Revista Digital Cultur@ção

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- Blog e a construção compartilhada do conhecimento Leia + - Letramento Digital - - Aprendizagem móvel - - Inclusão Digital e acessibilidade na escola - O uso social da mídias - Aproveitem!!! Revista Revista

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Revista produzida pelos Professores Auxiliares de Tecnologia Educacional da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis.

Transcript of Revista Digital Cultur@ção

Page 1: Revista Digital Cultur@ção

- Blog e a construção compartilhada do conhecimento

Leia +

- Letramento Digital -

- Aprendizagem móvel -

- Inclusão Digital e acessibilidade na escola -

O uso social da mídias -

Aproveitem!!!

Revista

Revista

Page 2: Revista Digital Cultur@ção

Editorial

É com orgulho que apresentamos a

Revista Digital Cultur@açao! Essa revista foi

produzida coletivamente pelo grupo de

Professores Auxiliares de Tecnologia

Educacional, durante a formação "Prática

docente na cultura digital: reflexões e

planejamento",da Rede Muncipal de Ensino

de Florianpolis/SC.

Durante a formação sobre a produção de

Revista Digital, promovida pelo Núcleo de

Tecnologia Municipal, nos organizamos

enquanto Corpo Editorial da revista,

definindo todos os aspectos referentes a esse

produto midiático: brief (Coleta de

informações para produção); Boneco

(Estruturação primária para a criação da

revista); definição das seções e das duplas

responsáveis; aprovação do conteúdo pelo

grupo; diagramação do material no editor

Scribus e publicação da revista na web.

Ao longo do processo, definimos como

objetivo principal dessa revista, propor

reflexões sobre a relação da escola com a

cultura digital.

Ao longo dos artigos, produzidos pelos

nosso colegas que atuam diretamente com

as tecnologias e a prática pedagógica nas

escolas de Florianópolis, esperamos que

você, leitor, amplie o seu conhecimento sobre

a dinâmica da cultura digital e a relação

dessa cultura com a educação.

Uma boa leitura!

NTM Florianó[email protected]

Nov 2013

Revista Cultur@ção

Page 3: Revista Digital Cultur@ção

Pra Início de Conversa - O uso social da mídias -

Opinião - Letramento Digital -

- Fonte da imagem – http://paranoiaaleatoria.blogspot.com.br/

N@ rede - Inclusão Digital e acessibilidade na escola-

N@ rede - Blog e a construção compartilhada do conhecimento -

N@ rede - Uso pedagógico do celular -

Page 4: Revista Digital Cultur@ção

A p a l a v ra t e c n o l o g i a t em u m s i g n i f i c a d o

m u i t o am p l o , q u e e n vo l v e co n h e c i m e n t o

t é c n i c o e c i e n t í f i c o e a i n d a p o d e s e r

d e f i n i d a com o co n j u n t o d e

i d e i a s e m é t o d o s p a ra a

co n s t ru çã o d e a l g o q u e

e n vo l v e p ro ce s s o s

s i m p l e s a t é o s m a i s

com p l e xo s ; p o d e

a i n d a s e r d e f i n i d a

com o a s

fe r ram e n t a s e a s

m á q u i n a s q u e

a j u d am a re s o l v e r

p ro b l em a s e

t am b ém com o a

a p l i c a çã o d e u m

d e t e rm i n a d o

co n h e c i m e n t o .

N a e vo l u ç ã o d a

h u m a n i d a d e a s t e c n o l o g i a s

s u rg i ra m p a ra s u p r i r a s

n e ce s s i d a d e s d o s h om e n s ,

e s t e s t ra n s fo rm a ram

re cu rs o s n a t u ra i s em

s i m p l e s fe r ram e n t a s q u e a o s p o u co s fo ram

s e n d o a p e r fe i ç o a d a s d e a co rd o com s u a s

n e ce s s i d a d e s e com a e vo l u ç ã o d o

co n h e c i m e n t o . U m e xem p l o b em s i m p l e s é a

d e s co b e r t a d o fo g o , a p a r t i r d e l e m u i t o s

m a t e r i a i s fo ram c r i a d o s , s u rg i ra m a s a rm a s , a

ce râm i c a , e n t re o u t ro s m a t e r i a i s . C o n fo rm e

a s n e ce s s i d a d e s d a e vo l u ç ã o d o s h om e n s

com e çam a s u rg i r fe r ram e n t a s m a i s

s o f i s t i c a d a s . A l i n g u a g em é u m t i p o

e s p e c í f i c o d e t e c n o l o g i a . A m a i s a n t i g a fo rm a

d e e xp re s s ã o , a l i n g u a g em o ra l , é u m a

co n s t ru çã o p a r t i c u l a r d e ca d a a g ru p am e n t o

h u m a n o .

P o r m e i o d e s i g n o s com u n s d e vo z , q u e e ram

com p re e n d i d o s p e l o s m em b ro s d e u m m e sm o

g ru p o , a s p e s s o a s s e com u n i c a vam e

a p re n d i a m .

