Revista Cocapec 70

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RESÍDUOS DE MEDICAMENTOS VETERINÁRIOS EM PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL

Neste ano de 2010 tivemos embargos de lotes da carne brasileira, no 1º semestre pelos EUA e no 2º pela Europa. Também tivemos o anúncio de grandes investimentos da Nestlé no mercado lácteo. O que esses assuntos têm em comum? São consumidores extremamente exigentes por qualidade. Os nossos consumidores externos e internos passam por mudanças nas exigências de qualidade e o MAPA (Ministério da Agricultura) se prepara para o controle de resíduos. Já existe o DEC. Nº 5.053, de 22/04/2004 que, de acordo com o art.124 (abai-xo), diz que o produtor que fizer mal uso de um produto veterinário e que possa acarretar danos ao consumidor, está sujeito à legislação penal, podendo ter sua produção monitorada pelo MAPA. “Art. 124. Quando ficar comprovado o uso indevido de produto, pelo adquirente ou usuário, contrariando as reco-mendações para seu emprego, contidas na rotulagem ou na prescrição do médico veterinário, sujeita-se o adquirente ou o usuário às cominações do Código Penal.” A indústria que processa a carne, o leite e seus deriva-dos, está expandindo suas medidas de controle para identificar resíduos e produtores e, também, para estabelecer penalidades

financeiras e até mesmo deixar de adquirir a produção deste cria-dor. Na pecuária moderna, o uso de antibióticos e antiparasitários se faz necessário em virtude da grande pressão por resultados e grande concentração de animais. Sem seu uso, não teríamos como avançar na nossa produtividade. Assim, o grande desafio é utilizá-los de forma racional e técnica, para que tenhamos o má-ximo dos produtos e sem resíduos. Temos que ter a certeza do que vamos fazer, seguindo uma orientação técnica e fazendo a utilização de forma correta. Devemos procurar respeitar os prazos de carência do pro-duto, seja para a carne ou para o leite. Existem produtos com ca-rências longas, curtas ou até mesmo sem carência, com indicação para vacas em lactação ou não. Atualmente, a medicação de escolha são produtos a base de Ceftiofur (TopCef®), um antibiótico de amplo espectro que, apli-cado nas doses recomendadas pelo fabricante, não requer o des-carte de leite e nem da carne. Os efeitos negativos de resíduos de antibióticos e vermífugos na carne e no leite envolvem questões de saúde pública, problemas no processo industrial do leite e na imagem da marca, além da penalização.

Méd. Veterinária Suziellen TenaniCRMV-SP: 18239 Cel.: (16) 81154208

INFORME PUBLICITÁRIO

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João Alves de Toledo FilhoPresidente da Cocapec

Pela primeira vez na sua existência, a nossa cooperativa recebeu nos seus ar-mazéns uma quantidade de café que ultrapassou 1 milhão de sacas. Antes disto, nosso recorde era 890 mil, durante a safra de 2008. Temos uma cooperativa compacta, enxuta e capaz de dar suporte ao nosso cooperado, seja em insumos, mecanização e comercia-lização de produtos agrícolas. Há um ditado antigo que diz “melhor do que gabar o sucesso do presente, é pla-nejar para evitar as intempéries do futuro”. Essa é uma lição que não devemos nos esque-cer nunca. Atualmente, estamos vendo muitas associações e cooperativas que tiveram, em um passado recente, grande atuação junto aos produtores a elas fi liados, mas agora estão sem condições de respaldá-los nos presentes dias por diversas circunstâncias, que não vêm ao caso mencionar aqui. A lavoura de café terá o ano de 2010 como marco, devido à mudança tecnológi-ca na sua condução, dada as possibilidades de mecanização que se apresentam, desde a retirada dos frutos da árvore como também no recolhimento destes do chão. A produ-ção de café sempre foi feita com intensivo uso de mão de obra, mas é fato consumado que isso ocorra cada vez menos a partir de agora. Dizem que devemos conhecer a história para não cometermos os erros do passado. Este nos mostra que o grande incentivo da mecanização e concentração de usinas na lavoura canavieira eliminou a fi gura do pequeno e médio produtor de cana, transformando-o em uma arrendante de terra. A concentração das grandes esmagadoras de laranja em poucas empresas já tirou os pequenos e médios produtores do seu negó-cio, que era plantar e fornecer laranjas, dando espaços para plantações próprias destas empresas, assim como na indústria canavieira. Com a possibilidade da mecanização plena da lavoura de café, corremos o ris-co deste mercado ser invadido por grandes corporações já ligadas ao negócio do café, plantando café como estão plantando citros, e estas, com o mercado consumidor na mão, poderão nos transformar em simples repassadores do produto, estrangulando as nossas iniciativas de comercialização em geral. Estamos vendo nosso mercado interno, o segundo do mundo, ser tomado por torrefadoras estrangeiras e, por isso, corremos o risco de que elas determinem nossos preços no mercado, reduzindo nossas margens. Para evitar ou minimizar este fato, deve-mos no curto, médio e longo prazo, nos esforçar para ter acesso ao mercado consumidor do produto fi nal, diminuindo nossas dependências dos intermediários. Pensar em incre-mentar nossa venda de torrado e moído internamente, bem como a exportação direta de nossos cafés ao exterior, deve ser o objetivo a ser traçado para que o futuro nos garanta a condição que exibimos hoje. Sei que não será fácil manter estes objetivos, dada a con-corrência e difi culdade que surgirão, mas não vejo outro caminho a seguir senão este. Este deverá ser o nosso grande desafi o.

OLHANDO PARA O FUTURO

RESÍDUOS DE MEDICAMENTOS VETERINÁRIOS EM PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL

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4 Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010

ÍNDICE

CAPA

CONCURSO DE QUALIDADE

Cocapec realiza premiação dos vencedores

Órgão informativo ofi cial da Cocapec e Credicocapec, destinado a seus cooperados

Diretoria Executiva CocapecJoão Alves de Toledo Filho – Diretor-presidenteCarlos Yoshiyuki Sato - Dir. Vice-presidenteRicardo Lima de Andrade - Dir. secretário

Conselho de Administração Cocapec Giane BiscoAmílcar Alarcon PereiraJoão José CintraPaulo Eduardo Franchi SilveiraErásio de Grácia JúniorJosé Henrique Mendonça

Conselho Fiscal CocapecCyro Antonio Ramos Jesuel Justino GomesRicardo Nunes Moscardini

Cocapec FrancaAvenida Wilson Sábio de Mello, 3100 - CEP: 14406-052Franca-SP - CEP:14400-970 - CAIXA POSTAL 512Fone (16) 3711-6200 - Fax (16) 3711-6270

FiliaisCapetinga: (35) 3543-1572Claraval: (34) 3353-5257Ibiraci: (35) 3544-5000Pedregulho: (16) 3171-1400Serra Negra: (19) 3892-7099

Diretoria Executiva CredicocapecMauricio Miarelli - Dir. PresidenteJosé Amâncio de Castro - Dir. AdministrativoEdnéia Aparecida Vieira Brentini de Almeida - Dir. Crédito Rural

Conselho de Administração CredicocapecCarlos Yoshiyuki SatoDivino de Carvalho GarciaÉlbio Rodrigues Alves FilhoPaulo Henrique Andrade Correia

Conselho Fiscal CredicocapecDonizeti MoscardiniJoão José CintraRenato Antônio Cintra

CredicocapecFone (16) 3720-0030 - Fax (16) 3720-1567 - Franca-SPPAC - Pedregulho:(16) 3171-2118PAC - Ibiraci (35) [email protected] - www.credicocapec.com.br

CoordenaçãoEliana Mara Martins

Núcleo de CriaçãoComunicação/MKT COCAPEC

DiagramaçãoIdeia Fixa Publicidade e Propaganda

Apoio Gráfi co / FotosMarcelo Siqueira

RedaçãoLuciene ReisTássia Inácio

RevisãoNathalia Maria Soares

Jornalista ResponsávelRealindo Jacintho Mendonça Júnior - MTb/ 24781

Tiragem: 2.550 exemplares

Home Pagewww.cocapec.com.br

É autorizada a reprodução de artigos publicados nesta edição, desde que citada a fonte.

A revista não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados, mesmo sob pseudônimo, que são de inteira

responsabilidade de seus autores.

EXPE

DIE

NTE

TÉCNICAManual de Saúde e Segurança

OPINIÃOIncertezas e preensões no mercado cambial

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Cocapec lança novo portal NOVIDADES

SOCIALMosaico Teatral emociona público 41

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48CREDICOCAPEC1° Encontro de presidentes de cooperativas de crédito

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Em 18 de agosto, comemora-se o Dia Nacional do Cam-po Limpo, que mobiliza todos os envolvidos no programa de des-tinação de embalagens vazias de defensivos. Nesta data, são realizadas atividades culturais, visitas às centrais de recebimentos, entre outras comemorações, visan-do levar à sociedade informações sobre essa iniciativa. São rea-lizadas também, homenagens aos envolvidos em projetos, como forma de reconhecimento do trabalho. Este ano, em especial, tive a honra de ser uma das ho-menageadas, mérito que tenho por obrigação partilhar, em pri-

meiro lugar, com a Cocapec, que tem tido um grande compromis-so em relação às coletas de embalagens de defensivos vazias, e que, além de contar com um posto de recebimento em Franca, promove ainda recolhimentos itinerantes todos os anos, iniciativa que vem colhendo frutos positivos como podemos observar no quadro abaixo. Devo também dividir esse mérito com os produtores, que vêm assumindo seu compromisso com o meio ambiente, o que é de fundamental importância para que essa parceria se con-clua com sucesso.Incertezas e preensões no mercado cambial

Envolvida no projeto, a coordenadora da filial de Ibiraci, Mara Rúbia, recebe homenagem

DIA NACIONAL DO CAMPO LIMPO TEM A PARTICIPAÇÃO DA COCAPECMara Rúbia Cintra NevesCoordenadora da loja - Filial de Ibiraci

TÉCNICA

MAIS DE 16 MIL TONELADAS DE EMBALAGENS VAZIAS DE AGROTÓXICOS NO 1° SEMESTRE De janeiro a junho deste ano, 16.900 toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas saíram das uni-dades de recebimento de todo o país para o destino final ambientalmente correto. Cerca de 94% desse volume enca-minhado para reciclagem. O balanço do semestre, divulgado pelo Inpev (Instituto Nacional de Processamento de Emba-

lagens Vazias), que representa a indústria fabricante destes na destinação das embalagens vazias de seus produtos, mostra um aumento de 19% em comparação com o volume destinado no 1º semestre de 2009, quando 14.200 toneladas desse material foram retiradas do meio ambiente por meio do sistema.

A coordenadora Mara Rúbia, que recebeu homenagem e o agrônomo Luciano, representando a Arpaf Central de recebimento de embalagens vazias de defensivos de Ituverava/SP

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TÉCNICA

Substância presente em alguns agrotóxicos será banida do Brasil

ANVISA PROÍBE USO DE ENDOSULFAN Os produtores de algodão, cacau, café, cana de açúcar e soja não poderão mais utilizar defensivos agrícolas que tenham, em sua composição, o ingrediente ativo endosulfan. A medida foi anunciada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que suspendeu a importação e o registro de novos produtos à base dessa substância a partir de 31 de julho de 2011. Considerado altamente tóxico e associado a problemas reprodutivos e do sistema endócrino, será banido do país a partir de 31 de julho de 2013. A proibição ficará assim: na Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo o produtor poderá usar o produto até julho de 2014. No Distrito Federal e nos outros 16 estados a proibição já está valendo. A decisão da comissão, cujos termos finais estão sendo formatados, será enviada à Justiça, esfera em que tramita um pe-dido para o cancelamento imediato do registro do produto. Estava praticamente descartada a possibilidade de que a comissão deter-minasse a suspensão imediata do uso do Endosulfan. No entanto, a expectativa era de que o cronograma fosse mais ágil, com data final para proibição total em 2012. A decisão tomada é reflexo de uma política que começou a ser adotada pela Anvisa em 2008. Segundo o gerente de toxicologia da Anvisa, Luiz Cláu-dio Meirelles, a retirada do Endosulfan do mercado foi pensada de uma forma que os agricultores conseguirão substituir seu uso por produtos menos nocivos à saúde humana. Algumas normas,

como a proibição de seu uso para controle de formigas, ou uso de embalagens metálicas, entram em vigor imediatamente. A Anvisa listou 14 defensivos suspeitos de provocar pro-blemas à saúde para reavaliação do registro. O processo de aná-lise dos produtos, porém, foi interrompido por ações judiciais. O rito de exame também é longo e o órgão faz uma avaliação, que é submetida à consulta pública. Passada essa etapa, a análise é feita pela comissão tripartite, com integrantes do Ibama, da Anvi-sa e do Mapa. O Brasil se transformou em um dos principais destinos dos produtos banidos em outros países, entre eles o Endosulfan. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que o país importou 1,84 mil toneladas do produto em 2008, saltando para 2,37 mil toneladas em 2009. O Endosulfan é usado no cultivo de algodão, cacau, café, cana de açúcar e soja, mas o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos (Para) da Anvisa, divulga-do há pouco mais de um mês, identificou a presença do produto em 14 de 20 culturas analisadas. Em nenhuma delas o uso do En-dosulfan era permitido. As principais culturas em que o agrotóxico foi encontrado foram pepino, pimentão e beterraba. O coordenador geral de Agrotóxicos e Afins do Ministério da Agricultura, Luís Rangel, informou que outras substâncias re-gistradas podem ser usadas na substituição do Endosulfan. Para o combate da broca do café ainda não há alternativa. Fonte: Agência Estado / A Tarde

