Revista 30 anos

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Revista comemorativa 1981 – 2011 Paróquia Sant’Ana de Campinas

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Paróquia Sant'Ana de Campinas Rua Luiz Arruda Camargo, 81, Jardim Santana Campinas, SP – Fone: (19) 3256 4546

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Revista comemorativa1981 – 2011

Paróquia Sant’Ana de Campinas

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Nossa comunidade muito se ale-gra em poder apresentar esta revista que marca a comemora-

ção dos 30 anos de fundação da Paróquia Sant’Ana de Campinas. Em 26 de julho de 1981, começava a ser escrita de forma de-finitiva a história que buscamos recontar nas páginas a seguir. E a tarefa de resga-tar a história não é simples. Ainda mais no caso dessa revista, que tem também como objetivo apresentar um caráter ce-lebrativo, que renove nossa esperança e possibilite uma reflexão madura e cons-ciente para que nossos próximos passos em comunidade sejam ainda mais firmes na direção do projeto de Jesus.

Recontar a história exige escolhas. Um fato não se conta de forma monolíti-ca, fechada. Há versões, visões, opiniões... E empreitar o projeto de reviver o passa-do para contemplar um futuro melhor é, nesse sentido, arriscado. A equipe da Pas-toral da Comunicação de nossa Paróquia empregou dez meses de trabalho nessa proposta. E teve seus critérios para narrar o passar dos anos vividos nessa jornada.

Contamos a história a partir dos seus atores fundamentais: as comunida-des e os pastores que por aqui passaram e as ajudaram no processo de formação e amadurecimento. Como todo bom ro-teiro, seja de peça teatral, seja de filme ou de novela, há aqui personagens que complementam e dão um sentido todo especial ao enredo. No caso de nossa re-vista, esse “tempero” vem do trabalho dedicado das congregações religiosas que se estabeleceram aqui ou que, em algum momento desse caminho, se fize-ram presentes conosco.

30 anos no caminho de Jesus!

Pe. Wilson Enéas MaximianoPároco

Como já foi dito, escrever a história requer escolhas. Nossa escolha pautou-se por esse critério. Contamos ainda com a ajuda preciosa de bispos, padres e agentes que vivem esse momento festivo conosco e que se associam a esse projeto, com o fundamento de nos encorajar na busca por uma vida de comunidade cada vez mais frutuosa e agradável aos olhos do nosso Deus.

Aproveito este espaço para agrade-cer a toda a Equipe de organização des-sa festa tão especial. De modo especial, transmito minha palavra de gratidão aos membros do grupo de trabalho da Revis-ta dos 30 Anos. Que Deus nos abençoe a todos e que Sant’Ana, a avó do Redentor, nos auxilie sempre junto de Jesus Cristo, nosso único e eterno Pastor.

Boa leitura para você!

Editorial

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PARÓQUIA SANT’ANA DE CAMPINAS

Pároco: Pe. Wilson Enéas Maximiano

Vigário Paroquial: Pe. Odair Costa Nogueira

Auxiliar Paroquial: Diác. Raimundo Wilson Mousinho de Souza

Rua Luis Arruda Camargo, 81Jardim Sant'Ana - Campinas - SPCEP 13088-690Fone: (19) 3256-4546www.santanadecampinas.org.br

Revista comemorativa dos 30 anos da Paróquia Sant'Ana de Campinas

Editor-chefe: Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp

Jornalista responsável: Sem. Felipe Zangari (MTb 49.196-SP)

Equipe PASCOM: Célia T. da Silva Andrade, Edílson Roberto Deodato, Mauro Akira Kasi

Colaboradores: Dom Bruno Gamberini, Dom Gilberto Pereira Lopes, Mons. João Luiz Fávero, Pe. Daniel Dambrósio, Pe. Paulo Staut, Osmar Marques, Pe. Heriberto Mossato, Pe. Wilson Maximiano, Pe. Odair Costa Nogueira, Ir. Maria Helena Codignole, Ir. Sandra Rizzoli, Pe. Antonio Lúcio da Silva Lima, Sem. Carlos Roberto de Oliveira Jesus, Diác. Raimundo Wilson e Maria Leontina.

Projeto gráfico e diagramação: Mauro Akira Kasi e RIP Editores Gráficos

Revisão de texto: RIP Editores Gráficos

Capa: Sybille Yates / Shutterstock.com

Impressão: RIP Editores Gráficos (19) 2121-7188Tiragem: 2.000 exemplares

Distribuição gratuita - venda proibida

5 Palavra de Dom Bruno Gamberini

6 Palavra de Dom Gilberto Pereira Lopes

7 Palavra de Monsenhor João Luiz Fávero

8 Decreto de Criação da Paróquia Sant’Ana de Campinas

9 Comunidades

16 Nossos Pastores

26 Marca da festa dos 30 anos

27 Presença Religiosa e Pastoral

38 Homenagem ao Beato João Paulo II

40 Oração pelos 30 anos

Comunidade Santa TeresinhaPágina 10

Comunidade São José OperárioPágina 14

Comunidade São João BatistaPágina 11

Comunidade Santo AndréPágina 12

Comunidade Sant’AnaPágina 15

Comunidade Sagrada FamíliaPágina 12

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Palavra de Dom Bruno Gamberini 5

Todas as manhãs, antes da primeira oração da Liturgia das Horas –

as laudes (louvor da manhã) – a Igreja é chamada a recitar um salmo que convida toda a huma-nidade ao louvor e à adoração a Deus. Um desses salmos é o de número 99, que começa com os seguintes versos: “Aclamai o Senhor, ó terra inteira! Servi ao Senhor com alegria!” Quan-ta sabedoria do salmista nessas palavras! A plena satisfação do nosso Deus está em receber os nossos louvores – ainda que eles não Lhes sejam necessários – e em perceber que nós, seu povo eleito, O servimos com alegria.

Essa lembrança me vem à mente e ao coração nesse mo-mento de grande ação de graças a Deus, nos 30 anos da Paró-quia Sant’Ana de Campinas. Graças ao louvor e ao serviço, nós hoje podemos perceber e contemplar os frutos de tanta gente que batalhou, doou-se, dedicou a vida para o projeto de Deus nas diversas comunidades, de ontem e de hoje. Esta Paró-quia é filha da comunidade de

Nossa Senhora de Fátima, no parque Taquaral. E gerou, há alguns anos, a Paróquia Nossa Senhora da Paz. Nossa Igre-ja – Vinha fecunda do coração de Jesus – planta e colhe, na oração, no trabalho, na doação transformada em partilha.

Certamente ainda temos muito a fazer. Para isso, temos como estímulo um fruto bendito, recém colhido em nossa Igre-ja Arquidiocesana: o 7º Plano de Pastoral Orgânica. Ele é o farol, a ferramenta, o ponto de convergência das comunidades cristãs católicas que, ao redor do Arcebispo, se tornam sinal visível do Corpo Místico de Cristo.

Tenho certeza de que, à luz desse grande sinal, esta Co-munidade seguirá caminhando. Alimentada pelo Pão da Palavra e pelo Pão da Eucaristia, certa-mente todos firmarão, na mente e no coração, o desejo sincero de construir comunhão e de seguir pela via da participação corres-ponsável, especialmente dentro da Paróquia. Valores fundamen-tais como acolhimento, partilha, formação, espiritualidade, ser-

viço e opção preferencial pelos pobres sejam as vigas mestras da ação pastoral nos próximos anos. É esse o desejo do Senhor para nossa Igreja: comunidades que sejam pólos irradiadores da vida plena que Jesus veio anunciar!

Retomando o salmo 99, que esta Comunidade continue fir-me, no louvor ao Deus da Vida, e, de modo especial, na alegria do serviço ao Senhor – que se traduz em Amor aos mais ne-cessitados e em testemunho de vivência comunitária. Só assim seremos capazes de lançar as se-mentes de um mundo novo, sem exclusões, sem injustiças, sem as feridas que hoje marcam nosso tempo.

Que o Senhor nos conce-da os dons do seu Espírito para continuarmos perseverantes, e cheios da esperança que brotou da Ressurreição!

Maria, nossa Mãe e pa-droeira, acolhei-nos sob vosso amparo!

Senhora Sant’Ana, rogai a Deus por todos nós!

Amém!

Servir com alegria!

Dom Bruno GamberiniArcebispo Metropolitano de Campinas

Queridos irmãos, estimadas irmãs! Bendito seja o nome do Senhor!

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Dom Gilberto Pereira LopesArcebispo Emérito de Campinas

6 Palavra de Dom Gilberto Pereira Lopes

As comemorações de eventos, memória do tempo, fazem parte

da convivência humana, depois que os homens superaram as ca-vernas e passaram a conviver em aglomerados e cidades.

Estamos comemorando os 30 anos da Paróquia Sant’Ana, no Jd. Santana, Campinas. A celebração deste aniversário nos dá ocasião de agradecermos a Deus benefícios recebidos e de continuarmos envolvidos, e mais ardorosamente ainda, nos anseios humano-religiosos que nos motivaram, desde o início da caminhada.

A paróquia, comunhão orgânica e missionária, é uma rede de comunidades. Não é principalmente uma estrutura, um território, um edifício. É a família de Deus, como uma fra-ternidade animada pelo Espírito de unidade. Nela o pároco, que representa o Bispo Diocesa-no, se torna o legítimo Pastor e vínculo hierárquico com toda a Igreja Particular. Estas são as orientações veiculadas pela IV Conferência do Episcopado

Latinoamericano, realizada em Santo Domingo.

Na Igreja, a paróquia tem personalidade jurídica e o páro-co tem estabilidade, segundo o espírito do Código de Direito Canônico, cânon 522, que diz: “É necessário que o pároco te-nha estabilidade e, portanto, seja nomeado por tempo indetermina-do”. A Conferência Episcopal do Brasil, por decreto legítimo, segundo o mesmo CDC, auto-riza os Bispos a nomearem, sem-pre por conveniência pastoral, com tempo determinado.

Estive presente nos pri-mórdios desta Comunidade que se tornou paróquia. Antes do Padre Verbita que conheci, em 1976, Padre Daniel Dambrósio, houve trabalhos pastorais, com a Irmã Maria da Eucaristia e ou-tros agentes de pastoral. A dire-ção dada, desde o início, era no sentido de uma verdadeira Co-munidade, alicerçada na Palavra de Deus e na Eucaristia, fonte da fraternidade e da missão.

A paróquia continua na mesma opção refeita pelo Ar-cebispo Metropolitano, Dom

Bruno Gamberini, assumindo-a em sua Carta Pastoral, nos 100 anos da Diocese.

Resido, há sete anos, no território desta paróquia. Pelo passado e também pela atual circunstância, posso dar teste-munho do excelente vigor religio-so que vive a Comunidade, seja nos aspectos organizacionais de estrutura eclesial, nos aspectos de visibilidade, o templo, a casa do pároco, o salão de encontros, salas de catequese e outros, seja na organização da espiritualida-de e das práticas pastorais.

Reconheço, com satisfa-ção, o zelo com que o Padre José Carlos se empenhou no ordenamento das Comunidades existentes, nos aspectos acima referidos. Com igual sentimen-to, vejo o atual pároco, com seu vigário paroquial, se dedicarem com afinco ao trabalho pastoral que lhes compete.

Com fraterna estima, cum-primento as Comunidades que constituem a Paróquia de Sant’Ana e, igualmente, os Pas-tores que as servem, em nome de Jesus!

Mensagem à Paróquia de Sant’Ana, Campinas

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Monsenhor João Luiz FáveroVigário-Geral e Coordenador de

Pastoral da Arquidiocese de Campinas

Palavra de Monsenhor João Luiz Fávero 7

É com grande alegria e satisfação que escrevo essas linhas para sau-

dar os irmãos e irmãs da Paróquia Sant’Ana de Campinas, na ce-lebração festiva dos 30 anos de sua fundação. Datas como essa oferecem a nós a oportunidade de elevar nossa ação das graças ao Senhor pelos trabalhos já realizados e, ao mesmo tempo, avaliar a caminhada para projetar novas perspectivas.

Diante da história dessa pa-róquia, percebemos uma grande presença de congregações reli-giosas (Verbitas, Paulinos, Sa-lesianos, Estigmatinos, Irmãs da Consolação...) que contribuíram de forma patente para a edifica-ção das comunidades, estrutura-ção dos espaços físicos e gesta-ção do trabalho pastoral. A esse trabalho abnegado dos religiosos, soma-se a disposição incessante dos leigos e leigas, que, de forma consciente e fraterna, se associa-ram às iniciativas de organização e impulsionaram o crescimento da Paróquia como um todo.

