Revista Cancao Nova de marco de 2009

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Ano VIII - Nº 99 - Março de 2009 - Revista Mensal do Sócio Evangelizador www.cancaonova.com ISSN 1806-1494

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A revista Canção Nova é, acima de tudo, um instrumento de evangelização. Ela é um canal eficaz de comunicação da Canção Nova com os seus sócios, oferecendo a eles oportunidade de conhecer melhor esta obra e missão, levando conteúdos atuais e de evangelização, sempre anunciando o Cristo vivo e vivido.

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Ano VIII - Nº 99 - Março de 2009 - Revista Mensal do Sócio Evangelizadorwww.cancaonova.com

ISSN

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6-14

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Cachoeira Paulista- SP - BrasilCaixa Postal 57 CEP 12630-000Tel: 55 (12) 3186 2600 Portal: www.cancaonova.comE-mail: [email protected]

Presidente: Monsenhor Jonas Abib

Diretor Executivo: Wellington Silva Jardim

Jornalista Responsável: Osvaldo Luiz/MTB 23094

Coordenação: Letícia Sauthier

Produção e Assessoria: Aline Maria e

Augusto Luiz

Revisão Ortográfica: Publicidade Canção Nova

Direção de Arte: Publicidade Canção Nova

Diagramação: Neli Sestari, André de Paula,

André Porte, Rafael Domiciano e Walder Cris

Fotos: Publicidade Canção Nova

03 PALAVRA DO FUNDADOR Jesus, o Príncipe da Paz

04 IGREJA DO PAI DAS MISERICÓRDIAS Quando tudo começou!

05 PALAVRA EM DESTAQUE Para que a Quaresma?

06 PALAVRA DA IGREJA Campanha da Fraternidade 2009

07 ADMINISTRAÇÃO Obrigado Mulher!

08 CLUBE DA EVANGELIZAÇÃO Juntos, promovendo o bem!

10 JOVEM Aspectos comportamentais da adolescente

11 FORMAÇÃO A Ira

12 LITURGIA

13 SANTO DO MÊS São Domingos Sávio

14 ATUALIDADE Religião, Ética e Segurança Pública

15 AGENDA

EXPEDIENTE

CARTA AO LEITORSUMÁRIO

VALEI-NOS SÃO JOSÉ!

Editado por

Tiragem 579.380 unidadesImpressão: Esdeva Indústria Gráfica S.A.Distribuição gratuita aos sócios evangelizadores

Ricardo Sá é músico, escritor e membro da Comunidade Canção Nova

Não precisamos ter receio algum de expressar a devoção a José! Por quê? Porque nunca, na histó-

ria da humanidade, pisou na terra, depois de Jesus e Maria, um homem como José. Da mesma forma que Maria estava nos planos de nossa redenção, e nesses pla-nos de Deus existia uma mulher, estava aí também um homem – José!

É devoção segura porque ninguém, no mundo inteiro, dedicou concretamente a vida a Jesus e a Maria como o fez José. É fantástico saber que no Céu ele faz o mes-mo, levando à perfeição todos os méritos que recebeu na terra. Explico melhor: os Santos Padres nos estimulam a saber que, assim como na terra José recebeu de Deus a missão de ser pai de Jesus e “Esposo de Maria”, no Céu seus méritos cresceram ainda mais e, podemos dizer, chegaram à perfeição. Isso quer dizer que, agora no Céu, quando Jesus escuta José, Ele o es-cuta como um filho, escuta seu pai e quer obedecer-lhe. E que também, no Céu, Maria escuta José como uma esposa es-cuta seu marido e quer obedecer-lhe; pois os méritos que José recebeu na terra ele os vive agora em perfeição na eternidade. Que devoção segura!

Por isso e por muito mais, José é o maior de todos os Santos de nossa Igreja! Nenhum outro santo recebeu méritos tão maravilhosos!

A devoção a José é a mais segura de todas as devoções por que ele mesmo foi sempre o mais devoto de todos! Ninguém, em toda a humanidade, conviveu e dedi-cou intimamente sua vida inteira a Jesus e Maria como São José. E devoção significa dedicação, doação de vida, de si mesmo. José viveu assim na terra; e sabe que essa experiência é capaz de conferir paz e feli-cidade completas a quem vive.

Daí, compreendemos que José nos le-vará, sempre e com segurança, para os bra-ços de Jesus e Maria, transformando-nos, com ele, em pessoas dedicadas unicamente a Nosso Senhor e à Virgem Maria. Ele sabe que, somente neles, reside o sentido de nossas vidas. A realização de toda pessoa está em ser de Jesus, dedicar-se a Ele; ser de Maria; devotar-se unicamente a Ela.

É imitando José que seremos total-mente de Jesus e de Maria. É isso que ele quer nos ensinar. É seu segredo de vida e realização.

Outro grande segredo de José: a exclu-sividade! José era somente de Jesus e de Maria. Compreendeu, desde o início, que é decididamente impossível servir a dois senhores. É para nós o primeiro e prin-cipal exemplo de que é impossível servir a Deus e ao mundo. E mais: nas mãos de quem Deus coloca seu único Filho? Nos braços de quem Deus confiou o Salvador do universo? Ficamos desconcertados de alegria, quando nos deparamos com o fato de que José, como um sacerdote, teve em suas mãos o Corpo de Deus humana-do; o Corpo de Cristo em suas mãos e sob seus cuidados! José viveu: “Com Cristo, por Cristo e em Cristo!”

