Revista Brasil Paraolímpico n° 30

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Outubro / Novembro de 2008 n30 Patrocinador oficial do Comitê Paraolímpico Brasileiro www.cpb.org.br Veja também: quadro de medalhas Brasil dá show em Pequim País fica entre as 10 maiores potências paraolímpicas do mundo.

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Edição número 30 da revista oficial do Comitê Paralímpico Brasileiro - CPB.

Transcript of Revista Brasil Paraolímpico n° 30

  • Outubro / Novembro de 2008n30

    Patrocinador oficial do Comit ParaolmpicoBrasileiro

    w w w . c pb . org . br

    Veja tambm: quadro de medalhas

    Brasil d show em Pequim

    Pas fica entre as 10 maiores potncias paraolmpicas do mundo.

  • 03 Dirio dos Jogos

    06 Abertura dos Jogos

    10 Dia 7

    12 Dia 8

    14 Dia 9

    16 Dia 10

    18 Dia 11

    20 Dia 12

    22 Dia 13

    26 Dia 14

    28 Dia 15

    30 Dia 16

    32 Dia 17

    34 Encerramento dos Jogos

    35 Quadro Geral de medalhas

    36 Perfil: Daniel Dias

    37 Perfil: Lucas Prado

    38 Perfil: Tenrio

    39 Futebol de 5

    40 Bocha

    41 Os destaques da frica do Sul

    42 As medalhas Brasileiras

    44 Notas

    46 Bastidores

    Prezados amigos,

    O Movimento Paraolmpico tem uma dvida de gratido eterna com Pequim. Os Jogos realizados nesta cidade sero lembrados para sempre como divisores de guas do esporte paraolmpico inter-nacional. Nenhuma outra sede conseguiu dar aos Jogos Paraolmpicos as dimenses que Pequim deu. Alis, que a China deu. O Pas preparou um palco perfeito para que os melhores atletas para-olmpicos do mundo pudessem brilhar.

    Instalaes esportivas de altssimo nvel, uma Vila Paraolmpica completa, confortvel, funcio-nal. O Comit Organizador, o BOCOG, no mediu esforos para oferecer as melhores condies aos pases e aos atletas. Alis, o aspecto humano foi outro fator de destaque. O povo chins demonstrou orgulho em receber os Jogos, lotou os locais de competio, torceu e vibrou com os atletas parao-lmpicos. Reconheceu neles a excelncia esportiva, respeitando-os como os atletas de elite que so.

    Certamente vibraram muito com os atletas brasileiros. Sim, porque estes tambm deram um show em Pequim. O Brasil Paraolmpico mais uma vez encheu este Pas de orgulho. Os atletas para-olmpicos representam um Brasil que cresce; que vence apesar das adversidades. Foram 47 meda-lhas no peito de brasileiros, fazendo tocar nosso hino nacional l do outro lado do mundo. Alm dos medalhistas, todos os 188 atletas de nossa

    equipe merecem nosso aplauso, j que participaram; que conquistaram sua vaga para estar na maior edio dos Jogos Paraolmpicos de todos os tempos.

    Os atletas so a razo e o centro de todo o nosso Movimento, mas tambm estendo meus agradecimentos ao restante da delegao, que no mediu esforos, muitas vezes anonimamen-te, para que o Brasil pudesse brilhar em Pequim. Gostaria tambm de agradecer aos nossos patroci-nadores e parceiros Caixa Econmica Federal, Uni-med e Olympikus que esto conosco desde 2004; e tambm a Companhia Siderrgica Paulista que veio somar-se a esse grupo este ano atravs da Lei de Incentivo ao Esporte.

    Com o nono lugar geral no quadro de meda-lhas, o esporte paraolmpico brasileiro se coloca decisivamente como uma das maiores potncias do mundo, consolidando o Movimento em nosso pas e deflagrando um momento de profundas transformaes, exigidas quando h compromisso com um projeto maior. Valores, conceitos, estra-tgias, tticas e significaes sero permanente-mente reconstrudos nos prximos anos para que o Brasil possa continuar crescendo e confirmando sua posio de potncia esportiva paraolmpica no cenrio internacional. A jornada para Londres 2012 exigir muito mais de cada um de ns do que a jornada para Pequim. Quem est preparado?

    Esporte Paraolmpico o orgulho do Brasil

  • Turma da Mnica

    Medalhistas paraolmpicos de volta para casa

    Divirta-se!

  • Dirio dos Jogos Paraolmpicos de Pequim

    m espetculo de organiza-o e eficincia, de luzes, cores e texturas jamais vis-to. A exuberante estrutura dos locais de competio

    nos Jogos Paraolmpicos de Pequim foi o palco perfeito para inspirar as conquistas brasileiras. Nossos atletas subiram nada menos que 47 vezes ao pdio, sendo 16 delas ao lugar mais alto. A campanha his-trica do Brasil nesta Paraolimpada se deve a uma longa trajetria e aos esforos

    coletivos do Comit Paraolmpico Brasilei-ro, das entidades filiadas, dos dirigentes, clubes, tcnicos e, evidentemente, ao em-penho pessoal de cada atleta.

    A estratgia de comunicao de Atenas, aprimorada em termos qualitativos e repetida em Pequim, deu merecida visibilidade s con-quistas dos nossos atletas. Com o nono lugar geral no quadro de medalhas, o esporte pa-raolmpico brasileiro se coloca decisivamente como uma das maiores potncias do mundo, consolidando o esporte em nosso pas.

    Nas prximas pginas voc ver al-gumas das emocionantes imagens que marcaram os Jogos Paraolmpicos de Pequim. O recorte de cada momento de vitria, superao e vibrao, da intensa busca pela perfeio a cada jogada, da luta decisiva por cada centsimo de se-gundo. Cada um dos nossos 188 atletas em Pequim tem importante papel neste momento histrico. A ansiedade d lugar alegria e a um sentimento de orgulho das cores verde e amarela.

    U

  • O embarqueA maior delegao paraolmpica bra-

    sileira de todos os tempos, com 188 atletas num total de 319 integrantes, embarcou para Pequim dividida em cin-co datas. Segundo o Comit Organizador dos Jogos Olmpicos e Paraolmpicos BOCOG, o Brasil teve a quarta maior delegao dentre todos os pases parti-cipantes. O pas ficou atrs apenas dos donos da casa (China), Estados Unidos e Gr-Bretanha.

    17 de agosto de 2008A primeira modalidade a embarcar foi

    o hipismo, com um staff, um mdico e a Chefe de Equipe Marcela Pimentel. Eles se-guiram viagem para Aachen, na Alemanha, onde os cavalos passaram por uma quaren-tena antes de irem para Hong Kong, onde foram realizadas as provas.

    20 de agosto de 2008O segundo embarque foi marcado pela

    alegria dos 48 atletas que viajaram em busca do sonho da medalha paraolmpica. Nem o inesperado Tufo Nuri, que deixou Hong Kong e regio em estado de alerta, abalou o entusiasmo do grupo. Seguiram para um perodo de aclimatao em Ma-cau o atletismo e parte da equipe mdica e administrativa da delegao, somando 85 pessoas. A trajetria da viagem foi modificada devido aos vos desviados pelo Nuri. A delegao passou a noite em Toronto, no Canad, e seguiu para a

    China no dia seguinte. Ao desembarcar, foram de Ferryboat para Macau.

    21 de agosto de 2008No terceiro dia os atletas da natao

    mostraram tranqilidade e confiana minu-tos antes de tomarem o nibus no saguo do hotel em Guarulhos rumo ao embarque internacional. No aeroporto a imprensa esperava os atletas para pegar as ltimas declaraes sobre a expectativa de meda-lhas. Em Macau, o encontro do atletismo e da natao foi uma festa s. Ansiosos, eles aguardaram o dia 30 de agosto, data em que as portas da Vila Paraolmpica fo-ram abertas.

    28 de agosto de 2008No dia 28 de agosto foi a vez dos atle-

    tas de Bocha, Futebol de sete, Basquete em Cadeira de Rodas Masculino, Remo, Jud, Tnis em Cadeira de Rodas e Tiro embarcarem rumo China.

    29 de agosto de 2008O ltimo embarque de atletas foi no

    dia 29 de agosto no Aeroporto Internacio-nal de Guarulhos, com o time de Basquete em Cadeira de Rodas Feminino, Ciclismo, Futebol de Cinco, Goalball Masculino e Fe-minino, Halterofilismo, Tnis de Mesa, Vela e Vlei, totalizando neste vo 109 pessoas entre atletas e comisso tcnica.

    Macau AclimataoO perodo de aclimatao em Macau

    serviu para entrosar ainda mais a equipe de atletismo. Em Atenas, apenas 17 atletas da modalidade representaram o Brasil. Desta vez, 48 homens e mulheres, com garra, tc-nica e muita vontade seguiram confiantes para Pequim em busca de medalhas. O coor-denador tcnico do atletismo, Ciro Winckler viu ao final da aclimatao que o resultado seria positivo, inclusive para os vrios no-vatos em Paraolimpadas. Os 15 atletas que estiveram em Atenas no ano de 2004 passa-ram suas experincias aos estreantes.

  • Os treinos em Macau foram focados em resistncia, velocidade e tcnica. O atletis-mo brasileiro veio com uma novidade desta vez: o revezamento para deficientes fsicos. Nessa categoria competem dois atletas com deficincia ou amputao de perna e dois de brao. Entre os nomes confirmados estavam os atletas Claudemir Santos e Yo-hansson do Nascimento, afirmou o coorde-nador de atletismo Ciro Winckler.

    O jovem Alan Fontelles, de apenas 16 anos, foi um dos convocados para a nova prova. Ele era s animao com a chan-ce de conquistar mais medalhas no maior evento do esporte paraolmpico no mun-do. Observei os mais experientes e treinei bastante, revelou.

    Na sexta-feira (29) terminou a sema-na de preparao das equipes de atletis-mo e natao. Foram sete dias dedicados a minimizar os efeitos do fuso horrio, acostumar o corpo ao novo clima e ali-mentao, e realizar os ltimos ajustes. A aclimatao muito importante. Foi bom ter contato com diferentes tcnicos, isso acrescenta muito pra nossa performance, para mim foi maravilhoso, explicou a atleta Rosinha.

    Horas antes de embarcar os atletas co-mentavam ansiosos se os locais de prova seriam realmente tudo aquilo que viram

    nas revistas, jornais e TV. A gente ima-gina como tudo: a vila, a comida, os lo-cais de competio e a mascote. No vejo a hora de chegar e ver tudo de perto. S acreditaremos quando estivermos ao vivo, explicou a nadadora Ednia Garcia. Aps anos de treinamento no Brasil e passado o perodo de aclimatao era chegada a hora de desembarcar em Pequim.

    Clodoaldo Silva A reclassificao funcional

    Em 2006, em Durban, na frica do Sul, o atleta Clodoaldo Silva teve sua classe funcional protestada pelos espanhis no Mundial de natao Paraolmpica. Na po-ca mudaram o atleta da categoria S4 para a S5. O Comit Paraolmpico Brasileiro entrou com um recurso alegando erro de procedimento e conseguiu junto ao Comi-t Paraolmpico Internacional (IPC) que a deciso fosse anulada. Em abril de 2007, Clodoaldo voltou a competir no Parapan do Rio, na categoria S4 e conquistou sete medalhas de ouro.

    A classificao funcional tem como ob-jetivo nivelar os atletas com deficincias semelhantes em uma mesma categoria. Isso permite oportunizar a competio en-tre indivduos com diferentes seqelas de deficincia de uma forma justa. Para che-

    gar a uma classe o atleta passa por uma avaliao tcnica, mdica e funcional.

    Em junho deste ano o nadador foi no-vamente notificado em relao sua clas-sificao funcional. O atleta tinha a opo de passar pela reavaliao em uma compe-tio no Canad na primeira quinzena de julho, ou em Pequim entre os dias 1 e 4 de setembro. No incio de julho, Clodoaldo Silva comunicou ao Comit Paraolmpico Brasileiro sua inteno de no se apresen-tar junta classificadora, conforme deter-minado pelo IPC.

