Revista Conviver #15

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Publicação trimestral da Unimed Campina Grande.

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

COLUNISTAS

UMA MARCA NO SEU TEMPODR.JOSÉ MORAIS LUCAS Médico Anestesiologista, Cooperado da Unimed Campina Grande, Membro da Academia Campinense de Letras.

O RISO E O SISODR. EDMUNDO DE OLIVEIRA GAUDÊNCIOMédico Psiquiatra, Cooperado da Unimed Campina Grande, Professor de Psiquiatria da UFCG.

NATUREZA MÉDICADR. FLAWBER ANTONIO CRUZ Perito Médico do INSS - Especialista em Pediatria - Membro do Conselho Regional de Medicina.

UNIMED: UMA MARCA NO SEU TEMPO

12• UNIMED 40 ANOS: UMA HISTÓRIA CONTADA POR INÚMERAS VIDAS• DR. HÊNIO AZEVÊDO: PRIMEIRO MÉDICO PEDIATRA DE CAMPINA GRANDE•PIONEIROS DE UMA HISTÓRIA• POR UMA UNIMED MAIOR E MAIS FORTE• D. ZENILDA CHAVES: COLABORADORA N º1

48RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

• O PESO DA SOLIDARIEDADE

24PONTO DE VISTA - A VIDA EM DEBATE

• MATEMÁTICA: A ARTE ALÉM DOS NÚMEROS• NATUREZA MÉDICA: QUANTO VALE A MEMÓRIA• PEQUENO CONTO: O SONHO

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ARTES EM MOVIMENTO

•NÃO SÓ DE ABORRECIMENTOS VIVE A ADOLESCÊNCIA•SENSIBILIDADE CRÔNICA•HISTÓRIAS E ESTÓRIAS

29 NOSSO PATRIMÔNIO

• DR. FRANCISCO VIEIRA: O EXERSER UNIMED

MEDICINA PREVENTIVA

33• INFECÇÃO RELACIONADA À ASSISTÊNCIA À SAÚDE• DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO• O HOMEM E A DOR• ONCOLOGIA - O IMPACTO NA TRÍADE: PACIENTE, FAMÍLIA E EQUIPE TERAPÊUTICA• A IMPORTÂNCIA DA PROFILAXIA NA OBESIDADE INFANTIL

TRAÇO DE HUMORFRED OZANANJornalista, chargista, design gráfico, sócio fundador da Fundação Nacional do Humor (PI), membro da Associação dos Cartunistas do Brasil (SP).

HISTÓRIAS E ESTÓRIASDR.JOSÉ ALVES NETOMédico Ultrassonografista, Cooperado da Unimed Campi-na Grande.

SENSIBILIDADE CRÔNICAMICA GUIMARÃESJornalista, Professor do Curso de Comunicação Social da Universidade Estadual da Paraíba, Radialista.

CONVIVA!EQUIPE CONVIVER

URBE CAMPINENSEGEORGE GOMESHistoriador, pesquisador da memória de Campina Grande.

MEDICINA: CIÊNCIA DA VIDADRA. ANDRÉA DE AMORIM PEREIRA BARROSMédica Cooperada da Unimed Campina Grande e professora de Infectologia da UFCG.

ANA CLARA DE SOUSA AMORIMEnfermeira Especialista em Saúde da Família e Discente da Pós-Graduação em Saúde Pública da FURNE/UNIPÊ.

DR. TADEU VITORINO Mestre em Otorrinolaringologia, Médico Otorrinolaringologis-ta do HU - Alcides Carneiro, Professor Convidado de Otorrino-laringologia da UFCG.

DR. MARCOS ARRUDAGraduado em Medicina, pela Faculdade de Ciências Médi-cas da Universidade do Estado de Pernambuco. Pós-gradu-ação em Anestesiologia e Algologia. Médico Cooperado da Unimed Campina Grande.

DR. EVERALDO DANTAS DA NÓBREGA Advogado, escritor, poeta, cronista.

DR. JOSÉ OTÁVIO DE AGUIARDoutor em História e Cultura Politicas pela UFMG, Pós Doutorado em História pela UFPE. Professor do Curso de Mestrado em Historia UAHG/UFCG, Professor do curso de Mestrado e Doutorado em Recursos Naturais/UFCG.

JOSEFA CRISTINA LISBOA DA COSTAMestre em Psicanálise e Psicossomática pelo Instituto de Ensino Superior em Psicanálise (2001). Atualmente é psicó-loga clínica hospitalar e supervisora de estágio do Hospital Fundação Assistencial da Paraíba, diretora e cordenadora do Centro de Treinamento e Consultoria em Psicologia Hospi-talar e da Saúde e supervisora de estagio do Hospital João XXIII.

ISAÍAS ESTÊVÃO BARRÊTO CHAVESNatural da cidade de Campina Grande. Graduado em Licen-ciatura Plena em Matemática pela Universidade Estadual da Paraíba. Tem experiência na área de Matemática, com ênfase em Educação Matemática.

LUDEMBERG BEZERRA GOMESGraduado em Arte e Mídia pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG); Técnico em cinematografia pela mesma instituição.

58CIDADE - QUE GRANDE CAMPINA

•URBE CAMPINENSE: DAS PIABAS AO JOSÉ PINHEIRO

60SAÚDE ALTO-ASTRAL

• A MARATONA DE SE CHEGAR LÁ• COMEMORAR É PRECISO• TRAÇO DE HUMOR• CONVIVA!

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Cooperar significa somar esforço e trabalho para atingir um mesmo fim. A cooperação é uma prática

ancestral da humanidade em prol de sua própria sobrevivência ou de uma comunidade, uma civilização, um país ou, ainda, de uma classe social ou profissional. Segundo antropólo-gos e historiadores, a formação de grupos – os quais não teriam sobre-vivido sem o sentido de cooperação – visava a proteger interesses econô-micos e garantir a subsistência dos núcleos sociais. Relatos e documen-tos indicam práticas rudimentares de cooperativismo geralmente rela-cionadas com a vida comunitária.

Foi no mundo moderno ociden-tal, porém, que o conceito de coo-perativismo ganhou identidade. A

versão contemporânea é resultado do movimento operário e de seus princípios ideológicos, e foi constru-ída a partir da Revolução Industrial dos séculos XVIII e XIX, marcada por um grande progresso econômico e tecnológico.

A primeira experiência coopera-tivista desse período foi a Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale, a qual fora criada na Inglaterra, em 1844, por 28 operários. Os princí-pios que direcionaram a organização dos tecelões foram, aos poucos, sen-do disseminados pelo planeta. Hoje, são mais de 800 milhões de coopera-tivados em todo o mundo.

No Brasil, a fase pré-cooperati-vista ocorreu durante as Missões Je-suíticas, no Sul do país, e, mais tar-de, nas associações de trabalhadores

imigrantes nas indústrias paulista e carioca. O movimento adquiriu im-pulso real no país a partir de 1932, com a edição do Decreto Federal nº 22.239.

Este sentimento e esta filosofia de vida se disseminaram de forma dinâmica. Nas décadas de 60 e 70 essas associações alcançaram seu ponto máximo em função das altas cotações da soja no mercado inter-nacional e das facilidades de crédito. O Brasil conta, atualmente, com 13 ramos do cooperativismo, entre eles o agropecuário, o de consumo, o de crédito e o de trabalho, no qual a Unimed está inserida. É esta coope-ração que transforma o mundo que celebramos neste momento, onde o trabalho solidário e a promoção da saúde são as molas propulsoras.

COOPERAÇÃO: HISTÓRIA E MEMÓRIA

CARTAS

ESPAÇODO LEITOR Quero aqui parabenizar a Unimed Cam-

pina Grande e toda a equipe da Conviver pelo excelente trabalho que tem realiza-do. Após cinco anos fora de Campina Grande, cumprindo compromisso com a minha especialização, sempre me cha-mava a atenção o conteúdo da Revista Conviver. E agora, na condição de médi-co cooperado, expresso aqui, o desejo de poder contribuir para o desenvolvimen-to e aprimoramento da medicina campi-nense, bem como da Unimed Campina Grande e desta publicação.

Rafael Borges T. CavalcantiNovo Cooperado

Tenho acompanhado a Revista Conviver desde o seu início e agora, como médico cooperado, passo a reconhecer a dimen-são e contribuição técnico-científica, cultural e social, que este veículo de co-municação tem disponibilizado à socie-dade campinense. Parabenizo a Unimed Campina Grande pelos seus 40 anos e também a todo o corpo editorial da Re-vista, colocando-me à disposição para futuras contribuições.

Arthur José Ventura da Nóbrega Novo Cooperado

EDIÇÃO ANTERIOR

CONVIVENDO COM VOCÊ

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DA UNIMED

A Unimed é um patrimônio de Campina Grande que nasceu há quatro décadas com a célula do trabalho, com o princípio da livre escolha e da responsabili-dade compartilhada. Em 20 de dezembro de 1971, trinta e sete médicos endossaram a prática coopera-tivista no nordeste, tendo sido, a Unimed, a segunda cooperativa médica a ser fundada na região, o que fez valer a tradição de vanguarda tão presente na nossa grande Campina.

Nascêramos unidos com a missão de contribuir, com excelência, para a saúde e para a qualidade de vida, disponibilizando soluções inovadoras aos nos-sos clientes e assumindo as nossas responsabilida-des perante a sociedade e o meio ambiente.

Como cooperativa, nunca saímos do foco da nossa dinâmica de trabalho: visamos sempre à va-lorização de cada um dos seus cooperados – de modo a compartilhar desafios e vitórias em patamar de igualdade –, assim como a respeitar cada cliente que em nossa marca confia o maior bem que um ser humano possui: a sua qualidade de vida!

Unidos, seguimos focados numa meta: a de ser-mos uma cooperativa fundamentada na valorização do trabalho solidário, de modo a compartilhar, com os seus cooperados e colaboradores, o desafio de obter resultados visando à satisfação dos clientes e parceiros estratégicos.

Em 2002, quando assumimos a presidência des-ta cooperativa, vivíamos a realidade da regulamen-tação dos planos de saúde, apesar de não a pormos em prática plenamente. Iniciava-se a vigência do nosso órgão regulador, a Agência Nacional de Saú-de Suplementar – ANS. Esse setor, no Brasil, passa-ria a viver tempos de definição. Para sobreviver às intempéries do mercado, fora preciso adequarmo--nos aos novos tempos e determinações. Optamos por assumir esses desafios que, consequentemente, mudaram os rumos da cooperativa.

Com coragem e determinação podemos dizer que não fugimos de nenhum compromisso; pelo contrário! Encaramo-los todos de frente, com a con-

UMA HISTÓRIA PARA CONTAR

Dr. Francisco Vieira de OliveiraPRESIDENTE DA UNIMED

vicção de que uma sólida história nos forneceria base para que continuássemos firmes neste merca-do.

A conquista do Registro Definitivo na Agência Nacional de Saúde Suplementar é um dos frutos dessa história que podemos ressaltar. Uma chancela de solidez que traz, para a Unimed Campina Gran-de, a responsabilidade de continuar honrando as exigências cada vez mais frequentes. Dentre elas, a de garantir um vigoroso lastro financeiro que, nes-ses últimos seis anos, ultrapassou os doze milhões de reais, fato que também merece destaque.

Fazendo valer um dos princípios do cooperati-vismo, mostramos, mais uma vez, que o cumpri-mento das exigências legais anteriormente citadas, só reforçam a solidez da Unimed Campina Grande.

A valorização do cooperado também continua sendo uma constante, em prol de um bem de to-dos: a nossa cooperativa. Neste ano será totalizado o valor de quase 30 milhões de reais repassados aos cooperados. Como exemplo, o valor da consulta está sendo ajustado para que, cada vez mais, reco-nheçamos o trabalho de cada médico cooperado. Também citamos, aqui, a valorização dos nossos prestadores que, nos últimos anos, triplicaram as receitas dentro do repasse feito pela Unimed.

A Unimed Campina Grande demonstra que só se cresce, servindo mais; só se valoriza um ideal, quando damos a ele o nosso melhor. Nós buscamos ser grandes, pois, como Campina, acreditamos pri-meiro na cooperação e na força do nosso trabalho. Parabéns, Unimed! Parabéns, Campina Grande!

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DIRETORIA 2010/2014

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOPresidente: Dr. Francisco Vieira de OliveiraDiretoria Administrativo – Financeira: Dr. Alexandre de Castro Batista LeiteDiretoria Médico – Operacional: Dr. Noberto José da Silva NetoDiretoria de Mercado: Dra. Teresa Cristina Mayer Ventura da Nóbrega

VOGAISDr. Antonio Dimas Cabral Dr. Emílio de Farias JuniorDra. Gesira Soares de A FlorentinoDr. Giovannini Cesar A. L. de FigueiredoDra. Waldeneide Fernandes Azevedo

CONSELHO TÉCNICO E DE ÉTICADr. Carlos Roberto de S. OliveiraDra. Deborah Rose Galvão DantasDr. Ericsson Albuquerque MarquesDr. Juarez Carlos RitterDr. José Protássio de VieiraDr. Saulo Gaudêncio de Brito

CONSELHO FISCAL 2010Dr. Gladstone Botto de AlmeidaDr. Henrique Cesar Feitosa PereiraDr.Flavio Ventura P. de OliveiraDra. Andrea de Amorim P. BarrosDr. Guilherme Veras MascenoDr. Marcienio Oliveira Medeiros

ASSESSORIA JURÍDICADr. Giovanni Bosco Dantas MedeirosDra. Maria Rodrigues Sampaio

COMITÊ DE COMUNICAÇÃODr. Evaldo Dantas NóbregaDr. Joaquim Monteiro Franca Filho Dr. José Alves NetoDr. José Morais LucasDr. José Moisés Medeiros Neto

DIREÇÃO/EDIÇÃODrª. Teresa Cristina M. V. da NóbregaAlice Rosane Correia Ribamildo Bezerra de LimaUlisses PraxedesYonnara Araújo

JORNALISTA RESPONSÁVELRibamildo Bezerra - DRT 625/99

REDAÇÃOUlisses Praxedes – DRT 2787/08

FOTOGRAFIALeonardo dos Santos Silva

CAPAUlisses Praxedes

ASSESSORIA DE MARKETINGAlice Rosane Correia

REVISÃOMarcelo Coutinho de Oliveira Rocha

DIAGRAMAÇÃOIsabelle Monteiro

IMPRESSÃOGráfica Moura Ramos

CIRCULAÇÃO2.000 exemplaresDistribuição GratuitaEdição Trimestral

DA REDAÇÃO

PARA SE CORRESPONDER COM A REDAÇÃO(83) [email protected]

Todo conteúdo veiculado nesta publicaçãoé de responsabilidade dos seus autores.

A Revista Conviver é uma publicação sem fins lucrativos, custeada pelo material publicitário, veiculado na mesma.

Estamos vivendo um tempo de celebração! Quando em dezembro a Unimed Campina Grande completou 40 anos de serviços médicos prestados

à Campina Grande e região, nos vimos na obrigação de registrar esse momento. E agora, que iniciamos um novo ano, um novo exercício profissional e pessoal, temos o dever de trazer a você, caro leitor, uma proposta de reflexão sobre o passado com vistas ao futuro.

Já dizia o ditado popular que “a vida começa aos quarenta”, e este foi o lema adotado em nosso selo comemorativo. Para ações mais abrangentes então pensamos na afirmação adaptada: “o melhor da vida começa agora”. Começa quando revemos e homenageamos uma história de lutas e vitórias e projetamos planos para um futuro. Neste sentimento é que trazemos mais uma edição da Conviver.

Por se tratar de uma edição comemorativa, temos, no início, uma matéria que conta a história da cooperativa e fala sobre o pioneirismo do cooperativismo médico em Campina Grande. Não deixamos de ter a ilustre participação do nosso colunista Dr. José Morais Lucas, que fala sobre o Dr. Hênio Azevedo, o primeiro pediatra da nossa cidade. Também trouxemos, à memória, os nomes dos nossos pioneiros; os fundadores da Unimed Campina Grande na matéria “Pioneiros de uma história”. Juntamente com os que abriram

as portas para essa filosofia, apresentamos as boas-vindas aos mais novos cooperados que chegam para somar em trabalho e participação.

Nossa seção de Medicina Preventiva está repleta de temáticas relevantes à nossa realidade. Com assuntos que percorrem desde Infecções relacionadas à Assistência à Saúde passando pela Doença do Refluxo Gastroesofágico e ainda falando sobre a importância da Profilaxia na Obesidade Infantil, temos uma completa coleção de artigos escritos por médicos e pesquisadores da área que enriquecem ainda mais esta edição.

O melhor da vida é poder estar sempre começando e a Revista Conviver segue este lema. A partir deste número na seção “Cidade – que grande Campina”, traremos a coluna “Urbe Campinense” que terá a assinatura do talentoso historiador George Gomes com a história do bairro de José Pinheiro, um dos mais tradicionais da cidade. Ainda somos presenteados com as histórias e estórias do Dr. José Neto e finalizamos com notas sobre os eventos realizados pela cooperativa.

