Revista ASBRAV N°9

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Revista bimestral da Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar condicionado, Aquecimento e Ventilação – Março/Abril 2014 | Ano II nº 9 ENTREVISTA Mozart Neves Ramos fala sobre o incentivo à educação MERCOFRIO 2014 Inovação será o centro dos debates MAIS ESPAÇOS MAIS NEGÓCIOS REFRIGERAÇÃO COMERCIAL:

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Publicação feita na Uffizi Consultoria em Comunicação - mar/abr 2014

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Revista bimestral da Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar condicionado, Aquecimento e Ventilação – Março/Abril 2014 | Ano II nº 9

ENTREVISTAMozart Neves Ramos fala sobre o incentivo à educação

MERCOFRIO 2014Inovação será o centro dos debates

MAIS ESPAÇOS MAIS NEGÓCIOS

REFRIGERAÇÃO COMERCIAL:

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ANÚNCIOMERCOFRIO

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ANÚNCIO

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Editorial

SEDE RSRua Arabutan, 324Navegantes, Porto Alegre/RS CEP 90240 – 470fone/fax (51) 3342–2964 3342–9467/ 9151–4103Email: [email protected]: www.asbrav.org.brESCRITÓRIO REGIONAL DE SANTA CATARINAEmail: [email protected]ÓRIO REGIONAL DO PARANÁEmail: [email protected]

DIRETORIA EXECUTIVAPresidente: Luiz Afonso Dias1˚ Vice-Presidente: Hani Lori Kleber2˚ Vice-Presidente: João Henrique Schmidt dos Santos 3˚ Vice-Presidente: Mário Alexandre M. FerreiraSecretária: Claudete WeissTesoureiro: Rodrigo da Silva MirandaDiretor Adm. Financeiro: Hani Lori KleberDir. de Com. e Marketing: Cesar De SantiDiretor de Ensino e Treinamento: Paulo Otto BeyerDiretor da Qualidade: Luiz Alberto HansenDiretor de Gestão Empresarial: Madeleine ScheinDiretor de Relações Institucionais: Eduardo Hugo MüllerDiretor Técnico: Ricardo VazDiretor de Patrimônio: Adão Webber LumertzDiretora Social: Marcela Marzullo SchneiderDiretor de Integração Regional: Carlos LimaDiretor Grupo Setorial Refrigeração: Telmo Antonio de BritoDiretor Grupo Setorial Ar-Condicionado: Carlos RodriguesDiretor Escritório Regional de Santa Catarina: Arivan Sampaio ZanlucaDiretor Associativo Escritório Regional de Santa Catarina: Daniel Trompowsky AvilaDir. Escritório Regional do Paraná: Alexandre Fernandes SantosDiretor de Representação Local São Paulo: Luiz Carlos Petry

CONSELHO DELIBERATIVOPresidente: Gilmar Luiz Pacheco RothConselheiros Titulares: Márcio José Pereira Hoffchneider, Marcos Kologeski, Maricilvio Caetano Stedile, Ricardo Albert, Rodolfo Rogerio Testoni, Rodrigo Veloso da Costa Teixeira, Saulo Fraga dos Reis, Vanderson Aloise ScheiblerConselheiros Suplentes: André Helfensteller, Flávio Ribeiro Teixeira e Maurício Barbosa de Carvalho

COMITÊ SETORIAL ASBRAV NO PGQPPresidente: Luiz Alberto HansenCoordenação de Capacitação: Roberta VieiraCoordenação de Avaliação: André Helfensteller Coordenação Geral: Bruna LazzarottoCoordenação de Marketing: Cristiane Martins PaimSecretária Executiva: Cristiane Martins Paim Conselho Editorial Revista ASBRAVAlmir Freitas, Cristiane Paim, Cesar de Santi, Guilherme Chiarelli Gonçalves, João Henrique Schmidt dos Santos, Luiz Carlos Petry, Luiz Fernando Ruschel, Ricardo Vaz, Paulo Otto Beyer e Mario Alexande Ferreira Uffizi Consultoria em Comunicação

Diretor Executivo: Almir Freitas (MTb/RS 5.412)Edição: Grazielle AraujoRedatores: Rodrigo Mello, Manuela De Almeida Ferreira e Vinícius DuarteEditoração: Airan AlbinoRevisão: Luana AquinoRua Vicente da Fontoura - 2199/302 – Porto Alegre - CEP 90640 003 – Tel +55 51 3330.6636Comercial: Isabel Ruschel - [email protected] - +55 51 3414.4943 – +55 51 8180.3300Revista Bimestral da ASBRAV – ANO 3 – Edição nº 09 – Março/Abril de 2014Impressão: Gráfica OdisséiaDistribuição: 15 mil endereços eletrônicos cadastrados Tiragem: 1.500 exemplares impressos com remessa dirigidaE-mail de contato: [email protected]

ExpEdiEntE

MISSÃO: Congregar, representar e apoiar os associados, proporcionando o desenvolvimento técnico e de gestão, atuando de forma proativa, ética e moral.

VISÃO: Ser reconhecida pela sociedade como entidade referência dos setores que representa.

Os artigos aqui reproduzidos são de responsabilidade de seus autores, e não refletem necessariamente a opinião da ASBRAV e da Uffizi Consultoria em Comunicação.

Luiz Afonso DiasPresidente da ASBRAV

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s mudanças decorrentes dos novos paradigmas do mundo do trabalho obrigaram o terceiro setor a promo-ver a qualificação e capacitação de seus funcionários, visando à formação de profissionais para servir com mais qualidade as demandas do setor e também à sociedade de maneira geral. Estudos mostram que nas empresas em que ocorreu a implantação de uma política de capacitação ou reconhecimento ao mérito funcional o nível educacional cresceu.

As organizações devem considerar o know -how de seus colaboradores, caso contrário, deixando de estimulá--los, podem contribuir para que estes acabem tornando-se profis-sionais estagnados. Para que uma organização se torne competitiva, é fundamental desenvolver um ambiente estimulante, em que os trabalhadores sintam-se responsáveis pelo crescimento da empre-sa. E isso é possível de ser alcançado com a capacitação e a valoriza-ção dos seus colaboradores.

O aprimoramento profissional lança um novo olhar sobre a con-cepção e percepção do trabalhador, fazendo com que ele se destaque para a sua empresa, bem como a melhoria dos serviços prestados à sociedade, estando diretamente atrelada à continua qualidade do aten-dimento prestado.

O Mercofrio, que acontece de 25 a 27 de agosto na FIERGS em Porto Alegre, estabeleceu-se como um evento de disseminação de conheci-mento para o setor HVAC-R, oportunizando ao público o debate acer-ca de assuntos palpitantes e inovadores alcançados por importantes palestrantes que se farão presentes no Congresso. A apresentação de trabalhos científicos, motivando os interessados a apresentarem seus projetos, oportuniza ao jovem acadêmico sair motivado e estimulado com a futura profissão. O congresso também oferece excelente oportu-nidade para os profissionais da área se atualizarem e inte-ragirem com colegas do segmento.

Capacitação profissional como regulador de crescimento

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Sumário

PERFILMozart Ramos faz um diagnótico dos pontos que precisam de atenção na educação brasileira

ARTIGO CONVIDADOConfira o que diz Antônio Cesa Longo sobre o crescimento expressivo do PIB gaúcho

NOTAS & LANÇAMENTOSAs novidades e novos produtos do setor

9 PERFIL EMPRESARIALA história da 3B Aquecedores, a empresa mais antiga do Paraná na área de climatização

INOVAÇÃOEmbraco inicia produção de compressor que dispensa uso de óleo

14 AR-CONDICIONADOLicitação exige frota equipada com ar-condicionado no transporte público de Porto Alegre

16 GESTÃO EMPRESARIALAvanço tecnológico e novas normas de transparência tornam a contabilidade indispensável nas empresas

MATÉRIA DE CAPA17 Demanda de alimentos de preparo prático influenciam mercado de refrigeração

21 CONSTRUÇÃO CONSCIENTESistemas de automação aliam forças ao compromisso das “construções verdes”

22 ENSINOFaculdade de Engenharia Mecânica da UFSC incentiva a participação de alunos em projetos

24 GESTÃO SUSTENTÁVELUtilização de gás natural ganha espaço em virtude da economia

26 ARTIGO TÉCNICO 1Artigo aborda a utilização de controladores digitais, atualmente indispensáveis na automatização da cadeia do frio

29 ARTIGO TÉCNICO 2Artigo descreve o “Edifício Doente’’, nome dado ao gravíssimo problema causado por Sistema de Refrigeração artificial inadequado

32 EVENTOSPalestra promovida pela ASBRAV e pela HARD explica detalhes do sistema chamado de “Over Head”

34 ASSOCIADOS ASBRAVSaiba quem faz parte da lista

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RICARDO GIUSTI-PMPA/REVISTA ASBRAV

DIVULGAÇÃO/REVISTA ASBRAV

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pErfil

A nova educação brasileira

Revista ASBRAV – Como o senhor avalia a educação dentro de um processo de transformação social?

Mozart – A educação é o único vetor capaz de aliar desenvolvimento econômico com desenvolvimento so-cial. O Brasil é um país que se encontra na sétima posição no ranking do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, mas, quando olhamos o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o Brasil está na 85º posição. Como um país tão rico está tão distante do ponto de vista do desenvolvimento humano se, na verdade, o segundo nada mais é que um reflexo do seu desenvolvimento social? É um questiona-mento que fazemos para gerar uma reflexão. A educação, como fator de transformação, é estratégica para que você possa ter uma melhor distribuição de renda, diminuição da mortalidade infantil e, principalmente, uma formação de cidadãos mais qualificados. Além disso, através da educa-ção é possível fortalecer a democracia, aprimorar os valo-res críticos e, dessa forma, analisar melhor as propostas de um candidato em uma eleição. Resumindo, quanto mais

Renovar a estrutura educacional brasileira é um desafio que percorre décadas. Hoje, o país conta com mais de 40 milhões de estudantes matriculados em escolas públicas. Encontrar um formato ideal para o ensino brasileiro é um grande obstáculo, tendo em vista a desigualdade econômica, cultural e social entre as regiões, até mesmo em um contexto menor (como uma cidade, por exemplo).

A busca de autoridades como Mozart Neves Ramos é atingir uma evolução no ensino que, ao menos, esteja equiparada ao desenvolvimento econômico do país. Atualmente, Ramos é diretor de Articulação e Inovação do Instituto Ayrton Senna, mas sua trajetória é marcada por passagens na reitoria da Universidade Federal de Pernambuco e na Secretaria de Educação e Cultura do mesmo estado.

Os anos de envolvimento com o sistema de educação brasileiro são percebidos quando Ramos mostra sua convicção ao defender a renovação das políticas voltadas para a área no país. “A educação brasileira possui uma escola do século XIX, professor do século XX e alunos do século XXI. É preciso alinhar esses tempos para que, de fato, o aluno se sinta motivado e acolhido, e o professor se sinta seguro e com autoestima para lecionar”, exemplificou.

Ramos também deixa clara sua certeza de que é inevitável pensar em formas de incentivar a formação de novos professores. “Revitalizar o desejo pela carreira do magistério seria qualificar mais profissionais capazes de motivar os alunos em sala de aula. O sucesso da educação passa diretamente pela contribuição dos professores que estão em sala de aula”, frisou.

FOTO ROCHA/REVISTA ASBRAV

Ramos defende que o estímulo à carreira do magistério é crucial

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educada uma população, mais rica é sua participação social e democrática no país.

Revista ASBRAV – Já que entramos no assunto eleições, o que o senhor classificaria como o principal desafio do próximo governante brasileiro?

Mozart – Uma liderança capaz de mobilizar o país pela causa. Porque para o Brasil se tornar mais compe-titivo – com maior capacidade de produção – isso passa, naturalmen-te, por um binômio que se conjuga da seguinte forma: infraestrutura e educação de qualidade. A infra-estrutura (estradas, portos e ae-roportos), em cinco anos, com um dinheiro bem aplicado, o país pode construir. Isso já está sendo motiva-do pela Copa do Mundo. Em relação à educação, precisamos de escolas com os insumos necessários, profes-sores motivados, salas de aula dialo-gando com a realidade dos jovens e, principalmente, preparadas para as mudanças do século XXI. Além dis-so, julgo que outro grande objetivo a ser alcançado é a atratividade pela carreira do magistério, ou seja, fazer com que o jovem nesse país tenha vontade de ser professor.

