Revista Bastidores Online

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CINEMA Vampiros, serial killers e criaturas sobrenaturais: as várias faces do horror nas produções cinematográficas LITERATURA Laurentino Gomes fala sobre 1889, obra que encerra a trilogia sobre a História do Brasil MÚSICA Festival do Rock 2013: Banda de Indaiatuba conquista o 1º lugar Bastidores Bastidores A sua diversão começa aqui online Indaiatuba e região - 1ª Edição - Novembro - 2013 ARTES Projeto Gente Eficiente desenvolve a criatividade artística e promove a inclusão social Revista

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1ª Edição - Novembro/2013 Reportagens, notícias e informações do cenário cultural de Indaiatuba e região. Site: http://culturaimpr.wix.com/bastidores-online

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CINEMAVampiros, serial killers e criaturas sobrenaturais:

as várias faces do horror nas produções

cinematográficas

LITERATURALaurentino Gomes fala

sobre 1889, obra queencerra a trilogia

sobre a História do Brasil

MÚSICAFestival do Rock 2013:Banda de Indaiatuba conquista o 1º lugar

BastidoresBastidoresA sua diversão começa aqui

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Indaiatuba e região - 1ª Edição - Novembro - 2013

ARTESProjeto Gente Eficientedesenvolve a criatividade artística e promove ainclusão social

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Terror e Suspense no cinema ao longo dos tempos

pág. 12

Sumário

Cena do chuveiro em Psicose (Hitchcock, 1960) - Fonte: genericmovieandtv.com

Projeto promove desenvolvimento artístico e inclusão social

pág. 8

Laurentino Gomes fala sobre “1889”, o último livro da trilogia sobre História do Brasil

pág. 26

4 Expediente / EditorialArtes6 O universo mágico do circo8 Gente Eficiente9 Tarde de ArtesAudiovisual10 O enigma Silvio Santos11 Pé na Cova: quebra de paradigmasCinema12 Horror e Suspense na história do cinemaDança17 Hip Hop - Festival promove a 8ª ediçãoEm Foco18 ‘Elysium’ traz atores brasileiros no elencoFotografia20 Mãos à Dobra - uma visão sobre a cosmetização da imagem23 Concurso ‘Olhares da Cidade’Games24 Horror virtual, medo realLiteratura26 Laurentino Gomes lança 1889, último livro da trilogia sobre História do Brasil30 Lançamentos em livros31 Nova safra de autores surge na região32 Indaiatuba promove o ‘Outubro Literário’Música34 Festival de Rock 201336 Destaque bandas38 Re-Virada Regional de Cultura39 Chiquinha Gonzaga, o despertar da música brasileiraTeatro40 Peça ‘O Pequeno Príncipe’41 Octávio Mendes e seu ‘Terço Insano’47 Espetáculo ‘Pano Verde’ ganha média-metragemProgramação48 Agenda - Cinema/Música/Exposição49 ‘Baile do Hawaii’ no Clube 9 de JulhoVídeo50 ‘Dia Internacional da Animação’ em Itu52 Lançamentos em DVD e Blu-Ray54 Ensaio de ‘Oz, Mágico e Poderoso’

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Um novo conceito de cultura

Quando começamos a pensar nosso trabalho de conclusão de curso, o temido e ansiado TCC, já tín-hamos em mente uma publicação voltada para a cultura. A proposta era uma revista dinâmica, com reportagens sobre os principais eventos culturais re-alizados em Indaiatuba e região. Porém, não se tratava apenas de falar sobre o que havia sido produzido, ou comentar a respeito de shows, espetáculos, filmes etc. Queríamos mais do que simples ‘sinopses’: tínhamos o desejo de informar os leitores sobre os produtos culturais oferecidos, com detalhes e curiosidades. Assim, nasceu a Revista Bastidores Online. Dividida em editorias por gênero cultural, começa-mos com a história do circo no mundo. O texto passa pela abordagem do longa de Rosemberg Cariry e a entrevista com o artista Koringa. A sessão também traz uma reportagem sobre o projeto ‘Gente Efici-ente’, feito por artistas que possuem muito mais que talento. As páginas de Cinema trazem uma matéria espe-cial com a trajetória dos filmes de horror, que se ini-cia no expressionismo alemão e vai até a reinvenção do gênero, em ‘Invocação do Mal’. Certamente, não poderíamos deixar de mencionar o ‘Mestre do Sus-pense’, Sir Alfred Hitchcock. Em Audiovisual, o jornalista Maurício Stycer traça um perfil de Silvio Santos e sua interferência na grade de programação do SBT. E nosso fiel escudeiro, Caio Felipe Fré, nos brinda com uma breve análise do se-riado ‘Pé na Cova’, de Miguel Falabella. O texto ‘Mãos à Dobra’, gentilmente cedido pela pro-fessora Paula Piotto para a sessão ‘Fotografia’, faz um estudo das fotografias dos presidentes da República brasileiros, falando sobre o conceito de cosmetização da imagem. Os amigos Victor Lopes Queiroz e Silvia Andreotti, ambos estudantes de Cinema, também ofereceram sua valiosa contribuição. Enquanto Vic-tor nos traz as novidades em games, Silvia revela im-pressões sobre o filme ‘Oz, Mágico e Poderoso’, dos estúdios Disney. A propósito, selecionamos os prin-cipais lançamentos em DVD e Blu-ray para os leitores renovarem seu acervo. Ainda na sessão ‘Vídeo’, o jornalista André Roedel conta em detalhes como foi a 10ª edição do Dia Inter-nacional da Animação, em Itu, e em ‘Programação’, você confere o roteiro cultural da região. É o novo conceito de cultura. Além da revista, os leitores poderão visualizar galerias de imagens e sa-ber das últimas notícias do cenário cultural acessan-do nosso blog. Boa leitura. A sua diversão começa aqui!

Expediente

Revista Bastidores Online Indaiatuba - 1ª Edição - Novembro - 2013

EDITORIALAdriana Brumer Lourencini

TEXTOSAdriana B. Lourencini e Jean Lucas Almeida Pino

COLABORADORESAndré Roedel, Caio Felipe Fré, Mauricio Stycer, Paula Piotto, Silvia Andreotti e Victor Lopes Queiroz

ARTEAdriana B. Lourencini

CAPA Cena do filme Nosferatu (1922) Fonte: Wide World Images

DIAGRAMAÇÃOAdriana B. Lourencini e Jean Lucas A. Pino SUPERVISÃORoberta Steganha

AGRADECIMENTOSAos nossos pais, familiares, professores e amigos, que sempre estiveram ao nosso lado e tornaram este sonho possível. A Danilo Lourencini, Jean Frédéric Pluvinage e Kleber Patrício.

A revista Bastidores Online é um projeto de TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), para graduação em Jornalismo no Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (Ceunsp), Salto-SP.

LINKhttp://culturaimpr.wix.com/bastidores-online

CONTATO [email protected]

Editorial

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Indaiatuba e região - 1ª Edição - Novembro - 2013

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Janet Leigh como M

arion Crane no suspense “Psicose” (1960), de Alfred H

itchcock - Crédito: Divulgação

CAPATerror e suspense continuam atraindo

uma legião de fãs e estão sempre se reinventando

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artes

O universo mágicodo CircoA arte circense atravessou milênios e fronteiras, e ainda atrai público por onde passaAdriana Brumer Lourencini

Aqui tem alegria?“Tem, sim senhor!”

O circo é uma expressão cultural que surgiu na Antigui-dade, e ocupa posição privilegiada entre as formas de di-versão existentes. A despeito do rádio, da TV e internet, a arte circense e continua a atrair a atenção dos espectadores, circulando pelos espaços das culturas erudita e popular, e impressionando pela variedade de atrações. Ermínia Silva, pertencente a quarta geração circense no Brasil, é mestre e doutora pelo departamento de História da Universidade Estadual de Campinas. Ela conta que em Roma, o Circo Máximo era palco de espetáculos públicos com diversas atrações, como teatro, lutas de gladiadores, exibições de animais exóticos e corridas de bigas. “O ter-mo ‘circo’ vem do Latim, na referência ao formato circular do estádio. O Coliseu, construído no século 1, foi o mais célebre dos anfiteatros projetados para eventos assim. Os espetáculos eram promovidos por cidadãos ricos para ho-menagearem os mortos importantes, as vitórias militares ou em devoção aos deuses”, explica Ermínia. Na China, por volta de 300 AC, os imperadores e os vi-sitantes estrangeiros eram entretidos por contorcionistas, equilibristas e acrobatas. “Entre os guerreiros orientais, as acrobacias eram também utilizadas como forma de treina-mento, pois favoreciam a agilidade, força e flexibilidade”, acrescenta a professora. Na Idade Média, trupes de artistas saltimbancos se apresentavam em feiras e praças europeias, em troca de contribuições voluntárias do público. Ermínia aponta que “o circo, na forma em que conhecemos hoje, começou a se desenvolver apenas em 1718, idealizado pelo inglês Philip Astley. Ele foi o pioneiro em sistematizar a ideia de um show de variedades assistido por um públi-co pagante. Em 1775, Astley levou o circo à Paris, mas a Revolução Francesa fez com que ele abandonasse a cida-de. Seu domador de feras, Antoine Franconi, assume o L´Anphitheatre Astley em 1789, e torna-se o maior nome do circo francês”. No continente americano, os Estados Unidos vivencia-

ram sua grande fase circense com o equilibrista inglês Tho-mas Taplin Cooke. Em 1836, ele migrou com sua compa-nhia de 120 integrantes (sendo um terço deles membros de sua família) para Nova Iorque. Na primeira metade do século 20 o circo sofreu forte retração, especialmente em solo europeu, nos períodos das duas guerras mundiais. Outro fator que abriu concorrência no campo do entretenimento foi o advento do cinema, do rádio e da televisão. As novas tecnologias, entretanto, não impediram que o circo se reinventasse, recriando antigas tradições e inserindo novos números. O fascínio exercido pela máquina não subordinou a criatividade humana, e as manifestações artísticas nos picadeiros, assim como em ruas e praças, mantêm vivo o ideal de democratização da arte criado por Astley.

O circo no cinema: humor e tragédia contam sobre o amor de artistas mambembes pela arte

A produção de arte não é tarefa simples. A maioria dos artistas tem um padrão de vida bastante distante do uni-verso glamouroso exibido nas revistas de celebridades. O ofício é exercido por vocação. O retrato da luta diária dos artistas circenses pode ser visto no longa ‘Os Pobres Diabos’ (2013), do cineasta

Chico Diaz vive Lazarino, personagem caótico e controverso

Foto: Divulgação

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w.radiobatukada.org.br

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cearense Rosemberg Cariry, que mostra uma companhia mambembe em viagem pelo nordeste brasileiro para exibir seus números e tentar sobreviver dignamente. Em meio às lutas do mestre do picadeiro Arnaldo (Eve-raldo Pontes) para manter o Gran Circo Teatro Americano, vemos as angústias pessoais do cotidiano dos viajantes, com destaque para o triângulo amoroso formado pela sedutora dançarina Creusa (Silvia Buarque), seu companheiro Zefe-rino (Gero Camilo) e o palhaço Lazarino (Chico Diaz). A desventura amorosa se desenrola em meio a números no palco e na vida real. Silvia Buarque explora as frustrações de Creusa em re-lação a sua vida miserável, e Gero Camilo comove com o extremo amor do personagem Zeferino pela dançarina e pela filha dela, que ele trata como se fosse sua. O tipo mais caótico da trupe é Lazarino, que se deixa guiar pelos desejos que o perseguem, com as consequências de seus atos tratadas de maneira leviana. “É um personagem cheio de nuances, cujo único interesse real está no ofício e numa galinha. Trata-se de um ser enganador e lascivo, porém, que esconde uma tristeza e possui um rastro de ternura”, apon-ta Cariry. De acordo com o diretor, o humor inserido no roteiro não esconde o clima de tragédia que ronda a trama desde o início, especialmente no plano que retrata o grupo em pose que remete à Última Ceia, revelando o desfecho da história antecipadamente. A fotografia é de Petrus Cariry, e traduz o esforço dos artistas frente ao ambiente hostil em que têm de atuar, per-sistindo unidos em suas batalhas cotidianas. “Os figurinos e a direção de arte retratam fielmente o estilo de vida itine-rante, transformando o próprio circo em um personagem a parte”, completa o cineasta. A obra de Rosemberg Cariry se configura em uma com-plexa jornada emocional que busca levar o espectador a compreender as razões que levam os artistas, pobres dia-bos, a continuarem com seu show, apesar da forte corren-teza que parece existir contra eles.

Koringa, um artista convincente sem ser convencional

O artista Hilton Rufino, mais conhecido como Koringa, lembra a importância do cir-co na cultura popular, em todos os tempos. “Antigamente, era a única opção de lazer do povo. Sob a lona eram retratados dramas, comédias, tragédias. O circo era também um dos poucos espaços para a divulgação do trabalho das primeiras duplas sertanejas de raiz, como: Tonico e Tinoco, Chitãozinho e Xororó, entre muitos outros”, comenta.

Rufino iniciou sua carreira nas artes em 1990, quando interpretou o bobo da corte da época me-dieval na peça teatral ‘Cenas do Brasil’, da Companhia ‘Abra-cadabra’. O ator se identificou ime-diatamente com o personagem e assumiu um novo papel em sua car-reira artística: o ‘Koringa’. “O Koringa está inseridoem um contexto um poucodiferente do cenário circense. Ele vai aonde o público está - seu picadeiro são as ruas, praças”, conta Rufino. Mais tarde, em 1997, quando se mudou para Indaiatuba, passou a realizar apresentações utilizando a imagem do cé-lebre comediante que alegrava o rei e sua corte. Atualmen-te, o artista faz a alegria nos diversos eventos que realiza, entre os quais: aniversários, confraternizações, jantares, lançamentos de produtos, feiras, convenções, auditórios de TV, entre outros. Ele diz que representar é algo espontâ-neo, um dom que sempre teve consigo. “Gosto de realizar apresentações que integrem as pessoas, as famílias. Quero divertir a todos, fazer com que se sintam bem, alegres.” Hilton finaliza apontando as dificuldades enfrentadas pe-los artistas mambembes, tanto nos circos, quanto os que realizam seu trabalho ao ar livre ou em locais específicos. “O circo já teve papel muito importante no passado, mas essa forma de entretenimento foi substituída pelas novas tecnologias. No entanto, os que sobreviveram fazem um

resgate fantástico da nobre arte circen-se, que ainda exerce seu encanto por onde passa.” Sobre o reconhecimento do artista circense em nossa cultura, Rufino é categó-rico: “Hoje, o pessoal que não está na mídia sequer existe para o mercado! Quem é valo-rizado é o artista fast food, que faz sucesso tão rápido quanto desaparece, e visa apenas o lucro”, lamenta. ______________________

Contatos para shows: [email protected]

Cel. (19) 99153-7718Nextel 89*118443

Chico Diaz vive Lazarino, personagem caótico e controverso

Foto: Divulgação

Foto: Eliege Signorelli

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: Google Im

agens (autor desconhecido)

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artes

Realizado junto a portadores de deficiência, o projeto Gente Eficiente

estimula o exercício da arte como meio de desenvolvimento psicossocial

Foto: Adri Brum

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Alzira e Katia, com os alunos: Cida, Bianca e Tico, no núcleo Naseja

