Revista College Dez/09

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Uma revista feita para jovens e por quem mais entende do assunto.

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College – Como foi a passagem de Rumi-nantes e por que a mudança para Área Restrita?Vinicius - Pra tu ter uma noção eu não sabia o porquê era Ruminantes.Rafael - Eu também não.Lucas – Não. Mentira (risos). Vocês já ouvi-ram falar. Eu sempre quis ter banda e sem-pre gostei desse lance de cantar e tal. Minha primeira apresentação em público foi com 7 anos de idade na pré-escola. (observação da College: cantando Sandy e Júnior)College - E qual foi essa apresentação?Lucas - Uma apresentação de colégio, dessas de final de ano.College - E qual foi a música?Lucas - A música não vem ao caso. (risos)College - Tipo Sandy e Jr?Lucas - Tipo, não interessa. (risos gerais)Lucas - No segundo grau, ou eu tava sem gra-na pra fazer aula de violão ou eu pensava em começar a fazer um dia. Mas é aquela coisa de vou fazer um dia, mas que tu nunca faz. Quando entrei no segundo grau, fui fazer ofi-cina de música. Comecei a tocar e conheci al-gumas pessoas que tocavam também. Conheci um baterista que tocava com um guitarrista (era o projeto que já existia com o nome de Ruminantes, que eu sempre achei horroroso, mas era do nível da banda). Era horroroso que nem eu era também. Chamei um baixista; era um cara que jogava vôlei comigo, só que a banda era muito ruim. Todo mundo era ruim, inclusive eu!Rafael - Não que hoje seja bom. (risos gerais)Lucas - Não que eu seja bom hoje, mas eu era pior do que hoje. (risos gerais). O baixista ensaiou duas ou três vezes, disse que a banda era muito ruim e desistiu de tocar

com a gente. Disse que eu cantava bem, que o batera tocava legal, mas o guitarra não dava. É que o cara não tinha noção nenhuma de tom. Solava do jeito que tava afim. Nisso tem o Tiago. Conhecia de vista e sabia que tocava guitarra. O Tiago fazia judô comigo, mas a gente só se via muito de longe. Quando o baixista saiu, falei para um amigo que pre-cisava de um baixista. Ele falou que quem tava tocando baixo era o Tiago. Ai olha que coisa do destino, na hora tava passando um amigo nosso, o Guilherme, que era o melhor amigo do Tiago, e pedi pra ele o endereço do Tiago. Cheguei na casa do Tiago e falei: “Ô meu, eu tenho uma banda e falta um baix-ista, tu não quer tocar?” E ele topou. Só que quando ele entrou pra banda, a gente ficou dois meses e vimos que aquela banda não ia pra frente, ainda mais com aquele nome e aqueles integrantes. E começamos a catar gente. Até que um guitarrista fechou um show em uma igreja mórmon. Éramos um quarteto. Quando chegou na igreja, nos deparamos com esse cidadão aqui, (aponta para o Bancke) que ia tocar na outra banda. E mais uma vez o destino conspira ao nosso favor. É que chegou eu, o Tiago e o nosso baterista, mas o guita- rrista não chegava nunca. Do nada me apa-rece o Vini, com uma guitarra nas costas, olhando as paredes e tal. Tinha a passagem de som. Olhamos pra ele e dissemos: vamos fazer um som de arreganho enquanto a galera não chega. E ele nos perguntou o que queríamos tocar. Falamos em tocar um Guns, que era a época em que eu e o Tiago éramos viciados em Guns. Ele começou a tocar Sweet Child of Mine. Olhei pro Tiago com uma cara sem levar muita fé. Eu tava meio traumatizado porque todos os guitarristas que iam tocar na

