REVISÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA TJMG … · CONCURSO PÚBLICO Nº 050/2016 - CONSULPLAN LÍNGUA...

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APROVARIUM APROVARIUM Curso Preparatório para Concursos Públicos www.aprovariumonline.com.br REVISÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA TJMG – EXERCÍCIOS COM PROVAS ANTERIORES CONCURSO PÚBLICO Nº 050/2016 - CONSULPLAN LÍNGUA PORTUGUESA As famílias da sociedade órfã A família transformou-se em bode expiatório das mazelas de nossa sociedade. Crianças se descontrolam, brigam, desobedecem? Jovens fazem algazarras, bebem em demasia, usam drogas ilegais, namoram escandalosamente em espaços públicos? Faltou educação de berço. Como é bom ter uma “Geni” para nela atirar todas as pedras, principalmente quando se tr ata dos mais novos. Até o Secretário Estadual da Educação de São Paulo, em um artigo de sua autoria, para defender sua tese de que estamos vivendo em uma “sociedade órfã”, inicia suas justificativas afirmando que “... a fragmentação da família, a perda de importância da figura paterna e também a materna a irrelevância da Igreja e da Escola em múltiplos ambientes geram um convívio amorfo”. As escolas também costumam agir assim: quando um aluno é considerado problemático e indisciplinado, ou apresenta um ritmo de aprendizagem diferente do esperado pela instituição, a família é chamada para resolver o “problema”. Vamos refletir sobre expressões usadas a respeito da família: “família fragmentada”, “família desestruturada”, “família disfuncional”, “família sem valores” e outras semelhantes. Não lhe parece, caro leitor, que tais expressões apontam na direção de que a família decidiu entornar o caldo da sociedade? Não é a família que está fragmentada: é a vida. Hoje, os tratamentos médicos, o conhecimento, as metodologias, as relações interpessoais, as escolas, o Estado etc. estão fragmentados. Mesmo não sendo a família um agente passivo nesse contexto, é salutar lembrar que ela se desenvolve conectada ao clima sociocultural em que vive. A família não está desestruturada ou disfuncional: ela passa por um período de transição, com sucessivas e intensas mudanças, o que provoca uma redefinição de papéis e funções. Esse processo está em andamento, o que nos permite falar, hoje, não em família, mas em famílias, no plural, já que há grande diversidade de desenhos, dinâmicas etc.

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REVISÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA TJMG –

EXERCÍCIOS COM PROVAS ANTERIORES

CONCURSO PÚBLICO Nº 050/2016 - CONSULPLAN

LÍNGUA PORTUGUESA

As famílias da sociedade órfã

A família transformou-se em bode expiatório das mazelas de nossa sociedade. Crianças se

descontrolam, brigam, desobedecem? Jovens fazem algazarras, bebem em demasia, usam drogas

ilegais, namoram escandalosamente em espaços públicos? Faltou educação de berço. Como é

bom ter uma “Geni” para nela atirar todas as pedras, principalmente quando se trata dos mais

novos.

Até o Secretário Estadual da Educação de São Paulo, em um artigo de sua autoria, para defender

sua tese de que estamos vivendo em uma “sociedade órfã”, inicia suas justificativas afirmando que

“... a fragmentação da família, a perda de importância da figura paterna – e também a materna – a

irrelevância da Igreja e da Escola em múltiplos ambientes geram um convívio amorfo”.

As escolas também costumam agir assim: quando um aluno é considerado problemático e

indisciplinado, ou apresenta um ritmo de aprendizagem diferente do esperado pela instituição, a

família é chamada para resolver o “problema”.

Vamos refletir sobre expressões usadas a respeito da família: “família fragmentada”, “família

desestruturada”, “família disfuncional”, “família sem valores” e outras semelhantes. Não lhe parece,

caro leitor, que tais expressões apontam na direção de que a família decidiu entornar o caldo da

sociedade?

Não é a família que está fragmentada: é a vida. Hoje, os tratamentos médicos, o conhecimento, as

metodologias, as relações interpessoais, as escolas, o Estado etc. estão fragmentados. Mesmo

não sendo a família um agente passivo nesse contexto, é salutar lembrar que ela se desenvolve

conectada ao clima sociocultural em que vive.

A família não está desestruturada ou disfuncional: ela passa por um período de transição, com

sucessivas e intensas mudanças, o que provoca uma redefinição de papéis e funções. Esse

processo está em andamento, o que nos permite falar, hoje, não em família, mas em famílias, no

plural, já que há grande diversidade de desenhos, dinâmicas etc.

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As famílias não estão sem valores: elas têm valores fortes, em sua maioria eleitos pelas prioridades

que a sociedade determina. O consumo é um deles: as famílias não decidiram consumir cada vez

mais, foi o sistema econômico que apontou esse valor para elas.

Há problemas com a escola, sim: ela tem ensinado sem educar devido, principalmente, à primazia

do conteúdo – que insisto em dizer que não é conhecimento –, às políticas públicas adotadas e à

ausência de outras, prioritárias. Por isso, a escola tem tido um papel irrelevante na formação dos

mais novos.

Há famílias em situações de risco e fragilidade? Há. A escola perdeu sua importância na

socialização de crianças e jovens? Sim. Mães e pais podem estar mais ocupados com suas vidas

do que com os filhos? Sim. Mas isso ocorre porque as ideologias socioculturais da juventude, do

sucesso e da instantaneidade ganharam grande relevância, e não há políticas públicas – de novo –

que busquem equilibrar tal contexto. E, mesmo assim, têm sido as famílias a instituição

protetora dos mais novos!

