Revista [B+] 34 / [B+] Saúde 3
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Dezembro De 2015 • ano 6 • nº 34 • www.portalbmais.com.br
a revista da bahia
EXCLUSIVO: PESQUISA APONTA COMO EMPRESAS DE SALVADOR CONQUISTAM CLIENTES
R$ 9,90
Tiragem:10 mil exemplares
34
O trabalho do engenheiro está onde a gente mora, na nossa alimentação,
onde a gente anda e em, praticamente, tudo o que a gente faz.
Nos bons momentos, é símbolo de prosperidade.
Nos dias mais difíceis, representa a esperança, com ações que garantem
que a nossa economia continue girando e o desenvolvimento aconteça.
É por isso que nós não poderíamos deixar de homenagear e reconhecer
o importante papel que os nossos engenheiros desempenham
na sociedade todos os dias.
11/12 - DIA DO ENGENHEIRO
É DIA DE HOMENAGEAR QUEM NOS AJUDA A CONSTRUIR UMA VIDA MELHOR TODOS OS DIAS.
ANR 404x266 CREA.ai 1 04/12/15 17:05
O trabalho do engenheiro está onde a gente mora, na nossa alimentação,
onde a gente anda e em, praticamente, tudo o que a gente faz.
Nos bons momentos, é símbolo de prosperidade.
Nos dias mais difíceis, representa a esperança, com ações que garantem
que a nossa economia continue girando e o desenvolvimento aconteça.
É por isso que nós não poderíamos deixar de homenagear e reconhecer
o importante papel que os nossos engenheiros desempenham
na sociedade todos os dias.
11/12 - DIA DO ENGENHEIRO
É DIA DE HOMENAGEAR QUEM NOS AJUDA A CONSTRUIR UMA VIDA MELHOR TODOS OS DIAS.
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sumário
Galeria do leitorOnline e Muralbloco de notasImóveis+Mídia+
[C] armando avena:O Turismo na Bahia
exClusivo: Como o empresariadode Salvador conquista clientes
Uma pergunta paraMario Sergio Cortella
Especial: Destaques de 2015As estratégias de 40 empresas baianaspara superar a crise[+][C] Advhan Furtado - Sebrae Bahia[C] Marina Rezende - Dendê Brands[C] João Pedro Bahiana - AJE Bahia
autos&motos[C] Cristina barude:Comunicação na crise[C] lali souza: argentina em salvador[C] marcelo Cioffi: o futuro já está aqui
Conte aíarte
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expediente
[Conselho Editorial] César Souza, Claudio Vinagre, Cristiane Olivieri, Geraldo Machado, Ines Carvalho, Jack London, Jorge Portugal, José Carlos Barcellos, José Roberto Mussnich, Luiz Marques de Andrade Filho, Maurício Magalhães, Marcos Dvoskin, Masuki Borges, Reginaldo Souza Santos, Renato Simões Filho, Rubem Passos Segundo e Sérgio Nogueira
[Editor-chefe]Pedro Hijo ([email protected])
[Editor assistente]Renato Alban ([email protected])
[Repórteres]Lorena Dias ([email protected])Tede Sampaio ([email protected])
[Designer]Adna Novaes ([email protected])
[Fotografia]Studio Rômulo PortelaTayse Argôlo
[Revisão]Cristiane Sampaio
[Colunistas]Armando Avena, Cristina Barude, José Grimaldi, Lali Souza, Marcelo Cioffi, Núbia Cristina, Roberto Nunes
A Revista [B+] não se responsabiliza pelas opiniões, ideias, conceitos e posicionamentos expressos nos publieditoriais, anúncios e colunas por serem de inteira responsabilidade de seus autores.
tiragem:10 mil exemplares
Revista [B+] edição 34Dezembro de 2015
[Periodicidade] Mensal[Impressão] Grasb
CAPAAdna Novaes
A Revista [B+] pode ser lida no portalbmais.com.br, tablets, smartphones e encontrada nas principais livrarias e bancas de Salvador. Encontre a [B+] nos seguintes pontos de venda: Livraria Aeroporto; Livraria Cultura (Salvador Shopping); Livraria Leitura (Salvador Norte Shopping e Shopping Bela Vista); Livraria Rodoviária; Livraria Saraiva (Salvador Shopping, Shopping Barra, Shopping da Bahia e Shopping Paralela) e bancas selecionadas. A [B+] ainda é distribuída nos principais municípios do estado.
PONTOS DE VENDA
[Conselho Institucional] Antonio Coradinho (Câmara Portuguesa), Antoine Tawil (FCDL), Felipe Arcoverde (Abedesign-BA), João Pedro Bahiana, (AJE-BA), Jorge Cajazeira (Sindipacel), José Manoel Garrido Gambese Filho (Abih-BA), Laura Passos (Sinapro), Pedro Dourado (ABMP), Moacyr Maciel (Abap), Roberto Ibrahim (CRA-BA), Rodrigo Paolilo (Júnior Achievement) e Wilson Andrade (Abaf)
[Presidente]Rubem Passos Segundo ([email protected] )
[Diretor Geral]Renato Simões Filho ([email protected])
[Diretor de Publicações]Claudio Vinagre ([email protected])
[Diretora de Marketing]Bianca Passos ([email protected])
[Gerente Comercial]Ana Beatriz Sampaio ([email protected])
Reserva de anúncio [email protected] / 71 3012-7477
[Representantes]Brasília Karla Martins - Tel.: (61) 3226-2218 - [email protected] Feira de Santana Júlio Mendonça - Tel.: (75) 9 9955-5514 - [email protected] Ananias Gomes - Tel.: (85) 9 9987-1780 - [email protected] Recife Ceci Barroso - Tel.: (81) 9 8791-3780 - [email protected] Rio de Janeiro e São Paulo: Roberto Cathoud - Tel.: (11) 9 9908-9891 - [email protected]
Realização Editora Sopa de Letras Ltda.
Av. ACM, 2.671, Ed. Bahia Center, sala 1101, Loteamento Cidadela, Brotas - CEP: 40.280-000 - Salvador - Bahia - Tel.: 71 3012-7477
CNPJ 13.805.573/0001-34
expediente
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anr b+ 20,2x26,6cm.indd 1 25/11/15 18:12
editorial
Esse pessoal feliz que você vê na foto ao
lado parece se divertir um monte dentro da
redação. E se diverte mesmo, porque ama o
que faz. Eles formam a equipe responsável
pelo desenvolvimento de todas as matérias
desta [B+]. Não é uma edição qualquer – é a
terceira seleção [B+] de 40 casos de empre-
sas baianas que se destacaram no ano. Em
2014, a edição especial, vencedora do Prêmio
Sebrae de Jornalismo, trouxe marcas de
sucesso do estado. Neste ano, o assunto
não poderia ser outro: a reação ao cenário
econômico desanimador do país.
Levantamos, junto às principais institui-
ções empresariais do estado, histórias de
empreendedores criativos que não deixaram
se abater pela crise e deram a volta por cima
com a missão de manter a saúde financeira
de suas empresas. A seleção (árdua) coube
ao excelente time de repórteres formado por
Lorena Dias, Renato Alban e Tede Sampaio.
Você encontra a partir da página 56, por
exemplo, os casos da empresa Avatim, que
apostou em novos formatos de loja para
driblar a desaceleração do consumo; da
agência Estalo, que prevê avanço de 55% para
2016 com a abertura de uma unidade no Rio
de Janeiro; e do Grupo MF, empresa que tem
como carro-chefe o restaurante Utopia e que
investiu na diversificação de negócios.
UMA PAUsA PArA olhAr PArA DeNtro
Pedro Hijo, editor-chefe da revista [b+]
Em sentido horário: Renato Alban, Lorena Dias, Adna Novaes, eu e
Tede Sampaio
Além destes casos, ainda destaco a forte
presença de empresas dos setores de saúde,
educação, alimentação e agronegócios.
Renato Alban escreve também sobre as
estratégias do empresariado da capital para
conquistar clientes. Uma pesquisa exclusiva
desenvolvida pelo Grupo [B+] e pela con-
sultoria LX-360 gestão empresarial aponta
que 19% dos empresários de Salvador não
utilizam nenhuma ferramenta digital para
se comunicar. O levantamento ainda traz
outros importantes números. Oito em cada
dez empresas questionadas dizem conhecer
seu público-alvo, mas apenas metade delas
faz pesquisa de satisfação com os clientes.
Acompanha este número especial a
terceira edição da [B+] Saúde, magistralmen-
te diagramada por Adna Novaes, diretora
de arte das duas revistas. Para fazer estas
edições, contamos ainda com o luxuoso
trabalho dos fotógrafos Rômulo Portela,
Renato Carvalheira, Tayse Argôlo e Victor
França, que não pensaram duas vezes antes
de apresentar um trabalho de altíssima
qualidade, digno do Grupo [B+].
Tenho orgulho de estar à frente deste time
de produção e falar sobre ele em uma edição
tão representativa. Não faltam motivos para
você virar a página e começar a ler a [B+]. Boa
leitura e feliz Ano Novo!
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[01] @patriick_
Detalhes Da Bahia
publique uma foto de algum lugar da Bahia com a hashtag #revistabmais no instagram. as melhores serão publicadas na próxima edição.
galeria
Tema [B+] de janeiro: Verão de todas as cores.
[04] @vscogrando
[07] @joaopereira16
[02] @cauveiga
[05] @lubrito30
[08] @_manuelsa
[06] @josemaximoneto
[09] @marcciorocha
[03] @amandatropicana
[01] Vitória da Conquista, [02] Mata de São João, [03] Cachoeira, [04] Salvador, [05] Cachoeira, [06] Salvador, [07] Cachoeira, [08] Salvador, [09] Salvador
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An RV B+ 20,2x26,6cm_QUEM PENSA 2.indd 1 03/12/15 18:25
onlineemural
Comentários ed.33
CAPAComentárioda edição“Revista independente e com economistas como colaboradores!Parabéns à [B+]”, Geraldo Almeida Souza,via Facebook
UM GolE D’áGUA PARA o VElHo CHiCo “Visitei a hidrelétrica de Paulo Afonso e foi com tristeza que vi o Velho Chico respirando a duras provas. Ele pede socorro!”, Ana Rita Queiroz, via Facebook
NoVElAS Do BilHão“Ótima reportagem, tanto do ponto de vista gráfico como pelo que foi escrito. Irônico e responsável. Devia ser uma seção fixa da revista”,Gilvan Barbosa, via e-mail
“Só lendo a linha do tempo me dei conta de que tenho quase a mesma idade do metrô de Salvador!”, Thayse Bastos, via Twitter
CRiADoR DA PERiNi lANçA DEliCATESSEN EM SAlVADoR“Senhor Pepe, esse sim sabe fazer negócio!”,Silvia Pinho, via Facebook
JoSé CARVAlHo“Saudades! Um grande homem. Homenagem muito bem-vinda!”, Flúvio Alcântara, pelo Facebook
CoNTE Aí“Fiquei sem entender o texto de Guerreiro. Piada ou comentário infeliz? A Bahia é mais que isso!”, Patrícia Pereira, via Twitter
EDiToRiAl“PPPs são uma boa saída porque enchem o bolso das empresas. Quem garante que será bom para a população?”,Tídio Monteiro, via Instagram
“Fico feliz por saber que a [B+] agora é mensal! Parabéns”,Carla Souza, via Facebook
SABoR
“Eita! Que delícia de receita de ceviche!”, Marcelo Galvão,via Facebook
“O repórter estava certíssimo quando falou que o amor da família é um dos ingredientes do cardápio do restaurante. Lá, provei o melhor steak tartar de Salvador. De comer rezando!”, Larissa Cunha, via e-mail
“Cidades em que vejo grandes potencialidades!”, Thobias Silva, via LinkedIn
“O poder de Alagoinhas, minha cidade, na capa da [B+]! Que orgulho”, Pedro Dantas, via Facebook
“Alagoinhas sempre em destaque na mídia de forma positiva! E as aves de mau agouro?Ficam pedindo para morrer”,Jéfferson Figueiredo, via Facebook
“Precisamos de novos negócios nesses lugares”, Alexandre Filgueiras, via Facebook
NATAl NoS SHoPPiNGS“Dá para sentir o desespero dos shoppings com a crise! Este ano a decoração de Natal nas vitrines começou a ser colocada em outubro!”,Tássio Silva, via Facebook
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online As melhores dicas de bem-estar e saúde estão na palma da sua mão. Siga a @bmaissaude no Instagram! Aproveite e envie dúvidas que serão respondidas por especialistas nas próximas edições!
SUGESTõES GASTRoNôMiCASQuer dicas de lazer na capital? A blogueira Lali Souza, do Pra falar de comer, assina uma coluna todo domingo em nosso portal.
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QUEREMoS TE oUViRAS MAiS CURTiDAS EM NoSSA FANPAGE
[01] Feira de santana, alagoinhas e santo antônio de Jesus são os municípios baianos onde o consumo vai crescer mais nos próximos dez anos[02] aprenda a fazer uma deliciosa receita de ceviche com a família guerra, proprietária do bistrô larriQuerri[03] rio são Francisco enfrenta a maior seca da sua história e corre o risco de desaparecer nas próximas décadas[04] natal será magro em contratações temporárias, dizem lojistas de shoppings[05] Mercadinhos de bairro representam 92% dos tipos de supermercado em salvador e lauro de Freitas PARA BAixAR
as edições de todas as publicações do Grupo [B+] estão disponíveis na versão digital (para ios e android). Baixe as revistas no seu tablet e mantenha-se informado.
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blocodenotas
é o valor que o bnDes repassou para o metrô de salvador no início do mês de dezembro. o empréstimo foi realizado por meio da CCr metrô bahia e é destinado para a expansão da linha 1, construção da linha 2, compra de trens e implantação ou reforma de nove terminais rodoviários de integração de passageiros.
O empresário Wanderley Rey, da rede Leão de Ouro, foi o
vencedor do Troféu Lojista do Ano 2015, em solenidade rea-
lizada no fim de novembro. Em agradecimento, Rey afirma
usar o prêmio como mais uma motivação para dar continui-
dade à trajetória empreendedora. “Para chegarmos até aqui
superamos muitas adversidades, mas somos vitoriosos”. A
Leão de Ouro também foi premiada na categoria História do
Varejo, criada para destacar as organizações com longa atu-
ação no comércio varejista e que continuam ativas. Fundada
em 1901, a Leão de Ouro é uma das mais tradicionais empre-
sas do setor varejista de calçados de Salvador e atualmente
possui 13 lojas na pela cidade.
será realizado no dia 11 de dezembro, na arena Fonte nova, em salvador, o 1776 Challenge Cup. o evento reunirá as 20 melhores startups do país que trabalham para desenvolver ideias para resolver problemas sociais. esta é a primeira fase da disputa, que ainda terá etapas no méxico e nos estados unidos. o vencedor mundial leva para casa o prêmio de u$s1 milhão. as inscrições estão abertas no site do evento.
Troféu CDL
DoNo DA lEão DE oURo é PREMiADo loJiSTA Do ANo
TeCnoLogia
Salvador: competição global promete U$S1 milhão para startup vencedora
MeTrô
R$ 2 bilhões
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ção
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Dos 55 associados da ABMP, apenas dois deles estão no inte-rior do estado. Interiorizar é um dos objetivos da sua gestão?Não definimos uma meta de crescimento de associados para a
entidade. A proposta é fortalecer o conteúdo sobre nosso mer-
cado e oportunidades na Bahia. Simultaneamente, queremos
identificar os principais pontos e temas que são de interesse
dos associados para que a entidade possa estabelecer estas
metas e daí se preparar para, quem sabe, crescer.
Em momentos de crise, as empresas que investem em publici-dade querem em ter resultados financeiros mais imediatos. Como garantir este retorno?Muitas vezes este raciocínio é o que predomina. Mas creio que
muitas empresas já passam a enxergar a comunicação como
parte da solução. Uma marca está sempre em construção porque
ela precisa dar sempre novas respostas ao mercado. Muitos
empresários e executivos já entenderam que desaparecer pode
ser muito pior. O desafio está em ampliar este entendimento.
E este é o papel de quem trabalha com comunicação no trade
publicitário ou nas áreas de marketing e responsabilidade social
dos anunciantes.
MíDia
“Uma marca está sempre em construção”
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ulga
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eleito novo diretor da associação baiana do mercado publicitário (abmp) para o biênio 2015 - 2017, João gomes, comenta sobre o desafio de convencer o empresariado a manter os investimentos em propaganda em tempos de retração econômica.
Antoine Tawil (FCDL), Onório Pinheiro (CNDL),
Wanderley Rey, Frutos Dias (CDL Salvador)
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BR 324 - Posto Dalva Sentido Feira de Santana, para Salvadorkm 580 - Candeias
Servimos café da manhã e almoço todos os dias
das 6h30 as 15h00.
C A F É D A M A N H Ã E A L M O Ç O
Um pedacinho da casa da vovó em sua
viagem à capital.
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fenagro
28ª Fenagro promove encontro entre produtores e empresas do setor
Abertura e fechamento de empresas na Bahia
2015: 22.3382014: 27.8522013: 31.029
2015: 8.1702014: 8.2882013: 8.179
Maior evento agropecuário do Norte e Nordeste, a feira foi realizada
no Parque de Exposições de Salvador e teve como meta estimular
o agronegócio e contribuir para o desenvolvimento dos produtores
locais. De acordo com o superintendente de política do agronegócio
da Secretaria da Agricultura (Seagri), Guilherme Bonfim, a função
da Fenagro é promover o contato direto dos produtores com as
instituições e empresas que contribuem com o setor. “É um espaço que
ajuda a melhorar cada vez mais a produção agropecuária no Brasil”,
afirma. A feira foi aberta com a expectativa inicial de R$ 100 milhões
em negócios e contou com a exposição de seis mil animais.
imóveis+
a crise criou notas dissonantes no mercado imobiliário baiano em 2015, mas o enic e a Semana M² são acordes harmoniosos, com bons resultados
O ShOw TEM QUE CONTINUAR
Foto
: Gui
lher
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Kard
el /
Cbic
núBIA CRISTInA
Produtora e apresentadora do CBn imóveis e do Painel empresarial CBn
O cenário de instabilidade política e econômica deixa suas
marcas no mercado imobiliário baiano em 2015. Os números
contabilizam redução do emprego – cerca de 10 mil postos
de trabalho foram fechados na capital e 18 mil em todo o
estado. Salvador, que cumpre o rito para a elaboração de um
novo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) e
sofre com a escassez de terrenos para empreendimentos de
perfil econômico, teve drástica queda no ritmo de lança-
mentos, que migraram para cidades emergentes da região
metropolitana e do interior.
No entanto, duas iniciativas vencedoras demonstram que
é possível criar a partir do caos. O 87º Encontro Nacional da
Indústria da Construção (Enic 2015), realizado na capital baiana,
entre 23 e 25 de setembro, entra para a história como exemplo de
organização e cumpre o papel de apontar para os dirigentes do
país alternativas viáveis para a solução dos problemas do setor.
A Semana M², uma iniciativa da Associação de Dirigentes
de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA), em
parceria com a Rede Bahia, que ocorreu em outubro em Salva-
dor e em Vitória da Conquista no mês de novembro, foi outro
exemplo de iniciativa bem-sucedida. A ação de vendas, com
promoções, no formato da Liquida Salvador, está confirmada
no calendário de 2016 na capital e interior.
