Revista ABO E. 102 Jun./ Jul. 2010

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127 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 3 - Junho/julho 2010

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A Revista ABO Nacional tem como objetivo publicar artigos inéditos nas categorias de pesquisa científica e relatos de caso(s) clínico(s). Artigos de revisão da literatura, bem como matérias/reportagens de opinião, só serão aceitos em caráter especial, mediante convite do Conselho Editorial Científico.

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ISSN 0104-3072

E D I T O R I A L. . . . . . . . . . . . . . . . . . .

AAPRESIDENTE

NEWTON MIRANDA DE CARVALHO

DIRETOR CIENTÍFICO

FERNANDO LUIZ TAVARES VIEIRA

SECRETÁRIO-EXECUTIVO

CLAUDIO HELIOMAR VICENTE DA SILVA

CONSELHO CONSULTIVO

CARLOS DE PAULA EDUARDO

EDELA PURICELLI

EDMIR MATSON

GERALDO BOSCO LINDOSO COUTO

HEITOR PANZERI

JOSÉ MONDELLI

LUCIANO LOUREIRO DE MELO

MARIA CARMÉLI CORREIA SAMPAIO

MARIA FIDELA DE LIMA NAVARRO

NEY SOARES DE ARAÚJO

NILZA PEREIRA COSTA

ORIVALDO TAVANO

ORLANDO AYRTON DE TOLEDO

ROBERTO VIANNA

SALETE MARIA PRETTO

TATSUKO SAKIMA

A Revista ABO Nacional é uma publicaçãobimestral da ABO Nacional. Sede adminis-trativa da entidade: Rua Vergueiro, 3153,conjs. 82 e 83 - Vila Mariana - São Paulo - SP- CEP 04101-300 - Telefax. (+55 11)5083.4000. - Web: www.abo.org.br / E-mail:[email protected] to correspondence: Rua Vergueiro,3153, conjs. 82 e 83 - São Paulo - SP - Brasil- CEP 04101-300Web: www.abo.org.br

Registrada no Instituto Brasileiro de Infor-mação em Ciência e Tecnologia (IBICT), sobo Número Internacional Normalizado paraPublicações Seriadas (ISSN) 0104-3072.

A Revista ABO Nacional está indexada nasbases de dados Bibliografia Brasileira de Odon-tologia (BBO) e Literatura Latino-americana edo Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs).

Corpo Científico

Revista da AssociaçãoBrasileira de Odontologia

NACIONALNACIONAL

R E V I S T A

Credibilidade,respeito e confiança

conquista de valores refe-renciais em uma entidade quenão possui finalidade lucrati-

va, que sobrevive do voluntariado dosseus membros, exige daqueles que acompõem muita dedicação, compro-metimento, imparcialidade e, sobretu-do, muito respeito aos colegas associ-ados, profissionais, acadêmicos e pro-fessores que fazem por merecer aresponsabilidade de administrá-la emseus diversos segmentos.

Nesse contexto estamos todos nós que, no momento presen-te, conduzimos os destinos da ABO Nacional, suas Seções eRegionais em cada Estado da federação, as Escolas de Educa-ção Continuada da UniABO; nós que, na condição de diretores,desempenhamos nosso papel com o objetivo maior de servir àclasse odontológica brasileira em seus diversos segmentos eespecialidades, sem esquecer do compromisso da responsabi-lidade social, tão necessária em nosso país.

Valorizar e publicar os trabalhos clínicos e de pesquisa dosnossos colegas é compromisso do corpo editorial da RevistaABO Nacional, que, a cada dia que passa, reforça seu quadrode consultores científicos com os maiores expoentes da Odon-tologia nacional. Nesse diapasão, convidamos mais uma veztodos os colegas clínicos e pesquisadores que comungamconosco do pensamento que “saber só é saber quando épartilhado”, aqueles que se realizam em mostrar o resultado doseu trabalho de pesquisa ou o sucesso de um caso clínicorealizado, para dividirem conosco as alegrias dos seus resulta-dos e encaminharem suas produções para publicação em nossaRevista. O conhecimento científico da Odontologia brasileira éalimentada por vocês, cujo exemplo incentiva a valorização danossa profissão.

Um forte abraço a todos. Contamos com vocês!

Fernando Luiz Tavares VieiraDiretor científico

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130 Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 3 - Junho/julho 2010

Produção e Redação: Edita ComunicaçãoIntegrada - Alameda Santos, 1398 - 8º conj.87. Telefax (+11) 3253.6485. CEP 01418-100. São Paulo (SP) - Brasil. E-mail:[email protected] Diretores: JoaquimR. Lourenço e Zaíra Barros. Editora respon-sável: Zaíra Barros (MTb:8989). Repórte-res: Antonela Tescarollo (MTb: 41547),Diego Freire (MTb: 49614), ArmandoStelluto Jr. (MTb: 9827). Copydesk: Ricardo

A Revista ABO Nacional tem como missão promover aatualização técnico-científica profissional da comunidadeodontológica nacional e internacional, através dapublicação de artigos científicos inéditos.

A Revista ABO Nacional tem como objetivo publicarartigos inéditos nas categorias de pesquisa científica erelatos de caso(s) clínico(s). Artigos de revisão da literatura,bem como matérias/reportagens de opinião, só serãoaceitos em caráter especial, mediante convite do ConselhoEditorial Científico.

Lançada em 1993 por Pedro Martinelli - Há 17 anos,desde seu lançamento, quando revolucionou aspublicações científicas de Odontologia ao mesclar apublicação de trabalhos científicos a reportagens sobretemas da área, a Revista ABO Nacional é referência nomercado editorial odontológico. Registrada com oInternational Standard Serial Numbers (ISSN) 0104-3072, que a coloca no catálogo internacional depublicações seriadas, é indexada no Lilacs e BBO deste1998, e tem qualificação equiparada à da maior parte daspublicações odontológicas brasileiras pela Coordenaçãode Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior(Capes): Qualis B. O desenvolvimento de seu padrãoeditorial coincide com o próprio desenvolvimento daOdontologia e da promoção da saúde bucal na população.

Missão

Palmiéri. Imagens: Davi de Barros/Foto-about. Diagramação/artes: Edita/VictorCruz. Diretor de Produção Gráfica: Joa-quim R. Lourenço. Publicidade: MN Design(+11) 2975.3916. Impressão: Margraf.Tiragem: 30 mil exemplares.

Os conceitos e opiniões emitidos em artigosassinados são de inteira responsabilidadedos autores e não expressam necessaria-mente a posição da ABO Nacional. Publi-cidade: a ABO Nacional não se responsa-biliza pelos produtos e serviços das empre-

sas anunciantes, as quais estão sujeitas àsnormas de mercado e do Código de Defesado Consumidor.

É permitida a reprodução dos artigos nãocientíficos desde que citada a fonte. Osartigos científicos ficam sujeitos à autori-zação expressa dos autores.

Solicita-se permuta – Requests exchange– Si solicita lo scambio – Se solicita canje– On demande l’ èchange – Wir bitten umAustausch

Prêmio Colgate – Suas páginas não só divulgam aprodução científica brasileira como chamam a atençãopara a sua função social, como aconteceu, em especial,na série de reportagens sobre Saúde Bucal publicada em2006, premiada por abordar o tema de formamultidisciplinar e socialmente responsável. Em 2008, oassunto voltou a ser tratado em nova série de reportagens,dessa vez enfocando o Futuro da Odontologia.

Força institucional – A abordagem vanguardista daRevista ABO Nacional também foi responsável pelaformulação de políticas públicas, como aconteceu apósa publicação da reportagem “A Odontologia chega àUTI”, em 2007, que deu origem a projeto de lei queobriga a inclusão de cirurgiões-dentistas nas equipesdas UTIs dos hospitais brasileiros.Mais recentemente, em 2009, reportagem da revistaabordando o tabagismo como epidemia global queprecisa ser combatida através de medidas de saúdepública levou a Aliança de Controle do Tabagismo(ACT) a consultar a ABO sobre estratégias para engajara Odontologia nacional em suas campanhas.Após chegar à sua 100ª edição, em março de 2010, aRevista ABO Nacional orgulha-se de não só registrar ahistória da Odontologia brasileira, mas também deajudar a construí-la.

