Revista autopress 40

46
Ano 1, Número 40, 6 de fevereiro de 2015 COM NOVO MOTOR 1.0 DE TRÊS CILINDROS, MARCH IMPULSIONA OS AMBICIOSOS PLANOS DA NISSAN E AINDA: FIAT BRAVO 2016 SALÃO BIKE SHOW TEMPORADA 2015 DA FÓRMULA 1 PICAPES COMPACTAS ALÉM DO HORIZONTE HONDA NC 750X

description

 

Transcript of Revista autopress 40

Page 1: Revista autopress 40

Ano 1, Número 40, 6 de fevereiro de 2015

Com novo motor 1.0 de três Cilindros,marCh impulsiona os ambiCiosos planos da nissan

e ainda:Fiat bravo 2016salão bike show

temporada 2015 da Fórmula 1piCapes CompaCtas

além do horizontehonda nC 750X

Page 2: Revista autopress 40

SumárioEdição dE 6 dE fEvErEiro 2015

EDITORIAL

03 - NissaN March 2015

12 - fiat Bravo 2016

20 - salão BikE show

24 - tEMporada 2015 da fórMula 1

36 - hoNda Nc 750X

Menos pode ser maisO downsizing de motores é cada vez mais co-mum. A Nissan, disposta a garantir cinco mil emplacamentos mensais do March até 2016, aderiu à estratégia e começa a vendê-lo, em mar-ço, equipado com propulsor tricilíndrico de 77 cv. Configuração que a “Revista Auto Press” já testou e estampa a capa desta edição. Novidades também aparecem no “line up” da Fiat, com a linha 2016 do hatch médio Bravo, estrela do Au-toPerfil da semana na versão de topo T-Jet. A temporada 2015 de Fórmula 1 já vive dias agitados. AutoMundo explica tudo sobre o troca-troca de pilotos, novas regras e etapas, crise financeira dos times menores e reedição da lendária parceria entre McLaren e Honda. Além disso, uma matéria mostra que a quinta edição do Salão Bike Show, que aconteceu na semana passada, no Rio de Janeiro, foi decisiva para o futuro do evento. A partir de 2016, ele passa a ser nacional. Ainda no universo de duas rodas, a crossover Honda NC 750X mostra seus dotes em uma avaliação realizada em São Paulo. Já as páginas de TransMundo avaliam o sucesso das picapes compactas nacionais. Afinal, enquanto o mer-cado automotivo registrou queda de 7,1% em 2014, esse segmento subiu em mais de 10% suas vendas.

Boa leitura!

31 - picapEs coMpactas

Page 3: Revista autopress 40

nissan aposta no novo motor 1.0 de trêsCilindros do marCh para CresCer Forte no brasil

teste

teXto e Fotos por luiz humberto monteiro pereiraauto press

para mudarde patamar

Page 4: Revista autopress 40

Q uando a Nissan lançou o March nacional, em maio do ano passado, a proposta era que as vendas do hatch – até então importado do México – subissem das 1.276

unidades vendidas no mês anterior ao lançamento para três mil emplacamentos mensais. Desse modo, retomaria sua melhor mé-dia histórica no Brasil, obtida em 2012, antes que as cotas impostas pelo regime automotivo brasileiro atrapalhassem a performance comercial dos importados. De fato, as vendas do hatch naciona-lizado cresceram gradativamente até atingirem 3.007 unidades emplacadas em dezembro. Em janeiro desse ano, com a média de vendas de automóveis no mercado brasileiro despencando 31% em relação a dezembro, o March também perdeu 11% das vendas – ficou em 2.670 unidades. Mas os planos da Nissan continuam os mesmos: vender 5 mil unidades mensais do March “made in Bra-zil” em 2016 e ter 5% do “share” de carros vendidos no próximo ano. Ou seja, quer dobrar a sua atual “fatia” do mercado nacional. Para chegar lá, conta com o novo motor 1.0 de três cilindros do March, com 77 cv, que chega às concessionárias em março.

Chamada de HR10, a nova motorização 1.0 12V foi desenvolv-ida no Brasil e é derivada da HR12 de 1.2 litro, utilizada em vários países. Fabricada no Complexo Industrial da Nissan em Resende, no Sul do Rio de Janeiro, ela já atende à norma de emissões Pro-conve L6 e substitui o motor 1.0 de quatro cilindros, com 74 cv, que movia as versões mais básicas do March. O antigo propulsor foi preservado apenas na “versão de entrada” Active, que mantém a carroceria anterior ao “facelift” apresentado no Brasil em maio e é vendida por R$ 32.290. Acima dela, já com visual “New March” e o novo motor 1.0 de três cilindros, está a versão Conforto, que custa R$ 35.990. Ar-condicionado e direção elétrica são de série. O March 1.0 S, disponível por R$ 37.990, acrescenta travas, vidros e retrovisores elétricos e chave com telecomando. A versão topo de linha com motor 1.0 é a SV, oferecida por R$ 40.990. Ela já inclui rádio e Bluetooth, farol de neblina, aerofólio, volante com coman-

dos e rodas aro 15. Além dessas, existem as versões com motor 1.6 16 V de quatro

cilindros, com 111 cv – nas configurações de equipamentos S, SV e SL. Tanto o novo motor 1.0 de três cilindros quanto o 1.6 da gama de March e Versa passam a contar com o sistema Flex Start, desen-volvido pela Bosch. Ou seja, dispensam o anacrônico tanquinho para partida a frio com etanol.

Na versão topo de linha 1.6 SL, continua disponível o interes-sante sistema multimídia NissanConnect, a plataforma global da marca japonesa para a conectividade – que foi intensamente ex-plorado na publicidade de lançamento do March nacional. Com tela de 5,8 polegadas sensível ao toque e atendendo a comandos de voz, o sistema inclui GPS e a possibilidade de interagir via Blue-tooth com alguns dos aplicativos mais populares dos smartphones, como Facebook e GoogleSearch. Sob medida em tempos onde a “conectividade-dependência” não para de se alastrar.

Page 5: Revista autopress 40

ponto a pontoDesempenho – Com o baixo peso de 964 kg, os 77 cv da versão 1.0 SV avaliada dão uma boa relação de 12,51 kg/cv. O resultado disso é que o novo motor move o hatch com celeridade. Em relação ao motor de quatro cilindros usado anteriormente, o comportamento está mais esperto em giros menores, com o torque de 10 kgfm aparecendo mais cedo. Algo que sempre agrada quem dirige no trânsito urbano. Nota 7.Estabilidade – O hatch da Nissan não torce muito e tem uma suspensão que deixa a carroceria rolar pouco nas curvas. Para de forma adequada quando solicitado e, em altas velocidades, se beneficia bastante da direção elétrica. A direção, que é absolutamente “leve” nas manobras de estacionamento, torna-se mais rígida em velocidades elevadas e dá a sensação de total controle do carro. Nota 8. Interatividade – Os comandos do March são bem posicionados. A transmissão manual de cinco velocid-ades tem engates corretos, apesar de ser um tanto áspera. Conectar o celular ao Bluetooth do sistema de som da versão 1.0 SV é bastante simples. A retrovisão é boa, tanto nos espelhos externos quanto no interno, favore-cido pelo amplo vidro traseiro. Nota 7.Consumo – Segundo o InMetro, o novo March 1.0 de três válvulas atinge médias de 8,8/12,9 km/l com etanol em trecho urbano e estrada, respectivamente. Com gaso-