Revista ASBRAV – Junto com o desenvolvimento econômico brasi-leiro, presenciamos uma abertura da política de cotas. Em sua opi-nião, esse modelo é o ideal para efetivarmos mudanças na educa-ção brasileira?

Mozart – O Brasil já foi mais desi-gual, mas, ainda hoje, conserva mui-ta desigualdade. Apesar de estar in-cluindo muitas pessoas no processo educacional, em comparação com o começo da década de 90, por exem-plo, ainda temos uma grande parcela da população que não teve acesso às oportunidades. Entendo que seja natural uma estratégia de cotas que possa minimizar essa desigualdade de oportunidades. Por outro lado, também acredito que essa política de cotas tenha um tempo para ser concluída, ela não pode ser eterna. É preciso mudar o pneu com o carro em movimento. É necessário redu-

zir as desigualdades, mas, por outro lado, se fizermos o dever de casa de manter boas escolas públicas, não precisamos ter políticas de cotas. Nós reconhecemos nosso fracasso em não ter escolas de qualidade, o lado equânime do ponto de vista de oferta, então o que nós fizemos? Tra-balhamos as políticas de cotas. Con-sidero justa enquanto uma dívida histórica do país, mas, que isso tenha uma data para conclusão, ao mesmo tempo de uma escola de boa quali-dade para todos.

Revista ASBRAV – O desenvolvi-mento econômico também impul-siona a entrada de novas tecnolo-gias no país. Como essas podem contribuir na educação escolar?

Mozart – As descontinuidades são cada vez maiores, afetando mui-to nossa forma de viver, de se comu-nicar e dialogar, de se reportar ao mundo e sustentar opiniões e pontos de vista. Naturalmente, as tecnolo-gias precisam estar mais presentes na sala de aula. Nós temos uma es-cola do século XIX, professor do sé-culo XX e alunos do século XXI. É pre-ciso alinhar esses tempos para que, de fato, o aluno se sinta motivado e acolhido e o professor se sinta segu-ro e com autoestima. Nesse âmbito, as tecnologias podem desempenhar um papel importante nessa conver-gência entre alunos e professores.

Revista ASBRAV – Seu posicionamen-to sobre a necessidade da aproximação entre universidades e ensino básico é fa-vorável a este movimento. Qual seria o efeito dessa sinergia?

Mozart – Essa questão do ali-nhamento da universidade com a educação básica está muito lon-ge numa escala de prioridades. As universidades precisam fazer um esforço muito grande para colocar no seu planejamento institucional, enquanto prioridade, a questão da melhoria na qualidade da educação básica. Isso pode ser alcançado por meio do desenvolvimento da forma-ção continuada dos professores da educação básica. Essa formação tem de dialogar com o ‘chão de escola’,

com aquilo que os professores po-dem aplicar dentro da realidade das escolas. Além disso, acredito que a pesquisa científica – muito comum no ambiente acadêmico – deve ser estimulada desde os primeiros anos, visto que isso contribui para que a criança tenha uma visão sistê-mica do mundo, sinta-se estimulada e mantenha-se curiosa.

Revista ASBRAV – Uma grande parcela dos brasileiros lembra-se de Ayrton Senna como um dos heróis brasileiros. O nascimento do Institu-to Ayrton Senna está ligado direta-mente ao projeto de desenvolver o potencial das novas gerações. Como o esporte pode auxiliar na constru-ção de um caminho nessa busca?

Mozart – Isso já está no DNA de partida do Instituto Ayrton Senna. Em 1995, primeiro ano da Institui-ção, já tínhamos um projeto inovador chamado a Educação pelo Esporte. O programa, até hoje, é uma ótima for-ma para demonstrar como o esporte pode contribuir muito para o plane-jamento, organização, disciplina, co-operação e trabalho em equipe. Va-lores que estão muito presentes nos esportes e que agregam muito no ensino em sala de aula. Trabalhar es-sas questões contribui não somente na questão do aprendizado didático, mas no desenvolvimento social dos estudantes. O esporte, quando in-corporado no projeto político-peda-gógico, representa um grande aliado das habilidades cognitivas também.

Revista ASBRAV – Dentro dessa transformação no ensino, o que o senhor acredita que seja a escola ideal no Brasil?

Mozart – O jovem quer uma esco-la que dialogue com seu mundo, mas a escola atual dialoga muito pouco. É preciso dar sentido àquilo que o jo-vem estuda. Quando isso acontece, o jovem entende a importância do que está estudando. Não basta dizer que algo é importante para a sua vida. As pessoas querem saber como as coisas dialogam com o seu mundo, como isso é importante para tornar--lhe uma pessoa melhor.

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artigo Convidado

Por um crescimento coletivoAntônio Cesa Longo (*)

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A crescente busca do con-sumidor por confiabi-lidade, conveniência e facilidade nas formas de pagamento foram fato-

res decisivos para que o setor super-mercadista tenha apresentado um crescimento real de 7,39%, no Rio Grande do Sul, no ano passado. O dado, já deflacionado pelo IPCA/IBGE e revelado pelo Ranking Agas 2013, comprova que os supermercados do Estado mais uma vez demonstraram seu poder de atualização, agilidade e comprometimento com sua comuni-dade, e esses são historicamente os diferenciais do autosserviço.

A participação das companhias supermercadistas gaúchas no PIB do Estado cresceu e, pela primeira vez, ultrapassa a casa dos 7%. Além dis-so, os supermercados do Rio Grande aumentaram a sua representativida-de no faturamento total do setor no País, chegando aos 8%, levando a um faturamento de 21,6 bilhões de reais e superando os 91 mil empregos di-retos. Esses dados, somados ao DNA sempre otimista que caracteriza a classe supermercadista, nos fazem acreditar que em 2014, com muito trabalho e esforço, conseguiremos buscar novamente um crescimento, ainda que desta vez o desafio seja

ainda maior por toda a conjuntura econômica que se desenha.

Celebramos o crescimento ex-pressivo do PIB Gaúcho, mas não podemos esquecer que ele foi alicer-çado no setor agrícola. A participação da indústria gaúcha no PIB do Estado caiu cerca de 15% nos últimos cinco anos, e esse dado merece a nossa atenção. Hoje, a indústria represen-ta menos de 20% do PIB Estadual, e alertamos para o crescimento insus-tentável que este quadro está crian-do. Se hoje celebramos a pujança do PIB Gaúcho, muito devemos a São Pedro, que colaborou decisivamente para a excepcional safra de nossas lavouras. Mas enquanto o varejo, os serviços e principalmente a indústria não encontrarem o seu Santo Padro-eiro, é necessário que busquemos so-luções para um crescimento coletivo. Precisamos que todos os setores da nossa economia tenham oportuni-dades e ferramentas iguais para este enfrentamento. As entidades hoje

devem defender todas as atividades, não olhando apenas para o seu setor. Apoiamos o setor primário e quere-mos que o campo siga crescendo em níveis excepcionais, mas os demais braços da economia precisam acom-panhar este desenvolvimento, e to-dos nós temos um papel a cumprir neste cenário.

Por isso, conclamamos os cole-gas supermercadistas a valorizarem os produtos da indústria gaúcha em suas gôndolas. São essas empresas, referências em sua comunidade e região de atuação – e muitas delas modelares para todo o Brasil –, que nos inspiram e nos motivam a seguir buscando melhores condições para todos e, acima de tudo, a igualdade de ferramentas de disputa por mer-cado entre as companhias de todos os setores. Que os supermercados sigam crescendo – e que assim seja também para os demais segmentos da nossa economia. O futuro do Rio Grande agradece.

(*) presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (AGAS)

[email protected]

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Tradição e pioneirismo com os pés no chão

pErfil EmprESarial

Empresa de climatização do Paraná atende mais de 100 mil clientes

E m abril de 1990, Carlos Bra-ga, junto da esposa Marle-ne, fundava a empresa 3B Aquecedores, a primeira do setor de climatização no

Estado do Paraná. Com 24 anos aten-dendo a cidade de Curitiba e Região Metropolitana, a organização tem um plantel de mais de 100 mil clientes, conforme o próprio presidente da em-presa, além de fortes parcerias com li-nhas de aquecedores e uma estrutura funcional composta por 20 funcioná-rios distribuídos entre áreas de venda, assistência técnica, instalação, fatura-mento e administração.

Segundo Braga, a companhia, ganhadora do Prêmio Estadual Pa-raná em Qualidade e Atendimento, foi criada para oferecer serviços de aquecimento a gás. Porém, com o passar do tempo, veio a necessidade de agregar novos produtos devido à forte demanda dos consumidores na parte de refrigeração e condicionado-res. Atuando em uma área de 1000 metros quadrados, com 430 metros quadrados de área edificada, a em-presa aumenta sua estrutura lenta-mente. “Estamos sempre em busca de conhecimento. Por sermos pio-neiros, buscamos trabalhar dentro da nossa realidade, sem exageros”, reconhece. Atualmente, a 3B Aque-cedores trabalha com a comerciali-zação de aquecedores de água a gás, pressurizadores, medidores de gás e material hidráulico.

Devido ao rigoroso inverno da re-gião Sul nos últimos anos, os consu-midores que utilizam o aquecimento a gás passaram a ter mais gastos para obter banho quente e com boa vazão de água. De acordo com Braga, du-rante esse período, há o aumento nas compras de novos modelos de aque-

cedores digitais, com controle mais preciso da temperatura e que ajudam a reduzir o consumo de água e gás.

“É claro que os gastos têm relação com o comportamento da família, mas no inverno é inevitável, precisa--se de mais gás para aquecer a água que chega à casa mais fria”, comen-ta o proprietário, há mais de 30 anos trabalhando com instalação e manu-tenção de aquecedores.

Ao aumentar a temperatura do aquecedor de passagem nos modelos analógicos, fato comum nas residên-cias em que se aquece a água na pas-sagem pelo queimador, é usual que se precise recorrer à água fria para temperar o banho, gastando mais água também. A estabilidade na tem-peratura é apontada por Braga como a principal vantagem dos modelos digi-tais. “Evita-se o superaquecimento. Se um usuário define a temperatura de 40 graus, mesmo que se abra pouco, o chuveiro funcionará com essa tempe-ratura, evitando casos de queimadura, especialmente em crianças”, explica.

Outra vantagem desses equi-pamentos é a maior capacidade de conseguir atender satisfatoriamen-te vários pontos ao mesmo tempo.

“Sempre haverá perda de tempera-tura quando se usa dois pontos ao mesmo tempo. Já nos aquecedores digitais, o equipamento ‘percebe’ o aumento de demanda e amplia a quantidade de calor para conseguir esquentar a água por igual”, esclare-ce o presidente.

Ele também lembra as dificulda-des de se conseguir mão de obra e critica a falta de uma legislação para prestação de serviços e efeito de ma-nutenção no setor HVAC-R.

Hoje, a empresa tem o projeto de expandir sua estratégia de busca por parcerias nacionais, além de aumen-tar seu quadro de funcionários no Es-tado do Paraná.

Estamos sempre em busca de conhecimento. Por sermos pioneiros, buscamos trabalhar dentro da nossa realidade, sem exagerosCarlos Braga

DIVULGAÇÃO/REVISTA ASBRAV

Braga está ampliando sua rede de parceiros

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notaS E lançamEntoS

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Focada em tecnologia e bem-estar, a Fujitsu lançou, em 2012, o Sistema Multiflexível com tecnologia Inverter, um mecanismo climati-zador que abrange de dois a oito ambientes. O produto atende à necessidade com apenas uma unidade externa leve e compacta, além de uma ampla linha de unidades internas (Piso, Cassete, High Wall e Duto).

Fujitsu lança Sistema MultiflexívelA Johnson Controls Building Efficiency tem novo ge-

rente de Desenvolvimento de Negócios. Danilo Decoussau assumiu o cargo e será responsável pela área de vendas do setor de HVAC. Licenciado em Engenharia Mecânica pela Universidade Mackenzie e graduado em Administração de Empresas pela mesma universidade, Decoussau trabalhou por mais de 15 anos nas Indústrias Tosi, onde foi gerente Comercial Nacional.