A Revista ABO Nacional está indexada nas bases de dadosBibliografia Brasileira de Odontologia (BBO) e LiteraturaLatino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde(Lilacs).

Expediente

Objetivo

A P R E S E N T A Ç Ã O. . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Histórico

Indexação

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S U M Á R I O

SummarySummarySummarySummarySummary. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

AGENDADENTAL CALENDAR

192

155

158

162

167

173

178

INDEXADA

BBO 1998Lilacs 1998

ERGONOMIA

De MorbisArtificum Diatriba

As doenças dostrabalhadores

ERGONOMICSDiseases of workers

134

137

135 Mal descobertohá 300 anos, temna prevenção amaior defesa

Massa dasLER/Dort são osmúsculos, tendões e nervos

ARTIGOS CIENTÍFICOSSCIENTIFIC ARTICLES

INSTRUÇÕES AOS AUTORESINSTRUCTIONS TO AUTHORS

148

150

183

140 Problema sériono Brasil desde adécada de 80

144

PAINEL

HIGHLIGHTS188

Bem-estar no consul-tório é sinônimo devida saudável

FDI’2010Odontologia de alto nívelem 150 atividades

Artigo originalAvaliação microscópica da adaptaçãoe penetração de selantes resinososde fóssulas e fissuras comparados acimentos de ionômero de vidro

Microscopic evaluation of the adapta-tion and penetration of resin sealantused to seal oclusive pit and fissurecompare to glass ionomer cements

Renata Pontual LimaErika Carvalho Simões de MeloThaís Malheiros ChavesMárcia Maria Vendiciano Barbosa Vasconcelos

Síndrome de Von Recklinghausen

Von Recklinghausen Syndrome

Jozinete Vieira PereiraCristina Ruan Ferreira de AraújoPollianna Muniz AlvesMaria Carmeli Correia SampaioFrancineide Almeida Pereira Martins

Apicigênese ou apicificação?Relato de caso clínico

Apexogenesis or Apexification?Clinical Case Report

Edson Dias Costa JuniorMaria de Lourdes Vieira Frujeri

Análise comparativa pelo método doselementos finitos bidimensional dastensões geradas nas estruturas desuporte de prótese parcial removívelde extremidade livre inferior, emrebordo horizontal sob diferentescondições de aplicação de carga

A two-dimensional finite elementanalysis of the stress distributionin the supporting structures of adistal extension base removablepartial denture over a horizontalresidual ridge under different loadapplications

Carla Aparecida Seno PlazaHamilton Navarro

Avaliação da microdureza de umcimento resinoso dual após polime-rização por diferentes fontes de luz

Evaluation of a dual-cure resincement microhardness afterpolymerization withdifferent light sources

Luciana Keiko ShintomeMarcos Paulo NagayassuMaria Amélia Máximo de AraújoRebeca Di NicolóMaria Filomena R. Huhtala

Estudo clínico e imaginológico decarcinoma epidermoide de seiomaxilar

Clinical and image study of maxillarysinus epidermoid carcinoma

Marília Soares de MeloPaulo Alvino Galvão Pimentel

Estudo histológico de implantes depolímero de mamona em rebordosinfraorbitários de coelho

Estudo histológico de implantes depolímero de mamona em rebordosinfraorbitários de coelho

José Carlos Garcia de MendonçaJoão Carlos Castro MonteiroDiego Rodrigo Paulillo BazanJuliana Pedroso de MendonçaFabiana P. Mendonça

Descontaminação radicular com laserde Er-YAG - Relato de caso

Radicular decontamination with ErYAG laser for covering of displayedroot - Case report

José Ricardo KinaJuliana KinaEunice Fumico Umeda Kina

143 Exercícios preventivos

Paulo Frazão

Fábio Barbosa de Souza

CAPA DESTA EDIÇÃO

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ABO/AcrePres. Stanley Sandro da Silva MendesR. Marechal Deodoro, 837, s.469900-210 - Rio Branco - ACTelefax(+68) 3224.0822

ABO/AlagoasPres. Tiago Gusmão MuritibaAv.Roberto M. de Brito, s/n.-Jatiuca57037-240 Maceió - ALTelefax(+82) 3235.1008

ABO/AmapáPres. Daiz da Silva NunesRua Dr.Marcelo Cândia, 635 CP 63568906-510 - Macapá - APTel. (+96) 3244.0202/Fax 3242.9300

ABO/AmazonasPres. Alberto Tadeu do N. BorgesRua Maceió, 86369057-010 - Manaus - AMTel.(+92) 3584.5535/3635-231

ABO/BahiaPres. Antístenes Albernaz Alves NetoR.Altino Serbeto Barros, 13841825-010 - Salvador - BATel.(+71) 2203.4066/ Fax 2203.4069

ABO/CearáPres. José Barbosa PortoR. Gonçalves Lêdo, 163060110-261 - Fortaleza - CETel.(+85) 3311.6666/Fax 3311.6650

ABO/Distrito FederalPres. Hamilton de Souza MeloSGAS 616 - lote 115-L/2 Sul70200-760 - Brasília - DFTel.(+61) 3445.4800/Fax 3445.4848

ABO/Espírito SantoPres. Armelindo RoldiR. Henrique Rato, 40 - Fátima29160-812 - Vitória - ESTelefax(+27) 3337.8010

ABO/GoiásPres. Jorivê Sousa CastroAv.Itália, 118474325-110 - Goiânia - GOTel.(+62) 3236.3100/Fax 3236.3126

ABO/Rio de JaneiroPres. Paulo Murilo O. da FontouraRua Barão de Sertório,7520261-050 - Rio de Janeiro - RJTel.(+21)2504.0002 /Fax 2504.3859

ABO/Rio Grande do NortePres. Pedro Alzair Pereira da CostaRua Felipe Camarão, 51459025-200 - Natal - RNTel.:(+84) 3222.3812/Fax: 3201.9441

ABO/Rio Grande do SulPres. Flávio Augusto Marsiaj OliveiraRua Furriel L. A. Vargas, 13490470-130 - Porto Alegre - RSTel.:(+51) 3330.8866/Fax: 3330.6 932

ABO/RondôniaPres. Antonio Carlos PolitanoRua D.Pedro II, 140778901-150 - Porto Velho - ROTel.: (+69) 3221.5655/Fax: 3221.6197

ABO/RoraimaPres. Luiz Carlos SchwindenR. Barão do Rio Branco,130969301-130 - Boa Vista - RRTel. (+95) 3224.0897/ Fax 3224.3795

ABO/Santa CatarinaPres. Nádia Maria FavaRua Dom Pedro I, 224 - Capoeira -88090-830 - Florianópolis- SCTelefax (+48) 3248.7101

ABO/São PauloPres. José SilvestreRua Dr. Olavo Egídio, 154 - Santana02037-000 - São Paulo - SPTel.: (+11) 2950.3332/Fax: 2950.1932

ABO/SergipePres. Martha Virgínia de Almeida DantasAv. Gonçalo Prado Rollemberg, 404 49015-230 - Aracajú - SETel: (+79) 3211.2177 Fax: 3214.4640

ABO/TocantinsPres. Luiz Fernando VarroneAv.LO15 602 Sul-Conj. 02 Lote 0270105-020 - Palmas - TOTel.: (+63) 3214.2246/Fax: 3214.1659

ABO/MaranhãoPres. Marvio Martins DiasAv. Ana Jansen,7365051-900 - São Luiz - MATel. (+98) 3227.1719/Fax 3227.0834

ABO/Mato GrossoPres. Luciano Castelo MoraesRua Padre Remeter, 17078008-150 - Cuiabá - MTTelefax(+65) 3623.9897

ABO/Mato Grosso do SulPres. Paulo Cezar R. OgedaRua da Liberdade, 83679004-150 Campo Grande - MSTelefax (+67)3383.3842

ABO/Minas GeraisPres. Carlos Augusto Jayme MachadoRua Tenente Renato César, 10630380-110 - B.Horizonte - MGTel. (+31) 3298.1800/Fax 3298.1838

ABO/ParáPres. Lucila Janeth Esteves PereiraRua Marquês de Herval, 229866080-350 - Belém - PA

ABO/ParaíbaPres. Patrícia Meira BuenoAv. Rui Barbosa,3858040-490 - João Pessoa - PBTelefax(+83) 3222-7100

ABO/ParanáPres. Osiris Pontoni KlamasRua Dias da Rocha Filho, 62580040-050 - Curitiba - PRTel.(+41)3028.5800/Fax 3028.5824

ABO/PernambucoPres. Luiz Gonçalves de MeloRua Dois Irmãos, 16552071-440 - Recife - PETel.(+81) 3442.8141

ABO/PiauíPres. Júlio Medeiros Barros FortesRua Dr. Arêa Leão, 545 - SUL64001-310 - Teresina - PITel.(+86) 3221.9374

Associação Brasileira de Odontologia - ABONacional, registrada no Conselho NacionalServiço Social sob nº 110.006/54, em 12 dejaneiro de 1955. Filiada à FDI e à Fola/Oral.

