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APARELHO URINÁRIO Origem na 3ª semana de vida intra-uterina; Células tubulares proximais 3º mês de vida fetal; Bexiga 4º mês de vida fetal; No momento do nascimento todos os néfrons já estão formados; 1

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APARELHO URINÁRIO

c Origem na 3ª semana de vida intra-uterina;

c  Células tubulares proximais

à 3º mês de vida fetal;

c  Bexiga à 4º mês de vida fetal;

c No momento do nascimento

todos os néfrons já estão formados;

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ANATOMIA c O aparelho urinário à formação, depósito e eliminação

da urina. c É formado por dois rins, dois ureteres, uma bexiga e

uma uretra. c Juntamente com as substâncias de rejeição à filtra e

elimina também água. c Os resíduos formados a partir das reações químicas que

ocorrem no interior das células podem ser eliminados através:

•  Do sistema urinário através da urina; •  Da pele através do suor; •  Do sistema respiratório (eliminando o gás carbônico);

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v  RIM à um par de órgãos localizados na cavidade retroperitonial; cada rim pesa em média 150g, a córtex de cor vermelho escuro tem uma espessura de 1,2 a 1,5 cm. Em cada rim encontramos: - duas faces; - dois polos; - duas brodas; - Hilo: região convexa, média, da borda interna, por onde é feita a comunicação do órgão com as outras partes do corpo. O rim é dividido em duas partes: o parênquima (área cortical) e a medula:

- Na medula se encontram as pirâmides renais, constituída de túbulos, os quais se juntam aos túbulos coletores de Belline. A união de 3 túbulos coletores vai terminar num pequeno cálice e em nº de até 4 formam a pelve renal e desembocam no ureter.

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v  Néfron: desempenha função de hemostasia; há 1,5 milhões/rim. O néfron é formado por duas unidades distintas – o glomérulo e os túbulos:

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à Glomérulo: ultrafiltro corpuscular, contido numa espécie de saco - Cápsula de Bowman, a qual vai receber o sangue que chega pelas arteríolas aferentes e reenviar o sangue

filtrado, pelas arteríolas eferentes.

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à Túbulo : é o condutor de saída do filtrado glomerular, possui um

epitélio que desempenham funções definitivas na composição

da urina;

à Túbulo proximal: região enovelada, próxima ao glomérulo;

à Alça de Henle: porção intermediária, com ramos

ascendentes e descendentes;

à Túbulo distal: região enovelada que segue à alça de henle e

posteriormente se dilata originando o túbulo coletor reto.

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v  Ureteres: par de tubos revestidos por uma mucosa e destina-se ao transporte de urina do rim até a bexiga, passando pelas artérias ilíacas comuns e externas.

A urina é impelida no interior do ureter por ondas peristálticas ativas. Na bexiga o orifício de entrada do ureter apresenta uma ligeira elevação papiliforme, que junto com o ângulo obliquo formado entre o ureter e a bexiga, funcionam como esfíncter impedindo o regurgitamento da urina.

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v  Bexiga: localizada na pelve, na parte anterior e

abaixo da cavidade peritonial no espaço atrás dos ossos pubianos. Sua

estrutura de paredes enrugadas permite que se distenda conforme o

volume de urina que contenha. Funciona

como um reservatório, já que a cada minuto é produzido em média

1 mL de urina.

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v Uretra: é o canal de comunicação da bexiga com o meio externo. Sua extremidade externa é denominada meato urinário. Devido a proximidade com a região perianal, facilita que haja contaminação dessa região quando a higiene não é bem feita. Essa contaminação por resíduos fecais talvez seja o fator determinante das infecções urinárias ascendentes que se iniciam pelo processo da cistite.

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FISIOLOGIA O glomérulo, ao fazer a filtração do sangue (125 ml/min), realiza um processo puramente físico, porém as fases de reabsorção e secreção dos túbulos envolvem processos ativos químicos e físicos.

Durante a filtração glomerular há passagem de componentes do líquido extracelular que serão absorvidos seletivamente nos túbulos (65%) por serem essenciais ao organismo e aqueles que representam resíduos desnecessários são carreados.

Paralelamente à capacidade de reabsorção, encontra-se a capacidade de secreção dos túbulos renais que pode ser por transporte ativo ou difusão passiva.

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O sódio é reabsorvido ativamente 99% no túbulo renal, distribuindo-se em média 65% no túbulo contornado proximal, 25% na Alça de Henle e 9% no túbulo distal. A reabsorção ocorre por alterações nas pressões oncótica e hidrostática, e por ação hormonal da aldosterona.

O potássio é reabsorvido em sua maior parte no túbulo contornado distal, em troca por íons sódio.

A água tem 65% de reabsorção passiva no túbulo contornado proximal sendo que nesta região o líquido tubular é isosmótico ao plasma. A alça de henle é praticamente impermeável a água.

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ORIGEM DA URINA

► Homens das cavernas; ► Médicos analisavam cor,

odor, turbidez, volume e glicose (indiretamente);

► Sec. V a.c. – Hipócrates – uroscopia;

► 1140 d.c – cartazes cor da urina;

► 1694 – albuminúria – fervura da urina;

► XVII exame do sedimento – Thomas Addis

► 1827 – rotina do pct. 13

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O sangue chega aos capilares glomerulares, num fluxo de 700 mL/min de plasma ou 1200 mL/min de sangue total para um indivíduo adulto.

A filtração produz 125 mL/min de líquido filtrado com pH de 7,4, após os processos que passam pelo túbulos, atinge a bexiga num volume de 1 a 2 mL/min com pH 6,0. Há a conversão média diária de 170.000 mL de plasma em cerca de 1.200 mL de urina.

A urina pode ser definida como um produto acessório dos rins para eliminação de água, produtos não voláteis do catabolismo, substâncias estranhas e elementos inorgânicos. Com isso, consegue a regulação do equilíbrio hídrico eletrolítico, ácido-base e pressão osmótica dos líquidos corporais.

FORMAÇÃO DA URINA

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COMPOSIÇÃO DA URINA

A urina é constituída por uréia e outros produtos químicos orgânicos e inorgânicos dissolvidos na água. A urina é, normalmente, 95% de água e 5 % de solutos, que variam conforme a ingestão alimentar, atividade física, metabolismo corporal, etc.

A uréia, um produto residual da degradação de proteínas e aminoácidos, é responsável por metade do total de sólidos dissolvidos na urina. Outras substâncias orgânicas são creatinina e ácido úrico.

As substâncias inorgânicas presentes são representadas pelo cloreto, sódio e potássio. Outros compostos também podem ser encontrados na urina, como hormônios, vitaminas, células, cilindros, cristais, muco e bactérias.

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Cushny desenvolveu uma teoria matemática para a formação da urina que teria a seguinte

fórmula:

(FG + ST) – AT =U

FG: filtrado glomerular ST: secreção tubular AT: absorção U: urina

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COLETA DE AMOSTRA PARA URIANÁLISE

à Substância biológica; à Luvas e avental; à Frascos descartáveis, limpos, secos e sem vazamento; à  Preferencialmente transparentes e de no mínimo 50 mL; à Sacos plásticos com adesivo, para coleta pediátricas; à Frascos grandes (2L e 3L) para coleta de 24 horas; à Tampa rosca; à Quando utilizados para urocultura, se possível devem se esterilizados. à  Identificação das amostras (ao recipiente); - Nome do pct; nº identificação; data e hora da coleta e tipo de amostra.

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TIPOS DE AMOSTRAS

q  Representa um estado metabólico do paciente; Ä  tempo, volume, método de coleta, dieta e uso de medicamentos;

q  Importante instruir o paciente quanto a esses detalhes da coleta;

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v Amostra aleatória

à Coletada a qualquer momento; à Após 2 a 4 horas de estase vesical. à Horário da coleta deve ser registrado; à Testes de rotina; à Pode apresentar resultados anormais (alimentação

e atividade física); Paciente poderá coletar amostras adicionais.

Crianças sem controle da micção necessitam fazer uso de coletores auto-aderentes para obtenção da amostra.