A sociedade não precisa, tampouco demanda, que o Estado exerça a função de babá, de pai ou

de mãe. Ela necessita que o Estado reconheça, na prática, que as famílias e a escola dependem

de ações públicas de apoio ao seu pleno desenvolvimento e que garantam os seus direitos.

(Rosely Saião)

01

O assunto principal do texto é:

A) A modernidade da educação familiar.

B) A desvalorização dos costumes familiares.

C) A responsabilidade da família em relação à educação.

D) As deficiências encontradas em vários setores sociais.

E) Hoje a família é o reflexo das mazelas da sociedade na qual está inserida.

02

De acordo com o contexto empregado, assinale a alternativa que apresenta o significado correto do

termo sublinhado.

A) “... principalmente, à primazia do conteúdo...” (8º§) – inferioridade.

B) “... a irrelevância da Igreja e da Escola em múltiplos ambientes geram um convívio amorfo.” (2º§)

– uniforme.

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C) “... é salutar lembrar que ela se desenvolve conectada ao clima sociocultural em que vive.” (5º§)

– prejudicial.

D) “... quando um aluno é considerado problemático e indisciplinado, ou apresenta um ritmo de

aprendizagem diferente...” (3º§) – acatado.

E) “... Mas isso ocorre porque as ideologias socioculturais da juventude, do sucesso e da

instantaneidade ganharam grande relevância,...” (9º§) – momentaneidade.

03

Assinale a alternativa em que o termo, ou trecho sublinhado, apresenta uma função sintática

DIFERENTE das demais.

A) “... elas têm valores fortes,...” (7º§)

B) “... e que garantam os seus direitos.” (10º§)

C) “A escola perdeu sua importância na socialização de crianças e jovens?” (9º§)

D) “E, mesmo assim, têm sido as famílias a instituição protetora dos mais novos!” (9º§)

E) “... as ideologias socioculturais da juventude, do sucesso e da instantaneidade ganharam grande

relevância,...” (9º§)

04

“Não lhe parece, caro leitor, que tais expressões apontam na direção de que a família decidiu

entornar o caldo da sociedade?” (4º§)

O trecho sublinhado apresenta-se entre vírgulas porque trata-se de

A) um vocativo.

B) uma enumeração.

C) uma expressão explicativa.

D) um adjunto adverbial deslocado.

E) elementos coordenados assindéticos.

05

“Há famílias em situações de risco e fragilidade?” (9º§) A concordância do verbo haver foi

corretamente empregada no trecho em evidência. Assinale a alternativa em que a concordância em

relação ao mesmo verbo está INCORRETA.

A) Houve muitas acusações às famílias.

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B) Na reunião escolar haviam muitas famílias.

C) Na competição entre família e escola não há titulares.

D) As famílias e o estado se houveram bem durante a reunião.

E) O estado e a escola já haviam se manifestado em relação às famílias.

CONCURSO PÚBLICO Nº 001/2016 – CONSULPLAN

LÍNGUA PORTUGUESA

O tempo da delicadeza

A paixão terminou, o amor é uma lembrança irresgatável, mas ainda há tanta presença e ternura...

Abraços podem durar um tempo enorme. A gente se inclina na direção do outro, cheio de

sentimentos conturbados, e ele nos segura com força, como se tentasse comunicar alguma coisa.

É possível sentir um coração batendo contra o outro, perceber no peito a outra respiração. Tantas

coisas estão contidas nesse gesto, tanta ternura, tanta dúvida. Amor. Quando o abraço se desfaz,

fica um sorriso indeciso, uma expressão incompleta nos olhos, o movimento de um corpo que se

afasta e parece dizer adeus.

Como todo mundo, tenho sentimentos ambivalentes sobre relacionamentos que acabam. São

momentos tristes, terrivelmente tristes. Mas, ao fim e ao cabo, inevitáveis. A gente não pode passar

a vida preso a coisas que já não respiram. Mesmo cheios de dúvidas e ainda repletos de carinho,

em algum momento é preciso romper, andar, recomeçar. O abraço que não quer terminar é lindo,

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mas abre uma porta para lugar nenhum. É necessário sair dele para ser de novo uma pessoa

inteira – e ter a chance, adiante, de estar inteiro em outro abraço.

Esses momentos de ruptura são essenciais em nossa vida. As separações, assim como os

encontros, nos definem – inclusive por que costumam levar um tempo enorme. A gente passa um

ano juntos, apaixonados, e podemos levar o dobro nos separando de verdade, fazendo a ruptura

das almas. Separar dois corpos é fácil, mas como se faz para tirar o outro de dentro de si?

Com todos os problemas e dificuldades, gosto de pensar nesse período de sentimentos estendidos

como o tempo da delicadeza. (Obrigado, Chico Buarque, por esta e tantas outras coisas.) A paixão

terminou, o amor é uma lembrança irresgatável, mas ainda há presença e ternura. Enormes. A

raiva ficou para trás. A frustração gastou-se. O ciúme raspa as unhas nas paredes do porão, lá

embaixo, mas a cada dia incomoda menos. Os sentimentos dolorosos – quase todos – deram lugar

a uma sensação agridoce de cumplicidade. Ainda não é possível desejar que ela ou ele seja feliz

em outra companhia, mas esse dia chegará, um dia.