Conselho Executivo Nacional (CEN)Presidente: Newton Miranda de Carvalho/MGVice-presidente: Manoel de Jesus RodriguesMello/CESecretário-geral: Marco Aurélio Blaz Vasques/RO1ª secretária: Daiz da Silva Muniz/APTesoureiro-geral: Wesley Borba Toledo/DF1o tesoureiro: Carlos Augusto J. Machado/MGSuplentes: Dilto Crouzeiles Nunes/RSPaulo Murilo Oliveira da Fontoura Jr./RJLucila Janeth Esteves Pereira/PA

Diretor do Departamento de Avaliaçãode Produtos Odontológicos (Dapo)Oscar Barreiros de Carvalho Jr./SP

Diretor científico da Revista ABO NacionalFernando Luiz Tavares Vieira/PE

Coordenadoria Geral da UniABOCoordenador:Inácio da Silva Rocha/RJvice-coord.: Daniele Tupinambá/PAsecr.-geral: Sérgio Pedrosa/DF

Conselho Nacional de SaúdeEfetivo: Geraldo Vasconcelos/PE

Conselho Deliberativo Nacional (CDN)Presidente: José Barbosa Porto/CEVice-presidente: Nádia Maria Fava/SC

Júlio Medeiros Barros Fortes/PI

Conselho Fiscal Nacional (CFN)Efetivos: José Silvestre/SP, José BarbosaPorto/CE, Alberto Tadeu do NascimentoBorges/AMSuplentes: Rafael de Almeida Decurcio/GOStanley Sandro da Silva Mendes/AC

Vice-presidentes RegionaisNorte: Luiz Fernando Varrone/TO; Nordeste:Tiago Gusmão Muritiba/AL; Sudeste: OsmirLuiz Oliveira/MG; Sul: Nádia Maria Fava/SC;Centro-oeste: Jander Ruela Pereira/MT

Assessores da PresidênciaPaulo Murilo Oliveira da Fontoura Jr./RJAntonio Inácio Ribeiro/PRPlínio Tomaz/SPSinval Santos Pereira Silva/ESNilsom Tenório Medina de Albuquerque/SPOsiris Pontoni Klamas/PR

D I R E T O R I A A B O N A C I O N A L

A B O N O S E S T A D O S

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133Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 3 - Junho/julho 2010

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De Morbis Artificum Diatriba

As doenças dos trabalhadores

E R G O N O M I A. . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Ergonomia é a raiz doambiente saudável de tra-balho, como identificou, noséculo 18, o médico italiano

A

AABernardino Ramazzini, relacionando52 riscos à saúde em trabalho pionei-ro que seria a base da MedicinaOcupacional. Hoje, os males aponta-dos há 300 anos por essa ciênciafazem parte do dia a dia de todos osprofissionais. O CD é um dos maisexpostos a doenças provenientes daprática no consultório, devendo es-tender essa preocupação à sua equipee aos pacientes. As dores advindasdas Lesões por Esforços Repetitivos(LER) e do Distúrbio OsteomuscularRelacionado ao Trabalho (Dort)podem ser incapacitantes, comconsequências graves, inclusive eco-nômicas. Para este mal, dizem osespecialistas, a saída é a prevenção,

Por Armando Stelluto Jr.

ou seja, ficar atento aos sinais paraa doença não se instalar. Na UFPE, as disciplinas Biossegurança eErgonomia já fazem parte do currículo, levando os conceitos teóricos aoambiente prático. Nesta edição, veja quais são as lesões mais comuns quepodem afetar o CD e o que fazer para evitá-las, com hábitos saudáveis eexercícios específicos. Embora a Ergonomia esteja hoje na ponta da linhade produção das empresas brasileiras do setor e haja linha de crédito paraa aquisição de equipamentos odontológicos, ela não é específica para osprodutos ergonômicos.

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E R G O N O M I A

135Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 3 - Junho/julho 2010

Mal descoberto há 300 anos,tem na prevenção a maior defesa

O primeiro tratado que identificou os riscos decorrentesdas profissões foi escrito em latim romano em 1700

m dos grandes marcos da Medicinanão foi conquistado com o auxíliodo hoje inseparável estetoscópioou do esfigmomanômetro. No co-meço do século 18, um médicohumanista italiano percorria oslocais mais sujos da época paraacolher e tratar pessoas pobres queadoeciam de trabalhar. Foi exata-mente isso o que aconteceu:Bernardino Ramazzini (veja na

pág. 136) identificou pessoalmen-te as doenças do trabalho, cujonome em latim romano, De MorbisArtificum Diatriba (as doenças dostrabalhadores), serviu de título paraesta matéria sobre os malesocupacionais – as doenças quederrubam milhões de profissionaisno mundo todo até hoje. O médicohumilde nascido em Carpi, na Pro-víncia de Modena, alinhavou sua

tese vitoriosa de então que de-monstrava os riscos à saúde huma-na decorrentes de ações inerentesàs atividades ligadas ao trabalho.E os cirurgiões-dentistas têm mui-to a ver com essa história e delaprecisam para não engrossarem astristes fileiras de profissionais emais profissionais, de todas as ca-tegorias possíveis, que padecemde problemas de saúde graves pro-vocados pela sua própria lida. Paramuitos, chegava a ser um con-trassenso as pessoas adoecerem dalabuta diária. E talvez tambémdessa indignação, ou questiona-mento, nascia daí a Ergonomia,considerada uma arma poderosaque reúne ciências e tecnologias,todas juntas, para enfrentar os agen-tes profissionais que tanto mal pro-duzem ao ser humano em suas ocu-pações.

A dedicação de Ramazzini pro-porcionou ganhos inestimáveis àhumanidade, que até hoje o reve-rencia como pai dessa questão li-gada ao ambiente produtivo decada um. De tanto pesquisar, ob-servar e ajudar humildemente aspessoas, esse italiano da regiãoEmilia-Romagna escancarou asportas do sucesso do homem sobreas doenças ocupacionais. Os ris-cos à saúde ocasionados por pro-dutos químicos, poeira, metais eoutras interferências nocivas fo-ram relacionados por ele em 52atividades. Um trabalho pioneiroque se tornou a base da MedicinaOcupacional. Desse desenvolvi-

Diseases of workers

RÉSUMÉ - ERGONOMICS

Bernardino Ramazzini, the 18th century Italian physician,identified the Ergonomics as the root of healthy work environmentby listing 52 health risks for workers in a pioneering work

which would become the Occupational Medicine’s basis. Today, diseases pointed out300 years ago by this science are part of everyday life of all professionals. The dentistis one of the most exposed ones to diseases from the office practice, and this concernshould be extended to his/her staff and patients. Pains resulting from RepetitiveStrain Injury (RSI) and Work-Related Musculoskeletal Disorder (WMSD) can bedisabling, with severe consequences, including economic ones. For this condition,experts say the best solution is prevention, that is, to be aware of signs so the diseasedoes not set in. Read in this issue what the most common injuries that could affectthe dentist are and how to avoid them through healthy habits and specific exercises.While the United States and the European Community have been getting themselvesorganized in research-driven entities and risk prevention for years, Brazil has onlya few institutions of higher learning dedicated to keeping the subject updated.Although Ergonomics is currently at the top of the production line of Braziliancompanies in the sector and there are lines of credit for dental equipment purchase,it is not specific for ergonomic products.