Que homem de confiança! Eu, que sou pai, não ponho e nunca pus meu filho nos braços de uma pessoa qualquer. É nos braços de José que eu, portanto, deposito minhas aflições, angústias e necessidades! Muito mais: tudo o que de precioso pos-suo coloco nos braços daquele que mere-ceu de Deus ter em suas mãos o redentor, Jesus Cristo.

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Ele quer nos dar a paz, porém, mui-to mais do que isso Ele nos quer “instru-mentos da sua paz”.

Você conhece bem a oração de São Fran-cisco. Nós a temos cantado tantas vezes: Se-nhor, fazei-me instrumento de vossa paz! É isso que o Senhor quer de mim e de você e esta é a oração mais necessária e urgente neste momento.

Todo ódio e tudo aquilo que leva algo de ódio, precisa ser banido do nosso meio, das nossas casas, das nossas ruas, praças e aí sejamos amor. Sempre amor.

Toda e qualquer ofensa fere, mar-ca e deixa tremendas consequências. O Senhor quer que troquemos a ofensa pelo perdão. Perdoar é preciso e urgen-te. Peça, pois é dif ícil para todos, mas o nosso Deus, que é perdão, quer lhe dar a graça de perdoar. Exercite-se no perdão.

As discórdias dividem. O nome já diz: discórdia são corações divididos. É preciso curar todas as consequên-cias da divisão. Que você seja elo de união.

Dúvidas sempre pairam nas nossas mentes e corações. É uma consequência do nosso humano. O Senhor quer de você um portador de fé. Como é necessária a fé nesse mundo descrente!

Errar é humano. Quem de nós não errou. O erro sempre deixa se-quelas e algumas incuráveis, por isso onde houver erro que você leve a ver-dade. Jesus é a própria verdade. Foi Ele quem o disse. Levar a verdade é levar Jesus. Quantos necessitam dele!

Estamos num mundo cada vez mais sem esperanças e por essa ra-zão as pessoas caem no desespero. É urgente ser esperança. Ouse es-

A “Campanha da Fraternidade” deste ano apresenta o tema “Fra-ternidade e Segurança Pública e

o lema “A paz é fruto da Justiça”.Todos os anos Dom Alberto Taveira

nos presenteia com o “Retiro Popular” que em 2009, tem como título “Cristo, nossa Paz”. Certamente, você tem feito esse “Retiro Popular” e tem tirado muito fruto para sua vida pessoal e familiar. É uma maneira simples e prática de viver esse tempo abençoado da Quaresma.

Nossa família Canção Nova, porém, se une à toda a Igreja do Brasil para viver a “Campanha da Fraternidade”. Sim, a paz é fruto da justiça e a segurança pública é um dos meios para termos a tão desejada paz, especialmente diante de toda vio-lência que nos rodeia. Mas você sabe que a verdadeira paz vem de Jesus e somente dele. Mais ainda, Cristo é a nossa paz!

PALAVRA DO FUNDADOR

JESUS, O PRÍNCIPE DA PAZ

Monsenhor Jonas Abib é Fundador da Comunidade Canção Nova

Oração da Paz

Senhor! Fazei de mim um instrumento da vossa paz. Onde houver ódio, que eu leve o amor. Onde houver ofensa, que eu leve o perdão. Onde houver discórdia, que eu leve a união. Onde houver dúvidas, que eu leve a fé. Onde houver erro, que eu leve a verdade. Onde houver desespero, que eu leve a esperança. Onde houver tristeza, que eu leve a alegria. Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó Mestre, fazei que eu procure mais: consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado. Pois é dando que se recebe. É perdoando que se é perdoado. E é morrendo que se vive para a vida eterna.

perar e ser instrumento de esperança.A palavra de Deus nos diz que “a tris-

teza matou a muitos e não há nela utili-dade alguma”. Ao contrário “a alegria do coração é a vida do homem e um ines-gotável tesouro de santidade”. Até mesmo “a alegria do homem torna mais longa a sua vida”. Para essa multidão de pessoas abatidas pelo fardo da tristeza, leve ale-gria. Você será o primeiro beneficiado... também com uma vida longa, além do tesouro de santidade.

“Vós sois a luz do mundo”. Muitos ainda jazem nas trevas da morte. Eles gritam por socorro. Eles precisam de luz. É dever nosso levar-lhes a luz.

Assuma e viva o que cantamos:Ó Mestre, fazei que eu procure mais: consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado. Pois é dando que se recebe. É perdoando que se é perdoado. E é morrendo que se vive para a

vida eterna. Durante a Quaresma não se canta “o

glória”, mas nesse tempo a Oração de São Francisco pode ser o nosso glória.

Encarnar essa oração e vivê-la inten-samente será o melhor modo de realizar a meta da Campanha da Fraternidade. A nossa Páscoa será muito mais feliz.

Jesus é o Príncipe da paz!Deus abençoe você e todos os seus.

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Fundação João Paulo II Caixa Postal 57 CEP: 12630-000Cachoeira Paulista/SP

Envie sua doação em ouro e o seu testemunho de vida para uma de nossas Casas de Missão ou via SEDEX para o endereço:

CONSTRUA ESTE SONHO JUNTO COM A GENTE!

QUANDO TUDO COMEÇOU!

UM LUGAR, UMA PRECE, UM SONHO!

Em abril de 2002, exatamente no dia 16 o Padre Jonas escreveu um documento para comunidade: “Entramos no Tempo da Misericórdia”.

