Reverso 93 jornal do imperio

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Edição 93 A TRAJETÓRIA DA FICÇÃO CIENTÍFICA Uma viagem através dos principais filmes jGRANDES EMPRESAS QUE INVESTIRAM NO MOBILE Entre outras notícias no Boletim de Games CALENDÁRIO DE FILMES Veja os lançamentos de filmes de super-heróis até 2020 STAR WARS Confira a análise do segundo trailer e a expectativa dos fãs para o episódio VII.

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Transcript of Reverso 93 jornal do imperio

Edição 93

A TRAJETÓRIA DA FICÇÃO CIENTÍFICA

Uma viagem através dos principais filmes

jGRANDES EMPRESAS QUE INVESTIRAM NO

MOBILEEntre outras notícias no

Boletim de Games

CALENDÁRIO DE FILMES

Veja os lançamentos de filmes de super-heróis

até 2020 STAR WARSConfira a análise do segundo trailer e a expectativa dos fãs

para o episódio VII.

Expediente:

JORNAL DO IMPÉRIO

Reitor Silvio Soglia

Editora-Chefe Thainá Dayube

ReportagensCristine Cassiano

Lídio GabrielThainá Dayube

Uanderson Lima

Diagramação Lídio Gabriel

Uanderson Lima

Revisão Thainá Dayube

Coordenação geralPéricles Diniz

Robério Ribeiro

Imagens: Internet

EditorialVocê sabe que 42 é a resposta para a vida, o universo e tudo mais, sabe que o Darth Vader é a mesma pessoa que o Anakin Skywalker, sabe que para matar um zumbi você sempre tem que acertar na cabeça... Então, você está no lugar certo, cavaleiro Jedi! O Jornal do Império é a primeira fanzine do Recôncavo que busca fomentar a vivência nerd na região, com editorias de cinema, literatura, série e games atualizaremos toda semana os nossos leitores. Ser nerd vai muito além do rótulo, é um estilo de vida. Cosplayers, eventos, livros, filmes, acessórios e inúmeras outras coisas fazem parte do universo do nerd, seja ele geek, gamer, serimaníaco, cinéfilo ou leitor. Um bom nerd sempre está atento a tudo que acontece no mundo dos seus personagens favoritos e é para isso que surgiu o Jornal do Império. A partir de agora, toda semana você poderá acompanhar as notícias do mundo nerd na nossa fanzine, que trará lançamentos, eventos, resenhas e especiais.Matérias sobre Doctor Who, Star Wars e HQs esperam você nas próximas páginas. Achou pouco? Então pegue a sua x-wing ou a sua TARDIS e comece a desbravar nosso vasto Império!

Até mais e obrigada pelos peixes, que a Força esteja com você!

Estima-se que o mer-cado de e-sports mais que dobrará até 2017.

Jogos como “Combat Arms”, “FIFA World”, “Dota 2” e, principalmente “League of Legends”, são destaques angariando patrocinadores importantes para as compe-tições, inclusive no Brasil.A fatia brasileira ainda é pe-quena se comparada com o cenário mundial, mas gran-des empresas patrocinado-ras de e-sports como a Hi-perX e AMD, estão de olho em jogadores brasileiros. Estima-se o Brasil será um dos maiores mercados da América Latina. Tal desta-que levou a decisão da pri-meira etapa do Campeona-to Brasileiro de League of Legends ser transmitida nos cinemas, com premiação de 60 mil dólares.

Com um aumento de 42% na venda de jogos para dispositivos mó-

veis este ano, empresas de-senvolvedoras de jogos para consoles como a Eletronic Arts, Blizzard Entertainment, Inc. e Ubisoft estão mostran-do que ainda há muito espa-ço para lucrar.Atualmente, é inegável afir-mar que os consoles são os principais responsáveis pela receita gerada com jogos, se-guido pelos de computado-res. De olho nesse lucro, a Ninten-do, que se negava a produzir jogos para a plataforma mobi-le, anunciou sua entrada nes-te mercado. A Atari, primeira gigante dos videogames, que quase deixou de existir de-pois do crash de 83, também busca se reerguer apostando nesse mercado, produzindo games voltados para o públi-co LGBT e jogos de aposta on-line.

Cristine Cassiano

Star Wars Rebels: Missions e Star Wars: Comman-der são as apostas

em destaque da plataforma móbile da Walt Disney Com-pany.A Rovio Entertainment Ltd com Angry Birds Star Wars também investiu na fran-quia e combina elementos de quebra-cabeça já conhe-cidos em outros títulos de Angry Birds. Mas, sem dú-vidas, o título mais espera-do é Star Wars: Battlefront com lançamento previsto para 17 novembro de 2015, cerca de um mês antes do lançamento do novo filme. O jogo está com disponibi-lidade confirmada para PS4, Xbox One e PC.