Acredito – enfim – que é possível deixar de amar amando. O afastamento pode ser feito com ódio,

mas fica uma ferida imensa, dura de cicatrizar. Podemos cortar as pontes repentinamente, com

medo de um sofrimento duradouro, mas isso vai nos assombrar no futuro, na hora de amar de

novo. Enfim, há diferentes maneiras de deixar de amar. Eu acho possível – e louvável – sair da

intimidade do outro com um sorriso nos lábios e lágrimas nos olhos. Sair, mas ficar feliz em vê-lo,

contente de ouvi-la, ainda ter vontade de contar a essa pessoa que nos conhece tão bem tudo que

aconteceu na semana passada, mas escolhendo não contar – por pudor, e porque, afinal, já não

cabe.

Sou capaz de antecipar o olhar de descrédito do leitor e da leitora. Não é assim que funciona, ele

ou ela dirá. Se os sentimentos são bons, as pessoas não se separam. Mas isso não é verdade. As

pessoas rompem cheias de bons sentimentos, transbordando deles, a ponto de não saber o que

fazer com tudo aquilo. Exceto as exceções, exceto os traumas e barbaridades, a gente não deixa

de querer de uma hora para outra. A paixão acaba, é certo. O amor, aquele de querer ficar colado

para sempre, também acaba. Mas há sentimentos lindos que ainda ligam ex-casais. Tão lindos que

entalam na garganta, que temos vontade de abraçar e não largar. Lembra?

Pois então, respeitemos os nossos sentimentos delicados. As relações terminam, mas isso não é o

fim dos afetos. Não há que ter vergonha de gostar da ex que você mesmo deixou, não há problema

em pensar com carinho (e sem raiva) naquele desgraçado que não quis continuar. Dentro de nós

há tanta coisa ruim que não deveríamos resistir quando se manifesta uma doçura. Melhor abraçá-la

bem forte, acolhê-la como um amor que estivesse de volta. Apenas para uma visita, mas, ainda

assim, bem-vindo.

(Ivan Lins. Disponível em: http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/ivan-martins/noticia/2016/06/o-

tempo-da-delicadeza.html.)

01

No primeiro parágrafo o autor fala sobre o abraço para

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A) introduzir o assunto principal do texto.

B) descrever o momento da descoberta do amor.

C) exprimir o sentimento de duas pessoas que se amam.

D) descrever a sensação de sentir-se abraçado por outra pessoa.

02

“Mas, ao fim e ao cabo, inevitáveis.” (2º§) A expressão sublinhada pode ser substituída, sem

alteração de sentido, por:

A) Por fim..

B) Por isso.

C) Posteriormente

D) Consequentemente.

03

Quanto aos termos sublinhados a seguir, assinale a alternativa em que o referente está indicado

INCORRETAMENTE.

A) “Não é assim que funciona, ele ou ela dirá.” (6º§) / leitora

B) “... mas isso vai nos assombrar no futuro, na hora de amar de novo.” (5º§) / cortar as pontes

C) “Melhor abraçá-la bem forte, acolhê-la como um amor que estivesse de volta.” (7º§) / Ex que

você mesmo deixou

D) “A gente se inclina na direção do outro, cheio de sentimentos conturbados, e ele nos segura

com força, como se tentasse comunicar alguma coisa.” (1º§) / outro

04

“Mesmo cheios de dúvidas e ainda repletos de carinho, em algum momento é preciso romper,

andar, recomeçar.” (2º§) A respeito dos verbos sublinhados, assinale a afirmativa correta.

A) São resultados de uma decisão segura.

B) Exprimem a mesma ação que está ligada a uma decisão posterior.

C) São ações diferentes e consequências de decisões também diferentes.

D) Exprimem três ações sequenciais que são consequências de uma decisão.

05

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“A raiva ficou para trás. A frustração gastou-se. O ciúme raspa as unhas nas paredes do porão, lá

embaixo, mas a cada dia incomoda menos. Os sentimentos dolorosos – quase todos – deram lugar

a uma sensação agridoce de cumplicidade.” (4º§) O trecho anterior retrata:

A) O momento em que se reconhece que o amor acabou e se decide colocar fim a um

relacionamento.

B) Um momento de determinação e decisão em começar de novo, apesar de, ainda, existir um

sofrimento que “arranha a alma”.

C) A fase em que todo sentimento que provoca angústia e tristeza acaba e a pessoa está pronta

para começar um novo relacionamento.

D) O momento de superação, de saber lidar com o inevitável; é quando nasce a ternura pelo outro,

apesar de ainda existir resquícios de um sentimento sofrido.

06

“O amor, aquele de querer ficar colado para sempre, também acaba.” (6º§) O trecho sublinhado

apresenta-se entre vírgulas por que:

A) Trata-se de um adjunto adverbial intercalado.

B) Retoma uma informação anterior através de um resumo.

C) É formado por elementos que exercem a mesma função sintática.

D) Isola uma explicação sobre algo mencionado anteriormente na oração.

07

“As separações, assim como os encontros, nos definem – inclusive por que costumam levar um

tempo enorme.” (3º§) Sobre o trecho sublinhado, é correto afirma que exprime a ideia de:

A) Conclusão.