Johnson Controls tem novo gerente

O distúrbio do fluxo de ar para o ventilador produz um alto nível de ruí-do. Situações particulares de instalações envolvendo entrada de ar assimétrica, por exemplo, podem gerar uma grande turbulência. Onde quer que haja constri-

ções, as chamadas formações de cordas vórtice se desenvolvem. Estas colidem diretamente com as hélices e tais ruí-dos indesejáveis. Por isso, a Ebm-papst desenvolveu a grelha de entrada de ar FlowGrid, que tem um efeito de endirei-tamento do ar. As cordas de vórtices são divididas após bater na grelha e enfra-quecem na medida em que fluem atra-vés dela. A novidade é adequada tanto para os ventiladores axiais quanto para os centrífugos. Além disso, praticamente não há nenhum efeito sobre a entrada de energia ou no desempenho do ar.

Ebm-papst apresenta grelha de entrada de ar FlowGrid

Especializada na distribuição e revenda de peças e equipamentos para refrigeração, a Brastek forneceu suporte técnico para uma operação de Retrofit realizada em Sorocaba (SP). Aplicado a condicionadores de ar instalados nas de-pendências de uma grande indústria do setor automotivo, o Retrofit retirou desses equipamentos o fluido refrigerante R-22, um produto que possui potencial de degradação da camada de ozônio, substituindo-o pelo ISCEON® MO99, que é ambientalmente aceito.

Brastek faz operação para trocar R-22

A unidade da Nutrimental, em-presa brasileira do setor alimentício, situada na cidade paranaense de São José dos Pinhais, concluiu uma ope-ração de Retrofit aplicada a quatro

equipamentos de refrigeração. Com o procedimento, a empresa também substituiu nesses aparelhos o fluido refrigerante R-22 pelo ambiental-mente aceito ISCEON® MO99.

Nutrimental promove troca de equipamentos

Em 2014, a Soclam, filiada à AS-BRAV, comemora 40 anos de atua-ção no ramo de projetos, instalação e manutenção de equipamentos de ar-condicionado central. A experiên-cia adquirida nessa trajetória e a tec-nologia alcançada, devido à parceria

com a multinacional Midea-Carrier, tornam a empresa sólida, capaz de realizar projetos de qualidade e que têm garantido a total satisfação do cliente. Desde 1997, a Soclam partici-pa do Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade (PGQP) e de progra-

mas do SEBRAE na área de Planeja-mento Empresarial para Pequenas e Médias Empresas. Integra também o Classe Master, programa de Melhoria de Processos promovido pela Carrier. Além disso, é a instaladora autorizada das marcas Carrier, Midea e Toshiba.

Soclam comemora 40 anos

DIVULGAÇÃO/REVISTA ASBRAV

DIVULGAÇÃO/REVISTA ASBRAV

DIVULGAÇÃO/REVISTA ASBRAV

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notaS E lançamEntoS

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De 10 a 14 de março de 2015, a ISH Feira internacional de louças sanitárias, energia, tecnologia de ar-condicionado e energias renováveis voltará a abrir suas portas em Frankfurt. Cerca de 2,4 mil fabricantes, mais de metade oriun-dos de fora da Alemanha, apresentarão

as mais recentes novidades nas áreas. Em 2013, a Feira estreou com sucesso o espaço Wall+Floor, dedicado a revesti-mentos de chão e parede para casas de banho, que deve se repetir na próxima edição. Nesta área, estarão presentes empresas de azulejo e cerâmica, for-

necedores de tintas e cores, painéis e laminados em madeira, pedra natural e cortiça. Além disso, haverá apresenta-ções, fóruns e simpósios sobre susten-tabilidade. As inscrições estão abertas e podem ser feitas através do site www.ish.messefrankfurt.com.

Inscrições abertas para Feira em Frankfurt

A Danfoss apresenta a unidade condensadora com microcanal OPTY-MA™, uma evolução da unidade con-densadora com tubo aleta. Utilizado em diversos sistemas de refrigeração, como câmaras frigoríficas, resfriadores de leite, máquinas de sorvete, balcões refrigerados, condicionadores de ar e adegas, a unidade condensadora é di-ferenciada. O microcanal é construído em alumínio, o que diminui a corrosão galvânica e a torna até 15 kg mais leve e

utiliza-se até 30% menos carga de flui-do refrigerante.

A empresa também traz ao merca-do uma solução que elimina a ameaça de vazamento de refrigerante na pa-ralisação dos sistemas de refrigeração com CO2. As Válvulas Esfera e Válvulas de Retenção de alta pressão são proje-tadas para suportar a alta pressão de trabalho (90 bar MWP) e permanecer estanque em condições adversas de alta temperatura de ambiente externo.

Nova unidade condensadora OPTYMA™ da Danfoss

Nutrimental promove troca de equipamentos

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inovação

Economia de energia e diminuição do ruído são destaques no dispositivo

Embraco lança compressor sem o uso de óleo

A Embraco está oferecendo ao mercado uma tecno-logia que revolucionará o segmento de refrigeração doméstica. O compressor

Wisemotion, entre outras modifica-ções, não utilizará óleo em seu funcio-namento, e passa a ser o carro-chefe de uma série de medidas que a em-presa adotará no novo sistema. Para o desenvolvimento do compressor, foram envolvidos mais de 600 cola-boradores. O projeto foi realizado nos laboratórios da matriz em Joinville (SC) e recebeu um investimento que ultrapassou os US$ 40 milhões.

Até o final de 2014, 600 mil uni-dades do compressor serão produ-zidas na matriz mexicana da Embra-co, com previsão de expansão para 1,5 milhão no segundo semestre de 2015. Para o início da produção, está previsto um intercâmbio de colabo-radores entre as matrizes brasileira e

mexicana. A estratégia será adotada devido a uma série de cuidados que a linha de produção exigirá.

“É um processo muito diferente em comparação com o que vemos atualmente nas fábricas. É inevitável que sejam respeitadas uma série de cuidados para que o produto pos-sua a mesma qualidade aqui ou em qualquer outro local de fabricação.Trabalharemos com um intercâmbio de aprendizado entre funcionários da matriz mexicana, sendo 20 engenhei-ros chegando em Joinville em setem-bro e uma equipe brasileira indo para o México em outubro. É uma padroni-zação no desenvolvimento que man-terá, em todos os níveis, a excelência que projetamos desde o começo”, comenta o gestor de manufatura da Embraco Brasil, Luiz Carlos Rocha.

Além da eliminação do óleo, dimi-nuição no nível de ruído e tamanho, o sistema também possui uma eco-

nomia de consumo considerada sur-preendente em relação aos demais compressores que estão disponíveis no mercado. Na demonstração realiza-da no lançamento do produto, Lainor Driessen, vice-presidente de Pesquisa, Desenvolvimento e Operações, exal-tou a relação de eficiência energética.

“Em comparação com o consu-mo de energia de uma lâmpada de 60w, que utiliza 43 kw/h, o Wise-motion apresenta uma economia de 30%. Recuperando uma informação que demonstra que 15% da energia residencial é utilizada em refrigera-ção, sabemos que isso representa muita economia para o cliente fi-nal”, aponta Driessen.

A redução de consumo também se reflete na responsabilidade sus-tentável que a empresa adota em sua política. O reflexo disso são boas prá-ticas internas e compromisso com as comunidades onde atua.

“A sustentabilidade é um pilar es-tratégico e está no mesmo nível de seriedade da excelência operacional. Tudo que nós fazemos está voltado para o respeito à sociedade e a res-ponsabilidade com o produto. O Wi-semotion não tem óleo, usa menos material, enfim, são várias peculiari-dades que estão ligadas diretamente ao respeito ao consumidor e ao meio ambiente. Pensamos nisso porque também avaliamos o retorno que o compressor terá após entrar em desu-so”, valoriza a vice-presidente de Re-cursos Humanos, EHS, Comunicação e Sustentabilidade, Ursula Angeli.

Valorização da pesquisa

A empresa investe na pesquisa como um dos pilares de crescimento. Atualmente, a parceria da Embraco

Processo de fabricação utilizado na matriz brasileira será implementado no México

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com instituições de educação se espa-lha por todos os países onde há atua-ção da empresa, como México, China, Itália, entre outros, que reúnem mais de 450 pesquisadores trabalhando diariamente para aprimorar os siste-mas que chegarão ao consumidor. A parceria com a Universidade Federal de Florianópolis vem desde 1982, contando com a participação de mais de cinco mil alunos.

“No começo, nós comprávamos tecnologia, aprendíamos sobre o fun-cionamento e comercializávamos. Em certo momento, compreendemos a necessidade de entender como isso funcionava, até por uma questão de desenvolvimento e melhoria dos sis-temas, então começamos a angariar as parcerias com universidades. O primeiro compressor da Embraco foi criado junto com a Universidade de Santa Catarina. Atualmente, são mais de 15 centros espalhados por países do mundo inteiro”, explica Lainor Driessen, vice-presidente de Pesquisa

e Desenvolvimento e Operações.Driessen enaltece a rede de par-

ceiros envolvidos em pesquisa, salien-tando a importância da troca entre culturas em benefício do desenvolvi-mento de produtos versáteis. Segun-do ele, essa teia de pesquisa contribui

para um enriquecimento de ideia, vis-to que cada cultura de mercado e pes-quisa agrega de uma forma diferente ao desenvolvimento de produtos. São visões diferentes que, em sua particu-laridade, contribuem para o aprimo-ramento de um mesmo sistema.

Driessen destacou o investimento em pesquisa para o Wisemotion

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ar-CondiCionado

Frota tem cinco anos para se adequar às novas regras

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Licitação do transporte público em Porto Alegre exige ar-condicionado

O transporte público no Brasil tem recebido atenção especial nos últimos meses. A bus-ca pela melhoria na

qualidade do serviço ganhou mais espaço na mídia e gerou muitas dis-cussões depois das manifestações de junho de 2013. Porto Alegre, cidade que registrou discussões e embates jurídicos nesse sentido, tem licitação aberta para definir quais empresas prestarão o serviço à sociedade nos próximos anos. Para isso, foram es-tabelecidas as regras e adequações que as empresas vencedoras terão de seguir. Entre as normas, está definido que dentro de um período de cinco anos toda a frota de ônibus terá de contar com ar-condicionado.

Atualmente, nos dias úteis, a cida-de gaúcha possui 1.701 veículos em circulação para atender 1,2 milhão de passageiros. Empresas como a Carris (pública), que possui 56% da frota com ar-condicionado e a Conorte, que tem 13%, terão de substituir parte de suas frotas para oferecer o conforto exigido pela nova licitação. O presidente da Em-presa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari, afirma que a padronização da qualidade será o prin-cipal resultado das mudanças.

“A padronização da qualidade é o foco principal da licitação. Entre ou-tras exigências, como a diminuição da capacidade de lotação, que atual-mente é de seis passageiros por me-tro quadrado e passará para quatro pessoas, está a incorporação de mais 70 veículos na frota da cidade. A exi-gência do ar-condicionado é resulta-do das votações realizadas nas reuni-ões do Orçamento Participativo com a população. Entretanto, a exigência estabelecida no edital da Licitação do

Transporte Pública da capital gaúcha pode determinar que a tarifa aumen-tará, pois o veículo equipado com ar-condicionado tem um custo de R$ 100 mil a mais que um carro não equipado, além dos custos de manu-tenção. Porém, isso retorna para a população em forma de qualidade e conforto”, exaltou Cappellari.

A prefeitura de Porto Alegre re-ceberá as propostas até o dia 03 de junho. Após isso, o executivo tem 60 dias para divulgar os vencedores, que, por sua vez, iniciarão a operação em até 180 dias. Conforme Cappellari, os vencedores também serão premiados pela eficiência diária. “Nos últimos 15 anos identificamos uma redução no uso do transporte público por parte da população. Nosso objetivo, ao ofe-recer essas melhorias, é trazer novos passageiros para o uso do serviço. O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus (FABUS), também vice-presidente de Relações Institucionais da Marcopolo, José An-tonio Fernandes Martins, acredita que a licitação é um grande passo para a melhoria do transporte público das ci-dades, porém, é fundamental o inves-timento em infraestrutura.