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Das Telas para as estantes

Doctor Who é a série mais antiga da televisão. Lan-çada em 1963 pelo canal britânico BBC, completou em 2015, 51 anos, soman-

do 34 temporadas, que podem ser divididas entre a série Clássica (produzida entre 1963 a 1989) e a mais recente, chamada de New Doctor (de 2005 até agora). Além do sucesso mundial no formato de série, a série também tem adapta-ções para a literatura. Os livros surgiram como adapta-ções do que era exibido na tele-visão, afinal, na época ainda não existiam aparelhos de reprodução de vídeo caseiro acessíveis. TARGET: A Target Books lançou entre 1973 e 1991 quase todos os arcos da série clássica adaptados em livros. Além desses, roteiros que acabaram não sendo produzi-dos também foram transformados em livros e lançados.Missing Adventures: Era a série que pode ser considerada anterior à Past Doctor Adventures, e foi publicada à mesma época da New Adventures também pela Virgin Publishing. Seus 33 livros seguem estórias dos 6 primeiros Doctors. Past Doctor Adventures: Foi uma série publicada também pela BBC

entre 1997 e 2005, pode ser con-siderada uma continuação da Mis-sing Adventures. PDA conta com aventuras dos 7 Doctors da série clássica, sendo publicada à mes-ma época da Eight Doctor Adven-tures. Eight Doctor Adventures: Foi uma série publicada pela BBC Books entre 1997 e 2005 encerrada após a criação da New Series Adventu-res totalizando 73 livros, além da adaptação do roteiro do filme de 1996. Essa série surgiu após o fim do contrato entre a BBC e a Virgin Publishing, com o 7º Doctor, sen-do seu último livro uma história do 8º. New Series Adventures: São os li-vros com os Doctors da série atu-al, o 9º, o 10º e o 11º, publicados pela BBC Books, possui 42 livros além dos “Quickreads”, que são li-vros com histórias menores. Doctor Who - 12 Doutores, 12 histórias: Publicado em 2014, o li-vro é uma coletânea de histórias inéditas assinadas pelos maiores nomes da literatura fantástica da atualidade, como Eoin Colfer, Mi-chael Scott, Philip Reeve, Holly Black e Neil Gaiman. Publicadas individualmente em e-book, as histórias foram reunidas em livro pelo selo Fantástica.

Thainá Dayube

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67 episódios.Apesar de parecer somente um seriado sobre zumbis, fica claro no decorrer dos acontecimentos que o tema principal é a convivência do grupo de sobreviventes. Ao contrário de outras produções pós-apocalípticas, como os filmes de George A. Romero; o drama se desenvolve nos conflitos das personagens com outros sobreviventes que não fazem parte de seu grupo. Devido à competente mescla de estilos, The Walking Dead conseguiu atingir um público diversificado, inclusive em ou-tras mídias como os jogos de vídeo ga-mes. Já foram lançados jogos para as plataformas de Xbox 360, Playstation 3, Android, IOS, PC, Playstation Vita, Xbox One e Playstation 4. O primeiro game, e também o de maior sucesso foi inspira-do nos quadrinhos: The Walking Dead: The Game foi lançado em 24 de abril de 2012, e se passa após o início do apo-calipse zumbi. Os personagens foram criados exclusivamente para o jogo. Por outro lado, The Walking Dead: Survival Instinct foi baseado na série da AMC, os protagonistas são os irmãos Daryl e Mer-le Dixon. Mas diferente do anterior, ele teve uma recepção ruim, tanto de públi-co quanto de crítica.Foram lançados cinco livros do universo expandido da série nos Estados unidos, todos voltados para a saga do Governa-dor, antagonista que aparece pela pri-meira vez na terceira temporada da série televisiva. No Brasil, já foram lançados seis volumes pela Editora Record, um deles trata de The Walking Dead e a filo-sofia, discutindo as questões filosóficas presentes na série.

O seriado de televisão The Wa-lking Dead completou sua quinta temporada no dia 29 de março de 2015. A série

