Revista Associação Actua Aveiro

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#1 Janeiro/Abril 2013 Hard as Hell O Inferno chegou a Aveiro pág. 13 Resumo 2011/2012 O nosso percurso ... pág. 10 1º A(c)tua Animal Benefit Um sentido de gratidão pág. 8 www.actuaaveiro.com

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Revistra Trimestral Associação Actua Aveiro N#1

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#1Janeiro/Abril 2013

Hard as HellO Inferno chegou a Aveiro pág. 13

Resumo 2011/2012O nosso percurso ... pág. 10

1º A(c)tua Animal Benefit

Um sentido de gratidão pág. 8

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Número 1

Janeiro/Abril 2013

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Esta primeira edição começa por apresen-tar um resumo de algu-mas das atividades e eventos que a A(c)tua Aveiro organizou no decorrer do ano 2012. É ainda apresentado um resumo dos dois maiores eventos reali-zados desde o início do ano 2013 até esta data. Facultaremos também informação relacio-nada com alguns dos eventos que a A(c)tua irá organizar num fu-turo próximo. Contém ainda anúncios publici-tários fazendo referên-cia a alguns dos nossos principais parceiros de trabalho.

Em cada número ter-emos sempre um es-paço dedicado à di-vulgação da nossa organização que terá o propósito de dar a co- nhecer ao leitor quem somos, o que somos, porque existimos e o que nos move.O primeira parte desta edição resume apenas algumas das muitas atividades realizadas pela A(c)tua ao longo do ano 2012. Optámos por destacar o “In-verno Artístico”, o tor-neio “PokerSueca”, o “Ritmos Ecológicos” e o “Hurbanidades”. Os

leitores mais curiosos poderão encontrar in-formação referente a outros eventos realiza-dos no site oficial actuaaveiro.com. A secção seguinte apre-senta o resumo de duas atividades que decor-reram no ano 2013, onde decidimos desta-car o “Hard As Hell” e o “1º A(c)tua Animal Ben-efit”.

Apresentamos ainda uma secção com re-views de eventos lo-cais organizados por outras entidades, devi-damente reportados e fotografados por asso-ciados da Actua que têm vindo a desenvol- ver os seus trabalhos enquanto freelancers.

Esperamos conseguir proporcionar uma ex-periência agradável ao leitor.

Esta Edição

www.actuaaveiro.com

Bernardo Leite

Presidente Direção

Ana Freitas

Presidente Conselho Fiscal

Arminda Esgueirão

Vice-Presidente Mesa de Assembleia

Filipa Sousa

Secretária Mesa de Assembleia

Luís Rocha

Secretário Direção

Ana Martelo

PresidenteMesa Assembleia

André Neves

Tesoureiro Direção

Tiago Palmela

Relator Conselho Fiscal

Ricardo Neves

Secretário Conselho Fiscal

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Índice StaffDireção

Ana MarteloBernardo Leite

Equipa CriativaAna Martelo

Bernardo LeiteTiago Ferreira

FotografiaAna Martelo

Cátia Teodoro

ColaboraçõesNuno Fangueiro (fotografia)

Sara Fidalgo (texto)

Agradecimento EspecialJoão Costa

A(c)tua

Quem Somos

1º A(c)Tua Animal Benefit

Resumo 2011/2012

Hard as Hell

Em Aveiro ...

Agenda Cultural

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Quem somos?

A Associação A(c)tua Aveiro é um projeto sem fins lucrativos, proveniente de várias colabo-rações entre diversas entidades anónimas e in-divíduos interessados numa melhor divulgação dos artistas amadores portugueses, com es-pecial destaque para o distrito de Aveiro.

