Revista Brazileños - Primeira Edição

44
Brazileños I Julho 2015 l 1

description

 

Transcript of Revista Brazileños - Primeira Edição

Page 1: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 1

Page 2: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 2

Page 3: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 3

Page 4: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 4

MATÉRIA DE CAPA PÁG 20 DE VOLTA PARA O PASSADO Swordplay traz simulações de comba-tes medievais com base na esgrima e a utilização de espadas re-vestidas com espumas para o século XXI .

Índice

PERGUNTAS E RESPOSTAS PÁG 08 Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones.

ESPECIAL PÁG 12 Brasil perverso, racista e dissimulado.

FOTOS E FATOS PÁG 28 A turma da Biblioteca de Artes da 508 sul.

WWW.BRAZILENOS.COM.BR FACEBOOK.COM/REVISTABRAZILENOS @BRAZILENOS

INDICAÇÕES PÁG 35 O que é real? DISCO/ TELEVISÃO/ LIVRO

EVENTOS PÁG 40 Skull Festival Parada Rock III

CRÔNICA PÁG 42 O que é real?

REGISTRO PÁG 43

Page 5: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 5

BRAZILENOS.COM.BR

Page 6: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 6

Inspirados pelos guerreiros medievais, as inúmeras guerras, ba­talhas, as cruzadas, tudo envolto em mitologias, crenças e culturas e com o objetivo de trazer um novo olhar so­bre a cultura em Brasília a Caleidoscó­pio apresenta em sua primeira edição como tema de capa uma atividade que surgiu em 1977 nos Estados Unidos, o Swordplay, descendente do LARP ou RPG Live-Action, o qual con-siste na interpretação de personagens. O jogo é com base na simula-ção de batalhas com espadas acolchoadas com espumas. O medievalismo e a ideia de voltar a um tempo permeado por mistérios é o que reúne todos os tipos de pessoas para esta ativi-dade física e aeróbica com base na esgrima. Recente e pouco conheci-do no Brasil há quatro clãs em Brasília que se destacam por fazer par-te de um grupo maior, a Aliança de Beufort, sendo eles ‘Os Cavalei-ros de Nova Ibelin’, ‘O Reino de Grisel’, ‘Ordem dos Grifos de Prata’ e ‘Os Cavalei­ros da Virtude’. Veremos também os benefícios desta pratica, o surgimento da Aliança, as modalidades de jogos de combate, os horários e locais dos treinos, e conhecer um pouco sobre o maior evento brasileiro de Swordplay, além de opiniões e histórias dos praticantes. Além disso, este número está recheado de conteúdos para prender sua atenção. Venha dar uma volta pelos eventos geeks, curta o som e as entre­vistas de bandas autorais, dê também uma olhada na arte do grafite, os tra­balhos do cineasta paulistano radicado em Goi-ânia, Luiz Valentim, idealizador do primeiro jornal com temática raci-al, intitulado “Brasil negro” e impressione­se com as fotografias dos terreiros de Candomblé e Umbanda do Distrito Federal e entorno, e não se esqueça de conhecer quem passou pelo Espaço Cultural Rena-to Russo e porque ele está fechado e ainda em meio a tudo isso eu te pergunto – Você saberia me dizer se tudo o que se vê ou tem conhe-cimento é real ou tudo é parte de uma Matrix? Há muito que descobrir, por isso, sente-se, relaxe e divirta-se.

Walkiria Zanatta

EDITORIAL

EDITOR-CHEFE

WALKIRIA ZANATTA

EDITORES FRANCA VILARINHO

PABLO LUIZ

DIAGRAMAÇÃO

LEONARDO FARIAS PABLO LUIZ

WALKIRIA ZANATTA

DIREÇÃO DE ARTE PABLO LUIZ

REVISÃO

WALKIRIA ZANATTA

PESQUISA DE TEXTO

WALKIRIA ZANATTA

PESQUISA DE IMAGENS

PABLO LUIZ

DIRETOR DE REDAÇÃO

WALKIRIA ZANATTA

CIRCULAÇÃO

LEONARDO FARIAS

MARKETING E PUBLICIDADE

LEONARDO FARIAS

SUPERVISÃO GERAL

WALKIRIA ZANATTA FOTOGRAFIAS:

FRANCA VILARINHO

COLABORAM NESTA EDIÇÃO

GABRIEL LUZ

IGOR ROBERTO

LAIZA SANTOS

OTALOUKOS DO PSUL

ROSANA JESUS

SIMONE ROLIM

JORNALISTAS RESPONSÁVEIS FRANCA VILARINHO

PABLO LUIZ

WALKIRIA ZANATTA

CONTATO

[email protected] (+55) 61 8269-8884

[email protected] (+55)619367-7675

[email protected]

(+55)6181375399

[email protected] (+55) 61 8269-8884

BRAZILENOS.COM.BR

FACEBOOK.COM/AGENCIABRAZILENOS

TWITTER E INSTAGRAM:

@AGENCIABRAZILENOS

Brazileños

Page 7: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 7

Page 8: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 8

INFLUENCIADOS PELO MELHOR DO ROCK SURGE NA CAPITAL DO BRASIL A BANDA DECRÉPITOS.

PERGUNTAS E RESPOSTAS

ERA UM GAROTO QUE POR WALKIRIA ZANATTA

COMO EU AMAVA BEATLES E OS ROLLINGLING STONES

s Mamonas Assassinas diriam que a uni-ão faz açúcar, porém neste caso meu caro leitor se eu não dissesse que ela fez a mú-sica eu seria um Rebelde sem Causa.

Com uma proposta de um grupo de amigos que vai além da di­versão, algo que todos sonham: a liberda-de de fazer o que se quer. Foi com este propósito de forma independente e autoral que há quase dois a-nos, em onze de novembro de 2013 surgiu na capi-tal do rock uma banda que mistura o tranquilo de

algumas letras com os pesados solos de duas guitar-ras que entram em perfeita harmonia com junção da bateria e do baixo, a Decrépitos. Com uma nova formação, sendo eles Gui-lherme Jadson no vocal, Abraão Braganha na bateri-a, Denis Mota no baixo, Lucas Neiva e Douglas Ro-drigues nas guitarras; novos shows, novas ideias e a inerente vontade de serem re­conhecidos, eles se-guem como diria Raul Seixas com “co­ragem, se o que você quer é aquilo que pensa e faz”, porque

O

Page 9: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 9

E OS ROLLINGLING STONES

“nunca se vence uma guerra lutando sozinho”. E enquanto lá fora a vida passa não fique atoa e nem curioso, dê uma espiada no que o vocalista e tam-bém estudante de enge­nharia da computação con-tou para a Brazileños. Porque “Decrépitos”? Para decidir o nome nós colocamos vários para escolher, mas a maioria já tinha, então foi Decrépitos porque lembra algo ve-lho, associado ao rock antigo, porque esse é o intui-to da banda, mesclar o antigo com o contemporâ-neo. Quais as músicas mais tocadas? Temos um se-tlist gigante, mas geralmente o que mais tocamos são “Instintos”, ”Pesadelo” e “Passos Curtos”. Qual foi a primeira música que vocês criaram? A “Instintos”, que é inclusive a primeira do set, quan­do começamos, as músicas estavam só no ins-trumental, eu estava ficando agoniado por não ter nada escrito, tínhamos de criar uma letra então com um caderno no meio do ensaio surgiu a “Instintos”, por fim eu escrevo todas as letras e o Douglas faz a base da guitarra. Sobre o que fala a música instintos? Cada melo-dia tem sua história e com a primeira mú­sica não foi diferente. A letra cada um pode interpretar de acordo com sua vivencia, para mim é literal, a letra co­meça assim "sabe quando você acorda e o mun-do inteiro está perdido" hoje temos que correr atrás de tanta coisa que não se percebe o tempo passar, não se percebe nada a sua volta e se for parar e repa-rar um instante, tudo está jogado aos trapos, nin-guém faz nada por nada e ninguém faz nada por ninguém, é tudo um verdadeiro caos. Você tenta de alguma forma se enganar e esquecer tudo com os mínimos detalhes “cigarro, beber, dançar”, mas é irônico por que nada disso te excita e por mais que procure, no final tudo o que te deixa bem de verda-de e que te faz viver é esse caos, que tem uma razão seja pra você, para alguém ou ninguém. O que te inspira? Gosto de escrever quando está chovendo, é um clima bom. Eu achava que não es-crevia coisas que aconteciam comigo, mas pessoas próximas falaram o contrário, mas não escrevo de uma forma direta, você só relaciona a mim se me conhecer muito bem. O que te influencia? Foo Fighters, Nirvana, Enge-