O documento se inicia com a Palavra que está no livro de 2Cr 7 , 15-16, palavra que o Senhor concedeu ao Padre Jonas em Oração no dia da Festa da Divina Misericórdia:

“Meus olhos estarão abertos e meus ouvidos atentos à oração feita neste lugar. Pois agora, escolhi e santifiquei esta Casa dedicada ao meu nome para sempre. Meus olhos e meu coração estarão nela todo tempo”.

A partir desta palavra, o Padre Jonas consagrou a Canção Nova para que fosse o Lugar da Divina Misericórdia.

04 Revista Canção Nova - Março de 2009

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PALAVRA EM DESTAQUE

PARA QUE A QUARESMA?

Cerca de duzentos anos após o nas-cimento de Jesus, os cristãos come-çaram a preparar a festa da Páscoa

com três dias de oração, meditação e jejum. Por vota do ano 350 d.C., a Igreja aumen-tou o tempo de preparação para quarenta dias. Assim surgiu a Quaresma.

Quaresma é o período de quarenta dias que antecede a festa ápice do cris-tianismo: a ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no Domingo de Páscoa.

Na Quaresma, que começa na quar-ta-feira de cinzas e termina na quinta-fei-ra da Semana Santa, os católicos realizam a preparação para a Páscoa. Esse período nos é reservado para a reflexão e a con-versão espiritual. É um tempo de maior aproximação de Deus. Na Quaresma so-mos convidados a fazer uma comparação entre nossa vida e os Evangelhos. Essa comparação significa um recomeço, um renascimento espiritual e pessoal. Somos convidados a intensificar a prática dos

princípios essenciais de nossa fé com o objetivo de sermos pessoas melhores e proporcionar o bem a todos.

Essencialmente, o período é um reti-ro espiritual voltado à reflexão, onde nos recolhemos na oração e penitência para prepararmos o espírito para o Cristo vivo e ressuscitado, no Domingo de Páscoa. Reto-mando a nossa espiritualidade renascemos com Cristo. A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que significa luto e penitência.

Todas as religiões tem períodos vol-tados à reflexão; eles fazem parte da dis-ciplina religiosa. Cada doutrina religiosa tem seu calendário para seguir.

A Igreja Católica propõe por meio do Evangelho proclamado na quarta-feira de cinzas, três grandes linhas de ação: a oração, a penitência e a caridade. Não somente durante a Quaresma, mas em todos os dias de sua vida o cristão deve buscar o Reino de Deus, ou seja, lutar para que exista justiça, paz e amor em toda a humanidade. É um tempo de profundo recolhimento para uma maior intimidade com Deus. Talvez, você já es-teja se perguntando qual será a penitên-cia que o Espírito Santo te inspirará nesta Quaresma. Ore e Ele falará.

Uma das formas de penitência da Quaresma é o jejum, ainda que ele seja válido em qualquer época do ano. A Igre-ja propõe o jejum como forma de sacrif í-cio, mas também como uma maneira de nos educar e de nos fazer perceber que o único essencial para a nossa vida é Deus. Desta forma se justifica as demais abs-tinências que fazemos neste belíssimo tempo litúrgico. Oficialmente, o jejum deve ser feito pelos cristãos na quarta-feira de cinzas e na sexta-feira santa. Pela

Luzia Santiago é Co-fundadora da Comunidade Canção Nova

lei da Igreja, o jejum é obrigatório nesses dois dias. Porém, podem ser substituídos por outros dias na medida da necessida-de individual de cada fiel.

O jejum, assim como todas as peni-tências, é visto pela Igreja como uma for-ma de educação no sentido de se privar de algo e revertê-lo na prática da carida-de e do bem. Os sacrif ícios podem ser escolhidos livremente.

No Brasil, durante a Quaresma, a nossa Igreja realiza a Campanha da Fra-ternidade, que tem o objetivo de des-pertar o espírito comunitário e cristão no povo de Deus, comprometendo em particular os cristãos na busca do bem comum; educar para vida em fraternida-de, a partir da justiça e do amor, exigên-cia central do Evangelho, em preparação para a Páscoa. Também como riqueza para esse nosso tempo litúrgico, através da Canção Nova, Dom Alberto Taveira, nos propõe o “Retiro Popular”, que neste ano apresenta o tema: Cristo, nossa paz. Um maravilhoso roteiro para conduzir-nos dia após dia à Páscoa do Senhor!

Supliquemos ao Divino Espírito San-to que nos conduza neste tempo, a uma profunda conversão interior e nos trans-forme em homens e mulheres novos se-gundo a vontade de Deus.

05Revista Canção Nova - Março de 2009

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PALAVRA DA IGREJA

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2009

A paz é, com efeito,

uma característica

da ação divina, que

se manifesta tanto na

criação de um universo

ordenado e harmonioso

como também na

redenção da história

humana necessitada

de ser recuperada da

desordem do pecado.

Mensagem do Papa Bento XVI.