O presidente da Ademi-BA, Luciano Muricy, acredita
que ao final de 2015 serão cerca de 7.800 unidades vendidas,
número muito próximo do que ocorreu em 2014. “Esperamos
que a crise político-econômica tenha uma rápida solução,
para que possamos voltar a um ciclo de crescimento”.
Governador Rui Costa discursou na cerimônia de abertura do Enic
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mídia+
empresária de itabuna comanda editora de revistas que circulam em 96 paísespor PEDRO HIJO
revista sob medida
Foto
: div
ulga
ção
Baiana de Itabuna, Sandra Teschner é proprietária da editora Profashional. Lo-
calizada em São Paulo, a empresa assina 15 revistas customizadas, publicações
encomendadas por empresas como Avatim, Picadilly e Bombril. Sem sofrer com
as mudanças do mercado editorial, a Profashional chega a números expressivos:
está em 96 países e chega a uma tiragem de três milhões de exemplares com
apenas uma das revistas.
Qual a sua avaliação do mercado editorial atual?Quando eu comecei, há 13 anos, as únicas revistas customizadas que existiam
eram as de companhias aéreas, era um mercado bem enxuto. As mudanças
que este setor vive são uma história anunciada. Noticiar perdeu o sentido no
impresso, os grandes jornais sabem disso. Os veículos que ainda dão certo agre-
gam opinião ou dão algo mais para o leitor além da notícia. Cada vez mais vale
saber para quem se escreve e como se utilizar dos recursos de entendimento
comportamentais desse mercado leitor para entregar para ele um produto de
resultado. Se o leitor se interessar em ler, a gente ganha o jogo.
Com a crise, é comum que muitas empresas diminuam investimentos em pu-blicidade, o que afeta diretamente nos veículos que dependem desta verba. Como criar uma estratégia para não depender dos anunciantes?Eu não dependo de anunciantes, quem paga a minha conta é o leitor que com-
pra a mensagem que eu dou para ele. Eu trabalho para dar resultado em vendas
para quem contrata os serviços da Profashional. O meu papel é fazer um
relacionamento entre o meu cliente e o cliente final, e isso tem uma logística
envolvida que vai além do conteúdo editorial. Não colocamos nossas revistas
nas bancas, por exemplo, que são interessantes para revistas com outros for-
matos. Eu prefiro distribuir de uma forma tão absurdamente detalhada, que o
Sandra Teschner: “Se o leitor se interessar em ler, a gente
ganha o jogo”
meu produto chegue às mãos das pessoas que
me interessam, que vão comprar aquilo que as
revistas estão vendendo.
Planeja ampliar atuação no nordeste?Tenho muita vontade de crescer no Nordeste,
e não necessariamente na Bahia. Mas só faria
isso com parceiros. Sei que as características
dessa região são bem diferentes de uma coisa
macro. O resultado que eu tenho hoje na Pro-
fashional não seria possível em nenhum outro
lugar do Brasil que não fosse São Paulo. Aqui é
o lugar onde se plantando dá.
O ano de 2015 foi bom para a Profashional?Foi um ano difícil, mas eu sabia que seria assim.
Dei um up absurdo na equipe do comercial, fiz
parcerias estratégicas e consegui uma otimiza-
ção de custos com os fornecedores. Nos prepa-
ramos. Alguns grandes clientes reduziram em
tiragem, em número de páginas, mas continu-
aram conosco. De maneira geral, foi um ano de
conquistas. Conseguimos um trabalho grande
com a Bombril e fechamos com empresas para
2016. Quero estar à frente do barco e minha mis-
são no ano que vem é levá-lo até a ilha. Quem
estiver comigo deve remar para chegar lá.
W W W. p o rta l b m a i s . C o m . b r 21
turismo
Duas notícias chamaram a atenção do mercado
turístico baiano nas últimas semanas e abrem
novas perspectivas para o turismo em Salvador.
A primeira é a constatação de que a rota Sal-
vador-São Paulo é a terceira ponte áerea mais
importante do país, com um movimento anual
de 1,6 milhão de passageiros, abaixo apenas
da ponte áerea Rio-São Paulo, com 4,2 milhões
de passageiros, e Brasília-São Paulo, com 2,1
milhões de passageiros. A outra notícia foi a de-
cisão do Grupo Latam de adiar o anúncio sobre
o local onde será instalada a sede do seu centro
de distribuição de voos no Nordeste.
As duas notícias estão interligadas, e de
imediato surge uma pergunta: por que anterior-
mente a TAM excluiu Salvador da disputa entre
as cidades do Nordeste que poderiam sediar seu
HUB regional, se aqui está a terceira principal
rota áerea do país? Não há uma resposta clara
para a questão e não se sabe se Salvador foi
alijada da disputa por falta de uma articulação
governamental maior e por questões relaciona-
das a incentivos tributários, ou se foi por outros
critérios. Mas a TAM parece não ter se dado
conta de que a ponte aérea Salvador-São Paulo
tem quase 10% dos passageiros das 10 principais
rotas entre dois municípios da aviação brasileira e que a concessão do aero-
porto de Salvador à iniciativa privada, prevista para 2016, pode transformá-lo
no mais importante aeroporto do Norte e Nordeste do país.
De todo modo, a TAM anunciou o adiamento de sua decisão e é hora
de Salvador voltar à disputa, que, ao que tudo indica, terá como principal
referência o desenrolar do processo de concessões à iniciativa privada dos
aeroportos do Nordeste.
Nesse quadro, os aeroportos de Salvador e Fortaleza, os únicos objetos de
concessão, possuem grandes vantagens, mas, sob o ponto de vista econômi-
co, a capital baiana sai na frente. Fortaleza tem a vantagem de estar mais
próximo da Europa e Estados Unidos, mas Salvador possui um aeroporto
maior com um fluxo de embarques e desembarques que é quase o dobro do
da capital cearense e com um projeto de investimentos através da concessão
que chegará a R$ 1 bilhão e que incluirá a construção de outra pista, fator
fundamental para viabilizar um centro de distribuição de voos.
Se Salvador conseguir atrair o HUB da TAM se tornará a porta de entrada
de turistas do Brasil e do mundo no Nordeste e vai ampliar consideravel-
mente o fluxo de turistas e a movimentação econômica da cidade. Estima-se
que o impacto no PIB da cidade seria da ordem de 3%, o que significa algo
como R$ 3 bilhões injetados anualmente na cidade, e a geração de mais de 30
mil postos de trabalho. Por outro lado, se Fortaleza for escolhida, se tornará
fatalmente e em pouco tempo o maior aeroporto do Nordeste.
Por tudo isso, é hora do governo do estado, da prefeitura de Salvador e
todo o trade turístico da cidade se mobilizarem para montar uma proposta
factível para fazer do aeroporto de Salvador o centro de distribuição de voos
da TAM no Nordeste.
sAlvADor, o tUrisMo e A tAM
ARMAnDO AvEnA
escritor, economista, professor da ufba e diretor do portal Bahia econômica
22 r e v i sta [ b + ] d e z e M B R O d e 2 0 1 5
estudo realizado pelo Grupo [B+] e pela consultoria lX-360 Gestão empresarial, aponta que 80% das empresas soteropolitanas
incorporam meios digitais na estratégia de comunicação, mas ainda falta preparação para atingir melhores resultados
por RENATO ALBANgráficos ADNA NOVAES
o mapa da ComuniCação
A maioria dos empresários de Salvador utiliza meios digitais como site, Facebook ou
WhatsApp para se relacionar com os clientes. Foi o que apontou pesquisa desenvolvida
pelo Grupo [B+] em parceria com a LX-360 Gestão Empresarial. Entre os meses de junho e
outubro, 120 empresas da capital responderam a um questionário sobre ações de relacio-
namento com consumidores.
O levantamento identificou também que, apesar de 19% dos empresários ouvidos
afirmarem não investir em comunicação digital, 68% se dizem satisfeitos com as ações nos
meios digitais. Isso não significa, no entanto, que eles saibam gerenciar essas ferramentas.
É o que alerta o professor Marcelo Dultra, coordenador da Incubadora da Unifacs.
“Falta [aos empresários de Salvador] saber quem é o público-alvo, gerenciar as publica-
ções e, principalmente, dar respostas aos usuários”, diz Dultra. Oito em cada dez empresas
questionadas na pesquisa dizem conhecer seu público-alvo, mas apenas metade delas faz
pesquisa de satisfação com os clientes.
Segundo o professor, é comum o empresário ficar satisfeito com a presença de sua
marca em sites e redes sociais – principais meios de relacionamento com os clientes
para a maioria das empresas baianas – por causa do número de seguidores ou de curti-
das, mas ele não atenta para quem está do outro lado da comunicação online.
A indústria de pipocas gourmet Las Palomitas, que respondeu ao questionário do
Grupo [B+] e LX-360 Gestão Empresarial, tenta evitar esse distanciamento com o cliente.
estratégia
24 r e v i sta [ b + ] d e z e M B R O d e 2 0 1 5
O sócio administrador da empresa, Braulio
Barreto, usa as redes sociais para convidar
seguidores a provar seus produtos em even-
tos itinerantes que participa em Salvador.
Com a estratégia, a marca cresceu e há sete
meses abriu um quiosque em um shopping.
“A gente não queria ter muitos seguidores
e não vender”, diz Bráulio. Ele está atento
ao alerta que faz o professor da Unifacs:
ser popular nas redes sociais não significa
alcançar muitos clientes. “Uma pet shop pode
ter uma página curtida em outros lugares do
país que não vão consumir os produtos dela”,
exemplifica Dultra. A rede social deve estar,
segundo ele, casada com outras formas de
comunicação, como site, panfletos, notícias e
até cupons de oferta.
A contratação de serviços de profissio-
nais de design, relações públicas e marke-
ting pode ser um caminho para as empresas
montarem o plano de comunicação e a
identidade visual da marca. Mas, segundo
o analista do Sebrae Fabrício Barreto, os
empreendedores da capital baiana costu-
mam concentrar essas funções ou delegar a
pessoas não qualificadas.
“Eles querem fazer tudo, mas precisam
aprender a terceirizar para sair em busca de
investimentos”, diz o analista. Uma estratégia
de marketing inadequada, alerta Barreto, pode
prejudicar o negócio, inclusive. “O cliente da
empresa está em determinada rede social, em
determinado grupo. Muitas vezes a ansiedade
do empresário acaba atrapalhando”.
Oito em cada dez empresas dizem conhecer seu públi-co-alvo, mas apenas metade delas faz pesquisa de satisfa-ção com os clientes
RESUlTADoS DA PESQUiSA: Gestão e Clientes
investimentos em ComuniCação
acredita que sua empresa conhece de forma clara seu público-alvo?
Qual é o percentual do faturamento que deve ser dedicado à comunicação com o cliente?
Com ações nas redes sociais, empresa de pipocas de Bráulio Barreto cresceu e já tem quiosque em shopping da capital
Foto
: ura
n ro
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Div
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ção
[% do faturamento]
2
0 1 2 3 4 5 6 a 10 11 a 20 + de 20
9 105
1
25 23
169
[% d
o to
tal d
e em
pres
as]
Sim
83%não
17%
esforço e resultado
a rentabilidade do seu negócio traduz o esforço empresarial/pessoal realizado?
59 41Sim x não% %W W W. p o rta l b m a i s . C o m . b r 25
estratégia
RESUlTADoS DA PESQUiSA: ComuniCação e relaCionamento
satisfação dos Clientes
Como sua empresa se relaciona com o público-alvo?
sua empresa realiza pesquisa de satisfação com os clientes?
Qual o nível de satisfação observado nas pesquisas com clientes?
SiteFacebook
Outras redes sociais*Sistema de CRM
BrindesOutras ações
Não realiza açõesCall Center
7%
5%5%
10%11%
17%22%
23%
SatisfeitosInsatisfeitos
Não sei informar 3%5%
92%
está satisfeito com os resultados das ações nos meios digitais?
De quanto em quanto tempo faz plano de comunicação?
não uso
19%
não temperiodicidade
21%
não
13%
não realiza
8%
Sim
68%
Por ano
29%
Por semestre
19%
Por mês
23%
53 47Sim x não% %
* Instagram, LinkedIn e Google+
O Grupo [B+] e LX-360 Gestão Empresarial ouviram 120 empresas entre junho e outubro deste ano. Dessas, 57% são microempresas (até R$ 360 mil), 21% de pequeno porte (entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões), 12% de médio porte (entre R$ 3,6 milhões e R$ 48 milhões) e 10% de grande porte (acima R$ 48 milhões). A maioria das empresas, 69%, é do setor de serviços. Outros 23%, de comércio, e 8% de indústrias. Das empresas ouvidas, 52% têm cinco anos, 12% têm mais de cinco e menos de dez anos e 37%, mais de dez anos.
Na avaliação dos especialistas, os empre-
sários de Salvador também precisam ouvir
mais seus clientes. É comum, segundo o
professor da Unifacs, julgarem conhecer os
consumidores por causa do contato direto,
mas eles não abrem canais de reclamação.
Sem pesquisas ou incentivo para os clientes
se queixarem, torna-se mais difícil ajustar o
serviço ou produto às necessidades deles.
De acordo com a pesquisa, quatro em cada
dez disseram que não sentem retorno satis-
fatório do esforço investido no negócio e isso
pode ter relação com a falta de retorno dos
clientes. Segundo Dultra, da Unifacs, quando
conversam com os consumidores, os empresá-
rios querem muito mais uma validação do que
conhecer os problemas da própria empresa.
Mesmo com site e páginas em redes so-
ciais, o sócio da loja de produtos de marce-
naria ouvida na pesquisa, a Viplac, Carlos
Henrique Rocha, diz que não consegue ter
retorno dos clientes. “Não se expressam. Se
tiverem alguma inquietude, eles deixam de
comprar”. A loja liga para clientes que não
compram há seis meses. “Essa é uma forma
de ter o feedback delas”, conta Rocha.
Para Sérgio Guimarães, sócio da LX-360
Gestão Empresarial, que participou do estudo,
os resultados mostram que estamos numa fase
de adaptação da comunicação empresarial. “O
novo consumo está baseado em experiência,
não basta apenas vender para o seu cliente,
é preciso mostrar o valor do seu produto ou
serviço. A comunicação de qualquer negócio
deve estar pautada em transparência e atenção
as necessidades dos seus clientes”. [B+]
26 r e v i sta [ b + ] d e z e M B R O d e 2 0 1 5
as palavras-CHave na visão dos entrevistados
Como sua empresa conquista os clientes?
Necessidades
Dificuldades
EncantandoprospeCção e ComuniCação
ambiente de neGóCios
fazendo o Cliente se sentir úniCo
FiNANçAS
ACESSo Ao CRéDiTo
PoSSiBiliTANDo A ExPERiMENTAção Do PRoDUTo/SERViço
PLanejaMenTo
CapaCitação empresarial
exCeLênCia no aTenDiMenTo
Cultura empresarial loCal
infraesTruTura reDes De relaCionamento e inDiCação
legislação e tributação
ReDução De impostosmaRketiNg Digital
Uma pergunTa
para
MARIO SERGIO CORTELLA
Algumas empresas caem numa armadilha para
diminuir custos: descartar funcionários. Mas
elas esquecem que, ao fazer isso, estão jogando fora
investimentos que fizeram na formação das pessoas e no
modo como elas construíram a cultura em que estão. E,
quando houver a retomada do fôlego econômico, terão
que recontratar estas ou outras pessoas. Quem fizer a
conta vai notar que, se é para economizar em custo, o pior
é fazê-lo com os colaboradores. É o mais fácil, mas é o pior.
A demissão de funcionários para corte de custos também
abala a capacidade gerencial dos líderes, e é por isso que as
pessoas não podem ser o primeiro alvo durante a econo-
mia. Tem que ser processo produtivo, iniciativa de venda,
redução mesmo que momentânea da lucratividade, capa-
cidade de fazer mais com menos. Em última instância, o
corte. Como é o mais óbvio, acaba sendo algo escolhido no
ponto de partida, mas é equivocado fazê-lo, porque acaba
não só assustando quem fica, como colocando dentro da
empresa a ideia de que não há lealdade.
O filósofo Mario Sergio Cortella palestrou em Salvador no último mês sobre gestão, liderança e ética. Doutor em educação, Cortella já foi secretário municipal de Educação de São Paulo e docente da PUC-SP. Atualmente é professor da Faculdade Dom Cabral e comentarista da Rádio CBN e do Jornal da Cultura.
por RENATO ALBAN
Foto: elaine Higa
Qual o maior erro que as empresas podem cometer durante a crise?
uma pergunta
28 r e v i sta [ b + ] d e z e M B R O d e 2 0 1 5
especial
GRUPO MF . AMADO . DANI BRIGADEIRO . DELLy PãES . COM AMOR, DORA . STUDIO VIVA PILATESNATULAB . NOB . LABChECAP . hOLISTE . hOSPITAL DA BAhIA . BAhIAFARMA . ÓTICAS OPçãO
SChMIDT AGRíCOLA . FAzENDA PROGRESSO . QUALIDADOS ENGENhARIA . hOSTEL hOSPEDA SALVADORBOTECO DO PERí . RECONFLEX . ESTALO . VIAMíDIA . MORyA . BABETTE . LEBENS . AURANTIACA
AMMA ChOCOLATES . MERCADO ORGâNICO . SOST . MIX IDEAL . GRUPO LM FROTAS . ENAShOPPCONSTRUTORA CONSIL . SARTRE COC . COLéGIO MIRÓ . AVATIM . ESPUMIL . ECOLUz . BMD TêXTEIS
FUTURA ARQUITETOS . CENTROTOUR LOGíSTICA
[ + ]
ADVHAN FURTADO - SEBRAE BAHIA | MARINA REzENDE - DENDê BRANDS | JOãO PEDRO BAHIANA - AJE BAHIA
por LORENA DIAS, PEDRO HIJO, RENATO ALBAN e TEDE SAMPAIO
especial
Crescer em plena crise, transformar o negócio
em franquia, abrir novos empreendimentos.
Tudo isto poderia soar como uma ideia fora
do alcance ao considerar o contexto do ano de
2015. Mas os sócios Marcelo Conde e Fred Pra-
do, que iniciaram o Grupo MF em 2013, sonham
alto. Eles são donos do Utopia Resto-Bar, loca-
lizado no Rio Vermelho, em Salvador, que em
agosto abriu uma franquia em Belo Horizonte
(MG). “Este ano foi maravilhoso”, diz Fred.
Na contramão do que a Associação Brasi-
leira de Bares e Restaurantes (Abrasel) chama
de pior crise dos últimos 20 anos, o grupo teve
aumento de 60% no faturamento. O crescimen-
to na receita foi alavancado por novos empre-
endimentos, como é o caso do Utopia Eventos,
que já possui 42 contratos fechados até 2017.
Os sócios investiram ainda em dois novos
negócios localizados no Mercado do Rio
Vermelho: a Farani, marca gourmet de massas
italianas, e a Hamburgueria do Mercado,
com hambúrgueres vegetarianos. Também
resolveram apostar na experiência como fran-
quiados, ao investir em uma loja Ortobom no
recém-inaugurado Shopping Cajazeiras.
