Resumo de Biologia

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TURMA DO M˘RIO www.turmadomario.com.br 1 PARA LEMBRAR NO VESTIBULAR Organelas Ribossomos fazem protídios, lisossomos, a digestão e o (complexo) golgiense faz: polissacarídeos, armazenamento, empacotamento e secreção Mas, também faz algo mais ... o que será que ele faz? Faz o acrossomo e até o lisossomo. Cloroplasto: fotossíntese; Mitocôndria: respiração; cílios e flagelos : locomoção e o peroxissomo, o que faz então? Ele faz a desintoxicação. Centríolos fazem: flagelos e cílios Nove grupos de três (microtúbulos protéicos) : centríolos Nove grupos de dois (microtúbulos protéicos), com dois (microtúbulos protéicos), centrais:flagelos ou cílios. Cílios têm tamanho menor e número maior, Flagelos têm tamanho maior e número menor. Todo retículo faz transporte, mas há dois tipos de retículos: o (retículo endoplasmático) rugoso (ou ergastoplasma) e o (retículo endoplasmático) liso. O R.E. rugoso (ou retículo endoplasmático granular ou ergastoplasma) tem ribossomos aderidos – ele faz protídios, mas o R.E. liso (ou retículo endoplasmático agranular) não. Assim, ele (o R.E liso) faz lipídios. Citoesqueleto é uma rede de fibras protéicas interligadas e entrelaçadas, importantes para a sustentação esquelética da célula. Plasmalema Membrana plasmática envolve toda célula: ela seleciona o que deve passar por ela (é semipermeável, apresenta permeabilidade seletiva e permite separar o meio externo do conteúdo interno da célula) Cromatina Cromatina tem DNA (e proteínas) Do núcleo (em células eucarióticas) ela controla a atividade celular. Obs.: Lembrar que em bactérias (organismos procariontes) o cromossomo é constituído apenas por DNA. Osmose A água sempre vai, por osmose, (do meio) hipotônico para o ( meio) hipertônico. Célula de animal e a de vegetal em meio hipotônico, ganham água – a animal até estourar (hemólise, plasmoptise), mas a vegetal, não, porque ela tem parede celular. Célula animal e vegetal em meio hipertônico, perdem água – a animal fica enrugada (sofre crenação) e a vegetal fica plasmolisada (mas, se uma célula plasmolisada, for colocada em solução hipotônica, ganhará água e poderá sofrer desplasmólise). Células animais e vegetais em soluções isotônicas estão em equilíbrio de concentrações. Assim, entra e sai água na mesma proporção e as células não sofrem alteração de volume. Célula vegetal e osmose Sc = Si – M ou DPD = PO – PT Se Sc for zero (Sc = 0, ocorre quando Si = M), quanta água eu quero? Resposta zero (a célula já está túrgida), mas se Sc for igual a Si, quero água sim (Sc = Si, ocorre quando M = 0 e a célula pode estar plasmolisada.) Há autores que dizem que em meio isotônico, a célula vegetal permanece flácida, sendo que a membrana plasmática apenas toca a membrana esquelética (ou parede celular) e esta não exerce pressão para dificultar a entrada de água. ( M = 0 e Sc = Si). Se Sc = Si + M, a água evaporou (ocorreu evapotranspiração) e a célula, murcha ficou (há quem considere que a célula está retraída). Vacina tem o antígeno, mas soro tem anticorpo. Se uma cobra me picar, soro eu vou tomar. Mas, se o que quero é prevenção, vacina é a opção. Lembrar que Sc = SI – M, mas em caso de célula murcha, M < 0, logo: Sc = Si – (-- M), resultando Sc = Si + M. Transporte passivo e ativo: O ativo gasta energia, mas o passivo não. Se quero equilíbrio (de concentrações) vou buscar o (transporte) passivo, mas se quiser desequilíbrio (de concentrações), vou partir para o (transporte) ativo. Bomba de sódio e potássio é um exemplo de (transporte) ativo, mas difusão (difusão simples, difusão facilitada e osmose) é exemplo de (transporte) passivo. Pinocitose e fagocitose Se a célula engloba partículas relativamente grandes e sólidas com formação de pseudópodes é fagocitose. Englobamento de pequenas gotículas, com invaginação da plasmalema (ocorre formação do canal de pinocitose) é pinocitose. Polissacarídios Amido (tem papel de) reserva energética vegetal, glicogênio (tem papel de) reserva energética animal; celulose e quitina: têm papel estrutural. Aminoácidos naturais e essenciais Naturais posso produzir; essenciais, tenho de ingerir. Proteínas Como poderei viver, como poderei viver, sem a minha, sem a minha proteína... proteína é enzima e também estrutural, anticorpo para defesa e fornece energia. Da seqüência (de aminoácidos) vem a forma (da proteína) e da forma, a função. pH, temperatura (fatores que influem na atividade enzimática) rompem pontes de hidrogênio... muda a forma da enzima e há (pode haver) perda de função. Pobrezinha, a proteína, sofre desnaturação Obs.: Lembrar que o número de ligações peptídicas em um polipeptídio é igual ao número de aminoácidos presentes menos 1. Soro e vacina Antígeno induz a produção de anticorpo, mas quem o fabrica é o seu corpo (o anticorpo é produzido pelo sistema imunológico). Obs.: lembrar que soro é imunização passiva artificial, ele tem anticorpos prontos, é de uso terapêutico e de efeito rápido, mas não duradouro. Ao ser vacinada, uma pessoa pode receber antígenos atenuados que induzem a produção de anticorpos. O processo é lento, porém, duradouro. A vacina é imunização ativa artificial e tem indicação preventiva. A imunidade passiva natural pode ser obtida pela passagem de anticorpos maternos pelo leite ou por via transplacentária. A imunidade ativa natural pode ser obtida após ter havido contato com um antígeno e o seu reconhecimento por parte do organismo, com a posterior produção de anticorpos e a de células de memória. Se em uma próxima vez o organismo entrar em contato com aquele mesmo agente infeccioso, a produção de anticorpos será rápida e intensa e a doença não se manifestará. Assim, o vírus da rubéola contém antígenos e causa uma

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PARA LEMBRAR NO VESTIBULAR Organelas Ribossomos fazem protídios, lisossomos, a digestão e o (complexo) golgiense faz: polissacarídeos, armazenamento, empacotamento e secreção Mas, também faz algo mais ... o que será que ele faz? Faz o acrossomo e até o lisossomo. Cloroplasto: fotossíntese; Mitocôndria: respiração; cílios e flagelos : locomoção e o peroxissomo, o que faz então? Ele faz a desintoxicação. Centríolos fazem: flagelos e cílios Nove grupos de três (microtúbulos protéicos) : centríolos Nove grupos de dois (microtúbulos protéicos), com dois (microtúbulos protéicos), centrais:flagelos ou cílios. Cílios têm tamanho menor e número maior, Flagelos têm tamanho maior e número menor. Todo retículo faz transporte, mas há dois tipos de retículos: o (retículo endoplasmático) rugoso (ou ergastoplasma) e o (retículo endoplasmático) liso. O R.E. rugoso (ou retículo endoplasmático granular ou ergastoplasma) tem ribossomos aderidos – ele faz protídios, mas o R.E. liso (ou retículo endoplasmático agranular) não. Assim, ele (o R.E liso) faz lipídios. Citoesqueleto é uma rede de fibras protéicas interligadas e entrelaçadas, importantes para a sustentação esquelética da célula. Plasmalema Membrana plasmática envolve toda célula: ela seleciona o que deve passar por ela (é semipermeável, apresenta permeabilidade seletiva e permite separar o meio externo do conteúdo interno da célula) Cromatina Cromatina tem DNA (e proteínas) Do núcleo (em células eucarióticas) ela controla a atividade celular. Obs.: Lembrar que em bactérias (organismos procariontes) o cromossomo é constituído apenas por DNA. Osmose A água sempre vai, por osmose, (do meio) hipotônico para o ( meio) hipertônico. Célula de animal e a de vegetal em meio hipotônico, ganham água – a animal até estourar (hemólise,

plasmoptise), mas a vegetal, não, porque ela tem parede celular. Célula animal e vegetal em meio hipertônico, perdem água – a animal fica enrugada (sofre crenação) e a vegetal fica plasmolisada (mas, se uma célula plasmolisada, for colocada em solução hipotônica, ganhará água e poderá sofrer desplasmólise). Células animais e vegetais em soluções isotônicas estão em equilíbrio de concentrações. Assim, entra e sai água na mesma proporção e as células não sofrem alteração de volume. Célula vegetal e osmose Sc = Si – M ou DPD = PO – PT Se Sc for zero (Sc = 0, ocorre quando Si = M), quanta água eu quero? Resposta zero (a célula já está túrgida), mas se Sc for igual a Si, quero água sim (Sc = Si, ocorre quando M = 0 e a célula pode estar plasmolisada.) Há autores que dizem que em meio isotônico, a célula vegetal permanece flácida, sendo que a membrana plasmática apenas toca a membrana esquelética (ou parede celular) e esta não exerce pressão para dificultar a entrada de água. ( M = 0 e Sc = Si). Se Sc = Si + M, a água evaporou (ocorreu evapotranspiração) e a célula, murcha ficou (há quem considere que a célula está retraída).

Vacina tem o antígeno, mas soro tem anticorpo. Se uma cobra me picar, soro eu vou tomar. Mas, se o que quero é prevenção, vacina é a opção.

Lembrar que Sc = SI – M, mas em caso de célula murcha, M < 0, logo: Sc = Si – (-- M), resultando Sc = Si + M. Transporte passivo e ativo: O ativo gasta energia, mas o passivo não. Se quero equilíbrio (de concentrações) vou buscar o (transporte) passivo, mas se quiser desequilíbrio (de concentrações), vou partir para o (transporte) ativo. Bomba de sódio e potássio é um exemplo de (transporte) ativo, mas difusão (difusão simples, difusão facilitada e osmose) é exemplo de (transporte) passivo. Pinocitose e fagocitose Se a célula engloba partículas relativamente grandes e sólidas com formação de pseudópodes é fagocitose. Englobamento de pequenas gotículas, com invaginação da plasmalema (ocorre formação do canal de pinocitose) é pinocitose.

Polissacarídios Amido (tem papel de) reserva energética vegetal, glicogênio (tem papel de) reserva energética animal; celulose e quitina: têm papel estrutural. Aminoácidos naturais e essenciais Naturais posso produzir; essenciais, tenho de ingerir. Proteínas Como poderei viver, como poderei viver, sem a minha, sem a minha proteína... proteína é enzima e também estrutural, anticorpo para defesa e fornece energia. Da seqüência (de aminoácidos) vem a forma (da proteína) e da forma, a função. pH, temperatura (fatores que influem na atividade enzimática) rompem pontes de hidrogênio... muda a forma da enzima e há (pode haver) perda de função. Pobrezinha, a proteína, sofre desnaturação Obs.: Lembrar que o número de ligações peptídicas em um polipeptídio é igual ao número de aminoácidos presentes menos 1. Soro e vacina

Antígeno induz a produção de anticorpo, mas quem o fabrica é o seu corpo (o anticorpo é produzido pelo sistema imunológico). Obs.: lembrar que soro é imunização passiva artificial, ele tem anticorpos prontos, é de uso terapêutico e de efeito rápido, mas não duradouro. Ao ser vacinada, uma pessoa pode receber antígenos atenuados que induzem a produção de anticorpos. O processo é lento, porém, duradouro. A vacina é imunização ativa artificial e tem indicação preventiva. A imunidade passiva natural pode ser obtida pela passagem de anticorpos maternos pelo leite ou por via transplacentária. A imunidade ativa natural pode ser obtida após ter havido contato com um antígeno e o seu reconhecimento por parte do organismo, com a posterior produção de anticorpos e a de células de memória. Se em uma próxima vez o organismo entrar em contato com aquele mesmo agente infeccioso, a produção de anticorpos será rápida e intensa e a doença não se manifestará. Assim, o vírus da rubéola contém antígenos e causa uma

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doença, mas o organismo os reconhece como estranhos e produz anticorpos e células de memória, adquirindo imunidade ativa natural. Em um próximo contato com aquele vírus, a rubéola não mais se manifestará na pessoa. Substâncias orgânicas e inorgânicas Lipídios, protídios, glicídios , DNA, RNA (DNA e RNA são ácidos nucléicos), água, cálcio ferro, fósforo, vitaminas há: A, B, C, D, E, K Vitaminas podem ser hidrossolúveis: B, C,H ou lipossolúveis: K, E, D, A Água sempre tem mais, mas o que tem mais (depois da água) nos animais são os protídios (proteínas) e nos vegetais, são os glicídios. Ácidos nucléicos C sempre liga com G, mas o A pode variar: se A liga com T é DNA, se A liga com U é RNA. Códon quem tem é DNA ou mesmo RNAm; anticódon quem tem é o RNA transportador. DNA faz (sintetiza) DNA é duplicação, DNA faz RNAé transcrição. RNAs fazem proteína: esta é a tradução. Duplicação (ou replicação) do DNA é semiconservativa: cada molécula-filha tem duas fitas: uma nova e uma antiga (metade da molécula original se conserva íntegra em cada uma das moléculas-filhas e serve de molde para montagem da cadeia nova de nucleotídeos) Saiba ainda que: • Em células eucarióticas, os RNAs são produzidos no

núcleo • No nucléolo ocorre síntese e armazenamento do RNA

ribossômico e a formação das subunidades ribossômicas.As proteínas dos ribossomos são produzidas no citoplasma e daí vão para o nucléolo, onde se combinam ao RNA ribossômico formando os ribossomos. Os nucléolos são produzidos por cromossomos especiais (cromossomo organizador do nucléolo que contém uma região específica à qual o nucléolo está associado denominada região organizadora do nucléolo).

• O RNA ribossômico associado a proteínas específicas forma o ribossomo (o RNAr é um dos componentes estruturais dos ribossomos).

• O RNAm, produzido no núcleo (nas células eucarióticas) segue para o citoplasma onde estão

ribossomos livres ou associados ao retículo endoplasmático granular. Aí, o RNAm, através da seqüência de suas bases, determina a posição dos aminoácidos nas proteínas;

• O RNA transportador transporta os aminoácidos, unindo o seu anticódon ao códon do mensageiro.

• 3 bases do mensageiro (RNAm) códon • 3 bases do transportador (RNAt) anticódon. • Cada códon (seqüência de três bases do RNAm)

codifica um aminoácido. O anticódon é uma seqüência de três bases nitrogenadas do RNAt complementares às do códon do RNAm.

• O DNA também apresenta códons. • Cada nucleotídeo do DNA é constituído por um

fosfato, uma pentose (desoxirribose) e uma das bases nitrogenadas (A, T, C ou G).

• Cada nucleotídeo do RNA é constituído por um fosfato, uma pentose (ribose) e uma das bases nitrogenadas (A, U, C ou G).

• código genético é degenerado (há mais de um códon que codifica o mesmo aminoácido), assim, a substituição de uma única base nitrogenada no DNA altera o códon, mas não leva necessariamente à substituição de um aminoácido no polipeptídeo correspondente (pode, ou não, haver a substituição do aminoácido)

• Pela relação de Chargaff, no DNA: A= T e C = G Observe os exercícios e suas respostas: 1.(Fuvest –SP) No DNA de um organismo, 18% das bases nitrogenadas são constituídas por citosina. Que outras bases nitrogenadas devem existir neste DNA e em que proporções? Justifique sua resposta.. Resposta: No DNA há duas cadeias de nucleotídeos que são complementares, sendo que adenina (A) pareia com timina (T) e citosina (C), com guanina (G). Assim, o número de adenina é igual ao de timina e o número de citosina é igual ao de guanina. Assim, se há 18% de citosina há também 18% de guanina, dando um total de 36%. Como há também adenina e timina, concluímos que A+ T = 64% (32% de A e 32% de T). 2.(Unicamp-SP) Determine a seqüência de bases do DNA que transcreve o RNAmensageiro do seguinte peptídio: Metionina-Glicina-Alanina-Serina-Arginina. Utilize os seguintes anticódons dos aminoácidos:

Alanina = CGA; Arginina = GCG; Glicina = CCU; Metionina = UAC; Serina = AGA. Resposta: A seqüência de bases do DNA é : TACCCTCGAAGAGCG. 3. (Unirio) Uma bactéria sofre uma mutação pontual em uma região de seu DNA, que era: TAC CTT ATA GAT Ocorreu uma mudannça na terceira base, que passou de citosina a guanina. Indique o RNA mensageiro codificado pela seqüência de DNA mutada.. Resposta: AUC GAA UAU CUA 4. (Puccamp-SP- modif.) O quadro a seguir contém um segmento de DNA, os códons e os anticódons correspondentes: ATT GAC TCA DNA TAA . ...I... AGT RNAm ...II ..... GAC ...III... RNAt UAA ...IV...... AGU Para preenchê-lo corretamente, os algarismos I, II, III e IV devem ser substituídos, respectivamente, por quais bases nitrogenadas? Resposta: I : CTG; II: AUU; III: UCA; IV: CUG 5.(UFPA-modificada) Uma proteína formada por noventa aminoácidos apresenta 89 ligações peptídicas e é codificada por uma molécula de RNA ( I) de no mínimo (II) nucleotídios. (I) e (II) correspondem respectivamente a: Resposta: (I) : mensageiro; (II) : 120 (UFRJ) Um cientista analisou o conteúdo de bases nitrogenadas de uma amostra pura de DNA, correspondente a um determinado gene. Os valores encontrados estão na tabela abaixo: Tipos de base Adenina Citosina Timina Guanina Números de base 257 485 106 270 O cientista interpretou esses resultados com sendo compatíveis com um DNA, cuja molécula é formada apenas por uma cadeia (um filamento). Justifique a conclusão do cientista. Resposta: A timina presente na molécula é uma base nitrogenada exclusiva do DNA, assim os resultados são compatíveis com a molécula de DNA. Quando o DNA é formado por duas cadeias de nucleotídeos, espera-se que a quantidade de adenina seja igual à de timina, pois essas bases nitrogenadas estariam unidas por pontes de hidrogênio e seriam encontradas aos pares na dupla

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cadeia de nucleotídeos, assim também, o esperado seria que a quantidade de guanina fosse igual à de citosina, que também formariam pares, porém essa relação não foi observada, o que levou o cientista a concluir que a molécula de DNA em questão era formada por apenas uma cadeia (um filamento). Mitose e meiose Mitose é um processo de divisão celular, uma célula que é 2n, outras duas vai formar. Prófase é a primeira das quatro fases do processo: espiralizam-se os cromossomos que se duplicaram na intérfase (período S da intérfase), além disso, a carioteca e nucléolo desaparecem. Metáfase é a segunda, os cromossomos duplicados, estão bem visíveis no equador. Anáfase é a terceira, separam-se as cromátides e os cromossomos-irmãos para pólos opostos se vão. Telófase é a derradeira: quem tinha sumido ressrurge desespiralizam-se os cromossomos e a citocinese acontece. A ordem dessas fases é importaante, assim, é bom lembrar :‘eu PRO METo que para a ANA eu vou TELefonar’ . Meiose também é um processo de divisão celulaar: uma célula-mãe que é 2n, quatro células-filhas, cada uma n , vai formar. A meisoe tem a I e a II, a I é reducional (R!) e a II, equacional (E!). Na prófaseI (paquíteno) crossing – over pode haaver, aumentando a variabilidade. Na anáafase I , cromossomos homólogos, migram lá para os pólos, mas na anáfase II da meiose e na anáafase da mitose, quem vão são os irmãos. Mais de mitose e meiose Se quiser algo igual a mim vou fazer mitose mas se quiser, diferente, vou fazer meiose. Obs.: Lembrar que uma célula 2n origina, por mitose, outras duas células 2n, idênticas. Uma célula diplóide, 2n, origina, por meiose, outras quatro, sendo que cada uma delas é haplóide ( n). Anáfase I e II da meiose e anáfase da mitose Anáfase I : cromossomos homólogos vão para os pólos (opostos). Anáfase II da meiose e anáfase da mitose: quem vão (para pólos opostos), são os (cromossomos) irmãos.

Subfases da prófase I Leptóteno, zigóteno, paquíteno, diplóteno e diacinese. Na prófase I os cromossomos homólogos sofrem emparelhamento no zigóteno e, então, no paquíteno (segundo muitos autores), as cromátides não-irmãs (cromátides homólogas) podem trocar segmentos (crossing-over ou permutação que permite aumento de variabilidade genética). Obs.: Lembrar que no paquíteno podemos encontrar tétrades ou bivalentes formadas por um par de cromossomos homólogos duplicados emparelhados e razoavelmente condensados. Logo, se em uma célula houver 8 bivalentes ou tétrades, o número de cromossomos das células diplóides dessa espécie será de 2n = 16. Espermatogênese “Primeiro vem a gônia (espermatogônia) – multiplicação (sem ela não tem jeito), depois vem o crescimento até o cito I (espermatócito I) e daí maturação . Começa a meiose: um cito I (espermatócito I) para dois citos II (espermatócitos II) para quatro tides (espermátides) ... diferenciação (espermiogênese) – vêm os quatro espermatozóides”. Logo, temos: uma espermatogônia (2n) para um espermatócito I (2n,) para dois espermatócitos II (2n) para 4 espermátides, (n) para 4 espermatozóides (n) “Até o cito I toda célula (gônias e cito I) é 2n (diplóide), daí começa a meiose e então, a partir do cito II toda célula (citos II, espermátides e espermatozóides) fica n (haplóide)”. Ovulogênese A partir do ovócito I (2n) surgem o ovócito II (n) e o primeiro corpúsculo polar (n) que pode dividir-se originando dois corpúsculos polares filhos haplóides (n). O ovócito II origina a ovótide (n) e o segundo corpúsculo polar (n). Assim, obtemos apenas um óvulo(n). Observe: a partir de uma ovogônia (2n) um ovócito I (2n) um ovócito II (n) um óvulo (n).: Fotossíntese Iluminei o cloroplasto (tô) pra fazer (zêr) fotossíntese. No processo (sô) é preciso (zô) : água, luz enzimas, clorofila e CO2Aparece (cê) uma glicose (zê) e o O2 sai da água e vai para a atmosfera.