O momento atual de nossa Igreja Arquidiocesana convida a todos os envolvidos na vida ecle-sial a reverem sua mentalidade,

com o objetivo de repensar suas estruturas e de revitalizar sua ação pastoral. A grande luz para esse processo é o 7º Plano de Pastoral Orgânica, fruto e refe-rência do trabalho dessa Igreja que está em Campinas. Nele, os eixos do acolhimento, da re-novação e do serviço solidário se articulam e se intercomunicam, dando um caráter dinâmico e, ao mesmo tempo, apostólico e sa-maritano à vida da Arquidioce-se. A comemoração dos 30 anos da Paróquia Sant’Ana é, a meu ver, momento propício para essa revisão.

Nossas paróquias são cha-madas, no plano, a se tornarem uma comunidade de comunida-des organizadas em rede, e a cultivarem sobremaneira a es-piritualidade bíblica e litúrgica, como fonte inspiradora do aco-lhimento, atenção e cuidado com todos, especialmente com os mais necessitados. Essa aten-ção se traduz eficazmente, entre outras formas, com a comunhão e a partilha dos recursos humanos e materiais. A evangélica opção preferencial pelos pobres é um sinal profético de uma consci-ência cristã, diante da realidade

marcada por tanto individualismo e por uma desigualdade social sem precedentes.

O esforço na formação per-manente, na adoção do itinerário catequético pela via da iniciação à vida cristã, a atenção caridosa à preparação das celebrações e a conversão dessas em verda-deiros momentos de encontro e de partilha de vida são apelos candentes do PPO. E o impul-so do Espírito, que unge e con-sagra aqueles que aderem à Fé no Crucificado-Ressuscitado, é a nossa grande motivação. Uma Igreja sem esperança é morta!

Estejamos todos unidos a Jesus e à nossa Igreja, de forma particular às diretrizes de nossa Arquidiocese. Dessa forma, buscando um testemunho de fé coerente com aquilo que lemos e aprendemos do Mestre, seremos sinal do Reino definitivo no meio do mundo.

Parabéns à Paróquia pelos 30 anos! Que Deus nos aben-çoe a todos. Maria, a Mãe Imacu-lada, imagem da Igreja, seja nos-sa companheira. E Sant’Ana, a educadora da Mãe de Deus, interceda por nós. Que assim seja! Amém!

30 anos no caminho da Comunhão com Jesus e com a Igreja

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Decreto de Criação da Paróquia Sant’Ana de Campinas

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Comunidades

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10 Comunidades

A Comunidade de Santa Teresinha tem seu início em 1973, quando Dom Antonio Maria Alves de Si-

queira é Arcebispo de Campinas, e o Pe. Milton Santana, responsável pela Paró-quia Nossa Senhora de Fátima e pela as-sistência religiosa à população dos bairros que se formavam na região, incluindo o Parque São Quirino. E por ser convidado com certa frequência a dar assistência re-ligiosa às pessoas do bairro, o Padre vê a necessidade e urgência em formar uma comunidade religiosa em nosso bairro.

Para isso ele convida Irmã Maria da Eucaristia, missionária Calvariana, e confiou a ela esta importante missão. A irmã conta com a ajuda de um grupo de jovens e alguns moradores para iniciar seu trabalho. Começa com visitas às fa-mílias residentes no bairro, convidando--as a participarem das atividades religio-sas. No início, as celebrações têm lugar nas residências; depois, em uma das sa-las de aulas da Escola Cel. Firmino Gon-çalves Silveira. Logo após, a Irmã soube que havia, na Vila Nogueira, um Padre da Congregação do Verbo Divino, o qual orientava alguns seminaristas estudan-tes da PUC. A Irmã entra em contato com

o Padre Raimundo e o convida para cele-brar missas aos domingos e nos ajudar na missão de formar a comunidade.

Dois anos mais tarde, convidado a voltar à sua Congregação, o Padre Rai-mundo consegue, junto a seus superio-res, o envio do Padre Daniel Dambrósio, o qual caminhou conosco vários anos, e ajudou na formação das outras comuni-dades também. Em 1976, a comunidade promoveu a rifa de um carro (Chevette), pela loteria federal, com a qual se deu início à construção do salão comunitário, que serviria para as celebrações religio-sas e também para as festas.

A escolha da padroeira Santa Teresi-nha se deu por votação dos fiéis em 1981. No mesmo ano, Dom Gilberto Pereira Lopes elevou a Comunidade Sant’Ana a Paróquia, da qual passou a fazer parte a nossa Comunidade. A Capela somente foi inaugurada no ano de 1987.

Em 1997, um evento memorável marcou a vida da comunidade; ela rece-beu as relíquias de santa Teresinha do Menino Jesus. A partir desse fato, a co-munidade ganhou um impulso decisivo em sua história, crescendo no amor e em número de fiéis.

Santa Teresinha “visitou” nossa comunidade!

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Comunidades 11

Comunidade São João Batista: fé e luta

A história de nossa Comunidade começou em 1982. A maioria do povo era do Paraná, onde se de-

dicava à agricultura. Sentindo a necessi-dade de ajudar, o diretor do colégio Liceu Salesiano, Pe. Irineu solicitou ao então prefeito da época a doação de um terre-no com o propósito de se fazer um proje-to social. Em parceria com a prefeitura, foi designado o Pe. Damas juntamente com o Pe. Paulo e na época o seminarista Pertile para ajudar no trabalho pastoral.

No início tínhamos um barraco de tábuas com apenas uma janela. Em 1983 tivemos o 1º batizado, celebrado embaixo de árvores. Pe. Damas, as irmãs missioná-rias e os voluntários trabalharam muito na organização da comunidade, assim multiplicaram-se os grupos de oração.

Surgiram ações e serviços evangelizado-res no mundo das comunicações, das ar-tes, do trabalho e da promoção humana.

Foram criados projetos evangelizadores para a juventude e a família. O salão tam-bém era utilizado como núcleo de refor-ço escolar, recreação e alimentação.

Em 1985 os estudantes da PUC Cam-pinas foram conhecer o nosso trabalho e fotografaram o senhor José Tardivo e a sua filha, que eram membros da comunidade,

e colocaram na capa do livro da Campa-nha da Fraternidade de 1986, cujo lema era “Terra de Deus, Terra de Irmãos”.

Em 1986, tivemos a 1ª Festa das Crianças e Natal e, no ano seguinte, tive-mos um casamento. Como a Comunidade crescia, os padres e alguns moradores voluntários resolveram construir um sa-lão maior, o mesmo de hoje, que foi inau-gurado em 1988. Como a Comunidade estava bem estruturada, os padres foram transferidos. Desde então até os dias de hoje, a nossa Comunidade passou a fa-zer parte da paróquia Sant’Ana. Com fé e luta, estamos construindo nossa história, contando com a bênção de Deus e a cola-boração de nossos paroquianos.

No início tínhamos um barraco de tábuas com

apenas uma janela. Em 1983 tivemos o

1º batizado, celebrado embaixo de árvores.

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12 Comunidades

Somos a comunidade caçula da Paróquia. Nossa história começa em dezembro de 2005, com um grupo de fiéis da Comunidade Santa Teresinha. Sentindo a necessidade de levar o Evangelho às pessoas do Núcleo residencial Gênesis, em Campinas, esses fiéis iniciaram a celebração dos encontros da novena de Natal nas residências, com a autorização e conhecimento do Padre Heriberto, que na época era pároco. Nosso primeiro grande encontro foi o encerramento dessa novena, celebrado na capela do Recanto da Alegria, de propriedade da Prefeitura. Dali surgiram nossas celebrações. E, atualmente, esta capela ainda é nossa casa.

Aos poucos esse movimento pioneiro foi ampliado, graças a pessoas dispostas a evangelizar e assumir os trabalhos iniciados, conquistando e se esforçando para anunciar e dar testemunho do evangelho de Cristo. Nossa vida de comunidade foi ganhando corpo com atividades diversas como: grupo de vivência, batizados, casa-

Segundo os relatos de antigos mo-radores, que aqui vivem desde os primórdios do bairro da Vila No-

gueira, a vida de fé em nosso bairro re-monta à década de 1960. Naquela época, o padre Milton Santana, pároco da Paró-

quia Nossa Senhora de Fátima, bairro Ta-quaral, vinha celebrar nos abrigos das ca-sas de moradores próximos ao local onde hoje está a Igreja da Comunidade Santo André. Atendendo ao pedido dos mora-dores, em 16 de maio de 1969, o prefeito

Orestes Quércia formalizou a doação de um terreno de 3.500 metros quadrados, situado na Praça Cinco com a seguinte condição: “Fica obrigada a construir no terreno uma igreja e instalações anexas com a finalidade assistencial e estabelece

Comunidade Sagrada Família

Igreja viva, com pedras vivasComunidade Santo André:

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o prazo de 5 (cinco) anos para a conclu-são da obra, sob pena de reversão do ter-reno ao patrimônio municipal...”

Começava aí uma grande empreita-da. Os moradores faziam quermesses e festas no terreno da Comunidade e eram liderados pelos senhores Florêncio, Zé Barbeiro e Osvaldo (Toco). No final do ano 1973, a liderança se deu conta de que o prazo para a ocupação do terreno esta-va expirando. Nesta mesma época ocor-reu a abertura do seminário da Congre-gação do Verbo Divino na Rua Henrique Tavares, coordenada por Padre Raimun-do. Os moradores formaram uma comis-são e foram falar com o Padre, pedindo ajuda para implantar a Comunidade.

A movimentação religiosa começou com celebrações nas casas de membros da Comunidade e, ao mesmo tempo, organizavam-se os mutirões aos finais de semana para a construção da capela. Todo sábado à tarde, os membros da Co-munidade, que eram pedreiros, vinham tocar a obra, auxiliados por outros mem-bros, e Pe. Raimundo fazia parte destes auxiliares. Aos poucos, a capela foi to-mando forma. Os vizinhos da construção faziam café e pão para o lanche da tarde. Ao final do dia de trabalho, até uma “pin-guinha” era servida para relaxar o pesso-

al do mutirão. O final de 1973 foi muito corrido, pois a Comunidade tinha o de-sejo de celebrar o Natal na capela. Foram erguidas as paredes, o contra-piso foi assentado e foi instalada a cobertura em parte da capela. Dali em diante, as quer-messes aconteciam na parte superior do terreno, onde futuramente seria erguido o salão social.

A primeira ata oficial é datada de 24 de julho de 1975 que descreve que reuniram 21 pessoas para reestruturar o quadro do pessoal colaborador da Co-munidade pelo prazo de seis meses até a chegada do novo padre responsável pela capela. Foi definido que a coordenação estaria nas mãos da Irmã Maria da Euca-ristia, que já estava à frente dos trabalhos na Comunidade de São Quirino, Jd. San-tana e Nilópolis. Na segunda ata de 23 de Agosto de 1975, consta a chegada do Pe. Daniel D’Ambrósio, que conduziu por muitos anos nosso caminho.

Na ata de 20 de janeiro de 1982, apa-rece a figura do saudoso Pe. José Carlos da Silva. À época, ele sugeriu que um novo conselho fosse composto e que houvesse um maior entrosamento entre as quatro comunidades. Na reunião de junho de 1982, aparece pela primeira vez a denominação “Comunidade Eclesial

Santo André” (COESA). Em atas anterio-res aparecem: Capela de Santo André-Co-munidade de Vila Nogueira, ou Capela de Santo André-Comunidade Cristã de Vila Nogueira.

Em janeiro de 1984, consta a forma-ção do nosso Clube de Mães, que funcio-na até hoje, atendendo com muito cari-nho as senhoras de nossos bairros. No mesmo mês foi instituída a “campanha do quilo”, onde pessoas deveriam levar, uma vez por mês, um quilo de alimento para ser distribuídos aos pobres. Esse ano marcou ainda a aprovação da planta da nova igreja, idealizada pelo Padre José Carlos. A obra ficaria disponível para uso em 1990.

O tempo passou, a Comunidade cres-ceu e os espaços para os eventos ficaram pequenos. Em setembro de 2009, deu-se o inicio da demolição da capela, obra que despendeu o suor de tantos membros da Comunidade, mas a ampliação do salão era necessária. Em fevereiro de 2010 foi inaugurado o novo salão. Em 2011, quan-do a Paróquia completa 30 anos, celebra-mos também os 42 anos em que conse-guimos o terreno da Comunidade Santo André. Juntos, seguimos adiante na mis-são de irradiar a mensagem de Nosso Se-nhor Jesus Cristo para todos.

mentos, catequese, celebrações da palavra, missas e eventos sociais – festas, sorteios e bingos.