adaptada dos quadrinhos teve a sexta temporada confirmada pelo canal AMC, além de ser considerada um sucesso de audiência, tendo alcançado 17,29 mi-lhões de espectadores no episódio de estreia da quinta temporada, segundo o site da série. Esse ano, ganhará um spin-off chamado Fear The Walking Dead ambientado no mesmo universo, com duas temporadas garantidas pela emis-sora norte-americana.Fruto da adaptação das revistas em qua-drinhos de mesmo nome, com autoria de Robert Kirkman, The Walking Dead é uma mescla de drama, terror e suspense. O protagonista, tanto da série de quadri-nhos quanto da TV é Rick Grimes, vice xerife de uma cidadezinha do estado da Geórgia, EUA. Após acordar de um coma, Rick se vê em um mundo pós-apocalípti-cos, dominado por zumbis. A trama é so-bre o ex-policial em busca por sua famí-lia no caos que o mundo se transformou, e de algum modo de sobrevivência em meio aos mortos-vivos.O desenvolvimento do seriado ficou por conta do produtor e diretor Frank Da-rabont; responsável por filmes de su-cesso, como A Espera de Um Milagre e Um sonho de Liberdade. O autor Robert Kirkman também faz parte do desenvol-vimento, sendo creditado como produ-tor executivo. O piloto da série foi exibi-do no dia 31 de outubro de 2010, dia das bruxas e a primeira temporada teve me-nos da metade de episódios das demais temporadas. Ao todo já foram exibidos

Sucesso em qualquer formato de mídiaLídio Gabriel

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Star warso dia 18 de dezembro de 2015 provavelmente

é o dia mais esperado por nerds ao redor do mundo inteiro até às galáxias mais distantes. A data marca o lançamento do episódio VII da saga Star Wars, que se passa cerca de 30 anos

depois do fim de O Retorno de Jedi. O filme conta com direção de J.J.Abrams e a volta de John Williams na trilha sonora. Além de novos personagens que serão apresentados, o longa contará com a participação do elenco clássico, um dos maiores fatores para a espera dos fãs. Em novembro de 2014 foi libe-rado o primeiro teaser de O despertar da Força, onde foram mostrados: stormtroopers com suas novas armaduras, o novo droide (batizado de BB8), um sabre Sith de três pontas e ainda a famosa Millenium Falcom em manobras em plena batalha. O segundo só foi lançado em abril deste ano, no evento Star Wars Celebration, deixando os fãs ainda mais ansiosos pelo filme. Analisando o segundo teaser- Resquícios de uma guerraO trailer começa ao som da melodia da Força, com uma pa-norâmica mostrando um planeta desértico, com uma Star Destroyer e uma X-Wing caídas. O planeta é Jakku, que mui-tos acreditavam ser Tatooine. É importante reparar que o es-pectador está diante dos modelos antigos das espaçonaves, e não daqueles novos que se vê em ação nos dois teasers. O que pode se extrair disso? Que a Batalha de Endor não significou o fim do Império – combates posteriores aconteceram e esses destroços comprovam isso. Mas, se abre uma dúvida: as for-ças imperiais foram comandadas por um novo líder? Estaria J. J. Abrams, sutilmente, canonizando uma das peças chaves do universo expandido Herdeiro do Império? Grande especula-ção, mas que não deixa de ser interessante, mesmo diante do descarte da Disney em relação a esse material. - O capacete do Lorde SithA máscara queimada do Vader! Retorcida e com um formato que mais lembra um crânio. Mas, saindo do óbvio, vale ob-servar o pedestal negro e a sala escura ao redor, será que a máscara do ex-Lord Sith foi obtida por algum seguidor do lado negro da Força? - Luke e R2D2Ao que o trecho indica, Luke está vivendo em solidão. A mão biônica que aparece quando ele a coloca no R2D2 pode ser, de fato, o que sobrou após a pele sintética ter sido desgastada. A sujeira em seu robô pode corroborar isso – já que a vivência nos palácios da nova República deixaria ele melhor cuidado, não? E o que está queimando a sua frente? Será uma das várias

Thainá Dayube

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Star warsperdas que irá se presenciar nessa nova trilogia?- Leia e o alien desconhecidoSerá que a jovem Skywalker aprendeu os caminhos da Força e deu continuidade ao legado da sua família? Convenhamos que seria um grande desperdício ela não enveredar por esses lados, já que é tão difícil encontrar jovens sensitivos para serem trei-nados, isso sem levar em consideração a teoria de que o Luke se exilou como o Yoda fez antes dele.- Kylo Ren Foi enfim revelado o “rosto” do Kylo Ren. Quem já jogou Kni-ghts of the Old Republic automaticamente se lembrará do Dar-th Revan. É interessante reparar que além do sabre de luz, Ren usa abertamente a Força em combate ao lado das tropas, algo que não se vê na trilogia clássica. Sua posição parece de um líder, será ele o Herdeiro do Império?- Em casa“Chewie, we’re home...” Com certeza o ponto alto dos dois mi-nutos de teaser. Essa cena com a dupla mais épica das galáxias foi pra mexer com todos os fãs da saga. Han Solo e Chewbacca voltam à Millenium Falcom e pelo visto, outra pessoa está pi-lotando a nave. Será que a dupla esteve longe de casa durante muito tempo?ExpectativasDesde que foi anunciada uma nova trilogia para a saga os fãs entraram em completa agitação, com os lançamentos dos te-asers então, nem se fala. Teorias (como as que discuti acima) e muita ansiedade fazem parte da espera pelo episódio VII de Star Wars. Para Murilo Lobo, fã dos filmes e também do uni-verso expandido, a produção vai dar certo, mesmo sem partici-pação do George Lucas na produção. “Eu acho que vai ser um filme que vai dar certo porque já vem sendo esperado há muito tempo”, afirma. Gustavo Moreira espera que o nível da história seja mantido e “que os avanços da tecnologia favoreçam ainda mais a produção”. Mas, mesmo com muita espera e expectati-vas positivas, pode-se encontrar fãs da saga que não vêem essa continuação com bons olhos, é o caso de Rodrigo Valverde, que acha que essa nova trilogia anunciada pela Disney “é um caça-níquel, que quer tentar reconstruir toda a magia que existe em torno dos seis filmes”. Daqui até o lançamento do longa provavelmente pelo menos mais um teaser será liberado e muitas opiniões e teorias surgi-rão. Assim, o que resta para os fãs é a espera e acima de tudo, a confiança na Força para que tudo dê certo e que todas as suas expectativas em torno do novo filme não sejam em vão.