Equação da fotossíntese luz, clorofila 6 CO2 + 12 H2 O C6H12O6 + 6 O2 + 6 H2 O Fotossíntese: etapas do claro (fotoquímica) e do escuro (química) A luz incide, a água se quebra (fotólise da água), o O2 vai para a atmosfera. Poderia ser eu, poderia ser você, mas Deus quis que fosse o NADP que levasse o H2 (NADPH2) para reagir com o CO2 e dar a glicose depois. Minha tia já dizia, você deve saber, quem fornece energia lá no (fase do) escuro é o ATP que é feito lá no (fase do) claro, claro. Observação: Lembrar que a produção do ATP na fase do claro ocorre na fotofosforilação cíclica e na fotofosforilação acíclica. A fotólise da água também ocorre na etapa fotoquímica. Na etapa do escuro, ocorre a síntese da glicose no ciclo das pentoses ou de Calvin-Benson. Os hidrogênios provenientes da água e que foram trazidos pelo NADH2 reagem com o CO2 e a glicose é produzida. A energia utilizada é fornecida pelos ATP. Etapas do claro e escuro: localização Fase do claro lamela e grana (tilacóides,ganum), fase do escuro estroma Fotosíntese e quimiossíntese Fotossíntese: energia vem da luz. Quimiossíntese: (certas) reações químicas (inorgânicas) são a fonte da energia. Respiração celular aeróbia e fermentação Olê mitocôndria (ia) , energia! Respiração celular! Reagentes do processo: glicose e O2Produtos que aparecem: água e CO2 36 ATP (38 ATP em certos casos) pra consumir depois Na fermentação só se conseguem 2 ATP (lembrar que a fermentação não ocorre na mitocôndria e sim no hialoplasma). Respiração celular aeróbia (etapas) Glicólise ou piruvato Lá no hialoplasma, não de imediato, uma glicose se “quebra’’ em dois piruvatos (ácidos pirúvicos), 2 NADH2 e 2 ATP, de saldo vai haver. Ciclo de Krebs

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Cada piruvato perde CO2 e NAD ‘pega’ H2 (NADH2). Ciclo de Krebs vai começar lá na matriz. Não é complicado: 2C + 4C 6C (ácido cítrico formei). Sai CO2 em número de dois, volta para 4C (ácido oxalacético regenerei). Nesse ciclo, eu consigo: 3 NADH2 , 1 FADH2 e 1 ATP e daí prrossigo, você vai ver... Cadeia respiratória (fosforilação oxidativa) Cada NADH2 vai para a crista mitocondrial e “perde’’ H2 que passa pelo FAD, citocromos e O2. Nesta cadeia respiratória, 1 H2O e 3ATP eu quero ter, mas se quem a iniciou foi FADH2, o número de ATP é outro: só dois (2ATP) vamos obter. Observação: Lembrar que a respiração celular aeróbia apresenta três etapas: a glicólise ocorre no hialoplasma (citosol); o ciclo de Krebs, na matriz mitocondrial e a cadeia respiratória, nas cristas mitoconndriais. De forma simplificada, podemos considerar que na glicólise, a partir da glicose (C6H12O6), ocorre a produção de 2 ácidos pirúvicos (2C3H4O3), se estes receberem hidrogênios, passarão a ser 2 ácidos lácticos (C6H12O6 2 C3H6O3+ energia) será fermentação láctica, mas se resultarem CO2 e álcool etílico (C6H12O6 2 CO2 + 2C5H10O5 + energia), a fermentação será alcoólica. Na fermentação há um saldo de 2 ATP. Assim, em condições anaeróbicas, muitos fungos, como certas leveduras podem realizar a fermentação alcoólica, cujos produtos, gás carbônico e álcool etílico, ,interessam respectivamente à indústria de produção de pães e à de bebidas alcoólicas. Em condições anaeróbicas, determinadas bactérias e também células musculares humanas podem realizar a fermentação láctica . Por outro lado, se houver oxigênio disponível nas cristas mitocondriais, não haverá fermentação, mas sim, respiração celular aeróbia e serão produzidos água e CO2 (C6H12O6 + 6 O2 6 H2O + 6 CO2+ energia). Na respiração celular aeróbia, a glicólise também ocorre, mas os ácidos pirúvicos formados perdem hidrogênios e CO2 e tem prosseguimento as outras etapas do processo (ciclo de Krebs e cadeia respiratória). Os NAD e FAD são aceptores intermediários de hidrogênio (NADH2 e FADH2), enquanto o aceptor final é o oxigênio, na respiração celular aeróbia. Na glicólise são consumidos 2ATP e produzidos 4 ATP, resultando saldo de 2ATP. No ciclo de Krebs (duas voltas)

também são produzidos um total de 2ATP diretamente. O total de ATP obtidos a partir de 10 NADH2 que vão para a cadeia respiratória (2 provenientes da glicólise, 2 que se formam na transformação de 2 ácidos pirúvicos em 2 a cetil-CoA e 6 que se formam em duas voltas do ciclo de Krebs) é de 30 ATP. No ciclo de Krebs (duas voltas) também se formam 2 FADH2 que vão para a cadeia respiratória e permitem a produção de 4 ATP. Assim, o saldo de ATP obtido será de 38 ( 2 da glicólise, 2 do ciclo de Krebs e 34 da cadeia respiratória). Saiba ainda que substâncias como o cianeto ligam-se ao citocromo a3 e interrompem a cadeia respiratória, cessando a produção de ATP. A falta de oxigênio nas células (anoxia) também interrompe a cadeia respiratória e a fosforilação oxidativa, podendo levar à morte, por falta de ATP suficiente. Observe o exercício abaixo da FATEC : Analise as afirmações abaixo, relativas ao processo do metabolismo energético: I.Fermentação, respiração aeróbica e respiração anaeróbica são processos de degradação das moléculas orgânicas em compostos mais simples, liberando energia. II Todos os processos de obtenção de energia ocorrem na presença de oxigênio. III. A energia liberada nos processos do metabolismo energético é armazenada nas moléculas do ATP. IV. No processo de fermentação, não existe uma cadeia de aceptores de hidrogênio que está presente na respiração aeróbica e anaeróbica. V. Na respiração aeróbica, o último aceptor de hidrogênios é o oxigênio, enquanto na respiração anaeróbica é outra substância inorgânica. VI. Na fermentação, a energia liberada nas reações de degradação é armazenada em 38 ATPs, enquanto na respiração aeróbica e anaeróbica é armazenada em 2 ATPs. Estão corretas apenas as afirmativas: a) I, III, IV, V. b) I, IV, V, VI. c) I, II, III, IV. d) I, III, V, VI. e) I, II, IV, V. Resposta:A Anexos embrionários Saco vitelínico para nutrição; alantóide para excreção; âmnio para proteção e evitar a desidratação e o alantócorio

ou membrana corioalantóide) serve pra quê? Serve pra respiração (trocas gasosas com o ar), eu vou responder ! Mais um anexo (além dos outros) só mamífero pode ter -- placenta é seu nome, é bom saber. Então, para que serve ela ? *Trocas entre o sangue materno e o do feto é a função dela. *Observação: Lembrar que em embriões de répteis e aves, certas regiões do alantóide se aderem firmemente ao córion, formando o corioalantóide, que bastante vascularizado e situado logo abaixo da casca porosa do ovo, permite trocas gasosas com o ar ). Lembrar também que na placenta não há comunicação direta entre os vasos sangüíneos materno e o do feto e nem de suas células do sangue. Peixes e anfíbios (segundo muitos autores) apresentam apenas saco vitelínico, mas répteis, aves e mamíferos possuem saco vitelínico, âminio, alantóide e cório. Mamíferos placentários ou eutérios (subclasse Eutheria), como os (primatas, carnívoros, cetáceos, roedores, etc) apresentam placenta verdadeira e seu desenvolvimeento embrionário se completa inteiramente no útero materno. Mas, mamíferos monotremados ou prototérios (subclasse Prototheria, ordem Monotremata), como o ornitorrinco e a équidna não formam placenta. Eles são ovíparos, têm cloaca, bico córneo e glândulas mamárias sem mamilos, também não possuem útero. Há ainda mamíferos marsupiais ou metatérios (subclasse Metatheria), como o gambá, canguru e coala que abandonam o útero materno precocemente e completam seu desenvolvimento no marsúpio, uma bolsa de pele que contém tetas e glândulas mamárias que nutrem os filhotes. Muitos autores consideram que os marsupiais não apresetam uma placenta verdadeira. Insetos, aracnídeos e crustáceos pertencentes ao filo dos artrópodes Lá vem o inseto Vejam vocês: antenas são duas e patas são seis Lá vem a aranha e o carrapato, fique de olho: antenas nenhuma, mas patas tem oito Lá vem o crustáceo entrando no barco: tem dez ou mais patas e antenas só quatro.

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Insetos Eu vi uma barata de seis patas e um par de antenas na careca do vovô, Assim que ela me viu, bateu asas e voou. Esse inseto é artrópde (petence ao filo dos artrópodes) com Malpighi (túbulos de Malpighi) para excreçã, (seu sistema) circulatório é aberto, digestório é completo, traqueal é a respiração e o (sistema) nervoso é ganglionar ventral ... dó, ré, mi, fá, fá, fá ! Dó, ré, dó, ré, ré, ré ! Respiração dos moluscos É coisa de molusco, mas acontece: respiração branquial (nos aquáticos) e (respiração) pulmonar nos (moluscos) terrestres. Hino dos moluscos Salve o filo dos moluscos: cabeça, pé e massa visceral, corpo mole, celomado, simetria bilateral. Caracol e lesma são gastrópodes; polvo e lula, cefalópodes; Ostra, marisco e mexilhão são pelecípodes de rádula não ( estes não apresentam rádula, ao contrário da grande maioria de moluscos). Equinodermas Eu tenho espinho, eu tenho (sistema) ambulacrário, então daqui, não saio, daqui ninguém me tira... Daqui não saio, porque tenho (sistema) ambulacrário. Mas, se eu quiser, eu posso me mover... Daí eu saio, daí eu saio porque tenho (sistema) ambulacrário. Anelídeos Eu perguntava se minhoca é verme, eu respondia que minhoca é verme metamerizado (verme cilíndrico segmentado), é anelídeo e excreta por nefrídeo... Répteis “Meu tio avisou que um réptil chegou, nadando ela vem, três cavidades no coração, tartaruga tem... e para respirar, precisa de pulmão, ácido úrico é principal produto de excreção. Tartaruga deixa os ovos na areia e volta para o mar, ela sabe nadar. Meu tio avisou que outro réptil chegou: escamado ela é ofídio também, rastejando ela vem porque patas não tem. Se a cabeça for triangular e tiver veneno para inocular cuidado, amigo, essa cobra é um perigo.

Meu tio avisou que mais um réptil chegou: língua longa ele tem, escamado ele é; lacertílio também . Olha lá !Ele anda de quatro, deve ser um lagarto. Meu tio avisou que o último réptil chegou: crocodiliano ele é, quatro cavidades no coração, ele tem. Circulação é dupla, incompleta, se a boca estiver aberta é melhor dar no pé – esse bicho quem é ? É um crocodilo ou mesmo um jacaré”. Observação: De modo simplificado, podemos dividir os répteis nas seguintes ordens: Rhynchocephalia (rincocéfalos), Chelonia (quelônios), Crocodilia (crocodilianos) , Squamata (escamados) Rincocéfalos: são répteis primitivos não venenosos em extinção. Exemplo: tuatara (Sphenodonsp) - este animal possui um terceiro olho atrofiado logo abaixo da pele. Os Rincocefalos também são conhecidos por Esfenodontes. Quelônios:são representados pelos jabutis (terrestres), cágados (de água doce) e tartarugas (marinhas). Apresentam respiração pulmonar, mas as tartarugas marinhas podem retirar oxigênio da água através das paredes vascularizadas da cloaca. Crocodilianos:Apresentam boca com muitos dentes. O coração possui quatro cavidades (dois átrios e dois ventrículos) e a circulação é dupla e incompleta. Exemplos : jacarés e crocodilos Escamados: essa ordem a presenta as subordens : Lacertilia (lacertílios) e Ophidia (ofídios) • Lacertílios ou Sáurios: são conhecidos como lagartos.

Geralmente não são peçonhentos, exceto o monstro de gila, que vive no Golfo do México. Possuem geralmente quatro patas, com exceção da “cobra de vidro”, cujos membros foram atrofiados. Como os outros répteis, geralmente não possuem glândulas, mas há uma exceção - as glândulas coxais nos lagartos machos que produzem substâncias odoríferas para atração sexual das fêmeas.

Ofídios: há cobras peçonhentas com glândulas salivares transformadas em glândulas de veneno e outras, não peçonhentas. O tratamento para os casos de envenenamento por picada de cobra consiste principalmente no uso de soros antiofídicos: • polivalentes • específicos.

O soro polivalente é usado contra venenos de cobras em geral , com exceção do veneno das corais verdadeiras . Os soros específicos são usados apenas contra determinados venenos . Exemplos: soro anticrotálico - usado no caso de picadas por cascavéis (Crotalus terrificus terrificus) e soro antielapídico - empregado exclusivamente nos casos de intoxicação por veneno de corais verdadeiras (Micrurus coralinus). Observe as características de cobras peçonhentas e não peçonhentas no quadro abaixo: Não peçonhentas Peçonhentas Cabeça Geralmente oval,

mal destacada do corpo, coberta de placas poliginais

Triangular, bem destacada do corpo, com escamas iguais às do corpo

Olhos Grandes Pequenos Pupilas Circulares Fenda vertical Fosseta lacrimal ou loreal que serve para percepção de calor, identificando a presença de outros animais mesmo no escuro

Ausente Presente (cobra de quatro ventas)

Escamas Lisas e justapostas Carenadas e imbricadas

Cauda Longa, afinando-se aos poucos

Curta, afinando-se bruscamente.

Movimentos Rápidos Vagarosos Reprodução Ovíparos Ovovivíparos Quando perseguida

Foge Enrodilha-se em atidude de ataque

Hábitos Diurnos Noturnos Exemplos: Rachideles brasilis Lachesis muta

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(muçurana) (surucucu) Bac, bactérias Bac, bactérias e algas azuis no reino Monera, foi lá que eu pus. Dengue Se você pensa que dengue é brinquedo ...dengue não é brinquedo não! Um vírus é seu causador e em Aeds encontramos seu vetor. O mosquito é preto e branco e pica mais durante o dia. Água limpa e parada essa fêmea preferia. Cuidado meu amigo, a dengue é um perigo! Não deixe a descoberto/ caixa d’água e latões, jogue fora lá no lixo pneu velho e garrafões. Mais uma de dengue (outra versão) A dengue é doença causada por um vírus A fêmea do Aeds (mosquitos do gênero Aeds) é agente transmissor. Ela é pretinha com manchas branquinhas e pica mais durante o dia . Cuidado menino, fique longe do perigo: não deixe na água o mosquito proliferar e procure ajuda sempre que precisar. Doença de Chagas Doença de Chagas, faz mal ao coração Com fezes de barbeiro, vem a transmissão tripanosssoma (Trypanosoma cruzi) é quem causa a lesão Medidas preventivas : dedetização e controle de sangue para transfusão. Malária Na malária anófeles (Anopheles sp) é o vetor e o plasmódio (Plasmodium sp) é o causador: febre é intermitente. Coitadinho, deste paciente! Obs: Lembrar que além da malária causada pelo Plasmodium sp e a doença de Chagas causada pelo Trypanosoma cruzi há outras doenças importantes causadas por protozoários. Veja: Doença Causador Amebíase Entamoeba histolytica adquirida pela ingestão de cistos presentes em água e alimentos, principalmente, verduras *Giardíase Giardia intestinalis adquirida

pela ingestão de cistos presentes em água e alimentos, principalmente, verduras. *Úlcera de Bauru Leishmania brasiliensis adquirida pela picada do mosquito-palha ou birigui (Lutzomyia) *Calazar Leishmania donovani adquirida pela picada de mosquitos do gêneroLutzomyia Tricomoníase Trichomonas vaginalis adquirida por relação sexual ou talvez por objetos contaminados, como toalhas e roupas íntimas Doença do sono Trypanosoma gambiensis adquirida pela picada da mosca tsé-tsé Glossina Toxoplasmose Toxoplasma gondii Adquirida pela ingestão de cistos expelidos com as fezes de gatos (porcos e bois podem ingerir oocistos infectando-se. Se a pessoa ingerir a carne contaminada, malpassada ou crua também poderá infectar-se. A transmissão também poderá ocorrer da mãe para seu descendente, via placenta *Observações: A Giardia intestinalis anteriormente era denominada Giardia lamblia. A úlcera de Bauru também é conhecida como leishmaniose cutâneo mucosa e o calazar, como leishmaniose visceral. Doenças causadas por vermes Esquistossomose (ou barriga d’água) : Causador: Schistosoma mansoni (verme platelminto). Hospedeiros intermediários: certos caramujos. Hospedeiros definitivos: animais vertebrados Observe: Alguém foi para a lagoa e lá evacuou. Nas fezes havia o ovo que o miracídio liberou. A larva ciliada entrou no

caramujo e pedogênese ocorreu, aparecendo a cercária que queria penetrar num vertebrado. Um homem estava sujo e foi na água se banhar, sentiu uma coceira e ela aproveitou para entrar, daí , a danada, seguiu pelo sangue até o sistema porta (sistema porta-hepático), não pediu licença, nem nada, fixou residência, trouxe problemas: edema. e barriga d’água. Teníase Hospedeiro definitivo: ser humano. Hospedeiros intermediários: vermes platelmintos:Taenia solium (tênia do porco) e Taenia saginata (tênia da vaca). Adquire-se teníase ingerindo carne de porco ou de vaca crua ou mal cozida. Oservação: Eventualmente, os humanos podem desempenhar o papel de hospedeiros intermediários da Taenia solium, se ingerirem ovos da tênia do porco em alimentos, como verduras ou água, contaminados e neste caso não terão teníase, mas sim, cisticercose. Veja: Nas fezes de alguém havia proglotes com ovos (ovos de Taenia solium) que contaminaram a ração do porco. O animal estava com fome e comeu tudo bem depressa e, dos ovos, cisticercos vieram. Depois de algum tempo, num matadouro clandestino, o pobre conheceu seu fim e sua carne foi para a panela. Uma garota apressada, não esperou por mim, achou a comida tão boa que comeu a carne crua e até o cisticerco também. No intestino dela, a larva se prendeu e a solitária (tênia) cresceu. Por causa da teníase, a menina perdeu nutrientes e se enfraqueceu bastante, ao contrário do verme, que ficou, cada vez, mais forte. Mas um dia, a sorte dela mudou: o doutor veio e deu-lhe remédio. A tênia se foi e a menina aprendeu a lição: carne crua ou mal passada, nunca mais, obrigada. Obs.: Estudar também outras verminoses, como por exemplo, a ascaridíase, causada pelo Ascaris lumbricoides; o amarelão ou ancilostomíase, causado por vermes das espécies Ancylostoma duodenale e Necator americanus; a filaríase ou elefantíase, causada por vermes da espécie Wuchereria bancrofti e transmitidos por mosquitos do gênero Culex e a oxiuríase ou enterobíase, causada por vermes da espécie Enterobius vermicularis.

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Hormônios Ocitocina (produzida pelo hipotálamo e secretada pela neuro-hipófise): contração uterina e ejeção do leite. Paratormônio: tira cálcio do osso e manda para o sangue, mas calcitonina tem ação contrária: cálcio diminui no sangue e vai para o osso. TSH (hormônio tireotrófico, produzido pela adeno-hipófise) estimula a tiróide a produzir hormônios. T3 (triiodotironina) e T4 e(tiroxina ou tetraiodotironina): elevação do metabolismo de vários tecidos. Excesso deles: hipertireoidismo Carência deles: hipotireoidismo (lembrar que o hipotiroidismo na infância pode resultar em cretinismo: o indivíduo pode apresentar retardamento físico, mental e sexual) Falta de iodo dá bócio endêmico, tireóide cresce e aparece o papo. GH (somatotrófico ou STH): hormônio do crescimento (pouco, na infância nanismo. Demais, na infância gigantismo. Excesso no adulto acromegalia, isso eu já sabia) ADH: diminui a diurese e eleva a pressão arterial, assim, quanto menos água você ingerir, mais ADH vai para o seu rim e, daí, você faz menos xixi (urina menos). Insulina: diminui a glicemia (menos glicose no sangue) Glucagon: eleva a glicemia (mais glicose no sangue) Carência de ADH: diabetes insipidus Carência de insulina: diabetes mellitus Pessoa com diabetes insipidus tem urina bem diluída Pessoa com diabetes mellitus tem muita glicose na urina. Adrenal (supra-renal) tem córtex e medula. Glicocorticóides, mineralocorticóides e androgênios (produzidos no córtex) são hormônios esteróides , mas a adrenalina (produzida na medula) é catecolamina. Quando há stress entra em ação a tal de adrenalina. Glicocorticóides estimulam a diminuição da resposta inflamatória. Aldosterona é mineralocorticóide, estimula reabsorção nos túbulos renais de sódio, cloretos e água, elevando a pressão arterial. Androgênios, por sua vez, estimulam desenvolvimentto e a manutenção das características secundárias masculinas, prestem atenção, meninas.