Numa tentativa de colmatar algumas necessi-dades culturais, ambientais, recreativas e despor-tivas, decidimos criar a Associação A(c)tua Aveiro, partindo do princípio que, ao criar um projeto só-lido e unindo forças, teremos mais oportunidades, mais apoios e mais facilmente nos faremos ouvir. Esta é uma forma de alertar e suscitar maior interes-se na sociedade envolvente, focando-nos essen-cialmente nos jovens, para que estes tomem ini-ciativa e recorram a melhores práticas que pos-sam, a longo prazo, mudar o seu estilo de vida.

A(c)tua significa ação, dinamismo, jovialidade, sentimento, criatividade. São palavras simples mas bastante intensas. Estas palavras caracteri-zam um grupo de jovens que não perde tempo com coisas vãs, que preferem ocupar os seus tempos livres com aquilo que de mais bonito, en-feita as nossas vidas, a Arte e a Cultura. Esta asso-ciação permite dar asas à imaginação de todos aqueles que gostam de criar novas coisas, permite dar espaço a quem, de alguma forma, faz Arte.

A A(c)tua está recetiva a novas ideias, iniciativas e projetos de âmbito cultural, recreativo e desportivo.A missão desta organização passa pela promoção so-ciocultural, através do fomento da prática artística e pedagógica e do desenvolvimento das novas tecno-logias da comunicação e da informação, bem como a promoção de eventos desportivos e recreativos.

Numa perspectiva mais ambiciosa, a A(c)tua Aveiro pretende percorrer os melhores camin-hos e desenvolver o seu trabalho, aumentando o número de associados e enriquecendo o seu por-tefólio de atividades para que venha a ser reco-nhecida como uma plataforma de referência para os jovens se lançarem no mercado de tra-balho com maior facilidade e reconhecimento.

Na nossa página oficial, poderá encontrar sempre os conteúdos mais atuais relativos à Associação A(c)tua Aveiro. No entanto, aconselhamos a sua subscrição na nossa página do Facebook para que possa estar em constante contacto connosco.Na eventualidade de persistir algu-ma dúvida que pretenda ver esclareci-da, por favor, não hesite em contactar-nos.

Associação Actua Aveiro

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Próximos Eventos

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1º A(c)tua Animal Benefit

O mês de Março, além do Hard As Hell, ficou também marcado por uma atividade que mobilizou os núcleos ambiental e performa-tivo da Actua Aveiro. No dia 23 deste mês, realizou-se um concer-to de angariação de fundos para a Pravi Aveiro, contando com a boa vontade de todo o staff que se disponibilizou para trabalhar e ainda com as bandas Modo Mudo, Doh!Down (agora com o nome Bone Drill), Primal Core e Es-tado de Sítio que também se dis-ponibilizaram para vir apresentar os seus trabalhos gratuitamente.

Desta forma, todo o dinheiro an-gariado na bilheteira reverteu in-teiramente para a Pravi. Aproveita-mos este espaço para agradecer, não só às bandas e ao staff, mas também à Associação Académi-ca da Universidade de Aveiro por nos ter disponibilizado o seu au-ditório e equipamento de som sem quaisquer custos e ainda a todas as pessoas que marcaram pre-sença e mostratam estar solidárias com esta causa, deixando do-nativos superiores ao valor do bi -lhete e sacos de alimentos para os nossos amigos de quatro patas.

Os concertos tiveram início com os Modo Mudo, que até impro-visaram uma introdução rela-cionada com os animais. Mais um grande concerto desta banda que já nos habituou a prestações de grande qualidade.

Seguiram-se os Doh!Down que mostraram a fibra de que são fei-tos com os seus riffs de rock and roll e toda a energia do seu ‘front-man’. A sonoridade ficou mais pesada com a entrada dos Primal Core que surpreenderam o públi-co com uma melhoria significativa da qualidade dos seus concertos. Breakdowns poderosos, carrega-dos de groove, foram o prato prin-cipal da ementa destes rapazes.

Finalmente, os Estado de Sítio voltaram a tocar em Aveiro, após um longo período de intervalo.