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ANVISA PROÍBE USO DE ENDOSULFAN

COCAPEC REALIZA 3° SEMINÁRIO DE SILVICULTURA

Até pouco tempo atrás, muita gente pensava que o plan-tio comercial de árvores como fonte de renda, era uma atividade apenas para grandes empresários, madeireiras, indústrias side-rúrgicas ou fábricas de celulose e papel. Entretanto, isto está mudando e, atualmente, a maioria das pessoas já descobriu que plantar árvores, além do aspecto ambiental, tornou-se também, uma alternativa muito interessan-te com excelente fonte de renda para manter a propriedade. O reflorestamento é considerado uma atividade lucrativa, porque funciona como uma caderneta de poupança verde que apresenta uma receita líquida maior que outras atividades rurais e pode virar dinheiro quando o proprietário precisar. Mas então, por que Eucalipto? Essa pergunta é facil-mente respondida, pois a madeira pode ser utilizada para vários fins, como lenha, carvão, celulose, painéis, postes, construções, móveis, embalagens e muitos outros usos, além de substituir as madeiras de florestas nativas, cada vez mais escassas e raras. Ressaltando também que, de uma árvore de eucalipto, aproveita-se não apenas a madeira, mas ela toda, como as fo-lhas para fins alimentícios e produtos de limpeza, flores para fins apícolas (produção de mel) e casca para produção de colas e substratos para plantas e outras. Portanto, é uma atividade que, além de lucrativa, é também ecologicamente, economicamente e socialmente sustentável. Preocupada em atender a demanda de informações téc-nicas dos seus cooperados e de produtores da região, a Cocapec realizou em setembro, o 3º Seminário de Silvicultura, em parceria com a Cati (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral) e Ses-coop (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo). Na parte teórica, o evento contou com palestras técnicas, com os temas “Comercialização de Madeira”, “Fomento Florestal” e “Inventário Florestal”. Já na parte prática, houve demonstrações a campo de área experimental de competições de seis clones de eucalipto, plantio manual, semi mecanizado e mecanizado total. Indiferentemente de outras ações realizadas pela coope-rativa, o intuito deste evento foi levar informações que possam ca-pacitar e orientar nossos cooperados, para que os mesmos tenham cada vez mais sucesso na gestão de suas propriedades. Para mais informações, procure o técnico mais próximo de sua região.

Luciano Castagine CoelhoAnalista Técnico

TÉCNICA

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Produtores participam de palestra técnica e de demonstrações práticas no campo

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Previsão indica produção de 47,2 milhões de sacas, um acréscimo de 19,6% comparado à safra 2009

CONAB DIVULGA ESTIMATIVADE SAFRA No período de 4 a 24 de agosto de 2010, os técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e de Instituições parceiras visitaram municípios dos principais estados produtores de café (Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Paraná, Rondônia e Rio de Janeiro que correspondem a 98,2% da pro-dução nacional), para a realização de entrevistas e aplicação de questionários junto aos informantes previamente selecionados, ob-jetivando a realização da terceira estimativa de produção da safra de café de 2010, que foi divulgado no dia 9 de setembro de 2010. A previsão atual para a produção nacional de café be-nefi ciado indica 47,2 milhões de sacas de 60 quilos. O resultado representa um acréscimo de 19,6% ou 7,73 milhões de sacas, quando comparado com a produção de 39,47 milhões de sacas obtidas na safra 2009. Tal crescimento é justifi cado pelo ano de bienalidade positiva, aliado às condições climáticas favoráveis durante o ciclo da cultura. O maior acréscimo se dará na produção de café arábi-ca, estimada em 36,04 milhões de sacas, o que representa um ganho sobre a safra anterior de 24,9%, (7.175,9 mil sacas). Para a produção do robusta (conilon) a previsão indica produção de 11,16 milhões de sacas, ou seja, crescimento de 5,2% (552,6 mil sacas). Comparativamente à segunda estimativa divulgada no mês de maio, que estimava uma produção de 47,04 milhões de sacas, observa-se um acréscimo de 0,3% ou de 157,2 mil sacas de 60 quilos. As reduções verifi cadas nos estados do Espírito Santo (-958,0 mil sacas) e na Bahia (-25,2 mil sacas) em função da falta de chuvas, foram compensadas pelos ganhos observa-dos nos estados de Minas Gerais e de São Paulo. A produção dos estados do Acre, Ceará, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal, denominada de “ou-tros” nas tabelas confeccionadas, representa 1,05% (459,5 mil sa-cas), com destaque para o estado de Goiás, que no grupo produz 67,5% (310,3 mil sacas).

TÉCNICA

ESTADO DE SÃO PAULO Para a safra de 2010, espera-se produção de 4.560,1 sa-cas de café benefi ciado para o estado de São Paulo, com incre-mento de 33,2% frente as 3.423 sacas obtidas na safra 2009. Esse resultado se alinha com a perspectiva de safra para o país que tende a ser de ciclo de alta.

A área em produção somou 165.195 hectares, enquanto a área em formação sem produção atingiu os 8.601 hectares. Consi-derando apenas a área em produção, a produtividade das lavouras paulistas alcançou a surpreendente média de 27,44 sc/ha.Fonte: Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)

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TÉCNICA

CONAB DIVULGA ESTIMATIVADE SAFRA

Henrique RhedaEngenheiro Agrônomo - Uniagro

HORA DE PULVERIZAR Estamos iniciando um novo ano agrí-cola, ou seja, com o fi m da colheita 2009/2010 estamos dando início aos tratos culturais para a safra 2010/2011. A fi m de certifi car que a lavou-ra fi que livre das doenças comuns à cultura e, assim, alcance resultados expressivos de pro-dutividade, os cafeicultores devem se atentar a medidas que possam proteger seus pés de café dos fungos que debilitam as plantas, prejudi-cando as fl oradas. Uma das principais medidas é a pulve-rização pré e pós-fl orada. A primeira deve acon-tecer antes da abertura da fl or (popularmente chamada “fase de cotonete”) e, a segunda, já com a fl or depois de aberta, na “fase de chumbi-nho”, normalmente de 7 a 10 dias após abertura. Estas pulverizações visam uma as-sepsia no cafeeiro em relação a doenças re-manescentes do ano anterior e, também, uma proteção preventiva com residual para que os “chumbinhos” não tenham seu desenvolvimento prejudicado. Vamos a um exemplo: considere uma roseta cheia com 15 grãos. Se esta for atacada por algum patógeno e ocorrer a perda de ape-nas três grãos por roseta, logo teremos 20% menos café, o que se torna uma perda signifi -cativa e justifi ca a pulverização, como uma ação necessária todos os anos nesta fase. Vale ressaltar também que é preci-so estar atento ainda às condições favoráveis ao aparecimento da doença, como presença de vento, temperaturas baixas, alta umidade e presença de chuvas, para então optar por uma terceira aplicação, que deve acontecer em até 10 semanas após a fl orada principal. No intuito de minimizar e/ou controlar este problema, a Cocapec conta com uma linha completa de produtos, os quais são indicados pelo setor técnico, assim como acompanha-mento e hora certa para sua aplicação. Para mais informações, consulte um de nossos téc-nicos em sua região.

Pulverizações no momento certo ajudam a proteger a lavora

Cuidados com a lavoura nesta fase asseguram o bom desenvolvimento dos grãos

Fase de “cotonete”: ideal para a pulverização pré-colheita

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TÉCNICA

JÁ ESTÁ APLICANDO PRODUTOS FITOSSANITÁRIOS?ENTÃO RELEMBRE INFORMAÇÕES IMPORTANTES PARA SEGURANÇA E SAÚDE DO APLICADOR

PRINCIPAIS SINTOMAS DE INTOXICAÇÃO • Contaminação por contato com a pele (via dérmica): irri-tação (pele seca e rachada); mudança de coloração da pele (áreas amareladas ou avermelhadas); descamação (pele escamosa ou com aspecto de sarna). • Contaminação por inalação (via respiratória): ardor na

garganta e pulmões; tosse; rouquidão; congestionamento das vias respiratórias. • Contaminação por ingestão (via oral): irritação da boca e garganta; dor no peito; náuseas; diarréia; transpiração anormal; dor de cabeça; fraqueza e cãimbra.

A exposição direta e indireta aos produtos fi tossanitá-rios pode ser entendida como o simples contato deste com qual-quer parte do organismo humano. As vias de exposição mais comuns são: Ocular (olhos), Respiratória (nariz e pulmões), Dér-mica (pele) e Oral (boca). Exposição direta - quando o produto entra em contato direto com a pele, olhos, boca ou nariz. Os acidentes normal-mente ocorrem com os trabalhadores que manuseiam ou apli-cam produtos fi tossanitários sem usar corretamente os Equipa-mentos de Proteção Individual (EPI). Exposição indireta - ocorre quando as pessoas, que não estão aplicando ou manuseando produtos fi tossanitários, entram em contato com plantas, alimentos, roupas ou qualquer outro objeto contaminado. O risco de intoxicação é defi nido como a probabilidade estatística de uma substância química causar efeito tóxico.

Em tese, todas as substâncias são tóxicas e a toxici-dade depende basicamente da dose e da sensibilidade do or-ganismo exposto e a única maneira concreta de reduzir o risco é através da diminuição da exposição, por isso o trabalhador deve manusear os produtos com cuidado, usar equipamentos de aplicação calibrados e em bom estado de conservação, além de vestir os equipamentos de proteção adequados. A absorção de uma substância depende da via pela qual ela penetra no organismo. A absorção dérmica (através da pele) é a mais importante, podendo ser mais intensa quando se utilizam formulações oleosas. A absorção por via respirató-ria (pelos pulmões) é consequência da aspiração de partículas, gases ou vapores. Na exposição ocupacional, a contaminação oral (pela boca) é menos freqüente e só ocorre por acidente ou descuido, mas é quase sempre responsável pelas intoxicações mais graves.

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É dever do empregador rural ou equiparado, disponibili-zar a todos os trabalhadores informações sobre o uso de produ-tos fi tossanitários no estabelecimento, abordando os seguintes aspectos: • Área tratada: descrição das características gerais da área, da localização e do tipo de aplicação a ser feita, incluindo o equipamento a ser utilizado; • As instruções devem ser compreensíveis e sufi cientes aos que manipulam agrotóxicos; • Nome comercial do produto utilizado; • Classifi cação toxicológica; • Data e hora da aplicação; • Intervalo de reentrada; • Intervalo de segurança/período de carência; • Medidas de proteção necessárias aos trabalhadores em exposição direta e indireta;

• Medidas a serem adotadas em caso de intoxicação. Devem ser treinadas e protegidas as pessoas que fa-zem conservação, manutenção, limpeza, além das que utilizam os equipamentos de aplicação. É dever do trabalhador ler os rótulos e bulas dos produ-tos antes de manuseá-los.

TÉCNICA

JÁ ESTÁ APLICANDO PRODUTOS FITOSSANITÁRIOS?ENTÃO RELEMBRE INFORMAÇÕES IMPORTANTES PARA SEGURANÇA E SAÚDE DO APLICADOR

RESUMO DOS PROCEDIMENTOS PARA CASOS DE INTOXICAÇÃO

INFORMAÇÕES AOS TRABALHADORES

De uma forma geral, podemos resumir as principais medidas de primeiros socorros em quatro ações básicas: I. Preste atendimento à pessoa de acordo com as instruções de primeiros socorros descritas no rótulo e/ou na bula do produto; II. Dê banho com água corrente e vista roupas limpas na vítima, levando-a imediatamente para o serviço de saúde mais próximo. Não esqueça de mostrar a bula ou rótulo do produto ao médico ou enfermeira. III. Assim que chegar ao serviço de saúde, ligue para o telefone de emergência do fabricante, informando o nome e idade do paciente, o nome do médico e o telefone do serviço de saúde, pois desta forma, o fabricante poderá passar mais informações sobre a toxicologia do produto para o profi ssional que estiver fa-zendo o atendimento da vítima; IV. Toda pessoa com suspeita de intoxicação deve rece-

ber atendimento médico imediato. Nunca espere os sintomas se intensifi carem. A regra fundamental de segurança é LER O RÓTULO e SEGUIR AS INSTRUÇÕES DA BULA, pois ali estão colocados os avisos do fabricante a respeito do produto, informando sobre manuseio, precauções, primeiros socorros, destinação de emba-lagens, equipamentos de proteção etc.