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v Primeira amostra da manhã

à Amostra de 8 horas – concentrada; à Garante a detecção de substâncias químicas e

elementos formados pela dieta e/ou patologia; à Ideal para triagem; à Essencial para evitar resultados falso-negativos

para testes de gravidez e proteinúria ortostática (pessoa trabalha em pé, caminhadas longas e gravidez);

à O paciente deve ser orientado quanto a forma de coleta e ao tempo de entrega no laboratório;

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Ø Coleta da primeira amostra da manhã

à  Amostra de jato médio, proveniente da bexiga cheia;

§  Procedimento para coleta em pacientes do sexo feminino: à Lavar bem as mãos; à De preferência no vaso sanitário, sentar com as pernas afastadas; à  Fazer assepsia íntima; à  Destampar o frasco estéril; à Com uma das mãos afastar os grandes lábios e com a outra segurar o frasco já destampado; à  Desprezar o primeiro jato (primeira porção da urina que sai), cerca de 50 – 100 mL; à Colher a porção média no frasco estéril (20 – 50 mL), urinando em jato para que a urina não escorra na região genital. à Desprezar o restante da micção. à Tampar o frasco imediatamente.

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§  Procedimento para coleta em pacientes do sexo masculino: à  Lavar bem as mãos; à  Fazer a assepsia íntima; à  Destampar o frasco estéril; à  Retrair o prepúcio com uma das mãos e com a outra segurar o frasco já destampado; à  Desprezar o primeiro jato de urina, de 50 – 100 mL; à  Colher a porção média no frasco estéril (20 – 50 mL), urinando em jato para que a urina não escorra na região genital; à  Desprezar o restante da micção; à  Tampar o frasco imediatamente.

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v  Amostra de jejum (segunda amostra da manhã)

à É a segunda amostra coletada após um período de jejum;

à Não conterá nenhum metabólito de alimentos ingeridos antes do início do jejum;

à É recomendada para monitoramento da glicose; v  Amostra duas horas pós-prandial

à Paciente vai urinar antes de consumir uma refeição; à Coleta amostra duas horas após se alimentar; à Amostra é testada para glicose e monitoramento

terapêutico de insulina; à Resultados comparados com amostra de jejum;

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v  Amostra do Teste de Tolerância à Glicose

à Amostras são coletadas concomitantes com as amostras de sangue, durante o TTG;

à O número de amostras varia conforme o TTG, é uma opção institucional;

à A urina é testada para glicose e cetonas; à Resultados são apresentados junto aos de

exame de sangue; à Serve de auxílio no monitoramento da capacidade

do paciente metabolizar uma quantidade de glicose, bem como, para correlação do limiar renal para glicose.

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v  Amostra de 24 horas (ou cronometrada)

à Medida exata de um produto químico na urina; à Alguns solutos apresentam variações diurnas

(catecolaminas e eletrólitos), onde a concentração é baixa pela manhã e maior à tarde.

à O período de coleta deve começar e terminar com a bexiga vazia;

à Ao chegar no laboratório a amostra de 24 horas deve ser misturada e o volume, medido e registrado;

à Caso a amostra seja entregue em dois frascos, é necessário que o conteúdo seja combinado e misturado.

à Neste tipo de amostra, deve ser dada atenção especial para a conservação da amostra.

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§  Procedimento para coleta de amostra de 24 horas

Fornecer instruções escritas ao paciente e explicar o procedimento de coleta;

Disponibilizar frasco de coleta e conservante adequados; à Dia 1, às 7 horas da manhã: o paciente urina e

despreza esta amostra; coleta todas as urinas nas próximas 24 horas;

à Dia 2, às 7 horas da manhã: o paciente urina e acrescenta essa urina a todas as urinas coletadas anteriormente;

Ao chegar no laboratório, a totalidade da amostra de urina de 24 horas é misturada e o volume é medido e registrado; Uma parte é guardada para testes e o restante, desprezado.

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v  Amostra cateterizada (vesical)

Esta amostra é coletada sob condições estéreis, pela colocação de um cateter através da uretra até a bexiga;

àA bexiga do paciente deve estar cheia; à É realizada a assepsia íntima; à Há a introdução de uma sonda vesical 14 FG com

orifício na ponta; àDespreza-se os primeiros 200 mL; à Coleta-se 20 – 30 mL de urina e esvazia-se a bexiga; Amostra ideal para testes de cultura de bactérias

(deve ser realizada antes dos testes de rotina); Utilizada para verificar a função de ambos os rins; à Atenção para hematúria traumática;

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v  Amostra de Punção Suprapúbica

à Amostra ocasional não é amostra de rotina; à Coletada pela introdução de uma agulha, através do

abdômen, na bexiga. à Utilizada para exame de cultura bacteriana e exame

citológico;

à à à Adultos à Utiliza-se agulha de punção lombar calibre 20 e 9 cm de

comprimento; à Punciona-se 3 cm acima da sínfise púbica, através da região

cutânea tricotomizada e desinfetada com clorexidina; à A urina é coletada em seringas de 20 mL;

à à à Lactentes à Utiliza-se agulhas de calibre 22 e 2,5 cm de comprimento; 29

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v  Amostra para Prostatite

Utilizada para detectar infecção prostática; Modo de coleta semelhante a primeira coleta da manhã: à O primeiro jato de urina é coletado em um frasco estéril; à Em seguida, o jato médio é coletado em outro frasco, também estéril; à A próstata é então massageada para que o líquido prostático

seja eliminado juntamente com a urina, coletado em um terceiro frasco estéril;

É realizada cultura bacteriológica das três amostras; A primeira e a terceira amostras são analisadas

microscópicamente; A segunda amostra é utilizada para controle de

infecção na próstata e nos rins.

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v  Amostra pediátrica

àSacos plásticos macios, com adesivo hipoalergênico

à Deve-se ter o cuidado para não tocar no interior do saco quando aplicá-lo;

à Para testes quantitativos – existem sacos que permitem o acoplamento de um tubo de transferência;

à Se necessário amostra estéril – ceteterismo ou punção suprapúbica;

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v  Amostra para Análise de Drogas

à Coleta de amostra e documentação adequada; à A cadeia de custódia (C.C.), é o procedimento que fornece essa identificação adequada da amostra, desde o momento da coleta até a liberação do resultado pelo laboratório. à A coleta pode ser assistida ou sem testemunhas; à Não pode haver adulteração, substituição ou diluição; àA temperatura da urina deve ser medida dentro de 4 minutos após a coleta – 32,5°C e 37,7°C; à A temperatura ou cor, fora da faixa recomendada, pode indicar contaminação da amostra;

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INTEGRIDADE DA AMOSTRA

ü  Amostras deverão ser entregues imediatamente ao laboratório e testadas dentro de duas horas;

ü Deve ser refrigerada ou ter um conservante químico adicionado;

ü  A não preservação da amostra pode acarretar

resultados inadequados ou falsos positivos;

ü  A probabilidade da cultura de bactérias ser positiva é maior em amostras não conservadas adequadamente;

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CONSERVAÇÃO DA AMOSTRA

Ø  O método de conservação mais utilizado é a refrigeração de 2 a 8°C;

Ø A refrigeração pode aumentar a gravidade específica, quando medida por urodensímetro;

Ø  A precipitação de fosfatos e uratos amorfos podem dificultar a análise microscópica do sedimento;

Ø Se deve ser transportada para longas distâncias e a refrigeração for impossível à conservantes químicos;

Ø O conservante ideal deve ser bactericida, inibir a urease, preservar elementos formados no sedimento e não interferir com os testes químicos;

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ARMAZENAMENTO DAS AMOSTRAS

à Quando o intervalo para a leitura do sedimento urinário é curto, as amostras de urina ácida e hipertônica podem ser mantidas a temperatura ambiente;

à Para armazenamento prolongado (24 horas), as amostras devem ser refrigeradas;

à A refrigeração de amostras ácidas com alta concentração de urato pode dar origem a um precipitado que pode ser dissolvido pelo aquecimento do tubo de ensaio (60°C) por alguns minutos;

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DESCARTE DA AMOSTRA

àTodo resíduo presente no laboratório deve ser descartado; à A urina pode ser descartada na rede de esgoto; à Deve-se tomar o cuidado em relação aos respingos e sempre dar descarga após o descarte das amostras; à A desinfecção do expurgo deve ser realizada diariamente com solução de hipoclorito de sódio na diluição de 1:5 ou 1:10; à Recipientes vazios que contiveram urina podem ser descartados como resíduos biologicamente não perigosos;

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EXAME FÍSICO DA URINA

Ø VOLUME URINÁRIO

Varia conforme o volume corporal, ingestão de líquidos, perdas através da pele e condições ambientais; A medida do volume urinário é realizada em provetas graduadas;

A média normal é de 1.200 a 1.500 mL nas 24 horas. Embora um intervalo de 600 a 2.000 mL é considerado normal. à O aumento do volume urinário chama-se poliúria e pode ser devido a uma ingestão excessiva de líquidos, cafeína,

álcool, transtornos metabólicos, diabetes, alterações hormonais, afecções do sistema nervoso, frio, emoção, ação

de drogas. Volume superior a 2,5 L/dia em adultos e 2,5-3,0 mL/Kg/dia em crianças. 41

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à A diminuição do volume urinário chama-se oligúria e pode ocorrer pela retenção compensatória do organismo quando a

perda se faz por outra via como pela pele (sudorese e desidratação), em moléstias cardíacas, pulmonares ou quadros

patológicos – nefrite aguda, queimaduras graves, vômito,diarréia). A retração do volume urinário pode ser por

retenção de líquido, alteração hormonal, inflamação ou disfunção renal, onde pode apresentar quadro de edema.