Para quem já conhece esta ban-da que muito tem representado o distrito de Aveiro ao longo do país nos últimos anos, não é preciso uti-lizar muitas palavras para descre-ver a forma como se apresentaram.

Irreverentes, energéticos, con-tagiantes e preparados para espalhar o caos na plateia.Fiquem atentos, pois estamos a ponderar realizar mais angari-ações deste género até ao final do ano 2013. A crise faz-se sentir em todo o lado e esta não nos afeta só a nós enquanto indi-víduos, mas também instituições como esta (Pravi Aveiro) que cuidam de centenas de amigos de quatro patas e que precisam do nosso apoio para poder dar-lhes um mínimo de condições.

Um sentido de gratidão...

“Modo Mudo, Doh!Down (agora com o nome Bone Drill), Primal Core e Estado de Sítio”

“surpreenderam o público com uma melhoria significa-tiva da qualidade dos seus concertos”

Atividades

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Parceiros

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Resumo 2011 / 2012

Hurbanidades

O projeto Hurbanidades foi desen-volvido pela aluna Beatriz Santos no âmbito do curso Técnico de Organização de Eventos da Es-cola Profissional de Aveiro, sendo tutoriado pelo presidente da A(c)tua. Desta forma foi criada uma oportunidade para fotógrafosamadores exporem os seus trabal-hos ligados ao tema “degradação da sociedade”. Através dos tra-balhos pretendeu-se sensibilizar o público expondo os problemas da sociedade atual, demonstrando as disparidades sociais existentes.

Os trabalhos foram expostos na Casa da Juventude de Aveiro, no Perlimpimpim, no Mercado Negro e finalmente, no Fórum Aveiro (a-penas os trabalhos mais votados) em forma de concurso sendo que a seleção dos melhores trabalhos, aos quais foram atribuídos vários prémios, ficou ao encargo de um júri devidamente qualificado. Com esta exposição foi possível alertar de uma forma artística para uma realidade que se vive nos dias de hoje sensibilizando o público e, simultaneamente, permitindo que artistas amadores tivessem possib-ilidade de expor os seus trabalhos perante a população aveirense.

Os prémios foram atribuidos aos fotógrafos Miguel Afonso, Mia Lavernne, Raquel Leite, Ana Fernandes e Cíntia Marques.

Ritmos Ecológicos

O Ritmos Ecológicos tratou-se de um evento que conjugou a dança com a sensibilização ecológica e ambiental. Este espetáculo acon-teceu no dia 28 de Abril de 2012 e teve lugar no salão paroquial da Gafanha da Nazaré onde também esteve presente a Pravi

Algumas das atividades realizadas ...

Atividades

(Associação de Proteção de Ani-mais Vítimas de Maus Tratos). As-sim, pelas 21:30 horas deu-se início ao espetáculo com um pequeno discurso por parte do presidente da associação. Começou-se por chamar ao palco a representante da Ritmos - Academia Gimnodes-portiva, que deu a conhecer as várias modalidades gímnicas de que dispõem e houve uma pequena apresentação dos esti-los de dança que iriam ali repre-sentar. Foi então que atuaram as pequenas ginastas da Ritmos – Ac-ademia Gimnodesportiva, com a modalidade ginástica rítmica. De seguida, foi chamado ao palco o representante da Casa do Povo da Gafanha da Nazaré, que apre-sentou as várias áreas desporti-vas que esta instituição oferece, passando-se então à atuação de dança contemporânea realizada pelos jovens da Casa do Povo.

