Retrospectiva sobre regimes hidrológicos e importância do...
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José Teixeira Filho
Faculdade de Engenharia Agrícola Ciência da Terra - Geografia
UNICAMP
Retrospectiva sobre regimes hidrológicos e
importância do planejamento urbano na
prevenção quanto a eventos extremos
Disponibilidades Hídricas
disponibilidade
quantidade
qualidade Aspectos condicionantes:
Clima
Relevo
Solo
Social
Economia
Cultural
“OS FENÔMENOS NATURAIS NÃO SÃO RISCOS...
ELES TORNAM-SE RISCOS POR CAUSA DO
HOMEM, DE SUA IGNORÂNCIA OU DE SUA
NEGLIGÊNCIA”.
RAHN, P.H. 1986. Engineering Geology: an environmental approach. New York:
Elsevier Science Publishing. 589p. Fonte: Proin/Capes e Unesp/IGCE
eventos extremos
• Grande magnitude
• Repentino e em geral imprevisível, de curta duração
• Causa vítimas humanas e danos econômicos consideráveis
• Provoca situação de vulnerabilidade – depende das condições existente na população e de sua infraestrutura
eventos extremos
• Definição – situação de perigo, perda ou dano, ao homem e suas propriedades, em razão da possibilidade de ocorrência de processo naturais, induzido ou não
• Processos da dinâmica da Terra em áreas ocupadas (mortes e prejuízos econômicos)
• Inclusão de processos induzidos – conseqüência das modificações humanas
Riscos
Enchente
Processos Hidrológicos
Escoamento superficial
Processos Erosivos em Bacias Hidrográficas
Enchente
Ocorre no momento que a vazão a ser escoada e superior a capacidade de descarga da calha principal do curso de água
Enchente
Importância
Áreas marginais ocupadas por atividades humanas que são prejudicadas com a presença das águas
Enchente
Áreas marginais ocupadas por atividades humanas que são prejudicadas com a presença das águas
Canalização de córregos sem a devida análise de impactos a jusante (transferência de inundações de um ponto a outros);
Inundações
Enchente
Elementos Hidrológicos
- Vazão
- Nível de água
- Área de inundação
- Volume de água
- Duração da inundação
Escoamento - quantidade / qualidade superficial
físicos químicos biológicos
Escoamento superficial
Cargas concentradas
+ Cargas difusa
Escoamento superficial
Sistemas tradicionais de manejo de águas pluviais em meio urbano
Fontes de poluição - esgotos domésticos
resíduos sólidos
chorume de depósitos de lixo
sedimentos em suspenção
pesticidas
fertilizantes
Carga difusa
Enchente
Consequencias das cargas difusas:
. Impacto sobre a qualidade de vida da população
. Veiculação de doenças
. Prejuizos aos usos da água
. Agravamento dos problemas de escassez da água
. Elevação do custo de tratamento da água
. Desequilibrios ecológicos
. Degradação da paisagem
COBERTURA VEGETAL
AÇÃO ANTRÓPICA
DESMATAMENTO
TERRAPLANAGEM
ATERRO + CORTE + OCUPAÇÃO
DESMATAMENTO
AGRICULTURA + PASTAGEM (SEM CONSERVAÇÃO DO SOLO)
ARQUIVO IPT SALVIANO 2009
AÇÃO ANTRÓPICA
INICIO DA EROSÃO
TRANSPORTE DE SEDIMENTOS
INICIO DA SEDIMENTAÇÃO
TRANSPORTE DE SEDIMENTOS
AÇÃO ANTRÓPICA
BOÇOROCAS INUNDAÇÕES LEITO ASSOREADO
TERRA IMPRODUTIVA
DESTRUIÇÃO DE MORADIAS OBRAS PÚBLICAS
IMPACTOS E CONSEQUÊNCIAS
EVAPOTRANSPIRAÇÃO
EFEITO DE
INTERCEPÇÃO
GOTAÇÃO
ESCOAMENTO
SUPERFICIAL
LENTO
INFILTRAÇÃO EFETIVA NO MACIÇO NATRAL
CAPILARIDADE
SERRAPILHEIRA
DESPRENDIMENTO DAS PARTÍCULAS DO SOLO
ESCOAMENTO SUPERFICIAL RAPIDO
PROCESSOS EROSIVOS
LIXIVIAÇÃO DA MATÉRIA ORGÂNICA
CONDENSAÇÃO E FECHAMENTO DE POROS
INFILTRAÇÃO EFETIVA NO MACIÇO NATRAL
CAPILARIDADE
• Identificação de riscos
• Análise do risco
• Medidas de prevenção de acidentes
• Planejamento para situações de emergência
• Informações públicas e de treinamento
Modelo de abordagem para redução de acidentes
Metodologias - Monitoramento - Mapeamento dos processos hidrológicos e erosivos na escala de bacia - Modelagem Hidrológica
Planejamento ambiental
Monitoramento hidrológico •O que monitorar?
•Quais indicadores?
•Onde monitorar?
•Quando monitorar?
•Quanto tempo?
•Como analisar?
Mapeamento dos processos hidrológicos em bacia hidrográfica
•Levantamentos de campo
•Mapeamento dos fatores físicos e antrópicos •Mapeamento final integrando todos os dados em SIG
Identificar as áreas com potenciais para a produção de escoamento superficial
Processos de formação de escoamento superficial em Bacias Hidrográficas
Meio físico
Processo Procedimento
Modelo hidrológico
Simulação dos processos hidrológicos
Simulação complexa devido aos inúmeros fatores envolvidos e dificuldade de mensuração de todos os fatores da paisagem que interferem no regime hidrológico das bacias hidrográficas e condicionam os processos erosivos
Modelo hidrológico
•Altamente complexo
•Dificuldade de calibração do modelo entre
valores observados e estimados
•Permite a entrada de inúmeras variáveis
•Ferramenta poderosa para o manejo de
bacias hidrográficas elucidando questões
de qualidade e quantidade de água
Algoritmos específicos para cada componente do
ciclo hidrológico:
Escoamento superficial / sub-superficial / subterrâneo
Infiltração
Evapotranspiração das plantas
Vazão
Modelos de chuva e escoamento superficial
Escalas – Tempo e Espaço
Modelo hidrológico
AUXILIA
Plano diretor
Lei do parcelamento do solo urbano
Código de obras
Determinação do zoneamento de uso do solo
Delimitação do perímetro urbano
Direcionamento do vetor preferencial de
expansão urbana
Normas urbanísticas para loteamentos
Organização do sistema viário
Legislação ambiental
CENÁRIO POLÍTICO E SOCIAL
• crise econômica e social com solução de longo prazo;
• política habitacional para baixa renda historicamente ineficiente;
• ineficácia dos sistemas de controle do uso e ocupação;
• inexistência de legislação adequada para as áreas suscetíveis;
• inexistência de apoio técnico para as populações;
• cultura popular de “morar no plano”.
AUMENTO DO NÚMERO DE ÁREAS DE RISCO
RESULTADO
Banco de Dados do IPT Mortes por Escorregamento no Brasil
277
90
3426
99
28
64
166
228
89
23
48
85
5868
103
5750
41
56
182
19
0
50
100
150
200
250
300
MO
RT
ES
1988
1989
1990
1991
1992
1993
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ANOSALVIANO 2009