revista dada ed.30

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PEDRO GONÇALVES DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Publicação Bimestral CELEBRAR A FLORESTA SANTARÉM ACOLHE A FEIRA NACIONAL DA AGRICULTURA/FEIRA DO RIBATEJO, ESTE ANO DEDICADA ÀS FLORESTAS ENTREVISTA RICARDO MÓNICA 30 2011 MÚSICOS DE INTERVENÇÃO EM ENTREVISTA, RECORDA OS MOMENTOS DE TRIUNFO E CONTA COMO É SER TOUREIRO HORA DE MUDAR FERNANDO TORDO E OS DEOLINDA, ATUAM NO MESMO DIA E HORA. ALÉM DESTA COINCIDÊNCIA, QUE MAIS OS UNE? junho julho SAIBA NO INTERIOR COMO GANHAR UMA MUDANÇA DE IMAGEM UM PADRE FORA DO COMUM, CARISMÁTICO E MODERNO QUE CONQUISTOU O CARTAXO

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A tourada é, sem dúvida, uma das imagens de marca da cultura ribatejana, por isso, convidámos o bandarilheiro Pedro Gonçalves para partilhar alguns dos momentos marcantes da sua carreira e, em entrevista, revelou que é preciso muita dedicação e vontade de triunfar para ser o melhor.

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pedro gonçalves

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celebrar a florestaSantarém acolhe a Feira nacional da agricultura/Feira do ribatejo, eSte ano dedicada àS FloreStaS

entreviSta ricardo mónica

302011

múSicoS de intervenção

em entreviSta, recorda oS momentoS de triunFo e conta como é Ser toureiro

hora de mudar

Fernando tordo e oS deolinda, atuam no meSmo dia e hora. além deSta coincidência, que maiS oS une?

junho julho

Saiba no interior como ganhar uma mudança de imagem

um padre Fora do comum, cariSmático e moderno que conquiStou o cartaxo

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4 • dada

14 mudar de vida amanhã pode ser tarde

14 fator x o desejo de amar

15 montras novidades para o verão

22 será que... é da idade

24 montras dada júnior

37 em foco vamos a votos

40 agenda músicos de intervenção

44 a noite festa Lets Control the 80’s

48 à mesa o óleo dos deuses

sumário

rubricas

dada Revista de lazer e divulgação cultural propriedade Fátima Machado Rebelo distribuição gratuita diretor António Dias diretora de arte Fátima Machado Rebelo colaboradores Marco Sereno, Paulo Carrasqueira, Rosa Belda, Vitor Neno cronistas Ana Benavente, Gonçalo Gaspar, Margarida Serrão, Pedro Mendonça, Renato J. Campos, Sónia Parente, Telma Xavier, Vasco Casimiro comercial Paula Duarte contribuinte 182695344 redação e sede Rua Nova da Boa Vista, 1 2070 - 105 Cartaxo | [email protected] | 243 779 057 e 918 717 072 periodicidade bimestral impressão SOARTES, artes gráficas, Lda tiragem por edição 5 000 exemplares número de registo 125185 depósito legal 262622/07 www.revistadada.com

interdita a reprodução total ou integral de textos e imagens por quaisquer meios e para quaisquer fins

CaPa Produção: marCo sereno foto: vitor neno

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sumário

26 entrevista pedro gonçalves

nesta ediçãoeditorial

a revista dada já faz parte da vida dos ribatejanos e é com orgulho que, desde a primeira edição, di-vulgamos a nossa cultura.

a tourada é, sem dúvida, uma das imagens de marca da cultura ribatejana, por isso, convidámos o bandarilheiro Pedro gonçalves para partilhar alguns dos momentos marcantes da sua carreira e, em entrevista, revelou que é preciso muita de-dicação e vontade de triunfar para ser o melhor.

outra imagem de marca da nossa cultura é a fei-ra nacional da agricultura /feira do ribatejo que este ano quer sensibilizar o público para a impor-tância da preservação das florestas. É preciso que cuidemos destes espaços, evitando ao máximo poluí-los e destruí-los.

e por falar em imagem, ‘hora de mudar’, é a nova rubrica que apresentamos nesta edição. Convidá-mos o consultor de imagem marco sereno para coordenar esta nova rubrica, onde iremos ofere-cer seis renovações de imagem. Quer mudar a sua? saiba como se pode habilitar na página 23

renovação é o que faz o padre ricardo mónica nas paróquias por onde vai passando. agora chegou a vez da paróquia do Cartaxo. fomos conhecê-lo e saber porquê.

novidade é, também, o espaço que dedicamos à noite. desta vez fomos espreitar a festa Lets Control the 80’s.

finalmente, nas nossas páginas de montras vai en-contrar as últimas tendências da estação quente.

tudo isto, e muito mais na nossa edição online em www.revistadada.com, ou na nossa página de facebook. esperamos pelo seu ‘gosto’!

6 entrevista ricardo Mónica

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opinião 39 renato J. Campos 46 gonçalo gaspar 47 Pedro mendonça 50 ana Benavente

30 reportagem celebrar a florestasantarém está em festa com mais uma edição da feira do ribatejo, este ano dedicada às florestas

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6 • dada

Em 1997, já com 28 anos entrou para o se-minário com a intenção de fazer uma ex-periência, mas não para ser padre. Os anos passaram e foi ficando até que em junho de 2003 foi ordenado sacerdote. Em 2011 é-lhe atribuída a paróquia do Cartaxo

Reavivou a música popular religiosa e é muitas vezes referido como o padre cantor. Recentemente estreou-se a solo com o CD “enCantos da Minha Terra”, retomando um conjunto de orações que eram cantadas e re-citadas no início do século xx, na zona de Al-meirim. As receitas geradas revertem a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro.

“vim para cumprir uma missão”

entrevistaricardo Mónica

natural de almeirim, padre há oito anos, é um homem bem-disposto

que não se inibe de dizer o que lhe vai na alma com a franqueza e a

graça características de um bom comunicador. estas qualidades garan-

tiram a empatia essencial para o seu sucesso na paróquia do Cartaxo

por Fátima Machado Rebelo

Quem é ricardo mónica?Sou um homem da terra, que vim para cumprir uma missão e por isso acho que me identifico naquilo que sou e naquilo que faço, no que quero ser e nos meus projetos.

sente-se realizado?Realizado ainda não me sinto, mas vou a cami-nho da minha realização.

Como é viver sendo um homem de deus?É viver com essa missão, com a postura de que há sempre alguém, um ser superior a nós que su-perintende a nossa vida e que nos leva a cumprir uma missão, e a minha missão é a de Deus.

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“vim para cumprir uma missão”

foi para o seminário mais tarde do que é habitual. isso deu-lhe uma outra ideia da vida?Completamente. A mais-valia das vocações tardias é conhecer-se a parte do mundo e as dificuldades da vida. Quando as pessoas fa-lam comigo eu reconheço as dificuldades ou os sucessos, pois passei, também, alguns anos por eles, e sei como é o início de uma vida profissional, sei como é o desenvolvimento da própria vida ativa do cidadão comum e trans-porto isso, hoje, para o sacerdócio.

É um padre fora do comum, carismático e moder-no, isso facilita a sua missão pastoral? Eu penso que qualquer padre já é fora do comum (risos), mas isso prende-se com a proximidade, com tornar-se próximo das pessoas e, talvez, com a forma como falo com as pessoas, a for-ma como acolho o primeiro contacto que, a meu ver, é extremamente importante. Mas, penso que a Igreja hoje tem que viver nesse âmbito.

reavivou a música popular religiosa e é muitas ve-zes referido como o padre cantor. Cantar é, para si, um prazer divino? ►

É um prazer muito grande. Cantar aquilo que me pertence, pelas minhas raízes como ribatejano, é muito importante para mim.

a forma como celebra a missa rompeu com o mo-do tradicional, isso foi natural para si?Para mim, foi natural, eu tento ser transpa-rente naquilo que faço, acho que a celebração da missa tem de ser alegre e comunicativa de forma a cativar as pessoas para que possam re-ceber a mensagem e sejam recetivas àquilo que eu digo. Tento arranjar técnicas para conseguir absorver as pessoas e aqui no Cartaxo noto is-so perfeitamente.

