Revista Cirurgia 00

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II Série Número 0 Março 2007 Revista Portuguesa de Cirurgia 1 Revista Portuguesa de Cirurgia Estatuto Editorial Dando cumprimento ao disposto no n.º 4 do art.º 3.º do decreto-Lei n.º 85C/75 de 26 de Fevereiro, a “Revista Portuguesa de Cirurgia” apresenta aqui o seu Estatuto Editorial. É propriedade da Sociedade Portuguesa de Cirurgia, e é o seu Órgão Oficial. Publicará trabalhos científi- cos do foro cirúrgico, estando também aberta a outros trabalhos e informações relacionadas com a actividade sócio-profissional, tendo como missão a promoção científica da Cirurgia Portuguesa, sendo orientada por crité- rios de rigor e criatividade editorial, sem qualquer dependência de ordem ideológica, política e económica e não fixando fronteiras regionais, nacionais ou culturais. Terá uma periodicidade trimestral, sendo os 4 números publi- cados, em Março, Junho, Setembro e Dezembro. Terá como Director o Editor-Chefe designado por convite pela Direcção da Sociedade Portuguesa de Cirurgia, que actuará também como Coordenador redactorial e como Conselho Científico os anteriores Presidentes e Secretários Gerais da Sociedade. A sua sede e Redacção será na sede da Sociedade Portuguesa de Cirurgia. O Editor Chefe

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II Série • Número 0 • Março 2007 Revista Portuguesa de Cirurgia

1

Revista Portuguesa de Cirurgia

Estatuto Editorial

Dando cumprimento ao disposto no n.º 4 do art.º 3.º do decreto-Lei n.º 85C/75 de 26 de Fevereiro, a“Revista Portuguesa de Cirurgia” apresenta aqui o seu Estatuto Editorial.

É propriedade da Sociedade Portuguesa de Cirurgia, e é o seu Órgão Oficial. Publicará trabalhos científi-cos do foro cirúrgico, estando também aberta a outros trabalhos e informações relacionadas com a actividadesócio-profissional, tendo como missão a promoção científica da Cirurgia Portuguesa, sendo orientada por crité-rios de rigor e criatividade editorial, sem qualquer dependência de ordem ideológica, política e económica e nãofixando fronteiras regionais, nacionais ou culturais. Terá uma periodicidade trimestral, sendo os 4 números publi-cados, emMarço, Junho, Setembro e Dezembro. Terá como Director o Editor-Chefe designado por convite pelaDirecção da Sociedade Portuguesa de Cirurgia, que actuará também como Coordenador redactorial e comoConselho Científico os anteriores Presidentes e Secretários Gerais da Sociedade. A sua sede e Redacção será nasede da Sociedade Portuguesa de Cirurgia.

O Editor Chefe

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Revista Portuguesa de Cirurgia

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Corpo Editorial Editor Chefe – José Manuel Schiappa, Editores associados – José Crespo Mendes de Almeida (Editor Científico),

José Augusto Gonçalves (Editor Técnico), Jorge Penedo (Editor de Supervisão), Amadeu Pimenta, Eduardo Xavier da Cunha

Edição e Propriedade Sociedade Portuguesa de Cirurgia – Rua Xavier Cordeiro, 30 – 1000-296 Lisboa, Telefs.: 218 479 225/6,

Fax: 218 479 227, E-mail [email protected] • Redacção e Publicidade SPOT Depósito Legal 255701/07, • Composição,

impressão e acabamento G.C. – Gráfica de Coimbra, Lda.

ÍNDICE

Estatuto Editorial/Editorial Guidelines . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1

World Medical Association Declaration of Helsinki/Declaração de Helsinquia

da Associação Médica Mundial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

International Guiding Principles for Biomedical Research Involving Animals/Princípios e Regras

Internacionais para a Investigação Biomédica que envolva o uso de Animais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

Editorial/Editorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

JOSÉ MANUEL SCHIAPPA

Página do Editor Técnico/Technical Editor Page . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

JOSÉ AUGUSTO GONÇALVES

Página da Sociedade Portuguesa de Cirurgia/Portuguese Society of Surgery Page . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

FERNANDO JOSÉ OLIVEIRA

Manifesto Editorial/Editorial – Our Aims . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

JOSÉ CRESPO MENDES DE ALMEIDA

Revista Portuguesa de Cirurgia II Série • n.° 0 • Março 2007

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Revisão Histórica/Historical Review

A S.P.C. Passado, Presente e Futuro/The Portuguese Society of Surgery; Past, Present and Future . . . . . . . . . . 21

JOSÉ MANUEL MENDES DE ALMEIDA

Artigo de Opinião/Opinion Article

Pós-graduação em Cirurgia/Post-graduate education in Surgery . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

MANUEL CARDOSO DE OLIVEIRA

Sociedades Científicas e Diversidade do Pensamento Cirúrgico/Scientific Societies and Diversity

of Surgical Thinking . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

FERNANDO VEIGA FERNANDES

Agenda/Agenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49

Instruções aos Autores/Instructions to Authors . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55

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A. INTRODUCTION

1. TheWorld Medical Association has developed theDeclaration of Helsinki as a statement of ethicalprinciples to provide guidance to physicians andother participants in medical research involvinghuman subjects. Medical research involving humansubjects includes research on identifiable humanmaterial or identifiable data.

2. It is the duty of the physician to promote and safe-guard the health of the people. The physician'sknowledge and conscience are dedicated to the ful-fillment of this duty.

3. The Declaration of Geneva of the World MedicalAssociation binds the physician with the words,"The health of my patient will be my first consid-eration," and the International Code of MedicalEthics declares that, "A physician shall act only inthe patient's interest when providing medical carewhich might have the effect of weakening the phys-ical and mental condition of the patient."

4. Medical progress is based on research which ulti-mately must rest in part on experimentationinvolving human subjects.

5. In medical research on human subjects, considera-tions related to the well-being of the human subjectshould take precedence over the interests of scienceand society.

6. The primary purpose of medical research involv-ing human subjects is to improve prophylactic,diagnostic and therapeutic procedures and theunderstanding of the aetiology and pathogenesis of

disease. Even the best proven prophylactic, diag-nostic, and therapeutic methods must continu-ously be challenged through research for theireffectiveness, efficiency, accessibility and quality.

7. In current medical practice and in medicalresearch, most prophylactic, diagnostic and thera-peutic procedures involve risks and burdens.

8. Medical research is subject to ethical standards thatpromote respect for all human beings and protecttheir health and rights. Some research populationsare vulnerable and need special protection.The par-ticular needs of the economically and medically dis-advantaged must be recognized. Special attention isalso required for those who cannot give or refuseconsent for themselves, for those who may be sub-ject to giving consent under duress, for those whowill not benefit personally from the research and forthose for whom the research is combined with care.

9. Research Investigators should be aware of the ethi-cal, legal and regulatory requirements for researchon human subjects in their own countries as well asapplicable international requirements. No nationalethical, legal or regulatory requirement should beallowed to reduce or eliminate any of the protectionsfor human subjects set forth in this Declaration.

B. BASIC PRINCIPLES FOR ALL MEDICAL RESEARCH

10. It is the duty of the physician in medical researchto protect the life, health, privacy, and dignity ofthe human subject.

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WORLD MEDICAL ASSOCIATION DECLARATION OF HELSINKIEthical Principles for Medical Research Involving Human Subjects

Adopted by the 18th WMA General Assembly, Helsinki, Finland, June 1964, and amended by the 29th WMA General Assembly,

Tokyo, Japan, October 1975, 35th WMA General Assembly, Venice, Italy, October 1983 41st WMA General Assembly, Hong Kong,

September 1989, 48th WMA General Assembly, Somerset West, Republic of South Africa, October 1996 and the 52nd WMA Gen-

eral Assembly, Edinburgh, Scotland, October 2000. Note of Clarification on Paragraph 29 added by the WMA General Assembly,

Washington 2002. Note of Clarification on Paragraph 30 added by the WMA General Assembly, Tokyo 2004

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11. Medical research involving human subjects mustconform to generally accepted scientific princi-ples, be based on a thorough knowledge of thescientific literature, other relevant sources ofinformation, and on adequate laboratory and,where appropriate, animal experimentation.

12. Appropriate caution must be exercised in the con-duct of research which may affect the environ-ment, and the welfare of animals used for researchmust be respected.

13. The design and performance of each experimen-tal procedure involving human subjects should beclearly formulated in an experimental protocol.This protocol should be submitted for consider-ation, comment, guidance, and where appropri-ate, approval to a specially appointed ethicalreview committee, which must be independent ofthe investigator, the sponsor or any other kind ofundue influence. This independent committeeshould be in conformity with the laws and regu-lations of the country in which the research exper-iment is performed. The committee has the rightto monitor ongoing trials. The researcher has theobligation to provide monitoring information tothe committee, especially any serious adverseevents. The researcher should also submit to thecommittee, for review, information regardingfunding, sponsors, institutional affiliations, otherpotential conflicts of interest and incentives forsubjects.

14. The research protocol should always contain astatement of the ethical considerations involvedand should indicate that there is compliance withthe principles enunciated in this Declaration.

15. Medical research involving human subjectsshould be conducted only by scientifically quali-fied persons and under the supervision of a clini-cally competent medical person. The responsibil-ity for the human subject must always rest with amedically qualified person and never rest on thesubject of the research, even though the subjecthas given consent.

16. Every medical research project involving human

subjects should be preceded by careful assessmentof predictable risks and burdens in comparisonwith foreseeable benefits to the subject or to oth-ers. This does not preclude the participation ofhealthy volunteers in medical research. Thedesign of all studies should be publicly available.

17. Physicians should abstain from engaging inresearch projects involving human subjects unlessthey are confident that the risks involved havebeen adequately assessed and can be satisfactorilymanaged. Physicians should cease any investiga-tion if the risks are found to outweigh the poten-tial benefits or if there is conclusive proof of pos-itive and beneficial results.

18. Medical research involving human subjectsshould only be conducted if the importance ofthe objective outweighs the inherent risks andburdens to the subject. This is especially impor-tant when the human subjects are healthy volun-teers.

19. Medical research is only justified if there is a rea-sonable likelihood that the populations in whichthe research is carried out stand to benefit fromthe results of the research.

20. The subjects must be volunteers and informedparticipants in the research project.

21. The right of research subjects to safeguard theirintegrity must always be respected. Every precau-tion should be taken to respect the privacy of thesubject, the confidentiality of the patient's infor-mation and to minimize the impact of the studyon the subject's physical and mental integrity andon the personality of the subject.

22. In any research on human beings, each potentialsubject must be adequately informed of the aims,methods, sources of funding, any possible con-flicts of interest, institutional affiliations of theresearcher, the anticipated benefits and potentialrisks of the study and the discomfort it mayentail. The subject should be informed of theright to abstain from participation in the study orto withdraw consent to participate at any timewithout reprisal. After ensuring that the subject

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has understood the information, the physicianshould then obtain the subject's freely-giveninformed consent, preferably in writing. If theconsent cannot be obtained in writing, the non-written consent must be formally documentedand witnessed.

23. When obtaining informed consent for theresearch project the physician should be particu-larly cautious if the subject is in a dependent rela-tionship with the physician or may consent underduress. In that case the informed consent shouldbe obtained by a well-informed physician who isnot engaged in the investigation and who is com-pletely independent of this relationship.

24. For a research subject who is legally incompetent,physically or mentally incapable of giving consentor is a legally incompetent minor, the investigatormust obtain informed consent from the legallyauthorized representative in accordance withapplicable law. These groups should not beincluded in research unless the research is neces-sary to promote the health of the population rep-resented and this research cannot instead be per-formed on legally competent persons.

25. When a subject deemed legally incompetent, suchas a minor child, is able to give assent to decisionsabout participation in research, the investigatormust obtain that assent in addition to the con-sent of the legally authorized representative.

26. Research on individuals from whom it is not pos-sible to obtain consent, including proxy oradvance consent, should be done only if the phys-ical/mental condition that prevents obtaininginformed consent is a necessary characteristic ofthe research population. The specific reasons forinvolving research subjects with a condition thatrenders them unable to give informed consentshould be stated in the experimental protocol forconsideration and approval of the review com-mittee. The protocol should state that consent toremain in the research should be obtained as soonas possible from the individual or a legally author-ized surrogate.

27. Both authors and publishers have ethical obliga-tions. In publication of the results of research, theinvestigators are obliged to preserve the accuracyof the results. Negative as well as positive resultsshould be published or otherwise publicly avail-able. Sources of funding, institutional affiliationsand any possible conflicts of interest should bedeclared in the publication. Reports of experi-mentation not in accordance with the principleslaid down in this Declaration should not beaccepted for publication.

C. ADDITIONAL PRINCIPLES FOR MEDICAL

RESEARCH COMBINEDWITH MEDICAL CARE

28. The physician may combine medical researchwith medical care, only to the extent that theresearch is justified by its potential prophylactic,diagnostic or therapeutic value. When medicalresearch is combined with medical care, addi-tional standards apply to protect the patients whoare research subjects.

29. The benefits, risks, burdens and effectiveness of anew method should be tested against those of thebest current prophylactic, diagnostic, and thera-peutic methods. This does not exclude the use ofplacebo, or no treatment, in studies where noproven prophylactic, diagnostic or therapeuticmethod exists.1

30. At the conclusion of the study, every patiententered into the study should be assured of accessto the best proven prophylactic, diagnostic andtherapeutic methods identified by the study.2

31. The physician should fully inform the patientwhich aspects of the care are related to theresearch. The refusal of a patient to participate ina study must never interfere with the patient-physician relationship.

32. In the treatment of a patient, where proven pro-phylactic, diagnostic and therapeutic methods donot exist or have been ineffective, the physician,with informed consent from the patient, must be

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free to use unproven or new prophylactic, diag-nostic and therapeutic measures, if in the physi-cian's judgement it offers hope of saving life, re-establishing health or alleviating suffering.Wherepossible, these measures should be made theobject of research, designed to evaluate their safetyand efficacy. In all cases, new information shouldbe recorded and, where appropriate, published.The other relevant guidelines of this Declarationshould be followed.

1 Note of clarification on paragraph 29 of the WMA Decla-ration of HelsinkiThe WMA hereby reaffirms its position that extreme care

must be taken in making use of a placebo-controlled trial andthat in general this methodology should only be used in theabsence of existing proven therapy. However, a placebo-controlledtrial may be ethically acceptable, even if proven therapy is avail-able, under the following circumstances:

– Where for compelling and scientifically sound method-ological reasons its use is necessary to determine the efficacy orsafety of a prophylactic, diagnostic or therapeutic method; or– Where a prophylactic, diagnostic or therapeutic method is

being investigated for a minor condition and the patients whoreceive placebo will not be subject to any additional risk of seri-ous or irreversible harm.All other provisions of the Declaration of Helsinki must be

adhered to, especially the need for appropriate ethical and scien-tific review.

2 Note of clarification on paragraph 30 of the WMA Decla-ration of HelsinkiThe WMA hereby reaffirms its position that it is necessary

during the study planning process to identify post-trial access bystudy participants to prophylactic, diagnostic and therapeuticprocedures identified as beneficial in the study or access to otherappropriate care. Post-trial access arrangements or other care mustbe described in the study protocol so the ethical review commit-tee may consider such arrangements during its review.

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(Esta é a última versão oficial desta Declaração que ainda não tem versão traduzida para português)

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BASIC PRINCIPLES

I – The advancement of biological knowledge

and the development of improved means for the

protection of the health and well-being both of

man and of animals require recourse to experi-

mentation on intact live animals of a wide variety

of species.

II – Methods such as mathematical models,

computer simulation and in vitro biological sys-

tems should be used wherever appropriate.

III – Animal experiments should be under-

taken only after due consideration of their rele-

vance for human or animal health and the

advancement of biological knowledge.

IV – The animals selected for an experiment

should be of appropriate species and quality, and

the minimum number required to obtain scien-

tifically valid results.

V – Investigators and other personnel should

never fail to treat animals as sentient, and should

regard their proper care and use and the avoid-

ance or minimization of discomfort distress, or

pain as ethical imperatives.

VI – Investigators should assume that would

cause pain in human beings cause pain in other

vertebrate species, although more needs to be

known about the perception of pain in animals.

VII – Procedures with animals that may cause

more than momentary or minimal pain distress

should be performed with appropriate sedation,

analgesia, or anaesthesia in accordance with

accepted veterinary practice. Surgical or other

painful procedures should not be performed on

ananesthetized animals paralyzed by chemical

agents.

VIII –Where waivers are required in relation to

the provisions of article, the decisions should not

INTERNATIONAL GUIDING PRINCIPLES

FOR BIOMEDICAL RESEARCH INVOLVING ANIMALS

Because of differing legal systems and cultural backgrounds there are varying approaches to the use of animals forresearch, testing, or training in different countries. Nonetheless, their use should be always in accord with humane prac-tices. The varying approaches in different countries to the use of animals for biomedical purposes, and the lack of relevantlegislation or formal self-regulatory mechanisms in some, point to the need for international guiding principles elaboratedas a result of international and interdisciplinary consultations. These guiding principles that follow provide a frameworkfor more specific national or institutional provisions. They apply, not only to biomedical research but also to all uses of ver-tebrate animals for other biomedical purposes, including the production and testing of therapeutic, prophylactic, and diag-nostic substances, the diagnosis of infections and intoxications in man and animals, and to any other procedures involv-ing the use of intact live vertebrates.

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rest solely with the investigators directly con-

cerned but should be made, with due regard to

the provisions of articles and, by a suitably con-

stituted review body. Such waivers should not be

made solely for the purpose of teaching or

demonstration.

IX – At the end of, or when appropriate, dur-

ing an experiment, animals that would otherwise

suffer severe or chronic pain, distress, discomfort,

or disablement that cannot be relieved should be

painlessly killed.

X – The best possible living conditions should

be maintained for animals kept for biomedical

purposes. Normally the care of animals should be

under the supervision of veterinarians having

experience in laboratory animal science. In any

case, veterinary care should be available as

required.

XI – Is it the responsibility of the director of

an institute or department using animals to

ensure that investigators and personnel have

appropriate qualifications or experience for con-

ducting procedures on animals. Adequate oppor-

tunities shall be provided for in-service training,

including the proper and humane concern for the

animals under their care.

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Caros Colegas e Consócios,

Fazemos agora sair o primeiro número da segunda série da “nossa” Revista Portuguesa de Cirur-

gia, órgão oficial da Sociedade Portuguesa de Cirurgia. Esta Revista terá uma periodicidade trimestral,

sendo os 4 números publicados, em Março, Junho, Setembro e Dezembro.

Foi no fim do século XIX que nasceram as primeiras Sociedades Cirúrgicas Nacionais. A primeira

Sociedade Cirúrgica Internacional foi a “Societé Internationale de Chirurgie”, fundada em 1902. Estas

Sociedades passaram, muito rapidamente, a estar ligadas a Revistas Científicas, como modo de veicu-

lar a informação produzida. Os propósitos das Sociedades e das suas Revistas e Jornais mantêm-se,

passado um século. Enquanto as Sociedades procuram promover o progresso da ciência que lhes está

associada, pela discussão e pelo incentivo à pesquisa, com troca de conhecimentos, inovação e expe-

riências, as Revistas disseminam os resultados e a informação obtida, coligida e discutida. A educação

e a promoção dos mais altos padrões de qualidade na prática da arte da cirurgia, com a facilitação da

troca de ideias de forma regular e prática, através desses meios de comunicação, é um propósito que se

mantém e que vamos procurar retomar dentro do meio cirúrgico nacional.

Todos receberam o informação postal que a Direcção da Sociedade enviou anunciando este pro-

jecto e, em consequência, têm uma ideia dos nossos propósitos e daquilo que esperamos. No entanto,

dado o envolvimento que se deseja, da parte de todos os profissionais envolvidos nestas áreas, volto a

referir alguns destes temas.

Ao aceitar o convite que me foi feito para liderar a equipa editorial, não escondi a dificuldade da

tarefa. O que se pretende atingir com esta publicação é um alto padrão de qualidade e um envolvimento

científico que implica vontade de todos em colaborar e contribuir, não só com participação e ideias,

mas sobretudo com o envio de trabalhos científicos.

O que foi sugerido pela Direcção como meta inicial, de uma de muitas etapas que projectos seme-

lhantes têm de ir ultrapassando, foi a obtenção da indexação internacional da Revista, na New York

Library of Medicine. É uma fasquia muito alta e que implica trabalho – o vosso mais do que o nosso

EDITORIAL

José Manuel Schiappa

Editor Chefe da Revista Portuguesa de Cirurgia

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José Manuel Schiappa

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– de qualidade e continuado. Da nossa parte fica o compromisso de “agitar as águas” e despertar o

entusiasmo, mantendo a “chama” acesa e um estímulo contínuo para que colaborem.

A meta da indexação não é, no entanto, “O objectivo”. O objectivo está definido no nosso outro

Editorial, do Editor Científico e que reflecte o ponto de vista dos Editores. O propósito principal é o

de termos um fórum de discussão científica, um local de publicação dos nossos textos (científicos e pro-

fissionais) e, sobretudo, um local de encontro regular para a educação permanente e para a formação

de todos nós: os que ainda estão em treino e os que já o acabarammas que se mantêm interessados nessa

constante e “obrigatória” actualização.

Para que tudo “funcione”, para além da colaboração que mencionei, há que aceitar o modo de fun-

cionamento da Revista que terá que ser consentâneo com as exigências internacionais e que apenas

corresponde ao que é hoje o uso comum no mundo científico. Há regras de apresentação de trabalhos,

em quantidade, tipo e qualidade, que não estão dentro dos nossos hábitos, pelo que será necessário

“convertermo-nos”. Temos neste número algumas páginas explicitando o que é necessário cumprir.

Por estas razões haverá que seguir uma política de rigor quanto a revisão de trabalhos e sua aceitação

para publicação; dentro deste espírito haverá que entender que o que se pretende é apenas promover

e elevar o nível científico e não deverá haver lugar a mal-entendidos.

A nossa Equipa Editorial é constituída do seguinte modo:

Editor-Chefe – José Manuel Schiappa

Editores Associados – José Crespo Mendes de Almeida (Editor Científico)

José Augusto Gonçalves (Editor Técnico)

Jorge Penedo (Editor de Supervisão)

Amadeu Pimenta

Eduardo Xavier da Cunha

É em nome de “eficácia” que desejo trabalhar com uma equipa editorial de dimensões reduzidas

para que se obtenham resultados com alguma facilidade de decisões; que não fiquem ofendidos ou se

sintammenorizados os (muitos) que não forem agora incluídos. Depois de atingida a velocidade de cru-

zeiro, chegará a altura de dar o lugar a outros e de renovar de forma continuada a equipa; também para

isto iremos seguindo com atenção o empenhamento e a qualidade do material científico e outro que

nos for chegando.

Este número “Zero” que agora vos é apresentado tem uma estrutura ligeiramente diferente do que

viremos a ter depois e de forma continuada; trata-se de um “Número de Fundação” que, por isso

mesmo, tem características diferentes. No entanto, nada obsta a que os bons trabalhos científicos

originais comecem a ser publicados quanto antes! Para além das vossas ideias, enviem-me os vossos

trabalhos!

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Editorial

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Para já, estão previstas algumas “fontes” de textos para publicação, para além daqueles que serão

por convite e dos que serão enviados espontaneamente; esperamos que estes sejam muitos! Os traba-

lhos “Candidatos a prémio” do nosso Congresso anual, as apresentações (convertidas a texto) feitas em

algumas das nossas reuniões regulares (como as “Um dia, um tema”, as “Reuniões de Consenso”, a

“Mesa Redonda Nacional relacionada com o Consenso” e os Cursos Pós Graduados) são algumas des-

sas “fontes” que estamos a mencionar. É preciso, contudo, que os autores, uma vez mais, cumpram pra-

zos editoriais e convertam os textos – o que não é fácil ou rápido – para que sejam publicados dentro

das regras.

Em relação a toda a estrutura da Revista tenho mais algumas ideias a partilhar convosco e alguns

pontos de informação. Em páginas seguintes deste número estão publicadas regras Editoriais, Instru-

ções para envio de Trabalhos e regras e textos vários relacionados com estes pontos. Os Editores acon-

selham-vos a guardarem este número porque essas páginas virão a ser necessárias para futuras consul-

tas. Ainda que, por exemplo, as “Instruções” possam parecer não ser tema de leitura, verão que vos vão

fornecer alguma informação quanto a toda a Revista. Vamos também colocar toda esta informação

on-line, na área específica da Revista, no site da Sociedade.