Prosseguiu-se com a atuação de 10 www.actuaaveiro.com

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Ana Freitas e Mário Gonçalves, com as danças de salão, na mo-dalidade Jive. Mais tarde, volta-ram ao palco as ginastas da Ritmos – Academia Gimnodespor-tiva, desta vez com a modalidade de dança livre. Para finalizar a primeira parte deste espetácu-lo, atuaram as ginastas da Casa do Povo da Gafanha da Nazaré, com a modalidade ginástica rít-mica. A segunda parte iniciou-se com a atuação da bailarina Dirce Russo, com uma performance de Ballet. De seguida contámos com a participação do grupo de dança Rythm and Dance que se apresentou na modalidade de hip hop. Por fim, voltaram ao palco os dançarinos Ana Freitas e Mário Gonçalves, desta vez com a modalidade “cha cha cha”. Finalizando assim o espetáculo, com todos os agradecimentos fei-tos, por volta das 23:30 horas. de

Torneio de Sueca – PokerSueca

No dia 24 de Março de 2012 por volta das 15:00 horas realizou-se um torneio de sueca no bar N6 da Gafanha da Nazaré. Este torneio teve a participação de várias e-quipas, que foram escolhidas para se confrontar de forma aleatória.

Após as eliminatórias ficaram puradas as equipas que seguiram para a meia final e por volta das 17:00 horas foram eleitas as duas melhores equipas que seguiram de imediato para mais uma partida. Depois de finalizada a partida deu-se a entrega dos prémios, sendo o primeiro lugar premia-

do com uma garrafa de espu-mante, o segundo com uma gar-rafa de vinho tinto e o terceiro com dois baralhos de cartas. É de frisar que para este even-to tivemos o enorme apoio do bar N6, que nos disponibilizou o espaço para a realização do evento e nos presentou com alguns dos prémios a atribuir aos vencedores do torneio.A equipa que se classificou em primeiro lugar era com-posta por Filipe Teixeira e Ga-briel Fleury, seguindo-se a dupla Vina Ferreira e Cátia Teo-doro e finalmente, a dupla Ber-nardo Leite e Cristiano Trindade.

Inverno Artístico

O Inverno Artístico teve como principal temática a arte no seu todo, relacionada com o tema “o frio”. Este evento decorreu nos dias 3 e 4 de Março de 2012, no Perlimpimpim, na Praia da Vague-ira. A principal intenção era dar a conhecer trabalhos e artis-tas que não têm a possibilidade de singrar, oferecendo alguma projeção aos seus trabalhos.O projeto englobou várias artes, passando pela música, pintura, dança, recitação de poemas, ex-posição audiovisual, entre outras e todas elas ligadas ao tema “o frio”. Este projeto foi dividido em duas fases: sendo feito primeira-mente um apelo à participação e posteriormente a apresen-tação dos trabalhos após a re-alização de uma pré-seleção.

A exposição dos trabalhos sele-cionados foi posteriormente alar-gada até ao dia 8 de Março, em-bora já sem a área de música e vídeo. Durante a tarde do dia 3 a Oficina de Artes da Gafanha da

Nazaré apresentou um live act depintura com alguns dos seus alu-nos numa sala do Perlimpimpim e às 17:00 horas ocorreu a atuação da banda de covers Prólogo.

Com início as 22:00 horas, Ana Fre-itas e Mário Gonçalves apresenta-ram duas danças cuja criação teve por base dois textos selecio-nados para a exposição na área de Literatura. As duas músicas que acompanharam a dança in-cluíam a gravação dos textos por Maria João Jorge. Intercalando com a dança, Otília Pedrosa re-citou três dos poemas expostos.Na noite do dia 4, Maria João Jorge e Luís Rocha apresentaram uma performance de covers mu-sicais. Como se tratou de uma atuação informal os elementos do público tiveram assim a opor-tunidade de participar tocando algum instrumento ou cantando. Neste projeto não existiu um pré-mio físico. Apenas foi criado um certificado de participação para entregar aos participantes. O fato de os trabalhos se encontrarem expostos, logo, divulgados e apre-ciados pelo público, terá sido reconhecido como um prémio.

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Parceiros

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Hard as HellO Inferno em Aveiro!