Volume inferior a 400 mL/24hs em adultos, 1 mL/Kg/h em bebês e menos de 0,5 mL/Kg/h em crianças.

à Quando o volume urinário atinge valores inferiores a 100 mL nas 24 hs, temos o quadro de anúria, pois só o catabolismo orgânico produz esse volume líquido. A cessação do fluxo de

urina, pode resultar de qualquer dano grave aos rins ou de diminuição no fluxo de sangue para os rins.

à A diurese diurna, normalmente é superior a noturna, na

proporção de 1:4, quando há inversão destes índices, pode ser um sinal de disfunção renal. O aumento da excreção de urina

noturna é denominada nictúria.

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Ø ASPECTO URINÁRIO O aspecto geral da urina é um termo que se refere a transparência/turvação de uma amostra. No exame de rotina, o aspecto é determinado pelo exame visual da amostra;

à Procedimento: -  Utilizar uma amostra bem homogeneizada; -  Ver através de um recipiente transparente; -  Ver contra um fundo branco; -  Manter iluminação adequada do ambiente; -  Avaliar um volume consistente de amostra; -  Determinar a cor e o aspecto;

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à Aspecto Normal A urina normal, em geral, é clara, límpida (especialmente se for uma urina coletada de jato médio, com assepsia). A precipitação de fosfatos e de carbonatos amorfos pode causar uma ligeira opalescência branca.

à Turvação Não Patológica

A presença de células epiteliais escamosas e muco, (especialmente urina de mulheres), pode resultar em urina ligeiramente opalescente, mas normal. As amostras mantidas em repouso ou refrigeradas também podem desenvolver turvação que não é patológica. A urina deixada em repouso à temperatura ambiente, poderá sofrer ação de bactérias fermentadoras de uréia, tem produção de amoníaco, que vai alcalinizar o pH e conseqüente precipitação de fosfatos.

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As amostras refrigeradas, freqüentemente, desenvolvem uma turvação espessa causada pela precipitação de fosfatos, carbonatos e uratos amorfos. Os fosfatos e carbonatos amorfos produzem um precipitado branco na urina além de pH alcalino. Já os uratos amorfos produzem um precipitado que se assemelha ao pó de tijolo na urina ácida em virtude da presença de uroeritirina. Outras causas de turvação não patológica incluem, contaminação fecal, sêmen, meio de contraste radiográfico, talco e cremes vaginais.

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à Turvação Patológica

As causas mais comumente encontradas são glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e infecções causadas por bactérias ou doença orgânica sistêmica.

Outras causas menos freqüentes de turvação patológica incluem quantidades anormais de células epiteliais, não escamosas, leveduras, cristais e fluídos linfáticos.

Uma amostra de urina que contém causas questionáveis de turvação podem ser confirmadas por testes químicos.

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CAUSAS PATOLÓGICAS DA TURVAÇÃO DA URINA

àEritrócitos (G.V.); àLeucócitos (G.B.); à Bactérias; à Fungos; à Células epiteliais não escamosas; à Cristais anormais; à Linfa; à Lipídios.

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Ø COR

A cor da urina (para análise) pode variar de amarelo muito claro a preta. Na grande maioria das vezes essa mudança de coloração é que leva o paciente a procurar aconselhamento médico. O principal pigmento responsável pela cor da urina é o urocromogênio formado na degradação do grupo heme da hemoglobina no fígado.

à Cor Normal da Urina

A descrição da cor normal da urina pode varias incluindo: amarela-clara, amarela, amarela-escura e âmbar. A coloração irá depender do estado metabólico do corpo, problemas na tireóide e estado de jejum.

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O urocromo aumenta na urina mantida a temperatura ambiente. A urina diluída será amarela-pálida e uma amostra concentrada será amarelo-escura. Em virtude da variação do estado de hidratação do organismo, essas diferenças são normais.

Dois outros pigmentos – uroeritrina e urobilina – também contribuem para a coloração da urina. A uroeritrina é um pigmento rosa, mais evidene em urinas refrigeradas. Já a urobilina, confere cor castanho-alaranjada,à urina, após um tempo de coletada fora da refrigeração.

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à Cor Anormal da Urina

§ Amarela escura/Âmbar/Laranja Esta coloração nem sempre é normal, pode ser causada pela presença anormal do pigmento bilirrubina. A suspeita fica mais forte quando aparece uma espuma de coloração

amarela, quando a urina é agitada. A foto-oxidação de grandes quantidades de urobilinogênio

produz uma urina amarelo-alaranjada, porém quando a amostra é agitada não aparece espuma amarela. A foto-

oxidação da bilirrubina produz urina com cor verde-amarelada.

O fármaco fenazopiridina (Pyridium) ou azo-gantrisin para pessoas com infecção no trato urinário, também causam urina amarela-alaranjada. Esta amostra também causa espuma amarela e pode ser confundida com bilirrubina.

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§  Vermelha/Rósea/Marrom Uma das causas mais comuns de anormalidade é a presença de sangue. A coloração varia de rósea ao marrom, dependendo da quantidade de sangue e do pH da urina. G.V. + urina ácida à várias horas à urina marrom, por causa da oxidação da Hb em metemoglobina. G.V + urina marrom à hemorragia glomerular. Quando os G.V. estão presentes, a urina é vermelha e turva; no entanto, se a Hb ou Mb estão presentes a amostra é vermelha e límpida. É possível fazer a diferenciação entre hemoglobinúria e mioglobinúria através do plasma. A hemoglobinúria é acompanhada de plasma vermelho, já a lesão músculo esquelética produz plasma límpido.

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§  Urina vermelha Amostras de urina que contém porfirinas, também podem ser avermelhadas (cor do Vinho do Porto), como resultado da oxidação do porfobilinogênio em porfirina. As causas não patológicas da urina vermelha incluem contaminação menstrual, ingestão de alimentos altamente pigmentados e medicamentos. Beterraba + urina alcalina = cor rósea – vermelha; Amora + urina ácida = cor avermelhada – roxa; Medicamentos: rifampicina, fenolftaleína, fenindiona, fenotiazinas.

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§  Urina castanha/preta É recomendada a realização de ensaios adicionais em urinas que apresentarem essas colorações. Uma vez que estas amostras podem conter melanina ou ácido homogentísico. A melanina é produto da oxidação do pigmento melanogênio, produzido em excesso quando há presença de melanoma maligno. O ácido homogentísico é um metabólito da fenilalanina, confere cor negra à urina de pessoas portadoras de erros inatos do metabolismo – alcaptonúria. Medicamentos: levodopa, metildopa, derivados de fenol e metronidazol.

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§  Urina azul/verde Entre as causas patológicas estão as infecções bacterianas (Pseudomonas sp.), infecções do trato intestinal. A ingestão de desodorizadores de ar e medicamentos como metocarbamol, azul de metileno e amitriptilina. A coloração púrpura pode ocorrer em coletores com cateter e é causada pela presença de infecção bacteriana, freqüentemente causada por Klebsiella e Providencia. A ingestão ou exposição à organofosforados, bem como quimioterapia, pode provocar coloração esverdeada na urina. A coloração esverdeada pode vir acompanhada de alta densidade no caso de quimioterapia.