É por isso que as suas missas têm tanta afluência?As pessoas não devem ir à missa por mim, mas para celebrar Deus, eu só estou ali como veículo de transmissão de uma mensagem. O importante é que a pessoa realize o encontro com Deus a partir daquele espaço.

sendo carismático como é, consegue cativar as pessoas. Como lida com a figura do «sr. Padre» e com o poder que tem?

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É engraçado, sabe que eu não noto isso, eu sei que tenho, mas estar aqui no Cartaxo exige de mim uma responsabilidade acrescida, não só da minha postura física como da minha postu-ra intelectual e psíquica.

Tenho a consciência perfeita que consigo que as pessoas me escutem, mas que me escutem não só por ser o senhor padre. Eu não quero fidelizações a mim, quero fidelizações a Jesus Cristo, porque eu estou aqui agora, mas daqui a alguns anos já não estou, só quero que as pesso-as fiquem com a mensagem de Cristo e, nesse sentido, esse poder é mais de âmbito espiritual, do que temporal. Agora eu sei, e acredito, que sou movido pelo Espírito Santo e é a partir des-sa mensagem que chego às pessoas.

Prepara sempre o que vai dizer numa celebração?Sim preparo, mas depois as coisas fluem, eu

não vou para nenhuma celebração sem a pre-parar, especialmente aos domingos faço uma preparação mais cuidada, mas é para organi-zar pensamentos. Depois é deixar fluir e, às vezes, aquilo que penso que vou falar acaba por ir por outro caminho mas, naturalmente, é aquilo que as pessoas precisam de ouvir.

veio para romper costumes?Isso é uma resposta para o senhor bispo, porque que razão é que ele me colocou aqui. Naturalmente penso que tenha a ver com isso, mas não só para romper com costumes, mas também para impregnar um novo dinamismo e uma certa renovação. Muda o padre e tudo ao lado pode mudar, se ele quiser.

Como se está a adaptar a igreja católica, a este mundo em constante transformação tecnológica e de frágeis valores morais?É muito difícil a Igreja adaptar-se a essa di-mensão, não a vejo na cauda, mas também não a vejo no comando, mas não está a perder o barco, hoje a internet é um meio de comuni-cação imprescindível e, praticamente todos os padres, mesmo os mais idosos, comunicam a partir de email, blogues e do facebook, e isso tem sido uma ajuda.

É muito comum encontrar fiéis que querem ser bons católicos, e ao mesmo tempo, usam méto-dos anticoncecionais, fazem aborto ou casam-se e divorciam-se. não seria mais cristão integrar em vez de excluir?As atitudes que cada um tem na Igreja têm de ser assumidas pelo próprio, agora, eu não ex-cluo ninguém da Igreja.

Por exemplo, o uso do preservativo é uma questão de saúde pública em determinados países, não de-via a igreja enviar um sinal?Mas já é aceite como um mal menor.

entrevista

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dada • 9

e qual é a sua opinião?A minha opinião é a opinião do amor, do amor incondicional, Deus ama-me incondicio-nalmente mesmo que eu seja a um pecador.

o uso do preservativo é um pecado?Não, não estou a dizer que é um pecado.

os jovens cada vez iniciam a vida sexual mais cedo. não é melhor usar o preservativo e prevenir uma gravidez indesejada ou uma doença?Acho que quando iniciam a vida sexual devem estar conscientes de todos os perigos que correm e depois sabendo que estão a correr perigos, que tentem amenizar esses perigos e não por o pé em ramo verde, como muita gente põe. E isso não parte só da Igreja, mas de toda a sociedade. Os valores familiares aí são extremamente importan-tes, não se pode viver o sexo como uma forma animalesca de prazer, tem que haver a dimensão do sentimento que é a mais importante.

O jovem deve poder falar abertamente e ser escutado e não dizer assim: – tu não fazes isso porque é pecado e acabou! Há caminhos para o que eu julgo ser a verdade da Igreja, é importan-te que se explique e se diga o porquê das coisas, não pode ser feita uma barreira, isso é comple-tamente contra os princípios do Evangelho.

recentemente houve a celebração da devoção ma-riana e também a beatificação do papa João Paulo ii, a igreja precisa destes ritos?Sim. São ritos de piedade popular. As pessoas podem ser tocadas. Ser tocado por Deus é dar o salto para a outra dimensão e há muitos que já conseguem estar no patamar superior.

Acredito que uma grande parte de cristãos não se sinta tocado pela devoção mariana, que não se sinta tocado pela nossa senhora do terço ou pelo debitar das contas com aves-marias e pais-nossos. Não é esta devoção de piedade popular a Nossa Senhora de Fátima que vai reestruturar ou renovar a igreja.

a igreja ainda se contém em questões como o celi-bato dos padres e o reaproveitamento dos padres casados. numa época em que estes assuntos já não são um escândalo, não devia a igreja olhá-los com menos dureza e firmeza?Eu costumo dizer que quem se preocupa mais com o celibato dos padres, são os que não o vivem.

um Padre não é um ser assexuado e não está imu-ne de se apaixonar. Prova disso é o caso recente com o padre de vila Chã de ourique...Compreendo que há pessoas que vivem em grande solidão e que depois numa oportunida-de dessas se apaixonem.

«não quero fidelizações

a mim, quero fidelizações

a Jesus Cristo»

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Acho que tem que haver mais tolerância, e mais tarde ou mais cedo vai acontecer, e eu começava logo pelo reaproveitamento dos padres casados. A espiritualidade dessas pes-soas até pode ser maior do que a nossa. O casamento dos padres é uma coisa que não me choca absolutamente nada, não me choca ter ao meu lado um colega que seja casado, é uma opção que faz.

Eu não sei o que me vai acontecer, e sei que não sou imune a que me venha a acontecer uma situação dessas.

O papa João Paulo II deu muita abertura e penso que o próximo papa vai fazer essa trans-formação da Igreja.

mas isso pode ser daqui a vinte anos...Não, penso que daqui a cinco anos vamos ter papa novo. (risos)

muitos católicos intitulam-se como não pratican-tes. vão à igreja pelo batismo e pelo casamento. a igreja está a tornar-se apenas o local do ritual e da festa?Sim, e é o combate que a Igreja tem hoje. An-tigamente havia a pressão social, não se podia viver em união de facto porque era escanda-loso e tinha de se casar na Igreja. Porém, acho que hoje se vai muito à Igreja por ser boni-to, ou se vem para batizar porque se tem lá aquela semente cristã. No nosso país vizinho, Espanha, em vez do batismo, muitas famílias fazem a apresentação social da criança à famí-lia com uma festa civil.

Sou intransigente, nos padrinhos. O pa-drinho deve ser o garante da passagem dos valores da igreja, por isso, acho que a figu-ra do padrinho já deveria ter desparecido há muito tempo, porque não se leva a sério. En-tão para isso são testemunhas de batismo. Ser padrinho social é outra coisa, para isso seria melhor batizar sem padrinhos.

Como deve ser um bom católico?Ser um bom católico hoje, é muito difícil, é aquele que mantem o canal permanentemen-te ligado entre a terra e o céu, é aquele que consegue ter um diálogo frequente com Deus e que se guia pelo Evangelho e pelos valores da Igreja.

Ter fé, confiança e esperança e saber amar o próximo. Se confiar em Deus, então Ele há de me mostrar o caminho para a felicidade.d

nas suas atuações apresenta-se sempre trajado a rigor com as vestes do início do século xx

«o papa João Paulo II deu

muita abertura e penso que

o próximo papa vai fazer es-

sa transformação da Igreja»

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Hoje em dia passamos o tempo a correr. Corre-mos de manhã para o trabalho, corremos para levar os filhos à escola, corremos para apanhar o autocarro, corremos para acabar aquele relatório, enfim, corremos por tudo e por nada.

E ao corrermos, ficamos tão absorvidos naquilo que temos de fazer que nos esquecemos de dar atenção aqueles que estão à nossa volta e que tan-to precisam de nós.

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amanhã pode ser tarde

Esquecemo-nos de ligar ao nosso melhor amigo, esquecemo-nos de brincar com os nossos filhos, de acarinhar o nosso companheiro, ou simples-mente de visitar um familiar que já não vemos há algum tempo.

