resumo politica I

8/2/2019 resumo politica I

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O principe

- um povo insatisfeito com seu governante lana mo de armas para derrub-lo

- preciso ofender o povo com instrumentos (soldados) e no diretamente e abertamente,

porque se precisa do povo (suditos) em situaes de guerra

- desde que nao alterem leis e costumes de uma regiao o povo que ali vive nao se importara

com uma mudana de poder

- uma mudana de poder ser bem sucedida se o povo sentir proteao e segurana com o

novo governante

- estratgia de ocupao bem-sucedida: eliminar os mais fortes, desprestigiar poderosos e

frequentar o ambiente

- a destruio a melhor maneira de assegurar conquistas, ou habit-las pessoalmente

- o povo tem necessidade de mudana, esperando sempre que haja melhorias com a mesma

- quem chega ao poder sem muito esforo, dificilmente se manter nele, por estar

despreparado

- o governante deve agir pensando no povo, pois o mesmo que tem o maior poder e

fora. dar beneficios ao povo diminui muito a possibilidade de surgirem revoltas.

- aquele que chega ao poder com apoio popular pode se manter mais facilmente no poder

- a base principal de um estado sao boas leis e bons exercitos, as proprias foras armadas.

- guerras nao podem ser evitadas, preciso ter uma disciplina com as foras armadas,

nunca se acomodando.

- necessario ser prudente e evitar que escandalos abalem seu governo. necessario

tambem que aja conforme a situaao, esta requeira bondade ou crueldade.

- o governante nao deve ser liberal ao ponto de esbanjar as proprias riquezas e tornar-se

pobre. este esbanjamento bom quando se esta no caminho no poder, ganha-se prestigios

esbanjando-se a riqueza alheia

- para manter o povo unido, o principe nao deve se importar em ser cruel, embora ser uma

pessoa amada consquiste o povo

- deve-se saber a hora exata de se agir pela fora e a hora de se agir pela lei. quando nao se

sabe, bom, pelo menos, aparentar ter esta qualidade

- nao se pode tomar decisoes que deixem lacunas para a contestaao popular, pois surgirao

conspiradores; se o povo sentir odio ou desprezo, o estado sera perdido facilmente.

- preciso ainda ter cuidado para manter por perto os grandes cujos servios se utilize


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- armar o povo bom para ganhar sua lealdade e confiana

- preciso entreter o povo e recompensar-lhes [tambem puni-los quando preciso]. a

neutralidade em relaes as guerras nos territorios vizinhos tambem nao algo bom,

melhor qe se decida e apoie um lado

- e possivel conhecer um principe atraves de seus ministros subordinados; alem de escolher

bem preciso que os agrade e os honre.

- os aduladores devem ser evitados

- o principe deve manter sua palavra, mudar os rumos sempre acaba deixando o povo

confuso, perdendo sua confiana

- um governante nao deve ter dependencia de outros; importante governar por si proprio.

- poder: manutenao de territorio

- o povo deve ser usado como instrumento da politica e nao um agente politico

- guerra como agente de uniao do povo, fazendo-o com que esquea de problemas internos

AUTORIDADE

- relaao de poder estabilizado e institucionalizado em que os suditos prestam uma

obediencia incondicional

- se opoe a relaao de poder baseado na persuasao

- nao importa saber o motivo da obediencia incondicional

- estavel, continuada no tempo, se consolida gradativamente

- nem todo poder autoridade, so aquele em que os obedientes se baseiam numa crena

de legitimidade do poder; com poder legitimo, a autoridade pressupoe um juizo de valor

positivo

- autoridade nao eh uma relao, mas sim uma fonte de poder

- a crena na legitimidade confere ao poder eficacia e estabilidade. torna-se inclusive

possivel o emprego da violencia

- quando quem sujeito ao poder nao tem mais como legitimo o poder de quem esta no

comando, no entanto, quem esta no poder ainda o considera legitimo, surte o

autoritarismo

PODER


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- poder nao reside numa coisa. o fato de que uma pessoa tem certo comportamento por

desejo de outro.