UUU

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mento, chegou-se à Ergonomiamoderna, que começou lá atrás, hápouco mais de 300 anos. Aproxi-mou-se, inclusive, de tecnologiasapuradas de caráter multidisci-plinar, cujo objetivo básico temum foco amplo e bem claro: a adap-tação das condições de trabalho àscaracterísticas do ser humano. Oumelhor ainda: fazer com que o ser-viço, locais de trabalho, máquinas,equipamentos, ferramentas e ins-trumentos sejam todos adaptadosàs pessoas e não o contrário. Obje-tos, móveis, utensílios, ambientesprojetados de forma adequada parao homem fazem deste um profissi-onal saudável, que se sente melhore produz com mais qualidade.Materiais e peças ergonômicas sãoisso, na realidade. E quem trabalhabem, o faz melhor e mais.

E R G O N O M I A

Ramazzini, o médicoprecursor da Ergonomia

O médico Bernardino Ramazzini nasceu em 1633,na localidade de Carpi, na região da Emilia-Romagna, no Nordeste da Itália. Gra-duou-se em Parma, em 1659, foiprofessor de Medicina Teórica de1692 a 1700 em Módena e deMedicina Prática, em Pádua,até morrer, em 1714. Faleceucego durante uma aula de Me-dicina, aos 81 anos. No inícioda carreira teve malária e apri-morou o uso do quinino notratamento da doença. Autorde várias obras, ficou mais co-nhecido por seu livro De MorbisArtificum Diatriba (As doençasdos trabalhadores). Ramazzini tam-bém publicou outros livros sobre lite-ratura, poesia, epidemiologia, me-teorologia e hidrologia e higiene, o querevela sua grande versatilidade. Na época, chegou aser chamado de Hipócrates III.

Ramazzini despertou seu interesse pelas doençasdos trabalhadores e pela elaboração de um

texto voltado para este tema a partir daobservação do trabalho dos “cloa-

queiros” em sua própria casa, emMódena. Esses trabalhadores ti-nham a tarefa de esvaziar as“cloacas” (fossas que armaze-navam fezes e outros dejetos).Aos 76 anos de idade, Ra-mazzini, embora em acelera-do progresso de sua doençaaterosclerótica crônica que jáo debilitava (sofrera provavel-

mente um infarto do miocárdioaos 69 anos) e que o deixaria

cego, continuava a aceitar novas edesafiadoras tarefas, voltadas às

mais distintas áreas da ciência e daliteratura. Foi ainda professor na Universi-

dade de Veneza, e na Academia Caesario-Leopoldinados Curiosos da Natureza, em Viena.

Posição correta de trabalho é proteção contra dores e danos

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137Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 3 - Junho/julho 2010Rev. ABO Nac. - Vol. 18 nº 3 - Junho/julho 2010 137

editora médica Elisabe-te Fernandes Almeida,especialista em Edu-cação Médica Conti-

Massa das LER/Dort sãoos músculos, tendões e nervos

Veja as medidas práticas que podem prevenir os riscosda doença e identifique os primeiros sinais

do, inclusive, à desestabilidadefamiliar e econômica. Para tanto,como ensinam os especialistasinspirados naquele mentor doSéculo 18, a solução está na pre-venção. Ações prevencionistasevitam as doenças, suas conse-quências e, principalmente, odesgaste posterior com recupera-ções normalmente longas e cus-tosas, sob vários aspectos. E aprevenção costuma ser maisfocada na direção de situaçõesfísicas, como no consultório den-tário, por exemplo, em função douso desejável de aparelhos ergo-nômicos, na presença de ruídos,temperaturas, vibrações e radia-ções; nos químicos, como naslinhas industriais de produção; eos agentes biológicos, que po-dem ser microorganismos – tipobactérias, vírus e fungos. Os CDsprecisam se manter de olho vivoem manifestações do tipo LER (Le-sões por Esforços Repetitivos) ouDort (Distúrbio OsteomuscularRelacionado ao Trabalho), que sãoum conjunto de doenças que afe-tam músculos, tendões e nervos.São consequência de ações que serepetem com muita frequência,quando existe uma postura físicainadequada ao atender o pacientena cadeira odontológica, como oestresse e os movimentos de esfor-ços excessivos. As dermatoses decontato também ocorrem muito noambiente profissional em geral.Suas consequências imediatas sãoas alterações da pele e das mucosasprovocadas por agentes químicos.

Para prevenir tudo isso o pro-fissional conta com a ajuda daErgonomia, que se dedica ao es-tudo dessa relação importanteentre homem e trabalho, princi-palmente considerando os riscosa que os profissionais ficam ex-postos em determinadas condi-ções de seu meio ambiente pro-dutivo. São essenciais algumasmedidas de caráter prático quepodem, de certa maneira, ser ado-tadas permanentemente.

E R G O N O M I A

AAAnuada, é desses profissionais quese dedicam à Ergonomia com in-tensidade, a ponto de ter sua pró-pria regra de classificação das do-enças ocupacionais. Estas são de-correntes da exposição do traba-lhador aos riscos da atividadeque desenvolve, os quais levamcom frequência a tantos afasta-mentos temporários e limitaçõesdefinitivas. As doenças do traba-lho ocorrem mais entre pessoasde 30 a 40 anos, fulminando-asem plena idade produtiva, levan-

Recuperaçãopode ser longa

e custosa

São muitos os pontos afetados

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As principais medidas práticas

Buscar sempre o conforto no ambiente de trabalho

Todas as operações de manuseio devemestar bem ao alcance das mãos, evitando-se,

dessa maneira, esforço exagerado

Os aparelhos e equipamentos de utilização precisamficar junto ao profissional, para que ele não precise

se curvar ou torcer o tronco para seu uso oupara alcançar algum instrumento frequentemente

Cadeira odontológica (e, de modo geral, mesade trabalho) e mocho na altura correta,

considerando a altura do profissional, além deespaço para a movimentação das pernas

Cadeiras com altura que proporcione apoio dos pés,formato anatômico para o quadril e encosto ajustável

Paradas de descanso durante aatividade, para aliviar os músculos

Nessas pausas, levantar e caminhar um pouco,inclusive com exercícios de alongamento

E R G O N O M I A

Qualquer desconforto descri-to no quadro (acima, ao lado)pode ser considerado um alerta.Ao menor indício de algum des-ses sinais, ou vários deles, o me-lhor a fazer é conversar com ummédico, porque a LER/Dort co-meça desse jeito e, se não tratadaa tempo, tende a fazer tanto estra-go a ponto de anular a ação pro-fissional do paciente por um lon-go tempo de tratamento, quandonão de forma permanente. Exer-cícios físicos, dieta saudável eorientada e lazer são ferramentasimportantes para combater o iní-cio de qualquer processo relacio-

nado com a doença. É fundamen-tal que cada pessoa procure adap-tar o trabalho à sua condição,para isso utilizando-se de recur-sos adequados, como móveisergonômicos e ambiente ajusta-do ao seu perfil físico e psicoló-gico.

Qualquer dos sintomas du-rante um período continuado sig-nifica que a LER/Dort está seinstalando. Requer mais atençãoainda quando o quadro apresen-tar sensações de dor, desconfor-to, peso e dormência em áreasespecíficas, inchaço, dificulda-de de movimento e cansaço. São

sensações físicas que podem de-saparecer após uma pausa no tra-balho de horas ou dias. Mais adi-ante, aquilo que se apresentavacomo um transtorno, um incômo-do, vira uma dor contínua e maislocalizada; aparecem as sensaçõesde calor, formigamento, e mesmocom descanso a dor continua oureaparece repentinamente.

Existe, ainda, a possibilidadede, nessa situação, surgirem nó-dulos. É dessa maneira que a LER/Dort evolui para dores mais in-tensas, mesmo em repouso, alémde perda de sensibilidade e daforça muscular. Nesse estágio, a

Alongamento lateral

Pescoço e cabeça

Incline sua cabeça lentamente atéque possa olhar para cima. Façauma breve pausa e então desça acabeça até que possa olhar parabaixo. Repetir cinco a oito vezes,várias vezes durante o dia.

Estenda um dos braços sobre acabeça e para o lado oposto docorpo. Não torça a cintura. Mantera posição por cinco segundos.Alterne os braços. Repetir cinco aoito vezes.

