Resumo aula 08

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Administrao Estratgica Aula 8 Artigos 8.1 e 8.2Rafael Desconsi Ideu-Uninter Mestrado em Administrao

O artigo 8.1 nominado de Moda em teoria da organizao, uma anlise da moda em teoria da organizao, destaca uma anlise emprica de difuso de conceitos tericos. Os autores do artigo so Suleika Bort e Alfred Kieser. Mesmo numa anlise de teorias sobre teoria da organizao, os autores relatam que a moda est presente em todos os segmentos, at mesmo no mundo cientfico. Os cientistas, comparando outras reas como a poltica, roupas, esportes, artes visuais e demais setores, usam a moda a seu favor.Mesmo vendo de forma pejorativa o termo moda, a mesma promove inovao e muitos cientistas buscam traduzir ideias de gesto para buscar novas formas de conceituao. O estudo apresentado pelos autores, procuram estudar a moda como um fenmeno social que permeia outras reas de atuao social.A moda como imitao traz noo de que a imitao satisfaz a demanda de adaptao social. Dessa forma a moda difere conforme diferentes classes. As pessoas tm preferncias por imitar quem a seu ver est num grau social mais alto. Dessa forma, os indivduos imitam outros que eles percebem terem sucesso em determinada rea ou aqueles que representam um status mais elevado. O perodo de durao da moda pode ser de curto prazo como no setor do vesturio ou por mais tempo em outros setores.A cincia, por sua vez, a luz do que os autores publicaram, deve ter alguns pr-requisitos como ser universal, possuir iseno de valor ou neutralidade e ser objetiva. A moda contrasta com os pressupostos da cincia, pois subjetiva, possui valor e tem curta durao. Diante desses extremos, na moda no cabe progresso de teorias cientficas. Teorias corretas permanecem enquanto as erradas so e devem ser corrigidas.Os cientistas buscam na moda uma forma de divulgarem e aparecerem frente a outros pesquisadores. A moda lhes traz satisfao e status junto a comunidade cientfica. uma estratgia de atuao.Conceitos so mais fceis de serem formulados do que teorias. Enquanto no se acham respostas para as teorias, os pesquisadores vo elaborando conceitos at encontrarem um que seja prximo de se transformar em teoria. As citaes de autores renomados tambm atrai outros pesquisadores para que fiquem prximos de pessoas de renome. Isso, conforme os autores, melhora a conexo e dessa forma a possibilidade do artigo ficar em destaque ou ser mais citado.O artigo tambm menciona hipteses sobre moda em teorias. A hiptese 1 que a taxa na qual so referidos os conceitos que so apresentados em revistas de alto nvel maior do que para os conceitos que so introduzidos no mais baixo ranking de revistas. A hiptese 2 diz que a taxa na qual so referidos os conceitos de autores com alta reputao, maior do que os conceitos de autores com menos reputao. A hiptese 3 fala que a taxa na qual so referidos os conceitos relacionados a uma teoria popular maior do que para os conceitos que esto relacionados a uma teoria popular. Tambm citando o positivismo, os autores sugerem que uma relao entre a prtica e a teoria semelhante a cincia e engenharia que contribui para uma atratividade. O positivismo quantitativo impulsionado tambm por softwares de anlises. A hiptese 4 fala que a taxa na qual so referidos os conceitos que englobam uma metodologia para a pesquisa emprica, quantitativa maior do que conceitos que no oferecem tal metodologia. Continuando, levantada a hiptese 5, que relata que a porcentagem de artigos relacionados a economia aumenta ao longo do tempo. A estrutura e fonte de dados do artigo foi montada seguindo uma ordem emprica qualitativa, onde foi coletada todas as palavras ou combinaes de palavras com o conceito que apareceu no ttulo e no resumo, para cada ano de 1960 a 2000 em seis peridicos. Em seguida foi verificado se o conceito pertencia a uma teoria da organizao.A seguir foi feito a operacionalizao de variveis, verificado a frequncia de conceitos, artigos e citaes por meio do banco de dados SSCI, a popularidade de uma teoria que se referia a um conceito. O fator de impacto foi usado como um indicador de prestgio de um jornal. A reputao do originador do conceito tambm foi analisado pela qualidade e quantidade de publicaes em peridicos internacionais, excluindo livros, resenhas de livros ou notas editoriais.Os resultados encontrados pelos autores que a proporo de artigos por ano a que se referem a conceitos aumenta ao longo do tempo. A frequncia de publicaes anteriores do mesmo conceito e idade dos artigos tem um efeito positivo mesmo a influncia no sendo linear. A concluso de que com os estudos e resultados obtidos, a moda em teoria da organizao tem uma funo em forma de sino. Os resultados sugerem que trabalhar com conceitos jovens no so atraentes para os estudiosos.As pesquisas mostraram que a moda prevalece na teoria da organizao. E trs perguntas so levantadas com esse resultado: A moda positiva ou negativa para a cincia? A dinmica da moda na cincia tem efeitos de rankings e outras formas de avaliao de desempenho, positiva? A concluso que a moda sobre a forma de modismo tem um efeito negativo e faz com que pesquisadores cada vez mais busquem fazer trabalhos de forma massante e sem originalidade. Entretanto a moda fomenta inovao. Alm disso, os pesquisadores so forados a publicar em revistas de alto escalo. O fator de impacto nesse caso, fora os mesmos a produzirem trabalhos condizentes com as revistas onde iro publicar. O artigo 8.2, Religio e Organizao, uma reviso