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Ø ODOR O dor é uma propriedade física da urina, não faz parte do exame de urina de rotina e raramente é de significado clínico. A urina recentemente expelida tem odor ligeiramente aromático (sui generis). A medida que o tempo passa o cheiro de amônia torna-se mais proeminente, em decorrência da degradação da uréia. Infecções bacteriana – cheiro forte e desagradável; Cetose diabética – cheiro doce e frutado; Doença do xarope do bordo – cheiro melado; Ingestão de alho, cebolas e aspargos – cheiro forte e incomum.

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Ø GRAVIDADE ESPECÍFICA (G.E.)

Capacidade renal de reabsorver seletivamente substâncias químicas essenciais e água a partir do

filtrado glomerular

Importante função do organismo

Avaliação desta capacidade

Gravidade Específica

Gravidade Específica = a densidade de uma solução, em comparação com a densidade de um volume similar de

água destilada, na mesma temperatura. 64

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A G.E. é influenciada pelo número da partículas presentes na amostra e pelo seu tamanho.

Para o exame de rotina, a G.E. pode ser realizada por métodos diretos, utilizando urodensímetro ou densitometria da oscilação harmônica, e por métodos indiretos, utilizando o refratômetro ou tiras reagentes. Urodensímetro: consiste de um peso flutuante, anexado a

uma escala calibrada. O nível até o qual o urodensímetro afunda, representa a massa da amostra ou sua densidade.

O aumento da massa promovido pela substâncias dissolvidas na urina faz com que o peso desloque um volume de urina menor que o da água destilada. A grande desvantagem da medida da G.E. com o urodensímetro é a necessidade de grande volume de amostra (10 – 15 mL).

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A leitura da escala é feita na parte inferior do menisco da urina. Além, de ser corrigida conforme a temperatura. A temperatura de calibração é impressa no instrumento, é de aproximadamente 20°C. Se a amostra está refrigerada, 0,001 deve ser reduzido da leitura para cada 3°C. Inversamente, 0,001 deve ser acrescido à leitura para cada 3°C, se a temperatura estiver acima das temperatura de calibração. Outra correção deve ser calculada, se grandes quantidades de glicose ou de proteínas estiverem presentes. Uma grama de proteínas por decilitro de urina aumenta a G.E. da urina por 0,003 e 1g/dL de glicose, acrescenta 0,004 na leitura. Porém, para cada grama de proteína presente, 0,003 devem ser subtraídos da leitura da G.E.

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Page 68: Resumo Prova

Refratômetro: determina a concentração de partículas dissolvidas em uma amostra. O índice de refração é uma comparação da velocidade da luz no ar com a velocidade da luz em uma solução. A concentração da amostra determina o ângulo em que o feixe de luz entra no prisma. Portanto, a escala da G.E. é calibrada em termos de ângulos em que a luz passa através da amostra. O refratômetro tem a vantagem de possibilitar a determinação da G.E. utilizando pequeno volume de amostra (1 ou 2 gotas). As correções relativas à temperatura não são necessárias. Porém, as correções pela presença de glicose e proteínas são ainda calculadas.

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Page 69: Resumo Prova

Ao utilizar o refratômetro, um gota de urina é colocada sobre o prisma, o instrumento é focalizado e a leitura é feita na escala de G.E. O prisma e a sua cobertura devem ser limpos depois de cada amostra se testada. A calibração do refratômetro é realizada utilizando-se água destilada, que deve ler 1.000. Se necessário, o instrumento contém um conjunto de parafusos para ajustar a leitura. A calibração é, depois, conferida com uma solução de NaCl a 5%, a qual deve ler 1,022 ± 0,001. Os resultados da calibração e dos controles são sempre registrados nos documentos do controle de qualidade.

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Densitometria por oscilação harmônica: baseia-se no princípio de que a freqüência de uma onda sonora que entra em um a solução, muda na proporção da densidade da solução. Uma amostra de urina entra em um tubo de vidro em forma de U com uma bobina eletromagnética em uma extremidade e um detector de movimento na outra. Uma corrente elétrica é aplicada à bobina, o que faz com que ondas sonoras passem através da urina. A sua freqüência é alterada pela densidade da amostra. Um microprocessador na outra extremidade do tubo mede a mudança da freqüência da onda sonora, compensa as variações de temperatura e converte a leitura em G.E.

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Page 72: Resumo Prova

Tiras reagentes: é um método químico, pela alteração no pK do polimetil-vinil-éter-maléico-anidrido. Polieletrólito ioniza-se na proporção da quantidade de íons em solução produzindo íons hidrogênio que provocam uma redução de pH, detectada pelo indicador azul de bromotimol.

densidade = cor verde amarelado; densidade = cor amarelo esverdeado;

pH 6,5 ou mais = reflete em interferência = a soma de 0,005 à leitura da densidade. Este método não é afetado pela concentração de glicose ou corantes radiográficos, somente pela concentração de proteínas.

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Page 73: Resumo Prova

Densidade normal : 1,015 – 1,025 à Abaixo 1,003???

à Isostenúria: é utilizado para G.E. de 1,010. à Hipoestenúria: corresponde a uma urina hipodensa

(<1,007), dificuldade renal em concentrar a urina, reabsorção tubular deficiente;

Causas possíveis: diabetes, hiperhidratação, nefropatias (fase final da IRC, fase inicial da IRA, pielonefrite crônica, tuberculose renal), hipoaldosterismo (Doença de Addison), desnutrição protéica.

à Hiperestenúria: corresponde a uma urina hiperdensa (>1,030).

Causas possíveis: desidratação, substâncias que excedem o limiar renal (glicosúria e proteinúria), nefropatias (nefrólise lipoídea, rim de estase, amiloidose renal), fase de formação do edema (oligúria), hipersecreção do HAD (mixedema, abcesso cerebral, miningite tuberculosa).

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Page 74: Resumo Prova

EXAME QUÍMICO DA URINA METODOLOGIA DE SCREENING

à  Consiste em utilizar tiras reagentes ou diagnósticas na triagem dos casos patológicos, os quais devem ser confirmados por métodos químicos de reação;

à  As tiras reagentes tem uma estrutura própria que pode ser descrita como sendo de 4 fases:

1.  Suporte de plástico inativo que funciona como base de outras fases;

2.  Camada de papel absorvente que retém o excesso de material examinado, de modo que a reação esteja no volume ideal;

3.  Camada de papel reagente impregnada com reativo ou enzima específica – necessita precisão no limite da reação;

4.  Lâmina de nylon fina, capaz de permitir a passagem do material examinado, protegendo contra contaminação;

Page 75: Resumo Prova

CUIDADOS COM AS TIRAS REAGENTES Ø Estocar em recipiente opaco, com dessecante e

hermeticamente fechado; Ø Proteger contra deterioração, da luz, calor, produtos

químicos Ø Conservar abaixo de 30ºC, não congelar; Ø Não expor a vapores; Ø Não utilizar após a data de vencimento; Ø Não utilizar se as almofadas reativas estiverem

descoloridas; Ø Remover as tiras imediatamente antes de usar; Ø  Leia as instruções de uso, presentes na bula e

embalagem;

Page 76: Resumo Prova

TÉCNICA DE USO DAS TIRAS REAGENTES

ü Homogeinize bem a amostra; ü  Se a amostra foi refrigerada, deixá-la atingir a

temperatura ambiente antes do ensaio; ü Mergulhe as tiras completa, mas rapidamente, na

amostra; ü Retire o excesso de urina, raspando a tira contra a

borda do recipiente ou em papel absorvente; ü Compare as cores da reação com a tabela do fabricante,

de acordo com o gráfico, com uma boa fonte de luz, no tempo especificado;

ü Realize testes confirmatórios se necessário; ü Correlacione os resultados químicos entre si e com os

resultados das análises físicas e microscópicas;

Page 77: Resumo Prova

As colorações apresentadas são diretamente proporcionais as substâncias presentes nas amostras.

A análise das tiras pode sofrer interferência de fatores ambientais como as condições de luz, p.ex. Outros fatores como a presença de nitrofurantoína e amitriptilina, dificultam ou invalidam as leituras.

A cor laranja da tira reagente pode ser

mascarada pelo pigmento presente na urina de pessoas que utilizam

fenazopiridina.