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Os especialistas ensinam que todosdevem encontrar seus próprios caminhos para umapercepção séria que é notar os desconfortos iniciais

das doenças ocupacionais. São sinais que semanifestam por meio dos sintomas de que algo está

errado a partir da atividade que se exerce.Os mais simples e de fácil identificação são estes:

Identificar os sinais, o primeiro passo

Cansaço além da conta

Inchaço em mãos, braços, pés ou pernas

Sensação de desconforto ao final do expediente

Pés e mãos com algoparecido a um formigamento

Dor

Mãos frágeis, além de umtipo de “choque” esporádico nelas

Quando se evita usar uma mão ou um dos braços

Quando se troca de mão pararealizar uma atividade

Ao substituir o uso da mão pelobraço para carregar algo

Agitar as mãos quando apresentamo tal formigamento ou dormência

Dificuldade para se vestir, abotoar roupas,escovar os dentes e pentear os cabelos

Sentir os braços cansados quando temque mantê-los elevados e deixar cair objetos

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doença está instalada, podendoocorrer edemas, transpiração, al-teração na sensibilidade, a doraumenta ainda mais, os nervoscomeçam a ficar prejudicados, oque pode exigir uma cirurgia; e olocal torna-se sensível ao toque.Na fase seguinte ao edema, a LER/Dort atrofia os dedos. Tudo issopode estar relacionado a umatendinite, tenossinovite, neurite,sinovite, Síndrome do Túnel deCarpo (localizado no punho),Síndrome Miofascial (na muscu-latura e em outras partes moles docorpo, mesmo sem tendinite outenossinovite).

Manter ocorpo emequilíbrio éexigênciapara obem-estar

Coluna é base para a postura

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ara Paulo Frazão, professor asso-ciado do Departamento de Práti-ca de Saúde Pública da Faculda-de de Saúde Pública da Universi-dade de São Paulo (USP) e tam-bém cirurgião-dentista, os dis-túrbios osteomusculares são con-dições comuns em muitas partesdo mundo contemporâneo e aslesões por esforços repetitivos têmse tornado um sério problema noBrasil desde os anos 80, comimportante impacto no sistemade saúde e de seguridade social.“A partir de um estudo de basedomiciliar no Brasil mostramosque várias ocupações apresen-tam uma prevalência de tendinitee tenossinovite acima do espera-do. Entre os CDs, o problemamais comum no passado e aindahoje é a chamada Síndrome Do-lorosa Miofascial. Ela se ma-

Problema sério no Brasildesde a década de 80

A LER/Dort tem forte impacto no sistema de saúde e de seguridade social.Entre os CDs, a mais frequente manifestação é a Síndrome Dolorosa Miofascial

nifesta por tensão e espasmosmusculares decorrentes de dese-quilíbrio funcional entre os mús-culos durante gestos e posturas.A presença de pontos dolorosos ebandas musculares tensas é umimportante indicador de que oprofissional necessita de assis-tência”, observa Frazão.

Das doenças delavadeiras à LER/DortAs doenças ocupacionais,

como são hoje conhecidas asantigas doenças das lavadeirasou tecelãs no Século 18 e iden-tificadas por Ramazzini, foramreconhecidas oficialmente noBrasil em 1987 como LER e, 11anos depois, renomeadas comoDistúrbios Osteomusculares Re-lacionados ao Trabalho (Dort).Agora, esses distúrbios não estãoassociados unicamente ao esfor-ço repetitivo, mas também àtendinite, tenossinovite, bursite,Síndrome do Túnel do Carpo eoutras. A LER/Dort se resume naatualidade a um conjunto desíndromes degenerativas e cumu-lativas, nelas incluídos quadrosclínicos, patologias e doençasque castigam nervos, músculos etendões.

Para os cirurgiões-dentistas, aLER/Dort tem um peso impor-tante na sua rotina de trabalho,porque o trabalho manual inten-so se reflete por todo o corpo. Afrequência dos movimentos doCD no ambiente profissional seexpande para as manobras e pos-turas das tarefas diárias. Veja aseguir uma relação resumida dealguns sintomas que costumamafetar o CD, a qual foi publicadaem matéria sobre o assunto naRevista da ABO Nacional há 8anos e que permanece atual e útilaté hoje. São as lesões mais co-muns da LER/Dort.

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P

PP

CD Paulo Frazão, da FSP-USP

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●●●●● Síndrome do Túnel do Carpo -Parestesia nas mãos, déficit na rea-lização de pinça e apreensão; cau-sados por movimentos repetitivosde flexão e extensão com o punho,principalmente se acompanhadospor realização de força.●●●●● Síndrome do Desfiladeiro To-rácico - Parestesias em membrosuperior; causadas por compres-são sobre o ombro, flexão lateral dopescoço, elevação do braço. Ex.:fazer trabalho manual ou sobre ve-ículos, apoiar o telefone entre oombro e a cabeça.●●●●● Síndrome do Canal de Guyon -Desvio ulnar combinado à preen-são exagerada e mantida; compres-são da borda ulnar do punho.●●●●● Síndrome do Pronador Redon-do - Parestesias e déficit de pinça eapreensão. Principais fatores: es-forço manual do antebraço empronação (movimento das mãos defora para dentro, e que o polegarfica junto ao corpo e a palma damão voltada para baixo). Ex.: car-regar pesos, praticar musculação,apertar parafusos.●●●●● Síndrome do Canal Cubital -Formigamento na face lateral doantebraço e quarto e quinto dedosda mão; causados por compressão

do nervo ulnar; flexão extrema docotovelo com ombro abduzido;vibrações. Ex.: apoiar cotovelo emmesa.●●●●● Tenossinovite dos extensoresdos dedos e do carpo - Inflamação,dor e déficit na manutenção dopunho em posição neutra na pinçae preensão da mão; causados porfalta de alongamento e resistênciados músculos extensores; pinça eapreensão exagerada de objetivos;fixação antigravitacional do pu-nho; movimentos repetitivos deextensão dos dedos. Ex. digitar,operar mouse.●●●●● Tenossinovite dos flexores dosdedos e do carpo - Inflamação, dorna face ventral do antebraço e pu-nho; causados por movimentosrepetitivos de flexão dos dedos eda mão. Movimentos repetitivosde flexão dos dedos.●●●●● Tenossinovite DeQuervain - In-flamação e dor entre o punho e opolegar; causados por desvio ulnaracentuado; déficit de alongamen-to e força dos extensores; estabili-zação do polegar em pinça seguidade rotação ou desvio ulnar do carpo,principalmente se acompanhadode realização de força.●●●●● Tendinite do supra-espinhoso -Inflamação e dor na região posteri-or e lateral do ombro; razão: om-bros projetados à frente e suspensos;déficit muscular.●●●●● Tendinite da porção longa dobíceps - Inflamação e dor na regiãoanterior e proximal do ombro (nor-malmente combinado à tendinitedo supra-espinhoso); causada pormanutenção da flexão do punho,antebraço pronado e braço emabdução (afastamento do corpo),sem apoios; manutenção do ante-braço supinado e fletido sobre obraço.●●●●● Epicondilite - Inflamação e dorna faixa lateral e/ou medial docotovelo; causado por sobrecargados músculos extensores/flexores

dos punhos e dos dedos; movi-mentos com esforços estáticos epreensão prolongada de objetos,principalmente com o punho esta-bilizado em flexão dorsal e naspronossupinações com utilizaçãode força.●●●●● Dedo em gatilho - Ressalto dotendão extensor na polia inflama-da das falanges; ocasionado porestresse repetitivo sobre a poliapor encurtamento dos extensoresdos dedos; compressão palmar as-sociada à realização de força. Ex.:uso de alicates e tesouras.●●●●● Cervicalgia - Dor e perda deamplitude do pescoço; razões:postura inadequada do pescoço ecompressão de nervos e vasos.●●●●● Síndrome dolorosa miofas-cial - Espasmos e tensão muscu-lar; mialgia (dor muscular); cau-sas: desequilíbrio funcional en-tre os músculos durante gestos eposturas.Os cuidados e tratamentos da LER/Dort exigem ações específicas demédicos especializados. Portanto,na presença de qualquer manifes-tação desses sintomas descritos,deve-se recorrer a ajuda médica oquanto antes. Os cuidados posteri-ores costumam incluir medicamen-tos, fisioterapia, acupuntura, exer-cícios e procedimentos manuais eaté anestesia de bloqueio, além decirurgia. Do-In e Shiatsu, técni-cas de massagem orientais, tam-bém são utilizadas com benefíci-os para os pacientes na fase inici-al da doença.