Page 6: Revista autopress 40

lina, os números sobem para 10,3/15,1 km/l. O resultado foi a nota “A” no Programa Brasileiro de Etiquetagem, tanto na categoria quanto no geral. Na avaliação, com gasolina no tanque e em trânsito urbano, a média ficou em 13 km/l. Nota 10. Conforto – A suspensão é até decente e absorve as ir-regularidades do terreno com razoável competência. Já o isolamento acústico não é assim tão eficaz. Ruídos do motor e da rodagem tem acesso ao interior da cabine. Os bancos também não chegam a estar entre os mais confor-táveis da categoria. Nota 6.Tecnologia – A grande novidade da linha 2015 do March é mesmo o novo motor 1.0 flex de três cilindros, que é uma derivação do 1.2 de três cilindros a gasolina adotado na Ásia. O propulsor é moderno e leve, com cabeçote e bloco em alumínio, além de abolir o “tanquinho” de gasolina que facilita a partida a frio nos motores “flex” mais antigos. A direção eletricamente assistida ainda é um diferencial tecnológico importante no segmento. A versão 1.0 SV avaliada vem com uma interessante lista que conta com CD Player com entrada auxiliar para MP3 Player/iPod, conector USB, Bluetooth, quatro alto-falantes, retrovisores elétricos e volante multifuncional. Nota 8.Habitabilidade – Na frente, os ocupantes do March até se instalam bem. Já quem viaja atrás não tem tanta fartura de espaço. Apenas duas pessoas conseguem viajar ali decentemente. Um eventual terceiro ocupante do banco traseiro sentado no meio não contaria sequer com

Page 7: Revista autopress 40

apoio de cabeça – uma falha lamentavelmente comum no segmento de compactos. Entrar e sair do March é até fácil, mas os vãos para guardar objetos de uso pessoal são pouco funcionais. O porta-malas leva módicos 265 litros. Nota 6.Acabamento – No March, os plásticos rígidos dominam todo o interior. Não é preciso procurar demais para encontrar peças que apresentam rebarbas – os para-sóis, por exemplo. Certos detalhes do habitáculo, como a luminária frontal, parecem pobres demais para o padrão do carro e comprometem o conjunto. Já os puxadores das portas cromados ajudam a melhorar o aspecto. O volante herda o estilo dos que equipam os sedãs Sentra e o Altima. A padronagem dos bancos é simples, mas as costuras duplas contribuem para reforçar a aparência geral. Nota 6.Design – As discretas mudanças no conjunto ótico e grade dianteira em relação àquele March que vinha importado do México modernizaram um pouco o hatch compacto da Nissan. Em termos estilísticos, o modelo se posiciona dentro da média da concorrência no segmento. Não é o que há de mais moderno e estiloso, mas também está longe de ser o mais antiquado. Nota 7.Custo/benefício – Os valores de R$ 35.990 na versão Conforto, R$ 37.990 na versão S e R$ 40.990 na “top 1.0” SV são elevados, mas ainda competitivos em relação ao segmento. Nota 8.Total – O Nissan March 1.0 SV somou 73 pontos em 100 possíveis.

Page 8: Revista autopress 40

primeiras impressões

melhor de trêsRio de Janeiro/RJ - A apresentação do novo motor de três cilindros do March foi feita num agradável trajeto pela orla da Zona Oeste carioca, saindo da Barra da Tijuca e passando pela praias do Pontal e do Recreio do Bandeirantes até atigir a Prainha e depois Grumari. A versão testada era a SV, a mais bem equipada com motor 1.0

Um destaque do novo propulsor é a otimização da curva de torque. O torque máximo passou a ser entregue 350 giros antes do que no motor quatro cilindros e é ofertado com mais fartura desde os giros mais baixos, o que resulta em retomadas mais dispostas. O torque redesenhado dá uma agradável agilidade ao compacto no trânsito urbano. O March já era um carro interessante de dirigir, mas agora tornou-se mais diver-tido. Efetivamente, entrega mais prazer ao dirigir. Se o câmbio oferecesse trocas um pouco menos ásperas, seria ainda melhor. Já a direção elétrica é perfeita: sem peso algum nas manobras de esta-cionamento e prudentemente rígida nas altas velocidades.

Uma desvantagem esperada em um

motor de três cilindros seria a trepida-ção, causada pelo fato dos cilindros das extremidades do motor se moverem em sentidos opostos. Contrapesos foram acrescentados pela Nissan para minimizar o problema. Aparentemente, com sucesso. A ampliação da vibração em relação ao motor de quatro cilindros existe, mas é relativamente sutil.

No March 1.0 de três cilindros, que chegará às concessionárias em março, o consumo impressionou bem. Ao longo do percurso, realizado sempre em perímetro urbano e com gasolina no tanque, o computador de bordo indicou médias próximas a 13 km/l. Com o ar condicionado providencialmente ligado para enfrentar o verão carioca.

Page 9: Revista autopress 40

FiCha téCniCa

nissan marCh 1.0 svMotor: dianteiro, transversal, 3 cilindros em linha, 12 válvulas, comando duplo varável na admis-são, flex.Transmissão: Câmbio manual de cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Não oferece controle de tração.Potência: 77 cv com gasolina/etanol a 6.200 rpm Torque: 10 kgfm com gasolina/etanol a 4.000 rpm Diâmetro e curso: 78 mm X 69,7 mm. Taxa de compressão: 11,2:1.Suspensão: Dianteira indepen-dente do tipo McPherson com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira por eixo de torção com molas helicoidais e amortecedores hidráulicos.Pneus: 185/60 R15Freios: Discos ventilados na frente e tambores atrás. ABS com EBD e assistência de frenagem.

Carroceria: Hatch compacto em monobloco com cinco portas e cinco lugares. Com 3,83 met-ros de comprimento, 1,67 m de largura, 1,53 m de altura e 2,45 m de entre-eixos. Peso: 964 kg.

Capacidade do porta-malas: 265 litros.Tanque de combustível: 41 litros.Produção: Resende, Brasil.Lançamento mundial: 2013.Lançamento no Brasil: 2014.Itens de série: Ar-condicionado,

Page 10: Revista autopress 40

banco do motorista com regu-lagem de altura, computador de bordo, desembaçador traseiro com temporizador, direção elétrica progressiva, para-sol com espelhos cortesia para motorista e passageiro, porta-malas com ilu-minação, tampa de combustível com abertura interna, volante com regulagem de altura, chave com telecomando para abertura e fechamento das portas e do porta-malas, maçanetas internas cromadas, retrovisores, travas e vidros dianteiros e traseiros elétricos, aerofólio com brake light e lâmpada de leds, Blue-tooth, volante multifuncional, maçanetas externas na cor da carroceria, moldura da grade inferior cromada, farol de neblina com acabamento cromado, CD Player com entrada auxiliar para MP3 Player/iPod, conector USB, quatro alto-falantes e rodas de liga leve aro 15.Preço: R$ 40.990.

Page 11: Revista autopress 40

desCendo a ladeiraDe acordo com os dados divulgados pela Fenabrave, a Federa-

ção Nacional da Distribuição de Veículos Automotores , janeiro apresentou queda de 31,4% nas vendas automotivas no Brasil se comparado com o mês anterior. O resultado negativo continua quando a comparação é em relação ao mesmo período do ano passado: redução de 18,9%. E a situação ficou ainda mais preocu-pante para o Volkswagen Gol, que ostentou a liderança durante 27 anos e terminou janeiro como o oitavo veículo mais emplaca-do do país. A liderança no primeiro mês de 2015 segue com o Fiat Palio, seguido pelo Chevrolet Onix.

O segmento de duas rodas também apresentou retração, porém, a menor de todas. Queda de 14,9% em comparação ao ultimo mês do ano passado e 18,7% frente a janeiro de 2014. Já entre os ônibus e caminhões, houve queda de 38,9% em relação a dezembro e 23% ao mesmo período do ano passado. O presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção, ressalta o fim do desconto do IPI – imposto sobre produto industrializado – e o fraco desem-penho da economia brasileira como os principais fatores para os resultados negativos. Mesmo assim, prevê um 2015 melhor que 2014.

raCionalidade ambientalApós o anúncio de investimentos na criação de novas tecno-

logias e conectividades para seus veículos, a Ford agora também foca seus olhares em pesquisas para a produção e o uso em larga escala de fibra de carbono. A parceria da empresa americana juntamente com a DowAksa e o Departamento de Energia dos Estados Unidos visa justamente a produção desse material com baixo custo.

Alguns modelos, como o Ford Mustang Shelby GT350 e o conceito Ford GT, já apresentam esse material, que se destaca por aliar resistência e baixo peso. A iniciativa faz parte do plano “Blueprint for Sustentability”, que visa diminuir o consumo de combustível e, consequentemente, as emissões de poluentes, sem atrapalhar o desempenho do veículo.