O gênero ficção científica existe desde o começo do cinema. Inicialmente vinda da literatura, a ficção cien-

tífica sempre fascinou os cineastas. Os primeiros filmes a serem produzidos, foram adaptações de livros de autores como H. G. Well, Mary Shelley e Julio Verne. A grande barreira que a ficção científica enfrentou no início foi a for-ma de transmitir a história visualmen-te, já que os efeitos visuais não eram tão grandes e difundidos como hoje.

O primeiro filme de ficção cientifica, Viagem à Lua (1902) de George Méliès, narra a história de um grupo de cin-co astrônomos que viajam à lua numa cápsula, lá eles são capturados por uma raça extraterrestre. Baseado no livro de Júlio Verne Da Terra à Lua, 1865, que também serviu de base para outro fil-me americano com o mesmo nome de 1958. O filme de Meliès é famoso por inovar nas técnicas cinematográficas de sobreposição e fusão de imagens.

Guerra dos Mundos, de 1953, foi inspirado no livro homônimo de H. G. Wells que conta a história de uma inva-são alienígena na Terra. Os marcianos usavam poderosas máquinas de guerra, que lançavam raios mortais e se deslo-cavam sobre longas pernas metálicas. O filme teve um remake em 2005 sobre a direção de Steven Spielberg, com Tom Cruise como protagonista.

O livro A Última Esperança da Terra de Richard Matheson foi o precursor do subgênero de zumbis, tendo três adap-tações para a telona. A primeira foi em 1964, chamada Mortos Que Matam, es-trelado por Vincent Price. O roteiro do filme foi escrito pelo próprio autor do livro. A trama gira em torno do único

homem imune a uma bactéria que as-solou o planeta inteiro, transformando toda a população em mortos vivos que vagam à noite. Em 1971, Charlton Hes-ton se interessou pela história e produ-ziu o filme A última esperança da Terra. Will Smith protagonizou outra adapta-ção em 2007 com o nome Eu Sou a Len-da, o filme também conta com a parti-cipação da atriz brasileira Alice Braga.

A nova era do gêneroEm 1968, estreou o filme conside-

rado por muitos, o divisor de águas da ficção científica, 2001, Uma Odisseia No Espaço, de Stanley Kubrick. O filme foi corroteirizado pelo próprio diretor e pelo autor de ficção científica Arthur C. Clarke. Hoje, o longa é considerado um dos melhores filmes já feitos na his-tória do cinema, mas na época de sua estreia ele obteve uma crítica bem di-vidida. Visto por alguns como um filme com um nível de complexidade muito grande, para o professor de Cinema e Audiovisual da UFRB Adriano Oliveira, não é bem assim “não é um filme difícil, é até bastante simples. Mas ele é mais como música, é muito mais para sentir do que procurar extrair significado”. Vi-sualmente perfeito, a história do filme tem como objeto principal um monó-lito, que parece presenciar os momen-tos chave de evolução da humanidade.

Em 1977, George Lucas roteirizou e dirigiu Guerra nas Estrelas, que mais tarde passou a ser chamado de Star Wars Episódio IV: Uma Nova Esperan-ça. No começo era incerto o sucesso do filme, mas a história e principalmente os personagens conquistaram o públi-co. Darth Vader, Yoda, Luke Skywalker, Princesa Léia, Han Solo, Chewbacca, R2-D2, C3-PO fazem parte da cultura pop mundial e também da vida de mui-

Ficção científica

Lídio Gabriel

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tas pessoas. A franquia ganhou outros cinco filmes, séries animadas, revistas em quadrinhos, action figures, livros, e esse ano ganhará outro longa, Star Wars Episódio VII: O Despertar da For-ça.