Assim que entramos na unidade do Núcleo de Assistên-cia Social e de Educação de Jovens e Adultos (Naseja) po-demos observar um ambiente iluminado, cheio de cores e vivacidade. O prédio, situado à Rua da Caixa d’Água, no bairro Santa Cruz, em Indaiatuba, é destinado a projetos das secretarias da Educação e da Família e Bem Estar So-cial (Semfabes), sendo de iniciativa desta última, o ‘Gente Eficiente’. O Centro de Convivência e Capacitação ‘Gente Eficiente’ é um espaço que, por meio de atividades de Oficinas de Ca-pacitação e/ou Terapêuticas, visa a capacitação profissional e a inserção no mercado de trabalho, a valorização e o es-tímulo da autoestima da pessoa com deficiência em idade acima de 15 anos. Sob a coordenação de Alzira Ribeiro da Silva, o Centro de Convivência possui hoje 91 alunos que frequentam as oficinas duas vezes por semana, em horários matutinos e vespertinos, com orientação de professores que também atuam em escolas públicas. O espaço conta com diversas atividades, nas quais os alu-nos interagem entre si e desenvolvem e exercitam capaci-dades psicomotoras e a criatividade. Entre as oficinas, o projeto oferece aulas de pintura, cerâmica, bordado, tape-çaria, dança, bijuteria e educação física, além de uma horta cultivada pelos alunos. “Todas as atividades são supervisio-nadas por orientadores”, explica Alzira. “Um dos nossos objetivos é valorizar as diferenças e potencialidades de cada um, elevando a autoestima e resgatando os direitos dessas pessoas”, completa. Entre os que orientam os trabalhos no projeto, está a professora de pintura em tela, Kátia Cristina Citadini, que também dá aulas regula-res de educação artística para o ensino médio da rede pú-blica. “Na escola normal é o aluno quem faz a diferença. Aqui, aprender é uma alegria, e a oficina me proporciona realização”, declara Kátia. A

orientadora comenta também a respeito de Tico (Luiz An-tônio), que chegou até o projeto junto com o irmão Marco Antônio. “No início, o Tico não interagia, ficava só pintan-do, isolado de todos. Hoje ele surpreende – tem iniciativas com desenho, adquiriu consciência estética e ajuda inclu-sive na horta.” A professora de arte em madeira, Janete Giatti, também se diz realizada no Centro de Referência. “No início, eu tinha um pouco de receio. Mais tarde, des-cobri que o aluno deficiente é muito mais receptivo, sincero e carinhoso. Eles têm muita vontade de aprender”, afirma. Exemplos de superação não faltam no núcleo Naseja, como são os casos de Luciana Müller e Aline Rodrigues dos Santos. Luciana possui deficiências física e intelectu-al, porém, pratica dança em cadeira de rodas há dez anos, além de bordar. Aline, por sua vez, é deficiente visual, gosta de cantar, faz aulas de música, violão e teclado e executa trabalhos de tapeçaria. “Aqui é uma família. Aprendemos, nos divertimos, vivemos”, revela Aline. Um fato digno de nota, observado durante a reportagem, foi a expressão dos alunos do núcleo: todos, absolutamente, tinham nas faces alegria e disposição. Os olhares mostravam curiosidade e receptividade, em demonstrações comoventes de carinho. Os trabalhos executados pelos alunos do projeto ‘Gente Eficiente’ estarão expostos neste final de ano em dois lo-cais: no Polo Shopping Indaiatuba, de 18 de novembro a 3 de dezembro. Ali estarão à venda apenas as pinturas em tela, e a compra só poderá ser feita mediante encomenda. A partir do dia 25 de novembro até o dia 6 de dezembro, todas as oficinas terão seus trabalhos expostos na sede da

Prefeitura Municipal, onde será possível adquirir as pe-ças no ato.__________________

Informações:NasejaRua da Caixa d’Água, 162 - Bairro Santa Cruz.(19) 3875-2816

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: Extraída de intura realizada por aluno do projeto

Adriana Brumer Lourencini

Projeto Projeto

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Lar Emmanuel promovetarde beneficente com

música, dança e sorteios de brindes

Adriana Brumer Lourencini

O Lar de Velhos e Espaço Dia Emma-nuel promoveu evento beneficente em prol de sua unidade, na cidade de Indaiatuba. A ‘Tarde de Artes’ foi realizada no último final de semana de outubro, e teve a participação de cerca de 300 pessoas. Os convidados puderam também saborear arroz doce, sorvete e refrigerante, e curtir as atrações preparadas pe-los organizadores. O local da festa foi o Departamento de Cultura do Ceab (Centro Espírita Apóstolos do Bem), en-tidade mantenedora do Lar Emmanuel. Entre as apresentações, o show de dança dos integrantes da diretoria do Ceab, com o tema anos 1960, agitou a pla-teia. Um dos momentos mais marcantes foi protagonizado por Dinha Lopes, presidente da casa, que entrou no salão sobre uma motocicleta, e em seguida se dirigiu ao palco para a realização da coreografia ao som de ‘Banho de Lua’. Os espetáculos tiveram continuidade com a dança ‘Splish Splash’ das crianças, que foram maquiadas por Gisele Oli-va, do Gerdel Studio de Beleza. E as atrações não pararam por aí - o público ainda se divertiu com as peripécias do Koringa Bobo da Corte. Durante a festa, houve sorteio de aproximadamente 300 brindes, com renda revertida para o Lar Emmanuel. Para Dinha Lopes, esses momentos são muito gratificantes. “Eu agradeço a todos que trabalharam para que este evento se realizasse. Estou realmente feliz com o resultado. A alegria dessas pessoas é a minha alegria”, comemorou. O Lar de Velhos Emmanuel, fundado em 1964, é um de-partamento do Ceab. Atualmente, abriga cerca de 80 idosos residentes e 20 na creche, todos acima de 60 anos, carentes e sem família. No local, eles recebem assistências alimen-tar e médica, vestuário, lazer e apoio afetivo. Há 4 anos, o Lar Emmanuel foi o pioneiro ao implantar o Espaço Dia Creche do Idoso, que atende em regime aberto, de segun-da à sexta-feira. A entidade aceita doações para o bazar da pechincha, realizado semanalmente. As visitas aos idosos ocorrem às quintas-feiras e aos domingos.

Informações: Rua Pedro Gonçalves, 106, Vila Candelária, Indaiatuba. Fone: (19) 3834-3802.

Site: www.lardevelhosemmanuel.com.br.Facebook: lardevelhos.emmanuel?fref=ts

Foto: Du A

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Dinha Lopes (à direita) com Nelson Lopes e Mônica

Imagem: www.ultradownloads.com.br - Autor: Não disponível

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audiovisual

Maurício Stycer

Após retornar de uma recente temporada de férias, Silvio Santos promoveu uma série de mudanças na grade do SBT. O seu próprio programa, aos domingos, foi o primeiro a sofrer alterações, o que afetou consequentemente as atra-ções comandadas por Celso Portiolli e Eliana. O ‘Casos de Família’ quase saiu do ar, mas, por enquanto só ganhou novo horário: às 23h. A novela ‘Carrossel’ chegou a ter a reprise anunciada, mas a decisão foi cancelada em dois dias. Em seu horário nobre, a emissora inseriu o remake de Chiquititas, e trouxe de volta ‘Rebelde’, a original, exibida entre 2005 e 2006. Na programação da tarde, a sequência das antigas ‘Maria do Bairro’, ‘Cuidado com o Anjo’, ‘Rubi’ e ‘O Privilégio de Amar’, preenche boa parte da grade vespertina da emis-sora. Nas contas do blog de Leandro Sarubo, o SBT está exibindo mais novelas velhas do que o canal pago Viva, cuja especialidade é justamente esta. Agindo de forma errática, sem dar satisfações públicas, Silvio Santos é um enigma difícil de decifrar. O SBT com-pletou 32 anos. Por muito tempo reinou na “liderança ab-soluta do segundo lugar”. Hoje luta para retomar o posto,

conquistado pela Record. De todas as recentes decisões, o fim do ‘Casos de Família’, a meu ver, seria bem compreensível. O show de horror comandado por Christina Rocha não combina hoje com a programação cada vez mais ‘família’ do SBT. Dá audiência, mas não atrai publicidade. Seja no horário vespertino, que ocupou por um bom tempo, seja no fim de noite, o progra-ma tem muito mais a cara da Record ou da RedeTV!. A apresentadora, aliás, tinha consciência disso. Em en-trevista ao jornal ‘Agora’, na véspera da estreia da versão noturna, em agosto, ela observou: “Adoram falar mal de um programa popular. Se fosse em outro canal, seria ‘cult’. Essa é uma atração sobre a vida real. Se é baixaria, então ela é universal, pois todos temos problemas como os dos convidados. A diferença é que eles não têm o que perder com a exposição”. Mas, como se trata de Silvio Santos, não dá para apostar em nada. Quem sabe, semana que vem, ‘Casos de Família’ volte à grade do SBT durante as manhãs._________________________________

Mauricio Stycer é jornalista, nasceu no Rio de Janeiro em 1961, e mora em São Paulo há 23 anos. É repórter especial e crítico do UOL.

Outros textos do autor: http://mauriciostycer.blogosfera.uol.com.br/

O enigmaSilvio Santos

Mudanças sem prévio aviso na grade da programação têm sido rotineiras no SBT

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Seriado une comédia inteligente e crítica aos padrões familiares

Caio Felipe Fré

Nos últimos anos a televisão brasileira iniciou um proces-so de intensa transformação. As classes C e D passaram a ser retratadas com maior impacto e a estrutura familiar foi reformulada. O maior exemplo disso, talvez, seja o seriado ‘Pé na Cova’, que une a boa comédia com a crítica a uma sociedade considerada careta. A bizarrice dos personagens e das situações nos remete não só ao próprio cotidiano, mas também aos trabalhos mais psicodélicos de Almodóvar. Em torno da família, dona de uma funerária, giram temas como o relaciona-mento de um homem com uma mulher trinta anos mais

jovem, um casal homossexual de mulheres, as brigas entre vizinhos no subúrbio e o sexo fácil na internet como fonte de renda. Situações facilmente encontradas vida de muita gente por aí. ‘Pé na Cova’ é uma porta aberta para a quebra de precon-ceitos. Um protesto claro aos padrões do que é a família brasileira e a separação de certo e errado imposta na dra-maturgia. E, logicamente, um incômodo aos mais conser-vadores. É o retrato da luta pela sobrevivência do brasileiro no mundo pós-moderno._______________________Caio Felipe Fré é aluno do 4º semestre docurso de Jornalismo no Ceunsp.

Situações vividas pela família

da ficçãosão comuns

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Pé na Cova:quebra de paradigmas

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Bela Lugosi incorpora o célebre vampiro criado por Bram Stoker em Drácula (1931) - Fonte: Images Web

Originalmente baseados na literatura e em lendas sobrenaturais, os filmes de horror e suspense

continuam atuais, assombrando uma multidão de fãs em todo o mundo

Adriana Brumer Lourencini

Horror e Suspense

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O fascínio da humanidade pelo ‘medo’ é um fato. Um dos grandes mestres do hor-ror, o escritor H. P. Lovecraft afirmou: “A emoção mais antiga e mais forte da humani-dade é o medo; e o mais antigo e mais forte de todos os medos é o medo do desconhe-cido”. E a indústria cinematográfica soube explorar isso muito bem. Começamos com um mito que povoa o imaginário das pessoas no mundo: o vam-piro. “A ideia é reforçada pelo cinema, com ingredientes que contêm aspectos inerentes à condição humana: imortalidade, poder, sexo, violência, impunidade, fascínio pelo misterioso”, explica o baiano Ulisses Aze-redo, pesquisador autônomo e viciado em Nosferatu (1922) - Fonte: wideworldimages.blogspot.com

Cinema

filmes e histórias em quadrinhos de horror. O primeiro fil-me do gênero foi feito por Friedrich W. Mürnau. ‘Nosfera-tu’ (1922) foi baseado na obra ‘Drácula’, de Bram Stoker, e produzido dez anos depois da morte do escritor. “Um clássico do expressionismo alemão”, afirma Ulisses. Nos anos 1920, o cinema alemão se configurou como o pionei-ro em filmes lúgubres. Antes de ‘Nosferatu’, Robert Wine filmou ‘O Gabinete do Doutor Caligari’ (1920), com temas sombrios, personagens bizarros e cenários grotescos. “Para a alma torturada da Alemanha de então, tais filmes, repletos de evocações fúnebres, de horrores, de uma atmosfera de pesadelo, pareciam o reflexo de sua imagem desfigurada”, constata o pesquisador. Mais tarde, em 1931, os estúdios da Universal lançaram ‘Drácula’, “mais assustador que a Segunda Guerra Mun-dial”, brinca Ulisses. O filme foi protagonizado por Bela Lugosi, e “este foi o papel mais importante da vida do ator”, completa o pesquisador. Entre os anos 1955/70, a companhia britânica Hammer liderou a produção de fil-mes de horror, tendo Drácula e Frankenstein como perso-nagens centrais. Para Ulisses, “a fita ‘O Vampiro da Noite’ (1958) foi um filme de vampiro que mereceu ser visto”. O clássico foi estrelado por Christopher Lee, e o primeiro de uma série produzida pela Hammer nos anos seguintes. Ulisses lembra ainda que Lee tornou-se o referencial do vampiro para a geração dos anos 1960/70, e “a exemplo do que aconteceu com Lugosi, até hoje muitos associam Christopher Lee ao Drácula”. Além de vampiros e monstros, outros personagens e temas foram fortemente explorados no cinema, conforme conta Ulisses: “Os argumentos de horror criaram uma grande va-riedade de subgêneros. Há filmes de ficção científica que retratam invasões alienígenas ao nosso planeta, outros que abordam o terror psicológico, as possessões demoníacas e

o medo primitivo de mortos-vivos que saem das tumbas”. Entre as décadas de 1930 e 1960, as telas foram invadidas por criaturas fantásticas, protagonizadas por Boris Karloff, Long Chaney e outros. “Aqui, abro um parêntesis para ‘O Retrato de Dorian Gray’ (Lewin e Sanders, 1945). Adap-tação da obra de Oscar Wilde, o filme foi produzido em plena Segunda Guerra”, ressalta Ulisses. O longa recebeu um remake em 2009, pelas mãos de Oliver Parker. Durante a década de 1960 surgiram produções de desta-que, como ‘Psicose’ e ‘Os Pássaros’, de Hitchcock, além do independente ‘A Noite dos Mortos Vivos’ (George Ro-mero), e ‘O Bebê de Rosemary’ (Roman Polanski), ambos de 1968. No mesmo período, no Brasil, o produtor e ator José Mojica Marins criava o ‘Zé do Caixão’, inaugurando o gênero de horror no cinema nacional. De acordo com Ma-rins, a concepção estética do personagem foi inspirada na figura do Drácula de Bela Lugosi, e as longas unhas vêm de Nosferatu. “O personagem protagonizou filmes memorá-veis, como ‘À Meia-Noite Levarei a Sua Alma’, ‘Esta noite Encarnarei no Seu Cadáver’ e ‘O Estranho Mundo de Zé do Caixão’”, aponta Laura Cánepa, jornalista e pesquisado-ra de cinema. Ela diz ainda que “o cinema brasileiro não possui tradição no gênero . O que faz o cinema de horror brasileiro parecer um fenômeno raro é o registro deficiente de nossa tradição ‘horrífica’ de maneira geral, restrita aos relatos orais ou a manifestações tidas como de menor im-portância pelos estudiosos das artes e da cultura”. Nos anos 1970, as telas foram invadidas por filmes que causaram furor, como ‘O Exorcista’ (William Friedkin, 1973), com a terrível trama da garotinha atormentada por uma força demoníaca poderosa, causando angústia em sua mãe e muitas dúvidas no padre que tentava ajudá-las. Os efeitos especiais desenvolvidos para o cinema nos anos 1980 ofereceram dimensão maior e mais realista aos

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Christopher Lee foi o referencial de vampiro que marcou as gerações das décadas de 1960/70

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Dracula, o Príncipe das Trevas (Hammer, 1966) - Fonte: japagirl.com.br

filmes de horror, e foram se aprimorando nas décadas se-guintes. Nascia ali um subgênero de horror, definido como ‘body horror’: um estilo de filme onde a degradação, a mu-tação e a degeneração do corpo humano são uma metáfora das consequências da ambição por poder e conhecimen-to. “Constituíam-se em produções visualmente grotescas e bizarras, que na maioria das vezes possuíam conotações científicas de cunhos biológico e tecnológico, e remetiam à cultura ‘cyberpunk’”, relata Ulisses. “Os expoentes deste período foram ‘Sexta Feira 13’ (Sean Cunninghan, 1980), ‘A Mosca’ (David Cronemberg, 1986), ‘A Hora do Pesadelo’ (Wes Craven, 1984), e ‘Hellraiser, Renascido do Inferno’ (Clive Baker, 1987)”, finaliza. Nos anos 1990, foram lançados filmes com enredo ado-lescente, como a trilogia ‘Pânico’ (Wes Craven, 1996) e ‘Lenda Urbana’ (Jamie Blanks, 1998). “Uma verdadeira fe-bre entre os jovens da época”, lembra Ulisses. Ele ressalta que ‘A Bruxa de Blair’ (Daniel Myrick, 1999) surpreendeu, pois “trouxe mais realismo ao horror”.A década seguinte veio com um gênero de horror em uma roupagem diferente. “Ocorre uma quebra de estereótipos. Temos, por um lado, a série ‘Jogos Mortais’ (James Wan, 2004), e por outro, os enredos orientais de ‘O Chamado’ (Gore Verbinski, 2002), ‘O Grito’ (Takashi Shimizu) e ‘Es-píritos’ (Banjong Pisanthanakun), lançados em 2004”, re-sume Ulisses Azeredo. No final da década, o cineasta Sam Reimi, autor do clássico independente ‘A Morte do De-mônio’ (1980), lança o longa ‘Arraste-me Para o Inferno’ (2009), em uma produção recheada de computação gráfica. Para Ulisses, “o clima de terror fica por conta das trucagens de luz e som”.