    Na natao as classes vo de S1 a S10 para atletas com deficincias fsico-motoras. O nmero um se aplica ao maior grau de di-ficuldade e 10 ao menor. A letra S vem de swimming que significa natao em ingls.

    Na tera-feira (2) Clodoaldo decidiu passar pela junta examinadora e foi clas-sificado como S5. O Comit Paraolmpico Brasileiro (CPB) protestou a deciso do Comit Paraolmpico Internacional (IPC) baseado em questes tcnicas, e o IPC aceitou o recurso. O atleta passou na quinta-feira (4) por uma nova avaliao, mas foi considerado S5 definitivamente.

    Mesmo chateado, o nadador competiu em todas as provas em que estava inscrito, conforme as normas tcnicas do congresso de natao.

    Tenrio escolhido como porta-bandeira

    O judoca Antnio Tenrio, foi escolhi-do para ser o porta-bandeira da delegao brasileira na cerimnia de abertura dos Jogos Paraolmpicos de Pequim 2008, no dia 6 de setembro. O atleta, at ento tri-campeo paraolmpico e campeo paulis-ta meio-pesado no jud convencional em 2008, foi escolhido pelo Comit Paraolm-pico Brasileiro para ir frente com a ban-deira do Brasil. um sonho que comeou a se realizar quando pisamos na China. O sonho vai ser ainda maior quando ouvir o meu nome sendo chamado, contou o ju-doca que entrou no tatame no dia 9 de setembro para conquistar um indito te-tracampeonato paraolmpico.

  • Abertura das Paraolimpadas9h s 12h

    Dia6setembro9h s 12h

  • om queima de fogos em contagem regressiva, o es-tdio lotado e 4 mil atletas de mais de 140 pases, o Ninho do Pssaro ficou todo

    iluminado para anunciar o incio dos Jogos Paraolmpicos de Pequim 2008, no dia 6 de setembro s 9h no Brasil (20h no horrio local). Cu, terra e direitos humanos foram o tema da abertura dos Jogos, que contou com a colaborao e dedicao de seis mil atores, teve trs horas de apresentao e mais de 80 mil espectadores que assisti-ram encantados a um show de luz, msica e superao.

    Ao contrrio das Olimpadas, os atletas desfilaram logo no incio para que pudes-sem aproveitar toda a festa. A ordem de entrada obedeceu ao alfabeto chins. Na apresentao das delegaes foi possvel conhecer um pouco mais sobre cada pas. Acompanhados por uma voluntria chinesa com um extraordinrio vestido rosa e uma placa com o nome do pas, todas as dele-gaes entraram com um sorriso estampado no rosto, mquinas fotogrficas e filmado-ras registrando aquele momento mgico.

    O esporte consegue unir pases com histrias de guerras em um mesmo solo num clima de paz e amizade. O Japo e a China nas Olimpadas e Paraolimpadas ficaram lado a lado. A rivalidade histrica comeou na Segunda Guerra Mundial e at hoje os japoneses no pediram oficialmen-te desculpas aos chineses.

    O Brasil foi o vigsimo oitavo a desfi-lar com 188 atletas, a maior delegao da histria. O judoca e agora tetracampeo paraolmpico, Antnio Tenrio foi o por-ta-bandeira do pas guiado por Tia Zara, entusiasta do movimento paraolmpico no pas desde o incio. O nadador Andr Bra-sil, em clima de descontrao, entrou com um chapu em formato de peixe.

    Os comentaristas classificaram os Jogos Paraolmpicos como um novo movimento no mundo. Os chineses foram os ltimos a desfilar com 332 atletas e deixaram o

    Abertura das Paraolimpadas

    C

  • estdio inteiro. O pas participou de todas as modalidades, estreando em nove. A tor-cida chinesa com as bandeiras em punho saudou seus atletas em coro.

    Depois da entrada das delegaes a cor azul tomou conta do Estdio Nacional e fo-gos de artifcio subiram para o cu como cometas. As luzes de repente se apagaram e todos acenderam as lanternas que rece-beram com o kit do torcedor. Parecia uma noite de vero, com o cu todo estrelado.

    O Pssaro do Sol desceu do seu habitat para acordar o cantor deficiente visual para a importncia de perseguir seus so-nhos mesmo com tantas adversidades. Ao final da msica o jovem chins emocionou o pblico ao dizer: Se me dessem a opor-tunidade de enxergar por apenas trs dias, eu gostaria de ver meu pai, minha me e vocs.

    A seguinte apresentao artstica foi intitulada de Ol Estrelas. Trezentas bai-larinas surdas, vestidas de branco, dana-ram enquanto faziam a linguagem dos si-nais. A apresentao foi encerrada com o sinal de positivo.

    Na seqncia um dos quadros mais emo-cionantes: o Bolero de Ravel, apresentado por Li Yue, uma pequena bailarina cadeiran-te de 11 anos. Ela perdeu a perna esquerda em um terremoto na China, que deixou mais de 80 mil mortos, em maio de 2008. Ao seu redor vrias bailarinas sentadas com sapa-tilhas nas duas mos faziam os movimentos do bal mostrando beleza e superao. O sincronismo da dana impressionou. Braos e pernas que se complementavam. A garota danou nos braos de outro bailarino que encerrou a apresentao segurando-a em p na cadeira.

    Numa exaltao natureza e vida, flores apareceram durante As Quatro Es-taes, ao som do pianista cego. A cada cor uma mudana climtica. No quadro A Jornada da Vida, mais de 2.000 crianas fantasiadas de sapo levaram alegria ao Es-tdio atento. Nas costas, no final da apre-sentao, apareceu Fu Niu Lele, mascote das Paraolimpadas de Pequim. A vaquinha foi escolhida por ser um animal determina-do que trabalha todos os dias.

    Um casal chins levou amor aos presen-tes com a cano Quero estar com voc. O ltimo segmento artstico veio com o t-tulo Voar. Mos surgiram do cho e cria-ram gaivotas, cisnes e diversos pssaros brancos. No final apareceram pssaros de todas as cores encerrando as apresenta-es artsticas.

    Para dar boas vindas s delegaes de

  • todo o mundo discursaram Liu Qi, presi-dente do Comit Organizador dos Jogos (BOCOG) e Sir Philip Craven, presidente do Comit Paraolmpico Internacional (IPC). Os Jogos Paraolmpicos educam as pessoas do mundo todo, ensinam a terem mais respeito e dar mais valor vida. Os Jogos vo contribuir para o progresso da humanidade, discursaram os presidentes. Sir Philip agradeceu a fora da China que continuou seus trabalhos para sediar as Olimpadas e Paraolimpadas mesmo de-pois dos terremotos que devastaram suas terras. Vocs vo ver pessoas do mundo inteiro num s lugar, disse o represen-tante do Comit Internacional que encer-rou sua fala com um muito obrigado em chins. Em seguida Hu Jintao, presidente da China declarou abertos os Jogos Para-olmpicos de Pequim 2008.

    A bandeira paraolmpica entrou no

    Estdio Nacional carregada por atletas com diferentes deficincias. Oito grandes esportistas conduziram a bandeira repe-tindo o ritual das Olimpadas. O smbolo do esporte composto pelos trs agitos nas cores vermelha, azul e verde. A lo-gomarca passa a idia de movimento. A partir daquele momento o ritual se as-semelhou ao das Olimpadas. A bandeira foi hasteada ao lado da bandeira chinesa ao som do hino do movimento paraolm-pico. A atleta da casa fez o juramento em nome de todos os participantes. Em seguida o juramento dos rbitros expres-sou a determinao dos escolhidos para os Jogos.

    O acendimento da Pira Paraolmpica foi o momento mais esperado. A atleta Wu Yunhu levou a tocha amarrada a cadeira dando incio ao revezamento. Ela passou a tocha para Jin Jing. Com o brao ergui-

    do ele caminhou emocionado aplaudido por milhares de pessoas presentes. Zhang Hongwei, do atletismo, correu com o pei-to cheio de alegria acenando a todos os presentes. O medalhista de ouro do halte-rofilismo Zhang Haidong recebeu o fogo e o levou para o companheiro amputado da perna esquerda. Este passou para a atleta Ping Yali orientada por seu co guia. Ela seguiu com o labrador rumo ao destino final. Hou Bin, ltimo atleta cadeirante, prendeu a tocha na cadeira e comeou a subir puxando uma corda, como se fizesse escalada. Emocionado e cansado da su-bida, contemplou o Ninho do Pssaro do alto e acendeu a pira paraolmpica. O cu foi tomado por fogos de artifcio que ilu-minaram Pequim. A emoo foi tanta que era possvel escutar o corao de todos os presentes batendo mais forte em um nico compasso.

  • 10

    Dia7setembroDomingo

    Dia da ptria dia de ouro na natao

    Em 7 de setembro de 1822, s margens do Rio Ipiranga, Dom Pedro I proclamou a Independncia do Brasil com o grito In-dependncia ou Morte, dando fim ao do-mnio portugus. Em 2008, do outro lado do mundo, distante das comemoraes cvicas, Daniel Dias fez o hino do Brasil tocar ao conquistar a primeira medalha de ouro para o pas nos 100m livre.

    O primeiro ouro brasileiro veio da na-tao. Com o tempo de 11105, Daniel da classe S5 (m formao congnita dos membros superiores e da perna direita) estabeleceu um novo recorde mundial, que pertencia ao espanhol Sebastian Ro-driguez.

    Quando olhei o tempo nem acreditei. No esperava ter nadado to rpido. Foi muita adrenalina. S agradeo a Deus. No tenho palavras para descrever. Escutar o hino no dia 7 de setembro, foi muito emo-cionante, afirmou Daniel.

    O ucraniano Dmytro Kryzhanovskyy ficou em segundo lugar e o norte-ame-ricano Roy Perkins em terceiro. O brasi-leiro Clodoaldo Silva ficou em sexto com 12114.

    Judocas brasileiras conquistam medalha de prata e bronze

    No primeiro dia de competio as ju-docas Karla Cardoso (at 48Kg) e Michelle Ferreira (at 52Kg) mostraram no tatame porque foram convocadas para as Parao-limpadas. Com baixa viso, as duas con-quistaram medalhas de prata e bronze para o Brasil.

    Karla perdeu o ouro para a chinesa Wuaping Guo. O nvel aumentou muito nessa paraolimpada, mas eu treinei para isso. Queria agradecer a quem me apoiou nesses quatro anos de preparao porque eu tive de abrir mo de muita coisa na minha vida, inclusive da convivncia com a minha filha, disse Karla tambm meda-lhista de prata em Atenas.

    Michelle disputou o bronze com a espa-nhola Scheila Hernandez. Estreante nas Pa-raolimpadas, ela levou a melhor ao aplicar um ippon na adversria. Michelle dividiu o terceiro lugar da categoria at 52kg com a russa Alesya Stepanyuk. Em primeiro ficou a chinesa Na Cui e em segundo a francesa Sandrine Aurieres-Martinet.

    Futebol de 5 vence em seu primeiro jogo

    Nem a chuva foi capaz de atrapalhar a seleo brasileira de futebol de 5. O Brasil venceu a Coria do Sul por 3x0 em seu pri-meiro jogo. O atacante Jefferson Gonal-ves abriu o placar em apenas 11 minutos. Depois foi a vez de Joo Silva marcar o seu e fazer 2x0 para o Brasil. Mizael Oliveira fechou com mais um gol aos 42 minutos deixando a Coria sem chances.

    Essa estria teve um significado es-pecial porque passei por alguns problemas recentemente e estou reencontrando a alegria no futebol. O time ainda precisa fazer alguns ajustes, mas estamos con-fiantes. Nosso maior adversrio somos ns mesmos, afirmou o jogador Joo Silva.

    Na prxima partida o Brasil encararia a Es-panha, que perdeu para Argentina por 2x0.

  • 1111

    Basquete masculino perde nos ltimos minutos

    A seleo masculina de basquete em cadeira de rodas comeou liderando todos os quartos, mas deixou a Austrlia virar o jogo. Faltando poucos segundos para o apito final, o Brasil liderava por 72 a 71 quando os australianos arremessaram e fizeram uma cesta de dois pontos, deixan-do o placar 73 a 72. Nos ltimos quatro segundos os brasileiros no conseguiram reverter o quadro e acabaram perdendo.