- poder atual: quando nao passa da simples possibilidade aao. embora o comportamento

nao seja, a pessoa executa-o com um minimo de voluntariedade

- poder potencial: capacidade de determinar o comportamento dos outros.

- o poder nao deriva simplesmente da posse ou do uso de certos recursos, mas tambem da

existencia de determinadas atitudes dos sujeitos implicados no poder.

- os modos pelos quais os recursos poder ser usados para exercer o poder so multiplos, da

persuaso a manipulaao, da ameaa de punio promessa de recompensa.

- quanto mais provavel for que uma pessoa reaja positivamente as ordens de outro, maior

ser o poder que este exerce sobre o primeiro. o poder sera maior ainda de acordo com a

quantidade de sujeitos submetidos a ele.

- uma outra dimensao a esfera de influencia do poder; ou ainda o grau de modificao de

comportamentos provocados pelo uso do poder, at mesmo a restrio de alternativas de

comportamento restantes

- para Weber, relao de mando-obediencia, mais ou menos confirmada no tempo, baseia-

se nao so no mero habito de obediencia mas tambem num especifico fundamento de

legitimidade. Weber especificou 3 tipos puros:

* poder legal: baseado na crena da legitimidade de normas judiciarias

* poder tradicional: funda-se na crena do carater sacro do poder desde sempre

* poder carismatico: baseia-se na dedicaao afetiva, fora heroica, valor exemplar ou poder

de espirito que distiguem certo alguem de modo especial.

- poder coercitivo: ameaa ou aliciamento

- h influencias de ambiente, limitanto a voluntariedade

- quem exerce o poder deve ter em mente as reaoes adversas consequentes de suas

ordens

* evitar uso de termos prontos, conforto do senso comum, uso de noes generalizadas.

- imagem do poder fundamental para o poder efetivo.

O FUNDAMENTO DO PODER

- problema da legitimidade: admitindo que o poder politico o que dispoe o uso exclusivo

da fora, basta a fora para fazer com que seja aceito. admite-se que e necessario ter porbase um principio moral.


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- varios principios de legitimidade: "poder da vontade de deus" [principio teocratico], apelo

a natureza como fora originaria e tradio. sendo estes mais favoraveis a manutenao do

status quo. consenso, apelo a natureza ideal e progresso historico sao mais favoraveis a

mudana

- legimitidade e efetividade: Weber expoe tres tipos de poder que representam diversostipos de motivaoes

LEGITIMIDADE

- atributo do estado que consiste na presena, em parte significativa da populao de um

grau de consentimento que permite garantir obediencia sem o uso da fora.

- a legitimidade de um estado resulta de uma serie de elementos

* comunidade politica

* regime ( a adesao ao regime consiste na f na legalidade)

* governo ( weber explica a legitimidade de um governo sendo de tres tipos, juridico,

tradicional ou carismatico)

- ha contestao da legimitidade quando percebe-se o estado contraditorio com seu

proprio sistema de descrenas

- opositores de um governo se caracterizam pela visao reformista, portanto nao contestama legitimidade: os que o fazem sao revolucionarios

- a cada tipo de estado corresponde um diferente tipo de legitimidade

- a situaao de legitimidade do poder revela seu estado de crise ou estabilidade

- legitimidade designa ao mesmo tempo uma situaao e um valor da convivencia social

* situao a aceitao do estado por uma parcela importante da populao

* valor consentimento expresso livremente.

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conceitos e apuntes complementares

- o poder no existe na posse de coisas, ele se caracteriza na relaao entre pelo menos duas

pessoas

- poder sempre pressupoe desigualdade e assimetria de recursos


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- "A" tem que ter alem de recursos, a habilidade de us-los

- o poder politico o unico que tem a disposiao o uso da violencia, este diferencial , alias,

sua principal caracteristica

- a politica se exerce em referencia ao estado

- o poder politico tem a capacidade de elaborar leis e impor sanes queles que as

descumpram

- a violencia e um recurso que, no entanto, do deve ser utilizado em ultimo caso

- o uso da violencia nao sendo o ultimo recurso, usada deliberadamente, pode levar a uma

desaprovaao popular; maquiavel dizia que o governo deve ser amado ou ainda mesmo

temido, porem jamais odiado.