Deveremos, no futuro, e em função das necessidades e do tipo de trabalhos enviados para publi-

cação, vir a ter Editores Convidados fora da área nacional da Cirurgia – em Estatística, em Gastroen-

terologia ou em Anatomia Patológica, entre outros. Eventualmente viremos a ter, em alguns números

da Revista, Editores Convidados para certo número de páginas, dedicadas a temas de actualidade. Estes

Editores serão convidados, em princípio, de entre Especialistas reconhecidos nessas áreas, podendo ser

Especialistas Nacionais ou Internacionais; poderão mesmo ser de Especialidades afins, conforme os

temas a designar.

Todos os sócios poderão ser chamados a desempenhar tarefas de “Revisores” dos trabalhos envia-

dos para publicação. Os Revisores serão escolhidos, caso a caso, de acordo com o teor dos trabalhos

enviados, para executar – se assim o quiserem – as tarefas de revisão, de acordo com regras já elabora-

das e que serão divulgadas em breve. Fundamental é o cumprimento, por todos os envolvidos, dos

prazos estabelecidos.

Poderão, também, serem chamados para participar – por convite – em Grupos de trabalho orga-

nizados pontualmente para determinados propósitos como a elaboração de recomendações sobre vários

assuntos científicos ou de organização profissional ou a elaboração de consensos.

Contudo, esperamos que a colaboração mais alargada e profícua seja a do vosso envio de artigos

científicos.

A Revista procurará cobrir todas as áreas que são consideradas como abrangidas pela Cirur-

gia Geral, sejam as científicas e técnicas sejam as “periféricas”, ligadas à Educação e treino, políticas

hospitalares e de saúde e outras. Procuraremos dar grande ênfase a tudo o que se relacione com a

formação.

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José Manuel Schiappa

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A estrutura da Revista incluirá um número grande de secções. Não existirão todas, como é evi-

dente, em todos os números. Dando-vos uma breve resenha de quais serão:

Os artigos aceites para publicação poderão ser escritos, para além do Português, em Inglês, Francês ou

Espanhol.

Teremos duas páginas iniciais de Editoriais, uma da responsabilidade dos Editores, outra da Socie-

dade Portuguesa de Cirurgia.

Uma secção de “Cartas ao Editor”, para onde poderão enviar os vossos comentários ao que foi

publicado.

Quanto a artigos científicos teremos diversas secções: Artigos de Opinião e Artigos de Revisão, na

sua maioria por convite, dirigidos a temas de actualidade. Artigos científicos Originais, que deverão ser

a área de maior interesse e dimensão, Casos Clínicos e “Controvérsias” (onde se dará voz a posições dis-

tintas sobre opções científicas e/ou de actuação). Alguns destes artigos poderão ser complementados por

“Pontos de vista” de Especialistas da área, convidados a fazer curtos comentários e, no caso das “Contro-

vérsias” haverá espaço para um fórum de discussão.

As secções dirigidas a informação pela imagem serão “Passos Técnicos”, uma ilustração passo a

passo de determinadas técnicas, numa eventual abertura para um futuro Atlas, e Imagens para Cirur-

giões, onde se publicarão imagens características, raras ou pouco usuais.

Teremos uma secção de “Recomendações ou Linhas de Actuação” a articular cuidadosamente com

as Evidências mais actuais.

Haverá espaço para Formação e Educação, História e Carreiras Profissionais, Património Cultu-

ral, Gestão e Deontologia e Ética.

Na área da Informação teremos uma Revista de Imprensa, Agenda, e

Novidades e Notícias.

Espero que venham a ter bons momentos com a Revista Portuguesa de Cirurgia e espero que ela

venha ao encontro do que desejavam. Por outro lado, repetindo o que já foi dito acima, fico à espera

das vossas impressões, ideias e participação.

Com as melhores saudações científicas,

com os desejos do sucesso desta nossa Revista e com um abraço amigo.

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Mediaram 14 anos desde 1993, este

facto é a razão de ser destas linhas escritas

pelo mesmo editor que assumiu as duas

edições tão espaçadas no tempo e em cir-

cunstâncias e realidades tão diversas.

Foi com grande prazer, e com um sen-

timento de enorme privilégio que em 1993

aceitei pertencer à Direcção da Sociedade

Portuguesa de Cirurgia na qualidade de

Vogal, a convite do Dr. Jorge Girão que

assumiu a Presidência.

Fazendo parte de uma equipa excep-

cionalmente dinâmica e imaginativa,

salientando a colaboração do Eduardo

Barroso- Secretário Geral, pela sua ener-

gia, e iniciativa, cedo nasceu a ideia

extremamente ousada para a altura, de

editar autonomamente uma revista da

nossa Sociedade.

Com pouca experiência significativa

anterior, assumi, tendo como Editor

Adjunto o Francisco Oliveira Martins,

penso que o mais jovem da equipa com

grande vocação estética e artística, a real-

ização do projecto editorial.

Produzido de uma forma perfeitamente artesanal e amadora, foi por nós assumida, com a ajuda preciosa do

amigo Helder Lemos da Editora que imprimiu a revista, a opção gráfica, a composição, a paginação, a gestão da

publicidade e mesmo em parte a responsabilidade da produção. Com uma capa e logótipo excelentes da respon-

Página do Editor TécnicoJosé Augusto Gonçalves

Page 16: Revista Cirurgia 00

sabilidade do Editor Adjunto foi editado

o n.° 1 emMarço de 1993 servindo como

livro de resumos de apoio ao Congresso

da Sociedade Portuguesa de Cirurgia.

Apesar do cuidado havido, e do tempo e

esforço dispendido na produção e revisão,

foram inevitáveis algumas gralhas impor-

tantes como o lamentável esquecimento

da referência do ano na capa e algumas

trocas de ficheiros das sessões das Comu-

nicações que provocaram na altura, algu-

mas raras mas compreensíveis reclamações

por vezes acaloradas mas que se

resolveram com a boa vontade de todos.

Como curiosidade, mostra-se nas

duas imagens a capa do n.° 1 com a

referida insuficiência da data, assim como

a página da Ficha Técnica com o Estatuto

Editorial assinado pelo Dr. Jorge Girão,

obrigatório no primeiro número de qual-

quer publicação.

Também como curiosidade referir

que, ao se tentar legalizar a publicação se

detectaram lacunas legais relacionadas

com a existência formal da própria Sociedade que foram de pronto regularizadas. Mais não fosse, teve a nossa

iniciativa essa utilidade.

Por razões várias, foi ao fim de uns números descontinuada a sua publicação, passando outra revista

(Arquivos) a ser o Órgão Oficial da Sociedade com excelente qualidade.

Ao fim de14 anos, como atrás referi, foi tomada a decisão pela actual Direcção de novamente editar a nossa

revista. Confrontado com o convite do Editor Chefe, José Manuel Schiappa, amigo de sempre, e com o qual é

sempre um prazer conviver e trabalhar, aceitei o repto de novamente assumir o cargo integrado numa estrutu-

rada equipa editorial, esperando merecer a confiança em mim depositada.

Com novo grafismo, a Revista sai novamente aquando da realização do Congresso, sendo nossa intenção que

tenha uma vida longa, servindo como veículo científico fundamental para a Cirurgia em Portugal.

José Augusto Gonçalves

José Augusto Gonçalves

16

Page 17: Revista Cirurgia 00

II Série • Número 0 • Março 2007 Revista Portuguesa de Cirurgia

17

Página da S.P.C.

Fernando José Oliveira

Presidente da Sociedade Portuguesa de Cirurgia

A existência de uma publicação científica periódica que constituísse um espaço de partilha de

conhecimentos, permuta de experiências, de renovação e actualização de conceitos era, desde há muito,

um desejo de largos sectores da comunidade cirúrgica nacional e uma obrigação da Sociedade Portu-

guesa de Cirurgia.

Razões e vicissitudes diversas contribuíram para a dificuldade de afirmação das duas revistas que

estiveram ligadas à Sociedade Portuguesa de Cirurgia.

A Revista Portuguesa de Cirurgia, que se publicou entre 1992 e 1998 com uma periodicidade

anual, não foi projectada nem dinamizada como um verdadeiro jornal científico.

Os Arquivos Portugueses de Cirurgia, órgão oficial da Sociedade Portuguesa de Cirurgia desde

1999, confrontaram-se com inúmeros condicionalismos que se reflectiram negativamente na regula-

ridade e periodicidade da sua publicação a que se associou a circunstância dos seus conteúdos não

serem submetidos a uma apreciação critica selectiva.

Importa, todavia, realçar o contributo inestimável que esta revista teve na divulgação dos traba-

lhos científicos dos cirurgiões portugueses e, por isso, desejamos expressar aos proprietários, a Asso-

ciação de Estudantes da Faculdade de Medicina do Porto e ao seu Editor, Prof. Doutor José Amarante,

o profundo reconhecimento da Sociedade Portuguesa de Cirurgia.

No manifesto de candidatura aos corpos sociais da Sociedade Portuguesa de Cirurgia que apresen-

támos em Fevereiro de 2006, propusemos, entre outras medidas, a criação de uma revista própria que pos-

sibilitasse de forma periódica, regular, continuada e cientificamente criteriosa a publicação de trabalhos

dos cirurgiões portugueses.

Um ano após termos sido eleitos e coincidindo com a realização do XXVII Congresso Nacional,

constitui para a actual direcção um momento gratificante ver surgir o número zero do novo órgão ofi-

cial da Sociedade Portuguesa de Cirurgia.

Page 18: Revista Cirurgia 00

Optámos por manter a designação original da revista e entendemos que a viabilidade da sua publi-

cação dependeria, essencialmente, da agilização de processos consubstanciada numa estrutura editorial

independente da Direcção da Sociedade Portuguesa de Cirurgia.

Nesta perspectiva, recuperámos o nome de Revista Portuguesa de Cirurgia e convidámos para

Editor Chefe o Dr. José Manuel Schiappa, que aceitou esta difícil missão após a definição consensual

da matriz editorial que vai suportar a revista.

Os objectivos da Revista Portuguesa de Cirurgia (2ª série), a sua concepção editorial e as suas

linhas programáticas, já foram comunicadas aos sócios através de uma carta do Editor Chefe e do

manifesto editorial do Editor Cientifico.

Importa, apenas, reafirmar a independência editorial da revista em relação à Direcção da Socie-

dade Portuguesa de Cirurgia, pelo que a linha editorial deste e dos futuros números da Revista Portu-

guesa de Cirurgia são da exclusiva responsabilidade do seu Corpo Editorial.

Esperamos, deste modo, ter contribuído para a concretização de um desafio a que nos propuse-

mos com o objectivo de promover e dignificar a cirurgia portuguesa.

O futuro da Revista Portuguesa de Cirurgia vai depender de todos nós, do nosso envolvimento,

disponibilidade, espírito de colaboração e, sobretudo, da vontade de assumirmos uma cultura de exi-

gência e qualidade capaz de reflectir os múltiplos progressos da moderna cirurgia portuguesa.

Presidente da Sociedade Portuguesa de Cirurgia

Fernando José Oliveira

18

Page 19: Revista Cirurgia 00

II Série • Número 0 • Março 2007 Revista Portuguesa de Cirurgia

19

É de há muito sentida, pelos cirurgiões portugueses, a necessidade de disporem de um Jornal cien-

tífico que sirva os intuitos de promover o desenvolvimento da Cirurgia Nacional. No passado, várias

tentativas de criação deste órgão tiveram sucessos distintos que, no entanto, culminaram no actual

vazio nesta matéria. Jornais como os Arquivos Portugueses de Cirurgia ou a Revista da Sociedade Por-

tuguesa de Cirurgia (SPC), apesar dos esforços desenvolvidos, vieram a soçobrar num crescendo de difi-

culdades que impediu a sua continuidade.

Foram razões de natureza vária que condicionaram estes insucessos. As inevitáveis limitações finan-

ceiras, a dificuldade em obter artigos de qualidade que despertem o interesse dos leitores, bem como a

ausência de tradição de uma Revista Portuguesa de Cirurgia, contribuíram seguramente pela sua conju-

gação para a presente situação.

Foi do entendimento da Direcção da SPC que as necessidades e anseios que acima referimos se

mantinham e que haveria, no momento actual, condições para o relançamento da Revista Portuguesa

de Cirurgia. Assim, promoveu a constituição de um corpo editorial para a Revista e criou condições

de continuidade de publicação para um horizonte considerado razoável. É, na sequência destes passos,

que o presente manifesto tem lugar, tendo como objectivo apresentar aos sócios esta iniciativa e soli-

citar o contributo de todos para o seu bom sucesso.

A missão da Revista Portuguesa de Cirurgia é a promoção científica da Cirurgia Portuguesa.

A Revista propõe cumprir esta missão através da prossecução de dois objectivos gerais, a promo-

ção da cultura científica dos cirurgiões portugueses e, a sua constituição como veículo de divulgação

do trabalho de índole científica produzido pelos mesmos.

São objectivos editoriais da Revista a publicação, em língua portuguesa e outras, de artigos origi-

nais sobre matérias do foro cirúrgico, de artigos apresentando as melhores e mais actualizadas práticas

da especialidade, de artigos de índole pedagógica e de artigos de opinião.

Entendeu o corpo editorial da Revista que, para cumprir os objectivos que lhe foram propostos,

seria desejável que o seu funcionamento envolvesse um pequeno número de membros que assegura-

riam a totalidade das tarefas estritamente editoriais. Esta opção foi baseada na necessária operaciona-

Manifesto EditorialJosé Crespo Mendes de Almeida

Editor Científico da Revista Portuguesa de Cirurgia

Page 20: Revista Cirurgia 00

José Crespo Mendes de Almeida

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lidade, que possibilite o renascimento da Revista da forma mais rápida e eficaz, bem como na clara van-

tagem de inicialmente trabalhar com uma equipa pequena e coesa.

Considerou-se também essencial para o lançamento da Revista, definir de forma clara a existên-

cia de um corpo de revisores para procederem à análise e selecção dos artigos a publicar. O corpo edi-

torial da Revista entendeu que este corpo de revisores deveria ser constituído por todos os sócios da

SPC. Caberá ao corpo editorial seleccionar um grupo de três cirurgiões, com interesse nas matérias em

causa, que fará a avaliação de cada artigo candidato a publicação.

O desenvolvimento de objectivos de natureza pedagógica conduziu o corpo editorial a considerar

como importante a publicação regular, a seu pedido, de artigos formativos sobre matérias da Cirurgia

Geral ou de especialidades com actividades afins. Serão, para este efeito, solicitadas colaborações a

autores de reconhecida competência sobre as matérias em foco. Com o mesmo intuito foi criada a sec-

ção de “Journal Club”, em que o autor pode seleccionar um artigo recente da literatura e publicar a

sua opinião sobre o mesmo.

Considerou-se também importante a publicação de um número limitado de pequenos artigos de

opinião, que pela sua natureza não são sujeitos a revisão, com o intuito de constituir um fórum de

debate sobre os problemas que envolvem a actividade da Cirurgia Geral.

O corpo editorial da Revista Portuguesa de Cirurgia manifesta a sua total disponibilidade e empe-

nho em alcançar os objectivos aqui apresentados. Será empregue a metodologia que foi sumariamente

enunciada, tendo no entanto sempre presente a realidade da Cirurgia Nacional. Só com o contributo

de todos, quer sob a forma de artigos, quer com a sua leitura empenhada, poderão os Cirurgiões Por-

tugueses dispor da sua Revista Científica e assegurar a sua continuidade ao longo do tempo.

José Crespo Mendes de Almeida

Page 21: Revista Cirurgia 00

II Série • Número 0 • Março 2007 Revista Portuguesa de Cirurgia

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Pediram-me ou mandaram-me não sei bem, ir bus-car ás minhas memórias e aos documentos que exis-tem, como nasceu e cresceu a nossa Sociedade.Mas narremos os factos.A memória deu-me o prazer de relembrar coisas que

influenciaram o meu trajecto. Tive a felicidade de tertrês Mestres, todos excepcionais, todos diferentes, Ciddos Santos, Rafael Bello Moraes e Cândido Silva. Sem-pre tenho defendido a vantagem do contacto commais do que uma Escola, conhecer mais do que umamaneira de pensar. Seria bom haver um estágio deopção obrigatório num Serviço à escolha.Todos eles me incutiram o espírito da investigação

clínica, da comunicação e participação de resultadosDuas Sociedades me surgiram logo após o início do

Internato nos H.C.L., a Sociedade das Ciências Médi-cas de Lisboa e a Sociedade Medica dos H.C.L. Umacentenária com a sede na Rua do Alecrim, a outra noHosp. de St. Ant. dos Capuchos.Quem alguma vez entrou na sede da Rua do Ale-

crim, nunca mais poderá esquecer a solenidade da sala,com os seus cortinados de veludo vermelho e o pesoque se sentia sobre nós por ali terem passado todos osvultos da Medicina Portuguesa que venerávamos. Erareal a sensação de voltar ao século passado.Foi aí que fizemos a nossa primeira comunicação:

Casuística dosTumores Benignos do Estômago. Serv. deMed. Op.; Hosp. de St. Maria. Dir. Prof. Bello Moraes.Estávamos em 1964, tinha voltado de Angola. A

guerra de África foi má para tudo e a Medicina nãoescapou. Afectou profundamente a formação dos

recém licenciados, que eram logo mobilizados.Quando voltavam as rotinas adquiridas tinham efei-tos nocivos.Mas voltando um pouco atrás, à S.M. dos HCL

relembro os cursos para internos organizados porAlfredo Franco, que vieram pôr em foco formação pós-graduada e que para a minha geração foram ummarcoimportante, no fundo o início do que hoje se chamaformação contínua.As Sociedades Cientificas pela sua independência

são fundamentais, são um palco onde nos sujeitamoslivremente às críticas dos outrosO cirurgião e as suas características, talvez tenham

atrasado o crescimento da S.P.C. As referências à figurado Cirurgião no livro de Fernando Namora, talvez aju-dem a explicá-lo.Duas reuniões poderão ter tido influência na neces-

sidade da sua existência. Uma, as sessões que decor-riam aos sábados, que organizávamos envolvendotodos os serviços de Cirurgia dos HCL, em que eramdiscutidos casos clínicos subordinados a tema, noâmbito da SMHCL, no Hosp. dos Capuchos. A outra,os Cursos Internacionais levados a cabo por AraújoTeixeira no Porto.A semente estava lançada, faltava acarinhá-la.Vamos pois tentar contar o resto da História.Todos nós sentíamos a necessidade da sua existência,

onde nos encontrássemos periodicamente, onde tro-cássemos os nossos pontos de vista e que através delahouvesse capacidade de intervir nos caminhos e desti-nos da Cirurgia Portuguesa. Ilusão que ainda hoje

A S.P.C.Passado, Presente e Futuro

José Manuel Mendes de Almeida

Director Clínico do Hospital CUF/Descobertas

Page 22: Revista Cirurgia 00

José Manuel Mendes de Almeida

22

mantemos, mas sem força, pois a sociedade civil esgotaa sua força no voto, depois só os partidos e os sindica-tos é que contam.Mas o sonho da sua existência já vinha de longe.O primeiro teve-o Francisco Gentil, que com os

doze que o rodeavam, a iniciou, Secção da SCML econsiderou-se seu Presidente.Problemas da época impediram a sua infância.Tempo decorreu e tentativas houve, com Reinaldo

dos Santos, Filipe da Costa e outros.No início dos anos setenta, um movimento forte

nasceu em volta de Cid dos Santos.Já o citámos atrás, a sua figura pessoal, humanista e

cientifica era garantia de êxito. Marcada uma Assem-bleia Cirúrgica para a sede da SCML, à qual ele iriapresidir e que seria o passo definitivo, tudo parou poiso insigne Mestre teve nesse mesmo dia um infarto domiocárdio.A Cirurgia Geral nessa altura era dominante,

baseada sobretudo na Cirurgia Digestiva, acolheu-se àS.P. de Gastro-Enterologia e nela teve grande relevo.Joaquim Bastos e Mendes Ferreira foram seus Presi-dentes e nós acorríamos às suas Reuniões para apre-sentar os nossos trabalhos. Houve reuniões Luso-Bra-sileira em Lisboa e no Rio de Janeiro em 1971 e 72,que decorreram com grande êxito.Mas o sonho continuava.Em Out. de 1974, no Congresso do Colégio Ame-

ricano de Cirurgiões, em Miami, em que MachadoMacedo foi feito fellow, estávamos também eu e Ant.Marques da Costa.Convidou-nos para jantar. Talvez o ambiente ascé-

tico em que decorrem os congressos do Colégio Ame-ricano, tenha ajudado e durante o jantar levantei aideia de fazer renascer a SPC. Fomos unânimes em queera indispensável. Cheios de entusiasmo delineámoslogo ali, uma estratégia. Chegar a Lisboa, ir conversarcom Cid dos Santos e propor-lhe fazer uma lista, comele como Presidente.Chegámos e fomos almoçar ao Pub. Cid dos Santos

recusou liminarmente a proposta, acedendo a ser Pre-sidente de uma Comissão para a renovação da Socie-dade, que ficaria encarregue de promover uma reunião

de Cirurgiões, redigir uma proposta de Regulamento,organizar um processo eleitoral e então se decidiriaquem seria o Presidente.Mas o momento ainda não era aquele. O nosso que-

rido Mestre não sobreviveu a mais um ataque cardíaco.Contei com o apoio de Torres Pereira então Presi-

dente da SCML.Em 15 de Junho de 1974 numa sessão ordinária da

SCML, em que eu e o meu grupo de trabalho apre-sentávamos três comunicações, como era habitualnaquela época, não havia SPC, uma um estudo retros-pectivo da nossa experiência, com a AnastomoseMesentérico-Cava com interposição da Veia JugularInterna, no tratamento da Hipertensão Portal e doiscasos clínicos raros, comecei por chamar a atenção paraa necessidade da renovação da SPC.Torres Pereira em resposta e comentário considerou

como fundamental dar vida à SPC.Os saudosos antigos Hospitais Civis de Lisboa tam-

bém tiveram a sua parte. Em 1976, estando colocadoem Santa Marta, escrevi uma carta e com o apoio dasecretaria e do Sr. Ventura, enviámo-la aos cirurgiõesinscritos na Ordem dos Médicos. Nela iam contidos osnossos sonhos e os nossos desejos, convocando-os tam-bém para uma reunião na SCML.Simultaneamente todos os cirurgiões que iam

encontrando, perguntava se achavam que a SPC eranecessário e pedia-lhes 500 escudos. Assim se foifazendo uma lista.Essa reunião decorreu, não sei a data precisa, nem

recordo o teor da carta, pois perdi-a e não existenenhum exemplar em todos os papéis que procurei.A sessão decorreu bem e foram propostas para uma

Comissão de Redacção do Regulamento Provisório,Machado Macedo, José Manuel Mendes de Almeida,António Marques da Costa, Veiga Fernandes, CabritaCarneiro e Machado Luciano.Permitam-me recordar com emoção as reuniões em

casa de Machado Macedo, na Rua dos Navegantes.Terminado o Regulamento Provisório, novamente

através da secretaria de Santa Marta, foi enviada umacarta (Anexo 1), que deu origem à 1ª Reunião e 1ªAssembleia Geral.