Fique de olho nos primeiros sinais

da LER/Dort

Mão é uma das partes mais atingidas

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Manter as articulações numa posição neutra

Fazer esforços bem próximos de seucorpo (para evitar as exigências em demasia)

Conter a flexão da coluna vertebral para frente, bem como esforços repentinos

Atuar de forma a manter uma frequência de precauções com as suasações e manobras manuais durante os procedimentos odontológicos

Relaxar os ombros e evitar o uso de luvas que apertem o punho

Reduzir o uso de circuladores de ar frio ou ar condicionado

Trabalhar com instrumentos o mais leves possível, angulados, afilados,de diâmetro largo com cabos arredondados, serrilhados e curvados

Trocar mangueiras espiraladas ou retráteis

Dar preferência a movimentos envolvendo o braço porcompleto e conter as manobras com punhos e dedos

Usar sempre água quente para lavar as mãos eevitar o contato delas com temperaturas muito baixas

Exercitar as mãos em pausas de trabalho é mais do que recomendável, é necessário

Atenção aos movimentos durante os procedimentos - ações de raspagem ealisamento radicular manual, com a instrumentação endodôntica manual e no

desgaste de metais e de acrílicos em prótese merecem especial cuidado

A organização no atendimento para esses casos específicos, em que aexigência manual é intensa, deve privilegiar a alternância de pacientes

Exercícios de alongamento muscular de braços, pescoçoe costas também ajudam bastante na prevenção

E R G O N O M I A

CDs: cuidados e olho nos sintomasAtenção na clínica odontológica tem que ser redobrada: é preciso

ter olhos no paciente, nos colaboradores e em si mesmo para evitar os danosprovocados por posturas ou movimentos repetitivos. Neste quadro, confira

dicas que podem ser úteis para aliviar ou prevenir as dores da práticaodontológica e na página seguinte exercícios para relaxar e alongar as

partes mais afetadas pela LER/Dort no corpo humano.

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Exercícios preventivosOs exercícios desta página devem ser feitos na posição sentada, com os pés bem apoiados

no chão. A coluna deve estar afastada do encosto ou espaldar e ereta. A duração de cadaexercício é de 30 segundos e ele deve ser repetidos três vezes para cada membro

5Flexões das pontasdos dedosCom a mão direitaestendida, dedos jun-tos e palma voltadapara baixo, force os

dedos contra a palma da mão esquerda,mantenha a posição por alguns segundos esolte-os suavemente. Repita as flexões nosdedos da outra mão e assim por diante.

4Alongamento ecompressão dos dedosCom as mãos para frente e aspalmas voltadas para baixo, estire os dedos o tanto quantopuder, mantenha-os nessa posição por alguns segundos; emseguida feche as mãos com força.

3Rotação de punhoCom os braços retos e para os la-dos, gire lentamente as mãos emcírculo, trabalhando os punhos.

2Rotação de antebraçoLevante os braços estirados, comas palmas das mãos voltadas paracima, até a altura dos ombros.Gire os braços lentamente paradentro até que os dorsos das mãosfiquem de frente um para o outro.Gire os braços novamente, retor-nando-os à posição inicial.

Rolagem de ombroCom os braços soltos e com asmãos apontadas para baixo, exe-cute um movimento giratóriodos ombros para frente, por trêsvezes, e para trás, por três vezes.

6 Pescoço

Ficar na posição sentada, sem encostara coluna, mantendo-a reta. Inclinar acabeça para o lado, puxando-a comuma das mãos. Manter o outro braçoesticado e com a mão em extensão.

8OmbroPuxar com umadas mãos o co-tovelo até sen-tir alongar a re-gião posteriordo ombro.

10PunhoFlexionar o polegare segurá-lo com osdedos e realizar ummovimento dedesvio para baixo.

7 Extensores de punho

Manter um dos braços es-tendidos. Dobrar o punhopara baixo com o auxílioda outra mão. Repetir omesmo com a outra.

9 Palma da mão e dedos

Manter os cotovelos flexio-nados e as palmas das mãosabertas. Colocar as pontasdos quatro dedos juntas e opolegar em oposição aosoutros dedos. Apertar (ou esticar) as mãos parasentir esticar os dedos e a palma da mão.

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Bem-estar no consultórioé sinônimo de vida saudável

O foco da Ergonomia é aadaptação do trabalho ao

homem. Hoje há preocupação,inclusive na indústria do setor,

em oferecer equipamentos emobiliários com esta finalidade

adaptação do traba-lho ao homem é abase de um conjuntode tecnologias refe-renciadas pela ciên-

onar conforto na execução dasfunções dos profissionais. Nocaso dos CDs, existem, hoje,muitos equipamentos e mobili-ários idealizados, projetados edesenvolvidos considerando asua ergonomicidade, que é acapacidade de proporcionarmelhores condições de opera-ção do consultório odontoló-gico. Todos são feitos de tal ma-neira que permitam racionalizaro trabalho e auxiliar na prevenção

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AAcia. Na essência, isso quer dizerque o ser humano está acima doambiente de trabalho. E que alida não pode se sobrepor a ele.

Aí está o foco da Ergonomia,que se dedica à simplificaçãodo ato de trabalhar do homem,de evitar a fadiga e de proporci-

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A multidisciplinaridade da ErgonomiaSegundo Fábio Barbosa de Souza, professor

adjunto das disciplinas Ergonomia 1 e 2 daUniversidade Federal de

Pernambuco (UFPE), “pensarErgonomia relacionada ao exercí-

cio profissional em Odontologiasignifica entender as interações

entre profissionais e elementos ousistemas, além de aplicar teorias,

princípios, dados e métodos aprojetos a fim de melhorar o bem-

estar e o desempenho no traba-lho”. Para o especialista, a

Ergonomia lida com o trinômiohomem-máquina-trabalho, harmo-

nizando estes pilares para oexercício do trabalho da formamais proveitosa possível. “Em

função de a Odontologia envolverpráticas que levam ao desgastefísico e mental, os quais podem

comprometer a produtividade e a saúde dotrabalhador, os princípios de Ergonomia (física,cognitiva e organizacional) devem estar natural-

mente inseridos no processo laboral.”

dos distúrbios de LER/Dort.O bem-estar do CD no traba-

lho vem se destacando na visãoda indústria odontológica, queconsidera a Ergonomia algo deimportância para o seu mercadode atuação. Para especialistas dosetor, essas empresas estudam efazem testes que levam ao estadoda arte o design de cadeiras odon-tológicas e outros equipamentosutilizados em consultórios den-tários. Muitas, inclusive, dispõemde consultorias especializadas atépara a criação de manuais de ori-entação sobre a melhor forma doCD se posicionar no local de aten-dimento, ou seja, na sua área deoperações e procedimentos jun-to ao paciente. Para o prof. Paulo

Frazão, as principais contribui-ções dos avanços tecnológicosda Ergonomia estão relaciona-das com o desenho de equipa-mentos e instrumentos que seadaptem às características da equi-pe de saúde bucal (cirurgiões-dentistas, técnicos e auxiliaresde saúde bucal) e com os estudosde tempos e movimentos, comdestaque para o trabalho a quatromãos, no qual o CD e o instru-mentador adotam a posição sen-tado e o paciente é mantido dei-tado. “Um ambiente ergonomi-camente adequado facilita a exe-cução do trabalho clínico e ajudaa prevenir a tensão e a fadiga doCD, redundando em satisfação esegurança tanto para o profissio-

nal quanto para o paciente. “Naminha experiência de 20 anos detrabalho clínico, os pacientes quemais se beneficiaram foram aque-les com algum grau de fobia ouansiedade. Os demais se benefi-ciaram, mas não tanto quanto osúltimos”, observou Frazão. Emais: “Encontrei também paci-

No entanto, lamenta Souza, a formação dos cirurgi-ões-dentistas não envolve o aprendizado efetivo da

Ergonomia. “Em muitos casos, aabordagem de ensino da Ergonomiaé realizada de forma superficial emalgumas disciplinas do cursoodontológico, o que inviabiliza aaplicação prática dos seus concei-tos.” Por conta disso, Souzadefende a reformulação dos currícu-los dos cursos de graduação emOdontologia para dar mais destaqueà Ergonomia na estrutura de ensino-aprendizagem. Para ele, “a UFPEdeu importante passo rumo a umaOdontologia mais produtiva aoreestruturar seu conteúdo curriculare incluir as disciplinas Biosse-gurança e Ergonomia 1 e 2, medidaque tem mudado a visão dosestudantes sobre o processo de

trabalho na Odontologia, fazendo com que o discursoe os conceitos de Ergonomia transponham o campodas ideias e sejam inseridos no ambiente prático”.