B) Contradição.

C) Comparação.

D) Consequência.

08

Quanto à função sintática, assinale a alternativa em que o trecho ou termo sublinhado exerce a

função DIFERENTE dos demais.

A) “Tantas coisas estão contidas nesse gesto, tanta ternura, tanta dúvida.” (1º§)

B) “Melhor abraçá-la bem forte, acolhê-la como um amor que estivesse de volta.” (7º§)

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C) “O abraço que não quer terminar é lindo, mas abre uma porta para lugar nenhum.” (2º§)

D) “Quando o abraço se desfaz, fica um sorriso indeciso, uma expressão incompleta nos olhos, o

movimento de um corpo que se afasta e parece dizer adeus.” (1º§)

09

Assinale a alternativa em que o significado do termo sublinhado está corretamente indicado.

A) “A paixão terminou, o amor é uma lembrança irresgatável,...” (4º§) – irredimível

B) “... mas isso vai nos assombrar no futuro, na hora de amar de novo.” (5º§) – maravilhar

C) “..., mas escolhendo não contar – por pudor, e porque, afinal, já não cabe.” (5º§) – acanhamento

D) “Como todo mundo, tenho sentimentos ambivalentes sobre relacionamentos que acabam.” (2º§)

– únicos

10

“Apenas para uma visita, mas, ainda assim, bem-vindo.” (7º§) A expressão sublinhada pode ser

substituída, sem alteração de sentido, por:

A) Portanto.

B) Também.

C) Entretanto.

D) Como também.

CONCURSO PÚBLICO Nº 050/2016

LÍNGUA PORTUGUESA

Pergunta fatídica

A fatídica pergunta “O que você quer ser quando crescer?”, feita para crianças já no final da

infância ou até antes, é clássica e não muda. Algumas vezes, ela expressa apenas uma

brincadeira, para que os pais se orgulhem da resposta que o filho dará e que os pais já sabiam que

ele daria. Outras vezes, representa o anseio deles para oferecer ao filho um objetivo maior para a

sua vida. E algumas vezes não passa de uma lição moralista a uma criança que resiste aos

estudos.

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“O que você quer ser quando crescer, menino? Se não for bom aluno, vai ficar desempregado ou

ganhar muito pouco!”, já ouvi uma mãe dizer ao filho, desesperada com as notas escolares do

garoto.

Mas, se a pergunta não muda, as respostas mudam, e muito. Já houve um tempo em que muitas

crianças – garotas principalmente – queriam ser professoras. Meninos e meninas pensavam em ser

engenheiros, médicos, advogados, cientistas. Hoje, é difícil ouvir essas respostas.

Quais são as profissões mais atraentes para eles atualmente? Antes de olhar para tal questão, é

bom lembrar que as crianças sabem pouco sobre profissões; o que elas dizem querer é apenas um

reflexo da percepção que têm a respeito do que o mundo lhes apresenta como importante e de

grande reconhecimento ou remuneração.

Ser famoso e cultuado pelas mídias, se destacar na televisão ou internet e receber muito dinheiro

parecem ser, hoje, os anseios de muitas delas. Cada vez mais crianças e adolescentes afirmam

que, quando crescerem, querem ser blogueiros, modelos, artistas, chefes de cozinha, jogadores de

futebol, “vlogueiros” etc. Como você pode perceber, caro leitor, são sempre atividades com grande

projeção, mas que pouquíssimas pessoas conseguem alcançar. Só que isso as crianças não têm

condição de entender.

Algumas delas acham que já são grandes e têm, na internet, blogs e canais de vídeos, um bom

público, composto tanto de outras crianças quanto de adultos. É fácil entender os motivos que

levam os mais jovens a serem frequentadores assíduos desses canais: estão isolados, sem

espaços públicos para encontrar outras crianças e para brincar. A internet tornou-se, portanto, esse

espaço para eles. Mas e quanto aos adultos? Será que estão ali por mera curiosidade? Ainda não

sabemos.

O que sabemos é que muitas dessas crianças são tratadas como celebridades, estão bastante

expostas e chegam a ganhar presentes de marcas e até dinheiro – algumas vezes, muito dinheiro

– com o que chamam de “empresa”. E sempre com o apoio dos pais, é claro, porque precisam de

uma grande infraestrutura para fazer o que fazem.

Será que isso é bom para elas? Depende do ponto de vista. Para quem acredita que sucesso,

popularidade e ganhos financeiros fazem bem à criança, pode ser positivo. Mas não sabemos até

quando. O sucesso e a fama são ondas que vêm e vão. Quando acabarem – e acabam! –, o que

será desses meninos e meninas? Estão eles preparados para cair e se levantar? Na minha opinião,

não. Se isso já é difícil para os adultos, imagine, caro leitor, para uma criança.

Para quem preza a infância dos filhos e prioriza o aprendizado da convivência deles com outras

crianças, nada disso é bom, mesmo que eles digam que querem muito participar e que vários

colegas fazem. Qual é o seu ponto de vista?

(Rosely Saião.)

01

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Para a autora do texto, a pergunta “O que você quer ser quando crescer?” (1º§) quando feita a uma

criança pode ter vários objetivos, EXCETO:

A) Preocupar-se com o futuro do filho.

B) Se orgulhar da resposta que o filho dará.

C) Cobrar mais compromisso com os estudos.