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A S.P.C. Passado, Presente e Futuro

23

A reunião no Porto foi organizada com Araújo Tei-xeira e em Coimbra com Luis José Raposo. Foi oradorMaurice Mercadier, iminente cirurgião francês e lídermundial da cirurgia pancreática, que fez três confe-rências.E no número de Janeiro – Março de 1977 do Jornal

da SCML escrevíamos “o interesse pela existência evivência da Sociedade Portuguesa de Cirurgia foidemonstrado não só pelo número de associados querapidamente atingia número superior a 200, mas tam-bém na assistência que tiveram as três primeiras ses-sões que culminaram com a Assembleia e que contoucom um número de presenças superior a cem”.Nessa 1ª A.G. que decorreu em Coimbra em 30 de

Abril de 1977, presidida por Machado Macedo, cons-tituindo a Mesa seis secretários, Veiga Fernandes e JoséManuel Mendes de Almeida, por Lisboa, AntónioSilva Leal e Rocha Reis, pelo Porto e Fausto Pimentele Antunes Cabrita por Coimbra, discutiu-se o Regu-lamento Provisório.Três aspectos muito importantes ficaram esclareci-

dos:1. A SPC foi fundada há muitos anos por dozecirurgiões. 2. A sua existência foi reconhecida pelaSCML como sua Secção. 3. Nunca houve corpossociais eleitos. 4. Admitiu-se que a SPC atingiria a ple-nitude da sua existência quando fosse eleita na actua-lidade, a primeira Direcção.O Regulamento Provisório foi aprovado. Foram

contadas 109 presenças de colegas vindos de diferen-tes regiões do País. A Sociedade renasceu. Ficou bemdemonstrado que o sonho já vinha de longe, pequenossobressaltos impediram uma vivência continuada.Como referimos atrás foi aprovado o R.P. após parti-cipada discussão e alteração de alguns artigos. O docu-mento desta primeira redacção e alterações existearquivado na nossa sede.Terminada esta etapa da ressurreição, iniciámos a

organização das 1ªs jornadas, durante as quais decor-reriam as eleições para os cargos directivos.A data foi 1 e 2 de Julho de 1977 e o local a Aula

Magna do Hospital de Santa Maria. Criou-se umaComissão Eleitoral (Anexos 2 e 3).

A comissão inicial, constituída pelos elementos refe-ridos atrás fez uma lista e decidiu propor para 1º Pre-sidente o Professor de Cirurgia mais antigo, que eraJoaquim Bastos, do Porto. Com alguma surpresa apa-receram duas listas (Anexos 4 e 5) e o programa de tra-balho da lista proposta pela comissão (Anexo 6).As eleições foram muito concorridas, as maiores de

sempre da história da Sociedade, houve duzentos evinte votantes, tendo a lista de Joaquim Bastos 147votos e a de Álvaro Rodrigues 73.Estes números estão na minha memória, pois não

se encontra a acta da Comissão Eleitoral.No dia 24 de Agosto de 1977 decorreu a 1ª Reu-

nião informal da Direcção com a presença de Celes-tino da Costa, Bartholo do Vale Pereira, MachadoMacedo, Horácio Flores, Veiga Fernandes, MachadoLuciano, Cabrita Carneiro, Marques da Costa e JoséManuel Mendes de Almeida.Foi decidido fazer as 1ªs Jornadas da Sociedade em

Janeiro de 1978 em Lisboa, e realizar cursos pós – gra-duados em Lisboa, Porto e Coimbra.Estas decorreram no Instituto Português de Onco-

logia tendo contado com o entusiasmo de José Conde.Na AG foram ratificados os Corpos Sociais eleitos,

por unanimidade.Em Dezembro de 1978 realizaram-se as 2ªs Jorna-

das, na Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa. Vol-támos ao Campo de Sant'ana, a colina da Medicina,onde ainda muitos de nós tinham sido alunos. A sau-dade preencheu-nos o peito.No relatório, que como secretário apresentei na AG,

dizia que a saúde da Sociedade era boa, mas não tínha-mos conseguido realizar todo o programa que noshavíamos proposto.Chamava a atenção para a superabundância de cur-

sos e simpósios, que originavam dispersão, nãohavendo contactos entre os organizadores, impedindouma programação mais global com benefícios paratodos. Propunha que fossem comunicados à Socie-dade, para que se pudesse fazer um quadro anual deactividades. O programa actual continua a ser mais oumenos o mesmo, havendo assuntos que são discutidos2 e 3 vezes no mesmo ano.

Page 24: Revista Cirurgia 00

José Manuel Mendes de Almeida

24

O número de sócios tinha ultrapassado os 2/3 decirurgiões inscritos na ordem e praticamente todos osinternos eram membros associados.Decidiu-se que a reunião seria anual e sempre na

mesma altura. Tornou-se necessário iniciar o contactointernacional e havia uma organização dirigida peloProfessor Mallet-Guy cirurgião francês de granderenome e influência na Cirurgia das Vias Biliares naépoca, que organizava Mesas Redondas Europeias, quedecorriam nos Congressos Nacionais e em que os par-ticipantes eram indicados pelas próprias sociedades.Entramos em contacto, fomos a Munique a uma

reunião, tudo se organizou e como era necessário queas jornadas passassem a congresso, assim se fez e nas-ceram os Congressos Nacionais em 1979.A primeira Mesa Europeia foi sobre Diverticulose

e Diverticulite do Cólon.Fizemos um inquérito a todos os serviços de cirur-

gia sobre o tratamento da Diverticulite que foi muitofeliz pois houve inúmeras respostas.Foram seleccionados para delegados portugueses,

dois representantes pertencentes aos dois Hospitaiscom maior casuística.Julgo nunca mais ter havido tanto êxito em tentati-

vas subsequentes.Acho que vivíamos um período, em que sentíamos

que a sociedade era nossa.Seguiram-se outras, com igual sucesso, recordo Car-

cinoma do Estômago, moderada por mim, Carcinomado Recto por Araújo Teixeira, etc.Na sequência dos congressos perderam-se, substi-

tuídas por mesas internacionais. É pena pois o espíritoque as dominava era bom, mantinha um contactodirecto entre as Sociedades Europeias e era um repre-sentante seu que aparecia a participar. Era um princi-pio correcto e que dava continuidade ás relações.O título que dei a esta mensagem foi passado, pre-

sente e futuro.O Passado descrevi-o, o presente vai bem, os con-

gressos têm decorrido sem grandes sobressaltos, unsmelhores outros piores como é natural.Há necessidade de aumentar o rigor na aceitação e

no julgamento.Os júris de selecção deveriam talvez obedecer a cri-

térios mais definidos, como por exemplo, publicações,conferências, comunicações, etc.As escolhas de prelectores, moderadores e comenta-

dores terão provavelmente que ser mais cuidadas.Citava-lhes um exemplo, no programa da 1 ª jornada,não há um único prelector dos eleitos para a Direcção.As Direcções podem ter perfeito conhecimento de

quem já apresentou aqueles assuntos na Sociedade, quaisas casuísticas maiores e mais bem tratadas e ir buscar oselementos que mais valorização irão dar ao congresso.Temos que felicitar a Sociedade pelo crescente

número de cursos e reuniões sob sua orientação.O futuro não é preocupante, mas será aquele que

construirmos. Se um dia tivermos voz activa, no ensino,na formação contínua e na organização, o objectivo deuma sociedade como a nossa, estará atingido.

José Manuel Mendes de Almeida

Page 25: Revista Cirurgia 00

A S.P.C. Passado, Presente e Futuro

25

Ex.mo Colega,

Vimos confirmar-lhe os seguintes assuntos:

1. Assembleia-geral para discussão e aprovação do regulamento provisório da SociedadePortuguesa de Cirurgia realizar-se-á em Coimbra às 11h30 de Sábado dia 30 de Abril.

2. O Prof. Maurice Mercadier vem a Portugal sob os auspícios do Governo Português naaltura do arranque da nossa Sociedade Portuguesa de Cirurgia

3. O Programa da visita do Prof. Mercadier será o seguinte:

• 28 de Abril às 11 horas, na Faculdade de Medicina de Sant’Ana, conferência inti-tulada:” Diagnostic et traitement de 1ª pancreatite aiguc”

Seguida de discussão

• 29 de Abril às 11 horas, na Faculdade de Medicina do Porto, conferência intitulada:“Traitement d’urgence des varices desophagiennes saignantes”

Seguida de discussão

• 30 de Abril às 10 horas, precedendo a Assembleia-geral, na Faculdade de Medicinade Coimbra, conferência intitulada: “ Diagnostic et traitement dês pancreatiteschroniques.

Esperando a presença de todos os colegas na Assembleia-geral e nas conferências doProf. Mercadier e com os nossos cumprimentos,

A comissão de Lisboa

ANEXO 1

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José Manuel Mendes de Almeida

26

1.as JORNADAS DA SOCIEDADE PORTUGUESA DE CIRURGIADias 1 e 2 de Julho de 1977

Na Aula Magna do Hospital de Santa Maria

Dia 1 – às 9h30

MESA REDONDA SOBRE TRAUMATISMOS ABDOMINAISModerador – Prof. Cândido da Silva

• As vísceras maciças – Dr. Jorge Girão• As vísceras ocas – Dr. J. Bentes de Jesus• O espaço retroperitoneal – Dr. J. Balcão Reis• Os grossos vasos – Dr. M. Diaz Gonçalves• O diafragma – Prof. M. Amarante Júnior

Seguida de discussão

14h30

MESA REDONDA SOBRE O DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DOS TUMORES DO COLONE RECTOModerador – Prof. Luís José Raposo

• Semiologia clínica e endoscópica – Dr.s Gabor Gencsi e Mascarenhas Saraiva• Semiologia radiológica – Prof. Vilaça Ramos• Terapêutica Cirúrgica – Prof. Araújo Teixeira e Dr. Antunes Cabrita

Seguida de discussão

Dia 2 – às 9h30

MESA RENDONDA SOBRE O CANCRO DA MAMAModerador – Dr. F. Gentil Martins

• Indicações e limitações dos exames complementares – Dr. Cláudio Cunha• Tratamento cirúrgico – Dr. Fernando Cortez• Radioterapia pré e pós – operatória – Dr. Mário Vilhena• Quimioterapia adjuvante – Dr. J. Carmo Pereira

Seguida de discussão

ANEXO 2

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A S.P.C. Passado, Presente e Futuro

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Caro Colega

A COMISSÃO ELEITORAL, envia-lhe juntamente com esta circular as duas listas que se apresentaramcomo candidatas às eleições dos primeiros corpos sociais da S.C.P.

Segue também o texto programático que uma das listas se propõe realizar.As eleições realizar-se-ão em Lisboa, na Aula Magna do Hospital de Santa Maria, em 2 de Julho próximo,

dia de encerramento das 1ªs Jornadas de Cirurgia levadas a cabo pela Sociedade.No caso de não lhe ser possível estar presente, deverá enviar o seu voto pelo correio endereçado a:

COMISSÃO ELEITORAL DA S.P.C.Sociedade de Ciências Médicas – Av. da República, 34 1.° Lisboa

Pedimos a sua melhor atenção para os seguintes pontos:

• Só serão considerados válidos os votos por correspondência recebidos até sexta-feira, dia 1 de Julho;

• As listas são votadas em bloco; são consideradas nulas as listas com rasuras ou emendas, nomes risca-dos e indicação de eventuais substitutos.

• As listas enviadas pelo correio devem ser dobradas em quatro, segundo os moldes habituais, ficandoexteriorizada a face não dactilografada da lista.

• O voto pelo correio terá de vir acompanhado do nome perfeitamente legível do sócio que o envia; onome poderá constar no remetente ou no interior do envelope, mas não poderá ser escrito na lista, sobpena de a anular.

• Poderão votar todos os sócios já inscritos e aqueles que se inscreveram junto de um dos membros daComissão Eleitoral.

• A mesa de Voto funcionará junto à Aula Magna do Hospital de Santa Maria, no piso 3, no dia 2 deJulho das 8h30 às 12h30.

O escrutínio terá lugar imediatamente a seguir ao encerramento da Assembleia de Voto e os resultadoscomunicados serão posteriormente publicados.

P’la COMISSÃO ELEITORAL

António Cabrita CarneiroLuís Machado Luciano

ANEXO 3

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José Manuel Mendes de Almeida

28

Presidente – Prof. Álvaro Rodrigues (Porto)Vice-presidente – Prof. Cândido da Silva (Lisboa)Vice Presidente – Prof. Alexandre Linhares Furtado (Coimbra)

1º Secretário – Prof. José Conde (Lisboa)2º Secretário – Dr. Carrilho Vilhena (Leiria)

Tesoureiro – Prof. António Coito (Lisboa)

Vogais:Dr. João José Mendes Fagundes (Lisboa)Dr. Rui de Lima (Lisboa)Dr. André Moreno (Coimbra)Dr. Augusto Almeida Marques Henriques (Coimbra)Dr. Miguel Matos (Porto)Dr. Rui Branco (Porto)

Presidente da Assembleia-geral:Prof. Luís Teixeira Dinis (Lisboa)

Vice-presidente da Assembleia-geral:Dr. José Maria de Carvalho (Viana do Castelo)

1.° Secretário – Dr. Max Korn (Lisboa)2.° Secretário – Dr. Fernando Campos Mendes (Porto)

ANEXO 4

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A S.P.C. Passado, Presente e Futuro

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Presidente – Prof. Joaquim Bastos (Porto)Vice-presidente – Prof. Jaime Celestino Costa (Lisboa)Vice-Presidente – Prof. Bartolo do Vale Pereira (Coimbra)

1º Secretário – Dr. José Manuel Mendes de Almeida (Lisboa)2º Secretário – Dr. António Cabrita Carneiro (Lisboa)

Tesoureiro – Dr. António Marques da Costa (Lisboa)

Vogais:Dr. Fernando Veiga Fernandes (Lisboa)Dr. Horácio Flores (Beja)Dr. António Antunes Cabrita (Coimbra)Dr. Hernâni Viriato Teixeira Beltrão (Leiria)Dr. Aníbal Justiniano (Porto)Dr. Rui Sequeira (Porto)

Assembleia-geral:Presidente – Dr. Manuel Machado Macedo (Lisboa)Vice-presidente – Dr. Alberto dos Reis (Porto)1.° Secretário – Dr. Fausto Pimentel (Coimbra)2.° Secretário – Dr. Luís Machado Luciano (Setúbal)

ANEXO 5

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Manuel Cardoso de Oliveira

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PROGRAMA DE TRABALHOLista encabeçada pelo Prof. Joaquim Bastos

1. Integração dos internos da especialidade como sócios agregados.

2. Regularização da situação dos sócios titulares em relação à Sociedade das Ciências Médicas deLisboa.

3. Promover uma reunião com elementos designados pelos serviços de Cirurgia dos HospitaisCentrais e Distritais para a elaboração de um programa a nível nacional de aperfeiçoamentocontínuo pós graduado em princípio com reuniões clínicas bi mensais.

4. Realização de uma semana Internacional de Cirurgia, programa para Lisboa, Porto e Coim-bra. Data provável, Junho de 1978.

5. Realização de dois cursos pós-graduado com inscrição limitada para 80 elementos, em Lis-boa.Cirurgia Torácica, data provável, Março de 1978Cirurgia Gastroenterológica, data provável, Novembro de 1978.

6. Realização das 2.as Jornadas da Sociedade. Comunicações Livres, sobre aspectos técnicos daprática cirúrgica. Data provável, Dezembro de 1977.

7. Edição de um boletim semestral informativo das actividades e reuniões das várias SociedadesMundiais, ligadas à prática cirúrgica.

8. Edição quadrimestral de um número exclusivo da Sociedade Portuguesa de Cirurgia, atravésdo Jornal da Sociedade das Ciências Médicas.

9. Apresentação do Regulamento previsto segundo as directivas da A.G. de Coimbra nas Jorna-das em Dezembro durante a segunda A.G. em que também seriam ratificados os novos cor-pos sociais.

10. Proposição para a categoria de sócios honorários de cirurgiões alguns a titulo póstumo, outrospor já terem atingido o limite da idade, cujos nomes estão indissoluvelmente ligados à práticaa cirurgia em Portugal.

ANEXO 6

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II Série • Número 0 • Março 2007 Revista Portuguesa de Cirurgia

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ARTIGO DE OPINIÃO

A educação médica continua a ser um processo glo-bal sem descontinuidade estando, cada vez mais, esba-tidas as fronteiras entre as suas diversas componentes.Quer na perspectiva universitária, quer na assistencial,há acções formativas que continuam de costas volta-das, criando dificuldades e desperdícios. Por razões deracionalização de custos e de recursos humanos é deprever que haja uma aproximação entre aquelas duascarreiras (universitária e hospitalar), sendo desejávelque nos hospitais com ensino a fusão seja total,abrindo horizontes de esperança aos mais novos. Falardas consequências de Bolonha parece-nos deslocadonum documento especialmente ligado à formação doscirurgiões e à sua actualização permanente ao longo dacarreira. No entanto as sinergias entre a educação e asaúde são indiscutíveis e terão efeito catalizador deoutras mudanças, como está demonstrado em váriospaíses. Por isso a pós-graduação necessita de ser rapi-damente profissionalizada em todas as suas vertentes.E tanto assim é que o ministério da saúde tem previstalegislação que facilite aos internos a sua inserção emprogramas de doutoramento, interligação em quetodos beneficiam: as bases científicas da medicinavêem o serviço à comunidade mais explicitamente, osserviços clínicos não se afastam da formação científicaque os ajuda a valorizar o rigor e a qualidade. Espera-se que o papel pivot dos hospitais com ensino e dasestruturas de saúde que lhes estão próximas seja dessemodo plenamente assumido para que, de uma vez portodas, cada qual faça aquilo que lhe compete. Desper-

diçar mais uma oportunidade não é inteligente. Nesteambiente de mudanças inadiáveis, que criam ansieda-des e conflitualidades, é preciso colocar os problemasno plano da sua resolução. Aliás estas épocas não sãoapenas de desgaste e frustração, pois iluminam cami-nhos que irão permitir que o futuro seja mais promis-sor.O tema é vasto e tem tanto de flagrante actualidade

como de evidente susceptibilidade. Reconhecendoalguma volatilização de alguns conceitos há que acei-tar, sem perigos de ostentação, que a experiência degrupos de trabalho que criámos ao longo dos anos nostraz uma mais valia que não devemos secundarizar. Porisso, mais do que enunciados e objectivos programáti-cos deve destacar-se o que se foi fazendo, consagrandoassim a importância do ser, mais do que a do parecer.É conhecido que o homem se modernizou, não comoresultado de dotes biológicos superiores mas como res-posta ao desafio de situações especialmente difíceis,que o obrigaram a esforços sem precedentes. Este pen-samento aplica-se à pós-graduação, pois encontramo-nos numa fase de completa desadequação do ensino,treino e prática da especialidade que cultivamos.Ninguém deve ignorar influências que têm grande

impacto nas nossas actividades: os avanços rápidos eimpressionantes na ciência e na tecnologia, as pressõesbrutais para sermos competitivos, a evidente necessi-dade de um desenvolvimento contínuo, a naturezadiferente dos doentes que temos de tratar, a insufi-ciência de instalações e equipamentos, uma progres-

Pós-graduação em CirurgiaManuel Cardoso de Oliveira

Prof. Universitário – Faculdade de Medicina do PortoDirector do Departamento de Cirurgia do Hospital de S. João

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siva deterioração da relação médico-doente e umanatureza diferente do circuito e internamento dos nos-sos doentes. Estas repercussões inevitáveis no mundoda formação em cirurgia levaram a considerar (talvezcom algum exagero) que há um novo paradigma emque as aptidões substituem o conhecimento comoobjectivo primário da educação [1]. Ficam assim amea-çadas tradições commuitos séculos, o que exige de nósuma grande abertura de espírito. Realmente no binó-mio ensino/aprendizagem é hoje absolutamente acon-selhável que se dê mais ênfase a esta última e na con-textualização do conhecimento privilegia-se o holís-tico em vez do reducionista, dando-se maior impor-tância aos contextos do que às pessoas, sendo impor-tante trabalhar em grupo, com o maior grau de evi-dência que for possível e com um pensamento diver-gente e não convergente. É ainda necessário dar prio-ridade a uma filosofia reflexiva, mais do que a postu-lados rígidos1. Como se vê, esta rotura com as tais tra-dições rígidas e ultrapassadas está a acontecer a umritmo vertiginoso. Ignorar esta realidade é pouco per-tinente e nada natural, tentar ridiculizá-la é uma lás-tima.Não é possível falar da formação em cirurgia geral

sem falar da relação desta com as especialidades cirúr-gicas. E também aqui há novidades. Vão longe os tem-pos em que para se ser cirurgião plástico, vascular oucardio-torácico (para citar exemplos mais frisantes),tinha antes de se obter o título de cirurgião geral. Ape-sar de nesta matéria haver ainda muitas assimetrias,sobretudo nos países mais desenvolvidos, diremos quea fase dita do tronco comum está cada vez mais encur-tada e alguns centros de cirurgia cardio-torácica já rei-vindicam para si a fase correspondente ao ensino etreino dos princípios gerais da cirurgia. Continuando-se a defender que a cirurgia geral é fundamental paraa formação nos cuidados gerais da cirurgia, há quereconhecer que esta orientação está a ser posta emcausa, sendo portanto aconselhável estar atento masempenharmo-nos também noutros tipos de defesa daimportância da nossa especialidade. Julgo, porém, queem Portugal ainda teremos por mais alguns anos estahonrosa incumbência de contribuir para a formação

mais consistente de jovens candidatos às especialidadescirúrgicas.Têm sido apontados [2] alguns princípios que apoiam

uma nova estrutura de formação: um período básicode treino; a possibilidade de haver um espaço dedicadoà investigação, não apenas nas ciências básicas mastambém nas ciências sociais e outros campos; avançopara um modelo de treino específico que defina cen-tros de interesse em fases precoces do período forma-tivo; desenvolvimento da cirurgia geral, contemplandoalgumas forças de especialização. Continuamos aaguardar a possibilidade de que pelo menos algumasdestas linhas de força possam ser globalmente con-templadas entre nós. No que respeita à investigação,vale a pena lembrar: “The surgical investigator is abridge tender, channeling knowledge from biologicalscience to the patient’s bedside and back again. He traceshis origins from both ends of the bridge, he is thus a bas-tard, and is called this by everybody. Those at one end ofthe bridge say he is not a good scientist, and those at theother say he does not spend enough time in the operatingroom. If only he is willing with this abuse, he can conti-nue to do his job effectively.” [3]Alguns centros norte-americanos estão a ensaiar

desde 2004 um novo tipo de programa que intitula-ram “Joint General Surgery andThoracic Surgery Pro-gram” que será um projecto de especialização precoceem que nos primeiros anos os internos já passamalgum tempo na especialização de cirurgia torácica,reduzindo assim o período de treino em cirurgia geral.No que se refere ao treino desta, também outras

novidades se vão registando: as exigências de prepara-ção em laparoscopia básica e avançada, bem como emendoscopia e outras tecnologias justificariam acres-centar mais um ano ao tempo global do treino,segundo alguns centros europeus e norte-americanos.Actualmente não é possível haver treino em cirurgiasem a frequência de um laboratório de gestos e umcentro de simulação devidamente equipados.Há áreas comuns a múltiplas especialidades cirúrgi-

cas em que o tipo de relacionamento é diverso con-soante os hospitais em causa e até variável de país parapaís. A saber: transplantes, oncologia, cuidados inten-