Tivemos, em 2008, um grande impulso: as missões populares, coordenadas pelo então seminarista Odair – nosso vigário paro-quial. A partir daí, organizamos uma coordenação da comunidade e articulamos as pastorais existentes para construir a igreja, verda-deira comunidade viva. Desse desejo veio a intenção de termos um espaço próprio de celebração e um centro comunitário.

Estamos num grande mutirão com essa obra. Contamos com o gesto de partilha da Arquidiocese, na pessoa do saudoso Padre Bus-ch, da Paróquia, com a contribuição das comunidades, e também da Conferência dos Bispos da Alemanha, que nos liberou uma generosa contribuição para alavancarmos a construção.

Com isso, a comunidade Sagrada Família apresenta progresso na busca constante do que é comunidade cristã com firme-za, simplicidade e determinação, visando à comunhão fraterna e ao amor incondicional que Jesus Cristo pede de todos nós.

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14 Comunidades

O início da Comunidade São José Operário foi marcado pela mobi-lização dos moradores, que se or-

ganizavam para as celebrações nas casas do Jardim Nilópolis. Mas foi somente com a chegada do Pe. Daniel, que a Comunida-de ganhou um rosto mais definido. Nessa época, por obra de Deus e intermédio da Cúria Metropolitana de Campinas, o ter-reno onde hoje está instalada a Comuni-dade foi doado pela Prefeitura de Campi-nas. Os fiéis imediatamente marcaram o terreno com uma cruz, e as celebrações, que eram então realizadas nas casas, pas-saram a ter lugar ao ar livre.

A escolha do padroeiro São José Ope-rário tem uma origem curiosa. A maior parte dos homens que trabalharam du-rante a construção da Capela se chamava José. Esses homens se empenharam e es-tavam à frente da obra, desejavam e so-nhavam que a Comunidade crescesse, e em nenhum momento mediram esforços em prol do tão esperado resultado. Desse modo, a Capela construída pelos “Josés” operários tornou-se motivo de muita ale-gria para os irmãos.

Com a chegada do Pe. José Carlos, que muito apoiou a Comunidade, hou-ve um novo impulso. O Padre desejava usar melhor os espaços do terreno e, nesse período, foi construído o Salão da Comunidade, que passou a ser utili-zado para as aulas da catequese e even-tos comunitários. Com o crescimento da Comunidade, a tão querida Capeli-nha começou a ficar pequena e houve necessidade de iniciar a construção da nova igreja.

A Capelinha ficou ao centro, e as paredes da nova edificação foram erguidas por fora. Cerca de três anos foram necessários para essa etapa. Só depois desse período, a Capelinha foi demolida e realizou-se o acabamento interno.

A luta da Comunidade foi grande para ver a igreja concluída. Realizaram-se muitas quermesses animadas, com o fim de arrecadar recursos financeiros para os acabamentos da igreja. Com as graças de Deus, os pisos e os forros foram doados por uma empresa da região. Em 19 de março de 1998 a nova igreja foi inaugurada. Lamen-tavelmente, o Padre José Carlos, que tanto sonhou e idealizou a construção do novo projeto, não teve a oportu-nidade de vê-lo concluído.

Um dos aspectos marcantes da Comuni-dade São José Operário foi a presença ativa dos jovens, por volta dos anos 90. Eram jovens comprometidos, que estavam sempre dispostos a trabalhar nos projetos da Igreja. Havia grande união entre eles, que muito contribuíram para o cresci-mento da tão querida Comunidade.

Buscando atender cada vez melhor seus fiéis, a Comunidade lutou para con-seguir a posse do terreno vizinho, onde

se construiu o novo Salão Paroquial, mais amplo, com salas para a catequese e salas para os Vicentinos, além do Consul-tório Odontológico para o atendimento às pessoas carentes. Este Salão Paroquial recebeu o nome de “Padre José Carlos da Silva”, uma justa homenagem ao grande empreendedor de nossa Paróquia.

Caracterizada por ser batalhadora, a Comunidade São José Operário está

sempre buscando o cres-cimento espiritual e a melhor forma de acolher as pessoas que dela parti-cipam ativamente. Ao lon-go desses anos de história, a Comunidade buscou e busca seguir fielmente os

passos de São José Operário, o Homem Justo, Santo Trabalhador, que em vida fez a vontade de Deus por intermédio do trabalho, e sustentou, com o pão hones-to, Jesus e Maria.

Que São José Operário abençoe os 30 anos Paróquia Sant’Ana de Campinas!

Seguindo os passos de São José Operário

A maior parte dos homens que

trabalharam durante a construção da

Capela se chamava José

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Comunidades 15

A Comunidade Matriz de Sant’Ana teve seu início com pequeno grupo de pessoas de

muita fé na residência de Estevão e Olímpia e pertencia à Paróquia N.Sra.de Fátima. Em 25 de julho de 1981 foi elevada à Paróquia Sant’Ana por Dom Gilberto Pereira Lopes. Desde então, a Comunidade sempre se fez represen-tar em Assembleias Arquidiocesanas como a da Revisão Ampla.

Dentro das prioridades pastorais, em especial a catequese, os Pequeni-nos do Senhor e os jovens, nossa Co-munidade vivencia a missão de bati-zados para que, conhecendo de perto nossa realidade, possa acolher melhor a todos. Muitos trabalhos foram e são realizados: Bênção dos carros, Grupo de Oração, Casamento Comunitário, Apostolado da Oração, Terço dos Ho-mens, 1ª Festa Missionária, Festa da Padroeira, Pastoral da Criança, Semana da Cul-tura e Arte, Avó Sant’Ana Visita às Comunidades, Gincana Jovem, Procissão de Corpus Christi (aten-dendo solicitação de D. Gilberto), Missão com fa-mília de catequizandos, Cenáculo, Cerco de Jericó, Ordenações Diaconais e Sacerdotais, Recebimen-to Pioneiro da Orquestra Sinfônica de Campinas e Sessão da Câmara Munici-pal de Campinas.

Esses trabalhos mar-caram época dentro da orientação dos Papas João Paulo II e Bento XVI, por meio da orientação e se-guimento dos Padres Ge-

rião, Sebastião, Raimundo Lemon, Da-niel D’Ambrósio, José Carlos da Silva, Paulo Roberto Sampaio Staut, Osmar Marques, Heriberto Mossato de Souza, Wilson Enéas Maximiano, Odair Costa Nogueira e do Diácono Raimundo Wil-son Mousinho, Irmã Maria da Eucaris-tia, Madre Maria Helena Codignoli.

Com trabalho e união, construiu-se a Igreja Matriz, bem como todas as restaurações necessárias, a Casa Paro-quial, que teve ajuda do Projeto “Adve-niat Alemanha” solicitado por Madre Maria Helena, o Salão Paroquial “Pe. José Carlos”, Centro Catequético inau-gurado em 1º de maio de 2011 e com o título “Beato João Paulo II”, cujo lema era “Sou todo Teu, Maria”, Capela do Santíssimo, cujas bênçãos foram re-cebidas de Dom Bruno em 2008. Tudo isso é realizado para melhor servir e vivenciar o amor de Jesus.

Comunidade Matriz: dedicação, dinamismo e muitos frutos!

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Nossos Pastores

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Alguém pode perguntar: como é que um padre da Congregação do Verbo Divino entrou a fazer par-

te na fundação da paróquia de Sant’Ana, em Campinas, SP, uma vez que esta Con-gregação não tinha e nem tem nenhuma paróquia na cidade? E a resposta vem do mesmo padre que participou da fundação da paróquia Sant´Ana em 1981: o tal sacer-dote era Padre Daniel D’Ambrósio, SVD.

Em 1970, a Congregação do Verbo Divino tinha na paróquia N. Sra. de Fá-tima, em Campinas, uma casa para semi-naristas estudantes, que se preparavam para serem padres missionários. Esses jovens seminaristas deviam frequentar a PUC de Campinas. Não sei por qual ra-zão, a casa foi só inaugurada e deixada. Os seminaristas foram levados para São Paulo, capital.

Em 1974, a província verbita de São Paulo deci-diu deixar paróquias bem instaladas para as Dioceses e ir às periferias ou a áreas carentes da evangelização. Nesse ano, estava na paró-quia N. Sra. de Fátima o Pe. Raimundo Lenon, SVD, que ajudava o Pe. Milton Santana, pároco da mesma paróquia. Padre Raimundo Lenon era americano e, pouco tempo depois, regressou ao seu país. Precisaríamos de um substituto para ele. Fomos então con-versar com o então bispo de Campinas, D. Antônio Maria Alves de Siqueira.

Tudo aprovado com o bispo, fomos nos apresentar ao pároco-vigário da pa-róquia N. Sra. de Fátima que se localiza perto da Lagoa. Padre Milton me acei-tou e disse: “Quando você vai começar? Quando virá para cá, definitivamente?”. Respondi: “Bem, eu vou a São Paulo e logo volto para cá com as tralhas.” Dois

dias depois, eu estava com o Pe. Milton na sua paróquia e conversamos sobre o meu trabalho. Ele me disse: “Te entrego a parte para cima da Lagoa; ali tem muita gente boa que vai colaborar com você.” Eu não tinha condução. Então um amigo do Pe. Milton me levou para o meu novo campo de missão: eram e são as 4 comu-nidades que formariam a base da nova paróquia, depois de 7 anos, em 1981: Co-munidade do Jardim Sant´Ana; Comuni-dade da Vila Nogueira; Comunidade São Quirino; Comunidade Nilópolis.

Padre Milton reservou para si os ca-samentos e eu me dediquei aos batizados. Cada comunidade tinha sua preparação para o batizado: em 3 domingos, uma hora de catequese do padre que acontecia no correspondente salão-capela. Escolhi um pouco mais do que meia dúzia de senho-

res de uma certa idade, de boa formação e sólida base cristã e os ensinei a ler, meditar e a aplicar a Bíblia no contexto atual. Eram os ministros da Eucaristia.

Depois de um tempo, pus o plano em prática: eram 4 as comunidades. Eu celebrava a

Missa em duas comunidades e, simultane-amente, os ministros da Eucaristia presi-diam a celebração da Palavra de Deus nas outras comunidades. Isso durou até ser criada a nova paróquia. Nem sei se o pri-meiro pároco depois continuou com este sistema. Fosse eu, hoje, teria continuado!

Aqui não devo esquecer a Irmã Maria da Eucaristia que foi para as comunidades um braço forte no desenvolvimento das mesmas. Esta irmã, com seu jeito firme e perseverante, conseguia da prefeitura tudo o que as comunidades necessitassem de ajuda. Foi uma bênção para todos.

Estava organizando pastoralmente

Um pouco de história

Daqui deste meu rincão eu mando

à paróquia Sant’Ana de

Campinas um grande abraço a

todos e todas

Pe. Daniel D’Ambrósio, SVD1º Pároco da Paróquia Sant’Ana

as 4 comunidades, quando o meu superior provincial pediu que eu voltasse a São Pau-lo. Fomos, então, ele e eu até Dom Gilberto manifestar esta decisão. Isso em 1980. E o bispo, enfaticamente, disse não. “Padre Da-niel, você não vai embora este ano. E não sai daqui antes que as quatro comunidades se tornem paróquia”. E me deu o prazo de um ano para realizar tal feito.

Em junho de 1981, foi inaugurada a paróquia Sant´Ana compreendendo as 4 comunidades ao redor. E eu voltei para São Paulo, atendendo ao pedido do meu superior provincial e já tendo realizado o pedido do bispo. Depois disso, assumi outros trabalhos pastorais e, em 1997, vim para a casa onde agora estou com os meus 85 anos e uma barba branca.

Daqui deste meu rincão eu mando à paróquia Sant´Ana de Campinas um gran-de abraço a todos e todas: e uma carinho-sa lembrança de 30 anos atrás, quando foi criada a paróquia. E ainda um pedido: lembrem-se, nas suas orações, deste seu amigo Pe. Daniel D’Ambrósio, missionário verbita. Ele os lembra todos a Cristo.