    O cestinha da partida foi o australiano Justin Eveson com 39 pontos. O melhor atle-ta brasileiro foi Irio Nunes com 27 pontos. O Brasil comeou bem e venceu os trs primeiros

    perodos por 24 a 12, 45 a 28 e 57 a 52. O pr-ximo desafio da seleo seria contra os Estados Unidos, que venceu Israel por 76 a 53.

    Basquete feminino em cadeira de rodas perde para Alemanha

    A seleo feminina de basquete em cadeira de rodas perdeu para a Alemanha por 62 a 32. O jogo de estria aconteceu no Ginsio da Universidade de Cincia e Tecnologia de Pequim.

    A Alemanha venceu todos os quartos da partida por 17 a 6, 34 a 12, 50 a 20 e 62 a 32. O Brasil enfrentaria a Austrlia, que derrotou as britnicas por 59 a 30, no prximo jogo.

    Egito vence o Brasil no vlei sentado

    A seleo brasileira perdeu por 3 sets a 0 para o Egito. Os resultados dos sets foram: 25/08, 25/14, 25/17. A equipe entrou em quadra desfal-cada. Rodrigo Alves Mello quebrou o dedo durante os treinamentos. Para o tcnico Amauri Ribeiro, isso atra-palhou o time. Os jogadores ficaram um pouco abalados com a ausncia do Rodrigo. Agora temos que ficar con-centrados nos prximos dois jogos que sero muito difceis, afirmou o treinador.

    O Brasil enfrentaria o Ir, tetra-campeo paraolmpico, pelo grupo B no dia seguinte. Os japoneses, ltimos adversrios dos brasileiros na primei-ra fase, compareceram ao estdio para analisar a partida entre Brasil e Egito.

    Goalball feminino derrotado pelos donos da casa

    A China venceu o Brasil por 5 a 3 no Goalball feminino. Ana Carolina Custdio marcou dois gols e Adria-na Lima um. Estria sempre dif-cil, ainda mais porque encontramos uma quadra diferente da que estamos acostumadas, ela muito mais lenta. Agora descansar para as prximas partidas, explicou a jogadora Simo-ne Camargo. No goalball feminino todos os oito pases se enfrentaram na primeira fase e os quatro melhores disputaram a fase final.

    Goalball masculino perde para Sucia

    A seleo brasileira de Goalball masculina foi derrotada pela Sucia por 8 a 6 em sua estria nos Jogos Parao-lmpicos de Pequim 2008. O brasileiro Luis Pereira Silva bem que tentou. Ele marcou trs gols na partida. O Brasil enfrentou o Ir pelo grupo B no dia seguinte.

  • Andr Brasil bate recorde mundial e conquista ouro

    O nadador brasileiro, Andr Brasil (S10) venceu a prova dos 100m borbo-leta com folga. O atleta conquistou me-dalha de ouro e ainda estabeleceu um novo recorde mundial ao completar a prova em 5647. Nada na nossa vida fcil. Fiquei pensando no que meu dolo Michael Phelps falou para o Csar Cie-lo na Olimpada: sair na frente, virar na frente e bater na frente. Se eu fizer isso vou sempre estar em primeiro, afirmou o campeo.

    O espanhol David Julian Levecq ficou com a medalha de prata e o holands Mike Van der Zenden com a de bronze.

    Daniel Dias conquista mais um ouro

    O atleta Daniel Dias conquistou mais uma medalha de ouro para o Brasil na pro-va dos 50m costas. O grande adversrio do brasileiro foi o chins Junquan He, que es-tabeleceu um novo recorde mundial ainda nas eliminatrias, com o tempo de 3504. A disputa foi emocionante. O chins es-tava na frente quando Daniel se superou, alcanou Junquan, e bateram na borda da piscina quase juntos. Foi uma prova sensacional. Esse foi o melhor tempo da minha vida nos 50m costas. Sabia que ela seria decidida na batida. Foi realmente fantstico, afirmou Daniel eufrico.

    O hngaro Zsolt Vereczkei ficou em ter-ceiro lugar com 3878. O brasileiro Francis-co Avelino ficou em stimo. Parece que o Cubo Dgua trouxe muita sorte a Daniel.

    Jud feminino traz mais uma medalha para o Brasil

    A judoca Daniele Silva da categoria at 57kg conquistou medalha de bronze, aps derrotar a argelina Mounia Karkar por um wasari no Estdio dos Trabalhadores em Pequim.

    Daniele comeou na competio per-dendo para a espanhola Maria Merenciano, mas conseguiu reverter a luta. A russa

    Ekaterina Buzmakova era sua ltima adver-sria para alcanar a disputa pelo bronze. A judoca batalhou at conseguir levar a melhor. As minhas lutas mais difceis fo-ram a primeira e a ltima. O nvel aumen-tou muito nessa competio. Esse bronze significa ouro para mim porque desanimei quando perdi a primeira luta, mas me re-cuperei e venci, disse Daniele.

    Com a conquista, o Brasil soma trs medalhas no jud. As outras duas foram de Karla Cardoso (at 48kg) e Michelle Fer-reira (at 52kg).

    Lucas Prado bate o prprio recorde mundial na semifinal dos 100m rasos

    O sonho de Lucas aparecer muito na televiso. Nesta segunda-feira, ele conse-guiu muito mais do que aparecer: fez com que todos os brasileiros torcessem por ele nos 100m rasos. O atleta mostrou que leva a srio sua profisso. Ele bateu o prprio recorde mundial na prova.

    A batalha comeou agora. Erramos um pouco na sada, mas vamos consertar para a final. Estava muito ansioso para essa prova. Para mim tudo muito emocionan-te. um trabalho de muito tempo com o meu guia, explica Lucas, referindo-se a Justino Barbosa.

    1212

    Dia8setembroSegunda

  • Ciclismo brasileiro fica em 4 lugar

    Soelito Gohr terminou a prova de per-seguio do ciclismo, categoria LC1 em quarto lugar. O brasileiro disputou a me-dalha de bronze com o italiano Fabio Tri-boli. Ele terminou a prova em 453407, enquanto Triboli finalizou em 445677.

    O ouro foi para o australiano Michael Gallagher, com o tempo de 443279. J a prata ficou com o alemo Wolfgang Sacher, que terminou a prova em 446788.

    Seleo brasileira de futebol de 7 vence a Holanda

    O futebol de 7 logo no primeiro jogo mostrou porque o Brasil o pas do futebol. A seleo venceu a Holanda por 1X0. Marcos Silva marcou o gol da vitria aos 25 minutos do primeiro tempo. O Brasil est no Grupo A e enfrentaria a China na quarta-feira.

    Brasil perde para os EUA no basquete masculino

    O basquete masculino em cadeira de ro-das sofreu sua segunda derrota nas Parao-limpadas. A seleo brasileira perdeu para os Estados Unidos nesta segunda por 87 a 41. Os americanos lideraram toda a partida. Os quartos foram de 28/11, 62/29 e 87 a 41. O Brasil enfrentaria Israel na tera-feira.

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    Brasil perde para a Austrlia no basquete feminino

    As australianas derrotaram as brasilei-ras por 66 a 30 no basquete em cadeira de rodas. Os resultados dos quartos fo-ram 4/20, 14/37, 25/48 e 30/66. Essa foi a segunda derrota consecutiva do Bra-sil que jogaria contra a Gr-Bretanha na quarta-feira.

    Time de vlei sentado brasileiro perde para os iranianos

    A seleo brasileira de vlei sentado perdeu para o Ir por 3 sets a 0 no se-gundo dia de jogo das Paraolimpadas de Pequim. A partida durou 54 minutos com parciais de 25/9, 25/11, 25/8.

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    Jud brasileiro sobe ao pdio mais duas vezes

    O judoca Antnio Tenrio (at 100Kg) conquistou sua quarta medalha de ouro consecutiva em Paraolimpadas, conquis-tando assim o ttulo de nico tetracampeo brasileiro paraolmpico. O judoca venceu o lutador do Azerbaijo, Karin Sadarov por ip-pon. Ele imobilizou o adversrio com uma chave-de-brao. Essa medalha tem um pedacinho de cada brasileiro. Espero que o meu feito sirva de exemplo para os milhes de deficientes, comemorou Tenrio.

    A tera-feira foi de vitrias para o jud. A atleta Deanne de Almeida conquistou medalha de prata na final da categoria acima de 70Kg contra a chinesa Yuan Yanping. Essa medalha mostrou que tenho capacidade. Posso treinar mais e melhorar. Lutar com a torcida contra no me atrapalhou, acho que a chinesa foi mesmo melhor, admitiu a brasileira.

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    Dia9setembroTera

    Lucas Prado conquista mais um ouro nos 100m rasos

    Ao lado do guia Justino Barbosa, Lucas Prado chegou em primeiro lugar nos 100m rasos da classe T11 (cego total). O brasileiro cumpriu a promessa de melhorar ainda mais seu tempo, estabelecendo um novo recorde mundial ao completar a prova em 1103 no Estdio Nacional de Pequim. O angolano Jos Armando conquistou a medalha de prata ao completar a prova em 1135. O francs Tre-sor Makunda chegou em terceiro em 1146.

    Daniel Dias conquista sua terceira medalha de ouro

    O nadador conquistou mais um ouro nesta tera-feira no Cubo dgua ao ven-cer os 200m livre, estabelecendo um novo recorde mundial ao completar a prova em

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    23232. Queria nadar para 34 e acabei fechando em 32. Estou muito feliz. uma sensao muito boa, descreveu o atleta.

    Sebastian Rodriguez, da Espanha con-quistou a medalha de prata em 23888. Anthony Stephens, da Gr-Bretanha che-gou em terceiro com o tempo de 24467. O atleta brasileiro Clodoaldo Silva ficou em quinto lugar na prova.

    Brasileiras conquistam prata e bronze no atletismo

    O Brasil acompanhou ansioso a larga-da das brasileiras Terezinha Guilhermina (T11) e dria Santos (T11) nos 100m rasos nesta tera-feira. Terezinha largou mal, se desequilibrando no incio da prova, mas conseguiu se recuperar e conquistar a medalha de prata em 1240. Perdi para mim mesma, mas essa prata vai ser uma motivao a mais para as outras provas que vou disputar: os 200m e 400m. Trei-nei bastante para isso, afirmou Terezinha, recordista mundial na prova dos 400m.

    A chinesa Wu Chunmiao disparou e cruzou a linha de chegada em primeiro lugar, estabelecendo um novo recorde pa-raolmpico com o tempo de 1231. dria Santos conquistou a medalha de bronze ao completar a prova em 1307. A brasileira Jerusa Santos ficou em quinto lugar.

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    Bocha brasileira comemora primeira participao nos Jogos Paraolmpicos

    Com apenas dois atletas estreando em Paraolimpadas na bocha, o Brasil subiu duas vezes no pdio. Na manh do dia 9, Eliseu Santos derrotou o espanhol Jos Maria Dueso conquistando a medalha de bronze. noite, Dirceu Pinto enfrentou o chins Leung Yuk Wing e conquistou o to sonhado ouro. No tenho palavras. Vim para buscar a medalha e graas a Deus ela veio. Para completar a felicidade o Dirceu ainda trouxe o ouro, afirmou Eliseu emocionado.

    Joca e Luthenay de Vernay conquistam a primeira medalha do hipismo

    O brasileiro Marcos Alves (Joca) conquis-tou medalha de bronze para o Brasil em Hong Kong no adestramento individual. O cavalei-ro, grau Ib, montou o cavalo Luthenay de Ver-nay e terminou a prova com 67,714 pontos. Na mesma prova, o brasileiro Davi Mesquita, montou Neho de la Jonchere e terminou em 14 lugar, com 56.952 pontos.

    O britnico Lee Pearson com o cavalo Gentlemen conquistou o ouro com 73.238 pontos. O segundo lugar ficou com o no-ruegus Jens Dokkan e seu cavalo Lacour, com 68.857 pontos.