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sivos e anestesia, nutrição, bioengenharia, bioinfor-mática e epidemiologia, radiologia de intervenção, gas-troenterologia, anatomia patológica, radioterapia,genética e nanotecnologias. Perante o volume e a com-plexidade destas inovações e correspondentes exigên-cias é óbvio que há implicações educacionais e o idealseria que os cirurgiões cada vez mais falassem a uma sóvoz. Reconhecendo-se esta dificuldade dê-se, pelomenos, voz aos mais empenhados e aos mais compe-tentes. Normalmente são os mesmos.A técnica deixa de ser a parte e o conjunto de arte-

factos para se tornar o nosso habitat, a nossa envolturae o complemento indispensável; longe de ser neutra,apresenta uma lógica própria, sendo-lhe imanente umimpulso totalitário; a técnica é decerto um destino. Porisso, reconhecendo que o impacto da tecnologia acar-reta mudança que traz conflitos, e que estes levam àansiedade, toda a atenção será pouca para lidarmosbem com estas inovações [4]. Sabe-se, de resto, que oscomplexos industriais mais incendeiam estas ansieda-des promovendo a tecnologia ora com excessos oracom descobertas não devidamente provadas. E se é ver-dade que a tecnologia nos ajuda a formar melhorescirurgiões, torna-se indispensável cumprir as normaséticas que devem orientar as nossas práticas.O domínio das tecnologias de informação e o

recurso aos computadores representam uma tremendaoportunidade para criar novas ferramentas para otreino dos cirurgiões e o planeamento dos actos cirúr-gicos. Com a biotecnologia e os seus avanços, aquelasdisponibilidades irão revolucionar a medicina doséculo XXI. Aí se insere a realidade virtual com todasas suas potencialidades. Porém devem ser as conside-rações educacionais, e não os avanços tecnológicos, aorientar o uso da simulação na educação em cirurgia.Julgo agora oportuno referir quais as competências

que devem ser privilegiadas nos programas de treino enos de certificação e recertificação. A instituição norte-americana “Accreditation Council of Graduate Medi-cal Education” (ACGME) defende como competên-cias gerais: patient care, medical knowledge, professiona-lism, interpersonal and communication skills, practice-based learning and improvement, and systems-based prac-

tice. Em artigos anteriores desenvolvemos estes con-ceitos, pelo que nos dispensamos de o fazer novamente[5]. De qualquer modo, será oportuno lembrar queentre nós se regista falta de organização nos programaseducativos, não sendo ousado afirmar que muitas ins-tituições que recebem internos não reúnem as condi-ções mínimas para o desempenho dessas funções. Aeste propósito deve referir-se que nos EUA os directo-res de programas de internato são cirurgiões quedesenvolveram aptidões muito relevantes na área daformação em cirurgia e que os requisitos para que assuas instituições sejam acreditadas são de enorme exi-gência. O director de programas tem tarefas explícitase implícitas, tem de ser um cirurgião com qualidadeshumanas comprovadas, deve estar preparado para lidarcom os mais variados problemas inerentes ao seu tra-balho e não pode pensar em considerar-se o único e omais importante agente do treino dos mais jovens. Pelocontrário, ele é o coordenador e o líder, esperando quenas respectivas unidades funcionais cada um faça o seutrabalho ao mais alto nível. Estamos efectivamentemuito longe de excessivos protagonismos individuaisque nos nossos dias estão completamente ultrapassa-dos, por razões bem compreensíveis. Efectivamente acirurgia geral está a crescer continuamente em sofisti-cação e tecnologia e tornou-se definida em subespe-cialidades [6]. E, se assim é, a estrutura do internatotambém tem de alterar-se. Aquele autor defende que acirurgia geral deve continuar a ser usada como umaefectiva aposta coordenadora da pré-graduação e a suaprática é tão heterogénea que se levantam dúvidassobre se os internos podem adquirir a experiêncianecessária para conseguir competências globais na prá-tica da cirurgia geral. Ora nós sabemos que os nossosinternos complementares, quando terminam o seuinternato e são aprovados no exame final, são apenascompetentes para se inserirem em projectos de educa-ção médica contínua, onde mantêm a necessidade deser tutorizados. E se dúvidas houvesse da justeza des-tes conceitos demos voz a vários qualificados cirurgiõescujos depoimentos estão acima de qualquer suspeita.“The broadly trained and relatively versatile surgeonwhich the certificate purports to identify is a fiction” e

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ainda: “The basic certificate has minimal currency todayand its most appropriate fate is to be cannibalized”[7,8,9]. Em apoio destes pontos de vista destaca-se queo que é necessário é produzir um cirurgião educado eexposto a todas as áreas essenciais da cirurgia geral coma amplitude e a profundidade possíveis e que possa serespecialmente competente nalguma, acrescentandoque deve ser um indivíduo razoavelmente indiferen-ciado e relativamente versátil [10]. Outros dizem:…“the existence of the general surgeon who did a widerange of procedures in the past is quickly being replaced bya drive towards specialization within the field in areassuch as breast or colorectal surgery” [11]. O que se afirmapara estas áreas podia aplicar-se para já à cirurgiahepato-bilio-pancreática e à esófago-gástrica e nofuturo a algumas outras. No nosso entendimento nadaimpede que os jovens cirurgiões possam adquirir apti-dões especiais em mais do que uma área, até se fixaremulteriormente numa delas. E em reforço do exposto,escutemos mais uma vez o já referido cirurgião norte-americano [10]: “No one is so naive as to think that theseactions will obviate all the tensions that exist betweengeneralists and specialists and the reason is that those ten-sions are inherent to progress”. E mais adiante: “speciali-zation is the natural and inevitable offshoot of accumu-lated new knowledge and advances in technology; as aresult, specialization is not only inevitable, but also emi-nently desirable and supportable”. Sabendo-se da abso-luta incapacidade das instituições em preparar os seusinternos para serem competentes em todas as áreas dacirurgia geral, temos de ser inovadores, tanto mais queo volume de doentes para operar tende a diminuir. Eainda neste complicado mas estimulante momento danossa especialidade, prevendo o futuro, há quem acon-selhe e defenda que as áreas que estão a exigir compe-tências adicionais, e que no futuro poderão mesmo serdonas dos seus destinos, devem-no fazer “within a com-monwealth system of governance” [10]. Assim sendopoderemos ficar indiferentes à falta de laboratórios detreino e de outras condições que nos permitam mudarsubstancialmente a formação dos cirurgiões? Podere-mos manter estruturas em que o individualismo dosque detêm o poder dita a sorte dos programas de for-

mação? E, na assistência aos nossos doentes, não tere-mos de nos rodear de todas as oportunidades de modoa proporcionar-lhes uma assistência de melhor quali-dade? As respostas a estas questões inquietantes nãopodem ser nem equívocas nem evasivas. Há aqui umdiscurso que passa por lideranças fortes e legítimas.Mas cada um só pode dar o que tem de experiênciaacumulada no respeito pelos doentes, pelos colabora-dores, pelos alunos, e até por si próprio.

No serviço que dirigimos temos generalistas dacirurgia geral e cirurgiões com aptidões especiais nal-gumas áreas, sabendo-se que a maioria dos cirurgiõesfazem cirurgia de urgência, do trauma e ambulatória,e os mais velhos espera-se que tenham adquirido emtempo certo a condição de generalistas da cirurgiageral. Uma vez mais, defendemos que as nossas maio-res preocupações estão dirigidas aos doentes sem per-der de vista a necessidade de treinar o melhor possívelos internos e os jovens cirurgiões. E o treino destes serámais qualificado se aprenderem, em áreas específicas,com aqueles que nelas adquiriram especial competên-cia.Aproveitando uma experiência testada desde 1990,

temos conseguido avaliar as nossas práticas com audi-torias internas e reuniões de morbilidade e mortali-dade, além de outras. Tal orientação tem sido funda-mental pois deste modo detectamos práticas menosconvenientes e resultados diversos de acordo com aexperiência dos cirurgiões. É de resto evidente o bene-fício da investigação clínica e da preparação pedagó-gica dos nossos colaboradores para que a qualidade dassuas intervenções seja melhor. Defenderam-se 12 tesesde mestrado e 3 de doutoramento (estou a referir-meao antigo serviço de Cirurgia B) e esperamos concluirem devido tempo 3 teses de doutoramento e 5 de mes-trado. Em fase de arranque estão outras teses de mes-trado e doutoramento e esta dinâmica parece ter con-tagiado positivamente alguns dos novos colaborado-res. Face à importância da investigação, lembra-se queo director do serviço/departamento, para ter sucesso,tem de estar completamente comprometido com esteobjectivo. A criação e a manutenção de um ambientede sabedoria é um ingrediente necessário para alcançar

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o sucesso. A selecção estratégica dos tópicos a investi-gar é fundamental para que haja apoio e recursoshumanos doutros sectores. Se assim for os cirurgiõescontinuarão a contribuir para a criação de novosconhecimentos através da investigação básica, trans-laccional e clínica.As crescentes exigências hospitalares, em termos de

gestão e de liderança, bem como o economicismodesenfreado com que se defrontam, tornam os cirur-giões pessoas cada vez mais ocupadas. Mesmo assim,apesar da falta de incentivo, muitos centros universi-tários lutam para atingirem o nível de excelência nosseus desempenhos. “Many academic medical centers andhospitals place high value on the “boutique” surgeon, whois capable of attracting patients from far distance whowant an ultraespecialized service niche” [12]. Esta temsido a tónica do diálogo que mantenho com os meuscolaboradores. Ajustando as nossas práticas para o quede melhor se vai fazendo nos grandes centros, nós tere-mos unidades exemplares que praticam assistência,docência e investigação ao mais alto nível. E a verdadeé que a quase totalidade das unidades funcionais doserviço se constituíram como referências ao nívelnacional e os doentes procuram-nas de modo cada vezmais evidente. E não faltam trabalhos de investigaçãoe de grupos multidisciplinares onde nos apresentamoscom as credenciais de cirurgiões bem formados. É quese corre o perigo de os cirurgiões serem empurradospara o papel de cirurgiões técnicos, cada vez menosimplicados na responsabilidade das decisões em cui-dados assistenciais. Também, por isso, necessitamos detrabalhos em espírito de equipa, cientes de que se abri-ram muitas oportunidades para cirurgiões bem dota-dos cujas potencialidades estavam manifestamenteadormecidas. E, como andamos atentos ao que vaipelo mundo, estamos muito empenhados em melho-rar os nossos índices de rentabilidade, não esquecendoque o controlo de qualidade foi eleito pelo AmericanCollege of Surgery como a fronteira da cirurgia para oséculo XXI. Criámos, por isso, um grupo de trabalhoconstituído por 2 jovens professores e 2 jovens espe-cialistas que estão encarregados de elaborar propostasconcretas a apresentar superiormente. Temos tido luz

verde das autoridades hospitalares e estão estabeleci-dos contactos internacionais ao mais alto nível, espe-rando-se que a escassez de meios materiais não sejaobstáculo para os nossos objectivos.E, em reforço da inevitabilidade de equipas multi-

disciplinares e da necessidade de um tipo diferente detreino, socorramo-nos de outra opinião: “The movefrom a discipline oriented to a disease oriented practicecaused the blurring of traditional boundaries with mul-tiple medical specialities treating a single disease. To sur-vive in this new environment, a surgeon had to master anumber of new skills, which required a different kind oftraining” [2]. E este autor, chamando a atenção para anecessidade de melhorar a qualidade da assistência,põe ênfase no profissionalismo, na capacidade decomunicação, no aproveitamento dos recursos dispo-níveis, e ainda na tecnologia de simulação. É tambémverdade que actualmente os cirurgiões se tornaram“team players” de equipas multidisciplinares.Para os próximos 20 anos não é fácil prever com

precisão o que vai acontecer em termos de doençascom implicações cirúrgicas, mas há tendências queestão bem definidas: progressão para cirurgias mini--invasivas, aumento da cooperação interdisciplinar,avanços nas técnicas imagiológicas, elevado grau de fle-xibilidade na integração das tecnologias, hospitaliza-ções mais curtas, diagnósticos mais precoces e o incre-mento da cirurgia profiláctica. Em boa verdade pode-mos dizer que o século XX foi verdadeiramente otempo dos cirurgiões, enquanto o século XXI será otempo da cooperação multidisciplinar.Insiste-se, no que respeita ao treino em cirurgia, que

se alguma coisa é indiscutível é efectivamente a neces-sidade de profundas alterações. Os serviços/departa-mentos não podem ser coutadas a favor dos interessesde pequenos grupos ou de lideranças inapropriadas.Diria que é necessário mudar práticas ancestrais emque o director ou o regente da cadeira tudo sabia e sóele ensinava. Felizmente que nalguns desses serviçoshá uns anos atrás havia homens que pela sua culturamédica e experiência técnica puderam organizar equi-pas, algumas das quais resistiram à erosão dos tempos.Mas esse tempo passou e as já referidas reuniões de

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mortalidade e morbilidade bem como as auditoriastêm sido instrumentos (para quem as utiliza) degrande importância programática. Essas reuniões sãoverdadeiramente modelares pois obrigam-nos à refle-xão e dão lições de humildade que infelizmente nemtodos aproveitam.Torna-se muito importante que os sistemas de ava-

liação testem a qualidade dos programas de treino eidentifiquem as suas deficiências. Entre nós fala-se nanecessidade de avaliação e poucos a praticam, aponta-se a importância da investigação e só alguns a fazem.É o tal predomínio do parecer sobre o ser de que falá-mos inicialmente. Outros [13] apontam para a neces-sidade de estudos prospectivos e randomizados com adevida ocultação (preferencialmente emmúltiplos cen-tros e com protocolos semelhantes). Segundo eles osoutcomes precisam de ser validados e os modelos desimulação, em particular, devem ser testados por simu-lação em computadores. Estes estudos têm-se limitadoa aptidões técnicas mas outras aptidões (as cognitivase as comunicacionais) são parte integrante da perfor-mance em cirurgia.Na área de pós-graduação cabem ainda os cursos

livres e outras acções de educação médica contínua.Como se sabe, proliferam em Portugal muitas destasiniciativas, nem todas infelizmente com a qualidade eos requisitos mínimos que deviam ter. Realmente nósvivemos actualmente um mundo muito diferente dode há décadas atrás. Quem quiser assumir protagonis-mos na realização de cursos pós-graduados deve teruma contribuição institucional e pessoal muito forte einovadora não só no domínio técnico, como no cien-tífico e no da investigação. Estamos actualmentemuito próximos de ter alunos de doutoramento, regis-tando-se com agrado ser essa uma preocupação doministério da saúde, enquanto facilitador, e das facul-dades, enquanto instituições coordenadoras desses alu-nos. No chamado ciclo clínico das faculdades poucosserão os serviços autónomos e capazes de assumiremtotalmente esses compromissos, pelo que sugerimosparcerias com as bases científicas da Medicina. Nonosso caso, continuamos a dar sequência a um traba-lho iniciado há mais de 30 anos.

Precisamos de pessoas que tenham a capacidade e aaudácia de promover o pensamento personalizado.Vivemos hoje um momento em que necessitamos deromper com tradições antigas sem qualquer sentido.Há pessoas que acreditam ou fazem acreditar emsucessos que apregoam mas que não resistem à análiseserena e séria dos controles indispensáveis. Como sedisse, há um predomínio do holístico sobre o indivi-dual e a constituição de grupos multidisciplinares for-tes e muito competentes é hoje um objectivo funda-mental dos hospitais de fim de linha.A acreditação dos nossos hospitais em termos de

qualidade e gestão do risco clínico, bem como a certi-ficação e a recertificação dos cirurgiões, são questõesinterligadas que só poderão ser devidamente contem-pladas num contexto de profunda transformação nomodo como alguns serviços ainda estão estruturados.Aqui se insere a questão dos hospitais e dos cirurgiõescom maior volume de cirurgia, estando demonstradoque uns e outros têm melhores índices de rentabili-dade em todas as suas vertentes [14,15,16]. Efectiva-mente a mortalidade operatória, a duração do inter-namento, os custos e a sobrevida têm melhores índicesem hospitais de grande volume de cirurgias, apenas sediscutindo quais os mecanismos responsáveis por essesresultados. No mesmo sentido sabe-se também que oscirurgiões com maiores volumes de cirurgia em deter-minadas áreas obtêmmelhores resultados, adiantando-se como explicação que essa experiência acumuladareduz os erros que eventualmente possam ser cometi-dos. É ainda de total consenso a ideia de que hospitaise cirurgiões com maiores volumes de cirurgia criamum envolvimento institucional que aumenta a segu-rança para os doentes e até se especula se esta sofisti-cação de meios não poderá noutros hospitais conduzira resultados sobreponíveis.Se nos reportarmos às estruturas, processos e outcomes

como já fizemos anteriormente [17] dir-se-á que as rela-ções entre eles não têm sido suficientemente estudadasna cirurgia oncológica. Há, no entanto, quem apresenteargumentos [16] para favorecer a importância dos cirur-giões com maiores volumes de cirurgia: “Surgeonvolume is a very strong predictor of surgery complica-

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tions, even in a straightforward procedure, such ascolectomy”. Os mesmos autores chamam ainda a aten-ção para o factos dos cirurgiões com o perfil já referidoseremmais eficazes a implementar protocolos e decisõesclínicas que aumentam a segurança dos doentes, assimdemonstrando que a eficácia da sectorização não selimita aos actos operatórios, estendendo-se natural-mente para outras áreas importantes da prática clínica.É que hospitais e cirurgiões referenciados pela evi-

dência dos seus resultados tornam-se mais competiti-vos no grande mercado da saúde, prevendo-se para elesum futuro melhor. Só assim teremos hospitais acredi-tados em áreas seleccionadas da cirurgia e para issotorna-se indispensável que alguns cirurgiões tenham apossibilidade de adquirir títulos europeus de acordocom esta orientação, como já sucede nalgumas áreasda velha cirurgia geral.A cirurgia geral é uma especialidade ameaçada mas

ainda não perdeu a sua personalidade nem a sua forçaunificadora na área cirúrgica. Compete-nos a nós serparticipantes activos no movimento de reformulaçãoda nossa especialidade, não deixando que sejam outrosa fazê-lo. E entre nós devemos escolher os mais capa-

zes e aqueles que têm um horizonte profissional maiselevado, mais alargado e até mais generoso. Devemostambém ter iniciativas no sentido de definir a relaçãoentre unidades de grande volume e os outcomes, bemcomo seleccionar criteriosamente as equipas mais com-petentes nas unidades de cirurgia mais diferenciada.O uso de títulos indevidos, porque mal atribuídos, etodas as tentativas de liquidar as esperanças dos maisjovens e dos melhores têm de ser vigorosamente com-batidos. Haverá que privilegiar uma cultura de quali-dade em todas as suas vertentes.Não desejaria terminar este trabalho sem palavras

de incentivo e de aplauso àquele grande número decolaboradores que têm sabido interpretar correcta-mente os tempos de esperança e de inovação que vive-mos. Eles são os mais importantes neste projecto, nãosó porque têm mais futuro, como porque em áreasespecíficas são os mais competentes. E eu terei semprealguma importância se eles forem melhores do que eu,porque é nisso que se cumpre um líder de um grupode trabalho, para não dizer de uma escola.

Manuel Cardoso de Oliveira

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1 – Hill, Graham http: //www.esac.pt/Bolonha/sams/c1/01-gh.pdf

2 – Pellegrini CA. Surgery Education in the United States. Ann Surg 2006; 244 (39: 335-342

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Manuel Cardoso de Oliveira

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BIBLIOGRAFIA

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ARTIGO DE OPINIÃO

O problema da avaliação do grau de influência daSociedade Portuguesa de Cirurgia (SPC) ao fim de 30anos é uma questão tão difícil como foi no início ela-borar os seus Estatutos. Ao fim de todo este tempo, obalanço positivo geral que tem de ser feito em relaçãoao alcançado (como por exemplo, o que foi conse-guido no campo da educação cirúrgica pós-graduada,na actualização e formação profissional dos cirurgiões,na melhoria formal da apresentação pública de traba-lhos, e especialmente no convívio nacional e interna-cional) foi provavelmente muitíssimo superior aos des-vios de orientação negativa. Mas, tratando-se de umaSociedade Científica a questão mais significativa queinteressa responder é se no específico pormenor doprogresso científico da cirurgia nacional – no sentidodiacrónico local, e comparativo geral – ela satisfez asaspirações mais distintas para que foi criada.Até certo ponto, a decisão de criar uma Revista

autónoma, é uma forma sábia e pragmática dedemonstrar que a actual direcção da SPC reconheceimportância à lacuna e para resolver o defeito decidedar um sinal seguro de que vai tentar a sua correcção.Temos de elogiar o desígnio, que se reveste da maioroportunidade e alcance e simultaneamente agradecer asintonia do honroso convite para abordar o problema

da diversidade do pensamento cirúrgico. Atendendo àacção influenciadora que as Sociedades Científicaspodem ter no espaço público da Cidade, uma tal ques-tão só fica perfeitamente enquadrada se nos referirmosàs inter relações de sentido recíproco que se estabele-cem entre o pensamento dialéctico comum e o pensa-mento científico. No nosso conceito, a influência dodialéctico que domina a arte da disputa político-socialnas Democracias mediáticas actuais, não tem paradode crescer, e sobreleva em influência cultural a do cien-tífico, mesmo dentro das próprias Sociedades. Paranós, é este o factor original de todas as nossas frustra-ções.Iremos portanto, tratar desta questão considerando

em primeiro lugar os aspectos que nos parecem maisessenciais, apresentados muito recentemente commaior desenvolvimento noutro local (*). Em resumoreferir-nos-emos: 1) Aos critérios de verdade do Pen-samento Científico, 2) Ao problema da especificidadedo pensamento clínico e cirúrgico e 3) À Arte deactuação cirúrgica. Depois equacionaremos, também

Sociedades Científicas e Diversidadedo Pensamento Cirúrgico

Fernando Veiga Fernandes

Prof. Catedrático – Faculdade de Medicina de LisboaDirector de Serviço de Cirurgia

RESUMO Trabalho de confrontação entre a diversidade do pensamento médico que supostamente aceita a predomi-nância do pensamento científico e o pensamento dialéctico que desde sempre tem dominado a arte de ter sucesso àpriori na luta pela vida e na disputa pelo predomínio político-social.

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(*) F. VEIGA FERNANDES:Diversidade do Pensamento Cirúrgico,RFML: 2006; Série III; 11(6): 319.

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de modo resumido, os problemas do condicionamentoético da liberdade de acção e a questão da linguagemmédica. Finalmente deter-nos-emos na diferença entreverdade e opinião, na perspectiva da orientação dasdecisões decorrentes do espaço público de intervençãodas Sociedades.

Pensamento Científico

O pensamento médico foi fundamentalmentedominado nos últimos séculos pelo sucesso que teve aaplicação da metodologia científica às ciências da natu-reza. A esta influência deve-se grande parte do pro-gresso alcançado quer no alargamento e aprofunda-mento dos conhecimentos relativos às ciências básicasquer no campo pragmático do tratamento das doen-ças.De um modo geral, para que o conhecimento seja

considerado científico é preciso que obedeça a umconjunto de requisitos que permitam a sua verificação,em identidade de circunstâncias. Estes requisitosincluem os seguintes passos mais significativos, deacordo com o padrão cultural anglo-saxónico geral-mente aceite:• elimitar o objecto de estudo: dado que não é pos-

sível estudar tudo ao mesmo tempo, é necessário foca-lizar o assunto, sem divagações, e garantir que o estudoirá ser exequível (definir o problema);• Escolher a metodologia de trabalho: é preciso

caracterizar o objecto de estudo e delinear como ana-lisar o que se pretende conhecer (elaborar um projectode estudo de acordo com o material disponível e osmétodos de análise);• Fazer uma rigorosa descrição dos dados obtidos:

que possibilitem uma representação formal das estru-turas, das relações e funções dos fenómenos, que cons-tituem o objecto de estudo do problema, de modo agarantir que os mesmos factos, nas mesmas condições,voltarão a originar as mesmas consequências (discussãodos resultados);• Estruturar a formulação das hipóteses: que per-

mitam compreender os encadeamentos na porção do

“real” analisado, na certeza de que as hipóteses valida-das por um dado estudo científico poderão vir a serrejeitadas por novos factos ou acontecimentos poste-riores e que essa rejeição não deve ser entendida comoum retrocesso, mas sim como um progresso natural nodesenvolvimento do conhecimento científico (KarlPopper). Dados a favor do paradigma vigente, podemnão aumentar significativamente a validade do mesmo.Pelo contrário, um único dado ou dados contra, inva-lidam a hipótese que o sustenta (Khun, Popper)Resta acrescentar que todos estes requisitos têm de

ser cumpridos no quadro de uma escolha teórica àpriori racionalmente coerente (baseada nos princípiosda razão suficiente definidos por Leibnitz, Kant, Des-cartes), que explicitem desde início um conjunto derazões explicativas indutivas que permitam descrever,analisar e previamente compreender um dado domíniodo conhecimento.Em resumo, a metodologia científica é um processo

elaborado de fundamentação do pensamento que sedestina a compreender a realidade extrínseca criadasegundo regras lógicas admitidas inicialmente demodo axiomático, que são comuns ou equivalentes ànossa própria racionalidade (ambas obedecem aosprincípios da causalidade, e aos princípio lógicos daidentidade, da não contradição e do terceiro excluído).O processo mental que permite processar a equivalên-cia entre o pensamento e o real faz-se de acordo coma utilização em cascata sequencial das nossas capaci-dades racionais de síntese (de sentido simbólico e uni-versalizante) e de análise, do seguinte modo: Inicial-mente as explicações que imaginamos para compreen-der a realidade (por um processo universalizante malesclarecido, mas que se usa designar como indutivo)têm de ser racionalmente coerentes e baseiam-se naconvicção de que na sua essência “o real é racional e oracional é real” (Hegel). Seguidamente as explicaçõesde base fundamentalmente teórica têm de ser subme-tidas à contraprova dos factos cuidadosamente anali-sados, e seleccionados de acordo com o seu supostograu de importância causal. Para atingir este desidera-tum, os factos mais salientes serão experimentalmentereunidos numa demonstração prática em que se tenta

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repetir o fenómeno de acordo com o previsto – ométodo científico é por este facto, classicamente clas-sificado como um método experimental.O valor do método, como elemento de fundamen-

tação ou de prova das hipóteses, vale exclusivamentequando satisfaz a totalidade dos seus passos. O cum-primento isolado de cada uma das partes, não dá porsi só validade científica às afirmações nem lhes servede critério de verdade. Afirmações do seguinte teor,“os factos falam por si” ou “factos são factos”, só têmvalor como justificação presencial (atributo de verda-des sensíveis), não dão validade às interpretações expli-cativas conceptuais, mesmo que estas se baseiem emfactos muito relevantes. Do mesmo modo, o célebreaforismo de Nietzsche “não existem factos, massomente interpretações”, é também um modo invie-zado de dar exagerada importância no método cientí-fico à parte relativa à validação racional das hipótesesinterpretativas, menorizando os outros passos ou ométodo na sua globalidade. Portanto, todas as inter-pretações reclamam fundamentação e não podemtomar a vez dos factos ou verdades sensíveis, como tan-tas vezes por erro acontece na linguagem coloquial davida corrente.O domínio do mundo criado onde classicamente

melhor se aplica este tipo de pensamento é o da físicae o da biologia. Tipicamente com ele, tenta-se com-preender como se dão os fenómenos ou os processosque aconteceram e se repetem no futuro em condiçõesde identidade de circunstância. A Medicina e a Cirur-gia na sua perspectiva orgânica são casos particularesda Ciência Biológica, e portanto a ambos aplica-se omodelo científico descrito.