nheiros do Hawaii e ou­tros. Como ícone musical Dave Grohl, obviamente não o conheço, mas tiran-do pelo que leio é uma influencia muito boa, porque ele faz o que gosta, não é algo que tem muito hoje em dia, as pessoas fazem música para ganhar dinhei-ro e nossas músicas não são com este único intuito, não é como as que se ouvem nas rádios. Como foi o primeiro show? Gratificante. Foi em fevereiro de 2014, nós prezamos pela qualidade, en-tão foi um ano só ensaiando com a pri­meira forma-ção. Tínhamos marcado na Ceilândia, perto do hos-pital, o engraçado foi que quando chegamos ao local não havia ninguém e então resolvemos tocar como se fosse um ensaio, mas antes voltamos na casa de um colega para pegar um equipamento que havia faltado e quando a gente voltou estava lotado, foi maravilhoso tocar e ver que as pessoas aprovavam nosso trabalho e algo que parece simples, mas é in-crível é chegar numa parte da música que você co-meça a bater palma e a galera te acompanha é uma sensação real­mente inexplicável. Qual foi a sensação de subir ao palco e fazer o primeiro show? Você já fechou os olhos debaixo da chuva e olhou parao céu? É muito bom, é impos-sível medir em palavras, ver que o público está cur-tindo o som é uma realização, porque ser reconheci-do por algo que você faz e gosta não tem des­crição, é uma sensação que mistura calafrio, frio e calor, é tudo. Vocês pararam por um tempo, por quê? Quan-do se monta uma banda, ou qualquer outra coisa que tenha pessoas envolvidas é preciso levar a sério e não apenas como hobbie e nós levamos a sério e se há pessoas que não levam não dá certo, pois per-demos os domingos nos ensaios, a primeira forma-ção não deu certo porque tinha quem não queria tocar ou errava a música que estávamos ensaiando há mais de um ano. Como está sendo essa volta? Eu pensei que seria estranho, mas os caras que entraram são empolga-dos, então não tem como no ensaio não estar ani-mado, então a volta foi ótima. Tem previsão de fazer cd ou clipes? Estamos repassando ainda as músicas e mais pra frente grava-remos o primeiro CD. Às vezes nos viajamos e ima-

FOTOS: FRANCA VILARINHO

Page 10: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 10

ginamos o clipe da música com alguém correndo numa flores­ta e uma cabana com uma mulher de branco ou uma moto numa estrada, nós imaginamos de tudo como grandes shows lotados, clipes, CDs, tudo. O que mudou desde que você come-çou até agora? Minhas influencias, quan-do comecei eu cantava algo leve, então eu cresci minha visão, não focando só em músi­cas tranquilas, hoje eu toco tanto músicas pesadas, leves ou num meio ter-mo, quando canto não gosto de impor limites, porque não é bom, se, por exem-plo, não estou me compa­rando porque o cara é um deus do rock, o Fred Mercury, ele inventava sem limites, pegava algo e transformava num tom supremo e depois diminuía e brincava com a voz, inventar e não ter medo é fundamental. O que é a música pra você? É vida, lite-ralmente falando, ela consegue ir além e tocar a alma, então não me canso de tocar, escrever, compor, cantar e escutar. Como você vê o cenário de rock em Brasília? Escasso, o ministério da cultura não incentiva, não ajuda, é ridículo, por-que não temos lugar pra tocar, te­mos que ir para lugares longe como Anápolis, nós mes­mos que temos que juntar uma grana, chamar a galera, arrumar um amplificador e fazer um show, se cresce um pouco tem que sair de Brasília para ser reconhecido, porque temos que apresentar nosso proje-to para outras pessoas e além, aqui é a ca-pital do rock, tem ótimas ban­das que eu conheço, por exemplo, Barganha que era para estar grande e não está por falta de influencia, incentivo e patrocínio, porque não estão dando este espaço para o rock, o foco é “vamos ganhar dinheiro” e patro-cinam qualquer bandinha pop. Onde você pretende estar daqui a dez anos? Não consigo pensar em um futuro tão distante, é es­tranho falar de coisas de dez anos atrás imagina a frente, mas espe-ro que daqui a dez anos eu possa ter pelo me­nos uma pracinha pra tocar. Indepen-dente de onde eu estiver a musica vai estar junto com certeza! .

Page 11: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 11

Page 12: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 12

POR FRANCA VILARINHO

FACEBOOK.COM/BRAZILENOS

E DISSIMULADO BRASIL PERVERSO, RACISTA

TRÊS DIFERENTES ARTISTAS CONTAM COMO USAM A ARTE QUANTO INSTRUMENTO DE LUTA CONTRA A MISÉRIA, O RACISMO E A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

ESPECIAL

Page 13: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 13

E DISSIMULADO TRÊS DIFERENTES ARTISTAS CONTAM COMO USAM A ARTE QUANTO INSTRUMENTO DE LUTA CONTRA A MISÉRIA, O RACISMO E A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

BRAZILENOS.COM.BR Foto: Luiz Alves

Page 14: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 14

negro como protagonista de sua histó-ria”, este é o pensamento do Jornalista e cineasta paulistano radicado em Goiânia- GO, Luiz Valentim, idealizador do pri-meiro jornal com temática racial, intitula-

do “Brasil negro” 2003, o jornal se sustenta até hoje, com uma periodicidade mensal e mantêm os mesmo princípios do inicio, a busca por uma sociedade sem preconceitos e igualdades de direitos para todos. O cinema entrou em sua vida um pouco depois, e sur-giu como uma ferramenta importante de difusão da cultura negra. Ele acredita que a arte pode assumir o papel de educar e não apenas de entreter: “É só atra-vés da educação que vamos alcançar uma sociedade mais justa, com igualdade, principalmente de direi-tos”. Premiado no primeiro trabalho com o documentário “A Capoeira de Mestre Sabu”, produzido em 2010, ele conta na entrevista o inicio de sua carreira como cineasta, fala do jornal” O Brasil negro” e o projeto de uma longa metragem. Confira: Conte sobre a sua experiência como cineasta. Na verdade minha inserção na sétima arte se deu em função da amizade com vários profissionais da área, além de ser um admirador de cinema, é claro. Mas

tudo começou quando comentava com um amigo, o Eudaldo Guimarães, sobre a dificuldade em manter o projeto do Jornal Brasil Negro. Foi quando ele sugeriu, para minha surpresa, que eu fizesse um fil-me referente à cultura negra, já que tinha tanta afini-dade com o tema. Essa sugestão ficou martelando na minha cabeça e eu não sabia por onde começar. Então participei de oficinas de roteiro, direção, workshops e cursos na área cultural, incluindo ela-boração de projetos. Porém não tinha, ainda, um norte a seguir dentro desse vasto campo que é a cul-tura negra. Meu primeiro trabalho foi o documentá-rio A Capoeira de Mestre Sabu, com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura do município de Goiânia, que ganhou, no mesmo ano, o prêmio de Melhor Montagem e Edição na 8ª Mostra ABD Ci-ne Goiás, organizada pela Associação Brasileira de Documentaristas e Curta Metragistas de Goiás, reali-zada paralelamente ao 12º Festival de Cinema e Ví-deo Ambiental da Cidade de Goiás (FICA), sendo convidado a participar, em outubro da Mostra de Vídeos Goianos no Cine Eco, Festival Ambiental que acontece na Cidade de Sa Estrela, em Portugal. O segundo documentário foi finalizado em 2012. Trata-se do Quilombo do Mesquita — Tradição, Força e Resistência, realizado com recursos da Lei