Somadas as receitas de todos os negócios de
Marcelo e Fred, o grupo faturou R$ 4 milhões
em 2015. Parte desse valor vem dos royalties da
franquia mineira, que já estava dando lucro em
menos de quatro meses de funcionamento.
Para Fred, um dos diferenciais dos res-
taurantes Utopia são as caipiroskas. “A mais
procurada é a de algodão-doce. Hoje a gente
tem cinco máquinas de algodão-doce para
atender à demanda”, conta. A unidade baiana
recebe em média 200 clientes nos dias mais
movimentados, a exemplo da “Quinta Do-
brada”, que atrai os fãs das caipiroskas por
oferecer duas bebidas pelo preço de uma.
O restaurante também tem forte presen-
ça nas redes sociais, em especial no Insta-
gram, onde possui mais de seis mil seguido-
res. Por lá, mensagens divertidas publicadas
pelo perfil e ações sociais promovidas pelo
Utopia incentivam a mídia espontânea. En-
tre as ações está o “Dia do Amigo”, que acon-
tece uma vez por mês e é quando os garçons
são substituídos por outras pessoas, que
doam sua comissão para uma causa social.
O Grupo MF também aplicou algumas
iniciativas na gestão do negócio para driblar
a crise. “Nesta época, ou você aumenta a
receita ou você reduz custo”, comenta Fred. O
Utopia fez os dois. Além de contratar um au-
xiliar administrativo para lidar apenas com
o setor de compras, uma das ações dos sócios
foi incentivar os funcionários a economizar.
“Por exemplo, se eu reduzo R$ 400 na conta
de água, cada pessoa ganha proporcional-
mente uma parte desse valor”.
Para 2016, o foco é na inauguração da pri-
meira filial do Utopia em São Paulo. Como
o mercado é considerado estratégico pela
dupla de sócios baianos, um deles, Marcelo,
deve se mudar para a capital paulista. O
grupo também fechou contrato para abrir a
segunda franquia, dessa vez em Campinas,
interior de São Paulo.
de Caipiroska de alGodão-doCe a HambúrGuer veGetarianoCom criatividade, donos de restaurante de Salvador investem em novos negócios e garantem crescimento de 60%
1
Foto
: tay
se a
rgôl
o
30 r e v i sta [ b + ] d e z e M B R O d e 2 0 1 5
destaques de 2015
Grupo MFMédio2013SalvadorComércio de alimentos
R$ 4 milhões
60%39
Aumento de cerca de 5% no custo dos produtos usados no restaurante
investiu em novos negócios e reduziu despesas
Porte
ano de fundação
Sede
Setor
Faturamento em 2015 (previsão)
desempenho no ano
n° de funcionários
Como sentiu a crise
estratégias para superar a crise
Fred prado e Marcelo Conde são sócios do
grupo MF
W W W. p o rta l b m a i s . C o m . b r 31
especial
Com os prêmios de melhor restaurante do Nordeste e chef revelação, o
Amado comemora outra vitória em 2015: manteve as contas no azul. “Prêmio
só quer dizer sucesso de crítica. E o grande dilema não é fazer sucesso, é fazer
resultado”, diz o chef e empresário Edinho Engel.
Ele reconhece a importância do Prêmio Melhores do Ano Prazeres da
Mesa/Cacau Show para o estabelecimento e para o chef Fabrício Lemos, à
frente da cozinha do Amado, mas ressalta que o foco em 2015 foi manter a
receita fora do vermelho. Para isso, apostou na criação de um menu execu-
tivo. Com prato principal e sobremesa, ele sai por R$ 50, preço inferior ao do
prato mais barato do cardápio, que custa R$ 56.
“Conseguimos ocupar o horário de almoço, que não era tão forte. O Amado sem-
pre esteve bem posicionado como um restaurante mais elitizado, mais gastronômi-
co”, diz Edinho. O que o empresário ganhou com a estratégia cobriu o que perdeu
com a queda do número de eventos corporativos realizados no restaurante.
nova eConomia pede novo CardápioPerto de completar dez anos, amado lança almoço executivo e renova equipe para manter faturamento
2
Foto
: tay
se a
rgôl
o
32 r e v i sta [ b + ] d e z e M B R O d e 2 0 1 5
destaques de 2015
Outro plano foi a renovação da equipe da
cozinha, o que Edinho chama de “desburocrati-
zação”. “Fiz uma reengenharia. Tinha gente que
ganhava muito. Tirei chefs e botei cozinheiros”,
afirma. Segundo ele, o número de funcionários,
no entanto, foi mantido. Ele planeja renovar a
equipe administrativa em breve.
Uma terceira frente de atuação do Amado
para contornar os efeitos dos problemas
econômicos do país foi se aproximar da
Associação Brasileira de Bares e Restauran-
tes (Abrasel). “Foi um ano em que se pensou
muito no socioativismo, muitas conversas
com autoridades, com o governo”.
Para Edinho, esse movimento de
união é necessário para o segmento, que
não conta com a mesma representação
política da indústria ou do agronegócio.
Ele defende um estímulo mais forte ao
turismo e uma flexibilização das leis tra-
balhistas, para que o mesmo profissional
possa assumir mais funções.
Enquanto o setor se organiza no
Legislativo, Edinho segue ganhando
prêmios e criando estratégias para tor-
nar o Amado mais rentável, sem perder
o status que conquistou em quase uma
década de funcionamento.
AmadoMédio2006SalvadorComércio de alimentosR$ 6,7 milhões5%50
Número de eventos realizados no restaurante caiu
lançou menu executivo, renovou equipe e se aproximou de associação do setor
Da esquerda para a direita: Fabrício Lemos, Edinho
Engel e Gil Brito, chef, dono e maitre do Amado
W W W. p o rta l b m a i s . C o m . b r 33
4
Em busca de renda extra, Daniela Bastos (foto) vendia brigadei-
ros para os colegas de trabalho. Em 2011, decidiu abrir o próprio
negócio, a marca Dani Brigadeiro. No ano passado, ela deixou a
cozinha de casa e abriu um ateliê no bairro de Pernambués, em
Salvador. Hoje, a doceira especializada em brigadeiros gourmet
fatura cerca de R$ 60 mil anualmente.
Para aumentar o número de encomendas em 2015, a empresá-
ria investiu na diversificação dos produtos e passou a oferecer
bolos, brownies e outros doces. Outra novidade é o serviço de
pronta-entrega, disponível duas vezes na semana, para atender os
clientes que pedem em cima da hora.
Pós-graduada em gestão de negócios, Daniela também ministra
cursos de brigadeiro gourmet no período de menor movimento de
encomendas. Desde outubro de 2014, ela já formou 40 turmas. “É uma
forma de dar chance aos negócios de outras pessoas, porque está
difícil para todo mundo e há mercado para todos”, afirma a doceira.
A moda gourmet, que ganhou capital e região metropolitana, chegou ao município de Jacobina. A aposta em produtos mais elitizados foi a estratégia da marca Delly Pães para aumentar a clientela. “O preço nunca foi nosso diferencial”, conta o empresário Levi Bahia. Com uma padaria há cinco anos, ele abriu uma delicatessen em outubro no centro da cidade, um investimento de R$ 1 milhão, para vender produ-tos gourmet. O novo empreendi-mento tem 30 funcionários, cinco vezes mais que a padaria. Levi admite que teve queda nas vendas e que elevou preços para acompa-nhar a inflação, mas afirma que manteve o faturamento da padaria com o serviço de delivery.
MuiTo Mais Do que fazer BrigaDeiro
QuaNDo a gouRmetização Vale a peNa
Micro2011SalvadorComércio de alimentosR$ 60 milEstável1Redução da quantidade de doces por encomendaManteve os preços dos produtos, fez promoções e iniciou serviço de pronta-entrega
Micro2010JacobinaComércio de alimentosR$ 360 milEstável36Sofreu queda nas vendas e sentiu o aumento dos custos dos produtosAbriu uma nova unidade da marca e investiu em produtos mais elitizados
Dani Brigadeiro
Delly Pães
especial
Diversificar os produtos e dinamizar a entrega das encomendas foram as ações da Dani brigadeiro para manter o faturamento
oPinião ADVHAN FURTADo
o elo mais forte
esse não foi um ano comum na economia, não foi um ano comum na política e muito menos nas páginas policiais. se para a população essa transformação trouxe o arrocho, o desemprego e a perda de renda, para os empresários, foi ainda mais incisiva. gritou, como a esfinge: decifra-me ou te devoro. e muitos estão sendo devorados.
Diz-se que se avalia a força de uma corrente pelo seu elo mais fraco. gostaria de subverter a regra um pouco. estamos em um momento onde o elo mais forte é o mais importante. Dentre tantos fatores e elos para o sucesso da empresa, o mais impor-tante é o da liderança. e neste momento de mudança esse tem que ser o mais forte. afinal é baseado no sonho desse líder que se constrói a organização. ele é o motivador e guia da empresa.
tenho conversado com muitos empresários, líderes, e a grande maioria está animada com a batalha, nasceram para isso. decidiram empreender em busca de um sonho e estão acostumados a superar desafios todo o tempo. eles sabem que 2016 não será um ano fácil, mas têm certeza de que terão uma empresa melhor e que sairão na frente.
Advhan Furtado, superintendente do Sebrae Bahia
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5
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A marca de acessórios de beleza Com Amor, Dora cresceu com estratégia que se tornou
comum entre microempresários: aumenta sua presença nas redes sociais e convida segui-
dores para conhecer seus produtos em eventos itinerantes. Com vontade de ter uma loja
física, a dona da marca, Isadora Alves (foto), inaugurou seu ateliê em 2015 em um espaço
colaborativo. “Os nichos são alugados para empreendedores criativos com o intuito de
baixar os custos”. No local, Isadora lançou o projeto Loja Aberta, onde marcas menores
podem expor seus itens. “Isso acaba trazendo novos públicos e movimentando o espaço”.
A Com Amor, Dora, que teve crescimento de cerca de 50% no faturamento em 2015, pre-
tende abrir uma nova loja no próximo ano, dessa vez apenas com artigos da marca.
Entender a necessidade dos seus clientes foi
um ponto crucial para o crescimento do Stu-
dio Viva Pilates. Com previsão de faturamento
de R$ 72 mil e crescimento de cerca de 70%
em comparação ao ano anterior, a empresa,
localizada em Salvador, precisou ir além dos
preços populares, que já oferecia, para não
perder clientes por causa da crise.
Com o aumento no índice de desemprego
– que em outubro passou de 8,5% para 12,8%,
na capital – muitos alunos não conseguiram
a favor Da CoLaBoração
FlexiBiliDaDe Na CRise
Micro2012SalvadorComércio de acessórios de belezaR$ 30 mil50%4Teve redução nas vendasAbriu uma loja física dividindo despesas com outras marcas
Micro2012SalvadorServiços de saúdeR$ 72 mil70% 3Alunos com dificuldades para pagar porque ficaram desempregadosPreço popular, promoções e mudança de status da empresa para atrair investimentos
Com amor, Dora
Studio Viva Pilates
destaques de 2015
microempresária se junta a outras marcas para abrir loja física e aumenta faturamento em 50%
continuar pagando a mensalidade. “A gente
começou a dar descontos, fazer promoções e
dar bolsas para alguns”, conta Mércia Batista,
dona da empresa. As iniciativas deram certo
e o número de matrículas aumentou em 60%.
Para conseguir crédito para novos investi-
mentos, Mércia mudou o status do estúdio de
Microempreendedor Individual para Micro-
empreendedor em 2016.
O objetivo é sair do aluguel e ir para uma
sede própria.
Foto
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especial
Marconi Sampaio, fundador da Natulab
36 r e v i sta [ b + ] d e z e M B R O d e 2 0 1 5
destaques de 2015
Propor soluções a problemas é o mantra dos empreen-
dedores. Como diz o título da biografia do publicitário
baiano Nizan Guanaes, “Enquanto eles choram, eu
vendo lenços”. Já o Grupo Natulab vende remédios. O
laboratório farmacêutico de Santo Antônio de Jesus
investiu em medicamentos para dor de cabeça, cansaço
e estresse no ano da crise. O último, inclusive, tornou-
se líder nacional em vendas.
Depois de três anos com crescimento maior que
qualquer empresa do setor no país, o Natulab segue
expandindo. A empresa estima faturar R$ 250 milhões
no ano, R$ 50 milhões a mais que no ano passado. Para
isso, inaugurou, em julho, duas linhas de produção de
medicamentos em aerossol e dermocosméticos. “Foi
um ano extremamente positivo, pois garantimos a
expansão da fábrica e mantivemos o ritmo de cresci-
mento projetado”, diz Marconi Sampaio, fundador e
presidente do conselho deliberativo do laboratório.
O crescimento da empresa foi ainda assegurado por
investimentos por meio do Pátria, um fundo privado
voltado apenas para empresas brasileiras. Conse-
guir apoio financeiro é estratégia do Natulab desde
a fundação, em 2000. “Percebi que esse mercado de
medicamentos era o mais viável na época, mas aprendi
que não era possível crescer nesse setor sem aporte de
capital e apoio”, conta Marconi.
Para garantir o crescimento de 25%, o laboratório
também contratou empresas de consultoria em gestão.
“Elas nos ajudaram a alcançar as metas”. Aliado a isso,
o grupo ainda fechou contratos na maior feira do setor,
realizada em São Paulo, e investiu em campanhas, uma
delas de alcance nacional.
Foco em resolver problemas, expansão contínua, in-
vestimento privado e publicidade. Esta é a receita que
levou o Grupo Natulab a aumentar de sete para quase
mil o número de funcionários em 15 anos e a tornar-se
uma das empresas mais promissoras do estado.
enquanto eles CHoramlaboratório cresce 25% no ano com expansão de fábrica, novas linhas de medicamentos e recursos de fundo privado
NatulabGrande2000Santo Antônio de Jesusindústria de produtos de saúde
R$ 250 milhões25%986
A alta do dólar afetou o preço dos insumos usados na fabricação dos medicamentos, pois a maioria deles é importada
Conseguiu investimento privado, lançou linhas de medicamentos, investiu em campanhas e contratou consultoria de gestão
7
Foto
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ção
W W W. p o rta l b m a i s . C o m . b r 37
especial
Depois de três décadas da fundação, o Labchecap
lista os efeitos da crise no setor de saúde e na pró-
pria empresa. Com a alta do dólar, subiu o preço
das vacinas, que são importadas. Com a dos juros,
o financiamento de máquinas ficou mais compli-
cado. Já com a do desemprego, a estimativa é que
alguns clientes percam o plano de saúde.
Apesar dos problemas, a empresa decidiu
manter os projetos que tinha planejado para o
ano. Abriu quatro postos, comprou máquinas
com antecedência e investiu em serviços de
Acostumado a uma expansão de 15% ao ano, o Núcleo de Oncologia
da Bahia (NOB) desacelerou em 2015. “Os pacientes estão perdendo
os convênios”, conta Gildete Lessa (foto), sócia e diretora técnica
do NOB, que demitiu dez dos 140 funcionários que tinha em 2014.
Mesmo com as dificuldades, aumentou em 10% o faturamento no
ano. O caminho encontrado para continuar em ascensão foi investir
cerca de R$ 1,2 milhão em projetos. Em 2015, ampliou a unidade que
mantém no Hospital Português e abriu uma clínica em Aracaju – a
primeira fora da Bahia – em parceria com um grupo sergipano.
Além dessas unidades, a empresa, que já tem clínica em Lauro de
Freitas e um núcleo no Hospital Santa Izabel, ainda negocia para gerir
um centro oncológico na Santa Casa de Misericórdia em Salvador.
“Também prevíamos abrir serviço no antigo Hospital da Unimed, mas
isso vai ficar para o ano que vem. A gente está contendo nossa ansie-
dade de fazer grandes projetos porque o dólar está muito alto”, explica
a diretora do NOB. O próximo grande investimento será feito pela
holding Oncoclínicas, que é dona de 51% do Núcleo, para melhorar o
sistema de prontuário médico. Serão R$ 2 milhões investidos no setor
de informática das 32 clínicas de diferentes grupos que administra.
plaNejaR, muDaR, ampliaR
PARA SoBREViVER, CRESCER
Labchecap estima crescer até 30% no ano com investimentos em serviços de imagem de baixa complexidade
núcleo de oncologia da bahia investe em inauguração e ampliação de unidades para garantir crescimento
Médio1982SalvadorServiços de Saúde*30%530
Sofreu com a alta do dólar e dos juros
investiu em serviços de imagem de baixa complexidade
Médio1992
SalvadorServiços de saúde*10%130
Pacientes perderam convênio e alta do dólar dificulta novos investimentos
investiu em projetos, como ampliação e inauguração de unidades
labchecap
NoB
imagem de baixa complexidade, como ultrassom
e raios-X. Ao todo, foram R$ 10 milhões em me-
lhorias em 2015. O resultado foi um crescimento
de 30% do faturamento anual.
“Para 2016, o plano de crescer continua em
vista e pretendemos abrir novos pontos”, diz
Maurício Bernadino, sócio e presidente do
Labchecap. A previsão é que os novos empreen-
dimentos serão na capital e região metropoli-
tana. A empresa também pretende investir em
capacitação de pessoas e ações motivacionais.
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Há dez anos no mercado, a rede de lojas Óticas Opção investiu em 2015 para conseguir uma terceira opinião sobre o próprio negócio. A empresa fortaleceu a equipe de liderança contratando colaborado-res de diferentes setores do merca-do. “Eles trouxeram uma visão inédita sobre a empresa e seus po-tenciais. Isso foi muito importan-te”, conta a sócia Elisabete Valver-de. Também contratou serviço de consultoria e auditoria e investiu em comunicação, em especial em novas mídias, para atingir um nú-mero maior de potenciais clientes. Com essas iniciativas, a empresa conseguiu manter o faturamento do ano passado. A rede conta com um quadro de 250 colaboradores e 27 lojas nas cidades de Salvador, Lauro de Freitas, Feira de Santana e Camaçari.
O médico Luiz Fernando Pedroso não esconde o sentimento de pre-ocupação: “Não vejo como driblar a crise, não sou mágico. Na crise, a gente paga a conta, realiza os pre-juízos”. Dólar alto, inflação acima da meta e clientes inadimplentes. Todos são fatores negativos para a clínica psiquiátrica Holiste, di-rigida por Luiz Fernando. Mesmo com os problemas, no entanto, a empresa repetiu o faturamento do ano passado. “Não tínhamos meta de crescimento [para 2015] a não ser para a qualidade e excelência dos serviços”, diz o médico. Já para 2016, a Holiste planeja uma expansão que foi prevista no ano passado, quando anunciou investi-mento de R$ 24 milhões em nova sede. A unidade terá 20% de vagas a mais que a atual. “Será um ano de inaugurações e comemorações”.