Bem, este foi um tour superficial pelos assuntos que povoam a edição número 15 da revista Conviver. Ela é histórica. Ela é atual. Conheça o passado, compreenda o presente e projete o futuro através das páginas desta publicação. E lembre-se que nunca é tarde para refletir sobre as velhas atitudes e dar um novo impulso em você mesmo, afinal, o melhor da vida começa agora!

O MELHOR DA VIDA COMEÇA AGORA

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ESPAÇO DO LEITOR

ATENDIMENTO(83) 2101.6576 / [email protected]

PARA ANUNCIAR LIGUE: (83) 2101.6580 (Alice)[email protected]

Campina Grande

Inicialmente usados para catalogar diferentes partes na construção de veículos, hoje o QR Code é usado no gerenciamento de inventário em uma grande variedade de indústrias. Desde 2003, estão sendo desenvolvidas aplicações direcionadas para ajudar os usuários na tarefa de adicionar dados em telefones celulares usando a máquinas fotográfica. A Revista Conviver começa agora a utilizar o QR Code como forma de maior interação com você, leitor. Acesse o site http://qrcode.kaywa.com e baixe o aplicativo para seu celular. Ao apontar a máquinas para o código na capa da revista você será direcionado ao nosso portal, com um mundo de informações.

QR CODE

CONVIVER É TORNAR NATURALMENTE O

DIFERENTE IGUAL A TODOS

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UNIMED 40 ANOS uma história contada por inúmeras vidas

O jornalista Diego Araújo e sua esposa, Fabiana Araújo, receberam, no dia 20 de dezembro, a

chegada da pequena Luíza. O parto, previamente agendado, não foi apenas uma data especial para esses pais de primeira viagem. No dia 20 de dezembro de 2011, a Unimed Campina Grande completou 40 anos de fundação. Para Diego, a história de Maria Luíza começa com o melhor presente que um pai pode dar a uma filha: a cobertura de um plano de saúde. “Nascer com saúde, e com total segurança de assistência médica é, sim, uma conquista para esta família”, afirma o pai coruja. Para a Unimed Campina Grande, Maria Luíza representa

a consolidação de um ideal de 37 médicos que, no ano de 1971, deram início à prática do cooperativismo médico na cidade através da marca Unimed, hoje responsável por mais de 65 mil vidas no município.

No começo, tudo era um ideal e um longo caminho de trabalho; estávamos no Brasil da virada da década dos anos 60, para os 70. Um país que reafirmava a sua industrialização e que tinha, como cenário político, a implantação do regime militar, que conduzia o Brasil através dos atos institucionais.

No campo da saúde, o então Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), apesar de ser o modelo de assistência vigente, posto que representava o Governo

da época, enfrentava dois desafios: a insatisfação dos profissionais de medicina quanto à baixa remuneração paga, e a baixa qualidade dos serviços prestados a qual era consequência da primeira circunstância. Este era o contexto vigente a partir do qual se começou a firmar a assistência médica privada no país.

Dos vários modelos vigentes, dentre eles o da prática da medicina de grupo, que consistia na terceirização da assistência saúde por empresas criadas por médicos, nenhum deles, até então, viria a mostrar uma solução satisfatória para resolver o problema da mercantilização da medicina. A prática médica sempre contava com a presença daquele que ganharia mais através da exploração de qualquer serviço.

Para se contar uma historia de liderança, é preciso conhecê-la e vivenciá-la. Em quatro décadas, a Unimed Campina Grande assume a responsabilidade de estar à frente do mercado, agregando trabalho, credibilidade e ética num pacto de crescimento conjunto com a nossa cidade.

O INÍCIO DE TUDO

Em 1967, fora o sindicato médico da cidade de Santos, representado pelo presidente, Dr. Edmundo Castilho, que demonstrara a primeira ação contrária a essa tendência, através da criação, naquele mesmo ano, da União dos Médicos – Unimed. Surgira, no país, a primeira organização médica de trabalho cooperativista, com o objetivo de oferecer serviços de qualidade com um custo acessível e a livre escolha do médico cooperado de acordo com a preferência do cliente. Definidas como sociedades que se constituíram para prestar serviços a seus associados com vistas ao interesse comum e sem o objetivo de lucro, as cooperativas eram, e o são até hoje, administradas nos moldes de uma empresa, entretanto, sem fins lucrativos, mas mantendo uma grande responsabilidade frente à comunidade à qual presta serviços.

PIONEIRISMO EM CAMPINA

A Unimed é um marco na história de Campina Grande, isto porque, apenas quatro anos depois da criação da primeira cooperativa médica no Brasil, a nossa cidade, pioneiramente, adotara essa forma de trabalho, a qual viria a influenciar todo o nordeste. Em 20 de dezembro de 1971, o médico ortopedista, Dr. Firmino Brasileiro, juntamente com outros 36 médicos, assinaram a ata de fundação da primeira cooperativa médica da cidade, e a segunda no Estado; dito médico manter-se-ía na presidência da cooperativa até o ano de 1975. “Aqueles eram tempos nos quais os poucos que sabiam e entendiam o cooperativismo médico tinham que despertar e conquistar novas pessoas que abraçassem aquela ideia... argumentos e fatos não faltavam. Os cooperados seriam os próprios donos do negócio, todo o sucesso do investimento também seria compartilhado, isto sem falar que os clientes teriam a opção de escolher o seu médico, além de valorizar os profissionais que aqui residiam”, destaca Dona Zenilda Chaves de Goes, primeira contadora e colaboradora da Unimed.

Com a futura clientela, o trabalho era de convencimento: os próprios médicos ajudavam na divulgação da própria Unimed, “Quem me convenceu a adquirir o plano foi Dr. Fernando Rabello, que afirmou ser, a Unimed, o primeiro plano de saúde da cidade com uma modalidade diferente de trabalho: o cooperativismo. Não tive dúvidas”, afirma o empresário José Alves de Sousa Filho, o membro de cartão número 01 da Unimed Campina Grande, há quarenta anos.

Antiga fachada da sede da Unimed Campina Grande

Aqueles eram tempos nos

quais os poucos que sabiam e entendiam o

cooperativismo médico tinham que despertar e conquistar

novas pessoas que abraçassem aquela ideia... argumentos e fatos não

faltavam

Cerimônia de inauguração da sede própria da Cooperativa

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SUPERAÇÃO E VITÓRIAS

Desafios não faltaram em quatro décadas de trajetória. As duas primeiras gestões representadas nas administrações do Dr. Firmino Brasileiro (1971 a 1975) e Dr. José Juraci de Gouveia (1975 a 1987) tiveram, como missão, consolidar o cooperativismo médico como forma de trabalho, sendo esse um novo caminho acerca da prestação de serviço no campo suplementar.

Cursos de formação cooperativista eram realizados, na época, como forma de levar, aos médicos, um profundo conhecimento quanto ao novo campo de trabalho; três vértices deste projeto motivaram o ritmo de crescimento da cooperativa “Na medida em que os novos cooperados ingressavam na Unimed, novos prestadores passavam a acreditar no projeto, uma positiva vitrine para que novos clientes se somassem aos demais, o que conferiu, à cooperativa, solidez e qualidade quanto às opções de serviços oferecidos junto à comunidade”, destaca o médico Dr. Gil Braz, um dos pioneiros na fundação da cooperativa.

As duas primeiras décadas foram não só de conquistas no quesito “credibilidade”, mas, também, na consolidação de um patrimônio; à medida em que a cooperativa crescia, no mesmo ritmo cresciam, também, as necessidades estruturais, a começar pela busca de uma sede própria. De uma sala doada no Edifício Rique pelo médico Milton Medeiros no centro de Campina, passando pelo primeiro prédio próprio na Rua Pedro II, fora somente no ano de 1984 que a Unimed ganharia a sua Sede planejada e construída para um maior e melhor atendimento ao público.

A virada de década dos anos oitenta para os noventa impulsionou a força democrática da cooperativa que elegeu o médico Mário de Oliveira Filho para o mandato entre (1987 a 1990). O mercado de planos de saúde já mostrava uma concorrência bastante acirrada. Os novos tempos exigiam não só a fidelização, mas a ampliação do número de clientes, um atrativo a ser agregado, paralelamente, visando ao aumento do número de cooperados. “Precisávamos acompanhar o nosso tempo; a informatização já era uma realidade para a Unimed; a conjectura exigia dinamismo e segurança além da manutenção de elevados padrões de qualidade à qual sempre nos propusemos; a Unimed avançava a

cada época”, destaca o Dr. Mário. Na gestão seguinte, tendo à frente o ortopedista, Dr. Arlindo Carvalho (1990 a 1994), houve destaque para a introdução da tabela da Associação Médica Brasileira: um importante parâmetro de reconhecimento ao ato cooperado que configura essência primeira na filosofia de trabalho da Unimed Campina Grande.

A lei 9.656, que entrou em vigor em 1998, marcaria o processo de regulamentação dos planos no Brasil, e trouxe mais equilíbrio para as relações entre operadoras e clientes; nesse contexto, a então presidente, Drª. Santana Maria Florindo (1994 a 2002), reforçou as ações de marketing, que reafirmaram a liderança e a força da marca.

NOVOS RUMOS

Foi em 2002, quando o Dr. Francisco Vieira de Oliveira tomou posse como presidente da Unimed Campina Grande, que a direção administrativa assumiu um dos maiores desafios. Além da regulamentação dos planos, fora criada a Agência Nacional de Saúde Suplementar; o setor de planos de saúde viveria tempos de definição, pois só sobreviveria no mercado quem se adequasse às novas determinações pontuadas pela ANS.

“Encaramos os desafios, adaptando-nos às resoluções normativas; não fugimos de nenhum compromisso financeiro no que competia ao pagamento de impostos, assim como quanto aos lastros de garantia financeira exigidos pela ANS: tudo isso num tempo em que o pessimismo reinava no mercado brasileiro. Saímos vitoriosos”,

destaca o Dr. Francisco Vieira, presidente da Unimed Campina Grande.

A conquista do Registro Definitivo, concedido pela ANS junto à cooperativa, simbolizou a maturidade administrativa adquirida pela Unimed Campina Grande num setor tão dinâmico e cheio de desafios. O registro veio chancelar, definitivamente, a qualidade e importância referencial que a Unimed assumira no setor cooperativista de saúde brasileiro.

Passados 40 anos de sua história, a Unimed Campina Grande é, atualmente, um dos exemplos de saúde estrutural e financeira de uma instituição no campo da saúde suplementar, algo raro no mercado brasileiro “Só podemos servir mais, se tivermos segurança para isso; com equilíbrio, conquistamos um

padrão administrativo necessário para continuarmos inseridos num parâmetro de qualidade que faz, da nossa Cooperativa, uma referência de segurança e credibilidade para cada cliente, cada cooperado”, reforça o Dr. Francisco Vieira.

Atualmente, a Unimed Campina Grande celebra suas quatro décadas com mais de 65 mil clientes, sendo a marca mais lembrada no setor junto à comunidade com mais de 70%, tendo recebido, da própria ANS, o índice de mais de 95% de aprovação dos seus clientes. Quanto à força da cooperativa em valorizar o princípio do trabalho médico, o diagnóstico continua ainda mais positivo: de 37 cooperados no início da nossa história, somos, atualmente, mais de 600, distribuídos em todas as especialidades. Vida longa a quem respira saúde!

UNIMED Campina Grande: uma realidade presente

Constituída como a segunda cooperativa médica do nordeste: uma referência para que outras Unimed surgissem após a sua criação, nos últimos 8 anos. A Unimed Campina Grande tem mostrado, numericamente, que liderança se conquista e se mantêm. Confira:

2ª maior contribuinte em pagamento de impostos do município; Top of mind: ou seja, é a marca mais lembrada, com mais de 78% de citações;

Mais de 95% de aprovação quanto ao quesito satisfação junto ao cliente: fato reconhecido pela ANS; Conquista de registro definitivo junto à ANS; Conquista de certidões que constatam a sua regularidade quanto ao cumprimento das obrigações tributárias, em âmbitos municipal, estadual e federal; Valorização do médico cooperado, com valor de repasse, em 2011, superior a R$30 milhões de reais;

Apoio e respeito às instituições prestadoras, tendo triplicado o valor da receita repassada a Hospitais, Clínicas e Laboratórios de Campina Grande.

Tudo isso para que a solidez administrativo-financeira da Unimed Campina Grande continue a ser sinônimo de segurança e credibilidade para aqueles que nela acreditam e participam: cooperados; clientes; prestadores e funcionários.

Dr. J.J. Gouveia, Dr. Firmino Brasileiro, ao lado de autoridades na inauguração da sede própria da Unimed

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José Morais Lucas

Na relação dos médicos formados pela Faculdade de Medicina do Recife em 1936, encontravam-

se muitos paraibanos e, entre eles, o Dr. Hênio Azevedo (CRM nº 218), único nascido aqui em Campina Grande, na rua Cardoso Vieira, na época chamada Beco de João Ribeiro. Filho único de Olegário Azevedo, que era pernambucano, e de Maria Adilis, paraibana da nossa cidade.

Como era natural, logo no ano seguinte retornou à sua terra natal, passando a ser o primeiro pediatra da cidade. Minha esposa Valéria, nascida nesta cidade, relembra que o Dr. Hênio Azevedo, que era colega e amigo do seu pai, Dr. Clovis Borges, foi o seu primeiro e único pediatra, acompanhando-a como cliente desde o nascimento até tornar-se adolescente. Tem boas recordações dele e o adorava como médico e amigo da família.

Nasceu no dia 03.05.1913, tendo falecido aos 86 anos de idade no dia 12.08.1999, aqui mesmo

em Campina Grande. Apesar da distância que nos separava, pois, se ele se formou no dia 08 de dezembro de 1936, e eu me formei no dia 08 de dezembro de 1966 – portanto 30 anos depois, pela mesma Faculdade de Medicina do Recife, ainda houve tempo de uma boa convivência, apesar de especialidades diferentes. O Dr. Hênio era um homem simples, muitíssimo educado e querido por todos.

Casou-se no dia 16 de dezembro de 1940 com Dona Ilva Marques de Azevedo, pernambucana do Recife, com quem teve duas filhas. Maria Ângela, a primogênita, que é casada com o médico Antônio Galdino, formou-se em Pedagogia, vindo a ser professora deste curso na Universidade Regional do Nordeste, hoje UEPB, estando já aposentada. São filhos deste casal, Silvia, que também é médica, Adriana (arquiteta), Hênio (engenheiro) e Eduardo (administrador). A outra filha do casal Hênio-Ilva é a médica psiquiatra Maria Rosário, mãe de Janaína, formada em psicologia e

que reside na França, bem como de George e Isabela que são advogados, além da caçula Luana, formada em Turismo a qual reside, atualmente, nos Estados Unidos.

Quando o Dr. Hênio aqui chegou em 1937, o Hospital Pedro I, fundado pela Maçonaria, e que era o único da cidade, tão logo o convidou para fazer parte do seu corpo clínico. Também pouco depois da sua chegada instalou o seu primeiro consultório que ficava na Rua Afonso Campos, numa das salas da Policlínica, que, como o próprio nome indica, abrigava médicos de várias especialidades. Na sua sala estava escrito: DR HÊNIO AZEVEDO – MÉDICO DE CRIANÇA.

Da sua turma também vieram instalar-se, em Campina Grande, os seus colegas: Bezerra de Carvalho; José Santos; Bonald Filho e Patrício Leal.

Foi um dos fundadores da “Sociedade Médica de Campina Grande”, tendo ocupado a vice-presidência desta entidade. Foi

presidente da LBA em Campina Grande, fazendo também atendimento pediátrico nesse órgão público; foi pediatra do berçário na Maternidade Elpídio de Almeida, sendo o primeiro médico a exercer esta função junto aos recém-nascidos; também trabalhou no Posto de Puericultura que existia às margens do Açude Velho, na Casa da Criança Dr. João Moura; no Colégio das Damas, bem como no Abrigo São Vicente de Paula. Ao lado do seu colega pediatra, Heleno Henriques, empreendeu, na cidade, uma campanha através de palestras em colégios e clubes, incentivando o aleitamento materno; fez vacinação contra a varíola em toda a região polarizada por Campina Grande, tendo sido, também, o precursor do uso de antibióticos na cidade, quando aplicou penicilina num paciente adulto – primeira pessoa em Campina Grande a receber este recurso terapêutico que revolucionou a medicina naquela época.

Era amante das letras e da música; tocava vários instrumentos, mas sua preferência era mesmo pelo cavaquinho, que o acompanhou por toda a vida. Além de dedilhar, acompanhava o ritmo com os pés, segundo informações do Dr. José Moisés, que também admirava o Dr. Hênio como médico, como pessoa e como músico.

Outra grande paixão do Dr. Hênio foi o futebol, era torcedor do Treze Futebol Clube, time fundado em 1925, pelo seu tio Antonio Fernandes Bióca. Não perdia uma só partida, quer fosse de caráter oficial ou amistosa.