- o odio levaria a uma desaprovao popular e o poder perderia sua legitimidade

- politica um tipo especifico de poder, uma relao especifica. mas uma relaao de

dimensao publica, que diz respeito a uma sociedade mais ampla. a politica esta presente

tambem em fatos sociais especificos onde ha referencia a sociedade em geral. atualmente

o estado esta vinculado a politica e exerce o poder politica, porque ele detem o monopolio

do uso da violencia sobre a sociedade em geral. movimentos sociais, no entanto, sao um

exemplo de poder politico que comea fora do ambito do estado. a politica uma forma de

garantir a vida em sociedade, administrando conflitos.

-> parte II

O SISTEMA ABSOLUTISTA DE GOVERNO

- houve um fortalecimento do governo territorial, com absoro de territrios menores e

mais fracos por maiores; isso culminou na formao de um pequeno numero de estados

mutuamente independentes.

- o desenvolvimento do governo absolutista foi favorecido e tornou-se inevitavel em virtude

de fatores como a comercializao acelerada da economia. o governo absolutista a

primeira encarnao madura do estado moderno.

- os grupos urbanos nao tinham interesses especificamente politicos, mas desejavam sim

uma garantia politica quanto a seus assuntos comerciais e produtivos. as cidades tambem

estavam dispostas a renunciarem a maioria de seus poderes locais, uma vez que o governo

pudesse garantir a expansao de seus mercados e uma certa proteao.

- os valores do feudalismo, utilizados para se obter postos e cargos no poder foram

deixados de lado


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- o monarca (na frana) possua agora poder concentrado em suas mos. Sua corte se

constitua de modo a engrandecer sua existencia. mas na base do poder, este se ramificava.

- a transio pro absolutismo foi favorecida entao pelo enfraquecimento das cortes numa

ofensiva de um governante.

- o governante agora possui uma lei flexivel para sancionar e articular sob sua vontade.

estes codigos de lei deveriam ser muito divulgados.

- os interesses politicos de uma classe detentora de recursos sao diferentes do estado.

O ESTADO CONSTITUCIONAL DO SCULO XIX

- todos os estados existem na presena e concordancia de outros estados. os estados

geram o sistema, nao o pressupoem.

- cada estado uma unidade que se origina e dota de poderes a si mesma. os limites de sua

soberania sao os limites de sua capacidade de fazer valer certa pretenso.

- recursos de defesa de soberania: diplomacia continua e secreta, ameaa ou declarao de

guerra, deflagrao de campanhas de influencia de opiniao sobre outros estados.

- contradies do estado:

* cada instituio interna funciona como se fosse "um estado dentro do estado"

* capitalismo como sistema de poder, visto que a posse legal do capital pode criar uma

relao de dominaao

- o estado mostra-se mais como um complexo planejado do que algo que nasceu

espontaneamente

- o estado deixou de estar diretamente identificado com a sociedade em geral, no entanto

recorre e mobiliza sentimentos e emoes em seu exercimento de poder.

- o direito moderno um corpo de leis promulgadas feito e validado pelo proprio estado

para exercer sua soberania, visto que a legitimidade juridico-racional adequada para si

proprio.

- aspirando ser liberal e anti-autoritario, o estado promulga ainda um estatuto juridico

superior como normas constitucionais, onde o cidado inserido indiretamente no estado,

estas normas levam ao cidado uma garantia de seus direitos

- h ento a adoo em todos os estados centralizados da europa formas mais humanas de

instaurao de processos e punio de crimes


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- caracteristicas significativas do processo politico: civilidade, pluralidade de focos, metas

irrestritas e centralidade de instituies representativas.

A FORMAO DO ESTADO MODERNO [AULA]- nao existia na epoca de maquiavel uma entidade politica que pudesse ser chamada de

estado. uma das caracteristicas mais importantes do estado, fronteiras delimitadas, nao

existia. o conceito estado moderno redundante, pois nao existia estado anterior.