Fazemos isto, porque “egoistamente”, colocamo-nos à frente de tudo e esquecemo-nos do mais importante, que é estar presente na vida dos nos-sos entes queridos, dando-lhes a nossa atenção, o nosso carinho, o nosso apoio ou simplesmente a nossa presença. E fazemos isto porque, inadver-tidamente, achamos que se não for hoje, vai ser amanhã, porque amanhã teremos mais tempo. Contudo, esquecemo-nos de questionar: E se amanhã tudo mudar? E se amanhã essa pessoas já cá não estiver? Será que fiz tudo ao meu alcan-ce para dar tempo de qualidade a quem amo?

Talvez não.

A vida é curta, por isso, aproveite o mo-mento e ligue ao seu melhor amigo, brinque com o seu filho, diga ao seu com-panheiro que o ama e vá visitar aquele familiar que já não vê há imenso tempo, e ao mesmo tempo diga-lhe o quão impor-tante é para si, o quanto o ama.

Faça isso hoje, pois tal como dizia Ralph Waldo Emerson “Nunca é cedo para uma gentileza, porque nunca se sabe quando poderá ser tarde demais”

dedico este artigo a um grande homem que já partiu, e de quem eu gostava muito, o meu avô antónio Leandro de matos machado.

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Page 13: revista dada ed.30

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14 • dada

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Muitos seres humanos buscam, afincadamente, o companheiro para o resto da vida. Uma socieda-de monogâmica assim o exige e como tal é assim que, desde sempre, se processa a procura pelo parceiro de uma vida.

As pessoas apaixonam-se, vivem intensamente a paixão, como se de amor se tratasse. Durante meses ou anos acreditam estar a amar, até que um dia, sem mais nem menos, o fogo apaga. A paixão foi e continua a ser o vício do Homem, porque as hormonas que são despoletadas por esta, fazem com que o ser humano fique pro-fundamente viciado na sensação. Mas, podemos também questionar se uma paixão não se trans-forma, no calmo, tranquilo e pouco valorizado amor. Pode sim, ela pode passar de paixão para amor, e até oscilar. Mas como distinguir? Como tomar uma atitude, sem temer estar controlado por uma hormona, que circula tresloucada pelo nosso organismo? É praticamente im-possível distinguir logo no início, o que gera as famosas tentativas erro. Não estarão as pessoas tão sedentas por encontrar “aque-le” grande amor, que acabam por continuar focadas nas sensações intensas da paixão, sem ponderarem que provavelmente, aque-las emoções um dia se vão extinguir? Não poderá o desejo de amar, afetar a nossa capacidade de percecionar se amamos de verdade? E o que é amar de verdade?

Amar não implica necessariamente a in-tensidade da paixão. Amar é para além de

o desejo de amar

fator X

hormonal, algo profundamente ligado à psique. Amar implica ter carinho e querer fazer o outro feliz. Amar é sentir-se pleno e completo, mes-mo que não se sinta o fogo da paixão. Amar é tranquilo, até mesmo monótono. Por isso muitas pessoas amam sem saberem e põem em causa a sua relação, porque “esfriou” ou porque simples-mente não é intensa. O amor é doce e tranquilo e o que distingue amar um parceiro, de amar um amigo ou familiar, é que esse amor tem um cariz sexual. É só isso. Talvez um dia o ser humano es-teja apto a dar valor, a um sentimento tão puro e importante, como este. Talvez um dia estejamos prontos para valorizar o amor, em detrimento da paixão. Talvez um dia os divórcios escasseiem e não porque há menos casamentos, mas sim por-que as pessoas começaram a perceber que amar, é uma coisa, estar apaixonado é outra e substan-cialmente diferente.

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Esta ciência milenar permite o conhecimento das características de cada um, partindo da data de nascimento e do nome, tendo em conta que ca-da número tem uma carga energética à qual estão atribuídas forças de personalidade. Essas caracte-rísticas são estudadas a partir da soma dos números da data de nascimento e dos números atribuídos a todas as letras do nome.

Com a numerologia podemos:Encontrar, muitas vezes, explicações para certas atitudes boas e menos boasSaber o dia energeticamente certo para abrir um negócio, para casar, etc.Tomar consciência dos nossos medos e das nossas inseguranças através dos nossos númerosTentar compreender a razão pela qual temos uma simpatia tão grande com certas pessoas que nunca vimos e, pelo contrário, não temos nenhuma em-patia com algumas pessoas que nos são próximasSaber a nossa missão de vida

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É a frase que tenta acalmar os pais de ado-lescentes. A adolescência é uma fase do crescimento que dá muito que falar. Mas o que se passa realmente na adolescência?Para o adolescente tudo mudou, o seu corpo, os sentimentos e pensamentos. Apercebe-se de que já não é uma criança e de que a fase seguinte é a de adulto. Já não pode voltar a ser criança e aproxima-se o ser adulto e quer começar a ser tratado como tal, em-bora não saiba bem como. Gradualmente quer mais autonomia, quer que o oiçam e que respeitem a sua privacidade. Quer testar os limites e a autoridade. O desconhecido assusta e atrai. É a fase de atração pelo risco e da turbulência de sentimentos.

É a altura das amizades intensas, já que o principal apoio vem delas na medida em que o distanciamento das pessoas da família é inerente a esta fase.

Ao nível físico, as modificações no seu cor-po vão acontecendo e as hormonas são cada vez mais evidentes, o que gera inseguranças na sua aparência. Mas a turbulência de sen-timentos não advém somente das alterações hormonais. Para além destas, há regiões do cérebro ainda em desenvolvimento (o cór-tex pré-frontal) e as capacidades inerentes estão ainda em amadurecimento, nomeada-mente o controle dos impulsos/emoções o que, juntamente com efeitos hormonais, pode levar a explosões emocionais e a mu-danças de humor constantes, bem como a comportamentos irresponsáveis.

Os conflitos dos adolescentes são espe-cialmente com os pais. É a eles que têm de demonstrar claramente que cresceram. O adolescente faz o seu legítimo papel de ado-lescente e cabe aos pais ajudá-lo a ter um maior controle dos seus impulsos, forne-

cendo-lhe limites que vão ajudar a balizar sentimentos.

É ao longo desta fase do desenvolvimen-to que se aprende a controlar impulsos, ou seja, a controlar emoções – como explosões de agressividade (verbal ou físi-ca), a pensar antes de falar, a planear com antecipação…A sua consolidação vai in-fluenciar na sua vida adulta.

Será que a adolescência que não é vivida de forma genuína, não leva a uma ado-lescência tardia, aí sim fora do contexto normal?

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26 • dada

na sua tertúlia, em conversa animada, o bandarilheiro contou como nas-

ceu a ‘afición’ pelos toiros, emocionou-se a descrever o sentimento de ser

toureiro e o orgulho de usar castanheta. recordou os momentos mais

marcantes dos seus vinte e dois anos de carreira. dia 19 de junho estará

presente na alternativa de filipe vinhais, no Cartaxo, a mesma praça onde

há vinte e nove anos, fardado de forcado, pegou o seu primeiro touro

por Fátima Machado Rebelo

“vivo isto com alma e paixão”

Em miúdo acompanhava o tio Joaquim Gon-çalves, também ele, bandarilheiro, nos treinos na praça Celestino Graça e começou a banda-rilhar na tourinha, mas o que gostava mesmo, era de pegar touros.

Foi forcado no grupo de forcados de Azam-buja durante nove anos, pegou 73 touros de caras, até que um dia disse, «pronto já estou

cansado». Como tinha aptidão para bandari-lhar, o tio aconselhou-o a seguir essa carreira e fez dele um toureiro.

Aos 19 anos entregou-se a ser bandarilheiro, recebeu a ovação do público e ganhou tro-féus. Hoje, aos 43 anos, é bandarilheiro na quadrilha de Pedrito Portugal, José Augusto Moura e Luís Vital Procuna

entrevistapedro gonçalves

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dada • 27

Como é vencer o medo e enfrentar o touro?São momentos fantásticos e de muita adrena-lina. No fim de estar ao pé do touro o medo passa logo e sinto confiança.