A fa l a p o s s i b i l i t o u o e s t a b e l e c i m e n t o d e

d i á l o g o s , a t ra n sm i s s ã o d e i n fo rm a çõ e s ,

a v i s o s e n o t í c i a s .

A e s t ru t u ra çã o d a fo rm a

p a r t i c u l a r d e fa l a , u t i l i z a d a e

e n t e n d i d a p o r u m g ru p o

s o c i a l , d e u o r i g em a o s

i d i om a s .

O u s o re g u l a r d a fa l a

d e f i n i u a c u l t u ra e a

fo rm a d e

t ra n sm i s s ã o d e

co n h e c i m e n t o s d e

u m p o vo .

O s m e i o s d e s e

com u n i c a r, t a m b ém

e vo l u í ram com a

c r i a ç ã o d a e s c r i t a c om o

t e c n o l o g i a d e

com u n i c a çã o s e d e u

a u t o n om i a p a ra a i n fo rm a çã o ,

s u rg i ra m a s p r i m e i ra s m í d i a s

( m e i o s d e com u n i c a çã o )

c om o o s j o rn a i s , re v i s t a s

e l i v ro s q u e d em o c ra t i

z a ram o a ce s s o à s i n fo rm a çõ e s .

D e s s a fo rm a , a e s c r i t a e n t ã o , v a i

re o r i e n t a n d o a s o c i e d a d e com o a va n ço

d a s t e c n o l o g i a s , m a s a e vo l u ç ã o d a s

t e c n o l o g i a s p e d i a n o va s fo rm a s d e

com u n i c a çã o . E i s q u e s u rg i ra m , e n t ã o , a s

m í d i a s e l e t rô n i c a s com o a TV, o rá d i o e a

I n t e rn e t .

A l i n g u a g em e xp a n d e - s e , a l é m d a o ra l , d a

e s c r i t a s u rg e a d i g i t a l .

A l i n g u a g em d i g i t a l i m p õ e m u d a n ça s ra d i c a i s

n a s fo rm a s d e a ce s s o à i n fo rm a çã o e

com u n i c a çã o . C r i a - s e u m a n o va cu l t u ra e u m a

o u t ra re a l i d a d e i n fo rm a c i o n a l , q u e m o d i f i c a a

e s t ru t u ra d e p o d e r d a s m í d i a s p o i s , a

p o s s i b i l i d a d e d e i n t e ra çã o com u n i c a t i v a fa z

com q u e a p a r t i c i p a çã o d a s o c i e d a d e s e j a

m a i s a t i v a . A t u a l m e n t e a u t i l i z a çã o d a s

Cultur@

ção2013

Fonte:http: //thumbs.dreamstime.com/z/computador-

que-cinzela-o-homem-das-cavernas-2886601 2. jpg

___

4

Page 5: Revista Digital Cultur@ção

fe r ram e n t a s t e c n o l ó g i c a s e s t á a l ém d o u s o

i n s t ru m e n t a l e fa c i l i t a d o r n a re a l i z a çã o d e

d e t e rm i n a d a s t a re fa s . A t e c n o l o g i a e s t á

p re s e n t e em q u a s e t o d a s

e s fe ra s d a s o c i e d a d e re p re s e n t a n d o t am b ém

n o va s fo rm a s d e s e i n fo rm a r, c om u n i c a r e

e n t re t e r. As m í d i a s a n t e s re p re s e n t a d a s p e l a

t e l e v i s ã o , rá d i o o u j o rn a l i m p re s s o , t a m b ém

s e m o d i f i c a ram a o l o n g o d o s t em p o s com

o s a va n ço s t e c n o l ó g i c o s .

M í d i a s s ã o t o d o s o s m e i o s d e com u n i c a çã o

p re s e n t e s n a s o c i e d a d e : j o rn a i s , re v i s t a s ,

rá d i o , t e l e v i s ã o , o u t d o o r, i n t e rn e t . A t u a l m e n t e

a i n t e rn e t s e co n s t i t u i e m u m a d a s m í d i a s

m a i s u t i l i z a d a s n a s s o c i e d a d e s , m o d i f i c a n d o

a m a n e i ra com q u e a s p e s s o a s s e i n fo rm am ,

s e com u n i c am e s e re l a c i o n am . M í d i a s

s o c i a i s s ã o o s m e i o s q u e d e t e rm i n a d a s re d e s

s o c i a i s u t i l i z am p a ra s e com u n i c a r.

E s s e n o vo com p o r t am e n t o d e i n t e ra çã o e

com u n i c a çã o i n f l u e n c i a n a e x i s t ê n c i a d e u m a

n o va cu l t u ra , a c u l t u ra d i g i t a l . É u m a cu l t u ra

m u l t i m í d i a , b a s e a d a n a co n ve rg ê n c i a d e

t e c n o l o g i a s p a ra u m m e sm o a p a re l h o , o s

q u a i s s e t o rn am i n d i s p e n s á ve i s a o s s e u s

u s u á r i o s n o s e u co t i d i a n o .