“ O

Page 15: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 15

Estadual de Incentivo à Cultura do estado de Goiás. Nesse trabalho abordamos a cultura do marmelo, a origem do quilombo, o conflito com a terra, o des-matamento e todas as mazelas que as comunidades quilombolas sofrem pelo Brasil afora. Em qual momento você percebeu que o cinema poderia ser usado como ferramenta de luta con-tra o racismo? Essa percepção eu tive a partir de vários filmes que já assisti. Mas quando li sobre o pioneirismo Oscar Micheaux foi uma grande moti-vação. Ele foi o primeiro negro a fazer longa-metragem nos Estados Unidos, por volta de 1920, quando racismo era um crime legalizado pelo estado americano. Em trinta anos fez 42 filmes além de dirigir, fazia os roteiros, produzia e distribuía suas obras. Penso que a arte, em geral, já é uma ferra-menta poderosa de combate a todo tipo de discrimi-nação e intolerância, porque ela tem a função de e-ducar além de entreter. E só através da educação é que vamos alcançar uma sociedade mais justa, com igualdade, principalmente de direitos. O cinema, em especial, tem o poder de provocar, de chamar para o debate, para a discussão, de promover a conscienti-zação. Mas acho importante também que o negro assuma o papel de falar de si, de sua origem, que seja o protagonista de sua história.

Quais os desafios de fazer cinema não comerci-al?O maior desafio é o financiamento. Tudo no ci-nema é muito caro. Se houvesse formas de financia-mento decente pra fazer o mínimo seria bom. O problema é que não temos nem o mínimo e faze-mos mesmo assim. As leis de incentivo são insufici-entes e ineficazes no que diz respeito à democratiza-ção dos meios de produção cinematográfica. O brasileiro é racista? Não tenha dúvida! O racismo no Brasil é um dos mais perversos, porque é dissimulado. O pomposo nome “democracia racial” nada mais é que o racis-mo à brasileira, que não passa de uma astuta estraté-gia racista implantada no Brasil nos anos 30. E hoje, com a expansão das redes sociais podemos ver cla-ramente o quanto nosso país é racista. O que é o Jornal Brasil Negro? O Jornal Brasil Negro nasceu em Goiânia a partir de projeto idealizado em 2003, sendo o primeiro infor-mativo do Estado com ênfase na temática racial, tendo sua primeira edição impressa em outubro do mesmo ano. A fase inicial se deu com uma tiragem de dois mil exemplares mensais. Na consequência, face às dificuldades financeiras para a continuidade do projeto foi necessária uma readequação da perio-dicidade, passando a ser bimestral a partir da terceira edição. O Jornal teve circulação local e estadual, e-ventualmente alguns exemplares eram enviados para outros estados brasileiros, cumprindo com seus pro-pósitos de produção de informação, através de um veículo de comunicação ágil e acessível, contribuin-do para a promoção da cidadania e valorização da cultura afro-brasileira. Nesse período ele cresceu, afirmou-se como ator político, sua presença no ce-nário local e estadual passou a ter significado, cons-truiu uma imagem de ousadia e inovação, constituin-do-se em referencial para a comunidade em geral. Hoje, para dar continuidade ao Projeto e atender a demanda do público alvo há a necessidade de uma tiragem de 10 mil exemplares mensais e uma versão eletrônica, mantendo-se fiel ao seu compromisso, na construção de uma sociedade pautada em princípios éticos de cidadania com igualdade de oportunidades

Jornalista e cineasta Luiz Valentim, idealizador do Jor-nal "Brasil Negro". Foto:Luiz Valentim (Esquerda).

Os documentários "A Capoeira do Mestre Sabu" e o "O Quilombo do Mesquita" foram os primeiros trabalhos realizados pelo jornalista com recursos da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Foto: Divulgação (Direita).

Page 16: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 16

“A fotografia me deu uma oportunidade, me resgatou”

O fotografo Luiz Alves, carioca radicado em Brasília, usa a arte de fotografar como instrumento de luta contra a intolerância racial, cultural e religi-ões de matriz africanas, ele registra e documenta há 26 anos o cotidiano dos terreiros de Candomblé e Umbanda do distrito federal e entorno. O olhar sensível e o trabalho atuante no movimento negro o levaram para a fotografia social. A paixão começou na cidade de Resende no Rio de Janeiro. Já aos 14 anos Luiz já sonhava em ser um fotografo de guerra e cobrir conflitos, guer-ras, mas isso deixava sua mãe muito apreensiva, porém, nem a inquietação de sua genitora, e muito menos as dificuldades financeiras conseguiram ti-rar de sua cabeça a ideia “queria comprar uma câ-mera intercambiável pra trocar de lentes, mais o custo muito alto me empurraram para todo tipo de trabalho, como servente e muitos outros subem-pregos”. Anos depois ele conseguiu vaga no curso de caldeireiro mecânico e ao termino já estava empre-gado, e foi assim que o sonho se tornou real, a pri-meira câmera mudou sua vida, “A fotografia me deu uma oportunidade na vida, me resgatou, se

para todos. Como está o projeto do longa metragem “A Perola Mais Negra”? O longa é baseado no livro de mesmo nome, do escritor gaúcho Oscar Henrique Cardoso. Ainda estou trabalhando no roteiro. Quando li o livro a emoção tomou conta do início ao fim, é uma estó-ria muito bonita de superação, de valorização da cultura negra, de irmandade. Vai contar sobre Pé-rola, uma jovem quilombola que se torna líder da comunidade. Jurada de morte, ela desafia as leis do preconceito e da opressão e transforma a vida de seu povo e da cidade. O filme vai abordar também a religiosidade, que é muito forte nessa comunida-de, uma herança dos ancestrais, que é mantida com muita devoção. A fé inabalável é que mantém a comunidade resistente aos ataques do prefeito que tenta de todas as formas retirar os negros de suas terras para construir uma agrovila. A ficção retrata a pura realidade dos quilombos do Brasil.

Page 17: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 17

Rodrigo Silva, 32 anos, morador da Ceilândia, sempre gos-tou de cores e desenhos, mas só descobriu a arte do grafite depois que saiu do presídio e, viu nela uma maneira de so-breviver, além de se manter longe da criminalidade e das drogas. Pratica a arte desde os 20 anos. Seu trabalho pode ser visto em vários pontos do DF, entre eles destaca-se o que fica na parede externa do Espaço Cultural Renato Russo na 508 sul, motivo de orgulho do Rodrigo. Ele vê a arte como um estopim para acabar com a cri-minalidade nas periferias e um meio eficiente de resgate de jovens em situação de risco ou a margem da sociedade, por que há a função principal de reintegrar o jovem à comuni-dade, além de ser um meio de vida, é o sustento de sua fa-mília: “O grafite tem alma, tem coração e tem historia” a-firma o artista que de presidiário virou um empresário e artista conceituado.

não fosse por ela talvez eu tivesse o mesmo destino de vários amigos do morro, que foram mortos por causa das drogas, brigas ou conflitos”. Em 1991 quando chegou a Brasília, foi fotografar em sindicatos e iniciou também nos dos terreiros de um-banda e candomblé, mas só passou a fazer um trabalho documental depois que seu Avô de santo, o Zezinho, questionou o motivo pelo qual ele não usava seus regis-tros na divulgação da cultura afro descente. Foi praticamente o primeiro a levar para a câmera dos deputados em Brasília às questões das religiões de matrizes africanas para uma discussão ”eu andava com as roupas de santo e peitava as pessoas, alguns vinham falar que não podia” e ele respondia “por que não, não vejo ninguém reclamando se alguém carregar uma bíblia em-baixo do braço aqui dentro” e foi assim que os espaços foram sendo conquistados pelos afrodescendentes não só na Câmara como em outros lugares. . A maioria de suas fotos são clicadas em preto e bran-co, o que imprime uma verdade que faz refletir sobre questões ainda enraizadas no Brasil, como a escravidão e o racismo, fatos ainda tão presente atualmente. O traba-lho da visibilidade, dignidade e eterniza a cultura dos a-fros descente brasileiros.