Os rastros do horror no cinema brasileiro

O nosso ‘Coffin Joe’, ou ‘Zé do Caixão’, já não reina mais sozinho. No final da década de 2010, o Brasil ganhou refor-ços em produções de horror para o cinema. Apesar de não

ser tema recorrente em nossa filmografia, alguns diretores resolveram romper com o preconceito que ainda existe e investir no gênero.‘Em 2008 foram lançadas algumas produções, como ‘A Capital dos Mortos’ (Tiago Belotti), que foi rodada em Brasília, e conta a história de um grupo de amigos, fãs de horror, que percebem que a cidade está sendo tomada por mortos-vivos. Eles, então, bolam um plano para se salvar. Produzido a partir de um curta, o filme teve um orçamento baixo – R$ 3 mil – e Belotti contou com o apoio de amigos para sua realização. ‘Bellini e o Demônio’, de Marcelo Galvão, é estrelado por Fábio Assunção e baseado no livro do titã Tony Bellotto. A trama gira em torno do ‘Livro da Lei’, do escritor ocultista Aleister Crowley, e tem referências à magia negra e às obras de Cronemberg e Lynch. José Mojica Marins retorna após 40 anos para concluir sua trilogia, composta por ‘À Meia-Noite Levarei a Sua Alma’ (1963) e ‘Esta noite Encarnarei no Seu Cadáver’ (1967). ‘Encarnação do Demônio’ foi o filme de maior orçamento do diretor, no qual Zé do Caixão sai de uma prisão para doentes mentais e vai à busca da mulher que lhe dará o filho perfeito. Entre os diversos cineastas brasileiros contemporâneos que se dedicam ao horror, está Marco Dutra. Paulista, Mar-co trabalha em parceria com Juliana Rojas desde os tem-

pos da faculdade. A dupla está na fase final do longa ‘Quando Eu Era Vivo’, com previsão de estreia em 31 de janeiro de 2014. O filme é baseado no livro ‘A Arte de Produzir Efeito Sem Causa’, de Lourenço Mutarelli, e tem no elenco Antônio Fagundes, Sandy e Marat Descartes. “É a história de um homem que retorna à casa do pai e fica obcecado pelo passado. É tipo ‘O Iluminado’ (adaptação de Stanley Kubrick do livro homônimo de Stephen King)”, conta Du-tra. O diretor diz também que ainda não sabe como será o resultado, “mas gosto do Mutarelli e o elenco pode dar um ar até divertido à trama”.

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Invocação do Mal (The Conjuring, 2013), dirigido por James Wan – criador da franquia Jogos Mortais – é consi-derado a maior abertura de um filme de horror da Warner Bros., faturando US$ 42 milhões no final de semana de estreia, em setembro, nos Estados Unidos. O longa é baseado em uma história real, e narra o conto dos demonologistas Ed e Lorraine Warren, mundialmente conhecidos, chamados para ajudar uma família que estava sendo assombrada por fenômenos sobrenaturais em uma fazenda isolada. Os Warrens se viram obrigados a enfrentar uma entidade demoníaca poderosa, tornando-se reféns de uma situação aterrorizante. Especialistas em filmes de horror, os roteiristas Chad e Carey Hayes nos passam informações importantes para a compreensão do que está acontecendo e o que ainda pode acontecer. A ideia da possessão demoníaca ganha ênfase em pesquisas e constatações religiosas, com uma breve retratação histórica sobre a posição da Igreja Católica a respeito desses casos. Wan dirige um filme de gênero de-finido e aposta em nuances sombrias aterrorizantes, sem o cansativo uso da trilha ou das sombras que oferecem sustos repentinos, previsíveis antecipadamente. O traba-lho de câmera, ora objetivo, ora subjetivo, é bem sucedi-

do, passeando pelos corredores com alterações de alguns planos específicos sem cortes. Visualmente, atrai o espec-tador, pois resgata a essência dos filmes de horror, que é assustar. A ambientação nos lembra Amityville, a Cidade do Horror (1979), onde a ausência de tecnologia da época é um empecilho para os personagens, porém, um trunfo para os realizadores. A atmosfera é sombria e ameaçadora, onde percebemos os temores nas minúcias, como a simples brincadeira de esconde esconde das crianças, que promove boas cenas ressaltando a ameaça presente, porém, invisível. A atuação de Vera Farmiga também revela detalhes ao fazer expressões temerosas quando enxerga algo que não podemos ver. Apenas no instante em que a câmera se con-verte para seu olhar é que podemos vislumbrar o que lhe causa terror. Invocação do Mal é estrelado por Vera Farmiga (A Órfã) e Patrick Wilson (Sobrenatural), que interpretam o casal Warren. Ron Livingston (A Estranha Vida de Timothy Green) e Lili Taylor (série de TV Hemlock Grove) vivem Roger e Carolyn Perron, os donos da casa. Joey King, Shan-ley Caswell, Haley McFarland, Mackenzie Foy e a novata Kyla Deaver, estão na pele das cinco filhas dos Perrons, e Sterling Jerins é Judy, a filha dos Warrens.

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Invocação do Mal: resgate da essência do horror no cinema em trabalho minucioso de câmeras e trama envolvente

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Alfred HitchcockO suspense

por excelênciaCerta vez, Hitchcock disse à imprensa: “Se eu dirigisse Cinderela, o público iria espe-rar um cadáver sair da carrua-gem”. A frase está no livro ‘Al-fred Hitchcock e os bastidores

Cena de Os Pássaros (Hitchcock, 1963) - Fonte: Steven Benedict - North by Northwest

de Psicose’, de Stephen Rebello, jornalista e admirador de Hitchcock. A declaração do cineasta fazia sentido. “Duran-te sua carreira, Hitchcock aprimorou técnicas peculiares, gerando medo e aflição na plateia, tornando-se o pioneiro no suspense psicológico. Não é por acaso que ele recebeu o título de ‘mestre do suspense’”, relata Fernanda Cobo, professora de História do Cinema. Autor de clássicos como ‘Um Corpo que Cai’ (Vertigo, 1958), ‘Psicose’ (Psycho, 1960) e ‘Os Pássaros (The Birds, 1963), Hitchcock valorizava a imagem, onde gestos, movi-mentos e olhares diziam mais do que qualquer diálogo. O diretor sabia mostrar ao espectador o que o personagem estava pensando ou sentindo. “Ele trabalhava mais com a ideia da suspensão do tempo, e não com a surpresa. Isso é fundamental para entendermos a base da sua linguagem ci-nematográfica”, completa Cobo. Hitchcock também apri-morou a técnica da montagem ao narrar a história visual-mente. Em ‘Janela Indiscreta’ (1954), a trama se passa em um apartamento, de onde o personagem espia os vizinhos. “O espectador observa tudo através da visão dele, e a ten-são é criada pela posição exata da câmera para os objetos, janelas e closes”, explica Cobo.A trilha sonora foi um fator adicional que contribuiu grandemente para aumentar o horror da narrativa de Hi-tchcock. Na emblemática cena do chuveiro, em ‘Psicose’, a

sinfonia sinistra dos violinos de Bernard Herrmann acom-panham os movimentos da faca e a expressão de pavor da protagonista. A morte, para Hitchcock, “(...) é um verdadeiro e cruel espetáculo. Ele dizia que a parte mais interessante de filmar um roteiro era a escolha do melhor jeito para realizar um homicídio. Queria filmar o crime perfeito”, narra Rebello. Para Fernanda Cobo, “é difícil não nos lembrarmos de al-gum filme de Hitchcock, pois ele deixa sua marca em cada trabalho. Quem pode esquecer o homem com os olhos es-buracados em ‘Os Pássaros’?”.Não restam dúvidas de que foi ‘Psicose’ a maior influência para a história do cinema e as produções que vieram depois dele. No livro (que inspirou Sacha Gervasi para o longa ‘Hitchcock’, lançado em março deste ano), Rebello explica as razões do impacto: “o filme destacou a conexão entre sexo e terror de uma maneira poderosa e convincente. O horror saiu do universo de fantasmas e vampiros e aterrou na mente humana, que se mostrou mais perigosa que qual-quer criatura fantasiosa. (...) Hitchcock nos ensinou que nada nem ninguém são dignos de confiança, nada é o que parece ser, e que a privacidade é uma ilusão: não há lugar para se esconder”. E para finalizar, Rebello define a obra do mestre: “a maior lição que diretores espertos tiraram de ‘Psicose’ foi mostrar menos e sugerir mais, porque a imaginação de um especta-dor é mais audaciosa do que qualquer coisa que um cineas-ta possa apresentar”.____________________

- Fonte: REBELLO, Stephen, Alfred Hitchcock e os bastidores de Psi-cose, Intrínseca, RJ, Edição Digital, 2013.

- Fernanda Cobo é professora do curso de Cinema do Ceunsp.

- Para saber mais e ver as imagens mais marcantes das produções de horror no cinema, acesse nosso site: http://culturaimpr.wix.com/bastidores-online

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dança A 8ª edição do Meeting Hip Hop School Festival foi realizada neste semes-tre, no Ciaei, Indaiatuba. O evento reuniu mais de 4 mil pessoas e cerca de 700 dançarinos de todo o Bra-sil. A programação incluiu workshops, batalhas de hip hop, breaking e house, além de mostra competitiva aber-ta ao público de solo, duo, trio, júnior, sênior e avança-do. Os grupos participantes já estão automaticamente classificados para o Meeting Hip Hop Valinhos 2014. De acordo com um dos organizadores, Ralph Wil-liam Ferreira, que é dan-çarino e professor, “o ob-jetivo do evento foi reunir os dançarinos para troca de

HipHop

Adriana Brumer Lourencini

experiências e poder vivenciar um pouco mais essa dança”. Ralph ressalta ainda que o Festival foi destinado a todos, “seja para fazer aulas, participar das batalhas, dançar ou apenas conhecer um pouco mais sobre o Hip Hop”. No Brasil, o Hip Hop surgiu com mais força através do break (dança original de rua), nos anos 1970, com a chega-da do rap, especialmente em São Paulo. O movimento é composto por quatro manifestações artísticas principais: o canto do rap, a instrumentação dos DJs, o break dance e a pintura em grafite. Ralph William conta um pouco mais sobre a evolução do movimento, em entrevista à Revista Bastidores Online:

RBO – Como surgiu o movimento?Ralph: O Hip Hop é um movimento cultural que começou no final da década de 1960, nos Estados Unidos, oriundo da black music. Nasceu entre as classes menos favorecidas, como uma forma de reagir aos conflitos sociais e à violên-cia urbana ocorridos na época. O significado da expressão Hip Hop reúne os termos Hip, que significa balançar, e Hop, quadril. Aqui na região, começou com manifestações dos dos ‘b-boys’ (dançarinos de rua).

RBO – O Hip Hop sofreu influências de quais elementos? É fácil aprender?Ralph: O break é a dança que movimenta os componentes dos grupos de Hip Hop. Pelo fato de ser praticada em vári-

os lugares, apresenta as mais variadas influências. Embora pareça simples, o Hip Hop não é uma dança fácil, neces-sita muitos anos de prática. Está evoluindo muito rápido, com novas técnicas e performances. Apesar disso, pode ser praticada por pessoas de todas as idades.

RBO – Como é a composição do Hip Hop?Ralph: O DJ é um elemento fundamental no Hip Hop, pois é ele quem opera os discos, fazendo bases e colagens rítmicas sobre as quais se articulam os outros elementos. O grafite, por sua vez, é a maior expressão artística do movi-mento. Apesar de ser diferente da pichação, é considerado por muitos como vandalismo, por deixar suas marcas. Para outros, é uma forma de denúncia. O estilo musical que em-bala o Hip Hop é o rap, com suas rimas faladas e letras que fazem desabafos e críticas à sociedade. É uma mistura de influências da soul music norte-americana e do som produ-zido pelos ancestrais africanos.

RBO – Como o movimento se expressa na sociedade?Ralph: O movimento tem seu mestre de cerimônias, con-hecido como MC. É ele quem expõe os problemas, carên-cias e experiências dos guetos por meio de articulações de rimas. Além de desenvolver as canções, o MC lança men-sagens de alerta e orientação, ampliando o alcance do estilo e chamando a atenção das pessoas. Isso pode ser visto em vários eventos dos quais o Hip Hop faz parte.

Foto: Divulgação

Em sua 8ª edição, o Meeting Hip Hop Festival

atrai público e amplia

o movimento cultural

na região

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aqui de coisas como imigração”, declarou. Alice Braga complementa dizen-do que Blomkamp é muito poli-tizado, e “quis criar uma história, de certa forma, para cutucar. Mas, sinto que a mudança tem de estar na gente. Se nós não mudarmos, nada irá mudar”.

Os atores ‘brazucas’ Wagner Moura (Tropa de Elite) e Alice Braga (Cidade de Deus) estrelaram no cinema inter-nacional em 2013, integrando o cast de ‘Elysium’. O filme produzido pelo diretor sul-africano, Neil Blomkamp, foi um dos mais aguardados pelos fãs de ficção científica. O longa se passa no ano de 2154, período em que a hu-manidade sofre com as consequências da superpopulação da terra. A parcela mais rica da sociedade vai viver em Ely-sium, uma estação espacial gigantesca em que o ar é mais puro, e não existem fome, doenças ou violência. Os habi-tantes da Terra, no entanto, são tratados como animais e lutam por uma oportunidade de imigrar para Elysium. A trama de Blomkamp nos traz um flagrante da socieda-de atual, e explora temas relevantes, como a desigualdade social e a disparidade na distribuição de recursos. A robo-tização do efetivo militar em sua utilização contra civis na trama está diretamente ligada à questão da imigração aos EUA e a outros países mais ricos. Aliado a isso, os efeitos especiais se mesclam ao cenário e conferem uma naturali-dade que colabora para a imersão do espectador. Blomkamp se lançou nos cinemas em 2009, com Distrito 9, bastante aclamado pela crítica. Com Elysium, porém, ele contou com verba mais polpuda e apoio dos produtores. O elenco é de peso: além de Moura e Braga, estrelam Matt Damon (Identidade Bourne) e Jodie Foster (Silêncio dos

Inocentes). Wagner Moura entra em cena na pele do revolucioná-rio Spider, uma espécie de contrabandista que transporta o povo ilegalmente de um lugar ao outro. A parte mais humana do filme fica com Alice Braga, que vive a enfer-meira Frey, mãe de uma menina com leucemia, e seu papel funciona para aproximar o espectador daquele mundo e de seus habitantes. O filme é uma ficção científica, mas tem como mote o discurso político. Esse foi o diferencial para que Wagner aceitasse o convite dos produtores, conforme afirmou o ator na coletiva de pré-estreia em São Paulo, no início de setembro. “Adoro projetos que aliem entretenimento, que muita gente veja, e que tenha alguma coisa a dizer, alguma substância. Acho interessante que a gente esteja falando