Em depoimento sobre o pai, entre outras afirmações, disse Maria Ângela: “Foi em vida um exemplo silencioso de dedicação

às crianças, de zelo com a família, de honestidade, um exemplo como médico, pai, marido, avô e amigo”. Disse Ângela, ainda, sobre Dr. Hênio: “(...) e, se no céu existir um hospital, Deus o terá designado para olhar pelas crianças, e nas horas de folga, torcerá pelo Treze Futebol Clube”.

O Dr. Bezerra de Carvalho assim se expressou sobre o seu colega e amigo: “Hênio Azevedo, o pediatra que nunca perdeu a alma de criança, incapaz de malícia, de enxergar o lado mau das pessoas e da vida”.

Em 1991, perguntado pelo jornalista Ronaldo Dinoá, em entrevista concedida ao Diário da Borborema, sobre sua realização profissional, assim se expressou: “Tenho duas respostas. Se for pelo lado de acúmulo de bens materiais eu sou um perdedor, mas se a cogitação for pelo lado de ter cumprido o juramento hipocrático, durante toda essa longa vida médica, sou um grande vitorioso e me orgulho disso”.

Na UNIMED de Campina Grande trabalham como médicos cooperados 75 pediatras e, se todos tiverem uma conduta médica semelhante ao fundador da Pediatria na cidade, que foi o Dr. Hênio, sem nenhuma dúvida posso afirmar que estes profissionais da medicina estão no caminho certo, no que diz respeito aos princípios da idoneidade moral e da ética médica.

Para encerrar esta homenagem, que ora prestamos ao Dr. Hênio Azevedo quero, mais uma vez, citar Ronaldo Dinoá quando, no seu livro “Memórias de Campina Grande” – 1º volume, ao entrevistar este grande conterrâneo, o classificou como uma figura imaculada, isenta de ódios e desprovida de maldades.

DR. HÊNIO AZEVEDO Primeiro médico pediatra de Campina Grande

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A semente do cooperativismo, em 1971, encontrou terreno propício ao seu crescimento com 37 médicos campinenses que apostaram em um sonho. Deste sonho, nasceu a Unimed Campina Grande que, hoje, se sente na obrigação de honrar os nomes destes

sonhadores. Conheça a galeria de pioneiros do cooperativismo médico em Campina Grande:

PIONEIROS DE UMA HISTÓRIA

COOPERADO

Dr. Agripino Cavalcanti de AlmeidaNasceu em 17/07/1930Especialidade: Oftalmologista

Dr. Antonio Americo de ArrudaNasceu em 11/10/1916Especialidade: Anestesiologia

Dr. Antonio Aurélio de Oliveira VenturaNasceu em 01/09/1941Especialidade: Oftalmologia

Dr. Antônio Loureiro GomesNasceu em 02/10/1938Especialidade: Cardiologia

Dr. Antônio Virgilio Brasileiro SilvaNasceu em 25/02/1936Especialidade: Pediatria

Dr. Emanuel Ponce de LeonNasceu em 02/11/1943Especialidade: Patologia Clínica

Dr. Fernando de Carvalho RabelloNasceu em 10/07/1932Especialidade: Dermatologia

Dr. Firmino Brasileiro SilvaNasceu em 19/05/1928Especialidade: Ortopedia

Dr. Francisco de Souza AssisNasceu em 22/02/1925Especialidade: Mastologia

Dr. Francisco Wanderley da NóbregaNasceu em 30/01/1912Especialidade: Radiologia

Dr. Franklin de Araújo FilhoNasceu em 28/07/1916Especialidade: Pneumologia

Dr. Gil Braz Borges VasconcelosNasceu em 03/01/1945Especialidade: Homeopatia

Dr. Humberto SuassunaNasceu em 10/11/1926Especialidade: Pediatria

Dr. José Arnóbio de AraújoNasceu em 14/02/1932Especialidade: Cardiologia

Dr. José Carlos Ramos TejoNasceu em 20/07/1929Especialidade: Reumatologia

Dr. José Juraci de Albuquerque GouveiaNasceu em 08/08/1934Especialidade: Pediatria/ Homeopatia

Dr. José Pereira da SilvaNasceu em 28/12/1928Especialidade: Coloproctologia

Dr. José Saturnino NóbregaNasceu em 12/07/1926Especialidade: Radiologia

Dr. Kival de Araújo GorgonioNasceu em 10/11/1925Especialidade: Clínica Médica

Dr. Luiz Guedes de Carvalho FilhoNasceu em 14/03/1930Especialidade: Cirurgião

Dr. Luiz RibeiroNasceu em 10/09/1925Especialidade: Patologia clínica

Dr. Marcos Antonio PimentelNasceu em 30/04/1935Especialidade: Urologia

Dr. Milton MedeirosNasceu em 30/08/1929Especialidade: Otorrinolaringologia

Dr. Patrício Leal de MeloNasceu em 17/08/14Especialidade: Ginecologia

Dr. Paulo Firmino Gayoso de SousaNasceu em 07/06/1931Especialidade: Pediatria

Dr. Paulo Francinete PintoNasceu em 18/06/1935Especialidade: Cirurgia Geral

Dr. Petrônio Vilar CamposNasceu em 23/12/1935Especialidade: Clínica Médica

Dr. Raul Torres DantasNasceu em 31/05/1935Especialidade: Pediatria

Dr. Roberto Abrantes Pinto de OliveiraNasceu em 18/02/1936Especialidade: Oftalmologia

Dr. Ulisses Pinto BrandãoNasceu em 10/01/1923Especialidade: Otorrinolaringologista

Dr. Waldemar da Costa CirneNasceu em 21/01/1936Especialidade: Anestesiologia

Dr. Walfredo da Costa CirneNasceu em 13/05/1937Especialidade: Patologia Clínica

Dr. Aldenir FerrazNasceu em 11/02/1938Especialidade: Cirurgião

Dr. João Maria Ferreira de OliveiraNasceu em 18/08/1942Especialidade: Cirurgião

Dr. Marcelo Maranhão AntunesNasceu em 16/01/1946Especialidade: Patologia Clínica

Dr. Olímpio Bonald da Cunha PedrosaNasceu em 18/06/1911Especialidade: Cirurgião

Dr. Sebastião Carlos CoutinhoNasceu em 30/01/1940Especialidade: Cirurgião

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Como cooperativa, a Unimed Campina Gran-de sempre viveu sua dinâmica de trabalho

voltada para dois objetivos: a va-lorização do cooperado e o res-peito ao cliente. Foi assim que a Unimed agregou valor ao padrão de qualidade, construído em seus 40 anos de história. Atualmente, o cooperativismo nunca esteve tão fortalecido em nossa cidade. Ao chegar ao número de 600 co-operados, a Unimed reforça a diversidade como prática vitoriosa a quatro décadas na prestação de serviço de saúde em nossa cidade. “A chegada dos novos médicos significa o reforço nas opções oferecidas aos nossos beneficiários, além de poten-cializarmos a qualidade da prática médica em nossa cidade, isto sem esquecer de mais oportunidade de trabalho em Campina Grande”, des-taca Drª. Teresa Cristina, Diretora de Mercado da Unimed Campina Grande.

Atendendo ao princípio da livre adesão como um dos pontos que rege o cooperativismo médico, o anestesista Dr. Delano de Figueiredo Nóbrega destaca porque optou por integrar-se à Unimed. “Investir na Unimed é investir na minha própria carreira, já que como cooperado sei que estarei trabalhando para o meu

próprio patrimônio. Tenho muito a oferecer para a cooperativa e para a comunidade, assim como muito a aprender. Acredito que a história da Unimed seja de crescimento conjunto para médicos e comunidade”, pontua.

Na recepção oferecida aos novos cooperados pela Unimed através do Curso de Formação dos Princípios Cooperativistas no auditório de um dos importantes hotéis da cidade, em dezembro, os novos médicos demonstraram uma grande expectativa sobre integrar uma das instituições de maior credibilidade no mercado. Para o radiologista Dr. Rafael Borges Tavares, a expectativa foi mais do que positiva: “Tinha uma ideia, mas não imaginava a importância histórica que a Unimed tem para os serviços de saúde da cidade nessas últimas quatro décadas”, afirma. Todos os participantes do curso puderam conhecer os princípios que norteiam o cooperativismo: Livre acesso e adesão voluntária; Controle, organização e gestão demo-crática; Participação econômica dos seus associados; Autonomia e inde-pendência; Educação, capacitação e informação; Cooperação entre cooperativas e preocupação com a comunidade.

Como cooperativa, a Unimed Campina Grande vive sua dinâmica de trabalho voltada para a valorização

do cooperado e prestadores, apoio aos seus colaboradores e respeito aos clientes. Sem esse parâmetro tudo o que entendemos como referência de qualidade não existiria. A Unimed Campina Grande é o reflexo de cada um dos seus cooperados, das suas decisões, escolhas e atitudes.

No cooperativismo, responsabili-dade compartilhada é compromisso prático, que, uma vez não assumido, traz consequências sérias. O sucesso da Unimed Campina Grande se justifica em cada cooperado que nela acredita. “Se a cooperativa é o nosso negócio, se é dele todo o princípio de valorização do trabalho médico, se é nesta cooperativa que participamos ajudando em cada Assembleia a construir um futuro que garanta o respeito e valorização ao nosso trabalho; é este princípio de responsabilidade que devemos passar a estes novos cooperados”, ressaltou Dr. Francisco Vieira de Oliveira, Presidente da Cooperativa.

Dos 37 cooperados aos 600 novos médicos, a Unimed Campina Grande exemplifica o quanto a prática do trabalho cooperativo continua mais atual e mais atuante num passo de igualdade e evolução, o que tem sido um diferencial no exercício democrático de valorização do trabalho: a medicina exercida com integridade e excelência.

NOVOS MÉDICOS RENOVAM O IDEAL COOPERATIVSITA DA UNIMED

POR UMA UNIMED MAIOR E MAIS FORTEA ampliação do número de médicos cooperados consolida o compromisso da Unimed Campina Grande em oferecer qualidade e diversidade, garantindo a livre escolha dos nossos clientes e reafirmando a força e a atualidade do trabalho cooperativista

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Page 12: Revista Conviver #15

Eu, Karina Tejo, em 02 de

Janeiro de 2008, fui admitida para

trabalhar no setor de Atendimento

da cooperativa, onde passei um

(1) ano e obtive uma excelente

experiência. Agora estou no setor do

Tele Atendimento, onde me dedico

intensamente.

Karina Tejo

Ao longo dos 16 anos em que faço parte da família UNIMED, vi o crescimento do número de colaboradores de 60 (quase todos do sexo femino) para os 140 que hoje a compõem de forma mista, porém uniforme. Vi o crescimento da minha própria família ao nascerem os filhos (Laura e Eric) assistidos, com muito carinho, por todos os colegas e diretores.Desde 1995, quando aqui cheguei, inicialmente no setor de Marketing, passando pelo Serviço de Saúde Ocupacional, Atendimento ao Público e, hoje, na Telefonia, pude testemunhar os avanços tecnológicos e de aperfeiçoamento profissional, a valorização do conhecimento e capacitação, sem esquecer a ascensão do número de cooperados, prestadores e clientes.Fazer parte da UNIMED é tudo de bom! EU FAÇO PARTE DESTA HISTÓRIA!

Celma Miranda Coreia

Fui admitida na UNIMED CAMPINA GRANDE para assumir a função de

Técnica de Enfermagem, no Laboratório de Medicina Nuclear, onde desempenhei a

função com dedicação, entretanto, o serviço veio a ser desativado.

Felizmente fui remanejada para o Tele Atendimento, quadro que integro há seis anos; com muita satisfação, dedico-me

para que minha colaboração no Setor seja satisfatória; não há sacrifício algum já que me identifiquei com as atividades que me

foram atribuídas.

Jacqueline Feitosa de Lima

Comecei a trabalhar nesta Cooperativa já em minha

menoridade, no ano de 1977, tendo, hoje, 34 anos de

trabalho. Acho que sou a funcionária mais antiga. Orgulho-

me em fazer parte de uma história de sucesso que muito tem

contribuído para a saúde da sociedade campinense.

Iniciei minhas atividades como cobradora; naquela

época, todas as cobranças eram feitas de ônibus ou a pé.

Muito me emociona, quando vejo o quanto cresci e aprendi

nesse tempo. Aqui casei, tive filhos sinto como sendo a

continuação da minha casa pois vejo todo o pessoal que

aqui convivo, como sendo minha família. Hoje faço parte de

um dos setores mais importantes dessa Cooperativa que é o

Setor de Contas Médicas.

Maria Lusinete

Admitida em janeiro de 1979, tenho orgulho de ser, há 32 anos, colaboradora UNIMED e fazer parte de uma história de crescimento, que me impressiona de forma gratificante. Como funcionária, lembro a forma como trabalhávamos a produção médica: tudo era feito manualmente. Graças a Deus, e ao empenho da Diretoria, hoje a informatização da Unimed é uma realidade.

Maria Das Graças (Gal)

Em Outubro de 2009 Deus me deu a oportunidade de participar do 1º Congresso de

Saúde – Outubro Médico, onde, na verdade, tudo começou. A partir de Abril de 2009, presto meus serviços como colaboladora no teleatendimento, setor com o qual me identifico bastante. Enfim, adquiri muita experiência nesta empresa que cresce a cada dia e me faz crescer também.

Flávia Sérgio

Quando comecei a trabalhar na cooperativa,

em 1988, no setor de Atendimento ao público,

passei pelo Cadastro e pela Ouvidoria. Na

época, a cooperativa não tinha Telefonistas.

Quando compraram a primeira Central

Telefônica falei com a gerente, Gal, para ocupar

o cargo, já que eu tenho o curso de telefonista

feito no Senac, mas já havia uma pretendente

à vaga; depois de alguns anos passei a ser

telefonista da cooperativa onde ocupo o cargo

até hoje com muita satisfação.

Lucia Lima Leite

COLABORADOR

Como usuária, sempre acreditei na grandeza desta empresa, até que, no ano de 2007 tive

a felicidade de cumprir um Contrato de 06(seis) meses no Setor de Recadastramento, no qual pude conhecer e sentir, de perto, o

espírito cooperativista que transcorre em cada colaborador que faz parte desta. Em 2009, voltei a ser contratada, desta vez como Teleatendente do Serv. 24hs, onde tive oportunidade de dar e receber conhecimentos nesta esfera que é de grande importância para Unimed Campina

Grande. Nessa trajetória hoje desempenho a função de Teleatendente na Unimed Sede onde

estou desfrutando de mais uma conquista. Parabéns, UNIMED CAMPINA GRANDE!

Que, nesses 40 Anos, com a grandiosa graça de Deus, nos tem feito vencedores.Ofélia Pereira Farias Costa

Ela define seu tempo de trabalho na cooperativa como “uma existência”. Dona Zenilda, como

é carinhosamente chamada, é a primeira contadora da Unimed Campina Grande. Participante desde o início de um sonho, ela passou, juntamente com os médicos pioneiros, por todos os primeiros desafios impostos à criação de uma cooperativa de trabalho médico. O que para muitos era uma utopia, para todos eles era um ideal que estava tomando forma.

Segundo D. Zenilda, a maior dificuldade, no início, era a adesão dos usuários, pois estes precisavam acreditar que teriam um atendimento médico-hospitalar de alto nível e de livre escolha por um baixo custo. “Com o passar dos anos, essa dificuldade foi minimizada pela comunicação utilizada

a qualidade dos serviços só tende a aumentar! Estou muito feliz com esta realidade, pois a Unimed também é minha vida!”.

Dona Zenilda Chaves Góes, primeira contadora da Unimed Campina Grande merece, aqui, ser destacada como exemplo de luta por uma causa, por ter apoiado sempre os médicos cooperados e por trazer a bandeira da cooperativa em suas mãos. Como D. Zenilda, alguns colaboradores manifestaram seus sentimentos pela Unimed em palavras. Vejamos alguns depoimentos:

pela Unimed e, p r i n c i p a l m e n t e , pela famigerada comunicação ‘boca-a-boca’”, destaca D. Zenilda.

Por ter participado de, praticamente, todos os momentos da cooperativa, Dona Zenilda ressalta que, após quatro décadas de vitórias alcançadas, graças ao apoio e ao trabalho de todos, os desafios não param. “Uma grande conquista que posso citar foi a consolidação da saúde financeira da Unimed. Agora, com todas as certidões negativas nos âmbitos federais, estaduais e municipais, a Unimed reitera sua seriedade em cumprir todas as exigências legais. Além disso conseguimos manter nossa fidelidade ao cliente, de modo que

D. ZENILDA CHAVES

COLABORADORA Nº 1

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PROF. ISAÍAS ESTÊVÃO BARRÊTO CHAVES

É impossível dissociar a matemática da arte. A palavra “matemática”, segundo D`Ambrosio (2005), vem

dos termos máthema e techné e define máthem como ensinar (equivalente a conhecer, entender, explicar); e techné como tica (correspondendo a técnicas e artes). Podemos concluir que Matemática é conhecer técnicas, ensinar artes, ou ainda entender técnicas e artes.

Hoje o ensino da Matemática se configura em duas vertentes: Matemática Pura e Aplicada e Educação Matemática. A primeira, voltada à sintetização de fórmulas e aplicação de conceitos matemáticos, sem a preocupação de atingir um conhecimento de forma democrática, e a segunda voltada à pesquisa e aplicação de metodologias de ensino que levam o aluno para um ambiente de construção de conceitos, resolução de problemas e aplicações no seu cotidiano e como consequência uma aprendizagem significativa.