CoCktailApós reunião com o Ministro da Casa Civil, Aloizio Mer-

cadante, e representantes do setor de produção de etanol, o pres-idente da Anfavea, a Agência Nacional de Fabricante de Veículos Automores, Luiz Moan, deu “sinal verde” para o aumento da porcentagem de álcool anidro sobre a gasolina, dos atuais 25% para 27%. Porém, o projeto ainda terá de ser aprovado e até o momento, nada está definido.

De acordo com Moan, testes de durabilidade nos automóveis estão sendo feitos e, quanto ao desempenho, não houve indícios de problemas. Já para a gasolina Premium, a proposta é que o teor não seja alterado. De acordo com a entidade, o índice de 27% foi escolhido – e não o de 27,5%, como sugeriu a ministra da agricultura, Katia Abreu – porque os postos não possuem provetas para verificar a qualidade do combustível com resul-tado de número fracionado.

Page 12: Revista autopress 40

autoperFil

por márCio maioauto press

Fiat bravo 2016 reCebe reestilização paratentar ampliar suas vendas em 20% neste ano

Forma eConteúdo

Foto

s: m

árCi

o m

aio

/Czn

Page 13: Revista autopress 40

P lanejar metas no setor automotivo é ar-riscado. E a Fiat sabe disso. Quando lançou o hatch médio Bravo, no final de 2010, a marca

italiana almejava conquistar o posto de segundo lugar da categoria. Queria bater o vice-líder Ford Focus e tentar incomodar o Hyundai i30, que reinava absoluto na pri-meira posição. Quatro anos depois, porém, a realidade foi outra. O modelo amarga uma média mensal de 370 unidades emplacadas por mês, ganhando apenas dos representantes de marcas de luxo, como Audi, Mercedes e BMW. Agora, ao colocar nas concessionárias a linha 2016 do Bravo, os planos da Fiat são bem mais modes-tos. O que a fabricante quer é elevar suas vendas em 20%.

As mudanças visuais são sutis, mas significativas. Suas linhas estão mais marcadas e, com isso, a impressão que se tem é de que o carro cresceu – mas é só im-pressão. Para-choques, molduras de lanternas e de faróis e grade foram renovados, dando mais robustez à dian-teira. Atrás, os para-choques também foram redesen-hados e defletores de ar, novas lanternas com molduras pretas e spoiler traseiro reforçam a identidade esportiva que a Fiat sempre quis dar ao modelo. E o perfil se destaca por rodas de liga leve com desenhos exclusivos para cada versão e minissaias laterais na cor do veículo.

O habitáculo também passou por uma reformula-ção. Agora tem nova iluminação branca nos comandos internos e uma grafia diferente no quadro de instrumen-

Page 14: Revista autopress 40

tos. Desde o mais barato ao mais caro, conta com apoio central para o braço rebatível com porta-copos no banco traseiro. Além disso, traz o sistema de entretenimento Uconnect Touch. Nele, funções de mídia e telefone são comandadas por voz a partir de um toque no volante multifuncional – revestido em couro. Ele tem tela touchscreen de cinco polegadas que pode reproduzir a imagem da câmara de ré e aceita audio streamming, Bluetooth e USB compatível com Ipod e Iphone, além da entrada auxiliar. E fica disponível ainda o Uconnect touch NAV, que adiciona navegação GPS.

O Bravo 2016 é oferecido em quatro versões: Essence 1.8 16V, Sporting 1.8 16V, T-Jet 1.4 16V Turbo e a versão especial Blackmotion 1.8 16V, herdada de outros car-ros do “line up” da Fiat. Todas as configurações com a motorização 1.8 têm potência de 132/130 cv com etanol/gasolina no tanque e câmbio mecânico de cinco marchas ou a opcional transmissão automatizada Dualogic Plus. Já o esportivo Bravo T-Jet – o topo de linha – entrega 152 cv com seu propulsor turbo e torque máximo de 21,1 kgfm, que se mantém constante entre 2.250 rpm até 4.500 rpm, podendo chegar até os 23 kgfm a 3.000 rpm quando acionado o sistema Overbooster – que aumenta a pressão do turbo e a sensibilidade do pedal do acelera-dor e endurece a direção, realçando a vocação esportiva da versão.

Um dos trunfos da Fiat para incrementar as vendas do Bravo é a boa lista de itens de série. Além do sistema

Page 15: Revista autopress 40

de entretenimento Uconnect, a versão de entrada Es-sence já tem ar-condicionado com saída também para os ocupantes do banco traseiro, rodas de liga leve de 16 polegadas, computador de bordo completo e bancos e volante reguláveis em altura, por R$ 61.990. A versão Sporting incorpora rodas de liga leve aro 17 e faróis e ponteira de escapamento com saída dupla cromada de visual esportivo, além da suspensão com acerto diferenciado, e custa R$ 67.990. O Bravo Blackmotion tem preço de R$ 68.990 e é o único que já vem com Uconnect com navegador. Traz ainda bancos em couro, ar-condicionado automático de duas zonas, sensor de estacionamento e, assim como o Sporting, a suspensão com acerto esportivo.

Já a “raivosa” versão T-Jet adiciona assistente de par-tida em rampa, teto solar para os bancos dianteiros e tra-seiros e controle eletrônico de estabilidade e tração, além de outros “mimos” típicos de configurações de topo, mas cobra iniciais R$ 78.490 e não tem bancos de couro de fábrica. A configuração turbinada pode chegar aos R$ 94.581 se adicionados todos os opcionais disponíveis, o que inclui cinco airbags – apenas os frontais são de série –, bancos parcialmente em couro, faróis de xênon com limpador automático, sistema de monitoramento de pressão dos pneus, rebatimento elétrico dos retrovi-sores externos, retrovisor interno eletrocrômico, sensor crepuscular, de chuva e de estacionamento dianteiro e o sistema Uconnect com GPS.

Page 16: Revista autopress 40

primeiras impressões

CapaCidades múltiplas

Atibaia/SP – O Fiat Bravo é um hatch médio que alia um espaço interno con-siderável, bom porta-malas de 400 litros e pegada esportiva. Mas essa vocação mais apimentada só se liberta de fato na configuração T-Jet, disponibilizada para o teste. O 1.4 turbo que ela esconde sob o motor acelera bem o modelo, fazendo-o chegar rapidamente aos 100 km/h. Aliás, difícil é controlar o desejo de levar o modelo aos seus limites – a maior parte do percurso tinha limite de velocidade entre 80 km/h e 110 km/h.

Mesmo em trechos com curvas mais acentuadas, tudo se manteve dentro do controle. E sem qualquer sinal de que não ficaria. Até porque a versão tem controle eletrônico de estabilidade, ou seja, eventuais excessos podem ser corrigidos pelo próprio carro. Mas a suspensão esportiva, que favorece a es-tabilidade, cobra seu preço no conforto. Qualquer desnível do piso se traduz em algum impacto na cabine. O isolamento acústico é eficiente o suficiente para não trazer irritação com um som ensurdece-dor, mas também não abafar o ronco in-stigante do propulsor quando se carrega

com vontade o pedal do acelerador. O Fiat Bravo T-Jet fica devendo

um pouco nas saídas, já que o torque máximo de 21,1 kgfm só aparece a partir de 2.250, mantendo-se constante até os 4.500 giros. Mas nada que um alguém que tenha em sua rotina mais trechos urbanos vá lamentar tanto. E a sensação

de esportividade é ampliada com o câmbio manual de seis marchas, que tem escalonamento correto e engates precisos. Mas, como a maior parte das versões esportivas, a T-Jet é pura vitrine na gama Bravo. Até sua linha 2015, só correspondia a 5% das unidades emplacadas.