D) Mostrar ao filho que a responsabilidade de seu futuro envolve somente ele.

E) Uma forma de demonstrar que os pais desejam algo promissor para os filhos.

02

“Se não for bom aluno, vai ficar desempregado ou ganhar muito pouco!” (2º§) Os termos

anteriormente sublinhados exprimem a ideia de:

A) Alternância e adição..

B) Causa e consequência.

C) Condição e alternância.

D) Conformidade e causa

E) Condição e consequência.

03

Das palavras sublinhadas, a seguir, assinale aquela em que o seu significado está correto, de

acordo com o contexto empregado.

A) “Para quem preza a infância dos filhos e prioriza o aprendizado...” (9º§) – pretere

B) “... o anseio deles para oferecer ao filho um objetivo maior para a sua vida.” (1º§) – anelo

C) “Ser famoso e cultuado pelas mídias, se destacar na televisão ou internet...” (5º§) – depreciado

D) “É fácil entender os motivos que levam os mais jovens a serem frequentadores assíduos...” (6º§)

– esporádicos

E) “... é apenas um reflexo da percepção que têm a respeito do que o mundo lhes apresenta...”

(4º§) – falta de conhecimento

04

De acordo com o texto, assinale a alternativa INCORRETA.

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A) A exposição na internet influencia no desenvolvimento da criança.

B) Para as crianças as profissões mais atraentes estão ligadas à internet.

C) As respostas das crianças em relação à profissão estão ligadas ao que elas conhecem do

mundo.

D) Apesar da internet proporcionar um sucesso momentâneo, isso não afeta o emocional das

crianças que desfrutam dele.

E) A ausência de espaço público para interação é um dos motivos que levam as crianças a

recorrerem aos canais na internet.

05

“É fácil entender os motivos que levam os mais jovens a serem frequentadores assíduos desses

canais: estão isolados, sem espaços públicos para encontrar outras crianças e para brincar.” (6º§)

No trecho destacado, os dois-pontos foram utilizados para

A) indicar um resumo do que foi dito antes.

B) anunciar uma citação dentro de um discurso.

C) anunciar as consequências do uso da internet.

D) anunciar uma informação que se opõe à anterior.

E) indicar as causas de um resultado anunciando anteriormente.

06

Assinale a alternativa em que o termo ou trecho sublinhado exerce a função sintática DIFERENTE

da dos demais.

A) “... o filho dará e que os pais já sabiam que ele daria.” (1º§)

B) “Mas, se a pergunta não muda, as respostas mudam, e muito.” (3º§)

C) “Outras vezes, representa o anseio deles para oferecer ao filho...” (1º§)

D) “..., é bom lembrar que as crianças sabem pouco sobre profissões;...” (4º§)

E) “Cada vez mais crianças e adolescentes afirmam que, quando crescerem,...” (5º§)

07

A autora encerra o texto com a seguinte pergunta: “Qual é o seu ponto de vista?” (9º§), pois tem a

finalidade de

A) colocar dúvida quanto à sua conclusão.

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B) chamar a atenção do leitor para a discussão do texto.

C) receber respostas dos leitores sobre seus pontos de vista.

D) despertar no leitor uma reflexão sobre o que foi discutido no texto.

E) deixar claro para o leitor que ele pode concordar ou discordar do ponto de vista da autora.

08

“Já houve um tempo em que muitas crianças – garotas principalmente – queriam ser professoras.”

(3º§) O duplo travessão foi utilizado para

A) destacar uma conclusão.

B) marcar uma enumeração.

C) evidenciar “garotas principalmente”.

D) despertar uma reflexão sobre um ponto específico do trecho.

E) destacar uma explicação sobre o que foi anunciado anteriormente.

Prova aplicada em 22/05/2016 – Disponível no endereço eletrônico www.consulplan.net a partir do

dia 23/05/2016.

09

De acordo com o título do texto “Pergunta fatídica” é correto afirmar que o termo “fatídica” significa

A) trágica. B) sinistra. C) imprópria. D) reveladora. E) constrangedora.

10

“O que sabemos é que muitas dessas crianças são tratadas como celebridades, estão bastante

expostas e chegam a ganhar presentes de marcas e até dinheiro – algumas vezes, muito dinheiro

– com o que chamam de ‘empresa’.” (7º§)

De acordo com a classe gramatical e o contexto empregado, as palavras sublinhadas se

classificam, respectivamente, como:

A) Adjetivo, adjetivo e advérbio.

B) Substantivo, advérbio e advérbio.

C) Substantivo, adjetivo e preposição.

D) Substantivo, advérbio e preposição.

E) Substantivo, conjunção e preposição.

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CONCURSO PÚBLICO Nº 001/2015

Gente

De repente, escolhemos a vida de alguém. Era essa que a gente queria. Naquela casa grande e

branca, na rua quieta, na cidade pequena. Sim, estamos trocando tudo. Era ela que a gente queria

ser, aquela serenidade atrás dos olhos claros, aquela bondade que se estende aos bichos e às

coisas, tão simplesmente. E aquela mansa alegria de viver, aquele risonho voto de confiança na

vida, aquela promissória em branco contra o futuro, descontada cada dia, miudamente, a plantar

flores, a brunir a casa a aconchegar os bichos.