na banda eram horríveis. Nós éramos ho- rríveis, mas os caras eram piores que nós. E quando foi chegando perto do solo, eu olhei pro Tiago e cheguei no ouvido dele e disse: “Agora vamos ver se esse cara é bom mesmo!” Daí o Vini começou a solar tri bem e eu olhei pro Tiago meio assustado e o Tiago me olhou e falou assim: “Bah meu, é esse o cara”. Esse já era o show de despedida do guitarrista que tocava com a gente. E no fim, o Vini fez uma participação no nosso show. College - E os demais integrantes?Lucas - Começamos a tocar nós quatro, nós três aliás, eu, o Vini e o Tiago, o outro ba- terista. O batera não tava acompanhando o ritmo e o Tiago chamou um cara que era colega de colégio e que tocava pra caramba (Tobias Mazzotti), só que o cara tinha sete bandas. O Tiago deu o toque que não se apegava a banda nenhuma. Tocava em to-das, mas não levava a sério nenhuma. Só que ele se apaixonou pela Área Restrita e ficou integrante. Ficamos nós quatro e começa-mos a participar de um monte de festivais.College – Foram sete festivais ao todo...Lucas - A gente participou de sete e ganha-mos quatro primeiros lugares e dois segun-dos. No meio do caminho sentimos a falta de uma guitarra. Eu não queria tocar guitarra, porque achava que ia perder muita presença de palco. Chamei o Rafa, que era meu co-lega de colégio, pra entrar na Área Restrita e fechamos em cinco.

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College - E o nome Área Restrita?Lucas - A gente dá a resposta mais idiota do mundo. Eu ainda tô inventando uma resposta boa pra dar. (risos) Porque a verdadeira é mui-to caótica. A verdadeira é o seguinte: tava eu, o Tiago e o primeiro batera procurando um guitarrista antes de conhecer o Vini, só que todos os caras, como eu falei, eram piores que nós. E um comentário que fizemos foi: “Ah que saco. Isso aqui virou uma área restrita. Ninguém entra mais”. E aí, qualquer coisa era melhor que Ruminantes. (risos) Rafa - Área Restrita pode não ser um nome muito bom, mas do lado de Ruminantes é o melhor nome do mundo, (risos).College – E sobre Garota dos meus sonhos, de onde surgiu e quem compôs?Lucas - Fui eu. O motivo da letra na verdade, foi uma observação que fiz no cotidiano. Eu tava estudando no Julinho na época e (não só no Julinho, mas em shows e festas que a gente costumava ir) sempre rolava umas minas “se pegando”. Foi bem aquele lance que contraria adolescente, que o cara olha e fica pensando. Uma influência muito grande no nosso começo foi o Charlie Brown e eu tava fazendo uma música nessa linha: um cara skatista largadão que tava afim de uma garota patricinha que não queria fica com ele. Só que na metade da música, eu tava achando ela muito chata. Fiquei pensando em como iria terminar. Os dois ficando juntos seria clichê, e eles não fi-cando juntos também seria muito clichê. Aí um dia me veio a idéia na cabeça que pode-ria terminar de um jeito diferente; ela não ficando com o cara, porque ela queria ficar com uma mina.College - Vocês mudaram muito da época de colégio para cá?Tiago - Pois é cara, eu não mudei muito assim desde o primeiro grau.Outros- Nãaaao.Tiago - Não foi muita mudança, não.Lucas - O que eles querem saber é se tu era nerd, se tu era popular, se tu pegava um mon-te de mina ou se não pegava ninguém. Nesse quesito assim.Rafael - O Tiago era punk.Tiago – É, eu era punk.Lucas - Ele usava um bigode com 18 anos. Ele usava all-star, calça rasgada, camiseta preta de banda, era fãzaço do Tequila Baby.Tiago - Mas a cabeça não mudou muito assim. Só amadureceu um pouco.Lucas - É que na verdade assim, quando tu é mais novo, o teu visual é muito importante, por exemplo, se tu gosta de punk, tu tem que usar uma jaqueta de couro e uma calça ras-gada, se tu gosta de reggae tu tem que usar uma camisa do Bob Marley. College - E tu Vini?Vinicius – Cara, eu começo no pagode nos ve-lhos tempos, só que no ensino fundamental. Minha mãe sempre teve um bar e os clientes que iam lá, levavam uns instrumentos e fa-ziam um pagodinho e eu, toquinho de gente, sempre ficava no meio. o intervalo deles, eu pegava e saía batucando. Tinha um deles, que eu lembro até hoje, o Rogério, que era o -