Foto: Divulgação

Ficção científica americana traz

brasileiros no elenco

Adriana Brumer Lourencini

Ficção científica americana traz

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Adriana Brumer Lourencini

Alice Braga vive Fray, mãe desesperada por salvar a filha

Foto: Divulgação

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Foto: Divulgação

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FOTOGRAFIA

Mãos à dobraImagens veiculadas nas mídias sob

o olhar da SemióticaPaula Piotto

Em meio a insígnias, faixas, barbas, bigodes, fardas, ter-nos, casacas, colarinhos, gravatas, rostos tesos, semblantes plácidos, sorrisos, meios sorrisos, sorrisos largos e sorriso algum, eis os corpos presentes na galeria dos presidentes da República Federativa do Brasil do 22º ao 29º períodos de Governo Republicano. Os homens da República são na maioria advogados, seguidos por um número significativo de militares marechais e generais, um médico, um enge-nheiro, um sociólogo, um metalúrgico e uma economista. Nesse caso, mais importante é ser economista, embora o fato de ser mulher tenha sido evidenciado durante toda a campanha eleitoral de Dilma Rousseff; enfatizando o valor de ser do sexo feminino e a primeira a ocupar esse escalão do governo. Mas que tipos de “presença” constituem esses corpos na galeria? Em ‘Flagrantes Delitos e Retratos’ Eric Landowski pos-tula que a espetacularização generalizada consiste num fazer recorrente do discurso publicitário comercial e da co-municação política, ambos pautados numa visibilidade que objetiva a construção de um simulacro do dizer verdadeiro. O estudioso explica que as imagens disseminadas pelas mí-dias intermedeiam a relação do sujeito com o real e que o advento da reprodução técnica serviu para consolidar essa noção de realidade, ou seja, a crença na objetividade das imagens mediatizadas. Nesse viés, e sempre de acordo com esse semioticista, o que deveria ser o espaço de discussão pública dá lugar à “propagação de um manto de imagens que lustra e unifica uma visão de mundo, à qual somos in-stigados a aderir, a crer, a aquiescer, pelo menos com o olhar” . Com o que, a análise das ideologias circulantes e dos discursos subordina-se à “cobertura visual que em to-dos os domínios mediatiza doravante nossa apreensão do mundo”. Depois de esquadrinhar imagens de corpos políticos co-letados das mídias, Landowski constrói uma tipologia na qual descreve as quatro dimensões específicas do retrato, a saber: mimética, cosmética, hermenêutica e estética. O pesquisador valida a proposição de que “sob o nome de ‘discurso público’ – publicidade comercial e comunicação política conjuntas uma à outra para formar um único e mes-mo discurso abrangente – encontra sua realização numa

imagem comum, em que nada mais permite distingui-los”. Sua investigação culmina em ratificar a “consagração da abordagem publicitária como princípio geral de visão do mundo e, correlativamente, cosmetização do político”.No postulado de Landowski, o conceito de cosmetização da imagem do sujeito vai ao encontro das normatizações sociais, num arranjo que visa tornar a aparência do sujeito retratado convergente ao estatuto que ele ocupa na socie-dade. Pelo que, com os retratos na galeria dos presidentes não é diferente, uma vez que eles são da ordem dessa últi-ma figuração e, a preposição de Landowski sobre a função de cosmeticidade do retrato oficial é que: “(...) ele trabalha o ‘perfil’ do sujeito retratado — o engrandece, o ‘embeleza’ se quisermos, ou antes o normaliza — de maneira a tornar sua aparência tão conforme quanto possível a um cânone de representação da função ou do estatuto que ele assume na sociedade. Ao impor assim ao indivíduo um modelo identitário pré concebido, espécie de traje prêt-à-porter no interior do qual ele deverá se deixar moldar, tal regime iconográfico reserva, por definição, um lugar apenas mar-

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há traços distintivos que podem desvelar a política desses sujeitos.

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há traços distintivos que podem desvelar a política desses sujeitos.

ginal para a exploração das singularidades individuais. É preciso de fato apagar tudo o que possa destoar na pessoa para que o personagem, elemento de uma classe — políti-ca, social, profissional ou outra —, possa entrar na galeria dos retratos que celebrará ‘oficialmente’ sua memória (ou, em outra escala, segundo a tradição das boas famílias, no álbum ou nos porta-retratos decorativos nos ambientes da sala)”. Ao examinar os corpos políticos dispostos na galeria dos presidentes, observa-se que, ao contrário de seus anteces-sores, Fernando Henrique Cardoso optou pela visibilidade defronte os livros, ao passo que Lula e Dilma Rousseff escolheram postar-se diante das colunas do Palácio da Al-vorada. E, de fato, tem algum significado Dilma ter escol-hido se abrigar na parte interna das colunas, ao passo que Lula optou por mostrar-se no lado externo delas. Ainda concernente à significação, observar que Sarney e Collor tenham preferido a casaca e o fundo cromático neutro, en-quanto Itamar Franco tem a bandeira ao fundo e veste um terno convencional e, assim como Tancredo Neves, não

porta faixa de presidente, concorre para uma análise que redunda nas variantes do retrato ‘cosmético’. A imagem apreendida sob essa perspectiva não oferece muitas possibilidades de investigação e remete, por ex-emplo, ao simulacro ambicionado por Getúlio Vargas, o qual pode ser apreendido no texto de sua carta testamento. Getúlio, na eminência de tornar-se um derrotado político, interrompe sua trajetória em detrimento da própria vida, o suicídio para preservação da memória, como se o per-curso de um governante pudesse ser limitado a um retrato na galeria. Daí, as condições de postular nesta investigação que é ‘em ato’ e no âmbito das ‘situações’ que o corpo do político, quer seja o corpo que ele ‘tem’ ou o corpo que ele ‘tinha’, jovem ou antigo, vivo ou morto, dá lugar ao que o político ‘é’, e isso significa dizer: dá lugar à política do corpo do político.

Flagrante delito

Se as imagens dos sujeitos ‘em situação’ na diretriz do retrato oficial são assinaladas pelas convenções sociais que moldam o sujeito retratado, nos ‘flagrantes delitos’ as figu-ras estão em condições abertas, livres de estereótipos do gênero e do enquadramento dos cenários. O ato de surpreender um sujeito em transgressão implica em posições que admitem, de um lado, o detrator, e de outro o cúmplice. Landowski argumenta que, “ao contrário do clichê antropométrico que, literalmente, ‘tira a palavra’ do sujeito – boca fechada e olhar fixo -, o flagrante delito (e em menor grau, conforme visto, o retrato oficial) coloca em cena ‘sujeitos enunciantes’, ou de forma geral corpos em estado de comunicação”. A seara política é cheia de meandros, ainda mais no Brasil que, além de ser ‘gigante pela própria natureza’, é um ter-ritório que carrega não só o estigma, mas a herança cul-tural da colonização. O exercício do poder numa República Federativa Democrática Presidencialista, que este país é, implica a política na esfera de uma Nação que conserva a autonomia de várias lideranças políticas nos Estados, e isso constitui uma Federação. Numa democracia, e o sistema político brasileiro nem sempre foi esse, o chefe de Estado é eleito pelo povo e, como a autoridade emana desse conjun-to de cidadãos, é o povo quem governa. No presidencial-ismo, a ação predominante no governo cabe ao presidente que foi eleito representante do povo. Os três poderes, Ex-ecutivo, Legislativo e Judiciário, pela Constituição brasilei-ra, são independentes e harmônicos entre si, mas devem controlar uns aos outros a fim de obter o equilíbrio. No que tange ao equilíbrio das forças políticas, o corpo de Dilma Rousseff sendo atingido por uma espada desvela exatamente o contrário, pois, se existem ‘atores recon-Fotos: Wikipedia

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hecíveis, mas quase sem corpo’, definitivamente, não é isso o que acontece nessa imagem. Ao vislumbrar esse dese-quilíbrio na esfera do poder, o observador sente com o próprio corpo a cadência ritmada na imagem do corpo de Dilma Rousseff sendo perpassado por uma lâmina. Um ‘drama’ que envolve, antes, sentir a ponta do objeto tocar e perfurar suas costas e o metal deslizar na sua carne, depois, a dor dilacerante a ponto de fazê-la perder os sentidos e, no momento seguinte, apostar que esse corpo que se dá a ver declinando, estará tombado no chão. É pérfido, sem dúvi-da, o ato de apunhalar pelas costas, mas o requinte dessa imagem é a identidade velada do algoz. Velada e desvelada, porque na medida em que só é dado a ver parte do braço, nele se nota a farda do sujeito que desferiu num só golpe a sentença de morte. É dessa forma, com uma estaca cravada no coração, que se exterminam não só os vampiros, mas também as bruxas e toda ordem de criaturas indesejáveis. Na aproximação estésica entre o enunciatário e o corpo de Dilma Rousseff, percebe-se também o movimento célere no segundo plano dos sujeitos que batem em retirada. Se-riam eles corpos omissos? Na continuidade ritmada dessa imagem, concomitante ao tombo do corpo será sentido o movimento da espada sendo retirada e, na visão turva do segundo plano desfocado, será sentido o profundo silêncio

que se instala quando se é tocado por esse ato inespera-do. Esse tipo de retrato se enquadra no que Landowski denomina de dimensão estética e deve ser observado que os termos cosmético e estético, os quais correntemente acabam sendo empregados com o mesmo significado, tem acepções distintas no que concerne a tipologia construída por esse semioticista. Enquanto os retratos na sua dimensão cosmética dão conta do revestir dos modelos de forma a torná-los ‘ilus-tres’ desconhecidos, na dimensão estética a prática do re-trato destaca-se pela plástica. O retrato estético é dotado de uma ordenação rítmica e pode ser sentido estesicamente, tal qual o que se experimenta diante de um corpo golpeado. A consideração de Landowski é sobre a cosmetização do político e a conseqüente generalização da visão de mundo acomodando os sujeitos na vala comum. Daí, que a maior probabilidade de depreender a política do corpo político é examinando os ‘flagrantes delitos’ e a ‘dimensão poética’ dos retratos colocados em circulação nas mídias. Landowski aponta que “a iconografia política simples-mente renunciou a tematizar o poder como drama”, e ex-plica que, “se o jornalismo tem por missão, entre outras, nos ajudar a melhor conhecer nossos representantes e dirigentes, compreendemos a partir desses elementos por quais razões de fundo a fotografia ocupa hoje tanto espaço inclusive na parte redacional dos jornais – um espaço (os repórteres fotográficos com razão são os primeiros a subli-nhá-lo) que não mais pode ser considerado como simples ‘ilustrações’ subordinadas à ‘informação’. É que a imprensa dispõe hoje em dia de recursos técnicos que lhe permitem não apenas nos informar, pela escrita ou pela fala, sobre as ‘posições’ políticas que exibem os homens de poder. Gra-ças à fotografia, mesmo a imprensa ‘escrita’ está em condi-ções de captar, além disso, e de nos fazer sentir diretamente as ‘posturas’ – também elas políticas, mas em um nível mais profundo – que eles adotam corporalmente. E com esse propósito, a imagem é sem nenhuma dúvida o melhor ins-trumento tanto de investigação quando de demonstração”.

_________________________________

Fonte de pesquisa: Eric LANDOWSKI, Flagrantes Delitos e Retratos, São Paulo, Educ, 2004.

Maria Paula Piotto da Silveira Guimarães é doutora em Comu-nicação e Semiótica, membro do Centro de Pesquisas Socios-semióticas – CPS, dirigido por Ana Claudia de Oliveira e Eric Landowski, e docente da Faculdade de Comunicação e Artes e Design do Ceunsp.

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Ver o corpo no corpo, e sentir a ruptura da continuidade no movimento ritmado dessa imagem que permite ‘ouvir o silêncio’ e imaginar a luva ilibada borrar-se de sangue. É a deformação da realidade: a experiência estésica na dimensão estética do retrato.

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Olhares da Cidade

O Concurso de Fotografia ‘Olhares da Cidade’, que in-tegra o projeto Indaiatuba Sustentável, premiou as fotos vencedoras em outubro. O evento foi realizado no pavi-lhão da Viber, na ocasião da 7º Edição da Feira Literária da Secretaria de Educação. Tablets e câmeras digitais foram entregues aos primeiros colocados. O projeto Indaiatuba Sustentável foi idealizado pela empresa de gestão cultural Communitas e Sýn Criativa, e realizado pela Prefeitura de Indaiatuba, através da Secre-taria de Educação. A iniciativa contou com o patrocínio da Mann+Hummel Brasil, com a proposta de promover a cultura como instrumento de educação para a sustentabili-dade no município. O júri oficial foi formado pelo fotógrafo e escritor An-tonio Penna, Eliandro Figueira, fotógrafo da Prefeitura de Indaiatuba, Cássio Sampaio, idealizador do ‘Indaiatuba em Foto’, e pela coordenadora de projetos da Secretaria de Educação, Lucelaine Borges Zampolin Dias. Cerca de 300 fotos participaram das cinco categorias or-

ganizadas por idade, e o júri foi responsável por selecionar as dez melhores fotos de cada categoria, além da votação popular para a melhor foto dentre todas as categorias. Fabiana Fernanda Meloni Limeira, 36 anos, faturou o pri-meiro lugar na categoria IV. “Fiquei super feliz com a vi-tória, pois jamais imaginei que pudesse ganhar. Pensei que havia fotos bem melhores do que a minha”, conta. Sobre o tema de sua foto, Fabiana diz de onde veio a inspiração: “A foto foi feita durante um curso de fotografia. Na ocasião eu estava na praça e vi aquele casamento, achei muito lin-do, e quando estava arrumando minha máquina para clicar, passou o rapaz. Então, achei que ficou bem natural, pois podemos retirar algo especial de um instante simples”. Fabiana acrescenta que a vitória no concurso lhe fez acre-ditar que é capaz de fazer aquilo que gosta, e que tudo na vida é possível. _____________________________________

A lista dos vencedores de cada categoria pode ser visualizada no site da Prefeitura: www.indaiatuba.sp.gov.br

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os melhores clicks de Indaiatuba

Adriana Brumer Lourencini

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GAMES

No final de outubro, du-rante seis dias, a Brasil Game Show (BSG) 2013 apresentou os últimos lan-

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çamentos em games, inclusive aqueles que ainda irão levar um tempo para chegar às lojas. Entre as maiores novidades, como o conteúdo exclusivo do piloto Ayrton Senna em ‘Gran Turismo 6’ e a produção nacional Xbox One, a feira ofereceu aos jogadores aficionados a opor-tunidade de testar os videogames dessa nova geração. Aqui, deixarei um pouco de lado os lançamentos gran-diosos como ‘Tomb Raider’, ‘Last of Us’ e principal-mente, o até então inexistente pra mim, ‘GTA V’, e farei uma abordagem das novidades que foram de extrema importância para o mundo dos games, e que não foram tão comentadas como a Ubisoft, Microsoft, Sony etc.

Metro Last Light

Abrirei a lista de jogos com ‘Metro Last Light’ que diz a lenda, foi produzido em uma garagem em algum lugar na Ucrânia, com um orçamento mais baixo que a temperatura da região, e em condições piores do que as do serviço público brasileiro. E como se tratam de ex--URSS, eu não duvido que essa história seja real. Apesar das condições precárias as quais os trabalhadores foram submetidos durante sua produção, o game é realmente genial. A 4A Game conseguiu fazer um dos jogos de melhor motor gráfico do ano, surpreendente. Ao pesquisar so-bre o game, descobri que ele é um indie. Para quem não sabe o que significa este termo, ele se refere a jogos inde-pendentes, não produzidos por grandes empresas, mas sim por pessoas comuns, como eu e você. Neste caso, a falta de investimento é compensada pela liberdade que o criador tem para inovar e inventar o que bem entender.

‘Metro Last Light’ é a continuação de ‘Metro 2033’. O jogo se passa em 2034, em Moscou, onde após uma guerra nuclear, a superfície da Terra se torna inabitável e a raça humana busca refúgio em subterrâneos, esgo-tos, cavernas, buracos etc. Apesar de passarem décadas no subsolo, os seres humanos ainda não perderam a es-perança de vida na superfície, na qual os animais evo-luíram de uma maneira bizarra. Sem a interferência da raça antes predominante, eles tomaram conta de tudo, e agora são mais fortes, mais rápidos e mais confiantes a ponto de atacarem qualquer coisa que se mova. Porém, este não é o grande atrativo do jogo – na verdade, só nos deparamos com essas criaturas uma ou duas vezes durante o jogo inteiro – mas, em uma dessas expedições, na parte intoxicada do planeta, encontramos um ser que não parece ser terráqueo. O jogo se desenvolve deixando essa criatura grotesca de lado por um curto período de tempo, e mostra o lado político da humanidade em um contexto no qual os nazistas dominam o lugar. Os rus-sos comunistas são a resistência e lutam arduamente pela retomada da autonomia e o distanciamento do partido nazista. O jogo provoca sentimentos de repressão, prin-cipalmente quando as criaturas que emergem das sobras resolvem dar um alô. Combinando survivor horror com mecânica stealth (o jogador deve evitar ser percebido), e tiro em primeira pessoa, o jogo acaba se tornando extremamente peculiar – pelo menos eu nunca vi nada que conseguisse misturar três estilos diferentes simultaneamente. O game pode ser

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Victor Lopes Queiroz

Novidadesem games

trazem survival horror em gráficos

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encontrado nas seguintes plataformas: PS3, XBOX 360 e PC.