1/3 das queixassão referentes a

LER/Dort

Prof. Fábio Barbosa de Souza,da UFPE

(Diego Freire)

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entes para os quais não se indicaa posição deitado (gestantes noterceiro trimestre, portadores deobesidade mórbida, portadoresde labirintite, portadores de res-piração bucal, entre outros).”

É tão clara a interferência daErgonomia na vida dos cirurgi-ões-dentistas que um estudo fei-to pelo também CD Artur Cerriem 1991 com 1088 colegas con-firmou rapidamente um quadroacentuado de queixas de lombal-gia, estresse, conjuntivite e dis-função auditiva na categoria. Cer-ca de um terço das queixas sereferiam a sintomas de Dort. Numoutro estudo, este da Universida-de de São Paulo (USP), na mesmaépoca, descobriu-se que dentre113 CDs da cidade paulista deSuzano, 83% tinham dores nacoluna, braços e pernas. Já o Ins-tituto Brasileiro de Estudos e Pes-quisas Socioeconômicas (Inbra-pe) apurou numa pesquisa telefô-nica junto a 614 CDs em váriosestados que 19,9% admitiam so-frer de algum problema dessanatureza. Os mais citados foramtendinite, coluna, LER/Dort,bursite e hérnia de disco. O traba-lho do Inbrape foi feito a pedido

da ABO Nacional, Conselho Fe-deral de Ondontologia (CFO),Associação Brasileira de EnsinoOdontológico (Abeno), Acade-mia Brasileira de Odontologia(AcBO), Federação Nacional dosOdontologistas (FNO) e Federa-ção Interestadual dos Odontolo-gistas (FIO). Mas essa pesquisanão é tudo, porque, também se-gundo alguns especialistas, hásubnotificação de casos. “É só aponta do iceberg”, disse na épocaPaulo Frazão à Revista ABO Na-cional. Os Estados Unidos e aComunidade Européia, onde exis-te a Sociedade Européia deErgonomia Odontológica, lidammelhor com essa questão, especi-almente com relação às pesqui-sas e suas análises. A prevalênciade LER/Dort entre os profissio-nais norte-americanos era de 3%a 5% em 2003. Tanto que a Ame-rican Dental Association (ADA)criou um comitê para auxiliar osCDs com algum problema dogênero. No Brasil, pesquisadoresde instituições de ensino superi-or se esforçam para manter o temana ordem do dia, em função desua importância no meio. Há li-vros sobre Ergonomia aplicadaao consultório odontológico,bem como publicações de ori-entação profissional. Para aaquisição de equipamentosodontológicos, existem no Bra-sil linhas de crédito, mas nãosão específicas para produtosergonômicos, não sendo tam-bém subsidiados pelo governo.No entanto, há em outros paísesempresas especializadas emErgonomia Odontológica.

As posições de trabalho maisadotadas e corretas...

... são as de 7 horas (1ª ilustra-ção), a de 9 horas (2ª)...

... e a de 11 horas (3ª), segundoa Ergonomia

Fontes: Revista ABO Nacional /2003, Fundacentro, Catho Online, Asso-ciação Mineira de Medicina do Trabalho, ErgoNet, Ministério da Saúde;A Ergonomia e as Doenças Ocupacionais do Cirurgião-dentista (PauloCésar Saquy e Jesus D.Pécora); Bras Golden Consultoria; Ergonomia emOdontologia - O Consultório (Wilson Galvão Naressi).

Ambiente físico de trabalho planejadoergonomicamente

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AA

FDI’2010 – Salvador, Bahia

Odontologia de alto nívelem 150 atividades

Com o tema Saúde Oral paraTodos: Desafios Locais,Soluções Globais, a programaçãocientífica do FDI’2010 foi estrate-gicamente montada para interes-sar a todos, do clínico-geral aoespecialista em diversas áreas,além de reunir grandes nomes daOdontologia mundial. No total,serão cerca de 150 atividades

Preços especiais para brasileiros

partir do tema Saúde Oral paraTodos: Desafios Locais, SoluçõesGlobais, a programação científi-ca do Congresso Mundial de

Odontologia da FDI em 2010 -que acontece em Salvador (BA),de 2 a 5 de setembro – foi estrate-gicamente montada para interes-

sar a todos, do clínico-geral aoespecialista em diversas áreas,apresentando a eles novos e dife-rentes enfoques. Serão cerca de150 atividades, ministradas porespecialistas de peso, vindos dediversos países. Esta edição docongresso mundial está sendo re-alizada em parceria pela FDI eABO Nacional.

Segundo o coordenador docomitê científico do evento, Clau-dio Fernandes, o conteúdo daprogramação é amplo e especi-alizado, e está organizado emquatro principais eixos que serelacionam com o tema central ecom a Odontologia atual: promo-ção de saúde e como o CD podecolaborar com ela, com destaquepara o entendimento das doençasque ocorrem regional e mundial-mente e como enfrentá-las; tecno-logia e clínica odontológica, prin-cipais inovações, materiais, técni-

Todos os cirurgiões-dentistas brasilei-ros pagam preços especiais na inscri-ção para o Congresso Mundial da Fe-deração Dentária Internacional (FDI)de 2010, em Salvador (BA). Isso épossível por que a ABO representatodos os profissionais do Brasil na FDI.Além disso, também os CDs latino-americanos associados à entidade na-cional filiada à FDI pagam preços es-peciais de adesão.Para ter acesso à programação cientí-fica, os profissionais pagarão R$420,00, até a realização do congresso.Para ter uma ideia do benefício, osCDs dos demais países filiados à FDI

fora da região latino-americana, paga-rão 440 euros (cerca de R$ 1.100,00)para participar do FDI’Salvador.O pagamento pode ser feito por boletobancário ou cartão de crédito (Visa,Master e Diners), sendo que, no cartão,é possível parcelá-lo em até três vezes.A taxa de adesão inclui acesso a todasas atividades da programação científi-ca, à exposição comercial, à solenida-de de abertura e à documentação epasta do congresso. As inscrições po-dem ser feitas on-line pelo site oficialdo congresso (www. fdi2010. com.br),em que também está disponível a pro-gramação completa.

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Odontologia do Futuro:Você está Pronto?Ministrador: J. M. (Bob)Ten Cate, HolandaApresentação sobre os avan-ços na prevenção e no manu-seio das cáries e as implica-ções para o futuro de suasclínicas.

Diagnóstico e Avalia-ção de Cáries: UmNovo Paradigma Glo-balMinistradora: YvonneAparecida de PaivaBuischi, BrasilO objetivo é aumentar a cons-cientização do cirurgião-den-tista com relação ao cuidadoe controle da cárie, atravésde um amplo acesso ao diag-nóstico da cárie e avaliaçãode riscos.

Desenvolvimentos deÚltima Geração emPróteseSobreimplantesMinistrador: LuigiCanullo, ItáliaOs participantes estarão ap-tos a identificar a lógica bio-lógica e biomecânica por trásdo conceito protético da Al-teração de Plataforma, alémde entender as vantagens edesvantagens dele e comomanuseá-lo.

As Potenciais Aplica-ções para TerapiasGenéticas em Odonto-logiaMinistrador: ThomasHart, Estados UnidosO curso abordará como ainformação genética vem sen-do utilizada para diagnosticare tratar as doenças odonto-lógicas afetando os dentes eo periodonto.

O Futuro daZircônica na ClínicaOdontológicaNanopartículas deZircônia para PrótesesOdontológicasMinistrador: CarlosNelson Elias, BrasilApós a apresentação, os par-ticipantes poderão compa-rar as propriedades mecâni-cas da nanopartícula dezircônia e da microconstruída,e conhecer as inovações emsistemas de cerâmicas emCAD/CAM.

Engenharia Tecidualna ClínicaOdontológica de HojeMinistrador: MichelGoldberg, FrançaUma revisão das tecnologiasbiológicas que levam à enge-nharia tecidual, capaz de ge-rar órgãos, incluindo dentese tecido odontológico.