pandeirista e o vocalista, era o único que me dava atenção e me ensinava a tocar alguma coisa. No colégio quis montar uma banda de pagode, isso na quinta, sexta série. Foi nessa época que eu fiquei popular no colégio. Bom, já no ensino médio virei roqueiro e andava de calça rasgada.College - E hoje tu te considera o que?Vinicius - Cara, hoje eu sou a pessoa mais eclética do mundo. Eu gosto de tudo. Inclu-sive pela minha formação também. Eu sou formado em música. Eu e o Rafa. A gente se formou no meio do ano no IPA e isso abre um pouco a tua cabeça. Tu sai desse lance de pre-conceito ou de qualquer outro lance. Tu vê que tudo é música. Foi na época do metal que eu conheci os guris; eu passava oito horas por dia tocando guitarra e era muito viciado com aquele som rápido. Acho que foi por isso que impressionei até um pouco eles. (risos)Lucas - E tu Rafa?Rafael - No meu primeiro grau eu era um gordinho, obeso, feio, rechonchudo, cabelo cachopinha. Não pegava ninguém, ficava em casa tocando violão. Aprendi a tocar violão tri bem. Na oitava série eu emagreci afú, puber-dade e aquela coisa toda. Fiquei bem magri- nho, elegante e entrei pra bandinha marcial do colégio (risos). No Julinho entrei de cabelo dividido no meio, tocava violão, coisa mais linda, as gurias do terceiro ano me amavam, virei o príncipe do colégio.Lucas - Ele foi príncipe do colégio, literal-mente. (risos)Rafael - Pegava todo mundo, e aí o que acon-teceu, primeiro ano eu passei com 50% de pre-sença na aula. Passei porque realmente como eu era nerd antes, eu sabia tudo, então eu fazia as provas e tirava notão e passei mesmo sem ter presença o suficiente. No segundo ano eu já não estudava há dois anos e rodei.Lucas - E aí, tu me conheceu. Eu no primeiro grau era muito nerd; era aquele cara que sentava na frente, que era o queridão da pro-fessora. Só tirava 10 mesmo, acho que foi na quinta série que eu consegui a proeza de tirar 10 em todas as matérias. Todas, literalmente.College - As fotos de vocês do Área Restrita tem uma produção para se identificar com alguma banda?Lucas - Tive essa reflexão, e passei pros guris. Eles me falaram que também pensam mais ou menos assim. Quando a gente começou, gostávamos muito de Charlie Brown Jr e CPM 22. A galera pergunta: “O som de vocês está mudando agora, por quê? A gravadora pediu? O empresário? Foi alguém?” Pra fazer sucesso tem que ser tipo Charlie Brown e CPM, porque eles que bombam. Tentava fazer umas músi-cas meio nesse estilo. Mas já tem CPM e Char-lie Brown, então pra fazer sucesso tem que ser diferente. Então vamos fazer diferente de todo mundo. Nos demos conta de que, na verdade, tu tem que passar uma mensagem verdadeira. As músicas saem como elas saem, porque elas têm que sair assim. O que nós fazemos, hoje em dia em relação tanto ao vi-sual, como ao som, fazemos porque achamos bonito. Não é de propósito.

College - Como foi tocar no Faustão e o que mudou desde lá?Lucas - Eu tenho a resposta ensaiada. (risos). Mudou tudo e não mudou nada, é o que eu sempre digo. Mudou tudo, porque da noite pro dia não era a galera que nos conhecia. Porque tinha uma galera que já nos conhecia da gu- rizada assim, da nossa idade. Já tava na rádio aqui no sul. O Faustão é um público de massa, então mudou tudo. Porque da noite pro dia a gente ficou conhecido por todo mundo. E quem não viu no Faustão, ouviu falar que a gente tava lá e foi ver no youtube e aca-bou vendo também. E mudou nada, porque a gente completa no dia 10 de janeiro sete anos. Sempre fomos muito pés no chão e sa-bemos que por mais que tenha acontecido o Faustão e tal, isso é só o começo. Estamos indo pra São Paulo. Vamos morar lá e tá ro-lando um lance com empresário. Vai rola gra-vadora. Então na verdade isso tudo foi uma grande introdução que nos trouxe até aqui. A grande guerra começa agora mesmo.Rafael - Tá começando uma outra fase que não é diferente dessa que a gente tava agora. Não dá tempo de absorver.Lucas – Pô, tem esse aqui que nunca ouviu falar de vocês. Então a gente sempre pensa isso. A gente tem que fazer.Rafael - A gente tá legal no sul, mas tem o Brasil ainda.College – O que incomoda na mudança?Vini - Nada.Lucas - Sabe que me perguntam bastante. Tipo eu tenho cinco orkuts agora e mais de um MSN. Na real não me incomoda. É óbvio que tem dias que eu tô de mau-humor, sou humano. Por mais de mau-humor e cansado que eu esteja, se a pessoa me pede um autó-grafo ou me pede pra tirar uma foto, de certa forma, isso me anima e vai acabando com o meu stress. A pessoa tá gostando do que eu tô fazendo e tá reconhecendo meu trabalho. Claro que tem alguns fãs que às vezes re- clamam que eu demoro pra responder. Mas eu respondo sempre todos os recados do meu Orkut. E faço questão de responder. Não man-do ninguém responder por mim. Se existe um lado ruim e agora lembrei de um, é que mês passado eu acho que fiquei com umas 50 gu-rias e namorei umas cinco. E eu não sabia. É a única coisa que eu não gosto muito. Dessa invasão de vida pessoal no quesito relacio-namento. Mas isso é natural e cada vez vai tomar uma proporção pior. Então tento nem pensar nisso. College - Quem é que compõe de vocês? Quem faz as letras e como ocorre esse pro-cesso?Lucas - Normalmente quem faz a letra sou eu. O Rafa até tá escrevendo mais, mas no primeiro cd, por exemplo, fui eu que fiz a maioria das músicas. Componho-as no violão, normalmente, e todos os membros da banda tocam todos os instrumentos. Todos instru-mentos, entende-se guitarra, baixo, bateria e voz. Só que claro, eu sou o que canta melhor, o Thiago é o que toca melhor baixo. Cada um é o melhor da sua função. Eu faço a letra