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Tomada de posse do Pe. José Carlos da Silva, que sou eu, na paróquia Sant’Ana de Campinas, no dia

10 de janeiro de 1982, às 16h, domingo, como vigário ecônomo até 31 de janeiro de 1983. Na ocasião estavam presentes os Srs. Padres Daniel D’Ambrósio, 1º Pároco, Pe. José Luiz Nogueira Castro, Vigário Episcopal da Região Norte, que em nome do Arcebispo Administrador Apostólico, Dom Gilberto Pereira Lopes, presidiu a cerimônia de posse. Pe. Nilo Romano Corsi, Pároco de Sant’Ana de Pedreira do qual fui vigário coadjutor por um ano e meio. O estudante de teologia da Arqui-diocese de Campinas, João Pezzuto.

São essas as doze primeiras linhas do registro feito de próprio punho pelo padre José Carlos no Livro Tombo da Pa-róquia. Uma história que tinha tudo para ser uma rápida passagem de um padre numa comunidade, mas que acabou se tornando um marco na vida de muitas famílias e de toda a Paróquia: foram 15 anos e 16 dias com o Padre José Carlos à frente dos trabalhos pastorais. No entan-to, esse grande período de trabalho, ora-ção e convivência toma apenas quatro páginas do Livro. Poucas linhas para uma importante trajetória.

Como o próprio registro inicial do Livro aponta, a provisão do padre José

Carlos tinha prazo de validade: 31 de ja-neiro de 1983. Mesmo ciente de que fi-caria por menos de um ano na condução dos trabalhos, Padre José Carlos tinha um projeto claro em mente: organizar a es-trutura física e pastoral da Paróquia. No Livro Tombo, um desabafo: Cheguei com fé e coragem, pois não havia nada cons-truído. Foi um sofrimento muito grande para iniciar as obras, isto é, a constru-ção da Igreja (...) No período de um ano já tínhamos conseguido sanar esse mal. Fizemos a rifa de um carro usado, e com o resultado do dinheiro levantamos as paredes, foi feita a cobertura juntamente com a estrutura metálica da Igreja. Dian-

te da boa relação do padre com a comu-nidade, e com trabalhos sendo realizados em ritmo avançado, no dia 09 de março de 1983 Dom Gilberto Pereira Lopes re-novou a provisão do Padre José Carlos, ainda como vigário ecônomo. O recebi-mento da nova provisão está registrado com a devida transcrição.

De repente, um salto no tempo. O livro passa para 1988 e registra, naquele ano, um impulso para as comunidades. Entre as conquistas, está a conclusão das obras da igreja matriz e o avanço na edificação da casa paroquial, graças a um incentivo financeiro proveniente da Alemanha e negociado com o apoio da

Memórias de um Pároco EmpreendedorPadre José Carlos conduziu a Paróquia por 15 anos. Escreveu poucas linhas, mas deixou grandes marcas.

Chegada do Padre José Carlos

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irmã Maria Helena Codignole. Padre José Carlos escreveu também que, ainda em 1988, começava a construção das comu-nidades Santo André e Santa Teresinha, bem como a ampliação da capela de São José Operário. Ele terminou o registro dizendo: Com a graça de Deus e o empe-nho de cada conselho das comunidades, pudemos realizar uma boa caminhada. O livro marca também, no mesmo ano, a entrega do Centro Comunitário São João Batista. O trabalho de evangelização na Vila Moscou, que estava até então sob a responsabilidade dos Salesianos, passava a fazer parte da Paróquia Sant’Ana.

Somente depois de quatro anos, Padre José Carlos voltou a escrever. Ele registrou: No ano de 1992 a Paróquia Sant’Ana de Campinas já conta com 09 comunidades: Sant’Ana Matriz, Santo André - Vila Nogueira, Santa Terezinha – Parque São Quirino, Sagrado Coração de Maria – Bairro Carlos Gomes, São Vicen-te – Fazenda da Serra, São José Operário – Jardim Nilópolis, Nossa Senhora Apare-cida – Jardim Miriam, São José – Bairro Bananal, São João Batista – Rua Moscou. Todas essas comunidades contam com a presença dos estudantes de Teologia es-tigmatinos, juntamente com a presença amiga das Irmãs de Nossa Senhora da Consolação e as suas aspirantes. Acom-

panhando a catequese, a juventude, os casais, a Pastoral Saúde (sic), Crisma e participando nas Celebrações da Palavra e distribuindo a Sagrada Eucaristia.

Esse é o último apontamento sobre a vida paroquial que Padre José Carlos dei-xou. A página que encerra seus escritos data de 1993, e transcreve a provisão de Pá-roco, recebida em 28 de maio, além do co-municado sobre a visita pastoral realizada pelo Padre Francisco de Paiva Garcia, a pe-dido de Dom Gilberto. O registro seguinte, no Livro Tombo, já é de 1997. Transcreveu--se a ata da primeira reunião do ano, reali-zada em 28 de abril, já com o Padre Paulo Staut. A única menção do livro, sobre o fim da trajetória do padre José Carlos, está na décima segunda linha da ata: (padre Paulo foi convidado) ...a assumir nossa paróquia

como Administrador Paroquial, após a trágica morte de nosso pároco, Padre José Carlos da Silva, ocorrida no dia 26 de janei-ro deste ano.

O assassinato do Padre José Carlos, dentro da casa paroquial, é um crime ainda sem explicação. As investigações não evoluíram. Restou a dor nos cora-ções, a lembrança da forte personalida-de do Padre José Carlos e a homenagem prestada pela Prefeitura de Campinas e pela comunidade: a praça que leva o nome do Pároco, localizada na Vila No-gueira, e que, desde maio de 2011, foi adotada pela Paróquia.

O registro breve nas páginas do Li-vro Tombo é o que oficialmente Padre José Carlos deixou para a História. No en-tanto, são as histórias com H minúsculo, longe do Livro Tombo, que enriquecem e dão o verdadeiro sentido à presença do Padre José Carlos na Paróquia Sant’Ana. Certamente todas as pessoas que o co-nheceram têm algo a contar: um episó-dio engraçado, uma homilia marcante, uma bronca dada no meio de alguma celebração, uma inauguração de comu-nidade, uma visita à casa... Enfim, Padre José Carlos da Silva é parte da família de muita gente na Paróquia Sant’Ana. E isso é o que, no final das contas, constrói a verdadeira história.

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Há um fato importante que não está registrado no Livro Tombo da Paróquia, mas marca o perfil

empreendedor e, ao mesmo tempo, carido-so do Padre José Carlos. Trata-se da doação do terreno situado atrás da Comunidade Santa Teresinha, no Parque São Quirino, para a construção do Seminário de Teolo-gia da Arquidiocese de Campinas.

Em meados da década de 1990, o Semi-nário funcionava na Rua Carolina Floren-ce, em uma casa que pertencia à Paróquia Nossa Senhora das Graças, na Vila Nova. “A casa, de fato, não era adequada para a formação dos seminaristas”, lembra Dom Gilberto Pereira Lopes, Arcebispo emérito de Campinas. “Nós precisávamos de um lu-gar melhor. E tínhamos a intenção de cons-truir um prédio novo”, completa.

O local que abrigaria a casa nova de-veria ser, preferencialmente, próximo da PUC-Campinas, onde os seminaristas de Filosofia e Teologia fazem seus estudos acadêmicos. O projeto da obra foi então articulado entre dois padres já falecidos: Padre Benedito Malvestiti, à época rei-tor do Seminário, e o Padre José Antonio de Moraes Busch, então Ecônomo da Ar-quidiocese. Faltava o local. “Lembramos

então que a Paróquia Sant’Ana tinha um terreno disponível, atrás da Igreja de San-ta Teresinha. Fui então conversar com o Padre José Carlos”, recorda Dom Gilberto.

Carinho especial – O Arcebispo emérito de Campinas tem, segundo ele próprio, um afeto diferente em relação ao Padre José Carlos da Silva. “Eu me recordo de que, quando vim para a Arquidiocese, ele fazia o curso de teologia no Ipiranga, em São Paulo. Ele foi o primeiro padre que eu, como bispo, ordenei em Campinas, em 1981”. Em 1997, então, atendendo ao pe-dido do Arcebispo, Padre José Carlos rea-lizou a doação do terreno. “Agradeço de coração ao Padre José Carlos que levou o povo a perceber a alegria, para a Paróquia, de ter um Seminário no seu território”

As obras tiveram ritmo acelerado. Em dezembro do mesmo ano, Padre Be-nedito Malvestiti deixou o Seminário. No lugar dele, assumiu o Cônego Elisiário César Cabral. “Quem acompanhou toda a obra foi o Padre Malvestiti. A intenção era

mudarmos para o São Quirino em feve-reiro de 98, mas por conta de problemas na obra e, com as fortes chuvas daquele ano, a casa não ficou pronta. Estávamos com tudo encaixotado, inclusive livros, e precisávamos de uma decisão. Fizemos uma reunião com todos os seminaristas e decidimos mudar em abril, mesmo com os pedreiros ainda trabalhando no lado ex-terno da casa. Aproveitamos o feriado do dia 21 para fazer a mudança”, recorda.

De acordo com o livro Arquidiocese de Campinas – Subsídios para a sua História, publicado em 2004, a inauguração oficial do Seminário só aconteceria no dia 18 de maio de 1998, com uma missa presidida pelo então Núncio Apostólico do Brasil, Dom Álfio Rapisarda.

A ligação entre o Seminário de Teo-logia e a comunidade paroquial é de muito afeto. Muitos padres da nossa Arquidio-cese que moraram naquela casa fizeram estágio pastoral na Paróquia Sant’Ana. Entre eles estão Pe. Paulo Emiliano, Pe. Rodrigo Catini Flaibam e inclusive o atu-al pároco, Pe. Wilson Maximiano.

O Seminário de Teologia da Arquidiocese de Campinas

Em 1997, então, atendendo ao pedido do Arcebispo, Padre José

Carlos realizou a doação do terreno.

Padre José Carlos

Felipe ZangariSem. da Arquidiocese de Campinas

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Foi no início de 1989 que conheci Pe. José Carlos. Eu estava come-çando o curso de teologia na PUC

e morava em Barão Geraldo – Campinas. Como pároco da Paróquia Sant’Ana ele veio ao nosso seminário convidar-nos para atuarmos nas comunidades. No final de semana seguinte já fomos apre-sentados ao povo, numa missa dominical na Matriz. Pe. José Carlos estava visivel-mente feliz e abriu as portas da paróquia para nós. Todos nos acolheram com ale-gria. Éramos quatro seminaristas: Paulo Staut, José Teixeira, Paulo Borges e José Eduardo.

Pe. Pertile, nosso formador, tam-bém fazia parte desta animação pastoral. Foram quatro anos de intensa aprendi-zagem pastoral. Juntamente com as reli-giosas que residiam na paróquia e alguns leigos, formamos uma equipe de anima-ção vocacional e da juventude, a qual promoveu uma grande movimentação juvenil, envolvendo todos os grupos de jovens existentes na época. Além disso, nós, seminaristas, percorríamos todas as comunidades atendendo as diferentes necessidades, principalmente no que se referia à formação das lideranças. Com tudo isso, nasceu uma amizade profunda

entre nós e a comunidade pa-roquial. Éramos uma só família.

Um acontecimento que marcou muito foi a nossa or-denação diaconal realizada na Matriz em 1992. Pe. José Carlos estava muito feliz. Quando fui ordenado padre, em março de 1993, muitos paroquianos esti-veram presentes, sobretudo os jovens. Em 1997 assumi o semi-nário de Filosofia, na Chácara do Vovô, Campinas e, justamente no iní-cio daquele ano, houve a trágica morte do Pe. José Carlos. Foi nesse contexto que assumi a Paróquia Sant’Ana como admi-nistrador paroquial, até que fosse indica-do o novo pároco.

Havia uma tristeza muito grande no ar. Ficou um vazio. Pe. José tinha uma personalidade forte e, às vezes, um pou-co enérgica; todavia, era amado e respei-tado por todos. Com a sua morte, ficou a pergunta: e agora, por onde ir? Mesmo porque havia situações que exigiam res-postas imediatas. Por tudo isso, creio que nossa presença naquele momento signi-ficou mais do que só um consolo, uma vez que, juntos, conseguimos superar a tristeza, levantar a cabeça e prosseguir a

caminhada. Não sei dizer, precisamente, quantos meses estive à frente da Paró-quia Sant’Ana, no entanto me recordo perfeitamente da primeira reunião com todos os representantes das comunida-des, pastorais e movimentos, cujo obje-tivo era estruturar o Conselho Pastoral Paroquial (CPP) e encaminhar a Semana Santa e a Festa da Padroeira.