Caçula dos grandes hospitais priva-dos do estado, o Hospital da Bahia foi fundado em 2006 como uma op-ção no seguimento de saúde de alta complexidade assistencial. A uni-dade conta com 300 leitos, mesma quantidade de grandes hospitais públicos da Bahia, como o Hospital Geral do Estado (HGE). Ainda assim, o superintendente-executivo do hospital privado, Marcelo zollinger, reconhece que o quadro econômico do país não ajuda. “Isso nos exige uma atuação com criatividade e ousadia, mas mantendo os pés no chão”. As estratégias da unidade para conseguir estabilidade em 2015 foi melhorar a gestão. “Atingimos um grau de visibilidade que nos obriga a crescer na área de incorpo-ração tecnológica, fazer treinamen-tos de profissionais e incrementar o número de leitos e serviços”.
soB uma NoVa ótiCa
meta Na QualiDaDe
Com os pés No Chão
Grande2006SalvadorServiços de saúdeR$ 200 milhões*1.400 Aumento da carga tributária
Melhorou a gestão
Hospital da Bahia
No setor público, a Bahiafarma se destacou no ano da crise. No último ano, a empresa fechou con-tratos no total de R$ 90 milhões com o Ministério da Saúde. Ela acompanha a expansão do setor farmacêutico, que cresceu 15% no ano, de acordo com a associação do setor (Abradilan). Segundo o diretor-geral, o médico Ronaldo Dias, o setor ainda tem muito a ser explorado na Bahia e em todo o Nordeste. “A crise é um fator a ser considerado, porém o mercado para a nacionalização e o estabele-cimento de cadeias produtivas em território brasileiro têm muito a crescer”, afirma. Para 2016, ele con-ta que a meta é iniciar a produção de imunobiológicos. A Bahiafarma pode se tornar a primeira empresa do Nordeste a produzir esse tipo de medicamento.
pioNeiRa No NoRDeste
GrandeRefundada em 2011Salvadorindústria de produtos para saúdeR$ 900 milhões**
56Aumento no preço dos produtosinvestimento na produção de novos medicamentos
Bahiafarma
destaques de 2015
Grande2005SalvadorComércio de ótica* Estável250Retenção de investimentos e mudanças Buscou novos meios de comunicação e realizou consultorias e auditorias
Óticas opção
Médio2000SalvadorServiços de saúde*Estável150Aumento no preço dos produtos
Manteve qualidade dos serviços e investimento em nova sede
Holiste
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* não permitiu divulgação de faturamento** não estava em atuação no ano de 2014, base para comparação de desempenho
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especial
Menina dos olhos do governo entre os grandes setores, a agropecuária enco-
lheu em 2,4% no terceiro trimestre deste ano. No oeste da Bahia, a crise já é
sentida, seja na alta do dólar, que encarece insumos, seja na escassez de crédito
em instituições financeiras. Nada disso impediu a produtora de algodão e soja
de Barreiras Schmidt Agrícola de crescer.
E não foi pouco: 25%, uma diferença de R$ 10 milhões a mais no caixa da
empresa em relação ao ano passado. “Se a gente parar de expandir [em tamanho]
e aproveitar o potencial produtivo dessas terras, através de tecnologia, é possível
elevar essa média”, afirma David Schmidt, um dos sócios da empresa. Mas, segun-
do ele, o momento é oportuno para aumentar o terreno.
David tem feito arrendamentos de terra de produtores menores que estão sain-
do do oeste da Bahia para adquirir espaços maiores em locais mais baratos, como
Desde o início, a Fazenda Progresso, em Ibicoara,
na Chapada Diamantina, aprendeu a se adaptar
para sobreviver. Quando a família Borré migrou
do sul do país para a Bahia na década de 80, tentou
implementar as culturas da soja, trigo, milho e fei-
jão. A falta de chuvas regulares e de infraestrutura
atrapalhou. Na década seguinte, a fazenda – e a
economia da região – deslancharam com as planta-
ções de batata-inglesa e de outras hortaliças.
Hoje, a fazenda é uma das maiores produtoras
de batata e café especial do Brasil. O sócio Fabiano
Borré conta, no entanto, que a empresa tem
sofrido com a crise hídrica e com a crise econômi-
ca, com redução dos valores de venda e aumento
GanHando terreno
pRogResso mesmo Com Falta D’água
schmidt agrícola cresce no oeste enquanto setor agropecuário nacional sofre retração
Fazenda localizada em agropolo utiliza software de monitoramento para superar crise hídrica
Fazenda ProgressoGrande1984ibicoaraProdução agrícola
*Estável800
inadimplência e aumento dos custos de produção
Diversificou os produtos e aumentou o controle da irrigação por causa da seca
Schmidt AgrícolaGrande1979BarreirasProdução agrícola
R$ 50 milhões25%70
oscilação do dólar e redução de crédito das instituições financeiras
Expansão e uso de tecnologia
em Tocantins ou no Piauí. O objetivo do produ-
tor agora é investir em mão de obra e tecnologia.
“O mercado hoje nos exige muita competência
humana e muitos controles automatizados para
tomar as decisões em tempo hábil”.
Ele se queixa da dificuldade em achar
profissionais qualificados. Para se ter ideia,
apenas 20% da equipe da empresa tem ensino
superior. Para ele, esse é um entrave para o
crescimento do oeste, que, por enquanto, está
na contramão do que acontece no setor agro-
pecuário nacional.
nos custos de produção, que depende de matéria
-prima importada. O cenário requer adaptação:
Fabiano quer desenvolver novos produtos para
diversificar os negócios ao passo que otimiza o
consumo d’água.
Desde 2011, o Agropolo de Mucugê e Ibicoara,
que reúne mais de 20 produtores rurais, vem
acompanhando a utilização de água pelas em-
presas participantes com o objetivo de melhorar
o uso do recurso. “Desta forma, é possível irrigar
de forma distinta cada cultura e cada lote em es-
pecífico, de acordo com a demanda exata daquele
momento”, explica o sócio da Fazenda Progresso,
uma das contempladas pelo monitoramento.
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* não permitiu divulgação de faturamento
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laranjeiras, a quase 15 minutos de carro para quem sai de aracaju, guarda não só parte da memória arquitetônica de sergipe, mas também oferece um dos melhores espaços para aproveitar o contato com a natureza com comodidade. o Hotel Fazenda boa luz é, há 17 anos, o principal destino para quem busca lazer e tranquilidade no estado.
Sob nova administração, o local passou por reformas nas principais áreas de convivência. Com um espaço de sete milhões de metros quadrados, o boa luz é o maior hotel fazenda do nordeste. o local é perfeito para você e sua família relaxar e se divertir enquanto aprovei-tam o clima rural de uma mini fazenda e ainda admiram animais exóticos. Outros pontos altos do hotel são o Mundo dos Insetos, voltado para adultos e crianças que querem conhecer sobre diferentes espécies, e o vale dos Dinossauros, uma representação em tamanho próximo ao dos animais que viveram há milhões de anos.
o clima tropical do lugar vem em boa hora, já que o visitante tem à disposição um parque aquá-tico temático que conta com quatro toboáguas, playground molhado e uma fantástica piscina de ondas. além disso, atividades como montaria, ordenha, pesca, passeio de trenzinho, charrete e pedalinho são algumas das sugestões oferecidas. um diferencial do boa luz é que o hotel e o parque são separados, uma ótima opção para as famílias que querem relaxar e também oferecer programas animados para as crianças.
Em harmonia com a naturezahotel FAzeNDA BoA lUz, PertiNho De sAlvADor, oFereCe AtrAtivos PArA toDA A FAMíliA
Onde fica: rodovia br- 235, km 16, s/n - zona rural, laranjeiras
Quem sai de Aracaju: Pegue a BR-101, suba o viaduto que dá acesso à br-235 sentido itabaiana. o hotel fica no Km 16.
Reservas: hotelboaluz.com.br(79) 3281-4848
O empresário Edivaldo Oliveira começou vendendo picolé com oito anos e hoje é dono da indús-tria baiana de colchões Reconflex. Com 22 anos, a empresa sentiu a redução do poder de compra de seus clientes e teve que baixar os preços dos produtos. Mas, interna-mente, não ficou parada e conse-guiu elevar em 11% o faturamento em 2015. Automatizou o setor de estofados e camas-boxe – processo que começou no ano passado e foi finalizado em agosto – e conseguiu enxugar o quadro de funcioná-rios e melhorar a produtividade. “No setor de colchões, reduzimos os custos com mídia televisiva e optamos investir em ações nos pontos de venda e nas parcerias com nossos clientes”, diz Thayse Mendonça, diretora de marketing da empresa.
Dos PiCoLés aos CoLChões
Grande1993Santo Antônio de Jesusindústria e comércio de colchões
*11%310Sentiu a redução do poder de consumo da populaçãoinvestiu em tecnologia para automatizar processos e aumentar produtividade
Reconflex
Em dez anos, a prestadora de serviços de tecnologia Qualidados Engenharia deixou de ser uma microempresa e passou a ser uma empresa de grande porte. Só entre 2012 e 2014, o faturamento da Qualidados mais que dobrou. Em 2015, no entanto, sofreu com a crise da Petrobras, um de seus maiores clientes. Para amenizar a perda, conseguiu atrair novos projetos de grandes empresas, como Braskem, Gerdau e Vale, e manteve o faturamento do ano passado. Também em 2015, a Qualidados fez investimentos para melhorar o sistema interno de gestão de contratos. “Esta-mos aproveitando o momento de respiro para incrementar e desenvolver o que temos de bom. Somos uma empresa inquieta”, afirma a diretora, Jane Carvalho.
momeNto De RespiRoGrande1993SalvadorServiços de tecnologia
R$ 152 milhõesEstável600Sofreu com a crise da Petrobras, que era cliente da empresainvestiu em melhoria de sistema de gestão interno
Qualidados Engenharia
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Depois de um Carnaval fraco, o Hostel Hospeda Salvador, no Pelourinho, investiu em um contato mais próximo com os clientes por meio do WhatsApp e do Facebook. Com isso, já fechou 90% dos pacotes para a festa de 2016 e ainda ga-rantiu presença entre as cinco hospedagens mais bem ava-liadas de Salvador no site TripAdvisor. “O estreitamento do laço com os clientes é o futuro. Eles não querem ir para hotel, querem ir para casa”, diz o dono do empreendimento, David Costa. Para fazer os hóspedes se sentirem em casa, ele faz contato via redes sociais e mantém o hostel fora de grandes sites de hospedagem, como Decolar e Booking. O próximo passo agora é atrair os estrangeiros. De olho na alta do dólar, David lançou um sistema de pagamento por bitcoins, moeda digital popular nos Estados Unidos.
eNtRe zap-zaps e BitCoiNsMicro2007SalvadorServiços de turismo
R$ 68 mil-34,1%**3Sofreu com crise no setor de turismointensificou presença no WhatsApp e Facebook e lançou sistema de pagamento por bitcoins
Hostel Hospeda Salvador
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Além de memes, fotos e bate-papos, o aplicativo de conversa WhatsApp é uma poderosa ferramenta de comunicação para empresas. Com mais de 700 clientes na agenda, Jailton Fernandes, dono do Boteco do Perí, informa aos frequentadores sobre promoções e eventos. A estratégia rendeu um aumento estimado de 30% no faturamento da empresa em comparação com 2014. “Percebi que essa é uma forma simples e barata de continuar crescendo”. Ele acredita que pode até superar os 30%, caso o fim de ano seja bom para os negócios. O Boteco do Perí também possui um site e perfis no Instagram e Facebook. O importante, segun-do Jailton, é ficar ativo na rede para superar a crise.
o poDeR Do smaRtphoNeMicro2010SalvadorComércio de alimentos*30%8Aumento no preço dos produtosinvestiu na comunicação com os clientes por redes sociais
Boteco do Perí
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* não permitiu divulgação de faturamento** o ano de 2014, usado para comparação, foi atípico para o hostel devido à Copa do Mundo
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Maíra e Tiago Holtz, sócios da agência de marketing Estalo
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destaques de 2015
Logo no começo do ano, a publicitária Maíra Holtz mandou
um comunicado para sua equipe: “Ouvimos falar da crise, mas
decidimos não participar dela”. Ela é sócia e diretora da agên-
cia de marketing Estalo, em Salvador, e não nega os efeitos da
crise econômica nos negócios, mas não abaixou a cabeça.
Com as empresas cortando verba de comunicação, o fatura-
mento da agência especializada em live marketing – ação pro-
mocional que abrange a parte estratégica dos clientes – caiu
em 5%. Mas a diretora da Estalo se diz satisfeita com o ano. Em
2015, aumentou de 23 para 28 o número de contas que atende.
E mais: a agência, que já teve como clientes grandes
empresas – como Coca-Cola, Ambev, Petrobras, Suzano e
Grupo Petrópolis – e que há cinco anos atua fora do estado,
vai abrir unidade no Rio de Janeiro no ano que vem de olho
nos Jogos Olímpicos de 2016. O investimento para o novo
escritório será de R$ 400 mil.
Com a expansão, a Estalo estima crescer 55% no próximo
ano. O plano de ir para o Sudeste não é novo. Maíra conta que
quando ela e o sócio, Tiago Holtz, estudavam o mercado para
abrir a empresa, em 2007, eles chegaram a pensar em ir para
São Paulo, mas acabaram se estabelecendo em Salvador e
atendendo a empresas do Sudeste.
Além do investimento na unidade carioca, Maíra acredita na
qualidade e empenho de seus profissionais para espantar a crise.
“Não temos muito segredo, a equipe toda trabalha duro. E ama”.
partiu rioagência de marketing intensifica trabalho e planeja abrir escritório no rio de Janeiro em 2016
EstaloMédio2007SalvadorServiços de comunicação*-5%26
Clientes reduziram verba em comunicação
Captou mais clientes e fez parcerias no Rio de Janeiro para abrir unidade no estado em 2016
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* não permitiu divulgação de faturamento
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Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. Não é assim que
funciona na Viamídia. A empresa, que teve crescimento de 11% na
carteira de contas em 2015, seguiu a mesma orientação que dá para os
clientes: investir em publicidade. “Somos uma das agências que mais
anunciam no mercado”, afirma o publicitário Américo Neto (foto).
A agência começou quando Américo e seu sócio, Alan Abreu, esta-
vam na faculdade, em 1996. “Começamos do zero, com dois computa-
dores”, conta Américo. Quase 20 anos depois, a Viamídia soma mais
de 40 prêmios e uma receita estimada em R$ 4 milhões.
Apesar da trajetória, este foi um ano difícil para a empresa, que
demitiu quase 40% da equipe e teve redução de 20% no fatura-
mento por causa de cortes de clientes na verba de publicidade. A
saída foi montar uma estrutura própria de gestão de redes sociais
para melhorar a comunicação digital. Para 2016, a agência pretende
intensificar sua atuação em outros estados.
No mês passado, a agência de comunicação Morya mudou de endereço.
“Mais moderna e mais atrativa para o mercado e para nossa equipe”, diz
o sócio Gustavo Queiroz sobre a nova sede. A ideia é ter mais visibilidade
no mercado. “Também adotamos uma postura agressiva de comuni-
cação”. Com clientes em Salvador, Recife, São Paulo e Porto Alegre, a
agência quer crescer ainda mais e, para isso, aposta na própria fórmula:
fortalecimento de marca. Em 2015, conseguiu captar grandes clientes,
como Aurantiaca, Fieb, Grupo RBS e Renova Energia. Além disso, a socie-
dade com o Grupo ABC desde 2011 tem melhorado os sistemas da agên-
cia, com investimentos em tecnologia. Paralelo a isso, fez um programa
de controle de custos, que incluiu a substituição de parte da equipe.
ANUNCiAR PARA FoRTAlECER A MARCA
seguiNDo a pRópRia CaRtilha
a viamídia conquistou novos clientes ao investir em publicidade
Médio1956SalvadorServiços de comunicação**100
Diminuição de verbas de clientes em publicidade
investiu em nova sede e em comunicação
Morya
oPinião MARiNA REzENDE
Marca, a aliada mais forte
Que o ano de 2015 foi muito difícil (quase) todo mundo concorda. as empresas tiveram que voltar os seus olhares para as suas planilhas de custos e investimentos em (quase) todos os casos. e com a queda do consumo, (quase) todas as previsões de crescimento des-pencaram. mas, afinal, quem não fez parte desse grupo?
Difícil estabelecer um parâme-tro para definir o que é alcançar um bom resultado num cenário como esse. Mas ter preservado a confiança do seu cliente pode ser um bom indicativo de que a sua marca driblou a crise. no ranking das “Marcas Brasileiras Mais Va-liosas 2015” da interbrand, 12 das 25 marcas presentes aumentaram o seu valor de mercado. em todos os casos, o consumidor estava na base da estratégia da marca.
a retração do mercado sugeriu um novo comportamento de con-sumo, mais cauteloso. empresas de produtos ou serviços que tomaram atitudes inovadoras e mantiveram-se conectadas com os seus clientes por meio das suas marcas – enquanto geriam as suas planilhas – souberam aprovei-tar bem todo o potencial desse importante ativo estratégico. e a decisão pela boa gestão do negó-cio, aliada à boa gestão da marca, é o que define a conquista de algo muito valioso nesse cenário: a leal-dade do consumidor (ou quase).
Marina Rezende,publicitária e diretora daDendê Brands
Médio1996SalvadorServiços de comunicaçãoR$ 4 milhões-20%25
Clientes reduziram orçamento em publicidade
investiu no fortalecimento da marca da empresa e fez visitas mensais aos clientes para estreitar relações
Viamídia
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BabettePequeno2012Salvadorindústria de alimentos R$ 1,6 milhão45,4%64
Sentiu a retração do mercado, especialmente na Bahia
lançou novas linhas de pratos e investiu no comércio eletrônico e delivery
Daniel Frota é dono da Babette, empresa de produtos congelados
Foto
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se a
rgôl
o
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destaques de 2015
Nascida na era de ouro dos produtos gourmet, em 2012, a
Babette tinha até o ano passado três linhas de pratos con-
gelados, uma delas assinada pelo chef Laurent Resette. Em
2015, a marca lançou 13 outras linhas de produtos. A mudança
tirou a empresa do nicho gourmet e fez a Babette aumentar o
faturamento em 45,4%.
O reposicionamento contou com a venda de produtos
avulsos depois de o dono da marca, o empresário Daniel
Frota, perceber que alguns clientes não queriam os pratos
completos. “Queriam só o filé ou só o purê de mandioquinha,
por exemplo”. A oferta de itens congelados pela marca subiu
de 22 para 180 desde o início do ano.
Além de diversificar o cardápio, Daniel investiu no comércio
eletrônico, com serviço de entrega. Antes, ele mantinha o negó-
cio apenas com a revenda para supermercados e delicatessens,
forma de comercialização que sofreu queda em 2015. O empresá-
rio afirma que a perda foi balanceada com as vendas pelo site.
Outra estratégia da Babette foi aumentar a presença no
Sudeste. A empresa já está em outros estados por meio da
Não basta ter um bom produto. É preciso provar para os possíveis clientes que ele tem qualidade. Foi por isso que a empre-sa de alimentos congelados Lebens che-gou a oferecer mais de duas mil degusta-ções em um dos eventos corporativos em que esteve presente no ano. O sócio da empresa Nilson Nóbrega de Freitas afir-ma que sentiu a queda nas vendas, mas diz que não diminuiu os investimentos em comunicação e propaganda.