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    Shirlene conquista medalha de prata no dardo

    A atleta Shirlene Coelho (F37) bateu duas vezes o recorde mundial na mesma pro-va, mas no levou o ouro. A brasileira esta-beleceu um novo recorde mundial ao lanar 35m95. Com 1.513 pontos, Shirlene subiu ao pdio para receber a medalha de prata.

    Apesar de ter atingido a maior distn-

    Dia10setembroQuarta

    Daniel Dias fica em segundo lugar nos 50m borboleta

    Mais uma medalha de prata para o Brasil. Daniel Dias (S5) chegou em segun-do lugar na prova dos 50m borboleta. O norte-americano Roy Perkins conquistou a medalha de ouro e estabeleceu um novo recorde mundial com 3595. O chins He Junquan fez o tempo de 3707.

    Daniel s teve cinco minutos para recu-perar o flego: ele voltou para a piscina ao lado dos amigos no revezamento 4x100m livre. O Brasil ficou em quarto na prova.

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    cia entre os participantes, a prova foi mul-ticlasses, de F35 a F38 (paralisia cerebral sem utilizao de cadeira de rodas). Neste caso, as medalhas so decididas pela pon-tuao calculada em relao ao recorde mundial de cada classe.

    A chinesa Qing Wu ficou em primeiro com 1.662 pontos. Ela estabeleceu a melhor marca do mundo ao lanar 28,84m na F36. A polonesa Renata Chilewska, com 1.161 pontos conquistou a medalha de bronze.

    Essa prata vale ouro porque entrei na prova sabendo que seria muito dif-cil quando juntaram as classes, mas bati a minha prpria marca em 5m e isso foi maravilhoso, afirmou Shirlene.

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    Odair Ferreira conquista medalha de bronze nos 800m

    Odair Santos (T12) conquistou mais uma medalha para o atletismo brasileiro ao chegar em terceiro lugar nos 800m, no Ninho do Pssaro. O atleta completou a prova em 15373.

    O cubano Lzaro Aguilar Raschid lide-rava a prova quando o tunisiano Abder-rahim Zhiou disparou nos metros finais e bateu o recorde mundial com o tempo de 15213. Raschid chegou em segundo com 15240. Odair voltou s pistas na quinta para disputar os 5.000m.

  • Brasil j tem nove medalhas de ouro, sete de prata e 10 de bronzeDaniel Dias conquistou quatro ouros, uma prata e um bronze

    Daniel (S5) chegou em primeiro lu-gar na prova dos 200m medley, e bateu mais um recorde mundial com o tempo de 25260. O nadador o grande destaque do Brasil. A cada dia a coleo de meda-lhas s aumenta. Este foi o quarto ouro do atleta, e o terceiro recorde mundial nas Paraolimpadas de Pequim. Gosto muito dessa prova e j esperava esse resultado porque treinei muito para isso. Agora me preparar para as prximas trs provas que ainda faltam, afirmou Daniel.

    O atleta foi apelidado de Michael Phelps nas Paraolimpadas. Eu sou o Daniel Dias do Brasil, e sou mais bonito do que ele, brincou o nadador, conhecido pelo seu bom humor. Questionado sobre o Cubo d gua, Daniel Dias no perdeu a chance: A piscina excelente e muito rpida, mas eu sou mais rpido que ela.

    Andr Brasil conquista medalha de prata nos 200m medley

    Andr Brasil (S10) se superou nes-ta quinta, em Pequim. O nadador com-pletou a prova dos 200m medley em 21420. Com o resultado o brasileiro baixou seu melhor tempo em quatro se-gundos e conquistou a prata. Essa me-dalha como o ouro. Estou muito feliz com o tempo que eu consegui e com mais essa conquista, afirmou Andr.

    O vencedor da prova foi o australia-no Rick Pendleton, que bateu o recor-de mundial com o tempo de 21278. O bronze ficou com Benoit Huot, do Cana-d que completou a prova em 21522.

    Andr j conquistou duas medalhas de ouro para o Brasil nas Paraolim-padas de Pequim. A primeira foi nos 100m borboleta e a outra nos 100m li-vre estabelecendo dois novos recordes mundiais.

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    Dia11setembroQuinta

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    Revezamento 4x50m livre conquista o bronze

    A equipe brasileira composta por Clo-doaldo Silva (S5), Joon Seo (S4), Daniel Dias (S5) e Adriano Lima (S6) ficou em terceiro lugar no revezamento conhecido como baixo, onde o somatrio das classes dos atletas chega a 20 pontos. Eles com-pletaram a prova em 23017. Esta foi a primeira medalha de Clodoaldo depois da reclassificao para a classe S5. Estou muito emocionado. Essa prova tem um grande significado porque estou nadando com os meus amigos e essa medalha vale muito. Antes de entrar na prova, o Joon me incentivou bastante com palavras que s um irmo poderia falar, revelou Clo-doaldo.

    Os chineses Jianping Du, Yuan Tang, Juan He e Yuanrun Yang conquistaram o ouro com o tempo de 21815. A prata foi para a Espanha representada por Richard Oribe, Daniel Vidal, Jordi Gordillo e Sebas-tian Rodriguez, com o tempo de 21873.

    Remo brasileiro conquista bronze no skiff duplo

    Os brasileiros Elton Santana e Josiane Lima chegaram em terceiro lugar na final indita do remo no skiff duplo misto (so-mente movimentos de braos e tronco). Eles completaram a prova em 42836. Cludia Ccero chegou em sexto no Skiff individual feminino. O Brasil teve pela pri-meira vez representantes da modalidade em uma Paraolimpada.

    Vejo essa medalha como um ouro. Pas-samos por muitas dificuldades para conse-guir treinar por causa da distncia. Moro em Florianpolis e o Elton em Salvador. Estamos muito felizes com este bronze, comemorou Josiane.

    A China foi a campe da prova com os atletas Yangjing Zhou e Zilog Shan. Eles fizeram a prova em 42069. A prata ficou com a dupla australiana John Maclean e Kathryn Ross, com o tempo de 43230.

    Joca conquista o segundo bronze no hipismo

    O hipismo trouxe duas medalhas de bronze para o Brasil com o cavaleiro Mar-cos Fernandes Alves (cadeirante). Montan-do o cavalo Luthenay, Marcos ficou em ter-ceiro na disputa do estilo livre com msica na classe Ib, com 67.333 pontos.

    O ouro e a prata ficaram com a Gr-Bretanha. Lee Pearson venceu com 77.057 pontos e Ricky Baldshaw foi o segundo so-mando 70.444.

    Odair conquista mais um bronze

    Odair Santos (T12) competiu na classe T13 e conquistou sua segunda medalha de bronze nas Paraolimpadas de Pequim nos 5.000m. O atleta com-pletou a prova em 145335, no Ninho de Pssaro.

    O queniano Henry Kiprono Kirwa foi o vencedor, e garantiu um novo recorde mundial com o tempo de 142402. O mar-roquino Youssef Benibrahim chegou em segundo com o tempo de 145032.

    Vlei brasileiro encerra sua participao nos Jogos

    A seleo brasileira masculina de vlei sentado encerrou a sua participao nas Paraolimpadas de 2008 com uma derrota. O Brasil derrotou o Iraque por 3 sets a 1, com parciais de 23/25, 27/25, 25/15 e 25/23, em 1h44m de jogo. Os destaques do time foram Gilberto Silva e Wescley Oliveira, que terminaram o jogo com 16 e 20 pontos, respectivamente.

    O Brasil tinha disputado quatro partidas em Pequim. Perdeu as duas pri-meiras para o Egito e o Ir. Contra os do-nos da casa os brasi-leiros perderam por 3 a 1, com parciais de 25/17, 17/25, 25/18 e 25/13. O Brasil fi-cou em sexto lugar na modalidade.

  • Bocha conquista o 10 ouro brasileiro nas Paraolimpadas

    Os brasileiros chegaram com muita garra na final da bocha nesta sexta-feira. A dupla Dirceu Pinto e Eliseu Soares derro-tou os portugueses Bruno Valentim e Fer-nando Pereira por 5 a 2 na categoria BC4 (distrofia muscular).

    Esta a terceira medalha paraolmpica na modalidade, que tem pela primeira vez representantes brasileiros. Na disputa in-dividual, Dirceu conquistou o ouro e Eliseu o bronze. Espervamos ficar em terceiro lugar na disputa de dupla, mas consegui-mos conquistar o ouro. Muito melhor que a medalha foi ver que fizemos uma repre-sentao boa do que fomos buscar. As pessoas no precisam ficar presas em casa porque tm alguma deficincia, a vida no acabou. Elas podem praticar algo que vai lev-las de volta a sociedade. Esta uma modalidade que encaixa qualquer deficien-te, avisa Dirceu Pinto.

    Daniel Dias conquista medalha de prata nos 100m peito

    Daniel Dias surpreendeu a todos na prova dos 100m peito SB4. O nadador foi o quinto nas classificatrias e conquistou a prata com o tempo de 14039.

    Quinta

    2020

    Dia12setembro

  • A prova dos 100m peito uma das mais fracas do brasileiro, que j con-quistou sete medalhas em Pequim. Fo-ram quatro de ouro, duas de prata e uma de bronze. Esse resultado me surpreen-deu. Nadei muito forte de manh e tive de nadar mais forte ainda na final, afir-mou Daniel.

    O espanhol Ricardo Ten chegou em primeiro lugar e bateu seu prprio re-corde mundial com o tempo de 13661. O colombiano Moiss Fuentes conquis-tou medalha de bronze ao completar a prova em 14204. O brasileiro Ivanil-do Vasconcelos chegou em stimo com o tempo de 14786.

    Lucas Prado bate recorde mundial na semi-final dos 200m rasos

    Lucas Prado (T11 cego total) o novo recordista paraolmpico da prova dos 200m rasos. O brasileiro conquistou o ttulo ao completar a semifinal em 2271 no Ninho do Pssaro. Por pouco o atleta no bateu o prprio recorde mundial de 2270, estabelecido em agosto de 2007, em So Paulo. Esta a primeira parao-limpada de Lucas, que j conquistou um ouro nos 100m rasos e conta com toda a dedicao e apoio do seu guia Justino Barbosa.

    Tiro esportivo brasileiro estria com Garletti

    O tiro esportivo foi representado pela primeira vez numa Paraolimpada em Pequim, com o paulista Carlos Gar-letti. O atirador disputou as provas de Rifle (3x40 tiros) e Rifle Pronado. No Rifle 50m em trs posies, Garletti fez um total de 1116 pontos, terminando em 17. O vencedor foi o sueco Jonas Jacobsson, que estabeleceu um novo recorde mundial e paraolmpico na pro-va com 1163 pontos. No Rifle pronado, Garletti fez 573 pontos, terminando em 34 lugar. O sueco dominou mais uma vez a prova, totalizando 695,8 pontos.

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  • Lucas Prado conquista mais uma medalha

    O atleta Lucas Prado ficou conhecido por todos na Vila Paraolmpica. Carismtico e sempre com um sorriso estampado no rosto, o atleta que carrega a bandeira do Brasil nos culos fez amigos por onde passou. O Lucas conhecido na Vila como o cegui-nho falador. Ele canta, brinca e enquanto ele estiver ganhando medalhas est timo, afirmou seu guia Justino Barbosa.

    Neste sbado Lucas Prado conquistou a 11 me-dalha de ouro para o pas. Ele bateu o prprio re-corde mundial ao completar a prova dos 200m em 2248. Seu tempo anterior era de 2270, conquis-tado em agosto de 2007, em So Paulo. Achei que a prova ainda no tinha terminado e queria correr mais quando o Justino me avisou que j tinha aca-bado e a gente tinha batido o recorde mundial, afirmou Lucas.

    O angolano Jos Armando ficou em segundo lugar com o tempo de 2270. O cubano Arian Iznaga che-gou em terceiro em 2279. Lucas falou emocionado sobre suas vitrias nos Jogos Paraolmpicos: uma grande satisfao colocar o Brasil no lugar mais alto do pdio. O grande prazer da vitria saber que voc estava bem treinado para isso, afirmou.