Assim, com a colaboração de todos, conseguimos vencer essa etapa da his-tória da Paróquia, a qual sempre contou com pessoas de profunda espiritualida-de, dotadas de bom senso e que amam a Igreja; por isso, vencemos! Não há duvi-das de que Pe. José Carlos deixou profun-das marcas em nossas vidas; foi alguém que amou esta paróquia. Só nos resta di-zer: Obrigado, Pe. José Carlos!

Obrigado, Pe. José Carlos da Silva

Pe. Paulo Roberto Sampaio Staut3º Pároco da Paróquia Sant’Ana

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A pedido do atual pároco desta querida Paróquia Sant’Ana de Campinas, por ocasião dos 30

anos de sua criação, quero deixar re-gistradas algumas palavras dos muitos momentos que vivemos juntos. Foi com muita alegria que aceitei a indicação de Dom Gilberto Pereira Lopes para a in-cumbência de administrar e conduzir os trabalhos pastorais. Claro que sei de minhas limitações, mas resolvi encarar o desafio com coragem e humildade, con-tando sem dúvida com ajuda de Deus e a iluminação do Espírito Santo.

E foi assim. O Espírito se reavivou na vida do povo dessa Paróquia, que havia sofrido muito com a perda do saudoso Pe. José Carlos. Os trabalhos foram, na verdade, retomados com muito entusias-mo pelo Pe. Paulo Staut, da Congregação dos Estigmatinos. Ele, com seu carisma, conseguiu motivar muitas lideranças e o povo para a vivência e a participação em torno dos sacramentos. Não foi muito di-fícil assumir depois de toda essa anima-ção do Pe. Paulo Staut.

Demos continuidade, mas havia muito a ser feito e, com tranquilidade e entusiasmo, cada membro das comuni-dades foi assumindo seu papel e em pou-co tempo as pastorais estavam vibrantes e atuantes. Catequistas, ministros (da saúde, das exéquias, da palavra), grupos de jovens, coordenadores das comuni-dades... Todos nos reuníamos mensal-mente, para encaminhar nosso plano de pastoral, em consonância com as dire-trizes da Arquidiocese. Crescia também

grande interesse em me-lhorar as instalações para receber com mais conforto a todos. Penso que a pessoa que ilustra o entusiasmo de todos para construção foi Dona Regina, que não media esforços, pedindo ajuda a todos na execução dos pro-jetos.

Das lembranças que tenho no que tange à vida pastoral, quero destacar, sem citar nomes, duas delas que foram marcantes. A pri-meira foi num domingo, por volta das 20 horas, quando eu já estava cansado, depois de um dia intenso, e fui cha-mado à comunidade Nossa Senhora Aparecida para mi-nistrar a unção dos enfer-mos a um rapaz que estava sofrendo muito. Era tamanha a sua dor, e quase não havia espaço em seu corpo para ungir, pois estava tomado por fe-ridas. Realizada a unção, em profunda oração com alguns membros da comuni-dade, me ocorreu orientar que esse rapaz cumprisse o tratamento indicado pelos médicos da Unicamp e foi o que ele fez. Passados 2 meses, esse rapaz estava sau-dável, trabalhando e, como forma de gra-tidão, partiria em romaria ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida. Esse episó-dio foi pra mim um grande milagre, ope-rado pela fé de sua família, dele próprio e da comunidade; eu me senti instrumento de Deus, servindo como sacerdote. Sem dúvida foi um dos momentos mais pro-fundos que vivi, que serviu para revelar como Deus age, quando temos fé.

Outro episódio pastoral, que me marcou muito, foi quando fazia visitas aos enfermos para levar a sagrada unção e a santa Eucaristia. Cheguei com uma

30 anos da Paróquia: Parabéns!

Osmar Marques - Padre licenciado da Arquidiocese de Campinas - 4º Pároco da Paróquia Sant’Ana

A somatória de tudo que aconteceu na vida dessa paróquia é, sem dúvida,

alguma demonstração de como Deus atua onde há pessoas de boa vontede.

ministra à casa de uma senhora idosa e muito pobre. A ministra cuidava com de-voção dessa idosa como se fosse sua mãe: dando de comer, dando banho, cuidando com carinho e amor tão imenso, que vi Cristo vivo em suas atitudes. Era tanto amor ao próximo, tanta fé, lealdade, ade-são ao projeto de Cristo, que senti a Igreja de Cristo atuante na Paróquia Sant’Ana. Foram tantas obras operadas pela fé, são incontáveis, na liturgia, no dia a dia.

A somatória de tudo que aconteceu na vida dessa paróquia é, sem duvida, al-guma demonstração de como Deus atua onde há pessoas de boa vontade. Há muitas experiências que eu poderia con-tar aqui, mas creio que ficará extenso de-mais esse texto. Muito vai ficar no cora-ção: saudade, alegrias vividas, tristezas. Mas, sem dúvida alguma, Deus sabe tudo e eu confio em sua misericórdia.

Beijos a todos, em Cristo.

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Dizem que a primeira namorada a gente nunca esquece. É com esta verdade que dirijo a todos

os paroquianos e paroquianas da Paró-quia Sant’Ana de Campinas. Grande foi o aprendizado nestes 3 anos em que fiquei como Administrador Paroquial. Me lem-bro com carinho do testemunho de aco-lhimento das Comunidades e do compro-misso das pessoas em tudo aquilo que se tornava projeto: A “Festa dos Carismas” que veio para sanar uma dificuldade: as pessoas não se conheciam, até porque a Paróquia era bastante extensa, treze Comunidades, nos limites da Lagoa do Taquaral, ou mais precisamente a Praça Arautos da Paz, até o limite entre Cam-pinas – Jaguariúna e ainda Campinas – Pedreira. As Santas Missões Populares e o “alistamento” de tantos leigos que se comprometeram com o anúncio do Evangelho. Lembro-me dos testemunhos das situações que os missionários encon-travam nas casas que visitavam.

As festas dos Padroeiros das Co-munidades, as procissões, as missas na Igreja e nas casas, o Casamento Comuni-tário, o nascimento da Comunidade Sa-grada Família, o amor e o zelo de pessoas verdadeiramente comprometidas com Jesus Cristo. Os Ministros da Eucaristia, da Palavra e dos Enfermos, as Equipes de Canto, Liturgia e Catequese. Os jovens, as crianças e os anciãos. A “Vó Regina”, grande personalidade da história desta Paróquia, como tantas pessoas que, com seu jeito humilde de servir, me ensina-ram muitas coisas.

Na Festa dos 30 anos da Paróquia Sant’Ana, quero dizer a todos, que a mi-nha vida muito se enriqueceu e levo a todos comigo, sempre, no meu coração de padre.

Minha gratidão a todas as pessoas que fazem parte desta grande Comuni-dade de Comunidades.

Levo a todos no meu coração de padre

Pe. Heriberto Mossato5º Pároco da Paróquia Sant’Ana

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Com o coração repleto de gratidão e de alegria, quero, por meio desta mensagem, saudar todos os nossos que-ridos paroquianos pelos 30 anos da nossa Paróquia de

Sant´Ana. Quantas pessoas se dedicaram a esta Paróquia e se empenham nos trabalhos pastorais e na participação ativa de nossas comunidades.

Em 2008, fui chamado a servir esta Comunidade como pas-tor, amigo e irmão. Já tinha conhecido a Paróquia, em 1996, por meio do estágio pastoral como seminarista: trabalhei na comu-nidade Santo André. Depois, morei no Seminário de Teologia da nossa Arquidiocese durante quatro anos, mas sempre vinha em meu coração que um dia poderia servir esta Paróquia como pároco. Confesso, era um desejo meu. O tempo passou, e Deus permitiu que isso acontecesse. Bendito seja Deus!

Nesta caminhada atual já faz três anos e meio que estou na Paróquia como pároco e animador desta Comunidade. Cheguei aqui sucedendo padres que a comunidade carinhosamente sem-pre lembra: Padre Daniel, Padre José Carlos, Padre Paulo, Padre Osmar e Padre Heriberto. São 30 anos marcados de profunda his-tória de alegrias, conquistas, alguns sofrimentos, mas sempre na certeza de que o Espírito Santo continua a conduzir os nossos caminhos e projetos.

Durante este período em que estou à frente da comuni-dade paroquial, muitos trabalhos e ações realizamos. Cheguei aqui e encontrei uma comunidade viva e atuante, com leigos e leigas engajados nos diversos serviços, pastorais e ministérios de nossa Igreja. Tivemos diversas oportunidades de cresci-mento da nossa fé e formação para a evangelização. Realiza-mos, durante dois anos, a escola fé para leigos, que todas as segundas se reuniam para uma formação sólida no que diz respeito à nossa Igreja, à pessoa de Jesus e à Palavra de Deus. Tivemos a oportunidade de fazermos as santas missões popula-res na Comunidade São João Batista e na Comunidade Sagrada Família, recebemos a imagem fac-símile da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. Além disso, realizamos duas assem-bleias paroquiais, que definiram projetos pastorais para nossa Paróquia. Na última assembleia, realizada no ano passado, de-finimos estarmos sempre em comunhão com a nossa Arqui-diocese, com o 7º Plano de Pastoral Orgânica, sendo uma Igreja que acolhe, uma Igreja que se renova e uma Igreja do serviço so-lidário. Mas assumimos também alguns compromissos na linha da atuação pastoral, dentro da comunidade paroquial: Reforçar a atuação dos Conselhos Pastorais das Comunidades; Estrutu-

rar a Rede de solidariedade; Juventude; Família e Caixa Único. Quanto serviço! E quantas pessoas empenhadas! Bendito seja o Senhor! Toda a nossa ação está baseada na oração, por isso todos os anos realizamos o retiro paroquial com a participação de todos os membros das nossas comunidades.

Agradeço a Deus o empenho de todos no trabalho e no serviço à comunidade paroquial. Sou profundamente grato por viver este momento de alegria ao celebrarmos os 30 anos da nossa paróquia.

Que a Senhora Sant’Ana, nossa padroeira, continue a in-terceder por nós e por nossa Paróquia, a fim de que todos nós possamos continuar, firmes e animados, no caminho de Jesus!

“Dai graças ao Senhor porque ele é bom”!

Estimados irmãos e estimadas irmãs, a paz de Cristo!

Pe. Wilson Enéas MaximianoPároco

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A Paróquia Sant’Ana, em 2011, completa 30 anos da sua criação. E é nesse sentido que dou teste-

munho da minha vida enquanto Semina-rista, Diácono e agora Presbítero para a Igreja da Arquidiocese de Campinas e es-pecificamente para a Paróquia Sant’Ana.

Iniciei os trabalhos pastorais como Seminarista arquidiocesano em nossa Paróquia Sant’Ana, em 2008. Padre Wil-son acolheu-me e confiou-me alguns tra-balhos: Acompanhar as comunidades na área Catequética, em especial as santas missões populares, juntamente com os missionários da Paróquia nas comunida-des Sagrada Família (Núcleo Residencial Gênesis) e São João Batista (Moscou e Ca-fezinho). Fui ordenado Diácono em 20 de dezembro de 2009, quando então pude exercer o meu ministério na Paróquia Sant’Ana de Campinas como auxiliar paroquial. Dou testemunho da gra-ça de Deus na minha vida, na solenidade da festa de Sant’Ana do dia 25 de julho de 2010, oca-sião em que Pe. Wilson me acolheu para ser or-denado presbítero.

Meu lema de Or-denação: “Ide por todo o mundo e ensinai a todas as nações! Eis que estou con-vosco, todos os dias até a consumação dos séculos!” (Mt 28, 19-20). O maior testemunho que dou da minha vida é poder, nos 30 anos da Paróquia, celebrar a minha Orde-nação na solenidade da Festa de Sant’Ana: foi um marco na minha vida; um ato de fé, unidade e

Trabalhando unidos e criando situações calorosas para todos

acolhida pelo Padre Wilson, pároco, pelo Diácono Wilson e todos os paroquianos.

Durante a novena em preparação à Ordenação Presbiteral, todos os dias reza-mos temas vocacionais, junto com os pa-roquianos e amigos, preparando-me para

o grande dia. Tenho que agradecer muito a Deus, pela vida e pela amizade que Ele a mim confia todos os dias. A gratidão é hoje o sentimento que desejo partilhar com vocês ao participar dos 30 anos no

caminho de Jesus como vigário paroquial da paróquia Sant’ Ana de Campinas.