Grafite, arte urbana como meio de vida

Luiz Alves. (Acima) Fotografias do cotidiano dos terreiros de Candomblé e Um-banda tiradas por Luiz Alves. (Esquerda) Rodrigo Silva pratica a arte do grafite há doze anos e um do seus trabalhos são os desenhos na parede do Espaço Cultural Renato Russo. Foto: Franca Vilarinho(Direita)

Page 18: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 18

Page 19: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 19

Uso das ilustrações autorizada pelo artista

Page 20: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 20

FACEBOOK.COM/BRAZILENOS

POR WALKIRIA ZANATTA

O PASSADO DE VOLTA PARA

SWORDPLAY TRAZ SIMULAÇÕES DE COMBATES MEDIEVAIS PARA O SÉCULO XXI.

CAPA

Page 21: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 21

DE VOLTA PARA

BRAZILENOS.COM.BR Fotos: Franca Vilarinho

Page 22: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 22

s veias saltadas das mãos e dos pulsos, misturadas ao suor e ao sangue seco com um forte odor de ferrugem, bem como a morte

dos adversários comprovam que a espada afia-da na ponta e o escudo, que além de proteger, absorve os golpes, estão firmes em punho. A brisa bagunça seus longos cabelos desgrenha-dos e o guerreiro levanta a jovem face que por vezes expressa indiferença, seus olhos brilham ao refletir a claridade do sol e aos poucos vol-tam a se acostumar e a enxergar o campo, en-tão por um milésimo de segundo que mais pareceram horas tem uma visão completa do que lhe espera.

O coração acelera a ponto de parecer pu-lar do peito, mas isso apenas lhe lembrava de prosseguir com valentia, fidelidade e lealdade, pois a bravura é praticamente seu sobrenome, o ar então, é inspirado profundamente en-quanto o suor gélido lhe desce pelas têmporas e de seu corpo aparentemente inerte, o pé di-reito levanta novamente movendo os múscu-los para continuar a batalha.

Pode até não parecer, mas a distante his-tória dos cavaleiros medievais, responsáveis pelas forças militares ainda gera curiosidade e intriga o mais profundo do subconsciente hu-mano e contrariando a ideia do longa metra-gem protagonizado por J. Fox o espaço ao lado da pista de kart no parque da cidade, em Brasília foi de volta para o passado. O fato é que o Swordplay, popularmente conhecido como Batalha Campal ou Boffering (palavra originada do termo “boffer”, a qual designa qualquer equipamento de combate feito com PVC e revestido com espuma) traz para treino conjunto, o qual reúne na média de 78 pesso-as e é organizado uma vez ao mês os guerrei-ros da Idade Média numa atividade física e aeróbica com base na esgrima medieval, a qual consiste na simulação de uma batalha com espadas, clavas, machados, lanças, adagas, martelos, arco e flecha, entre outras armas de espuma. O treino reúne quatro grupos ou clãs sendo eles ‘Os Cavaleiros de Nova Ibelin’, ‘O Reino de Grisel’, ‘Ordem dos Grifos de Prata’ e ‘Os Cavaleiros da Virtude’, os quais formam a ‘Aliança de Beufort’, além desses há também outros clãs no D.F.

A atividade é recente no Brasil, sendo que o Swordplay é descendente do LARP ou RPG Live-Action, o qual consiste na interpre-tação de personagens, sendo que o envolvi-mento nos combates é opcional.

A

Page 23: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 23

“ É o melhor da história com atividade física, mas vai além, pois surgem novas amizades, pensamentos, i-deias e condutas tornando assim o esporte um estilo de vida!”

Historiador e Rei dos Cavaleiros da Virtude,

Alexandre Couto.

Fo

to:/D

ivu

lga

ção

Page 24: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 24

sas modalidades de jogos de combate, alguns deles são - Guerra Clássica (Team Deathmach): O último a sobreviver define o time vencedor. Caça a bandeira (Capture the flag): cada time tem a sua bandeira, quem possuir as duas vence, sendo que os jogadores possuem um sistema de "respawn", no qual voltam depois de um tempo. Arena (x1): um duelo entre du-as pessoas. Proteja o Rei: é caça a bandeira, porém apenas o Rei, o qual é escolhido no inicio da partida pode pegá-la. Dotão: uma guerra "infinita", na qual cada time possui uma base, que depois de morto, po-de voltar para a base, tocar no "pique" e voltar para o jogo, entre outros, mas em todos, os participantes tem de atingir o adversário marcando pontos ou eli-minando o oponente. Wiliam Rodrigues, 22, Rei dos Cavaleiros de Nova Ibelin, mais conhecido como Lobo explica “a regra mais básica são dois pontos de vida, se acertar no peito ou nas costas vale dois pon-tos e membros superiores e inferiores vale um pon-to.”.

A prática reúne todos os tipos de pessoas sem restrição ou limite de idade, com gostos em comum com a temática medieval “é o melhor da história com atividade física, mas vai muito além, pois surgem no-vas amizades, pensamentos, ideias, condutas que nos cercam revelando muito mais do que uma simples prática, tornando assim o esporte um estilo de vida!” Lembra o historiador e Rei dos Cavaleiros da Virtude Alexandre Couto, 28. “É uma das melhores sensa-ções possíveis, desperta adrenalina, emoção e a von-tade de se desenvolver nas artes da esgrima medieval,

O RPG surgiu nos Estados Unidos em 1974 e o primeiro grupo de LARP estilo Swordplay é a Dago-rhir fundada em 1977. A Aliança de Beufort surgiu em 2010 como um grupo normal, depois surgiu a ideia da aliança com a integração de outros reinos com o intuito de crescer o esporte na capital e se-gundo Juan Sebastian, 23, Estudante de publicidade e bilheteiro no parque nacional de Brasília, cuja patente no Swordplay é Rei, o objetivo é “crescer e difundir o esporte, além de ter várias pessoas lutando sobre a mesma bandeira e as mesmas regras, desenvolvendo em grupo de atividade des dinâmicas com contexto histórico”. E, assim como na sociedade medieval, cada um dos quatro clãs tem suas regras; hierarqui-as, as quais definem as divisões de patentes; estatutos como formas de organização de treinos semanais e ordem; cores e desenhos que definem as batas e as bandeiras. Existem também diversas modalidades de jogos de combate, alguns deles

Segundo Juan Sebastian, 23, Estudante de publi-cidade e bilheteiro no parque nacional de Brasília, cuja patente no Swordplay é Rei, o objetivo é “crescer e difundir o esporte, além de ter várias pes-soas lutando sobre a mesma bandeira e as mesmas regras, desenvolvendo em grupo de atividade des di-nâmicas com contexto histórico”. E, assim como na sociedade medieval, cada um dos quatro clãs tem su-as regras; hierarquias, as quais definem as divisões de patentes; estatutos como formas de organização de treinos semanais e ordem; cores e desenhos que defi-nem as batas e as bandeiras. Existem também diver-

Page 25: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 25

além de fazer novas e boas amizades e criar com os membros do grupo um espirito cooperativo” diz Juan. “E foge de todos os padrões de esporte” alega a estu-dante de Pedagogia e Guarda Laiza Santos, 21.

Além de ser uma atividade saudável e por ser prati-cada ao ar livre é um jeito de sair da frente dos eletrôni-cos e encontrar os amigos. O estudante de Psicologia e Escudeiro Wesley Augusto, 17, que conheceu a ativida-de num evento de cultura japonesa completa, “O clã é uma segunda família”. “Quando você começa a pensar em grupo e que do seu lado está não só amigos, mas irmãos e companheiros acaba deixando o individualis-mo de lado buscando proteger, respeitar e honrar as pessoas.” Finaliza Laiza. Além da simulação, a ideia de voltar ao tempo permeia a imaginação dos praticantes "Se pudesse escolher quando nascer, eu gostaria de ser um cavaleiro medieval e viver naqueles tempos. Mesmo com todas as dificuldades que existiam na época, a ma-gia de tal tempo não é apagada e definitivamente gosta-ria muito de ter vivido esse magnifico momento de nossa história”. Sonha Alexandre Couto. E é também “uma forma de reviver grandes batalhas de espadas que aparecem em filmes e séries e também de relaxar no final de semana e esquecer um pouco dos problemas do dia a dia.” Acrescenta o estudante e Escudeiro An-dré Luiz, 16, que já participa há quatro anos.