RESTRIÇÕES PARA ENTRAR EM ÁREAS RECÉM TRATADAS E INTERVALO DE SEGURANÇA OU PERÍODO DE CARÊNCIA O empregador rural ou equiparado deve sinalizar as áreas tratadas, informando o período de reentrada, que é o período após a aplicação em que é vedada a entrada de pessoas sem uso de EPI´s adequado. Esta informação consta no rótulo/bula do produto.

O período de carência é o número de dias que deve ser res-peitado entre a última aplicação e a colheita e vem escrito na bula do produto. Este prazo é importante para garantir que o alimento colhido não possua resíduos acima do limite máximo permitido.

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TÉCNICA

CONTAMINAÇÕES PODEM SER EVITADAS COM HÁBITOS SIMPLES DE HIGIENE, COMO:

MEIO AMBIENTE, RESÍDUOS E DESTINO FINAL DAS EMBALAGENS VAZIAS A limpeza dos equipamentos de aplicação deve ser exe-cutada de forma a não contaminar poços, rios, córregos ou quais-quer outras coleções de água com os resíduos do produto. É vedada a reutilização de embalagens de produtos fi -tossanitários, cuja destinação fi nal deve atender à legislação vi-gente (Lei Federal nº 9.974 de 06.06.2000 e Decreto nº 4.074 de 04.01.2002). O agricultor deve devolver todas as embalagens vazias dos produtos na unidade de recebimento de embalagens indicada na Nota Fiscal pelo revendedor. Antes de devolver, o agricultor deverá preparar as embalagens, ou seja, separar as embalagens lavadas das embalagens contaminadas. O agricultor que não de-volver as embalagens no prazo de 1 (um) ano ou não prepará-las adequadamente, poderá ser multado, além de ser enquadrado

na Lei de Crimes Ambientais. Embalagens fl exíveis não laváveis devem ser armazenadas, transportadas e devolvidas dentro de embalagens de resgate (saco plástico transparente padronizado).

Lavar bem as mãos e o rosto antes de comer, beber ou fumar; após o trabalho, tomar banho com bastante água e sabão, lavando bem o couro cabeludo, axilas, unhas e regiões genitais; usar sempre roupas limpas; manter sempre a barba bem feita, unhas e cabelos bem cortados. O empregador rural ou equiparado, deve: disponibilizar um local adequado para a guarda da roupa de uso pessoal; for-necer água, sabão e toalhas para higiene pessoal; garantir que nenhum dispositivo de proteção ou vestimenta contaminada seja levado para fora do ambiente de trabalho ou que seja reutilizado antes da devida descontaminação; vedar o uso de roupas pesso-ais na aplicação de produtos fi tossanitários.

São ferramentas de trabalho que visam evitar a exposi-ção do trabalhador ao produto, reduzindo os riscos de intoxica-ções decorrentes da contaminação. O empregador rural tem o dever de fornecer Equipamen-to de Proteção Individual (EPI) e vestimentas adequadas aos ris-cos. Devem estar em perfeitas condições de uso e devidamente higienizados, responsabilizando-se pela descontaminação dos mesmos ao fi nal de cada jornada de trabalho e substituindo-os sempre que necessário. O empregador deve ainda orientar quan-to ao uso correto dos dispositivos de proteção e exigir que os trabalhadores utilizem EPI´s. O trabalhador tem o dever de usar os EPI´s e seguir as regras de segurança.

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI

Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010 13 Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010 13

TÉCNICA

ORDEM DE VESTIR E RETIRAR O EPI E LIMPEZA

COMPONENTES DO EPI Os EPI´s devem possuir o número do Certifi cado de Aprovação – C. A. emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Não é permitido o uso de EPI sem o C. A. Luvas - recomenda-se a aquisição das luvas de “borra-cha NITRILICA ou NEOPRENE”, materiais que podem ser utiliza-dos com qualquer tipo de formulação. Respiradores - os mais utilizados nas aplicações de pro-dutos fi tossanitários são os que possuem fi ltros P2 ou P3. Viseira facial: deve ter maior transparência possível e não distorcer as imagens, ser de boa qualidade/acabamento para evitar cortes, a esponja que atua como suporte na testa deve im-pedir o contato com o rosto do trabalhador para evitar o embaça-mento, não proporcionar desconforto ao usuário e permitir o uso simultâneo do respirador, quando necessário. Jaleco e calça hidro-repelentes: os confeccionados em tecido de algodão são tratados para se tornarem hidrorepelen-tes, fi cando apropriados para proteger o corpo dos respingos do produto formulado e não para conter exposições extremamente acentuadas ou jatos dirigidos. Ele pode receber reforço adicional nas partes onde exista alta exposição do aplicador à calda do produto, como por exemplo nas pernas. Boné árabe: protege a cabeça e o pescoço de respingos da pulverização e do sol. É confeccionado em tecido de algodão

tratado para tornar-se hidro-repelente. Avental: é produzido com material resistente a solventes orgânicos (PVC, bagum, tecido emborrachado aluminizado, nylon resinado ou não tecidos). Aumenta a proteção do aplicador con-tra respingos de produtos concentrados durante a preparação da calda ou de eventuais vazamentos de equipamentos de aplicação costal. Botas: devem ser impermeáveis, preferencialmente de cano alto e resistentes aos solventes orgânicos. Exemplo: este é o único EPI que não possui C. A.

Para evitar a contaminação dos equipamentos e a expo-sição do trabalhador, deve-se seguir uma seqüência lógica para retirar os EPI´s. Inicialmente, deve-se lavar as luvas, vestidas nas mãos, para descontaminá-las.

Os EPI´s devem ser lavados separadamente da roupa comum; as vestimentas de proteção devem ser enxaguadas com bastante água corrente para diluir e remover os resíduos da calda de pulverização; a pessoa, durante a lavagem das vestimentas, deve utilizar luvas; a lavagem deve ser feita de forma cuidadosa com sabão neutro. Em seguida, as peças devem ser bem enxa-guadas para remover todo sabão; as vestimentas não devem fi car de molho e nem serem esfregadas. Importante: nunca use alvejantes, pois poderá retirar a hidro-repelência das vestimentas. As vestimentas devem ser se-cas à sombra. Atenção: somente use máquinas de lavar ou secar, quando houver recomendações do fabricante. Faça revisão peri-ódica e substitua os EPI´s danifi cados. Antes de descartar uma vestimenta do EPI, lave-a e rasgue-a antes de jogar no lixo, para que outras pessoas não a utilizem.

Para obter mais informações sobre os cuidados com produtos fi -tossanitários acesse: http://www.andef.com.br/manuais/As informações deste texto partem do “Manual de Segurança e Saúde do Aplicador de Produtos Fitossanitários” desenvolvidos pela Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef) e foram adaptadas pela Secom (Setor de Comunicação) Cocapec.

14 Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010

TÉCNICA

Roberto MaegawaCoordenador do Setor Técnico8115.4208

GTEC SUL DE MINAS VISITA COCAPEC

Em setembro, a Cooperativa de Cafeicultores e Agropecu-aristas - Cocapec recebeu a visita do Grupo Técnico (GTec) Sul de Minas, que se reúne há mais de 15 anos com apoio da Syngenta e é formado por agrônomos, consultores e pesquisadores de renome na cafeicultura e, também, pelos mais importantes consultores de café da região do Sul de Minas, do Instituto Agronômico de Campi-nas (IAC), Universidade de Lavras (Ufla) e Ministério da Agricultura. O grupo teve a oportunidade de conhecer o trabalho desenvolvido pela Cocapec na Alta Mogiana e interagir com os agrônomos regionais da cooperativa, trocando informações sobre a cafeicultura, tais como: possíveis consequências da seca, rendi-mento da colheita e a qualidade dos grãos. Também assistiram a explanação dos relatórios do IAC, sobre as causas das diversas floradas e consequências para a maturação dos cafés. No segundo dia da visita, os visitantes estiveram nas de-pendências da Cocapec, onde tomaram o delicioso “Senhor Café” e conheceram toda a estrutura da cooperativa. O gerente de co-mercialização de café da Cocapec, Anselmo Magno, apresentou a eles o setor de comercialização, usina de preparo e a torrefação. O grupo foi orientado pelo técnico de segurança, Ildefonso de Prá Jr, durante todo o percurso, devido à política de saúde e segurança no trabalho da cooperativa. Na parte de campo, foi apresentada a máquina “Centri-flux”, uma centrífuga que tira excesso de água dos cafés lavados. Os visitantes também viram funcionando o rastelo soprador e a abanadeira da Cocapec, muito bem aceitos pelo grupo, devido a simplicidade de funcionamento e eficiência. É preciso ressaltar o brilhante trabalho dos responsáveis pela visita, os engenheiros agrônomos Luís Fernando Puccinelli, José Mário Jorge e José de Paula Galvão Junior, presidente do grupo Gtec Sul de Minas. É necessário destacar também o apoio

da Syngenta, representado pelo companheiro eng. agr. Marcos Ro-berto Dutra, que tem conduzido muito bem os grupos GTec’s na busca de conhecimentos ou levando-os até eles.

Grupo conheceu todo o trabalho desenvolvido pela cooperativa

Grupo assiste palestra sobre relatórios do IAC

Equipe de agrônomos conhecem estrutura da Cocapec

Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010 15

OPINIÃO

Roberto MaegawaCoordenador do Setor Técnico8115.4208

Para conter a entrada de dólares, governo eleva Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)

INCERTEZAS E PREENSÕES NO MERCADO CAMBIALLuiz MoricochiEng. agrônomo, ex-pesquisador científico, pós-graduado em economia pela ESALQ/USP e associado da Cocapec

Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010 15

Grupo assiste palestra sobre relatórios do IAC

Equipe de agrônomos conhecem estrutura da Cocapec

16 Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010

Visando conter a valorização do real, o governo acaba de dobrar (de 2% para 4%) o valor do IOF sobre o capital externo a ser aplicado em renda fixa no Brasil. Será que essa medida terá algum efeito prático? É intenção deste artigo discutir um pouco essa questão, dada sua importância no preço do café a nível de produtor. Inicialmente, gostaria de analisar, mesmo que superficial-mente, os fatores que estão levando a esta valorização. Podemos resumí-los em três grupos: a) os fatores relacionados com os altos juros internos; b) bom momento da nossa economia; c) dificuldades atuais da economia mundial.

Os juros internos (mais altos do mundo) são o fator deter-minante da valorização do real, exercendo forte atração sobre ca-pitais externos especulativos. Até importadores, que já são bene-ficiados pelo real valorizado, tem tirado mais proveito da situação: pagam suas importações em dólares tomados por empréstimos no exterior (a juros baixíssimos) e o valor correspondente em reais é aplicado no Brasil, procedimento esse que lhes renderá mais dólares que os tomados lá fora, graças aos altos juros internos. A boa imagem do Brasil, como país seguro para investir e em pleno crescimento, é outro fator de valorização. As elevadas reservas cambiais (já perto de US$ 300 bilhões) e as medidas anticíclicas tomadas na recente crise reforçam essa imagem po-sitiva. O sucesso na capitalização da Petrobrás deve ser atribuído não só ao que representa o setor de energia em si, mas também ao ambiente interno favorável. Investidores externos estão de olho

no Brasil e a antiga ideia de transformá-lo em uma plataforma de exportação pode se concretizar. Mas a valorização do real está associada também a ou-tras causas que nada têm a ver com o nosso país. Entre elas, a desvalorização do próprio dólar americano, processo iniciado antes mesmo da crise de 2008 (fruto de uma política deliberada, mas não declarada dos EUA, e necessária para reequilibrar sua economia com enormes problemas internos, como por exemplo, os elevados déficits nas contas externas). Com a desvalorização da moeda, consegue-se ao mesmo tempo, reduzir as importações e tornar suas exportações mais competitivas. Outro fator externo que ajuda na valorização do real é a volta das incertezas e preocupações com a recaída da economia nos EUA, Europa e Japão. Para enfrentar o problema (e preocupa-dos com o índice de empregos), esses países ricos vêm reduzindo suas taxas de juros à quase zero, provocando a “fuga” de capitais para países como o Brasil, onde os retornos sobre aplicações fi-nanceiras são as mais alta do mundo. E neste contexto mundial deve-se dar especial destaque à China com sua política de pari-dade cambial, que visa neutralizar os efeitos da desvalorização do dólar. Com essa postura, ela mantém sua moeda artificialmente desvalorizada, o que torna seus produtos mais competitivos no mercado global. Mas essa “invasão” em países emergentes com moedas já valorizadas (como o Brasil) representa uma ameaça adicional ao risco de desestabilização de suas indústrias. A cha-mada “guerra cambial” tem tudo a ver com essas políticas dos pa-íses ricos em relação a juros e à postura da China pelos impactos na economia global.