FoRa Do NiCho
Não Basta teR, tem Que pRoVaR
empresa de comida congelada cresce 45,4% após diversificar cardápio e investir em comércio eletrônico e delivery
Para alcançar crescimento de 20%, Lebens investiu em comunicação, na participação em eventos e em novos produtos
lebensPequeno2000Salvadorindústria de alimentos *20%20
Notou queda nos pontosde venda
investiu em propaganda e na presença em eventos corporativos e lançou produtos
revenda de produtos para a rede de varejo Sam’s Club, mas
pretende intensificar a atuação com investidores regionais
para operações locais. “Estamos fechando contrato para aten-
der ao Rio de Janeiro”, diz Daniel.
Já em São Paulo, a Babette tem 48 funcionários, três
vezes o número de profissionais que tem na Bahia. Para
Daniel, vale apostar no estado. Ele considera que o poder
de recuperação do mercado paulista é mais rápido do que
o baiano. Mesmo assim, o empresário segue investindo na
Bahia. No primeiro semestre de 2015, ele mudou a equipe de
uma cozinha em Salvador para uma indústria em Lauro de
Freitas. O investimento foi de R$ 1,5 milhão.
Com os novos aportes, a marca está com capacidade de
produção superior à demanda, mas desacelerar não entra
nos planos do empresário. “Vamos lançar uma linha fitness
no ano que vem assinada por um chef famoso”, adiantou.
Para ele, quem sair da crise terá uma marca fortalecida e com
alianças mais fortes. “Quem fica parado reclamando é que
não está vendendo”, diz Daniel.
Além de criar o setor de promoção de vendas, Nilson e sua sócia, Ana Célia Freitas, lançaram linhas de produtos. Dessa forma, conseguiram au-mentar em 20% o faturamento da Lebens. “Fecha-mos contratos com algumas das principais redes de varejo e começamos a fazer projetos-piloto de produtos novos para nichos”, diz o empresário.
Para o próximo ano, o objetivo é manter a estra-tégia conjunta de lançar mais produtos e manter o investimento em comunicação. “Queremos ser a opção predileta dos baianos”, afirma Nilson.
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* não permitiu divulgação de faturamento ou desempenho
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especial
A busca por produtos mais saudáveis tem
mudado o perfil do consumidor brasileiro. Se-
gundo levantamento da empresa de pesquisas
Nielsen, o consumo de bebidas não alcoólicas
cresceu 3,6% em 2015. A água de coco encabeça
esse aumento nas vendas e apresentou um
crescimento de 18,8% no último trimestre,
acima dos sucos prontos e energéticos. Foi pen-
sando nesse público que o Grupo Aurantiaca,
ainda em 2006, decidiu investir no setor e ini-
ciar o processo de compra de seis mil hectares
ao longo do litoral norte da Bahia, plantio das
mudas e implantação da fábrica para a produ-
ção de água de coco na cidade do Conde.
No início do ano, mesmo em meio à crise
econômica, o grupo apresentou ao mercado a
marca de água de coco Obrigado. Hoje, a empre-
sa ocupa a 4ª posição no país no que se refere
à distribuição ponderada (o volume de vendas
em espécie nas lojas versus o número de vendas
negociado pela categoria de produtos). De
acordo com o vice-presidente do Grupo Auran-
tiaca, Roberto Lessa (foto), o planejamento e a
qualidade dos produtos foram essenciais para o
sucesso da marca. “O que fazemos na indústria
é retirar a água do coco e inseri-la em uma nova
embalagem, sem qualquer tipo de conservante”,
afirma. A expectativa do gestor é que em 2016 a
empresa triplique o número de vendas.
mais simples Que o pRópRio CoCogrupo aurantiaca destaca-se como a 4ª maior distribuidora de água de coco do brasil, surfando na onda da alimentação saudável
AurantiacaGrande2006CondeProdução de bebidas*3,6%472
Aumento da dificuldade de conquistar novos mercados
implantou fábrica e investiu em nova marca
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Se tivesse crescido como em 2014, o setor de alimen-
tos orgânicos do Brasil teria hoje o dobro de produ-
tores que há dois anos. Mas a crise chegou e o ritmo
caiu. O número de unidades produtoras, que cresceu
mais de 50% no ano passado, teve expansão de 8,7%
em 2015, segundo o Ministério da Agricultura.
Isso não significa, no entanto, que as empresas de
varejo que apostaram no setor antes da crise perde-
ram o fôlego. Com investimentos, parcerias e corte
de gastos, o Mercado Orgânico, aberto em Salvador
em 2014, prevê crescimento de até 12% neste ano.
Segundo o empresário Cláudio Balthazar, sócio
do Mercado, a empresa tem um público extrema-
mente exigente quando o assunto é a saúde do
corpo, o que beneficiou o negócio durante a crise.
“Grande parte dos nossos clientes é de formadores
de opinião e adeptos às práticas de exercícios físi-
cos, pessoas que não abrem mão dos orgânicos”.
Ainda assim o empresário não ficou apático
diante da crise. Ele valorizou o setor de padaria
para aumentar a venda de pães do próprio estabe-
lecimento. “Em paralelo, investimos em propagan-
da e aumentamos as parcerias com academias.
Também buscamos fortalecer o relacionamento
com profissionais da área de saúde, como nutricio-
nistas e endocrinologistas”.
Para 2016, o empresário pretende abrir a
segunda unidade do Mercado e aumentar o
faturamento em 20%.
Primeira empresa brasileira a conquistar o International Chocolate Awards
na categoria “países produtores”, a marca de orgânicos Amma sentiu os efei-
tos da crise no Brasil. Os setores de orgânicos e de chocolates desaceleraram.
Para contornar os problemas externos e ainda aumentar o faturamento,
a Amma organizou a casa. Contratou diretores de produção, financeiro
e comercial e melhorou os sistemas internos. Deu certo: cresceu 80% em
2015, de acordo com o diretor financeiro, Pedro Weber.
Mas a expansão não foi sem dificuldades. “Alguns insumos e embalagens
tiveram forte aumento com a variação do câmbio. Nós perdemos margem
[de lucro]”, diz Pedro. Com isso, no entanto, a Amma conseguiu crescer fora
do país e ainda melhorou o sistema de logística da empresa. Dessa forma, a
reposição de produtos para as redes locais também melhorou.
A marca do baiano Diego Badaró (foto), que faz parte da quinta geração
de uma família cacauicultora do sul do estado, ainda abriu loja em São
Paulo, principal mercado da Amma, e dois quiosques no Rio de Janeiro.
Com a unidade paulista, a empresa conquistou também o prêmio da revis-
ta Veja SP de melhor chocolate da cidade.
Na Batalha CoNtRa os iNDustRializaDos
as estratégicas do mercado orgânico para crescer mais de 10% em 2015
Marca premiada de chocolate melhora gestão, abre loja em são paulo e estima crescimento de 80% no ano
Pequeno2014SalvadorComércio de alimentos*12%15
Diminuição das vendasinvestiu em propaganda e fez parcerias com academias, nutricionistas e consultórios médicos
Mercado orgânico
UM CHoColATE NA CRiSE
Médio2007itacaré (cultivo) e Salvador (produção)Produção e comércio de alimentos*80%42
insumos e embalagens tiveram forte aumento com a variação do câmbio
investiu na profissionalização da companhia
Amma Chocolates
destaques de 2015
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Foto: divulgação
* não permitiu divulgação de faturamento ou desempenho
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especial
A expectativa pela bonança depois da tempestade tem movido o Gru-
po Mix Ideal, formado pelas marcas Rede Mix e Hiper Ideal.
Em 2015, ele abriu duas novas unidades e tem a previsão de inaugu-
rar duas outras ainda este ano, contabilizando 18 lojas em Salvador e
região metropolitana. “Decidimos manter o plano original”, conta o
diretor comercial do grupo, João Cláudio Nunes (foto). Essas atitudes
renderam ao grupo um crescimento de 6%. “Entendemos que esse é o
momento de nos prepararmos para quando a situação melhorar”.
Para João Cláudio, o impacto da crise no varejo se intensifi-
cou no último semestre de 2015, já que o setor não contava com
políticas de incentivos fiscais do governo federal, que foram
reduzidas no início do ano. De acordo com o diretor comercial, as
negociações com os fornecedores foram essenciais para repassar
o mínimo de aumento de preços para os consumidores. “A nossa
principal preocupação é manter a nossa qualidade”, afirma Nunes.
A distribuidora de alimentos nacionais e
importados Sost não se espantou com a
crise. Reduziu os custos em 12%, aumentou a
produtividade em 16% e elevou o faturamento
em 10%. “Nós colocamos o pé no acelerador e
avançamos em cima dos nossos concorrentes,
de um jeito leal, mas de maneira muito dura”,
diz o dono da empresa, Flávio Pedrett.
Segundo o empresário, os bons resultados
foram possíveis por causa do investimento
feito em tecnologia nas áreas de gestão e
logística, além da contratação de profissio-
nais especializados. “Nós fizemos o caminho
esperando o fim da tempestade
Com o pé No aCeleRaDoR
Supermercadista busca melhores parcerias com os fornecedores para não afastar a clientela
distribuidora de alimentos cresce 10% com investimentos em equipe, transporte e nova unidade
SostGrande2004lauro de FreitasComércio de alimentosR$ 100 milhões11,1%232
Alguns clientes reduziram quantidade de compra
Aproveitou a crise para contratar os profissionais qualificados, investiu em tecnologia e na expansão do empreendimento
Mix idealGrande2006SalvadorComércio de alimentos*6%1.800
Aumento no valor dos produtos
intensificou as negociações com os fornecedores e inaugurou novas lojas
inverso da maioria das empresas, contrata-
mos profissionais mais qualificados e melhor
remunerados”, conta Flávio.
O empresário comprou dois caminhões em
2015, aumentando a frota da distribuidora, de
quase 40 veículos. Com distribuição de 200 mar-
cas, a empresa ainda adquiriu um novo espaço
em Porto Seguro, onde planeja abrir um centro
de distribuição em 2016. O município é o segun-
do maior parque hoteleiro do país, perdendo
apenas para São Paulo. Hotéis são alguns dos
principais clientes da Sost, junto a restaurantes,
hospitais e refeitórios industriais.
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Investir para melhorar o próprio serviço não é neces-
sidade apenas de empresas pequenas ou iniciantes.
Foi dessa forma que o Grupo LM Frotas, empresa de
aluguel de frotas corporativas com quase 40 anos, con-
seguiu crescer 20% em 2015, taxa semelhante à que tem
alcançado nos últimos anos.
Mesmo com dificuldades para fechar novos con-
tratos por causa da crise, o grupo fez aportes para
tornar a gestão mais eficiente no ano. “Desta forma,
produzimos melhorias contínuas no atendimento aos
clientes”, diz o diretor de desenvolvimento de negó-
cios, Marcelo Guerra (foto).
O plano para 2016, segundo ele, consiste em preser-
var o porte da empresa para um crescimento maior no
futuro. O grupo está presente em oito estados e no Dis-
trito Federal, com oito unidades e frota de 21 mil carros.
Com 15 anos no mercado, a Enashopp usou
o ano de 2015 para estudar as necessidades
de seus clientes. Administradora de cerca
de seis mil unidades em cinco estados e
no Distrito Federal, a empresa traçou um
planejamento detalhado para atender às
necessidades de cada região. “Fizemos o
nosso ‘dever de casa’. Além disso, na crise
sempre surgem boas oportunidades”, diz a
diretora da Enashopp, Mirela Cubilhas.
Segundo ela, grupos de investidores
internacionais têm procurado os sócios
da empresa em busca de ativos que este-
jam à venda para aquisição e entrada no
mercado brasileiro.
Em 2015, a Enashopp incluiu no por-
tfólio o shopping Cajazeiras, em Salvador.
A unidade foi entregue pela construtora
Consil em novembro e é comercializado
e administrado pela Enashopp. No ano, a
empresa aumentou o faturamento em 15%.
“Para 2016, esperamos crescer 10%”.
Embora a crise econômica já ve-
nha sendo prevista pelos econo-
mistas desde 2013, a construtora
Consil enxergou nesse cenário a
oportunidade de continuar a cres-
cer. Nos últimos anos, a empresa
investiu cerca de R$ 70 milhões na
construção do primeiro outlet da
cidade de Feira de Santana. Para
o diretor de obras da construto-
ra, César Mesquita, apesar de o
momento ser complicado, ousadia
e criatividade foram essenciais
para levar à frente o projeto,
inaugurado em novembro deste
ano. No mesmo mês a construtora
entregou um shopping center no
bairro Cajazeiras, em Salvador,
que recebeu investimento de
R$ 50 milhões da América Malls.
“Conseguimos, dessa forma, dri-
blar a crise”, diz César.
oTiMizar Para CresCer
hoRa De ReFazeR os estuDos CoNFiaNça Na saCola Cheia
Investir na melhoria da gestão permitiu ao grupo lm Frotas manter o crescimento anual da última década
Grupo lM Frotas
Enashopp Construtora Consil
Grande1979SalvadorServiços de transporte*20%350
Aumento da dificuldade em novos contratos
investiu em gestão para atender melhor os clientes
Médio2000SalvadorServiços de administração e comércio de centros comerciais*14%1.500
Sentiu necessidade de cortar gastos
Redução de custos e planejamento diferenciado por região
Grande2000Salvadorindústria da construção**200
Redução na venda de apartamentos residenciais
Desenvolver empreendimentos diferenciados em locais com demandas reprimidas
destaques de 2015
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* não permitiu divulgação de faturamento ou desempenho
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Expansão de unidades e aumento de serviços foram fatores
determinantes para o crescimento de 12% no faturamento do
Colégio Sartre COC, que passou a oferecer turmas a partir do
ensino infantil ao tradicional curso pré-vestibular. Segundo
Aloysio Nery (foto), diretor-sócio da instituição, o apoio do Gru-
po SEB (Sistema Educacional Brasileiro), que começou a gerir o
Sartre em 2004, foi fundamental nesse processo. “Fazer parte de
um grande grupo permite que você, mesmo em um ano de crise,
faça reformas e ofereça novos serviços”, afirma Aloysio.
Neste ano, o grupo investiu na ampliação da unidade Nobel
com o objetivo de oferecer turno integral. Além das três unida-
des em Salvador e mais duas em Lauro de Freitas, o Sartre COC
O aumento da inadimplência em
2015 não impediu o Colégio Miró de
terminar o ano com as contas no azul,
com crescimento de 20%. A instituição
investiu em publicidade, reduziu cus-
tos com atividades extras e realizou um
empréstimo de cerca de R$ 1,5 milhão
para promover melhorias na estrutura
da escola. “Tivemos o cuidado de, logo
no início do ano, renegociar e alongar
as dívidas dos investimentos que nós
fizemos, tentando reduzir as parcelas,
a favor Da CoLaBoração
CResCimeNto Com Cautela
Grande1969SalvadorServiços de educação*
12%940Queda na procura pelo curso pré-vestibularDiversificou serviços e teve apoio de holding
Médio1966SalvadorServiços de educaçãoR$ 5 milhões20% 80Aumento na inadimplênciainvestiu em estrutura e publicidade e renegociou dívidas
Sartre CoC
Colégio Miró
Colégio conhecido por curso pré-vestibular investe em expansão e passa a ter turmas de ensino infantil
aumentando os prazos”, explica Jorge Tadeu Coelho, diretor
administrativo e um dos cinco sócios da empresa.
Na contramão da maioria das instituições de ensino, que buscam
a expansão para absorver mais alunos, o Colégio Miró permaneceu
com sua média de cerca de 450 estudantes matriculados. “Nossa es-
cola acredita na educação personalizada, que permite acompanhar o
aluno de forma bem próxima”, diz o sócio. Para manter a qualidade, a
escola decidiu não demitir funcionários para cortar despesas. “Cada
um aqui tem uma função muito específica, então, seria sacrificar
muito [o negócio] tirar funcionários”.
Com foco no crescimento, a escola, que possui turmas do
ensino infantil ao fundamental, planeja seguir outra forte ten-
dência do mercado, a do turno integral. “Existe uma demanda
da sociedade de que a escola assuma esse lugar de turno com-
plementar e por isso que queremos, daqui a dois anos, fazer
esse investimento”.
especial
está investindo também na construção de um novo colégio para a
capital baiana, localizado na Avenida Orlando Gomes. O diferen-
cial da unidade, que deve começar a funcionar em 2017, é o ensino
bilíngue com turno integral.
O Sartre, que sempre se destacou pela qualidade do curso pré-
vestibular, viu a necessidade de investir em novos serviços ao notar
o enfraquecimento do seu principal produto. Segundo Aloysio, que
começou a trabalhar no colégio ainda na década de 70 como moni-
tor do cursinho, o Sartre COC já chegou a ter cerca de 4.500 alunos
matriculados apenas no vestibular, número que caiu mais de 60%
após as mudanças no Enem. No total, o Sartre possui hoje cerca de
sete mil estudantes matriculados em todas as unidades do grupo.
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* não permitiu divulgação de faturamento
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especial
César Fávero e Mônica Burgos são sócios da Avatim
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ção
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destaques de 2015
Lady Gaga, Justin Bieber e Rihanna nunca vieram à Bahia,
mas já sentiram um cheiro bem baiano. O perfume do sa-
guão principal do Copacabana Palace, hotel carioca conhe-
cido por hospedar celebridades nacionais e internacionais, é
um dos aromas produzidos pela indústria Avatim, instalada
em Ilhéus. Há 13 anos no mercado e com 55 lojas em 17 esta-
dos, a empresa criou novos formatos de loja para driblar a
desaceleração da economia.
O plano traçado pelos sócios Mônica Burgos e César Fávero
consiste em manter o foco na criação de lojas menores, ou
slim, cujo valor de investimento, que varia entre R$ 80 mil e
R$ 150 mil, atrai mais franquiados que a loja tradicional, que
requer aporte de R$ 300 mil a R$ 450 mil. “Além disso, ao per-
cebermos o momento ruim do consumo no varejo, elaboramos
produtos adequados a essa situação. Assim, os lançamentos
de fim de ano vieram com valores entre 15% e 30% mais bara-
tos que os lançamentos do ano passado”, conta Mônica.
Essas medidas permitiram que a Avatim crescesse em
2015 com expansão estimada em até 20% num ano em que
a previsão da Associação Brasileira da Indústria de Higiene
Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) constatou uma
desaceleração no setor de 6,7%. De acordo com Mônica, a
meta para os próximos anos é que a rede com o modelo slim
continue crescendo e chegue a 120 lojas. “Também estamos
em fase de implementação da loja online e da internacio-
nalização da marca”, afirma. Atitudes como essas renderam
à Avatim em 2015 o título de empresa do ano na premiação
Lide Empreendedor, uma indicação ao prêmio EY de Empre-
endedor do Ano e o reconhecimento como lojista do ano na
categoria “Inovação” em premiação realizada pela Câmara
de Dirigentes Lojistas (CDL) de Salvador.
o CHeirinHo da marCaCoragem para investir e boas ideias foram essenciais para empresa baiana crescer em 2015
Grande2002ilhéusindústria e comércio de perfumes, cosméticos e produtos de higiene
*15% a 20%240
Sentiu a queda do consumo
Apostou em lojas menores, que requerem baixo investimento
Avatim
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* não permitiu divulgação de faturamento
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especial
Espumil
João Paulo Dantas é dono da Espumil, fábrica de sabão em
Feira de Santana
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se a
rgôl
o
Médio2007Feira de Santanaindústria de produtos de limpezaR$ 30 milhões50%70
Margem de lucro caiu em 5% por causa do aumento do dólar, o que encareceu as matérias-primas
Contratou consultor e construiu estrutura para produzir sabão em pó
58 r e v i sta [ b + ] d e z e M B R O d e 2 0 1 5
destaques de 2015
Sem sair de seu segmento ou inventar um processo produtivo revolucioná-
rio, João Paulo Dantas aumentou em 50% o faturamento da Espumil, fábrica
de sabão da qual é sócio e diretor comercial, em Feira de Santana. Com a
consultoria de um ex-funcionário da Unilever, ele construiu uma estrutura
para produzir detergente em pó seguindo projeto da multinacional.