Page 78: Resumo Prova

v  pH

Rins + Pulmões = Eq. Ác.-Base - Secreção íons H+ à íons amônio e fosfatos de H+ ; - Reabsorção de bicarbonato;

à pH urinário cai progressivamente devido à secreção de

íons H+ em todo o néfron;

pH do ultrafiltrado = 7,4 (= sangue); pH ductos coletores = mínimo 4,5 a 5,0

pH da urina final = 4,5 a 8,0 com média de 6,0

Page 79: Resumo Prova

pH urinário determina: -  Existência de distúrbios eletrolíticos de origem metabólica

ou respiratória; -  Tratamento de patologias urinárias; -  Precipitações de substâncias inorgânicas formação de

cristais e cálculos renais; Causas clínicas comuns em urinas ácidas: - Dietas protéicas; jejum prolongado; desidratação;

catabolismo exagerado de proteínas; acidose diabética, metabólica ou respiratória; enfisema; diarréia; medicamentos como mandelamina e fosfomicina.

Causas clínicas comuns em urinas alcalinas: - Dieta vegetariana; vômitos; bactérias degradadoras de

uréia; hiperventilação; alcalose metabólica, respiratória ou tubular; terapia com acetazolidina

Page 80: Resumo Prova

v  Proteínas Origem:

a)Plasmática: 30-50% proteína da urina; - globulinas de baixo peso molecular (< 60.000 d); glicoproteínas; microglobulias; lisozimas e ribonucleases

- albumina (69.000 d), IgG (154.000d), transferrina (90.000d), proteínas de alto peso molecular;

São todas filtradas pelo glomérulo b)Renal: 50-70% proteína da urina;

- glicoproteína de Tamm-Hosrfall faz parte da produção de cálculos e cilindros; - proteínas e enzimas do sistema urogenital;

Não são filtradas pelos glomérulos Normal: até 150 mg/24 hs ou 10 a 20 mg/dL.

Page 81: Resumo Prova

Filtração: Cerca de 30g de proteínas são filtradas por/dia; Fatores reguladores da filtração das proteínas: Peso molecular; carga elétrica; número e diâmetro dos poros da membrana;

viscosidade; concentração plasmática das proteínas;

Reabsorção: Pinocitose e catabolismo protéico de aminoácidos; Mecanismos de reabsorção: - proteínas de baixo peso molecular;

99% reabsorvidas no túbulo coletor proximal;

- proteínas de alto peso molecular; 95% de albumina é reabsorvidas – microalbuminúria;

Page 82: Resumo Prova

Fisiopatologia da proteinúria: Causas -  Lesão glomerular: alteração na permeabilidade da

membrana glomerular, passa proteína de alto peso molecular;

-  Lesão tubular: redução na função tubular de reabsorção, aumento de proteínas de baixo peso molecular;

-  Produção excessiva de uma proteína: proteína de Bence Jones (BPM), ultrapassa a capacidade tubular de reabsorção. Aumento de proteína de BPM anômala (cadeias leves de IgGs);

-  Perda de proteínas não filtradas: originadas das células renais (glicoproteínas de Tamm-Horsfall), do ureter, das vias urinárias.

Page 83: Resumo Prova

Significado clínico Proteinúria nem sempre significa doença renal. A proteinúria clínica é indicada por valores acima de 30mg/dL.

Classificação das proteinúrias quanto à localização: Pré-renal: afetam o plasma antes de atingir o rim, causada

pelo aumento dos níveis de PBPM e não é descoberto em exames de rotina.

a)  Funcional: postural ou ortostática; de fadiga (exercícios); emotiva (catecolaminas); gravidez (compressão das veias àdiminui vol.sg. àaumenta proteínas); frio;

b)  Orgânicas: ICC; estados febris (oligúria com proteinúria); queimaduras; coma diabético (acidose); hipertensão arterial; toxemia da gravidez (eclâmpsia àencefalopatia); policitemia; mieloma múltiplo; linfomas.

Page 84: Resumo Prova

à Proteínas de Bence Jones:

Excretada por pessoas acometidas por mieloma múltiplo. Nesta patologias, o soro contém elevados níveis de cadeias leves de imunoglobulinas monoclonal (PBJ). Essa proteínas é filtrada além da capacidade renal e acaba sendo excretada na urina.

Para diferenciar essa proteína, é realizada uma prova de coagulação. Enquanto as outras proteínas coagula e assim permanecem quando expostas ao calor, a PBJ coagula em temperatura entre 40 e 60ºC e se dissolve quando a temperatura atinge 100ºC. A filtração da amostra evita a interferência de outras proteínas na reação.

Page 85: Resumo Prova

Renal: a proteinúria, neste caso, pode ser o resultado de dano glomerular ou tubular.

a)  Glomerular: aumento das PAPM acima de 3g/24hs;

glomerulonefrite (++++ ou 300mg/24hs); síndrome nefrótica (acima de 5g/24hs); nefopatia do LES; nefropatia por gota; nefropatia por diabetes; amiloidose; rim policístico; litíase renal;

b)  Tubular: aumento das PBPM, 1 a 2 g/dia; Lesão tubular diminui reabsorção PBPM gerando proteinúria; acidose tubular; pielonefrite; tuberculose renal; cistinose (deposito de cistais nos túbulos – erro inato do metabolismo de a.a.); Enfermidade de Wilson (deposição de Fe nos rins, fígado e baço); Síndrome de Fanconi (problema de reabsorção nos túbulos); rejeição de transplante renal.

Page 86: Resumo Prova

à Proteinúria Glomerular: membrana danificada à filtração danificada à aumento das proteínas séricas, GBs e GVs. à glomerulonefrites estreptocócicas.

à Proteinúria pode ocorrer também no último trimestre de

gestação, o que pode indicar um estado de pré-eclâmpsia.

à O aumento da albumina pode ocorrer quando o aumento

da pressão do sangue que entra no glomérulo sobrepõe a filtração seletiva (desidratação ou exercícios);

à Proteinúria tubular: neste caso pode haver aumento da

albumina, pois essas proteínas não podem ser mais reabsorvidas (exposição a substâncias tóxicas, infecções virais e Síndrome de Fanconi);

Page 87: Resumo Prova

à Proteinúria ortostática: ocorre frequentemente em adultos jovens, após períodos nos quais a postura vertical é mantida e desaparece quando a posição horizontal é assumida. Isso ocorre em virtude da pressão exercida sobre a veia renal. **

à Microalbuminúria: a nefropatia diabética, leva a redução

da filtração, gerando microalbuminúria.Essa característica pode ser associada ao risco de doença cardiovascular.

Pós-renal

Proteínas podem ser adicionadas à urina quando passa através de estruturas do trato urinário inferior. Infecções bacterianas, fúngicas e inflamações produzem exsudatos com proteínas do fluído intersticial.

à Sedimento sem cilindro, com leucócitos e/ou hemácias

(infecções neplásicas de bexiga; cálculos e traumatismos uretrais e infecções prostáticas);

Page 88: Resumo Prova

Significado Clínico das Proteínas Urinárias

à Pré-renal: hemólise intravascular; lesão muscular; proteínas de fase aguda; mieloma múltiplo.

à Lesão Tubular: síndrome de fanconi; agentes tóxicos; infecções virais.

à Renal: doenças glomerulares; doenças do complexo imune; amiloidose; agentes tóxicos; nefropatia diabética; exercício exaustivo; desidratação; hipertensão; pré-eclâmpsia; proteinúria ortostática.

à Pós-renal: infecções e inflamações do TUI; lesões e/ou traumas; contaminação menstrual; fluido prostático e secreção vaginal.

Page 89: Resumo Prova

Interferência nas reações

A principal fonte de erro com tiras reagentes ocorre com urina alcalina. Outra falha é o erro técnico de permitir que a almofada reagente permaneça em contato com a urina por um período prolongado de tempo pode retirar o tampão. Urinas muito pigmentadas e contaminação com compostos de amônio quaternário, detergentes e antissépticos também podem causar leituras de resultados falso-positivos. A maioria dos laboratórios prefere confirmar todos os resultados positivos de proteínas.

Page 90: Resumo Prova

Pesquisa de Proteína (albumina): Para diferenciar essa proteína, é realizada uma prova de turvação. Ferver 10 mL de urina em um tubo de ensaio, no bico de bunsen. Adicionar 3 a 5 gotas de ácido acético a 5% (uma gota de cada vez). Caso positivo: aparecerá uma turvação leitosa persistente. Sendo escassa, o excesso de ácido redissolve a proteína.