Inspirados pelos guerreiros, as inúmeras guerras medievais e as cruzadas os participantes de Swordplay levam a prática a sério, os treinos são organizados pelos líderes dos clãs com o objetivo de ensinar as técnicas de combate e aprimorar o desenvolvimento do grupo “na base no Setor O dos Cavaleiros de Nova Ibelin, é um sábado com treino específico, onde cada mentor passa o que aprendeu seguindo a lista da tabela semanal para aprimorar as habilidades e outro recreativo que é para se divertir e colocar em prática o que aprendeu.” descreve Lobo.

O maior evento de Batalha Campal no Brasil é o Encontro Paulista de Swordplay (E.P.S.), que come- çou em 2011, o qual juntou todos os grupos do Brasil, chegando a fazer uma guerra de 200 contra 200. E há um ano surgiu em Brasília o Encontro Brasiliense de Swordplay (E.B.S.). O estudante de gastronomia e Ofi-cial da Legião Gabriel Luz, 19, participou de ambos e garante “o E.B.S. começou há pouco tempo, então ain-da é um filhote. Já o EPS reuniu cerca de 500 pessoas e ter ido a S.P. para lutar foi uma experiência inesquecí-vel.”. O estudante de Arquitetura e Urbanismo Filipe Farias, 20, vai participar este ano dos dois eventos com o intuito de se divertir e com a expectativa de “conhecer novas pessoas e ter conhecimento do nível de treino dos outros grupos fora de Brasília”.

Esse é o fim da matéria, mas não da guerra, Aos que possuem interesse em conhecer mais sobre a práti-ca ou se tornar um guerreiro fique atento às informa-ções a seguir.

BENEFÍCIOS • Aumento da intensidade visual; • Agilidade em pensamentos e movimentos; • Raciocínio e reflexos rápidos; • Criatividade; • Aumento da intensidade tátil e da audição; • Aumento da força; • Concentração; • Desenvolvimento de flexibilidade;

• Aumento da intensidade visual; • Agilidade em pensamentos e movimentos; • Raciocínio e reflexos rápidos; • Criatividade; • Aumento da intensidade tátil e da audição; • Aumento da força; • Concentração; • Desenvolvimento de flexibilidade; • Autoconfiança e autoestima.

BENEFÍCIOS

FIQUE POR DENTRO

As batas são feitas com o tecido Oxford. As cores e desenhos variam de acordo com o rei-no, sendo da seguinte forma: Aliança: preto com uma cruz branca no meio. Cavaleiros de Nova Ibelin: verde com um leão

e a árvore da vida. Ordem dos Grifos de prata: azul com um gri-

fo. Reino dos Cavaleiros da Virtude: preto e a-

marelo com um cavalo.

MATERIAL DAS ARMAS

O material da lâmina - espaguete de piscina ou de PI30; o esqueleto da espada - cano PVC ou fibra de carbono; a guarda - PI30, EVA ou espa-guete; os escudos e broqueis - EVA grosso ou papelão; arcos e flechas - feito de PVC encurva-do ou arco profissional.

TREINOS CAVALEIROS DE NOVA IBELIN – Sábados às 15h, na Ceilândia Norte, Setor O. ORDEM DOS GRIFOS DE PRATA – Domingos às 15h no parque de Águas Claras. REINO DOS CAVALEIROS DA VIRTUDE - Sábados às 14h30min no sítio do Gama em Santa Maria. REINO DE GRISEL - Domingos, em horário de verão a partir das 14h se não a partir das 15h no Parque da Cidade.

Page 26: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 26

Como teve conhecimento sobre o Swordplay? Em meados de 2010-2011 eu fazia parte do grupo Otaku’s Revolution, os encontros eram no parque da cidade todos os domingos e coincidentemente próximo ao lo-cal do treino da Aliança de Beufort.

Porque resolveu participar?Já havia alguns amigos que eram da Aliança e como eu já estava lá do lado me chamavam para os treinos e adoro medievalismo, jogo RPG medieval desde os oito anos e junto desses meus amigos criamos um segundo clã, a Ordem dos Grifos de Prata.

Eo que é o Swordplay pra você? Além de um esporte com traços direto da HEMA (Historical European Mar-tial Arts/ Artes Marciais Históricas Europeias) as quais têm tradições vivas baseadas no estudo de manuscritos e livros escritos há muito tempo por mestres de esgrima e luta europeus; é um hobbie pra mim, e o que mais vale é a diversão!

O que mudou desde que você começou até agora? Tenho hábitos mais saudáveis pensando sempre no meu condicionamento físico para a prática do esporte. Além de ter aprimorado minhas criações artesanais, já que nós mesmos produzimos nosso equipamento.

Gostaria de ter vivido na idade média? Talvez na Idade Média da fantasia com dragões, cavaleiros, ma-gos, e donzelas em perigo. Mas a Idade Média real é um pouco chata, eu provavelmente seria um camponês que teria morrido de peste.

Como você vê o cenário de Swordplay em Brasília? Ainda não tem muito espaço por não ser uma prática conhecida e muitas vezes taxada como estranha ou es-quisita no país do futebol. Ainda há muito para crescer e muito para se desenvolver.

HISTÓRIAS E OPINIÕES “O jogo é antes de tudo o lugar de construção [...] de uma cultu-ra lúdica.” Jogo e educação”

(Brougère, 1998).

Idade - 19 Ocupação - Estudante de Gastronomia e Oficial da Legião.

Gabriel Luz

Page 27: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 27

Como teve conhecimento sobre o Swordplay? Sempre curti assuntos medievais e lutas com armas bran-cas. Assisti ao filme ‘Faça o que eu digo não faça o que faço’ que possui cenas de LARP e pensei que seria legal se tivesse aqui. O evento Kodama de 2010 foi o meu pri-meiro contato com o espor­te, e por uns dois anos eu não vi mais. Até que um belo dia estava passeando pelo parque da cidade e avistei um bando de gente doida lu-tando com espadinhas de espuma, então tinha me encon-trado!

Porque resolveu participar? Juntou meu gosto de tudo o que curto em um lugar, luta, cultura medieval e os frequentadores possuem o mesmo gosto que eu. Além de ser um dia para suar e fazer um exercício. Fiz muitos ami-gos os quais fizeram a Batalha mais divertida e gostosa.

Qual a sensação de praticar Swordplay? É muito gostoso, espero a semana toda para vestir a bata e armar o meu arco. Não é que nem ir para academia que eu sem-pre pensava: "Putz, hoje tenho que ir", porém uma vez por semana de treino não substitui a academia. Mas quan-do você mergulha de cabeça no Swordplay dá para sentir uma diferença, pois além de se exercitar marcialmente com técnicas de combate, dá até para usar como defesa pessoal. Há pessoas que sentem vergonha por usar roupa temática e lutar com espadas de espuma, recebemos cha-cota quase todo mês. Mas eu não me importo com a opi-nião de desconhecidos. Gosto mesmo e me sinto na era medieval, a melhor de todas!

O nome dos reinos é baseado no que? Os nomes têm origens diferentes, seja celta ou mitológico. Grisel por exemplo, significa guerra cinza, a ideia seria que o cinza fosse uma mistura do branco e o preto, dando um equilíbrio.

O que mudou desde quando você começou até agora? Bem, pouca gente sabe, mas eu estava bem depri-mido e soli­tário antes de conhecer o Swordplay. Estava naquela mudança de escola e não conhecia ninguém. Co-nhecer a prática e fazer parte do grupo significou cons-truir amizades bem fortes. Como faço artes plásticas, o manuseamento e conhecimento de materiais que uso para "forjar" armas, armaduras e flechas me fez um artista me-lhor.