Para ele, os ônibus de hoje não são ruins, são equipados com tecnologias tão boas quanto de países asiáticos, europeus e americanos. Por outro lado, ainda existem vias não prepa-radas para atender um transporte de qualidade. “A população se irrita com o serviço pela falta de estrutura pú-blica. Lógico que estar confinado em um ambiente agradável será melhor que estar em um ônibus lotado. No entanto, é necessário que a licitação também tenha impacto na melhoria das vias urbanas”, salientou.

Em 2013, a frota de ônibus de Por-to Alegre contava com 55 quilômetros de corredores exclusivos. Para acessar os coletivos, 5,6 mil pontos de embar-que e desembarque estão espalhados pela cidade. A ampliação desse espa-ço, prevista para os próximos anos, também colaborará para a efetivação de um transporte eficiente na capital gaúcha. Martins compara o serviço metroviário de São Paulo para ressal-tar a importância da relação tempo e aprovação entre os usuários.

“O Metrô de São Paulo tem um ín-dice de aprovação que supera a marca de 88%. Realizei um teste no horário de pico, às 18h30, e presenciei uma lotação muito acima do normal, po-rém, em 30 minutos você chega no destino. Nas grandes metrópoles a lotação é menor, porém, não se tem como prever um horário de chegada. Se não houver estrutura pública, não há transporte com qualidade”, com-plementou o presidente da Fabus.

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A padronização da qualidade é o foco principal da licitaçãoVanderlei Cappellari

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mErCado

Capital recebe mais uma edição do congresso MercofrioMaior evento do setor promete trazer novos avanços para a indústria

C om a tradição de trazer trabalhos de alta notorie-dade, relevância técnica e utilidade mercadológica, a Associação Sul-Brasilei-

ra de Refrigeração, Ar-Condicionado e Ventilação (ASBRAV) promove o Mercofrio 2014. A 9ª edição do Con-gresso, realizado a cada dois anos para a comunidade do segmento HVAC-R, acontecerá entre os dias 25 e 27 de agosto, no Centro de Eventos da FIERGS, em Porto Alegre.

Além de ser um espaço de inte-ração e troca de experiências entre o público participante e também patro-cinadores, o evento oferece debates e palestras com pessoas de desta-que do setor, com objetivo de trazer mais ideias e desenvolvimento para a área. “Nesta edição esperamos congregar ainda mais a comunidade HVAC-R para discutir o que existe de inovação dentro do nosso mercado, promovendo um contato direto com as empresas e proporcionando um intenso networking”, diz o presidente da ASBRAV, Luiz Afonso Dias.

Entre os temas que serão tratados no Mercofrio 2014 estão: fundamen-tos de instalação de sistemas, equi-pamentos e aplicações de ar-condi-cionado, aquecimento e ventilação, e práticas de refrigeração.

A última edição, em 2012, contou com a participação de 300 profissio-nais, e foi marcada pelos ensinamen-tos referentes à simulação energética, com o objetivo de realizar um projeto sustentável com a certificação LEED (Leadership in Energy and Environ-mental Design). Assim, foi possível saber qual o índice de energia a ser consumido pelo sistema de condi-cionadores de ar, quando tudo ainda não passava de um projeto. Também foram abordados outros temas, como a avaliação de desempenho de equi-pamentos específicos, administração da cadeia do frio e a importância do Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC) para ambientes cli-matizados em busca dos melhores resultados, com menor uso possível dos recursos naturais.

Outra atração, que promete voltar neste ano, foi a 1ª edição do Concur-so Mercofrio de Eficiência Energética, com intuito de premiar atividades en-volvidas entre os meios acadêmico e empresarial. Os participantes foram desafiados a trabalhar em um prédio base e elaborar um projeto com má-xima eficiência no consumo de ener-gia elétrica. O trabalho vencedor, do arquiteto Fernando Pasquali, conse-guiu atingir um consumo de 190.991 Kw/h, proporcionando economia de

21,54% na comparação com o mode-lo inicialmente proposto. Entre os di-ferenciais aplicados, estiveram itens como cobertura metálica com câma-ra de ar e isolamento térmico, janelas com persianas internas motorizadas e sistemas de exposição direta com mini splits de forro com pequenas re-des de dutos e difusores.

Os trabalhos que serão apresen-tados no congresso podem ser inscri-tos até 15 de maio. Todos os passos para as inscrições estão disponíveis no site www.asbrav.org.br.

“A cada edição temos priorizado uma maior participação do nosso pú-blico técnico, buscando a atualização e uma maior qualificação dos profis-sionais”, afirma Dias.

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Dias acredita em inovações para o mercado

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gEStão EmprESarial

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Contabilidade é indispensável para um gestor de negóciosEspecialista destaca a necessidade de transparência nas empresas

H oje em dia é impossível negar a importância da Contabilidade Gerencial para as empresas por mostrar a necessidade

de se ter acesso às informações úteis que possibilitem ao gestor administrar seu negócio de maneira eficiente. Com as constantes mudanças e aumentos na competitividade entre as empre-sas brasileiras, torna-se cada vez mais importante adotar técnicas de gestão especializadas. Além disso, as dificul-dades aumentam cada vez mais, na medida em que o fluxo de informações necessárias para uma boa gestão em-presarial fica maior e mais complexo.

Muitas das microempresas do mercado utilizam a contabilidade apenas como forma de se manterem em dia com o fisco, deixando de se beneficiar das muitas informações geradas por ela. Conforme Humber-to Girardi, presidente da empresa de Consultoria Empresarial Girardi Bra-sil, a contabilidade gerencial é uma “ciência preocupada em registrar, com objetivo de aumentar o valor do negócio”. De acordo com o executivo, apenas em 2007, com uma nova le-gislação que entrou em vigor no ano seguinte, o Brasil adotou os mesmos padrões contábeis dos outros países.

A mudança impactou nos balan-ços patrimoniais das organizações. Todas as atividades empresariais praticadas hoje exigem maior trans-parência. “A nova legislação harmoni-zou a contabilidade brasileira. Todas as grandes empresas do país já estão de acordo com as normas, e quem não está acaba fechando as portas”, afirma Girardi.

Estudiosos costumam dizer que “uma empresa sem contabilidade é uma empresa sem identidade, me-

mória e sem as mínimas condições de sobreviver”. Além dessa normatização contábil, o avanço da tecnologia faci-litou o processo de escritura contábil. Não existe justificativa para uma enti-dade não manter um sistema unifor-me dos seus atos e fatos administrati-vos, através de registros digitais.

Outro ponto destacado por Girar-di na área é a transparência, o que realmente atrai investidores. “As organizações ficaram mais transpa-rentes em seus balanços, o que faci-litou a busca por captação de novos recursos”, conta.

E é dessa forma que a empresa terá suporte para negociação com proprietários e credores. O plane-jamento financeiro será mais bem elaborado se a instituição mantiver um sistema de contabilidade integra-do, que possibilite a qualquer tempo a consulta de dados contábeis que serão analisados antes de qualquer decisão gerencial, que será a base de uma administração segura e bem--sucedida. Por isso, registrar gastos e receitas, cuidar do fluxo de caixa e ter

um contador é fundamental.“Antigamente a contabilidade não

passava de informações fiscais da empresa. Hoje, apoiada pelo avanço da informática, já é um instrumento gerencial que permite avaliar toda a viabilidade econômica da organiza-ção, além de oferecer dados que per-mitem fazer novas projeções”, asse-gura Luiz Afonso Dias, presidente da Associação Sul-Brasileira de Refrige-ração, Ar-Condicionado, Aquecimen-to e Ventilação (ASBRAV).

Segundo dados do Conselho Regional de Contabilidade (CRC), existem aproximadamente 500 mil estudantes de Ciências Contábeis, de técnico a ensino superior. E a pre-sença feminina na área de Ciências Contábeis está cada vez maior ao longo dos anos. As mulheres já al-cançam a significativa marca de 40% dos alunos. Entre os contabilistas em plena atividade no país, 41% são do sexo feminino, em dados referentes ao mês de março do Conselho Fede-ral de Contabilidade (CFC), presidido por uma mulher.

Para Girardi, evolução tecnológica e nova legislação contábil ajudaram as empresas

EVANDRO LACERDA DAMO/REVISTA ASBRAV

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Expansão no mErcado dE congElados

Estimula nEgóciosO crescimento da refrigeração comercial pode ser percebido pela ampliação de áreas de alimentos congelados, resfriados ou parcialmente prontos para consumo em hipermercados e lojas de conveniência. A demanda dos consumidores por esse tipo de item, oferecido nos pontos de venda, é um dos principais responsáveis pela necessidade de readaptação dos estabelecimentos em relação ao setor de alimentos.

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A tendência de bom de-sempeho do setor de refrigeração comercial pode ser comprovada pela Transparency Ma-

rket Research (Pesquisa de Transpa-rência do Mercado), que prevê um crescimento no mercado global de equipamentos destinados a refrigera-ção comercial que pode chegar a 60% até 2018, média que supera 8% ao ano em todo o mundo. Os dados des-tacam a Ásia como região em maior expansão, porém, a América Latina também é promissora em função do desenvolvimento econômico de paí-ses como o Brasil, por exemplo.

A pesquisa revela que colaboram para o crescimento do mercado de refrigeração comercial fatores como a evolução contínua da tecnologia, a nova tendência do consumo de ali-mentos e o comércio global desse item, bem como o aumento das ex-portações de alimentos processados, frutos do mar, frutas e vegetais fres-cos. O mesmo levantamento destaca ainda o fortalecimento das redes de fast-food e, fundamentalmente, a ne-cessária expansão das cadeias de su-permercados para suprir a demanda.

Em 2013, por exemplo, o setor supermercadista gaúcho cresceu 7,39%, alcançando um faturamento de R$ 21,9 bilhões. A evolução cola-borou para uma melhoria na repre-sentatividade em relação às vendas que alcançaram 8%, o que também é justificado pela impulsão das vendas nas dez maiores empresas do setor, que obtiveram um faturamento de R$ 12,09 bilhões. O desenvolvimen-to no setor é representado na tabela comparativa, conforme levantamento pelo Instituto de Pesquisas Segmento, contratado pela associação. Entre os anos de 2012 e 2013, setores como fiambreria e açougue tiveram desen-volvimento tímido, demonstrando a necessidade dos incentivos ao setor.

Um dos players que está experi-mentando essa expansão é a multi-nacional alemã Ebm-Papst. Com mais de 50 anos de atuação no mercado, a empresa só chegou ao Brasil em 1998,

escolhendo a cidade paulista de Cotia para ser sua sede operacional. Atu-almente, os negócios estão voltados para os segmentos de refrigeração comercial, industrial (grandes frigo-ríficos), supermercados, telecomuni-cações, ventilação e ar-condicionado, mas o objetivo é oferecer tecnologias tão eficientes quanto as encontradas em mercados de outros países.

Conforme o coordenador de Apli-cação e Novos Negócios da empresa, Rafael Lopes da Costa, a empresa busca desenvolver produtos que tragam be-nefícios aos consumidores em termos de qualidade, durabilidade, confiabili-dade e economia de energia. Para ele, o Brasil é um mercado em desenvolvi-mento, mas já conhece e utiliza tecno-logias que não deixam nada a desejar com relação a outros mercados, apenas não segue a mesma proporção de apli-cação como o que ocorre no mercado europeu. “No mercado europeu vemos expositores com tecnologia Led e mo-tores iQ 24Vcc, que aqui são comer-cializados pela Ebm-Papst”, afirmou

o coordenador de Aplicação e Novos Negócios da empresa.

Costa, no entanto, destaca que um dos principais vilões da operação em lojas de supermercados está re-lacionado ao consumo de energia.“O principal cuidado sugerido hoje é uti-lizar sistemas eficientes que reduzam o consumo de energia e a manuten-ção, minimizando os custos operacio-nais e deixando o supermercado mais competitivo e flexível em termos de operação. Temos casos de lojas com nossa linha de motores e ventiladores eletrônicos, onde foi possível alcançar uma redução de consumo de energia elétrica de até 43%”, garante.