OPINIÃO

Os juros internos (mais altos do mundo) são o fator determinante da valorização do real, exercendo forte

atração sobre capitais externos especulativos.“

Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010 17

É neste contexto que deve ser analisada a questão do câmbio no Brasil. Se a medida que dobra o IOF surtirá ou não efeito só o tempo dirá. Nós nos colocamos entre os cépticos em relação a quaisquer medidas momentâneas, visando impedir a valorização do real, pois isso não depende só de nossa vontade. Será que as medidas tomadas no exterior para reativar o cresci-mento terão a eficácia esperada? Algumas dessas medidas têm sido duramente questionadas por economistas, como o ex- Prê-mio Nobel Joseph Stiglitz; e para alguns analistas, a bolha imobi-liária que deu início à crise em 2008 nos EUA, não teria completa-do o ciclo de baixa, podendo cair ainda mais 20%, antes de atingir o ponto de equilíbrio no setor. Uma nova ameaça ainda paira no horizonte: o governo dos EUA poderá despejar mais dólares no seu sistema econômi-co, caso se confirme o aumento de desemprego apontado pelos seus indicadores econômicos, o que pressionará ainda mais para baixo seus juros e aumentará o fluxo de capitais para o Brasil. É possível que isso venha acontecer, pois, diferentemente do Ban-co Central no Brasil, que só se preocupa com inflação, o FED dos EUA deve se preocupar, também, com o nível de emprego na economia, o que justificaria a decisão. Em relação à situa-ção interna do Brasil, existem também muitas incertezas. Apesar

dos questionamentos em relação à dose de juros, o BC sempre argumentou que os mesmos eram calibrados, tendo em vista a inflação. Nesse sentido, há motivos para se preocupar, já que há indicadores apontando para uma inflação maior em 2011, o que, de acordo com a lógica do BC, fará subir a taxa Selic, e poderá aumentar ainda mais a diferença entre juros internos e externos. Mas o que também nos preocupa é que a raiz do problema não está sendo atacada, ou seja, os nossos elevados juros decor-rem de um problema estrutural, que é a grande dívida pública financiada pela venda de títulos públicos à taxa Selic. Assim, só um forte ajuste fiscal, ou seja, um conjunto de medidas visando equilibrar receitas e despesas públicas é que poderia reduzir a dívida pública e derrubar os juros. Um outro problema estrutural responsável pela valori-zação do real é a nossa baixa poupança doméstica (poupamos apenas 16% do PIB, contra 30% e 50% na Índia e China, respec-tivamente). É preciso, portanto, encontrar formas de aumentar a poupança doméstica e, assim, não depender tanto do capital externo para financiar nossos projetos de desenvolvimento (pré-sal, infraestrutura, educação etc), apesar da conjuntura externa favorável à obtenção de recursos para investimentos.

Artigo de 15/10/2010

OPINIÃO

18 Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 201018 Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010

ECONOMIA

EXPORTAÇÕES DAS COOPERATIVAS BRASILEIRAS CRESCEM 14% No primeiro semestre de 2010, as cooperativas brasileiras mostram uma retomada de mercados e registram um aumento de 14% nos valores exportados, com um total de US$ 1,99 bilhão fren-te a US$ 1,74 bilhão no mesmo período, em 2009. Os indicadores fazem parte de um estudo realizado pela Gerência de Mercados (Gemerc) da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Mi-nistério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Quando avaliado o volume das vendas externas, cons-tata-se a quantidade de 3,78 milhões de toneladas (t), repetindo praticamente o mesmo resultado do primeiro semestre de 2009, quando foram embarcadas 3,76 milhões t. “Neste caso, houve um pequeno incremento de 0,5%, mas, quando analisado o valor das vendas, percebe-se um refl exo da tendência de recuperação dos preços das commodities no mercado internacional e o fecha-

mento de novos negócios pelas cooperativas. Estão neste grupo países da Ásia, Oriente Médio e África, por exemplo. Vale dizer também da retomada de parcerias comerciais importantes com os Estados Unidos, Japão e Rússia”, avalia o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas. O gerente de Mercados da instituição Evandro Ninaut diz que a recuperação dos preços está diretamente relacionada aos países emergentes. “Esse processo é consequente da expansão dos principais países emergentes favorecidos pela sua demanda interna e da “blindagem” do seu sistema fi nanceiro, fator primordial para estabilizar os efeitos dos ajustes externos ocasionados pela crise fi nanceira internacional. Podemos citar ainda a depreciação do dólar, que também tem contribuído para preços mais elevados das commodities, já que alimenta a demanda – especialmente nos mercados emergentes – por bens primários”, diz.

Setor registra um total de US$ 1,99 bilhão no primeiro semestre de 2010, frente a US$ 1,74 bilhão do ano anterior

MERCADOS DE DESTINO No que tange às 140 cooperativas exportadoras, no primeiro semestre de 2010, verifi cou-se uma recuperação dos principais parceiros comerciais, como Estados Unidos, Japão e Rússia. No entanto, países da Ásia, do Oriente Médio e da África também ganharam espaço nas relações comerciais e se consolidaram como grandes compradores dos produtos agrope-cuários das cooperativas. Os países asiáticos apareceram como o primeiro mercado de destino, com uma participação de 51% no primeiro semestre de 2010. Os chineses foram os principais parceiros comerciais das cooperativas brasileiras, respondendo por 13,7% do total ex-portado, com US$ 273 milhões, valor 12,4% superior ao mesmo

período do ano anterior. Já a Alemanha, apresentou crescimento de 9,7% em relação ao mesmo período de 2009, respondendo por 9% do montante exportado pelo cooperativismo, com o re-gistro de US$ 182 milhões. Os Emirados Árabes aparecem em terceiro lugar no ranking dos países importadores, respondendo por US$ 147 milhões dos valores exportados e 7,4% do total de vendas das cooperativas brasileiras. Como dito anteriormente, nesse período, os Estados Unidos voltaram a ter posição de destaque entre os países importadores, com US$ 110 milhões e incremento de 236%, representando 5,5% do total. A Arábia Saudita e a Índia aparecem na sequência, com participações de 5,3% e 4,9%, respectivamente.

PRINCIPAIS ESTADOS EXPORTADORES Liderando as exportações das cooperativas brasileiras no primeiro semestre de 2010, aparece o estado do Paraná, com um valor absoluto de US$ 840 milhões, respondendo por 42% do total das vendas. Os principais produtos exportados foram: grãos de soja (US$ 213 milhões), farelo de soja (US$ 209 milhões), car-ne de frango (US$ 142 milhões) e óleo de soja (US$ 75 milhões). As cooperativas do estado de São Paulo ocupam a se-gunda posição no ranking de exportações do primeiro semestre de 2010, ampliando a sua participação, com um total de US$ 676 milhões, ou seja, 34% do total. Em 2009, este percentual

foi de 23%. Entre os principais itens de venda fi guram: açúcar refi nado (US$ 368 milhões), açúcar de cana em bruto (US$ 198 milhões), álcool etílico (US$ 87 milhões) e grãos de amendoim (US$ 8 milhões). Em seguida, na terceira posição, estão as cooperativas de Minas Gerais com US$ 148 milhões, representando 7% do total. Os produtos que tiveram mais destaque foram: café em grãos (US$ 130 milhões), leite integral em pó (US$ 8 milhões), creme de leite concentrado (US$ 2,4 milhões) e álcool etílico (US$ 2,1 milhões).

Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010 19 Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010 19

EXPORTAÇÕES DAS COOPERATIVAS BRASILEIRAS CRESCEM 14%Setor registra um total de US$ 1,99 bilhão no primeiro semestre de 2010, frente a US$ 1,74 bilhão do ano anterior

PERSPECTIVAS A previsão do Sistema Cooperativista Brasileiro é reto-mar os US$ 4 bilhões registrados em 2008, com previsão de 10%

de crescimento no fechamento de 2010, comparando com o total contabilizado em 2009. Fonte: Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB)

Fonte: Dados das Exportações - MDIC/SECEX (2010) / Elaboração: OCB/GEMERC (2010) Fonte: Dados das Exportações - MDIC/SECEX (2010) / Elaboração: OCB/GEMERC (2010)

Fonte: Dados das Exportações - MDIC/SECEX (2010) / Elaboração: OCB/GEMERC (2010)

PARTICIPAÇÃO DOS PRODUTOS EXPORTADOS PELAS COOPERATIVAS BRASILEIRAS – JAN/JUN 2010

ECONOMIA

20 Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010

CAFÉ

COOPERADO REALIZA PESQUISA SOBRE RENDIMENTO DO CAFÉ

Café de qualidade tem sido a busca constante dos mercados consumidores interno e externo. Diante desta realidade, os produtores têm se preocupado em produzir cada vez mais cafés com excelente bebida e ótimo aspecto físico. Para isso conta com apoio e orientação da cooperativa em todas as etapas de produção do grão.

Motomu Shirota analisou a densidade dos grãos de café cereja, imaturo, verde e preto-verde, e apresentou no Comitê Educativo de Itirapuã/Patrocínio Paulista

Figura 1 Figura 2

O cooperado Motomu Shirota, proprietário do Sítio San-to Antônio na zona rural de Itirapuã, preocupado com os cuida-dos pós-colheita que determinam a qualidade do grão de café, resolveu realizar uma pesquisa com sua produção, quando um amigo disse que iria colher o café mais cedo para conseguir ven-der mais. A investigação pretendia descobrir qual o rendimento e densidade dos grãos de cafés crus, em suas diferentes fases de maturação, então separou quatro tipos de grãos e secou. O coo-perado percebeu que, para conseguir 10g de café cereja, era pre-ciso 67 grãos. Para obter 10g de café imaturo, foram necessários 74 grãos. Já para 10g do café verde, era preciso ter 84 grãos e, por último, foram necessários 168 grãos do café preto-verde para obter 10g (fig. 1). Caso fossem usados 168 grãos do café cereja, o rendimento seria de 24gr (fig. 2). Do cereja para o imaturo, o grão perdeu 10% do peso.

Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010 21

CAFÉ

COOPERADO REALIZA PESQUISA SOBRE RENDIMENTO DO CAFÉ

Do imaturo para o verde, perdeu 25% e do verde para o preto-verde, a perda foi de 150%. Com isso, o cooperado observou que o rendimento do café cereja é bem maior, além da ausência de defeitos adquiridos no processo de secagem como o preto e o preto-verde (fig. 3). Colher o café fora da hora é sinal de prejuízo, já que o grão perde peso e qualidade. Tudo isso pode influenciar no momento de vender o café, já que o grão cereja é mais denso e pesa mais, gerando um resultado maior para o produtor. Quanto pior a qualidade do café, mais grãos são necessários para obter o mesmo peso. O cooperado alerta que o produtor deve ficar atento à por-centagem de verde quando for iniciar a próxima colheita. Os técnicos recomendam que os grãos verdes devem estar em torno de 5% do to-tal colhido, caso contrário, os resultados serão semelhantes às perdas apresentadas pela pesquisa realizada.

Bruna MaltaAnalista de Comitê

Tássia InácioAssistente de Comunicação

Figura 3

22 Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010

ESPECIAL 25 ANOS

GRANDES PERSONALIDADES PRESTIGIAM OS 25 ANOS DA COCAPECO sucesso da comemoração foi tão grande que foi necessário reservar mais páginas para ela

Uma comemoração grandiosa e repleta de pessoas importantes não poderia se limitar a apenas uma edição da nossa Revista Cocapec. Por isso, em edição especial, selecionamos algumas personalidades que contribuíram ainda mais para o sucesso do evento que comemorou os 25 anos da Cocapec com você.