Atividades

O mês de Março começou em força em Aveiro com o Hard As Hell, evento protagonizado pela Associação A(c)tua Aveiro no Bar do Estudante da Universidade de Aveiro. Em colaboração com ou-tras entidades, a A(c)tua Aveiro apresentou uma proposta arroja-da para os amantes da música un-derground, com um cartaz repleto de grandes bandas como For The Glory ou Hills Have Eyes e ainda a dupla Union Sounds no after par-ty. Há muito que esta associação vem desenvolvendo esforços para melhorar o circuíto da música un-derground na zona de Aveiro e o Hard As Hell foi mais uma demon-stração daquilo que estes jovens podem fazer se lhes forem forne-cidas as condições necessárias.O Hard As Hell teve início com os Destruction Eve, banda de punk composta por 3 jo-vens oriundos do Porto. Os mo-tores começaram realmente a aquecer com os Motim, banda da casa e uma presença já ha-bitual nestes cartazes em Aveiro.Com a casa já composta, os Ash Is A Robot, provenientes de Setúbal, soltaram toda a sua energia em palco numa atuação fantástica, mostrando pela primeira vez nesta

cidade a sonoridade que os tem vindo a destacar no seu ainda curto trajeto, repleta de influên-cias de post-hardcore e que em muito difere das restantes bandas que têm surgido ao longo do país. Com um clima infernal já instala-do na casa, foi a vez de We Ride, formação oriunda de Espanha que apresenta riffs de hardcore poderosos, mostrar toda a sua fi-bra com a pequena Mimi, voca-lista da banda, a dominar todas as atenções do público presente.

Seguiram-se as duas bandas mais aguardadas da noite, For The Flory e Hills Have Eyes, que marcaram presença pela primeira vez em Aveiro, apesar do longo percurso que ambas sustentam. A primeira delas, For The Glory, foi responsá-vel pela maior prestação da noite, fazendo o público soltar toda a sua energia e gerando um verda-deiro caos, ou não fossem eles o expoente máximo do hardcore nacional. Um concerto explosivo e repleto de mensagens inter-ventivas, bem à imagem deste conjunto lisboeta. Já os Hills Have Eyes não podiam deixar de carimbar a sua passagem pela cidade dos ovos moles sem mostrarem o motivo que os leva a serem considerados uma das bandas sensação no panorama underground nacio-nal. Que o digam os fãs que literal-mente se atropelaram para ten-tar chegar perto do vocalista en-quanto tocavam algumas das suas músicas mais conhecidas, como o mais recente tema, ‘Strangers’.A noite ainda seguiu, mas ape-nas para os mais resistentes, com a dupla Union Sounds a fazer o after party com uma boa dose de dubstep e drum and bass.

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Em Aveiro ...

SUPERNADA @ CCINo passado dia 25 de janeiro, o Centro Cultural de Ílhavo re-cebeu uma das grandes ban-das nacionais, Supernada! Não se sabe exatamente o motivo que levou o espaço a não fi-car completo, ficando a faltar quase metade das cadeiras porpreencher, porém os presentes fizeram questão de mostrar o apreço e a qualidade musical que a banda por ali vinha demonstrar.Nos primeiros minutos, assim que as luzes se apagaram, o silêncio imediatamente se instalou, sendo apenas interrompido pela che-gada ao palco da banda, com o seu incontornável líder Manel Cruz a ser a grande figura do mo-mento e que mais tarde se per-cebia que seria de toda a noite.O espetáculo começou relati-vamente tímido, pouco intenso, o que por momentos despertou algum desconforto nos fãs mais ávidos, porém rapidamente a promessa de um grande espe-táculo se fez ouvir com o abuso das baterias, das batidas aleatóri-as e improvisadas e ainda da personificação de cada tema no corpo de Manel Cruz que se denotava a cada nota musical.O espetáculo avançou, a energia apareceu e a banda começou a ficar ao seu melhor estilo, passando por “Espuma”, “Man-hã de Cinzas”, “Estética da