Embora as duas modalidades sejam importantes, a Educação Matemática se configura por sua preocupação quanto ao desenvolvimento das habilidades e competências, competências essas que são construídas com o objetivo de formar um cidadão completo e ao mesmo tempo “obrigando-o” a pensar e refletir sobre resultados.

Dentro desse contexto, propomos

uma atividade, para os alunos da 1ª Série do Ensino Médio de uma escola particular de Campina Grande, com a produção de imagens em perspectiva, tendo como finalidade proporcionar através do ensino da Trigonometria uma forma lúdica, criativa e motivadora, levando o aluno a fazer arte e construir os conceitos de forma interdisciplinar.

Como ramificação da Matemática encontramos, na Fotografia, uma tecnologia intimamente ligada à ela, uma vez que conceitos da Matemática explicam o funcionamento da câmeras e seu aperfeiçoamento ao longo dos séculos até os dias de hoje. As primeiras

câmeras fotográficas no mundo têm origem no século XVI, nas chamadas câmeras escuras. Mas apenas em 1745 foi acoplada a elas uma lente, melhorando muito a qualidade das imagens formadas. A necessidade do homem de deixar marcar ao longo da história seja no campo da escrita como nas imagens nos leva a um olhar para a arte Grega e Italiana nos períodos clássicos e renascentistas, respectivamente, para explicar a importância da Matemática nos determinados períodos, o que revolucionaria conceitos de beleza na arquitetura grega e representações do real em três dimensões nas telas de duas

MATEMÁTICA: A ARTE ALÉM DOS NÚMEROS

dimensões na Arte Renascentista. Foi no Renascimento que ocorreu

o despertar para um registro de imagens mecanicamente, uma vez que os registros eram feitos por pintores aplicando técnicas de perspectiva. Partindo desse princípio propomos, para um grupo de alunos, a realização de um trabalho relacionado a distâncias e ângulos de visão contextualizando os conceitos da trigonometria e da física, associados ao imaginário das ideias à filosofia

Partindo desse princípio, mostramos alguns trabalhos de alunos que “toparam” a proposta.

Importante destacar que, além de desmistificar o “bicho-papão” como a Trigonometria foi tratada durante muitos anos, ressalta-se o grau de excelência alcançado nos trabalhos pelos alunos, a tal ponto que 25 participantes do projeto ingressaram no I Encontro de Iniciação à Docência, promovido pela Universidade Estadual da Paraíba – UEPB.

Um exemplo mais do que prático do quanto de belo e artístico precisa ser percebido, muito além dos números.

Meninas dentro do Tênis - ALUNA: “Após a realização do trabalho, concluimos que a foto em perspectiva é uma técnica que pode ser utilizada para criar uma ‘ilusão’ ao cerébro do observador. A foto consiste em reproduzir uma imagem tridimensional em bidimensional. Para obter um bom resultado, os objetos que aparecem na foto estão posicionados em distâncias diferentes.”

Coqueiro - Aluna: “Essa ilusão faz com que pareça que Camila cresceu e desenvolveu uma força tal que consegue ‘soprar o coqueiro’ ”

Robô de brinquedo - Aluno: “Assim enganando nossos olhos através de uma ilusão de ótica, como podemos perceber na foto que um robô de 10 cm está bem próximo da câmera dando assim a impressão que é maior do que eu, que tenho 1,75m.”

Moto de brinquedo – Aluno: “Com a moto muito próxima da câmera vimos que a distância em que Ítalo se encontra faz com que ele pareça estar em cima da moto, ou seja, uma ilusão de óptica causada pela perspectiva da visão em 2D.”

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nosso passado, alcançando essas lembranças às vezes a mais distante idade de um homem, adquire a memória irrefutável longevidade, dizendo-se da memória um exercício da eternidade.

Por outro lado, a virtude da memória, ao nos reproduzir o passado em imagens e sentidos das lembranças, consiste em nos aproximar, em nos impedir de esquecermos, quem cada qual é, que destino sobre qual recai. A memória é assim um discreto, e repetido, exercício de restauração de nós mesmos. As reminiscências não possuem horizonte, nem cruzam esta linha, não perpassam caminho algum, guardadas que estão no fosso das coisas idas. Adquirem um status transitório entre a morte, posto que não têm substância, e a vida, posto que possuem a capacidade de movimentar-se, reconstruir-se, em som, cor, forma, cheiro. Tal como a mulher na pintura de Hopper, as memórias fazem-se de transitória solidão, quando por instantes esquecemos de nossos

Em certa altura do musical “Cats”, de Andrew Lloyd, gatos cantam: “Lembro do tempo quando eu sabia o

que era felicidade. Deixe a memória viver novamente”.

Estranho atribuir-se nostalgia aos gatos, pois que os mesmos não possuem memória tão refinada a ponto de recorrerem a lembranças para encontrarem a felicidade.

Os gatos da peça somos nós, vagando entre os instintos de ser homem, e os suspiros e sentidos da alma, e que, diferentemente dos bichos, temos memória, e temos a inexorável busca pelo que supomos ser a felicidade.

Em que momento a linha das reminiscências cruza esse caminho da busca em ser feliz? Ou ainda, como a memória poderia nos fazer saber o que a felicidade seria?

O valor das coisas faz-se de virtude e longevidade. Sendo assim, deverá a memória ser coisa de muito caro valor. Pois que nosso tanto de lembranças, ao fazer renascer, ressurgir, idas estórias de

DR. FLAWBER CRUZ

QUANTO VALE A MEMÓRIA

dirá tristes, ou felizes. É a verdade do tempo de criança, das correrias e escolhas dos dias de maturidade, das horas mais largas de quando se envelhece, que nos dirá o que temos da vida.

Quanto vale uma memória confunde-se em quanto vale a vida?

Cada lembrança vale um choro, uma gargalhada,

Um lamento, um perdão,Uma desfeita, um beijo,Uma ausência, uma gratidão,Um fim, um começoDe uma estória para se contar.Vale uma vida inteira, de erros

e acertos, de metade que se perde, de metade que se ganha, das idas e vindas do que odiamos, do que sonhamos, das idas e vindas do que amamos.

Que nunca nos falhe a memória, ao nos buscarmos no tempo que passou, para quem sabe no meio de uma ou outra música monótona da vida que tenhamos dançado, nos encontremos rindo um pouco, de um pouco que nos tenha feito muito feliz.

Para cada homem restará um tanto de desilusões, outro tanto de sonhos feitos. Destes, se faz a verdade de nossas lembranças.

Que verdade cada um de nós, dia após dia, temos feito para a memória que teremos?

NATUREZA MÉDICA

toca-se no ar o som harmônico, sem extravagâncias, de uma canção para um sonho bom.

Nessas danças que o destino e o tempo nos trazem, nem sempre, ou talvez até poucas vezes, a memória em sua coreografia esbarra na felicidade, ou tem na mesma seu par. Lembrança não se desfaz, e portanto não mente. Por ser esse autêntico legado da verdade de cada um, é a verdade de nosso passado que nos

do nascimento ao fim, da inocência à razão, as lembranças são o autêntico legado da existência de cada homem.

Como os gatos-homem que no musical dançam pelos muros ao som de suas lembranças, cada lembrança é parte de nossa alma dançando ao longo da linha de nosso tempo.Ora uma música triste, enfadonha, quase a enferrujar as juntas, outrora, uma música que se escuta vibrante, frenética, de êxtase e cor, e por vezes,

planos e desejos futuros, quando nos afastamos da multidão ou dos que nos cercam, para, sozinhos, repensarmos, e assim, revivermos, o que passou.

Por haver na curiosa passagem da criança traços que permeiam a fala e a vontade do adulto, por haver em cada adulto as fibras e tensões que no velho afrouxam-se para o descanso dos dias, por haver apenas uma única e inédita linha de cada um

Edw

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Page 15: Revista Conviver #15

RIBAMILDO BEZERRA

Na maturidade adquirida com o tempo, não basta viver, tem que ser. Para contar e falar da Unimed

Campina Grande nestas quatro déca-das é preciso carregar essa história na alma. Segundo o presidente da Uni-med Dr. Francisco Vieira, cada pessoa que representa esta marca no que faz, carrega Unimed como sobrenome. “A força desta marca nos traz uma responsabilidade ímpar, nos alertan-

do sobre exercício de ser Unimed em nossas funções”. Como patrimônio de Campina Grande, a cooperativa demonstrou, segundo seu presiden-te, porquê, em 40 anos de história, conseguiu ser um forte referencial de credibilidade e investimento na área da assistência à saúde em Campina Grande. “A Unimed é de Campina, conseguindo ser grande por acreditar na força e no trabalho presentes nesta cidade”, destaca. Confira a entrevista.

CONVIVER - O que motivaria o médico Francisco Vieira de Oliveira a ingressar numa coo-perativa médica como a Unimed Campina Grande?

DR. VIEIRA - Por representar um espaço onde a medicina pode ser exercida com respeito e qualidade, por parte de quem a faz e de quem faz uso dos seus serviços. A credibi-lidade conquistada pela Unimed em sua história tem como fator maior o ideal materializado da valorização ao trabalho médico, onde o coope-rado é o seu próprio gestor, gerin-do seus custos e sua remuneração, tendo uma relação direta com a co-munidade sem atravessadores. Uma proposta revolucionária e sempre atual; prova disso está na integra-ção de mais de 600 médicos que se somam a esse ideal em Campina Grande, fazendo parte dos 108 mil cooperados que representam esta marca no Brasil. Ingressaria na certeza de que os ideais da práti-ca de uma medicina realizada com excelência é uma realidade absolu-tamente possível no contexto de tra-balho da Unimed Campina Grande.

CONVIVER - Que reflexos trou-xe a criação da Unimed junto à prática médica e demais serviços de saúde em Campina Grande e região?

O EXERSER UNIMEDPEQUENO CONTO

O SONHODR. EVERALDO NÓBREGA

A Musa e o Poeta tinham um sonho. Mas um sonho de vida. É que os apaixonados tanto sonham

dormindo como acordados. Então, ela lhe falou que tivera um sonho sonhado. Desses do quinto estágio do sono. Aquele da fase profunda, quando os desejos íntimos emergem lá do recôndito da alma para campear o coração. E contou-lho:

“Era final de tarde, tardinha, quase anoitecendo. O Poeta, meio que caladão, convidara-a para sair. Mas isso tinha sido somente pretexto para levá-la a certo lugar. Assim, depois de algum tempo, já noite, chegaram ao destino. Local perto da cidade, semi-ermo, tipo pequeno sítio. Vizinhança humilde, mas boa gente.

Mais encabulado que antes, ele lhe mostrara ― e com ela adentrara ― uma pequena casa. Casinha nova, simples, de alvenaria, sem móveis. Na entrada, além de pequenino jardim, uma areazinha com varandas e portãozinho de madeira e, ainda, armadores para rede. No interior uma salinha de visita, outra de janta, dois quartinhos, banheiro à parte e cozinha. Nos fundos, diminuto muro. Também sem forro, com telhado à mostra, de telhas, caibros e ripas de pouca qualidade, porém novos. E com piso sem cerâmica

Revista Conviver | 28 Revista Conviver | 29

nem cimento, de barro batido, regularmente nivelado, com cheiro de terra úmida. As paredes, sem acabamento de massa, haviam sido pintadas de uma única cor. As janelas e portas, a exemplo das varandas e do portão, eram de madeira envernizada com suas peças cuidadosamente encaixadas umas nas outras, mas com pequeninas brechas por onde entravam réstias do luar. De fora, vinha o pio de uma coruja, o coaxar de rãs, o cri-cri de grilos, esparsos latidos de cães. O clima estava ameno. E o vento assoviava no telhado e fazia as folhas das árvores farfalharem. O mais era silêncio...

Após andar pela casinha e ver

tudo, a Musa observou o Poeta de pé, num dos cantos, escorado na parede. Estava meio que triste, cabisbaixo, fixando um ponto imaginário no chão. Sentindo-se observado ele levantou a vista, olhou-a e gentilmente falou:

― Querida, desculpe... Isso é tudo que posso lhe oferecer...

E ela simplesmente respondeu-lhe:

― Querido, mas isso era tudo o que eu queria...

Quando a Musa terminou de contar seu sonho sonhado, o Poeta estava imerso nos seus íntimos pensamentos. E com os olhos marejados. É que de alegria também se chora...

DR. FRANCISCO VIEIRA

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construída por gente tão campinense quanto este povo. A Unimed é de Campina Grande e aqui possui laços históricos e afetivos. Temos exercido a nossa responsabilidade com este povo por entendermos que crescemos ao longo dessa caminhada. Investimos em promoção à saúde e potencializamos os serviços realizados em Campina Grande para que todos os nossos investimentos aqui circulem. Afirmo sempre: se somos grandes é porque crescemos com Campina.

CONVIVER - A liderança da Unimed Campina Grande no mercado implica também numa responsabilidade de cada um que representa a marca. Que tipo de sentimento o senhor, como presidente, compartilha com cooperados, colaboradores e prestadores para justificar essa conquista?

DR. VIEIRA - O sentimento é de responsabilidade, e este sentimento só pode ser compartilhado quando

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de responsabilidade do Governo Federal. Da mesma forma que ressarcimos ao SUS quando nossos clientes são atendidos pelo sistema público, em procedimentos que nós como plano de saúde cobrimos em contrato.

CONVIVER - Um cliente que opte por um plano de saúde é um voto de confiança que este dá a este serviço. Quais pontos o se-nhor destacaria que traduzam a credibilidade da marca Unimed Campina Grande?

DR. VIEIRA - Somos a primeira Unimed do Nordeste a implantar uma ouvidoria na nossa própria cooperativa. Um exemplo prático do quanto fazemos valer o respeito a um contrato celebrado e à força do diálogo com os nossos beneficiá-rios. Pertencemos ao movimento co-operativista representado em mais de 320 singulares “Unimed” no Brasil, numa abrangência em quase 90% do território nacional. Diante deste fortalecimento entre médicos e comunidade, a Unimed Campina Grande se destaca entre as quatro melhores singulares do sistema Uni-med no Nordeste.

CONVIVER - Como cooperati-va, a Unimed segue o princípio de ser parte integrante da comu-nidade à qual ele presta serviços. Que ações podemos destacar que exemplifiquem os laços estreitos que a Unimed possui com Cam-pina Grande?

DR. VIEIRA - Somos um patrimônio desta cidade, pois toda a nossa história de 40 anos foi

há comprometimento no que se faz. Cada cooperado, colaborador ou prestador possui um sobrenome: Unimed. Se fizermos correto, cumprimos o nosso papel; do contrário, é a marca Unimed que sofre o prejuízo. Acredito que tão fascinante seja integrar-se a essa história, que até nos nossos erros, quando ocorrem, surgem por nossa intensa vontade em querer acertar. Essa constante busca pela qualidade nos dá, há 18 anos seguidos, o título da marca mais lembrada em todo o país, em pesquisa realizada pela folha de São Paulo.

CONVIVER - O atual paradigma da saúde suplementar está, hoje, em não apenas representar um plano de cobertura a doenças, mas, de maneira prática, ser um serviço que também promova a saúde. Como a Unimed Campina Grande tem desempenhado esse papel?

DR. VIEIRA - Somos um plano de saúde e qualidade de vida. A Unimed, em toda a sua história, sempre primou por investir em atitudes que trouxessem a consciência de que viver bem e, antes de mais nada, uma questão de atitudes renovadas, informação e consciência. Trabalhamos nesse sentido ao investir em alguns pontos de ação: a atualização dos nossos médicos quando promovemos os encontros de educação continuada, diversificando os temas de forma interdisciplinar. Estes encontros que culminam em um maior, o Congresso de Saúde Unimed, que é bienal, reunindo grandes nomes na pesquisa brasileira médica aqui,

Cada cooperado, colaborador ou prestador possui um

sobrenome: Unimed

DR. VIEIRA - Diria que uma grandiosidade indescritível. Desde a sua fundação, em 1971, a nossa cooperativa mudou positivamente o panorama da assistência à saúde elevando a qualidade desse serviço em Campina Grande; ampliando os serviços de atendimento; incenti-vando a abertura de novos postos de trabalho, assim como a chegada de novas especialidades. A Unimed é responsável, atualmente, por 142 empregos diretos, isto sem falar nos indiretos gerados por cooperados e prestadores que, só na área de atendimento e recepção, ultrapassa o número de 600. Somos o segundo maior contribuinte do município, e os valores pagos em impostos ficam e circulam na cidade, o que poten-cializa a nossa economia.

CONVIVER - Que pontos do cooperativismo o senhor desta-caria que fazem desta filosofia de trabalho algo tão atual na valo-rização ao trabalho médico e de-mais classes?

DR. VIEIRA - Não existe parâmetro que melhor defina a atualidade do cooperativismo em tantos anos de existência do que a participação igualitária de todos os cooperados, onde o próprio comando da Instituição está nas mãos de cada membro da cooperativa. Como cooperativa médica, a Unimed Campina Grande é o reflexo das decisões e das ações que só o exercício democrático do cooperativismo é capaz de proporcionar.