Mas as gônadas também produzem hormônios esteróides: testosterona é feita nos testículos, progesterona e estrógeno são produzidos no ovário. LH no pico, pode ocorrer a ovulação, a progesterona sobe, mas se não houver fecundação, depois de algum tempo, o LH abaixa e a progesterona também, daí, a menstruação vem (mas, se houver fecundação, a mulher não menstrua, pois a gonadotrofina coriônica mantém o corpo lúteo ativo na produção de progesterona e estrógeno por mais algum tempo. Por volta da 15ª semana de gestação, a placenta já está madura e pode secretar progesterona e estrógeno). Observações.: Paratormônio é produzido pelas paratireóides e estimula o aumento de cálcio no sangue, mas a calcitonina (produzida pela tireóide), tem ação contrária ( ela promove a diminuição do cálcio no sangue e sua deposição no osso). Crescimento anormal da tireóide resulta em bócio.Se for devido à falta de iodo na dieta, ele será endêmico, o indivíduo apresenta sinais de hipotiroidismo e a glândula se hipertrofia (na tentativa de se evitar esse bócio, no Brasil, deve ser adicionado iodo ao sal de cozinha). Por outro lado, quando ocorre hipertireoidismo, o indivíduo fica tenso, magro, com batimentos cardíacos elevados e pode até apresentar crescimento anormal da tireóide e olhos arregalados, saltando das órbitas (exoftalmia), apresentando um quadro clínico conhecido como bócio exoftálmico. ADH (ou HAD ou hormônio antidiurético ou vasopressina): diminui a diurese (controla eliminação de água pelos rins) e eleva a pressão arterial, (o ADH aumenta a permeabilidade do túbulo renal à água e sua maior reabsorção, diminuindo quantidade de água eliminada. O volume de urina diminui e ela se torna mais concentrada). Lembrar que diminuição da pressão arterial e hemorragias intensas estimulam a produção de ADH, mas o álcool (etanol) inibe sua secreção e tem ação diurética. O ADH é produzido no hipotálamo e secretado pela neuro-hipoófise, assim como a ocitocina. Insulina: ação no fígado, estimula a captação da glicose plasmática que se converte em glicogênio. Também aumenta a captação de glicose pelas células, estimulando o mecanismo de transporte de glicose para o interior celular. Assim, a glicemia diminui.

Glucagon ação ativa a fosforilase para fracionar o glicogênio hepático em moléculas de glicose, as quais vão para o sangue, elevando a glicemia. A somatostatina inibe a secreção de insulina e glucagon. Glucagon, insulina e somastotatina são produzidos respectivamente por células alfa, beta e delta das ilhotas de Langerhas do pâncreas. O pâncreas é uma glândula mista ou anfícrina. A porção exócrina (ácinos pancreáticos) produz o suco pancreático e a porção endócrina (ilhotas pancreáticas de Langerhans) secretam os hormônios (insulina, glucagon e somatostatina). Digestão em seres humanos Na boca ptialina (amilase salivar), no estômago, pepsina, no duodeno a gente tem tripsina, nuclease, lipase e amilase panreáticas. Além disso também tem peptidases, carboidrases e até nucleotidases. Carboidrases quem são elas? Elas são a lactase, sacarase e maltase. E o pH como é que é? Na boca ele é neutro, no estômago ele é ácido e no duodeno fica básico. Lembrar, ainda, que bile não é enzima. (a bile é produzida no fígado, armazenada na vesícula biliar e lançada no intestino.A bile possui bicarbonato de sódio e sais biliares. Ela não contém enzimas, assim, não digere lipídios, mas promove a emulsificação das gorduras, facilitando a ação da lipase pancreática). Importância do fígado O fígado, além de produzir a bile é responsável por produzir a uréia que é eliminada pelos rins, pelo armazenamento de glicogênio e de diversas vitaminas (A, D e B12). Ele fabrica proteínas como a albumina e fibrinogênio. Além disso, a partir dos aminoácidos essenciais (obtidos pela alimentação), o fígado produz os outros – os aminoácidos naturais. Também são funções do fígado: Inativar substâncias tóxicas., destruir hemácias ‘‘velhas’(no fígado, a hemoglobina é transformada em pigmentos de cor parda que são eliminados pela bile e determinam a cor parda das fezes). Para saber mais sobre digestão Na boca (pH neutro, em torno de 7) encontra-se a ptialina ou amilase salivar que é produzida nas

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glândulas salivares e atua sobre amido e outros polissacarídeos como o glicogênio, resultando em maltoses. No estômago (pH em torno de 2) encontra-se normalmente o pepsinogênio que se transforma em pepsina na presença de HCl e catalisa a hidrólise de proteínas em oligopeptídeos. Além disto, a pepsina produzida, também estimula a transformação de mais pepsinogênio em pepsina. Alguns autores afirmam que no estômago existe também uma lipase gástrica mas de baixa atividade. No organismo, as enzimas pancreáticas exercem sua atividade catalítica no intestino delgado em pH alcalino ou básico, em torno de 8.Entre as diversas enzimas pancreáticas merecem maior destaque: a tripsina e a quimotripsina que atuam sobre grandes polipeptídeos, como as proteínas, resultando em oligopeptídeos; as nucleases que atuam sobre ácidos nucléicos resultando em nucleotídeos; a amilopsina ou amilase pancreática que atua sobre amido resultando em maltoses e a lipase pancreática que atua sobre lipídios resultando em ácidos graxos e glicerol. Há também enzimas produzidas no intestino e que atuam no intestino delgado. As enzimas entéricas que merecem maior destaque são: a) enteroquinase : permite a conversão de tripsinogênio em tripsina b) peptidases: atuam sobre oligopeptídeos resultando em aminoácidos c)nucleotidases: atuam sobre nucleotídeos resultando em fosfatos, pentoses e bases nitrogenadas d) dissacaridases como a maltase ( atua sobre maltose

resultando glicose + glicose); sacarase (atua sobre sacarose resultando em glicose + frutose) e lactase (agem sobre lactose resultando glicose + galactose).

Obs:Na verdade, o suco pancreático contém tripsinogênio e quimotripsinogênio, formas inativas das enzimas proteolíticas tripsina e quimotripsina. No duodeno, sob ação da enzima entérica enteroquinase, o tripsinogênio se converte em tripsina que, por sua vez, contribui para a conversão de tripsinogênio e quimotripsinogênio respectivamente em tripsina e quimotripsina (formas ativas). Os mamíferos apresentam tubo digestivo completo e digestão

extracelular. Mas existem animais invertebrados sem tubo digestivo (poríferos) e com digetão exclusivamente intracelular; outros, com tubo digetivo incompleto (celenterados e platelmintos e ainda os que tem tubo digestivo completo (asquelmintos, anelídeos, moluscos, artrópodes e equinodermos).Vale lembrar que os platelmintos cestódeos como a Taenia solium não apresentam tubo digestivo. O sistema digstivo é agora chamado sistema digestório Água, sais minerais, aminoácidos e monossacarídeos como a glicose e outras pequenas moléculas são absorvidas diretamente no organismo, sem necessidade de digestão ou hidrólise enzimática. No organismo humano não há digestão de celulose devido a não produção de enzima celulase, mas a ingestão de fibras é importante para facilitar a eliminação do bolo fecal. Digestão de ruminantes Boca esôfago pança (rúmen) barrete (retículo) esôfago boca, um que gostoso, vai embora pro folhoso (omaso) e daí para o coagulador (abomaso); próximo destino: intestino. Obs: no estômago de ruminantes existem bactérias e protozoários capazes de digerir celulose. Glóbulos brancos, hemácias e plaquetas Leucócitos: proteção (defesa); eritrócitos: transporte (de gases) e plaquetas: coagulação. Obs.:Lembrar que plaquetas (ou trombócitos) não são células, mas sim, fragmentos de células chamadas megacariócitos). As hemácias são produzidas na medula óssea vermelha (hematopoese). Coagulação sangüínea Tecidos lesados e plaquetas liberam tromboplastina que com íons Ca++ catalisa a conversão de protrombina em trombina. A trombina catalisa a conversão de fibrinogênio em fibrina e a hemorragia termina. Sístole e diástole Sístole é a contração, diástole, um relaxamento tum, tá, tum, tá, coração não pare o batimento. Válvulas e o marcapasso do coração No coração humano, graças às válvulas, sangue segue uma direção: vai do átrio pro ventrículo. Átrio e ventrículo direitos se comunicam pela (válvula) tricúspide, mas

quem faz a comunicação entre átrio e ventrículo esquerdos é a (válvula) bicúspide ou mitral . Perto da junção entre átrio direito e veia cava superior encontramos um marcapasso: é o nódulo sinoatrial (responsável por controlar a freqüência cardíaca). Vasos sangüíneos e circulação humana Vaso que veio ao coração é veia, vaso que dele parte, artéria, mas também há vasos bem mais finos: são os capilares sangüíneos (capilares são vasos de pequeno calibre que ligam as extremidades das arteríolas às das veias). Do lado direito, sangue é venoso, mas do esquerdo, é arterial. Sangue venoso percorre veias cavas (veia cava superior e veia cava inferior), átrio e ventrículo (direitos), sobe pela artéria (pulmonar) e vai para o pulmão, hematose acontece e, rico em O2 , pelas veias pulmonares, ele volta ao coração. Percorre átrio e ventrículo (esquerdos) e pela (artéria) aorta, segue para o corpo, abandonando o coração. Se a aorta se curva para a esquerda, pode ser de um cão (mamífero), mas se for pela direita, pode ser de gavião (ave). Obs: Atualmente, muitos preferem chamar o sistema circulatório de sistema cardiovascular. Pequena (ou circulação pulmonar) e grande circulação (ou circulação sistêmica) Coração (ventrículo direito) pulmão coração (átrio esquerdo): pequena circulação Coração (ventrículo esquerdo) corpo coração (átrio direito): grande circulação Circulação de alguns vertebrados e número de cavidades no coração Peixes circulação simples e completa e duas cavidades(um átrio e um só ventrículo) no coração há. Anfíbios e répteis circulação dupla e incompleta; três cavidades no coração(dois átrios e um ventrículo) estão lá. Mas, aves e mamíferos, têm circulação dupla e completa; quatro cavidades (dois átrios e dois ventrículos) no coração, vamos achar. Obs: Lembrar que répteis crocodilianos têm quatro cavidades no coração, mas ocorre uma pequena mistura de sangue venoso e arterial porque eles apresentam o forame de Panizza, um orifício que, comunica os dois arcos aórticos.

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Os outros répteis apresentam apenas três (dois átrios e um ventrículo parcialmente dividido pelo septo de Sabatier). Circulação aberta (ou lacunar) e circulação fechada Circulação aberta hemolinfa vai para as lacunas que insetos e moluscos (exceto cefalópodes) têm. Circulação fechada de anelídeos e vertebrados sangue circula só dentro de vasos (capilares, veias e artérias). Insetos: circulação aberta e respiração traqueal Insetos não transportam gases via circulação, mas isto não faz mal, porque sua respiração é do tipo traqueal. Sistema ABO Quem é A (tem sangue tipo A) recebe de A e de O, quem tem B, recebe de O de B; quem tem AB, recebe de todos, mas só doa para AB é o receptor universal. Quem tem O doa para todos, mas só recebe de outro igual – O é doador universal. Mais de sistema ABO Aglutingênio (antígeno) fica na hemácia ; aglutinina (anticorpo) tem lá no plasma. O é doador universal porque não tem aglutinnogênios A e nem B nas hemácias. AB é o receptor (universal) porque não tem aglutininas anti-A e nem anti-B no plasma. Lamarck, Darwin e Neodarwinismo (teoria sintética da evolução Lei do uso e desuso e (lei) da transmissão das características adquiridas eram idéias de Lamarck; seleção natural, variabilidade e competição eram idéias de Darwin, mas ele não sabia o porquê das diferenças, quem deu a explicação, foi a teoria sintética da evolução: variabilidade pode haver devido à segregação (de cromossomos homólogos na meiose), mutação, ou até permutação (crossig-over). Para saber mais sobre as teorias de Lamarck, Darwin e Neodarwinismo As idéias básicas de Lamarck envolvem: Lei do uso e desuso

Lei da transmissão das características adquiridas. Assim, de acordo com a teoria lamarquista, o ambiente provoca (ou cria) a necessidade de mudança nos seres. As modificações visam uma maior adaptação ao meio. Há características que são perdidas pelo desuso e outras que se adquire por maior uso. As características adquiridas são transmitidas aos descendentes. Lamarck escreveu o livro Philosophie Zoologique . As idéias básicas de Darwin envolvem: variabilidade, competição entre os seres, adaptação e seleção natural com sobrevivência dos mais aptos.Assim, de acordo com a teoria darwinista, existe variabilidade entre os seres vivos que lutam (competem) entre si para sobreviver. O ambiente atua selecionando os que já apresentam características mais favoráveis para deixar um maior número de descendentes também adaptados. Assim, existe uma ‘‘seleção natural ou sobrevivência dos mais aptos’’. Apesar de considerar a variabilidade dos seres como fator de grande importância, Darwin não soube explicar como ela surgia nos diferentes indivíduos (note que, em nenhum momento, Darwin cita genes em seus trabalhos). Darwin era um naturalista que viajou por várias regiões do planeta e observou a existência de fósseis e outras evidências da evolução. Thomas R. Malthus escreveu um livro chamado “Ensaio sobre a lei da população ’’ que exerceu grande influência sobre Darwin. Pela teoria de Malthus , “ o poder da população é infinitamente maior do que o poder da terra de produzir os meios de subsistência para o homem. A população, se não encontra obstáculos, cresce de acordo com uma progressão geométrica. Os meios de subsistência aumentam de acordo com uma progressão aritmética’’ . Como “as populações aumentariam em progressão geométrica enquanto que os recursos alimentares aumentariam em progressão aritmética’’, o número de indivíduos produzidos ao longo das diversas gerações tenderia a ser superior ao que o ambiente comporta.Darwin ficou atento também à seleção artificial realizada pelos homens de acordo com seus interesses (por exemplo, para obter variedades de plantas e animais mais produtivos ou resistentes)e isto o ajudou a chegar na idéia de seleção natural, realizada pelos fatores ambientais. Assim, através da seleção natural, os seres mais aptos têm maior chance de reprodução e de deixar mais descendentes, aumentando na população, ao longo das gerações.

Alfred Russel Wallace chegou às mesma conclusões que Darwin e escreveu um ensaio chamado ‘‘ A tendência das variedades de se afastarem indefinidamente do tipo original” . Darwin escreveu o livro Origin of Species by Means of Natural Selection ou ‘‘ A origem das espécies”, de grande importância para os evolucionistas. As idéias básicas do neodarwinismo (teoria sintética da evolução ou mutacionismo). O neodarwinismo explica a razão de existir variabilidade genética entre os seres vivos e considera importantes, além da seleção natural, outros fatores evolutivos: as mutações e as recombinações gênicas. Assim, pela seleção natural, os seres tendem a apresentar características comuns, mas através das mutações e recombinações gênicas aparece a variabilidade. Os seres que apresentam as características mais adequadas tendem a sobreviver e a deixar maior número de descendentes. As modificações ao acaso que ocorrem nos genes durante as mutações permitem o surgimento de novos genes diferentes do original. A recombinação gênica ou crossing over ou permutação gênica embora não promova o aparecimento de novos genes, permite o surgimento de novas combinações entre os já existentes.Outro fator que permite aumento de variabilidade genética é a segregação independente dos cromossomos homólogos que ocorre na meiose. Um indivíduo diplóide pode produzir gametas haplóides contendo apenas cromossomos de origem paterna ou apenas cromossomos de origem materna ou a mistura de cromossomos maternos e paternos. Uma pessoa da espécie humana (2n = 46), por exemplo,

poderá produzir 223 tipos de gametas com diferentes combinações entre os cromossomosque herdou de seu pai e de sua mãe, isto porque, o número de combinações prováveis entre cromossomos paternos e maternos é dado por 2n, onde n é o número de pares de cromossomos homólogos da espécie do indivíduo.Assim, a probabilidade de um gameta humano ser portador somente de cromossomos de origem materna é de (1/ 2)23 ou 1/8.388.608.

Exercícios resolvidos Bactérias de uma mesma população foram colocadas em um meio de cultura saturado com um certo antibiótico sendo que grande parte das bactérias morreram enquanto

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que algumas sobreviveram dando origem a linhagens resistentes ao antibiótico em questão. Explique o processo de acordo com a teoria de Darwin da evolução b) Explique o processo de acordo com a teoria de

Lamarck da evolução Respostas: a) Segundo a teoria darwinista, deveria haver variabilidade entre as bactérias (muitas seriam sensíveis ao antibiótico enquanto que outras, não). As bactérias sensíveis foram as que morreram, porém as que já eram naturalmente resistentes, sobreviveram e deixaram descendentes também resistentes e bem adaptados ao meio permitindo o surgimento de linhagens de bactérias também resistentes. Assim, houve uma seleção que permitiu a sobrevivência das bactérias mais bem adaptadas ao meio e também de seus descendentes. b) Segundo a teoria lamarquista (que inclui a lei do uso e desuso e a transmissão das características adquiridas), muitas bactérias morreram, mas outras, para que pudessem sobreviver no meio de cultura saturado de um determinado antibiótico, foram adquirindo resistência a ele. A característica adquirida permitiu uma boa adaptação ao meio e foi transmitida aos descendentes, originando linhagens de bactérias resistentes. 2. (FUVEST) Relacione cada frase abaixo com a teoria da evolução de Lamarck ou de Darwin. Justifique sua resposta. a) Pela necessidade de viver em terra firme, os ovos dos répteis adquiriram casca, tornando-se resistentes à dessecação. b) Por terem desenvolvido ovos dotados de casca resistente à dessecação, os répteis puderam conquistar o ambiente terrestre. Respostas:A frase (a) é tipicamente lamarckista pois os répteis teriam adquirido uma nova característica (ovos com casca resistentes à dessecação) pela necessidade de adaptação ao ambiente (terra firme).Assim, a característica adquirida pelos répteis foi uma imposição do ambiente. A frase b é tipicamente darwinista pois traz a idéia de seleção natural dos indivíduos mais aptos a viver em determinado meio. Assim, como os répteis tinham capacidade de produzir ovos com casca resistente à dessecação adaptaram-se bem ao ambiente terrestre conquistando-o. Órgãos homólgos e análogos Se têm a mesma origem embrionária, homólogos eles são, mas se tiverem mesma função, análogos serão.

Ciclo da água Você respira, você transpira, a água sobe, ela evapora se condensa e precipita. Observação: Lembrar que há o pequeno e o grande ciclo da água. No pequeno ciclo, a água de oceanos, rios, geleiras, lagos e até aquele que está no solo, por ação do calor do ambiente evapora e dá origem às nuvens, posteriormente o vapor d’água se condensa, ocorrendo precipitações, geralmente na forma de chuva e, assim, a água retorna à crosta terrestre. O grande ciclo é aquele de que participam os seres vivos. A água que se infiltra no solo é absorvida pelas plantas e pela transpiração ela é liberada na forma de vapor que contribui para manutenção da umidade do ar. Muitos seres vivos absorvem a água e a utilizam em seu metabolismo, mas depois a devolvem ao ambiente. Assim, a evaporação da água, a transpiração e respiração de muitos seres, a perda de água nas fezes e urina e a ação de decompositores contribuem para devolver a água ao ambiente. Ciclo do gás carbônico Combustão, respiração, morte e decomposição, liberam CO2 para a atmosfera, mas a fotossíntese, não. Ela faz a fixação do CO2 , que os outros processos (combustão, respiração e decomposição) liberam. Briófitas Tem um musgo diferente lá naquela ribanceira: esporófito é 2n, gameta e esporos são n Gimnospermas e Angiospermas Tem duas plantas diferentes lá depois da ladeira... Gimnospermas tem sementes e Angiospermas, um fruto atraente... Gimnospermas O pinhão vem da pinha, a pinha, do pinheiro, o pinhão é a semente, a pinha é a flor, Gimnosperma, o pinheiro que não tem fruto, meu amor. Rap ecológico Relações harmônicas Primeiro eu vou falar das relações de harmonia, entre logo em sintonia. Colônias podem ser de dois tipos: de indivíduos idênticos (esponjas e bactérias), ou entre si diferentes (caravelas). Sem

divisão, ou com divisão de trabalho, têm sempre uma origem comum, superorganismos anatomicamente ligados, unidos, vou deixá-los. Graças aos feromônios, na sociedade (+ +) ninguém fica anônimo. Cada um sabe o seu lugar: a rainha (2n) tudo coordena, o zangão(n) fecunda a fêmea e depois sai de cena. As operárias (2n) trabalham a valer e as soldadas defendem o enxame até morrer. Mutualismo (+ +) é nossa relação vital: alimento eu te dou e umidade você me dá. O fungo é você e a alga sou eu, mas, líquen somos, quando juntos estamos. Obs.: Lembrar que líquens são formados pela associação mutualística entre algas ( como as verdes unicelulares) e fungos (ascomicetos, são os mais comuns) , mas alguns liquens resultam da associação entre fungos e cianobactérias. Os líquens se reproduzem assexuadamente por sorédios, fragmentos especiais que são levados pelo vento. A associação entre fungos e algas permite que os líquens sejam encontrados em locais onde, separados, os organismos constituintes não sobreviveriam. Certos fungos também podem associar-se por mutualismo com raízes de plantas , formando micorrizas. O fungo recebe açucares, aminoácidos e outras substâncias orgânicas, mas também beneficia a planta, aumentando a capacidade da raiz absorver micronutrientes, importantes para o seu crescimento. Na cooperação (+ +) eu o ajudo, você me ajuda também, mas se um de nós se afasta o outro fica bem. Eu anu, como seus carrapatos, você, vaca se livra daqueles chatos. No comensalismo (+ 0) um se beneficia da relação, mas o outro, não tira proveito e nem tem prejuízo com ela. Veja os exemplos seguintes dos organismos dela constituintes: O leão depois de comer o quanto quer abandona, de sua presa, a carcaça, depois a hiena vem e se deleita também , comendo os restos da caça. Molusco e caranguejo eremita -- eles têm uma relação comensal bonita. O primeiro abandona a concha que já não lhe serve mais, o segundo, a utiliza, para proteger-se do ataque de outros animais. O seu corpo é meu lar, sou um inquilino singular, para você não faço mal, quero só aí morar. Meu nome é peixe fierasfer e o seu, pepino do mar (relação de inquilinismo). Na forésia eu o levo (transporto), mas você não me paga, não. Seu nome é rêmora e o meu é tubarão. Esquisita aquela epífita, vive em cima de outra planta que nada reclama, isto até não me espanta, pois a bromélia é bela e a orquídea , tão bonita quanto ela. (orquídea e bromélia são epífitas. No epifitismo, a planta que abriga a epífita não é beneficiada e nem prejudicada, mas a epífita obtém vantagens).