Ser padre é ser abençoado e ver-dadeiramente escolhido por Deus. Sem dúvida alguma, somente alguém que tem Deus ao seu lado é capaz de realizar tantos momentos, como: celebrar a Eu-caristia, pregar o Evangelho, acolher os pecadores, orientar e acompanhar como somente um pai pode fazer. Um pai espi-ritual, dado pelo Senhor, para nos guiar no caminho da salvação.

Que este espírito comunitário faça sempre renascer em nós a esperança de um mundo melhor, com mais justiça, e para que possamos trabalhar juntos proporcionando situações calorosas e agradáveis para os nossos paroquianos. Obrigado a todos e viva os 30 anos no ca-minho de Jesus!

Padre Odair Costa NogueiraVigário Paroquial Paróquia Sant’Ana de Campinas

Meu lema de Ordenação: “Ide por todo o mundo e

ensinai a todas as nações! Eis que estou convosco,

todos os dias até a consumação dos séculos!”

(Mt 28, 19-20)

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26 Nossos Pastores

A casa da sempre querida Senhora Sant`Ana, a avó de Jesus, com-pleta 30 anos nesta localidade

particular de campinas. Nosso coração enche-se de alegria! Se esta é casa de Je-sus, também nossa casa é! Estamos todos em família, família esta que transcende as relações carnais, que nos leva a Deus.

Recordamos e festejamos a trajetó-ria percorrida até aqui. Quantas foram as vitórias, as conquistas, e também as de-cepções, os desafios, as pedras, mas não nos deixamos abater. Temos combatido o bom combate, temos guardado a fé. Po-rém, esta trajetória só foi possível graças a tantas vidas, que queremos recordar e agradecer a nosso boníssimo Pai, por te-

rem doado sua existência ao serviço in-cansável do mandato de anunciar a todos a Boa nova! Uma boa nova repleta de es-perança, não mera informação, mas que transforma vidas.

Qual o segredo de tanta alegria? Nunca estivemos sós! O Senhor, nosso Bom Pastor, caminha conosco, aliás, Ele é o nosso Caminho, a nossa Verdade e a nossa Vida. Nestas campinas Ele tem nos conduzido a verdes prados, portanto, Ele é também nosso fim.

As ovelhas se alegram por terem um Pastor. Procuram, então, corresponder ao amor do Pastor, sendo fiéis e coope-rando com o Mesmo, para que esta casa seja sempre o aprisco confortável e segu-

ro das ovelhas perdidas, machucadas e perseguidas, que ainda devem ser sem-pre mais conduzidas a Ele.

Queremos continuar esta trajetória! Obrigado por todos vocês que fazem par-te desta linda história, a nossa história. Parabéns, Paróquia de Sant’Ana! pros-sigamos nos caminhos do senhor, até o dia que Ele permitir. Coragem, eis que o Senhor estará conosco até a consumação dos séculos, pois Ele venceu o mundo.

Oh, Santa mãe da Imaculada mãe de Jesus, ajudai-nos a fazer a vontade do Pai.

A marca da festa dos 30 anos

Carlos Roberto de Oliveira JesusSeminarista da Arquidiocese de Campinas

Arte criada pelo seminarista Carlos Roberto, que marca as comemorações dos 30 anos de nossa Paróquia.

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Presença Religiosa e Pastoral

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28 Presença Religiosa e Ação Pastoral

Era 19 de novembro de 1983! O Carisma da CONSOLAÇÃO, como uma brisa mansa e suave, perme-

ava a Paróquia Sant’Ana com a presença das Irmãs da Consolação! Santa Maria Rosa Molas, Fundadora da Congregação, visita esta terra campineira por meio das Irmãs, e quer armar sua tenda e construir com este povo a história da Consolação na formação das jovens Irmãs e na Edu-cação de crianças.

Nos primórdios desta caminhada, havia um grupo considerável de Irmãs e isto possibilitava uma presença maior de Irmãs nas comunidades da Paróquia. Quero recordar, com carinho e gratidão, a pessoa do Padre José Carlos da Silva, que nos deu um grande apoio em todos os aspectos e, de modo especial, abertu-ra e confiança em nosso trabalho para atuarmos nas diversas Pastorais da Paró-quia, como: catequese, pastoral da juven-tude, crisma, pastoral da saúde, pastoral vocacional, clube de mães.

A Congregação está presente nas diversas situações da Igreja como: edu-cação, hospitais, lares de crianças aban-donadas e de idosos, residências de universitárias, pastorais em paróquias, missões ad gentes, albergues, promoção da mulher.

Além das Irmãs, a Congregação tem o Movimento de Leigos: “Consolação para o Mundo”, com Estatutos aprovados pela Igreja. Jovens e adultos, descobrindo o Carisma de ser presença da Consolação e da Misericórdia de Deus no mundo, fazem parte deste grupo, vivenciando o Carisma nas diversas tarefas que de-senvolvem, procuram se encontrar e aprofundar no conhecimento de Cristo, o grande Consolador, e desde a experi-ência de Deus levam para suas comuni-dades e pastorais esta faceta de Cristo, o Consolador por excelência!

Desde o início da nossa presença

na Paróquia, foi fundado este grupo que tem variado muito em número, algumas vezes mais, outras menos; mas sempre alguém está batendo às nossas portas, com o objetivo de participar do grupo e aprofundar o conhecimento do Carisma. No início, havia um grupo de jovens cha-mado “Jovens do COM”, que ainda hoje está espalhado pelos quatro Continentes onde trabalhamos. Cabe lembrar aqui, que muitos leigos adultos, hoje compro-metidos na nossa Paróquia, participaram deste Movimento e alguns ainda partici-pam. Este grupo se reúne a cada 15 dias e, com certeza, seus membros levam sua

espiritualidade, a Consolação e a Miseri-córdia, por onde passam. Durante alguns anos, foi muito forte a Páscoa jovem rea-lizada com jovens, que, sem deixar de participar dos atos da Semana Santa da Paróquia, se retiravam e se dedicavam a um maior aprofundamento dos Mistérios da Vida, Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus. Quantas vigílias e, de modo espe-cial, vigílias de Pentecostes foram reali-zadas com a participação dos jovens da Paróquia! Lindas e profundas experiên-cias que, sem dúvida, marcaram a vida de muitos!

Em 1986, depois de construir a Esco-

Irmãs da Consolação: contando a história de 28 anos

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Presença Religiosa e Ação Pastoral 29

la, iniciamos nosso apostolado também na Educação com crianças, facilitando assim para as Irmãs jovens desenvolve-rem sua missão educadora nesta Escola. Neste ano de 2011, estamos celebrando 25 anos da aprovação da Escola de Edu-cação Infantil Nossa Senhora da Conso-lação e, juntamente com os 30 anos da Paróquia, queremos celebrar também o Jubileu de Prata desta Escola, onde mui-tas crianças de nossos Bairros e de nossa Paróquia deram seus primeiros passos. Hoje são adultos e alguns já são pais e trazem seus filhos para a mesma Escola em que estudaram. No dia 6 de agosto

deste ano, vamos comemorar os 25 anos de nossa Escola com a celebração da Eu-caristia na Paróquia Sant’Ana.

Queremos convidar a todos e, de modo especial, nossos ex-alunos, pais, familiares e toda a Comunidade para participarem conosco desta celebração. Vamos juntos agradecer e louvar a Deus por estes 25 anos de vida da Escola e pela presença de, aproximadamente, 2.250 crianças que por aqui passaram, apren-deram as primeiras letras e escreveram o próprio nome com as Irmãs da Conso-lação.

Hoje, sendo nosso Pároco o Padre

Wilson, quero agradecer-lhe, em nome das Irmãs, pela sua acolhida e dedicação. Agradecemos também a todas as pes-soas que valorizam nossa presença na comunidade paroquial. Mesmo impossi-bilitadas, pelo escasso número de Irmãs, de atuarmos de maneira mais direta nas pastorais, temos uma grande missão que é a Pastoral da Educação que está inseri-da nesta Paróquia.

Obrigada, Senhor, por este momen-to importante da Paróquia que celebra seus 30 anos de criação! Obrigada, Se-nhor, por todos os Padres que passaram por aqui e transmitiram a Palavra de Deus e seus ensinamentos! Obrigada, Se-nhor, pela vida doada e pelo sangue der-ramado do Padre José Carlos! Que tudo se reverta para o bem da Paróquia e a con-versão daqueles que fazem o mal. Obriga-da, Senhor, pelas graças concedidas, pelo crescimento espiritual, pelo compromis-so de todos os paroquianos nestes anos! Obrigada, Senhor, porque onde nós não conseguimos chegar, sua misericórdia e a sua bondade chegam abundantemente!

Que Santa Maria Rosa Molas, que há 28 anos, também percorre estas ruas e estas comunidades na pessoa de cada Irmã, interceda, desde o céu, por nossa comunidade paroquial, por nossos Pa-dres, por nosso povo e por nossas Irmãs que aqui estiveram e por aquelas que aqui estão, para que continuem sendo a presença da Consolação e da Misericór-dia de Deus.

Jovens, a vocês deixo uma pequena mensagem: a Consolação é uma urgên-cia no mundo da dor, do sofrimento, da tristeza, do desamparo, da solidão... Você também pode ser Consolação como Irmã da Consolação ou como Leigo (a) que par-ticipa deste Carisma.

Ir. Maria Helena Codignole

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30 Presença Religiosa e Ação Pastoral

É com muita alegria que venho compartilhar com cada um de vocês esta bonita experiência de

perceber a mão de Deus no caminho de minha vida e da comunidade paroquial. Desde bem pequena, participei da Comu-nidade na época com Pe. Daniel, onde a Eucaristia era celebrada no salão da Co-munidade Sant´Ana, junto com meus ir-mãos.

Muitas são as lembranças: a comu-nidade reunida para a celebração euca-rística, unida na construção da Igreja; a chegada do Pe. José Carlos, seu dinamis-mo; as diferentes pastorais crescendo; o trabalho dos Vicentinos, que visitavam as famílias carentes e se reuniam nos sá-bados; o trabalho do terço nas famílias; a equipe de D. Nair da qual participei vi-sitando as famílias do Cafezinho; a Clau-dina e Edilma, minhas catequistas que, com seu exemplo, me ajudaram a conhe-cer os mistérios de Deus; as novenas do Natal em família; o terço no mês de maio; o curso bíblico nas famílias. Também não poderia deixar de lembrar o testemunho de vida e exemplo da Vó Nena que, com carinho, ajudava na catequese; as festas juninas; a festa de Sant´Ana, dos padro-eiros: São José Operário, Santo André, Santa Teresinha. Recordo ainda o tra-

balho da catequese, o grupo de jovens... Quantas lembranças bonitas da vida da comunidade!

Agradeço a Deus por tanta coisa que aprendi e vivi na Comunidade Sant´Ana. Toda a minha família participou e viveu a experiência de ser comunidade. Recebi um grande presente de Deus em minha vida quando, na Primeira Eucaristia, vivi a forte experiência de ser tocada pela ação de Deus. Lembro-me como foi forte a Palavra de Marcos 10,21: “Vem e segue-me”. Para mim, foi a palavra que me fez começar a questionar o que fazer de mi-nha vida. Tinha claro que a minha missão não era formar família, e sim, dar a vida por tantas pessoas que não tinham nin-guém por elas.

Recordo-me que depois de um perío-do, perguntei a minha mãe, se poderia ser religiosa, levou um susto e disse que jamais voltasse a falar sobre isso. Com o tempo, meus pais começaram a não me deixar participar da Comunidade, mas, com jeiti-nho, continuei participando, ajudando na catequese. Aos poucos fui iniciando o pro-cesso do discernimento vocacional, que a principio, Pe. José Carlos muito me ajudou a ir percebendo os sinais de Deus e, com a chegada das Irmãs da Consolação, os cami-nhos foram-se abrindo.

Recordo, com gratidão, as horas de conversas, as orientações, os momentos de oração, a acolhida, a presença sem-pre amiga e certa da Eucaristia. Também agradeço o cuidado e a presença da Co-munidade na época do falecimento de mi-nha mãe. Já nos meus dezoito anos, decidi entrar na Congregação das Irmãs da Con-solação, da qual faço parte até hoje. Sou muito feliz como religiosa; atualmente trabalho no Colégio, em Ceilândia – DF.

Aos jovens deixo a mensagem de que vale a pena seguir os passos de Jesus, dar a vida por ele. Não tenham medo de ouvir a voz de Deus, de responder ao seu chamado. E, quem sabe, no meio de nossa comunidade surjam muitos jovens toca-dos pela ação de Deus para a vida consa-grada e sacerdotal.