C o n vém e s c l a re ce r, q u e a cu l t u ra n ã o s e

t ra n s fo rm a em cu l t u ra d i g i t a l , m a s e l a é fru t o

d e u m a a d e q u a çã o a o ce n á r i o d i g i t a l e

m u l t i m í d i a q u e p e rm e i a a s

s o c i e d a d e s a t u a i s . U m a ve z q u e a cu l t u ra s e

co n s t i t u i e m u m re f l e xo d a a çã o h u m a n a ,

e s t a n o va cu l t u ra fo i s e n d o

i n c o rp o ra d a e s t a n d o p re s e n t e n a s va r i a d a s

d i m e n s õ e s d a v i d a h u m a n a , “ n a

a p re n d i z a g em p e d a g ó g i c a , n a v i d a a fe t i v a ,

n a v i d a p ro f i s s i o n a l , n a s i m b o l o g i a d a

com u n i c a çã o h u m a n a . ” ( B ARATTO E

CRE SPO , p . 1 7 , 2 0 1 3 ) . S e n d o a s s i m ,

s u rg em n o va s fo rm a s d e p e n s a r, a g i r, n o v o s

va l o re s , c om p e t ê n c i a s . P a ra o s o c i ó l o g o

e s p a n h o l M a n u e l C a s t e l l s , e m d o s s i ê

p u b l i c a d o p e l a re v i s t a Te l o s , m a n t i d a

p e l a F u n d a c i ó n Te l e fó n i c a , d e f i n e a cu l t u ra

d i g i t a l e m s e i s t ó p i c o s :

1 . H a b i l i d a d e p a ra com u n i c a r o u m e s c l a r

q u a l q u e r p ro d u t o b a s e a d o em u m a

l i n g u a g em com u m d i g i t a l ;

2 . H a b i l i d a d e p a ra com u n i c a r d e s d e o l o ca l

a t é o g l o b a l em t em p o re a l e , v i c e - v e rs a ,

p a ra p o d e r d i l u i r o p ro ce s s o d e i n t e ra çã o ;

3 . E x i s t ê n c i a d e m ú l t i p l a s m o d a l i d a d e s d e

com u n i c a çã o ;

4 . I n t e rc o n e xã o d e t o d a s a s re d e s

d i g i t a l i z a d a s d e b a s e s d e d a d o s o u a

re a l i z a ç ã o d o s o n h o d o h i p e r t e x t o

Cultu

r@çã

o2013

F o n t e : h t t p : / /www. a i n d am e l h o r. c om /

i m a g e n s 1 / 2 7 0 - em a i l . j p g

Fonte:http: //andersonrmiranda.blogspot.com.br/201 3/05/o-

emburrecimento-do-seculo-21 .html

___5

Page 6: Revista Digital Cultur@ção

d e N e l s o n com o s i s t em a d e a rm a z e n am e n t o

e re c u p e ra çã o d e d a d o s , b a t i z a d o

com o Xa n a d ú , em 1 9 6 5 ;

5 . C a p a c i d a d e d e re co n f i g u ra r t o d a s a s

co n f i g u ra çõ e s c r i a n d o u m n o vo s e n t i d o n a s

d i fe re n t e s cam a d a s d o s p ro ce s s o d e

com u n i c a çã o ;

6 . C o n s t i t u i ç ã o g ra d u a l d a m e n t e co l e t i v a

p e l o t ra b a l h o em re d e , m e d i a n t e u m co n j u n t o

d e

cé re b ro s s em l i m i t e a l g u m . N e s t e p o n t o , m e

re f i ro à s co n e xõ e s e n t re cé re b ro s em re d e e

a m e n t e co l e t i v a .

h t t p : / / c u l t u ra d i g i t a l . b r / c o n ce i t o - d e - c u l t u ra -

d i g i t a l /

É p re c i s o e n t e n d e r q u e a s m í d i a s n ã o s ã o

n e u t ra s , p o s s u em p o s i ç õ e s s o c i a i s e v a l o re s .