Especializada em sistemas de pro-dutos termoisolantes, com sede em Joinville, a Dânica empreende uma fatia considerável de seu faturamento em pesquisas para o desenvolvimen-to de soluções em PUR (poliuretano) e PIR (poliisocianurato), cujo desem-penho em relação à eficiência térmica é melhor que o do EPS (poliestireno expandido). O gerente comercial do

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setor de Câmaras Frigoríficas Indus-triais e Comerciais, Walmyr Stryevski, utiliza o exemplo de investimentos recentes para demonstrar a evolução do setor.

“Os mais recentes investimentos da companhia incluíram a instalação de três linhas contínuas com tecno-logia europeia nas fábricas de Apa-recida do Taboado, no Mato Grosso do Sul, e em Recife, totalizando R$ 55 milhões. As aquisições possibili-taram um expressivo incremento nas vendas de painéis PUR, que bateram o recorde histórico da empresa, além de maior competitividade nos preços e mais qualidade no produto final”, indicou Stryevski.

O presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, também considera o con-sumo de energia um dos pontos fun-damentais para que o setor continue em crescimento, dando conta da alta demanda do consumidor. O empresá-rio defende a adoção de novas políti-cas fiscais para que sejam realizados mais investimentos em novos pontos de venda e equipamentos.

“O consumidor está em busca de praticidade, por isso os produtos pré-prontos, congelados, seguirão crescendo. O espaço é reduzido, mas somente pelos altos custos que o su-permercado tem para a conservação do frio/congelamento desses itens. Hoje, um terço da conta de luz de um supermercado é de impostos. Reivin-dicamos a possibilidade de um crédito de ICMS aos supermercados para que continuemos investindo neste setor, considerando que 60% do uso de ener-gia tem fins industriais, sobretudo para a conservação do frio e climatização de produtos”, salientou Longo.

A Ebm-Papst, por exemplo, possui 500 engenheiros trabalhando exclusi-vamente em pesquisas de aprimora-mento e desenvolvimento de novos sistemas. Os testes, realizados na matriz alemã, são fundamentais para que os produtos cheguem ao cliente final com garantia de qualidade e pro-dutividade. Entre os anos de 2012 e 2013, a empresa destinou um total de € 74 milhões do seu faturamento para

atingir esse objetivo.“Entendemos que somente uma

empresa com tecnologia à frente de seu tempo pode oferecer os benefí-cios necessários para suas aplicações. Aquelas que não evoluem com o tem-po têm como tendência o desapareci-mento. Já imaginou alguém nos dias de hoje utilizando um Walkman com fita? Em um futuro muito próximo nossos filhos nos questionarão como conseguíamos utilizar algo tão ‘arcai-co’. Estamos sempre um passo à fren-te no desenvolvimento de produtos”, defendeu o coordenador de novos projetos da matriz brasileira.

O mesmo modelo estratégico é ado-tado pela Ageon, empresa com sede em Palhoça, Santa Catarina, que desen-volveu o sistema supervisório ArcSys. O equipamento para controle de tem-peratura tem a função de satisfazer a necessidade de um sistema rápido e prático para aplicações que necessitem de controle térmico rigoroso, como as câmaras frias de um supermercado ou de conservação de vacinas.

Conforme a gerente de Vendas e Marketing, Luciana Catão, diferente

das alternativas existentes até então, o ArcSys não exige um computador li-gado e nem a instalação de softwares. Assim, através desse produto é possí-vel ter acesso a todos os controlado-res de temperatura por meio de uma página web, seja por computador,

Entendemos que somente uma empresa com tecnologia à frente de seu tempo pode oferecer os benefícios necessários para suas aplicações. Aquelas que não evoluem com o tempo têm como tendência o desaparecimentoRafael Lopes da Costa

Setor de frigoríficos contribui diretamente para a alta demanda de sistemas de refrigeração

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tablet ou smartphone, e sem a necessidade de instalação de nenhum software a de um com-putador ligado 24 horas. “Além disso, envia e-mails em caso de alarme, permitindo que medi-das sejam tomadas a tempo de evitar prejuízos e perda de mer-cadorias”, afirma Luciana.

A empresa catarinense tam-bém investe em pesquisas e na qualificação de seus profissionais. O departamento de Pesquisa e Desenvolvimento está em cons-tante aperfeiçoamento, sempre em busca de novas tecnologias. “Nossos técnicos, pesquisadores e desenvolvedores compreendem as necessidades de nossos clien-tes e criam o produto ideal para atendê-los. Assim, é possível de-senvolver os produtos certos para cada necessidade. O investimento massivo tanto nesta área quanto na capacitação de nossos profis-sionais, possibilitou o desenvolvi-mento de diversos produtos que contribuíram para a inovação no mercado brasileiro”, reforça a ge-rente de vendas.

A também catarinense Dâ-nica emprega esforços na for-mação de seus profissionais. A parceria com o Senai daquele es-tado proporciona o andamento de cursos e programas de quali-ficação que retornam para a em-presa em forma de profissionais mais experientes e atualizados.

“Seja no âmbito fabril, como na montagem dos produtos ter-moisolantes, nossos profissio-nais são treinados nos padrões Dânica para suas atividades. Isso é fundamental para que a aplicação de nossos produ-tos seja perfeita, pois de nada adianta termos um item de pri-meira linha sem que a monta-gem receba igual qualificação. Contamos com parceria com o Senai para inserção de apren-dizes no ambiente corporativo, aliando uma primeira experiên-cia de trabalho com a formação

profissional”, destacou o geren-te comercial Walmyr Stryevski.

O presidente da ASBRAV, Luiz Afonso Dias, aponta a qua-lificação de mão de obra como a principal ferramenta para o setor acompanhar a deman-da que é atribuída à elevação do consumo. Segundo Dias, é fundamental que se trabalhe dentro dos parâmetros de qua-lidade para alcançar uma exce-lência em atendimento ao con-sumidor e, consequentemente, um retorno positivo em relação aos negócios. A associação, como participante do Comitê Setorial do Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade (PGQP), oferece diversos cur-sos, treinamentos, congressos e workshops para cumprir seu papel de comprometimento em relação aos associados.

“O mercado vai absorvendo e, em seu ritmo, preparando -se para as mudanças. Há al-guns pontos que precisam ser continuamente trabalhados. O investimento de capital e a for-mação de mão de obra qualifi-cada estão entre eles. Cumprir uma demanda crescente inclui investimento contínuo, o que é uma dificuldade para muitas empresas pois os recursos têm um custo muito alto”, diz.

Da mesma forma, conforme o presidente da ASBRAV, há de se reconhecer a dificuldade de contar com profissionais qualifi-cados. Como a prestação de ser-viços está intrínseca à qualifica-ção, a ASBRAV busca motivar as empresas e os colaboradores na busca pela qualificação, tornan-do, assim, a prestação de servi-ços um ponto forte neste setor. “O investimento do governo fe-deral em escolas técnicas, per-cebido nos últimos anos, prova que esse modelo profissional é fundamental para o crescimen-to econômico do país”, aponta o presidente da ASBRAV.20

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ConStrução ConSCiEntE

Automação predial: sinônimo de economiaEdifícios verdes aliam conforto para clientes e redução do impacto ambiental

C omo poderia ser con-cebido um prédio todo envidraçado e fechado, se não existisse a auto-mação para controlar

a renovação de ar necessária, a quantidade ar climatizado que cada ambiente precisa receber de acor-do com a hora do dia e a incidência solar. Como seria possível fazer isso de forma racional e sustentável? Não seria possível.”

É assim que Rodrigo Miranda, sócio-diretor da Mercato Automa-ção, qualifica a importância dos sis-temas de automação na concepção arquitetônica atual. Uma necessida-de que é fundamental em empre-endimentos que prezam pelas solu-ções econômicas e sustentáveis. De acordo com o órgão internacional Green Building Council (Conselho de Construções Verdes), o Brasil ocupa a quarta posição no ranking mundial de construções sustentáveis, atrás apenas de Estados Unidos, Emira-dos Árabes e China. Logicamente, a automação predial é fundamental nesse cenário de adaptações às es-

truturas mais modernas.“Atualmente, não se consegue

mais pensar em um empreendimen-to que não tenha um mínimo de automação, que irá trazer a segu-rança, a confiabilidade, a economia e o conforto que os usuários neces-sitam. Com a evolução da tecnolo-gia, a automação predial deixou de ser um artefato de luxo e cada vez mais o conceito de edifícios inteli-gentes vem ganhando força. Essa tecnologia tornou-se uma tendên-cia mundial, calcada nos benefícios e facilidades que o sistema traz ao empreendimento e ao usuário e vai se desenvolvendo de acordo com as mudanças e as necessidades das cidades e seus empreendimentos”, assegura Rodrigo Miranda.

Estudos do Green Building Council apontam que os edifícios sustentáveis economizam até 30% na conta de luz e 50% na de água. Essa otimização dos custos, acom-panhada da economia em manu-tenções operacionais posteriores, também colabora para o crescimen-to do mercado de automação nessa

nova concepção imobiliária. “A automação mostra-se uma

excelente aliada no empreendimen-to que busca oferecer economia, e, por consequência, o uso adequado dos recursos naturais que impac-tam e refletem diretamente no meio ambiente. A aplicação de automa-ção nos atuais empreendimentos é traduzida na palavra economia: a automação raciona o consumo de insumos, como energia, água e gás, e mão de obra operacional e de ma-nutenção”, defende Miranda.

Tércio Rinaldo da Silva, engenhei-ro mecânico da Air Conditioning, afirma que a consciência ecológica faz parte do planejamento das obras e confirma o impacto dessa mudan-ça até na utilização de materiais.

“As construtoras já adotam novos materiais para economizar, poste-riormente, em energia elétrica. A es-pessura das paredes aumentou, pois isso colabora com a conservação da temperatura interna. Em relação às tecnologias, podemos destacar um aumento na adesão do sistema VRS”, apontou o engenheiro.

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EnSino

Engenharia Mecânica da UFSC estimula a pesquisa e participaçãoFaculdade apoia alunos em competições automotivas nacionais

H á 52 anos, a Faculdade de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) forma profissionais ap-

tos para atuar nas áreas econômicas, referente ao levantamento de custos de produtos; de projetos, que englo-ba materiais e esforços; de fabricação, através de concepções corriqueiras de conformação mecânica, usinagem e soldagem; e inspeção de componen-tes, que abrange a parte metodológica de examinação dimensional e de en-saios não destrutivos.

O curso tem grau quatro na avaliação do Enade, cujo máximo é cinco. A duração mínima é de cinco anos – dez semestres. O coordena-dor, professor Carlos Enrique Niño, ressalta que um dos diferenciais é a dedicação exclusiva da maioria dos professores, que exercem 40 horas aulas e atuam em três linhas: ensino, pesquisa e extensão.

Cerca de 108 alunos, que cor-

respondem a 16% do total de ma-triculados, fazem parte do grupo de iniciação científica. “Já a partir do primeiro e do segundo semes-tre atuam em laboratórios, fazendo pesquisas. Aprendem, desde cedo, a utilização do método científico para resolver os problemas e a comunica-ção ao fazer relatórios”, diz Niño.

Há ainda um forte envolvimento dos acadêmicos com competições automotivas nacionais. Estes proje-tam e constroem veículos para a tra-dicional Mini Baja, barcos movidos a energia solar para a Barco Solar e aeromodelos para a Airo Design. “O aluno aprende a trabalhar em grupo, além de praticar a teoria. São cerca de 15 integrantes, que conhecem de perto as várias áreas da engenharia, atuando em diferentes processos. Ao longo do ano participam de provas e buscam também o patrocínio de em-presas”, explica o coordenador.

Poucas disciplinas têm cunho prático e uma das exceções é a de

Usinagem, que caracteriza-se como experimental. A prática é mais efe-tiva para aqueles que se envolvem na área científica ou nos grupos de competição. No entanto, em uma atitude pioneira em termos de en-sino de engenharia no Brasil, foi in-cluído na nona fase do currículo do curso um sistema de estágio profis-sional, a ser cumprido em tempo in-tegral e dedicação exclusiva dentro de uma empresa da área por no mí-nimo um semestre. A maioria atua nos centros industriais das cidades próximas a Florianópolis.