Autoridades compõem a mesa solene do eventoPersonalidades do meio político e cooperativista prestigiam festa de 25 anos da Cocapec

Eduardo Carvalhaes Filho (Escritório Carvalhaes) e Manoel Vicente Bertone (MAPA)

Osvaldo Henrique Paiva Ribeiro (Minasul), Gilson Ximenes (CNC) e Dep. Estadual Antônio Carlos Arantes

Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010 23

GRANDES PERSONALIDADES PRESTIGIAM OS 25 ANOS DA COCAPEC

ESPECIAL 25 ANOS

João Carlos Hopp (Exportadora Guaxupé), Michael Timm (Stockler), Lúcio de Araújo Dias (Cooxupé) e Ivampa Palhares Lopes (Exportadora Guaxupé)

Conselheiros da Cocapec: Cyro Antônio Ramos e João José Cintra

Antônio Carlos Oliveira Martins (Cooxupé), Jair Martineli e José Cassiano G. R. Júnior (Codeagro), Carlos Paulino e Carlos Augusto Rodrigues de Melo (Cooxupé)

João Alves de Toledo Filho (diretor da Cocapec) e Antônio Carlos Oliveira Martins (Cooxupé)

Dep. Estadual Roberto Engler e o Dep. Federal Aldo Rebelo Carlos Augusto Rodrigues de Melo, Carlos Paulino e Antônio Carlos Oliveira Martins, da Cooxupé

24 Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010

ESPECIAL 25 ANOS

Autoridades atentas ao discurso do presidente da OCB Márcio Lopes de Freitas

Manuel Bertone (MAPA), Dep. Federal Aldo Rebelo, José Cassiano G. R. Júnior (Codeagro) e Carlos Paulino (Cooxupé)

Mesa solene acompanha a execução do Hino Nacional

Alexandre Augusto Ferreira: secretário de saúde e desenvolvimento de Franca

Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010 25

ESPECIAL 25 ANOS

Carlos Paulino (Cooxupé), Dep. Estadual Carlos Arantes, Dep. Federal Marco Aurélio Ubiali, João Alves de Toledo (Cocapec), José Cassiano (Codeagro) e Dep. federal Aldo Rebelo

Dep. Federal Marco Aurélio Ubiali, João Toledo (Cocapec) e José Cassiano G. R. Júnior

Eduardo Carvalhaes Filho (Esc. Carvalhaes), José Carlos Jordão e José Cassiano G. R. Júnior (Codeagro)

Manoel Bertone (MAPA), Dep. Federal Aldo Rebel, Amilcar Alarcon (conselheiro da Cocapec), Dep. Estadual Carlos Arantes, Gilson Ximenes (CNC) e Osvaldo Henrique Paiva Ribeiro (Minasul)

Ricardo Lima de Andrade e Carlos Sato da Cocapec, Dep. Estadual Roberto Engler e Geraldo Diniz (Sindicato Rural)

Manoel Bertone (MAPA), Mauricio Miarelli (Credicocapec), Márcio Lopes de Freitas (OCB) e Gilson Ximenes (CNC)

26 Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010

A Cocapec - Cooperativa de Cafeicultores e Agropecu-aristas realizou o 7° Concurso de Qualidade de Café – Seleção Senhor Café – Alta Mogiana. O objetivo do concurso é incentivar seus cooperados a produzirem cafés arábica de alta qualidade, reforçando o reco-nhecimento da Alta Mogiana como fornecedora de cafés espe-ciais e valorizando o nosso “Senhor Café”, nas apresentações Superior e Gourmet. Participaram do concurso somente coopera-dos que estavam com o café depositado nos armazéns da Cocapec

ou em local por ela indicado. De acordo com o regulamento, foram aceitos somente lotes de café da espécie Coffea arabica, safra co-mercial 2010/2011 preparados por via seca (café natural) e por via úmida (cereja descascado ou despolpado), com tipo 4 para melhor de acordo com a tabela oficial brasileira de classificação de bebida dura para melhor, nas peneiras 16 e acima, com vazamento de no máximo 2% da peneira 16, com teor de umidade de, no máximo, 11%. Cada cooperado pôde participar com um lote de no mínimo 30 sacas e, no máximo, de 100 sacas.

Nos dias 24 e 25 de setembro os técnicos em clas-sificação de café Carlos Alberto Vieira Borges (Daterra Co-ffee), Clóvis Venâncio de Jesus (SMC Café), Luciano Agostini (Octávio Café), Jorge José Menezes de Assis (Monte Alegre Coffees) e Airton Rodrigues Costa (Cocapec) formaram a co-missão de degustadores que julgaram as 260 amostras de

cafés recebidas. Foram selecionados 20 cooperados na categoria Café Natural e cinco da categoria Cereja Descascado. Os nomes foram divulgados no dia 4 de outubro e os três primeiros lotes paulistas classificados de cada categoria foram encaminhados ao 9° Concurso Estadual de Qualidade do Café de São Paulo.

CAPA

COCAPEC REALIZA DEGUSTAÇÃO DE CAFÉS

26 Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010

Comissão de Degustadores: Luciano Agostini, Clóvis Venâncio de Jesus, Air-ton Rodrigues, Jorge José Menezes de Assis e Carlos Alberto Vieira Borges Preparação das amostras

Avaliação do sabor Identificação dos aromas

Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010 27

A Cocapec premiou no dia 7 de outubro, os vencedores do 7º Concurso de Qualidade de Café – Seleção Senhor Café – Alta Mogiana. A premiação dos cinco melhores lotes de café na categoria cereja descascado e natural aconteceu no salão do hotel Shelton Inn. O evento foi apreciado pela diretoria da coo-perativa, cooperados e familiares e, também, pelo coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EESP), presidente do Conselho do Agronegócio da FIESP e ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, que proferiu uma palestra com o tema “Brasil Agrícola: presente e futuro”. Os vencedores ganharam troféus e kits Senhor Café,

sendo que os cinco premiados da categoria natural receberam: R$ 10 mil, R$ 8 mil, R$ 6 mil, R$ 4 mil e R$ 2 mil em vale-prêmios para compras nas lojas da cooperativa. O vencedor do concurso na categoria natural, Paulo Ro-gério Pullini Marchi, acredita que um café de qualidade tem mais reconhecimento no mercado e atribui a qualidade de seu café às boas condições da lavoura. Eurípedes Alves Pereira, vence-dor da categoria cereja descascado, disse que o cuidado e o capricho na hora de colher e de secar fazem muita diferença e que vale a pena investir em qualidade, pois vende o café com diferencial, bem melhor que os outros.

COCAPEC REALIZA PREMIAÇÃO DO 7º CONCURSO DE QUALIDADE

Paulo Rogério Pullini e Eurípedes Alves Pereira, primeiros colocados nas categorias natural e cereja descascado

CAPA

Tássia InácioAssistente de Comunicação

Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010 27

Luciene Reis Analista de Comunicação

28 Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010

CAPA

28 Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010

Mesa solene

Anselmo Magno falou sobre a importância de produzir café com qualidade Ricardo Lima, diretor-secretário, faz o encerramento da premiação

Cooperados premiados nas categorias natural e cereja descascado

O diretor-presidente da Cocapec, João Alves de Toledo Filho, faz a abertura do evento

Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010 29

CAPA

O evento de premiação da 7ª edição do Concurso de Qualidade de Café – Seleção Senhor Café Alta Mogiana, pro-moveu também a palestra “Brasil Agrícola: presente e futuro”, realizada pelo Ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, que com sua experiência fez uma explanação abrangente do agronegócio brasileiro frente ao mercado mundial. Com informações atuais apresentadas aos presentes, o ex-ministro mostrou a importância e pujança do agronegócio brasileiro no contexto nacional e mundial. As perspectivas para evolução do agronegócio do país são boas, uma vez que este ainda dispõe de áreas agricultáveis não utilizadas, mesmo sen-do o 3º maior exportador agrícola, atrás apenas da União Euro-péia e Estados Unidos. Segundo Rodrigues, o agronegócio brasileiro carece de apoio e, acima de tudo, organização para mostrar sua for-ça. Com a experiência adquirida no ministério da agricultura, ele afirmou que a maioria das propostas políticas para alavancagem do setor esbarram em outros ministérios como o da Fazenda ou o de Planejamento, Orçamento e Gestão e outros, que não percebem a importância de tal ação para o cenário brasileiro presente e futuro. Além dos entraves nacionais, o ex-ministro também discorreu sobre o momento mundial que estamos vivenciando, onde a carência de uma figura de liderança e também de repre-sentatividade de instituições como a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) dificultam ações com objetivos claros e eficazes que permitam o aumento na produção mundial agrícola, com fins de igualdade no que diz respeito ao direito à alimentação. Para Roberto Rodrigues, estes fatores impedem o avanço da produção agrícola do país, e segundo ele, só podem ser driblados através de união e, acima de tudo, organização de toda a cadeia do agronegócio brasileiro, o que permitirá repre-sentatividade e força para lutar pelos objetivos almejados.

BRASIL AGRÍCOLA: PRESENTE E FUTURO

Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010 29

Cooperados e familiares lotam salão e prestigiam palestra de Roberto Rodrigues

30 Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010

Será realizado no ano de 2010 o “7º Concurso de Qualidade de Café COCAPEC – Seleção Senhor Café – Alta Mogiana”, com o objetivo de premiar os cooperados cafeicultores que produ-zem café arábica de alta qualidade. O Conselho de Administração, usando da competência que lhe é atribuída pelo art. 43 do Estatuto Social, estabelece:

NOVIDADES

COCAPEC E HOSPITAL VETERINÁRIO FAZEM PARCERIAA Cocapec e o Hospital Veterinário da Unifran firmam parceria inédita com o intuito de oferecer serviços de excelência e preços diferenciados aos cooperados e médicos veterinários.

A missão do Hospital Veterinário, que atua há mais de 10 anos no campus da Unifran e possui instalações e equipa-mentos modernos distribuídos em mais de 3 mil m², é o aten-dimento de qualidade aos animais de grande e pequeno porte, além dos animais silvestres. Atualmente, possui mais de 20 médicos veterinários, dentre eles, especialistas, mestres e doutores que atuam direta-mente nas especialidades de anestesiologia, cardiologia, clínica, cirurgia geral, oftalmologia, oncologia, ortopedia e reprodução. O setor de grandes animais atende principalmente os bovinos, equinos, caprinos e ovinos, nas seguintes áreas: - Clínica médica: consulta e internação (medicações, curativos, acompanhamento); - Clínica cirúrgica: sistema digestório, locomotor, or-topédico e cirurgia geral; - Diagnóstico por imagem: • ultrassonografia: reprodutiva, sistema locomotor, ul-tassonografia geral • radiologia: sistema locomotor, cabeça e pescoço, ra-diologia geral - Laboratório Clínico: exame de sangue (hemogra-

ma), avaliação de função renal e hepática, exame de fezes e urina, cultura e antibiograma.

ESPECIALIDADES:

- Reprodução: diagnóstico precoce de gestação, pa-tologias uterinas e ovarianas, congelamento de sêmen e exame andrológico; - Cardiologia: eletrocardiografia e ecodoppler; - Oftalmologia: clínica e cirurgia; - Oncologia: quimioterapia, crioterapia; - Patologia: necropsia, citopatologia e histopatologia, necropsia de animais de seguro.

O Hospital Veterinário convida todos os cooperados da Cocapec a conhecerem a estrutura do local e a nova área des-tinada ao setor de grandes animais. Devido à parceria firmada com a cooperativa, os cooperados e veterinários que necessi-tarem dos serviços do hospital terão descontos em consultas, cirurgias, internamento e exames. Mais informações pelo telefone (16) 3711- 8783.

Vítor Foroni CasasMédico Veterinário Diretor do Setor de Grandes Animais – UnifranCRMV-SP 22603

30 Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010

Estrutura veterinária da Unifran beneficiará cooperados da Cocapec

Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010 31

COCAPEC E HOSPITAL VETERINÁRIO FAZEM PARCERIA

NOVIDADES

PRESIDENTE SANCIONA FUNDO DE CATÁSTROFEMedida oferece cobertura suplementar de seguro, caso as lavouras seguradas sejam afetadas por eventos climáticos considerados catastróficos

REIVINDICAÇÃO

FUNCIONAMENTO

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, no dia 26 de agosto, uma lei que autoriza a criação do Fundo de Catás-trofe. Os recursos, constituídos em parceria público-privada, irão garantir às empresas seguradoras e resseguradoras cobertura suplementar dos riscos de seguro rural em casos de catástrofes climáticas, como secas, geadas intensas ou excesso de chuva. O governo federal vai aplicar até R$ 4 bilhões por meio de títulos públicos, sendo metade no primeiro ano de execução. “O fundo permitirá que, nos próximos dez anos, o va-

lor segurado das lavouras seja elevado de R$ 9,6 bilhões para R$ 50 bilhões”, diz Wagner Rossi, ministro da Agricultura. Serão beneficiados pelo Fundo de Catástrofe 300 mil produtores. Os re-cursos vão garantir a cobertura de aproximadamente 35 milhões de hectares, o que representa 56% da área cultivada de grãos, frutas, cana-de-açúcar, florestas e hortaliças no país. Atualmente, apenas 10% da área plantada têm cobertura do seguro rural. Além da União, seguradoras, resseguradoras, agroin-dústrias e cooperativas serão cotistas do fundo.

A iniciativa atende a uma antiga reivindicação dos se-tores agropecuário e securitário para proteger as operações de seguro rural, caso as lavouras seguradas sejam afetadas por eventos climáticos considerados catastróficos. A partir da instituição do fundo, as empresas securitárias vão contratar as operações, cientes de que suas responsabilidades terão limite determinado para sinistro, a partir do qual o fundo propiciará a cobertura suplementar. A medida dá sustentabilidade e amplia a oferta de se-guro rural no Brasil, de acordo com Welington Soares Almeida,

diretor de Gestão de Risco Rural do Ministério da Agricultura. As empresas que atuam no mercado terão mais confiança para ex-pandir as contratações nas regiões de clima mais instável ou para aquelas culturas mais sensíveis às adversidades climáticas. “Hoje, poucas empresas de seguro atuam no segmento rural. O fundo vai atrair outras seguradoras e resseguradoras para operar no Brasil, aumentando a concorrência na oferta de produ-tos, o que reduzirá o custo das apólices”, aponta. Almeida explica que, para entrar em operação, o fundo precisa ser regulamentado pelo governo federal.

