion á rio e, sobretudo, compreender o sentido das palavras que estão relacionadas, pois são elas que estabelecerão o sentido das frases por meio de conectores. Os conectores são elementos fundamentais para a coesão e clareza do texto, tais como: mas, no entanto, assim, quando, porque, ora, e, antes, at é mesmo, etc. Como Redigir um Resumo Como Redigir um Resumo Como Redigir um Resumo Como Redigir um Resumo Como Redigir um Resumo Como Redigir um Resumo Como Redigir um Resumo Como Redigir um Resumo  Descrever com palavras pr ó  prias, desde que o resumo apresente as principais id é ias do texto de  forma condensada.  Não é  permitido que o a utor do resumo altere a  fidelidade do texto original, respeitando assim o  ponto de vista do autor, pois o objetivo maior do resumo é sintetizar as informa ç ões de um texto e direcionar o leitor para a compreensão e melhor aproveitamento das id é ias de seu interesse.

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Resumo

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  • 1ResumoResumo

    Disciplina de IPA I

    ResumoResumoResumoResumoResumoResumoResumoResumo

    Resumir um texto significa reduzi-lo s idias principais do assunto abordado, sem perder de vista a essncia desse texto.

    Para que isso acontea, necessrio organizar alguns elementos significativos para um bom resultado no que se pretende.

    Hierarquia de Passos para se Hierarquia de Passos para se Hierarquia de Passos para se Hierarquia de Passos para se Hierarquia de Passos para se Hierarquia de Passos para se Hierarquia de Passos para se Hierarquia de Passos para se Fazer um ResumoFazer um ResumoFazer um ResumoFazer um ResumoFazer um ResumoFazer um ResumoFazer um ResumoFazer um Resumo

    1. Leitura integral do texto, para um primeiro contato;

    2. Sublinhar, a cada pargrafo lido, a idia ncleo, idia principal, idia central ou tpico frasal;

    3. Utilizao de um esquema, para que haja um aquecimento do trabalho para o resumo, ou seja, das palavras-chave do texto para que se construa um esqueleto do material a ser resumido;

    Hierarquia de Passos para se Hierarquia de Passos para se Hierarquia de Passos para se Hierarquia de Passos para se Hierarquia de Passos para se Hierarquia de Passos para se Hierarquia de Passos para se Hierarquia de Passos para se Fazer um ResumoFazer um ResumoFazer um ResumoFazer um ResumoFazer um ResumoFazer um ResumoFazer um ResumoFazer um Resumo

    4. O esquema pode ser organizado na forma horizontal ou vertical, j que o objetivo dele contemplar as idias-ncleo com clareza e preciso;

    5. No esquema comum que o autor faa uso de smbolos diversos como marcas de referncia e compreenso, como setas, crculos, chaves, etc.; para que ele prprio consiga compreender melhor a leitura que pretende resumir.

    Como Redigir um ResumoComo Redigir um ResumoComo Redigir um ResumoComo Redigir um ResumoComo Redigir um ResumoComo Redigir um ResumoComo Redigir um ResumoComo Redigir um Resumo

    necessrio uma segunda leitura do material que dever ser resumido, para uma compreenso mais abrangente do que j havia sido sublinhado antes.

    Caso seja necessrio, recorrer ao dicionrio e, sobretudo, compreender o sentido das palavras que esto relacionadas, pois so elas que estabelecero o sentido das frases por meio de conectores.

    Os conectores so elementos fundamentais para a coeso e clareza do texto, tais como: mas, no entanto, assim,

    quando, porque, ora, e, antes, at mesmo, etc.

    Como Redigir um ResumoComo Redigir um ResumoComo Redigir um ResumoComo Redigir um ResumoComo Redigir um ResumoComo Redigir um ResumoComo Redigir um ResumoComo Redigir um Resumo

    Descrever com palavras prprias, desde que o resumo apresente as principais idias do texto de forma condensada.

    No permitido que o autor do resumo altere a fidelidade do texto original, respeitando assim o ponto de vista do autor, pois o objetivo maior do resumo sintetizar as informaes de um texto e direcionar o leitor para a compreenso e melhor aproveitamento das idias de seu interesse.

  • 2Como Redigir um ResumoComo Redigir um ResumoComo Redigir um ResumoComo Redigir um ResumoComo Redigir um ResumoComo Redigir um ResumoComo Redigir um ResumoComo Redigir um Resumo

    O domnio dessa tcnica, uma dentre tantas

    outras formas de estudo, colabora muitssimo para a formao acadmica/profissional dos alunos.

    Portanto, na redao do resumo deve-se priorizar as idias relevantes no texto, de maneira organizada e lgica. Ou seja, desenvolv-lo na mesma ordem que se apresenta o texto original, respeitando a seqncia de introduo, desenvolvimento e concluso.

    Exemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de Resumo

    Texto extrado de: FIORIN, J. L.; SAVIOLI, F. P. Para entender o

    texto: leitura e redao. 4. ed. So Paulo: tica, 1995. (p. 421 - 423)

    Exemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de ResumoNs, antroplogos sociais, que sistematicamente estudamos

    sociedades diferentes, fazemos isso quando viajamos. Em contato com sistemas sociais diferentes, tomamos conscincia de modalidades de ordenao espacial diversas que surgem aos nossos sentidos de modo inslito, apresentando problemas srios de orientao (...). E foi curioso e intrigante descobrir em Tquio que as casas tm um sistema de endereo pessoalizado e no impessoal como o nosso. Tudo muito parecido com as cidades brasileiras no interior onde, no obstante cada casa ter um nmero e cada rua um nome, as pessoas informam ao estrangeiro a posio das moradias de modo pessoalizado e at mesmo ntimo: A casa de Seu Chico fica ali em cima... do lado da mangueira... uma casa com cadeiras de lona na varanda... tem janelas verdes etelhado bem velho... fica logo depois do armazm do Seu Ribeiro...

    Exemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de Resumo

    Aqui, como vemos, o espao se confunde com a prpria ordem social de modo que, sem entender a sociedade com suas redes de relaes sociais e valores, no se pode interpretar como o espao concebido. Alis, nesses sistemas, pode-se dizer que o espao no existe como uma dimenso social independente e individualizada, estando sempre misturado, interligado ou embebido - como diria Karl Polany - em outros valores que servem para orientao geral. No exemplo, sublinhei a expresso em cima para revelar precisamente esse aspecto, dado que a sinalizao banalizada no universo social brasileiro do em cima e do embaixo nada tem a ver com altitudes topograficamente assinaladas, mas exprimem regies sociais convencionais e locais.

    Exemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de Resumo

    s vezes querem indicar antigidades (a parte mais velha da cidade fica mais em cima), noutros casos pretendem sugerir segmentao social e econmica: quem mora ou trabalha embaixo mais pobre e tem menos prestgio social e recursos econmicos. Tal era o caso da cidade de Salvador no perodo colonial, quando a chamada cidade baixa, no dizer de um historiador do perodo, era dominada pelo comrcio e no pela religio (dominante, junto com os servios pblicos mais importantes, na cidade alta). No cais -continua ele dando razo aos nossos argumentos - marinheiros, escravos e estivadores exerciam controle e a rea muito provavelmente fervilhava com a mesma bulha que l se encontra hoje em dia (Cf. Schwartz, 1979: 85).

    Exemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de Resumo

    Do mesmo modo e pela mesma sorte de lgica social, so muitas as cidades brasileiras que possuem a sua rua Direita mas que jamais tero, penso eu, uma rua esquerda! Foi assim no caso do Rio de Janeiro, que alm de ter a sua certssima rua Direita, realmente localizada direita do largo do Pao, possua tambm as suas ruas dos Pescadores, Alfndega, Quitanda (onde havia comrcio de fazenda), Ourives - dominada por joalheiros e artfices de metais raros - e muitas outras, que denunciavam com seus nomes as atividades que nelas se desenrolavam.

  • 3Exemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de Resumo

    Daniel P. Kidder, missionrio norte-americano que aqui residiu entre 1837 e 1840, escreveu uma viva e sensvel descrio das ruas do Rio de Janeiro e do seu movimento, no deixando de ressaltar no seu relato alguma surpresa pelos seus estranhos nomes e sua notvel, diria eu, metonmia ou unidade de continentes e contedos.

    Ora, tudo isso contrata claramente com o modo de assinalar posies das cidades norte-americanas, onde as coordenadas de indicao so positivamente geomtricas, decididamente topogrficas e, por causa disso mesmo, pretendem-se estar classificadas por um cdigo muito mais universal e racional.

    Exemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de ResumoExemplo de Resumo

    Assim, as cidades dos Estados Unidos se orientam muito mais em termos de pontos cardeais - Norte/Sul, Leste/Oeste - e de um sistema numeral para ruas e avenidas, do que qualquer acidente geogrfico, ou qualquer episdio histrico, ou - ainda - alguma caracterstica social e/ou poltica. Nova Iorque, conforme todos sabemos, o exemplo mais bem-acabado disso que , porm, comum a todos os Estados Unidos. Se l ento mais fcil para um brasileiro navegar socialmente nas cidades e estradas, simplesmente porque ele (ou ela) no est habituado a uma forma de denotar o espao onde a forma de notao surge de modo muito mais individualizado, quantificado e impessoalizado.

    (DA MATTA, Roberto. A casa e a rua: espao, cidadania, mulher e morte no Brasil. So Paulo: Brasiliense, 1985. p. 25 27)

    Analisando o TextoAnalisando o TextoAnalisando o TextoAnalisando o TextoAnalisando o TextoAnalisando o TextoAnalisando o TextoAnalisando o Texto

    Depois de ler o texto do comeo ao fim, vemos que ele trata do modo distinto como cada sistema social

    organiza o espao.

    Depois percebemos o movimento do texto: afirmao de que existem diferentes maneiras de ordenao espacial e, em seguida, ilustrao dessa idias, comparando a maneira de ordenar e denominar o espao nas cidades brasileiras e a de fazer a mesma operao nas cidades norte-americanas.