TURMA DO M˘RIO Relações desarmônicas Não fique atônita, mas agora as relações são desarmônicas: Competição (- -) é a primeira, você vai ouvir. Não me importa o seu tamanho, eu só quero competir: sou melhor, mais bonito, apto e forte. Não adianta resistir ... eu tenho mais sorte! No amensalismo (- 0 ) um se prejudica, mas o outro, nem tira proveito do mal que foi feito. No predatismo (+ para o predador, - para a presa) eu o caço para comer. Sou predador, atrás da presa, é melhor você correr. No canibalismo (+ -), canibal eu sou e como (alimento-me dos) os outros da minha espécie, nossos inimigos agradecem. No esclavagismo (+ -), escravo meu você será, você vai ter de trabalhar. É assim que se age: eu levo vantagem, mas você não tira proveito algum, seu pagamento é nenhum.

No parasitismo ( + -) minha casa é seu corpo, mas não ajudo na despesa, eu como, você paga, sou parasita por natureza. O Rap está chegando ao fim, se você aprendeu, bate palma para mim e depois pede bis, mas se você não ficou feliz com tudo o que eu fiz, perdoe-me por favor, pois, de músico, ainda sou aprendiz.. Queridos alunos, nas páginas seguintes vocês encontrarão mais alguns assuntos de grande importância para o vestibular. Espero que sejam úteis. Bom estudo e boa prova! Adorama Cristina

Vitaminas podem ser hidrossolúveis (C, B1, B2, B3, B6, B12, ácido fólico, ácido pantotênico e biotina) ou lipossolúveis (K, E, D, A). Excesso de vitamina A em crianças pode provocar irritabilidade dor nos ossos, pele seca e convulsões e até morte. Nos adultos ocorre fragilidade óssea, dores de cabeça, náuseas e diarréia.Recém-nascidos, intoxicados por vitamina K podem sofrer lesões no sistema nervoso. Entre outros sintomas, de acordo com alguns autores, “o excesso de vitamina D pode determinar: fraqueza, perda de peso, cálculos renais, diarréia, descalcificação óssea e excesso de cálcio no sangue que será depositado em músculos, fígado e vasos sangüíneos’’..A vitamina D é normalmente encontrada, na maior parte dos alimentos, na forma de um precursor que se transforma na forma ativa quando submetido aos raios ultravioletas solares.

Vitaminas lipossolúveis

Onde encontrar Importância A carência determina

K ou naftoquinona

Carnes, folhas, verdes tomate, castanha e cereais. É também sintetizada por bactériais intestinais.

É importante na síntese de fatores da coagulação que ocorre no fígado

Hemorragias

E ou tocoferol Latícinios, folhas verdes, sementes oleaginosas. Ë importante antioxidante e protege as membranas celulares. Segundo alguns autores, promove a fertilidade e evita o aborto, em certos casos.

Esterilidade em roedores (ratos, por exemplo) Alguns questionam sua participação em anemias.

D ou calciferol Öleo de fígado de bacalhau e fígado, ovos, leite e cereais

É importante no metabolismo de cálcio e fósforo. Facilita absorção de cálcio dos alimentos e da mineralização óssea.

Problemas nos dentes e ossos, deformidade óssea (raquitismo

A ou retinol

ovo, leite e derivados, caroteno (provitamina) de vegetais vermelhos e amarelos.

Importante para o crescimento e bom funcionamento dos olhos, nariz, boca, ouvidos e pulmões.

Cegueira noturna, lesões de pele, xeroftalmia

Vitaminas hidrossoluveis

Onde encontrar Importância A carência determina

C ou ácido ascórbico

Frutas cítricas, acerola, folhas verdes, tomate, pimentão Previne infecções, mantém integridade dos vasos sangüíneos.

Escorbuto (sangramento nasal e gengival, problemas nas articulaçõs). Fadiga em adultos

B1 ou tiamina Legumes, carnes e fígado, cereais integrais Participa da respiração celular como coenzima Beribéri (neurite e problemas cardíacos), falta de apetite, fadiga muscular, nervosismo.

B2 ou riboflavina

Leite, folhas verdes como a couve e espinafre, carnes magras e fígado,

Importante na respiração celular: faz parte da estrutura do FAD e de outras coenzimas

Queilite (fissuras no canto da boca).Lesões de epitélios.

B3 ou niacina ou nicotinamida (PP)

Leite, legumes, fígado, carnes magras, peixe, cereais integrais, levedo de cerveja

Importante na respiração celular e fotossíntese: faz parte da estrutura do NAD e do NADP

Grande nervosismo, falta de energia, pelagra ( o indivíduo pode apresentar dermatite, diarréia e demência)

B6 ou piridoxina Leite, verduras, legumes carnes, fígado, cereais integrais,. Levedo de cerveja

Atua como coenzima no metabolismo dos aminoácidos. Auxilia a oxidação de alimentos.Importante para a pele

Apatia extrema, problemas nervosos e de pele, cálculos renais e fraqueza muscular

B12 ou Fígado, carnes e ovos Atua como coenzima no metabolismo dos ácidos Anemia perniciosa e

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TURMA DO M˘RIO cianocobalamina

nucléicos e é importante na formação das hemácias distúrbios neurológicos

ácido fólico

folhas verdes, fígado, cereais integrais Atua como coenzima no metabolismo dos aminoácidos e dos ácidos nucléicos

Anemia, diarréia

ácido pantotênico

Presente em diversos alimentos Importante na respiração celular: faz parte da estrutura da coenzima A

Problemas com sono e coordenação motora, fadiga

biotina, Legumes, carnes, verduras Atua como coenzima no metabolismo dos aminoácidos Depressão e dores musculares, fadiga e náuseas. Vírus : Eles são organismos acelulares e parasitas intracelulares obrigatórios. Eles possuem material genético (DNA ou RNA, geralmente, só um dos dois) e uma cápsula protéica. Podem sofrer mutações e sempre dependem de uma célula hospedeira para sua multiplicação viral. São doenças causadas por vírus: rubéola, varíola, catapora, caxumba, verruga, febre amarela, dengue, encefalite, gripe, raiva, sarampo, AIDS, herpes, poliomielite, hepatites, ébola e outras.. Para defesa contra bactérias, utilizam-se antibióticos e vacinas (quando existem) . Para combater os vírus podem ser usados agentes anti-virais e soros (quando existem) mas, em muitos casos, o tratamento é apenas sintomático. Para prevenção de doenças virais, existem vacinas que permitem uma imunização prolongada, como a vacina contra a poliomielite, mas outras,, como a vacina contra gripe, não conferem imunidade definitiva pois os vírus da gripe têm alta capacidade de sofrer mutações. Uma vacina contra AIDS está em estudo mas ainda não se obteve o sucesso esperado porque, entre outros fatores, o material genético dos vírus da AIDS sofre constantes mutações. Vírus

Vias de transmissão Doenças causadas por vírus AIDS (prevenção : uso de preservativo, evitar a promiscuidade sexual; em caso de transfusões e derivados, certificar-se de que foram realizados os exames laboratoriais para doenças de transmissão sanguínea , principalmente o HIV; usar agulhas e seringas descartáveis; materiais perfurantes ou cortantes como lâminas e navalhas devem ser de preferência, de uso próprio ; usar somente materiais descartáveis ou corretamente esterilizados; esterilizar adequadamente os materiais cirúrgicos e objetos que possam ter contato com sangue.

Contato sexual, transfusões de sangue, contato com sangue e derivados, agulhas e seringas contaminadas, materiais cirúrgicos e perfurantes ou cortantes infectados, transmissão durante a gravidez, no parto ou através de leite materno

Varíola Contato direto com doentes , tosse, espirros, saliva e objetos contaminados como copos e talheres

Gripe, rubéola, sarampo, caxumba (para prevenção deve-se evitar contato com os doentes e tomar as vacinas específicas) Vias respiratórias (tosse, espirros, gotículas de saliva)

Rubéola congênita (para prevenção deve-se promover a vacinação pré-gestacional ) Transmissão transplacentária Dengue e febre amarela (para prevenção deve-se usar repelentes, combater o mosquito e eliminar seus “criadouros”. Como a fêmea do Aeds aegypti , coloca seus ovos em águas paradas e limpas deve-se tampar as caixas d’água, poços e cisternas e eliminar recipientes desnecessários como pneus velhos , garrafas e latas vazias que possam vir a acumular água . Em casos de vasos é conveniente que sejam lavados e guardados em local seco. Segundo alguns autores, se os ovos forem colocados em um recipiente com água e este for esvaziado , os embriões poderão permanecer vivos por até um ano; se o recipiente voltar a receber água limpa, os ovos eclodirão, assim, os cuidados anteriores são necessários. No caso da febre amarela existe vacina para evitar a doença mas contra a dengue, não).

Picada do mosquito do gênero Aeds

Poliomielite (para a prevenção : vacina , isolamento dos doentes e saneamento básico). Os doentes poderão apresentar : diarréia, febre, fraqueza muscular e paralisia.

Água e alimentos contaminados, secreções respiratórias

Hepatite tipo A ( para prevenção: vacina , isolamento dos doentes, saneamento básico e evitar contato com os doentes). O fígado do doente se inflama, a urina fica escura e suas fezes, claras. A pessoa fica febril, com dores abdominais e com icterícia.

Contaminação fecal de água ou alimentos

Transfusões de sangue, objetos contaminados Hepatite tipo B ( prevenção : vacina, análise de amostras de sangue, esterilização correta de materiais cirúrgicos e de tratamentos

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TURMA DO M˘RIO como agulhas e seringas, materiais cirúrgicos e de tratamentos dentários

dentários, uso de seringas e agulhas descartáveis). O doente apresenta sintomas parecidos com os daquele que está com hepatite tipo A Raiva ou hidrofobia (prevenção : vacinação dos animais; evitar que os cães fiquem abandonados nas ruas e sem os cuidados devidos) Em caso de contato indireto com saliva de animal suspeito, lavar bem o local com água e sabão; mas se os acidentes forem leves ou graves, a pessoa deverá receber vacina e / ou soro, a critério médico.

Pela mordedura de animais infectados, principalmente cães

Encefalites virais ( prevenção: combate aos vetores) Pela picada de mosquitos e carrapatos Ébola ( ainda não há tratamento específico ou vacina; para prevenção deve-se evitar contato com os doentes e promover seu isolamento). Entre os diversos sintomas, podemos citar: dor de cabeça, olhos vermelhos e rijos, febre, perda de lucidez, coceiras na pele que fica amarelada, com feridas e se rompe; vômito escuro e sangue que sai também pelos diversos orifícios do corpo; o cérebro se liqüefaz e a pessoa morre. O vírus Ébola ataca e destrói rapidamente e em grande quantidade as células do sistema imunológico. O período de incubação oscila entre dois e 21 dias. A maioria esmagadora dos doentes não sobrevivem.

Contato íntimo com doentes (inclusive contato venéreo) agulhas de seringas de injeção contaminadas com sangue de pacientes; existe também a possibilidade de que haja transmissão por meio de aerossóis. Bactérias: A tabela seguinte traz algumas doenças bacterianas e suas vias de transmissão : Vias de transmissão Doenças bacterianas

Sífilis e gonorréia (esta última também é conhecida como blenorragia). Para prevenção dessas doenças deve-se tratar os doentes, evitar a promiscuidade sexual e usar preservativos. Lembrar que a mãe portadora de gonorréia pode infectar a criança ao nascer e a mãe com sífilis pode transmitir a doença ao feto durante a gravidez.

Contato sexual

Hanseníase (para prevenção deve-se evitar o contato com os doentes e promover seu tratamento). Contato direto com doentes Tuberculose, pneumonia, meningite epidêmica, escarlatina, coqueluche e difteria (para prevenção deve-se: evitar contato com doentes e realizar o tratamento dos doentes; nos casos de meningite e escarlatina, o isolamento dos doentes também é indicado. Vacinas podem ser usadas: contra a coqueluche e difteria a vacina tríplice ou DPT; contra a tuberculose, a vacina BCG; existem ainda vacinas específicas contra alguns tipos de bactérias causadoras de meningites e contra algumas bactérias causadoras de determinados tipos de pneumonias )

Vias respiratórias (tosse, espirros, gotículas de saliva)

Tétano (para prevenção podem ser realizados cuidados com ferimentos e usada a vacina tríplice, DPT ou antitetânica) Contaminação de ferimentos profundos ou do coto umbilical

Gangrena gasosa (quando não tratada é uma doença letal ; o uso de soro de cavalo entrou em desuso; possibilidade de vacina ainda é experimental; o tratamento é feito com limpeza adequada, remoção cirúrgica dos tecidos lesados, antimicrobianos e oxigenoterapia hiperbárica)

Contaminação de ferimentos profundos

Cólera , disenteria bacilar, febre tifóide e gastroenterites (para prevenção é importante o tratamento dos doentes, que a água seja fervida ou clorada, que existam saneamento básico, medidas de higiene pessoal e cuidados no preparo dos alimentos; contra o cólera há uma vacina, mas de pouca eficácia)

Contaminação de alimentos ou água por fezes

Ingestão de alimentos nos quais bactérias se desenvolveram e liberaram aí suas toxinas (os sintomas da doença são causados pela toxina presente e não pela proliferação de bactérias)

Botulismo e intoxicação alimentar

Contato com água contaminada por urina de camundongos e ratos

Lepstospirose (para prevenção : saneamento básico e combate aos camundongos e ratos)

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TURMA DO M˘RIO Tracoma (para prevenção: tratamento dos doentes e vacina). Se o doente não for tratado pode ficar cego devido à inflamação da conjuntiva da córnea.

Contato direto ou indireto com secreções oculares

Tifo exantemático (para prevenção deve-se combater os vetores) Picada de artrópodes Peste bubônica ( para prevenção deve-se combater os vetores) Do rato para o ser humano por picada de pulga

Hormônios Algumas de suas principais funções e características

Controla a excreção de água pela urina. Sua diminuição leva à diabetes insípida (diabetes insipidus). Este hormônio atua também sobre os músculos lisos dos vasos sangüíneos quando cai a pressão arterial. O hipotálamo produz o hormônio ADH (antidiurético) ou vasopressina mas quem o libera é a neuro-hipófise.

Vasopressina ou ADH

Ocitocina Estimula as contrações uterinas no parto e a ejeção do leite pelas glândulas mamárias O hipotálamo produz a ocitocina mas quem a libera é a neuro-hipófise Adrenocorticotrófico (ACTH) Estimula a secreção de hormônios do córtex das supra renais (ou adrenais) Tireotrófico (STH) Estimula a tireóide Prolactina ou hormônio lactogênico

estimula a produção de leite nas glândulas mamárias

Somatotrófico ou hormônio do crescimento ou somatotropina (STH)

Estimula a síntese protéica, favorecendo a fixação do nitrogênio. Promove um aumento no tamanho e número das células dos tecidos em geral, principalmente dos ossos longos. Sua carência na infância leva ao nanismo e seu excesso, ao gigantismo. O excesso no adulto provoca acromegalia

Hormônio folículo estimulate (FSH)

No ovário, provoca o amadurecimento do folículo ovariano que abriga o futuro óvulo. Nos túbulos seminíferos dos testículos, estimula a espermatogênese.

Hormônio luteinizante (LH) Promove a ovulação, o desenvolvimento do corpo amarelo (ou lúteo) e a produção de progesterona. Estimula a produção de testosterona pelos testículos. Estrógeno Provoca o espessamento da mucosa uterina (endométrio). Estimula o desenvolvimento e manutenção ddas características secundárias femininas. Progesterona Mantém o endométrio uterino espesso e vascularizado e adequado para receber um futuro embrião. A progesterona (I) é produzida no corpo amarelo (ou lúteo) nos

ovários. Em caso de gravidez sua produção pelos ovários se mantém até o terceiro trimestre, a partir de então, a progesterona (II) passa a ser produzida pela própria placenta

Testosterona Controla o desenvolvimento dos órgãos sexuais e das características sexuais secundárias masculinas Aldosterona Promove um aumento da reabsorção de sódio nos túbulos renais e, consequentemente, um aumento da reabsorção de cloro e água. Em troca, favorece a passagem de

potássio para o interior do filtrado, promovendo a excreção renal desse íon. Cortisol ou hidrocortisona (glicocorticóide)

Atua na produção de glicose a partir de proteínas e gorduras, aumentando a quantidade de glicose disponível para ser utilizada como combustível em situações estressantes. Além disto, diminui a permeabilidade dos capilares sangüíneos. Devido a essas propriedades é usado clinicamente para reduzir inflamações provocadas por processos alérgicos. Mas não deve ser usado por muito tempo pois , como deprime o sistema de defesa corporal, torna o organismo mais suscetível a infecções.

Adrenalina Prepara o organismo para situações estressantes, agindo para que ocorram elevação do metabolismo basal e da pressão arterial, aceleração dos batimentos cardíacos, vasodilatação das arteríolas dos músculos esqueléticos, vasoconstrição periférica, relaxamento dos músculos lisos dos bronquíolos, do intestino e da bexiga. Estimula a glicogenólise no fígado, aumentando, assim, a hiperglicemia

Tiroxina e triiodotironinna Elevam o metabolismo geral do corpo, crescimento e desenvolvimento sexual. Sua deficiência congênita provoca o cretinismo. No adulto o hipotireoidismo provoca mixedema, sonolência e ganho de peso. Pessoas que apresentam uma dieta pobre em iodo podem manifestar o bócio endêmico pois o iodo é importantíssimo na produção dos hormônios tireoidianos. Pessoas com hipertiroidismo (com excesso de hormônios tireoidianos), por sua vez, apresentam bócio exoftálmico, nervosismoe perda de peso

Calcitonina Atua diminuindo a quantidade de cálcio no sangue. Paratormônio Regula a proporção entre o cálcio e fósforo no sangue. Na presença da vitamina D, facilita absorção de cálcio pelo intestino. Sua deficiência leva à diminuição do cálcio e

aumento de fósforo no sangue. O indivíduo poderá apresentar tetania muscular devido à redução dos íons cálcio. Por outro lado, com excesso do hormônio, a quantidade

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TURMA DO M˘RIO de fósforo no sangue diminui e ocorre aumento da remoção de cálcio dos ossos e sua deposição no sangue. A pessoa fica mais suscetível a fraturas.

Insulina Seu principal efeito é diminuir a concentração de glicose no sangue, facilitando a absorção de glicose pelos músculos esqueléticos e pelas células do tecido gorduroso, além de promover a formação e a estocagem de glicogênio no fígado. Ë produzido pelas células beta das ilhotas de Langerhans do pâncreas. A deficiência do hormônio causa diabetes melito (mellitus)

Glucagon Estimula a glicogenólise (quebra do glicogênio) no fígado. É produzido pelas células alfa das ilhotas de Langerhans no pâncreas Gastrina Ë produzido no estômago e atua no estômago. Estimula a produção de suco gástrico Secretina Ë produzido no intestino (duodeno) e atua no pâncreas. Estimula a liberação, pelo pâncreas, de uma secreção aquosa de bicarbonato de sódio, que neutraliza a acidez do

quimo proveniente do estômago. Colecistoquinina (CCK) Ë produzido no intestino (duodeno) e atua no pâncreas e vesícula biliar. Estimula a liberação de bile pela vesícula e de enzimas pelo pâncreas. Enterogastrona Ë produzido no intestino (duodeno) e atua no estômago. Estimula a diminuição dos movimentos peristálticos do estômago. Assim, diminui a quantidade de quimo liberada

no duodeno e sobra mais tempo para a digestão. Algumas doenças causadas por protozoários (protozooses): malária, úlcera de Bauru, calazar, doença do sono, doença de Chagas, toxoplasmose, amebíase e giardíase Malária Principal causador Protozoários esporozoários do gênero Plasmodium

Através da picada de fêmeas do mosquito Anopheles (mosquito prego) que introduzem os esporozoítos na corrente sangüínea do indivíduo. O parasita é heteroxênico . Os anofelinos são os hospedeiros definitivos enquanto que o ser humano pode ser o hospedeiro intermediário.Há relatos de casos de ‘‘impaludismo congênito’’ devido à infecção transplacentária – mães infectadas podem transmitir a doença para os filhos, em certos casos, ainda na fase intra-uterina ou durante o trabalho de parto.A doença também pode ser adquirida em conseqüência de transfusões sangüíneas com sangue parasitado ou através de injeções intravenosas com seringas contaminadas.

