ASPECTOS HISTÓRICOSMarie Curie, nasceu 7 de novembro de 1867, na Polônia.

Aos 15 anos formou-se no colegial um ano antes e recebeu a medalha de ouro. Pelas dificuldades financeiras da família Marie conseguiu trabalho de professora. E no dia-a-dia, desenvolvia na Universidade livre (ilegal pela Russia), socialismo, ciência e ceticismo, e deixou de lado sua crença religiosa. Desenvolveu leituras de variadas línguas, como: alemão, russo e francês. Gostava de álgebra e equações, pois seu “hobi” era matemática.

Em 1891, foi para Paris com 24 anos, ainda sem realizar sua graduação, se viu diante contemporâneos prestes a realizar descobertas científicas, como Einstein, sobre a relatividade, Marconi com sinais através do canal da Mancha e Rutherford entrando na ciência da física nuclear. Marie foi de Varsóvia à Paris e lá, matriculou-se na Faculté de Sciences da Sorbonne, uma Universidade de Paris. Diante de vários pesquisadores, Marie fez contato Henri Poincaré, matemático, com preleções de 1893 sobre a teoria da probabilidade, mas se habilitou em matemática para as ciências, e em 1893, formou-se em licenciatura, classificando-se em primeira de ciência física e em segunda de matemática. Neste mesmo ano suas pesquisas foram sobre propriedades magnéticas do aço.

Marie casou-se com Pierre Curie, sendo a primeira colocada no exame de física da agrégation e a segunda de matemática. Engravidou em 1897, deu à luz sua primeira filha, Irène. Pierre e Marie estudaram a física teórica, a física do século XX.

Em 1895, o físico alemão Wilhelm Röntgen fez experiências, e percebeu a passagem de corrente elétrica por um tubo de vácuo parcial (tubo de raios catódicos), onde pegou um pedaço de papel revestido e colocou na sala ao lado, e ao fechar as persianas e porta, com o tubo ligado viu que o papel luziu de novo, então, chamou a este fenômeno de raios X, assim, descobriu que atravessavam o papel, madeira e metais. Em 1896 revelou sua descoberta numa conferência pública. E recebeu o primeiro Prêmio Nobel de física, em 1901.

O químico francês Henri Becquerel, ouviu falar da descoberta de Röntgen e lembrou-se dos experimentos de seu pai sobre fluorescência e

CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA EM SALA DE AULA

relacionou com os de platinocianeto de bário. Em 1896, Becquerel fez experimentos com um sal duplo de urânio (sulfato de potássio uranilo), pôs sobre uma chapa fotográfica com papel preto e expôs à luz solar e descobriu que a fluorescência produzia raios X.

Incentivada por Becquerel, Marie passou a estudar essa forma de radiação e concluiu seu período como membro da equipe de pesquisa de Lippmann, mas Pierre conseguiu permissão para ela usar um espaço num seu laboratório na Escola de Física e Química Industriais. Marie Curie iniciou seus experimentos em 1897.

Estudou a radiação emitida por sulfato de potássio uranilo, dando o nome de radioatividade e confirmou que a radioatividade eletrificava passava pelo ar, por ionização, conforme a intensidade, onde utilizou o efeito piezelétrico, que foi descoberto por Pierre Curie e seu irmão Jacques pouco mais de uma década antes, pois quanto maior a pressão sobre o cristal exigida para contrabalancear o efeito elétrico no ar radioativo, maior a radioatividade. Mas com seu esposo Pierre Curie, Marie fez estudos com materiais emissores de radiação para encontrar outros elementos e em 1898, descobriram que algum componente liberava mais energia que o urânio, no entanto, em 26 de dezembro, Marie Curie revelou a descoberta à Academia de Ciências de Paris, ao isolar dois elementos químicos, um foi chamado de polônio, em homenagem à Polônia sua terra natal e outro foi chamou de rádio, por causa de sua radiação. O casal Curie, embora não tenha patenteado a descoberta, contribuíram para a ciência e criaram as palavras radioativo e radiação nas características da energia liberada livremente pelos elementos químicos.

Em 1903, Marie recebeu junto com seu esposo Pierre e o amigo Becquerel, o Prêmio Nobel de Física pelos estudos da radiação, tornando-se doutora.Perdeu seu marido em um acidente, em 1906 e foi indicada para assumir o lugar como professora de Física Geral, na Sorbonne.Em 1911, Marie recebe o prêmio Nobel, pela descoberta dos elementos polônio e rádio assim como, foi nomeada como Diretora do Laboratório Curie, no Instituto do Radium, da Universidade de Paris, a qual foi fundado em 1914. Em 1922 tornou-se membro associado livre da Academia de Medicina. Fundou o Instituto do rádio.

Em 1934, na França, Marie Curie morre de leucemia desenvolvida em função da exposição aos raios emitidos da radiação, durante seu trabalho

de pesquisa.