Rome: Total War II

O segundo da lista é ‘Rome: Total War II’, o jogo de estratégia mais viciante dos últimos tempos. Apesar de ter sido uma grande produção, não rendeu como grande produto no mercado, mas isso é algo comum nos jogos que são exclusivos de PC. Assim como todo jogo de turno, em certos momentos ele se torna tão insuportavelmente chato, e às vezes até repetitivo, que a voracidade de jogar do início se vai mais rápido do que o normal. Apesar de muito bom, depois de meses de vício intenso, você não se sente com vonta-de de jogá-lo novamente desde o início. Este jogo, assim como a maioria de jogos exclusivos de PC, é totalmente

voltado para o entretenimento, deixando de lado a história. Enquanto você se diverte, sur-gem algumas quest, uns pequenos puzzles para serem resolvidos diplomaticamente, como por exemplo, um cachorro seguir um soldado até os portões da cidade (o que, na época - de acordo com o game - eles acreditavam ser um sinal divino de que o exército teria sucesso no campo de batalha).

Outlast

O terceiro e último da lista é ‘Outlast’, e con-ta a história de um jornalista que foi investigar o porquê do hospício Mount Massive Asylum ter sido abandona-do. Ao adentrar o local, ele se dá conta de que a insti-tuição se encontra sob o domínio dos loucos que antes eram pacientes. Com o passar do tempo, você descobre o que realmente está por trás do mistério que envolve o hospital. Nos últimos tempos tivemos muitos problemas com o survivor horror, já que ‘Resident Evil’ não é mais o mes-mo, e ‘Silent Hill’ não se encaixa mais no mundo atual. No entanto, este game veio para mudar tudo que co-nhecemos do gênero, em uma verdadeira experiência de survival horror: aqui você não luta – a única chance de sobreviver é correr e se esconder. Como se trata de um jogo indie, assim como o ‘Metro’, também possui gráfi-cos fantásticos. Na brincadeira do esconde-esconde, a diversão é ba-seada em stealth, com elementos de parkour (habilidade de mover-se rápida e eficientemente), como ocorre em ‘Dying Light’, último lançamento da produtora polonesa Techland, testado na BSG 2013. Quanto aos inimigos, são imprevisíveis – e o jogador não sabe quando, nem onde – qualquer um deles irá aparecer. Por isso, o jogo exige do usuário a percepção sobre tudo o que acontece a sua volta. Os cenários e personagens de ‘Outlast’ fo-ram inspirados em asilos reais, assim como os casos de insanidade mental criminosa. Os jogos indie e exclusivos para PC não costumam ter o foco no gráfico, porém normalmente são os que ditam certos estilos de jogabilidade. Porém, os games citados aqui demonstram que a próxima geração será sensacio-nal nesse quesito.____________________________________

Victor Lopes Queiroz é aluno do 2º semestre do curso de Ci-nema do Ceunsp, e atualmente escreve para a coluna Games do site Plano Sequência - www.planosequencia.com

Rome: Total War: estratégia com foco no prazer de jogar

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Outlast: cenário ‘real’ exige percepção e movimentos rápidos

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1889 O autor Laurentino Gomes, vencedor de 4 prêmios Jabuti, lança o livro que encerra a trilogia sobre a História do Brasil

Adriana Brumer Lourencini

Foto: Divulgação (A

ssessoria)

literatura

Quando iniciou suas pesquisas sobre a História do Bra-sil, pelos idos de 1997, Laurentino Gomes não imaginava a repercussão que sua obra teria no mercado literário. O primeiro livro, lançado em 2007, deveria chamar-se inicial-mente ‘Segredos da Corte’, pois trata da vinda da família

real portuguesa para a colônia, o Brasil. Como o fato se deu no ano de 1808, este acabou sendo o título do livro que deu início a trilogia. Natural de Maringá, Paraná, e radicado em São Paulo, Laurentino construiu uma carreira sólida na editora Abril,

porém, cerca de sete meses após o lançamento de ‘1808’, largou tudo para se dedicar ao trabalho de escrever. “A vida nos oferece novos caminhos o tempo todo, e cabe a nós aproveitarmos ou não”, conta o jornalista. “O livro repercutiu acima do esperado, e isso passou a ocupar boa parte de meu tempo. Em determina-do momento, percebi que tinha de escolher, e isso foi muito difí-cil na época. Hoje, concluo que foi a melhor decisão que tomei na vida”, relata. O livro ‘1808’ vendeu 1 milhão de exemplares e ficou por mais de dois anos na lista dos best-sellers. Mas, como todo bom jornalis-ta é, antes de tudo, um contador de histórias, Laurentino não pa-rou por aí. Ele continuou suas pesquisas e, em 2010, nasceu ‘1822’. De acordo com Lauren-tino, “este foi mais trabalhoso e angustiante”. O autor afirma que é preciso entender o que é um historiador: “O desafio do meu trabalho é realizar uma pesquisa profunda, o que, aliás, eu gosto muito de fazer, pois quando a gente se encanta com a descoberta, passa isso para o leitor”, declara. Sobre as pes-quisas de dados históricos, ele garante que levou cerca de três anos para cada livro. O terceiro livro da trilogia foi lançado recentemente. ‘1889’

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Fotos: Adri Brum

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O jornalista e autoresteve presente

em várias cidades da região em

tardes de autógrafose bate-papo

narra vários momentos que antecederam a Proclamação da República, como a Guerra do Paraguai e o movimento abolicionista, além de passar pelos primeiros anos da Repú-blica Velha. “A divergência entre monarquistas e republica-nos fez com que a narrativa dos acontecimentos fosse difí-cil, porque há versões muito contraditórias. Uma delas diz que o marechal Deodoro da Fonseca entrou no pátio do Ministério da Guerra e deu um ‘viva’ ao imperador. Outra, diz que, em vez de anunciar a mudança de regime, teria dito que levaria uma nova lista de ministros para a aprovação do monarca. Isso significa que ele não estava proclamando a república”, observa Laurentino. O autor acrescenta que consultou aproximadamente 150 livros, e expõe em suas obras todas as versões encontradas, para que o leitor co-nheça todas elas e tire as suas conclusões. Ainda sobre o tema central de ‘1889’, a República, o jor-nalista aponta que a propaganda dos republicanos era “am-pliar a participação e a cidadania, instituir o voto popular, educar as pessoas e incorporar os excluídos. Ela falhou nesse aspecto, pois logo em seguida se converteu em uma ditadura, com Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto”. Ele acrescenta que a situação não se alterou quando o po-der passou para as mãos dos civis: “a equação de poder continuou a mesma do Império”. ‘1889’, no entanto, termi-na com um viés mais otimista: “Falo sobre a campanha das Diretas, onde temos pela primeira vez na História o povo nas ruas pedindo eleições. A República foi proclamada de fato no Brasil apenas em 1984”.

Vencedor do Prêmio Jabuti por quatro vezes, Laurenti-no Gomes tem realizado viagens pelo país para divulgar o lançamento de ‘1889’. No final de outubro, ele esteve na livraria Nobel do Polo Shopping, em Indaiatuba, em tarde de autógrafos e bate-papo. Ao ser questionado sobre pro-jetos futuros, o jornalista foi reticente: “Não quero revelar agora, pois, os leitores são ávidos por novos títulos e têm pressa”, brincou. “Pretendo continuar escrevendo sobre História do Brasil, em linguagem jornalística, acessível ao leitor. Penso em falar sobre guerra do Paraguai e Inconfi-dência Mineira.” Ele revelou ainda que irá dedicar os pró-ximos dois anos à sua última obra, peregrinando nas estra-das, mantendo contato com seus leitores e participando de feiras literárias. Sobre ‘1889’, ele esclareceu também que “este é o último livro com data na capa, porque isso con-fere uma identidade à trilogia”, esclarece. “Além disso, um escritor nunca deve ser previsível, ele tem de surpreender seus leitores. O livro é um elemento muito transformador. Ele mexe na sociedade, mexe com os leitores, muda a vida das pessoas. Isso me traz a consciência de que tenho uma missão muito séria.”

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Laurentino Gomes é formado em Jornalismo pela Universi-dade Federal do Paraná, com pós-graduação em Administração pela Universidade de São Paulo, é membro titular do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo e da Academia Paranaense de Letras.

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Bastidores Online28Bianca tem 17 anos, possui deficiência intelectual leve e é aluna de pintura do projeto Gente Eficiente - Foto: Adri Brumer

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Exposição de Arte

PROJETOGENTE EFICIENTE

DE 18 NOV A 3 DEZ

Exposição de Arte

PROJETOGENTE EFICIENTE

DE 18 NOV A 3 DEZ

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literatura

Pecado SombrioA noite pode representar um período mágico e

emocionante para muitos. No entanto, para outros, ela traz o pavor de criaturas horrendas,

sons sinistros e atos insanos Pecado Sombrio foi lançado em setembro pela Editora Universo dos Livros, o terceiro da série Cárpatos, prece-dido por Príncipe Sombrio e Desejo Sombrio, da autora Christine Feehan. O livro é um romance de ficção com se-res sobrenaturais, e tem como pano de fundo uma história de amor. A personagem central é Alexandria, uma jovem de 23 anos que tem a missão de cuidar de seu irmão Joshua, de 6 anos, após seus pais morrerem em um acidente. Os dois viviam em San Francisco, em uma pensão de baixo nível, frequen-tada por prostitutas, alcoólatras e usuários de drogas. Alex não tinha a intenção de permanecer naquele local, e queria oferecer ao irmão uma boa educação e conforto. Profissio-nal de design gráfico, Alex consegue uma entrevista com Thomas Ivan, famoso criador de jogos para computadores e videogames. Ivan se impressiona com as qualidades da moça, tanto para os desenhos quanto na aparência. O que Alex não esperava é que o encontro de negócios se transformasse em momentos de terror: a voz maligna do vampiro Paul Yohenstria ecoou em sua mente, chamando-a para si, enquanto mantinha o pequeno Josh consigo. Para proteger o irmão, ela se viu obrigada pela criatura a ceder e acabou se tornando uma vampira. Os irmãos foram le-vados para a caverna de Paul, no topo de uma montanha, onde ele forçou Alex a satisfazer seus desejos mais primiti-vos, ameaçando Josh todo o tempo. É então que surge um novo ser da escuridão. Aidan Savage, membro do antigo clã Cárpato, destrói o vampiro Paul, livrando Alex e Josh de um destino insano. Mais tarde, a vampira descobre que Ai-dan a deseja mais que tudo. Contudo, ela se vê na iminência de sucumbir ao amor selvagem do seu salvador e cometer

Amante FinalmenteNovo volume da série

Irmandade da Adaga Negra une os vampiros Qhuinn e Blay em uma relação homossexual

A série vampiresca ‘Irmandade da Adaga Negra’ colocou a escritora J. R. Ward na lista de best-sellers do The New York Times. Ela também assina os volumes da saga Fallen Angels, publicados igualmente pela editora Universo dos Livros, sendo considerada um dos maiores expoentes do gênero paranormal vampiresco. Amante Finalmente revê a trajetória de Qhuinn e Blay, próximos devido a uma tensão sexual já tratada nos roman-ces anteriores, porém, agora envolvidos homossexualmen-te por uma atração que vai além da mera sugestão. O cená-rio é o mesmo, Caldwell, Nova York, onde se desenrola a guerra entre a Irmandade Secreta dos vampiros defensores da Raça e seus inimigos redutores. Qhuinn, um dos lutado-res mais brutais, escolhe a fêmea Layla, com quem tem um filho. Blay, por sua vez, mesmo apaixonado pelo guerreiro, se envolve com Saxton. A trama é incrementada com pas-sagens picantes, contrapondo-se às cenas de batalhas, revi-ravoltas e intrigas. A autora explora com maior intensidade o lado pessoal de Qhuinn, ao trazer à tona seu passado. A exemplo dos outros livros da série, Ward leva os leito-res a subtramas e pontos de vista diferentes, indicando os rumos que os próximos volumes irão tomar. Novos joga-dores e amantes entram em cena, como o intelectual Assail, além do conflito entre Wrath e Beth. A obra sugere um crucial e derradeiro destino para Qhuinn e Blay, em uma jornada angustiante para a dupla homossexual. O suspense fica por conta da decisão do guerreiro entre permanecer ao lado de Layla, no seio familiar com o qual sempre sonhou, ou se entregar aos sentimentos que nutre por Blay.

_______________Ficha técnica:Amante FinalmenteEditora Universo dos LivrosNúmero de páginas: 680Preço médio: R$ 50

o maior e mais sombrio pecado de sua vida._______________Ficha técnica:Pecado SombrioEditora Universo dos LivrosNúmero de páginas: 408Preço médio: R$ 45

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O que realmente importa A escritora estreante, Adelisa Maria Albergaria P. Silva, lançou seu livro ‘O que Realmente Importa’, no final de agosto de 2013, durante tarde de autógrafos realizada na sala Acrísio de Camargo, no Ciaei, com apoio da Secretaria de Cultura. A obra foi publicada pela editora Multifoco, e agrega uma coletânea de 47 crônicas escritas pela autora em seu blog. Entre os temas abordados, estão maternidade, família, perdas, trabalho e reflexões sobre acontecimentos do cotidiano. O livro esteve à venda no local pelo valor promocional de R$ 30. A inspiração para o livro veio da saudade que Adelisa sente de sua sobrinha Júlia, falecida há três anos devido a um tumor cerebral. Na época, a menina tinha 7 anos. “Ela era como uma filha para mim. Sempre foi muito presente em minha vida”, conta Adelisa. Tudo começou quando Ri-cardina, irmã de Adelisa e mãe de Júlia, resolveu criar um blog em homenagem à filha. Então, em julho de 2010, a autora fez o seu próprio blog, onde passou a escrever sobre sentimentos e aprendizado, na expressão da dor pela perda de Juju (como ela chamava a sobrinha). Ao definir o maior sentimento que traduz sua obra, a autora revela: “o que mais importa na vida é Deus, a famí-lia e os amigos. Aprendi a dar mais valor a coisas simples, como beber um copo d’água, andar ou falar”, relata. Para a escritora, a dor é inevitável, porém, o sofrimento torna-se opcional, relembrando o pen-samento de Carlos Drum-mond de Andrade. “Momen-tos felizes surgem em meio à dor, mas a vida segue”, reflete Adelisa. Adelisa Silva, natural de Campinas, tem 48 anos, é bancária e mora em Indaiatu-ba. Casada, ela é mãe de Na-tália, 28 anos e de Pedro, filho adotivo de 2 anos.

Para contato com a autora e aquisição do livro, acesse:http://adelisa-oquerealmenteimporta.blogspot.com.br/O livro também pode ser adquirido na livraria Cultura.

PrateleiraNova safra de autores desponta na região

Adriana Brumer Lourencini

O artista, o executivo e o sorveteiro O conceito da arte ganha novos contornos no livro ‘O ar-tista, o executivo e o sorveteiro’, de autoria de Roque Ávila Júnior. O escritor procura abordar a forma como os artis-tas de todas as épocas encontravam motivação para o tra-balho, e como isso pode ser aproveitado nos dias de hoje.“Por que os artistas gostam tanto de trabalhar?”, foi a per-gunta que motivou Roque a escrever. O autor diz que a obra é dedicada à pessoas comuns, que têm seus empregos, pagam suas contas e seguem regras. “Todos podem incluir a arte em suas atividades, afinal, os artistas sempre foram, antes de tudo, cidadãos comuns, com obrigações como to-dos nós”, afirma Roque. O livro passeia pela história da arte, e tem base nos 4 pila-res de pensamento: Teocentrismo, Antropocentrismo, e os atuais Econocentrismo e Infocentrismo (economia e tec-nologia da informação). Ávila também busca desmistificar a figura do artista, que ainda é cercada de muito glamour. “As pessoas que trabalham com a arte não são criativas 24 horas por dia. Elas também têm conflitos, problemas”, complementa. Nas páginas finais, o leitor encontra exercí-cios de criatividade para serem aplicados no seu dia a dia. Roque Ávila é designer gráfico e fornece conteúdo para blogs e redes sociais. “As empresas criam o perfil nas redes, mas não conseguem mantê-lo – é aí que eu entro”, conta.