Como contrair a doença

Algumas manifestações

Anemia e febre intermitente com intervalos de tempo variáveis dependendo do tipo do agente causador. As crises ocorrem a cada 48 horas na malária terçã benigna causada pelo P. vivax, a cada 48 horas na malária causada pelo Plasmodium ovale e a cada 72 horas na malária quartã benigna causada pelo P. malariae . A malária terçã maligna causada pelo P. falciparum é a mais grave e produz febre a intervalos irregulares (36-48 horas). Lesões no sistema nervoso central do doente podem levá-lo a óbito. A morte também pode ser causada por edemas pulmonares. As infecções pelo P. ovale são benignas com febre moderada, de forma terçã. P. ovale é encontrado quase somente na África.

Algumas medidas preventivas

Evitar os locais onde a malária é endêmica.Combate ao mosquito transmissor através de inseticidas químicos, agentes biológicos e manejo adequado do ambiente. Criadouros do mosquito podem ser eliminados por meio de aterro, drenagem ou limpeza da vegetação. Em certos casos podem ser utilizadas substâncias químicas larvicidas . As larvas também podem ser combatidas por substâncias produzidas por certas bactérias ou por animais predadores como determinadas espécies de peixes que se alimentam das larvas do inseto anofelino.Uso de telas nas portas e janelas. Diagnóstico preciso e tratamento imediato dos doentes. Podem ser utilizados medicamentos como cloroquinina ou o quinino, dependendo do caso. Há necessidade de acompanhamento dos filhos de mães com malária, devido à possibilidade de transmissão congênita ou induzida durante o parto.Vacinas estão ainda em processo de desenvolvimento.

Leishmaniose tegumentar americana ou Leishmaniose cutâneo-mucosa (úlcera de Bauru) Principal causador Leishmania brasiliensis (protozoário flagelado)

Através da picada do mosquito-palha, flebotomo do gênero Lutzomyia . O mosquito-palha também é conhecido como birigüi. O parasita é heteroxênico. O mosquito hematófago é o hospedeiro intermediário e o mamífero, o hospedeiro definitivo. A incidência de pessoas com leishmaniose é maior entre aquelas que convivem com cães doentes.

Como contrair a doença

Algumas manifestações

Lesões em pele e/ ou mucosas. Pode haver também uma forma rara, a leishmaniose difusa. Na pele podem aparecer úlceras, lesões verrucosas, nodulares, papulares, etc. Na forma mucosa, o septo nasal pode sofrer ulceração e o processo infiltrativo pode ocorrer. Em certos casos, o nariz e o lábio superior são totalmente destruídos. Faringe e laringe também podem ser prejudicadas pelo protozoário. Os indivíduos com a forma cutâneo mucosa apresentam múltiplas lesões de pele.

Algumas medidas preventivas

Combate ao mosquito transmissor através de inseticidas Uso de telas nas janelas, utilização de mosquiteiros e uso de repelentes pode ser de valia em certos casos. Eliminação dos animais afetados Tratamento das pessoas doentes. Uma vacina ainda, está em experimentação.

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TURMA DO M˘RIO Leishmaniose visceral ou calazar Principal causador Leishmania donovani (protozoário flagelado)

Observação: A leishmania é um parasita intracelular obrigatório que ataca macrófagos Como contrair a doença

Através da picada do mosquito do gênero Lutzomyia. O parasita é heteroxênico. O inseto flebotomo é o vetor que transmite o protozoário aos mamíferos e, acidentalmente, ao homem. São reservatórios do parasita: certas espécies de raposa , o gambá e o cão.

Algumas manifestações

Hepatoesplenomegalia (aumento do baço e do fígado), tosse seca, febre de longa duração e irregular, cabelos secos e quebradiços, cílios alongados, disenteria, palidez cutâneo mucosa, anemia, leucopenia, emagrecimento, desnutrição e morte, em certos casos. Em outros, há cura espontânea ou com uso de medicamentos. Algumas pessoas tratadas, podem apresentar recidivas, assim, é necessário o acompanhamento médico por algum tempo.

Algumas medidas preventivas

Diagnóstico preciso e tratamento dos doentes.Eliminação de animais reservatórios infectados.Controle de vetores, através do uso de inseticidas. Vacinas anti-leishmaniose ainda estão em fase de desenvolvimento.

Tripanossomíase humana africana (Doença do sono) Principal causador Os causadores desta doença são os protozoários flagelados Trypanosoma (Trypanozoon) brucei que apresentam subspécies importantes como: T. (T) brucei

gambiense (T. gambiense) , T. (T) brucei rhodesiense (T.rhodesiense) e T. (T) brucei brucei (este último causa a tripanossomíase em animais, a nagana) . Através da picada da mosca tsé-tsé (Glossina palpalis). A transmissão placentária é possível, mas rara. O ser humano pode ser reservatório do parasita e certos animais selvagens e domésticos

Como contrair a doença Algumas manifestações

Febre e cefaléia; hipertrofia ganglionar; hepatoesplenomegalia; sintomas cardiovasculares como taquicardia e arritmias; sinais cutâneos e edemas. Na mulher, há alterações menstruais, esterilidade e abortos. Nos homens, freqüentemente, aparece impotência e em alguns deles, ginecomastia . Se a infecção for adquirida antes da puberdade, não há desenvolvimento das características sexuais secundárias. Outros sintomas importantes são: emagrecimento, manifestações nervosas como alterações de comportamento e humor, convulsões, insônia e posteriormente grande sonolência, confusão mental, delírio, agressividade, indiferença permanente, estados depressivos (às vezes levam o doente ao suicídio) . Ao final, pode ocorrer demência. Pode existir também: incordenação motora e fraqueza muscular – o doente apresenta-se inseguro e indeciso, com marcha anormal. A tripanossomíase pelo T. gambiense costuma Ter evolução em anos e é mais sensível à terapêutica enquanto que a por T .rhodesiense evolui em meses e necessita tratamento mais longo e doses de maiores de medicamento.

Algumas medidas preventivas

Diagnóstico preciso e tratamento dos doentes. Melhoria das condições de higiene rural e individual. Procurar afastar as pessoas dos locais onde há glossinas. Educação sanitária. Controle dos movimentos populacionais de doentes ou suspeitos. Combate às glossinas principalmente através do uso de inseticidas. Desarborização total ou parcial de plantas que servem para repouso ou esconderijo do inseto. Maior desenvolvimento agrícola promove alterações no ambiente desfavoráveis às glossinas, levando a uma redução de sua população.

Tripanossomíase americana (Doença de Chagas) Principal causador Trypanosoma cruzi (protozoário flagelado). A forma flagelada normalmente fica no sangue circulante e a forma aflagelada em outros tecidos. ou órgãos

como o coração e o esôfago, por exemplo. Através da contaminação da pele ou mucosas pelas fezes e urina de percevejos (‘‘barbeiros ou chupanças’’) principalmente das espécies: Triatoma infestans, Rhodnius prolixus e Panstrogylus megistus. Ao sugar o sangue do indivíduo, o percevejo defeca no local e elimina, com suas fezes, o protozoário. Este penetra no organismo por pequenas soluções de continuidade da pele, ou mesmo, pela mucosa íntegra.Outras formas de adquirir a doença: transplantes, transfusões de sangue e transmissão transplacentária .No ciclo silvestre, a transmissão oral é muito comum (muitos reservatórios são carnívoros e insetívoros, alimentando-se de outros mamíferos e triatomíneos infectados).Os principais reservatórios são gambás, vários ratos, tatus e tamanduás, gatos, coelhos, macacos, morcegos, seres humanos e pequenos animais domésticos como cães, gatos, etc.

Como contrair a doença

Algumas manifestações

Na fase aguda pode haver:chagoma de inoculação -- a área por onde o parasita penetrou. fica inchada; febre, dor de cabeça, mal-estar e morte, em alguns casos.Na fase crônica podem existir lesões no coração (cardiomegalia) e no tubo digestivo ( megaesôfago e megacolo). Muitas vezes, a pessoa apresenta insuficiência cardíaca, problemas para deglutir e evacuar.

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TURMA DO M˘RIO Algumas medidas preventivas

Combate ao percevejo com uso de inseticidas Melhora das condições de habitação com substituição das casas de pau-a-pique por outras de alvenaria. Uso de mosquiteiros sobre as camas e de telas nas janelas.Maior controle do sangue a ser utilizado em transfusões. Estão sendo pesquisados fungos e parasitas que destroem ovos do barbeiro, objetivando um controle biológico.

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TURMA DO M˘RIO Toxoplasmose Principal causador Toxoplasma gondii (Protozoário esporozoário) Como contrair a doença

Através da ingestão de cistos do solo, areia, latas de lixo, etc. e outros locais onde os gatos eliminam suas fezes. Moscas, baratas e minhocas são hospedeiros transportadores que contribuem para a disseminação da doença. Através da ingestão de cistos em carnes cruas e/ou malcozidas, principalmente, de porco e carneiro. O gato é o hospedeiro definitivo, mas os hospedeiros intermediários podem ser pessoas, outros mamíferos e até aves.A transmissão transplacentária, também é possível. Cães que comem e se envolvem com as fezes de gato podem atuar como hospedeiros mecânicos de oocistos quando entram em contato com crianças que não se preocupam com o odor das fezes.

Algumas manifestações

Podem existir comprometimento de diversas partes do corpo, como o fígado, coração, pulmões, gânglios linfáticos, olhos, etc. A toxoplasmose neonatal resulta da infecção intra-uterina. A criança poderá apresentar-se assintomática ou com diversos problemas como pneumonia, miocardite, hepatite com icterícia e anemia, pouco peso, etc. Em certos casos o bebê nasce prematuro e pode apresentar sinais oculares como estrabismo, microftalmia, etc. A temperatura do corpo da criança pode ser instável devido ao comprometimento do hpotálamo. Podem existir ainda, focos de calcificação cerebral, retardo psicomotor, no futuro, além de outras seqüelas.

Algumas medidas preventivas

Ë aconselhável prevenir a infecção principalmente em crianças e gestantes. Crianças com toxoplasmose congênita, ainda que assintomáticas devem ser tratadas afim de prevenir lesões dos olhos e do sistema nervoso central. Cozinhar bem a carne a uma temperatura superior a 66º . Lavar as mãos após manipular carnes cruas, gatos, cães e antes das refeições e/ou de encostá-las na boca ou nos olhos. Controlar moscas e baratas que podem servir de vetores experimentais de oocistos. Manter controle sobre os gatos de rua. Cobrir os tanques de areia das crianças quando estiverem sem uso. Usar luvas ao trabalhar com o solo. Fornecer ao gato apenas alimentos secos, cozidos e enlatados. Limpar os locais onde há fezes de gatos e desinfetá-los com água fervente. Evitar cuidar de gatos durante a gravidez. Observação: Vacinas experimentais para humanos e gatos já foram desenvolvidas e podem Ter indicação em certos casos.

Amebíase Principal causador Entamoeba histolytica Como contrair a doença

Através da ingestão de alimentos ou água contaminados por fezes com cistos do parasita.

Algumas manifestações

Em certos casos é assintomática, porém em outros há sintomas como diarréia sanguinolenta, febres e dores abdominais, anemia e emagrecimento. Se o parasita for para o pulmão, pode provocar tosse e expectoração. Quando no fígado, traz problemas como pele amarelada e urina escura, como nas hepatites. Nas formas que afetam o sistema nervoso provocam dores de cabeça, vômitos e convulsões.

Algumas medidas preventivas

Tratamento dos doentes. Saneamento básico com tratamento da água e esgoto; medidas de higiene pessoal e cuidados no preparo dos alimentos.

Giardíase Principal causador Giardia intestinalis, antigamente conhecida como Giardia lamblia Como contrair a doença

Através da ingestão de alimentos ou água contaminados por fezes com cistos do parasita

Algumas manifestações

No intestino delgado, o parasita dificulta a absorção de nutrientes para o hospedeiro. Quando em grande quantidade, podem provocar diarréia alternada com constipação intestinal, dores abdominais, perda de peso, anemia, e outros sintomas.

Algumas medidas preventivas

Tratamento dos doentes. Saneamento básico com tratamento da água e esgoto; medidas de higiene pessoal e cuidados no preparo dos alimentos.

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TURMA DO M˘RIO Verminoses As tabelas seguintes tratam da teníase, cisticercose, ascaridíase e enterobiose. Lembrar que um parasita será considerado heteroxênico quando necessitar de dois hospedeiros para completar seu desenvolvimento. O parasita será monoxênico quando completar seu ciclo vital em um só hospedeiro. Teníase Principal causador Taenia saginata e Taenia solium (vermes platelmintos da classe Trematoda)

Adquire-se teníase pela ingestão de carne de boi malcozida e com cisticercos de Taenia saginata ou pela ingetão de carne de porco malcozida e com cisticercos de Taenia solium

Como contrair a doença

Dores de cabeça, constipação intestinal, falta de apetite, fraqueza, anemia e náuseas. Algumas manifestações Algumas medidas preventivas

Tratamento dos doentes,. Saneamento básico, medidas de higiene pessoal e cuidados no preparo dos alimentos. Cozinhar muito bem a carne de porco e a de boi antes de ingerí-las

Cisticercose Principal causador Cisticercus celulosae (larva da Taenia solium)

Adquire-se cisticercose pela ingestão de ovos de Taenia solium em água e verduras foliáceas cruas ou por autoinfestação. Como contrair a doença Algumas manifestações Quando na pele e abdome não trazem muito desconforto, mas nos olhos ou cérebro (neste caso, chamada neurocisticercose), pode ser grave. A

cisticercose pode causar problemas como convulsões, epilepsia, distúrbios visuais e outros. Algumas medidas preventivas

Saneamento básico, medidas de higiene pessoal e cuidados no preparo dos alimentos

Ascaridíase Principal causador Ascaris lumbricoides

Principalmente pela ingestão de água ou alimentos contaminados pelos ovos do verme Como contrair a doença Algumas manifestações Passando pelos pulmões, na fase larvária pode provocar tosse e expectoração, falta de ar, catarro, febre, mal estar, etc. Durante as freqüentes mudas que

o verme passa até completar seu desenvolvimento, libera substâncias toxicas que causa reações alérgicas, urticárias e até convulsões. No intestino delgado, os vermes tem ação espoliativa, agravando a desnutrição, em crianças. Infecções maciças podem obstruir mecanicamente o intestino.

Algumas medidas preventivas

Saneamento básico, medidas de higiene pessoal e cuidados no preparo dos alimentos

Enterobíase ou oxiuríase Principal causador Enterobius vermicularis, também conhecido como oxíurus.

Adquire-se enterobiose pela ingestão de ovos do verme em alimentos contaminados ou por autoinfestação. A inalação dos ovos também pode permitir a infestação.

Como contrair a doença

Algumas manifestações Prurido na região anal e proximidades, dores abdominais, náuseas, vômitos e às vezes, diarréia. Se as fêmeas do verme forem para a região de vulva e vagina podem provocar prurido e corrimento nas meninas.

Algumas medidas preventivas

Saneamento básico, medidas de higiene pessoal e cuidados no preparo dos alimentos. Limpeza adequada do quarto e trocas periódicas da roupa de cama e de dormir também estão indicadas.

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TURMA DO M˘RIO Verminoses relacionadas com a penetração de larvas pela pele e mucosas: esquistossomose ou barriga d’água, amarelão ou ancilostomose ou opilação e “bicho geográfico’’ Esquistossomose ou barriga d’água Principal causador Schistosoma mansoni (verme platelminto) Como contrair a doença Pela penetração da larva cercária pela pele e mucosa de pessoas que usam a água infestada sem os devidos cuidados ou se banham em áreas de risco. Algumas manifestações Pode haver vermelhidão e coceira na região por onde a cercária penetrou, ou não haver sintomas. O período de incubação pode durar de dois a três meses, apresentando o

indivíduo, nesta fase aguda: náuseas, mal –estar, febre, cefaléia, fraqueza, etc. Na fase crônica aparecem: anemia intensa, fezes sanguinolentas, fraqueza, falta de ar , dor abdominal, náuseas e vômito, geralmente aumento do fígado e baço. A obstrução dos vasos sangüíneos do fígado provoca acúmulo de líquido na cavidade abdominal – ascite – também conhecida como barriga d’água.. Evitar contato com a água infestada .Combate ao hospedeiro intermediário, ou seja, o caramujo planorbídeo (Biomphalaria glabrata). Deposição das fezes em locais adequados. Tratamento dos doentes. Saneamento básico. Medidas de higiene e educativas

Algumas medidas preventivas Amarelão ou ancilostomose ou opilação Principal causador Ancylostoma duodenale e Necator americanus (vermes asquelmintos) Como contrair a doença

Pela penetração da larva filarióide pela pele e mucosa Observação: Se a pessoa ingerir os ovos ou a larva do verme também poderá adquirir o ‘‘amarelão”.

Algumas manifestações

Anemia, pele amarelada, fadiga fácil, problemas gastrintestinais. Distúrbios do apetite e até geofagia em alguns casos.

Algumas medidas preventivas

Uso de calçados e de luvas ao se mexer com a terra. Deposição das fezes em locais adequados. Tratamento dos doentes. Saneamento básico Medidas de higiene e educativas. Combate a desnutrição

“Bicho geográfico’’ Principal causador Ancylostoma braziliensis (verme asquelminto)

Pela penetração da larva (Larva migrans) pela pele Como contrair a doença Algumas manifestações

A larva do verme provoca lesões de contornos variados e irregulares lembrando um mapa. O verme não completa seu ciclo vital no ser humano, depois de algum tempo, de caminhadas sob a pele, acaba morrendo.

Algumas medidas preventivas

Evitar andar descalço sobre a areia contaminada por ovos de verme eliminados com as fezes de gatos e cachorros parasitados. Os ovos eclodem na areia e dão origem às larvas que podem penetrar pela pele das pessoas.

Doenças relacionadas com contato sexual : AIDS, sífilis, gonorréia ou blenorragia, tricomoníase AIDS Principal causador Vírus HIV Como contrair a doença Contato sexual, transfusões de sangue, contato com sangue e derivados, agulhas e seringas contaminadas, materiais cirúrgicos e perfurantes ou cortantes

infectados, transmissão durante a gravidez, no parto ou através de leite materno Algumas manifestações Emagrecimento, diarréia intensa, lesões na pele, infecções oportunistas Algumas medidas preventivas

uso de preservativo, evitar a promiscuidade sexual; em caso de transfusões e derivados, certificar-se de que foram realizados os exames laboratoriais para doenças de transmissão sangüínea , principalmente o HIV; usar agulhas e seringas descartáveis; materiais perfurantes ou cortantes como lâminas e navalhas devem ser de preferência, de uso próprio; usar somente materiais descartáveis ou corretamente esterilizados; esterilizar adequadamente os materiais cirúrgicos e objetos que possam Ter contato com sangue.

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TURMA DO M˘RIO Sífilis Principal causador Bactéria Treponema pallidum Como contrair a doença Relações sexuais sem o uso de preservativos. Contato com a lesão. A mãe com sífilis pode transmitir a doença ao feto durante a gravidez. A criança

apresentará sífilis congênita Algumas manifestações Manchas na pele, aumento dos gânglios linfáticos, nódulo endurecido nos genitais, lesões neurológicas. A criança com sífilis congênita apresenta sérios

problemas. Algumas medidas preventivas

Tratar os doentes, evitar a promiscuidade sexual e usar preservativos.

Gonorréia ou blenorragia Principal causador Neisseria gonorrhoeae (bactéria) Como contrair a doença Relações sexuais sem o uso de preservativos. Contato com a lesão. A mãe portadora de gonorréia pode infectar a criança ao nascer Algumas manifestações Dor ao urinar e durante as relações sexuais, corrimento vaginal ou uretral e outros. Algumas medidas preventivas

Tratar os doentes, evitar a promiscuidade sexual e usar preservativos.

Tricomoníase Principal causador Trichomonas vaginalis (protoário flagelado) Como contrair a doença Principalmente por relações sexuais Algumas manifestações Prurido, dor e inflamação com corrimento Algumas medidas preventivas

Uso de preservativos durante as relações sexuais, evitar a promiscuidade sexual, evitar manter relação sexual com o doente antes que ele seja convenientemente tratado.

Tabelas relacionadas com diversos filos do reino Metazoa. Espongiários ou poríferos (filo Porifera) Características gerais/ importância/ exemplos de animais

Exclusivamente aquáticos / animais filtradores com corpo repleto de poros por onde a água penetra. Algumas esponjas que possuem espongina foram utilizadas como esponjas de banho. Quanto a morfologia, podem ser encontradas aesponjas dos seguintes tipos: áscon, sícon e lêucon. As esponjas do tipo lêucon ou rágon apresentam uma maior complexidade e espessura da parede que permite maior contato entre os coanócitos e a água que traz nutrientes.

Sistema esquelético e tegumentar Células de revestimento externo: pinacócitos. Células de Revestimento interno: coanócitos flagelados. Para sustentação Internamente podem apresentasr espículas (silicosas ou calcáreas) e/ou espongina(fibras orgânicas) . Na classe Calcarea encontram-se esponjas com espículas calcáreas (de carbonato dee cálcio, na classe Hexactinellida os animais apresentam espículas silicosas e na classe Desmospongiae há seres com espículas silicosas e/ ou fibras de espongina.