    Vernica Almeida a primeira mulher a conquistar medalha na natao

    A baiana Vernica Almeida conquistou medalha de bronze na prova dos 50m borboleta, com o tempo de 3849. A vencedora da prova foi a chinesa Min Huang, que estabeleceu um novo recorde mundial com o tempo de 3447. A americana Erin Popovich conquistou a prata ao completar a prova em 3787.

    Esta medalha no estava nos meus planos, mas quando consegui a vaga na final acreditei nela. Foi uma surpresa muito grande e muita felicidade. Bai-xei o meu melhor tempo em quatro segundos. Essa medalha tem gosto de superao, a minha vida, comemorou a atleta.

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    Dia13setembroSbado

  • Terezinha Guilhermina conquista o bronze nos 400m rasos

    Terezinha Guilhermina (T11) e seu guia Chocolate conquistaram a segunda meda-lha nos Jogos de Pequim. Ela disputou os 400m rasos numa prova multiclasses, com atletas da classe T12 (baixa viso). A atle-ta chegou em terceiro lugar com o tempo de 5702. Estou muito feliz com o resul-tado. Essa a prova que eu mais gosto, pois exige tudo de mim. J tenho a prata e o bronze, festejou.

    A campe dos 400m rasos foi a france-sa Assia El`Hannounni com 5506. A ucra-niana Oxana Botorchuk chegou em segun-do lugar no tempo de 5588. Terezinha a atual detentora do recorde mundial dos 100m (1227) e 400m (5604), na classe T11 (cego total).

    Brasil ganha de goleada da Gr-Bretanha no Futebol de 5

    Nove segundos aps o apito inicial, Joo Silva marcou o primeiro gol do Bra-sil contra a seleo da Gr-Bretanha. Os brasileiros jogaram bem e fecharam o pri-meiro tempo com o placar 4 a 0, gols de Joo Silva, Mizael Oliveira, Ajmal Ahmed (contra) e Ricardo Alves.

    Hoje jogamos muito bem, consegui-mos nos encontrar em campo e isso faci-litou as coisas. Mas o adversrio valorizou a nossa vitria, foram muito competentes o tempo todo, avaliou o camisa 9 da se-leo brasileira que dedicou o gol para a filha Ana Luisa, que nasceu sexta.

    Outro destaque do Brasil foi o ata-cante Ricardo Alves. Ricardinho, como conhecido, fez uma partida impecvel. Aos 15 segundos do segundo tempo ele marcou mais um. Estava difcil de sair o gol. Dei o meu mximo. Fazia tudo: driblava, marcava, chegava na cara do gol e no saia. Agora estou feliz, de-sencantei. Foram dois gols e meio por-que o juiz acabou marcando gol contra da Gr-Bretanha na minha jogada do terceiro gol, explicou Ricardinho, sa-tisfeito com o resultado.

    Brasil encerra a participao na Vela em Pequim

    Os atletas Luiz Csar Faria, Darke Mat-tos e Rossano Leito, da classe sonar, representaram o pas na Vela paraolmpi-ca. Nos primeiros dias, o Brasil teve uma performance irregular. No sbado, apesar da melhora, os brasileiros se despediram dos Jogos de Pequim em ltimo lugar na

    colocao geral, com 128 pontos. No total foram 12 regatas. A melhor colocao bra-sileira foi na nona regata, quando o barco chegou em stimo lugar.

    O campeonato foi um grande apren-dizado para toda a equipe. Sofremos um pouco com nossa falta de experincia. Como nossa equipe treinou em um barco diferente do Sonar, que o veleiro para-olmpico, tivemos algumas dificuldades de adaptao. O nvel foi muito alto, al-gumas equipes treinavam juntas h mais de oito anos. Esta primeira participao brasileira em uma paraolimpada foi um marco. Ela trar frutos, j que consegui-mos adquirir um Sonar que est vindo para o Brasil e ser usado para treinar nossas equipes, afirmou o coordenador da modalidade Renato Valentim.

    A Alemanha conquistou medalha de ouro na modalidade. Os alemes ga-nharam apenas uma regata, mas se mantiveram entre os primeiros com um total de 55 pontos. Os franceses con-quistaram a prata. Eles venceram trs provas, ficaram duas vezes em stimo, uma em oitavo e totalizaram 61 pontos. O bronze foi para os australianos, tam-bm com 61 pontos, mas perderam nos critrios de desempate.

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  • Andr Brasil e Phelipe Andrews, a dobradinha que deu certo

    Deu dobradinha no primeiro encon-tro dos brasileiros Andr Brasil e Phelipe Andrews na piscina de Pequim. Na prova dos 100m livre os atletas conquistaram respectivamente medalha de ouro e prata. Os atletas ainda repetiram o feito nos 50m livre da classe S10 e levaram mais uma vez a bandeira brasileira para o pdio nos dois lugares mais altos. Essa dobradinha coroa o trabalho do Brasil. O esporte paraolmpi-co brasileiro est evoluindo e com isso va-mos ter uma renovao constante, sempre com bons resultados, prev Andr.

    Alm de vencer a prova, Andr Brasil bateu o prprio recorde mundial com o tempo de 2361. Seu tempo anterior era de 2455. O canadense Benoit Huot che-gou em terceiro lugar em 2465.

    No esperava essa medalha. Fiz o se-gundo tempo na eliminatria, mas estava muito prximo do canadense. muita fe-licidade, no sei nem o que dizer. Espero que essa dobradinha se repita por muitas e muitas vezes, comemorou Phelipe.

    Odair conquista seu terceiro bronze

    O atleta conquistou mais uma medalha na prova dos 10.000m da classe T12 (bai-xa viso). O brasileiro chegou em terceiro lugar com o tempo de 315791, no Ni-nho do Pssaro. O vencedor da prova foi o queniano Henry Kirwa, que bateu o recor-de paraolmpico ao completar a prova em 314297. O tunisiano Abderrahim Zhiou chegou em segundo lugar com o tempo de 314315.

    Fabiana Sugimori conquista o bronze nos 50m livre

    A nadadora brasileira Fabiana Sugimo-ri (S11 cega total) levou a melhor na disputa acirrada dos 50m livre, se superou e garantiu o terceiro lugar no pdio aps completar a prova em 3245.

    A dobradinha desta vez foi da Itlia. A italiana recordista mundial, Maria Pani-gati Poiani, no conseguiu fazer seu me-lhor tempo, mas mesmo assim conquistou a medalha de ouro. Maria nadou os 50m livre em 3139. Ceclia Camellini ficou em segundo com o tempo de 3195.

    Dia14setembroDomingo

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  • Brasil derrota a China no tnis de mesa masculino

    Os chineses so conhecidos por serem quase invencveis no tnis de mesa. Mas isso no foi um obstculo para os brasilei-ros Luiz Algacir (C3) e Welder Knaf (C3). A dupla venceu os donos da casa por 3 a 2 na semifinal por equipe, em uma melhor de cinco partidas.

    Essa a minha quarta paraolimpa-da e nunca senti uma emoo como essa. Agora no importa o adversrio, vamos com tudo para cima depois de termos ven-cido a China, a grande favorita, planejou Algacir.

    O primeiro jogo foi disputado entre Welder e Panfeng Feng. O brasileiro derro-tou o chins por 3 sets a 1 em 27 minutos de partida. As parciais foram de 11/13, 7/11, 11/4 e 12/14. Depois foi a vez de Algacir jogar contra Ping Zhao. O chins levou a melhor na disputa, igualando o placar. Foram 3 sets a 1, com parciais de 8/11, 11/7, 11/7, 11/2, em 18 minutos.

    A terceira partida foi disputada entre duplas. Os brasileiros saram na frente com 3 sets a 2. O jogo durou 33 minutos. O

    Brasil fechou o primeiro set em 13/15. Os chineses venceram o segundo e o terceiro sets por 11/5 e 11/4. Algacir e Welder rea-giram e venceram os dois ltimos sets por 7/11 e 6/11.

    Nas duas ltimas partidas o jogo foi o contrrio. Algacir perdeu para Panfeng Feng por 3 sets a 1, parciais de 11/9, 11/3, 9/11 e 11/2. E ficou para Welder contra Ping Zhao, a responsabilidade de garantir a vaga histrica na final do tnis de mesa. O brasileiro venceu o chins por 3 sets a 1, com parciais de 9/11, 11/8, 11/12 e 9/11.

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    Esta foi a primeira vez em 48 anos de histria, que o Brasil chegou a uma final no tnis de mesa paraolmpico. Os brasi-leiros enfrentaram a Frana na final.

    Basquete feminino em cadeira de rodas encerra sua participao nos Jogos

    A seleo brasileira de basquete em cadeira de rodas se despediu das Parao-limpadas de Pequim neste domingo sem nenhuma vitria nos cinco jogos que dis-putou. O Brasil perdeu para o Mxico por 54 a 44 na disputa pelo nono lugar na ltima partida.

  • Andr Brasil conquista sua quarta medalha de ouro

    Com o sobrenome igual ao pas onde nasceu, o nadador encheu de orgulho to-dos os brasileiros ao conquistar sua quarta medalha de ouro nos 400m livre. Andr tambm subiu no pdio duas vezes para receber as medalhas de prata conquistadas em outras provas no Cubo d gua.

    Nos 400m livre o brasileiro foi o pri-meiro a chegar com o tempo de 40584, estabelecendo novo recorde paraolmpico. O britnico Robert Welbourn completou a prova em 40661 conquistando a medalha de prata. O bronze foi para o Canad com Benoit Huot, que nadou em 41214.

    Daniel Dias conquista mais uma medalha de prata nos 50m livre

    O grande destaque brasileiro nos Jo-gos Paraolmpicos foi o nadador Daniel Dias (S5) que conquistou nove medalhas para o pas. No ltimo dia de competio, ele chegou em segundo lugar na prova dos 50m livre com o tempo de 3356.

    O ucraniano Dmytro Kryzhanov ficou em primeiro lugar ao completar a prova em 33 segundos cravados. O espanhol Se-

    bastian Rodrigues foi o terceiro no pdio, com o tempo de 3378. O brasileiro Clodo-aldo Silva chegou em stimo.

    Foi com muito orgulho que Daniel Dias deixou a China. Ele retornou para o Brasil com quatro medalhas de ouro (50m costas, 100m e 200 m livres e 200m medley); qua-tro de prata (50m borboleta, 100m peito, 50m livre e no revezamento 4x50m medley - 20 pontos); e uma de bronze (reveza-mento 4x50m livre - 20 pontos). Daniel foi o atleta que mais conquistou medalhas nas paraolimpadas de Pequim.

    Revezamento brasileiro 4x50m medley conquista medalha de prata

    O Brasil fechou o ltimo dia da natao nas Paraolimpadas de Pequim com mais uma medalha de prata no Cubo D gua. A ltima prova da modalidade foi o reve-zamento 4x50m medley (20 pontos). Os nadadores Clodoaldo Silva, Daniel Dias, Ivanildo Vasconcelos e Luis Silva subiram ao pdio para receber a medalha conquis-tada em 23931. A China ficou em primei-ro lugar com o tempo de 23315. Os es-panhis completaram a prova em 24038 conquistando a medalha de bronze para o seu pas.

    Dia15setembroSegunda

    22Ednia Garcia conquista o bronze nos 50m livre

    A brasileira garantiu o terceiro lugar no pdio com o tempo de 5328 na pro-va dos 50m livre da classe S4. A mexica-na Nely Miranda completou a prova em 4627, ficando em primeiro lugar com um novo recorde mundial. A americana Cheryl Angelelli chegou 654 aps a mexicana, garantindo a medalha de prata.

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    Yohansson conquista medalha de bronze nos 100m rasos

    Yohansson Nascimento chegou em ter-ceiro lugar na prova dos 100m rasos da classe T46, com o tempo de 1125. O bra-sileiro viveu momentos de apreenso para saber o resultado final da competio, que demorou a ser confirmado no placar do es-

    Tnis de mesa por equipe traz medalha indita para o Brasil

    Luiz Algacir e Welder Knaf fizeram his-tria ao vencer a China no domingo. Na final disputada nesta segunda-feira os bra-sileiros perderam para os franceses Jean Phelippe e Florian Merrien por 3 a 1 numa melhor de cinco.