Page 91: Resumo Prova

v  Glicose

Origem: a)  Exógena: digestão de amido, glicídios da alimentação; b)  Endógena: glicogênese (fígado); glicogenólise; Filtração:

Urina filtrada pelo glomérulo é reabsorvida pelo túbulo proximal à a urina possui pequena quantidade de glicose;

Transporte ativo, mediado pelo transportador específico de glicose na membrana celular tubular; a) Aumento da filtração glomerular à não causa glicosúria;

somente quando há hiperglicemia b) Diminuição da filtração glomerular à quando há glicemia

normal, toda a glicose filtrada será reabsorvida;

Page 92: Resumo Prova

Presença de glicose na urina = glicosúria Pentosúria (ribose), Hexosúria (glicose), Dissacaridúria (lactose)

Níveis normais de glicose urinária: - até 20 mg/dL no método quantitativo; - até 250mg/ urina de 24 horas; - glicose ausente ou negativa (fita reativa).

Limiar renal da glicose (160 – 180 mg/dL)

Quantidade de glicose que as células tubulares proximais são capazes de reabsorver.

Glicose plasmática > 160 a 180 mg/dL à glicosúria.

Os níveis de glicemia flutuam e uma pessoa normal pode ter glicosúria após uma refeição com teor elevado de glicose.

Page 93: Resumo Prova

A glicosúria depende do:

Nível de glicemia: a) Hiperglicemia: diabetes, acromegalia (aumenta o hormônio

do crescimento); feocromocitoma (aumento das catecolaminas); hipertireoidismo (aumento da tiroxina e triiodotironina); síndrome de cushing (aumento de glicocorticóides); tumores pancreáticos (aumento do glucagon).

b) Hiperglicemia + glicosúria: doenças do SNC;

queimadura, infecções, IAM, obesidade, gastrectomia, hemocromatose, stress, ansiedade, drogas (corticóides, anticoncepcionais, diuréticos, anestesia geral).

Page 94: Resumo Prova

Grau de reabsorção tubular: •  Defeito na capacidade de reabsorção dos túbulos

proximais à glicosúria renal com glicemia normal à diabete renal;

•  Neste caso os túbulos proximais reabsorvem deficientemente a glicose à glicose do soro normal + glicosúria;

•  Na gravidez diminui o limiar renal transitório, elimina glicose renal, porém sem hiperglicemia.

•  Disfunção tubular: cistinose (absorção de cistina), nefropatia, substâncias tóxicas ao rim (metais pesados, organofosforados); diabete senil.

Page 95: Resumo Prova

Reações das Tiras Reagentes

As tiras reagentes empregam o método de glicose oxidase, peroxidase, cromógeno e tampão para produzir uma reação enzimática dupla e seqüencial. Na primeira etapa, glicose oxidase catalise a reação entre a glicose e o ar ambiente para produzir ácido glucônico e peróxido. Na segunda etapa, peroxidase catalisa a reação entre peróxido e cromógeno para formar um composto oxidado colorido que representa a presença de glicose. A glicose na urina pode ser referida em termos de: negativo, traços, 1+, 2+,3+,4+;

Page 96: Resumo Prova

Interferência nas Reações

Reações falso-positivas podem ocorrer, porém, se o recipiente estiver contaminado com peróxido ou detergentes oxidantes fortes. Substâncias que interferem com a reação enzimática ou fortes agentes redutores, como ácido ascórbico, que impedem a oxidação do cromógeno, podem produzir resultados falso-negativos. Altos níveis de cetonas também afetam os testes de glicose oxidase em baixas concentrações de glicose; A gravidade específica elevada e a temperatura baixa pode diminuir a sensibilidade do teste. A permanência da amostra a temperatura ambiente por longo período de tempo.

Page 97: Resumo Prova

Pesquisa de Glicose:

Técnica do reativo de Benedict: Colocar 2,5 mL do Reativo de Benedict em um tubo de ensaio e aquecer até começar a ebulir. Se não houver mudança de coloração a solução estar boa para uso. Posteriormente adicionar 4 gotas de urina e levar a fervura. Se houver aparecimento de precipitado que pode variar do verde ao vermelho-tijolo indica a presença de açúcares redutores.

Comprimidos de Clinitest

Comprimidos a base de sulfato de cobre, carbonato de sódio, citrato de sódio e hidróxido de sódio.Empregam o princípio de Benedict. São menos sensíveis que as fitas. Coloque em um tubo de vidro, 5 gotas de urina. Adicione 10 gotas de água destilada na urina. Coloque um comprimido de Clinitest no tubo de ensaio. A mistura fica muito quente. Espere 15 segundos após ter parado a ebulição e agite suavemente. Compare a cor da mistura com a tabela.

Page 98: Resumo Prova

v Cetonas Provenientes do metabolismo intermediário dos lipídios: Queima gordura à produz CO2 + H2O

O termo cetonas representa três produtos intermediários do metabolismo da gordura, ou seja, acetona, ácido acetoacético e ácido beta-hidroxibutírico.

Os corpos cetônicos são levemente tóxicos à depressão do SNC (cetoacidose); podem levar a uma acidose metabólica.

Page 99: Resumo Prova

As cetonas são detectadas na urina, quando os estoques de gordura corporal são metabolizados para fornecer energia.

Os testes para cetonas urinárias são valiosos para acompanhamento do diabetes. Cetonúria demonstra deficiência de insulina.

O aumento do acúmulo de cetonas no sangue, leva a desequilíbrio eletrolítico, desidratação e, se não for corrigido, à acidose e eventual coma diabético.

Clínicas de perda de peso, vômito e de transtornos alimentares podem utilizar uma aplicação prática da cetonúria para monitorar pacientes que precisam evitar carboidratos.

Exercícios extenuantes freqüentes podem causar excesso de consumo de hidratos de carbono e produzir cetonúria.

Page 100: Resumo Prova

Disfunções que produzem cetoses: -  Síndrome de Van Gierk; -  Hepatopatias graves; -  Doenças pancreáticas; -  Acidose diabética; -  Eclâmpsia; -  Hipertereoidismo; -  Erros inatos do metabolismo de aminoácidos;

Page 101: Resumo Prova

Reações das Tiras Reagentes

As proporções de 78% de ácido beta-hidroxibutírico, 20% de ácido acetoacético e de 2% de acetona são relativamente constantes em todas as amostras.

As reações das tiras reagentes utilizam o nitroprussiato de sódio para medir cetonas. Há a reação das cetonas com o SNP para produzir a reação púrpura.

Os resultados são referidos semi-quantitativamente como negativos, traços, 1+, 2+ e 3+.

Page 102: Resumo Prova

Interferência da reação

As amostras obtidas após procedimentos que utilizam corantes como fenolsulfonftaleína e bromossulfaleínas podem produzir cor vermelha na urina, o que interfere no teste da fita.

Grandes quantidades de levodopa, grupos sulfidrilas, captopril, podem produzir reações atípicas.

Valores falsamente diminuídos por causa da volatilização da acetona e da metabolização do ácido acetoacético por bactérias são observadas em amostras inadequadamente preservadas.

Page 103: Resumo Prova

Pesquisa de Cetonas

Técnica da Reação de Imbert: Em um tubo de ensaio, colocar 10 mL de urina, juntar 10 a 15 gotas de reativo de Imbert e agitar. Inclinar o tubo e deixar escorrer amoniaco vagarosamente pelas paredes do tubo, de modo a não misturar os dois liquidos. Caso positivo aparecerá um anel de cor violeta, proporcional a quantidade de cetonas existente.

Comprimidos de Acetest

São comprimidos a base de SNP, glicina, fosfato dissódico e lactose para melhor diferenciação da cor. São higroscópicos e devem absorver a amostra em 30 segundos. Coloque um comprimido em papel branco, seco e limpo. Adicione uma gota de urina sobre o comprimido. Aguarde 30 segundos. Compare a cor do comprimido com a tabela. Refira-se como resultado negativo, traços, 1+, 2+ e 3+.

Page 104: Resumo Prova

v Sangue

Pode estar presente sob forma de G.V. intactos, ou como o produto da destruição dos G.V. do sangue, hemoglobina.