Logo que o touro sai à praça tentamos perce-ber, à medida do nosso conhecimento, como ele vai atacar, se vai mais largo, se vai mais perto e como se vai comportar o animal. Ca-da touro é único.

Antes de irmos para um touro sente-se aque-le medo, aquele receio, mas depois dentro da arena conseguimos controlar bem e ultra-passamos o medo. Depois é fantástico sentir o touro passar por nós. Temos de ser mais inteligentes do que o touro, é que ver aquele animal vir direito a nós…

o que melhor recorda do tempo de forcado?Fiz grandes amizades que duram ainda hoje. Há mais amizade no meio dos forcados do que no meio dos toureiros, como somos profissionais cada um tenta ir ao seu. Nos grupos de forca-dos somos um grupo de amigos, de homens que nos juntamos para conviver, beber copos e pegar touros. Recordo-me de, em Santarém, por ser na minha terra, quando ganhei o troféu de melhor pega, com um touro de 620 quilos do Paçanha. Foi dos momentos mais giros da minha carreira de forcado. Recordo também bons momentos na praça da Nazaré porque era um público muito carinhoso.

ser toureiro obriga-o a uma grande preparação fí-sica? vai ao ginásio? Como é o seu dia a dia?

Todos os dias vou ao ginásio de manhã para treinar, de tarde pego no capote e vou bregar e pôr pares de bandarilhas na tourinha, quan-do não estou a treinar vou aos tentaderos ou vou para o campo ver os touros, que é uma das coisas que mais gosto de fazer, passa-se um dia maravilhoso, só mesmo a viver isto é que percebemos o gosto que nos dá.

transporta a postura de toureio para a sua vida?Sim, penso que sim, nós os toureiros, somos um pouco vaidosos, a forma de andar, e as pessoas reparam nisso, por exemplo o uso da castanheta é o símbolo de ser toureiro.

na página ao lado

junto à vitrina, onde guarda os troféus da sua carreira, mostra o santuário que o acompanha sempre em todas as corridas: «antes de qual-quer corrida rezo e peço proteção»

na tertúlia, onde gosta de receber os amigos, tem uma vasta coleção de fotografias que ilustram a sua carreira e onde não falta o cantinho de homenagem ao tio Joaquim gonçalves

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28 • dada

Como costuma ser a sua preparação, como é o dia de corrida de um bandarilheiro?Existe sempre um certo receio, um certo nervosismo, especialmente se é em vésperas de uma corrida importante em Sevilha ou numa praça importante. Penso muito mais vezes no público, e de como tenho de estar bem e não falhar, do que propriamente no touro. Tento ser sempre o melhor, é para isso que treino.

Quando acabo de tourear, e se corre bem, é uma alegria! É a sensação de ter conseguido mais uma corrida. Vivo isso com muita ale-gria e com uma grande paixão.

É muito boa a sensação de bandarilhar um touro difícil e conseguir fazê-lo bem. É mais uma vitória. É o que me faz querer mais uma corrida. Habituei-me a isto e não me imagino a fazer outra coisa.

Qual a corrida que mais o marcou desde sempre?O dia da minha alternativa foi um dia mui-to importante. Quando o mestre António Badajoz, um dos melhores bandarilheiros do mundo se despede no Campo Pequeno, e me dá a alternativa, foi um dos dias mais emocionantes que tive como toureiro. Nessa noite lidei um touro à antiga, que é correr o touro a uma mão, com o capote, para ensinar o touro a meter a cara para o matador, depois meti quatro pares de bandarilhas.

Também recordo grandes momentos em Sevilha. ‘La Maestranza’, é a praça de touros que mais me encanta.

Os melhores momentos nem são no fim da temporada quando recebemos os troféus, mas sim quando recebemos a ovação do público, e graças a Deus, ao longo da minha carreira tive momentos extraordinários, em várias praças

em Portugal, Espanha e França, e são esses os momentos que recordo com saudade.

Qual a figura do toureio que elege?Gosto muito dos matadores de touros que temos em Portugal, tenho acompanhado o Pedrito Portugal e o José Augusto Moura também, são dois toureiros que gosto muito de ver tourear. O Luís Vital Procuna também é muito bom. O Pedrito Portugal e o Eduar-do Oliveira, são toureiros com carisma, que permitem momentos maravilhosos, é fantás-tico ver as grandes faenas que eles fazem.

É mais fácil entrar no mundo do toureio quando já se nasce ele?Sim. Mas alguém que queira ser toureiro, nós damos a mão e ensinamos, é só aparecer no CNEMA, que é onde treinamos, que venha ter comigo, venha ver o que é ser toureiro, pegar numa muleta, e venha ver o carinho dos ganadeiros, é um grande convívio, é o que nos leva a ter esta paixão por isto.

foi por isso que criou a escola de toureio Joa-quim gonçalves?Foi uma homenagem que eu quis prestar ao meu saudoso tio Joaquim Gonçalves, porque foi ele que me fez toureiro e me deu os me-lhores ensinamentos.

De pequeno é que se aprende e quero dar oportunidade a outros jovens. Com cinco anos já se percebe o jeito e o gosto e dá para orientar uma criança. O meu filho Francis-co que tem agora oito anos e desde pequeno que tem gosto e agarra na muleta e faz chi-cuelinas. Ele hoje já toureia e tem um jeito extraordinário e se quiser pode ser uma figu-ra do toureio.

gostava que o seu filho seguisse as suas pegadas?Sinceramente não. Quer dizer, eu adoro vê-

entrevista

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lo tourear, mas custa-me muito vê-lo lá dentro, ainda que seja com uma bezerrinha pequenina, sofro muito mais do que sofro comigo.

o que destaca na temporada de 2011?A temporada está praticamente a começar, tenho poucas corridas ainda feitas, estou à espera de ir a Madrid, uma praça que ainda não pisei e estou cheio de vontade de lá ir, com o matador de touros Ja-vier Bernal. Este poderá ser o meu

momento forte da temporada, a minha ida a Madrid, e sei que só há duas hipóteses: triunfar e tirar a montera ou ser agarrado.

o triunfo será sempre em espanha?Sim, o triunfo é em Espanha e tem que acontecer, estou à espera desse momento e assim que ele chegar sei que o vou agarrar, sei as minhas qualidades e tenho a minha cabeça focada no toureio. Não para ser um qualquer, mas para ser o melhor, quando começo a treinar meto na cabeça que quero ser o melhor e, felizmente, ao lon-go destas 22 temporadas, ganho sempre os troféus de melhor bandarilheiro, essa mentalização tem de existir sempre em nós.

É isso que o move?Sim, é isso que me move, ser o melhor, é para isso que treino, é para isso que luto, caso contrário não valia a pena e ia fazer outra coisa na minha vida. Vivo isto com alma e paixão. O meu sonho é estar nas praças grandes e bandarilhar, que é o que eu gosto.d

«é muito boa a sensação de banda-

rilhar um touro difícil e conseguir

fazê-lo bem. É mais uma vitória»

em sevilha a receber a ovação do públicoem Badajoz

em sevilha

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30 • dada

entre 4 e 12 de junho, santarém acolhe mais uma edição da

feira nacional da agricultura/feira do ribatejo. o certame deste

ano é dedicado às florestas. Com o verão à porta, o risco de

fogos florestais e os tão falados problemas ambientais, o tema

está na ordem do diapor antónio Dias

celebrar a floresta

É um dos maiores eventos da região. Anual-mente, a capital do Ribatejo torna-se o centro de Portugal. Numa área total de 64 hectares, mais de 600 expositores tentarão exibir um pouco da cultura, gastronomia, economia e tradições da região. O certame perdeu visi-tantes nos anos 90 mas tem vindo a recuperar fama e prestígio. Vasco Gracias, há seis anos na administração do Centro Nacional de Ex-posições e Mercados Agrícolas (CNEMA), tem sido um dos responsáveis pela mudança, fruto das alterações introduzidas nas últimas edições. “O ano passado tivemos quase 170 mil visitantes e esperamos ultrapassar essa fasquia”, avança o responsável.