Ética” e “Isto não é nada”, o público ia seguindo ao por-menor todos os temas, rece-bendo sempre uma chuvada de palmas no fim de cada um.Com o avanço para o final do es-petáculo, os jovens e fãs que se encontravam sentados junto ao palco, rapidamente se mexiam energicamente na expectativa de ter algum tipo de contacto com a banda, nomeadamente com o seu vocalista energético Manel Cruz. Um desses jovens acabou por ter a sorte de che-gar ao palco, ver o seu bilhete autografado e outra jovem de tenra idade acabou mesmo por tirar uma fotografia durante o espetáculo com o mesmo.Com a chegada ao fim, a banda agradece todo o acol-himento do público, toda a energia e acima de tudo a presença de metade da sala. Saíram do palco mas foram ovacionados de pé, com uma chuvada de palmas e pés a ba-ter no chão na expectativa de um encore especial. De-pois da banda regressar, foi possível fazer uma espécie de viagem cronológica pela história da banda, com “Nova Estrela”, “Invisível Mundo”, “Sol Vermelho” e “Tudo Importa”.

Em colaboração com artistas de Aveiro ...

Exterior A(c)Tua

Miguel Ângelo @ CCIA noite fria de sábado à noite fazia prever que nem todos os entusia-stas da música de Miguel Angelo e companhia saíssem de casa e caminhassem pelo vento glacial até ao concerto do ex-vocalista dos Delfins no Centro Cultural de Ílhavo. Prometido para as 22h00, o espetáculo começou sem atrasos, embora a sala de espe-táculos tivesse casa meia cheia.

Miguel Angelo entra em palco e a sua guitarra acústica abre o ali-nhamento com o tema Boa Noite, recebido com tímidos aplausos das mãos enregeladas do públi-co, cujo coração continuava por aquecer. Mas o entusiasmo da plateia não demorou muito tempo

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a ser ouvido, logo após a men-sagem de boas vindas oriunda do palco. Precioso foi o segundo tema do alinhamento, com as vozes que batiam nas paredes da sala do CCI a entoarem “É o amor, precioso”. De notar que a voz de Miguel Angelo se mantém incon-fundível, com aquele arrastar da última sílaba que nos prende ao passado e que nos mostra um otimismo que só ele sabe cantar.

Boa Onda foi, então, iniciada com um jogo de luz suave, ritmado e alternado entre sombras e contra-luz (nunca antes tínhamos visto um técnico de luzes tão entusias-mado e apaixonado pela tarefa que desempenhava – em frente àquela mesa de programação dançava-se, batia-se o pé e mo-viam-se braços, e que admirável que era!). Seguiu-se Fica aqui comigo, com o violino de Dal-ila Marques a soar a romance.

Entre os temas do “Primeiro” álbum pós-Delfins, apareceram os inevi-táveis e apetecíveis clássicos dos 25 anos de carreira de uma das mais bem sucedidas bandas por-tuguesas: a Não vou ficar seguiu-se Num sonho teu – uma combinação ao vivo que funciona em parelha desde 1997. A voz do público ga-nhou, finalmente, corpo. Ainda no revival dos anos 90, foi-se bus-car ao baú o tema Só eu te posso ajudar, feito de encomenda para o filme “Zona J”, de Leonel Vieira.

A performance mais intimista do espetáculo conduziu a Sim, onde o músico ensinou os versos chave da “canção mais simples do

álbum”. Sobre a palavra assertiva, comentou “Quando perguntaram ao John Lennon por que é que se tinha apaixonado pela Yoko Ono, lembro-me que a resposta dele falava sobre uma exposição da Yoko, em que tudo era branco e onde numa das salas havia ape-nas um escadote e uma lupa pen-durada no teto, ao qual as pes-soas subiam. Ao olharem pela lupa em direção a um pequeno ponto, liam a palavra ‘sim’… Tão simples quanto isso. E depois já sabemos onde a história foi dar”, arran-cando um sorriso coletivo da cara dos ilhavenses e conterrâneos.