Como você vê o cenário de swordplay em Brasí-lia? O Swordplay brasiliense é grande, porém ainda tem como cres­cer. É um esporte não reconhecido, mas mui-tos veem apenas como uma brincadeira, isso traz pessoas que curtem a prática, mas não a levam com seriedade as-sim o número de participantes sempre oscila. Hoje exis-tem projetos para oficializar o Swordplay no Ministério e até aulas de esgrima medieval em academias usando ar-mas e ideias do Boffering.

Idade - 19 Ocupação - Estudante de Artes Plásticas e Líder do Reino de Grisel

Pedro Rabay

Page 28: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 28

FACEBOOK.COM/BRAZILENOS

POR FRANCA VILARINHO

DE ARTES DA 508 SUL

TURMA DA BIBLIOTECA “TEMOS A ARTE PARA NÃO MORRER DA VERDADE”. FRIEDRICH NIETZSCHE

FOTOS E FATOS

Page 29: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 29

DE ARTES DA 508 SUL

TURMA DA BIBLIOTECA

BRAZILENOS.COM.BR Foto: Divulgação

Page 30: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 30

ço. Foi neste cenário, no qual efervesciam manifes-tações artísticas, que surgiu a turma da biblioteca de arte. Quem entrava na biblioteca era abrigado pela bi-bliotecária Margarete Ribeiro Moura ou sim-plesmente Margô como é conhecida pelos frequen-tadores. Ela é a grande incentivadora e acolhedora dos jovens e adultos que adentravam o espaço de leitura, consulta e partilha, “A juventude sempre te-ve espaço para experimentações artísticas por aqui”, diz, com ares de nostalgia. O ambiente descontraído e a troca de conhecimento fizeram do local um pon-to de encontro para intelectuais e também artistas do Distrito Federal. O espaço destinado à leitura tinha vida, havia bri-lho, música, poesia, conversas, imaginações, planos e projetos, aroma de café no fim da tarde e pão fres-quinho. Trocas, sentimento de pertencimento e, também, livros sobre arte, fotografia, teatro, dança, filosofia e saraus, tudo isso seduzia os jovens ávidos por produzir e consumir cultura. ”Era tão prazero-so, e tinha tanta gente diferente, que acontecia uma troca muito intensa”, lembra Margô, com expressão saudosista. De alguma forma os frequentadores assíduos foram impregnados pela aura que emanava do centro, pois hoje a maioria trabalha com cultura “Todo mundo encontrou o seu caminho” afirma a bibliotecária com um ar de dever cumprido.

efugio dos jovens da década de 90, o cen-tro cultural Renato Russo ou centro cul-tural 508 Sul, era um território livre para criação artística de Brasília, com duas ga-

lerias de artes, gibi teca biblioteca de artes, teatro, salas para ensaios de dança, fotografia, cinema, artes plásticas, música e grafite. Ele abrigou uma geração de artistas sedentos por cultura, serviu como vitrine e espaço aberto para experimentações e guarida das mais diversas formas de manifestações artísticas e culturais. Era comum em 1993 ver na entrada um grupo de Punks com suas correntes, jaquetas de couro cra-vejadas de arrebites, broches, cabelos moicanos fei-tos com sabonete, cuidadosamente arrumados no banheiro do espaço, sentados nas escadas fumando e bebendo vinho barato ou uma mistura de pinga com refrigerantes embalados ao som de sex pistols. Eles batiam um papo muito animado com alguns que trajavam, sobretudo preto e tinham os olhos pintados, popularmente denominados de Góticos, contrastando com outros grupos, como os roqueiros com suas camisetas estampadas com os famosos ídolos do rock e as calças apertadas, ainda havia os Rastafáris, Capoeiristas e Clubbers com suas impe-cáveis roupas futuristas. Naquela época, existia um transbordamento de criatividade que ocupava o centro cultural, era uma energia que convergia jovens talentosos para o espa-

R

Fo

to:

Fra

nca

Vila

rin

ho

Page 31: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 31

Conheci a Biblioteca de Arte ainda nos tempos de Gibiteca nos anos 90, foi uma verdadeira escola de vida. A impressão que tive foi de finalmente ter acesso a revistas que somente ouvia falar, e a ga-lera da 508 cativou minha alma leve de artista, com o tempo os encontros no espaço foram ficando cada vez mais sé-rios e os projetos começaram a criar for-ma, em 2006 a Cartum Show estava sen-do publicada e como ação de contrapar-tida fui professor voluntário durante seis anos, devo muitas das minhas alegrias de artista a nossa biblioteca.

LUIGI PEDONE CARTUNISTA

. Em 2007, com os sábios conselhos de Margô, dei início ao curso de licencia-tura em Artes Cênicas, e durante quatro anos, a biblioteca era meu lugar de estu-do. Os cafés nas tardes de sexta-feira me trouxeram muitos amigos. Havia sarais literários, onde expressávamos e lapidá-vamos nossos trabalhos. Entre 2007 e 2013, foram feitas a-ções para que a Biblioteca não fechasse, mas o governo com sua forma autoritá-ria de tirar arte, cultura e estudo do povo fechou um estabelecimento de cura inte-lectual, o que deixou a cidade carente de espaços estimuladores de vidas!

TINA CARVALHO ATRIZ.

Minha experiência na biblioteca de artes foi maravilhosa! Lá conheci Margo e fiz vários amigos, lembro-me com muitas saudades dos cafés e chás das cinco que eram organizados. O mais interessante é que Margo conhe-ce muito bem cada um dos frequentado-res, é só a gente chegar, que ela vai co-mentando e mostrando o que se tem de novo e interessante na área de preferên-cia de cada um. “Olha o novo livro que chegou”!

MARINA VALENTE DE CARVALHO PROFESSORA DE INGLÊS

Confira o relato de quem fez parte do grupo:

Fo

tos:

Arq

uiv

o P

esso

al

Page 32: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 32

a Divina 25 anos sem

BIOGRAFIA

Foto: Divulgação

Page 33: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 33

Em 16 de julho de 1920 nascia na Rua Ceará, no subúrbio de São Francisco Xavier, Elizeth Moreira Car-doso ou A Divina como ficou conhecida em todo o pais. Filha de seresteiro descobriu desde cedo seu amor pela musica e aos cinco anos já cantava para as outras crian-ças os grandes sucessos de Vicente celestino.

De origem humilde aos dez anos, começou a traba-lhar para ajudar a família. No entanto em seu aniversário de dezesseis anos, foi desco-berta por Jacob do Bandolim que encantado com sua voz a convidou para um teste na Rádio Guanabara,La ela can-tou de amor ao ódio ao lado de seu ídolo Vicente Celesti-no e outros grandes nomes

da radio brasileira como Araci de Almeida, Moreira da Silva, Noel Rosa e Marília Batista. Na semana seguinte foi con-tratada para um programa semanal na rádio.

Além do choro, a divi-na Elizeth consagrou-se co-mo uma das grandes intér-pretes do gênero samba-canção , ao lado de Maysa, Nora Ney e Dalva de Oliveira. Em 1958 ela apresentou para todo o Brasil a bossa nova, com o LP Canção do Amor Demais, o disco trazia com-posições de Vinícius de Mo-raes e Tom Jobim.com a mu-sica Chega de Saudade, ela aprendeu a brincar com as batidas da bolsa nova ao lado de um jovem baiano que to-cava violão de maneira origi-

nal e inédita: o jovem João Gil-berto. Em 1987, quando estava em uma excursão no Japão, os médicos a diagnosticaram com um câncer no estômago, que obrigou a cantora a fazer uma cirurgia. Apesar disso, a doença ainda iria acompanhá-la durante os seus três últi-mos anos de vida.

A cantora faleceu às do-ze e vinte oito do dia sete de maio de mil novecentos e no-venta, na Clínica Bambina, no bairro carioca de Botafogo. Foi velada no Teatro João Caeta-no, onde compareceram milha-res de fãs. Foi sepultada, ao som de um surdo portelense, no Cemitério da Ordem do Carmo, no bairro carioca do Caju.

a Divina POR PABLO LUIZ

25 anos sem

Page 34: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 34

Page 35: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 35

Page 36: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 36

POR WALKIRIA ZANATTA

O QUE É REAL? O LONGA MATRIX LANÇADO EM 99 AINDA IMPRESSIONA PELOS EFEITOS E PELAS TEORIAS.