Digestão Sistema digestivo ausente. Digestão exclusivamente intracelular: coanócitos fagocitam partículas alimentares trazidas pela água que penetra pelos porócitos.Lembrar: a água entra pelo poro dos porócitos, passa pelo átrio e sai pelo ósculo

Sistema respiratório Ausente. Trocas gasosas efetuadas por difusão. Sistema circulatório Ausente. Amebócitos contribuem com a distribuição de nutrientes Sistema Nervoso Ausente Ausente. Exretas são eliminados por difusão Sistema excretor Ausente. Reprodução e desenvolvimento Reprodução assexuada por : regeneração, brotamento*

Reprodução sexuada com fecundação interna (amebócitos produzem gametas que saem pelo ósculo e são levados pela água até outra esponja na qual penetram pelo porócito. A fecundação é interna no corpo desta Segunda esponja . O desenvolvimento é indireto com larva anfibblástula. *Observação algumas esponjas de água doce podem realizarr gemulação quando as condições do meio são inadequadas. As gêmulas são formas de resistência que permitem a sobrevivência da esponja quando os rios secam e seu retormno à forma ativa quando as águas voltam.

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TURMA DO M˘RIO Celenterados ou cnidários (filo Cnidaria)

Características gerais/ importância/ exemplos de animais

Animais diblásticos com simetria radial que vivem isolados ou formado colônias. Exclusivameente aquáticos. Em certas classes .pode haver metagênse e polimorfismo Existem relatos de acidentes com banhistas que tocam nos tentáculos de medusa e se ferem. Exemplos: “águas-vivas”, caravelas, corais, Obélila sp, Aurelia sp)

Sistema esquelético e tegumentar Epiderme com células como os cnidoblastos que possuem nematocistos com toxina urticante e paralisante importante na defesa do animal e captura de presas. Pólipos antozoários que formam a barreira de recifes ou corais podem secretar um exoesqueleto calcáreo

Digestão Presença de tubo digestivo inncompleto ou sacular (há boca mas não existe ânus). Presença de cavidade gastrovascular. Digestão intra e extracelular. Observação: animais com tubo digestivo incompleto são chamados de enterozoários incompletos.

Sistema respiratório Ausente Sistema circulatório Ausente Sistema Nervoso Sistema Nervoso Difuso ou reticular. As células nervosas se distribuem pelo corpo do animal, comunicam-se por contato entre as membranas e transmitem os impulsos

nervosos em diversos sentidos ao contrário dos neurônios de muitos outros animais que geralmente não se tocam e transmitem os impulsos nervosos em um só sentido. Sistema excretor Ausente. Exretas são eliminados por difusão Reprodução e desenvolvimento A metagênese existe em várias espécies das classes dos hidrozoários e cifozoários (existe alternância de gerações com pólipos assexuados e medus sexuadas. Nos

antozoários existem apenas pólipos que se reproduzem sexuada e assexuadamente. Desenvolvimento indireto com larva plânula.

Platelmintos (filo Platyhelminthes) Características gerais/ importância/ exemplos de animais

Os platelmintos são vermes achatados dorso ventralmente, triblásticos e acelomados. Existem animais de vida livre como a planária (Dugesia tigrina) e animais parasitas como as tênias ou solitárias (Taenia solium e Taenia saginata) que causam teníase quando ingeridas na forma de cisticerco em carnes mal cozidas. Lembrar que apenas a ingestão de ovos de Taenia solium causa cisticercose. São também parasitas os esquistossomas (Schistosoma mansoni) que parasitam o sistema porta-hepático do indivíduo, causando esquistossomose ou “barriga dägua”. Adquire-se esta verminose, por exemplo,. pela penetração de larvas cercárias pela pele de uma pessoa ( futuro hospedeiro) que estava nadando em “lagoas de coceira,’’

Sistema esquelético e tegumentar

Turbelários(classe Turbellaria) apresentam epitéilio simples ciliado/ trematódeos(classe Trematoda) e cestódeos (classe Cestoda) apresentam epiderme recoberta por cutícula. O esqueleto está ausente.

Digestão Tubo digestivo incompleto com boca, faringe e intestino bastante ramificado. Nos cestódeos não há tubo digestório. Sistema respiratório Ausente. Nas espécies parasitas a respiração celular é anaeróbia. Nas espécies de vida livre as trocas gasosas se dão por difusão pelo epitélio. A

respiração celular é aeróbia Sistema circulatório Ausente Sistema Nervoso Sistema Nervoso ganglionar ventral com um par de gânglios cerebróides, ligados a dois cordões nervosos longitudinais. Sistema excretor Sistema excretor apresenta uma rede de túbulos com células flama ou solenócitos(protonefrídeas) e poros excretores que se abrem na superf;icie dorsal

do corpo. Existem espécies hermafroditas(Dugesia tigrina e Taenia saginata, por exemplo) e dióicas(Schistosoma mansoni, por exemplo).As tênias podem realizar autofecundação mas as planárias realizam fecundação cruzada. Os turbelários e os trematódeos monogeneticos apresentam desenvolvimento direto.enquanto que os digenéticos eos cestódeos são de desenvolvimento indireto. A larva da tênia é o cisticerco. O esquistossoma apresenta como larvas principais o miracídio que penetra no caramujo (hospedeiro intermediário) e a cercária que penetra na pele do hospedeiro definitivo (o homem, por exemplo). Existe pedogênese na larva enquanto está no invertebrado.

Reprodução e desenvolvimento

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TURMA DO M˘RIO Nematelmintos (filo Nematoda). Observação: Há autores que consideram os nematelmintos como pertencentes a um grupo maior de vermes denominado Aschelminthes Características gerais/ importância/ exemplos de animais

Os nematelmintos (também chamdos nematódeos ou nematóides são vermes cilíndricos não segmentados triblásticos,pseudocelomados com simetria bilateral. Existem animais de vida livre e outros que são parasitas como o áscaris, a filária e o ancilóstoma. O Ascaris lumbricoides é causador da ascaridíase adquirida pela ingestão de ovos do verme em água e alimentoscontamina dos. A Wuchereria bancrofti é transmitida por mosquitos do gênero Culex e causa a elefantíase ou filariose. O Anylostoma duodenale e Necator americanus são causadores do “amarelão”, ancilostomose ou necatarose)

Sistema esquelético e tegumentar

Epiderme uniestratificada com cutícula grossa e que se distende pouco. Abaixo da epiderme há uma musculatura com fibras dispostas longitudinalmente. A cavidade pseudocelomática é preenchida por um líquido que funciona como ‘”esqueleto hidrostático”’ ajudando na sustentação do corpo do animal e na manutenção de sua forma.

Digestão Sistema digestivo completo com boca e ânus. Intestino reto, não ramificado. Digestão intra e extra-celular. Sistema respiratório Ausente. Nas espécies parasitas a respiração celular é anaeróbia. Nas espécies de vida livre as trocas gasosas se dão por difusão pelo epitélio. A

respiração celular é aeróbia Sistema circulatório Ausente mas o líquido pseudocelomático permite a distribuição de nutrientes, resíduos e gases. Sistema Nervoso Ganglionar com dois cordões nervosos longitudinais: um dorsal e um ventral que possuem gânglios. Sistema excretor Sistema excretor presente com dois canais excretores laterais que se unem posteriormente formando um só tubo que desemboca no meio externo

(“sistema tipo H”) Reprodução e desenvolvimento

Reprodução sexuada com a maior parte das espécies dióicas. Há animais parasitas com apenas um estágio larval e outros com mais.

Anelídeos (filo Annelida) Características gerais/ importância/ exemplos de animais

São vermes cilídricos segmentados (com metameria) triblásticos celomados e com simetria bilateral. São encontrados em meios terrestre, marinho e dulcícola. A cavidade celomática apresenta um líquido que permite o intercâmbio de nutrientes, gases e resíduos metabólicos entre as células e o sistema circulatório fechado. Exemplos de anelídeos: a) com poucas cerdas:minhoca louca (Pheretima hawaiana) da classe oligoqueta (Oligochaeta); b) com muitas cerdas em expansões laterais chamadas parapódios: palolo (Eunice viridis) da classe Poliqueta (Polychaeta);c) com ausência de cerdas e parapódios e com presença de ventosas: anguessuga da classe Aqueta ou Hirudínea (classe Achaeta ou classe Hirudinea) .Importância: Minhocas são úteis na agricultura porque revolvem a terra, facilitando a aeração do solo e a drenagem da água; além disto eliminam fezes, trazem detritos mais próximos das raízes e têm a amônia como principal produto de excreção. Além de contribuir na produção de húmus as minhocas são utilizadas em rações animais devido às proteínas que possuem. O Tubifex serve como almento de peixes. O palolo é usado na alimentação de muitas pessoas do Pacífico.O sanguessuga (Hirudo medicilaes) é um ectoparasita que foi utilizado para sangrias de pacientes com pressão alta.

Sistema esquelético e tegumentar

Tecido epitelial simples com cutícula delgada que protege o animal contra a desidratação.Na cavidade celomática encontra-se um líquido que participa da distribuição de substâncias e possibilita sustentação hidrostática. Parte do líquido celomático é expelido por poros da superfície dorsal para umedecer a superfície do corpo. As minhocas apresentam musculatura longitudinal e circular que lhes permite uma boa execução de movimentos.

Digestão A digestão é extracelular e o tubo digestivo é completo: há boca, faringe, papo, moela e intestino com tiflossole (prega longitudinal que permite maior absorção de nutrientes) e ânus.

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TURMA DO M˘RIO Sistema respiratório Sistema respiratório ausente ou reduzido. Alguns poliquetos apresentam parapódios semelhantes a brânquias funcionais que retiram o oxigênio

dissolvido na água.. Nas minhocas e sanguessugas a respiração é cutânnea indireta ( As trocas gasosas se dão pela superfície corporal com ajuda do sangue. O gás carbônico é eliminado por difusão enquanto que o oxigênio se difunde pela pele úmida e passa para os vasos capilares. No sangue há hemoglobina dissolvida que transporta cerca de 40% do oxigênio a ser utilizado).Certos anelídeos apresentam a hemocianina como pigmento respiratório.

Sistema circulatório Presença de sistema circulatório fechado com corações laterais. O sangue circula sempre no interior de vasos rapidamente e sob pressão. Os pigemntos respiratórios encontrados dissovidos no plasma de anelídeos podem ser a hemoglobina, molécula protéica que possui ferro ou a hemocianina que contém cobre.Além dos gases o sangue transporta nutrientes e excretas. Sistema nervoso ganglionar ventral: Na parte anterior do corpo se encontram dois gânglios cerebróides ligados a dois cordões nervosos ventrais longitudinais que se dirigem para a porção posterior do animal. Ao longo dos cordões nervosos há um par de gânglios por segmento.

Sistema Nervoso

Sistema excretor Sistema excretor presente A excreção de amônia, principalmente, é feita por nefrídeos.Nas minhocas há um par de nefrídeos e de poros excretores por segmento(metâmero) corporal. Cada nefrídeo é um fino túbulo enovelado com nefróstoma ciliado e um nefridióporo (poro excretor). O nefróstoma retira os excretas do fluido celômico enquanto que o túbulo enovelado os retira do capilares que os circulam.

Reprodução e desenvolvimento

Poliquetos são dióicos ( com sexos separados) sendo que há gônadas apenas na época de reprodução. Os gametas abandonam o corpo do animal pelos nefrídeos ou as gônadas são eliminadas com parte do corpo do animal.. Além da reprodução sexuada pode haver reprodução assexuada com brotamento de novos indivíduos em determinadas partes do corpo do animal que depois se separam num processo de esquizogênse.Minhocas e sanguessugas são hermafroditas mas realizam fecundação cruzada. Existem gônadas permanentes e gametas eliminados por poros genitais. O desenvolvimento é direto nas minhocas e sanguessugas e indireto com larva trocófora na maioria dos poliquetas.

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TURMA DO M˘RIO Artrópodes (filo Arthropoda) Características gerais/ importância/ exemplos de animais

Artrópodes são animais triblásticos, celomados, com apêndices articulados, simetria bilateral e corpo segmentado com diversos metâmeros fundidos. Insetos apresentam um par de antenas, três pares de patas e corpo dividido em cabeça, tórax e abdômen. Crustáceos apresentam dois pares de antenas, cinco ou mais pares de patas e corpo dividido em cefalotórax e abdômen. Aracnídeos não apresentam antenas, mas possuem quatro pares de patas e corpo dividido em cefalotórax e abdômen. Nos aracnídeos podem ser encontradas quelíceras e pedipalpos.Diplópodes apresentam mopvimentos lentos, dois pares de patas por segmento corporal, um par de antenas e corpo dividido em cabeça tórax e abdômen. Quilópodes apresentam movimentos rápidos, um par de patas por segmento corporal, um par de antenas e corpo dividido em cabeça e tronco.Exemplos de artrópodes: a) insetos (classe Insecta) como abelhas, formigas e baratas; b) aracnídeos (classe Arachnida) como aranhas, carrapatos e escorpiões; c) crustáceos (classe Crustacea) como siri, lagosta e camarão; d) diplópodes (classe Diplopoda) como os piolhos de cobra ou embuás; e) quilópodes (classe Chilopoda) como as lacraias e centopéias.Importância:Abelhas são úteis na polinização de flores e produção de mel e geléia real . Mosqutos, moscas, baratas e percevejos podem transmitir diversas doenças. Gafanhotos e certas formigas podem prejudicar as plantações. Mas outras formigas auxiliam a agricultura e ainda há determinadas espécies que servem como alimento. Cupins atacam móveis e madeiramento de construções provocando prejuízos. Existem ácaros parasitas de plantas e animais, outros que se nutrem de matéria orgânica em decomposição e ainda os que são hematófagos como os carrapatos. Certos ácaros causam alergias em muitos indivíduos. Aranhas e escorpiões podem causar acidentes graves em humanos. Camarão, lagosta e siri são importantes na alimentação de pessoas e outros animais. Existem relatos de acidentes com lacraias que picam através de suas forcípulas. As lacraias são animais carnívoros mas os piolhos-de-cobra são herbívoros e auxiliam na decomposição de matéria orgânica vegetal .Quando ameaçados se enrolam e alguns liberam substâncias repelentes.

Sistema esquelético e tegumentar

Os artrópodes apresentam e exoesqueleto quitinoso. Este limita o crescimento do animal que deve submeter-se periodicamente a mudas ou ecdises até completar seu desenvolvimento.

Digestão A digestão é extracelular. O tubo digestivo é completo e possui regiões diferenciadas como estômago e cecos gástricos. Associada ao tubo digestivo encontram-se glândulas anexas (hepatopâncreas). Na boca há apêndices modificados úteis na nutrição. Existem adaptações para alimentação como as quelíceras mandíbulas e maxilas.

Sistema respiratório Crustáceos apresentam respiração branquial/ Insetos, diplópodes e quilópodes apreseentam respiração traqueal. Há aracnnídeos com respiração traqueal e outros que além de traquéias, têm respiração pulomotraqueal (filotraqueal ou por pulmões –livro)

Sistema circulatório Sistema circulatório aberto ou lacunar com coração na porte dorsal do corpo, transporte lento e pressão baixa. Na hemolinfa há pigmentos respiratórios para transporte de gases exceto nos insetos. Nestes, a hemolinfa transporta nutrientes, excretas e outras substâncias como em outros animais porém não transporta gases.

Sistema Nervoso Sistema nervoso ganglionar ventral: Na parte anterior do corpo se encontram dois gânglios cerebróides ligados a dois cordões nervosos ventrais longitudinais que se dirigem para a porção posterior do animal. Ao longo dos cordões nervosos há apenas um gânglio por segmento

Sistema excretor Exreção por túbulos de Malpighi em insetos, diploópodes e quilópodes. Em aracnídeos podem ser encontrados tubulos de Malpighi e glândulas coxais. Nos crustáceos as glândulas verdes ou antenares são responsáveis pela eliminação de excretas.

Reprodução e desenvolvimento

Reprodução sexuada com a maioria dos artrópodes dióica. Crustáceos apresentam fecundação externa com desenvolvimento direto ou indireto com diversos estágios de larvas. Aracnídeos apresentam fecundação interna e desenvolvimento direto exceto nos carrapatos.Insetos possuem fecundação interna e o desenvolvimento pode ser direto e sem metamorfose nos ametábolos (ovo – forma jovem semelhante ao adulto – imago) e indireto nos hemimetábolos e holometábolos Nos hemimetábolos (ovo-ninfa- imago) a metamorfose é incompleta. Nos holometábolos (ovo-larva-pupa-imago) a metamorfose é completa. Diploópodes e quilópodes apresentam desenvolvimento direto.

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TURMA DO M˘RIO Moluscos (filo Mollusca) Características gerais/ importância/ exemplos de animais

São animais triblásticos, celomados de corpo mole não segmentado, dividido em cabeça, pé e massa visceral e que apresentam simetria bilateral. Existem representantes com conchas e outros sem elas. Moluscos podem ser encontrados em ambientes terrestres, marinhos ou dulcícolas.Importância:Pelecípodes (classe Pelecypoda ou Bivalva) como mariscos e mexilões são utilizados na alimentação e apresentam conchas formadas por duas valvas articuladas. Além de serem utilizadas como alimento, existem ostras que produzem pérolas de grande valor. As conchas dos pelecípodes tambbém são usados para fabricação de colares e outros produtos. Certos gastrópodes (classe Gastropoda ou Univalva) apresentam uma concha e alguns como o escargot são utilizados na alimentação mas outros, como a lesma, não apresentam concha. Caracóis são terrestres e os caramujos, aquáticos. Certos caramujos da família Planorbidae podem ser hospedeiros intermediários do Schistosoma mansoni , o verme causador da barriga d’água ou esquistosssomose.Cefalópodes (classe Cephalopoda) vivem somente no mar. O polvo apresenta oito tentáculos e não possui concha. A lula se movimenta por propulsão de jatos de água emitidos por um sifão, além disto apresenta dez tentáculos e possui concha interna denominada pena. Vários cefalópodes apresentam cromatóforos que lhes permite a camuflagem e uma bolsa de tinta escura ( esta é eliminada quando o animal se sente ameaçado). Além da lula e polvo são também cefalópodes : as sépias, os náutilos e argonautas.Os anfineuros (classe Anphineura) como o quíton e os escafópodes (classe Scaphopoda) como o dentálio apresentam apenas animais marinhos.

Sistema esquelético e tegumentar

Em certos moluscos uma prega epidérmica (manto ou pálio) é responsável pela produção da concha calcárea.

Digestão A digestão é extra e intracelular e o tubo digestivo, completo. Há regiões diferenciadas e glândulas anexas (hepatopâncreas). Na boca há uma espécie de língua raspadora – a rádula presente nos moluscos em geral exceto nos da classe Pelecypoda (estes são animais filtradores).

Sistema respiratório Entre a concha e o manto existe a cavidaaade paleal (ou do manto) com função respiratória. Muitos moluscos aquáticos respiram por brânquias mas nos terrestres a respiração é pulmonar. Lesmas apresentam respiração cutânea.

Sistema circulatório Sistema circulatório aberto ou lacunar com coração e vasos sanguíneos por onde circula a hemolinfa ou “sangue” que transporta os gases respiratórios. Os moluscos cefalópodes apresentam sistema circulatório fechado.

Sistema Nervoso O Sistema nervoso é constituído por diversos pares de gânglios unidos por cordões nervosos. Existem gânglios cerebróides, pedais, viscerais e pleurais. O Nos cefalópodes o sistema nervoso é bem desenvolvido e existem olhos parecidos com os dos vertebrados.

Sistema excretor Sistema excretor presente com um par de nefrídios. Os excretas são retirados da cavidade pericárdica e dos vasos sangüíneos Reprodução e desenvolvimento

A maioria dos moluscos é dióica mas há também alguns monóicos. O desenvolvimento pode ser dieto ou indireto com larvas véliger e trocófora ou do tipo gloquídeo.

Equinodermos (filo Echinodermata) Características gerais/ importância/ exemplos de animais

São animais exclusivamente marinhos, triblásticos celomados com simetria bilateral na larva e em alguns adultos e simetria bilateral na larva e radial nas estrelas- do-mar adultas e em outros equinodermas. Os equinodermas são deuterostômios enquanto que animais de outros filos(artrópodes e anelídeos por exemplo) são protostômios. O sistema aambulacrário ou aquífero (ou hidrovascular) é exclusivo dos equinodermas : serve para locomoção, fixação e captura de alimentos e ajuda na respiração e eliminação de excretas. Exemplos de equinodermas: a) Estrelas-do mar (classe Asteroidea) se alimentam de ostras e são capazes de regenerar um novo animal a partir até mesmo de um único braço desde que ele conserve uma parte do disco central; b) Ouriço-do-mar e bolachas –da praia (classe Echinoidea) ; c) pepinos-do-mar ou holotúrias (classe Holothuroidea), podem lançar parte de suas vísceras aos predadores enquanto fogem sendo que posteriormente as porções perdidas se regeneram.;d) Crinóides ou lírios-do-mar (classe Crinoidea) e) Serpentes-do-mar ou ofíurus (classe Ophiuroidea)

Sistema esquelético e tegumentar

Muitos equinodermos apresentam endoesqueleto calcareo de origem mesodermal e uma epiderme fina que reveste inclusive os espinhos que se projetam na superfície

Digestão Digestão extracelular. Tubo digestivo completo (exceto em algumas espécies que não apresentam ânus Ouriços apresentam lanternas de aristóteles; e estrelas possuem hepatopâncreas.

Sistema respiratório Ausente ou branquial. O sistema ambulacral pode ajudar nas trocas gasosas. Nas estrelas se encontram papilas respiratórias, brânquias nos ouriços e árvores repiratórias nas holotúrias.