A hematúria produz uma turvação vermelha na urina, e a hemoglobinúria aparece como uma amostra vermelha límpida.

Uma contagem superior a 5 clas/µL de urina é considerado teste positivo para sangue. Testes químicos para hemoglobina fornecem os meios mais exatos para determinar a presença de sangue.

O achado de um resultado positivo para sangue nas tiras reagentes indica a presença de hemácias, hemoglonina ou mioglobina. Cada uma delas com significado clínico diferente.

Page 105: Resumo Prova

à Hematúria

Proveniente de distúrbios de origem renal ou genitourinária à trauma ou lesão tecidual.

As principais causas de hematúria incluem: cálculo renal, doenças glomerulares, pielonefrites, tumores, traumatismos, substâncias tóxicas e anticoagulantes.

A hematúria não patológica é observada após exercício extenuante e durante a menstruação.

Page 106: Resumo Prova

à Hemoglobinúria

Pode resultar de lise dos G.V. no trato urinário ou de distúrbios hemolíticos (hemólise intravascular); Normalmente a Hgb está ligada à haptoglobina, cujas funções são transportar a hemoglobina, impedir a excreção glomerular do complexo Hpgb/Hgb por aumento do peso molecular. Hemólise intravascular excessiva, a capacidade de ligação da Hpgb fica saturada e a hemoglobina é liberada livre no sangue:

-  Uma parte é eliminada pelo fígado; -  Outra é oxidada à metahemoglobina; -  E o restante é excretada na urina sob a forma de dímeros;

O limiar renal da Hgb à 1,43mg/min

Page 107: Resumo Prova

Hemólise intravascular excessiva

a)  Intoxicações: venenos de animais peçonhentos; fármacos (sulfonamidas, quinina, betanaftol), ingestão acidental de naftaleno, derivados da hidroquinona; agentes químicos (vapores de arsênico); cogumelos.

b)   Infecções: vírus (febre amarela), bactérias (difteria, febre tifóide e septicemia), anaeróbios (tétano, gangrena gasosa – Clostridium sp.)

c)  Hemoglobinúria essencial paroxística ou à frio: anemia hemolítica (auto-imune) geralmente após uma virose. Início da crise há urina rósea que escurece gradativamente até vermelha ou preta – período de 6 a 8 horas.

Page 108: Resumo Prova

d) Hemoglobinúria paroxística noturna: anemia hemolítica crônica, crises durante o sono por defeito na membrana do eritrócito;

e) Hemoglobinúria de esforço: maratonistas pelo amassamento dos capilares da planta do pé;

f) Outras causas: transfusões incompatíveis, queimaduras

extensas, púrpuras, válvulas cardíacas artificiais e soluções hipotônicas.

Page 109: Resumo Prova

à Mioglobinúria

Proteína que contém um grupo Heme, encontrada no tecido muscular, reage positivamente com a tira reagente para sangue, mas também produz urina límpida com cor avermelhada a marrom.

Presente em pacientes com condições associadas à destruição muscular – rabdomiólise.

A liberação de mioglobina por lesão do músculo cardíaco ou esquelético é tóxica aos túbulos renais à IRA.

Page 110: Resumo Prova

Causas comuns de mioglobinúria: Coma prolongado; esforço físico intenso; convulsões, trauma muscular, doenças musculares (miosite, polimiosite, rabdomiólise), intoxicação por pescado (resíduos da fábrica de celulose), IAM.

Lesões musculares por liberação de mioglobina:

Esmagamento, descarga elétrica, golpe de calor, picada de serpente marinha, hipertermia maligna, polimiosite e infecção viral.

A hemoglobinúria maciça observada em reações transfusionais hemolíticas também está associada a IRA.

Page 111: Resumo Prova

Hemoglobinúria X Mioglobinúria

O diagnóstico de mioglobinúria, geralmente, baseia-se na história do paciente e em níveis elevados das enzimas creatina quinase e desidrogenase láctica no soro.

Os rins, rapidamente, depuram a mioglobina do plasma, deixando uma aparência normal, enquanto a hemoglobina ligada à haptoglobina permanece no plasma, conferindo-lhe cor vermelha.

Há um teste rápido de precipitação que pode ser utilizado na presença de mioglobina, para diferenciação da hemoglobina:

Page 112: Resumo Prova

2,8g de sulfato de amônia são adicionados a 5 mL de urina centrifugada. Após homogeneizar e deixar a amostra em repouso por 5 minutos, a urina é filtrada ou centrifugada e o sobrenadante é testado para sangue pela tira reagente.

As moléculas de hemoglobinas são precipitadas pelo sulfato de amônia e a mioglobina permanece sobrenadante.

Quando a mioglobina está presente o sobrenadante permanece com a cor vermelha e a tira positiva para sangue. Já a hemoglobina produzirá precipitado vermelho e o sobrenadante será negativo para sangue.

Page 113: Resumo Prova

Reações das Tiras Reagentes

Testes químicos para sangue utilizam a atividade de pseudoperoxidase da Hgb para catalisar a reação entre peróxido de hidrogênio e cromógeno tetrametilbenzidina para produzir um cromógeno oxidado, o qual tem cor verde azulada.

Em presença de Hgb e Mgb, a cor uniforme que varia de amarelo (neg), passando pelo verde até um forte verde azulado (positivo).

Quando há hemólise e liberação de Hgb, produz reação pontilhada sobre a almofada da tira reagente. Os termos pequeno, moderado e grande ou traços, 1+, 2+, 3+ e 4+ são utilizados para referir o resultados.

Page 114: Resumo Prova

Interferências da Reação

Reações falso-positivas por causa da contaminação menstrual, presença de detergente forte no frasco, enzimas bacterianas (Escherichia coli). Portanto, sedimentos urinários que contêm bactérias devem ser controlados de perto para presença de G.V.

O ácido ascórbico, tem sido associado a resultados falso-negativos na reação para sangue pela tira reagente. Outro exemplo é a urina com gravidade específica elevada, a qual contém G.V. crenados que não lisam quando entram em contato com a fita.

A diminuição da reatividade é observada quando o formol é utilizado como conservante, na presença de captopril e altas concentrações de nitritos.

Page 115: Resumo Prova

v Bilirrubina à Principal pigmento biliar; à Produto da degradação da Hgb:

- Fe, proteína (reaproveitados) e protoporfirina (convertida); - Bilirrubina (S.R.E.) + Albumina (não filtrada);

à Fígado (conjugação c/ Ác. Glicurônico); à Liberada no ducto biliar e intestino (sofre ação de bactérias); à Urobilinogênio à urobilina (fezes); à Reabsorvido à volta a circulação, se filtrado.

à extravasa na urina (BD). # Indica hepatopatia (geralmente antes da icterícia)

Page 116: Resumo Prova

Limiar renal: 2 mg/dL ou 2,5 mg/125mL filtrado/min; AUMENTO DA BILIRRUBINA NA URINA a) Icterícia obstrutiva (pós hepática):

- Colangite; Cálculos Biliares; Neoplasias; b) Icterícia hepática:

- Hepatocelular (hepatite por vírus, hepatite tóxica ou cirrose hepática); - Hepatocanalicular (colestases intra-hepáticas, cirrose biliar, drogas como clorpromazina);

c) Síndrome Congênita de Dubin – Johnson:

- Defeito no mecanismo de transporte no hepatócito;

Page 117: Resumo Prova

Não há colúria na icterícia pré-hepática (hemolítica);

Bilirrubina indireta aumentada no sangue à apresenta-se na forma de urobilinogênio na urina;

A bilirrubina urinária, apresentada na fita reagente é bilirrubina direta

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Reações das Tiras Reagentes

Utilizam as reações do diazo, as quais variam a coloração da tira, de castanho – amarelado ou rosa até violeta.

Resultados qualitativos são relatados como negativo, traços, 1+, 2+ e 3+;

Reações coloridas atípicas são frequentemente observadas no exame visual e são mediadas por leitoras automáticas.

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Interferência nas Reações

Os resultados falso-positivos decorrem, principalmente, de pigmentos na urina. As principais cores de urina que preocupam são as amarelas e alaranjadas, de pessoas que utilizam compostos que contém fenazopiridina.

Os resultados falso-negativos ocorrem quando a hidrólise do glucoronato de bilirrubina produz bilirrubina livre, é pouco reativo à fita.