Você já teve um sonho que parecia ser verdadeiro? E se você não conseguisse acordar desse sonho? Como você sabe-ria a diferença entre o mundo dos so-

nhos e o mundo real?”. Em maio de 1999 os irmãos Andy e Lana Wachowski, cineastas, produtores, roteiristas e tam-bém diretores revolucionaram com efeitos visuais e com uma teoria da conspiração lançando nas telonas

Ficha Técnica 1999 (2h15min)

Lana e Andy Wachowski

Com - Keanu Reeves, Laurence

Fishburne, Carrie-Anne Moss .

Gênero - Ficção científica

Nacionalidade - EUA

INDICAÇÕES

V “

Page 37: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 37

O QUE É REAL? O LONGA MATRIX LANÇADO EM 99 AINDA IMPRESSIONA PELOS EFEITOS E PELAS TEORIAS.

dos cinemas o longa de ficção científica Matrix ren-dendo 463 milhões. A franquia conta com três fil-mes sendo que Reloaded e o Revolutions foram ro-dados simultaneamente em 2003. Além da trilogia a filmografia dos irmãos conta com Assassins (1995); Bound (1996); Animatrix (2003); V de Vingança (2006), Invasores (2007); Speed Racer (2008); Ninja Assassin (2009) e Cloud Atlas (2012). A trama é a seguinte - Thomas Anderson, interpretado pelo ator Keanu Reeves é um progra-mador de sistemas da MetaCortex uma corporação de software, mas ele também é um hacker, com o nickname Neo. Numa manhã, assim como citado na obra Metamorfose de Franz Kafka ele “acordou de sonhos intranquilos, encontrou-se em sua cama me-tamorfoseado num inseto monstruoso”. Porém, di-ferente do protagonista da obra escrita, Thomas re-cebe na tela do computador o seguinte recado: “Acorde Neo. A Matrix te achou. Siga o coelho branco”. O protagonista descobre fazer parte de um sistema controlado por máquinas que manipulam a mente enquanto os humanos vivem em casulos, sendo usados como baterias, criando a ilusão de um mundo real. Morpheus, o ator Laurence Fishburne, e seu braço direito Trinity, Carrie-Anne Moss, estão convencidos de que Neo é o messias capaz de en-frentar a Matrix e conduzir as pessoas de volta e à liberdade. Além da teoria central do filme o roteiro também remete a mitologia, filosofia e literatura. São citadas obras como a de Lewis Carroll, a qual lembra que assim como Alice seguiu o coelho bran-co para encontrar o País das Maravilhas, Neo deve segui-lo para encontrar Trinity e a verdade sobre a Matrix. Há também a referência ao livro Simulacros e Simulação do francês Jean Baudrillard, o qual dis-

cute a questão da realidade ter deixado de existir e que a humanidade vive numa representação da reali-dade construída na sociedade pós-moderna. A mitologia grega é aparente quanto à rela-ção de Morpheus, deus dos sonhos e o fato de ele ter feito Neo escolher entre a pílula azul e a pílula vermelha. Ou seja, permanecer como está ou conhe-cer a verdade. Segue também a “Alegoria” da caverna do filósofo Platão, na qual se infere que em ambos a humanidade está presa num ambiente falso. Depois de tudo você ainda deve estar se per-guntando, o que é a Matrix? A ideia não pertence ao senso comum. Devido a isso em vários momentos o complexo roteiro questiona o protagonista e tenta explicar, como quando Morpheus pronuncia: “Você deseja saber o que ela é? A Matrix está em todo lu-gar. É o mundo que foi colocado diante dos seus olhos para que você não visse a verdade. Que você é um escravo. Como todo mundo, você nasceu num cativeiro; nasceu numa prisão que não consegue sentir ou tocar. Uma prisão para uma mente. Infeliz-mente, é impossível dizer o que é a Matrix. Você tem de ver por si mesmo.”. As duas horas e quinze de filme impressio-nam e intrigam, pois a possibilidade de esta teoria estar certa existe a partir do momento que as máqui-nas se tornaram inteligência artificial. Morpheus ain-da indaga: "O que é o real? Como defines o real? Se estamos a referir-nos àquilo que podes sentir, ou àquilo que podes cheirar, ou ainda àquilo que podes saborear ou ver, então o real é simplesmente um conjunto de impulsos eléctricos interpretados pelo teu cérebro.", considerando tal hipótese tudo o que se julga saber pode estar ameaçado, pois não há mais certeza de nada, por fim deixo a questão, Co-mo saber se estamos ou não numa Matrix?

Fotos: Divulgação

Page 38: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 38

atuação de Lucas Verís-simo (que já havia parti-cipado do clipe Moon) , o disco por completo cumpri com o prometido trazendo o lado mais sexy do rock roll.

Pethit é o novo nome do folk brasileiro, com uma música me-lancólica e sutil o cantor, compo-sitor e ator Thiago Pethit vem se destacando em cenário nacional desde o lançamento de seu EP “Em outro Lugar” que teve parti-cipação da Cantora Tiê, conheci-do por seus clipes o tanto quanto polêmicos seu novo cd mostra para o que veio logo com seu sin-gle de lançamento Romeo que veio acompanhando por um clipe gravado em Los Angeles, contan-do uma historia de um amor estilo Bonnie e Clyde com direito da

LADO MAIS SEXY DO ROCK ROLL Disco

Rock' n' Roll Su-gar Darling, Thiago Pethit(Compact Disc Digital Audio)

Serie baseada no livro homôni-mo escrito por Piper Kerman, Narra a historia Piper (Taylor Schilling), uma mulher que e condenada a cumprir 15 meses de prisão após ser condenada

por tráfico de drogas. A serie que e ambientada na prisão fe-minina de Litchfield volta ao seu terceiro ano cheia de mistério tendo em vista os acontecimen-tos que o correram em sua ulti-

ma temporada graças à maligna Vee (Lorraine Toussaint). Os pro-dutores prometeram que nessa temporada a serie deixaria um pouco de lado a historia de Piper, e focaria mais no próprio presídio e as pessoas que vivem ali. A serie que mostra pela primeira vez na historia o dia-a-dia de uma prisão feminina se tornou sucesso instan-tâneo para a Netflix canal pago de streaming e trouxe para casa três Emmys, dois Screen Actors Guild Awards e três Critic’s Choice Te-levision Awards, entre outros. O que torna a serie tão interessante e a intensidade pela qual as atrizes interpretam seus papeis e a diver-sidade de temas com o qual a serie e capaz de lidar que como transe-xualidade, abuso de poder, desvio de bens públicos, racismo e dro-gas tudo isso A série é capaz de levar o telespectador do riso às lágrimas em poucos segundos.

ELAS ESTÃO DE VOLTA O LARANJA NUNCA ESTEVE TÃO EM ALTO ESTRÉIA NESTE MÊS A MAIS NOVA TEMPORADA DA SERIE ORANGE IS THE NEW BLACK.