Com a popularização da máquina de lavar, o mercado de sabão em barra
caiu e o de sabão em pó cresceu. Na Espumil, o detergente em pó, cuja venda
começou em junho, já representa 40% da receita da indústria. “Eu dei um
tiro certeiro. Tive coragem e deu certo”, comemora João Paulo.
A ideia de produzir sabão em pó não foi, no entanto, a primeira estratégia
pensada pelo empresário para enfrentar o ano de 2015. Ele pretendia apostar
em outros produtos, como amaciante, desinfetante e água sanitária. “Conver-
sando com meu consultor e com meus sócios [os irmãos dele, Fernando e João
Marcelo Dantas], percebi que não era o melhor”.
O investimento no sabão em pó foi de R$ 6 milhões, R$ 4 milhões a mais
do que gastaria para produzir os líquidos, mas o empresário ficou satisfeito.
“É um produto que tem menos competitividade na Bahia”.
Além de vender sabão pela marca Espumil, João Paulo comercializa o
produto para empresas de grande porte do país. Ao todo, estão em 15 estados
inovar nem sempre é CriarFábrica de sabão de Feira de santana lança produto e aumenta em 50% o faturamento em 2015
brasileiros. Na Bahia, o empresário preten-
de aumentar a presença após a compra da
marca baiana de sabão de coco Santa Maria
por R$ 600 mil.
O diretor da empresa diz se beneficiar
da crise pelo aumento do consumo de seu
produto, que pratica preço inferior ao das
grandes marcas nacionais. Por outro lado,
ele admite que a Espumil tem sofrido com o
aumento do dólar. “A maioria das matérias
-primas é dolarizada. O meu custo de fabri-
cação aumenta e não consigo passar para o
cliente”. João Paulo estima que a margem de
lucro sobre os produtos da indústria tenha
caído em 5%.
Mesmo com a perda de lucratividade, o
empresário comemora o ano de 2015 e esti-
ma um crescimento no faturamento de 40%
no ano que vem.
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especial
Nem sempre recuar é fugir. A Ecoluz Participações, em-
presa do setor de energia solar, reduziu quase pela metade
o faturamento em 2015 em prol de uma jogada estratégica:
a associação com a multinacional francesa Exosun para
projetos em conjunto. “Essa redução foi com vistas a um
crescimento muito mais arrojado a partir de 2016”, diz o
diretor comercial da Ecoluz, Bruno Duarte (foto).
Além da parceria com a Exosun, que trará ao Brasil a
tecnologia de placas solares na capital baiana que acom-
panham o movimento do sol, a Ecoluz também implantou
em 2015 a usina solar do Hospital da Bahia. Com unidades
implantadas em Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro, a
empresa também foi responsável pela instalação da usina
solar do Estádio de Pituaçu, em Salvador, e da usina solar
da Arena Pernambuco, na região metropolitana de Recife.
Nada de consultoria, conselheiros ou profissionais
do setor. Instalada há 15 anos no Polo Petroquímico
de Camaçari, a BMD Têxteis decidiu ouvir suges-
tões dos próprios funcionários para cortar gastos.
Lançou o programa “Ciranda de ideias” em janeiro e
reduziu R$ 500 mil em custos só com as mudanças
de processos e na gestão sugeridas.
“Fora isso, fizemos um trabalho forte para a
inovação, que é sinônimo de sobrevivência”, diz João
Paulo Nascimento, gerente de negócios da indústria.
Sobreviver é foco para ele, uma vez que o setor de
têxteis é um dos que mais sofrem com a crise. Em
ReCuo estRatégiCo
é PRECiSo oUViR QUEM ENTENDE: o FUNCioNáRio
empresa especializada em geração de energia limpa fecha parceria com multinacional francesa para voltar a crescer em 2016
Com sugestões dos próprios colaboradores, indústria têxtil cortou mais de r$ 500 mil em gastos
Grande2006Camaçariindústria têxtilR$ 70 milhões-4%170
Sentiu a queda no consumo e o aumento de custos dos produtos
lançou programa para funcionários sugerirem cortes de custos, conseguiu investimentos da matriz e prevê lançamento de nova linha
Pequena1988Salvadorindústria de energia *-45%50
Sentiu a crise de forma indireta, por ter indústrias e comércio como clientes
investiu em novas parcerias e unidades
BMD Têxteis
Ecoluz
2015, tiveram um corte de 15% do quadro de funcio-
nários e uma redução de 4% do faturamento.
“Mesmo dessa forma, vamos começar uma nova
linha produtiva no próximo ano. Queremos au-
mentar o faturamento de 10% a 15% com essa nova
linha”, diz João Paulo. Com o lançamento, o número
de funcionários deve saltar de 170 para mais de 200.
A empresa ainda conseguiu novos investimentos da
matriz italiana, o grupo Maccaferri, do setor meta-
lúrgico, que comprou a BMD há oito anos. Em 2015,
mesmo com a crise, o faturamento da empresa foi de
R$ 70 milhões, apenas 4% abaixo do ano passado.
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ANR VidaSaude 202x266mm_B+.pdf 1 11/20/15 10:15 AM
Estudar e conhecer o mercado em que se está inserido foi de
vital importância para a Futura Arquitetos em 2015. Há 11 anos
no mercado e com projetos espalhados por diversas regiões
da Bahia, os sócios da consultoria, Ricardo Marinho e Mariana
Fagundes, perceberam a possibilidade de expansão da empresa
para fora do estado. “Notamos que nos momentos de crise o
mercado se fecha em alguns lugares, mas se abre em outros”,
conta Ricardo. O local escolhido pela dupla para abrir uma filial
foi a cidade mineira de Poços de Caldas.
Além de novos mercados, a empresa também decidiu investir
em tecnologia para agilizar a produção. A aposta dos empre-
sários foi na implantação da ferramenta BIM (Building Infor-
mation Modeling), que permite aos profissionais desse setor
desenhar peças arquitetônicas em 3D. “Por meio do BIM, conse-
guimos fazer projetos maiores utilizando menos mão de obra”. O
retorno dos investimentos, que começaram no ano passado, deu
resultado em 2015, com aumento de faturamento, de 10%, e da
margem de lucro por projeto, de 20% para 30%.
Clientes em crise, eventos cancelados e falta de interesse
de contratantes. Mesmo com o cenário desfavorável, Paula
Guino sócia da agência de eventos corporativos CentroTour
Logística, afirma que o saldo do ano foi positivo. “Se não
tivesse acontecido a crise, teria sido um ano fantástico, mas
consegui manter a cabeça fora d’água”.
Ao perceber que seus clientes, a maioria do Sudeste, não
viriam ao Nordeste para realizar eventos com funcionários
neste ano, a empresa se estruturou para atendê-los em seus
estados natais. “Temos clientes que todo ano faziam conven-
ção no Litoral Norte e que, em 2015, fizeram em São Paulo,
mas também com a gente”, diz Paula.
Para garantir os clientes paulistas, o sócio da empresa
Paulo Sapienza vai todo mês ao estado. Enquanto isso, ela
trabalha no convencimento das empresas baianas, que se
mostram desinteressadas em investir em eventos por causa
dos problemas econômicos.
Ir aonde os clientes estão não é novidade para os dois, que
começaram a empreender há 17 anos no turismo de lazer e, há
cinco, migraram completamente para o de negócios ao notar o
potencial do segmento. Em 2015, o trabalho dos sócios rendeu a
manutenção do faturamento da CentroTour.
o mapa apoNta paRa FoRa
se maomé Não Vai à moNtaNhaCentroTour logísticaPequeno1998Praia do ForteServiços de turismo
R$ 2 milhões16,7%11
Clientes de outros estados deixaram de vir à Bahia para realizar eventos
Passou a atender clientes fora da Bahia e investiu na comunicação com empresas baianas
Futura ArquitetosPequeno2004SalvadorServiços de arquitetura e engenharia*10%12
Sentiu retração do mercado na Bahia
investiu em tecnologia e buscou o mercado fora da Bahia
oPinião João PEDRo BAHiANA
Para você desejo sucesso
o ano de 2015 jamais deve ser esquecido. Matamos um leão por dia, sem exageros. em consequên-cia, fomos afastados da nossa zona de conforto, o que, sob certa ótica, é positivo, já que tal situação nos impõe adaptabilidade, um dos pressupostos para o sucesso em qualquer área de atividade.
O sucesso não é um padrão e, muito menos, pode ser encontrado por aí como uma fórmula a ser se-guida à risca. Seu alcance depende, basicamente, de cada um de nós e da nossa ousadia em superar nos-sos próprios limites diariamente.
Um erro que as pessoas cometem na busca pelo êxito é o de estabelecer comparativos entre elas próprias e indivíduos de sucesso. Por que acha que Steve Jobs é melhor do que você? Como querer ser alguém que foi ou está inserido num contexto de vida completamente diverso do seu? O caminho para o sucesso não passa em buscarmos ser o outro, e sim buscarmos nos outros suas melhores referências.
É necessário compreendermos que nossos resultados sempre serão proporcionais aos nossos esforços. Defina claramente o seu propósito pessoal e profissional. você verá que está no caminho certo quando não mais pensar em parar.
João Pedro Bahiana,presidente da Associação de Jovens Empreendedores da Bahia
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Foto: divulgação
a briGa das piCapesO ano de 2015 fecha com a acirrada briga das picapes médias
no Brasil. Nem a crise econômica mudou o comportamento de
quem compra uma Hilux, Ranger, Amarok, L200, Frontier e S10
no país. A máxima é tão verdadeira que os fabricantes anun-
ciaram versões com preços mais salgados no segmento.
É o caso da Chevrolet, que aposta na estreante High Cou-
ntry, mais cara (R$ 163.800) e de visual vistoso. Isso tudo para
enfrentar a reestilizada Hilux, que ganhou a inédita topo da
gama SRX com novo motor 2.8 turbodiesel, de 177 cv, câmbio au-
tomático de seis velocidades e tração 4x4, jogando o preço para
R$ 188.120 (são 24 mil a mais em relação ao modelo da Chevrolet).
A oitava geração da Hilux ganhou festa nas revendas Guebor
e Terra Forte em Salvador. Chegou inicialmente com o propulsor
a óleo, recalibrado e mais potente em relação ao antigo 3.0 turbo-
diesel, e um kit bem recheado na versão topo da gama. Destaca-se
pelo visual reestilizado com faróis e luzes diurnas de LED, grade
proeminente e capô mais alto. O para-choque foi projetado para
melhorar a acessibilidade à caçamba, e tem cromados.
autos&motos
A Chevrolet quer manter a liderança da s10 e oferece a nova versão topo da gama high Country; a toyota aposta na inédita hilux srX
A Hilux SRX traz ainda rodas de 18”, assistente de controle
de descida (DAC), controle de tração e de estabilidade, além
de assistentes de reboque (TSC), de partida em rampas (HAC)
e de descida em ladeira DAC). Para completar, seu painel de
instrumentos tem novos mostradores e há até sete air bags e
ar-condicionado digital. A picape suporta transportar até 3,5
toneladas de carga.
Na liderança do segmento, a picape S10 vem com pacote
similar e valoriza ainda mais os apetrechos visuais na
versão High Country. Possui grade dianteira com divisórias
pintadas em cinza, faróis escurecidos, protetor no para-
choque dianteiro, rack de teto com barras transversais e
faixas cromadas na base dos vidros. As rodas de liga leve são
também de 18” com pintura em dois tons (preta e aço escova-
do), e a caçamba traz santantônio (na cor do carro) e capota
marítima. O motor 2.8 turbodiesel é mais potente – são 200
cv – e é auxiliado pelo câmbio automático de seis velocida-
des e a tração 4x4.
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PoRSCHE No BRASila fabricante porsche é reconhecida pelos seus carros esportivos. o mercado brasileiro está tão aquecido para o segmento premium que a marca alemã assumiu a operação das vendas de veículos por aqui. no mês passado, a porsche abriu a 18ª subsidiária no mundo, a primeira da américa latina, na capital paulista. O diretor-presidente da Porsche Brasil, matthias brück, quer transformar o brasil no principal mercado da américa latina (hoje perde para o méxico). atualmente, são sete pontos de venda (são paulo, ribeirão preto, são José do rio preto, rio de Janeiro, Curitiba, porto alegre e brasília) e há planos para abrir o primeiro na região nordeste (recife) em 2016. a aposta é a venda de suvs, como o macan e o Cayenne, responsáveis por 75% das unidades vendidas no país.
NoVo 308 Já NA BAHiAAs revendas Danton e Merci já oferecem o novo Peugeot 308. Em todas as
versões, o hatch vem agora com a tela multimídia de sete polegadas, sen-
sível ao toque, e tecnologia Apple CarPlay, um sistema desenvolvido para
melhorar a conexão com celulares iPhone. Por enquanto, nada de An-
droid. Mas a Peugeot corrige essa possível falha com uma inédita parceria
com a Sony, que desenvolveu a tecnologia Mirror Link para espelhamento
de celulares com sistema operacional Android. O modelo é ofertado nas
versões Allure 1.6 flex manual, Allure 2.0 flex automática e Griffe 1.6 THP, a
topo da gama, com valores entre R$ 69.990 e R$ 82.990.
RAM TRAz A PiCAPoNA 2500paulo vaz, gerente da Carmel (grupo Chrysler), já faz encomenda para a picapona ram 2500. Desembarca dos estados unidos em versão única laramie com motorzão v6 diesel, de família Cummins, com 6,7 litros e exagerados 330 cavalos de potência e torque máximo de absurdos 104 kgfm. e a potência e o torque são auxiliados pelo câmbio automático de seis marchas e a moderna tração 4x4. sai por r$ 249 mil (mais frete) e tem capacidade de carga de 1.030 kg e a de reboque é de 7.750 kg.
jornalista especializado na indústria automotiva desde 2002
DIREçãO CERTAROBERTO nunES
comunicação
Prevenção ainda parece não fazer parte da cul-
tura do brasileiro. Se compararmos o compor-
tamento do americano com o brasileiro, frente
ao mercado de seguros, veremos como esta-
mos distantes do ideal. Podemos dizer, sem
medo de errar, que ter um plano de prevenção
e gestão de crises de imagem é tão importante
quanto adquirir uma apólice de seguro de vida
e acidentes. Mas achamos que a crise nunca
vai bater à nossa porta. Só à do vizinho.
Um dos pontos básicos da prevenção de
crises é construir uma imagem pública saudá-
vel e relacionamentos sólidos com o público
interno e externo. Empresas que investem
em comunicação planejada e constante estão
adquirindo uma apólice de seguro. Manter a
comunidade, imprensa, clientes, fornecedores,
acionistas, funcionários, governo, entidades de
classe muito bem informados é fundamental.
É preciso desenvolver e manter ativos os
canais de comunicação e relacionamento
com estes públicos, assim como projetos
sociais, que auxiliem comunidades a terem
uma melhor qualidade de vida. Pena que
muitas empresas não estão atentas a isso
e só se lembrem quando alguma tragédia
acontece dentro de seus portões. Aí já pode
ser tarde demais.
Preparar a empresa antecipadamente para situações de crise deve fazer
parte do dia a dia. Mario Rosa, em seu livro “A Era do Escândalo”, afirma que
depender do talento individual de um executivo ou da intuição de um grupo
num momento crítico é apenas outro nome para improvisação. E o improviso,
a falta de preparo costumam ser a semente das grandes crises.
É possível prever os desdobramentos de uma crise, porque elas seguem um
padrão, com desafios e impasses que se repetem de forma regular, o que per-
mite criar um plano de prevenção e gestão para situações extremas. Esta será
a ferramenta que norteará a empresa a lidar com a crise. E o melhor momento
para encontrar o caminho e as soluções é antes que o problema aconteça.
Profissionais e agências de comunicação têm se especializado nesta área
e podem assessorar instituições na criação de um comitê e de um manual
de prevenção e gestão de crises de imagem. Há passos fundamentais para
desenvolver este trabalho, como realizar uma auditoria de riscos, avaliando as
consequências que poderão ocorrer e a probabilidade de acontecerem.
Importante também desenvolver planos de contingência para cada risco
sério, ao reconhecer uma situação de conflito antes que ela saia do controle,
priorizar as pessoas e estar visivelmente presente em momentos críticos.
Além disso, se comunicar abertamente, agir de maneira rápida e eficaz, saber
encerrar a crise e preparar-se para possíveis eventos futuros.
Nesse contexto, um dos grandes desafios é saber lidar com a imprensa em
momentos críticos. Tentar fugir do enfrentamento com repórteres, câmeras e
microfones é inútil e só agravará a situação. O ideal é que as empresas capaci-
tem seus gestores, especialmente os membros do Comitê de Crise, a aten-
derem jornalistas em momentos difíceis e estarem aptos a dar entrevistas,
sabendo extrair o melhor do pior. O brasileiro pode ser bom de improvisação,
mas pode aprender a planejar a gestão de crise sem perder a espontaneidade
e a capacidade de usar a intuição que lhe são tão peculiares.
QUANDo A Crise De iMAGeM BAte à PortA
CRISTInA BARuDE
é diretora executiva da Lume Comunicação integrada, jornalista e especialista em comunicação corporativa
66 r e v i sta [ b + ] d e z e M B R O d e 2 0 1 5
o quadro com uma foto do ex-jogador de futebol Diego Maradona na parede
não nega. estamos em um restaurante argentino. localizado no bairro do
Acupe de Brotas, em salvador, o la Pulperia tem charme para nenhum her-
mano botar defeito.
Fora do típico roteiro soteropolitano, o restaurante é uma ótima opção
para um encontro mais reservado, seja com amigos, a dois ou em família. o
lugar encanta desde a entrada. Passando pelo portão, um caminho cercado de
árvores te leva até a mesa. Com decoração rústica, quase tudo em madeira, é
possível comer em uma enorme varanda em frente a uma área verde.
o churrasco argentino, preparado na clássica parrilla, é o carro-chefe do
restaurante. o menu traz diversas opções de proteína bovina e suína, mas
também possui pratos com camarão e salmão.
tudo muito bem servido. são generosas porções individuais de, aproximada-
mente, 300g de carne e os preços podem variar de r$ 44 a r$ 70. Porções maiores
também são ofertadas e servem de três a quatro pessoas, custando até r$ 149.
De terça a quinta, o la Pulperia ainda oferece um menu executivo no
almoço, a preços bem camaradas. entrada, prato principal e sobremesa saem
entre r$ 37 e r$ 47.