O d e s e n vo l v i m e n t o t e c n o l ó g i c o t ra z fa t o re s

q u e ca u s am a e xc l u s ã o s o c i a l , p o i s n em

to d o s t êm a p o s s i b i l i d a d e d e i n c l u i r - s e

n o m u n d o d a i n fo rm a çã o e d a com u n i c a çã o ,

m u i t o s c i d a d ã o s s e s e n t em e xc l u í d o s d o s

co n h e c i m e n t o s t e c n o l ó g i c o s , e d o m e rca d o

d e t ra b a l h o , m a s p o r o u t ro l a d o a s

t e c n o l o g i a s p o s s i b i l i t a m a t ro ca d e

co n h e c i m e n t o e n t re a s s o c i e d a d e s , o u

m e l h o r, d i fu n d em co n h e c i m e n t o s d e u m a

m a n e i ra g l o b a l . N e s t e co n t e x t o a s t e c n o l o g i a s

t ra n s fo rm am d e t e rm i n a d a s o c i e d a d e , o u

a i n d a , a s t e c n o l o g i a s a l t e ram a s re l a çõ e s

h u m a n a s . To rn a - s e n e ce s s á r i o t e r u m d e b a t e

m a i s am p l o j u n t o ã s o c i e d a d e fre n t e a o

co n t e ú d o ve i c u l a d o p e l o m e rc a d o b em com o

d o s a b u s o s i d e o l ó g i c o s e e s t é t i c o s q u e

v e i c u l a m p e l a s m í d i a s . É p re c i s o t om a r a

com p re e n s ã o d e q u e m u i t a s v e z e s a s m í d i a s

s u s t e n t am ve l h o s co n t e ú d o s q u e re p ro d u z em

a s i d e o l o g i a s d e d om i n a çã o com o t am b ém o s

p re co n ce i t o s d e c l a s s e , g ê n e ro , o r i e n t a çã o

s e xu a l , é t n i c o , g e ra c i o n a i s , e n t re

o u t ro s , c o n t e ú d o s q u e p r i v i l e g i a m a s p e c t o s

d a cu l t u ra co n s u m i s t a e c l a s s i s t a .

A s o c i e d a d e é o re t ra t o

d e m u i t a s c u l t u ra s q u e

p ro vem ta n t o d e

i d e n t i d a d e s d i v e rs a s

q u a n t o

d e d i fe re n ça s

s o c i o c u l t u ra i s . To d a a

a t i v i d a d e d e

i n t e rv e n çã o , d e m o v i m e n t o

s o c i a l q u e a va n ce s o b re a

p ro b l em a t i z a çã o d a s i d e o l o g i a s q u e s u s t e n t am

re l a çõ e s d e d om i n a çã o s ã o

d e n om i n a d a s d e p ro ce s s o s d e re f l e x i d a d e

s o c i a l . É n e s s e s e n t i d o q u e a s o c i e d a d e

p re c i s a a va n ça r, p o i s q u a n t o m a i s i n t e n s a e

s i g n i f i c a t i v a fo r a a r t i c u l a ç ã o d e p o l í t i c a s

c u l t u ra i s em s o c i e d a d e s , m a i o r s e rá a

m e d i a çã o a o s co n t e ú d o s d e m í d i a s e m e l h o r

s e rá o p ro ce s s o d e re f l e xã o s o b re a s m e sm a s .

Tra t a - s e d e u m p ro ce s s o q u e com p re e n d e

p ro p o r a l e i t u ra c r í t i c a d o s m e i o s e a c r i a ç ã o

d e e s p a ço s d e re s p o s t a s a o s m e i o s d e

com u n i c a çã o d e m a s s a . N e s t e co n t e x t o a

h u m a n i d a d e t ra n s ce n d e a co n d i ç ã o d e

co n s u m i d o ra p a ra a d e p ro d u t o ra , o u

a i n d a , d e p a s s i v a p a ra a t i v a , q u e co n s t ró i s u a

v i s ã o d e m u n d o , p o i s a s s i m s e a s s u m e d e

fa t o u m e s p a ço d e d em o c ra c i a . To rn a - s e

n e ce s s á r i o c om p re e n d e r q u e a m í d i a t am b ém

p o d e p o t e n c i a l i z a r a m o b i l i z a çã o s o c i a l n a

l u t a p e l o s d i re i t o s d o s c i d a d ã o s .

NN ee mm tt ãã oo bb oo mm ,,nn ee mm tt ãã oo rr uu ii mmaa ss ss ii mm .. .. ..

Cultur@ção2013

h t t p : / / f i s i c a s em e d u ca ca o

. b l o g s p o t . c om . b r / 2 0 1 1 / 1

0 / t e c n o l o g i a - t a m b em -

a o n d e - v am o s - p a ra r. h tm l

RE FERÊN C I AS

BARATTO , S i l v a n a S i m ã o ; CRE S PO , L u í s

F e rn a n d o . C U LTU RA D I G I TAL OU C I B ERCU LTU RA :

D E F I N I ÇÕE S E E LEM EN TOS CON S T I TU I N TE S DA

CU LTU RA D I G I TAL , A RE LAÇÃO COM ASPECTOS

H I S TÓR I COS E EDU CAC I ON A I S . Re v. C i e n t í f i c a

E l e t rô n i c a U N I S E B , R i b e i rã o P re t o , v. 1 , n . 2 , p . 1 6 -

2 5 , a g / d e z . 2 0 1 3

FAN T I N , M o n i c a ; R I VO LTE L LA , P i e r C e s a re ( o rg s . )

C u l t u ra D i g i t a l e E s co l a : P e s q u i s a e fo rm a çã o

d e p ro fe s s o re s . C am p i n a s : S P : P a p i ru s , 2 0 1 2 .

KE N SKY, Va n i M o re i ra . E d u ca çã o e t e c n o l o g i a s : o

n o vo r i tm o d a i n fo rm a çã o . 3 º e d . C am p i n a s , S ã o

P a u l o , 2 0 0 8 .