CONVIVER - Em sua opinião em 40 anos de história a Unimed

conseguiu ser compreendida como cooperativa médica?

DR. VIEIRA - Em quatro déca-das de serviços prestados, ainda somos interpretados como empresa e não como cooperativa, por algu-ma parcela da sociedade. Isto tem um diferencial na prática, pois no cooperativismo não temos interesse mercantil na exploração de servi-ços. Nossa proposta de crescimento conjunto se estende a comunidade na qual estamos inseridos. A so-ciedade ainda não entendeu que o cooperativismo não explora, com-partilha, e em vez de subtrair, soma distribuindo.

CONVIVER - Passados 11 anos da regulamentação dos planos de saúde pela Lei 9.656/98 e criação da ANS, como a Unimed tem se portado ante as constantes mu-danças que, até hoje ocorrem na legislação da saúde suplemen-tar?

DR. VIEIRA - É bom ressaltar que a regulamentação dos planos de saú-de foi um divisor de águas no cam-po da saúde suplementar. Ao mesmo tempo em que aprimorou o relacio-namento entre operadoras e benefici-ários, ratificando deveres e responsa-bilidades, retirou do mercado quem não tinha condição de se estabelecer na área. O grande desafio de mui-tas operadoras está voltado para as constantes mudanças operacionais estabelecidas pela ANS, somado ao cumprimento das garantias financei-ras, também conhecido como provi-sionamentos exigido pelo órgão, isto sem falar nos custos que avançam em ritmo progressivo.

CONVIVER - Falando em ANS, como a Unimed Campina Gran-de tem se relacionado com a Agência que regula e fiscaliza o mercado de saúde suplementar? Poderíamos destacar algumas conquistas junto a esse órgão?

DR. VIEIRA - Nossa relação com esse órgão regulador é de reconhecimento e respeito. Sempre destaco que podemos até questionar, mas nunca deixar de cumprir uma normativa da Agência. Temos um acompanhamento contínuo dos nossos números e da qualidade do nosso atendimento que servem de análise para o Índice de Desempenho medido pela Agência. Destacamos que, nesse quesito, obtivemos notas muito acima da média no item satisfação do cliente, segurança econômico-financeira e atenção à saúde. Diante dessa dinâmica, conquistamos o nosso Registro Definitivo, uma certificação que a ANS só concede para operadoras que atendem aos seus pré-requisitos mais importantes.

CONVIVER - Sobre a Respon-sabilidade do Governo Federal e responsabilidade da Saúde Su-plementar, podemos afirmar que a justiça já consegue distinguir uma coisa da outra?

DR. VIEIRA - Muito raramente. É compreensível até que em um momento emergencial, um juiz conceda uma liminar para liberação de um procedimento que não conste em contrato. Mas o ideal seria que logo em seguida fôssemos por força de lei ressarcidos pelo SUS por cobrir algo que seria

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INFECÇÃO RELACIONADA À ASSISTÊNCIA À SAÚDEDRA. ANDRÉA DE AMORIM PEREIRA BARROS

Desde os primeiros hospitais europeus na Idade Média, sentia-se a necessidade de haver

um local para as pessoas morrerem, diante disto, além dos males que acometiam os pacientes observava-se que outras doenças os açoitavam, embora não se conhecesse a forma de contaminação nem os agentes envolvidos neste processo. Apenas no século XIX, Dr. Ignaz Semmelweis, médico vienense que se tornou diretor de um hospital obstétrico, constatou diferenças na evolução clínica das parturientes em duas enfermarias; em uma destas, um grande número de puérperas contraíam sepse (presença de organismos formadores de pus, ou de suas toxinas, no sangue ou nos tecidos), enquanto noutra a

incidência da infecção puerperal era menor. Na primeira enfermaria, as pacientes eram assistidas por médicos e estudantes de medicina que, ao saírem das salas de necropsia, as atenderam. Na outra, a enfermagem era responsável pelos partos e mantinha contato exclusivo com as pacientes.

Ainda observando a situação, Semmelweis fez a necropsia de um médico que havia se cortado durante o atendimento a uma paciente grave, e percebeu que os mesmos achados clínicos observados na paciente, estavam presentes no médico que morrera.

Diante de tais evidências, foi instituída a lavagem das mãos antes e após o contato com cada paciente, fato este que veio a diminuir, expressivamente, o nível de infecção

puerperal na enfermaria conduzida pelos médicos do hospital austríaco.

Em 1958, a American Hospital Association recomendou que os hospitais estabelecessem programas formais para monitorizar e tomar medidas preventivas frente a infecções.

Em 1983, o Ministério da Saúde no Brasil estabelece que todos os hospitais devem criar uma comissão de controle de infecção hospitalar, a CCIH, composta por médico, enfermeiro, representantes de todos os serviços hospitalares como da administração, nutrição, farmácia, laboratório, entre outros. Tal equipe estaria destinada a trabalhar buscando, isolando, tratando e prevenindo infecções, esterilizando materiais, controlando a ministração antibióticos e as medidas de

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em nossa cidade. Com a nossa comunidade, promovemos encontros gratuitos com abordagem a prevenção ao Câncer do Colo Retal, Sexualidade e HPV, e os cuidados com os nossos Idosos. A sociedade tem dado o devido respaldo com uma participação que supera o número de inscrições previstas.

CONVIVER - Em quarenta anos de história a Unimed acompanhou o seu tempo junto evoluindo com os serviços da saúde suplementar no Brasil. Em que ponto crescemos, em quais fizemos o diferencial e em quais ainda devemos avançar?

DR. VIEIRA - Crescemos num ponto primordial quando nos responsabilizamos conjuntamente por esta evolução, assumindo desafios e compartilhando conquistas. Nosso diferencial continua sendo acreditar na força do nosso trabalho, que traz consigo a ética, a transparência e a vontade em melhor servir. Tão dinâmico quanto a medicina que evolui em compasso com a tecnologia, é a nossa harmonia com o nosso tempo. Nossos anseios devem acompanhar a contemporaneidade em harmonia com as necessidades de cada momento.

CONVIVER - O que levaria o cidadão Francisco Vieira a adquirir plano da Unimed Campina Grande?

DR. VIEIRA - Acho que uma história de 40 anos tendo a liderança do mercado não poderia deixar de ser a melhor propaganda para uma instituição. Seria (como sou) um cliente Unimed por acreditar numa trajetória de ética e serviços prestados a uma comunidade que a reconhece como um patrimônio da cidade onde já não se dissociam os nomes “saúde” e “Unimed”.

MEDICINA: CIÊCNCIA DA VIDA

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biossegurança, tudo visando a controlar as taxas de infecção em instituições públicas ou privadas.

Infecção relacionada à assistência à saúde é um novo conceito que se tenta colocar na prática médica em substituição ao termo infecção hospitalar, para atualizar a visão estabelecida acerca das infecções que ocorrem em pacientes hospitalizados, em pacientes ambulatoriais, em pacientes submetidos a procedimentos em clínicas e domicílios, considerando-se a dinâmica médica dos últimos anos.

Com a intenção de análise, vigilância, prevenção e tratamento, costuma-se estabelecer que toda infecção adquirida 48 horas após a internação ou procedimento, deverá ser vista como relacionada à assistência. Tal diretriz não aponta erro ou falha da equipe profissional, embora possam ocorrer, mas serve como parâmetro para a constante observação nesta área de saúde, pois jamais se conseguirá um percentual nulo de casos de infecções.

Infelizmente, no Brasil, não há uma legislação rigorosa que discipline a aplicação das normas existentes que regem o trabalho das comissões de controle de infecção hospitalar; isto é assim porque não cabe apenas às comissões este papel.

O fato é que o nascedouro desta problemática remonta à formação profissionalizante; prova disto é a reincidência de altas taxas de infeção observadas em serviços particulares e públicos. Nestes últimos a situação é mais grave em algumas regiões brasileiras pelo despreparo sóciocultural da população e pelo desinteresse político. Medida tão simples e eficaz como a lavagem de mãos é adotada apenas por 60% dos profissionais de saúde...

Oficialmente, nosso nível de infecção relacionado à assistência à saúde ocorre em 17% nas vias urinárias, 10% manifesta-se como sepse, 15,6% ocorre em cirurgia, 29% como pneumonia, entre outras incidências. Tais cifras demonstram a gravidade do problema, o qual não se limita apenas ao Brasil e extrapola fronteiras, posto ser observável em nível mundial.

Não há excelência nas comissões de controle de infecção hospitalar no Brasil, observando-se que há profissionais perdendo a guerra. A problemática é ampla e apresenta dificuldades quanto ao controle e fiscalização tendo em vista fatores como a escassez de antibióticos, a ampla resistência dos germes aos tratamentos e a ação contaminadora das políticas públicas afetas à saúde.

Alguns fatores são fundamentais para o reconhecimento da infecção e respectivos cuidados frente a pacientes susceptíveis à infecção:

1. Idade: recém-nascidos e prematuros a idosos possuem fragili-dade no sistema imunológico; 2. Patologias prévias: imunode-pressão, cardiopatias, doenças re-nais, hepatopatias, diabete, câncer predispõem a infecções;3. Queimados: perdem a primeira proteção que é a pele íntegra;4. Uso de drogas como corticos-teroides e imunossupressores afetam a resposta imunológica;5. Uso inapropriado de antimicro-bianos, selecionando cepas;6. Longa permanência hospitalar e em unidades de terapia intensiva acarretam contaminação por germes de alta resistência;7. Reconhecimento da flora hospita-lar e ambulatorial;8. Diagnóstico precoce para trata-mento efetivo;9. Vacinação e medidas de bios-segurança protegendo pacientes e equipes multidisciplinares;10. Vigilância permanente.

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Podemos definir tal doença como sendo a condição do refluxo do conteúdo gástrico o qual vem a

provocar sintomas incomodativos ou complicações. Segundo o Consenso de Montreal, a DRGE se classifica como doença de cunho Sindrônico.

Existem, portanto: As síndromes sintomáticas: a doença de refluxo não-erosiva, e a Síndrome da dor torácica; As síndromes com danos esofágicos: a Esofagite de Refluxo propriamente dita, a Estenose Péptica, o Esôfago de Barrett, o Adenocarcinoma do esôfago; e as síndromes extraesofágicas: tosse do

refluxo, laringite por refluxo, asma por refluxo, faringite por refluxo, otite média e erosão dentária por refluxo.

A DRGE é uma doença com elevada prevalência, posto que, estima-se, 20% da população brasileira sofra desse mal, cujas manifestações típicas envolvem: queimação retroesternal (por trás do esterno); azia; regurgitação ácida ou não; e disfagia (dificuldade para engolir).

Outras manifestações que chamam a atenção são o pigarro, a rouquidão, a laringite e faringite crônicas, e a Asma. Disfagia,

Odinofagia (dor na deglutição), perda de peso, sangramento, anemia e histórico familiar de câncer exigem uma investigação mais cuidadosa, pois esses sintomas podem apontar para um problema mais grave, como Neoplasia e Estenose.

Pacientes que apresentam sintomas noturnos têm, geralmente, maior gravidade do que aqueles com sintoma diurno, visto que aqueles têm o sono interrompido mais frequentemente; costumam sufocar e apresentar rouquidão matinal o que lhes piora a qualidade de vida. Nos idosos, pelo próprio processo de envelhecimento, com a diminuição da

DOENÇA DO REFLUXO

GASTROESOFÁGICODR. TADEU VITORINO

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mobilidade do esôfago, assim como relaxamento do esfíncter Esofagiano, as manifestações do refluxo são mais comumente observadas.

O esfíncter inferior do esôfago é muito importante na gênese da doença do refluxo. Há indivíduos que apresentam um maior grau de relaxamento do esfíncter o que provoca sua abertura e o consequente refluxo do suco Gástrico para o esôfago. O fenômeno mais frequente é o relaxamento transitório, portanto fisiológico e sem danos.

A anatomia do esôfago e do estômago tem elementos anti-refluxo. Alguns defeitos ana-tômicos como a Hérnia Hiatal, relaxamento esfincteriano e disce-nesia da musculatura desses ór-gãos são exemplos encontrados que favorecem o refluxo e, conse-quentemente, a DRGE.

A agressividade do Suco Gástrico refluído é outro elemento a ser consi-derado. Na maioria das vezes este material é ácido, no entanto, pode também ocorrer um refluxo menos ácido ou até mesmo não-ácido.

O retardo no esvaziamento Gástrico, muito comum nos pacien-tes com doença do refluxo, é um fator complicador. Esse é o motivo das queixas de distenção, desconforto, e hipostemia muitas vezes relatados pelos pacientes.

O esôfago tem um mecanismo de defesa fisiológico, que é a lavagem do esôfago pela saliva. Por esta razão pacientes que têm pouca salivação são mais susceptíveis a sofrerem os efeitos mais agressivos do conteúdo do refluxo gástrico.

Frente aos defeitos anatômicos ou fisiológicos podem predominar uma forma ou outra da inflamação do esôfago distal, que é a doença do refluxo gastroesofágico.

DiagnósticoDeve ser feito após uma

Anamnese acurada levando-se em conta sempre os sinais e sintomas relatados pelo paciente, quais sejam: “pigarro”; azia; “globus” (bolo na garganta); e regurgitação. Não esquecer de pensar em neoplasia e estenose quando se fizerem presentes perda de peso, anemia, disfagia e odinofagia.

Os exames empregados muitas vezes não trazem sinais positivos, como erosões da mucosa esofágica ou gástrica, o que pode ser interpretado como esofagite ou gastrite. Isso não afasta o diagnóstico, que pode também ser feito com a prova terapêutica através do uso de Inibidores da Bomba de Prótons – IBP.

Atualmente, lança-se mão de vários meios para se fazer o diagnóstico.

A Endoscopia Digestiva Alta deve ser o primeiro exame a solicitar-se, por ser facilmente disponível, prático, e de visualização direta da mucosa do esôfago e do estomago. Com este método podem-se diagnosticar as complicações da DRGE, quais sejam: Estenose, Esôfago de Barrett, Adenocarcinoma, assim como uma Esofagite, uma Gastrite, Úlceras Gástricas etc.PHmetria de 24 horas – diz-se tratar-se do exame padrão-ouro. É feito através de um fino catéter contendo, em sua extremidade, sensores que registram o pH do Esôfago ao nele ser introduzido.Outros exames mais sofisticados e mais onerosos podem fazer parte do arsenal de diagnósticos como: Esofagomanometria, Cintilografia do esôfago, Fluoroscopia, Impedanciometria etc.

TratamentoO objetivo do tratamento é

aliviar os sintomas e a cicatrização das lesões da mucosa quando estas estiverem presentes. A prevenção da recidiva é uma medida muito importante no tratamento, pois esta é extremamente elevada na doença do refluxo. Caso o paciente tenha defeitos no mecanismo de defesa (relaxamento do Esfíncter, falta de salivação, defeito da motilidade etc.) estes devem ser corrigidos.

O tratamento da doença do refluxo é basicamente clínico, sendo cirúrgico quando a indicação clínica falhar. Complicações como Esôfago de Barrett, ulcerações, estenose, hemorragias e neoplasia serão condições adicionais para que se indique a cirurgia.

“As Diretrizes Brasileiras para a doença do Refluxo Gastroesofágica” recomendam algumas medidas com-portamentais, quais sejam:– A elevação da cabeceira da cama deve ter 15 cm para aumentar a

probabilidade da ação da gravidade e evitar que o refluxo tenha um sentido ascendente.– A moderação da ingestão de alimentos como café, gordura, cítri-cos, bebidas alcoólicas, bebidas gasosas, menta, hortelã, tomate e derivados de chocolate.– Evitar refeições exageradas, posto que aumentam a pressão intra-abdominal e intra-gástrico, favorecendo o refluxo.– A suspensão de práticas tabagistas. Existem poucas evidências, mas é importante levar em conta que o fumo faz mal, favorece o mau hálito, a doença do refluxo, entre outros males. – A redução do peso corporal quanto aos obesos. Esse item é o único com conotação de grau de recomendação, já que é comum pacientes obesos apresentarem refluxo.

Não só a obesidade, mas também as comorbidades são várias na doença do refluxo: hipertensão, diabetes, depressão e hipercolesterolemia.

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O HOMEM E A DORASPECTOS CIENTÍFICOS E SOCIAISDR. MARCOS ARRUDA

A dor é um fenômeno com-plexo multidimensional e subjetivo. Além da di-mensão sensitiva do pro-

blema álgico, devem ser levadas em consideração, também, as reper-cussões fisiológicas, psiquiátricas, sociais, profissionais, econômicas e funcionais da dor. O paciente deve ser investigado como um todo, des-de o início e duração do problema álgico, em relação aos antecedentes individuais e familiares, estressores psíquicos, questões emocionais, so-ciais, culturais e ocupacionais. Ênfa-se deve ser dada à natureza do sono, sua duração e despertar durante a noite. Devem ser avaliados também os resultados do tratamento prévio, duração e período de internação, desempenho e rendimento físico e psiquismo, testes laboratoriais, ima-gens e mensuração da dor através de escalas.