O Fundo de Catástrofe, que substitui o Fundo de Estabi-lidade do Seguro Rural (FESR), será privado e administrado por pessoa jurídica, criada especificamente para esse fim. Pela nova legislação, o fundo terá um conselho diretor formado por repre-sentantes do governo e, pelo menos, um representante de cada segmento envolvido, como seguradoras, resseguradoras, coope-rativas e empresas agroindustriais. Atualmente, o seguro rural no Brasil funciona com três pilares: os produtores rurais, o segmento securitário, representado pelas seguradoras e resseguradas, e o governo federal. As seguradoras, beneficiárias da subvenção oficial, fe-cham os contratos com os produtores nas modalidades agrícola,

florestal, aquícola e pecuária, sendo responsáveis por, em média, 10% do risco de perdas na lavoura por fenômenos climáticos ad-versos. As empresas resseguradoras, que atuam em conjunto com as seguradoras, assumem o restante desse risco. O governo, por meio do Programa de Subvenção ao Prê-mio do Seguro Rural (PSR), paga parte do prêmio contratado pelos produtores rurais junto às seguradoras. Esse valor varia entre 30% e 70% do prêmio, conforme a modalidade e cultura contratada e tem o limite de R$ 96 mil por produtor para agricultura e de R$ 32 mil para pecuária, florestal e aquicultura.

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária e Abastecimento (Mapa)

32 Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010

NOVIDADES

O NOVO PERFIL DO PRODUTOR RURALLevantamento realizado pela ABMR&A entre agricultores e pecuaristas de diversas regiões do Brasil revela que o campo é moderno e tecnificado

A quinta edição da pesquisa Perfil Comportamental e hábitos de mídia do produtor rural brasileiro, realizada pela Asso-ciação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMR&A), apontou mudanças significativas no comportamento de consumo e nos hábitos de mídia do produtor rural e revelou que no campo, assim como acontece na cidade, é intensa a adesão às novas tec-nologias, como uso de GPS, TV de plasma ou LCD, DVD, celular, laptop, TV digital, acesso a internet, entre outros itens. “Em linhas

gerais, a pesquisa mostrou que o agricultor e o pecuarista estão absolutamente integrados à sociedade brasileira”, avalia Maurício Mendes, presidente da ABMR&A. Na avaliação de Cesário Rama-lho, presidente da Sociedade Rural Brasileira, a pesquisa reforça a necessidade do setor de mudar sua imagem. “É preciso desfazer a ideia de que o homem do campo é um jeca. O agricultor brasileiro é o homem mais moderno do mundo”, diz. A pesquisa ocorreu entre agosto e novembro de 2009 e foi realizada com 2.450 produtores, em 230 municípios de 14 estados de diversas regiões do país. No universo pesquisado, identificou-se que 958 eram de pequeno porte, 596 médios agri-cultores e 897 de grande porte. O trabalho envolveu produtores de diversas culturas, como algodão, arroz, batata, café, cana de açú-car, citros, feijão, hortaliça, milho, soja, tomate, avicultura, pecuária e suinocultura. O atual levantamento da ABMR&A verificou que a idade média do produtor rural brasileiro é 45 anos. Entre os hábi-tos gerais de mídia do universo analisado, descobriu-se que 36% dos a agricultores buscam informações em revistas, com destaque a GLOBO RURAL, que é a publicação mais lida entre as revistas do setor agrícola. Outro destaque da pesquisa foi o aumento de 600% ve-rificado em relação à presença mulher no agronegócio. O levanta-mento mostrou que, nos últimos dez anos, a participação feminina como responsável pela gestão da propriedade rural cresceu de 1% para 7%. “A tendência é que essa participação aumente ainda mais”, avalia Evandro Avelino Piccino, diretor da Minder pesquisa e Gestão de Marca, responsável pelo levantamento.

30% acessam a internet;80% estão na atividade há mais de dez anos;32% vendem sua produção via cooperativa;60% residem na propriedade;7% são mulheres;43% crêem que os custos da preservação ambiental devam ser divididos entre produtor e governo;65% acreditam que os Estados Unidos são o país que realiza o melhor marketing de sua produção agropecuária.

Fonte: Globo Rural

Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010 33

NOVIDADES

NOVA UNIDADE DE PEDREGULHO

Com o objetivo de aumentar a capacidade do armazém de café, iniciou-se mais uma obra da Cocapec e, desta vez, a beneficiada foi a filial de Pedregulho, pois foram constatadas as dificuldades enfrentadas pela baixa capacidade do armazém, que se tornou pequeno para a grande quantidade de sacas que os cooperados estão produzindo. O novo armazém possui capacidade para 140 mil sacas e está em fase de acabamento. Porém, mesmo inacabado, já está recebendo 50 mil sacas da safra 2010/2011, viabilizando a logísti-ca de carga e descarga e suprindo a necessidade de armazena-mento para a região. O restante da obra, que conta com uma moderna estru-tura para atender a demanda de fertilizantes, defensivos, peças, produtos veterinários e outros serviços prestados pela coopera-tiva, encontra-se em andamento, com previsão para término em dezembro de 2010

Edivaldo Simões de OliveiraCoordenador da filial de Pedregulho

Novo armazém possui capacidade para 140 mil sacas

Obras do novo armazém de café

34 Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010

NOVIDADES

Marcelo SiqueiraAssistente de Marketing

Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010 35 Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010 35

QUALIDADE DE VIDA

Pesquisadores descobriram que tomar uma xícara de café e dar um tempo no trabalho faz com que sua produtividade aumente. De acordo com eles, a cafeína melhora a concentração e a memória dos funcionários e reduz o número de erros cometidos no trabalho. Para aqueles que trabalham durante a noite, o efeito de uma xícara de café é comparável ao de uma soneca. Os cientistas juntaram as conclusões de 13 estudos feitos anteriormente so-bre o café, que analisavam seus efeitos em trabalhadores noturnos, principalmente com 20 anos de idade. Os voluntários dos estudos precisavam completar tarefas que testassem sua memória e concentração – alguns tomavam pílulas de cafeína enquanto outros tomavam um placebo. Nos testes de memória, raciocínio e concentração aque-les que tomaram as pílulas de cafeína tiveram notas melhores do que os que tomaram o placebo. Esse efeito podia ser notado se eles tomassem uma pílula de cafeína, uma xícara de café, algum energético que contenha a substância ou se comessem alimen-tos com cafeína.

Fonte: Jornal britânico The Daily Telegraph

UM CAFEZINHO MELHORA SEU RENDIMENTO NO TRABALHOTalvez você queira mandar esta matéria para o seu chefe – que sempre aparece na sala do cafezinho na hora em que você está lá

36 Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010

CAFÉ E ALGO MAIS

CAFÉ & LEITURANada melhor que ler um bom livro acompanhado de uma ótima xícara de café, não é?

Melhor que isso, só juntando as duas coisas.Nesta edição, dedicamos um espaço para valorizar a cultura da nossa bebida predileta e indicamos a seguir,

alguns livros com o tema “café”.

Tássia InácioAssistente de Comunicação

As delícias dessa bebida também nas páginas de livros

HISTÓRIA DO CAFÉAutor: Ana Luiza MartinsEditora: Contexto Categoria: Geografia e História / História do Brasil

Este livro narra a trajetória da conhecida bebida negra: o café. Desde sua des-coberta, a Coffea arabica traçou novas rotas comerciais, criou espaços de socia-bilidades até então inexistentes, estimulou movimentos revolucionários, inspirou a literatura e a música, desafiou monopólios consagrados e tornou-se o elixir do mundo moderno, consolidando as cafeterias como referência de convívio, debate e lazer. Com charme, elegância e bom humor, a historiadora Ana Luiza Martins conta a trajetória do café, das origens como planta exótica no Oriente à transformação em produto de consumo internacional. A autora analisa também como o café no Brasil transformou- se na semente que veio para ficar e marcar a nossa história. Mais do que uma atitude simpática de bom anfitrião, oferecer um café é proporcionar uma das mais prestigiosas formas de convívio social que nos é dado a conhecer. Um simples gole dessa bebida torna você, leitor, parte de uma imensa cadeia de produ-ção, embalada em muita aventura e ousadia. Venha tomar uma xícara com a gente.

Autor: Dr. Darcy Roberto LimaEditora: Café EditoraCategoria: Gastronomia / Bebidas

Chegam às prateleiras das livrarias a obra “101 Razões para Tomar Café”, escrita por Darcy Roberto Lima e editada pela Café Editora. Resultado de anos de pesquisa, o livro possui tex-tos bem-humorados, informativos e leves sobre motivos para continuarmos a saborear essa deliciosa bebida. As razões passam por quatro temas: sabor, história, saúde e cultura. Nelas, Darcy conta a cultura do beber café e a presença dele no dia a dia, a história do grão em diversos países, o sabor por ele proporcionado e ainda faz comparações com outras bebidas; por fim, destaca mais de metade das razões, e ainda mais intrigantes, sobre os benefícios do café para a saúde. Dentre eles que pode prevenir câncer, obesidade e proteger contra a gripe e ainda que é bom para o coração, para a pele e diabetes.

101 RAZÕES PARA TOMAR CAFÉ

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CAFÉ E ALGO MAIS

CAFÉ & LEITURA

HISTÓRIA DO CAFÉ

EU AMO CAFÉ - MAIS DE 100 BEBIDAS COM CAFÉ DELICIOSAS E FÁCEIS DE FAZERAutor: Susan ZimmerEditora: Prumo Categoria: Gastronomia / Bebidas

Fumegante ou espumante, com leite ou puro, ele está presente em todas as culturas. O Brasil, maior exportador mundial, consome um estilo bem popular, o “pingado”. Outras variações e estilos também fazem sucesso por aqui. Originário da Etiópia e hoje ex-portado por mais de 45 países, esse delicioso grão vem despertando curiosidade: você já tomou café com champanhe? Ou com pimenta? Aqui você vai aprender tudo sobre café - desde a seleção dos grãos até o consumo. São receitas caprichosas e técnicas criativas para o seu café - quente, frio, gelado, licoroso, o verdadeiro espresso italiano, drinques exóticos, sobremesas cremosas, licores, cappuccinos, shakes, frapês, coque-téis, cafeinados ou até - pasme - descafeinados! Uma variedade de sabores para todos os paladares. A obra traz ainda a história do café no Brasil e no mundo, as principais regiões produtoras e a variedade de espécies de plantas e de grãos.

CAFÉ - UM GUIA DO APRECIADOR - 4ª ED. 2008Autor: Celso Luis Rodrigues Vegro; Francisco Alberto PinoEditora: Saraiva Categoria: Gastronomia / Bebidas

O livro ressalta o prazer e a importância dessa bebida, suas histórias, os hábitos milenares, os estudos médicos, a agronomia da planta de café e o preparo da xícara. Ele oferece também um olhar voltado aos cuidados com a compra e a escolha dos melhores cafés, das embalagens mais apropriadas e as formas de preparo. Em sua 4ª edição totalmente atualizada, o livro traz tudo sobre o café (preparo, curiosidades, pesquisas) até o aroma!

GUIA DO BARISTA - DA ORIGEM DO CAFÉAO ESPRESSO PERFEITO - 2ª ED. 2009Autor: Edgard BressaniEditora: Dinap S/a Categoria: Gastronomia / Bebidas

A segunda edição do “Guia do Barista: da Origem do Café ao Espresso Perfeito”, de Edgard Bressani, traz muito mais conteúdo para orientar desde baristas a apreciado-res da bebida. O livro possui um novo capítulo que aborda as características do café em diferentes regiões do mundo, regras atualizadas sobre campeonatos de barista brasileiros, glossário com mais palavras, mais de 50 novas receitas de drinques à base do grão, além de novas fotos e muito mais informação sobre café.

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EVENTOS

COCAPEC PARTICIPA DA 2ª EXPOVERDECooperativa esteve presente na feira e apresentou novidades

Foi realizada no Parque de Exposições “Fernando Cos-ta”, a 2ª Expoverde - Feira de Flores, Frutas, Hortaliças, Plantas Ornamentais, Medicinais, Nativas e Orgânicas de Franca, entre os dias 23 e 26 de setembro. A Cocapec, através do Setor de Máquinas e Implemen-tos, esteve presente na feira, que se destina aos produtores de agricultura familiar da região. Também estiveram no stand, em parceria com a cooperativa, a K.O. Máquinas e Implementos, com

a linha de pulverizadores; a Vicon com as trinchas articuladas e a recolhedora selecta; a Cadioli com sua nova linha de roçadeiras hidráulicas; a Betta Hidroturbinas, com a Turbo Roda, e a Su-perHerb com a linha de pulverizadores portáteis elétricos. Um grande número de agricultores esteve presente no stand da cooperativa para ver as novidades, que já se encontram disponíveis em nossa loja.