Foto: divulgação

Page 17: Revista autopress 40

FiCha téCniCa - Fiat bravo 2016

Motor 1.8: A gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.747 cm³, com quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro e comando simples no cabeçote. Acelerador eletrônico e injeção eletrônica multiponto sequencial.Transmissão: Câmbio manual com cinco marchas à frente e uma a ré ou opcional automatizado de cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira.Potência máxima: 130 cv com gasolina e 132 cv com etanol a 5.250 rpm.Torque máximo: 18,4 kgfm com gasolina e 18,9 kgfm com eta-nol a 4.500 rpm.Diâmetro e curso: 80,5 mm X 85,8 mm. Taxa de compressão: 11,2:1.Velocidade máxima: 193 km/h.Aceleração 0-100 km/h: 9,9 segundos. Motor 1.4 turbo: A gasolina, dianteiro, transversal, 1.368 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro e coman-do duplo de válvulas no cabeçote. Turbocompressor, intercooler, injeção eletrônica multiponto sequencial e acelerador eletrônico. Transmissão: Câmbio manual de seis marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Possui controle eletrônico de tração.Potência máxima: 152 cv a 5.500 rpm. Torque máximo: 21,1 kgfm entre 2.250 e 4.500 rpm. Com o Overbooster ligado: 23,0 kgfm a 3 mil rpm.Diâmetro e curso: 72 mm x 84 mm. Taxa de compressão: 9,8:1.Aceleração 0-100 km/h: 8,7 segundos.Velocidade máxima: 206 km/h.Suspensão: Dianteira do tipo McPherson com rodas indepen-dentes, braços oscilantes e barra estabilizadora. Traseira do tipo eixo de torção, com rodas semi-independentes e barra estabili-

zadora. Suspensão com acerto esportivo nas versões Sporting, Blackmotion e T-Jet. Controle eletrônico de estabilidade na versão T-Jet. Pneus: 205/55 R16 (Essence) e 215/45 R17 (Sporting, Blackmo-tion e T-Jet).Freios: Discos ventilados na frente e sólidos atrás. Oferece ABS com EBD.Carroceria: Hatch em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,37 metros de comprimento, 1,79 m de largura, 1,49 m de altura e 2,60 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais de série.Peso: 1.376 kg (Essence), 1.411 kg (Blackmotion), 1.418 kg (Sporting) e 1.435 kg (T-Jet) Capacidade do porta-malas: 400 litros.Tanque de combustível: 58 litros.Produção: Betim, Minas Gerais.Lançamento na Europa: 2007.Lançamento no Brasil: 2010.Itens de série: Essence: airbag duplo, alarme, alertas de limite de velocidade e de manutenção programada, apoia-braço central no banco do motorista com vão refrigerado, ar-condicionado com saída de ar para o banco traseiro, banco do motorista e volante com regu-lagem de altura, banco traseiro bipartido com apoia-braço cen-tral e porta-copos, brake light, chave canivete com telecomando para abertura das portas, vidros e porta-malas, comando elétri-co de abertura da tampa do tanque de combustível, computador de bordo A e B, direção elétrica, faróis de neblina, piloto au-tomático, retrovisores externos, vidros e travas elétricos, rodas de liga leve de 16 polegadas, spoiler na tampa traseira, sistema

Page 18: Revista autopress 40

de entretenimento com tela sensível ao toque de cinco polegadas e comandos de voz, Bluetooth, audio streaming, entrada auxiliar, USB, MP3 e rádio e volante em couro multifuncional. Preço: R$ 61.990. Opcionais: câmbio automatizado com trocas manuais no vo-lante, rebatimento elétrico dos retrovisores externos, sensor de estacionamento traseiro e dianteiro, ar-condicionado automático dualzone, som Hi-fi com subwoofer, sensor de chuva e crepuscu-lar, retrovisor interno eletrocrômico e sistema de entretenimento com GPS e câmara de ré. Preço completo: R$ 73.170. Sporting: adiciona faixas laterais e soleiras personalizadas, faróis com acabamento esportivo, pomo da alavanca de câmbio e coifa do freio de mão com acabamento em couro, ponteira de escapa-mento esportiva com saída dupla cromada, rodas de liga leve com 17 polegadas, suspensão com acerto esportivo, teto solar elétrico Skydome. Preço: R$ 67.990. Opcionais: câmbio automatizado com trocas manuais no volante, rebatimento elétrico dos retrovisores externos, sensor de estacio-namento traseiro e dianteiro, ar-condicionado automático dual-zone, som Hi-fi com subwoofer, sensor de chuva e crepuscular, retrovisor interno eletrocrômico, sistema de entretenimento com GPS e câmara de ré e bancos revestidos parcialmente em couro. Preço completo: R$ 81.654. Blackmotion: adiciona ar-condicionado automático dualzone, bancos revestidos parcialmente em couro com bordado Black-motion, faixas laterais e soleiras personalizadas, sensor de esta-cionamento traseiro, spoiler na tampa traseira, sistema de entre-tenimento com GPS e câmara de ré e volante com regulagem de profundidade. Preço: 68.990. Opcionais: câmbio automatizado com trocas manuais no volante, câmara de ré, rebatimento elétrico dos retrovisores externos, sensor de estacionamento dianteiro, som Hi-fi com subwoofer, sensor de chuva e crepuscular, retrovisor interno eletrocrômico,

airbags de joelho, cortina e laterais, teto solar Skydome e banco do passageiro com regulagem de altura. Preço completo: R$ 84.630. T-Jet: Adiciona: bancos dianteiros com regulagem de altura, con-troles eletrônicos de estabilidade e tração, assistente de partida em rampas, overbooster com botão no painel, pinças de freio dian-teiras e traseiras pintadas em vermelho, recobrimento esportivo dos pedais e apoia-pé e teto solar Skydome. Preço: R$ 78.490. Opcionais: rebatimento elétrico dos retrovisores externos, sensor de estacionamento dianteiro, som Hi-fi com subwoofer, sensor de chuva e crepuscular, retrovisor interno eletrocrômico, sistema de entretenimento com navegador e câmara de ré, sistema de moni-toramento da pressão dos pneus, faróis de xênon com limpador automático, airbags de joelho, cortina e laterais e bancos revesti-dos parcialmente em couro. Preço completo: R$ 94.581.

Page 19: Revista autopress 40

Cabelos ao vento A pós reunir jornalistas do mundo inteiro, a BMW anunciou

o lançamento oficial da versão conversível de seu Série 2 nos Estados Unidos. A configuração com teto retrátil es-

tará disponível nas versões 228i e M235i, onde também ficará dis-ponível a opcional tração integral.

O modelo 228i guarda sob o capô um motor 2.0 de 248cv e 35,6 kgfm de torque. Já a versão esportiva M235i é equipada com um pro-pulsor capaz de render 340 cv de potencia e 45,8 kgfm de torque. A BMW ainda não confirma a presença do Série 2 conversível no Brasil. Nos Estados Unidos, os valores ficam em US$ 37 mil dólares para o 228i e U$$ 47.700 para a versão mais “apimentada” M235i, ou seja, cerca de R$ 101 mil e R$ 130 mil, respectivamente.

balanço global - A Harley-Davidson registrou crescimento de 2,7% em suas vendas globais em 2014. Nos Estados Unidos, a marca apresentou aumento de 1,3%, enquanto a expansão na América Lati-na chegou a 2,1%. A região Ásia-Pácifico foi a que mais cresceu, com 11,8% de aumento. O bloco Europa, Oriente Médio e África também apresentou números positivos, com 6,4% de crescimento. O destaque negativo ficou por conta do Canadá, onde as vendas despencaram 10,8%.

No Brasil, a Harley-Davidson apresentou queda de 2%, resultado que permitiu à concorrente BMW fechar o ano passado com mais vendas – 7.848 unidades contra 7.586. Após o resultado negativo, a matriz realizou mudanças no comando da subsidiária brasileira. O diretor superintendente Longino Morawski – no posto desde 2011, ano que a marca entrou oficialmente no mercado brasileiro – foi sub-stituído interinamente por Antonio Cantero, que ocupava o cargo de diretor regional de Desenvolvimento de Varejo para a América Latina na subsidiária de Miami, Estados Unidos.

um quê de megalomania – A Audi já cogita a criação de um novo SUV premium. De acordo com a equipe de engenharia da montadora, a empresa trabalha na criação de um utilitário maior que o Q7 e voltado para mercados em ascensão – caso da China, Estados Unidos e Oriente Médio. A iniciativa é, na verdade, um reflexo das previsões otimistas do setor automotivo. Estima-se que esse mercado cresça entre 10% e 13% nos próximos anos. A ideia é lançar o modelo até 2020 e, provavelmente, nomeá-lo como Q8.

voando baiXo – A Ford está preparando uma versão ainda mais potente para o hatch Fiesta. O projeto é da divisão esportiva da mar-ca, a Ford Performance. A atual versão “mais endiabrada”, a Fiesta ST, é equipada com motor EcoBoost 1.6 de 200 cv e 27,8 kgfm de torque. A intenção é que a nova configuração atinja um desempenho ainda mais expressivo e que ela apareça no mercado entre 2016 e 2017.