A Engenharia Mecânica da UFSC dispõe de pós-graduação desde 1969, a qual é avaliada, pela CAPES, com grau 7. São necessários dois anos para concluir o Mestrado e quatro para o Doutorado. As áreas de concentração do curso são: Aná-lise e Projeto Mecânico, Engenha-ria e Ciências Térmicas, Fabricação, Metrologia e Instrumentação, Pro-jeto de Sistemas Mecânicos e Vibra-ções e Acústica.

Em 2001, teve início o curso de Engenharia de Materiais, que é vin-culado ao corpo docente da Mecâni-ca e da Física. Este também oferece o Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais- PGMAT. Outras distinções presentes na UFSC são o POLO, que desenvolve pesquisas para a Whirlpool, e a Fun-dação CERTI, laboratório de Metro-logia do Departamento de Engenha-ria Mecânica, que além de pesquisar, desenvolve consultorias.

A parte administrativa e as sa-las dos professores da Faculdade de Engenharia Mecânica ficam lo-calizadas no Bloco 1 da UFSC. Já a maioria dos laboratórios concentra--se no Bloco 2.Faculdade de Engenharia Mecânica da UFSC tem grau quatro na avaliação do Enade

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Segurança e sustentabilidade são destaques em workshopEvento contou com a participação de profissionais em painéis e palestras

Durante os dias 2 e 3 de abril, a ASHRAE, com apoio da ASBRAV, reali-zou a primeira edição do Workshop de Refrigera-

ção &R, no Hotel Deville, em Porto Alegre. As normas de segurança nas instalações de equipamentos e o de-senvolvimento de produtos sustentá-veis foram os temas mais destacados durante o evento.

Professor de engenharia da Uni-versidade de Wisconsin-Madison e um dos participantes do workshop, Doug Reindl destacou que existe uma

grande tendência entre as empresas brasileiras de refrigeração de busca-rem cada vez mais uma adequação aos padrões internacionais de segu-rança e qualidade. “É essencial que as normas de segurança sejam seguidas à risca. Já estive em uma planta em que toda a tubulação estava pintada de amarelo, inclusive o gás natural, da mesma cor que o resto do sistema. Isso é muito perigoso”, afirmou.

Fluidos refrigerantes naturais, como amônia e dióxido de carbono (CO2), que não agridem o meio-am-biente também foram tratados. De

acordo com o vice-presidente da AS-BRAV, Mario Alexandre Ferreira, esses compostos ainda estão em fase de de-senvolvimento para serem utilizados devido aos riscos oferecidos por cada um, a toxidade da amônia, e a flama-bilidade do dióxido de carbono.

O workshop também contou com debates sobre os próximos direcio-namentos que a norma brasileira de refrigeração deve tomar, e sobre Comissionamento – procedimento para que a instalação corresponda exatamente ao que foi solicitado no projeto do cliente.

A capacitação profissional reuniu diversos debates sobre os novos padrões de segurança brasileiros, entre eles a norma 16.069, que define as características dos sistemas de refrigeração de acordo com o tipo de equipamento utilizado para o resfriamento

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gEStão SuStEntávEl

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Investimentos do Governo Federal elevarão capacidade produtiva

O uso consciente de re-cursos energéticos é fundamental para a saúde econômica de um país como o Brasil.

Consumir menos energia, investir um valor de instalação menor, estar de acordo com os parâmetros de susten-tabilidade e impacto ambiental: são apenas algumas vantagens do uso de gás natural nos sistemas de ar-condi-cionado. Não é comum promover a palavra autossuficiência quando esse assunto é debatido, logo a adoção do gás natural nesse mercado atenua a importância da obtenção de formas alternativas de energia.

O Plano Decenal de Expansão de Energia – PDE 2022, divulgado pelo Ministério de Minas e Energia do Governo Federal, prevê investimen-tos que alcançam a ordem de R$ 1,2 trilhão até 2022. Destes, 72,5% são voltados para a extração e o trata-mento de petróleo e gás natural. Os investimentos serão responsá-veis por uma elevação na produção do gás natural, que sairia de 70,6 milhões de m3/dia passando para 189,1 milhões de m3/dia.

No setor climatização, a utilização do gás natural em dispositivos comer-ciais reduz em até 40% o consumo de energia, por conta do compressor trabalhar de acordo com a necessi-dade do local e não continuamente,

como nos sistemas comuns. “A grande vantagem da utilização

do gás natural é a redução de energia e o desempenho em equipamentos de grande porte. Como contraponto, citando especificamente o Rio Gran-de do Sul, temos a carência de mão de obra qualificada, com profissio-nais treinados para prestar serviços com esse material. Em âmbito na-cional, acredito que a preocupação seja a relação de dependência, já que não somos autossuficientes e ainda dependemos de vizinhos, como a Bolívia, para o fornecimento do gás,” evidencia o diretor técnico da Asso-ciação Sul-Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Aquecimento e

Ventilação (ASBRAV), Ricardo Vaz.Em utilização na Universidade

Santa Cecília (Unisanta), que detém o maior parque de refrigeração a gás natural da América do Sul, o uso do sistema já contempla os espaços de convivência que recebem um público diário de 17 mil pessoas. Na época, meados de 2011, a substituição dos primeiros aparelhos exigiu a impor-tação de evaporadores a gás vindos do Japão.

“A decisão de aderirmos ao pro-jeto de refrigeração a gás se deu após ampla pesquisa de todas as tecnologias existentes no mercado. Assim, optamos por esta pelo fato de também estarmos adquirindo

Gás natural:eficiência e economia

Universidade catarinense começou a implantação do sistema a gás no ano de 2011

DIVULGAÇÃO/REVISTA ASBRAV

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A grande vantagem da

utilização do gás natural é a redução

de energia e o desempenho em

equipamentos de grande porte

Ricardo Vaz

um equipamento que, além de ser de uma empresa com vasto conhecimen-to no mercado, apresenta tecnologia que não agride o meio ambiente. De-finimos por efetuar uma parceria com a empresa Sanyo, na época, que hoje é a Panasonic”, afirmou Angelo Go-mez Neto, coordenador administrati-vo da instituição.

Segundo Neto, o investimento de aproximadamente U$ 2,73 milhões, com a implantação do sistema a gás em todo o campus, confirmou uma economia de 20% em relação ao con-

sumo de energia elétrica. Além disso, o custo de manutenção também sa-tisfaz em relação à economia.

“O valor mensal é relativamente baixo, passando por manutenções preventivas, limpeza de máquinas, etc. Existe uma manutenção feita nas condensadoras a gás que é realizada a cada 10 mil horas de trabalho, com a troca de peças-chaves, o que au-menta sobremaneira o funcionamen-to das mesmas. Seguindo esses pas-sos, o custo não é elevado”, indicou o coordenador administrativo.

O país ainda depende da Bolívia para o fornecimento de gás

Em 2011, evaporadores tiveram de ser importados do Japão

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Automatização na refrigeração ao alcance de todosVinicios Wiltgen Ferreira (*)

S empre que abordamos o tema de automatização so-mos remetidos a exemplos de grandes obras, altos in-vestimentos, e necessidade

de aplicar o que existe de mais moder-no no mercado da refrigeração, como válvulas de expansão eletrônicas, in-versores de potência, servidores de dados, entre outros itens. No dia a dia dos técnicos, entretanto, essa não é a realidade da maioria das instalações que realizam, onde normalmente há um baixo orçamento para apresenta-rem um grande resultado.

Este artigo tem por objetivo mos-trar de que maneira a utilização de controladores digitais, atualmente indispensáveis na automatização da cadeia do frio, garante aos clientes um bom índice de eficiência do seu sistema, com um baixo investimento, gerando economia de energia elétri-ca, diminuição das perdas e de manu-tenções corretivas.

A principal função de um con-trolador é manter a temperatura no ponto desejado. Porém, ao longo do tempo, os fabricantes foram distan-ciando cada vez mais o instrumento digital do seu antecessor mecânico agregando novas funcionalidades que permitem, por exemplo, automatizar o degelo do evaporador, monitorar portas, evidenciar situações de alar-me e até mesmo conectá-los em uma rede para monitorar remotamente a instalação. Como se vê, são várias as vantagens conseguidas com a versão digital, mas para que realmente ocor-ra a economia é importante saber uti-lizar todas estas funções:

SET POINT E HISTERESE

São as funções básicas dos con-

troladores de temperatura. O Set Point é a temperatura onde deseja-mos o corte da geração de frio, ou seja, a temperatura desejada, e a Histerese é a diferença de tempe-ratura para que o compressor volte a conectar. As duas funções juntas formam o range de temperatura em que o produto será armazenado e definirão o quanto o sistema preci-sará operar para manter essa tempe-ratura. Levar em consideração o pro-duto a ser armazenado no momento da programação é de fundamental importância, pois cada produto pos-sui suas características e, assim, Set Point, Histerese, tempos de refrige-ração e degelo podem variar. Quan-to maior a Histerese, menos aciona-mentos haverá no sistema, gerando assim, economia de energia e um menor desgaste nos compressores.

Alguns modelos de controladores possuem os chamados Set Point eco-nômicos – acionados por um botão externo –, tempo de porta fechada, agenda de horário e até mesmo cal-culam a diferença de temperatura dos sensores de temperatura. Sem-pre que o produto permitir ele pode ser programado para que, em mo-mentos onde não haja troca térmica significativa, como por exemplo à noi-te ou em finais de semana, mudemos o ponto de controle garantindo, no-vamente, menos arranques e tempo de sistema ligado, prolongando a vida útil dos equipamentos.

Também é importante lembrar que sempre existem formas de bloqueio no controlador para proteger o sistema e evitar que usuários finais não habilita-dos façam alterações indevidas.

Imagem de um gráfico mostrando Set Point e Histerese normal e depois mudando para econômico:

PROGRAMAÇÃO DO DEGELO

Controladores para baixas tem-peraturas possuem sempre o sensor que serve para identificar o acúmulo de gelo no evaporador. Portanto, esta sonda deve ser instalada dentro do evaporador, de preferência no local onde inicie a formação de gelo (será o local onde haverá mais gelo no momento do degelo), distante o sufi-ciente de resistências ou serpentina, para evitar interferência na informa-ção do sensor devido ao calor gerado neste ponto.

Esse sensor no evaporador é o grande segredo para conquistarmos uma grande economia, pois é ele que determinará o final do degelo sempre por uma temperatura, e não por um tempo fixo. Para isso, deve-se progra-mar a temperatura de final do dege-lo, ou seja, com qual temperatura o evaporador já está limpo. Assim, não haverá uso extra das resistências/gás quente, garantindo que mesmo com diferentes níveis de gelo no evapora-dor o degelo será sempre com o me-nor tempo possível.

São três formatos encontrados para a realização do degelo. O primei-ro e mais simples é iniciar o degelo após decorrido o tempo de refrige-ração (função parametrizável) e ter-miná-lo por temperatura (descrito no parágrafo anterior). O segundo é ini-ciado por uma agenda de degelo, na qual determinamos em que horário

VINICIOS FERREIRA-ARQUIVO/REVISTA ASBRAV

artigo téCniCo 1

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e dia da semana se quer os degelos, terminando por temperatura. Já o último é o que alcança o maior nível de economia, iniciando e terminan-do por temperatura. Nesse formato, o sensor também indicará quando a presença de gelo já chegou ao ponto de necessitar de um degelo.

Exemplo de um funcionamento perfeito dos ciclos de refrigeração:

Após o término do degelo exis-te outra função importante que é o tempo de drenagem ou gotejamento. É um tempo programado para que a água proveniente do degelo saia do aletado e da bandeja, evitando seu congelamento que pode até mesmo romper tubulações do evaporador. Em casos de congelamento na ban-deja, o dreno pode ser bloqueado, dificultado a drenagem no próximo ciclo de degelo, fazendo com que a água proveniente desse ciclo escorra para fora do evaporador.

Para que o sistema estabilize as pressões é importante programar a temperatura para retorno do venti-lador, assim ajudamos o sistema a estabilizar mais rápido as pressões, forçando-o menos.