Odontologia mundial no BrasilPara o Congresso da FDI em Salvador (BA) são esperadosmais de 10 mil participantes, não só do Brasil, mas tambémAmérica Latina e outros países. No Brasil, o evento é promovidopela ABO Nacional. Além da programação científica, a feiracomercial também é um grande atrativo do evento, pois vaireunir cerca de 300 expositores de todo o mundo, sendo umagrande oportunidade para o setor odontológico nacional apre-sentar seus produtos, e também para os profissionais teremcontato com as novidades do mercado.Durante o congresso, estarão reunidos ainda, na AssembleiaGeral, os delegados representantes das associaçõesodontológicas dos mais de 140 países que compõem a FDI,para debater e definir os rumos da Odontologia mundial.Também se reúnem os representantes da International DentalManufactures (IDM) e de muitas outras entidades da Odonto-logia de todo o mundo.

cas cirúrgicas, entre outros; as pers-pectivas e o futuro da ciência, abor-dando também o que vai mudar noatendimento do paciente; e a Odon-tologia integrada às outras áreas daSaúde, enfocando, inclusive, a ci-ência, o paciente, a clínica e onegócio do CD.

Veja nestas duas páginas al-guns destaques da grade em rela-ção a previsões e perspectivas naciência e prática odontológica. Aprogramação completa e a inscri-ção para o evento estão disponí-veis em: www. fdi2010.com.br.

J. M. (Bob) TenCate, Holanda

Programação científica do FDI’2010

YvonneAparecida dePaiva Buischi,Brasil

Luigi Canullo,Itália

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Diagnósticos e Trata-mentos Modernos paraDisfunções de ATMMinistrador: Raúl Riva,UruguaiO curso apresentará a impor-tância deste complexo item,de como ele se relaciona coma clínica geral, além de desta-car o papel do diagnósticoetio-patogênico como funda-mental para um tratamentode sucesso.

Drogas Modernas,Maior Segurança naFarmacoterapia emCirurgia OralMinistrador: Art Jeske,Estados UnidosApresentação sobre seleçãoe utilização de drogas antiin-flamatórias sem esteróides ede opioides, administraçãoanalgésica pré-operatória,anestesia local e ainda consi-derações para a utilização dedrogas analgésicas em paci-entes medicamente compro-metidos.

InformaçõesConfiáveis na Internetpara a Prática Odonto-lógica: Onde Procurara Informação da qualPreciso?Ministrador: HeikkoSpallek, Estados UnidosHabilidades de pesquisa narede para encontrar recursosde alta qualidade que soluci-onam problemas reais, comoplanejamento de diagnósticoe tratamento, pesquisa deprodutos odontológicos e ge-renciamento da clínica.

Expandindo Horizon-tes: Usando a Internetpara a sua EducaçãoContinuadaMinistrador: AntonioEduardo Ribeiro, BrasilO curso irá abordar as ca-racterísticas e benefícios deum sistema de ensino à dis-tância provado e testado,com metodologia especialpara a Odontologia, além de

analisar os dados na avalia-ção e implantação de novatecnologia.

Prevendo o Futuro: oBanco de Dados Inte-rativo de Trauma Den-talMinistrador: MontyDuggal, Reino UnidoOs participantes estarão ap-tos a revisar as fontes de evi-dências para tratamentos detrauma, salientar as limita-ções nas evidências existen-tes, identificar e sugerir ele-mentos para método basea-do em computador para co-letar informações importan-tes após o trauma, entre ou-tras funções.

P A I N E L○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

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Carlos NelsonElias, Brasil

Michel Goldberg,França

Art Jeske,Estados Unidos

Monty Duggal,Reino Unido

Claes GoranEmilsson, Suécia

Jaime Cury,Brasil

Stig Hansson,Suécia

Raúl Riva,Uruguai

Antonio EduardoRibeiro, Brasil

Heikko Spallek,Estados Unidos

Centro de Convenções da Bahia, local do FDI’2010, em Salvador

Thomas Hart,Estados Unidos

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Syngcuk Kim,Estados Unidos

Arthur BelémNovaes Junior,Brasil

MauricioGuimarãesAraújo, Brasil

Livia Tenuta,Brasil

MauroFradeani,Itália

Além da programação nor-mal do FDI’2010, acontecemno dia 1º de setembro as ses-sões clínicas especializadas,que é um espaço reservadoao especialista clínico comuma discussão profunda so-bre tópicos e aspectos dealta complexidade. As ses-sões trarão uma integraçãoentre especialidades próxi-mas ou o aprofundamento deum tema específico.Veja abaixo alguns dos temasque serão abordados nestaprogramação extra.

O Impacto de NovasTecnologias no Resul-tado de TratamentosEndodônticosMinistrador: SyngcukKim, Estados UnidosSerão apresentadas informa-ções que contribuem para acompreensão do porque asnovas tecnologias melhora-rão os resultados da terapiaendodôntica. Também serápossível se familiarizar comos novos instrumentos técni-cos e compará-los com asversões antigas.

Base Biológica para aCirurgia PeriodontalMinistradores: ArthurBelém Novaes Junior,BrasilMauricio GuimarãesAraújo, BrasilOs participantes aprenderão asatuais indicações para a rege-neração periodontal, técnicasatualizadas e quais biomateriaisfuncionam melhor para chegar

a ela. Além disso, entenderãoos princípios da técnica do re-talho para se conseguir a co-bertura prevista da raiz.

Estética de Nível Inter-nacional – Análise doSorriso OtimizaçãoPrevisível do ResultadoProtéticoMinistrador: MauroFradeani, ItáliaSerão abordados o reconhe-cimento das indicações clíni-cas e das técnicas para atin-gir a integração biológica,funcional e estética; avalia-ção e finalização de casoscomplexos envolvendo cirur-gias periodontais e implan-tes; comunicação de infor-mações funcionais e estéti-cas ao laboratório.

Novas Fronteiras paraa Cariologia - Atualiza-ção Clínica e BiológicaMinistradores: ClaesGoran Emilsson, SuéciaJaime Cury, Brasil e LiviaTenuta, BrasilA sessão tratará de questõescomo: aquisição e transmis-

são dos Streptococcus mu-tans; técnica minimamenteinvasiva de cáries incipien-tes; selamento de lesões pro-ximais; se dentes de leite sãomais suscetíveis às cáries doque os permanentes; se ali-mentos ricos em amido cau-sam cáries; a quantidade depasta de dente com flúor queuma criança menor que seisanos deve usar.

Importância dasMircrorroscas para aFunção Biomecânicados Implantes OraisMinistrador: StigHansson, SuéciaOs participantes estarão ap-tos a entender que o ossoao redor dos implantes res-pondem às forças mecâni-cas e essas forças depen-dem da carga sobre o im-plante e seu desenho, alémde descrever as evidênciasque microrroscas podemser instrumento para a ma-nutenção da crista óssea.

Siga o FDI’2010 na Internet:www.fdi2010.com.brwww.twitter.com/fdi2010

Sessões paraespecialistas

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I N T E R N A C I O N A L

A G E N D A○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Dental CalendarDental CalendarDental CalendarDental CalendarDental Calendar

Gramado (Brasil)

Colaob 20106º Congresso Latino-americano de ÓrgãosArtificiais e Biomateriais17 a 20 de agostoLocal: Gramado (Rio Grandedo Sul - Brasil)Informações:www.ufrgs.br/colaob2010

Rio de Janeiro (Brasil)

46º Meeting Anual daISO/TC-10625 de setembro a 2 de outubroLocal: Hotel Intercontinental,Rio de Janeiro (Brasil)Informações:www.isotc106.com.br

2 0 1 0

Orlando (EUA)

ADA’ 2010151ª Annual Session - ADA9 a 12 de outubroLocal: Orlando (EUA)Informação:www.ada.org

Mumbai (Índia)

Feira IDEMInternational Dental Exhibitionand Meeting India29 a 31 de outubro de 2010Mumbai - Índiahttp://www.idem-india.com

2010, ano doFDI’Salvador

Um congresso que valepor muitos. Trata-se doFDI’2010, que acontecerá emSalvador, Bahia, trazendopara o Brasil a sede interna-cional da Odontologia no pe-ríodo de 2 a 5 de setembrodeste ano.

A programação científi-ca já está disponível no site daFDI.

Informações e inscrições:www.fdi2010.com.br

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