OROF I N O , M a r i a I s a b e l . M í d i a s e m e d i a çã o

e s co l a r : p e d a g o g i a d o s m e i o s , p a r t i c i p a çã o e

v i s i b i l i d a d e . S ã o P a u l o . C o r t e z , 2 0 0 5 .___6

Page 7: Revista Digital Cultur@ção

A ntes de sermos a favor ou contra temos

que aprender! Móbile Learning, ou seja,

Aprendizagem Móvel, é a forma que está

sendo chamado o uso do celular para a

aprendizagem.

Quando falo em aprender, é no sentido que é

comum escutarmos as opiniões contrarias e a

favor, mas sem muita propriedade nas falas.

Acredito que por isso também não sabemos

como lhe dar com este companheiro cotidiano

da escola. As tecnologias avançaram muito

rápido e com isso o acesso a elas também, é

notável como as crianças possuem celular

cada vez mais cedo, e tendo celular levam

com elas para escola. E em grande número,

os celulares acabam mexendo com a rotina

da escola. Como não está sendo uti l izado

pedagogicamente pelo professor, os alunos

acabam fazendo o uso pessoal e para

diversão.

Aprender também no sentido de conhecer as

possibi l idades que o aparelho proporciona, as

mais impressionantes funções, e as mais

variadas formas de diversificar a aula e a

forma de comunicação entre aluno e

professor e assim construções de

conhecimentos, aprendizagem na forma de se

relacionar, delegar responsabil idades, etc.

Aprender! Os professores precisam deste

momento, de desenvolvimento,

aprendizagem, troca, discussão, para definir

se devem usar, como usar, trocar

experiências, buscar embasamento, ser parte

do processo, e não ser passivo de uma lei

que proíbe, e ele fica na situação de

fiscal izador da lei, ou uma lei que libera, e o

professor perde o limite da situação. O que é

preciso é uma parceria, discussão, formação,

aprendizagem, e é preciso que se tenha a

participação de professores.

Um exemplo de espaço, é o evento, 5º

Simpósio Hipertexto e Tecnologias na

Educação, confira mais detalhes no site:

http: //www.simposiohipertexto.com.br/category

/noticias/

Este evento, que traz como público alvo inicial

os professores, nos lembra o quão importante

é nossa presença, e por que será que nós não

estamos?

A UNESCO publicou um documento que

aponta 1 0 recomendações e 1 3 motivos para

tornar o celular uma ferramenta pedagógica

para a implantação de políticas públicas para

que usem celulares nas salas de aula.

As 10 recomendações aosgovernos são:

1. Criar ou atual izar políticas l igadas ao

aprendizado móvel;

2. Conscientizar sobre sua importância;

3. Expandir e melhorar opções de

conexão;

4. Ter acesso igualitário;

5. Garantir equidade de gênero;

6. Criar e otimizar conteúdo educacional;

7. Treinar professores;

8. Capacitar educadores usando

tecnologias móveis ;

9. Promover o uso seguro, saudável e

responsável de tecnologias móveis;

10. Usar tecnologia para melhorar a

comunicação e a gestão educacional.

Cu

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3

1 0

http: //desenhosparacolorirpro.blogspot.com.br

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Page 8: Revista Digital Cultur@ção

Os 13 bons motivos para usarcelulares na sala de aula são:

1. AlcanceO uso de celulares na sala de aula amplia

o alcance, bem como a equidade daeducação;

2. Áreas de conflitoMelhora a educação em áreas de confl ito,

assim como naquelas que sofreram desastresnaturais;

3. DeficiênciaPermite oferecer assistência aos

estudantes com deficiência;

4. TempoOtimiza o tempo na sala de aula;

5. Flexibi l idadePermite que os estudantes aprendam a

qualquer hora e em qualquer lugar;

6. OportunidadesConstrói novas oportunidades de

aprendizado;

7. SuporteOferece suporte em casos de aprendizado

in loco, como visitas históricas e afins;

8. Multi­aprendizadoAproxima as possibi l idades de aprendizado

formal e informal;

9. FeedbackPermite a devolução rápida de avaliações

e feedbacks;

10. PersonalizaçãoFacil ita o desenvolvimento de práticas

personalizadas para atender as necessidadesparticulares de cada estudante;

11. ContinuidadeMelhora a aprendizagem continua, uma

vez que o estudante tem acesso a todomomento;

12. ComunicaçãoPermite o contato imediato e informal entre

professores e estudantes, de modo que arelação se torna mais próxima;

13. CustoBarateia as práticas de ensino,

maximizando a relação custo-benefício tantopara professores quanto para estudantes.

É temos muito que aprender. . .

Segundo o fi lósofo francês Pierre Lévy::

““OO pprroobbll eemmaa nnããoo eessttáá rreell aaccii oonnaaddoo ssoommeenn tteeaaooss pprrooffeessssoorreess ee aa ssuuaa eexxppeerrii êênnccii aa ppeessssooaall ,,ee aaoo ffaattoo ddee qquuee eell eess nnããoo ssããoo ttããoo ffll uueenn tteess eemmnnoovvaass tteeccnnooll oogg ii aass qquuaann ttoo sseeuuss aall uunnooss.. UUmmffaattoorr mmuu ii ttoo iimmppoorrttaann ttee éé aa ccuu ll ttuu rraa ggeerraall qquueepprreevvaall eeccee nnaa eedduuccaaççããoo ttrraadd ii ccii oonnaall ”” ..