A programação adequada do de-gelo garante economia de energia conforme o exemplo de um caso real de uma empresa no Brasil:

Uma câmara fria estava sem con-trolador e seu degelo era realizado por timer, ajustado para oito dege-los de 20 minutos por dia, utilizando uma resistência elétrica de 4500W. Programamos um controlador com degelo começando e terminando por temperatura e obtivemos os seguin-tes resultados:

ALARMES E ENTRADA DIGITAIS

Os controladores possuem entra-das digitais e saídas para alarme, as quais alertam o usuário a tempo de que possam tomar uma ação antes de perder a mercadoria armazenada. As entradas digitais são contatos se-cos acionados por chaves de fim de curso, micro switches ou qualquer sensor que tenha contato seco. Nor-malmente podem ser configuradas para receber sinais externos de porta aberta que evita desperdício de frio, pressostatos de segurança, termosta-tos ou até mesmo alarmes manuais.

Para que não se concentre a infor-mação somente no display existem as saídas que podem conectar lâmpadas ou sirenes, ou ainda acionar um siste-ma de refrigeração de backup, alter-nativo ao que falhou.

Ainda existem alarmes de tempe-ratura alta ou baixa, final de degelo

por tempo e sensor de temperatura desconectado. Há também o alar-me remoto, muito utilizado em ins-talações onde existe um sistema de gerenciamento, que pode chegar diretamente ao celular do técnico garantindo a rapidez na ação sem precisar do descolamento físico, pois os parâmetros podem ser alterados pelo computador ou celular. Com todo o sistema monitorado por alar-mes locais ou remotos, as chances de perda de produto são mínimas e o tempo de sistema em manutenção diminui bruscamente.

SISTEMAS DE ADMINISTRAÇÃO

Atualmente, a nova tendência en-tre os instaladores do mundo todo é o gerenciamento a distância de suas instalações. Apesar de ser um siste-ma muito simples de ser implantado e trazer diversos benefícios e facilida-

artigo téCniCo 1VINICIOS FERREIRA-ARQUIVO/REVISTA ASBRAV

VINICIOS FERREIRA-ARQUIVO/REVISTA ASBRAV

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des para instaladores e clientes finais, o assunto ainda deixa muitas dúvidas para quem trabalha no mercado.

Utilizado no passado somente por grandes redes de supermercado, devido ao elevado valor que se tinha para aquisição e implantação do sof-tware, nos últimos anos o sistema de gerenciamento via computador pas-sou a ser destaque também nas ins-talações de menor porte, agregando valor e tecnologia de ponta.

Funciona através de um programa (software) que pode ser instalado em qualquer computador e que, por meio de uma interface, se conecta aos ins-trumentos de uma determinada ins-talação. A interface é responsável por converter os dados dos instrumentos de maneira que o programa instalado no computador leia os parâmetros da instalação, estabelecendo uma liga-ção direta entre eles (figura 1).

Essas particularidades permitem obter em tempo real um controle total em uma instalação de refrigera-ção, seja pelas variáveis medidas no momento, através de relatórios (grá-fico e/ou texto), alteração de todos os parâmetros configuráveis do instru-mento, agendamento de mudanças nas funções (macros), agendamento de degelos, entre outros.

Adicionando uma conexão via in-ternet ao computador, obtemos o ge-renciamento a distância da instalação, com as mesmas vantagens citadas anteriormente, somando-se o envio de alarmes para celulares e e-mails cadastrados no programa, alertando

assim as equipes de manutenção ou a quem for necessário. Alguns progra-mas também possuem uma versão que pode ser instalada em celulares, tendo as mesmas funcionalidades do sistema a distância pelo computador. Ou seja, é possível não só monitorar a instalação como também agir a dis-tância alterando parâmetros. Sendo assim, o sistema de administração de instalações de refrigeração é divido em três módulos:

• Local: quando o computador está conectado fisicamente às instala-ções, ou seja, diretamente ligado aos controladores;

• Remote: quando o computador que fará o gerenciamento a distância, via internet, comunicando-se com o módulo Local;

• Mobile: é o gerenciamento via celular comunicado diretamente com o módulo Local.

Indiferente de trabalhar com o software de gerenciamento direto no computador (modo Local), pela in-ternet (modo Remote) e pelo celular (modo Mobile), a precisão e funciona-lidade de quem opera é a mesma de quem configura direto no instrumento.

Conhecendo bem o programa de computador escolhido para esse tipo de trabalho, podemos ampliar as va-riáveis a serem controladas e moni-toradas, como a energia elétrica, por exemplo. Nesse sistema, podemos proteger as instalações e/ou equipa-mentos contra danos causados por flutuações inesperadas na rede elé-trica, falta de uma ou mais fases, sub

e sobretensão, além de dar a possibi-lidade de armazenar os dados refe-rentes às variações de tensão da rede elétrica, para posterior consulta.

Outra grande vantagem para ins-taladores que utilizam esse sistema é a possibilidade de controlar as insta-lações de seus clientes direto de sua casa ou escritório, ganhando tempo em não precisar se deslocar até o ins-trumento para configurá-lo.

Com a crescente procura no mer-cado, alguns fabricantes da área da refrigeração já disponibilizam gratui-tamente o programa para monitora-mento de seus instrumentos. Uma excelente oportunidade de agregar mais valor e tecnologia às instalações.

Novas tecnologias são sempre bem-vindas, mas utilizar correta-mente as que já temos disponíveis é fundamental. A simples aplicação de controles digitais já nos permite tra-balhar em muitos pontos a automa-ção da cadeia do frio. Como vimos, saber escolher o controle adequado para a aplicação necessária e utilizar suas funções na totalidade garantem altos níveis de economia de energia, alcançando até 40% comparado a sis-temas sem automação digital.

São raros os casos onde o cliente final conhece as possibilidades e níveis de economia que pode conquistar. E oferecer o melhor a este cliente é nos-sa principal forma de sermos reconhe-cidos como empresas/técnicos com-petentes, qualificados e diferenciados.

Nos últimos anos o sistema de

gerenciamento via computador passou a ser destaque também

nas instalações de menor porte,

agregando valor e tecnologia de ponta

(*) Consultor Técnico de Full Gauge Controls para México e América Central

[email protected]

artigo téCniCo 1V

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A síndrome dos“Edifícios Doentes”Renata Abreu (*)

S índrome do Edifício Do-ente’’, quem já conhece ou ouviu falar? Esse é o nome dado ao gravíssi-mo problema causado

por sistema de refrigeração artifi-cial inadequado.

É fato que passamos a maior parte do tempo trabalhando dentro de edificações refrigeradas artifi-cialmente, o que nos faz reféns des-se ar, muitas vezes viciados e não adequadamente tratados e limpos.

Irritação nos olhos, dor de ca-beça e fadiga podem estar rela-cionados à “Síndrome do Edifício Doente”. A climatização falha em ambientes fechados chama a aten-ção para a importância de manter limpo todo sistema de refrigera-ção. De acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), calcula-se que dois milhões de pessoas morrem a cada ano de-vido à poluição interna.

No Brasil, o ex-ministro das Co-municações, Sérgio Motta, foi vítima fatal da SBS (Sicking Building Syn-drome). Estudos comprovam que as altas taxas de absenteísmo podem ser indícios de doenças respiratórias causadas pela manutenção inade-quada do Sistema de Refrigeração. Essa síndrome afeta diretamente a qualidade de vida dos funcionários, que se sentem mal durante a per-manência no ambiente de trabalho, aumentando o número de atestados médicos, o que implica em resulta-dos insatisfatórios.

No Brasil, em vigor desde 25 de outubro de 2000, a Resolução n° 176 da Agência Nacional de Vigilância Sa-nitária e atualizada em 16 de janeiro de 2003 pela Resolução n° 09, esta-belecendo regras para que os siste-

mas de ar-condicionado não se trans-formem em ameaça permanente às pessoas que trabalham em ambien-tes climatizados artificialmente.

A má qualidade do ar interno dos edifícios passou a ser conhecida mundialmente como a “Síndrome dos Edifícios Doentes”, resultado de

uma conjunção de fatores. Podemos considerar como o principal o fato dos responsáveis dessas instalações acreditarem que todo o sistema de refrigeração se resumia à casa de màquina, deixando descuidado os dutos de refrigeração e afins. Com isso observou-se dois tipos básicos

Limpeza inadequada nos sistemas de refrigeração internos está em 30% dos prédios novos

RENATA ABREU-ARQUIVO/REVISTA ASBRAV

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artigo téCniCo 2

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de contaminação: a biológica por fungos, bactérias, vírus, protozoários e aracnídeos, como é o caso dos áca-ros, e a química proveniente de gases liberados por produtos de limpeza, vernizes, tintas, equipamentos de es-critório, colas, aumento no nível de dióxido de carbono, etc.

Sabemos que o ar não proporcio-na crescimento microbiano, mas é um potente disseminador dessas conta-minações. Por conter partículas de poeira e água é capaz de transportar os micro-organismos e expô-los em contato com as pessoas (PELCZAR et al., 1980).

Os tipos de germes presentes são determinados por fontes contami-nantes, sendo os aparelhos de ar-con-dicionado, um dos maiores responsá-veis nesse processo de contaminação.

Avaliando que uma pessoa adul-ta inala quinze mil litros de ar por dia e mais da metade do tempo diário encontra-se exercendo ativi-dades em ambientes internos com sistemas de ar-condicionado, seja trabalhando, seja fazendo compras, é possível concluir que a qualidade do ar interno dos ambientes fecha-dos pode afetar de modo significati-vo a saúde humana.

Especialistas reconhecem que um

edifício está doente quando 20% de sua população apresenta sintomas de doenças alérgicas e pulmonares ocasionalmente melhorando quando estão afastadas do local (KLINGER, K. Folha de S.Paulo, 21 dez. 2000).

Para se ter a ideia da dimensão desse problema, a Organização Mun-dial de Saúde (OMS) informa que os gastos gerados ao ano com os doen-tes é cerca de cem bilhões de dólares ao ano nos Estados Unidos, devido ao absenteísmo, queda de produtividade e intervenções na saúde. Fatos que levaram a OMS a considerar essa sín-drome como uma questão de saúde ocupacional desde 1983.

Em 1984, o World Health Organi-zation Comitee (Comite Mundial de Organização da Saúde) emitiu um re-latório informando que 30% dos pré-dios novos e remodelados no mundo apresentam altas taxas de concentra-ções de poluentes biológicos e quími-cos no ar interno.

Dados da Health Buildings Inter-national mostram que o nível de po-luição no ambiente interno de alguns edifícios chega a ser cem vezes maior que o externo, devido a pouca reno-vação do ar dos sistemas de ar-con-dicionado em más condições sanitá-rias. Essa baixa qualidade é causada, principalmente, pela má higienização dos aparelhos de ar-condicionado e dutos, além da falta de controle pe-riódico sobre as possíveis fontes de contaminação (PMOC).

Com os dados acima, temos de es-tar atentos a esse assunto, cobrando a quem de responsabilidade for sua tomada de atitudes, pois estamos fa-lando de saúde!

A preocupação com a Qualidade do Ar Interno (QAI) surgiu principalmente com a tendência em se construir edi-fícios selados por motivos estéticos, controle de ruído, climatização, o que acabou provocando um aumento nos casos de problemas relacionados à qualidade do ar de tais ambientes. Essa preocupação se justifica uma vez que grande parte das pessoas (em tor-no de 80-90%) passa a maior parte do seu tempo dentro desses edifícios e, consequentemente, exposta aos po-

luentes desses ambientes.Vários poluentes, como monóxido

e dióxido de carbono, amônia, óxido de enxofre e nitrogênio, são produzi-dos dentro do edifício por materiais de construção, materiais de limpe-za, mofo, entre outros. Os próprios ocupantes dos edifícios contribuem substancialmente com a poluição de ambientes internos, tanto pela res-piração e transpiração, como pelo transporte de micro-organismos po-tencialmente causadores de doenças.