Parabéns pelos trinta anos de vida da nossa Paróquia. Que Sant`Ana conti-nue abençoando cada família, o traba-lho de cada comunidade, a cada dia. Um grande abraço, com carinho e orações,

Ir. Sandra Regina Rizzoli

Aos jovens deixo a mensagem de que vale a pena seguir os passos de Jesus, dar a vida por ele. Não tenham medo d ouvir a voz de Deus, de responder ao seu

chamado.

Muitas e boas lembrançasQueridos Amigos da Paróquia Sant`Ana

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Sou o Pe. Antônio Lúcio, sacer-dote paulino. Morei na Comu-nidade Paulina de Campinas

entre os anos 1999-2002 como Supe-rior da Comunidade e Formador dos Seminaristas. Neste período colabo-rei, através do Ministério Sacerdo-tal, com a Paróquia Sant’Ana, sendo Pároco o Pe. Osmar Marques.

Minha colaboração era para presidir as Missas na Paróquia Sant’Ana, nas Comunidades São José, Santo André e Santa Teresinha. Al-gumas poucas vezes presidi o Sacra-mento do Matrimônio e as Exéquias.

O Pe. Osmar sempre deixou-me muito à vontade, inclusive permi-tindo que eu presidisse, na Paróquia, as Missas dos Modelos de Santidade dos Paulinos: Bem-aventurados Tia-go Alberione e Timóteo Giaccardo. Também as Celebrações festivas dos Paulinos: Maria, Mãe, Mestra e Rai-nha dos Apóstolos (mês de maio), São Paulo Apóstolo (mês de junho) e Jesus Divino Mestre (mês de outu-bro). Também o aniversário de fun-dação da Congregação dos Paulinos, no dia 20 de agosto.

Marcou-me profundamente uma vez que pedi para presidir um Tríduo de Santa Rita de Cássia na Pa-róquia, ao que Pe. Osmar autorizou imediatamente. Os fiéis aderiram à proposta e foi uma manifestação de fé muito bonita. Também marcou-me a participação dos fiéis nas Se-manas Santas, especialmente uma Vigília Pascal na Comunidade Santo André, onde pude explicar detalha-damente toda a celebração, com des-taque para o Círio Pascal. As equipes

de liturgia, na Matriz e nas Comu-nidades, sempre preparavam muito bem as Missas.

Eu gostava de colaborar com o Pe. Osmar e sempre chamou-me a atenção a participação ativa dos Lei-gos nas Celebrações e nas diversas pastorais. Eu tinha prazer e alegria em presidir as Missas para esta por-ção do Povo de Deus.

Quando de minha transferência para Belo Horizonte em 2003, presi-

di a Missa de despedida na Paróquia Sant’Ana e, ainda hoje, guardo no coração as manifestações de cari-nho, amizade e gratidão das pessoas pela minha presença/colaboração durante os anos que aí vivi. Obriga-do a todos por tudo. Concedo, de co-ração, a minha bênção sacerdotal a cada um de vocês, extensiva às suas famílias. Continuem rezando por mim para que eu possa continuar sempre amando ser padre.

Manifestações de fé e amizade

Pe. Antônio Lúcio da Silva Lima, SSP

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32 Presença Religiosa e Ação Pastoral

Acolhimento: Procura-se cumprir a orientação bíblica: “Acolhei-vos uns aos outros, como Cristo nos acolheu para a glória do Pai” (Rm 15,7). É um trabalho de acolhimento aos irmãos, para que se sintam melhores nas missas e encontros.

Liturgia: É a alma da Igreja e, quan-do bem preparada, enriquece a fé de cada pessoa que se faz presente nas cele-brações. Podemos dizer que, ao engajar nesta Pastoral que abrange grande parte das pessoas que participam em outros grupos dentro da Comunidade, nos tor-namos porta-vozes da Palavra de Deus.

Juventude: Pastoral da Juventude é a ação dos jovens como Igreja, uni-dos e organizados a partir dos Grupos de Jovens. É a juventude evangelizando outros jovens, em comunhão com toda a Igreja.

Ministros da Comunhão, Pala-vra, Saúde e Exéquias: Têm por fun-ção auxiliar o Sacerdote nas Santas Missas, distribuir a Sagrada Comunhão, auxiliar nos batizados e levar a Eucaris-tia aos doentes impossibilitados de ir à igreja.

Coroinhas: Servir o altar, auxiliar o celebrante, rezar e participar das ce-lebrações.

Pastoral do Batismo: O principal objetivo da Pastoral do Batismo é levar aos pais e padrinhos o conhecimento do que é o Batismo e o compromisso que, por meio dele, se assume com Deus e com a comunidade. É necessário vi-venciar, testemunhar e ensinar filhos e afilhados a serem cristãos autênticos e fiéis seguidores de Jesus Cristo.

Ministérios de Música: Motivam

e estimulam o povo a cantar, e prepara os cantos conforme o tempo litúrgico e cada parte da celebração. Seu objetivo é integrar e orientar os grupos da Comu-nidade por meio dos encontros e acom-panhamentos.

Grupo de Vivência: O objetivo é ir ao encontro das famílias afastadas, e conhecer as realidades em que vivem os nossos irmãos na fé que moram perto de nós. Nesse sentido, o grupo de vivên-cia possibilita momentos de reflexão, orações e celebrações, para sermos uma Igreja renovada.

Dízimo: Incentivar os fiéis a assu-mirem a Pastoral do Dízimo como sinal de partilha com a Igreja, como compro-misso e expressão de fé.

Crisma: Tem como missão: prepa-rar as pessoas que desejam confirmar sua fé católica para receber o Sacra-mento da Crisma (ou Sacramento da Confirmação), de modo que assumam seus papéis como cristãos e católicos, sendo luz do mundo e sal da terra.

Batismo: Ocupa-se com a realiza-ção, uma vez por mês, de um curso pre-paratório para o Sacramento do Batismo.

Catequese: Prepara crianças, ado-lescentes, jovens e adultos para a vida na fé, amor a Deus, compromisso com a Igreja, a ser cristão e à celebração do Sacramento da Eucaristia.

Família/Curso de Noivos: Tem como objetivo oferecer aos casais con-dições de se prepararem para uma união estável e sólida, baseada em prin-cípios cristãos.

ECC (Encontro de Casais com Cristo): O Encontro de Casais com Cris-to ( ECC) é um serviço da Igreja em favor

Missão e ação pastoral na vida da paróquia

A missão só tem uma origem. Tudo brota do coração do Pai. A fon-te da missão é o projeto de Deus, que é amor. O caminho mais precioso para a efetivação do amor na Igreja é pelas pastorais.

Pastoral vem da palavra pastor. Aquele que conduz!

A Ação Pastoral da Paróquia Sant’Ana é fruto de uma grande ca-minhada da Igreja–povo de Deus, nos últimos anos. Desde 26 de julho de 1981, nossa Paróquia vem seguindo as orientações e diretrizes assumidas nas assembleias. Propagar a Palavra é o maior ato de evangelização. Por isso, é preciso que todos os caminhos levem a Deus. Isto é fazer e viver a Pastoral.

Os organismos vivos da organiza-ção pastoral devem ser voltados para as exigências da Ação Evangelizadora: serviço, diálogo, anúncio e testemu-nho. A nossa Paróquia desenvolve vá-rios trabalhos pastorais como manifes-tação e expansão dos planos de Deus na terra.

Padre Odair Costa Nogueira - Vigário Paroquial Paróquia Sant’Ana de Campinas

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Presença Religiosa e Ação Pastoral 33

da evangelização das famílias. Procura construir o Reino de Deus, aqui e agora, a partir da família, da comunidade pa-roquial, mostrando pistas para que os casais se reencontrem com eles mes-mos, com os filhos, com a comunidade e, principalmente, com Cristo.

Comunicação (PASCOM): Respon-sável pela divulgação de eventos rela-cionados à Paróquia, por meio de infor-mativos impressos e virtuais.

Vicentinos: Prestar assistência espiritual e material aos mais carentes. Na alegria e na simplicidade. É a missão de anunciar o Evangelho, de modo espe-cial aos mais pobres.

Oficina de Oração e Vida: Apren-der a orar para aprender a viver. Nova evangelização pela qual se ensina a orar em profundidade; a fazer-se ami-go de Deus, Pai de ternura infinita; des-cobrir a Bíblia; superar, passo a passo, as angústias, tristezas e medos; alcan-çar estabilidade emocional e alegria de viver; despertar para a missão à qual fomos criados, à vida apostólica

Apostolado da Oração: Tem a missão de orar. Orar por toda a Igreja, orar pelos mais necessitados e esque-cidos, pelos sacerdotes, por todas as pastorais, movimentos, grupos, con-gregações, orar incansavelmente e de maneira especial, em desagravo aos pecados cometidos contra o Sagrado Coração de Jesus.

Grupo de Oração (RCC): É a reu-nião de cristãos que têm por objetivo louvar e bendizer a Deus, levando os participantes a uma experiência pesso-al com o Deus vivo. A oração é o princi-pal carisma nessas reuniões.

Clube de Mães: As atividades re-alizadas com o Clube de Mães visam à formação pessoal e profissional das participantes, mediante a organização e a estruturação dos grupos, com reu-niões, palestras, propostas de geração de renda e outros assuntos similares; artesanatos diversos, tudo com o obje-tivo de despertar o interesse para satis-fazer as necessidades da família.

Terço dos homens e mulhe-res: O objetivo do Terço do Homem e das mulheres é despertar entre o cor-po masculino e o feminino da Igreja o comprometimento com a oração, a fé, a evangelização, a mudança de vida, o amor ao irmão necessitado etc. Partici-pam dele homens e mulheres de todas as idades, e ali se cria um clima de amor verdadeiro onde os frutos são cada vez mais presentes.

Terceira Idade: Proporcionar aos idosos da Igreja (e visitantes) a oportu-nidade de formação e fortalecimento de amizades e o estabelecimento do companheirismo. Criar oportunidade de compartilhar e valorizar experi-ências vividas. Criar condições para o aprendizado de novas habilidades, ampliando assim o seu interesse pelo mundo à sua volta.

Pastoral da Criança: A Pastoral da Criança é um Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB. Tem como ob-jetivo o desenvolvimento integral das crianças e promove, em função delas, também suas famílias e comunidades, sem distinção de raça, cor, profissão, nacionalidade, sexo, credo religioso ou político.

Construir uma Igreja comprometi-da com as questões primordiais de nos-so povo e voltada para os ensinamentos de Deus é, sem dúvida, o nosso maior desafio. Como Igreja, não estamos e nem podemos ficar de braços cruzados, pois o desígnio de Deus nos estimula a agir dentro da realidade, tendo como meta sua conversão a partir de nossa ação evangelizadora.

A pastoral da nossa Paróquia nos convida à participação e comunhão, e esta não acontece sem conversão, sem mudanças de certos rumos, inclusive de esquemas mentais e de linguagem... Além do mais, cremos firmemente que é o Espírito Santo quem diz à comuni-dade eclesial o que ela deve fazer e qual o melhor caminho a seguir no hoje da Igreja.

A fé verdadeira expressa um com-prometimento comunitário e social, pois sabe que Deus quer salvar a todos os que vivem em comunhão de fé. Fé é solida-riedade. É capaz de anunciar e partilhar os dons recebidos com todos. A fé é mis-sionária, “ela se fortalece à medida que se comunica” (João Paulo II). Ela nos faz crescer em sabedoria e graça.

A nossa presença, enquanto Igreja Católica – Paróquia Sant’Ana de Campi-nas, deve ser um sinal de vida para to-das as famílias, percebendo que o amor deve consistir mais em obras do que em palavras. A Ação Pastoral de nossa Igre-ja local acredita ser uma ação de Deus realizada e concretizada aqui entre nós, logo. Não podemos esquecer que tudo o que fazemos, ou fizermos, é por amor a Jesus Cristo e à sua Igreja, na constru-ção de um mundo mais humano, justo e solidário.

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34 Presença Religiosa e Ação Pastoral

Estamos vendo esta comemoração na perspectiva de um momento de alegria, que nos leva a rever-

mos nossa caminhada, que tem como horizonte Jesus. Como paróquia, somos convidados pelo Documento de Apareci-da a sermos “células vivas da Igreja e o lugar privilegiado no qual a maioria dos fiéis tem uma experiência concreta de Cristo...”.