DiCAS DE PEDiDo
um a zeRo paRa a aRgeNtiNaFora do roteiro comum de restaurantes de salvador, o La Pulperia é ótima opção para quem quer comer bem em um ambiente reservado
LA PuLPeRiA Rua Novo Horizonte, 39. Ladeira do Acupe. Brotas | (71) 3015-7379 | www.parrillalapulperia.com.brHorário: das 11h às 22h(aos domingos, aberto apenas para o almoço)
Foto
s: D
ivul
gaçã
ogastronomia
LALI SOuzA
autora do blogpra falar de comer e da coluna sobre gastronomia no portal [B+] todos os domingos
Entrada: a empanada de carne picante é
ótima. Massa fininha e bem recheada. Para
os sensíveis, cuidado. É bem apimentada
mesmo! Valor: R$ 8,90
Prato principal: o bife de chorizo é espeta-
cular. Corte alto, macio e muito saboroso.
Combina com arroz rústico ou farofa de
tapioca. Valor: R$ 66
Sobremesa: unanimidade de indicação en-
tre os garçons, a panqueca de doce de leite
é boa opção. É servida quente e acompanha
uma bola de sorvete de creme. Valor: R$ 22
apoio:
68 r e v i sta [ b + ] d e z e M B R O d e 2 0 1 5
tecnologia
Você se lembra onde estava no dia 21 de
outubro passado, quando Marty Mcfly, Doctor
Brown e Jennifer Parker supostamente chega-
riam ao futuro? Me lembro e não me esquece-
rei jamais, pois eu mesmo estava chegando ao
futuro. E não era 2015. Por isso não encontrei
o Mcfly e sua turma, mas vários outros jovens
(alguns nem tão jovens assim) que, em São
Francisco, centro do Vale do Silício, trabalham
duro para colocar em prática suas ideias. Pes-
soas brilhantes que não nos levarão ao futuro
em uma máquina de teletransporte, mas o
trarão rapidamente ao presente através de no-
vas tecnologias, métodos e comportamentos
mudando a forma como trabalhamos, como
nos relacionamos e como aprendemos.
Participei de um workshop de dois dias
com colegas da PwC, com empreendedores
e startups para discutir como essas tec-
nologias que estão sendo desenvolvidas e
testadas poderão mudar o mundo e impactar
nossos clientes. Saio dessa experiência com a
sensação de que todos serão impactados em
maior ou menor grau.
Dentre as centenas de tendências tecnoló-
gicas que temos mapeado, algumas que dis-
cutimos na ocasião e que certamente terão
papel fundamental neste inevitável processo
de ruptura serão a impressão 3D, o aprendi-
zado de máquinas e a internet das coisas.
Imagine o impacto na forma como o varejo está organizado hoje no dia em
que tudo poderá ser impresso no momento desejado de modo rápido e de for-
ma barata. Pense no impacto disso na cadeia de fornecimento e na importân-
cia que passam a ter não mais a produção em si, mas a criação, distribuição e
proteção da propriedade intelectual.
Já pensou que máquinas poderão tomar decisões por você e para você?
Esse conceito já está presente nas recomendações online que recebemos “do
nada”, mas estarão, por exemplo, embutidos nos carros autônomos, que sabe-
rão desviar de perigos por já terem passado por experiências ruins em deter-
minadas condições, nos softwares de análise inteligente que podem substituir
dezenas de analistas de um banco ou governo e, claro, nos robôs que poderão
executar diversas tarefas onde não basta movimento e repetição.
Vejam o caso do Tesla S que, em sua última atualização de software, que
por sinal pode ser feita na sua casa através do wi-fi em sua garagem, ganhou
potência adicional e da noite para o dia aprendeu a dirigir sozinho. Isso mes-
mo! O veículo foi atualizado remotamente e agora aprendeu a fazer várias
funções por você durante seu percurso. Não é bem um carro autônomo, mas
está bem próximo disto.
Aqui ficou clara a preocupação de vários sobre o futuro dos trabalhos.
Por outro lado, os otimistas, como eu, se divertem e sonham com as novas
oportunidades e trabalhos que hoje não existem. Alguém já pensou em ser
designer de avatar? E um psicólogo ou gerente de relacionamento com estas
máquinas incríveis?
Depois destes dois dias intensos, cheguei à conclusão de que as discus-
sões sobre Uber, Airbnb e outras tecnologias que trazem desconforto às
mais diversas classes de empreendedores já existentes e há muitos anos
estabelecidos no mercado são só as pequenas quedas de gelo que antecedem
uma avalanche que vem por aí. Segurem-se, protejam-se e aproveitem as
muitas oportunidades que estão aparecendo e que se consolidarão no futu-
ro próximo. Ou será presente?
De voltA PArA o PreseNte
MARCELO CIOFFI
é consultor e sócio da PwC
70 r e v i sta [ b + ] d e z e M B R O d e 2 0 1 5
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CAChAçA errADAComo de hábito, fazíamos a nossa a caminhada
dominical. eu, Germano Casais, luis Carlos
Bacelar e André Falcão. A conversa fluía por
diversos assuntos do nosso cotidiano: resenha
dos fatos da semana, política, corrupção, fute-
bol, vinho, custo de vida e a vida dos outros. De
repente falávamos sobre histórias esquisitas,
porém verdadeiras e com dose de humor. A
mais hilariante e campeã nos foi contada por
Germano, usando sempre o seu personalíssimo
fairplay. Passo a reproduzi-la, na tentativa de
não perder os detalhes, que são fundamentais
para o bom entendimento do caso.
os personagens estão anônimos para pre-
servar o sossego e não causar transtornos para
quem está quieto no seu devido lugar. sendo
assim, vamos ao que interessa.
Um sujeito de meia-idade, apreciador da
boa farra, saiu numa sexta-feira para uma noi-
tada com amigos, mas sem grandes compro-
missos. Apenas para gastar a sexta-feira, já que
a atual mulher estava em viagem pelo interior
para rever parentes. Chegou ao local do en-
contro e foi logo tomando um uisquinho para
molhar a goela enquanto esperava o grupo.
o tempo passou e a turma não apareceu. tomou mais um, já imaginando que
houve um equívoco com relação ao local do encontro. De repente, começaram a
chegar outros amigos, velhos conhecidos e biriteiros de outras jornadas. A farra
tomou corpo, esticando-se pela noite adentro. Nada de mulheres: só amigos,
drinques, muita conversa fiada e lembranças de outros tempos.
A hora avançou e o sujeito não se deu conta das doses que sorveu. Foi levan-
do, levando e terminou em completa letargia alcoólica. Um dos companheiros
preocupado com a situação, disse ao grupo:
- eu sei onde ele mora. vamos levá-lo pra casa!
Assim foi feito e tocaram o carro para a lapinha. Bateram na porta da casa e
uma senhora atendeu. Ficou surpresa com o quadro, mas não se fez de roga-
da. Agradeceu e botou o homem pra dentro de casa naquele estado para lá de
lamentável. Deu-lhe uma solene chuveirada de água morna e sabão de coco. De-
pois de enxuto, acomodou-o no quarto principal com todas as honras merecidas.
Não há dúvidas de que o cabra dormiu pelado e profundamente. o sono
prolongou-se de forma tranquila e reparadora. Deve ter sonhado com os anjos.
Pela manhã, ao acordar, perguntou-se onde estava. Apesar da amnésia alcoó-
lica, num rápido giro visual, começou a reconhecer alguns detalhes do ambiente:
paredes, quadros, cortinas e móveis. Quando começou a colocar as coisas em
ordem, ficou surpreso com o que ouviu no meio de um burburinho, que vinha
de outros cômodos da casa. Uma voz feminina sobressaiu-se de forma clara,
estridente e inconfundível:
- Cala a boca, menino, que seu pai está dormindo. Depois de dez anos o ho-
mem resolveu voltar para casa!
e agora José?
conteaí
JOSé GRIMALDI MARIAnO
é administrador de empresas, amante de música e de bons vinhos
72 r e v i sta [ b + ] d e z e M B R O d e 2 0 1 5
por PEDRO HIJO
Por maior que seja a paleta de cores do dia a dia, a trans-
parência da vida é arrebatadora. A simplicidade dos traços
descomplica qualquer anseio mais preocupado, qualquer
interesse desprovido de pureza. As linhas irregulares nos
levam para um destino que, ora alcançado, é o reflexo de
nada mais que nossas escolhas. Tão simples e tão complexa.
Tal qual baião, tal qual Caetano, tal qual a Bahia.
Foto
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Conselho Editorial: César Souza, Claudio Vinagre, Cristiane Olivieri, Geraldo Machado, Ines Carvalho,
Jack London, Jorge Portugal, José Carlos Barcellos, José Roberto Mussnich, Luiz Marques de Andrade Filho,
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Saúde
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Impressão: Grasb
sumárioCurtaso que há de mais quente no setor de saúdeÓculos e mais óculos!saiba quais são os perigos de comprar lentes falsificadaso que levar na bolsa de praiaCinco itens escolhidos por martinha Fonseca,nossa musa da capaSaiba qual é o filtro solar perfeito para sua peleManter o bronze e se proteger ao mesmo tempoReceitas de sucos funcionais Para se hidratar, manter a cor e aumentar a elasticidadeComo ser fit nas férias?natal, churrasco e praia sem pânicoBatalha das coresSaiba escolher seus alimentosTransformaçãoConheça a história do noivo que emagreceu 30 quilosPor que é tão difícil manter uma dieta?Listamos sete passos para você não trapacear o regime lado Bo empresário que pratica defesa pessoalFérias da criançadadesligue o video game e deixe a meninada correr
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80 [ b + ] saÚ D e D e z e m b r o / J a n e i r o d e 2 0 1 5
rápidas
Aparelho reduz em até 80% as biópsias do fígado
CARAVANA AzUL REFORçA EDUCAçãO EM DIABETES
Se antes as avaliações de fibrose no fígado aconteciam por meio de um processo invasivo, doloroso e com necessidade de internamento médico, hoje a realidade começa a mudar para médicos e pacientes com a chegada do Fibroscan. O aparelho, que usa tecnologia francesa e é amplamente utilizado na Europa e Estados Unidos, acaba de chegar à Clínica AMO, primeira instituição privada do Norte e Nordeste a adqui-ri-lo. Ele facilita o diagnóstico de doenças do fígado e prediz a evolução de cirroses, pois, em relação à biópsia hepática, é mais seguro, menos invasivo, dispensa jejum e internação, além de durar poucos minutos.
Metade dos casos de diabetes no Brasil é diagnosticada tardiamente, quando os pacientes já apresentam algum tipo de complicação, que decorre do diabetes sem controle. Mudar a realidade atual da doença, que cresce em todo o mundo, em razão do envelhecimento da população e do aumento da obesidade, é um dos objetivos do Centro de Diabetes e endocrinologia da bahia (Cedeba). “a educação em diabetes é fundamental para prevenir e retardar as temidas complicações da doença”, afirma a endocrinologista reine Chaves, diretora da unidade, que até 2016 seguirá com o projeto Caravana azul, um balcão móvel que leva conscientização aos pacientes que frequentam o centro.
O Hospital João Batista Caribé, localizado no subúrbio ferroviário de Salvador, oferece cirurgias gratuitas de redução de mamas desde o fim do mês de outubro. O procedimento é direcionado a mulheres com ma-mas grandes e que, devido ao peso, podem atingir a coluna, provocando desconforto e dor. Para fazer o cadastro, as interessadas devem com-parecer à instituição toda primeira quinta-feira de cada mês, portando exames, relatório médico, documento com foto e cartão SUS. Segundo a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), a redução de mamas é um dos procedimentos mais comuns dentre as cirurgias plásticas, já que, além do valor estético, é indicada também para tratamento preventivo de certas doenças da mama. A previsão é a realização de 8 a 10 mamo-plastias redutoras por mês, um total de 96 a 120 cirurgias em um ano.
Mais de 700 mil pessoas na Bahia tem algum comprometimento na audição. no mês de combate à surdez, especialistas do Centro estadual de Prevenção e Reabilitação da Pessoa com Deficiência (Cepred), unidade da secretaria da saúde do estado da bahia (sesab), afirmam que o diagnóstico precoce é determinante para o êxito do tratamento. a coordenadora ana Cristina pitanga ressalta que este ano o centro já atendeu cerca de quatro mil pessoas com deficiência auditiva e entregou mais de 4.600 aparelhos. O atendimento é destinado a pacientes provenientes da capital e do interior, com acesso por meio de encaminhamento médico. nos anos de 2013 e 2014, a média geral de atendimentos foi de seis mil pacientes.
CePRed é RefeRênCiA nO tRAtAmentO dA suRdez
HoSPiTAl oFERECE CiRURGiAS GRATUiTAS DE REDUção DA MAMA EM SAlVADoR
W W W. p o rta l b m a i s . C o m . b r 81
compare e escolha
PoR CâNDiDo SáCândido Sá é especialista em direito civil e de defesa do consumidor
Quais cuidados devo ter ao contratar um plano de saúde?Uilma Carvalho, pelo Instagram
É muito importante checar se a opera-dora tem registro na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e avaliar a saúde financeira da empresa. Lem-bre-se de analisar o contrato minuncio-samente e, se necessário, com o apoio de um advogado. O consumidor deve estar sempre munido de uma cópia do contrato e da lista completa e atuali-zada dos médicos, clínicas e hospitais credenciados. É muito importante veri-ficar se as cláusulas de preços e reajus-tes estabelecidos em contrato estão de acordo com a legislação vigente e como isso interfere na cobertura.
O plano de saúde deve pagar pela ci-rurgia de reconstrução de mama?Rosângela Maria, por email
A operadora não é obrigada a cobrir o procedimento de reconstrução de mama realizado exclusivamente para fins esté-ticos. As reconstruções realizadas em de-corrência de problemas de saúde, como os casos de câncer de mama, devem sim ter total cobertura pelo plano. Inclusive, nos casos onde exista a necessidade de colocação de próteses, o procedimento deve ter cobertura.
Envie a sua dúvida sobre direito do consumidor para o colunista através do [email protected] pela hashtag #bmaissaúde no Instagram!
valores: mcDonald’s e dietaesaude.com.
1 big mac, mcDonald’s (204g)
494 cal
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1 prato de feijão com arroz (40g cada), um filé médio de frango (100g), salada verde (55g), uma colher de sopa rasa de farofa (20g),um copo de suco de laranja natural (100ml) e uma banana pequena.
494 cal
�
82 [ b + ] saÚ D e D e z e m b r o / J a n e i r o d e 2 0 1 5
Cuidado! A maioria dos óculos de sol vendidos no Brasil é pirata e os médicos alertam:
eles podem trazer danos irreversíveis à visão
OlhO vivO!
eles caíram no gosto dos consumidores e passaram a ser moda. armações brancas, pretas ou coloridas.
Lentes claras, escuras ou gradientes. esses detalhes até influenciam na escolha dos óculos, mas é o que menos importa quando o tema é saúde ocular.
apesar de serem capazes de melhorar a visão momentaneamente ou passar uma falsa sensação de proteção contra os raios solares, os óculos sem certificação são verdadeiros vilões, porque atrasam o diagnóstico de doenças e trazem prejuízos diretos à visão. ainda assim, a maioria dos óculos de sol comer-cializados no brasil é pirata, de acordo a associação brasileira da indústria Óptica (abióptica).
a cabeleireira auzeni Canedo, 55 anos, deixou-se levar pela comodidade dos chamados “óculos de pronta
verão
entrega” e, depois e quebrar seu par de óculos, passou em uma barraquinha de camelô. levou um puxão de orelha do seu oftalmologista. o que auzeni não sabia é que usar o produto durante alguns meses seria capaz de agravar seu problema de visão. “Sentia ardência nos olhos e muita dor de cabeça. meu grau aumentou”.
Já a administradora tatiane boa morte, 32, narra uma experiência ainda mais grave. “Tive alergia ao material da armação. Usei dois colírios supercaros porque meus olhos incharam de maneira absurda e coçavam”. a jovem, que tem astigmatismo, conta que, desde então, tem muita cautela na hora de escolher seus óculos de sol.
para o oftalmologista Carlos góes viena, especializado no tratamento do glaucoma, evitar os camelôs e produtos sem registro é o caminho certo. ele explica que a função
W W W. p o rta l b m a i s . C o m . b r 83
verão
1. Verifique se os óculos têm etique-ta que indica proteção 99% ou 100% contra os raios UVB e UVA;
2. Um técnico deve avaliar a distân-cia pupilar, tipo de armação adequa-da ao rosto, tamanho e altura;
3. Armações maiores conferem maior proteção para os olhos, além de prevenir evaporação das lágrimas, que mantêm a córnea limpa e saudável;
4. Óculos solares não devem ter grau, a menos que sob prescrição e com boa qualidade cosmética;
5. As lentes não podem causar dis-torção de cores e devem filtrar 75% a 90% da luz visível.
5 DiCAS PARA ESColHER CoM SEGURANçA
Irritação ou inflamação da membrana que cobre a parte branca do olho, a conjuntiva
Cegueira temporária, caso a radiação atinja a córnea e o cristalino, que funcionam como uma lente para focar a luz
Opacificação do cristalino, a lente ocular que foca as imagens, isso pode levar à formação de catarata
Aparecimento de rugas e manchas de envelhecimento nas pálpebras, o que pode levar à formação de tumores
Deteriorização da área da retina responsável pela visão de detalhes, a mácula
RiSCoS Do USo DE ÓCUloS PiRATAS
primordial dos óculos escuros é impedir a passagem dos raios ultravioleta (uva e uvb), presentes no espectro da luz do sol. as imitações chegam bem mais baratas ao mercado por não possuírem tecnologia para filtrá-los.
“a ação de lentes que não protegem contra a radiação solar é mais nociva para o globo ocular do que simples-mente não usar”, afirma viena. É que as lentes escuras fazem com que a pupila se dilate, o que aumenta a pe-netração da radiação solar. Sem a proteção adequada, a radiação pode causar desde uma cegueira temporária até a formação de tumores (veja no desenho acima).
é pior usar lentes piratas do que não usar óculosPara encontrar os óculos certos, no entanto, não basta
olhar a etiqueta. nem sempre preço alto é garantia de produto confiável. segundo a médica rita lavínia de almeida, membro do Conselho brasileiro de oftalmolo-gia (Cbo), o melhor é recorrer a empresas conhecidas e pedir para a ótica para fazer a avaliação do grau de pro-teção com um espectrofotômetro, aparelho que mede a intensidade de radiação.
84 [ b + ] saÚ D e D e z e m b r o / J a n e i r o d e 2 0 1 5
verão
Saiba como se proteger dos raios ultravioleta, que causam danos irreversíveis à pele
Você sabe como escolher o filtro adequado e a melhor forma de usá-lo? A dermatologista Márcia Sampaio responde todas as suas dúvidas sobre o produto.
Você sabia?
Saiba como cuidar da pele das crianças durante o verão de maneira simplesSabe-se que 80% da radiação solar que o indivíduo recebe na vida se dá até os 20 anos. Por isso, o cuidado com a nossa saúde deve refletir a responsabilidade dos pais na pre-venção do câncer de pele dos filhos. Crianças a partir de seis meses já podem usar filtro solar. Separei algumas dicas simples para que você e seu filho passem um verão sem preocupações.
Filtro solar em abundânciaOs filtros devem sempre ser aplica-dos 30 minutos antes do início da exposição solar e reaplicados a cada duas horas. Espalhe na pele sempre uma boa quantidade do produto. Camadas muito finas diminuem a eficácia do filtro.