crtica das tendncias futuras, de autoria de Paul Tracey, relata a importncia do estudo da religio e a interseco com as organizaes. A religio considerada um tema sensvel para o estudo ou pode ser porque os pesquisadores acham um tema distante de organizaes.A religio tem grande importncia porque teve grandes movimentos como a expanso de grupos como conservadorismo religioso, pentecostalismo evanglico e movimento evanglico nos Estados Unidos. Alm disso, tem grande relevncia no movimento do comrcio justo e de negcios sociais. Mesmo assim os tericos de gesto recusam-se a estudar um tema to atraente. A seguir feita uma reviso sociolgica da religio e organizaes religiosas.A religio e a economia esto intrinsecamente ligados. A religio considerada um projeto de alienao para mascarar a explorao que infunde o capitalismo, segundo o autor. Dessa forma, os capitalistas podem controlar o capital e o grupo que est no topo dos grupos religiosos controlam a produo de ideias. Em outras palavras, os autores ressaltam que a religio um mecanismo de controle da elite. feito um comparativo entre Marx, Weber e Durkhein. Uma comparao entre seita e igreja levantada. A seita exclusiva enquanto as igrejas so inclusivas. As igrejas so mais tolerantes com a sociedade enquanto seitas exige o respeito por crenas e praticas rigorosas em que as transgresses dessas regras culminam em expulso. Com o passar do tempo, as seitas vo se tornando igrejas e grupos internos das igrejas rompem e formam uma nova seita que continua num ciclo. Mesmo assim a teoria da igreja-seita no totalmente aceita pelos estudiosos. Isso porque h casos, como o Euro Cristianismo no se enquadram nessa teoria.J na teoria da escolha racional, uma srie de premissas microeconmicas cerca o comportamento do ser humano. Eles tentam fazer escolhas racionais com base em custo-benefcio. As pessoas esto preparadas para aceitar os custos desde que haja um benefcio nisso, uma negociao. Legitimidade, redes de benefcios, sensao de pertencimento ao grupo, enfim, uma recompensa. como um comrcio religioso onde o fiel disputado conforme empresas buscam clientes.Nas teorias culturais, a religio estudada com vrios contextos diferentes que estudam como os indivduos forma novos grupos e tipos sociais. A reconstruo da identidade social de um indivduo uma parte crucial do processo de converso. Nisso ressaltado a importncia dos processos individuais e de grupo, o papel fundamental da simbologia e fatores adicionais e que os processos individuais podem ser de curto prazo ou de longo prazo. Tambm ressaltado que a nova teoria institucional faz parte da abordagem cultural na sociologia das religies.O estudo da religio em Gesto e Teoria da Organizao mostra que importantes movimentos como o movimento de temperana, nos EUA desafiaram o consumo de lcool no final do sculo XIX, com efeito de minar as cervejarias e promover uma indstria de bebidas leves. Em outro trabalho, o movimento de abolio das escravatura ou anti-escravido foi organizada no final do sculo dezoito e incio do sculo dezenove. Dessa forma liga-se os movimentos sociais aos grupos e organizaes religiosas.A estratgia e desempenho das organizaes religiosas liga o tema em que as organizaes religiosas encontram-se constantemente disputando espao, recursos e fiis. A vantagem competitiva percebida nas organizaes religiosas tambm citada pelo autor. Em trs vertentes principais, a credibilidade do compromisso dos fundadores e a legitimidade percebida de seu movimento, a capacidade da organizao para recursos organizacionais raros e inimitveis e a capacidade de construir uma estratgia diferenciada que permite a organizao de tocar em segmentos de clientes exclusivos. Do ponto de vista da mudana organizacional o autor cita que as organizaes religiosas tendem a se adaptar para permanecer vivas. Se readaptam conforme as necessidades. Foi feito um comparativo entre grandes religies e empresas com semelhana em sua mudana organizacional, como exemplo, a Igreja catlica e a IBM em determinado momento do tempo.A cultura organizacional de uma religio foi estudada num colgio de meninos catlicos e uma escola de meninas, onde a cultura organizacional era repassada e assimilada de forma traumtica. O reforo psicolgico para assimilao da cultura era formalmente reforada para que os alunos internalizassem os aspectos da cultura da escola.No poder, autoridade e discriminao, o autor destaca que estudos com algumas igrejas da Inglaterra reforam a necessidade das igrejas em exercer controle e contratar pessoas para atuar na rea administrativa. A fora que as igrejas tm para fazer com que seus membros passem a obedecer as regras administrativas fazem com que haja coao por parte dos lderes para fazer com que a ideologia seja bem compreendida e executada.Ademais, muitos outros tpicos foram descritos no presente artigo, como religio e comportamento individual organizacional, tica nos negcios, efetuando comparao entre funcionrios que possuam uma postura religiosa e os que no tinham e seus valores de ticas, estudos comparativos olhando a religio como diversos aspectos de diferentes culturas nacionais e os efeitos, a religio e a identidade social, a espiritualidade no ambiente de trabalho, ideias religiosas seculares em contextos, comparando a figura de pastores com gerentes e uma mudana pessoal radical no cristianismo evanglico. Foi sugerido vrios temas para pesquisas futuras como sobre a nova teoria institucional, identidade organizacional e na viso baseada em recursos e capacidades dinmicas.