Page 20: Revista autopress 40

vitrine

por márCio maio

auto press Foto

s: isa

bel a

lmei

da/

Czn

aCeleração gradual e progressiva

salão bike show CresCe a Cada ano e ganhaForça no Calendário automotivo naCional

Page 21: Revista autopress 40

O Salão Bike Show, realizado anualmente no Rio de Janeiro, sempre carregou uma imagem regional. Mas o evento de motocicletas carioca ganhou

força aos poucos. E em 2015, depois de registrar mais de 80 mil visitantes e 120 expositores de 150 marcas entre 29 de ja-neiro e 1º de fevereiro últimos, a quinta edição do evento se encerrou com uma novidade para o público: a partir do ano que vem, afasta de vez a ideia de “moto show” fluminense para tentar se firmar, de vez, no calendário automotivo nacional. E, para isso, ganhará até outro nome: “Salão Moto Brasil”, já confirmado entre 28 e 31 de janeiro de 2016, no RioCentro, na Barra da Tijuca, bairro da Zona Oeste carioca. “Melhoramos a divulgação e conseguimos aumentar o nosso público em mais de 20%”, valoriza Gustavo Lorenzo, organizador do Salão.

Os visitantes puderam apreciar modelos de diversas mar-cas, como Harley-Davidson, Suzuki, BMW, Honda e Yamaha. Mas estas duas últimas se diferenciaram das outras em um ponto: participaram com estandes próprios das fabricantes e não de grupos ou concessionários locais. Uma iniciativa que Lorenzo acredita que vai estimular adesão entre as outras fab-ricantes a partir do próximo ano. “Estamos trabalhando para que isso aconteça. Até porque algumas marcas que vieram representadas por concessionárias receberam apoio das fábri-cas”, justifica.

No estande da Honda, o maior de todos – eram 560 m² de área –, as principais atenções estavam voltadas para a NXR 160 Bros, a CG 150 Titan CBS – com um sistema de freios combinados, uma tradução livre para Combined Braking Sys-tem – e, principalmente, para o seu mais novo lançamento no

Page 22: Revista autopress 40

Brasil, a NC 750X. A marca japonesa também realizou test rides de alguns modelos expostos nos quatro dias de evento.

A Yamaha decorou seu espaço com boa parte de seu “line up”, mas deixou em local privilegiado a raivosa MT-09. A moto une elementos de naked e de motard e traz um pequeno painel de instrumentos digital e lanternas de leds. O “detalhe” fica na dianteira, em cima do farol, onde há a sensação da falta de uma parte da carenagem. E no motor, que desenvolve 115 cv a 10 mil rpm, além de um torque de 8,9 kgfm a 8.500 giros.

A Kawasaki Motores do Brasil marcou presença através do seu concessionário carioca Moto Flecha, expondo modelos como as cobiçadas Ninja ZX-10R, 650 e 300, além da super naked Z1000. Já a BMW foi representada pela revenda Au-tokraft e colocou em destaque a R Nine T, que comemorou, em 2013, os 90 anos da BMW Motorrad. O modelo foi inspi-rado na R 32, a primeira da história feita pelo departamento de motos alemão, em 1923. Ela tem visual clássico como os faróis redondos e traz o tradicional propulsor boxer bicilín-drico refrigerado a ar/óleo com 110 cv de potência e 12,1 kgfm de torque.

Além de servir de vitrine para os modelos de motocicletas à venda no Brasil, a quinta edição do Salão Bike Show reser-vou atrações para públicos de diversas idades. Um auditório recebeu palestras ministradas por expositores e convidados, entre eles o piloto de teste Leandro Mello. Para crianças, um espaço infantil reuniu brincadeiras com lições de noções de educação no trânsito. Houve ainda a primeira edição do Con-curso de Motos Customizadas, cujas 12 finalistas ficaram ex-postas para que os visitantes escolhessem a vencedora.

Page 23: Revista autopress 40

marketing oportuno – O aumento do fluxo nas estradas e a alta concentração de pessoas nas regiões litorâneas durante o Carnaval mexem também com o número de incidentes no trânsito dessas regiões. Para evitar transtornos, a SulAmérica Seguros res-ervou para essas localidades um contingente extra de prestadores com os serviços de socorro mecânico, reboque e chaveiro. A ini-ciativa faz parte de um planejamento específico para o verão e se estenderá até 1º de março de 2015, nas regiões Sudeste e Nordeste.

segurança ampliada – O Contran – Conselho Nacional de Trânsito – publicou resolução no Diário Oficial da União que determina que os cintos de segurança de três pontos com retrator e apoios de cabeça sejam obrigatórios para todos os assentos de carros novos vendidos no Brasil a partir de 2020. No mesmo ano, passarão a ser indispensáveis os ganchos para cadeirinhas do tipo Isofix ou Latch em pelo menos um dos assentos traseiros.

inCentivo ambiental – A preocupação com as questões am-bientais está favorecendo as fabricantes que apostam em veículos elétricos na França. O governo iniciou um programa de incentivo à compra desses modelos em substituição aos movidos a diesel – que representam cerca de 80% da frota do país. Quem trocar seu carro velho a óleo por um novo a eletricidade receberá 10 mil euros, o equivalente a R$ 29 mil. O benefício é válido para donos de au-tomóveis com mais de 13 anos de uso.

por pouCo – De acordo com a consultoria Jato Dynamics do Brasil, a queda para o 5° lugar global nas vendas de automóveis em outubro último não tirou o Brasil da quarta colocação no balanço final do ano passado. Foram 3.328.958 unidades vendidas no país em 2014, contra 3.261.276 da Alemanha. China, Estados Unidos e Japão lideram, respectivamente, a lista dos três maiores mercados automotivos mundiais.

Consumidores do Futuro - A Ford aproveitou sua par-ticipação na Campus Party, a maior reunião de desenvolvedores de tecnologia da América do Sul, para anunciar que o Brasil será o nono país a sediar o Desafio da Mobilidade Ford. Pelo terceiro ano consecutivo, a Ford é a única empresa automobilística a partici-par do evento, que reúne um público voltado ao desenvolvimento de aplicativos e tecnologia da informação. O objetivo do Desafio da Mobilidade Ford é estimular a criação de novas soluções para questões de mobilidade urbana.

Durante a Campus Party, acontecerá no estande da Ford a chamada “Rackathon” – uma maratona de jovens desenvolvedores de softwares, que proporão novas aplicações para o sistema de entretenimento Sync, comum à linha de veículos da marca. Para ganhar pontos com os “nerds” locais, a Ford trouxe para o evento paulistano a sua gerente global de Pesquisa da Mobilidade no Fu-turo, Erica Klampfl. “A Ford não quer ser apenas uma fabricante de automóveis, mas também uma empresa de mobilidade. Com o objetivo de mudar a forma como o mundo se move e ser um facil-itador na solução dos crescentes desafios de transporte ao redor do mundo”, explicou a executiva norte-americana.

Page 24: Revista autopress 40

Com honda de volta, vettel na Ferrari e alonso na mClaren, temporada 2015 da Fórmula 1 promete Fazer barulho

por raphael panaroauto press

automundoFo

tos:

div

ulg

ação

promessase dívidas

Page 25: Revista autopress 40

O início da temporada 2015 da Fórmula 1 só acontece no dia 15 de março em Melbourne, na

Austrália. Mas a principal categoria do au-tomobilismo mundial já vive dias bastantes agitados. As expectativas para o campe-onato de 2015 foram criadas ainda em 2014, quando começaram os “burburinhos” sobre troca-troca de pilotos, novas regras e etapas, crise financeira dos times menores, a con-firmação do brasileiro Felipe Nasr na Sau-ber e a reedição da lendária parceria entre McLaren e Honda.