foto: vitor neno

“Estávamos muito focados na mostra de produtos e máquinas, e a agricultura é mui-to mais que tratores e cavalos”, resume. “E quisemos aproximar mais a população”. Hoje, a Feira Nacional da Agricultura/Fei-ra do Ribatejo é um conjunto de atividades ligadas à tauromaquia, equinocultura, gas-tronomia, produtos biológicos e diversão, que atrai diferentes públicos e mostra não só o lado produtivo do setor mas também de venda e consumo final. No fundo, o CNE-MA quis aliar o aspeto comercial ao lúdico e educativo. Daí as mostras de cozinha ao vivo, as experiências com cavalos, as pro-vas de vinho e os espetáculos locais, como

Page 31: revista dada ed.30

celebrar a floresta

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32 • dada

fotos: vitor neno

Cnema em festade 4 a 12 de junho de 2011, o Cnema acolhe a 48ª feira nacional de agricul-tura, 58ª feira do ribatejo. o certame é reconhecido como referência nacional no setor agrícola e agroindustrial. além da habitual presença de máquinas, animais e produtos agrícolas, decorrem o salão “Prazer de Provar”, uma iniciativa dedica-da ao vinho, alimentação e azeite. vai ser possível ver cozinhar ao vivo, aprender receitas tradicionais, provar vinhos, en-tre outras atividades. os bilhetes custam entre os 5 euros (simples) e 35 euros (ca-derneta de 10 bilhetes). segunda-feira, dia 6, a entrada é livre.

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o folclore, a venda de produtos biológicos, entre outros, levando os visitantes também a interagir e a aprender.

Este ano, a propósito do Ano Internacional das Florestas, a floresta será o tema princi-pal. “Queremos sensibilizar o público para a importância da sua preservação e para o papel que representa no domínio do de-senvolvimento sustentável”, refere Vasco Gracias. A floresta ocupa 3,4 milhões de hectares do território nacional, o que signi-fica quase 40 por cento da área do país, uma das mais elevadas taxas de arborização da União Europeia. O setor é responsável por três por cento da riqueza nacional e assegura mais de 260 mil postos de trabalho, diretos e indiretos, sendo responsável por um dé-cimo das nossas exportações. São motivos mais que suficientes para o diretor do CNE-MA querer contribuir. “No Ribatejo a área florestal é grande, mas o tema tem estado muito esquecido no seio da população e tal-vez possamos tentar mudar isso”, refere.

voluntariado nas florestasVasco Gracias não é o único a querer mudar mentalidades. No terreno de-correm há já alguns anos projetos de presevação da floresta. Iniciativas mui-to focadas na vigilância e prevenção de fogos. Heliana Vilela, diretora regional de Lisboa e Vale do Tejo do Instituto Português de Juventude (IPJ-LVT), assegura que a adesão dos jovens a campanhas de ajuda tem sido grande. “De ano para ano aumenta o número de voluntários e normalmente temos sempre mais procura que oferta”. Os projetos são limitados (por questões de logística e orçamentais), mas a evolução é positiva e gradual. Durante este verão,

«a floresta ocupa 3,4

milhões de hectares do

território nacional, o que

significa quase 40 por cen-

to da área do país, uma

das mais elevadas taxas

de arborização da União

Europeia. o setor é respon-

sável por três por cento da

riqueza nacional e assegu-

ra mais de 260 mil postos

de trabalho»

reportagem

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34 • dada

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por exemplo, são esperadas centenas de jo-vens para vigiar e limpar florestas. “No ano passado a região acolheu mais de 200, mas em 2011 o número será maior”, garante a responsável. Há mais dinheiro, admite He-liana Vilela, mas há também realismo por parte das instituições. “As entidades perce-beram que o resultado do que estes jovens fazem no terreno é impressionante. Conhe-ço histórias de jovens que evitaram grandes incêndios porque estavam na vigia. Isso é motivo de orgulho para eles, mas também para as instituições que os contrataram”.

Diga-se que apesar do termo voluntário, quem decida ajudar passa por uma ação de formação e recebe uma remuneração, ainda que simbólica. “Este é um trabalho duro, porém muito importante. Não é nenhuma diversão. Os voluntários passam 15 dias se-guidos, sem folgas, cinco horas por dia, a trabalhar nas florestas”. Mas é, igualmente, “um processo de aprendizagem e cresci-mento. A floresta portuguesa é fundamental para a sustentabilidade do território portu-guês e essencial para a economia nacional”, ressalva a diretora geral.

a floresta portuguesa já sequestra mais de 289 milhões de toneladas de dióxido de carbono

Page 35: revista dada ed.30

economia vs ambienteAlém do aspeto económico, o ambiente e a energia são setores fortemente dependentes das florestas. “A sua destruição leva ao desa-parecimento da fauna e da flora, aumenta a erosão do solo desprotegido, altera as bacias hidrográficas, muitas vezes com grandes pre-juízos materiais e mesmo de vidas humanas”, enumera o Secretário de Estado das Flores-tas e Desenvolvimento Rural. Rui Barreiro lembra que “o declínio florestal em Portugal diminui a biodiversidade. As áreas que sofre-ram desflorestação rapidamente tornam-se áridas, impedindo que as espécies nativas se reinstalem na região”. Por fim, a emissão de dióxido de carbono será maior quanto menor for a área florestal. O governante explica que “a floresta portuguesa é um dos principais sustentáculos da boa qualidade ambiental, já que sequestra mais de 289 milhões de tonela-das de dióxido de carbono, purifica e valoriza a água que corre pelas suas encostas e propor-ciona-nos deslumbrantes paisagens”. Para o também ex-presidente da Câmara Municipal

ajudar as florestasÉ possível ajudar as florestas. além dos pequenos gestos, como evitar fogueiras próximo de zonas arborizadas, guardar as beatas dos cigarros em sítios próprios, entre outras medidas de senso comum, a direção regional de Lisboa e vale do tejo do instituto Português da Juventude, junta-mente com a direção regional de florestas - autoridade florestal nacional, promovem, até setembro, o programa voluntariado Jovem para as florestas 2011. o objetivo é incentivar a participação na preservação da natureza e da floresta em particular, e reduzir o flagelo dos incêndios através de ações de prevenção. mais informações e inscrições em www.juventude.gov.pt.

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números85 por centro da floresta portuguesa é propriedade privada, e apenas três por cento pertence ao estado Português.

12 por cento são baldios;

10 por cento é o que representam as ex-portações nacionais da indústria florestal. os eucaliptos foram trazidos da austrália. no início serviam para drenar terrenos pantano-sos. Hoje são usados, sobretudo, na indústria do papel;

3.3 milhões de hectares é o que ocupa a área florestal portuguesa;

40 por cento do território nacional é ocu-pado por floresta, uma das maiores áreas florestadas da europa;

3100 milhões de euros, é o que a flo-resta contribui para a economia nacional representando três por cento do PiB;

260 mil trabalhadores é o que o setor emprega, correspondendo a três por cento da população ativa.

reportagem

de Santarém “é obrigação de todos deixar es-te legado às gerações vindouras”.

E se for possível juntar o útil ao agradável, me-lhor. “Os resíduos florestais, ou a denominada biomassa, se forem bem aproveitados, podem ser muito importantes para o país, produzindo inclusive energia”, refere o Secretário de Es-tado. Portugal tem nove centrais de biomassa que criam eletricidade através de resíduos recolhidos nas florestas. Estas estruturas per-mitiram, em 2009, evitar a importação de 207 mil barris de petróleo e poupar a emissão de 268 mil toneladas de dióxido de carbono. Nos próximos dois anos serão construídas 16 no-vas centrais de produção que permitirão dar luz a 168 mil famílias, evitando a importação anual de 311 mil barris de petróleo.

Rui Barreiro concluiu: “é um desígnio nacio-nal proteger e fazer crescer este património que é de todos”. O CNEMA tenta dar mais um contributo neste sentido. Visitantes, pro-dutores, empresários e autarcas são chamados a participar.d

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dada • 37

vamos a votos

Nas últimas eleições legislativas de 2009 estavam registados 9,5 milhões de eleito-res. Destes, 3,8 milhões abstiveram-se, o que equivale a 40 por cento. Dos restan-tes, pouco mais de dois milhões votaram no Partido Socialista, que ganhou com 36,5 por cento. Ou seja, um país de dez milhões de habitantes é gerido por um Governo es-colhido por dois milhões de pessoas.