    A primeira partida foi entre Luiz Algacir e Jean Robin. O francs venceu por 3 sets a 2, com parciais de 13/11, 4/11, 9/11, 11/4 e 4/11. Depois foi a vez de Welder enfrentar Florian. O brasileiro venceu por 3 sets a 2, com parciais de 7/11, 14/12, 11/5, 9/11 e 11/8, em 34 minutos de jogo.

    Na disputa de duplas a Frana derrotou o Brasil por 3 sets a 1. A partida durou 22 minutos com parciais de 5/11, 5/11, 11/3 e 4/11. Por ltimo Algacir disputou o ouro com Florian, mas perdeu por 3 sets a 0 com parciais de 5/11, 8/11, 1/11, em 17 minutos.

    tdio. A disputa pelo bronze ficou entre Yohansson, que correu os 100m em 1125, e o chins Zhao Xu que chegou um cent-simo depois do brasileiro.

    O australiano Heath Francis conquis-tou a medalha de ouro com o tempo de 1105. Francis Kompaon, da Nova Guin completou a prova em 1110 garantindo a prata.

  • Lucas Prado um homem de palavra: trs ouros para o Brasil

    O ceguinho falador, como ficou conhe-cido na Vila, mostrou que fala muito, mas cumpre suas promessas. Lucas foi o princi-pal nome do Brasil no atletismo nesta Pa-raolimpada. O brasileiro conquistou trs medalhas de ouro nas trs provas que dis-putou em Pequim. A ltima foi nos 400m rasos nesta tera-feira.

    Estou exausto, com dor nas pernas, mas o gosto da medalha compensa tudo isso. Tenho orgulho de ser brasileiro. Consegui as medalhas que prometi vir buscar. Para mim uma emoo repre-sentar meu povo brasileiro. Estou muito feliz. Agora tenho que treinar bastante porque todos querem ganhar de mim. Vou defender esse ttulo enquanto eu correr, prometeu Lucas, emocionado com a conquista.

    O atleta completou a prova dos 400m em 5027 ao lado do seu guia Justino Bar-bosa. Ele chegou a ficar lado a lado com o angolano Jos Armando, mas disparou na reta final. Armando, detentor do recorde mundial nos 400m, chegou 17 centsimos aps o brasileiro. A prova foi muito boa, mas muito difcil porque foi disputada. To-dos os atletas estavam bem, reconheceu Justino. O ucraniano Oleksandr Ivaniukhin conquistou a medalha de bronze com o tempo de 5082. O brasileiro Daniel Silva chegou em quarto.

    Lucas venceu as provas dos 100, 200 e agora dos 400m rasos nesta edio dos Jogos Paraolmpicos de Pequim. Agora quero descansar. Tudo alegria. Estou morrendo de saudades do Brasil, confes-sou o atleta.

    Dia16setembroTera

    00

  • Terezinha Guilhermina conquista medalha de ouro nos 200m rasos

    S deu Brasil na final femi-nina dos 200m rasos da clas-se T11 (cego total). Terezinha Guilhermina e seu guia Choco-late chegaram em primeiro lu-gar com o tempo de 2514. A tambm brasileira Jerusa San-tos participou da final B, que no vale medalha, fazendo um excelente tempo. A prata foi para a China com Chunmiao Wu, que completou a prova em 2540.

    dria Santos, atual detentora do recorde mundial da prova com o tempo de 2499 (conquistado em Atenas) terminou a prova em terceiro lugar, conquistando o bronze com o tempo de 2609.

    Com o resultado, Terezinha conquistou sua terceira medalha nas Paraolimpadas de Pequim. Alm do ouro nos 200m, ela tem uma prata nos 100m e um bronze nos 400m.

    11

    Revezamento brasileiro 4x100 fica em segundo lugar

    O Brasil conquistou medalha de prata no re-vezamento 4x100 da categoria T42-46 (atletas amputados) nesta tera-feira. A prova foi bas-tante disputada. A equipe brasileira formada por Andr Luiz Oliveira, Yohansson Nascimen-to, Claudemir Santos e Alan Fonteles, terminou em 4525 e garantiu o segundo lugar.

    A prova foi emocionante e os brasileiros conquistaram a medalha na reta final aps uma arrancada de Alan, que deixou para trs o australiano. A vitria foi muito comemorada pelos atletas do Brasil.

    Os americanos Jim Bob Bizzel, Brian Frasure, Casey Tibbs e Jerome Singleton estabeleceram um novo recorde mundial, com o tempo de 4275, e conquistaram a medalha de ouro. A Austrlia fi-cou em terceiro, com o tempo de 4580.

    Futebol de 7 se despede das Paraolimpadas

    O Brasil perdeu para o Ir por 4 a 0 na dis-puta pelo bronze, neste dia, em Pequim. O Ir se empenhou mais no jogo e no desperdiou os contra-ataques, enquanto os brasileiros ti-veram algumas dificuldades com a defesa. A nossa defesa cometeu vrios erros e os irania-nos souberam se aproveitar disso, afirmou Paulo cruz, tcnico do Brasil. O camisa 10 do Ir marcou trs gols e terminou com a esperan-a brasileira de medalha. O Brasil conquistou bronze em Sydney e prata em Atenas.

    Na despedida do basquete, Brasil vence a frica do Sul

    A disputa no era mais por medalhas, mas mesmo assim a seleo brasileira de basque-te em cadeira de rodas masculino se despediu dos Jogos Paraolmpicos de Pequim com a sua melhor atuao. O Brasil venceu a frica do Sul por 68 a 46. Os destaques da partida foram Leandro Miranda e Marcos Silva com 17 e 18 pontos respectivamente.

    Esta foi a primeira vitria do Brasil por mais de quinze pontos de diferena nestas Paraolimpadas. Com o resultado, o Brasil fe-chou sua participao nos Jogos como a oita-va melhor equipe.

  • 22

    Futebol de 5 define a posio do Brasil na classificao geral

    A seleo brasileira entrou em campo para sair bicampe. Os chineses, por ou-tro lado, estavam dispostos a impedir o ttulo. Era o ltimo dia de competio e a ltima participao brasileira nas Parao-limpadas de Pequim. A China jogou duro a fim de estragar a festa brasileira. O Brasil, por sua vez lutou at o fim para evitar que a Espanha ficasse em nono lugar no qua-dro de medalhas das Paraolimpadas.

    O comeo foi tenso. Os chineses con-seguiram neutralizar as jogadas brasileiras e partiram para o ataque. Vestindo a ca-misa 11, Wang Yafeng chegou sozinho na rea e marcou o primeiro gol chins aos 23 minutos do primeiro tempo. Depois do in-tervalo o Brasil voltou melhor e conseguiu atacar mais. Em um minuto de jogo, Ricar-dinho marcou o primeiro gol do Brasil. Os chineses passaram a jogar mais abertos e a partida ficou ainda mais emocionante.

    A prorrogao estava cada vez mais pr-

    Dia17setembroQuarta

    xima at que o rbitro apitou tiro livre direto a favor do Brasil, no ltimo minuto de jogo. Marcos Felipe bateu confiante e marcou. Com o grito de gol veio a medalha de ouro, o ttu-lo de bicampeo e a nona posio na classi-ficao geral, tudo com o gostinho especial de ganhar dos donos da casa. Os brasileiros respiraram aliviados e muito satisfeitos com a performance do pas nos Jogos Paraolmpi-cos de Pequim 2008.

    Atletismo encerra com mais uma medalha para o Brasil

    Tito Sena (T46) conquistou medalha de prata na ltima prova de atletismo no Ni-nho do Pssaro. O atleta completou o per-curso da maratona em 2h3049. O italiano Walter Endrizzi, terceiro colocado, cruzou a linha de chegada em 2h3251. O vencedor da prova foi o mexicano Mario Santillan, que chegou 345 na frente de Tito.

    Mais dois brasileiros participaram da maratona. Ozivan Bonfim ficou em quinto e completou a prova em 2h3531. Moiss Neto chegou em nono com o tempo de 2h4132.

  • Brasil fica em 9 nos Jogos Paraolmpicos de Pequim

    Esta a melhor colocao brasileira no quadro geral de medalhas em toda a hist-ria dos Jogos Paraolmpicos. Os brasileiros conseguiram destaque no s nos resul-tados, mas tambm fora das quadras, das piscinas e pistas. Bem-humorados e brin-calhes, os atletas fizeram amigos, foram destaque em reportagens de outros pases e ainda cativaram os chineses, conquistan-do uma torcida extra nas arquibancadas.

    O Brasil fez a melhor campanha de to-dos os tempos na Paraolimpada de Pequim. Em 11 dias de provas o pas conquistou 47 medalhas, 14 a mais que nas Paraolimpa-das de Atenas. Foram 16 medalhas de ouro, 14 de prata e 17 de bronze. O principal me-dalhista brasileiro nesta edio dos Jogos foi Daniel Dias, o 4 atleta a ganhar mais medalhas de ouro, quatro ao todo. Daniel subiu nove vezes no pdio em Pequim.

  • Brasil se despediu da 13 Paraolimpada com o senti-mento de dever cumprido. Assim como na abertura, a

    China impressionou o mundo no espetcu-lo de encerramento dos Jogos realizado no Ninho do Pssaro. Mais de 90 mil pessoas aguardaram ansiosas o incio da cerimnia. Os 148 atletas, um de cada pas, entraram carregando as bandeiras. Para representar o Brasil, Daniel Dias, o atleta de ouro que conquistou nove medalhas nos Jogos.

    A China escolheu uma representante do pas para entregar alguns prmios. A senhora Whang teve paralisia infantil aos trs anos de idade. Desde ento ela dedica sua vida ao desenvolvimento do esporte paraolmpico. Whang prestou homenagem aos nadadores da frica do Sul e do Pana-m. Logo em seguida o Conselho de Atle-tas Paraolmpicos eleito foi apresentado para todos os presentes.

    No cho do Estdio Nacional apare-ceram letras formando a frase Mensagem para o Futuro em dois idiomas (ingls e

    chins). Em meio a um show de luzes, co-res e tecnologia, uma chuva de folhas ver-melhas caiu sobre o Ninho para expressar boa sorte e a gratido do povo chins pe-los visitantes do mundo inteiro. Bailarinas de branco danaram ao som da melodia at formarem um envelope de carta.

    Crianas cegas entraram no envelope semeando o esprito dos Jogos Paraolm-picos. Danarinos fizeram suas apresen-taes mostrando o semeio, irrigao e colheita, fases imprescindveis para um futuro melhor. As 91 mil pessoas que as-sistiram a cerimnia receberam um carto para fazerem votos de paz. A carta foi en-viada e o futuro chegou.

    Liu Qi, presidente do Comit Organi-zador dos Jogos de Pequim, e Sir Philip Craven, presidente do Comit Paraolmpico Internacional (IPC), entraram juntos mais uma vez para o discurso, mas no meio do caminho colheram do cho uma folha ver-melha e as trocaram. A China fez uma ce-rimnia de abertura e encerramento digna da maior Paraolimpada de todos os tem-

    Encerramento dos Jogos

    pos. Tudo serve para estimular a formao de novos atletas e no deixar a chama pa-raolmpica apagar. Convido todos os atle-tas a se encontrarem em Londres daqui quatro anos, disse o presidente do IPC.

    A bandeira da Gr-Bretanha, sede dos prximos Jogos, foi hasteada. A Paraolm-pica, que significa corpo, mente e espri-to, foi retirada e entregue ao prefeito de Londres, Boris Johnson. Um vdeo do Rei-no Unido, na Inglaterra, foi apresentado ao pblico para mostrar a prxima cidade sede. Enquanto uma banda tocava Rolling Stones, danarinos andantes e cadeiran-tes se apresentavam mostrando pontos de suas culturas, como o conhecido ch das cinco. O trio onde estava a banda se trans-formou em um nibus com a logomarca da 14 Paraolimpada.

    Uma menina surda cantou conversando com a Pira Paraolmpica enquanto ela se apagava. Acabou! O pblico e todas as de-legaes se despediram de uma das maio-res e mais belas Paraolimpadas j vistas no mundo.