Rodrigo SegallaVendedor de Máquinas e Implementos

COMITÊ

COCAPEC INAUGURA COMITÊ DE FRANCAAtual diretoria investe no diálogo e cria mais este canal de comunicação com o cooperado

Júlia Sandoval Assistente de Comunicação

Os Comitês Educativos da Cocapec auxiliam no pro-cesso administrativo da cooperativa há oito anos. Sempre em expansão, busca atingir o maior número de cooperados. Com esta mentalidade foi fundado, no dia 9 de setembro, o Comitê Educativo de Franca. O comitê é um espaço para que a diretoria e o coope-rado possam dialogar sob a cooperativa e o agronegócio café. De acordo com os diretores da Cocapec presentes na reunião, o comitê é o elo entre a cooperativa e o cooperado. Um momento em que todos estão presentes e dispostos a discutir e solucionar as necessidades de ambos os lados. A ideia de instaurar o Comitê de Franca surgiu devido ao grande número de cooperados, os quais participam ativamen-te da Cocapec matriz. Com mais este núcleo, somam-se sete o

total, que ao longo do ano se reúnem periodicamente sempre com pautas pertinentes e interessantes aos cooperados.

Carlos Sato, diretor vice-presidente da Cocapec, conduz reunião do comitê

Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010 39

SOCIAL

COCAPEC RECEBE SANITARISTAS MIRINSProjeto visa à conscientização das crianças sobre o uso de agrotóxicos

O projeto Sanitaristas Mirins, desenvolvido pelo Insti-tuto Mineiro de Agropecuária (IMA), disponibiliza informações sanitárias agropecuárias com o objetivo de ensinar conceitos de produção sustentável aos alunos do ensino fundamental, promovendo mudanças de comportamento, principalmente no que se refere à sanidade animal, vegetal, ambiental e na segurança alimentar A escola é o ambiente adequado para formar o ci-dadão com o conceito certo de saúde, higiene, segurança e desenvolvimento. É este local que possibilita, através do conhecimento, provocar mudanças profundas de conduta da sociedade. Com a abertura da grade curricular, que permitiu a inserção de matérias de interesse do cotidiano e da realida-de das comunidades, o projeto ajuda a manter motivadas as crianças e os jovens, sobretudo os que pretendem continuar ligados às suas origens e assumir a atividade rural. Inseridas neste contexto e em parceria com o IMA, a Escola Municipal Tio Ângelo e Escola Estadual Dr. Antônio Carlos, do município mineiro de Ibiraci, no qual a Cocapec possui filial, visitaram a cooperativa em Franca/SP. As crianças, juntamente com seus respectivos pro-fessores, tiveram a oportunidade de conhecer nossa coopera-tiva internamente em todos seus segmentos, como armazéns, usina de rebenefício, torrefação etc. Encerrada a visita, segui-ram para a Associação de Revendas de Produtos Agrotóxicos de Franca (Arpaf), que é um posto de recebimento de embala-gens vazias, sendo a Cocapec uma das mantenedoras. Neste posto, os alunos conheceram todas as etapas do processo de aquisição até a devolução de embalagens, o destino final do material recolhido, e possíveis utilidades para o mesmo. A Cocapec se preocupa com o ambiental, mas tam-bém com o social. Juntamente com parceiros, a cooperativa leva informações a toda comunidade, incentivando a produ-ção em harmonia com o meio ambiente.

Luciano Castagine CoelhoAnalista Técnico

Crianças do projeto conheceram a Cocapec matriz e o Posto de Coleta de Embalagens de Agrotóxicos

COCAPEC INAUGURA COMITÊ DE FRANCA

40 Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010

SOCIAL

O Cooperjovem chegou a Franca em 2008. Desde en-tão tem trabalhado para a formação cooperativista de professo-res da rede municipal de educação. Em 2009, o programa contri-buiu com a Escola Municipal de Educação Básica (Emeb) Sueli Contini Marques na obtenção de um excelente resultado no Ideb (Índice de Desenvolvimento de Educação Básica). Todo este trabalho é baseado em diretrizes e metodo-logia que garantem a seriedade e o compromisso de professo-res, alunos, cooperativas e do Sescoop/SP (Serviço Nacional de

Aprendizagem do Cooperativismo). Para fortalecer ainda mais estes laços, foi realizado nos dias 24 e 25 de setembro em Ara-raquara, o IV Encontro Estadual do Programa Cooperjovem. De Franca participaram 14 professores da rede municipal. Este ano o tema tratado foi “Formar para transformar: desafios de uma educação na cooperação, para a cooperação e o cooperativis-mo”. Foi realizada uma palestra com professor e pedagogo Ivan Fortunato, cujo tema era “O que é formação?”. Apesar da com-plexidade do assunto, Fortunato conseguiu prender a atenção de todos com humor e descontração. Cada escola participante pôde apresentar seu PEC (Projeto Educacional Cooperativo) juntamente com as ações programadas para o ano, os resultados já obtidos e os objetivos futuros. A Emeb Sueli Contini Marques, representada por sua orientadora pedagógica, apresentou o trabalho de sustentabili-dade proposto para o segundo ano do programa na escola. As ações apresentadas fazem parte de um projeto macro da esco-la, que pretende manter o objetivo de melhor a aprendizagem dos alunos, além de divulgar o blog do Cooperjovem na escola (http://cooperjovemsuelicontini.blogspot.com/). As outras apre-sentações também foram marcadas por vídeos e fotos.

IV ENCONTRO ESTADUAL DO PROGRAMA COOPERJOVEMEvento reúne mais de 80 educadores em Araraquara/SP

Bruna MaltaAnalista de Comitê

Este ano, o Encontro de Mulheres Cooperativistas ava-liou os desejos e necessidades das participantes. Entre eles, des-tacou-se a vontade de ampliar o conhecimento a cerca do negócio da família. Com base nesta informação, foi estruturado o primeiro curso do CPC (Custo de Produção de Café) para mulheres. Nos dias 16 e 17 de setembro, na Cocapec matriz, as inscritas passaram por um treinamento que habilita a implanta-ção do sistema na propriedade. Entre o público, tínhamos es-posas de cooperados envolvidas na administração, outras que estão se envolvendo agora e filhas com visão de futuro para a gestão do agronegócio café. O sistema permite lançar as despesas e as receitas de cada ano agrícola, sendo possível, ao final, emitir o relatório re-ferente à movimentação deste período. Esse processo permite avaliar os custos da produção, orientando o produtor na tomada de decisões diante da realidade de sua propriedade.

COCAPEC OFERECE CURSO ESPECIAL PARA MULHERESImplantação do CPC mulheres foi idealizada depois de pedidos no último Encontro de Mulheres

Bruna MaltaAnalista de Comitê

O CPC - é um programa de computa-dor desenvolvido pela Cocapec para elaborar o custo de produção de café. Para utilizar na pro-priedade rural, o cooperado precisa, além de um computador, passar por um treinamento de 12 horas na Cocapec. O curso pode ser feito pelo cooperado, esposa ou filhos, desde que estejam envolvidos na administração da propriedade. O importante é colocar o aprendizado em prática e melhorar a gestão do negócio. Para participar você pode se cadastrar pelo e-mail: [email protected] ou pelo 3711-6235 com Danilo.

O QUE É O CPC?

Altina Ester apresenta Cooperjovem Franca para professores de Votuporanga e Ourinhos

Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010 41

SOCIAL

Bruna MaltaAnalista de Comitê

A apresentação da peça Panos e Lendas da Cia. Pic Nic divertiu o público de mais de 300 pessoas na última apresentação do Mosaico Teatral 2010. A peça, que abordava as crendices e can-tigas de roda brasileiras, emocionou adultos, jovens e crianças no dia 2 de setembro no Teatro da Universidade de Franca (Unifran). O workshop realizado pela Cia Pic Nic no Sesi/Fran-ca também teve grande êxito. Os participantes puderam unir as cantigas de roda tradicionais à expressão corporal e aplicar téc-nicas de teatro. Todos que participaram da oficina receberão um certificado de participação. O Mosaico Teatral, que completa 10 anos do projeto

este ano, comemorou o sucesso do espetáculo, contribuindo com a Casa São Camilo de Lellis, instituição de Franca que abri-ga idosos. As cooperativas parceiras, Cocapec, Unimed, Coonai e Credicocapec, doaram todo o dinheiro arrecadado, no valor total de R$ 1.265,00. Para melhor acolher os velhinhos, o dinhei-ro será convertido em materiais para a construção da instituição, que está em reforma. Mais uma vez, o Mosaico Teatral mostrou que é pos-sível levar à comunidade local espetáculos de qualidade com cunho na responsabilidade social das cooperativas, em parceria com o Sescoop/SP.

MOSAICO TEATRAL EMOCIONA PÚBLICOE CUMPRE RESPONSABILIDADE SOCIALDinheiro arrecadado ajuda instituição de idosos de Franca a ampliar suas instalações

Júlia Sandoval OliveiraAssistente de Comunicação

Atores interagem com o público antes do espetáculo Cena da peça “Panos e Lendas”

Equipe de organizadores do evento Alunos de teatro participam de workshop no Sesi

42 Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010

SOCIAL

Com duas oficinas para formação dos professores, o pro-jeto Escola no Campo tem a data de encerramento agendada para novembro 2010. O evento será realizado na Cocapec matriz e pre-tende divulgar o trabalho realizado pela cooperativa e os princípios cooperativistas. Também estão previstas para o mês de outubro, as visitas da equipe da Cocapec nas escolas para conhecer o trabalho desenvolvido com os alunos em 2010. Na primeira oficina realizada no mês de junho, os profes-sores tiveram uma formação pedagógica para aplicação do ma-terial em sala de aula e aprenderam a reflexão e conscientização dos temas abordados na cartilha para facilitar a transmissão dos temas junto aos alunos. No dia 11 de setembro, a oficina que aconteceu na Coca-pec foi preparada para que os professores pudessem aprender e aplicar novas danças circulares e jogos cooperativos com os alu-nos. Nesta formação, foram definidos os dias e horários de visitas dos responsáveis pelo projeto às escolas e, também, das visitas à Cocapec. A visita às escolas programada para o mês de outubro tem por objetivo avaliar o trabalho que está sendo desenvolvido e mostrar os resultados obtidos por cada escola participante. As visitas à Cocapec, que estão programadas para os dias 9, 10 e 11 de novembro, encerrarão o Projeto Escola no Campo de 2010. A Cocapec acolherá todos os participantes, alunos e professores, para que após a visita se confraternizem e comemorem os 10 anos de existência do projeto. Participam do projeto os alunos de sétimo ano das esco-las mineiras de Capetinga, Claraval, Ibiraci, e as paulistas Jeriqua-ra e Ribeirão Corrente.

ESCOLA NO CAMPO TERÁ ENCERRAMENTO EM NOVEMBROProjeto iniciou as atividades de 2010 no primeiro semestre e tem cinco escolas participantes

Júlia Sandoval OliveiraAssistente de Comunicação

O trabalho realizado pela Cocapec com os comitês educativos chamou a atenção de outras cooperativas do estado de São Paulo. O Sescoop/SP (Serviço Nacional de Aprendiza-gem do Cooperativismo do Estado de São Paulo) promoveu uma visita à Cocapec, das cooperativas CLG (Cooperativa de leite de Guaratinguetá) e da Cacretupi (Cooperativa Agrária de Cafeicul-tores da região de Tupi Paulista). Desde 2009, o Sescoop/SP tem se empenhado na construção de um modelo de Organização do Quadro Social (OQS) para as cooperativas do estado de São Paulo. Na Coca-pec é denominado Comitê Educativo e em outros locais podem ser considerados núcleos ou simplesmente reuniões. O impor-tante deste trabalho é manter o canal sempre aberto para dire-toria, colaboradores e cooperados sempre discutirem questões pertinentes à cooperativa, independente do nome que carregam. Após mais de um ano de trabalho do Sescoop, em parceria com a CLG e a Cacretupi e a implantação da OQS, a Cocapec recebeu os representantes destas cooperativas e do Sescoop, para conhecerem o nosso modelo, nossos desafios e nossas alternativas. “A visita que fizemos só enriqueceu meus conhecimentos, e deixou minha caixinha pensante borbulhan-do novidades para trabalhar com nossos cooperados”, relata a agente de desenvolvimento cooperativista Ângela Martiniano. Na visita foi possível conhecer e participar da reunião do Comitê de Claraval, onde sentiram na prática como é desenvolvi-do o trabalho. “Nós da Cacretupi estamos trabalhando com OQS desde junho de 2009, junto com o sistema Ocesp (Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo) e Sescoop, e estamos sempre em busca de aprimoramento. Nesta visita trocamos mui-tas experiências, levamos da Cocapec situações favoráveis e que com certeza vamos usar no nosso trabalho”, conclui Martiniano.

SESCOOP/SP PROMOVE VISITA À COCAPECComitês servem de modelo para outras cooperativas do estado

Bruna MaltaAnalista de Comitê

Grupo de visitantes conhecem Cocapec e os Comitês Educativos

Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010 43

SOCIAL

ENCONTRO DE CRIANÇAS COOPERATIVISTAS

Bruna Malta Analista de Comitê

Evento reúne 150 crianças entre fi lhos e netos de cooperados e colaboradores

Júlia Sandoval Assistente de Comunicação

Todos os anos as crianças aguardam ansiosas pelo Encontro de Crianças Cooperativistas, que completou nove edições. E a cada evento, Cocapec e Credicocapec buscam

se aperfeiçoar e oferecer o melhor e mais educativo programa para os filhos e netos de cooperados e colaboradores. Em 2010, o Encontro aconteceu no dia 2 de outu-bro e reuniu 150 crianças dos 13 municípios de atuação das cooperativas. A novidade ficou por conta da Toca do Lobo, um acampamento a 20 km de Franca, que possui experiência com o público infantil e com atividades de recreação. Lá as crianças puderam fazer a trilha do labirinto, passaram pela ponte do rio que cai, falsa baiana e futlama. Também tiveram atividades cooperativas como a gincana do Lobão, danças e horário livre para brincadeiras, sempre com o intuito de praticar o cooperativismo sem deixar de lado a diversão. As crianças contaram com toda a organização e segurança do acampamento e com apoio dos recreadores, que aplicaram e apoiaram todas as atividades.