Pode-se classificar a dor em Agu-da ou Crônica.

Dor Aguda – está relacionada à estimulação nociceptiva, produzida por lesão tecidual com desenvolvi-mento de um processo inflamatório seja por fratura, lesão dos tecidos do tegumento, da musculatura esque-lética ou das vísceras. Pode ser re-

sultante, ainda, da incisão cirúrgica ou de queimadura. Na dor pós-ope-ratória a movimentação, o toque na incisão, a respiração, a tosse e até o movimento do intestino podem pro-vocar paroxismos de dor. A dor agu-da, de uma forma geral, é resultante da experiência sensitiva, cognitiva e emocional de cada paciente, e vai estar sempre associada às respostas autonômicas e comportamentais in-dividualizadas. Está sempre associa-da a um alto nível de ansiedade e, quando não abordada corretamente, determina alterações de plasticida-des do SNC (Sistema Nervoso Cen-tral) decorrente de sua persistência, podendo tornar-se crônica.

Dor Crônica – é aquela que se desenvolve após três meses de du-ração, podendo ocorrer, ainda, sem que haja determinado estímulo dolo-roso como pode ocorrer após ampu-tação de um membro ou resultante de grande trauma pós-cirúrgico que perdura durante certo tempo. Geral-mente há alterações nas células da medula (SNC), com manutenção da hiperatividade desses neurônios, que continuam enviando sinais de dor para o cérebro.

No Brasil, a dor se manifesta em torno de 70% dos pacientes que

procuram os consultórios médicos, o que constitui a razão da consulta para 1/3 desses doentes, dos quais 50% apresentam dor aguda e os ou-tros 50%, dor crônica. Devido à dor, 50 a 60% desses pacientes tornam--se incapacitados permanentemente ou temporariamente, causando um grande transtorno social, familiar ou profissional para a sociedade e o Estado.

Os asiáticos são menos sensíveis que os latinos que, por sua vez, são mais emotivos. Oitenta e cinco por cento (85%) da população, de uma forma geral, sentem dor indefinida, não precisando, corretamente, onde é a estrutura afetada, tal peculiarida-de atormenta pessoas na faixa etária dos 45 a 64 anos, das quais as do sexo feminino prevalecem entre os pacientes com dor, na proporção de três mulheres para um homem (3/1). Há um aumento da frequência des-ses fenômenos dolorosos com o en-velhecimento gradativo das pessoas, decorrentes de neuropatias, doenças degenerativas da musculatura esque-lética e estruturas articulares princi-palmente a dos ombros, ou ainda a dor oncológica.

Trinta por cento (30%) da popu-lação mundial e 30.000.000 de bra-

que levam as informações para a parte superior do SNC são: os feixes neoespinotalâmico e trigemeoespi-notalâmico, que vão informar so-bre o começo, duração, localização e intensidade da lesão. Geralmente a resposta é consciente e imediata. Há também os feixes paleoespino-talâmico, espinoreticular e espino-mesencelálico, que vão fazer parte de um sistema qualitativo e plástico, transmitindo sinais lentos e informa-ções sobre a persistência da injúria e sobre as respostas antinociceptivas. Estes últimos feixes são responsá-veis pelo aspecto afetivo, pelas res-postas neurovegetativas e comporta-mentais dos pacientes.

A integração das informações vindas desde a periferia ou de outras áreas do corpo humano vai ocorrer em áreas da região supra segmentar do SNC principalmente na formação reticular mesencefálica, que é a área responsável pelo estado de alerta no núcleo do hipotálamo, o qual libe-rará os hormônios do stress e ativar também o eixo NH Adrenal, no nú-cleo intralaminar intermediário, que envia informações ao córtex cerebral no sistema límbico, responsável pelo componente afetivo emocional, irri-

sileiros apresentam dor crônica, que está associada a alterações psico-comportamentais como depressão, que geralmente ocorre entre 22% a 78% desse pacientes. Esta depressão está associada à dor física e já foi comprovado que as substâncias re-lacionadas a esta circunstância estão também relacionadas aos circuitos da dor. Ela vem sempre acompanha-da de certo grau de ansiedade, hos-tilidade e hipocondria, afastamento do convívio social, familiar e profis-sional, queda da auto-estima, abuso de álcool e drogas e muitos deles se tornam adeptos de crenças infunda-das. A depressão piora o sofrimento, compromete a adesão ao tratamento, acarreta isolamento e estes pacientes vão reagir menos à terapia antálgica.

Após sofrer agressão através de estimulação mecânica, térmica ou química, os nociptores que são os receptores da dor nas vísceras, músculos, ossos, pele e tegumento, liberam substâncias inflamatórias que vão determinar injúria celular. Estes impulsos dolorosos são trans-formados em potenciais de ação, que caminham em direção ao corno pos-terior da medula espinhal, através das fibras Aδ e C. É o início da via nociceptiva.

Os estímulos algogênicos que chegam até a medula espinhal (SNC) vão fazer sinapses nas lâminas I e V de Rexed do CPME, estimulando os neurônios de transmissão, que são considerados excitatórios, no senti-do ascendente. Na parte superior do SNC são liberadas substâncias inibitó-rias da dor que vão agir, também, no corno posterior da medula espinhal, nas laminas II e III do CPME. Ocorre, ainda, estimulação dos neurônios mo-tores, através das fibras Aβ, responsá-veis pelo reflexo de defesa.

As principais vias ascendentes

tabilidade, medo, angustia e depres-são o cortex cerebral somatossensorial, que é uma área vital para nocicepção e por último no córtex cingulado, que é responsável pela emoção e o compor-tamento do paciente.

As informações sobre o fenôme-no doloroso que chegam nestas áreas determinam, também, a ativação de um sistema supressor endógeno que libera substâncias inibitórias da dor que, ao agirem no CPME nas lâmi-nas II e III, tentam impedir a entrada da estimulação da via nociceptiva no SNC, como um mecanismo de auto-proteção.

Os principais mediadores quími-cos excitatórios responsáveis pelo desencadeamento e manutenção do fenômeno doloroso são o aspartato, glutamato e a substância P, enquan-to que as substâncias inibitórias que tentam bloquear a via nociceptiva são a serotonina, noradrenalina, o gaba, as endorfinas e as encefalinas.

Profissionais de saúde muitas vezes desconhecem os mecanismos e os métodos de avaliação da dor e que o mérito do diagnóstico está fundamentado no exame clínico. Devem também ter consciência da responsabilidade e da necessidade de seguir o programa prolongado de reabilitação e às vezes riscos e pers-pectivas de internações.

O tratamento da dor deve obje-tivar não somente o alívio dos sin-tomas álgicos, mas também uma melhora na qualidade de vida como um todo, através da minimização do desconforto, controle dos sinto-mas, restauração das funções físicas, psíquicas e sociais dos doentes, as quais redundam no restabelecimento da autoconfiança e da eliminação do medo em relação a que novas lesões possam ocorrer.CONTINUA NA PROXIMA EDIÇÃO

Dor é uma experiência sensorial

e emocional desagradável,

associada a um dano tecidual real ou potencial, ou

descrito como tal (IAPS)

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O IMPACTO NA TRÍADE: PACIENTE, FAMÍLIA E EQUIPE TERAPÊUTICADRA. CRISTINA COSTA

Pensar em oncologia é, simultaneamente, pensar em “viver” a morte; de-frontamo-nos com esta

mesmo quando pairam dúvidas acerca do diagnóstico do câncer. Na fase precedente ao diagnóstico, deparamo-nos com medos, mitos e crenças equivocadas e distorcidas que atrelam, definitivamente, o câncer à morte, determinando, à tríade paciente/família/equipe terapêutica, a vivência desta nova e

paradoxal realidade. Os médicos e os profissionais

de saúde são “treinados”, em suas formações acadêmicas, a lidar apenas com a doença, buscando, incessantemente, o tratamento desta. Entretanto, lidar somente com a doença e buscar a cura avidamente, constituem fatores potencialmente problemáticos em psicooncologia. A cura, em oncologia, ainda permanece algo, no mínimo, questionável e tal circunstância constitui fonte de

medos e frustrações para pacientes, familiares e equipe terapêutica.

Aos poucos, a palavra cura é substituída por expressões como “qualidade de vida”, “sem evidência de doença”, “sem doença em ativi-dade” etc. e, paulatinamente, o profissional parece estar condenado a viver entre a esperança e a frustração. A impossibilidade de se dar provas ao paciente de sua cura leva-o a vislumbrá-la somente em um eterno a posteriori,

ONCOLOGIA

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trazendo-se implicações diretas em sua reabilitação psicológica, constituindo-se, tal fato, numa das facetas mais angustiantes do câncer.

É preciso criar-se um sentido para o paciente diante da irrup-ção do real, provocada pelo diagnóstico do câncer, pondo-se ênfase, evidentemente, no papel da equipe de saúde nesse processo. É oportuno lembrar que o momento do diagnóstico é de desestruturação. A atitude da equipe, sua postura e sua disponibilidade autêntica serão sempre fundamentais para o início da reorganização do universo simbólico do paciente. Sabe-se que o diagnóstico do câncer ainda é uma verdade parcialmente dita ou, no mínimo, mal-dita por toda a tríade.

No momento do diagnóstico, todos os que compõem a tríade morrem um pouquinho. Alguns profissionais da saúde, ante a dificuldade em lidar e aceitar a incerteza da cura do paciente (expressa no sentimento de impotência) assumem, como defesa, uma postura equivocada de autoritarismo, impulsividade e frieza diante da dor do outro.

Defrontamo-nos com tratamentos, cirurgias, radioterapias, quimioterapias, hormonioterapias, os quais integram, em suma, arsenais poderosos, mas que, diante do câncer, mostram-se limitados e, com um contra-senso gigante que apavora a todos do sistema, pode apresentar-se como potencialmente cancerígeno (axioma, por excelência, nos casos da radio e quimioterapia). Alcançado o limite da ciência, diz-se que o paciente se encontra “fora do alcance terapêutico”; Sê-lo implica, no jargão médico, em não ter condições de cura, nem de

tratamento, ou seja: não poder frear o galope desenfreado da doença. Pensando nisso, e ante todos os recursos intelectuais e aparatos técnico-científicos disponíveis, ho-diernamente, não se deveria dizer a um paciente que este se encontra “fora do alcance terapêutico”; principalmente, em se tratando de oncologia. A conclusão que se impõe é a de que, para cada paciente “fora do alcance terapêutico”, correspon-deria um profissional impotente “Para Cuidar e Curar”.

A equipe encontra grande dificuldade em comunicar, ao

paciente, sua condição de “fora do alcance terapêutico”, suscitando, como reações mais frequentes, a sensação de impotência e o sentimento de tristeza. Ante à iminência da morte de uma pessoa com câncer, tudo o que fora aprendi-do, a título de conhecimento acadê-mico-formal, deve ser colocado entre parênteses. A rigor, não mais deveriam existir, nesse momento, psicólogos, médicos e enfermeiros, mas seres humanos autenticamente presentes e capazes de facilitar a passagem de um semelhante para o

radical desconhecido. A equipe deve aparecer inteiramente sintonizada com o desejo e as necessidades do ser, em passagem. O dogma do não-envolvimento revela sua improficuidade.

Todo o esforço à propalada humanização da medicina tende a se tornar inócuo, caso permaneça a ausência da equipe neste momento da morte de seus pacientes.

Se cada morte implicasse um luto, a própria atividade médica tenderia a se inviabilizar. Contudo, isso não justifica o evitamento fóbico do paciente por parte dos

médicos. O luto não é frequente devido às defesas psíquicas e comportamentais adotadas pelo médico. A insistência em não trabalhar seus “pontos cegos” sobre a perda, a dor, a morte, a frustração etc, “imputa, ao corpo, o que deveria ser tarefa da alma”. Não se defende, aqui, a ideia de que o oncologista não sinta a perda de seu paciente ou que a morte deste não seja tomada como oportunidade para uma reavaliação de seus valores. A equipe, no hospital, sente-se em um salão de espelhos, vendo-se refletida na agonia de

cada paciente, que a faz lembrar-se de sua humana fragilidade. Assim, vive a morte em oncologia todo aquele que ousar despir-se de suas atitudes narcísicas, e caminha lado a lado com o paciente, nem mais à frente, nem mais atrás; que, para além da ausculta, ouve; aquele que se deixa tocar, em todos os sentidos, pelo paciente; enfim, aquele que reconhece o fato de “um homem só ter direito a olhar um outro de cima para baixo se for para ajudá-lo a levantar-se”, tal qual dizia Gabriel Garcia Marques.

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A obesidade é uma epidemia mundial e bastante preocupante, posto que constitui problema de

saúde pública de grande prevalência em todas as populações no mundo e é caracterizado pelo acúmulo de tecido adiposo no organismo; sua etiologia é multifatorial e envolve aspectos biológicos, ambientais e comportamentais, sendo considerada como uma doença em que o excesso de gordura corporal acumulada pode atingir graus capazes de afetar a saúde. As crianças, hoje obesas, serão futuros adultos obesos representando grande risco à saúde desses indivíduos.

A obesidade na infância está relacionada a várias complicações, como também a uma maior taxa de mortalidade, e, quanto mais tempo o indivíduo se mantém obeso, maior é a chance de haver complicações, assim como mais precocemente (SERDULA, 1993), pois conforme ABRANTES (2002) a obesidade está associada ao aparecimento de várias patologias – como a Diabetes, Hipertensão Arterial, Hipotireoidismo, Hereditariedade, Depressão, Sedentarismo etc –, e se apresenta como uma importante

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A IMPORTÂNCIA DA PROFILAXIA NA OBESIDADE INFANTILANA CLARA DE SOUSA AMORIM BASÍLIO

questão de saúde, visto que acarreta sérios problemas na vida da criança.

Segundo NAVARRO; COUTINHO; OLIVEIRA, 2008 e OLIVEIRA et al., 2003, atualmente a obesidade atinge todas as faixas etárias, diferentemente de antes, quando era muito frequente em adultos. As crianças têm apresentado altos índices de sobrepeso devido

à dinâmica familiar, que foi modificada ao ponto de induzir ao sedentarismo pelas mudanças havidas, principalmente, nas formas de lazer e brincadeiras, as quais passaram a ser substituídas por horas diárias em frente à televisão e jogos de computadores, práticas estas

agravadas pela redução de atividades física.

Podemos observar que houve desvios alimentares que favorecem o desenvolvimento da obesidade infantil notadamente: consumo insuficiente de frutas; hortaliças e leguminosas; ausência de refeições, as quais vem sendo substituídas por lanches rápidos hipercalóricos; redução do consumo de leite e derivados mediante as substituições destes por bebidas lácteas, que detêm maiores concentrações de cálcio; e aumento do consumo de alimentos industrializados, como refrigerantes (RINALDI, 2008).

A propensão ao agravamento da obesidade surge a partir da infância, quando nascem maus hábitos alimentares, além da influência de fatores externos tais como preferências e aversões por certos tipos de alimentos, atitudes dos amigos, a mídia etc; todos esses fatores se constituem em elementos que, de uma forma ou de outra, contribuem para o sedentarismo e obesidade infantis. Deste modo, é importante a participação ativa dos pais, educadores e profissionais da área da saúde no processo de acompanhamento da criança obesa,

a fim de que se fomente a formação de bons hábitos alimentares e a construção de uma atitude consciente da criança em relação a uma alimentação saudável.

O Índice de Massa Corpórea (IMC) é o método de mensuração mais aceito e utilizado pelos profissionais da saúde na verificação da obesidade. Este índice classifica o peso em relação à altura elevada ao quadrado. Portanto, o IMC é calculado como peso em quilogramas dividido pela altura em metros quadrados, e expresso em unidades de Kg/m². Na criança, esta mensuração é de difícil verificação, fator este que dificulta a classificação da obesidade infantil através do IMC, posto que a estatura sofre variações em decorrência do crescimento da criança, sendo necessária a utilização de percentis de IMC ajustados à faixa etária. Um fator desfavorável na mensuração do IMC é que ele não distingue e/ou define a composição corporal e a distribuição da massa gorda, sendo necessário, portanto, a realização de medidas complementares para que se diferenciem excessos de peso muscular e de gordura (GIBNEY; VORSTER; KOK, 2005).

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as crianças devem receber exclusivamente leite materno durante os seis primeiros meses de vida, pois o aleitamento materno pode reduzir o risco de obesidade infantil, dada a natureza dos mecanismos protetores presentes no leite materno, os quais envolvem, desde sua composição nutricional única, até a influência de fatores ambientais e comportamentais.