Altas concentrações de ácido ascórbico e nitritos podem reduzir a sensibilidade do teste.

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Pesquisa de Sais Biliares

Prova de Hay: Em um bequer colocar 20 a 30 mL de urina e deixar cair pitadas de enxofre sobre sua superfície. Se a urina apresentar sais biliares, o enxofre cai ao fundo do copo (os sais biliares baixam a tensão superficial). A reação positiva tem valor relativo porque várias outras substâncias diminuem a tensão superficial dos líquidos (timol, fenóis, detergentes).

Comprimidos de Ictotest

O Ictotest é composto por almofadas e comprimidos contendo sulfonato, carbonato de sódio e ácido bórico. Dez gotas de urina são adicionadas à almofada, a qual faz com que a bilirrubina permaneça na superfície. Uma coloração azul a púrpura aparecerá se a bilirrubina estiver presente.

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v  Urobilinogênio à Produto da degradação da bilirrubina conjugada;

Bilirrubina conjugada

Enzimas glicuronidase Urobilinogênio e estercobilinogênio

Reabsorvido no intestino urobilina (fezes) recircula no fígado e é excretado no intestino à Aparece na urina, porque quando o sangue circula no

fígado, passa através dos rins e é filtrado no glomérulo.

Quantidades de 1mg/dL ou uma unidade de Ehrlich são encontrados normalmente na urina.

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à  Aumento de urobilinogênio = doença hepática ou transtornos hemolíticos;

à  Diminuição função hepática à não processa à rim filtra e aparece na urina;

à  Hemólise BI à aumenta BC no intesino à urobilinogênio UROBILINOGÊNIO URINÁRIO AUMENTADO a)  Icterícia pré-hepática à hemólise

- icterícia hemolítica familiar; - icterícia hemolítica adquirida (infecciosa, tóxica, transfusional);

- eritroblastose fetal; - talassemias; - extravasamento de sangue (infarto hemorrágico, hemorragias digestivas);

- cirrose; hepatite;

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UROBILINOGÊNIO NORMAL OU AUMENTADO - hepatopatias ictéricas; - hepatopatias anictércias;

UROBILINIOGÊNIO URINÁRIO AUSENTE

- icterícia obstrutiva completa: cálculos e neoplasias;

BILIRRUBINA UROBILINOGÊNIO

(+) (-) Obstrução biliar total

(-) (+) ou mais Icterícia hemolítica

(+) (-) ou (+) Icterícia hepática

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Reações das Tiras Reagentes

Algumas tiras reagentes utilizam reações de aldeído de Ehrlich, onde o urobilinogênio reage formando cor rosa. Outras tiras utilizam o sal diazônio e produzem coloração vermelha quando reagem com o urobilinogênio.

Os resultados são reportados em 0,2 mg/dL, 1 mg/dL,

2 mg/dL, 4 mg/dL ou 8 mg/dL.

Um fator limitante das tiras reagentes, é que elas não detectam a ausência de urobilinogênio, que é significativo na obstrução biliar.

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Interferência na Reação

A reação de Ehrlich produzem falsos-positivos na presença de porfobilinogênio, medicamentos como sulfonamidas, metildopa, procaína e clorpromazina. A sensibilidade do reativo aumenta em temperatura. Urinas muito pigmentadas produzem leituras atípicas. Como resultado do aumento da excreção de sais biliares após uma refeição farta, os resultados de urobilinogênio são mais elevados. Resultados falso-negativos ocorrem com mais freqüência em amostras não preservadas, pela foto-oxidação da uribilina e as preservadas com formalina. Altas concentrações de nitrito interferem na azo-reação.

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Teste de Ehrlich em tubo A adição do reagente de Ehrlich à urina produz uma cor vermelho-cereja. A adição de acetato de sódio aumenta a cor da reação. Neste método em tubo, 01 parte do reagente de Ehrlich é adicionada a 10 partes de urina. O tubo é misturado e examinado para a cor vermelha. Este teste é sujeito a resultados falso-positivos quando o porfobilinogênio está presente.

Teste Hoesch para Porfobilinogênio

Este teste é utilizado para triagem rápida de porfobilinogênio urinário. Duas gotas de urina são adicionadas a, 2 mL de reagente de Hoesch (Ehrlich diluído em HCl 6 M), e o início da reação é observada pela formação de cor vermelha, que indica a presença de porfobilinogênio. O teste detecta 2 mg/dL de porfobilinogênio e o urobilinogênio é inibido pelo pH muito ácido.

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v Nitrito Presença de bactérias que convertem nitrato e nitrito. Triagem rápida da infecção do trato urinário.

à Significado clínico:

- cistite à pielonefrite à hipertensão à septicemia; - avaliação da antibióticoterapia; - controle de pacientes com risco de UTI (bexiga ao rim);

- triagem de amostra para urocultura; *** Bacteriúria à através da triagem para nitrito à

antibióticoterapia *** Nitrito + esterase leucocitária = urocultura.

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Reações das Tiras Reagentes

O nitrito e detectado pela reação de Greiss, onde o nitrito em pH ácido reage com uma amina aromática para formar um composto diazônico e produz um diazo róseo. Para evitar resultados falso-positivos, a sensibilidade do teste é padronizada para 100 mil organismos por mililitro. Os resultados são liberados apenas como negativo ou positivo.

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v  Interferência na Reação

Muitos fatores interferem na reação, por este fato, resultados negativos na presença de sintomas clínicos devem ser repetidos ou seguidos de urocultura. São fatores de produção de resultados falso-negativos: bactérias que não produzem redutase; tempo insuficiente de contato entre as bactérias e o nitrato urinário; grande quantidade de bactérias que convertem nitrito a nitrogênio; presença de antibiótico; altas concentrações de ácido ascórbico e gravidade específica elevada. Resultados falso-positivos são obtidos se o teste não for realizado em amostras frescas. Urinas muito pigmentadas podem produzir reações atípicas. Nitrito positivo deve ser acompanhado de esterase leucocitária positiva.

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v  Esterase leucocitária

A análise química para leucócitos oferece um meio de triagem para detecção microscópica de leucócitos. Uma grande vantagem do teste químico é que ele detecta a presença de leucócitos que foram lisados, em urinas alcalinas e diluídas, os quais não aparecem no exame microscópico. As mulheres tendem a possuir número de leucócitos maior que os homens. Aumento de leucócitos urinários geralmente é indicativo de infecção bacteriana do trato urinário. Infecções causadas por Trichomonas, clamídia, leveduras e inflamação de tecidos renais produzem leucocitúria sem bacteriúria.

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Reações das Tiras Reagentes

As tiras reagentes utilizam a esterase leucocitária para catalisar a hidrólise de um éster embebido na almofada reagente para produzir composto aromático e ácido. Este composto combina-se com um sal diazônico e produz diazo púrpura. A reação de esterase leucocitária exige mais tempo para reação, cerca de 2 minutos. As reações são relatadas como traços, 1+, 2+ e 3+ ou ainda apenas vestígios. (que devem ser repetidos).

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Interferência na Reação

A presença de agentes oxidantes fortes ou de formalina no recipiente da coleta pode levar a falso-positivos. Urinas muito pigmentadas e a presença de nitrofurantoína escurecem a cor da reação. Resultados falso-negativos podem ocorrer na presença de altas concentrações de proteína (> de 500mg/dL); glicose (>3g/dL), ácido oxálico e ácido ascórbico. A crenação dos leucócitos impede a liberação de esterases, pode ocorrer em urinas com gravidade específica elevada. A presença de antibióticos como gentamicina, cefalexina, cefalotina, tetraciclina diminui a sensibilidade da reação.

Page 133: Resumo Prova

v Gravidade específica

As tiras reagentes são mais rápidas, porém não substituem a refratometria e a osmometria. A gravidade específica é utilizada para acompanhamento do estado de hidratação e desidratação, para verificar a perda da capacidade de concentração tubular renal e monitoramento da diabetes.

Reação das Tiras Reagentes

As tiras reagentes baseiam-se na mudança de pKa de um polieletrólito em meio alcalino. O polieletrólito ioniza, liberando íons de hidrogênio proporcionalmente aos íons da reação. Quanto maior a concentração da urina, mais íons hidrogênio são liberados, diminuindo o pH.