Era naquele porto que a gente gostaria de colher as velas, trocar a ansiedade, a inquietação, a

angústia latente e sem remédio, o medo múltiplo e cósmico, todas as interrogações, por aquela

paz. Acordar de manhã, depois de dormir de noite, achando que vale a pena, que paga, que

compensa botar dois pés entusiasmados no chão. Abrir as bandeiras das venezianas para que o

sol entre, com gesto de quem abre o coração. Qual é o hormônio, e destilado por que glândula, que

dá a uma mulher o gosto de engomar, tão alvamente, a sua toalha bordada para a bandeja do

café? Há uma batalha bem ganha, cotidianamente renovada, contra o pó e a traça e a ferrugem,

que tudo consomem. Dentro dos muros da sua cidadela, as flores viçam, a poeira foge, nada vence

o alvo imaculado das cortinas, os cães vadios acham lar e dono. E é esse um modo singelo mais

difícil de ter fé. Cada bibelô tem uma história, diante de cada retrato há um vaso de flor, para cada

bicho há um gesto de carinho.

“Mulher virtuosa, quem a achará? Porque o seu valor excede ao de muitos rubis” – cansei eu de

ouvir, na escola dominical e olho em torno a indagar quantos e que orientais rubis pagarão aquele

miúdo, enternecido carinho, que pôs flores nos vasos e cera no chão e transparência nos vidros e

ouro líquido no chá. Oh, a perdida paz fazendeira deste chá no meio da tarde, que as mulheres do

meu tempo já não sabem o que seja, misturado a este morno cheiro de bolo e torradas que vem da

cozinha! Somos uma geração que come de pé, que trocou os doces ritos que cercavam o nobre

ato de alimentar‐se, por uma apressada ingestão de calorias. Já não comemos, abastecemo‐nos

como um veículo, como um automóvel encostado à sua bomba. Trocamos as velhas salas de

jantar por mesas de abas, que se improvisam, às pressas, de um consolo exíguo encostado a uma

parede. E o que sabe de um lar uma criança que não foi chamada, na doçura da tarde, do fundo de

um quintal, para interromper as correrias, lavar mal‐e‐mal as mãos e vir sentar‐se à mesa posta

para o lanche, com mansas senhoras gordas que vieram visitar a mamãe? É a hora dos quitutes,

das ingênuas vaidades doceiras, da exibição das velhas receitas, copiadas em letra bonita de um

caderno ornado de cromos.

Somos uma geração que perdeu o privilégio de não fazer nada, aquele doce não‐fazer‐nada que é

a mansa hora do repouso, o embalo da rede na frescura de uma varanda, a quietude ensolarada

de um pomar em que o sono da tarde nos pegou de repente, a hora de armar brinquedos para as

crianças, das visitas que chegam sem se fazer anunciar, pois na certa estaremos em casa para

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uma conversa despreocupada e sem objetivo. Somos uma geração de mulheres que saem demais

de casa, para não se saber onde, fazendo fila para comprar, tomar condução ou assistir a um

cinema. Perdemos o abençoado tempo de perder tempo, de não fazer nada, a única hora em que a

gente se sente viver. O mais é canseira e aflição de espírito.

E foi tudo isso que reencontrei, de repente, na casa grande e branca da rua quieta.

(LESSA, Elsie. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos (Org). “As cem melhores crônicas brasileiras”.

Rio de Janeiro: Objetiva, 2007, p. 157‐158.)

01

“Trocamos as velhas salas de jantar por mesas de abas, que se improvisam, às pressas, de um

consolo exíguo encostado a uma parede.” (3º§) Nessa frase, a palavra “exíguo” significa

A) carente.

B) escasso.

C) espesso.

D) pequeno.

02

A escolha do foco narrativo é muito importante para o desenvolvimento de uma crônica. O texto em

questão, narrado em 1ª pessoa, estabelece:

A) Distanciamento da autora próprio desse gênero textual.

B) Cumplicidade com o leitor, pois compartilha suas impressões e emoções.

C) Distanciamento da autora entre o que narra e o leitor que interage com ela.

D) Vínculo de coautoria com o leitor, pois a narrativa se torna atemporal e ambígua.

03

O par de vocábulos do texto, acentuado pela mesma regra, é

A) pés – atrás.

B) única – líquido.

C) história – bibelô.

D) também – remédio.

Cargo: Agente Administrativo (01‐M)

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Prova aplicada em 24/05/2015 – Disponível no endereço eletrônico www.consulplan.net a partir do

dia 25/05/2015.

04

Segundo o texto,

A) a vida moderna trouxe a facilidade e comodidade para aproximar as pessoas.

B) a vida moderna reduziu a convivência e o modo de se viver a tempos fugazes e pouco

calorosos.

C) as gerações atuais se espelham no passado para conservar os hábitos saudáveis e

aconchegantes.

D) as gerações passadas não se adaptaram à atualidade por não aceitarem a velocidade do

mundo moderno.

05

Entende‐se, a partir do texto, que “mulheres virtuosas” são mulheres

A) que se dedicavam, estritamente, à educação dos filhos.

B) da geração atual que se lançam no mercado de trabalho.

C) das gerações passadas que se dedicavam inteiramente aos afazeres do lar.

D) prendadas que se dispunham a cuidar da casa em troca de míseras recompensas.