Por mais que nos falte conhecimento epor mais que não conseguimos

visualizar o uso do celular de forma tãootimista ainda, ao meu ver a proibição éo pior caminho, pois, não há como viversem tecnologia dentro das escolas, nãohá fiscal ização que consiga funcionar

neste caso.

Cultur@

ção2013

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http: //portaprofuturo.blogspot.com.br

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Page 9: Revista Digital Cultur@ção

Cultur@

ção

2013

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A uti l ização pedagógica do celular na sala de aula pode iniciar de forma bem simples e ir

se aprimorando, vejamos algumas dicas para estimular nossa imaginação:

• Fazer cálculos;

• Marcar provas e trabalhos na agenda do celular;

• Comunicação via torpedo, lembrando de alguns material para levar, ou simplesmente

para desejar um bom fim de semana;

• Tirar fotos para atividades;

• Filmagens de saídas de estudos;

• Pesquisa;

• Chats da turma, interação;

• Gravar voz, entrevistas, etc.

Ouvir os alunos, também é positivo, eles também podem ter grandescontribuições.

Referencias:

site: http: //www.webaula.com.br/index.php/pt/acontece/noticias/2874-pierre-levy-fala-dos-

beneficios-das-ferramentas-virtuais-para-a-educacao#sthash.DvViujMy.dpuf

site: http: //ntebauru.blogspot.com.br/201 3/02/1 0-recomendacoes-e-1 3-bons-motivos-que.html

site: http: //celsobessa.wordpress.com/2007/05/22/fotos-digitais-no-celular-de-bolso-pierre-levy-

e-democracia/

site: http: //www.facebook.com/notes/poliana-gomes-figueiredo/o-uso-do-celular-nas-escolas-a-

tecnologia-pode-transformar-o-processo-educativo/4111 380956251 28

site: https://www.institutoclaro.org.br/em-pauta/uso-de-celulares-na-educacao-aproxima-

professores-do-universo-dos-alunos/

site: http: //speakesp.wordpress.com/201 2/01 /1 9/1 0-tendencias-para-o-uso-do-celular-na-

aprendizagem-em-201 2/

http: //jornaldoquintoanodamanha.blogspot.com.br

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Page 10: Revista Digital Cultur@ção

REVISTA DIGITAL

As diferentes etapas de mudanças que a sociedade vem passando ao longo da

história, seja no modo de viver, produzir, pensar, interagir, e comunicar-se, refletem

também, na maneira como escrevemos, produzimos e compartilhamos o conhecimento.

Novas tecnologias são inseridas na Sociedade do Conhecimento (Pierry Levy,

1995), os relatos históricos reportam que a comunicação humana, nos primórdios, era

estabelecida através da sociedade oral, passando pelas sociedades escritas, que se

caracterizou pelo uso da escrita e pelo advento da imprensa. Neste aspecto, o

conhecimento passou a ser transmitido através de suportes impressos, tornando a leitura

linear, vertical e horizontal. O mundo foi se tornando mais complexo e o homem passou a

necessitar de novas tecnologias para a enorme quantidade de informações que

circulavam.

Atualmente, vivemos o terceiro tempo, o da informática, da digitalização da

informação, da tecnologia, em decorrência da técnica, ampliou-se o processo de

armazenamento, produção e transmissão de conhecimento. As inovações tecnológicas

estão presentes com o computador, a internet, o celular, o iphone, o tablet, tais

dispositivos, ampliam e dinamizam ações pedagógicas, o conhecimento adquirido não se

restringe apenas as instituições (escola, igreja, família).

A revolução tecnológica nos coloca diante de uma nova cultura que nos exige uma

adaptação nos modos de ler, pensar e aprender e consequentemente de um novo leitor.

Desta forma a escolha desta temática é justificada por perceber que por vários

motivos a maioria das pessoas com surdez não têm tido acesso e não têm acompanhado

a evolução das tecnologias de comunicação. Estamos vivendo em um processo de

grandes mudanças socioculturais, onde a propagação de novas ferramentas digitais tem

crescido de forma acelerada permitindo a troca de informações e comunicações,

tornando-se importantes instrumentos de nossa cultura a partir do uso adequado, a fim

de incluir as pessoas para o exercício da cidadania e para uma possível qualificação

educacional e profissional.

O primeiro contato com um aluno surdo pode causar algum desconforto no sentido

que não estamos preparados para lidar com uma forma de comunicação diferente. É

importante que nos sintamos assim para daí buscarmos entender o mundo da surdez,

esse mundo que usa as mãos para se comunicar.