O livro pode ser adquirido no site: www.clubedosautores.com.br, ao custo de R$ 30.

Foto: Acervo pessoalst

“Todos podem

incluir a arte em suas

atividades”Foto: Acervo pessoal

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literatura

No mês passado, poetas e escritores de Indaiatuba par-ticiparam da 9ª edição do Concurso Literário Acrísio de Camargo. O concurso, promovido pela Prefeitura, foi des-tinado a pessoas de todas as faixas etárias, residentes no município. e os autores concorreram com um texto por modalidade, ainda não publicado sob qualquer forma, nas categorias Poesia, Conto e Crônica. Foram recebidas 97 inscrições, sendo 42 textos na catego-ria Poesia, 25 em Conto e 30 em Crônica. Os vencedores serão divulgados em solenidade especial no Ciaei no dia 9 de dezembro, em comemoração ao aniversário da cidade. Os três melhores trabalhos de cada modalidade receberão prêmios em dinheiro, sendo o maior de R$ 2.500, além de

Rafael Henrique Wolf, vencedor da categoria Conto, em 2012, e Marcelo Rosa, da Secretaria de Cultura, durante a premiação

Foto: Eliandro Figueira - SC

S/PMI

Concurso e Feira

marcamo mês da

literatura em

Indaiatuba

Jean Lucas Pino

menções honrosas e certifica-dos de participação. Os traba-lhos serão julgados por escri-tores do Estado de São Paulo. Realizado anualmente, o Prêmio Literário Acrísio de Camargo tem o objetivo de divulgar o nome do autor da letra do hino da cidade e es-timular a produção literária local. Em 2012, o concurso recebeu 80 inscrições, sendo 30 poesias, 25 contos e 25 crônicas, e premiou Egberdo Penido (Poesia), Jaqueline Eva Odenheimer (Crônica) e Rafa-el Henrique Wolf (Conto).

Ler faz bem

Além do Concurso Literário, a programação incluiu a 7ª edição da Feira Literária, fruto do projeto Ler Faz Bem. O evento foi realizado no dia 19 de outubro e atraiu público de 30 mil pessoas. Segundo a Secretaria de Educação, o projeto teve o obje-tivo de incentivar a literatura e promover a exposição dos trabalhos realizados em sala de aula – cerca de 12 mil livros expostos. O prefeito de Indaiatuba, Reinaldo Nogueira, esteve pre-sente e ressaltou a qualidade dos trabalhos apresentados. “Quero parabenizar o exército da educação de Indaiatuba que faz toda a diferença para o município. Os pais reco-nhecem o trabalho da educação e podemos conferir isso com a Feira Literária. O nosso trabalho é sempre buscar o melhor e investimos em educação mais do que a Lei exi-ge. Temos ainda muitos planejamentos para a educação e vemos a evolução do trabalho de todos do setor ano após ano”, salientou o prefeito. A 7ª Feira Literária foi composta com stands de 43 uni-dades escolares, e um da Tecnologia Educacional, com a exposição dos livros virtuais vencedores deste ano. Os des-taques foram para os stands ‘Africanidade’ e do Pnaic (Pac-to Nacional para Alfabetização na Idade Certa). Além da exposição dos livros construídos pelos alunos e seus professores também foi reservado um espaço para apresentação de danças, música e contação de histórias. Os livros expostos foram construídos artesanalmente.

Outubro Literário

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música

Festival de

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Adriana Brumer Lourencini

Darksmile, banda heavy metal de Indaiatuba, foi a última a conquistar o primeiro lugar no Festival de Rock, em 2010

Qualidade dos músicos superou a de edições anterioresdo Festival que completou11 anos

A grande final do Festival de Rock 2013 foi no dia 27 de outubro, no Parque Ecológico, em Indaiatuba. A ban-da vencedora foi a Silverado, seguida pelo grupo Doctor Mars, que levou o segundo lugar, e o prêmio para Melhor Intérprete foi para os músicos da Projetamente, todas do município. O terceiro lugar foi para A Fantástica Madame, de Hortolândia, e a banda Visagem, de Santo André, ven-ceu em Melhor Composição. As quinze bandas classifica-das se apresentaram no tradicional palco-tenda montado próximo a Concha Acústica do Parque, e o encerramento ficou por conta da banda H2 Álcool (Capivari), vencedora do Festival no ano passado, e de Nasi & Banda (ex voca-lista do Ira). A 11ª edição do Festival de Rock contou com 36 bandas de Indaiatuba e 52 de outras cidades brasileiras. Um dife-rencial este ano foi a alteração no regulamento. Segundo os organizadores, o total que inicialmente seria de dez classi-ficados, foi ampliado para 15 pelos jurados, devido à alta qualidade das apresentações, que contou com 88 bandas em quatro dias de eliminatórias. Sete bandas indaiatuba-nas ficaram entre as finalistas: Audio Vox Rock, Cálibra, Darksmile, Death Proof, Doctors Mars, Projetamente e Silverado. Foram selecionadas ainda: A Fantástica Madame (Hortolândia), Audiozumb (Franco da Rocha), Cavaleiro Dragão (Campinas), Invalvuláveis (Suzano), Sexo (Ameri-cana) e The 900 (Americana – vencedora do Festival 2011), Visagem (Santo André) e Vó Tonha (Hortolândia). A últi-ma vez que uma banda de Indaiatuba venceu o Festival foi

em 2010, com a Darksmile. Os concorrentes foram avaliados, tanto nas eliminatórias quanto na final, por uma comissão julgadora formada pelo músico, DJ, comunicador e símbolo da MTV, Luiz Thun-derbird; por Hélcio Aguirra, guitarrista da clássica banda hard rock Golpe de Estado; e pelo baterista do ‘365’, Miro de Melo. De acordo com a organização do Festival, o evento teve como principal objetivo incentivar a composição e produ-ção musical, valorizando a arte como fonte de cultura e lazer, além de favorecer o aprimoramento artístico. O evento foi promovido pela Secretaria Municipal de Cultura, e teve duas etapas eliminatórias: dias 28 e 29 de setembro, e 5 e 6 de outubro. Os inscritos foram avaliados por comissão julgadora composta por três profissionais li-gados à música, e a apresentação foi dividida em 22 con-correntes a cada dia. A avaliação foi baseada nos critérios interpretação (ex-pressão musical, afinação, dicção e presença de palco), composição (letra, estrutura poética, prosódia musical e contexto da obra) e desempenho musical (criatividade, ar-

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Darksmile, banda heavy metal de Indaiatuba, foi a última a conquistar o primeiro lugar no Festival de Rock, em 2010

GALERIA

Amanda e Carolina: marcam presença para curtir o rock

Guilherme e Edson: público fiel acompanha as bandas

ranjo, técnica e entrosamento), com notas de 0 a 10. Os prêmios foram de R$ 4 mil para o 1º lugar, R$ 2,5 mil para o 2º lugar, R$ 2 mil para o 3º lugar, R$ 950,00 para Melhor Intérprete e R$ 950,00 para Melhor Composição. Os músicos participantes contaram com público fiel em todas as etapas do Festival, entre eles, os amigos Guilher-me Malaquias e Edson Ramos de Oliveira, fãs das bandas Silverado e Vó Tonha, respectivamente. “Sempre acompa-nho o trabalho do pessoal da Silverado, são músicos muito bons. Eles têm um estilo musical bem diferente, que nem mesmo bandas mais famosas possuem”, garantiu Guilher-me. Edson, que veio de Hortolândia só para assistir à final, defende o grupo de sua cidade: “Conheço pessoalmente os integrantes do Vó Tonha. Eu também tenho uma banda e já tocamos juntos”, comentou Edson. Entre as diversas tribos presentes, tinha muita gente que estava lá só para curtir. É o caso das jovens Amanda Fer-reira e Carolina Belfia, que declararam não ter preferências. “Estamos aqui por gostarmos de rock, pelo ambiente e pela música.” As amigas confirmaram ter marcado presen-ça também na semifinal.

A vencedora Silverado com os jurados e a secretária municipal de Cultura, Erika Hayashi Kikuti, durante a premiação

Foto: Adriana Panzini - SCS/PM

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Grupo resgata o rock clássico em repertório variadoOs fãs do rock em Indaiatuba podem comemorar, pois ganharam novos representantes do gênero na cidade. A banda Vírus surgiu em abril deste ano, e resgata músicas do Pop Rock, Pop e Rock Clássico. O grupo tem se apresentado em casas como Manchester e salão do Sereno, do Federados Moto Clube. A banda é composta por Zezus Santos, na guitarra e no violão solo, Leando Melquíades, na bateria, Marciel Lima, gui-tarra e violão base, Igor Simonato, baixista, e pelo líder, o vocalista Moacir Rocha. De acordo com Moacir, o maior objeti-vo da Vírus no momento é conquistar o público. “Foram 5 meses de muita transpiração e inspiração, para termos um repertório que agrada a vários nichos de público. Tocamos desde Metallica, Judas Priest, até Skank e Roupa Nova. Também temos músicas próprias, que são divulgadas em nossos shows.”_________________________Contatos para shows: (19) 99654-3430 / 99208-8624 / 98152-3686Funpage: www.facebook.com/thevirusband

música

Líder da banda já atuou no The Platers A formação do grupo é um tributo ao Abba, banda sueca de grande repercussão na década de 1970. O Abba on Stage é formado por Ad Henry, que interpreta Benny Andersson, Ugletson Castor, como Bjorn Ulvaeus, e as irmãs Liza Marx e Ellie Marx, que realizam as perfor-mances de Agneta Fältscog e de Anni Frid Lyngstag, líder da banda, respectivamente. A apresentação do grupo teve aproximadamente 90 minutos, e incluiu diversos figurinos, cenários e coreografias, já vistos por plateias no Brasil e no exterior, como Europa e Japão. Em outubro, o grupo realizou apresentação única em Indaiatuba. Entre as can-

ções do Abba presentes nos shows, estão ‘Dancin’ Queen’, ‘Waterloo’, ‘Mamma Mia’, ‘Fernando’, ‘The Winner Takes It All’, ‘Chiquitita’, ‘The Name of the Game’, e muitos outros hits que embalaram a geração da década de 1970. O Abba on Stage nasceu há cerca de um ano, na região norte de São Paulo. O grupo é liderado por Ellie Marx, que já trabalhou com o The Platers. Ellie morou por vários anos na Europa, onde o Abba vem sendo cultuado por várias gerações.

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sucesso do Abbana Europa,onde vem

sendo cultuadohá décadas

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Por Adriana Brumer Lourencini

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Biografia revisita álbuns e episódios polêmicos de uma das maiores bandas de heavy metal Em 1968, na periferia de Birmingham, Inglaterra, quatro rapazes resolveram chutar o lema ‘paz e amor’, cultuado pelos hippies, e trouxeram ao mundo uma sonoridade mais sombria e pesada do rock. O estilo se originou da mistura de Chuck Berry, Elvis, Beatles e Rolling Stones, dando à luz um novo subgênero musical. Assim surgiu o Blacksabath – nome inspi-rado no filme ‘As Três Máscaras do Terror’ (1963), do diretor italiano Mario Bava. O livro foi lançado em comemoração dos 45 anos da banda e a vinda do quarteto ao Brasil em outubro. A biografia faz uma visita a todos os álbuns, e contém depoimentos, críticas, as polêmicas, o consumo de drogas, pro-blemas pessoais e crises criativas. O primeiro álbum, homônimo, com as letras obscuras de Geezer Butler, os acordes distorcidos de Tony Iommi, a cozinha pesada de Bill Ward, casadas com a voz de Ozzy Osbourne, vendeu um milhão de cópias, consolidando o heavy metal. Os quatro álbuns seguintes confirmariam o estilo, lançando os hits ‘Paranoid’, ‘Iron Man’, ‘War Pigs’, ‘Sweet Leaf ’, ‘Snowblind’ e ‘Sabbath Bloody Sabbath’. Desavenças entre os membros do grupo, além do desgaste na capacidade de criação, fizeram com que Ozzy deixasse o Sabbath em 1978. A chegada de Ronnie James Dio trouxe uma energia renovada, que originaram ‘Heaven and Hell’ e ‘Moby Rules’. Em 1983, Ian Gillan assume os vocais na gravação de ‘Born Again’, naquele que seria o último suspiro criativo da banda. Glenn Hughes, Ray Gillen, Tony Martin e Dio assumem novamente os vocais entre 1985 e 2000, numa tentativa de dar uma continuidade ao Black Sabbath. Apenas ‘Reunion’, de 1998, é uma exceção, pois reatou a formação original para shows e o posterior lançamento de um disco ao vivo. O retorno definitivo ocorreu somente este ano, com o lançamento de 13. O Sabbath agora tem os três integrantes originais, além de Brad Wilk, do ‘Rage Against the Machine’, assumindo as baquetas.

__________________Ficha TécnicaBlack SabbathUniverso dos LivrosNúmero de Páginas: 184Preço médio: R$ 35

Metallica Through the NeverMetallica: Through the Never, dirigido pelo húngaro Nimród Antal, é uma mistura do registro de um show da banda de Los Angeles com uma trama de ficção. O enredo é fraco, porém, o filme faz um registro musical expressivo do metal. A trama é uma espécie de curta-metragem entre uma música e outra, e gira em torno de Trip (Dane DeHaan), roadie da banda, que é cha-mado à ação em meio ao show para solucionar um misterioso acontecimento na cidade – que parece ter a ver com a presença do grupo. James Hetfield, Lars Ulrich, Kirk Hammett e Robert Trujillo podem estar mais velhos, mas ainda mandam bem no palco mutante, onde cada canção ganha ambientação própria.

Bandas metal entram para a história do cinema e da literatura

Banda inglesa se consagrou pela

sonoridade sombria e pesada

do rock

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Black Sabath

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música

Jean Lucas Pino

Indaiatuba conferiu de perto diferentes expressões cul-turais de artistas locais na 4ª Edição da Re-Virada Cultural RMC. As apresentações tiveram início no dia 19 de outu-bro e terminaram no dia seguinte pela manhã. A iniciativa teve o apoio da Secretaria Municipal de Cultura, com reali-zação da Câmara Temática de Cultura da Região Metropo-litana de Campinas em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura. A programação começou animando a manhã com o En-

Projeto chega à 4ª edição comprogramação variada de artistas locais

Foto: Adriana Panzini – SCS/PM

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contro de Violeiros da RMC na Praça Dom Pedro, no Cen-tro, com apresentações do Grupo de Viola Caipira da Se-cretaria Municipal de Cultura de Indaiatuba, dos Violeiros de Itatiba e da Orquestra Barbarense de Violas. À noite, foi a vez do Encontro de Corais da RMC, na Sala Acrísio de Camargo, no Ciaei, com a participação dos corais Corda Coral de Americana, Cidade de Indaiatuba e da 3ª Idade de Indaiatuba. O final da Revirada foi especialmente destinado às crian-ças, na manhã de domingo, com o Encontro de Contado-res de Histórias da região, e trouxe as artistas Marina Costa, de Indaiatuba, Elza Defavari, Sueli Mozani e Joana Bragan-te, de Santa Bárbara D´Oeste, Eliane Guidolin e Ana Isabel Mauerberg, de Americana. A partir deste ano, os projetos municipais para a Re-Vi-rada Cultural contaram com aporte de R$ 60 mil, R$ 20 mil a mais que a verba anteriormente destinada. O projeto Re-Virada Cultural 2013 teve como objetivos fortalecer a produção e formar públicos regionais, além de promover a programação cultural metropolitana e a circulação de artis-tas e público nos municípios que abrange.