Especificidade do Pensamento Clínico

Entre o conhecimento dos acontecimentos relativosao mundo biofísico criado e o que resulta da inter-venção influenciadora directa da vontade humanasitua-se grande parte dos problemas médicos da clí-nica e da terapêutica. Neste caso, consideramos comoadquiridos todos os conhecimentos relativos à com-

preensão da normalidade anatómica, bioquímica efisiológica e também tudo o que se sabe em ligaçãocom o que designamos como história natural dadoença – conhecimentos adquiridos pela via – ditacientífica e experimental de comprovação das hipóte-ses – utilizando métodos de prova laboratoriais ourecorrendo à experimentação animal de modo a repro-duzir idênticos efeitos quando reunimos in vivo ou invitro os supostos factores causais fundamentais.Na clínica e na terapêutica, todo o problema está

condicionado pela necessidade de repor a normalidadeafectada pela doença, nos seus aspectos locais, regio-nais ou gerais mais significativos (reposição da nor-malidade anatómica, funcional e psico-social). Por-tanto, não se trata de compreender o universo biofísicoestável, mas interpretar a dinâmica das alterações indu-zidas pela doença (compreender as inter-relações quelevam à causa) e seguir no seu registo histórico, tantoquanto possível, os mesmos critérios de objectividadeadoptados no método científico.A sequência metodológica seguida, também aqui se

orienta pela alternância dos processos racionais deenquadramento sintético e analítico dos factos comoanteriormente descrito:• Primeiro, uma síntese dos factos mais significati-

vos que introduzem o relato da situação (como acon-tece na descrição do motivo de internamento),• Depois a descrição pormenorizada dos factos rela-

tados pelo doente (anamnese), ou dos factos observa-dos pelo médico (exame físico),• Em seguida elaborar uma síntese que permita o

enquadramento dos factos mais significativos que dãofundamentação racional às hipótese de diagnóstico(diagnóstico provisório),• Depois hierarquização dos métodos de prova das

hipóteses (métodos laboratoriais, morfológicos e ima-giológicos de prova) que permitirão fundamentar odiagnóstico definitivo,• Para com base numa decisão estruturada melhor

poder escolher a terapêuticamais adequada, tendo ematenção o estádio evolutivo da doença, as suas reper-cussões locais e gerais, os factores de risco e a avaliaçãoda reserva funcional dos órgãos alvo ou órgãos de sus-

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tentação da vida afectados pela doença ou alteradospor outras circunstâncias.• Finalmente há necessidade de elaborar um prog-

nóstico sobre a evolução da doença tratada, e delinearum plano de aconselhamento normativo para facilitara recuperação pós terapêutica e a integração do doentena sua vida de relação familiar, profissional e social (*).De um modo geral, os aspectos que dão real especi-

ficidade ao método clínico estão relacionados com ofacto da doença induzir uma alteração da normalidade,sentida pelo doente ou observada pelo médico, que lheinduzem uma convicção prévia, a ter de ser objectiva-mente sustentada de modo a intentar prevenir ou rapi-damente inverter a situação.A especificidade do diagnóstico médico aconselha

que o raciocínio que permite formular a hipótese pro-visória siga o elementar modelo taxonómico clássicoou aristotélico que permite a ordenação sistematizadados diferentes passos que levam à classificação dasdoenças. Uma vez conseguido isto, descobrir a doençaalvo consiste em descobrir a causa, integrando-a nomodelo de ordenação classificativa escolhido: Primeiroo diagnóstico anatómico ou de localização do órgãoafectado, depois o tipo de doença e finalmente o diag-nóstico etiológico – porque sabemos da existência deuma reactividade sintomática específica de cada órgão,e que esta pode ser desencadeadas por múltiplas cau-sas (exemplo: doença do estômago a que se chega pelossintomas característicos, doença crónica, úlcera pép-tica, úlcera gástrica); ou ainda primeiro a caracteriza-ção do grande quadro nosológico inespecífico, depoiso quadro sindromático, a seguir a localização e final-mente o agente etiológico específico (exemplo: abdó-men agudo, síndrome peritonítico, apendicite aguda,causada por exemplo, por uma bactéria graam nega-tiva). A grande vantagem desta metodologia sequencialé que em determinadas áreas do conhecimento

médico, os clínicos podem rapidamente chegar aodiagnóstico certo, com elevado grau de probabilidaderecorrendo a métodos auxiliares ou de confirmaçãolaboratorial muito simples. O cirurgião de Banco, dotempo queprecedeu a explosão imagiológica e analítica actual,

conseguia ter com o seu extremamente cuidado exameclínico, um tão elevado grau de certeza diagnóstica,que podia tomar decisões terapêuticas de muito ele-vado rigor e risco recorrendo a métodosde comprovação muito pouco complicados. Depois

de meditar sobre a anamnese e exame físico e de con-frontar os dados adquiridos com os conhecimentosbásicos da patologia e clínica, bastava-lhes na quasetotalidade das urgências abdominais, por exemplo: umsimples leucograma nas peritonites ou uma radiogra-fia simples do abdomen na oclusão intestinal e nas per-furações de víscera oca, para decidir ter de operar odoente.O outro ponto que merece ser referido liga-se não

com o diagnóstico, mas com a pressão e exigência tera-pêutica de escolha do melhor método ou melhormetodologia, para conseguir trazer o doente à norma-lidade. A diversidade de meios, a organização dassequências de actuação que envolvem, a coordenaçãodo momento de intervenção das várias especialidadese capacidade de ordenação das várias modalidades, é detal complexidade que tem justificado todos os esfor-ços feitos na sua sistematização racional. Este tem sidoo campo privilegiado de acção da modernaMedicinaBaseada na Evidência, de grande utilidade e interesseeducativo. A ela se deve a possibilidade de termos hojeà nossa disposição em crescendo actualizações perma-nentes da pauta ordenada dos diferentes métodos defundamentação das diferentes modalidades terapêuti-cas, de acordo com o seu grau de confiança em cadasituação ou especialidade. A verdade em terapêuticapassou a ser uma questão de grau de confiança nométodo de prova utilizado, baseado no valor probabi-lístico dos resultados obtidos.A especificidade da metodologia de prova por razões

de evidência aplicada à terapêutica cirúrgica foi ante-riormente por nós abordada de um modo mais por-

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(*) F. VEIGA FERNANDES: Metodologia de diagnóstico e elabora-ção escrita do processo clínico. RFML III (6): 365-382, 2000.

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menorizado (*). Existem dificuldades na sua aplicaçãoá cirurgia, como então referimos e que em síntese sãodevidas não só à multiplicidade das variantes relativasà selecção dos doentes, à dificuldade em estandardizaros estádios evolutivos da doença e em uniformizar astécnicas de tratamentos, mas também e fundamental-mente estão condicionadas por razões de natureza esta-tística relacionadas com a extensão e homogeneidadedas amostras de modo a permitir induções matemati-camente válidas.Em resumo, o designado pensamento clínico é uma

forma de pensamento muito estruturado que assentana procura persistente de uma fundamentação objec-tiva e sistematizada dos diversos passos do processo dediagnóstico e de equacionamento da terapêutica. Con-tudo, pelo que expusemos, as hipóteses de diagnósticomédico não têm, mesmo depois de provadas, o carac-ter de leis universais estritas como sucede no pensa-mento científico aplicado à física ou às ciências danatureza. No dizer de Karl Popper apresentam-se pre-dominantemente com um caracter singular e históricoe o facto de todas as leis da natureza serem hipóteses,tal razão não deve confundir-se com o facto de nemtodas as hipóteses serem leis. As hipóteses médicas,como hipóteses históricas, são afirmações não univer-sais. Por regra, são afirmações sobre um acontecimentoindividual ou sobre um número restrito de aconteci-mentos (**) sendo o seu encadeamento causal dedu-zido das leis universais das ciências médicas, ditas bási-cas, e da história natural das doenças. Os resultadosobtidos com a terapêutica são também do ponto devista epistemológico um meio de validação ou deprova das hipóteses muito importante, quer quandoaplicado a cada caso individual, quer quando analisamconjuntos de casos semelhantes de modo a influenciara potência universalizante da conclusão.

Valor da Actividade Cirúrgica como Arte

A medicina em geral e a cirurgia em particular,como actividade humana singular desde a civilizaçãoGrega que é considerada como uma arte.De facto, emmuitas circunstâncias, mas especialmente na sua ver-tente terapêutica, a Cirurgia é um processo de actua-ção essencialmente decidido em liberdade sobre umamultiplicidade de possibilidades, muitas delas de idên-tico valor teórico e igual eficácia, em que a sensibili-dade, a criatividade e vontade, o hábito e a experiên-cia, têm uma importância fundamental no fazer o quedeve ser feito de modo a conseguir atingir a finalidadeprimordial de um retorno à normalidade. A singulari-dade de cada intervenção cirúrgica (como tentativa deadaptar o caso particular ao normal universal possí-vel), a importância das capacidades não racionais deexecução, o facto de ser uma actividade condiciona-dora do futuro, a liberdade do cirurgião num ambienteesclarecido de responsabilidade e especialmente a gran-deza avassaladora deste conjunto, constituem elemen-tos estruturais da maior importância. São eles que esta-belecem a diferença entre o pensamento como arte e opensamento científico (que parte do universal, remeteao passado e permite uma compreensão racional objec-tiva e fria dos factos e fenómenos).Do ponto de vista pragmático e singular, muito pro-

vavelmente a forma mais característica deste tipo deactuação seja o da Arte Cirúrgica em situações muitourgentes, do tipo “life saving” que surgem no ambientede um Banco de Hospital Central ou na frente decombate de um Teatro de Guerra. Aqui, a força queresulta da necessidade de ligar rapidamente o particu-lar ao universal, sob pressão do tempo físico que seesvai, exagera a importância do subconsciente e dosmecanismos de automatização instintiva do próprioracional. Saber apreender quase em instantâneo esimultaneamente o essencial, sobre o diagnóstico eactuação terapêutica de modo a privilegiar este últimofactor é fundamental para conseguir estabilizar a vidaconsciente e vegetativa contra o ambiente de fundo,de drama e de adversidade. Aqui, na luta pela susten-tação do ânimo do doente, a importância hierárquica

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(*) F. VEIGA FERNANDES: Cirurgia baseada na Evidência Cien-tífica. Importância Específica e Circunstancial do Tema. RFML:2003; III; 8(4): 191-198, 2003.(**) KARL POPPER: The Poverty of Historicism. Routledge &

Kegan P., London and New Yorl: 1957, pg 98.

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do biológico e do psicológico misturam-se ou inver-tem-se e é à sensibilidade, vontade e até ao desesperodo próprio médico que se deve a possibilidade deencontrar no momento próprio a palavra certa a diri-gir ao doente, sobre o próprio, os familiares ou amigosde quem gosta, de modo a evitar que se abandone edesista. Perante os estados de não equilíbrio, na proxi-midade do nada da morte, a consciência da vida e anoção de tempo, do doente e do médico (ou infeliz-mente só do médico), modificam-se como se ambosestivessem num estado semelhante ao do limiteextremo de um estado de aceleração máxima relativa àvelocidade da luz, que como Einstein demonstrou,modifica o tempo físico desmesuradamente.Numa perspectiva evolutiva ampla, e considerando

um tempo conceptual mais dilatado, a possibilidadede integração da arte de actuação cirúrgica no desen-volvimento do pensamento artístico em geral, obrigaa precisar alguns aspectos. Em primeiro lugar, se con-siderarmos como estádios evolutivos mais representa-tivos da arte em geral, o período clássico, o românticoe o moderno, a arte cirúrgica tem-se mantido predo-minantemente dentro de um estádio evolutivo inicial.O cirurgião continua a considerar a verdade, o bem eo belo como valores supremos ligados à normalidadeanatómica e fisiológica. Portanto, quando repara odanificado pela doença procura reconstruir do modomais perfeito possível a natureza, na convicção de quequando mais próximo ficar deste ideal melhor serãoos resultados que obtém. Mesmo na cirurgia estéticaem que a intervenção é solicitada por razões de manu-tenção do padrão de normalidade modificada pelaafecção ou pelo gosto de manter uma beleza juvenilalterada pela idade, o modelo de cópia continua areger-se pelas regras da perspectiva, da simetria anató-mica e do equilíbrio ou harmonia morfológica. Aintrodução de um sem número de artefactos tecnoló-gicos ou protésicos não tem alterado o sentido utilitá-rio do blueprint que irá permitir conservar o melhorequilíbrio possível naquilo que caracteriza a naturezafísica do indivíduo.Entre os dois extremos – cirurgia reparadora versus

cirurgia de uma suposta supernormalidade – os desen-

volvimentos atingidos no final do século XX foramextraordinários e devidos principalmente à força dacapacidade imaginativa humana de invenção de novastecnologias, que acabou por atingir todos os camposda actividade cirúrgica. Foi este individualismo inven-tivo (equivalente do criativo romântico), que contrastacom as capacidades clássicas de descobrimento ou des-velamento dos enigmas do real, que permitiu tudo oque foi conseguido no domínio da substituição deórgãos (rim artificial, ventilação assistida, controlo doritmo cardíaco, fígado artificial); que possibilitou odesenvolvimento de novas especialidades e subespe-cialidades (cirurgia cardíaca moderna com circulaçãoextra-corporal, cirurgia da transplantação de órgãos, ea mais moderna cirurgia video assistida); que permitiuo crescimento de novas tecnologias e de novas indús-trias de fabricação do mais diverso tipo de aparelha-gem de monitorização e de controlo anestésico (hemo-dinâmico e ventilatório) e de material protésico

A Questão da Ética na Idade da Estética.

Os três tipos de pensamento anteriores, foram orde-nados de acordo com o peso relativo de dois factoresfundamentais (os da necessidade e os da liberdade) quese cruzam em sentido inverso (necessidade máxima –liberdade zero, no pensamento científico; liberdademáxima – necessidade reduzida, no pensamento comoarte) e têm duas característica comuns: Por um lado,porque levam à formulação de hipóteses de trabalhoou à elaboração de planos da acção, obrigam a quesejam sempre racional e objectivamente fundamenta-das; Por outro lado, porque envolvem uma actuaçãosobre o homem ou exigem como recurso de prova umaactuação sobre o animal de experiência, obrigam a sereticamente sancionadas. Actualmente, mesmo as apa-rentemente legítimas decisões pessoais desde que inter-firam com o ambiente comum (de auto-regulaçãolimitada), necessitam de ser validadas de modo a pro-var que de facto numa perspectiva ética geral elas nãoprejudicam o bem-estar do conjunto. Do mesmomodo, a liberdade de actuação individual médica por-

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que tem sempre condicionantes gerais obriga a idên-tico controlo. Este deve revestir tanto maior impor-tância quanto maior for a interferência do livre arbítrio– por isso, a medicina como arte é dos três tipos indi-cados, aquele que deve ser submetido a um controlomais estrito. Embora o factor ético tenha sido desdeinício encarado de uma perspectiva individual, a expe-riência demonstra que pelo facto de ser o conjunto emque se integra o mais directamente afectado, é este quedeve condicionar e adaptar as suas estruturas tor-nando-as adequadas ao controlo do ethos sobre o pat-hos. Por isso, numa fase inicial são as instituiçõeshumanas existentes que devem adaptar-se de modo apoderem exercer esta função num sentido fundamen-talmente comandado pela máxima independência deinteresses.As instituições sociais, na fase evolutiva em que nos

encontramos, são sempre interfaces de atrito entre oindividual e colectivo, que influenciam desvios egoís-tas, que levantam dificuldades que têm de ser assumi-das. É esta a razão da pequena nota com que termina-remos sobre a intervenção da Sociedade de Cirurgiano desenvolvimento da medicina e no condiciona-mento científico e ético dos trabalhos que lhe são pre-sentes.

As Sociedades Científicas no balançoentre pensamento científico e dialético

Pelo que acabámos de referir, é muito elevada aimportância específica das Sociedades Científicascomo estímulo ao desenvolvimento da Medicina emtodas as vertentes atrás referidas.A Sociedade Portuguesa de Cirurgia, como caso par-

ticular deste tipo de Sociedades, cometeu há trintaanos o pecado original de ter adoptado sem bem fun-damentado critério a moda igualitária de tudo tentarresolver pelo sortilégio do democrático, como pana-ceia universal. De facto, este tipo de Sociedades não sedestinam a conceder prioritariamente vagos direitosnem a distribuir com equidade qualquer bem ou opor-tunidade científica comum, pelos seus associados. Pelo

contrário, o objectivo prioritário a atingir é mais uni-versal. Num conceito abrangente da máxima generali-dade, deverá visar o maior desenvolvimento da ciênciacirúrgica, pelo apoio ao esforço de alguns, em benefí-cio de toda a sociedade na qual se integra. À priorisabemos que este desideratum é unicamente alcançávelà posteriori, à custa do trabalho empreendido por umamuito reduzida minoria dos seus mais distintos espe-cialistas – os mais esforçados e mais dotados em ima-ginação e criatividade. A estes, em princípio a entidadeque designaremos por “Sociedade dos Homens”, doelevado pedestal da sua sabedoria metafísica e podersimbólico, conceder-lhes-á por intermédio das socie-dades, do tipo da SPC, a honra de exercerem o seumítico poder enzimático sobre o conjunto e aceitadepois que assumam o dever de sobre ela instituíremo seu controlo. Quando este tipo de dinâmica se esta-belece, os bloqueios ou retroacções de espúrias lutascompetitivas diminuem automaticamente ou desapa-recem e deste modo criam-se condições para ummelhor auto reprodução do bom sistema. Entretantoaté se atingir este patamar, as sociedades científicas têmtendência, como aconteceu com a nossa, a funcionarna onda mais básica do pragmatismo, a privilegiar oindividual dando maior prioridade a valores menosidealistas e a interesses pessoais imediatos, como osrelativos à questão da formação profissional, de modoa colmatar um defeito básico e com isso justificar todosos desvios.Mas o mais importante neste tipo de actuação reside

na perda de exigência em relação àquilo que no pensa-mento científico é essencial: o desejo de procura priori-tária e antecipada da verdade e daquilo que é justo – adisposição à priori do espírito – naquilo que constitui asua dimensão mais universal. Na nossa época também,tal como há dois mil e quinhentos anos, sempre quediminui a exigência no cuidado a ter com o poder dologos univerzalisante aumenta a influência do pensa-mento de inter relação dialéctica (mais pragmático).Todavia a vontade de ter êxito imediato a qualquerpreço ou a “Arte de ter sempre razão” (Schopenhauer),não resiste à dificuldade de que, quer a procura obses-siva do êxito quer a busca da verdade se projectarem

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sempre na realidade futura, que depende no seu per-curso de muitos condicionantes: Em primeiro lugar, dadisposição dominante inicial do espírito, e depois deuma enorme soma de influências, psicológicas, sociais,políticas, legais, ilegais, legítimas ou ilegítimas –incluindo todas as artimanhas – que fazem aumentar ainterferência e indeterminação do próprio acaso.Consideramos que o estudo da Arte dialéctica é

muito importante e merece ser considerada não nosentido sofístico pejorativo antigo, mas como umaestratégia de defesa, contra os que exageram o exercí-cio deste tipo de metodologia para alcançar interessesrestritos (que não são um privilégio exclusivo do domí-nio dos políticos), mas são também via para conseguiralcançar a dignidade que se exige sempre à mulher deCésar (em que não basta ser, é também preciso cuidarda beleza da aparência). Todavia para fugir à extensadiscussão filosófica entre o lógico e o dialéctico, ire-mos no memorando que se segue caracterizar funda-mentalmente o comportamento dialéctico e destemodo conseguir a evidência axiomática que explica,por contraste, como este vício se tem espalhado nomeio médico tão extensa e insensivelmente.É uma forma de pensamento que se apoia na con-

versa, no diálogo ou disputa sobre os factos, aconte-cimentos ou opiniões em vez de privilegiar o apoio àconfrontação de juízos críticos (meditados, reflectidos,devidamente avaliados).E quando se expõem juízos, escamoteia-se a funda-

mentação objectiva, para evitar que através da contes-tação da prova da asserção se consiga destruir o pró-prio juízo (técnica para impedir a contraprova experi-mental baseada no real).Na validação das afirmações utiliza-se de preferên-

cia a estratégia de conseguir efeito imediato entre opo-nentes ou auditores, ou de modo mediato através dorecurso a inquéritos de opinião. De acordo com estaestratégia, consensos, aprovações maioritárias ou rela-tivas têm idêntico valor, dado que de facto, a verdadeobjectiva é sempre independente deste tipo de valida-ção (ver critérios de verdade científica).No jogo de ataque e defesa durante as disputas, dá-

se preferência ao mecanismo retórico da linguagem

alegórica ou metafórica, em prejuízo da linguagemmais simples, directa e unívoca da ciência.Visa-se sempre atingir a qualquer preço o objecto

da dialéctica: isto é, ter êxito através da validação ime-diata das afirmações (diferente de conseguir a verdadeincondicional e prévia das mesmas independente-mente das dificuldades de confrontação com o real). Adiversidade dos estratagemas à disposição, e a diver-sidade das estratégias para conseguir o sucesso dosestratagemas é incomensurável (ver por exemplo, a“Arte de ter sempre razão”).A Dialéctica moderna distingue entre os estratage-

mas de quem ataca, da estratégia de quem defende(por vezes com recurso a processos semelhantes, masneste caso com uma diferente justificação ética). Paranão nos prolongarmos na teoria dos estratagemas,desejaríamos lembrar que a má fé das acusações encon-tra-se até certo ponto sancionada legalmente entre nós,pelo protecção que a nossa lei concede ao estatuto deacusação anónima, que inexplicavelmente não obrigaa previa fundamentação.Resumindo: No tempo actual, a questão da mini-

mização do pensamento científico não deve ser esca-moteada pela confrontação dualística entre fazer ciên-cia e dar formação científica, profissional e cultural. Éobvio que as duas tendências devem coexistir, desdeque a primeira seja prioritária, e deste modo funda-mente a própria designação. O problema espera-se,poderá ser provavelmente minorado ou ultrapassadodepois de 2010, com a nova reforma comunitária doEnsino Universitário, que funcionará em apoio doscritérios de Bolonha, e irá levar as Faculdades a darênfase especial à integração da formação científica naformação profissional dos licenciados. As sociedadescientíficas, terão de acompanhar todo este esforço elutar contra a tendência, de perante os problemas, nãoaceitar a via fácil dos consensos, dos inquérito de opi-nião e preferir a panaceia do diálogo em suporte doslobbys de decisão que se opõem à lentidão da medita-ção e ao isolamento na procura da verdade pela viacientífica.Finalmente, o outro aspecto supletivo, a este ligado,

é o do controlo ético da actividade médica. A impor-

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tância do problema é tal que os Hospitais Universitá-rios entre nós criaram já as suas Comissões consultivasindependentes de Ética Médica que trabalham juntodas direcções das Faculdades e do respectivo Hospital.Mas a solução que esta questão induz não cobre todoo país por ter sido difícil estendê-lo a todos os Hospi-tais. Por este facto, a intervenção da SPC neste campopoderá ser muito importante, desde que defina os seuscritérios ab inicio e não os deixe ao mero acaso das ten-dências de confrontação de interesses e ao sabor dosjogos duvidosos – sociológicos, económicos e políti-cos, nem à mercê dos estratagemas dos “Lobbys” – quelhe são extrínsecos e a degradam.