Em 1982, Ridley Scott adaptou a pri-meira das várias obras de Phillip K Dick para o cinema. Blade Runner foi base-ado no livro Androides Sonham Com Ovelhas Elétricas? e apesar de ter sido um fracasso de bilheteria, mais tarde tornou-se um dos fenômenos das loca-doras de VHS, sendo reconhecido hoje como um filme cult. A trama se passa em 2019, Rick Deckard, o protagonista, é um blade runner, caçador de repli-cantes fugitivos – esses são seres cria-dos por meio de bioengenharia, feitos iguais aos humanos. Um grupo de repli-cantes foge para encontrar seu criador, para que ele lhe conceda mais tempo de vida, já que por lei, os replicantes vi-vem no máximo quatro anos, e Deckard é convocado para prendê-los. O filme consegue ser bem-sucedido em vários detalhes, nas concepções visuais, nos cenários, na discussão filosófica e se-gundo Adriano Oliveira, na mistura de gênero, já que é um filme essencial-mente Noir, mas se ambienta no futuro.

Sucesso de bilheteiria A década de noventa apresentou

alguns bons filmes, como 12 Macacos de Terry Gilliam, Gattaca de Andrew Niccol, Armagedon com Bruce Willis e Independence day com Will Smith. No entanto, o destaque foi o primeiro fil-me da franquia Jurassic Park, dirigida por Steven Spielberg. A história que cativou milhões de espectadores nas continuações ao longo das décadas, foi adaptada do livro de 1990 do autor Mi-chael Crichton. A trama se desenvolve num parque de diversões povoado por dinossauros recriados através de enge-nharia genética. Neste ano, a franquia ganha mais um filme, Jurassic World com lançamento marcado para 11 de julho no Brasil.

Um dos grandes filmes do século 20 é o inovador Matrix, dirigido pelos ir-mãos Andy e Lana Wachowski. Lançado

em 1999, o filme teve boa recepção de público e crítica. Com fortes influên-cias de animes japoneses e literatura cyberpunk, Matrix traz uma nova pers-pectiva sobre um mundo pós-apoca-líptico dominado pelas máquinas. Na história, o hacker Thomas “Neo” An-derson conhece Morpheus; um miste-rioso homem procurado pelo governo, e é despertado por ele para o mundo real: toda a humanidade vive em uma ilusão compartilhada chamada Matrix, com seus corpos adormecidos em ca-sulos usados para gerar energia para a sobrevivência das máquinas. Após Ma-trix, muitos anos se passaram sem um filme de ficção científica que fosse um grande sucesso de bilheteria, mesmo com as sequências Matrix Reload e Ma-trix Revolution.

Em 2009, James Cameron lançou Avatar, que segundo o próprio diretor começou a ser trabalhado em 1994, mas por causa da tecnologia precária da época, resolveu esperar até que o filme pudesse ser produzido da forma que ele queria. Se passando no ano de 2154, a história é ambientada em Pan-dora, uma das luas de um planeta dis-tante. Os humanos estão em Pandora explorando um minério precioso, mas para isso tem que confrontar a espécie nativa, os Na’vi. Convocado para o lugar de seu irmão morto, Jake Sully, um ex-fuzileiro paraplégico, tem que controlar um corpo geneticamente criado de um Na’vi e aprender tudo que puder sobre essa raça.

Adriano Oliveira afirma que na histó-ria do cinema, a ficção científica nunca teve um papel muito comercial, “via e vê no cinema, quem gosta mesmo do gênero”. No entanto, atualmente o ce-nário está em transformação, a ficção científica vai ganhando mais espaço nas grandes bilheterias. Avatar já é a maior bilheteria do cinema, e outros filmes como A Origem, Gravidade e Intereste-lar tiveram sucesso com o público. Al-guns outros filmes também são muito esperados, como é o caso dos próprios Jurassic World e Star Wars Episódio VII.