Sendo assim, para se ter um edi-fício saudável deve-se ter uma boa qualidade do ar interior, através do uso de adequadas taxas de ventilação, de sistemas de automação predial, de higienização periódica em todo siste-ma (dutos, serpentinas, rotores, etc.), unido a um monitoramento contínuo dessas instalações (PMOC).

A síndrome dos edifícios doentes (SED) pode ser definida, de acordo com a Organização Mundial de Saú-de (OMS), como uma situação na qual os ocupantes ou usuários de um prédio específico apresentam sinto-mas sem origem determinada e sem a possibilidade de constatação de uma determinada etiologia, sendo, portanto, desconhecida.

Especialistas reconhecem que um edifício está doente quando 20% de sua população apresenta sintomas de doenças alérgicas e pulmonares ocasionalmente melhorando quando estão afastadas do local

Klinger K.

Sendo assim, para se ter um edifício

saudável deve-se ter uma boa qualidade

do ar interior, através do uso de adequadas

taxas de ventilação, de sistemas de

automação predial, de higienização

periódica em todo sistema

PMOC

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A inalação de material particulado causa irritação nas vias respiratórias, levando à constrição das mesmas. Ou-tro grave problema é que essas partículas absorvem mui-tos gases prejudiciais, removendo-os do ar. Quando essas partículas são inaladas, os gases são juntamente aspirados, atingindo os pulmões.

O maior controle e rigor na manutenção e higienização do sistema de refrigeração, e de outros fatores intervenien-tes na QAI diminuiria os riscos de contaminação do ar o que, por conseguinte, diminuiria os gastos com saúde dos ocupantes e as taxas de absenteísmo. Sendo assim, para a

efetiva promoção de um ambiente interno saudável, deve--se conciliar a aplicação da legislação com pesquisas e cons-cientização dos ocupantes dos edifícios.

Em tese, fazer só o que está na lei é insuficiente, tem--se de propiciar condições saudáveis para as pessoas que convivem por períodos prolongados em ambientes confi-nados. Até chegarmos nesse ponto de comprometimento intrínseco dos gestores e da equipe de manutenção com a qualidade do ar, serão necessárias mais normas, processos civis, penais, trabalhistas e ampla divulgação na mídia sobre as doenças relacionadas ao ambiente interno.

Para saber mais: Legislação - http://www.anvisa.gov.br/legis/portarias/3523_98.htm

(*) Sócia-diretora. Para contato com a autora, enviar e-mail para: [email protected]

Doenças associaDas à qualiDaDe Do ar interno (contaminantes biológicos)

causaDas por contaminantes não biológicos

material particulaDo

Espirros, olhos lacrimejantes, tosse, deficiência respi-ratória, letargia, febre e problemas digestivos, além de se-rem causadores de pneumonia, rinite e asma.

De modo geral, as principais doenças associadas a po-luentes biológicos são o Mal dos Legionários (ou legione-lose, pois tem como agente a bactéria gram-negativa do gênero Legionella); a febre do umidificador (doença que se desenvolve a partir de exposições a toxinas de micro-

organismos, especialmente daqueles que crescem nos sistemas de ventilação dos edifícios); asma brônquica (espasmos associados à inalação de aerossol biológico); pneumonite alérgica ou alveolite extrínseca; pneumonia (infecção pulmonar associada a bactérias como Strepto-coccuspneumoniae, Mycoplasmapneumoniae, Staphylo-coccus aureus, Legionella eHaemophilusinfluenzae, vírus e alguns tipos de fungos).

DIÓXIDO DE CARBONOO dióxido de carbono não apresenta grandes proble-

mas de toxicidade aos seres humanos. Entretanto, à medi-da que aumentam os níveis de concentração no ambiente, “a pessoa sente como se não houvesse ar suficiente”. De acordo com a Associação de Saúde do Canadá, exposições contínuas podem conduzir à desmineralização dos ossos.

DIÓXIDO DE NITROGÊNIOÉ um agente oxidante que compromete a função pul-

monar, podendo causar infecções respiratórias e, em casos mais graves, enfisema pulmonar.

DIÓXIDO DE ENXOFREAge principalmente como irritante, afetando a mu-

cosa do olhos, nariz, garganta e trato respiratório. Sua inalação em doses elevadas causa danos ao sistema respiratório inferior; em casos de exposições crônicas, pode levar à diminuição da função pulmonar.

ÓXIDO DE NITROGÊNIOPode interferir no transporte de oxigênio para os te-

cidos produzindo efeitos parecidos como os do CO; pode provocar ainda edema pulmonar quando em elevadas concentrações.

MONÓXIDO DE CARBONOA afinidade do monóxido de carbono (CO) pela he-

moglobina leva à formação de carboxihemoglobina, substituindo o oxigênio e ocasionando numa diminuição de seus níveis no sangue. Sendo assim, seus efeitos mais tóxicos são observados em órgãos como cérebro e cora-ção, que demandam mais oxigênio.

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artigo téCniCo 2

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EvEntoS

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Sistema Over Head é tema de palestra

Encontro tecnológico debate eficiência e sustentabilidade

A ASBRAV, em parceria com a Hard, promoveu um diálogo sobre a evolução e os cuidados com os itens de segurança na aplicação de climatizadores. Durante a palestra, que aconteceu no dia 27 de março, ministrada pelo supervisor Comercial da Hard, Diego Gonzales, instaladores e projetistas tiveram a opor-tunidade de conhecer detalhes do sistema chamado de “Over Head”, que permite instalações de dutos e maquinários no teto. A tecnologia é utilizada em grandes arenas que serão usadas na Copa do Mundo. No Rio Grande do Sul, a Arena do Grêmio e o Novo Beira Rio possuem a tecnologia.

Curso de cargas térmicas de ar-condicionadoEntre os dias 7 e 22 de junho, durante

dois fins de semana, a ASBRAV oferecerá o curso Carga Térmica de Ar-Condicionado. Com aulas do diretor de Ensino e Treina-

mento da ASBRAV, Paulo Otto Beyer, a formação busca esclarecer todo o sistema de funcionamento das cargas térmicas do ar-condicionado. As aulas acontecerão na

sede da ASBRAV em Porto Alegre. O inves-timento é de R$ 345 para associados e R$ 518 para outros interessados. Inscrições até o dia 23 de maio.

Nos dias 14 e 15 de maio, ocorreu o Encontro Tecnológico de Refrige-ração e Ar-Condicionado (ENTRAC), na cidade de Curitiba. Com 13 pales-tras, o evento teve como assuntos principais a eficiência energética e a

sustentabilidade ambiental em insta-lações de refrigeração e ar-condicio-nado. Entre os destaques, palestras sobre distribuição de ar, com Claudio Kun, conceito de baixa energia aplica-do a resfriamento e aquecimento em

edificações, com Francisco Dantas, e movimentação inteligente e silenciosa do ar, com Adriano Okamoto.

O encontro foi realizado no Ho-tel Nacional In Torres, no centro da capital paranaense.

MARCELO MATUSIAK/REVISTA ASBRAV

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EvEntoS

Curso Projeto de Ar-Condicionado Ar de interioresCom o objetivo de oferecer ao mercado cada

vez mais oportunidades de qualificação, a AS-BRAV está oferecendo o Curso Projeto de Ar- Con-dicionado. Para obtenção do certificado, o aluno deverá fazer os oito cursos sobre ar-condicionado oferecidos e realizar um exame de avaliação de conhecimento. Os cursos estão preparados para estudantes ou graduados em Engenharia Mecâ-nica, ou curso técnico ou tecnólogo semelhante.

O aluno deverá fazer os seguintes cursos: Psicrometria, Conforto Térmico, Ventilação, Carga Térmica de Ar-Condicionado, Cálculo de Difusores e Dutos de Ar, Equipamentos de Ar--Condicionado e Simulações com EnergyPlus. A carga total é de 150 horas. Confira a programa-ção dos cursos em: www.asbrav.org.br

O 3° Seminário Internacional de Qualidade de Ar Interior foi realizado na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). A intenção foi disse-minar novas informações sobre a quali-dade do ar em ambientes fechados. O evento aconteceu no dia 7 de maio e contou com a presença de engenheiros e técnicos das áreas de refrigeração, profissionais de saúde, administrado-res prediais e projetistas de ar-condi-cionado. Destacando os pontos críticos para os usuários e a eficiência energé-tica do ar de interiores, palestrantes renomados internacionalmente parti-ciparam do seminário, que teve ainda painel e mesa de debates.

Capacitação em cálculo de difusores e dutos de ar Organizado para alunos ou gra-

duados em Engenharia Mecânica, ou curso técnico semelhante, a ex-tensão Cálculo de Difusores e Dutos de Ar busca trazer aos alunos defi-nições e cálculos da difusão de ar e

dos dutos de distribuição.O programa inclui aplicações e cál-

culos para o fornecimento do ar, isola-mento, perda de carga e recuperação da pressão estática dos dutos, além de definições e conteúdo teórico.

A capacitação será ministrada por Paulo Otto Beyer, de 4 a 19 de julho. O investimento é de R$ 345 para associados, e R$ 518 para os demais. Prazo de inscrições até 19 de junho.

DIVULGAÇÃO/REVISTA ASBRAV

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ACEL-AR CONDICIONADO ECOLÓGICOACHSE CONSULTORIA E PROJETOS LTDAACJ ENERGIA E CLIMATIZAÇÃOACMASUL SISTEMAS DE VENTILAÇÃO E CONTROLEACÚSTIKA SUL ENGENHARIAADEMIR SILVAAERODUTO AR CONDICIONADOAGRAZ REFRIGERAÇÃOAGST CONTROLES E AUTOMAÇÃOAIR CLEANAIR CONSULT ASSES E INSTAL DE AR CONDICAIRCOOL MANUTENÇÃO E INSTALAÇÕESAIR SHOPAIRSTUDIO ENGENHARIAAIRSIDEALBERT ENGENHARIA DE INSTALAÇÕESALCIDES CAMINHA LEITEALEX SANDRO MILANESI REFFATTIALEXANDER SALGADO SOUZAARCONET LTDAALEX SANDRO DOS SANTOS FLECKALEXANDRE TOCCHETTOAMBIENTALIS ANÁLISES DE AMBIENTES LTDAAMILLPASSOS REFRIGERAÇÃO INDUSTRIALANDERSON RODRIGUESANDRÉ OLIVEIRA MACHADOANNEMOS HIDRAÚLICAANTONIO CARLOS FELIX HOFFMANNARMACELL BRASILARMAZÉM DO CLIMAARMANT AR CONDICIONADOARMAX AR CONDICIONADO COM E SERVIÇOSARNOLDO CARLOS GONÇALVES BESKOWARSA CONSULTORIA COM. REP. LTDA.ARSELF AR CONDICIONADOARTETEC ARQUITETURA E ENGENHARIAARTECH CLIMATIZAÇÁO

BERDES SERVIÇOS LTDABERLINERLUFT DO BRASILBLUMETAL DIST E SERVIÇOS TÉCNICOSBRUNA PEZZI FACHINELLIBSABSTEC - MMR INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MÁQUINAS

3B AQUECIMENTOS

CAMARGO AR CONDICIONADOCARLOS ANDRÉ SENNA TRINDADECARLOS EDUARDO RAMOS AZEVEDOCARLOS ERNESTO OSTERKAMPCARLOS DORVAL GONÇALVES CAMARGOCAROLINE BRIESE MARTINS ROCHACERT ENGENHARIA E TECNOLOGIACENNTRAL-SUL AR CONDICIONADO LTDACLAUDIOMIR ANTONIO GWODZCLEMAR ENGENHARIACLIMA DA ILHA SISTEMAS DE AR CONDICIONADO LTDACLIMA SHOP QUALIDADE DO AR INTERIORCLIMATIZA COMÉRCIO DE PRODUTOS E SERVIÏ¿½OS LTDACLIM MASTERCOLDAR ENGENHARIA E COMÉRCIOCOLDBRAS S/ACONCEITO TÉ CNICO PROJ. PLANEJ. E ASSES. LTDA

aSSoCiadoS aSBRAVCONFORTARE AR CONDICIONADOCONSTARCO ENGENHARIA E COMÉRGIO LTDACORREA MANUTENÇÃOCUBO VERDE ARQUITETURACURTIS CONSULTORIA

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