Com equipe de fábrica, a Honda deixou o circuito da Fórmula 1 no fim 2008. Agora, a marca japonesa substitui a Mercedes-Benz como fornecedora de motores da McLaren e tenta obter o mesmo sucesso do final dos anos 1980 e início dos 1990, quando o time inglês conquistou quatro títulos de pilotos e construtores em cinco anos – três de Ayrton Senna e um de Alain Prost. Para tentar es-crever essa nova história, a McLaren trouxe um reforço de peso. O bicampeão Fernando Alonso deixou seu contrato de mais três anos com a Ferrari e voltou a McLaren de-pois de uma fracassada passagem em 2007. “Tenho negócios inacabados aqui”, disse no anúncio oficial. Alonso terá como compan-heiro o experiente inglês Jenson Button. Já Kevin Magnussen, titular em 2014, será pi-loto de testes.

Com a ida de Alonso para a McLaren, um assento ficou vago na Ferrari. Mas não

Ferrari sF15-t

toro rosso str10

Page 26: Revista autopress 40

por muito tempo. Ainda em 2014, a escu-deria italiana confirmou a contratação de Sebastian Vettel. O quatro vezes campeão mundial teve um ano difícil na Red Bull Racing e decidiu realizar seu sonho de in-fância: guiar o icônico carro vermelho. “É um pouco estranho ver todo mundo de ver-melho ao meu redor, mas é muito especial e estou ansioso pelo desafio que terei nos próximos três anos”, resumiu. Ao lado de Vettel estará o finlandês Kimi Raikkonen – campeão em 2007. Para o lugar do alemão, a RBR trouxe o jovem russo Daniil Kvyat, de 20 anos, da Scuderia Toro Rosso – também patrocinada pela empresa de energético.

Apesar das faíscas durante a temporada passada, a dupla de pilotos da Mercedes-Benz composta pelo inglês e bicampeão Lewis Hamilton e o alemão Nico Rosberg está mantida. Outra equipe que renovou o contrato de ambos os pilotos foi a Williams. Após ser um dos protagonistas da F1 em 2014, o time de Frank Williamn terminou o mundial de construtores em terceiro lugar graças ao trabalho do finlândes Valteri Bot-tas e de Felipe Massa. Massa, inclusive, terá a companhia de outro brasileiro no grid de largada. O brasiliense Felipe Nasr, que pas-sou 2014 como piloto de testes da Williams, acertou com a Sauber e será companheiro do sueco Marcus Ericsson. A Toro Rosso apostou em uma novata dupla formada pelo holandês Max Verstappen – que tem apenas 17 anos – e Carlos Sainz Jr. O espanhol de

lotus e23 hybrid

mClaren mp4-30

Page 27: Revista autopress 40

20 anos é filho de Carlos Sainz, ex-campeão mundial de rali.

Mas nem só de glamour vive a F1. Des-de o final da temporada passada, Marussia e Caterham batalham para competir em todos os GPs. Tanto que as duas equipes “faltaram” às últimas provas por motivos financeiros. Para 2015, os times aparecem inscritos, mas a Marussia não deve contar com o aporte financeiro da Marussia Mo-tors, fabricante russa que faliu. O nome que deve surgir é da Manor, equipe de Fórmula 3 que é dona da vaga desde 2010. Já a Cater-ham passa por uma disputa judicial da mar-ca de veículos e também é duvida para esse ano. Sauber, Lotus e Force India também enfrentam dificuldades econômicas, porém devem ter presença garantida no grid de lar-gada na Austrália.

Mais novidades da F1 2015 podem ser encontradas no calendário da com-petição. Além dos tradicionais circuitos de Monza, Spa-Francorchamps e Montecarlo, a Fórmula 1 passará por México, Rússia e Áustria. Ao todo, serão 20 etapas disputa-das entre 15 de março e 29 de novembro. O Grande Prêmio do Brasil acontece no 15 de novembro, no autódromo de Interlagos, em São Paulo. A primeira chance de ver alguns bólidos da Fórmula 1 em ação é durante tes-tes da pré-temporada, que começaram no dia 1° de fevereiro no circuito espanhol de Jerez de La Frontera.

williams Fw37

Page 28: Revista autopress 40

na ordem do dia Após as medidas drásticas tomadas para a temporada 2014,

com destaque para a volta do uso de motores turbinados e híbri-dos – V6 de apenas 1.6 litro – que permanecem em 2015 em lugar dos tradicionais V8 2.4 litros aspirados, a Federação Internacional de Automobilismo, que chancela a Fórmula 1, foi bastante come-dida nas modificações das regras para 2015. A entidade reforçou o compromisso com a diminuição dos gastos das equipes no desen-volvimento técnico dos carros e aproveitou para aparar algumas arestas que foram deixadas no ano passado. Uma delas foi o sistema de pontuação dobrada na última corrida do ano. Para 2015, a der-radeira corrida – que ficará a cargo novamente de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes – promoverá o mesmo número de pontos das outras etapas: 25 para o primeiro colocado, 18 para o segundo, 15 para o terceiro, 12 para o quarto, 10 para o quinto, 8 para o sexto, 6 para o sétimo, 4 para o oitavo, 2 para o nono e finalmente 1 para o décimo lugar. A regra visa fazer justiça com quem tem mais regu-laridade durante toda a temporada.

A FIA também dificultou a entrada de qualquer piloto na cat-egoria depois da enxurrada de críticas relacionadas a Max Verstap-pen. Com 17 anos de idade, o holandês será o mais jovem piloto da história a guiar um Fórmula 1. O filho de Jos Verstappen – que também correu na F1 – foi confirmado como um dos titulares da equipe Toro Rosso em 2015. A partir de 2016, somente pilotos maiores de 18 de anos e com pelo o menos dois anos de “bagagem” em categorias inferiores poderão obter a superlicença necessária para pilotar um carro Fórmula 1. Como a medida só começa a vig-orar no ano que vem, Verstappen está livre para competir este ano.

Com a crise financeira que atinge, principalmente, as equipes do fundo do pelotão, a FIA estipulou regras para diminuir os cus-tos. Uma delas é a redução do número de motores. Os times terão

apenas quatro propulsores para usar durante toda a temporada – em 2014 eram seis. E a penalidade em caso de troca do motor du-rante um fim de semana de corrida será largar no fim do grid e não mais dos boxes. As horas de testes em túneis de vento e de análise computadorizada dos resultados também sofreu um corte.

Em relação aos monopostos, algumas mudanças foram adota-das. O peso mínimo total dos carros, que subiu de 642 kg em 2013 para 690 kg em 2014, será de 702 kg em 2015 – sem incluir o combustível. A segurança também foi alvo de alterações depois do gravíssimo acidente envolvendo francês Jules Bianchi, da Marus-sia, no GP no Japão. Os bicos terão um novo formato para reduzir o número de acidentes. Eles serão mais baixos e terão altura entre 13,5 e 22 cm em relação ao chão. Além de minimizar o efeito “cata-pulta”, a solução também tentar dar uma nova estética aos carros – item muito comentado em 2014. Além disso, a célula de sobre-vivência onde fica o piloto foi reforçada.

sauber C34

Page 29: Revista autopress 40

equipes e pilotos 2015Mercedes-Benz - Lewis Hamilton e Nico RosbergRBR – Daniel Ricciardo e Daniil KvyatWilliams - Valteri Bottas e Felipe Massa

Ferrari - Sebastian Vettel e Kimi RaikkonenMcLaren - Fernando Alonso e Jen-son ButtonLotus - Pastor Maldonado e Romain Grosjean

Force India - Sergio Pérez e Nico HülkenbergToro Rosso - Max Verstappen e Carlos Sainz JrSauber - Marcus Ericsson e Felipe Nasr

ForCe india vJm08

Page 30: Revista autopress 40

vista aéreaA Caoa – representante oficial dos modelos importados

da Hyundai no Brasil – anunciou a chegada da linha 2015 do i30. Mas o hatch médio virá da Coréia do Sul

com poucas novidades. O motor seguirá 1.8 de 150 cv com câm-bio automático de seis velocidades em todas as versões. A principal mudança fica por conta da opção de teto solar panorâmico já a par-

tir da versão de entrada, a GLS. O modelo custará R$ 78 mil em sua versão inicial e, em caso

de acréscimo de teto solar panorâmico, passa a custar R$ 84 mil. Já na configuração topo de linha, a GLS Top, sai das concessionárias por R$ 94 mil. Mas, pelo menos, por esse preço o teto solar já está incluído como item de série.