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Escrito por J. R. R. Tolkien e publi-cado em 1937, O Hobbit conta a história de Bilbo Bolseiro e seus companheiros numa jornada em

busca do tesouro guardado sob a Mon-tanha Solitária e protegido pelo dragão Smaug. Ganhando adaptação para os ci-nemas sob a direção de Peter Jackson (o mesmo diretor da trilogia Senhor dos Anéis) levanta várias discussões sobre sua qualidade, já que o livro possui apenas 300 páginas e o diretor decidiu dividir a história em 3 filmes, fazendo com que os longas não sejam tão fiéis à obra original. Claro, Tolkien escreveu muito sobre a Ter-ra Média ao longo de sua vida, por esse motivo, o diretor Peter Jackson aprovei-tou vários apêndices para complementar a trama de sua trilogia. O último filme foi lançado em dezembro de 2014, veja as di-ferenças entre a trilogia de Peter Jackson e o livro de Tolkien:RadagastA mago castanho só existiu para o filme. Ele é até citado nos apêndices do autor, mas não tem participação na história de O Hobbit.Sauron x NecromanteQuando Tolkien escreveu O Hobbit, a his-tória de O Senhor dos Anéis nem passava por sua cabeça e, portanto, Sauron ainda não existia. Mas o Necromante, citado em O Hobbit, lhe deu a ideia de Sauron, desenvolvido em O Senhor dos Anéis. Ou seja, acabaram se tornando o mesmo per-sonagem. Para aproximar ainda mais a

nova trilogia de filmes com a trilogia Se-nhor dos Anéis, Peter Jackson explicita a verdadeira identidade do Necromante. As cenas em Dol Guldur não existem no livro, apesar de haver a menção que Gandalf precisou ir para lá no meio da aventura com os anões.O anelSe Sauron ainda não existia em O Hobbit, seu anel muito menos. O anel do livro é simplesmente um anel mágico qualquer que dá poder de invisibilidade a Bilbo, mas nada além disso. Só posteriormen-te Tolkien decidiu que aquele seria o Um Anel – para explicar o porquê de Bilbo não ter sentido o efeito da joia na época, o es-critor disse, “Sauron estava enfraquecido, ainda tentando reunir forças”.AzogAzog, o orc albino do filme, inimigo de Thorin, até existiu no livro e foi um inimi-go ameaçador. Entretanto, morreu muito antes dos eventos do longa, na batalha em Moria que deu ao anão a alcunha de Escu-do de Carvalho. No livro, durante a Bata-lha dos Cinco Exércitos, surge o orc Bolg, filho de Azog, mas ele não tem a mesma importância que deram ao seu pai na tri-logia.Os elfosPraticamente todas as cenas dos elfos nos filmes (exceto a passagem pela Valfenda) foram inventadas – no livro, mal aparecem. Mas devido a popularidade deles entre o público de O Senhor dos Anéis, é compre-ensível que Peter Jackson tenha aumenta-

do sua participação. Galadriel certamente ainda não tinha sido criada por Tolkien na época do livro, portanto suas cenas foram acrescidas; as cenas na Floresta das Trevas e a morada élfica, assim como a fuga nos barris, foram retiradas do livro, mas elas são superficiais na obra original, além de rápidas. Portanto, no livro não temos nada da personalidade de Thranduil, que nem nome tem, é chamado somente de Rei dos Elfos; nada de Tauriel e seu triângulo amo-roso e nada de Legolas. O querido elfo de fato é filho de Thranduil, mas assim como Sauron e Galadriel, ele ainda não existia na mente de Tolkien.A batalha e as mortesBasicamente todo o terceiro filme da tri-logia de Jackson não existe no livro, isso porque apesar da batalha efetivamente ter ocorrido, ela não é narrada. Bilbo é o nosso narrador e ele perde os sentidos no meio da luta, acordando somente após ela ter terminado. Posteriormente, por relatos de outros, ficamos sabendo vaga-mente como ocorreu a batalha e como se dá a morte de alguns personagens: Thorin fica com o corpo atravessado por lanças manuseadas pelos orcs e é resgatado por Beorn, mas não resiste aos ferimentos. No filme, Jackson fez algo mais grandioso, fazendo o Rei Sob a Montanha enfrentar seu arquinimigo Azog e perecerem um pela mão do outro. As mortes de Fili e Kili são somente citadas, dizendo apenas que tombaram ao tentar defender Thorin, mas sem detalhes.

Thainá Dayube

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Serie maniacosO

s chamados “série-maníacos” são uma tribo contemporânea que vem ganhando destaque na internet nos últimos anos.