INDICAÇÕES

Televisão

Page 39: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 39

LIVROS MAIS VENDIDOS

FICÇÃO

NÃO FICÇÃO

INFANTO JUVENIL

Se eu ficar I Gayle Forman I Novo Conceito 2396

Para onde ela foi I Gayle Forman I Novo Conceito 1653

Cinquenta tons mais escuros I E. L. James I Intrínseca 1650

Cinquenta tons de liberdade I E. L. James I Intrínseca 1399

Simplesmente acontece I Cecelia Ahern I Novo Conceito 1306

Cidades de papel I John Green I Intrínseca 1293

Cinquenta tons de cinza I E. L. James I Intrínseca 1108

Kenobi I John Jackson Miller I Aleph 781

Minha mãe é uma peça I Paulo Gustavo I Objetiva 673

Como eu era antes de você I Jojo Moyes I Intrínseca 672

Jardim secreto I Johanna Basford I Sextante I 26678

Floresta encantada I Johanna Basford I Sextante 20011

Nada a perder v.3 I Edir Macedo I Planeta do Brasil 2432

Elis Regina - n.s.c.a I Julio Maria I Master Books 2249

Bela cozinha I Bela Gil I Globo Estilo 2032

A teoria de tudo I Jane Hawking I Única 1443

Sniper americano I Chris Kyle I Intrínseca 1423

O diário de Anne Frank I Mirjam Pressler I Record 1162

Destrua este diário I Keri Smith I Intrínseca 1120

O capital no século XXI I Thomas Piketty I Intrínseca 1058

Metodologia de Pesquisa: O ranking de livros mais vendidos é elaborado a partir da soma simples das vendas de todas as livrarias consultadas (ver quadro ao lado). Os números e gráficos aqui apresentados

refletem justamente esta soma. Trata-se, portanto, de uma amostra e não do universo da venda de livros no Brasil. Como as livrarias mandam no máximo listas com os 20 livros mais vendidos em cada categoria, as posições finais da lista, a partir do 15º lugar, apresentam uma maior margem de erro.

Consulte a lista completa e fonte de pesquisa no site:http://www.publishnews.com.br/telas/mais-

vendidos

Diário de uma banana 9 - I Jeff Kinney I Vergara & Riba 3728

Eu fico loko I Christian Figueiredo de Caldas I Novas

Páginas 2349

O pequeno príncipe I Antoine Saint-Exupéry I Agir 2265

Convergente I Veronica Roth I Rocco Jovens Leitores 2037

Divergente IVeronica Roth I Rocco Jovens Leitores 1867

Insurgente IVeronica Roth I Rocco Jovens Leitores 1420

O pequeno príncipe - edição luxo I Antoine Saint-Exupéry I

Geração Editorial 1109

O pequeno príncipe - pocket IAntoine Saint-Exupéry IAgir 1017

Diário de um banana 1 IJeff Kinney IVergara & Riba 810

Diário de uma garota nada popular v.7 IRachel Renee

Russell IVerus 795

Jhon Green é o nome do momento quando se trata de literatura , querido pelos jo-vens, seus livros estão nas lis-tas dos mais comprados em mais de 42 países. E suas o-bras são a mais nova onda ci-nematográfica na terra do Tio Sam.

Em 2014 com o filme A culpa e das estrelas, ele foi a-presentado até para os leitores menos assíduos e com Cida-des de Papel parece que não ira ser diferente, o livro que está na lista do mais vendidos desde que foi lançado em 2008, esse ano com certeza ira encabeçar todas lista pelo mundo tendo em vista que um filme baseado em sua historia será lançado no primeiro se-mestre desse ano.

O Livro conta a historia de Quentin que tem uma pai-xão platônica pela vizinha e colega de escola Margo. Até

que, um dia, ela invade a janela do quarto dele com a cara pin-tada e vestida de ninja, convo-cando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola e então descobre que o paradeiro de Margo é agora um mistério. No entan-to, ele logo encontra pistas e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tor-tuoso, quanto mais Q se apro-xima de Margo, mais se distan-cia da imagem da garota que ele achava que conhecia.

Livro Passa tempo para adultos Livros de colorir para de-sestressar adultos viram febre entre os leitores, e o Livro Floresta Encanta-da de Johanna Basford e um dos mais vendidos do mês.

QUERIDINHO DE HOLLYWOOD

POR PABLO LUIZ

Fo

tos:

Div

ulg

ação

Page 40: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 40

SKULL FESTIVAL manhã ensolarada com o maravilhoso azul do céu de domingo 26 de abril foi palco para a segunda edição do evento Skull Fes-tival realizado na Casa do Cantador, na

Ceilândia Sul. A organização ficou a serviço do grupo Otalou-kos junto à banda Skullzy, para comemoração dos dois anos da mesma, além desta, a tarde correu ao som de músicas como Legião Urbana, Raimundos, Ultraje a Rigor e outros cantados pelas bandas Barba-rella, Duplo Sentido, Quinto ÁZ, Rádio Velho, Serra Osso e Vhalan. O evento também contou com batalhas campais de Swordplay, RPG, danças, torneios de Joh-ken-poh, concursos de cosplay e miss otaku, estandes, arenas de games, card games e feira de trocas de pro-dutos otakus e nerds.

EVENTOS

A

Fo

tos:

Igo

r R

ob

ert

o

Page 41: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 41

PARADA ROCK III os dias 9 e 10 de maio a festa foi na Praça da Bíblia, na Ceilândia. O evento Parada Rock III, aconte-ceu atrás da parada de ônibus das 14 ás 22h com as bandas Velha

Carcomida, BOÉ, Beer Head, Alvorada, Rup-tura Social, Duex, Amazzo, Diferencial Zero, Sapiens, O dia D, Federação Russa, Signo XIII, One More Day, Drink no Inferno, He-róica, Subistante, Canere e Planalto Central.

POR WALKIRIA ZANATTA

N

Fo

tos:

Sim

on

e R

olim

Page 42: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 42

empre que olho para o Teatro Nacional de Brasília, um turbilhão de recordações me vem em minha mente. As grandes exposições de artis-tas renomados, os vernissages, eventos que organizam pintores, escul-

tores e fotógrafos com a finalidade de divulgação das obras, os bons espetáculos, as apresentações da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS), as aberturas do festival de Brasília do cinema brasileiro, ou apenas ficar na área externa dos auditórios, conhecidos por foyer conversando com ami-gos, sobre música, artes plásticas, e fotografia.

O local tem um glamour, um que de Paris, é o palco favorito de grandes no-mes das artes nacionais e internacionais. Os vernissages que aconteciam no Foyer da Sala Villa Lobos eram disputadíssimas pela corte brasiliense, ninguém queria ficar de fora, os convites para o coquetel de abertura do festival de cinema já foi um dos mais disputados, meses antes já se ouvia nos bares mais descolados e fes-tas badaladas um burburinho a propósito de quem receberia o convite e qual roupa vestir.

O palco é o maior conjunto arquitetônico realizado por Oscar Niemeyer na capital do Brasil destinado às artes. É um dos pontos centrais de interesse turísti-co, numa cidade em que os monumentos impressionam pela sobriedade e rigor da arquitetura.

O descasco dos governos ao longo dos anos contribuíram para a sua ruína, agora sem manutenção, os estofados estão caindo aos pedaços, a fiação elétrica está comprometida e é só o começo, tudo isso fez que o corpo de bombeiros e a defesa civil impedissem o seu funcionamento. E não é só ele que sofre com o abandono e a falta de comprometimento com a cultura na região do D.F. outros espaços também estão completamente largados, deixando a cidade que é consi-derada uma galeria a céu aberto, no completo descaso. Infelizmente este é um capitulo triste na história da capital federal, é com desgosto que nos deparamos com vários espaços culturais fechados, servindo apenas para atrair baratas, traças e abrigar mendigos e usuários de drogas.

É possível ler numa nota da secretaria de cultura que o governo esta em cri-se, e que a situação é temporária, esperamos que sim, mais é preciso ficar alerta. Quem se lembra do planetário? Do mesmo modo ia ficar fechado por pouco tempo, porém 16 anos se passaram, não podemos deixar que isso aconteça com o Teatro Nacional!

DO LUXO AO LIXO ABANDONADO, O TEATRO NACIONAL SERVE DE ABRIGO PARA MENDIGOS

S

POR FRANCA VILARINHO

CRÔNICA POR FRANCA VILARINHO

Foto: Franca Vilarinho

Page 43: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 43

Foto: Franca Vilarinho

Esta foto retrata as manifestações que ocorreram em junho de 2013. Seguidas por slogans como “O Gigante Acordou.” ou “Vem! Vem pra rua! Vem!” milhares de pessoas de todo o Brasil se mobiliza-ram para exigir mudanças no transporte público, contra a corrupção, saúde, gastos com a copa, educa-ção, contra a PEC 37, mudanças políticas e repressão policial.

REGISTROS POR FRANCA VILARINHO

Foto: Franca Vilarinho

Page 44: Revista Brazileños - Primeira Edição

Brazileños I Julho 2015 l 44