A análise destes números, cada vez mais recorrentes, tem gerado diversas discussões nos últimos anos, desde a legitimidade dos políticos para governar, passando pela falta de participação cívica, até aos defeitos da Democracia. Mas a solução será cruzar os braços?

Para o Movimento Voto em Branco, o que interessa “é ir massivamente às urnas, trans-

no próximo domingo, 5 de junho, Portugal vai a votos. Perante a

crise que o país atravessa, haverá escolhas adequadas às necessi-

dades da nação? ao que parece, poucos acreditam nos políticos.

não obstante, podemos viver sem eles?

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formando a abstenção em votos”. Sem um rosto público, o grupo apela à participação dos eleitores, “mesmo que seja num par-tido”.

João Camargo, dos “Precários Inflexíveis”, teme que a população esteja a ser engana-da pela comunicação social, “que repete o mesmo tipo de mensagens de medo”, tornando a população “conformada”. O engenheiro de Ambiente, de 28 anos, que nunca teve um contrato de trabalho em Portugal, acredita, contudo, que haja “cada vez mais pessoas descontentes. As medidas de austeridade despertaram muitos para os problemas do país”, assegura.

Apesar dos milhões que se abstêm de vo-tar, há quem prefira outro caminho que não a impassibilidade. A internet tem ser-

por antónio Dias

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38 • dada

vido de veículo para estes movimentos que “aproveitaram o clima de instabilidade para defender direitos que se estão a perder”, como explica João Camargo. Depois da manifestação de 12 de março deste ano, em Lisboa (que culminou na criação de um ou-tro movimento), acredita-se que a adesão da população tem sido maior. O bastonário da Ordem dos Advogados Marinho de Pinto acrescenta: a “falta de profissionalismo da classe política” não é motivo para a absten-ção. Em declarações recentes à imprensa, Marinho Pinto lembrou que “faltar ao ato eleitoral é mostrar apenas desinteresse”.

Votar é, também, respeitar o passado. Mui-ta gente lutou ao longo da História para hoje existir o direito ao voto e à liberdade de expressão. É um dever honrar esse sa-crifício. d

movimentos Para todos os gostosa cada vez maior consciência social para os problemas do país tem tido uma resposta forte em movimentos cívicos. escolhas não faltam.

www.eopovopa.wordpress.com (contra a cor-rupção e o caso BPn); www.votoembranco.wordpress.com (mobilização contra os parti-dos políticos) www.partidonulo.net (defesa do individualismo no ato eleitoral) www.precario-sinflexiveis.org (contra a precariedade laboral)www.geracaoenrascada.wordpress.com (gru-po de protesto que organizou o protesto de 12 de março e que culminou no movimento com o mesmo nome)

Sabia queem Portugal, a primeira lei eleitoral data de 1822. na altura só podiam votar os cidadãos portugueses ou estrangeiros naturalizados com mais de 25 anos e casados, oficiais milita-res e clérigos com mais de 20 anos.em 1911, o direito alarga-se a todos os ho-mens com mais de 21 anos que soubessem ler e escrever ou chefes de família. em 1931, as mulheres passam a poder votar, mas só aquelas com curso superior ou liceal.É só depois de 25 de abril de 1974, que este direito é alargado a todos os cidadão com mais de 18 anos.

a nova Zelândia foi o primeiro país do mundo a permitir o direito de voto às mulheres, em 1893. Hoje, o sexo feminino está ainda impos-sibilitado de votar nos seguintes países: arábia saudita, Bahrein, Brunei, Kuwait, omã, Qatar e emirados árabes unidos.

a suíça tem aquela que é considerada a democracia mais perfeita, porque é direta, co-locando na mão da população a tomada das decisões. Portugal tem uma democracia indire-ta ou representativa, pois escolhe quem toma as decisões.

PuB

em foco

Page 39: revista dada ed.30

renato J. [email protected]

o dia de todas as decisões!Nos últimos anos, Portugal tem vindo a enfren-tar uma grave crise económica derivada de alguns problemas estruturais antigos, que nunca foram efetivamente resolvidos por qualquer governo e que foram, incontestavelmente, agravados por uma gigantesca crise internacional que, por ora, atinge sobretudo as economias mais frágeis da zona euro e provavelmente, no espaço de um/dois anos, irá atingir com toda a força e com con-sequências ainda imprevisíveis os E.U.A.

Portugal detém, de facto, elevados níveis de endividamento, elevados défices orçamentais, e denota uma anémica falta de resposta da sua economia, a que se irão juntar inevitáveis perdas e custos associados aos processos de desalavan-cagem financeira exigidos pela troika para nos financiar. Que, refira-se, têm contrapartidas asso-ciadas que vão custar caro e ser muito dolorosas para os portugueses, porque não se pode ignorar que o que está em causa é o ajustamento do nível de vida (consumo) à real capacidade de criação de riqueza do país. Como tal, precisa-mos definir um rumo.

Por estas razões, as eleições do dia 5 de junho serão, provavelmente, as mais importantes da nossa democracia. Fundamentalmente, estamos no momento de escolha do mode-lo de desenvolvimento económico que nos guiará nos próximos anos.

Das opções disponíveis para os portugueses realça-se PS e PSD que apresentam, desta vez, linhas de orientação bem demarcadas ideologicamente. De facto, tendo ambos

por base uma matriz comum de princípios de economia de mercado, os sociais-democratas apresentam um programa de cariz acentuada-mente liberal, assente na diminuição do papel do Estado na economia, enquanto que os so-cialistas apresentam um programa que visa preservar as funções do Estado consideradas essenciais, sobretudo, num quadro em que está em causa a viabilidade do Estado Social.

Desta vez, existe verdadeiramente um “separar de águas” ideológico, que os portugueses sa-berão destrinçar e escolher e que, dificilmente, não deixará de passar por estes dois Partidos.

Uma coisa, porém, é certa. Esperam-nos mui-tos anos de trabalho e esforço adicional. Se o fizermos com entusiasmo e profissionalismo, alcançaremos o desenvolvimento sustentável a que legitimamente aspiramos.

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opinião

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40 • dada

Temos que, forçosamente, começar este texto com Fernando Tordo. Por ser mais velho, claro, e porque o tema “Tourada” marcou uma outra época que, no cenário atual, importa recordar. “Eram tempos complicados”, começa por contar. “Só mais tarde percebi o quão possessiva era a ditadura de Salazar. Uns amigos mostra-ram-me os cortes e as notas dos censores. Havia críticas a textos meus que não faziam qualquer sentido”.

O músico de 63 anos recebeu-nos no seu apartamento, em Lisboa, onde, sentado no sofá da sala, vibra com o seu último brin-quedo: um ukulele. O instrumento musical originário do Havai, tem apenas quatro cordas “e produz sons de uma simplicida-de e pureza extraordinários”, diz, sorrindo. Comprou-o para utilizar na última música

que vai compor para o seu novo disco com edição marcada para este ano. “A canção será um medley de vários temas meus”, revela. É como que um revisitar da sua car-reira, que está prestes a comemorar meio século.

É esta herança que lhe permite falar sobre o presente. “A situação é tão grave como antigamente”, garante. “O país foi deixado

fernando tordo atua, a 9 de junho, às 21h30, no Centro Cul-

tural do Cartaxo. no mesmo dia e hora, os deolinda apresen-

tam-se no Centro nacional de exposição e mercados agrícolas

(Cnema), em santarém. além desta coincidência, há algo que

os une. Consegue advinhar?

músicos de intervenção

por antónio Dias

agenda

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estreia de fernando tordono CartaXofernando tordo olha para o teto, pensa e concluiu: “acho que é a primeira vez que vou atuar no Cartaxo”. mesmo com quase 50 anos de carreira, o cantautor, admite que nunca esteve em terras carta-xenses, a não ser para visitar um amigo. “o Pedro duarte [conhecido por traba-lhar ao lado de Herman José] tem casa na Lapa e íamos lá sempre que tínhamos de trabalhar ou a um jantar”. fernando tordo sobe ao palco do Centro Cultu-ral do Cartaxo, no dia 9, às 21h30, no âmbito das comemorações do sexto ani-versário deste espaço. Para saber mais sobre a carreira de fernando tordo é só ir a www.fernandotordo.com.

nas mãos de incompetentes que estragaram tudo”, critica. “E não são só os políticos. Todos são responsáveis. Houve muita gen-te frustrada que cometeu crimes graves”. Fernando Tordo refere-se à corrupção e até a alguma censura que diz persistir. “Pa-ra este álbum, por exemplo, convidei gente que está impedida de tocar em algumas edi-toras”, reclama.