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Chiquinha GonzagaChiquinha Gonzaga

O despertar da música brasileira

Jean Lucas Pino

Em outubro, a compositora carioca Chiquinha Gonzaga foi tema de um espetáculo musical na cidade de Itu, em comemoração aos seus 166 anos. Ela foi a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil, e é de sua autoria a canção ‘Ô Abre Alas’, primeira marchinha de carnaval. Realizado no espaço cultural Circulo Ítalo-brasileiro Dan-te Alighieri, o musical contou com a direção de Yara Napo-li, com a parceria da Associação Cultural Vozes de Itu. O público pode conferir um trecho da história de Francisca Edwiges Neves Gonzaga, o ícone Chiquinha Gonzaga, sua liberdade de vida, seus costumes e a capacidade de vencer as dificuldades do Rio de Janeiro do século 19. A célebre pianista ganhou vida através de Regina Rebello, e o ator e cantor João Ortiz interpretou Joãozinho (João Batista Fer-nandes Lage, que viveu com ela até o fim de sua vida). A história retratou o período em que a artista estava mais madura, e com retornos ao seu passado, revelou ao pú-blico detalhes de sua trajetória. Entre uma cena e outra, o Coral vozes de Itu, juntamente com o pianista Giancarlo Staffeti, o flautista Vinicius Gavioli e a percussionista Yara Oliveira, encantaram a plateia com canções de autoria da própria Chiquinha. A vida amorosa de Chiquinha com João Batista Fernan-

des, ou Joãozinho, como ela o chamava, também foi abor-dada no musical. A diferença de idade entre eles era muito grande (ela estava com 52 e ele tinha apenas 16 anos quan-do se apaixonaram). Diante de uma sociedade conservado-ra e preconceituosa, para não prejudicar sua carreira e criar transtornos para ambos, ela decidiu esconder o relaciona-mento, e adotou Joãozinho como seu filho perante a socie-dade. Mesmo sem a aprovação dos filhos, eles foram morar por um tempo em Lisboa, Portugal, longe dos comentários maldosos da gente do Rio de Janeiro. O destaque vai para a cena em que o ator João Ortiz, que por coincidência tem o mesmo nome do personagem, de um modo simples, sai do coral e sobe ao palco, protago-nizando um instante de ternura, com demonstrações do amor e afeto que Joãozinho sentia por Chiquinha. Em um rápido bate papo com Regina Rebello, a atriz nos contou que viver a personagem de Chiquinha foi muito gratificante para sua carreira, pois, a musicista foi uma mu-lher à frente do seu tempo. “Ela nasceu e viveu numa época onde tudo era proibido pela sociedade, pela igreja e pelas normas estabelecidas. Conseguiu quebrar os padrões mu-sicais, trouxe brasilidade à nossa cultura, misturando os rit-mos e enfrentando os preconceitos. Na verdade, demorou muito tempo para que ela fosse reconhecida, não apenas como compositora e musicista, mas também como uma pessoa livre que sempre quis ser. Ela focou naquilo que acreditava, não se abatendo pelas opiniões, ao contrário, até caçoava musicalmente dos preconceituosos.”

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O Pequeno PríncipeEspetáculo integra o Festival

‘Outubro Literário’ em IndaiatubaAdriana Brumer Lourencini

Obra atemporal

Escrito na década de 1940, ‘O Pequeno Príncipe’ já foi tradu-zido para 270 idiomas. Consi-derado por muitos como uma obra infantil, o livro de Saint--Exupéry propõe a ideia de que não é necessário que sejamos crianças para ler seu livro, mas sim, que deixemos de ser adul-tos o tempo todo, para enxer-garmos o mundo com menos preocupação. A professora de Cultura Literária, Mônica Araújo, aponta que “em ‘O Pequeno Príncipe’, Saint-Exupéry nos coloca frente às nossas responsabilidades e nos incita a recusar o totalitarismo, sob qualquer forma. Ele nos convida a tomar o tempo da reflexão antes do agir, nos revelando uma men-sagem humanista: ‘o essencial é invisível aos olhos’. Tudo isso torna essa obra atemporal”. ‘O Pequeno Príncipe’ atravessa o espaço e o tempo para permanecer moderno. O personagem criado pelo autor tornou-se ícone global, trazendo valores positivos e atuais, como a paz, a proteção do planeta, da infância, a tolerância, a troca cultural e o direito à educação. Uma história sim-

ples, aparentemente ingê-nua, que se mostra como-vente e com um profundo conteúdo filosófico. Para Mônica Araújo, “o suces-so da obra está no fato de a mesma tratar de proble-mas existenciais comuns a todos, mostrando que se não aprendermos a en-xergar além da superficia-lidade das coisas, corre-mos o risco de vivermos sozinhos, mesmo em um mundo superpopuloso”. O livro traz ainda gra-vuras em aquarelas do próprio autor. A narrativa revela a força da mensa-gem, através da qual o lei-tor adulto se vê surpreen-dido com questões que o levam a reflexõesral sobre a vida.

O festival Outubro Literário de Indaiatuba trouxe para a cidade a peça ‘O Pequeno Príncipe’. O espetáculo, produzi-do pela Cia Artemidia, foi inspirado na obra homônima de Antoine de Saint-Exupéry, e adaptado por Daniel Neves.A montagem estreou em março de 2010 e já foi vista em diversas cidades. “A peça é fiel à obra original, com peque-nas mudanças. Os destaques são a iluminação e o figurino”, explicou Nilson Cardoso, diretor de produção. A história fala de um menino que vivia sozinho em um asteroide muito pequeno, onde existiam três vulcões e uma flor orgulhosa de grande beleza, a qual ele amava acima de tudo. Um dia, ele inicia uma jornada por vários planetas, até chegar à Terra, e encontrar um piloto no deserto do Saara. Alguns dos personagens que o príncipe conhece são: o vai-doso, capaz de ouvir apenas elogios; o homem de negócios que possuía as estrelas, contando-as em uma ambição inútil e desenfreada, a serpente enigmática. Para Nilson Cardo-so, o Pequeno Príncipe é um texto repleto de simbolismo: “Na peça, o encontro do menino com vários per-sonagens possui um com um significado didático para a formação da crian-ça, como pessoa e como espectador de teatro. Fala de amor, meio ambiente, higiene, amizade, vaidade, egoísmo, poder, morte, orgulho e da atenção e ca-rinho para com o outro.” No elenco, André Man-cini, Susan Del Rey, Hen-rique Nerys e Daniel Ne-ves. A Cia Artemidia já atuou com importantes nomes do teatro brasi-leiro, e desde 1990 pro-duz espetáculos infantis, como ‘O Boi da Cara Pre-ta’, ‘O Leão e o Ratinho’, ‘Pinóquio’, ‘O Patinho Feio’, entre outros.

teatro

Foto: Divulgação

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Em turnê pelo país com o espetáculo de humor ‘Irmã Selma e Seu Terço Insano’, o ator Octá-vio Mendes se apresentou em várias cidades da região. Em seu show, o artista incorpora alguns personagens que se revezam no palco durante 90 minutos, abordando temas do cotidiano. Entre as figuras que Mendes traz ao palco, está a Irmã Selma. De acordo com o artista, “ela é uma freira pou-co amorosa que tem o sonho de construir um orfanato”. Os outros personagens lembram figuras famosas, como a apresentadora sensacionalista Mônica Goldstein, que, se-gundo o ator, seria uma alusão a Márcia Goldsmith. Maria Botânica é uma cantora baiana que expressa nas músicas sua decepção pelo fim do relacionamento. Há ainda a can-tora e prostituta de beira de estrada, Xanaína, uma referên-cia ao conceito atual dos grupos de forró, e o ex-homoss-exual Walmir. O espetáculo teve origem no ‘Terça Insana’, com grande repercussão na noite paulistana. A apresentação é com-posta por cinco quadros, escritos por Mendes durante sua permanência no grupo de teatro de São Paulo. Irmã Selma, que dá nome ao show, é um dos personagens levados para o palco. De acordo com o ator, parte do público que as-sistia as apresentações do grupo, voltava a acompanhar o espetáculo por causa da personagem Irmã Selma.

Carreira

Octávio Mendes Barbetta é paulistano de nascimento e formado pela Escola de Arte Dramática de São Paulo. Em 1990 ele venceu na categoria de Melhor Ator nos prê-mios Shell e Apetesp, pela obra Camila Baker. Além de ator e diretor, Mendes faz parte do elenco fixo de ‘A Praça é Nossa’, no SBT, como Seu Memê. Em outros trabalhos na televisão, o artista participou das novelas ‘O Direito de Nascer’, no SBT, ‘Mulheres Apaixonadas’ e ‘Da Cor do Pe-cado’, na Rede Globo. Sua mais recente atuação no teatro foi no final de 2012, no musical da Broadway, ‘A Bela e a Fera’, em temporada no Teatro Abril, em São Paulo.

O ator Octávio Mendes se reveza no palco, incorporando vários personagens

Adriana Brumer Lourencini

Terça insana

A ‘Terça Insana’ é um projeto humorístico apresentado toda terça-feira por diferentes atores, que interpretam per-sonagens variados. Criado pela atriz Grace Gianoukas em 2001, em São Paulo, o espetáculo é composto por um elen-co que se modifica a cada temporada. Com raras exceções, os quadros são monólogos, duram 10 minutos, e com discursos que normalmente incluem pa-lavrões. As apresentações fazem sátiras a estereótipos hu-manos ou a assuntos cotidianos, como drogas, preconceito, apatia social, alcoolismo, pobreza, entre outros conflitos surgidos no dia a dia das pessoas. A ideia do ‘Terça Insana’ surgiu quando Grace foi convida-da para atuar no Núcleo Experimental de Teatro (N.Ex.T.), uma espécie de cabaré no centro da cidade. “Convidei os amigos para juntos iniciarmos o projeto, que tinha como características a liberdade de criação e a variedade de temas e personagens, típicos da comédia stand-up’, conta Grace. Entre os artistas que já passaram pelo ‘Terça Insana’, es-tão Roberto Camargo, que atuava nos shows no início das apresentações, como mestre de cerimônias, Marcelo Man-sfield, Ilana Kaplan, Sidnei Caria, Marcelo Médici, Marco Luque, Guilherme Uzeda e o próprio Octávio Mendes. Dois DVDs foram produzidos por este elenco, um em 2004 e outro em 2008, sendo este último com o título Ven-

tilador da alegria. Na formação atual, além da fundadora Grace Gianoukas, o ‘Terça Insana’ conta com Agnes Zuliani, Arthur Kohl, Renato Caldas e Mila Ribeiro.

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

IRMÃ SELMAE SEU

TERÇOINSANO

O HÁBITO DE FAZER RIR!

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Humor Stand Up Temporada até 23 NOV Sábados - às 24h

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Temporada até 23 NOV

Sextas e Sábados - às 21hDomingos - às 19h

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Parque D. Pedro Shopping - Entrada das FloresBilheteria: (19) 3756-9890 / 3756-9891

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PROJETO MENU MUSICAL TODOS OS DOMINGOS - das 12h30 às 15h30P

Praça de alimentação do Shopping Jaraguá Indaiatuba Rua 15 de Novembro, 1.200 - Centro

Evento gratuito

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tubro, onde permaneceu em cartaz até o dia 27 de outubro. Com o elenco composto por André Almeida, Charles Fer-reira, Juliano Mazurchi, Alessandre Pi, entre outros, o enre-do conta a história de quatro amigos de longa data, Fábio, Cláudio, Roberto e Adriano, que se reúnem habitualmente nas noites de quinta para um inocente e enfadonho jogo de pôquer. Mas, depois que Roberto descobre que sua mulher o está traindo, nada mais será como antes. Numa noite, ele propõe uma arriscada aposta entre eles. O perdedor deve-rá realizar um assalto e o dinheiro será repartido entre os demais. O que os amigos não sabem é que, tanto a aposta quanto o assalto são partes do seu sórdido plano de vin-gança. O filme tem 40 minutos de duração, e envolve o telespectador na vibração do misterioso plano de vingança que o policial Roberto decide criar estrategicamente para descobrir qual dos seus amigos está traindo sua confiança. O diretor e ator Ricardo Vandré idealizou todo o roteiro e a filmagem, em parceria com os amigos de cena e os alunos de Rádio e TV da Fcad (Faculdade de Comunicação, Artes e Design) do Ceunsp. Segundo Vandré, o média metragem é diferente de tudo o que ele já tinha realizado antes, pois cada detalhe, cena e até a gênese dos personagens foi cui-dadosamente pensado e elaborado para que não houvesse erro histórico. “Criar o primeiro filme da Cia. foi muito tra-balhoso, mas ao mesmo tempo gratificante. Confesso que fiquei noites e noites em claro pensando nas várias formas de desenvolver essa história, pois, desde o inicio, quando decidi colocar o roteiro no papel, eu já tinha toda a trama em mente, mas ainda não sabia como fazer para trilhar um caminho do início até o fim. Mas, com o tempo fui escre-

Cia. de teatro Nósmesmos lança seu primeiro média metragemJean Lucas Pino

vendo e escrevendo, e quando achava algo ruim ou sem nexo apagava e reescrevia, mas acho que foi um resultado bacana”, comentou o ator. O média metragem é a comemoração pelos 10 anos de existência da Cia. Nósmesmos, que durante todo esse tem-po, vem trazendo credibilidade a cidade de Itu no quesito ‘teatro de interior’. O grupo possui no currículo outros tra-balhos, como: ‘O Recruta’, ‘Espetáculo Quase Artístico’, ‘Clube do Improviso’, ‘Todo Mundo Louco’ e ‘Os Babac-cos’, além dos projetos temáticos e empresariais: ‘O Hos-pício Abandonado’, ‘Aventuras e Descobertas’, ‘O Mistério do Trono’, ‘Sua Majestade: O Cliente’ e demais interven-ções corporativas. O destaque fica por conta do espetáculo ‘Por que os homens mentem?’ A peça é uma das mais co-nhecidas do público, e já se apresentou em diversas cidades do interior e do Brasil, tendo ganhando prêmios e concor-rendo a festivais culturais. Um dos fundadores da Nósmesmos, Juliano Mazurchi, destaca que pretende continuar com os espetáculos e pro-jetos no cinema, e os cursos de teatro. A companhia ofe-rece oficinas teatrais para adultos, adolescentes e crianças, todas ministradas em sua sede. Dessa forma, contribui para a formação de novos talentos e apreciadores da arte cêni-ca. “Para os próximos 10 anos esperamos poder continuar nessa difícil carreira, consolidando-nos ainda mais como um grupo de teatro que encara novos desafios, e também conquistar destaque no mercado nacional”, revela Mazur-chi. “Todo nosso trabalho só foi e será possível por conta da parceria e afinidade da nossa equipe”, completa.

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A Cia. Nósmesmos de tea-tro de Itu comemora seu dé-cimo ano de existência com o lançamento do média metra-gem ‘Pano Verde’. O primei-ro filme da companhia teatral foi lançado na Sala Vermelha do Unicine (antigo Unishop-ping), em Itu, no dia 4 de ou-

PROJETO MENU MUSICAL TODOS OS DOMINGOS - das 12h30 às 15h30P

Praça de alimentação do Shopping Jaraguá Indaiatuba Rua 15 de Novembro, 1.200 - Centro

Evento gratuito

Pano Verde

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Crô, o filme - Estreia prevista para 29 de novembroA comédia de Bruno Barreto traz à telona o irreverente Crodoaldo Valério, o Crô, personagem de Marcelo Serrado, que roubou a cena na telenovela ‘Fina Estam-pa’, na Rede Globo. Em ‘Crô’, o mordomo mais famoso do Brasil, que herdou a fortuna de Teresa Cristina (interpretação de Christiane Torloni para a TV), está cansado de ser milionário e não ter o que fazer. Então, ele resolve escolher uma nova musa a quem se dedicar. Nessa busca, ele entrevista várias peruas na tenta-tiva de encontrar alguma a quem possa servir, e acaba escolhendo uma menina.O roteiro é assinado por Aguinaldo Silva, Maurício Gyboski e Rodrigo Ribeiro, e no elenco, Ana Maria Braga, Carlos Machado, Marcelo Serrado, Alexandre Nero, Milhem Cortaz, Thiago Abravanel, Gaby Amarantos e Ivete Sangalo.

programação

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Exibição do filme ‘Dia de Preto’ no Polo Shopping Indaiatuba marca a Semana da Consciência Negra‘Dia de Preto’, filme de Marcos Felipe, Marcial Renato e Daniel Matos, é uma adaptação moderna da lenda brasileira do primeiro escravo alforriado do Bra-sil. O ator Marcelo Batista interpreta um jovem negro lutando pela liberdade e que foge de seu patrão e de uma gangue sinistra. Com suspense e humor, a obra conduz os expectadores sob o ponto de vista do protagonista durante um dia alucinante, cheio de contratempos e personagens bizarros.