Page 31: Revista autopress 40

transmundo

por márCio maio

auto press

versáteis piCapes CompaCtas driblam a Criseque atinge em Cheio os Carros de passeio

para usar e abusar

save

iro

Cro

ss C

abin

e du

pla:

div

ulg

ação

Page 32: Revista autopress 40

A decisão de qual automóvel comprar envolve diversos fatores. Algumas características são capazes de levar um determinado modelo ao topo da lista ou, em

alguns casos, a ser desconsiderado sequer como última opção. Por isso, muitas vezes, a estratégia de reunir particularidades de categorias diferentes torna-se um grande diferencial. Caso das picapes compactas, que são tratadas como comerciais leves, mas já ganharam “status” de carro de passeio por possuírem como-didades dignas de qualquer hatch pequeno – principalmente as que entregam opções com cabine dupla.

Enquanto o mercado automotivo registrou queda de 7,1% em 2014, em comparação ao resultado de 2013, as picapes compactas subiram em mais de 10% suas vendas, passando das 246.139 unidades emplacadas em 2013, segundo a Fenabrave, para 272.356 no ano passado. Uma prova de que esses “hatches pequenos com caçamba” já alcançaram um patamar diferente – e de destaque – no país. “Das cabines simples, vimos a evolução para as estendidas e, em seguida, as duplas. Recentemente, ainda colocaram uma terceira porta. Ou seja, já se transportam quatro ou cinco passageiros nelas. Se vai ficar apertado ou não, é uma outra questão”, avalia Paulo Roberto Garbossa, da consultoria automotiva ADK.

Recordista da categoria, a Fiat Strada encerrou o ano pas-sado com 153.130 exemplares vendidos. Número suficiente para deixá-la no terceiro lugar entre os carros mais vendidos do Brasil – perdeu apenas para o Volkswagen Gol e para o líder Fiat Palio. Chegou a ocupar a primeira posição em março último. E boa parte desse sucesso – são 14 anos no topo dos modelos mais vendidos entre as picapes compactas – está atrelado à terceira porta, inserida nas carrocerias com cabine dupla. Elas respondem atualmente por cerca de metade de todas as uni-dades comercializadas. “A indústria vem investindo e tornando

strada adventure estudio

Chevrolet montana

Page 33: Revista autopress 40

estes modelos cada vez mais atrativos, aliando a robustez de uma picape média ao conforto, praticidade e tecnologia de um carro urbano de passeio”, defende Adriano Resende, Diretor de Marketing da Fiat Chrysler Automobiles – FCA.

A Volkswagen só lançou a Saveiro com cinco lugares – um a mais que a concorrente Fiat Strada, mas sem a terceira porta – em agosto do ano passado, 32 anos depois de seu lançamento. E hoje, seis meses depois, o share desta carroceria também já alcançou metade das vendas do modelo, sobrando 30% para as cabines estendidas e os outros 20% para as unidades com o habi-táculo simples. Para Henrique Sampaio, gerente de Marketing do Produto da Volkswagen, a escolha de um automóvel no Brasil vai além do critério funcional do mesmo. “Além de atender quem quer um veículo para duas ou cinco pessoas e ainda contar com a caçamba – que pode ser coberta, simulando um porta-malas –, a picape é esportiva por natureza. E brasileiros valorizam o design”, justifica.

Mas outros pontos são defendidos como cruciais para estimular a compra de uma picape compacta. “O índice de desvalorização é menor que a média dos carros de passeio, mas com custo de manutenção semelhante”, pontua Adriano Re-sende, da FCA. E um ponto importante na conta final do veículo torna-se mais um atrativo. “O imposto é menor por se tratar de um comercial leve. Sem contar que não existe picape 1.0, elas já partem, no mínimo, de uma motorização 1.4”, frisa o consultor automotivo Paulo Roberto Garbossa, da ADK.

A chegada das cabines duplas explicitou ainda mais a vocação profissional dos modelos com apenas dois lugares. Mas todos os consultados são unânimes ao afirmar que é um erro imaginar que apenas os que pretendem utilizar o veículo para fins de trabalho se interessam por esse tipo de carroceria. “Uma pessoa solteira ou um casal sem filhos, principalmente

strada working CC

saveiro Cross

Page 34: Revista autopress 40

se tiver um perfil mais aventureiro, pode preferir levar uma moto, bicicletas ou pranchas de surfe na caçamba a ter espaço para transportar cinco passageiros”, explica Henrique Sampaio, gerente de Marketing do Produto da Volkswagen.

Atualmente, o segmento de picapes compactas é preenchido apenas pelas representantes da Fiat e da Volkswagen e pela Chevrolet Montana, vendida apenas na carroceria com dois lugares. Mas a Renault já avalia sua entrada nesse segmento com a Oroch, apresentada no último Salão Internacional do Au-tomóvel de São Paulo. O modelo se posiciona em um tamanho

intermediário entre o de uma picape média e compacta e tem quatro portas. Questionada sobre um possível lançamento, a marca francesa limita-se a informar, por meio de seu departa-mento de comunicação, que está estudando a demanda nacional – o projeto é brasileiro. E que avalia a possibilidade de explorar o segmento como uma das estratégias para chegar aos 8% de participação almejados no mercado nacional. Ou seja, no que depender das fabricantes, o mercado de picapes pequenas tem grandes chances de se manter aquecido nos próximos anos.

ConCeito duster oroCh

Page 35: Revista autopress 40

A Nissan aproveitou o intervalo comercial do Super Bowl XLIX, realizado nos Estados Unidos, para reve-lar seu carro na disputa da tradicional prova das 24

Horas de Le Mans. Trata-se do GT-R Nismo LM, carro com tra-ção e motor dianteiros e sistema de recuperação de energia ci-nética.

O bólido pesa apenas 880 kg e é composto por fibra de car-

estrela Japonesa

bono, com rodas de magnésio e para-brisa de policarbonato. A combinação foi crucial para se chegar ao peso final. O motor é um 3.0 V6 biturbo a gasolina que trabalha em conjunto com uma transmissão de cinco marchas. O GT-R LM Nismo tem 4,60 metros de comprimento, 1,90 m de largura e 1,30 m de altura e seu volante conta com uma tela LCD que facilita os controles de bordo.

Page 36: Revista autopress 40

motomundoCresCimentosustentávelteXto e Fotos por eduardo roCha

auto press

honda eleva Cilindrada da Crossover nC 750X para melhorar potênCia e nível de emissões

Page 37: Revista autopress 40

V olta e meia, as marcas se arriscam em um projeto de vanguarda.

São produtos que representam uma tendência considerada inex-orável, mesmo que seja incipiente em determinados países. Nesse caso está a crossover Honda NC 750X, sucessora da NC700X. Ela chegou por aqui em 2012, logo depois de ser lançada na Europa. Para mercados maduros, como França, Itália e Alemanha, o conceito que mistura scooter com bigtrail funcionou muitíssimo bem. A NC é capaz de encarar es-tradas, ruas e buracos com grande desenvoltura. Mas, no Brasil, não emplacou da forma esperada. Em 2014, foram cerca de 150 unidades por mês, metade das 300 unidades mensais projetadas no lançamento. A Honda, porém, renovou a aposta no conceito e no modelo ao inve-stir na nova motorização e adequá-la à segunda fase do programa

Page 38: Revista autopress 40

de emissões para motocicletas, o Promot 4.