O tempo de quaresma nos lem-bra sempre os quarenta anos em que povo hebreu passou

no deserto se preparando para entrar na terra prometida. Recorda, também, os quarenta dias em que Jesus Cris-to passou no deserto jejuando, rezan-do, preparando-se para a vida pública. Para nós cristãos, este é um tempo especial de meditação, jejum, penitên-cia oração e conversão. Nos últimos 46 anos, a Igreja Católica, através da Cam-panha da Fraternidade, vem nos ajudan-do a viver melhor este período quares-mal. Coloca-nos, a cada ano, um novo desafio, para que juntos, fraternalmen-te, possamos renovar a vida interna da Igreja transformando as situações de in-justiça social em que vive o nosso povo. Neste ano o tema da CF 2009: “Fra-ternidade e Segurança Pública”, é uma resposta a um grande anseio da socie-dade brasileira. O medo e a insegurança afligem a população. O povo brasileiro vive atemorizado pela criminalidade assustadora que põe a pique a idéia de segurança pública e fragiliza o próprio conceito de Estado. O Estado é incapaz de oferecer tranquilidade à população. Diante disso, é necessário defender uma segurança pública feita por todos e que atenda a todos de modo igualitá-rio; que seja construída à luz da Pala-vra de Deus e do Magistério da Igreja. Tendo como lema “A Paz é fruto da Justiça”, observa-se que a paz é o fruto; o tronco e a raiz são a justiça. A prática da caridade passa pelo empenho na constru-ção da justiça social: garantia de direitos, privilégios e deveres iguais para todos. Passa ainda pela recuperação do caído, tendo em mente, que perante Deus, so-

mos todos pecadores. Cabe ao homem aplicar a mesma justiça que Deus pratica conosco: a Justiça Restaurativa. Somos benevolentes e misericordiosos para com os nossos erros e punitivos para com os erros dos outros, principalmente quando este “outro” não compartilha do nosso sangue, da nossa família. Que pos-samos então julgar com a mesma com-preensão os erros dos caídos e assumir com eles o compromisso da recuperação. A CF convoca toda sociedade para ana-lisar as verdadeiras causas da violência, es-pecialmente nas realidades mais próximas, visando em conjunto, propor condições de vida mais digna a partir da defesa de uma segurança pública que possa abranger a to-dos partindo de ações práticas como:

• Criar ou aprofundar a consciência de que as famílias devem ser ambientes que educam pais e filhos na cultura da paz, a partir dos valores do Reino de Deus.

• Dialogar para que, de preferência, a te-mática da CF entre no planejamento escolar públido e privado e a segurança pública seja eixo transversal do processo pedagógico, e envolva também as famílias dos alunos.

• Realizar campanhas públicas através de parcerias entre os governos e a socie-dade civil organizada, e, com o apoio dos meios de comunicação social e das dioce-ses e paróquias, abordando os problemas de insegurança regionais ou nacionais com propostas de ação para superá-los. Com esta Campanha da Fraternidade, esperamos que todas as pessoas se mobi-lizem em torno do tema Segurança Pú-blica e se empenhem na construção de uma sociedade geradora de paz.

Padre Valdir João Silveira é coordenador da Pastoral Carcerária - CNBB/Sul-1

Tema: “Fraternidade e Segurança Pública” Lema: “A paz é fruto da Justiça (Is 32,17)”

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ADMINISTRAÇÃO

OBRIGADO MULHER!

Wellington Silva Jardim é Administrador da Fundação João Paulo II

“ ficar triste ou chorar, pois Deus conta suas lágrimas.

Na origem de todas as coisas há sem-pre uma mulher. Recordemos na vida de Jesus desde sua mãe e todas aquelas que o seguiam; Ele as respeitava e as reco-nhecia, além de aceitar os seus serviços... Quantas Marias!

Peçamos que neste mês, o mundo inteiro as reconheça como filhas amadas de Deus. Que todas as mulheres queiram ser divulgadoras de Jesus como Maria Madalena. Ainda há tempo!

Até aquelas pessoas que se veem envolvidas em algum escândalo com outras, ainda é tempo de restituir a sua dignidade. Esteja como estiver, em Deus amor tudo pode ser mudado.

Se isto estivesse acontecendo com você qual seria a sua preocupação? Con-sigo mesmo, com sua imagem social ou com Deus? Não é possível viver amor e amizade cuidando apenas de evitar a infidelidade, mas descobrir o que fere

o coração de Deus Pai. Lembre-se que é no tra-

to com os irmãos que correspondemos ao amor divino.

Minha queri-da irmã, você tem recebido muito de Deus, não se ne-gue nunca a amar. Aproveite este mês para fazer um in-ventário de todas as suas qualidades. Pense no que você tem transmitido às pessoas da sua casa e às que fazem par-

Feliz o marido que tem uma boa es-posa, o número de seus dias será duplicado. A mulher virtuosa é a

alegria do marido que passará em paz os anos de sua vida.” (Eclo 26,1-2)

Este é o mês em que celebramos o dia Internacional da mulher, esposa, compa-nheira, amiga e confidente. A sabedoria da mulher não está no raciocinar, mas no sentir. Especialmente no mundo de hoje, o relacionamento homem e mulher tem que ser honesto e transparente, e que em nada seja deturpado e distorcido pela maldade e malícia.

Será que em nossos dias é possível homem e mulher viverem em sadia con-vivência? Sim, para quem está em Cristo tudo é possível.

Nós homens precisamos aprender a lidar com a essência feminina; ne-cessitamos aprender a nos comportar diante de cada mulher. Devemos ter o cuidado para não fazer uma mulher

te da sua convivência. Com certeza você vai encontrar muitas coisas boas, e mais ainda, se você pedir ajuda a alguém. Você teria coragem de recorrer a alguém para lhe ajudar a fazer isto? Você tem amigos nessa profundidade?

Muitas vezes você tem dúvidas se faz isto ou aquilo; se toma esta ou aquela ati-tude. Não tenha medo! O importante é seguir a voz de Deus na sua consciência.