A prevenção da obesidade infantil é conseguida através

da promoção de um estilo de vida saudável, com um bom programa alimentar acompanhado de um regime de atividade física e desportiva, incluindo mudanças políticas, culturais e socioeconômicas. Orientações multiprofissionais devem ser ofertadas visando a promover uma melhor qualidade de vida à criança

REFERÊNCIAS

ABRANTES MM, Lamounier JA, Colosimo EA. Prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes das regiões sudeste e nordeste. J Pediatria 2002; 78(4): 335-40BARORO. A epidemia de obesidade juvenil: a atividade física é relevante? Gatorade Sports Science Institute. 2003.SANTOS, Andréia Mendes dos. O Excesso de Peso da Família com Obesidade Infantil. Revista Virtual Textos & Contextos, Rio Grande do Sul, n. 2, dez. 2003. SILVA, Karoline Siqueira da; Costa Maria Célia Marques da; Pinto. Neila Maria de Morais. Assistência De Enfermagem À Criança Obesa: Um Estudo De Caso. Revista Enfermagem Integrada - Itatinga: Unileste- MG, V.1, N1. Nov./Dez. 2008

FERNANDES, R. A.; VARGAS, S. A. O cuidado de enfermagem na obesidade infantil. Revista Meio Ambiente e Saúde, Manhuaçu, v.2, n.1, mai./jul. 2007.GIBNEY, Michael J.; VORSTER, Hester H.; KOK, Frans. Introdução à Nutrição Humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.RINALDI AEM, Pereira AF, Macedo CS, Mota JF, Burini RC.Contribuições das práticas alimentares e inatividade física para o excesso de peso infantil. Rev Paul Pediatr. 2008. SERDULA MK, Ivery D, Coates RJ, Freedman DS, Williamson DF, Byers T. Do obese children become obese adults? A review of the literature. Prev Med. 1993;22(2):167-77.NAVARRO, F.; COUTINHO, F. V.; OLIVEIRA, V. T. Obesidade infantil – Um trabalho que em conjunto gera bons resultados. Revista Informe Phorte, São Paulo, n. 24, p. 15 -17 out./mar. 2008

As crianças têm apresentado altos índices de sobrepeso

devido à dinâmica familiar

obesa, sendo necessário, para tal escopo, que se consigam inserir, o mais cedo possível, hábitos saudáveis no cotidiano delas, para que, com o tempo, possam modificar os maus costumes arraigados e, como consequência, melhorar sua composição corporal. Medidas como essas são imprescin-díveis para que as crianças obesas de hoje não venham a se tornar adultos obesos, os quais sofrerão as consequências de se ter a saúde prejudicada pelo sobrepeso.

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O PESO DA SOLIDARIEDADEULISSES PRAXEDES

Os princípios do cooperativismo se constituem em uma série de alinhamentos gerais pelos quais se regem as cooperativas e constituem a base filosófica do movimento cooperativo. O princípio de “Compromisso com a comunidade” trouxe para a Unimed Campina Grande uma preocupação em participar de ações que promovam o bem-estar e a melhoria das condições de vida da população onde está inserida.

Partindo deste pensamento e apoiados também no Programa “Unimed abraça os ODM”, que promove ações de adesão aos Objetivos do Milênio elencados pela ONU, a Unimed Campina Grande elegeu o primeiro objetivo (Acabar com a fome e a miséria) como sustentáculo para a campanha Natal pela Vida. Esta campanha arrecadou alimentos para distribuição com instituições filantrópicas da cidade no dia 22 de dezembro.

Grande parte dos alimentos foi arrecadada durante as inscrições da I Corrida e Caminhada da Saúde, realizadas no dia 27 de novembro em parceria com a Associação dos Corredores de Rua de Campina Grande - ASCORC.

Outra parte das doações veio da própria cooperativa, que não mediu esforços para fazer a sua parte neste final de ano. Totalizando, então, cerca de uma tonelada de alimentos, foram indicadas quatro instituições

Grupo de Apoio ao Paciente Oncológico (GAPO)

Doações ao ISAS - Apoio ao Transplantado

Convento das Clarissas

Casa da Criança Dr. João Moura

filantrópicas que receberiam as doações.

As instituições escolhidas foram: Casa da Criança Dr. João Moura; Grupo de Apoio ao Paciente Oncológico (GAPO); Convento das Clarissas e Instituto Social de Assistência à Saúde (ISAS) – Centro do Transplantado. Cada instituição recebeu, em quantia igualitária, a soma desses alimentos, que serão repassados às famílias carentes das comunidades a que atendem, respectivamente.

A Unimed Campina Grande se orgulha das parcerias formadas e das iniciativas tomadas em prol de uma sociedade com mais qualidade de vida e dignidade. Por este motivo realiza já, há três anos, esta campanha, que traz mais alegria para as famílias carentes em uma época onde devemos refletir sobre nosso papel como agentes transformadores da realidade onde estamos inseridos.

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NÃO SÓ DE ABORRECIMENTOS VIVE A ADOLECÊNCIA!

LUDEMBERG BEZERRA

Um dia estava eu no cinema assistindo a “Os Infiltrados”, de Martin Scorsese, quando, depois

da cena em que os personagens principais trocam o primeiro telefo-nema, senti-me de volta na poltrona e percebi que não estava vivendo-a ao lado de Matt Damon ou Leonardo diCaprio. Pois é, para mim, o clima da cena foi tão intenso que ao final soltei a frase “Esse diretor é muito bom” (claro que Scorsese não precisa do crivo de ninguém para ser o grande diretor que é). Engraçado que, após afirmar isso, a pessoa que estava comigo perguntou por que eu havia dito aquilo; sem dúvidas, respondi que tinha sido incrível a maneira com que aquela cena havia sido construída. Bom, dentro desse comentário estava uma completa admiração pela fotografia, pelo som, pela encenação, pela figuração, pela arte, por tudo o que, obviamente, foi guiado pelas mãos e vontades do diretor.

Não é difícil perceber a interfe-rência de um diretor em seu filme, difícil é, durante um bom filme, desligar-se dele e pensar em alguma

coisa que não seja a próxima ação, a próxima fala, a próxima cena.

Em “As melhores coisas do mundo” foi isso que aconteceu comi-go. Era difícil ver o filme como um filme, como algo lúdico, idealizado, roteirizado e filmado por um grupo de pessoas. É tudo tão tátil e próximo que ficamos muito à vontade como espectadores. A trama é leve, mas não é burra; a maioria dos assuntos são comuns, mas não cansativos; alguns momentos são clichês, mas infinitamente divertidos.

Embalado por uma grande canção de amor, Something, dos Beatles, o filme se desenrola dentro do universo adolescente, onde os estereótipos se apresentam bem definidos e a linguagem é característica, porém, com uma novidade nisso tudo, os pais/adultos não são apenas figuran-tes que aparecem somente nos mo-mentos mais inoportunos da vida dos adolescentes, eles são figuras-chave para desencadear reações importantes nos personagens do mundo teen.

Ao ver “As melhores coisas do mundo” percebemos que Laís Bodanzky conseguiu inspirar sua

equipe para viver aquela história, viver aquelas vidas de 15, 17, 30, 40, 50 e poucos anos que estão ali, tão palpáveis para nós. Nesse filme, Laís nos chama de volta à adolescência sem nos forçar a isso, recria os nossos monstros – e com certeza os dela também–, e mostra que fomos grandes heróis perante eles; que vencemos verdadeiras batalhas, e hoje temos histórias pra contar; que éramos tão ligados em viver que desprezávamos uma conversa de ideologias em troca de um beijo.

Para dirigir “As melhores coisas do mundo” Laís se inspirou em momentos, em sensações, em descobertas, em dúvidas, em relacionamentos, em exageros, em gírias, em pais, em filhos, em hipocrisias e em verdades, criando, assim, essa obra maravilhosa. E nós? Por que não buscar inspiração nessas mesmas coisas? Por que não buscar inspiração nesse filme? Por que não buscar inspiração nessa diretora, não só para dirigir filmes, mas também pra guiarmos nossas vidas, para mudar alguma coisa no caminho?

RESENHA DE FILME

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As antigas ruas vão sendo sufocadas pelo afã medonho dos empresários da construção civil. E a cidade vai sendo, aos poucos, abscedida em pequenos pedaços de sua história original. Quem a vê, vê em peças deslocadas, como as de um quebra-cabeça buscando mãos habilidosas e sensíveis para a reunificação de vistas tão raras agora neste complexo contexto urbanístico.

Não, não é um saudosismo gratuito. Não é também um querer ser jovem eternamente, apenas porque a velhice carcome toda estrutura de aço e alma. Não seria igualmente um querer impedir o progresso, simplesmente porque ele não me é promissor, ou mesmo porque, ao fim, resulte em vão benefício. É que a cidade tristonhamente começa a abrir o cenário para uma nova geração de ulteriores saudosistas, pela veemência de apagar, por caprichoso apagar, o que passa (e tem que passar), mas baseados unicamente em argumentações econômicas. De todo modo, cabe advertir que esta estrutura rua, se já não mais ruas!

concreto, e tê-lo na firmeza dos edifícios. Todos se abstraem, no entanto, do verdadeiro sentido do construir sentindo. As formas que se entrelaçam com outras formas e, unidas, formam o formato ideal para uma visão real. Aquela que se estende além dos sólidos interesses e desemboca na leveza arquitetônica das linhas, e que costura o tecido passado ao presente, sem que ambos se percam no conjunto plástico daquilo que não pode negar o seu destino de inevitável grandeza.

Une ver cidade. V-e-r-a-c-i-d-a-d-e. Universalidade.

Dedico esta crônica - o que raramente faço - aos olhos de Virgílio Brasileiro, que, por sua esmerada, dedicada e indiscutível formação profissional, tem observado Campina Grande com a igual dedicação que dispensou a todas as crianças por ele examinadas, ao longo dos meandros pediátricos de sua brilhante carreira.

MICA GUIMARÃES

A VIGÍLIA

Meus mosaicos sobre calçadas escondem os passos da história. A universidade forma, mas não anda. Se andasse, consideraria outros passos que tornaram possíveis as atuais estradas.

É nas fundações que morre o viço. E toda raiz sucumbirá em flor.

Os telhados... Silenciosos, beijam alicerces, como os animais,sacrificados, fuçam a terra.

Tudo vai findando. Palavra muda. Muda que não

florescerá. O centro de Campina Grande, em

seus ângulos e lentes, vê os bairros como fotos em exposição. Migalhas coloridas de um prato lauto e monocromático. A cidade míope que nos cega. A ambição furando o céu, como uma Babel falando eloquentemente sobre cifras. O respeito à cultura é a voz gaga de autoridades tartamudas. Um tropeço linguístico em fala de saliva, qual beijo em colo de devassidão.

Todos querem manipular o

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SENSIBILIDADE CRÔNICA

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Herdei uma insônia desde a época em que estudava para o vestibular e para o curso básico de Medici-

na. Durmo tarde e acordo por volta das quatro da manhã. Organizo o meu dia na mente, rezo o meu Pai Nosso, minha Ave Maria, o Santo Anjo do Senhor; benzo-me, bato os pés no chão e começo a minha la-buta diária. Em uma dessas noites, acordei na madrugada, lembrando--me dos meus pais. Uma saudade imensa, fez com que rolasse um turbilhão de lágrimas de saudades, rolando de forma exuberante, pelas cascatas das minhas faces, não sa-bendo como contê-las.

Eu e minha família, não moráva-mos em casa suntuosa, nem tínha-mos condições financeiras que nos dessem folgas para compramos tudo que queríamos, mas, aquela casa simples era uma verdadeira mansão de amor e bilionária de carinho que meus pais, Expedito Nunes e Ira-ídes Nunes Alves, nos ofereciam. Nossa casa poderia ser chamada de lar porque reinava a harmonia entre nós, era uma verdadeira redoma de felicidades. Esses fatos me davam mais coragem de vencer e afeiçoar--me mais aos meus genitores. Mes-mo com as sovas que sofri da minha mãe, que era rígida comigo e meu ir-mão, não eram suficientes para, nem em sonhos, sentir raiva do meu pai

ou da minha mãe. Se apanhei muito, era porque deveria ter feito alguma coisa errada para que as merecesse.

Cuidei dos meus pais, até os últi-mos momentos das suas vidas, com a maior dedicação e zelo que poderia oferecer. Minha mãe foi acometida de uma neoplasia maligna da mama que posteriormente fez metástases para os outros órgãos, necessitando de um cuidado mais de perto. Nos últimos anos de padecimento, tive que dedicar-me mais a ela. Para tan-to, pedi demissão, como professor da Universidade Estadual de Campi-na Grande e fui jubilado no curso de Direito, onde já estava terminando o sexto período. Fiz isso, pois, se hoje sou formado em Medicina, devo tudo, fora os meus esforços, aos meus queridos pais que atualmente moram no Oriente Eterno e que, um dia, quando a minha alma se trans-portar para esse Oriente desconheci-do, quero que a cegonha me coloque na mesma casa, com os mesmos pais que tive na Terra.

Nessa hora de tanta saudade, lembrei-me de um artigo que uma esposa disse ao marido: – Você sabe que a ama, e o marido resolveu sair com outra mulher.

“Depois de 21 anos de casado, descobri uma nova maneira de man-ter viva a chama do amor. Há pouco tempo decidi sair com outra mulher. Na realidade foi ideia da minha es-

A ESPOSA DISSE AO MARIDO

HISTÓRIAS E ESTÓRIAS

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DR. JOSÉ ALVES NETO

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posa. “Você sabe que a ama”, disse minha esposa, um dia me pegando de surpresa. “A vida é muito curta e você deve dedicar um tempo espe-cial a essa mulher”, completou ela.

A outra mulher, a quem minha esposa estava se referindo, era a mi-nha mãe, uma senhora viúva há 19 anos.

As exigências do meu trabalho e meus filhos faziam que eu a visitasse ocasionalmente. Nessa mesma noite eu a convidei para jantarmos e irmos ao cinema. ”O que você tem? Você está bem?”, perguntou-me ela, após o convite. (Minha mãe é do tipo que uma chamada tarde ou um convite surpresa é indício de más notícias). “pensei que seria agradável passar algum tempo só nós dois”, respon-di. Ela refletiu um momento e disse sorrindo: “Isso ia me agradar mui-tíssimo!” Depois de alguns dias, eu estava dirigindo para pegá-la, depois do trabalho. Eu estava um tanto an-

sioso, uma ansiedade que antecede um primeiro encontro... E que coi-sa interessante... Pude notar que ela estava muito emocionada. Esperava--me na porta. Havia feito um pente-ado e usava o vestido que celebrou seu último aniversário de bodas. Seu rosto irradiava luz, como um anjo! “Eu disse para minhas amigas que ia sair com você, e elas ficaram mui-to impressionadas...” comentou ela, enquanto subia no carro. Fomos a um restaurante não muito elegan-te, mas muito aconchegante. Mi-nha mãe agarrou-me pelo meu bra-ço como se fosse a primeira dama. Quando nos sentamos, tive de ler o menu para ela. Mamãe, que estava sentada do outro lado da mesa e me olhava fixamente, disse-me com um sorriso nostálgico nos lábios: “Era eu quem lia o menu quando você era pequeno”. “Então é hora de relaxar e me permitir devolver o favor”, res-pondi. Durante o jantar tivemos uma

agradável conversa. Nada extraordi-nário, só colocando a vida em dia. Falamos tanto que perdemos o ho-rário do cinema. “Sairei com você, novamente, só se você permitir que eu pague da próxima vez”, disse mi-nha mãe quando fui levá-la em casa. Eu concordei.

“Como foi o encontro?” Pergun-tou minha esposa ansiosa. “Muito agradável. Muito mais do que eu po-deria imaginar!” Respondi.

Dias mais tarde minha mãe fale-ceu de um infarto fulminante. Tudo foi tão rápido, que não pude fazer nada.

Depois de algum tempo, recebi do restaurante, onde havíamos jan-tado, um envelope com cópia de um cheque e uma nota que dizia: “O jan-tar que teríamos, paguei antecipado. Estava quase certa de que eu poderia não estar ali com você e, por isso, paguei e quero que você vá com a sua esposa. Jamais poderá entender o que aquela noite significou para mim. Seja sempre assim. Amo-te!” Nesse momento compreendi a im-portância de dizer : “EU TE AMO”, e de dar aos nossos entes queridos o espaço que merecem. Nada na vida será mais importante que as pessoas que você ama. Dedique seu tempo a elas porque, talvez, elas não possam esperar. Reflita e veja como você tem dividido o seu tempo. Será que tem dedicado uma parte do seu tem-po às pessoas que você ama? Faça isso antes que seja tarde demais... Elas poderão ensinar algo que você nunca pensou. Essas coisas, geral-mente, dão uma quantidade enorme de prazer”. (É uma pena que não sei quem é o autor do texto para ficar mais fidedigno).

Até hoje, não consigo esquecer o amor e a saudade dos meus pais. O

tempo que morei com eles e mesmo quando eu tive que sair para ir mo-rar fora, nunca faltaram momentos de encontros felizes para nós con-vivermos. Gostaria que eles ainda estivessem vivos nem que estives-sem em cadeiras de rodas dando-me trabalho, eu gostaria de tê-los para ir tomar um chá, um café ou mesmo saíssemos para algum jantar fora e que eles fossem eternos, que egoís-mo da minha parte.

Queria muito deixar essa mensa-gem aos mais novos, nesta vida em que ninguém tem mais tempo para nada: – A vida é muito passageira

e temos que conviver mais com os nossos familiares. Lembre-se disto: “Para que correr tanto, se a sepultura nos espera parada?!”.