Tradução livre do inglês “series addicted”, o termo se aplica a quem assiste inúmeras séries de TV, muitas vezes de forma com-pulsiva e, em casos extremos, chegam a colecionar inúmeros itens relacionados aos programas de TV preferidos.A realidade econômica hoje do mundo das séries é que há muito dinheiro envol-vido. Não só na produção das séries, mas também no mercado de produtos feitos especialmente para os consumidores dos programas de TV que querem eternizar sua série preferida de alguma forma. O Jornal do Império reuniu alguns colabo-radores do Box de Séries, site sobre séries e cultura audiovisual pop, para falar sobre o vício de séries e tudo o que está inclu-so no pacote. São eles: Bruna Cezário, 23 anos e 47 séries; Pollyana Barreto, 26 anos e 18 séries; Catarina Barbosa, 20 anos e 16 séries; Carol Vidal, 27 anos e 15 séries; Guilherme Almeida, 20 anos e 28 séries e Antônio Neto, 26 anos e 11 séries.No início do bate-papo, quando pergun-tados sobre a quantidade de séries que assistem, a resposta veio acompanhada, quase unanimemente, de declarações de atraso nos episódios. E isso é uma das ca-racterísticas apontadas como inerente a todo série-maníaco: não conseguir conci-liar o tempo e a quantidade de episódios para ver. “Atualmente assisto 16, mas já cheguei a assistir 25. Estou reduzindo o número por falta de tempo”, declara Ca-tarina. O começo da vida de série-maníaco dos entrevistados se deu da mesma forma: na adolescência, com a descoberta de alguma série marcante o suficiente para abrir os olhos para um novo horizonte. “As minhas primeiras séries eu comecei a ver por causa de alguém, para ter sobre

o que conversar, mas aí eu caí de amores e fui descobrindo outras e mais outras e quando vi cheguei a ter 37 séries ativas na grade, vinte e três na geladeira, e via cerca de 50 episódios por semana”, afirma Gui-lherme. Quando perguntados sobre considerarem-se série-maníacos, as respostas variaram. Catarina se declarou não só série-manía-ca, mas também fangirl e shipper. Bruna vem com um argumento formado: “Mes-mo não assistindo alguns dos grandes no-mes das séries que muita gente assiste me considero sim. Não por ter 47 séries na grade, mas sim porque eu me envolvo com a maioria das que assisto; pesquiso sempre sobre as séries que vão lançar. (...) Acho que adquiri um senso mais crítico, não saio adicionando qualquer coisa na grade, consigo diferenciar a densidade dos textos, mesmo em séries mais lentas que tem gente que não tem paciência para as-sistir, mas se prestar atenção os diálogos são sensacionais... E sei de uma coisa ou outra de algumas séries que não assisto, mas que se alguém me perguntar se é boa ou não eu tenho base para responder. Ti-rando que passo 24 horas falando disso”.Carol levanta um ponto que considera im-portante: “Eu sou fã de séries e me divirto muito assistindo. Mas vejo muitas pessoas que assistem a qualquer coisa só para di-zer que conhece. Eu, ao contrário, assisto ao que realmente me interessa, não im-portando se a série A ou B faz um enorme sucesso e todo mundo comenta. Por isso, não me considero 100% uma série-manía-ca. Eu ainda tenho vida social! (risos)”. O mercado que surgiu a partir das séries é bastante vasto e cheio de segmentos, vai de brinquedos a roupas, jogos, cane-cas, uniformes, fantasias, entre outros e movimenta muito dinheiro. Para um sé-rie-maníaco, ter os boxes das temporadas de suas séries favoritas é um desejo co-mum, mesmo que os preços sejam eleva-

dos. “Sou apaixonada por essa ideia. Mas infelizmente no Brasil, o acesso aos boxes completos de seriados ainda é muito caro, dificultando minhas aquisições”, comenta Pollyana. Guilherme acha que o mais importante é a experiência, que no fim das contas os itens colecionáveis são a representação do que a pessoa sentiu ao assistir aquela série. Neto diz que o mercado é maravi-lhoso para quem é fanático, o que não é seu caso e que o máximo que ele colecio-na são músicas. “Como curto programas musicais, acabo colocando muitas versões que ouço nas minhas playlists da vida”. A pirataria é a forma mais comum de se ter acesso aos episódios imediatamente após serem exibidos em seus países de origem, e quase todos os série-maníacos acabam utilizando-se do recurso ilegal para se manter em dia com suas séries. “Hoje em dia 10 minutos depois que o episódio passou dos E.U.A já tem dispo-nível para download”, afirma Bruna. “Ter a Netflix já é um adianto de vida, mas de qualquer forma eles não liberam o episó-dio logo em seguida, se eu tivesse a op-ção de assistir minhas séries favoritas na Netflix nos 10 minutos depois que acabou de passar o episódio, com toda certeza eu não faria download”. Seu ponto de vista não acaba aí, e ela prossegue: “Os stre-amings poderiam virar algo oficial das emissoras, se elas liberarem para que o mundo inteiro pudesse assistir, em ótima qualidade e ainda de alguma forma con-tasse com a nossa audiência. (...) Acredito que se houvesse essas duas opções, tan-to Netflix liberando o episódio depois que transmite nos E.U.A ou até um dia depois como fazem com The Returned e as gran-des emissoras começassem a transmitir mundialmente suas séries não teria tanto motivo para pirataria. Claro que ela sem-pre vai existir, mas acredito que seria em número menor”.