10

Inclusão digital e acessibilidade na escola

Page 11: Revista Digital Cultur@ção

Dentro do contexto da educação, o mais importante é entendermos a forma de

comunicação do surdo, que se dá através de algumas abordagens de ensino: oralismo,

comunicação total, bilinguismo- libras, porém a abordagem mais corrente é a LIBRAS

(Língua Brasileira de Sinais).

autora Nídia Limeira de Sá (2002)

(...) a situação dos surdos - um grupo que tem sido definido socialmente, antes de qualquer outra definição possível, como um grupo “deficiente”, “menor”, “inferior” - um grupo “desviado da norma”. Em direção contrária, este trabalho junta-se a vários outros reafirmando um movimento que visa reconstituir a experiência da surdez como um traço cultural, tendo a língua de sinais como elemento significante para esta definição. (SÁ, 2006).

A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva

(documento base setembro de 2007), objetiva garantir a inclusão escolar de alunos com

deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotaçao,

oferecendo orientação aos sistemas de ensino. A implementação da política pública

reforçada por meio das diretrizes são a possibilidade de se traduzir em produção de um

efeito real no cotidiano das pessoas com necessidades especiais. Segundo o documento

a política nacional visa garantir:

• “Acesso a participação e aprendizagem no ensino comum;• Oferta do atendimento educacional especializado;• Continuidade de estudos e acesso aos níveis mais elevados de ensino;• Promoção da acessibilidade universal;• Formação continuada de professores para o atendimento educacional especializado;• Formação dos profissionais de educação e comunidade escolar;

• Transversalidade da modalidade de ensino especial desde a educação infantil até a educação superior; e articulação intersetorial na implementação das políticas públicas”. BRASIL(2007, p. 13)

para que haja a apropriação dos recursos digitais e tecnológicos faz-se

necessário a problematização das necessidades da pessoa com necessidades especiais,

o incentivo a pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, a investimento na

informação e na formação dos profissionais da educação, a disponibilidade de recursos

humanos especializados, atendimento educacional especializado entre outras

possibilidades para auxiliar as pessoas com necessidades especiais construírem seus

movimentos rumo ao ensino e aprendizagem.

Considerando que as tecnologias são provisórias faz-se necessários que os

educadores que trabalham com as pessoas com necessidades especiais (PNEs), sejam

impulsionados a buscar alternativas nas técnicas e ferramentas digitais para suprir a falta

de uma metodologia que atenda com eficácia as necessidades educacionais dessas

pessoas. As novas tecnologias de comunicação e de informação e as tecnologias

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Page 12: Revista Digital Cultur@ção

assistivas se configuram como uma forma desafiadora para o aprendizado.

As Tecnologias de Informação e de Comunicação (TICs) se traduzem como

importantes aliadas no processo educativo de inclusão social, pois tem se mostrado um

recurso que auxilia ricamente nesse processo de ensino-aprendizagem.

Segundo Elaine Jesus Alves Barbosa e Marta Virgínia Batista de Araújo Abreu, no

artigo, “As tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) A serviço da Educação- Um

olhar sobre a comunicação como sinônimo de presencialidade em cursos a distância.”

“Tecnologias de Informação e Comunicação constituem a conversão de distintas mídias (mensagens) emum artefato – como, por exemplo, o computador”.

As Tecnologias Assistivas (TAs) exercem uma diferença peculiar na sociedade

contemporânea, pois visa à integração de pessoas com necessidades especiais que

podem vir a utilizar de recursos de softwares e hardware. Estes recursos têm como

objetivo auxiliar na melhoria de vida nesse processo de inclusão.

Segundo Santarosa (2010), “A tecnologia Assistiva para PNEs com surdez é um

recurso que permite a comunicação e a expressão e possibilita a inclusão em um

ambiente digital.”

A temática deste trabalho, objetiva realçar apenas uma das Tecnologias Assistivas

para o Surdo, a partir de uma política de acessibilidade, visando introduzir de forma

atingível o desenvolvimento desse recurso tecnológico visando combater o preconceito,

dando as pessoas Surdas à oportunidade de inserção numa sociedade majoritariamente

ouvinte.

Sendo um termo ainda pouco falado nas escolas, as Tecnologias Assistivas são

utilizadas no auxílio às pessoas com necessidades especiais afim de tornarem-se sujeitos

autônomos e independentes, participativos na construção do seu próprio conhecimento.

A seguir iremos indicar o Teclado Virtual como ferramenta tecnológica inclusiva

objetivando potencializar a qualidade de vida e de aprendizagem dos alunos surdos.

Teclado virtual para a escrita da LIBRAS

Este teclado foi desenvolvido pelo núcleo de Informática na Educação Especial

(NIEE/UFRGS).

Possui interface intuitiva e é considerado uma ferramenta de autoria, pois é possível

desenvolver inclusive softwares complexos através do seu uso; foi projetado para ser

visualizado em páginas na web, apresentando grande aceitação entre as PNEs com

limitação auditiva. O uso da tecnologia flash no seu desenvolvimento, através no seu

desenvolvimento, através do uso de vetores e compressão dos arquivos de som, facilita

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Page 13: Revista Digital Cultur@ção

sua utilização na internet.