Não se preocupe com o que vão dizer e o que vão pensar. Faça o que constrói o bem, mas faça sempre, sendo alvo de crítica ou de incentivo. Faça-se chegar ao pico da montanha.

Esteja profundamente comprometi-da com Deus e com os irmãos, sempre pensando na sua grandiosa missão de mulher. Deus conta com você e a huma-nidade também.

Agora falando da nossa missão de evangelizar, quero pedir a todos que continuemos a campanha do ouro para a construção da Igreja do Pai das Miseri-córdias. O que não lhes é útil ou fora de moda; relíquias e heranças, façam um re-tiro da boa morte e doem para esta obra onde o Senhor abraçará a muitos com seu divino amor.

Passemos esta vida fazendo o bem a todos, especialmente aos da nossa família.

Deus abençoe a todos e que nossa Mãe do Céu nos guarde.

Seu irmão que tanto os ama,

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CLUBE DA EVANGELIZAÇÃO

“Com a Canção Nova você evangeliza até os confins da terra, através de todo seu sistema de comunicação. Você que é fiel com sua contribuição, está evangelizando junto com toda a Canção Nova.”

ENTENDENDO O SIGNIFICADO DA PALAVRA EVANGELIZADOR

Evangelizador, aquele que evangeliza, ensina ou difunde a doutrina cristã; apóstolo ou pregador do Evangelho; aquele a quem compete a ação de Evangelizar, que vem do grego euaggelizein, do latim eclesiástico evangelizare, que significa pregar “boas novas”.

Ser evangelizador é atrair novos corações para Deus; é uma responsabilidade que todos podem assumir. Para isto Deus nos concedeu os meios de Comunicação, que são o canal através no qual a Boa Nova do Evangelho chega mais rápido a todo mundo.

Compete a você, Sócio Evangelizador, cooperar com a ação do Espírito, consciente de que a obra é conjunta: Deus e o homem. Evangelizar é anunciar aquilo que o próprio Deus realiza no coração do homem.

Ao assumir com a Canção Nova um compromisso, você se torna o canal da Divina Providência. A união das pessoas, o comprometimento com a Obra por meio de atitudes concretas e a responsabilidade com a missão de evangelizar ajudam a formar homens novos para um mundo novo.

08 Revista Canção Nova - Março de 2009

Page 9: Revista Cancao Nova de marco de 2009

Aguarde as novidades da Ação entre Amigos para o ano de 2009 e não perca a oportunidade de participar.

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ÇA

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Ó Maria, Virgem sem mancha, que preparastes em vosso seio virginal uma morada ao Filho de Deus, eu me envergonho de aparecer diante de vós. Mas, porque desejo que o Filho de Deus, o qual quis nascer

de vós, renasça espiritualmente em mim e me conceda a graça de que tanto necessito prosto-me a vossos pés e vos suplico que me alcanceis

esta graça que tanto desejo (pedido), enquanto passo a vos reverenciar

por todas as horas em que trouxestes em vosso ventre o Filho de Deus.

Bendita seja a Santa e Imaculada Conceição

da Virgem Maria Mãe de Deus.(Rezar a Ave-Maria e esta jaculatória

por vinte e quatro vezes)

NOVENA

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ASPECTOS COMPORTAMENTAIS DA ADOLESCENTE

JOVEM

Elaine Ribeiro é psicóloga (clínica e licenciatura) e pós-graduada em Gestão de Pessoas

Adolescência significa “fazer–se homem/mulher, crescer na ma-turidade”.

Etapa de vida marcada por desequilí-brios e instabilidades extremas: de mo-mentos de euforia, de reclusão, audácia e timidez, passividade ou urgência, mu-danças rápidas de interesse por um as-sunto, seguidas ou ao mesmo tempo de conflitos afetivos, crises religiosas (não ter religião ou ser fervoroso em sua cren-ça), dúvidas, contradições e revoltas in-telectuais, sociais e filosóficas, ou condu-tas sexuais adequadas ou não à sua idade. O exagero em intensidade ou a persis-tência destes fenômenos é que, ao longo do tempo, configuram um comporta-mento normal ou não.

É notório que os traços f ísicos são mais marcantes e evidentes nas mulhe-res e até mesmo mais rápidos do que nos homens.

As diferenças de reação a cada uma destas situações na adolescência é prati-camente única para cada jovem, inclusive entre irmãs na mesma família. Imagine um corpo de mulher que muitas vezes não é maduro o suficiente do ponto de vista psicológico: assim acontece com muitas jovens. Socialmente, exigem-se posturas de mulher, padrões de beleza, de sexualidade precoce. Vivendo esta crise de identidade, a jovem pouco preparada ou acolhida em suas relações sociais, é fa-cilmente induzida a comportamentos e escolhas erradas quando falamos em na-moro, atitudes agressivas ou rebeldes.

A rebeldia surge pela evolução do pen-samento: ser crítica, analisar, saber os por-quês, sair à frente, faz com que a jovem questione a autoridade presente (pais, pro-fessores, o grupo ao qual pertence). Um não como resposta, já não é suficiente.

Por outro lado, a timidez ou a baixa estima de si, faz com que busque solu-ções extremas: aderir a grupos radicais, usar drogas, adotar atitudes agressivas, ter posturas induzidas (pela TV, pelo grupinho, pelo modismo) que faça com que esta jovem “seja aceita” socialmente.