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com a melodia; faço só a base com violão e voz, e passo pra eles dizendo qual é a minha idéia pra guitarra e pra bateria E eles como tocam muito mais seus respectivos instru-mentos, vão moldando as coisas aos poucos. E assim a música vai tomando forma. Não tem muito uma fórmula pra compor. Os dois maiores hits da banda surgiram do nada. Eu tava andando na rua e me veio uma idéia e comecei a escrever. A nossa próxima música de trabalho surgiu do mesmo jeito. Eu tava voltando de um estágio na Ulbra e me veio uma idéia. Comecei a escrever na van. Fiquei escrevendo o tempo inteiro. Quando cheguei em casa, peguei o violão e comecei a tocar e a música saiu. Eu não tava pensando em nin-guém. Em nada. Foi como se eu tivesse psico-grafado a letra. Uma coisa muito louca.Rafael - Eu me irrito com a história de que a música tem que ser pra alguém.Lucas - E é muito engraçado. Fiz várias músi-cas para várias garotas diferentes. Mas as músicas da Área Restrita que mais fizeram sucesso com a galera não foram pra ninguém. Garota dos meus sonhos, eu não tava pensan-do em ninguém específico. Show de Rock, que é a música que entrou na Atlântida, não foi feita pra ninguém. Eu fiz junto com o Rafa.Rafael - No ônibus.Lucas - Foi no T9. Tava voltando pra casa e veio uma idéia louca. A próxima música eu não fiz pra ninguém, é uma das que a gente mais gosta.College - Ela Me Disse foi pra alguém?Lucas - Ela Me Disse foi pra alguém. Era minha colega de cursinho, que era uma menina lin-da, daquelas com corpo e rosto perfeito e que todo mundo olhava pra ela.College - E agora ela sabe que foi pra ela?Lucas - Não sabe, porque eu não citei o nome. Eu nem falava com ela direito. Tinha vergonha de falar com ela, e olha que nessa época eu já era mais metido a pegador. Encontrei com ela umas duas, três vezes em postinhos e ela sempre tava com um cara muito feio. Só que uma vez ela tava com um cara horroroso com um Jaguar. E a outra, ela tava com um cara horroroso com uma BMW. É óbvio que ela tava com esse cara porque ele era muito rico. E não vem me dizer que o cara era muito le-gal, porque o cara era muito feio. Comecei a pensar nessa idéia. Ela me disse pra não ter esperança e blá blá blá. Que ela vai de Jaguar e eu de busão. Eu nem gostava dela. É que eu achei que ia dar uma boa história.College – E os projetos da Área Restrita?