06

Em todas as frases a seguir, as palavras sublinhadas possuem o mesmo valor semântico,

EXCETO:

A) “… achando que vale a pena,…” (2º§)

B) “Somos uma geração que perdeu o privilégio...” (4º§)

C) “... cheiro de bolo e torradas que vem da cozinha!” (3º§)

D) “Era naquele porto que a gente gostaria de colher as velas,…” (2º§)

07

“E o que sabe de um lar uma criança que não foi chamada, na doçura da tarde, do fundo de um

quintal, para interromper as correrias, lavar mal‐e‐mal as mãos e vir sentar‐se à mesa posta para o

lanche, com mansas senhoras gordas que vieram visitar a mamãe? É a hora dos quitutes, das

ingênuas vaidades doceiras, da exibição das velhas receitas, copiadas em letra bonita de um

caderno ornado de cromos”. (3º§) Nesse período entende‐se que exibir o dom da culinária era

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A) a única forma das mulheres das gerações passadas serem vistas e respeitadas na sociedade.

B) a forma das mulheres das gerações passadas serem reconhecidas como indivíduos produtivos.

C) uma forma de competição acirrada entre as mulheres das gerações passadas que viam nisso

sua maior virtude.

D) um hábito entre as mulheres das gerações passadas que faziam dos livros de receitas objetos

valiosos e cultuados.

08

“A cronista estabelece uma relação entre a casa grande e branca da rua quieta e suas reflexões.”

Infere‐se que a visão da casa

A) trouxe‐lhe recordações insondáveis e secretas.

B) despertou nela o motivo para escrever suas confissões.

C) foi o segundo motivo que a levou a desenvolver seu texto.

D) despertou nela todas as reflexões feitas ao longo do texto.

09

Assinale alternativa em que o encontro vocálico está corretamente analisado.

A) quieta – hiato

B) meio – tritongo

C) cheiro – ditongo oral crescente

D) bandeiras – ditongo nasal crescente

10

Quanto à classe gramatical das palavras sublinhadas, tem‐se a correspondência correta em

A) “…assistir a um cinema.” (4º§) – artigo

B) “...quem a achará?” (3º§) – preposição

C) “Já não comemos,...” (3º§) – conjunção

D) “… que tudo consomem.” (2º§) – pronome

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CONCURSO PÚBLICO Nº 001/2015

Língua Portuguesa

Refugiados: enfim, a Europa se curva

No auge da crise migratória, o continente aceita receber mais estrangeiros. O desafio agora é

como integrá‐los à sociedade.

Era abril quando mais de 1.3 mil pessoas haviam morrido na travessia do Mar Mediterrâneo para a

Europa, um número recorde, e o filósofo e escritor italiano Umberto Eco foi questionado pelo jornal

português Expresso como via a tragédia. “A Europa irá mudar de cor, tal como os Estados Unidos”,

disse. Eco se referia à previsão de que, até 2050, os brancos deixarão de ser a maioria da

população americana. “Esse é um processo que demorará muito tempo e custará muito sangue.”

Diante da atual crise de migrantes e refugiados pela qual passa o continente, que recebeu 350 mil

estrangeiros até agosto, o diagnóstico de Eco não poderia ter sido mais preciso. Na semana

passada, enquanto cidadãos de diversos países receberam os refugiados com mensagens de boas

vindas, alimentos e roupas, as autoridades da União Europeia se curvaram à gravidade da

situação, e decidiram abrir as fronteiras para acolher 160 mil pessoas e dividi‐las entre os 22

países do bloco. A maioria vai para Alemanha, França e Espanha. O processo continua

sangrento – ao menos 2,5 mil pessoas já desapareceram no Mediterrâneo –, mas pode ser o

propulsor de uma nova Europa, talvez mais solidária e certamente mais colorida.

Cada vez mais, a economia do continente precisa de mão‐de‐obra jovem para continuar

avançando e, sobretudo, reduzir a pressão sobre o sistema de aposentadorias e pensões. Por isso,

além das óbvias razões humanitárias, receber os refugiados é uma questão prática. Nos cálculos

da Comissão Europeia, cada mulher tem, em média, 1,5 filhos hoje. O mesmo relatório concluiu

que, nos próximos anos, a “população europeia se tornará cada vez mais grisalha”. Na Alemanha,

onde, desde 1972, morre mais gente do que nasce, o fator de equilíbrio que tem feito a população

crescer é justamente o saldo positivo da chegada de imigrantes.

A recente onda de solidariedade começou em Berlim, que suspendeu a Convenção de Dublin e

permitiu que refugiados sírios pedissem asilo diretamente à Alemanha, mesmo que esse não fosse

o primeiro país aonde chegaram. Mais do que isso, num esforço para ajudá‐los a conseguir

emprego e torná‐los produtivos, o governo de Angela Merkel prometeu aumentar a oferta de cursos

intensivos de alemão e programas de treinamento a pessoas em busca de asilo.

Com capacidade para receber meio milhão de refugiados por ano (em 2015, já foram 450 mil), o

país deve empregar 6 bilhões de euros nessa crise.

Enquanto a Europa desperta para a nova realidade, em que a miscigenação ganha importância, a

religião permanece como um dos principais entraves para a integração. Ainda que não existam

dados consolidados sobre o tema, as nações que mais exportam migrantes, Síria e Afeganistão,

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são de maioria muçulmana e representantes de países como Hungria, Bulgária e Chipre já

disseram preferir os cristãos aos muçulmanos com o argumento de que aqueles se adaptariam

melhor aos costumes locais. Indiferente às críticas sobre discriminação, a Áustria foi além. Em

fevereiro, o governo austríaco, que tem sido dos mais refratários em relação aos migrantes,

aprovou uma lei que regula a prática do islamismo no país. Os muçulmanos de lá tiveram seus

feriados religiosos reconhecidos, mas só podem realizar suas atividades de culto em alemão e as

mesquitas não podem receber financiamento estrangeiro. A regra não serve para outras religiões.