O panorama negro atual traçado pelo músico encontra paralelo em letras como “Parva que Sou”, dos Deolinda. O grupo liderado pela voz de Ana Bacalhau existe desde 2006 mas a canção estreada no Coliseu de Porto, em janeiro deste ano, foi imediatamente consi-derada um hino de uma geração à rasca. O estilo de intervenção parece que se enquadra. “Reconhecemos essa nossa faceta e gostamos que se revejam no nosso trabalho. Mas esse

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deoLinda rePetem CnemaÉ a segunda vez que os deolinda atuam no Cnema, em san-tarém. no próximo dia 9, às 21h30, durante a feira nacional da agricultura/feira do ribatejo, repetem a experiência de 2009. na altura, o álbum “Canção ao Lado”, de 2008, fa-zia furor nos tops nacionais. “dois selos e um Carimbo” é o segundo trabalho. “Parva que sou” só está disponível no site da banda em www.deolinda.com.pt.

foto: rita Carmo

não foi o objetivo”, acautela José Pedro Leitão, músico da banda. “Queríamos contar histórias, de todo o tipo, com base nas tradições portuguesas, com raízes no fado, e não só”, explica. O contrabaixista lembra o episódio que deu origem ao tema propaga-do na internet. “Um dos nossos músicos, sempre que cometia um erro nos ensaios, dizia sempre: «que parvo que sou». A partir daí começámos a escrever a letra que resultou no sucesso co-nhecido”.

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PuB geração à rascaFernando Tordo e os Deolinda represen-tam duas gerações separadas por quase 40 anos de História de um país em perpétua crise. “É claro que Portugal evoluiu, mas mantêm-se tiques. Basta ver estas eleições e as sondagens. Então as pessoas querem pôr no poder os mesmos partidos que nas últimas décadas nos trouxeram até esta situação? Parece que ninguém aprendeu nada!”, exaspera Fernando Tordo.

São 63 anos, quase 50 de carreira, e uma visão ampla do mundo. Hoje o cantautor critica os “mandões” mas também o po-

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vo. “Quando comecei a aprender música e a cantar lembro-me do prazer que me dava tu-do aquilo. Era isso que nos unia, a mim a aos meus colegas: o respeito pela arte. Estávamos ali com responsabilidade e não para aparecer nas capas das revistas ou ser famoso”, afiança.

Fernando Tordo começou a cantar muito novo e aos 16 anos já integrava os Deltons. “Sentia-me livre por faltar às aulas, escapar à Biologia e ficar a tocar guitarra com os amigos e aprender a reproduzir letras dos meus artistas preferidos. Era uma libertação num tempo em que nos sentíamos sufocados pelo regime”.

Hoje, a situação é quase igual, mas de forma diferente. A precariedade laboral, o consu-mismo desenfreado que leva as famílias a hipotecar o futuro com créditos, a compe-tição no trabalho, a comunicação veloz a

que se vive. Hoje a internet produz estrelas à velocidade da luz, mas pode destruí-las num estalar de dedos. “Todos já passámos por situações complicadas na vida”, admite José Pedro Leitão. Também os Deolinda representam a imagem da contestação mas usam os novos meios para passar a men-sagem. “Não calculámos que fôssemos ter tanto sucesso”, assevera o músico da ban-da. “O projeto inicial era muito simples. Sabíamos que corríamos risco de fracasso, mas acho que acabámos por ser levados por esta onda de revivalismo das tradições portuguesas, da crise e da insatisfação”.

Portugal vai a votos a 5 de junho, domingo. Na quinta-feira seguinte, dia 9, Cartaxo e Santarém acolhem dois exemplos de músi-ca de intervenção, um do passado outro do presente. Vai ser difícil escolher.d

agenda

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a noite

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os heróis do comércio localEm pleno ano de 2011 não há cidade, vila ou aldeia, por mais pequena que seja que não tenha a oferta mais completa de grandes superfícies comerciais, sempre em nome de uma maior com-petitividade e oferta de preços reduzidos. Todo este processo foi feito ao longo dos últimos anos com o consentimento das Câmaras Municipais, por vezes sem ouvir os comerciantes, sem respei-tar a tradição, sem defender o desenvolvimento equilibrado e ignorando as famílias que trabalham e dependem do comércio local.

O Cartaxo é um mau exemplo neste campo, pois se a memória não me falha, temos todas as mar-cas de hiper’s espalhadas pela cidade, enquanto o comércio local continua a enfraquecer e a sufocar. A Rua Batalhoz sempre foi o ex-líbris do comér-cio local na nossa cidade, quer pela sua qualidade, quer pela sua diversidade e tradição. Mas o seu enfraquecimento foi-se acentuando, golpe após golpe, culminando com a autêntica “invasão” do comércio chinês. Também este instalado com consentimento da autarquia, sem critério estraté-gico nem visão de futuro.

Por mais dificuldades económicas e sociais por que passem os comerciantes, estes não têm baixado os braços nem adotado uma postura

conformista. Por isso valorizo o movimento “Cartaxo Mexe”, que desde a sua criação tem dado provas de união entre os comerciantes, tem adotado uma postura construtiva, isto é, não só tem alertado o poder local para a situação difícil por que passam todos os comerciantes, mas também apresentam propostas válidas e exequíveis, não só ao nível do comércio local mas também ao nível da dinâmica que deve exis-tir numa cidade que se quer desenvolvida, que possa devolver as ruas às suas gentes de forma a potenciar o crescimento e o desenvolvimento do comércio local.

Só na cabeça de políticos sem estratégia e de ideias megalómanas expostas ao vento é que se julga que a construção de um parque de estacionamento subterrâneo potencia e cria mais condições para que as pessoas consumam e frequentem o comér-cio local da nossa cidade. Não somos Lisboa nem queremos ser, somos o Cartaxo e queremos a nos-sa identidade de volta, porque desenvolvimento e crescimento não são sinónimos de descaracteriza-ção e desrespeito pelo nosso comércio local.

Temos um património e uma identidade a de-fender, uma delas é o nosso comércio local! respeitem-nos!

gonçalo gaspardeputado na assembleia

municipal do Cartaxo pelo [email protected]

opinião

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Pedro mendonçadeputado na assembleia municipal do Cartaxo pelo Bloco de [email protected]

a verdade é como o azeiteVivemos tempos em que sabemos ser enganados por bancos, governo, imprensa e até por organi-zações ditas de beneficência. Também localmente um estudo realizado por Paulo Neves (vereador da oposição) sobre o preço da água revela que Paulo Caldas e Paulo Varanda não dizem a verdade quan-do garantem que pagamos das águas mais baratas da região. Sem pruridos afirmo que se trata de uma mentira descarada e os factos dão-me razão.

Os factos: um cartaxeiro que consuma em 2011 cerca 15 metros cúbicos de água paga mais 58,7 por cento que os habitantes de Almeirim, Alpiarça, Benavente, Chamusca, Coruche ou Salvaterra de Magos.

A vergonha é ainda maior, quando instituições como o Lar de São João pagam mais 70 por cento pela água que lares similares nas localidades referidas. Como se pode dar dignidade aos mais velhos quando é através das instituições que deles cuidam que se arrecadam lucros, neste caso imorais, para uma empresa pri-vada? Não há propaganda que apague a verdade.

O mesmo se passa com as empresas, bem podem afirmar tudo fazer para apoiar quem cria empre-go, mas pagamos mais 28,1 por cento de água que as empresas dos concelhos vizinhos. É assim que se apoia a competitividade das empresas do concelho? Não, não é. Aumentando os custos de produção prega-se mais um prego no caixão de empresas em dificuldades financeiras.