Lucas – O nosso plano pra esse ano é lançar um single nacionalmente. Estamos com em-presário. Tem duas músicas que a gente tá escolhendo. Queremos lançar um clipe até o final do ano e lançar um cd no ano que vem. Vamos gravar no final do ano. A gente tá ne-gociando com uma gravadora. E o Planeta Atlântida, se Deus quiser, estamos pleiteando uma vaga.College - Quais são os sonhos de cada um ainda?Todos - Mais ou menos isso.Tiago - Quero um selinho da Hebe.Lucas - É isso. São esses projetos. Planeta Atlântida agora no começo do ano que a gente tá querendo demais fazer parte desta edição. VMB, quem sabe? Quem sabe um prêmio Mul-tishow. Mas é coisa bem mais pra frente.College - Quando vocês começaram o proje-to, pensaram que um dia iriam no Faustão? Lucas - Cara, eu vou ser bem sincero. Eu acho que eles vão concordar comigo, quando eu comecei uma banda, isso foi uma forma que eu tive de expandir minha popularidade. Fa zer uma moral com as gurias e principalmente entrar de graça em festa. Quando a banda começou, era justamente isso. Ficou uns três anos nesse clima. Só que a galera acabou o colégio, começou faculdade. A gente se olhou uma hora e pensou, “tá e aí?” “Vai acabar essa palhaçada ou vamos levar isso a sério e traba- lhar mesmo?”. O lance da rádio foi o seguinte, na primeira vez que ouvi nossa música na rá-dio, surtei. É uma coisa que quem tem uma banda sempre sonha. Começou a tocar dia 2 de maio. Na outra semana, entrou direto em sexto lugar, entre as mais pedidas da Atlân-tida. Foi tudo muito rápido. Era uma coisa que até então, era completamente surreal. E gra-ças a Deus, as coisas têm sido assim, surreais. Me lembro que 15, 20 dias antes do Faustão, a gente não sabia de nada ainda. Tava tomando café da tarde com a minha vó e minha mãe. Não deu duas semanas, a produção do Do- mingão ligou pra nós dizendo que a gente tinha sido selecionado e que íamos tocar ao vivo lá. Só acreditei quando eu comecei a cantar no Faustão. Cheguei em São Paulo, no estúdio, a gente passou o som, eu conheci a produção do Faustão e o Faustão. é o que a gente quer fazer pro resto da vida. Quando eu pisei no palco, que eu comecei a cantar, que eu olhei para aquele público, mesmo assim é uma coisa meio louca, eu não acreditava que eu tava lá. São 80 milhões de tele-espectado-res assistindo ao programa.

São 80 milhões de pessoas te vendo ao mesmo tempo. E lá tentei fazer o melhor que podia. Rafael - Eu quero falar e quero deixar registrado que eu briguei com a minha mãe por causa do Faustão. A minha mãe sempre me dizia que ia me ver no Faustão. Um dia briguei com ela. A minha mãe tava doente, e eu disse: “se um dia tu morrer e eu não tiver ido no Faustão, vou ficar pro resto da vida com essa culpa”. Ela chorou, foi horrível. Depois eu pedi desculpas pra ela. Minha mãe me falava que eu ia pro Faustão e eu não acreditava. E olha agora, eu tinha conseguido. Preparei ela, botei ela sentada e peguei um copinho de água. Não é todo dia que se fala: “ah mãe, tô indo tocar no Faustão”.College - Então todos os parentes apoiaram vocês?Lucas - Minha família sempre foi muito pé no chão. Sempre me diziam que eu tinha que baixar a cabeça, tinha que estudar. Que só as-sim eu conseguiria dinheiro, e seria alguém na vida. Rolou muita pressão, mas esse pra mim foi um dos maiores marcos que a rádio conseguiu pra gente e foi o que o Faustão con-cretizou. Começou a rolar um orgulho pelo lado da família. Hoje a gente tá tocando porque a gente gosta de tocar, porque é o que a gente sabe fazer e o que a gente quer fazer pro resto da vida.

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Vale a pena conferir/ 11

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AvatarGênero: Ficção Científica/AçãoEstreia: 18/12/09James Cameron esperou 14 anos, para poder fazer este filme, e ficou os últimos treze anos longe das telonas trabalhando na tecnologia ideal para realizar Avatar. Seu último filme, Titanic, foi um sucesso de bilheteria; e o atual promete ser mais um em seu currículo. A história nos leva ao mundo incrível da lua Pan-dora, onde existe uma raça humanóide chamada Na’vi, além de criaturas ferozes. Os humanos querem explorar esse mundo através de ava-tares orgânicos, que são capazes de sobreviver ao ambiente. Um dos humanos que utiliza um avatar é Jake, um ex-soldado paraplégico, in-terpretado por Sam Worthington (Exterminador do Futuro 4 : A Salvação). Lá, ele conhece uma nativa, Neytiri, que pode causar-lhe um amor inesperado, vivida por Zoe Saldana (Star Trek). O filme ainda conta com Sigourney Weaver (Alien - O Oitavo Passageiro) e Michelle Rodri-guez (Velozes e Furiosos). Agora é ir ao cinema e matar a curiosidade de um filme que demorou 14 anos para ser feito por um dos maiores dire-tores e mentes do cinema.