    O

    Dia17Quartasetembro

    Um adeus iluminado

  • Quadro geral de medalhasPASES OURO PRATA BRONZE TOTAL

    1 - CHINA 89 70 52 211

    2 - GR-BRETANHA 42 29 31 102

    3 - ESTADOS UNIDOS 36 35 28 99

    4 - UCRNIA 24 18 32 74

    5 - AUSTRLIA 23 29 27 79

    6 - FRICA DO SUL 21 3 6 30

    7 - CANAD 19 10 21 50

    8 - RSSIA 18 23 22 63

    9 - BRASIL 16 14 17 47

    10 - ESPANHA 15 21 22 58

    11 - ALEMANHA 14 25 20 59

    12 - FRANA 12 21 19 52

    13 - CORIA DO SUL 10 8 13 31

    14 - MXICO 10 3 7 20

  • Daniel Dias, a revelao brasileiradisputa emocionante pelo primeiro lugar. Mais um ouro da natao brasileira. Ter-ceiro dia, terceira medalha de ouro, e mais um recorde mundial, mas desta vez nos 200m livre. Nos dias que seguiram Daniel Dias conquistou a medalha de prata nos 50m borboleta; ouro nos 200m medley e um novo recorde mundial com o tempo de 25260; bronze no revezamento baixo (20 pontos) 4X50 livre; prata nos 100m peito; prata nos 50m livre e medalha de prata no revezamento 4X50 medley (20 pontos).

    Ao todo foram nove medalhas nas Para-olimpadas de Pequim. So tantas medalhas que Daniel s coloca todas juntas no pesco-o para tirar fotos, pois so muito pesadas. Pequim teve um significado muito especial pra mim. Teve um peso muito grande por ser minha primeira Paraolimpada e por estar representando meu pas. Eu no imaginava ter o resultado que eu tive, sempre achei que fosse ganhar algumas medalhas, mas nunca que fosse ganhar em todas as minhas provas individuais e nem que fosse quebrar trs recordes mundiais, revela. O momento mais marcante para o atleta foi na prova dos 50m costas. Ganhei por milsimos e de uma forma incrvel do chins, grande favorito. Demorei uns segundos pra perceber que eu tinha ganhado foi fantstico! Voltar pra casa tambm est sendo muito bom, mudou tudo na minha vida. maravilhoso ver e receber o carinho de todos que torceram por mim. Daniel Dias o atleta que mais conquistou medalhas nas paraolimpadas de Pequim. O Brasil est orgulhoso deste atleta que repre-sentou to bem o pas na China. Fica a torci-da para que Daniel mantenha o ritmo e nos d mais alegrias em Londres.

    No dia 24 de maio de 1988, nasceu em So Paulo Daniel de Faria Dias, um beb com m formao congnita nos membros superiores e na

    perna direita, mas que seria o grande orgulho de um pas inteiro. Quando a enfermeira deu a notcia da deficincia, o pai chegou a des-maiar. Mas ao receber o filho nos braos, sen-tiu um amor imenso no peito. Daniel estudou a vida toda em escolas convencionais. Desde pequeno aprendeu a lidar com as limitaes e fez vrios amigos por onde passou. Sua vida era to normal que s vezes at a me es-quecia de suas limitaes e pedia algo que a princpio era impossvel para uma criana sem as mos. Determinado, o menino dava seu mximo e mostrava que conseguia sim realizar qualquer tarefa solicitada.

    Aos 16 anos, Daniel descobriu a natao. A m formao congnita no impediu que ele se encantasse com o esporte e quises-se se tornar um campeo. Daniel Dias (S5) conhecido por seu sorriso e simpatia. Ele est sempre de bom humor. O nadador j ti-nha uma coleo de ttulos e medalhas antes de embarcar para a China no dia 21 de agos-to, mas no podia imaginar o resultado final do maior evento esportivo do mundo. Daniel conquistou o primeiro ouro para o Brasil no Cubo dgua na prova dos 100m livre. No satisfeito, deu tudo de si e estabeleceu um novo recorde mundial na mesma prova. O dia da vitria no poderia ter sido melhor: 7 de setembro, Independncia do Brasil.

    Conquistar medalhas a partir de ento virou rotina na vida do nadador. No segun-do dia ele bateu o recorde mundial ainda nas eliminatrias dos 50m costas em uma

  • e Rondonpolis, no Mato Grosso, despontou o atleta que entraria para a hist-ria do pas. A maior parte da vida do simptico Lucas

    Prado foi no municpio de 180 mil habitan-tes, onde era auxiliar administrativo de um banco. No dia 31 de maro de 2002, Lucas acordou e foi trabalhar como sempre fazia. Durante o expediente tudo escureceu. Ele virou para a amiga ao lado e disse: Estou cego. Ningum acreditou, nem ele prprio. Mas passados 15 minutos de escurido e rpidos flashes de luz, percebeu que sua retina tinha comeado a descolar.

    Com 19 anos, Lucas fez seis cirurgias que o levaram a enxergar por apenas 15 dias: to logo a cicatrizao comeava, a retina descolava e ele ficava no escuro no-vamente. Em um ano, o mdico disse que no era mais possvel operar e que ele per-deria a viso. O golpe foi duro. A revolta foi grande, e o sentimento que a vida ha-via terminado tomou conta do jovem. Em 2004, Lucas conheceu a Associao Rondo-nopolitana de Deficientes Visuais (ARDV), e o esporte para deficientes. Passou pelo fu-tebol de cinco e pelo Goalball at conhecer Terezinha Guilhermina e o guia Chocolate, que o levaram para o atletismo.

    Lucas Prado se transformou em um atleta de ponta. Hoje, ele corre com o guia Justino Barbosa. Dono de vrios ttulos e medalhas, ele ainda se destaca por ser um homem de palavra. Antes de embarcar para a China, o atleta prometeu dar seu melhor e trazer medalhas para o Brasil. Nas Para-olimpadas de Pequim, nosso imperador chins conquistou a medalha de ouro nos 100m rasos e bateu seu prprio recorde mundial com o tempo de 1119. Nos 200m mais um recorde mundial e o primeiro lu-gar. Na ltima prova, a dos 400m, con-quistou o ouro mais uma vez. O brasileiro

    Promessa dvida

    conquistou trs medalhas de ouro nas trs provas que disputou em Pequim.

    O falante Lucas Prado foi o principal nome do Brasil no atletismo nesta Parao-limpada. Pra mim foi muito bom cumprir a promessa que fiz antes de embarcar. Con-segui alcanar meu objetivo principal. A ex-pectativa era essa. Toda vez que falar algo, vou dar meu mximo para cumprir. Estou

    sendo muito bem acolhido pelo povo brasi-leiro. As pessoas me vem na rua, falam co-migo perguntando de Pequim, dando os pa-rabns. Estou sendo reconhecido pelo o que fiz nas Paraolimpadas. Foi a maior vitria da minha vida. Passei a ser um exemplo. A medalha em si nem tanto valor: o que mais vale o reconhecimento do povo, come-mora Lucas, sempre sorridente.

    D

  • ntnio Tenrio da Silva nas-ceu no dia 24 de outubro de 1970. Quando criana levou uma pancada em um olho durante uma brinca-

    deira com os amigos, e perdeu a viso. Uma infeco acabou tirando a viso de seu ou-tro olho. Hoje, o atleta da classe B1 (cego total) e categoria at 100 kg, respeitado por onde passa. Com uma coleo de ttulos respeitveis, como campeo meio-pesado no jud convencional em 2008, o judoca motivo de orgulho para o pas.

    Nas Paraolimpadas de Pequim, Tenrio foi escolhido para ser o porta-bandeira na cerimnia de abertura. Quando as compe-ties comearam, ele mostrou toda sua fora e tcnica no tatame. Aos 37 anos, o judoca se tornou um dos atletas mais vi-toriosos no esporte paraolmpico. Ele foi o primeiro a conquistar para o Brasil uma medalha de ouro no jud paraolmpico, em Atlanta (1996), quando competiu pela ca-tegoria at 86 quilos. Da para frente no parou mais. Com treinos dirios conseguiu o

    Tetracampeonato no para qualquer um

    mesmo feito nas Paraolimpadas de Sydney (2000), quando lutou pela categoria at 90 quilos; e em Atenas (2004), j pela catego-ria atual, at 100 kg.

    A saga deste campeo no seria diferen-te em Pequim. Na tera-feira (09), o brasi-leiro conquistou o ttulo de tetracampeo paraolmpico de jud na categoria at 100 kg. Na histrica final o atleta superou por ippon Karim Sardakov, do Azerbaijo. Em todas as lutas, Tenrio foi muito superior aos adversrios que encontrou no tatame, finalizando todos com pontuao mxima.

    O ttulo de tetracampeo paraolm-pico foi fruto de um trabalho realizado. Muito treino e dedicao. Mas agora esse momento j passou. Tenho que pensar no campeonato brasileiro regular, que o meu objetivo no momento. O povo brasileiro me recepcionou muito bem. Quando passo as pessoas falam: olha l o cara do jud. Fui no programa do Fausto participar de um quadro, no comeo fiquei nervoso, mas depois vi que era uma entrevista comum, afirmou Antnio Tenrio.

    A

  • seleo masculina do Brasil estreou nos Jogos Paraolmpicos de Atenas (2004), j conquistan-do a medalha de ouro

    numa vitria sobre a Argentina por 3 a 2 nos pnaltis. Em Pequim a histria de sucesso se repetiu com uma dose extra de tenso. ltimo dia de jogo, ltima chance de uma medalha de ouro, ltimo minuto de jogo e Marquinhos marca um golao de tiro livre derrotando os donos da casa na emocionante final por 2 a 1. Com a conquista, a seleo brasileira encerrou invicta sua participao em Pe-quim e ainda levou o ttulo de bicampe paraolmpica. Foram seis jogos com qua-tro vitrias e dois empates. A conquista no futebol de 5 fechou com chave de ouro a brilhante campanha do Brasil nos 11 dias de competio dos Jogos Parao-lmpicos de Pequim.

    Trajetria de conquistas no

    futebol de 5A

  • bocha, modalidade exclu-siva do quadro Paraolm-pico, estreou oficialmente na cidade de Nova Iorque em 1984. O Brasil foi re-

    presentado pela primeira vez na modalida-de em Pequim, com apenas dois atletas: Dirceu Pinto e Eliseu Santos. A primeira participao brasileira na modalidade foi surpreendente e teve o dourado como cor caracterstica.

    Na disputa individual, Dirceu conquis-tou a medalha de ouro e Eliseu a de bron-ze. Os brasileiros se uniram para a compe-

    tio de duplas e mais uma vez tiveram um excelente rendimento, levando novamente a bandeira brasileira para o lugar mais alto do pdio. Os atletas deram um show na final contra os portugueses Bruno Valentim e Fernando Pereira vencendo por 5 a 2.

    Na volta ao pas uma surpresa. A recepo no Brasil foi excelente e com-pletamente inesperada. A gente estava na China e ficava sabendo que a mdia estava divulgando bastante os Jogos de Pequim. Eu achava que ia chegar no do-mingo, acabei confundindo os dias por conta do fuso, mas minha famlia j sa-

    bia que era no sbado. Quando cheguei no aeroporto esperava encontrar s o meu irmo, mas dei de cara com toda a minha famlia, vizinhos, amigos, o pes-soal do Clube TRADEF, do Clube Nutico e da ANDE. S percebi o tamanho do nosso feito quando vi todas aquelas pessoas no aeroporto. At agora no consegui pa-rar. As pessoas comearam a ligar para os clubes para saber sobre a Bocha. Tem gente que j comeou a praticar depois das Paraolimpadas. Vendo isso fico feliz porque nosso objetivo foi alcanado, comemora Dirceu Pinto.

    Estria dourada da Bocha brasileira

    A

    00

  • Os destaques da frica do Sul

    O sonho se tornou realidadeA nadadora sul-africana Natalie Du Toit

    foi atingida por um carro quando viajava de moto e teve a perna esquerda amputada em 2001. Seis meses aps o acidente Natalie voltou a nadar, mostrando fora, superao e um exemplo a ser seguido. Menos de dois anos depois se tornou a primeira esportista amputada a chegar final dos 800m livre dos Jogos da Comunidade Europia.