Outra situação, que não consta no Estudo é o da limpeza das Fossas, antes deste negócio das águas, um habitante da estrada para Pontével, pagava à Câmara Municipal pelo serviço de limpeza da sua fossa (10 metros cúbicos por

opinião

faróis de nevoeiro

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exemplo) cerca de 28,5 euros, agora paga a uma empresa privada 101 euros. Não é justo.

Em política não pode valer tudo, temos de exigir novos tempos, temos de exigir mudança de com-portamentos. Em tempos de crise, a contribuição de todos para alcançarmos um futuro melhor só é possível se o diálogo for baseado na verdade. Acredito que esta é como o azeite, vem sempre ao de cima e acredito que mais depressa apanhamos um mentiroso que um coxo. Por isso, atenção que nos estão a ir aos bolsos e não é para o bem co-mum, é para os cofres de uma empresa privada em quem não votámos.

Grandes crises necessitam de respostas sérias, se continuarmos a permitir que em vez da verdade apenas exista propaganda, não conseguiremos “dar a volta”. Só com verdade, trabalho e justiça é possível a mudança.

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o óleo dos deuses

PuB

Já custa quase o mesmo que um

óleo vulgar e é melhor. muito

melhor. a diferença de

preço compensa: não só

na saúde como no sabor. se ainda hesita na altura de comprar, deixa-

mos-lhe alguns argumentos decisivos por antónio Dias

De toda a comida que ingerimos diariamente, 33 por cento deverão ser gorduras. Precisa-mos delas para funcionar, por isso, o ideal é escolher as melhores. E o azeite é o me-lhor. O óleo de azeitona ajuda a prevenir a arteriosclerose, melhora o funcionamento do estômago e do pâncreas, digere-se com maior facilidade, estimula o crescimento e favorece a absorção de cálcio e a mine-ralização. É, igualmente, uma fonte rica em vitamina E, que protege contra o cancro, doenças do coração e acidentes vasculares cerebrais. Por ser extraído da fruta, é rico em antioxidantes, retardan-do o envelhecimento celular e por isso já é utilizado em produtos de beleza e de cuidado da pele. Os factos falam por si: “está cientificamente provado que a dieta mediterrânica é uma dos mais sau-dáveis no mundo, e o azeite é um dos principais responsáveis pela alta média de esperança de vida que existem em

países como Itália e Grécia”, concluiu um estudo da Universidade do Minnesota, nos Estados Unidos da América, publicado re-centemente.

Então porque é que o azeite representa apenas 32 por cento dos óleos consumidos

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à mesa

PuB

em Portugal? “Tem a ver com a cultura dos portugueses”, lamenta Mariana Matos, se-cretária-geral da Casa do Azeite, associação empresarial que representa cerca de 95 por cento das marcas nacionais. Para a respon-sável, o custo deixou de ser um argumento. “O preço do azeite desceu para metade nos últimos cinco anos. Talvez a perceção do consumidor esteja ainda errada”, sugere.

Cada português consome, em média, por ano, 6,5 quilos de azeite, enquanto na Grécia são 20 quilos. “É um valor muito baixo. No mínimo, deveríamos ter um consumo per capita semelhante ao de Espanha e Itália, cerca de 12 quilos, ambos países produtores, com hábitos alimentares mediterrânicos”.

O problema são os fritos. “Os portugue-ses utilizam, quase sempre, óleos vegetais e gorduras animais para a fritura dos ali-mentos, mas é exatamente aí que o azeite funciona melhor”, sublinha Mariana Matos, lembrando que em altas temperaturas o óleo da azeitona “mantém as suas propriedades, por isso é ideal neste tipo de cozinhados”. Porém, colocar um litro de azeite numa frigideira faz toda a diferença na altura de fazer contas.

Com o país a apelar ao consumo nacio-nal, este pode também ser um motivo suficiente para mudar. Pela primeira vez, em 30 anos, Portugal já exporta mais azeite do que aquele que compra ao estrangeiro. Atualmente, produzimos 70 por cento do azeite de que precisa-mos. O Brasil é o principal destino, com uma quota de 55 por cento. “Ainda so-mos dependentes do exterior, mas falta pouco para sermos auto-suficientes”, promete Mariana Matos.d

diCasJá diz a sabedoria popular: “a melhor cozi-nheira é a azeiteira” e nos livros de receitas tradicionais portuguesas o azeite aparece em quase todas. sempre que possível, use o azeite em situações em que usava mar-garina ou óleo vegetal. Crie esse hábito e aprecie as diversas variedades do azeite. e siga estes conselhos:

verifique a acidez do azeite. Quanto menor, maior a qualidade;Procure azeites engarrafados em embala-gens mais escuras, já que a luz catalisa a oxidação do produto;os azeites mais leves e doces são melhores para saladas. os mais fortes para cozidos, fritos e carnes vermelhas;deve consumi-lo em 12 meses. ou então preserve-o em embalagens pequenas para evitar que se estrague rapidamente;no ato da compra, além da acidez, certifi-que-se da data de validade e origem. Prefira produtos nacionais.

Horário2ª a 6ª Feira: 9H às 20H

Sábado: 9H às 13H – 14:30H às 20H

Acompanhamento Farmacoterapêutico do doente

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GlicémiaColesterol Total

Perfil Lipídico Triglicéridos

HemoglobinaÁcido Úrico

Teste de GravidezValormed

Serviços Prestados

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o saber ocupa lugarEis um mito que se desfaz.

Quantas vezes nos repetiram que “o saber não ocupa lugar”? Mas ocupa, ocupa. Não nos deixa ficar parados, centrados só na nossa própria vida e indiferentes à vida dos outros, à sorte dos povos, dos países e do mundo. Vivemos uma crise política, económica e, atrevo-me a dizer, civilizacional (circula na net uma mensagem que diz: “na última semana beatificámos um papa, casámos um príncipe, lançámos uma cruzada, matámos um mouro: bem vindo à Idade Média!”)

E sabemos o que a história nos ensina. Sa-bemos o que se passa no país, na Europa e no mundo. Sabemos da ganância que vi-ve dos diamantes, do ouro, do urânio, de metais e de outros recursos extraídos de países pobres em que só alguns corruptos enriquecem. Sabemos que os bancos ga-nham sempre. Sabemos que as “agências de rating”, aquelas que dizem se somos ou não capazes de pagar o que nos emprestam a juros abusivos, mais não são que represen-tantes do grande capital financeiro. Sabemos que os ricos estão cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres.

Os discursos políticos que nos invadem querem impor-nos uma fatalidade que está longe de ser verdadeira, única e muito menos inevitável.

O que está em causa é um modelo de de-senvolvimento esgotado, que substituiu as pessoas pelas coisas.

E assim como, em cada período histórico, fomos ultrapassando momentos difíceis e construindo alternativas, estamos numa nova encruzilhada.

Já vivemos momentos piores? Já. E tivemos a força, na união, na criatividade, na espe-rança, para os ultrapassar. Já fomos muito mais pobres e muito mais ignorantes. O que sabemos serve-nos para não aceitarmos passivamente o que nos querem impor, pa-ra não nos deixarmos dominar pelo medo, muito mau conselheiro, para resistirmos e prepararmos o futuro em todos os espaços da nossa vida, pessoal, profissional, social e cívica. Por tudo isto, o saber ocupa um lugar maior. “Vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar”, cantava Fanhais antes e depois de 1974. Pois agora somos muitos mais a ver, a ouvir, a ler, a pensar, a debater, a agir e a refletir sobre a ação. A nossa e a dos outros. Assim avança a história.

A moda do próximo ano, dizem os criadores, traz cores vivas e fortes: azul cigano, verme-lho, rosa choc, laranja, amarelo brilhante. Tudo misturado e festivo. Contra a depressão. Eles lá sabem porquê.

Leia a versão na íntegra em www.revistadada.com

ana Benavente, socióloga

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opinião

pringles e felicidade

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Estimado(a) Associado(a) /Cliente, Dia 14 de Junho, venha comemorar connosco o Centenário da CCAM do Cartaxo.

Contamos com a sua presença às 20h30m, no Pavilhão Municipal de Exposições do Cartaxo, para assistir ao espectáculo que preparámos para si.

Juntos somos cada vez mais, e juntos celebramos os 100 Anos da Caixa de Crédito Agrícola do Cartaxo.