Com Aquele Inverno foi tempo de introduzir a fase introspetiva do concerto, com a lembrança de que, “às vezes, os portugueses têm problemas em lidar com o passado presente”, e com o revisitar das ins-pirações por detrás deste clássico dos Delfins – uma visão individual dos músicos sobre a Guerra Colo-nial. Para cortar o espírito saudosis-ta, Rui Fadigas deixa a sua postura reservada e puxa de um iphone

que usa para tocar e comandar Mareou, ato a que muitos respon-deram com entusiasmo e com um expectável “modernices”.

O ponto alto da noite aconteceu ao som de Um Lugar ao Sol, com Sou como um rio, logo a seguir, a fazer soltar palmas, agora com o coração nas mãos, com as memóri-as a latejar na cabeça e com os primeiros passos de dança assu-midos. O concerto termina com À Espera e com uma consequente ovação em pé, que começou ain-da os músicos não tinham dado descanso aos seus instrumentos.

O pedido de encore foi irresistível e, para o regresso a palco, foi es-colhida Casa dos Sonhos, uma das mais belas canções de “Primeiro”, com um violino a arrancar, sub-limemente, cada recordação.

“Voltámos às canções dos anos 90 e esta é para cantarem con-nosco – não pode ser só o Grân-dola Vila Morena” foi a introdução a Nasce Selvagem que, com a sua carga histórica e querida dos portugueses, adiantou o final de uma noite preciosa na cidade de Ílhavo. Precioso foi o despedir de mais um espetáculo da di-gressão a solo (mas bem acom-panhado) de um dos eternos músicos da pop feita em Portugal.

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“fazer soltar pal-mas, agora com o coração nas mãos”

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There Must Be a Place @ CCGN

Foi em dias de verão que duas talentosas bandas, conversaram a vontade de levar o calor e algo único, mais perto do público por-tuguês. There Must be a Place jun-tou amigos de longa data e co-legas de carreira musical, vindos do grande Porto – Best Youth, o dinamic duo de Ed Gonçalves e Catarina Salinas; We Trust, o pro-jeto do mestre André Tentúgal.

A sala de teto vermelho e cadeiras beges, cobriu-se de tons friorentos, prontos para se deixarem aquecer com as (merecidas) palmas e mo-mentos de dança, que estavam para vir. Sem mais demoras, a ba-teria de Nuno Sarafa entra numa introdução que puxou a banda, um a um, até ao palco. André Tentúgal faz as honras da casa com “Waiting”, o nono tema do alinhamento do seu trabalho em estúdio. Catarina Salinas, a Kate dos BY, entra em cena, com todo o seu carisma e voz nasalada, à qual se junta um instrumental intimista.“Wait for me”, de “Winterlies”, soa a amor e ao que ele obriga. Se Iggy Pop e Mick Jagger estives-sem na plateia, sentir-se-iam ins-pirados para toda a vida, tudo porque a postura dançante de Catarina tem tanto de charme, como o seu batom vermelho. Segue-se “Too kind to mind”, o tema que me fez soltar emo-cionadas palmas descoorde-nadas, em confronto com uma plateia bem mais competente.

Ouve-se “Freedom Bound”, onde um solo saído de uma les paul

branca, tocada por Ed, nos faz viajar por uma road trip sem fim.“Nice face” traz de novo ao palco, a aura Best Youth, com Ed e Cata-rina como personagens principais de uma narrativa de afeto musical, com as interjeições do costume – os ‘uuh’ que arrepiam os cabelos dos recém apaixonados. “Shouts” guardava em si, dinâmicas que revisitavam o sucesso da incon-fundível Róisín Murphy, ainda com os Moloko, em “The Time is Now”.