A urgência das jovens faz com que possam viver tudo rápido e intensivamen-te, sem espaço para a espera ou julgamen-to. Namorar ou “ficar” pode vir simples-mente pela carência encontrada na família. Muitas ações são feitas muito mais pela imitação do que pela adaptação e pela avaliação crítica e consequente das ações que toma: um namoro mal escolhido, uma relação sexual precoce, uma revolta con-tra os pais, dentre outras. O afeto familiar é importante para que adolescentes sejam mais adaptáveis e menos agressivas, assim como os grupos dos quais participam na sociedade. A religiosidade é importante tanto como grupo, quanto como direção das condutas de uma jovem.

A evolução da infância para a vida adulta é importante e deve ser vista com respeito: reconhecer, acolher e apoiar seus medos, ajudá-la no discernimento, fazer com que pense no coletivo e não apenas de forma egoísta e individual. Com este apoio a jovem terá mais segu-rança para tomadas de decisão, obterá melhores resultados nas suas investidas, sofrerá menos frustrações e passará pela transição à vida adulta com muito mais equilíbrio comportamental.

É o ensinamento que pais, educado-res e todos aqueles que convivem com jovens podem dar: o uso da liberdade vinculado à responsabilidade.

ASPECTOS COMPORTAMENTAIS DA ADOLESCENTE

ASPECTOS COMPORTAMENTAIS DA ADOLESCENTE

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FORMAÇÃO

Prof. Felipe Aquino é escritor e apresentador na TV Canção Nova

Revista Canção Nova - Março de 2009

A IRA

Os 7 Pecados Capitais

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Ilustração inspirada na obra“Os Sete pecados

capitais” de Hieronymus

Bosch

A maior li-ção que Jesus nos en-sinou foi a de “amar o inimi-go” (cf. Mt 5,44). O mundo ensina que é preciso revidar, “não levar desaforo para casa”, ir a revanche, etc. Jesus, por outro lado, ensina a mansidão; isto é, “não pa-gar o mal com o mal”, mas com o bem. O segredo cristão para destruir a força do inimigo, não é a vingança, mas o per-dão. Jesus ensina que aí está um dos pontos da perfeição cristã. Ele quer que sejamos “perfeitos como o Pai celeste é perfeito” que manda a chuva e o sol para os bons e para os maus (Mt 5,48). Ele morreu na cruz dolorosamente, dando o maior exemplo do que é perdoar. “Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem.” (Lc 23,31)

Jesus explica a razão desta exigên-cia tão dif ícil: “Se amais somente os que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem assim os próprios publicamos? Se saudais apenas vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não fazem isto tam-bém os pagãos?” (Mt 5,46-47)

Perdoar aquele que o ofendeu é uma “prova de fogo” para verificar se de fato você é cristão.

É claro que não é fácil perdoar aque-la pessoa que te magoou, aquele “amigo” que te traiu, aquele assassino do teu filho ou aquela mulher que seduziu o teu ma-rido. Se fosse fácil não teríamos mérito

algum. E é preciso dizer

que por nossas próprias forças não

conseguiremos perdoar. É preciso a “força do alto” para vencer a fraqueza da nossa natureza ferida e que clama por vingança. Santo Agostinho ensina-nos que “o que é impossível à na-tureza, é possível à graça.”

A única exigência que Deus nos im-põe para perdoar os nossos pecados, quaisquer que sejam, é que estejamos dispostos a perdoar a todos os que nos ofenderam. “Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas, vosso Pai ce-leste também vos perdoará. Mas, se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará” (Mt 6,14-15). E no “Pai Nosso”, Jesus acrescenta: “Per-doai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofende-ram.” (Mt 6,12)

O ódio e o desejo de vingança são armas do demônio para destruir a boa convivência dos filhos de Deus; por isso São Paulo ensina: “Não deis oca-sião ao demônio; não se ponha o sol sob a vossa ira.” (Ef 4, 26)