Exibições: Dia 20 de novembro - quarta-feira - às 15h e às 19h

Dia 23 de novembro - sábado - às 15h Duração: 1h25. Classificação etária: 14 anos.Ingressos: gratuitos, devem ser retirados na bilheteria no dia da exibição a partir das 14h30. O Polo Shopping fica na Alameda Filtros Mann, 670 - Jardim Tropical - Indaiatuba.

Cinema

música

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Menu Musical no Shopping Jaraguá A programação de novembro do ‘Menu Musical’ do Shopping Jaraguá tem atra-ção inédita. No dia 17 de novembro, Jarbas Clareto e Alessandro Reiner apre-sentam show eclético, com diversos estilos. Na sequência, dia 24, a cantora Kika Baldasseirini traz seu repertório de MPB.Os shows têm início às 12h30, na praça de alimentação, e a entrada é franca.O Shopping Jaraguá fica na Rua Humaitá, 1200 - Centro - Indaiatuba.

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‘Obras Inacabadas’ Telas do artista plástico Antonio A. Deco podem ser vistas na exposição ‘Obras Inacaba-das’, na Biblioteca Municipal de Salto, entre os dias 4 e 22 de novembro. O evento é uma realização da STCA Produções, e a entrada é franca.O produtor do artista, Marcelo Sanntto, o define como um pintor invisível, onde nega a técnica, seja qual for. “Ele trabalha com a simbologia, o minimalismo, a psicanálise freu-diana, e acima de tudo, com o erro”, revela.A Biblioteca Pública Municipal de Salto fica na Praça Paula Souza, nº 30, Centro. Funcio-namento: de segunda a sexta, das 8 às 20 horas e, aos sábados, das 8 às 14 horas.

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Baile do HawaiiTradição no Clube 9 de Julho,festa traz a cultura africanacomo temática

Adri Brumer Lourencini

Indaiatuba já se prepara para a 28ª edição do tradicional Baile do Hawaii do Clube 9 de Julho, no dia 23 de no-vembro, a partir das 22h. A festa será realizada no Parque Aquático, e o tema deste ano é África. A animação ficará por conta de Djs e da banda Jair Supercap Show, e o cardá-pio será composto de mix de frutas e sorvetes. A decoração tem a assinatura de Jimmy Silva, do Spa-zzioscenico, e pretende levar os convidados a uma viagem pelo cenário da cultura africana. Serão utilizados elemen-tos como cerâmica, artesanato, flores e madeira, como as réplicas de bailarinas africanas, de aproximadamente três metros de altura, talhadas neste material. Na piscina, serão colocados grandes vasos com pinturas tribais, onde pre-dominam o vermelho, o preto e o amarelo. Jimmy adianta que “os desenhos africanos estarão presentes em toda a decoração do ambiente, incluindo painéis com gravuras que remetem ao estilo savana”. Nas últimas edições Jimmy tem sido o responsável pela escolha da temática dos bailes. Como sua atividade exige viagens constantes ao exterior, o profissional capta novas ideias, trazendo todas essas in-formações para compor o ambiente de forma a deixá-lo o mais próximo possível do cenário do tema escolhido. A banda Jair Supercap Show retorna aos palcos do Clube, confirmando mais uma vez sua participação no Baile do Hawaii, e traz uma seleção de música para festas. O gênero eletrônico fica por conta do DJ Rodrigo Bramucci e ou-

tro DJ convidado, que irão comandar as picapes no Parque Aquático inferior, em estrutura diferenciada com ilumina-ção LED e cerca de mil metros de área coberta. O cardápio será composto por mesa com diferentes op-ções de frutas: maçã, banana, melancia, melão, laranja, aba-caxi, kiwi, uva, goiaba e pêssego, além do habitual ula-ula. O sorvete fica a cargo da Fruity, que serão servidos em cinco sabores. A exemplo da edição anterior, o Clube terá o apoio da equipe médica da Sanare Serviços de Saúde, que estará presente durante todo o baile. O vice-presidente do Clube 9, Roberto Alonso, afirma que o maior desafio da organização é tornar o baile me-lhor a cada edição. No ano passado, a temática foi Amazô-nia e apresentou decoração inspirada na flora e na fauna brasileiras, registrando público de quase sete mil pessoas. Realizado pelo Clube há quase 30 anos, o Baile do Hawaii recebe convidados de Indaiatuba e região, especialmente das cidades de Salto e Itu. Segundo a organização, o baile já é considerado o maior e mais prestigiado do gênero na cidade. __________________________________

Ingressos à venda por R$ 60, na secretaria do Clube, de segunda a sexta, das 8h às 17h, e nos finais de semana, das 8h às 12h. O estacionamento é exclusivo para associados, com número de vagas limitado. O Clube 9 fica na Av. Presidente Vargas, 2.000. Informações: (19) 3875-9833 ou pelo site www.clube9.com.br

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André Roedel/Itu.com.br

O Dia Internacional da Animação foi comemorado em Itu, pela oitava vez consecutiva, com uma mostra de curtas-metragens nacionais e internacionais. As exibições aconteceram no auditório do Sincomércio, na noite de 28 de outubro. O pequeno público presente conferiu diver-sas animações divertidas, reflexivas e até emocionantes. Ao todo, foram exibidos 25 filmes e o teaser do brasileiro ‘O Menino e o Mundo’, que estreia em janeiro de 2014. O primeiro curta exibido foi ‘As Aventuras de Virgulino’, primeira animação produzida em solo nacional que mui-to se assemelha com os desenhos de Mickey Mouse, de Walt Disney. O filme mudo de dois minutos de duração foi produzido no longínquo ano de 1930, quando a produção cinematográfica brasileira ainda engatinhava.Como havia limite de tempo para o evento, muitos curtas não foram exibidos. Da mostra paulista, apenas o divertido ‘Shpluph’ e o estranho ‘Monkey Joy’. Já os curtas infantis não tiveram a mesma sorte e acabaram deixados de lado. Quem sabe no evento de 2014 seja possível a exibição de todos. Além da mostra de curtas, o público conferiu uma breve explanação sobre o conceito de animação, feita por Paulo Aranha, um dos organizadores do evento. Ele também fa-lou sobre o histórico do cinema em Itu e de algumas novi-dades que devem agradar o fã da sétima arte, como cursos sobre roteiro e crítica cinematográfica que serão realizados no início de 2014, além da possível reabertura do Unicine.De acordo com ele, o esquecido cinema do Unishopping retomaria suas atividades com a exibição de filmes alterna-tivos, fora do eixo comercial, como mostras do diretor Lars von Trier. Vale destacar que o Unicine até esses dias exibia o média-metragem ´Pano Verde’, da companhia teatral itu-ana ‘Nósmesmos’. Resta ao cinéfilo de Itu torcer para que a reabertura do cinema realmente ocorra.Mostra Nacional Da mostra nacional, alguns curtas se destacaram. Um de-les foi ‘Graffiti Dança’, dirigido por Rodrigo EBA!. O filme usa a técnica do stop motion para fazer grafites da capital São Paulo dançarem. Visualmente fantástico. Outro brasi-leiro, mas com sotaque hermano, que se destacou foi ‘Um Dia de Trabaio’, que mostra o filho da Morte contando como é o traba-lho da ‘mãe’.

Mostra de curtas celebra o Dia Internacional

da Animação em Itu

O organizador Paulo Aranha fez uma breve explanação

sobre o conceito de animação antes da exibição dos curtas

‘O Cangaceiro’, filme realizado pelos alunos de Design da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), também impressionou. O curta conta a história do cangaceiro Lam-pião através da literatura de cordel. A última animação da mostra nacional foi ‘A Última Reunião Dançante’, do gaú-cho Lisandro Santos, uma viagem ao final dos anos 1980.Também foram exibidos os seguintes curtas: ‘One Man’, de Graciliano Camargo, ‘Dinoshop’, de Tainá Ribeiro Nepo-muceno, ́ Phantasma’, de Alessandro Correa, ‘Os Invisíveis – Na Família’, de Humberto Avelar, ‘Lala: Água’, de Jon e Thomate, e ‘Quinto Andar’, de Marco Nick.Mostra Internacional Dos doze filmes exibidos na mostra internacional, qua-tro chamaram a atenção. O uruguaio ‘Nuestro Pequeño Pa-raíso’, de 1983 e dirigido por Walter Tournier, mostra em nove minutos a interação de um espectador e a TV, numa clara crítica ao conteúdo exibido pelas emissoras. O russo ‘The Sparrow Who Kept His Word’ também agradou ao público, mostrando a história de um pequeno pardal que manteve sua palavra. Dos EUA, ‘Something Left, Something Taken’, com sua história que mistura a série CSI e filmes de terror num tom totalmente descontraído, arrancou algumas risadas. O úl-timo curta a conquistar o público foi o dinamarquês ‘The Reward’, que mostra as aventuras de dois amigos em busca de um tesouro perdido. Também foram exibidos os seguintes curtas: ‘Break-fest’, de Iza Plucinska, ‘Onde Quer Que Vás, Lá Estarás’, de Sara Barbas, ‘Casa Mecânica’, “Neighbours’, ´Pirates Can´t Swim’ e ‘Gingerokalypse’, ambos da The Animation Workshop, ‘Gold’, de Marylou Mao, e ‘Historia d’Este’, de Pascual Perez.

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Ary Toledo

23 NOV

Sábado 21hIndaiatuba

5.0e seu show

de humor

CIAEIAv. Eng. Fábio Roberto Barnabé, 3664Jardim ReginaInformações: (19) 3801-6415

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vÍDEO

Listamos os principais lançamentos em DVD e Blu-ray para novembro.

Confira as novidades.

A Warner lança as versões Blu-ray, Blu-ray 3D e DVD de ‘O Homem de Aço’, além da décima temporada de ‘Dois Homens e Meio’ e da segunda temporada de ‘Person of Interest’ (as duas apenas em DVD). A sexta temporada de ‘The Big Bang Theory’ e a primeira temporada de ‘Arrow’ estarão disponíveis em Blu-ray e DVD, enquanto ‘O Fugi-tivo’ será apenas em Blu-ray.

A Paramount traz edições em Blu-ray de ‘Guerra e Paz’ e ‘Os Brutos Também Amam’, além de ‘Sombras do Além’ e ‘Martelo dos Deuses’, em Blu-ray e DVD. A produtora terá também a sétima temporada de Dexter, em DVD e Blu-ray , e o box dos 40 anos de ‘O Poderoso Chefão’, em Blu-ray.

A Universal entra com as versões em Blu-ray e DVD de ‘Meu Malvado Favorito 2’, e Blu-ray de ‘Soldado Univer-sal’, ‘Topázio’, ‘Festim Diabólico’ e uma edição limitada de ‘Psicose’, para os fãs de Hitchcock. Também serão lança-dos em Blu-ray e DVD, ‘A Maldição de Chucky’, ‘Inferno no Faroeste’, ‘Oblivion’ e ‘Mama’. Entre as séries, a sétima temporada de ‘30 Rock’ e a primeira de ‘Bates Motel’. As animações da Disney, ‘Carros’ e ‘Aviões’ saem na ver-são Blu-ray. Os produtores irão lançar ainda uma edição que reúne as duas obras.

Os destaques da PlayArte ficam para as edições em Blu--ray e DVD de ‘Fogo Contra Fogo’ e ‘Inatividade Paranor-mal’.

A Paris lançará ‘Red 2 – Aposentados e Ainda Mais Peri-gosos’ e ‘Lovelace’, em Blu-ray e DVD.

A Sony irá disponibilizar edições em Blu-ray e DVD de ‘A Morte do Demônio’ (clássico de Sam Raimi nos anos 1980) e ‘Os Smurfs 2’. ‘A Lagoa Azul’, sucesso nas sessões vespertinas na TV, ganha versão Blu-ray, e a mini-série ‘Bag of Bones’, com Pierce Brosnan, sai em DVD.

A Fox termina o ano com o lançamento de diversas edi-ções com o carcaju mutante. Entre elas, ‘Wolverine – Imor-tal’, em Blu-ray, Blu-ray 3D e DVD, além uma edição es-pecial que reúne os dois filmes-solo do personagem (em Blu-ray e DVD). Tem ainda os Blu-ray e Blu-ray 3D da versão estendida do filme. O pacote é completo com as versões em Blu-ray de ’Capote’ e ‘JFK – A Pergunta Que Não Quer Calar’. A segunda temporada de ‘American Hor-ror Story’, a oitava de ‘Bones’ e a quarta de ‘Modern Fami-ly’ ganham versões em DVD.

A Warner lança a sexta temporada

da série em Blu-ray e DVD

Foto: Divulgação/Baixar TV

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: DivulgaçãoLançamentos

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Ainda em clima de Halloween, adicionemos um pouco de magia às nossas vidas. Talvez o véu esteja fino o suficiente para que todas as criaturas possam atravessar.Mas não é só em vampiros e zumbis que se baseiam as obras fantásticas. Elas falam de macacos voadores, bonecas de porcelana, leões falantes, homens de lata, espantalhos e toda a terra além do Kansas, com apenas um furacão de distância. Está na hora de os fãs de Dorothy e seu cãozinho Totó saberem como tudo começou. Estamos falando de ‘Oz: Mágico e Poderoso’, (Oz: The Great and The Powerfull - 2013), obra dirigida por Sam Raimi (A Morte do Demô-nio, Arrasta-me Para o Inferno, Possessão e a Trilogia do Homem Aranha) que sai em DVD e Blu-Ray na primeira semana de novembro. Não vemos nem a sombra das personagens tão benquistas que conhecemos no clássico baseado na obra de Frank L. Brum, ‘O Mágico de Oz’ (The Wizard of Oz - 1939), mas o filme encanta, não só pela presença de palco do protago-nista, mas também pela fotografia, as cores maravilhosas e toda a riqueza nos detalhes em cada cena formada. Um elenco de peso forma a grade principal frente às telas; James Franco (Lovelace, The Iceman), Mila Kunis (Ted, Amizade com Benefícios), Rachel Weisz (O Legado Bour-ne, 360) e Michelle Williams (Sete Dias com Marilyn, Entre o Amor e a Paixão) constroem suas personagens com graça e veracidade, e a todo momento temos os vislumbres da história que tanto conhecemos, como a transição da pe-lícula em preto e branco para a enxurrada de cores que compõem o Mundo de Oz.

cisa voltar para casa. Lá ele conhece três bruxas que dis-putam o trono deixado pelo antigo rei: Theodora (Kunis), Evanora (Weisz) e Glinda (Williams), e ganha a confiança de todos usando suas habilidades ilusionistas. Romance, humor, batalhas épicas e muita magia pipocam da tela para os seus olhos, enquanto o mal-intencionado Oscar passa a ver a beleza nas terras de Oz, amolecendo o seu coração, provando que ele realmente é uma boa pessoa. A Disney tem acertado em suas superproduções em ques-tão de aparência, mas sempre acaba pecando por seu con-servadorismo exacerbado. E segurem seus chapéus, pois uma continuação está por vir, e a quarta bruxa pode ser vivida pela bela Abigail Spen-cer, que interpretou a doce assistente de Oscar no início deste mesmo longa-metragem.

Um pouco de história

Oscar Diggs (Franco) é um mágico de circo pi-careta que é arrastado em seu balão à terra mágica de Oz durante uma forte tempestade, e agora pre

_________________Silvia Andreotti é aluna do 6º semestre do curso de Cinema do Ceunsp.

Foto: Divulgação - Fonte: Cinema em Cena

Franco vive Oscar Digs:

mágico picareta envolvido

com mulheres

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: Divulgação

Uma jornada para encontrar Oz,

Mágico e PoderosoSilvia Andreotti

Siga a estrada de tijolos amarelos

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