Encontro de CasaisGênero: ComédiaEstreia: 25/12/09Final de ano é para descontrair, ainda mais após um longo ano de trabalhos, provas e problemas. Então, nada como um bom filme de comédia para rir e divertir-se. Encontro de Casais promete muitas risadas, porque nada é mais engraçado que assistir a filmes sobre rela-cionamentos e seus problemas; embora, muitas vezes, nos identifiquemo- nos de forma hilária com algumas destas situações. O filme conta a história de quatro casais que vão passar uma temporada num resort tropical, onde ocorrem terapias de casais. O problema é que só um es-tava com problemas e, a pedido deste, os outros foram junto. Chegando lá, todos são obrigados a fazer a terapia ou terão que voltar para casa. Aí, os outros casais, que até então estavam bem, descobrem que têm problemas também. O elenco tem experiência em comédias, como Vince Vaughn (Separados pelo Casamento), Ja-son Bateman (Hancock), Faizon Love (Sorte no Amor), Jon Favreau (Eu Te amo cara), Malin Akerman (Antes Só do que Mal Casado), Kristen Bell (Ressaca de Amor) e Jean Reno (A Pantera Cor de Rosa).

ZumbilândiaGênero:Comédia/Ação/Aventura/TerrorEstreia: 04/12/09Filmes de zumbis fazem sucesso há muito tempo nas telonas, e mais um está a caminho: Zum-bilândia é o nome da vez, juntando terror e ação com bastante comédia, como já fez o filme inglês Todo Mundo Quase Morto, estrelado por Simon Pegg. Nesta aventura insana, estão quatro “amigos” vividos por Jesse Einsenberg (Férias Frustradas de Verão), Emma Stone (A Casa das Coelhinhas), pela talentosíssima e indicada ao Oscar atriz mirim Abigail Breslin (Pequena Miss Sunshine) e pelo eclético Woody Harrelson (Onde os Fracos Não Têm Vez). O nome do filme já diz tudo: o mundo está infestado de zumbis, e o quarteto são sobreviventes que fazem de TUDO para continuar vivos. Woody Harrelson está impagável em cena, como “a pessoa mais assustadora da Terra”. Esta comédia-terror conta com uma ponta sensacional de Bill Mu rray. Com essa premissa maluca e divertida, você só precisa ir ao cinema e preparar-se para rir exatamente por uma hora e 28 minutos. Para a nossa sorte, a sequência está a caminho e po- ssivelmente em 3D.

Confira também:A Caixa é um suspense com Cameron Diaz (Jogo de Amor em Las Vegas) e James Marsden (X-Men) que narra a história de um casal que recebe uma caixa de presente que possui um botão que ao apertarem ganharão um milhão de dólares. Porém, há uma mensagem que diz que, se apertarem, uma pessoa que eles não conhecem morrerá! E agora, o que fazer? Um milhão ou uma vida humana?• Para quem gosta de cinema brasileiro, tem como opção É Proibido Fumar, um filme sobre uma solitária professora de violão, vivida por Glória Pires, que, para conquistar o amor, terá de abrir mão de seu amigo e companheiro, o cigarro. Pitty e Marisa Orth também estão no elenco. •Vem aí um filme emocionante, baseado em fatos reais, sobre um jovem pobre e problemático que, com o apoio e o amor de uma família rica, torna-se um astro do futebol americano. Sandra Bullock (A Proposta) e Kathy Bates (P.S Eu Te Amo) fazem parte do elenco de O Lado Cego. •Sandra Bullock está com tudo este ano, depois de A Proposta e O Lado Cego, ela estrela a comédia Maluca Paixão, em que acredita que um cameraman, vivido pelo astro em ascenção Bradley Cooper (Se Beber, Não Case), é o seu verdadeiro amor. Por isso, viaja ao redor dos EUA, para convencê-lo sobre essa verdade que só ela acredita. •Veja Atividade Paranormal, um filme de terror feito com apenas 15 mil dólares e que, em sua primeira semana de exibição nos cinemas, teve uma bilheteria de 9,1 milhões. O filme promete e muito, apesar do baixo orçamento.

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