Sempre que a saudade dos meus pais me vem à tona, arrependo-me de não ter convivido mais com eles, no entanto, a beleza de cada dia só existe porque não é duradoura. Em quase tudo, temos que aceitar os de-sígnios da natureza. Sei que os meus pais não poderiam ser eternos para eu venerá-los, porque se isso aconte-cesse seria uma forma de desintegrar a essência da vida. Mas, podemos fazer, dar, conviver, para esperarmos

o nosso amanhã, até que o condor encantado venha nos buscar.

Concluo relevando a importância dos meus pais na minha vida, com esta estrofe do cego Aderaldo (Mo-dificada):

Enquanto os meus pais eram vivos, Eu era um cego que via, Depois que meus pais morreram, Eu sou o cego sem guia, Hoje, não sinto falta da vista, Mas, sinto falta dos guias.

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GEORGE GOMES

Cidade: queGrande Campina

JOSÉ PINHEIRO

LOCALIZAÇÃO

ZONA LESTE

POPULAÇÃO TOTAL 30.048 hab. IBGE, 2010

BAIRROSVIZINHOS

NORTE: Santo AntônioSUL: Catolé e MiranteLESTE: Monte CasteloOESTE: Centro

DAS PIABAS AO ZÉ PINHEIRO

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tentar explicar a história da formação das primeiras ruas de Campina Grande e dos seus bairros, permeando tal história de nuances socioculturais, pois a formação dos mesmos acontece através de sensibilidades e emoções.

Campina Grande tem suas histórias de glórias, principalmente durante os seus primórdios por desafiar as adversidades do meio natural estranho à época, desde o surgimento das primeiras fazendas e capelas, redefinindo assim, sua paisagem com o advento da Rua das Barrocas (atualmente, Vila Nova da Rainha) com o esplendoroso Açude Velho, passando pelo moderníssimo Mercado da Feira da Prata até à Vila Olímpica do Zé Pinheiro. Todas essas inovações são frutos do espírito criativo e laborioso do povo campinense.

Trata-se de uma coluna histórico-literário-cultural que tem como objetivo promover a construção da memória histórica de Campina Grande a partir das narrativas a respeito da formação da urbe campinense, enfatizando-se desde a sua fundação, nas Matas dos Sertões da Capitania Real da Paraíba, até a sua consolidação urbana, propriamente dita.

A referida coluna proporcionará aos seus leitores o acesso à versão sobre o passado de Campina Grande, começando pela história de sua origem, com a chegada da família Oliveira Ledo às referidas matas, a partir da segunda metade do Século XVII, quando aí, fincaram os primeiros mourões de currais, casas grandes de pau-a-pique e capelas. Assim como,

URBE CAMPINENSE

Vista panorâmica do bairro José Pinheiro

Iracema Lopes Vieira. 87 anos, moradora do Bairro Bela Vista, Campina Grande, Paraíba, conhecida como Iracema

das Flores; Maria Elizonete Vieira (Nanete); Elizoneide Lopes Vieira (Neide); Marcos Lopes Vieira , dentre outros filhos.

Dona Iracema morava na Rua Arrojado Lisboa, quando no dia 25 de Dezembro do ano de 1974 fora com a sua caçula Enide à Igreja do Rosário participar da Missa, depois, resolveu ir ao Zé Pinheiro porque lá estavam acontecendo os festejos natalinos.

As crianças estavam jogando dominó em casa mais Seu Pedro Vieira, esposo de Dona Iracema. Era Tardezinha de Domingo, já se passava das seis da tarde quando Nanete ( na época, grávida de sete meses) saiu à calçada e um vizinho seu, de nome Geraldo Emídio disse: “Foi um acidente muito grande!”.

Marcos, o filho mais novo de Seu Pedro, na época, tinha dez anos e estava chorando amiúde. Pois sua mãe não lhe havia levado à festa. Aí foi quando Nanete desconfiou que sua mãe e sua irmã haviam ido ao Bairro de Zé Pinheiro.

Segundo Dona Iracema, assim que ela e sua filha desceram do ônibus, a Missa já tinha terminado e, estava tendo batizado. De repente, houve uma grande explosão de um garrafão de oxigênio que ficava do lado esquerdo da Igreja do Zé Pinheiro. O Dono do garrafão era da cidade de Queimadas e, o mesmo, servia para encher “bolas de assopro”. Haja vista existir um parque de diversão para animar a sagrada festa. Ainda segundo Dona Iracema das Flores: o acidente ocasionou a morte de várias pessoas. Ela e sua caçula Enide estavam bem

perto do garrafão e, ambas, sofreram várias queimaduras.

Sendo um dos acontecimentos que marcou a memória histórica da população da Campina Grande, principalmente, a do Zé Pinheiro, não queremos ater apenas a isso, porém, vale enfatizar a sua historicidade e importância na construção de Campina Grande, até porque é interessante que se operacionalize a sua memória histórica para que se possa desconstruir a imagem negativa do tão poderoso bairro campinense.

É um dos primeiros bairros que se formou na urbes campinense, assim como Campina Grande nasceu às margens do Riacho das Piabas, o mesmo também nasceu; ao ponto de ser conhecido, nos primórdios de sua fundação, como o Bairro das Piabas, posteriormente passando a se chamar de Zé Pinheiro (morador antigo e de prestígio no citado bairro, exercia a profissão de comerciante famoso).

A Capela do Zé Pinheiro começou a ser construída no dia 23 de Setembro de 1945 sob o Orago de São José (a construção da capela foi de iniciativa do Vigário Severino Mariano). Atualmente, é um dos maiores dos bairros da cidade. Na Zona Leste, possui um comércio bastante diversificado e concorrido, destacando-se o “Bar do Ceboleiro”. O Zé Pinheiro continua revelando grandes nomes do mundo artístico e cultural, por exemplos: Marcelinho Paraíba e Hulk (Jogadores de futebol). Além disso, possui duas grandes escolas-de-samba: a Independente do Zé Pinheiro (fundada em 2005) e, a tradicional, Bambas do Ritmo, escola-de-samba pioneira daquele bairro. O mesmo, também, se destaca em nível de Paraíba, por possuir a moderníssima Vila Olímpica que funciona com todo seu potencial, promovendo lazer e cultura.

URBE CAMPINENSE

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O surgimento da maratona nos remete ao ano de 490 a.C quando, durante as Guerras Médicas (luta

do gregos contra o domínio persa), os soldados atenienses marcharam até a Planície de Marathónas para combaterem os persas.

Os gregos, em menor número, precisavam de reforços para conseguirem a vitória, desta forma, o corredor Pheidippides, soldado experiente é convocado por Milcíades, o então comandante que lhe deu a missão de percorrer 40 km até Atenas para conseguir mais soldados. Com o reforço de mais de 10 mil homens a batalha é vencida e Pheidippides, mais uma vez, é convocado a percorrer o mesmo

A MARATONA DE SE CHEGAR LÁ

percurso e informar a cidade de Atenas sobre a vitória, lá chegando, diante do esforço, conseguiu pronunciar apenas uma palavra antes de cair morto . Νενικήκαμεν” (Vencemos).

No ano de 1896, em homenagem ao herói grego, os organizadores dos primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna decidiram criar a prova que, em princípio, possuía cerca de 40 km. A distância atual só foi fixada no ano de 1908, nas Olimpíadas de Londres, para que a família real britânica pudesse acompanhar o início da prova do jardim do Palácio de Windsor.

A experiência de Pheidippides tem motivado grupos de pessoas a alcançarem a meta de cumprir uma

maratona, ressaltando que com um diferencial: o planejamento. A experiência de percorrer a Maratona Internacional de São Paulo, ocorrida em junho de 2011, significou um grande desafio para os amigos, os médicos Dr. Ericsson Marques e Dr. Maurício Loureiro Celino, que, conjuntamente com o empresário Patrocízio Nascimento, traçaram uma meta na qual teriam 8 meses para treinar e correr a primeira maratona de suas vidas. “Fomos embuídos por coragem, determinação e fé, vivenciando a rotina de acordar às 4 e meia da madrugada, algo altamente sacrificante para pessoas com um ritmo tão intenso de trabalho como o nosso”, destaca Dr. Ericsson.

Com determinação e fé o trio,

RIBAMILDO BEZERRA

“Treinar para uma maratona é um ato de fé. Correr uma maratona é um ato de coragem.

Com fé e coragem pessoas comuns podem fazer grandes coisas!”

Randy Essex

jornalista e corredor norte-americano

a cada nova conquista, sentiu-se estimulado ao perceber que, bem orientados física e mentalmente, o desafio de concluir a maratona era possível. “Como médico afirmo: é incrível como uma meta como essa faz com que nossa autoestima aumente e isso acaba contagiando quem nos cerca, inclusive nossos pacientes. O desafio de correr uma prova tão longa e árdua nos remeteu a sentimentos de superação, auto-controle, paciência, amizade e generosidade, fato que nos uniu ainda mais e nos ajudou em nossa distante empreitada”, ressalta Dr. Ericsson.

Durante os oito meses de treinamento, o compartilhamento de experiências passou a fazer parte de suas rotinas diárias visando à soma de incentivos para esses três atletas, os quais, agrupados a outros corredores, passaram a trocar vivências as quais trouxeram, ao grupo, mais informações e preparo para o desafio.

Ao desembarcar em São Paulo, em meados de junho, um importante apoio fez diferencial da equipe, o incentivo das esposas principalmente no cumprimento de metas e dos horários, verdadeiras treinadoras desses atletas. Durante o percurso, o feito do soldado grego Pheidippides veio à memória e trouxe, para a alma desses atletas, a maior certeza entre eles: a de que a vitória estava ali diante dos seus pés, a possibilidade de completar um percurso, de cumprir objetivos, já era, por si só, uma verdadeira maratona cumprida. “Começamos com um primeiro passo, um ideia, tratamos de colocá-la em ação, essa foi a nossa vitória. Corremos por correr! Corremos por Pheidippides”, finaliza Dr. Ericsson.

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COMEMORAR É PRECISOUnimed Campina Grande celebra quatro décadas de Cooperação e resultados em noite de confraternização

Para se contar uma história é preciso vivenciá-la. E cada instante vivido acaba eternizando esses

momentos em nossas lembranças. A Festa de celebração dos 40 da Unimed Campina Grande foi um importante registro do quanto significativa é uma trajetória onde o trabalho, a cooperação e a integração podem transformar positivamente uma comunidade.

Na noite do dia 02 de dezembro de 2011, a sociedade campinense viveu um momento singular: o prestígio de comemorar quatro décadas desafios, aprendizados e vitórias. O presidente da Unimed Campina Grande, Dr. Francisco Vieira de Oliveira, juntamente com o Conselho de Administração da cooperativa, recepcionou todos os médicos cooperados e autoridades convidadas que abrilhantaram

um grande momento de confraternização com um público de cerca de 1.100 pessoas.

A contribuição das instituições parceiras deram, ao momento, a real dimensão do quanto a Unimed cresceu com aqueles que ajudam a contar a nossa história. A Orquestra Mistura Fina e o Poeta Amazan deram o tom certo para uma noite histórica.

O baile Unimed 40 anos foi um momento de celebração e confraternização para todos os presentes

Uma banda de Jazz intinerante recebeu os convidados no Lounge, antes da abertura do Baile

Número sorteado para ganhar o Automóvel 0km sorteado pela Promédica e Clínica Santa Clara

Dra. Doralice Rodrigues Oliveira. Ganhadora do veículo 0km

Dr. Daniel Guerra Araújo. Ganhador da TV 40” sorteada pelo Escritório Contafacio de Contabilidade

Diretoria Unimed Campina Grande

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UNIDOS COM E PELA EXCELÊNCIA

A unidade junto à qualidade constituem o elo mais forte no caminho da excelência. Esta é a

constante busca que mantém o padrão de qualidade como referência em 40 anos de serviços prestados pela Unimed Campina Grande, uma cooperativa que traz em cada pessoa que a representa, a responsabilidade histórica de servir ainda mais e melhor, tendo a ética e o respeito como compromisso presentes em cada contrato assumido.

E quando a referência é sinônimo de compromisso, é importante que haja um pacto assumido por uma ou diversas pessoas na convergência de um ideal, um objetivo comum. Para os colaboradores da Unimed

Campina Grande este objetivo tem nome e destaque: qualidade.

A cada fim de ano é realizado entre os mais de cem funcionários Unimed “O Colaborador Destaque”, um justo reconhecimento a quem buscou aprimorar ainda mais o sentimento de compromisso em suas atribuições. “A busca pela qualidade em melhor servir, começa em cada colaborador que veste a camisa Unimed. Uma opção de mudança individual que passa a ser comungada por todo um grupo” destacou Dr. Francisco Vieira de Oliveira, presidente da Unimed Campina Grande.

Para chegar aos nomes dos Colaboradores Destaque 2011, foram realizadas duas etapas de votação

entre os próprios funcionários Unimed aos moldes do Sistema de votação distrital. Na logística adotada, o corpo de colaboradores foi dividido em áreas de trabalho que elegeram seus representantes para concorrerem em uma votação geral. Diante dos finalistas foram escolhidos aqueles que tiveram maior soma de votos em quesitos que incluíam: superação, proatividade, responsabilidade, compromisso e profissionalismo. Neste ano mais uma vez, a representatividade de todas as áreas deu o tom da democracia e do equilibrado senso de reconhecimento presente entre os votantes.

Os nomes eleitos foram: Fábia Nunes (atendimento ao cooperado),

Dr. Geraldo Verbete (médico Unimed 24 horas), Ivete Lucena (Contas Médicas), Márcia Rosário (Gerente de Tecnologia e Informática) e a Maria Josélia (Serviços Gerais). “Destaque não se resume apenas ao despontar de uma só característica, mas sim agregar a cada atitude a soma positiva de tantas outras.”

pontua Dr. Alexandre Castro Batista Leite, Diretor Administrativo Financeiro da Unimed.

Um balanço do que foi o ano de 2011 e as possibilidades de aprimoramento para o futuro foi o espírito presente durante todo o encontro. “A cada ano, é possível perceber a motivação em

todo o corpo de colaboradores no sentido de realizar o seu melhor, não se restringindo apenas ao reconhecimento, mas aos positivos efeitos que a dedicação ao trabalho pode trazer”, finaliza Dra. Teresa Cristina Mayer Ventura, Diretora de Mercado da Unimed Campina Grande.

Diretores da Unimed Campina Grande, com os Colaboradores Destaque de 2011

Encontro do Colaborador Unimed Campina Grande celebrou as conquistas de 40 anos de história e elegeu os Destaques do ano de 2011

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CUIDADORES DE IDOSOS II

O MELHOR DA VIDA COMEÇA AGORA

A prática do cuidar com foco nos pacientes idosos teve, mais uma vez, es-paço na programação da Unimed Campina Grande. Nos dias 26 e 27 de outubro foi realizada a segunda edição do Encontro de Cuidadores de Idosos Frágeis, no qual foram reunidos profissionais das mais diversas áreas do cuidar, como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e estudantes; o Encontro aconteceu no Hotel Village e reafirmou a constante busca dos profissionais pelo aprimoramento.

Este foi o tema do “Encontro de Secretárias e Recepcionistas 2011”, reali-zado no dia 24 de setembro. O evento, que já acontece há mais de dez anos, traz, para os profissionais do atendimento, palestras e debates que promo-vem a troca de conhecimentos, bem como reflexões técnicas. Nessa edição, cerca de 500 participantes trocaram informações e participaram de ativida-des culturais no Centro de Convenções da FIEP.

BAILE UNIMED 40 ANOSVisando a celebrar o aniversário de mais de quatro décadas de serviços médicos prestados à comunidade de Campina Grande e região, a Unimed reuniu cooperados, colaboradores e convidados para uma noite festiva que aconteceu no dia 02 de dezembro na casa de shows Spazzio. O presidente da cooperativa, Dr. Francisco Vieira de Oliveira, deu as boas-vindas a todos e, em discurso emocionado, ressaltou os desafios e conquistas da história desta cooperativa médica. A Orquestra Mistura Fina e Amazan animaram a noite, na qual foram sorteados uma TV de LED 40”, cedida pela Contafacio Con-tabilidade e um Ford KA 0km, cedido pelo Laboratório Promédica e Clínica Santa Clara. A Unimed agradece a todos os que participaram do evento e a todos os que integram esta cooperativa médica por terem compartilhado, conosco, o sucesso da cooperação e do trabalho solidário!

TRAÇO DE HUMOR

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I CORRIDA E CAMINHADA DA SAÚDETendo como objetivos o incentivo da prática de exercícios físicos e a cele-bração do aniversário de 40 anos da Unimed Campina Grande, foram reali-zadas, no dia 27 de novembro, a I Corrida e Caminhada da Saúde Unimed. A Corrida contou com cerca de 300 participantes, e a Caminhada, com 200 inscritos entre cooperados, clientes, colaboradores e pessoas da comunidade em geral. Tendo em vista o sucesso de público e de animação, já está con-firmada a segunda edição do evento em 2012. Agora é só ir treinando até lá!

CONVIVA!

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