Uanderson Lima

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A crise criativa dos roteiristas de Hollywood abriu ainda mais espaço para as adaptações cinematográficas de quadrinhos de super-heróis. A Mar-vel e a DC Comics estão aproveitando

essa brecha para expandir seus universos para as versões “carne e osso” de seus heróis e vilões.

Marvel nas TelonasAté o final da década, já existe uma progra-mação de filmes adaptados dos quadrinhos e a perspectiva é só aumentar, depois do suces-so de bilheteria que foram os dois filmes dos Vingadores e também a última adaptação do Homem-Aranha.Falando em Peter Parker, agora que o per-sonagem vai ser inserido no novo Universo Audiovisual da Marvel, haverá a inserção do personagem no terceiro filme do Capitão América (2016) e nas duas partes de Vinga-dores: Guerra Infinita (2018 e 2019).Depois do lançamento do segundo filme de Thor e Cia, Vingadores: A Era de Ultron, a Marvel tem programados ainda para esse ano o filme do Homem-Formiga, dia 16 de julho, e uma nova versão do Quarteto Fantástico, em agosto. Ainda existem poucos detalhes divul-gados sobre ambos os filmes, e o buzz sobre ambos ainda é baixo. Em fevereiro do ano que vem, será lançado o filme do Deadpool. O filme está sendo filma-do, mas não foi divulgado à imprensa a sinop-se oficial e o que se sabe é que está inserido na linha temporal dos filmes do universo X-men criado pela Fox. X-men Apocalypse, que vai mostrar vários dos

personagens do Universo X-men em suas for-mas adolescentes, estreia em maio de 2016. Em novembro lança Doutor Estranho e a his-tória do Sexteto Sinistro, vilões que já enfren-taram Peter Parker. 2017 começa em março, com Wolverine III, eternizado na pele de Hugh Jackman que já está escalado para a produção que ainda não tem sinopse ou roteiro prontos. Em maio Guardiões da Galáxia, voltam para seu segun-do filme. Julho tem Quarteto Fantástico 2 e Thor 3 que vai tratar sobre o Ragnarok, o apocalipse nór-dico. Dia 3 de novembro, o primeiro filme do Pantera Negra será lançado e até maio de 2018, com a primeira parte da terceira histó-ria dos Vingadores, a Marvel não terá filmes nos cinemas. Julho do mesmo ano vai ter a história da Capitã Marvel; o terceiro filme de “O Espetacular Homem-Aranha” e também Inumanos, em novembro. Para a Marvel, a década (por enquanto) acaba com a segunda parte de Vingadores: A Guerra Infinita agen-dado para Maio de 2019.

DC nas TelonasBatman vs. Superman, que será lançado em maro de 2016, começou a causar burburinho com a escolha de Bem Affleck para o Batman. O trailer divulgado no último mês de abril só aumentou o burburinho em cima do filme, crescendo as expectativas em cima dele. Batman vs. Superman também é o filme onde a Mulher Maravilha, Aquaman e Cyborg se-rão inseridos nesse novo universo, para en-tão ganharem seus filmes próprios em 2017, 2018 e 2020 respectivamente.

Outro filme rodeado de burburinhos da im-prensa é Esquadrão Suicida. A história dos vi-lões da DC só tem de confirmadas a data de estreia, 5 de agosto de 2016, Jared Leto como Coringa, Jesse Eisenberg reprisando o papel de Lex Luthor e Will Smith no elenco. Em 2017, a DC lançará o filme da Mulher Maravilha e também o primeiro live-action da Liga da Justiça. Em 2018 haverá filme do Flash, que já tem Ezra Miller confirmado no papel título, Flash. Jason Momoa, reprisará o papel de Batman vs. Superman no filme solo do Aquaman em julho do mesmo ano. Shazam terá seu filme próprio lançado em 5 de abril de 2019. Os últimos filmes da déca-da, para a DC, e que não contam com deta-lhes são A Liga da Justiça 2, Cyborg e Lanterna Verde lançados em 14 de junho de 2019, 3 de abril e 19 de junho de 2020, respectivamente.

Nas TelinhasA DC, na próxima fall season vai lançar mais uma série expansora do seu universo televisi-vo. Ainda sem nome, a série vai levar alguns personagens já presentes em suas séries em exibição para si e também vai apresentar os personagens como Mulher Gavião e Rip Hun-ter. Também na fall season, mas pela CBS a história da Supergirl vai ser contada, mesmo que não tenha empolgado fãs e críticos com o conteúdo divulgado. Aproveitando o sucesso que foi Daredevil, a Marvel vai continuar a parceria com a Netflix e está em processo de negociação para mais algumas séries. A única confirmada, estimada para 2018, é Defenders.

Uanderson Lima

Saiba quais herois vamos ver nas telonas ate 2020

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