O problema ético tornou-se na realidade, uma ques-tão fulcral, não só por obrigar ao controlo profissio-nal, mas fundamentalmente também pela necessidadede controlo formativo pós-graduado. De facto, vive-mos uma época de ataque deliberado contra a funçãoestabilizadora da hierarquia profissional médica, cujoêxito tem sido conseguido através do afrouxamentoexcessivo do rigor dos concursos e do grau de exigên-cia na selecção dos profissionais. A capacidade de inter-venção das Sociedades neste campo é limitada, mas o

seu capital influenciador poderá ser utilizada comopoder de afrontamento, jogando o seu enorme poten-cial poder crítico contra o exclusivo poder pelo poderde interesses, que de facto se joga na interface entre oPessoal e o Social ocupado pelas Sociedades Científi-cas e Ordem dos Médicos. E é aqui que a SPC poderáter uma função supletiva crítica fundamental eurgente, dado o plano de decadência em que se atu-lhou o órgão representativo da classe, que tem propi-ciado a perda de dignidade, de função e de estatutodos próprios médicos – entregues a si próprios e exa-geradamente expostos sem protecção à servidão doEstado ou a partir de agora também à servidão impostapelos Grandes Grupos Económicos. Aos médicos emPortugal, faltam neste momento estruturas própriasque lhe dêem a máxima credibilidade e dignidade derepresentação pericial, ética e também profissional.Nem tudo, no âmbito da Saúde, pode ser deixado aoexclusivo controlo limitativo das ideologias demomento – a Saúde não pode ser presa apetecível nemdo estatismo político-burocrático, nem do mero jogodo liberalismo de mercado.

Fernando Veiga Fernandes

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Fernando Veiga Fernandes

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Agenda

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AGENDA

MARÇO

61st Annual Câncer Symposium of the Society of SurgicalOncology (ISSO)15 a 18 de Março de 2007Washington DC, USAwww.surgonc.com

ABRIL

Charing Cross 29th International Symposium14 a 17 de Abril de 2007Londres, Inglaterrawww.cxsymposium.com

99th Annual Meeting – American Association for CâncerResearch (AACR)14 a 18 de Abril de 2007Los Angeles, California, USAwww.aacr.org

SAGES e Capítulo Americano da Associação Mundialde Cirurgia Hepato-bilio-pancreática (AHPBA)18 a 22 de Abril de 2007Las Vegas, EUAwww.sages.org

MAIO

X Congresso Nacional de Medicina IntensivaI Congresso Luso-Brasileiro de Medicina Intensiva6 a 8 de Maio de 2007Santa Eulália – Algarve(este estava no final da lista é para passar para aki)

Academy Meeting3 a 5 de Maio de 2007Ostende, Bélgica

7th International Gastric Cancer Congress9 a 12 de Maio de 2007São Paulo, Brazilwww.7igcc.com.br

15th World Congress on Disaster and EmergencyMedicine (WCDEM)13 a 16 de Maio de 2007

Amesterdão, Holandawww.wcdem2007.org

World Conference on Interventional Oncology14 a 18 de Maio de 2007Washington DC, USAwww.wcio2007.com

1st Joint Congress European Association for Traumaand Emergency Surgery – EATES/ European TraumaSociety – ETS23 a 26 de Maio de 2007Graz, Austriawww.eurotrauma2007.com

JUNHO

XXVII Congresso Nacional de Gastroenterologiae Endoscopia Digestiva6 a 9 de Junho de 2007Vilamoura

MMESA (Mediterranean & Middle Eastern EndoscopicSurgery Association) “Spring Meeting”14 a 16 de Junho de 2007Florença, Itália

Hospitalar 200712 a 15 de Junho de 2007São Paulo, Brazilwww.mdna.com

ISCAS – 11th Annual Conference of the InternationalSociety for Computer Aided Surgery27 a 30 de Junho de 2007Berlin, GermanyPhone: (49) [email protected]

JULHO

15th Internacional EAES Congress4 a 7 de Julho de 2007Atenas, Gréciawww.eaes-eur.org

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Revista Portuguesa de Cirurgia

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17th World Congress of the World Society of CardiothoracicSurgeons11 a 13 de Julho de 2007Kyoto, Japãowww.wscts20007.com

CARS 2007 – Computer Assisted Radiology and Surgery20 a 23 de Julho de 2007Berlin, GermanyPhone: (49) [email protected]

AGOSTO

ISW 200726 a 30 de Agosto de 2007Montréal, Canadáwww.isw2007.org

SETEMBRO

17º Congresso Internacional da IASGBucareste, Roménia5 a 8 de Setembro de 2007www.iasg.org

16th Society of Laparoendoscopic Surgeons Annual Meeting5 a 8 de Setembro de 2007S. Francisco, EUAwww.sls.org

OUTUBRO

1st. Central European Congress of Surgery3 a 6 de Outubro de 2007Praga, República Checa

93º Congresso do American College of Surgeons7 a 11 de Outubro de 2007Chicago IL, EUAPhone: (1) [email protected]

Congresso Europeu do International Congressof Surgeons18 a 19 de Outubro de 2007Antalya, Turquiawww.icsglobal.org./mem_globalmeet.htm

XVI Reunião Nacional de Cirurgia de Espanha23 a 26 de Outubro de 2007San Sebastianwww.aecirujanos.es

15th European Gastroenterology Week27 a 31 de Outubro de 2007Pariswww.uegw.org

NOVEMBRO

Médica14 a 17 de Novembro de 2007Dusseldorf, GermanyPhone: (49) 211-456-001www.messe-dusseldorf.de

17th FELAC – Latin American Congress of Surgery18 a 22 de Novembro de 2007Santiago, ChilePhone: (56) [email protected]

SMIT20 A 22 DE Novembro de 2007Sendai, Japão

DEZEMBRO

Congresso Anual da MMESA29 de Novembro a 2 de Dezembro de 2007Cairo, Egipto

Curso post-graduado da IASGO6 a 8 ou 13 a 15 de Dezembro de 2007Atenas, Grécia

JANEIRO

Pan-Pacific Surgical Association 28th Congress19 a 21 de Janeiro de 2008Honolulu, HI, USAPhone: (1) 808-941-1010ppsa.info@panpacificsurgical.orgwww.panpacificsurgical.org

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Agenda

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CURSOS A.T.L.S. – Student Course

Ano de 2007

Mês Dias Local Curso

Fevereiro 9,10 e 11 Évora 90º

Março 15, 16 e 17 Lisboa 91º

Abril 12, 13 e 14 Coimbra 92º

Abril 19, 20 e 21 Viseu 93º

Abril 12 a 14 ou 18 a 21 Porto 94º

Maio 3, 4 e 5 Aveiro 95º

Maio 10, 11 e 12 Braga 96º

Junho 11, 12 e 13 Algarve 97º

Junho 14 a 16 ou 28 a 30 Porto 98º

Julho 5, 6 e 7 Braga 99º

Setembro 8, 9 e 10 Madeira 100º

Outubro 18, 19 e 20 Coimbra 101º

Novembro 8 a 10 ou 15 a 17 Porto 102º

Novembro 15, 16 e 17 Braga 103º

Novembro 22, 23 e 24 Viseu 104º

Novembro Novembro Lisboa/Évora 105º

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Revista Portuguesa de Cirurgia

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30-31 Março Curso Avançado de Cirurgia de Orgãos Sólidos

20-21 Abril Curso Avançado de Cirurgia Esófago-Gástrica

18-19 Maio Curso Básico de Laparoscopia

8-9 Junho Curso de Banda Gástrica por Laparoscopia

15-16 Junho Curso Avançado de Cirurgia do Pescoço

14-15 Setembro Curso Avançado de Cirurgia da Hérnia

19-20 Outubro Curso de Banda Gástrica por Laparoscopia

9-10 Novembro Curso Básico de Laparoscopia

29-30 Novembro Curso Avançado de Cirurgia Colo-rectal

20-21-22 Dezembro Curso de Bypass Gástrico Laparoscópico

CURSOS DE LAPAROSCOPIA

Prevê-se a realização de outro Curso Básico no decurso de 2007, mas em data ainda a anunciar no site da SPC.

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Agenda

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29 de Março de 2007 – Colestase extra-hepática – caso clínicoDr.ª Milena e Dr. Pedro AmadoComentadores: Dr. João Coimbra, Dr. Américo Martins e Dr. Oliveira Martins.

26 de Abril de 2007 – Importância da investigação associada à prática clínica.Prof. RueffComentadores: Prof. Pereira Alves, Prof. Santos Bessa e Profª. Patrícia Rosado Pinto

17 de Maio de 2007 – Alterações genomicas no carcinoma colo rectal.Drª Maria José PinheiroComentadores: Dr. João Gíria

21 de Junho de 2007 – Cirurgia plástica para cirurgiões plásticos.Dr. João AnacletoComentadores: Dr. Gerardo Millan

27 de Setembro de 2007 – Abordagem endovascular das lesões da aorta torácica.Dr. Duarte MedeirosComentadores: Prof. Pereira Alves

17 de Novembro de 2007 – Damage control na isquemia intestinal – caso clínico.Dr. Pedro Amado e Dr. Oliveira MartinsComentadores: Prof. Pereira Alves e Dr. José Neves Antunes

12 de Maio de 2007 – Hospital de Viseu – “Doença Diverticular”

26 de Maio de 2007 – Hospital Garcia de Orta – “O trauma nos dias de hoje”

9 de Junho de 2007 – Hospital de Faro – “Trauma pélvico”

8 de Setembro de 2007 – Hospital do Funchal – “Impacto do ATLS na Madeira”

27 de Outubro de 2007 – Hospital de Aveiro – “Oclusão intestinal”

REUNIÕES NA SEDE

REUNIÕES UM DIA UMTEMA

“VENHA TOMAR UM CAFÉ CONNOSCO”

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Próximo Número

Artigos de Revisão:

GIST em 2007 – Uma colectânea de trabalhos actualizando a visão sobre o GIST

Trabalhos Originais:

Trabalhos premiados no Congresso de 2007 da Sociedade Portuguesa de Cirurgia

(Comunicações Livres e de Posters)

Úlceras de Perna

Controvérsias:

Hérnia Inguino-crural (tratamento por via laparoscópica ou por via “clássica”?)

Casos Clínicos:

Traumatismo Abdominal Fechado

Um caso de Linfoma de Burkitt

Passos Técnicos:

Colangiografia Intraoperatória

Deontologia e Ética:

O consentimento informado

Património Cultural:

O primeiro laparoscópio no HSAC

Revista Portuguesa de Cirurgia

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II Série • Número 0 • Março 2007 Revista Portuguesa de Cirurgia

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Instruções aos Autores

A Revista Portuguesa de Cirurgia é o orgão oficial da Sociedade Portuguesade Cirurgia.

É uma Revista científica de periodicidade trimestral que tem por objectivo apromoção científica da Cirurgia Portuguesa, através da divulgação de trabalhosque tenham esse propósito.

A sua política editorial é rigorosa e respeitadora da ética e dos valores deon-tológicos e científicos da prática, educação e investigação em cirurgia.

Todos os textos publicados na Revista Portuguesa de Cirurgia são de autoriareconhecida. A Revista compromete-se a respeitar todas as afirmações produzi-das em discurso directo, procurando, quando seja necessário editá-las por razãode espaço, manter todo o seu sentido.

A Revista Portuguesa de Cirurgia compromete-se a respeitar e reproduzirtodos e quaisquer resultados que sejam obtidos em trabalhos apresentados e quecumpram os critérios de publicação. Todas as fotografias de pessoas e produtosque sejam publicados serão, salvo quando indicado em contrário, de produçãoprópria. Em relação a imagens de produção externa todas as autorizações serãoobtidas antes da publicação.

Publica artigos originais, de revisão, casos clínicos, notas prévias, controvér-sias, passos técnicos, recomendações, colectâneas de imagens, informações váriase outros trabalhos desde que relacionados com quaisquer dos temas que respei-tam ao exercício da cirurgia geral, seja sob a forma básica, avançada, teórica ouaplicada.

Os trabalhos para publicação poderão ser em Português, Inglês, Francês ouEspanhol.

Todos os artigos que não sejam solicitados pelos Editores serão submetidosa revisão científica prévia por revisores que serão pares profissionais.

Os artigos são revistos para publicação, partindo-se do princípio de que o seuconteúdo não foi simultaneamente submetido a outro jornal, que não foi aceitepara publicação noutra publicação e que não foi já publicado.Tentativas de publi-cação dupla levam a rejeição automática e poderão prejudicar a aceitação de futu-ras publicações. Junto com o manuscrito deverão ser enviadas cópias de outrosartigos (publicados, aceites para serem publicados ou apresentados para publicação)relacionados com o mesmo tema e da autoria de qualquer dos co-autores.

É essencial a apresentação de outros artigos na situação acima mencionada,que façam uso dos mesmos elementos de estudo para avaliação de potenciaissobreposições. Deve ser indicado na página de título se o artigo é baseado emqualquer apresentação prévia, em comunicação oral ou poster.

O parecer dos revisores levará a que os artigos submetidos sejam:– Aceites sem modificações– Aceites após correcções ou alterações sugeridas pelos revisores ou pelo Con-selho Editorial e aceites pelos autores

– RecusadosOs artigos enviados e as suas ilustrações ficam propriedade da Revista. Os

artigos publicados ficarão da inteira propriedade da revista, não podendo serreproduzidos, em parte ou no todo, sem a autorização dos editores. A responsa-bilidade das afirmações feitas nos trabalhos cabe inteiramente aos autores.

EstiloOs trabalhos deverão, tanto quanto possível, ter um estilo directo, conciso e

preciso, evitando abreviações pouco conhecidas ou em excesso, bem como o usode termos crípticos ou de uso muito restrito. A sua estrutura deve permitir a lei-tura e compreensão por profissionais que se dediquem a áreas diferentes das abor-dadas no trabalho. Devem permitir uma leitura agradável e rápida e não devemusar sub-entendidos nem fazer alusão a noções que não estejam claramente defi-nidas no próprio trabalho. Os capítulos devem estar bem definidos, seguindo a

Instructions to Authors

The “Revista Portuguesa de Cirurgia” is the official journal of the Por-tuguese Society of Surgery

It is a scientific quarterly Journal which has as objective the scientific pro-motion of Portuguese Surgery, by divulgation of scientific work with that pur-pose.

Its editorial policy follows rigour and respects ethics and the deontologicand scientific values of surgical practice, education and research.

All texts published in “Revista Portuguesa de Cirurgia” have a knownauthorship. The Journal assumes the compromise of respect all statements madeunder direct “speech”, trying, when necessary to edit it by space reasons, to keepallits meaning.

The “Revista Portuguesa de Cirurgia” assumes the compromise to respectand to reproduce all results obtained in the studies presented which fulfil pub-lication criteria. All photos of individuals or products published will, exceptwhen specifically mentioned, of own production. Any images of external pro-duction to be published will have all authorization permits obtained before-hand.

The Journal publishes original and revision articles, clinical cases, intro-ductory notes, controversies, technical issues, recommendations, image collec-tions, general information and other papers related with any subject respect-ing general surgery practice, under either basic, advanced, theoretical orapplied form.

Papers for publication will be accepted in Portuguese, English, French orSpanish.

All papers which are not presented by Editorial invitation will be submit-ted to peer revision.

Papers will be reviewed to be accepted for publication under the assump-tion that its contents have not been submitted simultaneously to another jour-nal, have not been accepted for publication elsewhere and have not alreadybeen published. Any attempt at dual publication will lead to automatic rejec-tion and may prejudice acceptance of future submissions. Please submit withyour manuscript copies of any other papers you have written (published, inpress or submitted for consideration elsewhere) that relate to the same subject.

It is essential that you submit any other publications or submissions thatuse the same data set to allow assessment of any potential overlap. Indicate onthe title page whether the paper is based on a previous communication to asociety or meeting.

Peer review will lead papers submitted to be:– Accepted without any changes– Accepted after corrections suggested by the Reviewers or by the Editorial

Council and accepted by the authors– RefusedAll papers sent and its illustrations become property of “Revista Portuguesa

de Cirurgia”All papers published become full property of “Revista Portuguesa de Cirur-

gia” and it cannot be reproduced in full or partially with permission of the Edi-tors. Authors take full responsibility by any statement made in their papers.

StyleAll papers should have, as must as possible, a direct and precise style, avoid-

ing ill know abbreviations as well as terms rarely or very restrictedly used. Itsstructure shall allow reading and understanding by professionals dedicated toareas different than the ones mentioned in the paper. It shall allow a pleasantand easy reading and shall not use misstatements or allude to notions notclearly defined by the paper itself. All chapters shall be well defined with the

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Revista Portuguesa de Cirurgia II Série • Número 0 • Março 2007

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narração uma progressão lógica. Os elementos de imagem usados devem fazersentido informativo e estar bem relacionados com o trabalho.

Apresentação Inicial de ManuscritoApresente quatro cópias do artigo original (incluindo cópias das tabelas, qua-

dros e ilustrações) a “Editores da Revista Portuguesa de Cirurgia”, (R. XavierCordeiro, 30 – 1000-296 Lisboa / http://revista.spcir.com)

Os Autores devem também fornecer:Uma cópia electrónica da versão final (ver abaixo).Uma carta de pedido de publicação (ou cartas), assinada por todos os auto-

res. Essa carta deve indicar qual a secção onde os autores entendem que mais seenquadre a publicação, bem como a indicação da originalidade do trabalho (ounão, consoante o seu tipo); deve também indicar se algum abstract do trabalhofoi ou não publicado (por favor, juntar todas as referências apropriadas). Deveser referido nesta(s) carta(s) se há algum interesse potencial, actual, pessoal, polí-tico ou financeiro relacionado com o material, informação ou técnicas descritasno trabalho. A Revista considera muito seriamente a sua obrigação de avaliar eanunciar se há alguns conflitos de interesse actuais ou potenciais. A decisão depublicar ou não esta informação será tomada pelos Editores. Deve ser incluídoo(s) nome(s) de algum(ns) patrocionador(es) de qualquer parte do conteúdo dotrabalho, bem como o(s) número(s) de eventual(ais) bolsa(s).

Referenciadores de apoio – é sugerida aos autores a indicação de três poten-ciais referenciadores; pede-se que nesse caso sejam indicados todos os contactosdos mesmos.

Deve constar da informação fornecida, o nome e endereço de contacto doautor responsável pela correspondência.

Um acordo de transferência de Direito de Propriedade, com a(s) assina-tura(s) original(ais); sem este documento, não será possível aceitar a submissãodo trabalho. Será fornecido ummodelo deste acordo, mediante pedido ao Secre-tariado. (ver abaixo mais informação sobre este assunto)

Cartas de Autorização – é de responsabilidade do autor ou autores a obten-ção de autorização escrita para reprodução (sob qualquer forma, incluindo elec-trónica) material que tenha aparecido noutra publicação. O secretariado edito-rial poderá fornecer, a pedido, uma carta rascunho relativa a estes pedidos.

O primeiro autor é responsável por se assegurar que todos os autores tenhamvisto, aprovado e estejam em completo acordo com o exposto no manuscrito.

A Revista Portuguesa de Cirurgia segue os critérios de autoria propostos noBritish Medical Journal (BMJ 1994; 308: 39-41) e as linhas gerais COPE rela-tivas às boas práticas de publicação (www.publicationethics.org.uk)

Os trabalhos não devem ter mais de seis autores; para justificar mais nomes,é necessário contactar os Editores. O resultados de estudos multicêntricos devemser apresentados sob o nome do grupo de estudo organizador primário. Forampropostos métodos de reconhecimento de contribuições para trabalhos (Lancet1995; 345: 668). Os Editores entendem que todos os que tenham uma associa-ção periférica com o trabalho devem apenas ser mencionados como tal (BJS -2000; 87: 1284-1286).

Todo o material apresentado não será devolvido ao autor a menos que espe-cificamente pedido e justificado.

CATEGORIAS E TIPOS DE TRABALHOS

EditoriaisSerão solicitados pelos Editores. Relacionar-se-ão com temas de actualidade

e com temas importantes publicados nesse número da Revista. Não deverão exce-der 4 páginas A4

narration a logic progression. Image elements used shall be related to the paperand have an informative role.

Initial submission of the ManuscriptAuthors must submit four copies of the original paper (including copies of

tables, figures and illustrations) to “Editores da Revista Portuguesa de Cirur-gia”, (R. Xavier Cordeiro, 30 – 1000-296 Lisboa / http://revista.spcir.com)

Authors must also provide:An electronic copy of the final version of the work (see below)A cover letter (or letters) signed by all authors, asking for publication of the

Paper. This letter must indicate which section of the Journal the authors believeis the most appropriate for its publication, as well as the indication of thepaper’s originality (or not, depending on the type of paper); it must also men-tion if any abstract of the paper has been published or not (please include allappropriate references). This letter (or letters) must mention if there is anypotential, actual, personal, political or financing interest associated with thematerial, information or techniques described in the paper. The “Revista” con-siders very seriously its obligation of evaluating and announcing actual orpotential conflicts of interest. The decision of publishing or not this informa-tion depends exclusively of the Editors. It must also be included the name(s)of any sponsor(s) of any part of the contents of the paper, as well as the num-ber(s) of eventual grants.

Support Referees – it is suggested to the authors the indication of threepotential referees; in this case it is demanded the indication of all its contacts.

It must be referred in the information provided the name and contactaddress of the author responsible for correspondence.

Agreement of Copyright transferral, with original signature(s); withoutthis document it will not be possible to accept the paper’s submission. Bydemanding the Secretariat a draft of this agreement will be provided (see belowmore information on this)

Permission Letters – it is author or authors responsibility to obtain writ-ten permission for reproduction (under any way, including the electronic one)of any material which has been published in any other publication. EditorialSecretariat may provide, if asked for, a draft of these letters.

First author is responsible for assuring that all authors have seen, approvedand to be in complete accordance to all information exposed in the paper.

“Revista Portuguesa de Cirurgia” follows authorship criteria proposed inthe British Medical Journal (BMJ 1994; 308: 39-41) and the general COPEguidelines related with the good practice of publication (www.publica-tionethics.org.uk)

Any work shall not have more than six authors; to justify more names it isnecessary to contact directly the Editors. Results of multicentric studies shall bepresented under the name of the primary group organizing the study. Meth-ods for recognizing contribution to papers have been proposed (Lancet 1995;345: 668). The Editors are of the view that those with a peripheral associa-tion with the work should simply be acknowledged (BJS- 2000; 87: 1284-1286). Submitted material still not he returned to tile author, unless requestedspecifically.

CATEGORIES AND TYPES OF PAPERS

EditorialsIt will be invited by the Editors. They are to be related with subjects and

themes of actuality and with important subjects published in the correspondentissue of “Revista Portuguesa de Cirurgia”. It should not exceed 4 páginas A4

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II Série • Número 0 • Março 2007 Revista Portuguesa de Cirurgia

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Artigos de Opinião e de RevisãoOs Editores solicitarão directamente Artigos de Opinião e de Revisão que

deverão focar tópicos de interesse corrente.Os Artigos de opinião serão, sobretudo, artigos de reflexão sobre educação

médica, ética e deontologia profissionais,expressando opiniões, apresentando hipóteses ou soluções controversas.Os Artigos de revisão constituirão monografias sobre temas actuais, avanços

recentes, conceitos em evolução rápida e novas tecnologias.Os Editores encorajam a apresentação de artigos de revisão ou meta-análises

sobre tópicos de interesse. No entanto, Autores que desejem apresentar parapublicação trabalhos não solicitados que se enquadrem nestas Categorias devemprimeiramente contactar os Editores antes de submeterem trabalhos deste tipopara publicação. Estas submissões poderão ser submetidas a revisão externa peloCorpo Editorial antes de serem aceites, tendo os Editores o direito de alterar oestilo e diminuir a extensão dos textos para publicação.