- standstaat: estado de transio entre o estado moderno e o sistema politico-feudal

- os comerciantes entram com aparato economico na formao do estado moderno, e

portanto, vai conquistando poder e se constitui como a classe burguesa.

- com o avana da burguesia, foi surgindo um liberalismo economico no estado absolutista.o fim do absolutismo veio acompanhado da consolidao do liberalismo, visto que os dois

nao podem coexistir.

- segundo Weber, a legitimidade juridico-racional a que garante a autoridade do estado

moderno; o que garante inclusive direitos dos cidados e limita as aes do estado, para

que o governante no faa o que bem entender.

BUROCRACIA

- estado de direito: as vias legais do estado; estado social: as obrigaes do estado perante

o povo, garantindo direitos sociais. no estado de direito, sendo um ideal burgues, o estado

deve [?] garantir somente a liberdade de competio entre os individuos

- Weber caracteriza a burocracia como uma relao de poder

- Weber faz ainda a separao dos cargos publicos das relaes familiares ou afetivas, para

que sejam ocupados com racionalidade

- historicamente, houve um processo de separao gradual entre as funes do rei

atribuidas sua familia e as funes de governo

- a nomeao para cargos publicos foram com o tempo sendo favoraveis as elites no poder.

- a pratica de concursos publicos uma medida para evitar essa pratica, mas nao pode ser

configurada como pratica justa, pois aqueles com maior e melhor acesso a informao e

conhecimento (distribuidos desigualmente entre as classes sociais) serao favorecidos

- a burocracia que faz com o que o estado cumpra seus deveres oficiais, atraves da

coero

- burocratizao uma sistematizao de atividades de determinadas instituioes, ondeassim a pratica das mesmas fica garantida


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- a burocracia nao se caracteriza como um grande aglomerado. ela subdividida para que

se especialize em certas areas.

- a burocracia deve ainda necessariamente se caracterizar pela impessoalidade

- Weber ainda diz que os funcionrios devem ser leais ao estado; nao deve haver vantagenspessoais envolvidas.

APUNTES DE CARACTERISTICAS DO ESTADO

- a politica se consolidou fortemente somente no seculo XX

- o termo politica antigo, porm, o significado atual afirmou-se atraves de uma

autonomizaao gradual em relao a outros campos

- a poltica assume uma dimenso de poder com Maquiavel no sc XV, onde o mesmo

separa a politica da moral, onde o principal objetivo manter o estado, mesmo que tenha

de atuar contra a f e a humanidade.

- a politica se distingue do mercado com o surgimento da economia: os antigos

economistas diziam que o mercado se auto regularia independente da ao do estado

- o lugar principal da politica foi delineado em alguns estados mas se faz presente em

outros lugares

- a concepo de estado que temos hoje surgiu na europa a partir do sec XIII

- os elementos essenciais numa definio de estado so:

* o processo de construo do estado prev a concentrao do poder num territrio

especfico

* o estado, ou um sujeito politico de carater institucional tem atribuido a si o monopolio do

uso legitimo da fora [ou violencia]

* o poder do seu soberano deve ser legitimado frente aos subordinados

- o estado caracterizado ainda pela presena de uma economia monetria de sua

responsabilidade, e tambm a criao de subsistemas politicos administrativos

funcionalmente especializados

- funao do estado uma defesa contra o estrangeiro e a manuteno da ordem interna

- os estados-naes modernos pretendem reunir no seio do seu territorio uma unica

comunidade unida por historia e etnia comuns


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- o nascimento do estado moderno tambem comportou uma elemento cultural: a afirmaao

da ideia de nao. isto levou as tarefas do estado a se ampliarem, em relao a oferta de

servios: o estado de bem-estar

- pedidos de expanso do estado provieram tambem de grupos economicamente fortes:

falou-se por exemplo de uma burguesia do estado.

apunte extra [importante]

- a ciencia politica ocupa-se da politica como ela e nao como deveria ser, distingue-se da

filosofia politica quando exclui do seu ambito juizos morais; distingue-se da historia quando

a analise visa mais uma generalizao do que conhecimentos circunscritos.

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