    Analisando o TextoAnalisando o TextoAnalisando o TextoAnalisando o TextoAnalisando o TextoAnalisando o TextoAnalisando o TextoAnalisando o Texto

    O texto divide-se em duas grandes partes: proposio e ilustrao.

    A segunda parte divide-se segundo o critrio de oposio espacial: Brasil x Estados Unidos (Tquio no levada em conta, porque a observao a respeito dos endereos no Japo serve apenas para introduzir o problema da indicao dos endereos no Brasil).

    Analisando o TextoAnalisando o TextoAnalisando o TextoAnalisando o TextoAnalisando o TextoAnalisando o TextoAnalisando o TextoAnalisando o Texto

    Para facilitar, podemos segmentar o texto em trs partes:

    1. Ns, antroplogos sociais at problemas srios de orientao;

    2. E foi curioso e intrigante at unidade de continente e de contedo;

    3. Ora, tudo isso contrata at o fim.

    Segmentando o Texto Segmentando o Texto Segmentando o Texto Segmentando o Texto Segmentando o Texto Segmentando o Texto Segmentando o Texto Segmentando o Texto Parte 1Parte 1Parte 1Parte 1Parte 1Parte 1Parte 1Parte 1

    Ns, antroplogos sociais, que sistematicamente estudamos sociedades diferentes, fazemos isso quando viajamos. Em contato com sistemas sociais diferentes, tomamos conscincia de modalidades de ordenao espacial diversas que surgem aos nossos sentidos de modo inslito, apresentando problemas srios de orientao.

    1. Existncia de uma ordenao espacial peculiar a cada sistema social;

  • 4Segmentando o Texto Segmentando o Texto Segmentando o Texto Segmentando o Texto Segmentando o Texto Segmentando o Texto Segmentando o Texto Segmentando o Texto Parte 2Parte 2Parte 2Parte 2Parte 2Parte 2Parte 2Parte 2

    E foi curioso e intrigante descobrir em Tquio que as casas tm um sistema de endereo pessoalizado e no impessoal como o nosso. Tudo muito parecido com as cidades brasileiras no interior onde,no obstante cada casa ter um nmero e cada rua um nome, as pessoas informam ao estrangeiro a posio das moradias de modo pessoalizado e at mesmo ntimo (...). Daniel P. Kidder, missionrio norte-americano que aqui residiu entre 1837 e 1840, escreveu uma viva e sensvel descrio das ruas do Rio de Janeiro e do seu movimento, no deixando de ressaltar no seu relato alguma surpresa pelos seus estranhos nomes e sua notvel, diria eu, metonmia ou unidade de continentes e contedos.

    2. Brasil - ordenao e denominao do espao a partir de critrios pessoais, sociais;

    Segmentando o Texto Segmentando o Texto Segmentando o Texto Segmentando o Texto Segmentando o Texto Segmentando o Texto Segmentando o Texto Segmentando o Texto Parte 3Parte 3Parte 3Parte 3Parte 3Parte 3Parte 3Parte 3

    Ora, tudo isso contrata claramente com o modo de assinalar posies das cidades norte-americanas, onde as coordenadas de indicao so positivamente geomtricas, decididamente topogrficas e, por causa disso mesmo, pretendem-se estar classificadas por um cdigo muito mais universal e racional (...). Se l ento mais fcil para um brasileiro navegar socialmente nas cidades e estradas, simplesmente porque ele (ou ela) no est habituado a uma forma de denotar o espao onde a forma de notao surge de modo muito mais individualizado, quantificado e impessoalizado.

    3. Estados Unidos - ordenao e denominao do espao a partir de critrios impessoais.

    Analisando o TextoAnalisando o TextoAnalisando o TextoAnalisando o TextoAnalisando o TextoAnalisando o TextoAnalisando o TextoAnalisando o Texto

    As partes resumem-se da seguinte maneira:

    1. Existncia de uma ordenao espacial peculiar a cada sistema social;

    2. Brasil - ordenao e denominao do espao a partir de critrios pessoais, sociais;

    3. Estados Unidos - ordenao e denominao do espao a partir de critrios impessoais.

    PossPossPossPossPossPossPossPossvel Redavel Redavel Redavel Redavel Redavel Redavel Redavel Redao Final do Resumoo Final do Resumoo Final do Resumoo Final do Resumoo Final do Resumoo Final do Resumoo Final do Resumoo Final do Resumo

    Cada sistema social concebe a ordenao do espao de uma maneira tpica. No Brasil, o espao no concebido como um elemento independente dos valores sociais, mas est embebido neles. Expresses como em cima e embaixo, por exemplo, no exprimem propriamente a noo de altitudes, mas indicam regies sociais. As avenidas e ruas recebem nomes indicativos de episdios histricos, de acidentes geogrficos ou de alguma caracterstica social ou poltica. Nas cidades norte-americanas, a orientao espacial feita pelos pontos cardeais e as ruas e avenidas recebem um nmero e no um nome. Concebe-se, ento, o espao como um elemento dotado de impessoalidade, sem qualquer relao com os valores sociais.