Estes artigos não deverão exceder, respectivamente as 12 e as 14 páginas A4

Artigos OriginaisSão artigos inéditos onde se desenvolvem trabalhos de investigação, casuís-

tica ou que, a propósito de casos clínicos, tenham pesquisa sobre causas, meca-nismos, diagnóstico, evolução, prognóstico, tratamento ou prevenção de doen-ças. O texto não poderá exceder as 14 páginas A4

ControvérsiasSão trabalhos elaborados a convite dos Editores. Relacionar-se-ão com temas

em que não haja consensos e em que haja posições opostas ou marcadamentediferentes quanto ao seu manuseamento. Serão sempre pedidos 2 pontos de vista,cada um cobrindo uma das opções opostas. O texto de cada um dos autores nãodeverá exceder 8 páginas A4.

Esta secção poderá ser complementada por um comentário editorial e rece-beremos comentários de leitores no “Fórum de Controvérsias” que será publi-cado nos dois números seguintes. Haverá um limite de 6 páginas da Revista paraeste Fórum pelo que os comentários enviados poderão ter de ser editados.

Casos ClínicosRelatos de Casos, de preferência raros, didácticos ou formas pouco usuais de

apresentação. Não deverão exceder as 4 páginas A4 (quinhentas palavras), cincoreferências e duas ilustrações.

Nota PréviaComunicações breves, pequenos trabalhos de investigação, casuística ou

observações clínicas originais, ou descrição de inovações técnicas em que se pre-tenda realçar alguns elementos específicos, como associações clínicas, resultadospreliminares apontando as tendências importantes, relatórios de efeitos adversosou outras associações relevantes. Apresentadas de maneira breve, não deverãoexceder as três páginas A4 (1000 palavras), cinco referências e três ilustrações.

Cartas ao EditorO seu envio é fortemente estimulado pelos Editores.Devem conter exclusivamente comentários científicos comentário ou refle-

xão críticos sobre o artigo publicado relacionados com artigos publicados naRevista; devem ser breves e os Editores reservam-se o direito de publicá-la, bemcomo de a editar para melhor inserção no espaço disponível. Para manter aactualidade, devem ser recebidas até um mês após a data da publicação do artigoem questão. São limitadas a 2 páginas A4 (cerca de 300 palavras), um qua-dro/figura e seis referências bibliográficas. Aos autores dos artigos, que tenhamsido objecto de carta ou cartas aos editores, será dado o direito de resposta emmoldes idênticos.

Opinion and Revision ArticlesThe Editors will directly invite Opinion and Revision Articles which shall

be focused on topics of current interest.Opinion articles will be, mainly, reflection papers on medical education,

and on professional ethics or deontology, expressing opinions and presentinghypothesis or controversial solutions.

Revision articles will constitute monographs on actual subjects, recentadvances, concepts under rapid evolution or new technologies.

The Editors support and encourage the submission of Revision articles ormeta-analysis on interesting topics. Nevertheless, authors who may wish tosubmit non invited work which falls in these Categories shall contact the Edi-tors, before the actual submission of work. These submissions may be given topeer review by the Editorial Board before being accepted and the Editorsreserve the right to alter the style and of shortening the length of texts for pub-lication.

These papers shall not exceed, respectively, 12 e as 14 pages A4

Original PapersThey are original papers where research work is developed, as well as studies

on specific pathologies or which, because of some clinical situations research is alsodone on causes, mechanisms, diagnose, evolution, prognosis, treatment or pre-vention of medical situations. These texts shall not exceed 14 pages A4

ControversiesIts work produced by Editorial invitation. It will relate with subjects where

no consensus exists and where opposed or markedly different positions exist asto how to manage it. Two points of view will always be asked for, each cover-ing one of the opposed options. The text of each one of the authors shall notexceed 8 pages A4.

This section maybe complemented by an editorial comment and reader’scomments will be received at the “Forum de Controvérsias” which will bepublished in the next two issues. There will be a limit of 6 pages of the Jour-nal for this Forum and, by this reason, the comments sent may have to beedited.

Clinical CasesRelates of Clinical Cases, preferentially rare, didactic or on unusual forms

of presentation. It shall not exceed 4 pages A4 (500 words), five references andtwo illustrations.

Introductory NotesBrief communications, short research papers or casuistic or original clini-

cal observations, or description of technical innovations, where the highlightshall be on some specific elements like clinical associations, preliminary resultsshowing the important trend, reports on adverse actions or other relevant asso-ciations. It shall be all presented in a brief style and not exceed 3 pages A4(1000 words), five references and three illustrations.

Letters to the EditorIts existence is strongly stimulated by the Editors.It shall contain, exclusively, scientific comments, comments or critical reflec-

tions about papers published in the Journal; it must be short and the Editorsreserve the right to publish it, as well as the right to edit it for space reasons.In order to keep its actuality they shall be received at the secretariat up to amonth after publication of the commented paper. These letters are limited to2 pages A4 (about 300 words), a table/illustration and six bibliographic ref-erences. To the authors of the papers object of the comments will be given iden-tical conditions for answering.

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Revista Portuguesa de Cirurgia II Série • Número 0 • Março 2007

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Imagens para CirurgiõesEsta secção destina-se à publicação de imagens (clínicas, radiológicas., his-

tológicas, cirúrgicas) relacionadas com casos cirúrgicos. O número máximo defiguras e quadros será de 5. As imagens deverão ser de alta qualidade e de valordidático. Deverão cumprir os critérios apresentados abaixo referentes à aceitaçãode imagens para publicação (ver 9. Figuras).

Preparação dos ManuscritosTodas as submissões têm de ter um título, ser impressas apenas de um lado

da folha, em folhas separadas de formato A4, ser espaçados a duas linhas e teruma margem de 3 cm em todos os contornos.

A Revista Portuguesa de Cirurgia segue as regras dos «Requisitos Uniformespara Apresentação de Manuscritos a Revistas Biomédicas» elaborados pelaComissão Internacional de Editores de Revistas Médicas (N Eng. J Mel 1991:324:424-428), também conhecidos por “Normas de Vancouver”. Para obter otexto original na sua 5ª edição, “Uniform Requirements for Manuscripts Sub-mitted to Biomedical Journals”, os autores devem consultar o New England Jour-nal of Medicine (N Engl J Med 1997; 336:309-315), pedir o texto “UniformRequirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals”, do seu Edi-tor, no British Medical Journal, BMAHouse, Tavistock Square, London AVCl119111, ou consultar o número zero (0) da Revista, onde o texto está publicado.Os pontos mais importantes estão sumarizados a seguir:

A Página de Título tem de apresentar o título completo, título abreviado enomes e Instituições de origem de todos os autores. Quer o título completo quero título abreviado deverão ser apresentados em português e em inglês. Deve serfornecido o endereço completo, incluindo endereço de e-mail, telefone e fax, doautor responsável pelas revisões de provas. Indicar fontes de suporte financeiro.

Deve ser apresentado um Abstract (Sumário) estruturado de até 200 pala-vras. O Abstract não deve incluir qualquer referência a outros trabalhos publi-cados. O Abstract terá sempre de ter uma versão em português e outra em inglês.Cenário de Introdução: explicando porque foi efectuado o corrente trabalho equal o seu propósito principal.Métodos: descrever os doentes, material de labo-ratório e outros métodos usados. Deve identificar claramente a natureza doestudo, por exemplo: ensaio clínico randomizado, revisão retrospectiva, estudoexperimental. Resultados: apresentar os achados principais, incluindo valoresnuméricos importantes. Conclusões: apresentar as conclusões principais masobservações controversas ou inesperadas podem ser mencionadas. Este é umsumário conciso de todo o trabalho e não somente as conclusões e deve ser com-preensível sem referência a todo o trabalho.

O texto principal do trabalho pode (deve) ter secções separadas de Introdu-ção, Doentes e Métodos, eDiscussão. Um curto parágrafo de Agradecimentostambém pode ser incluído. Por favor, assegurem-se de que o texto é preciso econciso, e evitem-se repetições desnecessárias.

Normas Gerais de Preparação dos manuscritos (linhas gerais, sumarizadas de“Requisitos Uniformes para Apresentação de Manuscritos a Revistas Biomédicas” –em caso de discrepância entre pontos referidos nos dois textos, as “Normas de Van-couver” prevalecem)

Os trabalhos devem ser preparados, segundo a seguinte ordem, iniciando-se cada item numa página separada:

1. Página do título, 2. Resumo, 3. Introdução, 4. Material e Métodos,5. Resultados, 6. Discussão, 7. Bibliografia, 8. Legendas, 9. Figuras, 10. Quadros

Todas as páginas devem ser numeradas no canto superior direito. A nume-ração das referências, tabelas e quadros deve ser feita pela ordem de aparecimentono texto.

1. Página do TítuloO título deve ser redigido em português e em inglês. Deve conter o máximo

de informações e o mínimo de palavras.

Images for SurgeonsThis section is reserved for publishing images (clinical, radiological., his-

tological, surgical) related with surgical cases. The maximum amount ofimages and tables is five. The images must be of very high quality and of didac-tical value. It must accomplish the publishing criteria for images mentionedbelow (see 9. Images).

Preparation of ManuscriptsAll submissions must have a title, be printed on one side of the page only,

in separate A4 format sheets, be two line spaced and have a 3cm. margin inall sides.

The “Revista Portuguesa de Cirurgia” follows the “Uniform Require-ments for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals”, elaborated bythe International Committee of Editors of Medical Journals (N Eng. J Mel1991: 324:424-428), also known as “Vancouver Rules”. To obtain the orig-inal text, now in its 5th edition, the authors shall consult the New EnglandJournal of Medicine (N Engl J Med 1997; 336:309-315), ask the text“Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Jour-nals”, to its Editor, at British Medical Journal, BMA House, TavistockSquare, London AVCl11 9111, or consult issue zero (0) of the “Revista”,where this text is published. The most important points are summarizedhere:

The Title Page has to present the complete title, the abridged title andnames and working Institutions of all authors. Both the complete and abridgedtitles have to be written in Portuguese and in English. A complete contactaddress, including e-mail, telephone and fax, of the author responsible for con-tacts and reviews must be given. If applicable, indicate any sources of finan-cial support.

A Structured Abstract of up to 200 words must be supplied. Thisabstract must not include reference to other published papers. The Abstractmust always have a version in Portuguese and a version in English. Back-ground: explaining why the current work has been done and what is itsmain purpose. Methods: describing patients, research material and anyother method used. Must clearly identify the nature of the study, for exam-ple: randomized clinical trial, retrospective review, experimental study.Results: present the main findings, including important numerical values.Conclusions: present the main conclusions but controversial or unexpectedfindings may be mentioned. This is a concise abstract of the whole work andnot only the conclusions and it must be understood without referring to thewhole work.

The main text of the paper may (shall) have separate sections of Intro-duction, Patients and Methods, and Discussion. A short paragraph ofAcknowledgements can also be included. Please be sure that the text is preciseand to the point and avoid unnecessary repetitions.

General Rules for Manuscript Preparation (general guidelines, sum-marised from “Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Bio-medical Journals” – if there are differences within rules mentioned in bothtexts, “Vancouver Rules” prevail)

Papers must be prepared following this order, with each item starting in anew separate page:

1. Title page, 2. Abstract, 3. Introduction, 4. Material and Methods,5. Results, 6. Discussion, 7. References, 8. Legends, 9. Figures, 10. Tables

All pages must be numbered at its right upper corner. Reference, tables andimage numbering is to be done by the order it shows in the text.

1. Title PageThe title has to be in Portuguese and in English. It shall contain maximum

information and minimum words.

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II Série • Número 0 • Março 2007 Revista Portuguesa de Cirurgia

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Deve ser conciso, não conter abreviações e não ultrapassar os 120 caracteres.Poderá englobar um subtítulo com ummáximo de 40 caracteres. Não deve con-ter formulas, abreviações e interrogações.

Autores – Deve ser acompanhado do(s) nome(s) completo(s) do(s) autore(es),com indicação das iniciais do(s) primeiro(s) nome(s) e do apelido, como serápublicado, seguido dos títulos profissionais e do nome da instituição onde o tra-balho foi realizado.

Autoria – conforme notado nos Requisitos Uniformes, “Todas as pessoasdesignadas como autores, devem ter-se qualificado para a Autoria. A ordem dealinhamento dos autores deve ser uma decisão conjunta de todos os co-autores.Cada autor deve ter participado suficientemente no trabalho para poder assumirresponsabilidade pública pelo conteúdo. Os créditos de autoria devem-se basearsomente em contribuições substanciais para (a) Concepção e desenho do estudoou análise e interpretação dos dados; (b) escrever o artigo ou fazendo a sua revi-são crítica para o seu conteúdo intelectual e (c) aprovação final da versão a serenviada para publicação. As condições (a) (b) e (c) têm de existir. Cada parte dotrabalho critica para as suas conclusões principais deve ser, pelo menos, da res-ponsabilidade de um dos autores.

Além disso, e cada vez mais, os ensaios multicêntricos são atribuídos a umautor institucional. Todos os membros do grupo que são nomeados como auto-res, quer numa posição de autoria junto ao título, quer como nota, devem cum-prir por inteiro os critérios de autoria definidos nos Requisitos Uniformes. Mem-bros ou grupos que não cumpram estes critérios devem ser mencionados, com asua licença, nos agradecimentos ou no apêndice”. (JAMA 1993;269:2282-6).

Consequentemente, em todos os trabalhos com mais de um autor, deveráhaver referência à participação dos autores em cada uma das seguintes rubricasde concepção e elaboração (podendo cada um ser referido em mais de umarubrica e sendo o número de rubricas a assinalar dependente da estrutura decada trabalho): 1 – Concepção e desenho do trabalho; 2 – Aquisição de dados;3 – Análise e Interpretação dos dados; 4 – Elaboração do Manuscrito; 5 – Revi-são Científica; 6 – Revisão Crítica; 7 – Análise e Revisão dos dados Estatísticos;8 – Pesquisas Bibliográficas; 9 – Estudos Clínicos; 10 – Obtenção de Fundos eBolsas; 11 – Supervisão do Trabalho

Patrocínios e apoios – Deverão ser referidas todas as entidades que patroci-naram o trabalho.

Autor responsável pelos contactos – deve estar referido o nome, endereço,telefone, fax e e-mail do autor a quem deve ser enviada a correspondência.

2. ResumoOs resumos são redigidos em Português e Inglês. não devendo ultrapassar as

200 palavras no caso de trabalhos originais e as 120 se se tratar de caso clínico.Os resumos (abstracts) devem ser organizados segundo os seguintes items: Intro-dução. Objectivos. Métodos, Resultados e Conclusões. Devem conter os objec-tivos do estudo ou investigação, referir as bases de concepção do mesmo, prin-cipais resultados e conclusões, podendo ser sublinhados os aspectos mais rele-vantes das observações. Não devem conter abreviações, referências ou notas emrodapé.

Serão seguidos de 3 a 7 palavras-chave, seguindo o MeSH (Medical SubjectHeadings) do Index Medicus, em português e em inglês, para descrição do tra-balho para indexação.

3, 4, 5 e 6. TextoNão deve ultrapassar as 12 páginas nos artigos originais e as 6 páginas nos

casos clínicos. Deve incluir referência a aprovação da Comissão de Ética da Ins-tituição e aos métodos estatísticos utilizados. Quando sejam mencionados mate-riais específicos, equipamentos ou medicamentos comerciais, deve ser mencio-nado entre parêntesis o nome curto e endereço do fabricante. Todos os fármacos

It shall be concise, with abbreviations and with up to 120 characters. Itmay include a sub-title with a maximum of 40 characters. It shall not con-tain formulae, abbreviations or interrogations.

Authors – It shall contain the complete name(s) of the author(s), with indi-cation of the initial(s) of the first name(s) and of the surname as it will be pub-lished, followed by the professional titles and the name of the Institution wherethe work was done.

Authorship – as noted in “Uniform Requirements”, “All persons designatedas authors should qualify for authorship, and all those who qualify should belisted. The order of authors in title listing must be a consensual decision of allco-authors. Each author should have participated sufficiently in the work totake public responsibility for appropriate portions of the content. Authorshipcredit should be based on 1) substantial contributions to conception anddesign, or acquisition of data, or analysis and interpretation of data; 2) draft-ing the article or revising it critically for important intellectual content; and3) final approval of the version to be published. Authors should meet condi-tions 1, 2, and 3.

Each author should have participated sufficiently in the work to take pub-lic responsibility for appropriate portions of the content. Besides, increasingly,multicentric trials are attributed to an institutional author. All members of thegroup who are mentioned as authors, either in an authorship position next tothe Title, or as in a note, must fully accomplish authorship criteria as definedin the Unifor Requirements. Members or groups which do not fulfil these cri-teria shall be mentioned, with their consent, in the acknowledgements or inthe appendix”. (JAMA 1993;269:2282-6).

In consequence, in all papers having more than one author, it must exista reference to the participation of the authors in each of the following items ofconception and elaboration (it is possible for each to be mentioned in morethan one item and the number of items mentioned depends on the structureof each work): 1 – Conception and design of the paper; 2 – Acquisition ofdata; 3 – Analysis and interpretation of data; 4 – Elaboration of the Manu-script; 5 – Scientific review; 6 – Critical review; 7 – Analysis and review ofStatistical data; 8 – Bibliographic search; 9 – Clinical studies; 10 – Sponsor-ship and grants acquisition; 11 – Paper supervision.

Sponsorship and support – All entities sponsoring the work must be men-tioned.

Author responsible for contacts – his(hers) name, address, phone number,fax and e-mail address must be mentioned.

2. AbstractAbstracts are to be written in Portuguese and in English, not exceeding

200 words in case of original papers and 120 if it is a clinical case. Abstractsmust be organised according to the following items: Introduction, Objectives,Methods, Results and Conclusions. It must include the objectives of the studyor research, mention it6s basis of conception, main results and conclusions,and the most relevant aspects of the findings maybe mentioned. It shall not con-tain abbreviations, references or footnotes.

It will be followed by 3 to 7 key-words, according to MeSH (Medical Sub-ject Headings) from Index Medicus, in Portuguese and in English, describingthe paper for indexing.

3, 4, 5 and 6.TextMust not exceed 12 pages in the original articles and 6 pages in clinical

cases. It must include a reference to the approval by the Ethical Committee ofthe Institution and to the statistical methods used. When specific material,equipments or commercial drugs, its short name and the name of the makeris to be mentioned in parenthesis. All drugs are to be referred by its generic

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Revista Portuguesa de Cirurgia II Série • Número 0 • Março 2007

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devem ser referidos pelo seu nome genérico, sendo eventuais referências a nomescomerciais, acompanhadas do nome, cidade e país do fabricante, feitas emrodapé.

As abreviaturas, que são desaconselhadas, devem ser especificadas na sua pri-meira utilização e usadas depois consistentemente. Os parâmetros utilizadosdevem ser expressos em Unidades Internacionais, com indicação dos valores nor-mais. A identificação das figuras deverá ser feita em numeração árabe. e a dosquadros em numeração romana.

7. BibliografiaDeve ser referenciada em numeração árabe, por ordem de aparecimento no

texto. Nos artigos originais ou de revisão não há limite pré-estabelecido de refe-rências. Nos casos clínicos não devem ultrapassar as 15. As referências de comu-nicações pessoais e de dados não publicados serão feitas directamente no texto,não sendo numeradas. Deverão ser feitas utilizando as abreviaturas do IndexMedicus.

8. LegendasDevem ser dactilografadas a dois espaços em folhas separadas e numeradas em

sequência (uma página para cada legenda). As legendas devem ser numeradasem algarismos árabes pela sequência da citação no texto, e fornecerem a infor-mação suficiente para permitir a interpretação da figura sem necessidade de con-sulta do texto. Todos os símbolos (setas, letras, etc.) e abreviações existentesdevem ser claramente explicadas na legenda.

9. FigurasTodas as figuras, imagens e fotografias devem ser enviadas em quadriplicado

em fotografia a preto e branco – ou a cores considerando a nota abaixo – (10x15ou 12x18), não montadas e em papel brilhante, ou em impressão a impres-sora laser. Para a secção Imagens para Cirurgiões as imagens poderão ir até18x24 cm.

Têm de ser bem desenhadas, com boa impressão ou como fotografia de ele-vada qualidade, numeradas segundo a ordem de apresentação no texto em alga-rismos árabes. As ilustrações desenhadas profissional ou semi-profissionalmentedevem ser enviadas sob a sua forma original de desenho a tinta da China, não seaceitando fotocópias.

Radiografias, microfotografias e imagens similares devem ser apresentadasnão montadas na forma de imagens impressas brilhantes, transparências originaisou negativos e, nas microfotografias, indique o valor do aumento bem como ascolorações usadas.

A sua identificação será feita através do número e do título da figura e das ini-ciais e nome do primeiro autor escritos num autocolante colocado no verso, quedeverá ainda conter sinalização clara indicando qual a sua parte superior.

As letras e símbolos que apareçam nas figuras não poderão ser manuscritas(utilizar de preferência símbolos/letras desenhadas a escantilhão, decalcadas oumecanicamente impressas), devendo ser legíveis após eventual diminuição dasdimensões da figura em 50%.

As figuras deverão ser brancas em fundos escuros e/ou negras em fundos cla-ros. As fotografias a cores devem ser enviadas impressas em papel; em alternativa,poderão ser enviadas em suporte electrónico, desde que digitalizadas em altadefinição (ver abaixo).

As fotografias quemostrem doentes ou indivíduos que possam ser identificadospela imagem original devem ser objecto de tratamento informático que cubra deforma eficaz as partes que permitam a identificação, mantendo a visão da zona deimagem com interesse científico. Se for necessária a imagem identificando o doenteé preciso que seja enviado em conjunto com a(s) imagem(ns) uma autorização, porescrito, do próprio doente ou do seu representante, autorizando a publicação.

name and references to the commercial name are to be followed by the name,city and country of the maker, as a footnote.

Abbreviations are not recommended but, when used have to be specified atits first inclusion and used consistently afterwards. Any parameters used are tobe shown as International Units with indication of the normal values. Iden-tification of images is to be done in Arabic numbering and tables in romannumbering.

7. BibliographyMust be referenced in arabic numbering, by the order it shows within

the text. In original or revision papers there is no limit to the number ofreferences. Clinical cases shall not have more than 15. References to per-sonal communications or of non published data are made directly in thetext and non numbered. It shall be made using abbreviations from IndexMedicus.

8. LegendsShall be two spaced typed in separate sheets numbered in sequence (one

sheet for each legend). Legends are to numbered in arabic numbers by thesequence of appearance in the text, and shall give information enough to allowthe understanding of the image without the need to consult the text. All sym-bols (arrows, letters, ...) and abbreviations existing in the image have to clearlyexplained in the legend.

9. FiguresAll figures, images and photographies are to be sent in four sets in black

and white photos – or in colours considering the note shown below – (10x15ou 12x18), non mounted and in glossy paper, or in good quality laserprinter. For the section Images for Surgeons the size of images can go up to18x24 cm.

It must be well drawn, with printing or photography of high quality, num-bered by the order of appearance in the text in arabic numbers. Illustrations,drawn professionally or semi-professionally have to be sent under its originalcondition as an Indian ink original and not as a photocopy.

Radiographies, microphotographies or similar images must be sent nonmounted as glossy printed images, original slides or negatives and micropho-tographies shall have the indication of the magnification and of the colouringused.

Its identification is to be done by the number and title of the figure andby the initials and name of the first author written in a label apposed in theback which has also to include, clearly, an indication as to which is the upperpart of the image.

Letters and symbols showing in the figures are not accepted if written; sym-bols and letters used are to be made by mechanic or other professional letter-ing means and have to be legible after 50% reduction.

Figures shall be white in dark background and/or black on light back-ground. Colour photographs shall be sent as printed paper; alternatively theycan be sent in electronic format, as long as scanned as high definition (seebelow)

Images which show patients or individuals whom can be identifiedthrough the original image have to be electronically treated so that all partsallowing identification are covered, keeping in view the area with clinicalimportance. If it is necessary to use the image which allows identification,it is necessary to be sent in togetherness with the image(s), a written per-mission of the patient or his/her legal representative, authorising publica-tion.