44 Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 201044 Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010

SOCIAL

A procura para a participação do evento tem crescido a cada ano, e isso é uma satisfação para as cooperativas parceiras, pois a formação dessa nova geração para os prin-cípios do cooperativismo firma um maior laço entre as coope-rativas, os cooperados e os colaboradores.

Desde o seu início, o Encontro de Crianças vem for-mando os filhos e netos de cooperados e colaboradores para as questões cooperativistas. O evento conta com jogos e brincadeiras voltadas para o “cooperar”, transmitindo a idéia da ação e prática entre os pequenos.

44 Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010

Crianças participam de trilha ecológica

Atividades recreativas divertem e ensinam

Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010 45

SOCIAL

As 150 crianças se reuniram na Cocapec Matriz, de onde partiram em três ônibus, dois micro-ônibus e uma van para a Toca do Lobo. Na Cocapec, pais e crianças receberam os recados da equipe organizadora e participaram da abertura do evento realiza-da pelo vice-presidente da Cocapec, Carlos Sato e pela diretora

de crédito da Credicocapec, Ednéia Brentini de Almeida. Os diretores presentes agradeceram aos pais pela confi ança em trazer seus fi lhos para mais este evento da Coca-pec e ressaltaram a importância de trabalhar o cooperativismo desde a infância.

NA COCAPEC

Equipe de monitores da Cocapec e Credicocapec

46 Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010

Veja nos quadros abaixo os índices pluviométricos coletados na matriz em Franca/SP e na fi lial de Cape-tinga/MG. Os dados apresentam um comparativo dos últimos seis anos.

BOLETIM BOLETIM

Índice pluviométrico* de Franca nos úl mos 5 anosAno jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez2006 283 327 178 19 2 16 6 33 31 355 330 3282007 545 175 113 117 45 4 72 0 3 75 190 2732008 325 230 128 108 38 32

320

2126 39 87 168 410

2009 382 228 282 53 58

Média 399,2 223,4 194,7 62,6 32,0 19,3 20,0 17.7 53,8 194,8 191,3 348,2*Dados em milímetros ob dos na Cocapec Matriz - Franca, SP

7730 137 2622010 461

382158 274 16 17 12 1 0 110

Índice pluviométrico* nos úl mos 5 anosAno jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez2006 591 251 144 54 5 20 0 28 93 319 285 4432007 745 238 135 66 61 0 0 0 69 58 217 2802008 573 236 116 78 40 5

210

1726 37 113 222 428

2009 354 249 286 165 54

Média 518,0 213,8 177,4 82,8 34,4 10,4 3,4 15.6 82,8 161,5 229,3 385,0*Dados em milímetros ob dos na Filial da Cocapec

24 128 156 193 3892010 327 95 206 51 12 6 0 0 87

Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010 47

Acompanhe nas tabelas que seguem a média mensal do preço de café arábica, milho, boi e soja segundo índice Esalq/BM&F.

BOLETIM

R$ US$

Média mensal do preço* de Soja2009

Janeiro 49,21 21,30Fevereiro 47,56 20,57Março 45,35 19,62Abril 47,95

50,3921,7524,45Maio

JunhoJulhoAgostoSetembroOutubro

*Fonte: Índice Esalq/BM&F

DezembroNovembro

Média Anual 47,00 23,75

49,89 25,4647,83 24,7748,20 26,1046,0744,6744,06

25,3225,7125,50

R$ US$2010

39,80 22,36

38,70 21,85

42,87 24,48

37,7034,14

20,5019,10

34,49 19,6235,59 19,5936,1638,58

19,9921,79

41,32 23,4742,59 24,7746,63 27,28

R$ US$

Média mensal do preço* de Boi2009

Janeiro 84,01 36,38Fevereiro 81,54 35,25Março 77,54 33,53Abril 87,88

79,4780,85

39,6838,5841,26

81,40 42,1777,92 42,20

MaioJunhoJulhoAgostoSetembroOutubro

*Fonte: Índice Esalq/BM&F

DezembroNovembro

Média Anual 79,50 40,13

77,25 42,4777,18 44,4174,35 43,04

R$ US$2010

75,70 42,47

84,12 47,58

74,64 42,62

77,0379,03

41,8444,22

82,33 46,8380,81 44,4982,1684,12

45,4147,51

88,95 50,5493,49 54,3797,57 58,14

R$ US$

Média mensal do preço* de Milho2009

Janeiro 23,67 10,25Fevereiro 22,26 9,63Março 20,62 8,92Abril 21,29

22,259,66

10,8022,24 11,3520,58 10,6619,41 10,51

MaioJunhoJulhoAgostoSetembroOutubro

*Fonte: Índice Esalq/BM&F

DezembroNovembro

Média Anual 21,04 10,62

19,1220,6020,41

10,5111,8611,82

R$ US$2010

19,66 11,04

20,13 11,39

20,02 11,43

18,3518,46

9,9610,33

18,16 10,3318,67 10,2819,4318,81

10,7310,62

20,57 11,69 24,35 14,1624,79 14,78

R$ US$

Média mensal do preço de Café Arábica* lndice Esalq/BM&F**

2009

Janeiro 268,10 116,04Fevereiro 269,34 116,44Março 262,46

260,10268,02257,12247,50255,34 138,29

113,54AbrilMaioJunhoJulhoAgostoSetembroOutubro

**Saca de 60 kg líquido, bica corrida, tipo 6, bebida dura para melhor

DezembroNovembro

Média Anual 263,22 133,43 298,21 172,16

117,99130,09131,23128,23

254,29262,20272,55

139,81150,93157,75

281,57 160,79

R$ US$2010

280,75 157,51278,68279,70

151,36156,48

282,18 160,51289,46 195,35305,99302,36

169,18170,77

313,93 178,37328,23 190,88320,83 191,18

Valores referentes até o dia 25 de outubro de 2010

48 Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010

Credicocapec esteve presente no encontro que reuniu grandes representantes do ramo

O Sescoop (Serviço Nacional de Aprendizagem do Coope-rativismo) e a Ocesp (Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo), realizaram em parceria, no dia 21 de setembro, o 1º En-contro de Presidentes de Cooperativas de Crédito do estado de São Paulo, que foi motivo de comemoração entre os membros organizado-res. “Tentamos várias vezes fazer o encontro de presidentes, mas não foi possível. Hoje vejo o sonho realizado e com grande representação”, disse Osvaldo Caproni, diretor do ramo de crédito da Ocesp. O Encontro contou com a presença de três palestrantes: Marco Aurélio Almada, do Bancoob (Banco Cooperativo do Bra-sil); Lúcio César de Faria, do Banco Central e Gilson Bittencourt, do Ministério da Fazenda, além de 62 dirigentes de cooperativas de crédito paulistas. O diretor-presidente do Bancoob, Marco Aurélio, iniciou sua palestra apresentando a evolução histórica do cooperativis-mo de crédito no Brasil. Almada observou que esse segmento cresceu muito nos últimos anos, porém, o setor ocupa apenas 2% do mercado fi nanceiro do país. De acordo com o presidente do Sistema Ocesp, Edivaldo Del Grande, a retração de 4% no núme-ro de cooperativas nos últimos anos mostra que estão havendo fusões, e que isso melhora a escala e reduz custos, sendo visto com bons olhos pelo presidente da Ocesp. O assessor sênior do Departamento de Organização do Sistema Financeiro do Banco Central do Brasil (Bacen), Lúcio Cesar de Faria, apontou avanços para as cooperativas de crédito por meio das resoluções do Bacen. “Hoje, por exemplo, as coo-perativas de crédito rural podem ter como associados, além dos

agricultores, todos os participantes da cadeia produtiva”. O secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt apontou alguns desafi os para os dirigentes de cooperativas. O mesmo fez Márcio Lopes de Freitas, no encerramento de sua fala ao expor dados de 30 anos atrás, quando o cooperativismo era 80% rural, hoje, apenas 15%. O ramo Crédito foi o que mais urbanizou o cooperativismo. Durante esses 30 anos, a referência do sistema foi o cooperativismo agropecu-ário. Hoje, quem assume a liderança é o crédito. “Quero passar a vocês mais uma responsabilidade, alinhar o cooperativismo brasi-leiro”, completa Lopes de Freitas, justifi cando que o ramo Crédito é modelo em profi ssionalização de gestão e em governança. “Vocês podem ajudar todos os outros ramos, inclusive o agropecuário”, concluiu o presidente da Ocesp. A Cooperativa de Crédito Rural Cocapec (Credicocapec) esteve presente no 1º Encontro de Presidentes de Cooperativas de Crédito, com a presença do diretor-presidente Mauricio Miarelli e do diretor-administrativo José Amâncio de Castro. De acordo com Mauricio, “foi muito proveitosa a oportunidade que tivemos de trocar opiniões e preocupações sobre o cooperativismo, com autoridades governamentais e com os membros que respondem pelo cooperativismo de crédito no Brasil. Deixamos claro a eles nossas difi culdades, anseios e ainda ouvimos deles com bastante clareza e objetividade o que o Governo espera das cooperativas de crédito”. “Foi enriquecedor o Encontro”, fi naliza Miarelli.

Fonte: Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp)

1º ENCONTRO DE PRESIDENTES DE COOPERATIVAS DE CRÉDITO

Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010 49

1º ENCONTRO DE PRESIDENTES DE COOPERATIVAS DE CRÉDITOGabriela SiqueiraOuvidora

OUVIDORIA SICOOBCredicocapec implanta ferramenta para facilitar atendimento aos cooperados e não cooperados

A Ouvidoria Sicoob (Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil) é o canal de comunicação no qual você, cooperado e não cooperado, pode registrar suas dúvidas, reclamações e elogios referentes aos produtos e serviços da Credicocapec. O acesso à Ouvidoria Sicoob pode ser realizado através do telefone gratuito 0800 725 0996 ou pelo site www.ouvidoriasicoob.com.br. As críticas e sugestões também poderão ser enviadas para o e-mail [email protected]. Para sua comodidade e rapidez na solução de sua necessidade, verifi que antes de acessar a Ouvidoria, se a demanda pode ser resolvida no atendimento da Credicocapec. A Credicocapec pretende, através desta ferramenta de comunicação, fortalecer a cada dia suas relações com os cooperados e não cooperados, procurando assim, melhorar o grau de satisfação dos mesmos.

50 Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010

SETOR TÉCNICO O Setor Técnico da Cocapec é formado por profi ssionais treinados em fazer recomendações seguras de novas tecnologias e produtos, que são avaliados e analisados para oferecer aos coopera-dos todo o respaldo técnico necessário. A Assistência Técnica acompanhada que é oferecida aos cooperados desde o plantio até a colheita, durante todo o ano, con-tribui para que a região da Alta Mogiana tenha produtividade acima da média nacional, ajudando o cooperado a otimizar sua renda. Dão suporte ao setor as ferramentas do GIS (Sistema de Informação Ge-ográfi ca) e ATA (Assistência Técnica Agronômica), que possibilitam gerenciar os dados técnicos dos cooperados. O setor é responsável por auxiliar tecnicamente os meios de comunicação da cooperativa, como os Comitês Educativos, a Re-vista Cocapec e site, além de realizar o Simcafé (Simpósio de Café), o Seminário de Eucalipto, vários Dias de Campo, Projeto Fruticultura e cursos do Senar/MG. Também participa de eventos ligados à cafei-cultura, organiza coletas itinerantes de embalagens vazias de agro-tóxicos, promove capacitações com palestras técnicas, confecciona projetos técnicos de crédito e laudos de safra.

A equipe interna é formada pelo coordenador, um analista técnico, um apoio da Fundação do Café e uma auxiliar. Na área de campo que assiste o cooperado, o setor conta com 13 agrônomos e um técnico agrícola em parceria com a Uniagro.

Coordenador do Setor TécnicoRoberto Nobuioshi Maegawa / (16) [email protected]

Analista TécnicoLuciano Castagine Ferreira Coelho / (16) 3711-6233agrô[email protected]

Assistente TécnicoRômulo Alves Tomaz / (16) [email protected]

Auxiliar TécnicaBruna Durães / (16) 3711-6290C

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CONHEÇA SUACOOPERATIVA

Roberto MaegawaCoordenador do Setor Técnico

Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010 51

SETOR TÉCNICO

52 Revista COCAPEC - Setembro / Outubro 2010