    Nas Paraolimpadas de Atenas, em 2004, conquistou cinco medalhas de ouro e uma de prata. Assim como o atleta Oscar Pisto-rius, Du Toit tinha o sonho de participar das Olimpadas de Pequim. Ela conseguiu se classificar ao chegar em quarto lugar na prova de 10 km do Mundial de Maratona Aqutica, em Sevilha. Natalie Du Toit foi a primeira atleta com deficincia a dispu-tar uma Olimpada. A conquista teve tanto significado que a nadadora foi a porta-bandeira da frica do Sul na cerimnia de abertura dos Jogos Olmpicos de Pequim. Na Olimpada, Natalie terminou a maratona aqutica em 16 lugar, entre 25 atletas.

    Nas Paraolimpadas de Pequim a nadadora subiu no topo do pdio nas cinco provas indi-viduais que disputou pela classe S9. Ela con-quistou medalha de ouro nos 100m borboleta,

    Uma exploso de velocidadeO sul-africano Oscar Pistorius teve suas

    duas pernas amputadas quando tinha ape-nas 11 meses de idade. Seu pai, Heinke Pistorius, ensinou o filho a caminhar aju-dado por prteses que eram trocadas a cada nove meses. Heinke queria que ele levasse uma vida normal e sem obst-culos. Talento nato no esporte, o jovem conseguiu em apenas trs anos com muito esforo e treinamento dirio, ser um des-taque no atletismo.

    Em 2007, o atleta vinha mostrando bons resultados tambm no convencional. Desde ento iniciaram os debates sobre seu maior sonho: se classificar para os Jogos Olmpicos de Pequim 2008. A Corte Arbitral do Esporte (CAS) decidiu deixar Pistorius lutar por uma vaga. Nos jornais de todo o mundo no se falava de outro assunto. A participao do atleta era con-testada porque suas prteses de carbono, mais conhecidas como Cheetah Flex-Foot, poderiam benefici-lo em uma competio com atletas sem deficincia.

    Mas, apesar de ter obtido o direito de competir nas Olimpadas, Pistorius no al-canou o ndice necessrio para participar. O sul-africano disputou apenas as Parao-limpadas de Pequim. A no concretizao do sonho, no desanimou o atleta. Ele em-barcou para a China decidido a conquistar muitas medalhas de ouro.

    Assim como o brasileiro Alan Fonteles, Pistorius compete na classe T44, para am-putados abaixo do joelho em uma perna, apesar de fazer parte da T43, para ampu-tados do joelho nas duas pernas. O atleta brilhou em Pequim, conquistando meda-lha de ouro nos 100, 200 e 400m rasos. No ltimo dia, Pistorius correu os 400m em 4749 estabelecendo um novo recorde mundial da classe T43.

    frica do Sul conquistou 21 medalhas de ouro e ter-minou os Jogos Paraolm-picos de Pequim em sexto lugar na classificao ge-

    ral. Mais de um tero das medalhas vieram de apenas dois atletas: Oscar Pistorius, do atletismo, e Natalie du Toit, da natao. Alm do sucesso na Paraolimpada, os atle-tas tambm dividiram o sonho de partici-par das Olimpadas de Pequim, em agosto. Conhea um pouco mais sobre esses dois destaques internacionais no esporte.

    A

    200 e 400m medley, com recordes mundiais nas trs provas. Nos 50 e 100m livre, Natalie chegou em primeiro lugar e ainda estabeleceu novos recordes paraolmpicos.

    11

  • Atletismo

    800m T12 Bronze Odair SantosLanamento de Dardo F35-38

    Prata Shirlene Coelho

    5000m T13 Bronze Odair Santos 10000m T13 Bronze Odair SantosMaratona T46 Prata Tito Sena

    4x100m T42-T46 PrataAndr Luiz Oliveira, Yohansson Nascimento, Claudemir Santos, Alan Oliveira

    100m T11 Prata Terezinha Guilhermina100m T11 Bronze dria Santos100m T11 Ouro Lucas Prado 200m T11 Ouro Terezinha Guilhermina200m T11 Bronze Jerusa Santos100m T46 Bronze Yohansson Nascimento400m T11 Bronze Terezinha Guilhermina200m T11 Ouro Lucas Prado 400m T11 Ouro Lucas Prado

    BochaIndividual BC4 Ouro Dirceu PintoIndividual BC4 Bronze Eliseu SantosDuplas BC4 Ouro Dirceu Pinto e Eliseu Santos

    Futebol de 5 Masculino B11 OuroJefferson Gonalves, Damio Ramos, Joo Batista Silva, Marcos Felipe, Mizael Oliveira, Ricardo Alves, Sandro Soares, Severino Silva, Andreonni Rego Farias, Fbio Ribeiro Vasconcelos

    HipismoIndividual Ib Bronze Marcos AlvesEstilo livre com msica Ib Bronze Marcos Alves

    Modalidade Prova Medalha atleta

    22

    Todas as medalhas do Brasil em Pequim

  • Jud

    Masculino -100 kg Ouro Antnio Tenrio SilvaFeminino -48 kg Prata Karla CardosoFeminino -52 kg Bronze Michelle FerreiraFeminino -57 kg Bronze Daniele SilvaFeminino +70 kg Prata Deanne Silva

    Natao

    50m livre S11 Bronze Fabiana Sugimori4x50m livre 20 pontos Bronze Clodoaldo Silva, Joon Seo, Daniel Dias, Adriano Lima4x50m medley 20 pontos Prata Daniel Dias, Ivanildo Vasconcelos, Luis Silva, Clodoaldo Silva50m livre S5 Prata Daniel Dias50m livre S10 Ouro Andr Brasil 50m livre S10 Prata Phelipe Rodrigues100m livre S5 Ouro Daniel Dias 50m borboleta S7 Bronze Vernica Almeida100m livre S10 Ouro Andr Brasil 100m livre S10 Prata Phelipe Rodrigues200m livre S5 Ouro Daniel Dias 400m livre S10 Ouro Andr Brasil50m costas S5 Ouro Daniel Dias100m peito SB4 Prata Daniel Dias50m borboleta S5 Prata Daniel Dias100m borboleta S10 Ouro Andr Brasil200m medley SM5 Ouro Daniel Dias200m medley SM10 Prata Andr Brasil50m livre S4 Bronze Ednia Garcia

    Remo Skiff Duplo Misto Bronze Elton Santana e Josiane Lima

    Tnis de Mesa Duplas Classe 3 Prata Welder Knaf e Luiz Algacir Silva

    Todas as medalhas do Brasil em Pequim

    Modalidade Prova Medalha atleta

  • Presidente Lula recebe medalhistas paraolmpicosO Presidente Lula e o Vice-Presidente Jos Alencar receberam no dia 03 de outubro

    os medalhistas paraolmpicos. O encontro no Palcio do Planalto contou tambm com a presena dos medalhistas olmpicos. Representar o seu pas numa olimpada ou paraolimpada motivo de orgulho para todos, os que ganharam medalha ou no. Tenho certeza que todos os que competiram deram seu melhor, declarou o Presidente. O porta-voz dos medalhistas paraolmpicos foi o judoca tetracampeo Antnio Tenrio. O atleta ficou emocionado ao falar em nome do grupo. muito bom ter esse reconhecimento e receber essa homenagem, pois o Brasil paraolmpico teve sua melhor participao. Conquistamos nosso espao entre as grandes potncias mundiais, agora o pensamento em Londres.

    Gesto do CPB referncia internacionalO Comit Paraolmpico Brasileiro considerado entidade modelo no s por

    seus excelentes resultados nas piscinas, quadras e pistas, mas tambm pela gesto administrativa. O Secretrio-Geral do CPB, Andrew Parsons, foi convidado no ltimo ms de julho pelo Comit Paraolmpico Uruguaio para ministrar um workshop traando um diagnstico do estgio de desenvolvimento do esporte paraolmpico naquele pas. O workshop parte de uma iniciativa do Comit Paraolmpico Internacional (IPC) chamada ODI - Organization Development Initiative, da qual Andrew Parsons um dos consultores internacionais.

    Atletismo e Natao tm competies de alto rendimento

    O Comit Paraolmpico Brasileiro j deu incio aos preparativos para a segunda etapa do Circuito Loterias CAIXA Brasil Paraolmpico, que acontece na cidade de Fortaleza-CE entre os dias 8 e 9 de novembro, e para o Meeting Internacional Paraolmpico Loterias CAIXA, que acontece no Rio de Janeiro entre os dias 13 e 14 de dezembro e ter transmisso ao vivo pela Sportv. So esperados nas duas competies os principais nomes do atletismo e natao, como Lucas Prado, Terezinha Guilhermina, Daniel Dias, Andr Brasil, entre outros atletas que foram destaque nos Jogos Paraolmpicos de Pequim. Para o Meeting Internacional Paraolmpico Loterias CAIXA sero convidados os principais destaques internacionais.

  • Delegao Paraolmpica Brasileira

    O caminho dos atletas paraolmpicos brasileiros foi difcil, mas eles conseguiram. Parabns Equipe Paraolmpica pela melhor colocao brasileira em toda a histria dos Jogos. So exemplos como esse, desuperao, que fazem a Cosipa se orgulhar de acreditar e patrocinar os atletas que chegaram l.

  • Imprensa ImprensadaAssim como os atletas, jornalistas

    do mundo inteiro competiram nos Jo-gos Paraolmpicos de Pequim. No caso deles, a medalha era a posio para o melhor ngulo de cada competio.

    Brasil na cabeaO corte de cabelo cheio de patrio-

    tismo e irreverncia garantiu momen-tos de fama aos atletas brasileiros, que foram assediados pela imprensa inter-nacional.

  • Milhes de cliquesOs orientais realmente ado-

    ram fotografia. Quantas cmeras tm na foto?

    Bastidores... (no ta abrindo o arquivo de texto. Selecionar fotos)

    Momento de descontrao

    Nada como um domin com os amigos. Na foto: Jenifer Martins, o guia Everaldo Lcio, Shirlene Coelho e Leonardo Amncio.

    Nadador ou ginasta?Durante a fase de aclimatao

    em Macau, o potiguar Adriano Lima surpreendeu o amigo Daniel Dias ao mostrar toda sua flexibi-lidade.

  • Publicao bimestral do CPB5.000 exemplares

    Presidente Vital Severino Neto

    Vice-presidente Financeiro Srgio Ricardo Gatto

    Vice-presidente Administrativo Francisco de Assis Avelino

    Assessora Especial para Assuntos Institucionais

    Ana Carla Thiago

    Secretrio Geral Andrew Parsons

    Diretor Financeiro Carlos Jos Vieira de Souza

    Departamento de Desenvolvimento

    Tcnico e Cientfico Renausto Alves Amanajs

    Editor Chefe Andrew Parsons

    Assessoria de Marketing e Comunicao

    Marcela Moreira

    Jornalista Responsvel Camila Benn RP 7930/DF

    Imagens Luciano Wulff, Daniel Fachinni, Saulo Cruz, Publius Vergilius e

    Divulgalo

    Arte e Editorao Tlyo Nunes

    Execuo Grfica Grfica Brasil

    Site: www.graficabrasil.com.br

    Endereo Sede CPB SBN Qd. 2 - Bl. F - Lt. 12

    Ed. Via Capital - 14 andar Braslia/DF - CEP 70 040-020

    Fone: 55 61 3031 3030 Fax: 55 61 3031 3023 Site: www.cpb.org.br

  • anncio olyMPikus

    caixa.gov.brOuvidoria 0800 725 7474

    H cinco anos as Loterias CAIXA acreditam no esporte paraolmpico brasileiro e patrocinam o CPB. Agora

    colher os frutos. Parabns, delegao brasileira.

    No h limites para o esporte. Nem para os sonhos.

    Daniel Dias Maior medalhista das paraolimpadas de Pequim 2008 Atleta integrante do Programa Loterias CAIXA de Atletas Alto Nvel

    15.3x17cm_JE_13-09.indd 1 9/18/08 6:35:38 PM