Para os austríacos, ela ajuda na integração dos estrangeiros e evita a radicalização. Para os

contrários à lei, o resultado é justamente o oposto. “Por que um muçulmano se torna

fundamentalista na França?”, pergunta Umberto Eco. “Acha que isso aconteceria se vivesse num

apartamento perto de Notre Dame?”

01

De acordo com o texto, qual o interesse da Europa em abrigar os migrantes que atravessam o mar

Mediterrâneo?

A) O continente tem se tornado mais solidário.

B) Devido à importância da miscigenação, a Europa pretende implantá‐la em todo o continente.

C) Através desse ato, a Alemanha tem a chance de se redimir do holocausto ocorrido durante a 2ª

Guerra Mundial.

D) O continente adquirirá mão de obra jovem para continuar crescendo economicamente, além de

realizar ações humanitárias.

02

O objetivo do texto é

A) informar sobre a lei austríaca que regula a prática do islamismo no país.

B) informar quantos migrantes já morreram na travessia do mar Mediterrâneo.

C) divulgar o posicionamento contrário de países como Hungria, Bulgária e Chipre.

D) apresentar novas informações sobre o posicionamento do continente europeu diante da crise

migratória.

03

De acordo com as informações trazidas no texto, marque V para as afirmativas verdadeiras e F

para as falsas.

( ) Os mulçumanos sofrem preconceito religioso por alguns países europeus.

( ) O primeiro país a que os estrangeiros chegaram foi a Alemanha.

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( ) O abrigo aos estrangeiros pode trazer uma mistura de raças para a Europa.

( ) O auxílio aos estrangeiros não se justifica apenas em ações humanitárias por parte das

autoridades europeias.

A sequência está correta em

A) V, V, V, V.

B) V, F, V, V.

C) F, F, V, V.

D) F, V, F, V.

04

“No auge da crise migratória, o continente aceita receber mais estrangeiros. O desafio agora é

como integrá‐los à sociedade”. De acordo com o exposto, é correto afirmar que o referido desafio

justifica‐se em:

A) A falta de formação profissional compromete a integração dos migrantes.

B) A questão religiosa entre alguns países europeus e os mulçumanos é um obstáculo para a

reintegração social.

C) Por falarem outra língua, a comunicação entre refugiados e os países que prestam‐lhes asilo

torna‐se comprometida.

D) A possibilidade dos países europeus sofrerem um ataque mulçumano cria na sociedade

europeia certa resistência de se socializar com os refugiados.

05

Em “‘A Europa irá mudar de cor, tal como os Estados Unidos’, disse.” (1º §), o uso de aspas

justifica‐se por:

A) Indicar a fala ou citação.

B) Exprimir um trecho irônico.

C) Indicar uma expressão popular.

D) Apresentar uma expressão que não é adequada ao contexto empregado.

06

“... o diagnóstico de Eco não poderia ter sido mais preciso.” (1º§) O termo sublinhado será

substituído sem alteração

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de sentido por:

A) Exato.

B) Incerto.

C) Necessário.

D) Indispensável.

07

“Eco se referia à previsão de que, até 2050, os brancos deixarão de ser a maioria da população

americana.” (1º§)

Neste trecho, o acento grave indicador de crase está empregado corretamente. Assinale a

alternativa em que o emprego da crase está INCORRETO.

A) Os refugiados também foram à Espanha.

B) A Europa tornou‐se solidária à crise migratória.

C) À medida que os migrantes chegam, eles são recebidos com boas vindas.

D) Os migrantes serão acolhidos por vários países europeus à partir da decisão tomada entre os

líderes da União Europeia.

08

“Na Alemanha, onde, desde 1972, morre mais gente do que nasce,...” (2º§). “Onde” está

empregado corretamente no trecho anterior. Assinale a alternativa INCORRETA quanto ao seu

emprego.

A) A Austrália é o país onde a prática do islamismo foi regulada.

B) O mar Mediterrâneo é por onde os migrantes chegam à Europa.

C) A Europa vive um período onde a solidariedade está em evidência.

D) A Europa é o continente onde os líderes decidiram ajudar os refugiados.

09

“A recente onda de solidariedade começou em Berlim, que suspendeu a Convenção de Dublin e

permitiu que refugiados sírios pedissem asilo diretamente à Alemanha, mesmo que esse não fosse

o primeiro país aonde chegaram.” (3º§) Os termos sublinhados, de acordo com a classe gramatical

de palavras, são classificados, respectivamente, como

A) advérbio, pronome e advérbio. C) pronome, advérbio e pronome.

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B) pronome, pronome e advérbio. D) pronome, advérbio e conjunção.

10

“Em fevereiro, o governo austríaco, que tem sido dos mais refratários em relação aos migrantes,

aprovou uma lei que regula a prática do islamismo no país.” (4º§) O trecho sublinhado exprime a

ideia de:

A) Explicação.

B) Conclusão.

C) Contradição.

D) Consequência.