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DO

M

1 Gn 9,8-15 • Sl 24 • 1Pd 3,18-22 • Mc 1,12-15

SEG

2 Lv 19,1-2.11-18 • Sl 18 • Mt 25,31-46

TER 3 Is 55, 10-11; Sl 33 • Mt 6,7-15

QU

A

4 Jn 3,1-10 • Sl 50 • Lc 11, 29-32

QU

I

5 Est 4,1. 3-5. 12-14 • Sl 137 • Mt 7,7-12

SEX

6 Ez 18, 21-28 • Sl 129 • Mt 5, 20-26

SAB

7 Dt 26, 16-19 • Sl 118 • Mt 5, 43-48

DO

M

8 Gn 22, 1-2. 9a.10-13. 15-18 • Sl 115 • Rm 8,31b-34; Mc 9,2-10

SEG

9 Dn 9,4b-10 • Sl 78 • Lc 6, 36-38

TER 10 Is 1, 10.16-20 • Sl 49 • Mt 23,1-12

QU

A

11 Jr 18.18-20 • Sl 30 • Mt 20,17-28

QU

I

12 Jr 17,5-10 • Sl 1 • Lc 16,19-31

SEX

13 Gn 37,3-4.12-13a.17b-28 • Sl 104 • Mt 21,33-43.45-46

SAB

14 Mq 7,14-15.18-20 • Sl 102 • Lc 15,1-3.11-32

DO

M

15 Ex 20,1-17 • Sl 18 • 1Cor 1,22-25 • Jo 2,13-25

SEG

16 2Rs 5,1-15a • Sl 41 • Lc 4,24-30

TER 17 Dn 3,25. 34-43 • Sl 24 • Mt 18,21-35

QU

A

18 Dt 4,1. 5-9 • Sl 147 • Mt 5,17-19

QU

I

19 2Sm 7,4-5a.12-14a.16 • Sl 88 • Mt 1,16. 18-21. 24a

SEX

20 Os 14,2-10 • Sl 80 • Mc 12,28b-34

SAB

21 Os 6,1-6 • Sl 50 • Lc 18,9-14

DO

M

22 2Cr 36,14-16.19-23 • Sl 136 • Ef 2,4-10 • Jo 3,14-21

SEG

23 Is 65,17-21 • Sl 29 • Jo 4,43-54

TER 24 Ez 47,1-9.12 • Sl 45 • Jo 5,1-16

QU

A

25 Is 7,10-14; 8,10c • Sl 39 • Hb 10,4-10 • Lc 1,26-38

QU

I

26 Ex 32,7-14 • Sl 105 • Jo 5,31-47

SEX

27 Sb 2,1a, 12-22 • Sl 33 • Jo 7,1-2.10.25-30

SAB

28 Jr 11.18-20 • Sl 7 • Jo 7,40-53

DO

M

29 Jr 31,31-34 • Sl 50 • Hb 5,7-9 • Jo 12,20-33

SEG

30 Dn 13,1-9.15-17.19-30.33-62 • Sl 22 • Jo 8,1-11

TER 31 Nm 21,4-9 • Sl 101 • Jo 8,21-30

DATAS COMEMORATIVAS:

LITURGIA

MARÇO

02 Dia da Oração05 São Domingos Sávio08 Dia Internacional da Mulher15 Dia do Consumidor

22 Dia Mundial da Água25 Nossa Senhora da Anunciação30 Dia Mundial da Juventude31 Dia da Saúde e Nutrição

Para mais informações ligue: (12) 3186-2600

ou acesse:www.blog.cancaonova/produtos

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SPR. Quinze de novembro, 3131(17) [email protected]

BELO HORIZONTE-MGR. Izabel Bueno, 400 Sala A (31) [email protected]

VITÓRIA DA CONQUISTA-BA Av. Regis Pacheco, 534 (77) [email protected]

CAMPINAS-SP R. Barão Geraldo de Rezende, 220(19) 3844-8500 / 3874-3742

BRASILIA-DF SCRS Quadra 502 BL B Loja 39-B Asa Sul s/n

(61) 3252-7050 [email protected]

FORTALEZA-CE R. General Tertuliano Potiguara, 452

(85) [email protected]

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-SPR. Sebastião Humel, 324

(12) 3923-7000 Livraria: (12) [email protected]

SÃO PAULO-SP R. São Bento, 43(11) 3101-8170

[email protected]

LORENA-SP R. José Machado Coelho de Castro, 272

(12) [email protected]

CACHOEIRA PAULISTA-SPAv. João Paulo II, s/n(12) 3186-2079

[email protected]

12 Revista Canção Nova - Março de 2009

Page 13: Revista Cancao Nova de marco de 2009

SANTO DO MÊS

05 de Março

SÃO DOMINGOS SÁVIO

Domingos Sávio, canonizado aos 15 anos de idade por Pio XII, em 1954, foi em certo sentido uma

obra-prima da pedagogia de S. João Bosco, fundador dos Oratórios salesianos. Aliás, foi o próprio Dom Bosco quem escreveu a primeira biografia do jovem Santo.

Nascido em 1842, Domingos foi estu-dar no Oratório aos 12 anos de idade.

Na sua vida não se manifestara nada de extraordinário, apenas era notório seu dese-jo de tornar-se santo. Tinha horror a tudo o que lembrava o pecado. Seu lema era: “antes morrer do que pecar.” Domingos era sereno, cordial, afetuoso, devoto, disciplinado e obe-diente. Isso trouxe-lhe antipatia dos colegas. Por isso provocavam-no seguidamente. Não se zangava com os que o tratavam mal.

Mortificava tanto seu corpo que Dom Bosco proibiu-o de fazê-lo e esta sábia orientação evitou que ele se tor-nasse um fanático.

Mesmo participando dos trabalhos, estudos e jogos no Oratório, Domingos passava horas ‘sumido’. Era encontrado sempre na igreja em oração. Amava a Eu-caristia e cultivava terna devoção por Nos-sa Senhora. Quando procurado justificava suas ausências dizendo-se “distraído”. Para além de tudo, seus colegas reconheciam seu zelo espiritual e de que era portador de particulares dons espirituais.

Domingos tinha pressa em viver in-tensamente e bem cada minuto do dia. De saúde frágil, por ser tuberculoso, es-tava sempre preparado para o encontro com o Senhor.

Ao pressentir a morte, consolou seus pais, sorriu e exclamou: “Estou vendo coi-sas maravilhosas.” Era a visão do paraíso.

Frei Jorge E. Hartmann OFM é Padre da Ordem dos Frades Menores

“Olhando para a história da comunidade, agradeço em nome da Igreja por tudo aquilo que vocês fazem no serviço da sua missão no Brasil e em outros países, pelo entusiasmo de vocês na Obra de Evangelização. A Igreja tem necessidade de vocês e conta com vocês.”

Cardeal Dom Stanislaw Rylko, Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos. (Reconhecimento Pontifício da Comunidade Canção Nova, 03 de novembro 2008)

13Revista Canção Nova - Março de 2009

Page 14: Revista Cancao Nova de marco de 2009

ATUALIDADE

Campanha da Fraternidade de 2009, traz o tema “Fraternidade e Segu-rança Pública” e o lema “A paz é

fruto da justiça” (Is 32,17). Esta Campa-nha suscita, entre outras, a seguinte ques-tão: a religião pode contribuir para que as relações entre as pessoas sejam fundadas na paz, na solidariedade, minimizando progressivamente a violência?