Ainda dentro do tom, reco-nhece-se a letra da canção

que Stevie Nicks eternizou, “Dreams” dos Fleetwood Mac, e os sorrisos, vêm-se à distância.“Este é o momento para ligarem a alguém especial ou darem a mão à vossa pessoa…mas ve-jam lá a quem dão a mão” an-tecedeu o love is in the air cara-cterístico de “Them Lies” – que é como quem diz, o “momento Miminho” (segundo Catarina).A mística eletrónica chega perto do público com “Hang Out”, um dos mais aclamados temas made in Best Youth, com um baixo (de Fer-nando Sousa) de notas fortes, uma guitarra que canta e um trabalho de teclas, a cargo de Sofia Ribeiro, que nos soa a esperança. Sem in-tervalos, canta-se a pares, Ed+Kate e André+Sofia = “Playground Love”, o original dos Air; mesmo sem Sofia Coppola a assistir, o cenário naquela sala, era perfeito.

O público dançava sentado nas cadeiras mas alguns mais cora-josos responderam ao impulso e levantaram-se. A emoção sal-tava entre o palco e os pezinhos de dança. O vocalista agarrou o momento e pediu para que todos fingissem fazer parte de um coro de Gospel, no acom-panhamento de “Surrender”.

No regresso ao palco, ainda se cantava o refrão de Surrender.“When all the lights are down”, faz aparecer uma melódica que nos conta uma história de embalar. “Esta é mesmo a última!” – afir-mação agridoce do frontman We Trust à qual Catarina acrescentou “Se quiserem sair dos lugares e vir curtir connosco, ainda mais…”, que levantou o público de uma vez por todas e a festa passou para cima das tábuas, ao lado do ensemble de músicos. Gritava-se de pulmões cheios “Façam mais um CD” e as palmas faziam a comemoração de uma noite que a Gafanha da Nazaré não (via e) ouvia há demasiado tempo.Próxima paragem: 30 de mar-ço na Figueira da Foz; mar-ca a última data dos músicos como There Must be a Place.

“este é o momen-to para ligarem a alguém especial”

“de uma narrativa de afeto musical”

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Agenda Cultural

MaioDia 10 - Aurea Teatro Aveirense MúsicaDia 11 - Gerson Baptista Perlimpimpim MúsicaDia 12 - Cuca Roseta Teatro Aveirense Música

Dia 24 - AguArdente @ PT Bar do Estudante MúsicaDia 25 - Concurso Bandas de Garagem C.C. Ílhavo Música

Dia 17 - Magna Tuna Cartola Teatro Aveirense MúsicaDia 18 - Patricia Barber Teatro Aveirense MúsicaDia 18 - TedX Aveiro Univ. Aveiro Conferência

Dia 18 - TedXYouth Aveiro Univ. Aveiro Conferência

Julho

Dia 20 - Guru Teatro Aveirense TeatroDia 27 - As Bodas de Fígaro Teatro Aveirense Música

Dia 26 - 4 Agosto FARAV largo do Rossio Animação

Dia 05/06 - Europa 2020 Univ. Aveiro Conferência

Dia 12/19 - Semana Jovem Município Ílhavo Vários

Junho

Dia 07 - Ritmos Humanos C.C. Gaf. Nazaré Dança

Dia 01 - Dia Mundial da Criança Perlimpimpim Animação

Dia 29 - A(c)tua Fest II Bar do Estudante Música

Dia 01 - Deolinda Teatro Aveirense Música

Dia 10 - Al Di Meola Teatro Aveirense Música

Dia 28 - Cristina Branco C.C. Ílhavo Música

Dia 15 - JIM C.C. Ílhavo Dança

Dia 23 - Cou Cou C.C. Ílhavo Teatro

Dia 23 - S. João GDG Colónia Agrícola Música

Dia 29/30 - 24h GDG Pav. GDG Desporto

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Associação Actua Aveiro

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Próximas Reuniões

12 Julho - Sexta-Feira11 Outubro - Sexta-Feira

Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré

Junta-te a nós !