Basicamente, a NC 750X teve um aumento na cilindrada, de exatos 669 para 745 cm³. O ganho volumétrico foi obtido basica-mente com pistões com 4 mm a mais no diâmetro. Isso resultou em um torque adicional de 8% e uma potência 4% superior, com uma cilindrada 11,4% maior. O fato de a performance não crescer na mesma proporção do motor se explica pela necessidade de melho-rar a eficiência energética – emitir menos em relação ao tamanho do propulsor –, sem perda de performance. Ao contrário, com a mudança, a potência cresceu de 52,5 para 54,8 cv e o torque foi de 6,4 para 6,94 kgfm. O zero a 100 km/h caiu de 6,7 par 6,15 segundos e a máxima subiu de 167 para 174 km/h. No consumo, a Honda diz que a média cidade/estrada pulou de 26,9 para 28,6 km/l , ou 6%

Page 39: Revista autopress 40

mais.A Honda promoveu ainda

outras sutis alterações. Os freios deixam de ser C-ABS, que distribui a pressão entre as rodas, para ser um ABS simples. Na estética, o propulsor, que era da cor metálica, passa a ser pintado de preto. No painel, a posição do relógio foi invertida com a do computador de bordo. Continuam no lado es-querdo do display, mas o computa-dor agora fica no alto e ganhou duas novas medições: consumo médio e litros de combustível gastos. E, por fim, houve ainda uma mudança no preço, para cima. A versão standard ficou R$ 1.500 mais cara e passou para R$ 28.990. Já o preço da versão com ABS está R$ 1.110 mais alto e chega por R$ 31.100 – aumentos de 5% e 3,5% respectivamente. Ainda assim, a marca espera acelerar um pouco o ritmo de vendas e chegar às 200 unidades mensais.

Page 40: Revista autopress 40

impressões ao pilotar

Cruzamento lógiCoSão Paulo/SP – Não por acaso, a Honda decidiu apresentar a NC 750X numa nova concessionária paulistana que segue o conceito Dream, especializado em venda de modelos de alta cilindrada, no Alto da Lapa. A conveniência é que a geografia local, com muitas ladeiras, permitiu explorar o maior ganho que o novo propulsor oferece ao modelo: o torque. A agilidade e a maneabilidade da NC 750X ficaram tão explícitas que até pareciam obra das alterações para a linha 2015. Nada disso. A antecessora NC 700X já tinha estas qualidades.

A posição de pilotar ereta, a agilidade nas mu-danças de direção e a praticidade do porta-capacete onde normalmente fica o tanque de combustível – o reservatório está, na verdade, sob o assento – tornam a motocicleta extremamente atraente para o uso urbano. E ela tem força, aceleração e boa capacidade para encarar auto-estradas. O conceito que cruza bigtrail e scooter também se dá muito bem com o as-falto “meia-boca” nas ruas da capital paulistana. Com tantas qualidades, não dá para deixar de pensar que a NC 750X é um tanto injustiçada. Coisa que acontece com quem está à frente do seu tempo.

Page 41: Revista autopress 40

FiCha téCniCa

honda nC 750X

Motor: Gasolina, quatro tempos, 745 cm³, dois cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando simples no cabeçote e injeção eletrônica.Câmbio: Manual de seis marchas com transmissão por corrente.Potência máxima: 54,8 cv a 6.250 rpm.Torque máximo: 6,94 kgm a 4.750 rpmDiâmetro e curso: 77 mm X 80 mm.Taxa de compressão: 10,7:1Suspensão: Garfo telescópico de 41 mm com 153,3 mm de curso. Traseira do tipo monochoque com amortecedor a gás, com 150 mm de curso.Pneus: 120/70 R17 na frente e 160/60 R17 atrás.Freios: Disco simples de 320 mm e pinça com pistão duplo na frente e disco simples de 240 mm e pinça com pistão simples na traseira.Dimensões: 2,21 metros de comprimento total, 0,83 m de largura, 1,28 m de altura, 1,54 m de distância entre-eixos e 0,83 m de altura do assento.Peso: 206 kg (209 kg com ABS).Tanque do combustível: 14,1 litros.Produção: Manaus, Brasil.Lançamento mundial: 2011.Lançamento no Brasil: 2012.Alteração no motor: 2015.Preço: R$ 28.990 e R$ 31.100 na versão ABS.

Page 42: Revista autopress 40

A Honda divulgou as fotos e informações do interior do novo HR-V, previsto para ser lançado até março deste ano no Brasil. O SUV da marca nipônica esbanja esportividade em sua cabine, com console central elevado e painel de instrumentos moderno. As saídas do ar-condicionado estão maiores e com novo design. A disposição central do tanque de combustível favorece a posição do assento traseiro e, com isso, o uso extensivo do compartimen-

to de carga.O HR-V é a principal aposta da Honda para desbancar o Ford

EcoSport, líder de vendas do segmento de SUVs compactos no Brasil. O modelo será equipado com o motor do sedã médio Civ-ic – um i-VTEC 1.8 de 140 cv – e sua transmissão será a mesma CVT utilizada pelo compacto City e pelo monovolume Fit. O modelo será produzido na fábrica de Sumaré, em São Paulo.

reForço naCional

Page 43: Revista autopress 40

retorno nervoso – Depois de 18 anos, a Toyota retornará ao Campeonato Mundial de Rali, o WRC. O carro escolhido para representar a montadora japonesa foi o hatch Yaris, preparado pela Toyota Motorsport GmbH. O modelo foi desenvolvido em Colônia, na Alemanha, e será equipado com um propulsor de 1.6 litros turbinado com capacidade para desenvolver até 300 cv de potência e 42,8 kgfm de torque, com transmissão sequencial de seis marchas.

Page 44: Revista autopress 40

rubras – A marca japonesa de moto-cicletas Honda incorporou um novo tom para a CG 150 Fan ESDi e a Biz 125 ES na linha 2015. Ambas agora saem das concessionárias também na cor vermelha. A CG 150 custa R$ 7.357 e é equipada com motor OHC – Over Head Camshaft – flex, capaz de render até 14,3 cv de potência e torque de 1,45 kgfm. Já a Honda Biz 125 tem valor de R$ 7.050 na versão ES e também possui motor OHC bicombustível, com injeção direta. Sua potência máxima chega a 9,1 cv e o torque, a 0,71 kgfm.

Page 45: Revista autopress 40

O Nissan Leaf terminou 2014 como um grande motivo de orgul-ho para a marca japonesa. O modelo, que é o carro elétrico mais vendido do mundo, registrou 14.658 unidades emplacadas, o que representou um aumento de 33% em comparação com 2013. Mas a boa aceitação não faz a fabricante nipônica se acomodar. Ela pretende ampliar a autonomia do modelo e também promover uma remodelagem em seu design em um futuro próximo.

sinal verde

Page 46: Revista autopress 40

Revista Auto Press® é uma publicação semanal da Carta Z Notícias Ltda Criada em 9 de maio de 2014 Ano 1, Número 40, 6 de fevereiro de 2015Publicação abastecida pelo conteúdo jornalístico da edição 1.156 do noticiário Auto Press, produzido semanalmente desde 1º de dezembro de 1992 Redação: Rua Conde de Lages, 44 sala 606 - Glória20241-900 Rio de Janeiro/RJ Telefone: (21) 2286-0020 / Fax: (21) 2286-1555 E-mail: [email protected] Diretores Editores: Eduardo Rocha [email protected] Luiz Humberto Monteiro Pereira [email protected] Reportagem: Márcio MaioRaphael Panaro [email protected] Colaboradores: Luiz Fernando Lovik Augusto Paladino [email protected]

Acordos editoriais: MotorDream (Brasil) Infomotori.com (Itália) Autocosmos.com (México/Argentina/Chile/Peru/Venezuela) Automotriz.net (Venezuela) AutoAnuario.com.uy (Uruguai) Revista MegaAutos (Argentina) MotorTrader.com.my (Malásia)Absolute Motors (Portugal) Fotografia: Jorge Rodrigues Jorge [email protected] Ilustrador: Afonso Carlos [email protected] Publicidade: Arlete Aguiar [email protected] Produção: Harley Guimarães [email protected]

Curta a página da Revista Auto Press