All survival curves are to be accompanied by a table, showing the actual

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II Série • Número 0 • Março 2007 Revista Portuguesa de Cirurgia

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Todas as curvas de sobrevida devem ser acompanhadas por uma tabela indi-cando o número actual de doentes em risco em cada ponto temporal. Qualquertabela ou ilustração reproduzida de um trabalho publicado deve indicar por com-pleto qual a fonte original e os autores devem fornecer o documento apropriadode autorização de uso (ver abaixo)

Poderão ser publicadas fotografias a cores, a expensas dos autores se estes asconsiderarem essenciais. Uma estimativa de custos será fornecida ao(s) autor(es)antes da impressão.

Gráficos a preto e branco gerados em computador e impressos em impres-soras laser de alta qualidade podem, em determinadas circunstâncias, ser usadospara publicação. A decisão da sua possível utilização será feita pela Empresa Grá-fica e pelos Editores. Todas as figuras inapropriadas para publicação ou nãoseguindo estas regras serão devolvidas para revisão e re-envio em tempo útil de2 semanas.

10. Quadros e TabelasDevem ser enviados em quadriplicado e devem assinalar-se no texto os locais

onde os quadros devem ser inseridos. Cada quadro constará duma folha separadae deve ser enviado na dimensão original. Serão dactilografados a espaço duplo.Terão um título informativo na parte superior e serão numerados com algaris-mos romanos pela ordem de aparição no texto. Na parte inferior colocar-se-á aexplicação das abreviaturas utilizadas e informativas (abreviaturas, significadoestatístico, etc). Todas as abreviaturas devem ser explicitadas e as notas de rodapéàs tabelas indicadas com letras minúsculas em superscript. A nota de rodapédeverá ter indicação de publicação prévia da tabela.

Deve evitar-se as linhas de separação verticais e limitar a utilização das hori-zontais aos títulos e subtítulos. Os quadros devem sublinhar e melhorar a infor-mação e não duplicá-la; os dados apresentados em tabelas não devem ser repeti-dos em gráficos.

AgradecimentosA serem incluídos no fim do texto, antes da Bibliografia. Só deve ser efec-

tuado às pessoas que directamente contribuíram, quer científica quer tecnica-mente, para o artigo.

EstatísticaOs autores são responsáveis pela exactidão das suas afirmações, incluindo

todos os cálculos estatísticos e doses de medicamentos.Ao avaliar um manuscrito, os Editores e os revisores de estatística irão con-

siderar o desenho do estudo, a apresentação e a análise dos dados e a interpreta-ção dos resultados.

Desenho: explicite claramente os objectivos e tipo (prospectivo, retrospectivo,aleatório, ...) do estudo, identifique as hipóteses primárias e secundárias, os pon-tos de avaliação (end-points) escolhidos e justifique a dimensão da amostra.

Apresentação: sempre que possível, use representação gráfica para ilustrar osprincipais resultados do estudo. O uso do desvio padrão e do erro padrão deve serclaramente demonstrado e apresentado entre parêntesis depois dos valores médios.

Análise: descreva claramente os métodos usados para cada análise. Métodosque não sejam de uso comum devem ser referenciados. Relate os resultados detestes estatísticos mostrando o valor desse teste, o número de graus de liberdadee o valor P até à terceira casa decimal. Os resultados das análises primárias deveser relatado usando intervalos de confiança em vez de, ou além de, valores de P.

Estilo de Referências:Escreva as referências a duplo espaço no estilo Vancouver (usando números

em superscript e apresentando uma lista completa das referências no final dotrabalho, pela ordem em que aparecem no texto). Citações online devem incluír

number of patients at risk in each temporal point. Any table or illustrationreproduced from a published work has to have clear and complete indicationof the original source and the authors have to provide the appropriate docu-ment of authorization for using it (see below).

Colour photos may be published at author’s expenses if they think they areessential for the work. Na estimate of costs will be sent to the author(s) beforeprinting.

Black and white graphics computer generated and printed in high qualitylaser printers may, under certain conditions, be used for publication. The deci-sion on its used will be on the Editors and on the Printing company. Anyimage inappropriate for publication or not following the above rules will desent back for revision, to be re-sent to the Editors within 2 weeks.

10. Graphics and TablesShall be sent in sets of four and in the text it shall be indicated where the

Graphics are to be inserted. Each graphic shall be sent in a separate sheet andin its original dimension. Shall be double space typed, with na informativetitle in its upper part and numbered in roman numbers by its order of appear-ance in thext. In the lower part it must include an explanation for the abre-viations used and other information (statistical significance, …). All abrevi-ations have to be explicited and the footnotes to the tables indicated by super-script lowercase letters. The footnote shall include reference to any previouspublication of the graphic or table.

Vertical separation lines are to be avoided and horizontal ones shall belimited to titles and sub-titles. Graphics and tables are to improve informa-tion and not to duplicate it; data shown in tables shall not be repeated ingraphics.

AcknowledgementsTo be included at the end of the text, before References. Acknowledgements

are to be done only to persons who have directly contributed, scientifically ortechnically, to the paper.

StatisticsAuthors are responsible for the accuracy of their reports, including all sta-

tistical calculations and drug doses.In evaluating a manuscript the Editors and statistical referees will con-

sider the design of the study, the presentation and analysis of data, and inter-pretation of results.

Design: set out the objectives of the study clearly, identify the primary' andsecondary hypotheses, the chosen end-points and justify sample size.

Presentation: whenever possible use graphical representation to illustratethe main findings of a study. The use of standard deviation and standard errorshould be clearly distinguished and presented in parentheses after the meanvalues.

Analysis: clearly describe methods used for each analysis. Methods not incommon usage should he referenced. Report results of statistical tests by statingvalue of the test statistic, the number of degrees of freedom , and P value tothree decimal places. The results of primary analyses should he reported usingconfidence intervals instead of, or in addition to, P values.

Reference Style:Type the references in double spacing in the Vancouver style (using super-

script numbers and listing full references at the end of the paper in the orderin which they appear in the text). Online citations should include date ofaccess. Use Index Medicus for journal names. If necessary, cite personal com-munications and unpublished work in the text but do not include in the ref-

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a data de acesso. Use o Index Medicus para os nomes dos jornais científicos.Comunicações pessoais e Dados não publicados não serão incluídos como refe-rências; esta informação é para ser incluída no próprio texto com a indicaçãoapropriada: (A. autor, dados não publicados) ou (B. Autor, comunicação pes-soal); estes elementos só devem ser usados se houver autorização.

As Referências devem ser apresentadas no seguinte estilo (são apenas exem-plos; verificar detalhes em “Uniform Requirements for Manuscripts Submittedto Biomedical Journals”):

Jornal ou Revista científica – Koreth J, Bakkenist CJ, McGee JO’D. Chro-mosomes, 11q and cancer: a review. J Pathol 1999; 187: 28-38.

Livro – Sadler TW. Langnman’s Medical Embriology (5th edn). Williams &Wilkins: Baltimore, 1985; 224-226

Capítulo de Livro – Desmet VJ, Caller F. Cholestatic syndromes of infancyand childhood. InHepatology: A Text Book of Liver Disease, Zakim D, Boyer TD(eds), vol 2. W.B. Saunders: Philadelphia, 1990; 1355-1395.

Website – The OncologyWebsite: http://www.mit.com/oncology/[24 April1999].

ÉticaTodos os trabalhos apresentados devem estar conformes com as recomenda-

ções éticas da declaração de Helsínquia e as normas internacionais de protecçãoao animal. Material que esteja relacionado com investigação humana e experi-mentação animal deve estar também de acordo com os padrões do país de ori-gem e ter sido aprovado pelas comissões locais de ética, se fôr esse o caso de apli-cação. Consentimentos informados por escrito devem ser obtidos, dos doentes,responsáveis legais ou executores, para publicação de quaisquer detalhes escritosou fotografias que possam identificar o indivíduo. Este consentimento deve serapresentado juntamente com o manuscrito.

Revisão e Análise dos TrabalhosAs cópias dos trabalhos enviados com o pedido de publicação serão enviadas,

de forma anónima, a 3 redactores, também anónimos, escolhidos pelos Edito-res e que receberão os artigos sob a forma de “informação confidencial”, sendo“apagados” do texto referências que possam identificar o trabalho, não alterandoo sentido do mesmo. Somente os trabalhos que cumpram todas as regras edito-riais serão considerados para esta revisão. Todos os trabalhos que não cumpramas regras serão devolvidos aos autores com essa indicação. A apreciação dos tra-balhos é feita segundo regras idênticas para todos e dentro de prazos claramenteestipulados. O autor responsável pelos contactos será notificado da decisão dosEditores. Somente serão aceites para publicação os trabalhos que cumpram os cri-térios mencionados, seja inicialmente, por aceitação dos Revisores, seja após aintrodução das eventuais modificações propostas (os autores dispõe de um prazode 6 semanas para estas alterações) . Caso estas modificações não sejam aceiteso trabalho não será aceite para publicação. Antes da publicação, as provas tipo-gráficas finais serão enviadas ao autor responsável pelos contactos que disporá de1 semana para as enviar com revisão e correcção (de forma tipográfica e não deconteúdo). É necessário verificar cuidadosamente a correcção do texto, tabelas,esquemas, imagens, legendas e referências. Correcções não tipográficas implica-rão um atraso na publicação e uma eventual reavaliação do trabalho. Se o traba-lho não for enviado dentro do prazo estabelecido, será publicado conforme asProvas, sob a responsabilidade dos autores, implicando a aceitação pelos autoresda revisão das provas efectuada pelos serviços da Revista.

Direitos de Propriedade do Artigo (Copyright)Para permitir ao editor a disseminação do trabalho do(s) autor(es) na sua

maxima extensão, o(s) autor(es) terá(ão) de assinar uma Declaração de Cedên-cia dos Direitos de Propriedade (Copyright). O acordo de transferência, (Trans-

erence list. In the text it shall have the appropriate indication: (A. author,unpublished data) or (B. author, personal communication); these elements areto be used only with the appropriate permission.

References should be listed in the following style (it’s only examples; verifydetails in “Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to BiomedicalJournals”) :

Journal – Koreth J, Bakkenist CJ, McGee JO’D. Chromosomes, 11q andcancer: a review. J Pathol 1999; 187: 28-38.

Book – Sadler TW. Langnman’s Medical Embriology (5th edn).Williams& Wilkins: Baltimore, 1985; 224-226

Book chapter – Desmet VJ, Caller F. Cholestatic syndromes of infancy andchildhood. In Hepatology: A Text Book of Liver Disease, Zakim D, Boyer TD(eds), vol 2. W.B. Saunders: Philadelphia, 1990; 1355-1395.

Website – The OncologyWebsite: http://www.mit.com/oncology/[24 April1999].

EthicsAll work submitted must comply with ethical recommendations of the

Helsinki Declaration and with International rules of animal protection. Mate-rial relating to human investigation and animal experiments must complywith standards in the country of origin and be approved by local ethics com-mittees if applicable.Written consent must he obtained front the patient, legalguardian, or executor for publication of any written details or photographsthat might identify that individual. Submit evidence of such consent with themanuscript.

Reviewing and Analysing submitted workThe copies provided with submitted work will be sent, anonymously, to

3 reviewers, also anonymous, chosen by the Editors, who will receive thepapers under “confidential information”; whenever possible it will also be“erased” by the Editors any references in the work which may identify theauthors, not changing any of the sense or statements of it. Only submittedpapers fulfilling all editorial rules will be considered for this acceptance revi-sion. Any work nor fulfilling the rules will be re-sent to the authors with thisinformation. Paper reviewing is done under the same rules for all, withinspecified timings. The author responsible for contacts will be notified of Edi-tor’s decision. For publication only papers fulfilling mentioned criteria willbe considered. These criteria will checked initially, by Reviewers acceptanceand by the inclusion of changes eventually proposed by Reviewers or Editors(authors will be given 6 weeks to introduce these changes). If the changes arenot accepted by the authors the paper will not be published. Before publi-cation final typographical proofs will be sent to the author responsible forcontacts and the author(s) will have 1 week for re-sending it with revisionand eventual corrections (only typographical and not of content). It is nec-essary to verify carefully text, tables, graphics, images, legends and references.Non typographical corrections will represent a delay in publication and aneventual re-review of the paper. If the paper is not re-sent within the estab-lished time, it will be published as the Proofs are, under responsibility of theauthor(s), implicating author’s acceptance of the proofs done by the “Revista”secretariat.

CopyrightTo enable the publisher to disseminate the author's work to the fullest

extent, the author(s) must sign a Copyright Transfer Agreement, transferringcopyright in the article from the author(s) to Sociedade Portuguesa de Cirur-gia, and submit the original signed agreement with the article presented for

Page 63: Revista Cirurgia 00

fer Agreement), transfere a propriedade do artigo do(s) autor(es) para a SociedadePortuguesa de Cirurgia e entregar esse acordo original assinado, juntamente como artigo apresentado para publicação. Uma cópia-modelo deste acordo para serpreenchido e assinado ser-lhe-á enviado por e-mail quando fôr recebido o manus-crito.

Se o artigo contém extractos (incluindo ilustrações), ou é baseado no todo ouem parte em outros trabalhos com copyright (incluindo, para evitar dúvidas,material de fontes online ou de intranet), o(s) autor(es) tem(êm) de obter dosproprietários dos respectivos copyrights autorização escrita para reprodução des-ses extractos do(s) artigo(s) em todos os territórios e edições e em todos os meiosde expressão e línguas. Todas os formulários de autorização devem ser forneci-dos ao publisher quando da entrega do artigo.

AutorizaçõesSe uma imagem, esquema, quadro ou tabela tenha sido previamente publi-

cada em condições de possuir copyright ou se houver reprodução extensa de tex-tos nas mesmas condições, o(s) autor(es) têm de obter autorização por escrito dosdetentores do copyright (geralmente é o editor e não o autor original) para a suapublicação. Tem de ser incluído o crédito de autoria na legenda da imagem oucomo rodapé da tabela. As cartas de autorização têm de ser enviadas em con-junto com o material a que se referem. Se houver custos relacionados com a auto-rização ou com a re-publicação, estes serão da responsabilidade do(s) autor(es.

Pedido de Publicação por E-mailEnvie o seu manuscrito completo, por e-mail como um ficheiro únicoWord

ou PDF, acompanhado por uma carta de pedido de publicação para o Editorem http://revista.spcir.com. Contacte o secretariado Editorial pelo mesmo meiose necessita de mais informação. Note que, se o manuscrito for aceite para revi-são será necessário, mais tarde, que envie toda a documentação e texto sob formafísica.

Apresentação ElectrónicaA cópia electrónica domanuscrito final, revisto, deve ser enviada ao Editor,

em conjunto com a cópia final em papel. O ficheiro deve ser formatado para ossistemasWindows ouMac. Deve ser mencionado o tipo de programa de softwareutilizado, a sua versão, o título do trabalho, o nome do autor e o nome daRevista. Podem ser utilizados os programas de processamento de texto maiscomuns mas é recomendado o uso do programa Word. Além do ficheiro com aversão do processador de texto, deverá vir uma outra versão em RTF (Rich TextFormat). Os ficheiros de RTF, processador de texto e o manuscrito impressotêm de ser absolutamente idênticos no seu conteúdo.

O suporte deve ter a seguinte informação bem visível: Revista Portuguesa deCirurgia / Título abreviado do Trabalho / Nome do primeiro Autor / SistemaOperativo (Windows ou Mac) / Programa de processamento de texto e versão /Programa de desenho das gravuras e esquemas, e sua versão / Programa de Pro-cessamento de Imagem e sua versão / Formato de compressão (se for necessário– ainda que não recomendado – zip, rar, ...)

Não altere a extensão do ficheiro dada pelo programa de software.No suporte electrónico, não devem vir mais ficheiros do que os relacionados

com o trabalho. O ficheiro electrónico de texto não deve conter formatação espe-cial, e deve ser escrito sem tabulações, quebra de páginas, notas de cabeçalho ou derodapé ou fonte especial (usar Arial 12). Use a função de paginação automática paracolocar a numeração nas páginas. É necessária atenção ao uso de 1(um) e l(letra L)bem como de 0(zero) e O(letra O). O sinal – (menos) deverá ser representadocomo um hífen precedido de espaço. Se houver no texto caracteres não conven-cionais (letras gregas ou símbolos matemáticos) é necessária atenção ao seu usoconsistente e é necessário enviar separadamente a lista desses caracteres.

publication. A copy of the agreement form to be used will be e-mailed to youupon our receipt of your manuscript.

If the article contains extracts (including illustrations) from, or is based inwhole or in part on other copyright works (including, for the avoidance ofdoubt, material from online or intranet sources), the author must obtain fromthe owners of the respective copyrights written permission to reproduce thoseextracts in the article in all territories and editions and in all media of expres-sion and languages. All necessary permission forms must he submitted to thepublisher on delivery of the article.

PermissionsIf any image, scheme, graphic or table has been previously published under

conditions of being under any copyright, or if there is any extensive reproduc-tion of text in the same situation, the author(s) must obtain a written author-ization for publication from the owners of the copyright (generally it is theEditor and not the original author). Authorship credits of image have to beincluded in the legend or as a footnote of a table. Permission letters have to besent in togetherness with the material to which they relate. If there are anycosts related with the permission or with re-publication, these will be respon-sibility of the author(s).

E-mail submissionSend your complete manuscript by e-mail, as a simple Word or PDF file,

with the covering letter for publication, to the Editor at http://revista.spcir.com.If you need further information, contact Editorial secretariat the same way.Note that if the manuscript is accepted for reviewing it will be necessary, later,to send all printed documentation and text.

Electronic SubmissionAn electronic copy of the reviewed final manuscript, has to be sent to the

Editor, at the same time of the sending of the final, printed, copy. This fileis to be formatted forWindows or Mac. The type of software programme used,its version, the title of the paper, the name of the author and the name of the“Revista”. The more common word processors may be used but it is recom-mended to use Word. Besides the file with the version of the word processor,another file in RTF (Rich Text Format) must accompany the first one. TheRTF file, the word processor file and the printed paper must be absolutelyidentical in contents.

The electronic support must have clearly visible the following information:Revista Portuguesa de Cirurgia / Abridged title of the paper / Name of thefirst author / Operative system (Windows or Mac) / Word processor and itsversion / Drawing programme and its version / Image processing programmeand its version / Compression format (if necessary – not recommended – zip,rar, ...)

Do not change the file extension attributed by the software programme.In the electronic support no more files must exist, than the ones related

with the submitted work. The text electronic file shall not contain any specialformatting and shall be written without tabulations, page breaks, head orfootnotes or any special font (use Arial 12). Use automatic page numberingfunction to number pages. It is necessary to pay attention to the use of 1 (one)and l (L letter), as well as of 0 (zero) and O (letter O). Minus signal (-) shallbe used as an hyphen preceded by a space. If there are any unconventionalcharacters within the text (greek letters or mathematical symbols) it is neces-sary attention for its consistent use and it is also necessary to send separately alist with those characters.

Only exceptionally the file shall come under a compressed format (zip, rar,winzip) and a specific mention to that must be made.

II Série • Número 0 • Março 2007 Revista Portuguesa de Cirurgia

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Page 64: Revista Cirurgia 00

Só em caso excepcional deverá o ficheiro vir sob forma comprimida (zip, rar,winzip) e deverá ser feita menção específica a essa situação.

Se usar o Word, use a função própria de tabelas para construir as tabelas quesejam necessárias.

Cada imagem deve ser guardada como um ficheiro separado nos formatosTIFF ou EPS e incluir também o ficheiro de origem. Deve ser mencionado onome do programa de software, e sua versão, usado para criar estes ficheiros; apreferência vai para programas de ilustração e não para ferramentas como o Excelou o PowerPoint.

As imagens devem também ser enviadas em forma física que será consideradacomo a final.

Imagens/Ilustrações em Meios TonsGuarde estas imagens como RGB (8 bits por canal) em formato TIFF. Não

use o modo cor se as ilustrações vão ser reproduzidas em preto e branco uma vezque a definição de perde com a conversão da cor em tons de cinzento.

Programas adequados: Photoshop, Picture Publisher, Photo Paint, PaintShop Pro.

Gráficos VectoriaisEstes gráficos quando exportados de um programa de desenho devem ser

guardados no formato EPS. As fontes usadas nos gráficos devem ser incluídas(com o comando: "Convert text objects [fonts] to path outlines").

Não desenho com linhas muito finas. A espessura mínima de linha é de 0.2mm (i.e., 0.567 pt) quando medida na escala final.

Programas adequados: Freehand, Illustrator, Corel Draw, Designer.Gráficos elaborados por folhas de cálculo: Podem ser aceites, por vezes, grá-

ficos exportados para EPS por programas como o Excel, o PowerPoint ou o Free-lance. Use padrões e não cores para o preenchimento dos gráficos já que as coresse mesclam com os tons de cinzento.

Coloque no fim do manuscrito as legendas das figuras e das tabelas.

Digitalização

Original Modo de Digitalização Resolução Final Formato

Ilustração a cores RGB (24 bit) 300 dpi TIFF(foto ou diapositivo)

Ilustração a uma cor Escala de cinzento (8 bit) 300 dpi TIFF(foto ou diapositivo)

Figura com linhas Linhas 800-1200 dpi EPSA preto e branco

Por favor, verifique se o seu original, após ajuste de dimensão (redução ouampliação), tem os valores de resolução da tabela acima. Só se assim for é que aqualidade de impressão da imagem digitalizada será suficiente. Se houver dúvi-das, envie os originais.

Outra informaçãoSerão fornecidas, gratuitamente, ao autor indicado, 25 separatas dos traba-

lhos aceites para publicação, salvo informação contrária. Mais separatas ou exem-plares da Revista podem ser encomendados a custo que será definido conformeo número de separatas pretendido e que deverá ser indicado antes da publicação,quando do reenvio das provas tipográficas corrigidas.

Os modelos de cartas, critérios de autoria, declaração de Helsínquia, os “Uni-form Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals” e outrostextos acima mencionados estarão disponíveis para consulta e descarregamentono site da Revista Portuguesa de Cirurgia, http://revista.spcir.com.

If you use Word, use its own table function to build any table in thepaper.

Each image must be saved as a separate file in formats TIFF or EPS andthe original file must also be included. The name and version of the softwareprogramme used to create these files shall be mentioned. Preference goes to illus-tration programmes and not for tools like Excel or PowerPoint.

Images must also be sent as a physical print which will be considered itsfinal form.

Images/Illustrations in Half TonesStore coloured halftones as RGB (8 bit per channel) in TIFF format. Do

not use colour mode if an illustration is to be reproduced in black and white,as definition is lost in the conversion of colors into gray tones.

Suitable image processing programs: Photoshop, Picture Publisher, PhotoPaint, Paint Shop Pro.

Vector graphicsVector graphics exported from a drawing program should be stored in EPS

format. Fonts used in the graphics must be included (command: "Convert textobjects [fonts] to path outlines").

Please do not draw with hairlines. The minimum line width is 0.2 mm(i.e., 0.567 pt) measured at the final scale. Suitable drawing programs: Free-hand, Illustrator, Corel Draw, Designer.

Spreadsheet graphicsThe use of presentation programs (Excel, Power Point, Freelance) is only

sometimes acceptable , as not all programs support export by EPS. Use patternsinstead of colours to fill spreadsheet graphics, as monotone reproduction mergescolours into gray tones.

Position any figure legends or tables at the end of the manuscript.

Scans

Original Scan mode Final resolution Format

Colour illustration (24 bit) RGB 300 dpi TIFF(photo/transparency)

Monotone illustration Gray scale (8 bit) 300 dpi TIFF(photo/transparency)

Black/white line figure Line 800-1200 dpi EPS

Please check that your original, after scaling, has the resolution values inthe table; only then will the print quality of the scan be sufficient. If in doubt,send us your originals.

Other information25 complimentary off prints of papers accepted for publication will be sent

to the named contact author, unless another instruction is given. More offprints or full issues of the Journal can be ordered at a cost to be defined depend-ing on the number of off prints pretended. These instructions shall be given tothe secretariat, just before publication, when the final corrected typographicalproofs are sent back.

Drafts of letters, authorship criteria, Helsinki Declaration, “UniformRequirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals” and othertexts above mentioned will be available for consultation and download at the“Revista Portuguesa de Cirurgia” site, at http://revista.spcir.com

Revista Portuguesa de Cirurgia II Série • Número 0 • Março 2007

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