Refletimos com o conceito de religião que integra três aspectos. Primeiro, reli-gar-se e permanecer no Deus-amor, vivo e fonte de todo bem (Jo 15,5) para produzir os frutos da paz. Esta religião pressupõe, portanto, uma experiência existencial do eu humano com o tu divino. Esta experi-ência, para nós, cristãos, exige o esforço do lado humano alimentado e suscitado pela graça que vem em Jesus Cristo. Se-gundo, a religião cristã católica entende o ser humano de forma integral, o que sig-nifica que somos constituídos de corpo, psiquismo e espírito na unidade do ser-pessoa. Terceiro, a religião que inclui e articula, necessariamente, fé e ética. A experiência do cristão com o seu Funda-dor e fundamento, o Verbo encarnado, conduz e alimenta a ética do amor porque “Quem tem os meus mandamentos e os observa é que me ama”, “guardará minha palavra.” (Jo 14,21.23)

A raiz mais profunda da violência pessoal, familiar e social, em suas múl-tiplas expressões, é o enfraquecimen-to da experiência do amor a Deus e ao próximo e da consciência de que somos filhos e irmãos, no mesmo Pai, salvos pelo Filho e santificados pelo Espírito. O Deus-amor nos criou à sua imagem e semelhança. Esta verdade expressa o fundamento mais profundo de nossa identidade e dignidade.

Somente os esforços humanos são in-suficientes (Cf. Rm 3,27, kaúxesis, Bíblia

de Jerusalém, nota) para o enfrentamen-to efetivo da violência contra a pessoa que se manifesta, inclusive, nas ideolo-gias e estruturas sociais, na confusão em relação aos valores, sob a ditadura do relativismo, no dizer do papa Bento XVI. Vivemos em uma sociedade consumista e injusta, em que o prazer predomina nas motivações do sentir, pensar e do agir com consequências, inclusive, am-bientais. As violências de todos os tipos, como a concentração de renda, a prosti-tuição infantil, tráfico e consumo de dro-gas, corrupção em todos os níveis sociais, a conspurcação da sexualidade humana, o ataque à família, a manipulação pela publicidade, crescem em dimensões pla-netárias, o que manifesta um verdadei-ro retrocesso da civilização fundada no valor da pessoa humana. Só a repressão, que deveria ser o último recurso, é im-potente para conter a onda da violência e a consequente insegurança pública. É necessária a educação integral da pessoa que exige, como fonte dos valores, o en-contro pessoal e progressivo com Deus e a ação ética e política que deveria decor-rer desta experiência existencial.

A nossa fundada esperança se encon-tra na verdadeira experiência religiosa, que busca, no seu pólo objetivo, o Deus-

amor. A comunhão crescente, libertado-ra e salvífica com Ele é uma necessidade de sempre da criatura humana, e atual-mente urgentíssima, para a clareza da consciência do valor da pessoa humana, desde a sua concepção à morte natural. Discursos e iniciativas humanas, que não se apoiam na força do Alto, como os fa-tos demonstram, não levam à verdadeira libertação e à convicção profunda e cres-cente de si e dos outros como pessoas, imagens do Deus vivo, rocha segura para prevenir e proteger contra a insegurança de todas as tempestades.

Paulo Cesar da Silva é Mestre e Doutor em Filosofia, graduado em Teologia, Filosofia e Letras

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Page 15: Revista Cancao Nova de marco de 2009

AGENDA - MARÇO 2009

EVENTOS EM CACHOEIRA PAULISTA

Informações: (12) 3186-2600 - blog.cancaonova.com/eventos

Aprofundamento“Alegres na esperança, fortes na tribulação, perseverantes na oração” Rm 13,12Data: 6 a 8 de MarçoPresenças: Pe. José Augusto, Emir Nogueira, Dunga, Salette Ferreira e Eliana Ribeiro

Kairós para Mulheres“Alegres na esperança, fortes na tribulação, perseverantes na oração” Rm 13,12Data: 8 de MarçoPresenças: Monsenhor Jonas Abib, Luzia Santiago, Emir Nogueira, Eliana Ribeiro e Gil Duarte

II Encontro Latino-Americano“O sangue de Cristo tem poder”Data: 13 a 15 de MarçoPresenças: Neil Vélez, Monsenhor Jonas Abib, Pe. Roger Luis, Flavinho

Kairós para Homens“O justo viverá pela fé” Rm1,17Data: 22 de MarçoPresenças: Eugênio Jorge, Márcio Todeschini

EVENTOS PELO BRASIL

CURITIBA-PREncontro de OraçãoTema: “Ele nos libertou do mundo do mal”Data: 21 e 22 de Março Presença: Frei Josué Telefone para contato: (41) 3091-1370

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-SPShow em Comemoração ao Aniversário de 7 anos da Rádio Canção Nova em São José dos CamposData: 21 de MarçoPresenças: Diácono Nelsinho, Salette Ferreira e Ricardo SáTelefone para contato: (12) 3923-7000

Em ABRILAcampamento de Semana SantaTema: “Jesus Cristo o mesmo ontem, hoje e sempre”Data: 9 a 12 de AbrilPresença: Mons. Jonas, Pe. José Augusto, Pe. Cleidimar, Pe. Roger Luis, Pe. Bruno, Márcio Mendes

VEM AÍ...

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