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Protetor ou bloqueador? Os dois são efetivos na proteção solar. Protetores absorvem a radiação, convertendo-a em energia não danosa à pele humana. Já os bloqueadores funcionam como espelho ou barreira, deixando uma camada branca sobre a pele.
Fuja dos bronzeadores Eles ace-leram o processo de bronzeamen-to, pois ajudam na penetração dos raios solares na pele. “Isso aumenta a propensão ao câncer de pele”, alerta Sampaio.
Qual o ideal para a minha pele? O fator de proteção solar (FPS) de-pende da tonalidade da pele. Para as pessoas mais claras, o mínimo indicado é o FPS 30. Já para a pele
negra, é o 15. Também devem ser observados outros indicadores de risco, como histórico familiar. Quanto maior o FPS, maior o tem-po que a pele vai levar para ficar vermelha. Só não vale se expor entre 10h e 16h.
De olho no relógio Reaplique a cada duas horas ou após mergu-lhos prolongados ou sudorese excessiva. Mesmo assim, evite exposições prolongadas e repeti-das ao sol.
Que protetor eu devo usar? Os melhores possuem o selo da Socie-dade Brasileira de Dermatologia. Escolha um produto resistente à água e cuja proteção UVA seja de pelo menos um terço do FPS.
uvaPenetra nas camadas mais profundas da pele, sem deixar marcas. Causa envelhecimento precoce e o melanoma, um tipo agressivo de câncer.
uvbatinge a derme, provoca a vermelhidão e as queima-duras solares. também está diretamente relacionado ao câncer de pele não me-lanoma, o mais comum dos tumores nesse tecido.
uvCÉ o mais nocivo. Pro-vocaria queimaduras graves e catapultaria o risco de tumores, mas fica retido na camada de ozônio.
W W W. p o rta l b m a i s . C o m . b r 85
verão
1 cenoura crua1/4 de mamão papaya1/4 de limão1 colher (sobremesa) de semente de linhaça1 colher (sobremesa) de gérmen de trigoÁgua
1/2 copo de suco de laranja concentrado1 cenoura pequena ralada1 colher de sopa de linhaça2 castanhas-do-pará1/2 copo de água mineral gelada
1 fatia de melão50 ml de água de coco50 ml de chá de boldo2 kiwis4 folhas de hortelãRapas de gengibre
alimentos como mamão, manga, abóbora, cenoura, espinafre e brócolis são exemplos de alimentos ricos em betacaroteno, que é precursor da vitamina a. eles auxiliam na produção de melanina, aumentando o bronze. “além disso, são antioxidantes, ou seja, ajudam na proteção aos danos celulares ocasionados pela radiação solar, prevenindo o envelhecimento da pele pela exposição ao sol”, diz alice.
escolher alimentos ricos em vitamina a é uma ótima pedida para ajudar na firmeza da pele, de acordo com a nutricionista. além disso, castanhas, nozes, amêndoas contêm ácidos graxos poli-insaturados importantes para a vitalidade da pele e vita-mina e, que é antioxidante. “as frutas cítricas ricas em vitamina C são indispensáveis para a formação de colágeno, a proteína que dá firmeza à pele, ou seja, não podem faltar no seu suco!”.
alice conta que alguns itens não devem faltar no dia que sucede alguma bebedeira. Gengibre, por exemplo, combate a náusea e tem ação anti-inflamatória no sistema digestivo. “Melão, kiwi e melancia são frutas com vitaminas antio-xidantes e pouca acidez, por isso não agridem o estômago”, diz.
1 taça de obrigado! Jabuticaba20g de amora40g de jabuticaba1 colher de sopa de mel de agave1 colher de sopa de capim santo
O suco é diurético, tem ações antir-radicais livres e é desintoxicante.
Com a chegada da estação mais quente do ano vem também a necessidade de manter-se hidratado. Por isso, pedimos para a nutricionista Alice Alagia, especialista em nutrição clínica e esportiva, algumas receitas deliciosas de sucos que prometem cuidar do seu corpo de dentro para fora. Bata os ingredientes no liquidificador e bom verão.
Marilu Tiuba é especialista em dermatologia, membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia e membro do Grupo Brasileiro de Melanoma
sucos para curtir o verão
Para ter uma pele dourada
Sucoantioxidante
Para a pele firmePara curar a ressaca
As roupas FPUAs roupas com fator de proteção ultravioleta (FPU) realmente funcio-nam! Compre sempre um tamanho mais folgado, pois essas roupas quan-do molhadas diminuem a proteção. Evite a cor branca, pois ela reflete a luz no rosto, e o preto retém o calor. De mala e cuiaVai de barraca e tudo para a praia com as crianças? Saiba que as barracas de nylon protegem pouco, já que 95% dos raios ultrapassam o material, portanto dê preferência às de algodão e lona. Campanha Dezembro LaranjaAssim é chamado o mês do ano que alerta a população sobre o tipo mais frequente de câncer no Brasil, o cân-cer de pele. A cor laranja significa alegria e vitalidade. Que assim seja todo o mês de dezembro e que essa energia se estenda por todo o ano de 2016 que se aproxima! Desejo a todos uma pele sadia e protegida com muito filtro solar!
DICA [B+]
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verão
Bolsa de
1. Hidratante em spray Mary Kay, R$ 65“É prático e não deixa a pele grudenta. muita gente es-
quece que sol, mar e o cloro da piscina ressecam a pele
e que, por isso, é superimportante mantê-la hidratada”.
2. Protetor solar airlicium la Roche-Posay, R$ 69,90“Protege bem e não tem aquela textura oleosa da maio-
ria dos protetores solares, o que é ótimo para proteger
o rosto sem dar uma sensação desconfortável na pele”.
3. água termal Nativa Spa de o Boticário, R$ 29,90“a maioria das pessoas ainda acha que água termal é
frescura, mas ela ajuda a hidratar a pele, dá frescor e
pode servir também para fixar a maquiagem”.
4. Creme de controle intra reparador Matrix, R$ 125“amo demais! ele é ótimo para reparar o cabelo e
ainda me ajuda a desembaraçar os fios”.
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5. Spray corporal perfumado Natura Todo Dia (macadâmia), R$ 44,90“verão combina com aromas suaves. gosto de trocar o meu perfume tra-
dicional por opções mais leves como essa, principalmente no pós-praia”.
Quer curtir o sol sem preocupação com o espelho? a blogueira martinha Fonseca, capa desta edição, lista cinco itens indispensáveis em uma bolsa de praia
1.2.
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4.
5.
Martinha dá outras dicas no blog Armário de Madame e no Instagram, onde reúne 50 mil seguidores
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fitness
diante das inúmeras iguarias servidas no período das férias de fim de ano, as dietas geralmente ficam em segundo plano. Para que você consiga curtir cada evento sem colocar o pé na jaca, pedimos para a nutricionista daniela Brige, especialista em nutrição funcional, montar estratégias para fugir das tentações das festas
fim de ano
natal eRéveillonAntes de tudo,opte pela salada“A comilança cheia de gordura da ceia de Natal pode ser menor se você optar por um bom prato de folhas verdes como entrada. A saciedade vai te ajudar a co-mer menos. Depois, tente focar nos pratos proteicos, como o peru, o chester ou o frango. Mas, cuidado com os acompanha-mentos! Lentilha, arroz, nozes e castanhas são boas pedidas”.
Pratos light são uma boa saída “É possível fazer algumas adaptações para deixar os pratos mais leves. O tradicional salpicão pode ser feito com iogurte natural ou maionese light, o arroz à grega pode ser feito com integral sem deixar de adicionar os ingredientes tradicionais. A lentilha pode ser feita como salada, e a sobremesa pode ser feita com frutas, choco-late amargo e oleaginosas, sem precisar carregar no açúcar”.
Praia Dia de sol sem fritura“Amendoins e castanhas são bons petiscos para consumir na praia. Ricos em nutrientes e gorduras de boa qualidade, essas oleaginosas ajudam a aumentar a saciedade. Sobre os peixes e frutos do mar, pratos comuns em um dia de praia, fique atento ao modo de preparo: evite frituras e mo-lhos gordurosos. Quanto aos acompanhamentos, dispense a farofa ou o pirão”.
hidrate-se! “Abuse da água e da água de coco, que além de hidratar repõem a energia. E muito cuidado com bebidas alcoólicas e ricas em sódio. Sucos de caixa, refrigerante, refrescos indus-trializados, por exemplo, podem provocar maior desidratação”.
ChurrascoCarne e só“Uma tarde de churrasco não é tão problemática, desde que você consiga comer mais das carnes e eliminar algumas opções mais calóricas, como farofa, batata frita, aipim frito, polenta e feijão tropeiro. Prefira carnes brancas, retire as gorduras aparentes e evite os embutidos. Limite-se a 150g a 200g de carne”.
Deixe os líquidos para depois “Cuidado com os molhos gor-durosos e os industrializados. Os molhos prontos para salada têm uma quantidade muito grande de sódio. A hidratação neste caso também é impor-tante, mas tente não ingerir líquidos durante a refeição, mesmo que seja água, isso dificulta ainda mais a digestão das carnes. Deixe para uma hora depois”.
Fit
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alimentação
a escolha certa pode ser determinante para preservar a saúde e ainda proteger contra doenças
Na hora de escolher um bom vinho para comemorar aquela ocasião, você fica na dú-vida entre o vinho tinto e o branco? Não consegue decidir entre qual o melhor ovo ou batata doce? Para acabar com a incerteza, a [B+] Saúde conversou com a nutricionista Cristina Menezes, especialista em Nutrição Clínica, que derrubou mitos sobre alguns
dos alimentos mais comuns na mesa do brasileiro.
Que o ovo está mais para mocinho do que para vilão não é mais novidade. o alimento, que nos anos 80 e 90 sofreu
rejeição por ter sido relacionado a doenças cardiovasculares, hoje é considerado nutricionalmente completo e de alto valor biológico. ele contém vitaminas a, D, e, K e do complexo b, além de ser fonte de cálcio, ferro, zinco e manganês. mas você sabe qual o ovo mais nutritivo? de acordo com Cristina Menezes, não há diferenças significativas. “a qualidade deste alimento está relacionada com o prazo de validade e com as características sensoriais, como cor da gema e da casca, que tem relação apenas com a genética da raça da galinha”. Já a cor da gema é influenciada pelo tipo de alimentação das poedeiras.
oVo BRANCo oVo VERMElHo
A BATALhA DA COR
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alimentação
ela é rica em vitaminas b6, C e D, proteínas, fibras, ferro, cálcio, minerais, além dos carboidratos de baixo índice glicêmico. não
por acaso, as raízes da batata-doce caíram nas graças da geração fitness. a cada 100 gramas, a branca possui 92 calorias, enquanto a batata-doce roxa oferece 95 calorias, o que deixa a branca na frente quando se fala em perda de peso. o que muita gente não sabe é que, no quesito nutrição, a roxa ganha a disputa. e a diferença está na casca, que possui mais nutrientes e aquele paladar mais adocicado. Como o cozimento com água retira nutrientes valiosos, o ideal é levá-la ao forno.
Segundo a nutricionista, o vinho tinto apresenta melhor benefício quando comparado ao branco e o rosado, por causa do seu elevado teor de antioxidante. Cristina Menezes esclarece que isso se deve ao maior tempo que a versão tinta permanece em contato com a casca e a semente da uva. O antioxidante com maior concentra-ção e ação benéfica é o resveratrol, substância derivada da casca. ele apresenta resultados positivos na eliminação de gorduras, para manter a pele jovem e prevenir a formação de colesterol e o aparecimento de doenças cardiovasculares, além de alguns tipos de câncer. por se tratar de uma bebida alcoólica, a dica valiosa é consumir com moderação e sempre em refeições. a dose terapêutica é de mais ou menos duas taças por dia para homens e uma para mulheres.
BATATA-DoCE RoxA
ViNHo TiNTo
BATATA-DoCE BRANCA
ViNHo BRANCo
transformação
A história do advogado Marcel Mutim, que, ao seguir um estilo de vida regrado, emagreceu 30 quilos com a ajuda de um incentivo extra: ele se casa este mês!
PARA DIzER SIM
agradecimentos: academia bodytech salvador
Foto
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ulo
port
ela
“Pesar 106 kg refletia não só na balança, mas tam-bém no dia a dia”
“Confesso que no início eu queria emagrecer por questões estéticas. Fiquei noivo, meu casamento estava marcado para dali a dois anos e o meu desejo era entrar elegante na cerimônia. Fiz exames médicos e o alerta estava estampado: precisava de uma mudança urgente! Com 30 anos, parecia estar comemorando 60. Na época, pesava 106 kg. Esse número se refletia não só na balan-ça, mas também no dia a dia. Em situações estressantes, sentia no peito que a pressão estava alta sem aferir.
Quando decidi mudar, me matriculei na academia e busquei acompanhamento de um profissional de educa-ção física e de uma nutricionista competentes. Com as sugestões deles, entendi como funciona o processo de emagrecimento. Não vou mentir: é muito difícil. Abdicar de algumas delícias e treinar para valer não é fácil! Mas, com um ano e meio, eliminei 30 quilos.
Atualmente, meus exames estão ótimos e estou me sentindo melhor do que nunca. Sobre o meu terno de noivo? Ele está justo e esbelto! Partiu altar!”
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A ideia parece promissora. Você começa com todo o gás, mas, a depender de como o objetivo é perseguido, o estímulo dá lugar à vontade de sair dos tri-lhos e a tão sonhada dieta é abandonada. Para quem ainda não conseguiu abrir mão de comidas mais gordurosas, o chamado “dia do lixo”, aquela pau-sa na dieta durante a semana, pode ser um bom aliado do emagrecimento.
Para o médico Marcelo zollinger, a pausa momentânea na dieta pode ser uma alternativa para evitar o abandono do programa. “Pode ser importante para evitar o ‘efeito platô’, que é a adaptação do nosso organismo à dieta restrita, ou seja, paramos de perder peso”.
A nutricionista Tâmara Ferreira discorda. Segundo ela, o dia do lixo significa “estressar o organismo, aumentar os níveis do hormônio do estresse e de citocinas inflamatórias que podem fazer com que se ganhe mais peso”. Ela recomenda fugir de regimes milagrosos e restritivos, que podem resultar no ganho do peso perdido e até no aumento deste, o que ocasiona o “efeito safona”.
dia do lixo vale a pena?
hábitos
especialistas debatem sobre o hábito de burlar a dieta durante a semana
Caminhos para uma dieta sem trapaças
não pule as refeições e alimente-se de três em três horas, para não sentir mais fome e querer compensar na sequência.
Café da manhã, almoço e jantar devem ser completos e nutricionalmente equilibrados, sem radicalismos.
tenha por perto alimentos práticos e sau-dáveis, como frutas, para evitar produtos com alta densidade calórica (doces, salgadinhos, bolos) nos horários dos lanches.
Dê preferência para a versão integral de alimentos como pães, massas e biscoitos; os grãos integrais possuem alto teor de vitaminas e fibras, que auxiliam no controle da glicemia, colesterol e mantêm a sensação de saciedade por mais tempo.
pratique exercício físico regularmente, pois diminui o estresse e oferece mais disposição para garantir o corpo e a saúde em dia, al-cançando as metas e objetivos propostos no início do processo de reeducação alimentar.
lado b
“Anos atrás, sofri um sequestro-relâmpago em Salva-dor e percebi que todo o meu conhecimento em artes marciais não era suficiente para evitar a violência. Depois de pesquisas, conheci um sistema de defesa pessoal chamado krav magá, que, diferentemente de outras modalidades, se propunha a desenvolver habi-lidades técnicas e psicológicas para pessoas comuns se defenderem em um local onde não há regras: a rua. Em viagem ao exterior, experimentei uma linha chamada Comando Krav Magá (CKM), que é fundamentada no sistema original, mas agrega práticas de prevenção,
RegRa Das Ruas Nome: RicaRdo Galvão
idade: 50 aNos
PRofissão: emPResáRio,
foRmado em TecNoloGia
da iNfoRmação
lado B
psicologia, negociação e um método baseado em, no máximo, três movimentos. Simplicidade é geniosidade. Esse é o princípio. Coordenação motora, velocidade, ex-plosão, paciência, frieza em momentos de estresse são trabalhados de uma forma lúdica, mas eficiente, o que faz toda a diferença no meu dia a dia na empresa.”
Foto
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Galvão (à esquerda)e o professorCleber Domingues
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“Começo hoje no meu 1º emprego”
FAZER A DIFERENÇA: ISSO É ESPECIAL.Há 47 anos, a APAE promove a inclusão social de pessoas com deficiência através da educação e trabalho. Além de cuidar da
saúde dos baianos, com o Centro Médico, Exames e o Teste do Pezinho para todas as crianças.
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As crianças estão se mexendo pouco, é preciso brincar e andar mais. É a conclusão de uma pesquisa internacional que colocou o Brasil em segundo lugar em obesidade infantil no mundo. O levantamento realizado pelo Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (Celafiscs) recomenda que crianças façam uma hora de atividade física por dia. O ideal são, no mínimo, 12 mil passos diariamente, mas oito em cada 10 crianças não cumprem essa meta. O problema é que o sedentarismo e a alimentação industrializada desencadeiam também hipertensão, diabetes e problemas cardíacos, como afirma Camila Beloto, especialista em educação física escolar. A professora explica que existe uma infinidade de recursos para a práti-ca de atividades físicas, inclusive com ludicidade. “Além dos esportes, a própria brincadeira já é um exercício capaz de estimular o desenvol-vimento cerebral, a coordenação motora e cognitiva e a sociabilidade”. Confira algumas opções:
é Hora de larGar o video GameCrianças precisam gastar mais tempo com exercícios físicos para prevenir a obesidade
atividades que desenvolvam o equilíbrio, a flexibilidade e a independência, como as que envolvem correr, pular, agarrar e dançar. aposte em brincadeiras como meu mestre mandou, pega-pega, esconde-es-conde, que trabalham membros inferiores, com corrida e agachamento. a introdução do balé estimula a disciplina, o ritmo, a postura e coordenação de movimentos. “a dança trabalha todo o conjunto muscular do corpo, libera adrenalina e auxilia a perda de calorias”, afirma a professora.
práticas que desafiem a criança, como ama-relinha, passa-anel, carrinho de mão, corrida de sacos, pular corda, andar de bicicleta, pular elástico ou bambolê. Jogos são introduzidos, mas sempre dando preferência àqueles mais livres. a criança também já pode começar em um esporte. Camila ressalta que a natação é um dos mais completos, por trabalhar os prin-cipais grupos musculares, contribuindo para o desenvolvimento cardiorrespiratório.
nessa fase, os pais devem apresentar um leque de mo-dalidades esportivas, como vôlei, basquete, handball, tênis, esgrima, ginástica rítmica... o futebol é eficiente em trabalhar o espírito de equipe, a musculatura dos membros inferiores, a flexibilidade, reflexo, coorde-nação, agilidade e concentração. Já entre as artes marciais, uma boa opção é o judô, que está voltado para o bem-estar físico, mental e social. ele explora o domí-nio corporal, melhora a concentração e coordenação motora, além de ensinar o respeito pelo outro.
Até 5 anos
5 a 8 anos
8 a 15 anos
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