Sistema circulatório Ausente ou reduzido. Nutrientes distribuídos pelo líquido celomático Sistema Nervoso Sistema nervoso presente com um anel nervoso em volta da boca e anéis radiais Sistema excretor Sistema excretor especializado ausente. As brânquias e o sitema ambulacrário podem ajudar na elimnação de excretas que ocorre por difusão. Reprodução e desenvolvimento Reprodução sexuada, principalmente, com espécies dióicas na maioria e fecundação externa. Desenvolvimento indireto com larvas plúteo em ouriços; bipináriaa e

braquiolária em estrelas.

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TURMA DO M˘RIO Cordados (filo Chordata) Características gerais/ importância/ exemplos de animais

Neste filo encontram-se animais bilatérios (com simetria bilateral), triblásticos, deuterostômios, enterocelomados, muitos com endoesqueleto de porigem mesodemal, sistema circulatório fechado, coração em posição ventral, presença de cauda em muitos animais até na fase adulta.. Em pelo menos algum estágio de desenvolvimento os cordados apresentam: fendas branquiais na faringe, notocorda, tubo nervoso dorsal. Existem animais homeotermos (aves e mamíferos) e pecilotérmicos (os outros) .Dentre os cordados, merecem maior destaque os mamíferos, que apresentam:glândulas mamárias, placenta, pêlos, diafragma, útero, proteção maior à prole graças ao útero bem desenvolvido, viviparidade e cuidado com os filhotes após o nascimento. A placenta está presente em muitos mamíferos mas ausente nos monotremados como o ornitorrinco e marsupiais como o canguru) Os mamíferos ocupam os mais diferentes ambientes como a água (baleias e golfinhos, por exemplo) a terra (camelos, girafas,macacos, etc), o ar (morcegos que têm asas e voam, por exemplo)

Sistema esquelético e tegumentar

Há animais que não desenvolvem coluna vertebral como a ascídia e o anfioxo (ambos protocordados) e outros que a desenvolvem, sendo, assim, vertebrados como os ciclostomados (lampréia e feiticeira); os peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferros. O tegumento dos vertebrados é formado pela epiderme que envolve o corpo e pela derme que apresenta tecido conjuntivo com muitas fibras colágenas e elásticas, vasos sannguíneos e terminações nervosas.Nos ciclostomados (agnatos) e nos peixes a epiderme é simples e delgada e com muitas glândulas mucosas na epiderme. Ciclostomados não possuem escamas mas, muitos peixes sim. As escamas placóides dos peixes cartilaginosos são de origem dermo-epidérmica e homólgas aos dentes humanos (apresentam esmalte,dentina e polpa). As escamas dos peixes ósseos são de constituição protéica e de origem dérmica. Nos tetrápodes a epiderme é pluriestraatificada e queratinizada.. Anfíbios apresentam epiderme pouco queratinizada e úmida que facilita a respiração cutânea. Podem ser encontradas glândulas mucosas e glândulas de veneno como as paratóides dos sapos. Répteis apresentam pele seca, grossa, bastante queratinizada e geralmente sem glândulas. Em répteis podem ser encontradas escamas epidérmicas e gaarras e muitos deles, como o camaaleão,por exemplo, apresentam cromaatófaros (células pigmentadas da derme importante para camuflagem). Aves apresentam epiderme queratinizada com penas importantes para o vôo, proteção, atração sexual, identificação e isolamento térmico. Abaixo da derme existe uma camada gordurosa importante para o isolamento térmico. Em Mamíferos a epiderme é queratinizada. Na pele há anexos exclusivos como os pêlos, as glândulas mamárias, sudoríparas e sebáceas. Há mamíferos que apresentam cornos (estruturas permanentes e queratinizadas, não ramificadas e que se situam sobre uma base óssea). Os cornos estão presentes em machos e fêmeas de animais como boi, búfalo, carneiro, etc. Mas existem também, mamíferos que apresentam chifres (estruturas ramificadas formadas por tecido calcificado e substituídas periodicamente. Os chifres estão presentes apenas em machos de animais como alce e veado (cervídeos) .

Digestão Tubo digestivo é completo e apresenta glândulas anexas. Nos peixes cartilaginosos, répteis e aves o tubo digestivo desemboca na cloaca mas em animais como peixes ósseos, anfíbios e muitos mamíferos ele termina no ânus. Peixes cartilaginosos apresentam válvula em espiral que permite maior absorção de nutrientes. Humanos apresentam vilosidades intestinais e microvilosidades que permitem uma maior absorção de nutrientes no intestino.

Sistema respiratório A respiração pode ser branquial (anfioxo, ascídia, peixes, ciclostomados) ou branquial na larva, cutânea e pulmonar no adulto (exemplo: girinos têm respiração branquial, sapos adultos apresentam respiração pulmonar e cutânea) ou ainda exclusivamente pulmonar no adulto: répteis, aves e mamíferos

Sistema circulatório Sistema circulatório fechado e sangue com hemoglobina na maioria das espécies. Peixes apresentam coração com duas cavidades (um átrio e um ventrículo) e circulação simples e completa. Anfíbios apresentam coração com três cavidades (dois átrios e um ventrículo) e circulação dupla e incompleta.Répteis em geral apresentam circulação dupla e incompleta e coração com três cavidades (dois átrios e um ventrículo parcialmente dividido pelo septo de Sabatier) mas os crocodilianos já possuem coração com quatro cavidades (dois átrios e dois ventrículos) circulação dupla e incompleta.Aves e mamíferos apresentam circulação dupla e completa e coração com quatro cavidades totalmente separadas ( há dois átrios e dois ventrículos) . Nas aves, a aorta se curva para a direita e nos mamíferos, para a esquerda.

Sistema Nervoso Os vertebrados apresentam órgãos dos sentidos bem desenvolvidos e um sistema nervoso central com capacidade de comando bastante eficiente. Do encéfalo partem nervos cranianos e da medula nervos raquianos

Sistema excretor Nos vertebrados aexcreção pode ser feita por um par de rins que podem ser dos seguintes tipos: rins pronefros que retiram os excretas do celoma; rins mesonefros que retiram os excretas do celoma e do sangue e anfíbios; rins metanefros que retiram os excretas somente do sangue.Rins pronefros podem ser encontrados em embriões de todos os vertebrados e em alguns agnatos adultos. Rins mesonefros podem ser encontrados na fase embrionária e nas formas adultas de agnatos, peixes e anfíbios.Rins metanefros estão presentes em répteis , aves e mamíferos. Os produtos de excreção nitrogenada mais comuns são amônia, uréia e ácido úrico. Peixes ósseos excetam principalmente amônia; peixes cartilaginosos, uréia; anfíbios, uréia; répteis e aves, ácido úrico e mamíferos uréia.

Reprodução e desenvolvimento Há animais ovulíparos, ovíparos ovovivíparos e vivíparos. Existem cordados com fecundação externa e desenvolvimento indireto como muitos peixes ósseos (larva alevino) e vários anfíbios(larva girino). Outros, apresentam fecundação interna e desenvolvimento direto como os peixes cartilaginosos, répteis, as aves e os mamíferos. Muitos vertebrados apresentam anexos embrionários omo: saco vitelínico encontrado em peixes ósseos, anfíbios (segundo alguns autores), aves, répteis e mamíferos; córion, âmnio e alantóide encontrados em répteis, aves e mamíferos. A e placenta está presente na maioria mamíferos.

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TURMA DO M˘RIO Tabela sobre briófitas e pteridófitas Musgos (briófita) Samambaia (pteridófita) Importância Muitas briófitas apresentam importância ecológica pois ajudam a manter a

integridade de encostas. Solos misturados aos musgos de turfas, tendem a ser mais úmidos pois a turfa têm grande capacidade de absorver água do meio. A turfa seca também pode ser utilizada como combustível em determinados locais . Certos musgos fazem parte da tundra, um tipo de vegetação do Pólo Norte; há musgos também em regiões temperadas mas a maioria é de regiões tropicais.

Principalmente ornamentação de ambientes. Muitas podem servir de alimento para animais mas algumas podem causar intoxicações no gado, se ingeridas. As pteridófitas parecem em abundância nas sucessões ecológicas . Pteridófitas do período Carbonífero dominaram o meio terrestre e formaram muitos dos diversos depósitos de carvão que são utilizados como combustível , ainda hoje. Do caule do samambaiaçu, é extraído o xaxim usado na fabricação de vasos

Ambientes onde vivem preferencialmente Ambientes terrestres úmidos e sombreados Ambientes terrestres úmidos e sombreados

Características

Seu corpo é um talo (não possuem caule, raízes ou folhas) Sim (mas em musgos há caulóide, rizóide e filóides) Não Seu corpo é um cormo ( possuem caule, raízes e folhas) Não Sim São avasculares (são desprovidas de vasos condutores, ocasionando um transporte de nutrientes lento, de célula à célula, apenas por difusão)

Sim Não

São vasculares ou traqueófitas (possuem vasos condutores, isto é, há xilema que transporta seiva bruta e floema que transporta seiva elaborada)

Não Sim

São criptógamas (não produzem flores) Sim Sim Produzem sementes ou frutos ? Não Não Existe metagênese ou alternância de gerações com meiose espórica Sim Sim Apresenta gametângio masculino (n) (Lembrar que gamentângios são órgãos produtores de gametas, por mitose )

Sim, o anterídeo (n) Sim, o anterídeo (n)

Apresenta gametângio feminino (n) Sim, o arquegônio (n) Sim, o arquegônio (n) Apresenta gameta masculino (n) Sim, o anterozóide (n) que é pequeno e flagelado Sim, o anterozóide (n) que é pequeno e com vários flagelos Apresenta gameta feminino (n) Sim, a oosfera (n) que possui reservas, é grande e imóvel Sim, a oosfera (n) que possui reservas, é grande e imóvel Dependem da água para fecundação que é por oogamia ( Os anterozódes “nadam” até à oosfera que fica no interior do arquegônio)

Sim Sim

Da fecundação, isto é, da união do gameta masculino com o feminino, surge um zigoto (2n) que origina por mitoses, um embrião (2n). O embrião se desenvolve e gera o esporófito (2n)

Sim Sim

O esporófito ( 2n) apresenta esporângios (2n) com células-mães- de- esporo (2n) que produzem esporos (n) por meiose

Sim (nos musgos o esporângio é conhecido como cápsula) Sim (na maioria das pteridófitas podem ser encontrados, na parte inferior de suas folhas , estruturas denominadas soros as quais contém esporângios)

A germinação do esporo (n) leva à formação de um novo gametófito (n)

Sim (no caso apenas dos musgos , o esporo ao germinar em um substrato úmido, forma inicialmente o protonema, isto é, um conjunto de filamentos que origina diversos gametófitos)

Sim (o esporo cai no solo úmido e se divide por mitose originando o prótalo hermafrodita)

Existe um vegetal duradouro (fase do ciclo de vida persistente) Sim, o gametófito (n) que é avascular, independente, clorofilado, fotossintetizante e sexuado (produz gametas por mitose em gametângios haplóides). Lembrar que nos musgos os gametófitos geralmente são dióicos (existe uma planta com anterídeo e outra com arquegônio) .

Sim, o esporófito (2n) que é vascular e asssexuado (produz esporos por meiose em esporângios diplóides). Lembrar que no início de seu desenvolvimento, o esporófito das samambaias é dependente do prótalo mas em pouco tempo produz raízes para fixar-se ao solo e obter nutrientes. A partir de então, torna-se independente do gametófito que degenera. Assim, o esporófito adulto é independente.

Existe um vegetal transitório (fase do ciclo de vida passageira) Sim, o esporófito (2n) que é asssexuado (produz esporos por meiose), e depende do gametófito (o esporófito ou esporogônio tem cloroplastos funcionais mas cresce sobre o gametófito feminino e dele obtém grande parte dos nutrientes que precisa, como água e sais)

Sim, o gametófito (n) ou prótalo que é avascular, independente, clorofilado, fotossintetizaante e sexuado (produz gametas por mitose). O prótalo das samambaias tem cerca de 1cm e formato de coração e é monóico (hermafrodita) com anterídeo e arquegônio na mesma planta.

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TURMA DO M˘RIO Tabelas sobre briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas

Reino Plantae ou Metaphyta (reino Vegetal) Plantas Briófitas Pteridófitas Gimnospermas Angiospermas Exemplos Musgos e hepáticas

(plantas de pequeno porte).

Samambaia, avencas, samambaiaçu, selaginelas e cavalinhas

Pinheiros, sequóias e ciprestes. Atenção maior com: Pinus sylvestris e Araucaria angustifolia (pinheiro-do-paraná)

Milho, arroz , trigo, capim, feijão, eucalipto, ipê, coqueiro, roseira, orquídea, laranjeira, etc.

Talófitas (sem raiz, caule e folha) Sim Não Não Não Cormófitas (com raiz, caule e folha) Não Sim Sim Sim Avasculares (ausência de tecidos

condutores; transporte lento, por difusão)

Sim Não Não Não

Traqueófitas ou Vasculares ( com tecidos especializados no transporte de seiva)

Não Sim Sim Sim

Criptógamas (não produzem flores) Sim Sim Não Não Fanerógamas (produzem flores) Não Não Sim Sim Espermatófitas (produzem

sementes ) Não Não Sim Sim

Características que

apresentam ou não

Existem sementes nuas, isto é, sem frutos envolvendo-as .

Não Não Sim (lembrar que o pinhão comestível é a semente da araucária)

Não

Há frutos envolvendo as sementes Não Não Não Sim São Embriófitas (o zigoto 2n

origina um embrião 2n) Sim Sim Sim Sim

Dependem da água para a fecundação

Sim Sim Não Não

fecundação é por oogamia (anterozóide pequeno e móvel “nada” até à oosfera maior e imóvel)

Sim Sim Não Não

Fecundação é por sifonogamia (formam tubo polínico e não dependem da água para fecundação)

Não Não Sim Sim

Metagênese presente Sim Sim Sim Sim Vegetal duradouro Gametófito (n) Esporófito (2n) Esporófito Esporófito Vegetal transitório (não duradouro) Esporófito (2n) Gametófito (n) Gametófito Gametófito

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TURMA DO M˘RIO Como diferenciar uma planta angiosperma Monocotyledonea de uma outra Dicotyledoneae As monocotiledôneas diferem das dicotiledôneas por diversos aspectos. Monocotiledôneas Dicotiledôneas Número de cotilédones* em geral

um dois

Número de elementos florais

Flores trímeras (com elementos florais em n º de três ou seus mútiplos)

Flores tetrâmerras ou pentâmeras (com elementos florais em n º de quatro ou de cinco ou seus mútiplos)

Tipos de nervuras Paralelas (ou paralelinérveas, com nervuras dispostas umas ao lado das outras)

Reticuladas (ou reticulinérveas, com uma nervura central de onde partem ramificações)

Tipos de raízes Raízes fasciculadas ou em cabeleira ( as raízes partem todas do caule e apresentam aproximadamente o mesmo tamanho )

Raiz axial ou pivotante ( da raiz central que se desenvolve ligada ao caule, formam-se outras, secundáarias e terciárias)

Distribuição dos vasos condutores no caule

Feixes de vasos dispersos pelo caule Feixes com arranjo mais regular, em anel.

Exemplos de plantas Milho, aarroz, aveia, capim, coco, orquídeas Feijão, mamona, abacateiro, laranjeira, etc Observação: Cotilédones são folhas modificadas do embrião, que têm função de armazenar os nutrientes e/ ou de transferi-los ao novo ser em desenvolvimento. Para saber mais sobre plantas ANGIOSPERMAS As angiospemas ( do grego angeion = vaso; esperma = semente) são plantas encontradas em grande quantidade tanto em regiões temperadas como tropicais e estão bem adaptadas ao ambiente terrestre. Tal como as gimnospermas, as angiospermas possuem vasos condutores, flores e sementes mas, somente as angiospermas, produzem frutos. As angiospermas se dividem em monocotiledôneas e dicotiledôneas : Importância econômica Angiospermas são importantes produtores e servem como alimento para muitos seres vivos. Assim, capim para o gado; frutos como a laranja, goiaba, milho e pepino; folhas como a alface; sementes como o feijão; raízes como a cenoura, batata doce, mandioca e beterraba, caules do tipo tubérculo como o da batata inglesa ou bulbos como o da cebola são de extrema utilidade. Há ainda plantas da qual se extrai o látex e outras utilizadas na produção de tecidos, álcool, remédios, bebidas diversas, óleos e temperos.

A madeira é útil na produção de móveis, na construção civil e como combustível em muitos locais. Flores são usadas na ornamentação de ambientes. Angiospermas são de grande importância ecológica : há vegetais , como as leguminosas, que em mutualismo (esta associação é vital para ambos)., abrigam nas raízes certas bactérias fixadoras de nitrogênio. Epífitas como a orquídea se associam em epifitismo (uma certa modalidade de comensalismo) a determinadas plantas. Muitas angiospermas produzem flores de aparência atrativa e produtoras de néctar que atraem insetos e outros agentes polinizadores.Existem plantas que produzem venenos e substâncias que inibem a germinação de outros seres.

Partes de uma flor completa • Pedúnculo floral ou pedicelo : eixo de

sustentação • Receptáculo floral: dilatação do pedúnculo onde

se inserem as estruturas florais • Perianto constituído pelo cálice e pela corola

(quando presente o perianto, diz-se que a flor é periantada mas quando ausente a flor é dita aperiantada). Quando os protetores externos e internos apresentam a mesma coloração são chamados tépalas e o conjunto recebe o nome de perigônio.

• Cálice: conjunto de sépalas * • Corola: conjunto de pétalas* • Gineceu: conjunto de um ou vários carpelos ou

pistilos* O gineceu é a parte feminina da flor. • Androceu: conjunto de estames *. O androceu é

a parte masculina da flor. *Obs. : Lembrar que sépalas são folhas modificadas e geralmente verdes com função de proteger o botão floral).Pétalas são folhas modificadas e geralmente

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TURMA DO M˘RIO coloridas que atraem agentes polinizadores como os animais, por exemplo.Pistilos são folhas férteis formadoras de megasporângios ou óvulos.Estames são folhas férteis formadoras de microsporângios onde são produzidos os grãos de pólen.Uma flor que possui gineceu e androceu é hermafrodita; uma flor com apenas gineceu é unissexuada feminina e uma que apresenta somente androceu é unissexuada masculina Esporófilos femininos: pistilos ou carpelos Cada pistilo da flor apresenta: • Estigma: porção superior geralmente dilatada

onde se aderem os grãos de pólen. • Estilete: tubo que funciona como eixo de

sustentação e que se situa entre o estigma e o ovário

• Ovário: base dilatada e oca onde se abrigam os óvulos aí produzidos.

Esporófilos masculinos: estames Cada estame apresenta:Um filete ou filamento fino e alongado em cuja ponta existe uma parte dilatada, a antera onde se encontram os microsporângios ou sacos polínicos. Nos sacos polínicos há células-mãe de micrósporos que originam os grãos de pólen. Como surgem o saco embrionário (megaprótalo) e o gameta feminino (oosfera) • No ovário da flor encontra-se o esporângio

feminino (megaesporângio ou óvulo imaturo) ondehá células-mãe de megásporos (2n) as quais sofrem meiose originando quatro células haplóides (n).

• Três das células produzidas degeneram e só uma fica funcional originando o megásporo funcional ou megásporo fértil .

• O megásporo funcional (n) cresce e realiza três mitoses sucessivas, originando três antípodas, duas sinérgides, dois núcleos polares e uma oosfera (gameta feminino) que farão parte do saco embrionário (gametófito feminino)

Assim, um óvulo maduro contém:

• Um envóltório externo (primina) e um outro interno (a secundina)

• Uma abertura (micrópila) por onde o tubo polínico pode penetrar

• O saco embrionário que surgiu do desenvolvimennto do megásporo e abriga a oosfera além de outras células e núcleos.

Como surgem o grão de pólen ( gametófito masculino jovem), o tubo polínico (gametófito masculino maduro) e os núcleos espermáticos (gametas masculinos) • grão de pólen surge na antera que contém os

esporângios masculinos (microsporângio ou saco polínico) a partir de uma célula-mãe de micrósporo (2n) que sofre meiose (R !) .

• Cada um dos quatro micrósporos (n) produzidos realiza mitose, gerando o grão de pólen, que fica com dois núcleos: um vegetativo (n) e um reprodutivo (n).

• Posteriormente, o núcleo vegetativo orientará o crescimento do tubo polínico e o núcleo reprodutivo se dividirá em dois núcleos espermáticos ou núcleos gaméticos (n) que são os verdadeiros gametas masculinos.

Polinização, germinação do grão de pólen e fertilização • A polinização* em angiospermas pode se dar por

diversos agentes como o vento, o homem, pássaros, insetos morcegos e outros.

• O grão de pólen é levado da antera até o estigma da flor* e aí germina formando o tubo polínico que penetra no óvulo por um orifício conhecido como micrópila.

• Um núcleo de uma célula que fica na ponta do tubo, orienta o crescimento. Uma outra célula se divide para formar dois núcleos gaméticos (ou núcleos espermáticos), os quais são os verdadeiros gametas masculinos haplóides (n).