A partir de 1975, a Igreja de Cam-pinas, em consonância com a Igreja da América Latina, elabora seus Planos Pas-torais para, por meio do objetivo geral, indicar aos projetos pastorais das paró-quias o horizonte a ser atingido.

A nossa Paróquia tem caminhado com a Igreja de Campinas, participando vivamente da Revisão Ampla, realizando várias reuniões nas tardes de domingo, para olharmos inte-riormente as nossas pastorais e respondermos as questões encaminhadas pela Arquidio-cese, possibilitando um co-nhecimento das realidades paroquiais de nossa Igreja par-ticular.

A abertura oficial da Revi-são Ampla aconteceu em 23 de março de 1989. Nessa ocasião, D. Gilberto apresentou uma Carta Pastoral lembrando que “a Revisão Ampla quer ser um grito de alerta, um estímulo e um impulso novo para esta Igreja. Que todas as Comuni-dades possam reafirmar o que fazem e projetar o que estão deixando de fazer; corrigir o que devem e caminhar com serenidade para o ideal de vida cristã, nas dimensões pessoal, comunitária e social”... O pro-

cesso da Revisão Ampla foi concluído em dezembro de 1991. Outro momento espe-cialmente vigoroso vivido pela nossa Pa-róquia foi o envolvimento geral de nos-sas comunidades no projeto missionário da Arquidiocese.

Temos vivamente conservado, em nossas mentes e corações, as equipes, partindo de suas comunidades em di-reção às visitas das casas, empunhando estandartes com a imagem da Imaculada Conceição. O ardor foi tão grande, que ainda hoje encontramos participando em nossas comunidades aquelas pessoas visitadas por nós. Estes irmãos nos entu-siasmaram a realizarmos muitas celebra-ções e eventos grandiosos.

A realização do Congresso Eucarís-tico Nacional em Campinas, com a cons-

trução da Praça Arautos da Paz em nossa Paróquia, também nos mobilizou não só a participarmos das celebrações, servin-do como ministros da Eucaristia, mas também acolhendo nas casas as pessoas que vieram de outras cidades para parti-ciparem conosco. Desde então, em todas as demais ocasiões que a Arquidiocese solicitou hospedeiros, várias famílias de nossa Paróquia têm aberto suas casas a irmãos de outras cidades.

Com a adesão da Arquidiocese ao Planejamento Participativo, nossa Paró-quia tem participado, por meio de seus representantes, da construção dos Pla-nos de Pastoral Orgânica.

Ao comemorarmos esses 30 anos, deparamo-nos com os desafios propos-tos pelo 7º Plano de Pastoral Orgânica em

seus três eixos de ação: Igreja que acolhe, Igreja que se reno-va, Igreja do serviço solidário.

Passos importantes foram dados: muitos dos que nos an-tecederam dedicaram-se com afinco para chegarmos até aqui, construindo, tijolo a tijo-lo, os locais onde nos encontra-mos.

Por fim, o que podemos oferecer à nossa Igreja para que ela não seja somente local de culto? Somos convidados, pelo Batismo, a manter os es-forços de renovação pastoral, favorecendo o encontro com Cristo vivo, para que nossa Pa-róquia seja, verdadeiramente, uma comunidade de comuni-dades evangelizadas e missio-nárias.

Diácono Wil e Maria Leontina

30 anos da Paróquia Sant’Ana de Campinas 1981 a 2011

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Presença Religiosa e Ação Pastoral 35

Durante seus 30 anos de existên-cia, a Paróquia Sant’Ana de Cam-pinas caracterizou-se por ser

acolhedora. Esta afirmação vem de pa-dres, religiosas e religiosos que, de algu-ma forma, atuaram em nossa Paróquia.

Por ocasião do 14º Congresso Euca-rístico Nacional, que aconteceu na Pra-ça Arautos da Paz, a Paróquia sentiu-se desafiada pela proximidade do local do evento. À época, o Padre Osmar Marques constituiu uma equipe a fim de colaborar na acolhida das pessoas que viriam par-ticipar deste grandioso evento da Igreja no Brasil.

Houve outros exemplos, como as doze Ordenações Diaconais, que os Pa-dres Estigmatinos realizaram na Paró-

quia, nas quais não faltou o empenho do saudoso Padre José Carlos em organizar as comunidades para acolher as famílias dos futuros Diáconos, seja com hospeda-gem como com alimentação.

A Irmã Antonia, da Congregação das Irmãs da Consolação, quando de sua ida para Moçambique, salientou em sua despedida: “Aprendi muito nos tempos que pude conviver com todos os membros desta paróquia. Espero e desejo que este espírito de acolhida sempre continue presente na vida da paróquia”.

Com o Padre Heriberto, a Paróquia demonstrou sensível acolhida à Pastoral dos Surdos, que aconteceu em 2006, ano em que a Igreja, por meio da Campanha da Fraternidade, tinha como tema “Fra-

ternidade e Pessoas com Deficiências”.Mais recentemente, sob orientação

do Padre Wilson, a Paróquia demons-trou sua força de acolhida quando teve a oportunidade de realizar a Ordenação Sacerdotal do Padre Odair Costa Noguei-ra. Muitos se envolveram para que os fa-miliares e amigos do Padre Odair, vindos de Delta, sentissem e levassem a imagem de Paróquia acolhedora.

Que a vocação acolhedora da Paró-quia seja um grande reflexo na vida de cada paroquiano, a fim de preservar e consolidar esta virtude pelos anos vin-douros.

Edilson Roberto Deodato

Paróquia Sant’Ana: Vocacionada para a Acolhida

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36 Presença Religiosa e Ação Pastoral

Procurando um caminhar conjunto, de organicidade pastoral e de comunhão eclesial, a Paróquia realizou, no dia 21 de

novembro de 2010, Festa de Cristo Rei, a Assem-bleia Pastoral Paroquial.

O encontro aconteceu na Comunidade Santa Teresinha, que acolheu a todos os repre-sentantes de Pastorais das demais comunidades que compõem a Paróquia.

O plano de pastoral paroquial foi elaborado com o objetivo de apontar projetos e pistas de Ação Pastoral para os próximos 2 anos. A ilumi-nação deste trabalho vem das Diretrizes do 7º Plano de Pastoral da Arquidiocese de Campinas e das Diretrizes da Igreja no Brasil.

A princípio, realizou-se um histórico do questionário que fora entregue às comunidades e pastorais para que elas indicassem pontos for-tes e pontos fracos da caminhada da Paróquia.

A seguir, realizou-se breve síntese do Objeti-vo Geral do 7º Plano de Pastoral da Arquidiocese.

Para finalizar, foi apresentado o quadro da Paróquia, mediante as respostas dos questionários.

Após a apresentação das temáticas, a As-sembléia definiu as prioridades, a saber:

1) Organização e Dinamização dos Conse-lhos de Pastorais das Comunidades (CPC);

2) Juventude;3) Criação do Ministério da Caridade, a

partir de uma rede de solidariedade, em vista da situação social que abrange os paroquianos;

4) Valorização da Família pelo ECC (Encon-tro de Casais com Cristo) e pela Pastoral Familiar;

5) Criação e Organização de um Caixa Comum, em vista de prioridades paroquiais. Neste item ficou determinado que serão convi-dados Assessores para ajudar a pensar e dina-mizar tal proposta.

As propostas foram apresentadas e apro-vadas pela Assembleia, e terão validade para os próximos 2 anos.

Edilson Deodato

Síntese da Assembleia Paroquial

Nossos próximos passos

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Presença Religiosa e Ação Pastoral 37

A Comunidade Sagrada Família é a mais nova dentre as comunidades da Paróquia Sant’Ana de Campinas.

Ela nasceu no bairro Gênesis, uma das regiões mais carentes, não só da Paró-quia, mas também da cidade de Campinas.

Em vista de um reavivamento das famílias nesta área da Paróquia, várias iniciativas foram tomadas, como a re-alização das Santas Missões Populares, maior presença da Pastoral da Criança e dos Vicentinos, e a organização da pró-pria Comunidade, entre outras ações.

Para que a Comunidade tivesse maior eficácia em sua ação eclesial e pastoral, foi lançado o desafio da construção de um Centro Comunitário, ou de Pastoral.

Tendo claro este propósito, a Comu-nidade obteve a doação de um terreno, que foi abençoado e no qual se levantou a Cruz, no dia 27 de dezembro de 2009. Nessa

ocasião, nosso atual pároco, Padre Wilson presidiu a Solenidade da Sagrada Família, e nos lembrou “que o valor da família para os dias de hoje deve ser o mesmo que o da família de Nazaré, Jesus, Maria e José”.

A construção vai se realizando por etapas e conta com a colaboração de todas as comunidades da Paróquia, em forma de grande mutirão. Esta obra se beneficia também do apoio da Arquidiocese de Cam-pinas, manifestado pelo Arcebispo Metro-politano, Dom Bruno Gamberini, que ob-teve doação financeira junto a Adveniat, entidade internacional que colabora finan-ceiramente com os projetos da Igreja.

Que nesta união de esforços e forças possamos expressar a nossa comunhão em uma igreja participativa e corresponsável, sobretudo na atuação junto às famílias.

Célia Terezinha da Silva Andrade

Centro de Pastoral Sagrada Família: igreja em mutirão

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38 Presença Religiosa e Ação Pastoral

Nestes 30 anos de caminhada da Paróquia

Sant’Ana, uma questão a ser lembrada

é a criação dos Centros de Pastorais das

Comunidades. Nestes locais, realizam-se eventos so-

ciais, reuniões para a organização da comunidade e

encontros de formação.

Após a conclusão do Salão Paroquial, iniciado

com Padre Osmar Marques, verificou-se a neces-

sidade de continuar com a construção de salas de

catequese anexas ao Salão Paroquial, projeto que

contou com incentivo do Padre Heriberto.

Com a chegada do Padre Wilson, as salas passaram

a ser utilizadas para reuniões arquidiocesanas e paro-

quiais. Nestas salas aconteceu boa parte da formação

da Escola da Fé, além do pós-encontro semanal do ECC.

No dia 1º de maio de 2011, quando a Igreja cele-

brou o 2º Domingo da Páscoa, chamado Domingo da

Divina Misericórdia, aconteceu, em Roma, a beatifi-

cação do Papa João Paulo II. A fim de homenagear o

novo Beato da Igreja, por toda virtude de santidade

que demonstrou em vida, em cerimônia presidida

por padre Wilson e com a participação das comu-

nidades, conferiu-se ao centro de pastoral o título

de Centro de Pastoral Papa João Paulo II. Nesta cir-

cunstância, muitas pessoas puderam conhecer a es-

trutura do Centro de Pastoral João Paulo II, que deverá

continuar a ser um local de formação, encontro e

organização da vida paroquial.

Homenagem ao Beato João Paulo IIPor: Célia Terezinha da Silva Andrade e Edilson Deodato

Page 39: Revista 30 anos

Sant’Ana nossa padroeira rogai por nós

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Deus bendito, nós vos louvamos e agradecemos pela graça que nos destes de celebrarmos nossa fé há 30 anos no caminho do vosso Filho Jesus, nosso Mestre e Redentor!

Agradecemos porque, nesta caminhada, nos colocastes como inspiração e proteção Sant’Ana, avó de Jesus. E pelo seu modelo e exemplo, nos ajudastes a sermos uma Igreja-Família, aberta a acolher a todos os que a nós se achegam.

São 30 anos, ó Pai, em que a nossa Paróquia anuncia e segue o Evangelho de Jesus, pelo testemunho autêntico dos cristãos batizados em nossas comunidades!

Por isso, queremos agradecer, ó Deus Bendito, pelas pessoas, homens e mulheres, sacerdotes, religiosos, religiosas, catequistas, ministros, agentes de pastorais e pessoas de boa vontade, que plantaram e que plantam, nesta pequena porção da Igreja do vosso Filho, as sementes da fé, da esperança e do amor!

Ó Pai, ajudai-nos a continuar a obra iniciada por vós. E que, inspirados pelo vosso Santo Espírito, possamos continuar a implantar o projeto de vida plena, anunciado pelo vosso Filho!

Nós vos pedimos, dai-nos a graça, de enfrentarmos as tribulações e vencermos os desafios que a vida nos coloca!

Que Sant’Ana, nossa padroeira e intercessora, seja a nossa inspiração nesta caminhada, em que, seguindo sempre os passos de Jesus, um dia junto com os vossos anjos e santos alcancemos a plenitude da vida!

Amém!

Oração pelos 30 anos