• Um dos dois núcleos espermáticos irá fecundar a oosfera (n) (gameta feminino haplóide)

formando o zigoto diplóide (2n) que originará o embrião (2n)

• O outro núcleo espermático (n) vai unir-se aos dois núcleos polares dando origem a um núcleo triplóide (3n) do qual surgirá depois, um tecido de reserva conhecido como endosperma (3n)

Polinização pelo vento As flores que são polinizadas pelo vento (anemofilia) podem apresentar as seguintes características: • Grande produção de pólen seco • estigmas largos e plumosos, estames compridos e

flexíveis • ausência de perianto, glândulas odoríferas e

produtoras de néctar (nectários) Polinização por insetos e por pássaros As flores que são polinizadas por insetos ( entomofilia) ou por pássaros (ornitofilia) podem apresentar as seguintes características: • Pouca produção de pólen que tende a ser

pegajoso • estigmas mais finos • presença de perianto atraente, glândulas

odoríferas e produtoras de néctar (nectários) • em certos casos encontram-se estames que

produzem pólen comestível e não fértil e outros com pólen de sabor desagradável porém capaz de efetuar a reprodução. Assim, o inseto vai à flor para comer o pólen saboroso e acaba levando o outro consigo para onde for.

• Certas orquídeas apresentam flores com pétalas que lembram abelhas e vespas e atraem os machos destes insetos. Eles tentam copular e terminam trazendo o pólen para outras flores que forem visitadas no futuro.

Polinização por morcegos As flores que são polinizadas por morcegos (quiropterofilia) podem apresentar as seguintes características: • corola de cor clara ou branca • presença de glândulas odoríferas • capacidade de abrir-se à noite

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TURMA DO M˘RIO Como evitar a autofecundação Certas plantas angiospermas como as ervilhas podem realizar autofecundação mas muitas outras, realizam fecundação cruzada que permite um maior aumento de variabilidade genética. Nestas, podem ser encontrados mecanismos para evitar a autofecundação como: • O grão de pólen produzido não germina no

estigma da mesma flor • Estame é mais curto que o pistilo, por exemplo • Existência de plantas masculinas e femininas • Períodos diferentes de amadurecimento de grão

de pólen e dos óvulos da mesma flor -- quando o grão de pólen amadurece primeiro, fala-se em protandria e quando é o óvulo o primeiro a amadurecer, ocorre protoginia.

• Barreira física presente impede que o grão de pólen caia no estigma da mesma flor

Formação da semente e do fruto Como você já sabe, o grão de pólen é levado pelo vento até o óvulo e se desenvolve em tubo polínico. O núcleo espermático (n) do tubo polínico fecunda a oosfera (n) formando o zigoto (2n) que se desenvolve em embrião. Assim, com a fecundação, do óvulo surge a semente e esta, ao germinar, origina uma nova planta, o esporófito (2n). O ovário se desenvolve e origina o fruto. Partes da semente • Tegumento ou casca (2n) : importante para

proteção • Endosperma ou albume (3n) : material de

reserva alimentar para nutrição do embrião. • Embrião (2n) : é originado a partir do zigoto

(2n). O embrião apresenta uma radícula que formará a raiz; um caulículo que originará a parte basal do caule; uma gêmula responsável pela parte apical do caule e um ou dois cotilédones que são responsáveis por transferir as reservas nutritivas do endosperma para o embrião. Em certas plantas como o feijão e a soja, por

exemplo, o endosperma se reduz e o material de reserva fica nos dois cotilédones que apresentam.

Obs.: Lembrar que o embrião de uma gimnosperma também é diplóide (2n), mas o endosperma é haaplóide (n) Partes do fruto de uma angiosperma Os frutos maduros apresentam pericarpo e semente. O pericarpo apresenta um revestimento externo (epicarpo ou exocarpo) e um revestimento interno (endocarpo). Entre os dois revestimentos existe o mesocarpo que em muitos frutos é suculento. Classificação dos frutos: a) Frutos carnosos : apresentam pericarpo

suculento e se dividem em: • baga (as sementes ficam livres como na melancia,

uva, laranja, tomate, por exemplo) • drupa (as sementes ficam contidas no caroço

como na manga, azeitona e abacate) b) Frutos secos: apresentam pericarpo seco

envolvendo a semente. Entre os diversos frutos secos podem ser citados:

• Aquênio: a semente se une ao pericarpo por apenas um ponto como no girassol e castanha de caju. Os frutos do tipo aquênio são indeiscentes e não se abrem quando maduros

• Cariopse: apresentam apenas uma semente totalmente concrescida com o pericarpo (exemplos: gramíneas como o arroz, milho e trigo). Também são frutos indeiscentes

• Vagem ou legume: são frutos secos deiscentes que se abrem quando maduros por duas fendas longitudinais para libertar as sementes (leguminosas como o feijão, a soja e a ervilha, por exemplo)

Frutos partenocárpicos São frutos sem sementes. Exemplos: banana e laranja-da- bahia Frutos e Pseudofrutos • Nos pseudofrutos a parte comestível é

proveniente de outras partes da flor e não apenas do ovário como ocorre em frutos verdadeiros

como uva, laranja, pêssego, chuchu, abóbora, berinjela, pepino e tomate, por exemplo.

• São pseudofrutos: a maçã e a pêra (cujas partes comestíveis são provenientes do receptáculo floral; o verdadeiro fruto é a parte normalmente não comestível e que abriga as sementes); no morango, abacaxi e figo a parte comestível é proveniente do receptáculo desenvolvido. No abacaxi os verdadeiros frutos são encontrados na casca, no morango, os frutos são secos do tipo aquênio e correspondem aos pontinhos marrons de sua superfície externa. No figo, o que muitos, de forma errada, pensam ser sementes, na verdade, são os frutos. No caju, a parte carnosa comestível surge do desenvolvimento do pedúnculo floral enquanto que a castanha é o verdadeiro fruto.

Infrutescências Quando a planta apresenta inflorescências (várias flores agrupadas em um ramo) e ocorre formação de frutos, estes permanecem agrupados formando infrutescências como ocorre no cacho de uvas, amora, jaca e espiga de milho. O morango não é uma infrutescência , uma vez que surge a partir do desenvolvimento do receptáculo de apenas uma flor multicarpelar (com vários carpelos inseridos em um só receptáculo). Os ovários não crescem mas se transformam nos frutos (pontinhos marrons da superfície do morango) . Importância dos frutos: Os frutos são importantes para a planta para proteção das sementes e facilitar sua dispersão. Dispersão de sementes no interior de frutos • Hidrocoria : o agente que permite a dispersão é a

água que leva frutos como o coco-da-baía para lugares distantes. Isto é possível porque o coco flutua na água. A parte externa fibrosa é o fruto, a polpa branca com o endosperma líquido é a semente. O embrião fica no interior do coco e apresenta apenas um cotiledóne.

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TURMA DO M˘RIO • Zoocoria : a dispersão é feita por animais.

Muitos frutos são vistosos, suculentos, ricos em nutrientes e contém em seu interior as sementes. O animal, ao comer o fruto, pode acabar levando as sementes, outros as engolem mas depois as eliminam com as fezes permitindo sua dispersão. O picão e o carrapicho apesar de não produzirem frutos carnosos se aderem ao corpo de animais e são levados por eles para outros locais.

• Anemocoria: a dispersão é feita pelo vento. Os frutos apresentam expansões que lhes permitem planar (são frutos alados como os dos dentes- de-leão).

Para você fixar mais ... Relembre que as Angiospermas são: • Cormófitas (com raiz, caule e folha ) • Traqueófitas ou Vasculares ( com tecidos

especializados no transporte de seiva) • Embriófitas (o zigoto 2n origina um embrião

2n) • Fanerógamas (produzem flores) • Espermatófitas ( produzem sementes). As

sementes são envolvidas por frutos. Do ovário surge o fruto e do óvulo, a semente

• Sifonógamas : não dependem da água para a fecundação que é por sifonogamia, com formação de tubo polínico

As angiospermas são plantas de grande importância econômica, evolutiva e ecológica e apresentam : • polinização por agentes diversos como o vento

(anemofilia) , insetos (entomofilia), morcegos (quiropterofilia), pássaros (ornitofilia), água (hidrofilia) e outros

• metagênese (alternância de gerações) com ciclo haplodiplobionte.

• esporófito (2n) como vegetal duradouro • gametófito como vegetal não duradouro • heterosporia (formam dois tipos de esporos: os

micrósporos e os megásporos).

Reprodução: características gerais No ciclo de vida das angiospermas a metagênese está presente. • O vegetal duradouro é o esporófito (2n) e os

transitórios são os gametófitos. • Existe heterosporia e sifonogamia, com

independência da água para a fecundação e formação do tubo polínico.

• O gametófito masculino imaturo (microprotalo jovem ou micrósporo, para alguns autores) é o grão de pólen

• O gametófito masculino maduro (microprotalo maduro) é o tubo polínico.

• O saco embrionário é o gametófito feminino (megaaprótalo).

• O gameta feminino é a oosfera • Os gametas masculinos são os núcleos

gaméticos (ou espermáticos). • Existe dupla fecundação : um dos núcleos

gaméticos (n) fecunda a oosfera (n) permitindo o surgimento do zigoto (2n) que originará o embrião (2n). O outro núcleo gamético (n) se une aos dois núcleos polares (cada um deles é haplóide, n) permitindo o aparecimento de uma célula triplóide (3n) que originará o endosperma (3n)

• O tegumento (2n) do óvulo origina a casca (2n) da semente, importante para proteção.

• A semente abriga um embrião (2n) e um material de reserva, o endosperma (3n).

Obs.: Lembrar que do óvulo da flor surge a semente e do desenvolvimento do ovário, aparece o fruto.

Para saber mais sobre classificação O ramo da Biologia que trata da classificação e nomenclatura dos seres vivos é a Taxonomia . Como é de seu conhecimento, as bactérias e cianobactérias pertencem ao reino Monera e as plantas, ao reino Vegetal (reino Plantae ou Metaphyta.). Assim, hoje vou apresentar-lhe uma tabela com algumas características importantes das plantas briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas pertencentes ao reino Vegetal. Nesse reino estão organismos eucariontes, clorofilados, autótrofos fotossintetizantes, dotados de membrana esquelética celulósica (parede celular) e geralmente pluricelulares (algumas classificações incluem também no reino Plantae, as feofíceas ou algas pardas, as rodofíceas ou algas vermelhas e as clorofíceas ou algas verdes). A classificação dos seres vivos: • Lembre-se que o ramo da Biologia que trata da

classificação e nomenclatura dos seres vivos é a Taxonomia.

• Saiba quais e quantos são os reinos atuais e em quais deles se enquadram os diferentes organismos.

• Conheça as regras de nomenclatura e o sistema binomial de Lineu e as outras categorias de classificação além de espécie (unidade natural de classificação dos seres vivos).

• Recorde que espécies muito parecidas podem ser reunidas em um gênero; gêneros semelhantes se agrupam em uma família ; famílias parecidas se juntam em uma ordem ; as ordens afins formam uma classe; classes em comum farão parte de um mesmo filo (ramo para os animais e divisão para os vegetais) e finalmente os filos ou divisões serão reunidos em um mesmo reino. Assim, os agrupamentos são : reino, filo, classe, ordem família gênero e espécie.

• De acordo com a classificação adotada há cinco reinos: o Monera (das bactérias e cianobactérias), o Protista (dos protozoários eucariontes e das

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TURMA DO M˘RIO algas euglenofíceas, pirrofíceas e crisofíceas), o reino Fungi (dos fungos unicelulares ou pluricelulares), o reino Animalia ou Metazoa (dos animais pluricelulares) Metaphyta ou Plantae (de vegetais como briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas e das algas rodofíceas, feofíceas e clorofíceas).

Observações: • Para a maioria dos autores, os vírus (organismos

acelulares, parasitas intracelulares obrigatórios) estariam ainda sem reino, devido às características apresentadas por eles.

• Os fungos são eucariontes, aclorofilados, heterótrofos por absorção (absorvem moléculas orgânicas simples).

• Os animais são eucariontes, heterótrofos por ingestão (ingerem moléculas orgânicas complexas extraídas de outros seres vivos, dos quais se alimentam).

• Os vegetais mais complexos e as algas em geral são eucariontes, autótrofos, fotossintetizantes e possuem clorofila em seus plastos.

• As antigas algas azuis (atualmente, chamadas cianobactérias) não são mais enquadradas no grupo das algas, mas sim, no das bactérias. As cianobactérias são procariontes, autótrofas e clorofiladas porém não possuem cloroplastos. Existem vários outros tipos de bactérias, mas todas são procariontes unicelulares. Algumas são autótrofas e outras heterótrofas por absorção.

Nomenclatura da espécie é binominal • São obrigatórios, no mínimo, dois nomes para

cada espécie, sendo o primeiro, o nome genérico (epíteto genérico) e o segundo, o epíteto específico.

• Ambos devem ser destacados do texto (em negrito, itálico ou grifado) e escritos em latim com a primeira palavra (a do gênero) com letra inicial maiúscula e a segunda palavra com inicial minúscula (mas se for nome próprio pode ser maiúscula ou minúscula).

Exemplos: a) Homo sapiens b) Trypanosoma cruzi ou Trypanosoma Cruzi (este

nome foi dado por Carlos Chagas ao protozoário causador da doença de Chagas para homenagear Osvaldo Cruz).

Obs.:Note que Homo sapiens indica que o ser humano pertence ao gênero Homo e à espécie Homo sapiens ( não seria correto escrever que o homem pertence à espécie sapiens apenas pois, como você já sabe o nome da espécie é binominal. Nomenclatura da subespécie é trinominal • A nomenclatura de uma subespécie ou raça é

trinominal e a terceira palavra (indicativa da subespécie) será escrita sempre com letra inicial minúscula vindo logo depois do nome da espécie

Exemplos: a) Crotalus terrificus terrificus (cobra cascavel

brasileira ) b) Rhea americana alba (ema branca) Nome indicativo do subgênero • Quando se tratar de subgênero , este deverá ser

escrito com inicial maiúscula , entre parênteses e depois do nome do gênero. Exemplo : Aedes (Stegomya) aegypti (mosquito transmissor da dengue e da febre amarela)

Classificação da espécie humana em relação a algumas categorias taxionômicas : Reino: Metazoa ou Animalia Filo: Chordata Subfilo: Vertebrata Classe: Mammalia Ordem: Primata Família : Hominidae Gênero: Homo Espécie: Homo sapiens Subespécie: Homo sapiens sapiens Obs.: Na taxionomia dos vegetais, costuma-se usar o termo divisão, ao invés de filo.

Comparação entre células procarióticas de bactérias e células eucarióticas de animais e de vegetais Cianobactérias (antigas cianofíceas ou algas azuis) e as bactérias apresentam parede celular e são organismos unicelulares procariontes que possuem material genético mas não apresentam núcleo individualizado devido a ausência de carioteca. No citoplasma há ribossomos mas não existem organelas citoplasmáticas membranosas como mitocôndrias, cloroplastos , complexo de Golgi e outras. Mas, as células eucarióticas de animais e vegetais (organismos eucariontes), em geral, apresentam núcleo individualizado com carioteca, nucleoplasma (cariolinfa), cromatina e nucléolo (s). No citoplasma , além de ribossomos (organelas não membranosas) existem orgânulos citoplasmáticos membranosos como vacúolos, mitocôndrias, , complexo de Golgi e outros. As células vegetais, se comparadas às de animais, apresentam basicamente as mesmas estruturas porém, apenas as vegetais possuem parede celular (membrana esquelética celulósica), cloroplastos e um grande vacúolo central (vacúolo de suco celular, par alguns autores) com função de reserva e regulação osmótica. No cloroplasto ocorre a fotossíntese e a parede celular confere rigidez e proteção à célula. É importante também saber que células de vegetais superiores não apresentam centríolos, os quais podem estar presentes em células animais. Para saber mais sobre bactérias Em certas bactérias podem ser encontrados plasmídeos (moléculas de DNA adicionais) além do DNA presente no cromossomo bacteriano . Cada espécie de bactéria apresenta, em sua parede celular, substâncias características, mas o principal componente da parede bacteriana é a substância denominada peptidoglicano e não a celulose que é encontrada na parede celular das células vegetais.

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Certas bactérias produzem substâncias pegajosas que se aderem à superfície externa da parede formando uma cápsula ou capa (um envoltório para proteção da bactéria que em alguns casos dificulta a ação dos glóbulos brancos contra elas. Assim, muitas bactérias patogênicas são capsuladas). Reprodução de bactérias • Divisão binária simples ou cissiparidade • Conjugação • Transformação • Transdução A divisão binária é uma modalidade de reprodução assexuada. Há autores que consideram a conjugação, transformação e transdução como modalidades de reprodução sexuada, mas para outros, são apenas meios de transferência de informação genética.Certas bactérias podem produzir esporos, células especiais ligadas à resistência.Mas, algas azuis (cianobactérias) filamentosas realizam a produção de esporos como verdadeiras unidades reprodutivas que podem destacar-se e originar novos filamentos. Em algumas espécies de cianofíceas filamentosas pode haver ruptura dos filamentos em certas áreas, permitindo a formação de fragmentos (chamados hormogônios) que podem desenvolver-se e produzir novas células. Nutrição de bactérias Quanto à nutrição, há bactérias que são autotróficas ( capazes de produzir seu próprio alimento) por fotossíntese ou por quimiossíntese. A maioria das bactérias porém, é incapaz de produzir seu próprio alimento, sendo hetrotróficas por absorção. Para obterem os nutrientes necessários, retiram moléculas orgânicas já digeridas do ambiente ou de seres vivos parasitados por elas. Bactérias dignas de atenção maior: • decompositoras : auxiliam na reciclagem da matéria

na natureza e na fertilização do solo • cianobactérias como as do gênero Nostoc podem fixar

o nitrogênio atmosférico e realizar fotossíntese (não possuem cloroplasto mas têm clorofila e outros pigmentos fotossintetizantes) permitindo que proliferem em ambientes onde muitos outros orga nismos não poderiam se desenvolver.

• bactérias fixadoras de nitrogênio como as do gênero Rhizobium : que se associam às raízes de plantas

leguminosas e fixam o nitrogênio atmosférico transformando-o em sais nitrogenados que são assimilados pelas plantas

• bactérias nitrificantes como as dos gêneros Nitrosomonas e Nitrobacter : atuam, respectivamente, convertendo a amônia em nitrito e o nitrito em nitrato. Os sais nitrogenados liberados são incorporados ao solo, aumentando sua fertilidade.

• bactérias denitrificantes : vivem em ambientes pobres em oxigênio e convertem nitratos em N2 (nitrogênio molecular) que é devolvido à atmosfera.

• bactérias do gênero Acetobacter e Lactobacillus : utilizadas respectivamente na produção de vinagre e na fabricação de coalhada, queijo e iogurte.

• bactérias do gênero Bacillus : fornecem os antibióticos tirotricina e bacitracina

• bactérias que combatem espécies desfavoráveis à agricultura: os Bacillus thuringensis, por exemplo, infestam a larva de certos insetos levando-os à morte.

• bactérias da flora intestinal humana: produzem vitamina K e componentes do complexo B

• bactérias que vivem no estômago de ruminantes: produzem celulase

Existem também bactérias que são utilizadas em • engenharia genética para produzir substâncias como

insulina e hormônio do crescimento • indústrias na produção de butanol, acetona, etc. . Cianobactérias • Cianobactérias (antigas algas azuis ou cianofíceas) hoje

pertencem ao reino Monera e são consideradas verdadeiras bactérias (eubactérias) .

• Apresentam organização procarionte.: apesar de possuírem material genético, as cianobactérias não apresentam núcleo individualizado (a carioteca está ausente). No citoplasma, há ribossomos mas não existem plastos, por exemplo. Não possuem cílios nem flagelos mas algumas podem locomover-se por deslizamento.

• São autótrofas fotossintetizantes. Além da clorofila, podem ser encontrados outros pigmentos como a ficocianina (de cor azul) e às vezes, ficoeritrina (de cor vermelha). Os pigmentos ficam distribuídos ao longo de membranas espalhadas pelo citoplasma, já que não possuem plastos.

• Existem espécies em água doce, mar e solo úmido. • Podem viver em colônias ou isoladas. • Algumas espécies filamentosas possuem heterocistos

(células especializadas na captação de nitrogênio atmosférico utilizado na síntese de aminoácidos que farão parte de suas proteínas)

• Quanto à sua nutrição, as cianobactérias são bastante auto-suficientes necessitando apenas de energia solar, gás carbônico, gás nitrogênio, água e alguns sais minerais. Assim, são pioneiras em muitas regiões, sendo as primeiras que se instalam em ambientes estéreis, tornando-os mais propícios à implantação de outras espécies no futuro.

• Existem algas azuis que são utilizadas na alimentação de pessoas em determinadas regiões do globo, constituindo importante fonte de proteínas, sais minerais e vitaminas.

• Algas azuis e também algumas algas verdes unicelulares (lembrar que somente as algas azuis pertencem ao grupo das bactérias e ao reino Monera) podem se associar a fungos, em mutualismo, formando líquens que sobrevivem em ambientes onde dificilmente outros seres sobreviveriam .

• A alga fornece ao fungo matéria orgânica e recebe dele proteção contra desidratação, água e sais minerais que retiram do solo.

• A reprodução dos liquens é assexuada por sorédios (constituídos por fragmentos especiais , que possuem hifas de fungo associadas a células de algas) .

Líquens podem ser encontrados sob a neve nas tundras árticas (servindo de alimento para animais) Reprodução assexuada em cianobactérias • A forma mais de reprodução mais comum é a

cisiparidade sendo que as células-filhas produzidas podem permanecer isoladas ou unidas, formando colônias.

• Algumas espécies de cianobactérias filamentosas realizam a produção de esporos (aqui verdadeiras unidades reprodutivas) que podem destacar-se originar novos filamentos.

• Há ainda cianofíceas filamentosas que produzem hormogônios—fragmentos que podem desenvolver-se e originar novas células. Os hormogônios surgem por ruptura dos filamentos em certas áreas