Segundo os autores, foram tomados cuidados especiais ao utilizar ícones que

representassem funções usuais utilizadas em diferentes programas, como o salvar (ícone

de um disquete), apagar todo (uma lixeira), sinal de mais (+) ou (-) para aumentar ou

diminuir a espessura da caneta de pintura, etc. Possui um menu de ajuda em vídeo na

linguagem de sinais para auxiliar o usuário a entender como utilizar o software caso tenha

dúvidas. É um software que segue aspectos de usabilidade, portabilidade e simplicidade,

ao mesmo tempo em que se mostra eficiente e apropriado para o uso a que se destina.

Imagem - Teclado virtual para escrita em librasFonte: http://www.niee2ufrgs.br/~eduquito

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Page 14: Revista Digital Cultur@ção

Considerações Finais

Neste trabalho buscamos apresentar o Teclado Virtual voltado não apenas para o universo escolar, ou seja, ao aluno surdo, mas almejamos a inclusão em todas as esferas sociais.

A trajetória percorrida das iniciativas públicas respaldas na legislação vigente, e

nos movimentos que estão a favor das minorias, esperamos que estas iniciativas possam

provar uma ação reflexiva na sociedade, ou seja, faz-se necessário que haja uma

conscientização de que não se busca igualar as pessoas com necessidades especiais

aos ditos "normais" e sim que, as diferenças e os seus direitos sejam respeitados

eticamente e que, como pessoa, possuidores de suas próprias histórias e de suas

peculiaridades na maneira de percepção, sejam inseridos no imaginário social com vistas

a problematizar as possibilidades e investimentos no ensino e aprendizagem desses

sujeitos, pois torna-se fundamental para a construção de uma sociedade verdadeiramente

democrática.

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Tecnologia assistiva. Fonte: http://valpimentinha.blogspot.com.br/

Page 15: Revista Digital Cultur@ção

Referencias

BRASIL. Secretaria de educação Especial deficiência auditiva/organizado por Giuseppe Rinaldi et al. – Brasília: SEESP, 1997

GOLDFELD, Márcia. A criança surda: linguagem e cognição numa perspectiva

sociointeracionista. 2ª edição. São Paulo: Plexus, 2002

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Autores:Autores:

Eliane Bezerra da SilvaPedagoga -Multimeios e Informática Educativa

Noé Vicente FolsterPedagogo Especialista em EaDEBM Albertina Madalena Dias

Page 16: Revista Digital Cultur@ção

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Blog e a construção compartilhada do

conhecimento

Diane Schlieck

Raquel Valduga Schöninger

Algumas instituições escolares estão

adotando dispositivos de comunicação,

interação e educação dispostas na rede

Internet, tais como: blogs e Ambientes

Virtuais de Aprendizagem (AVA), que

promovem a aprendizagem de forma

participativa, autônoma, colaborativa. Mas

ainda se percebe que a maioria das

experiências se dá em pequenos grupos, por

iniciativa do professor de uma turma. Muitos

professores ainda estão receosos na

utilização das Tecnologias da Comunicação e

Informação (TIC) em sala de aula, o que

atrasa ainda mais o processo de inclusão

digital e o seu uso, mas a escola pode ser

um espaço privilegiado que promova tal

inclusão.

O blog, por exemplo, pode ser usado

por educadores como página de conteúdos,

avisos, regras, exercícios, sugestões de

leitura e outras informações referentes à

escola ou às disciplinas, como ensaios,

artigos ou links que enriqueçam ou embasem

a matéria ou assunto que esteja sendo

trabalhado em aula. Podem, ainda, ser

utilizados para organizar debates em sala de

aula, ou mesmo desenvolvê-los on-line como

fóruns, e também abrigam informações sobre

o desenvolvimento de projetos desenvolvidos

por disciplinas individualmente ou de maneira

interdisciplinar. O blog também é usado para

publicar as produções escritas dos alunos de

maneira colaborativa. Em outras palavras,

um blog é um diapositivo que pode ser

utilizado pela professora para criar uma

ambiência comunicativa e

proporcionar/ampliar diversas possibilidades

de interação.

A elaboração de um blog de turma

pode contribuir com processos educativos e

culturais, sendo um recurso de investigação

e difusão que contempla as discussões e o

aprendizado colaborativo na rede. Um blog

pode interligar processos educacionais e a

produção de conhecimento implicados nos

processos de produção, circulação e difusão

cultural, histórica e educativa por meio do

ciberespaço, no qual a educação e a

comunicação auxiliam uma relação entre a

cultura, o ensino e o espaço virtual, dentro de

uma perspectiva de comunicação em rede.

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Page 17: Revista Digital Cultur@ção

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A figura abixo exemplifica a estrutura

de um blog de turma, na qual os alunos são

contribuidores, ou seja, podem postar

mensagem, vídeos, imagens, e também

comentar os posts dos demais integrantes do

blog.

O interesse pela exploração dos blogs

tem conquistado progressivamente cada vez

mais adeptos, sendo possível identificar já

diversas experiências e práticas continuadas

neste domínio. Um blog educacional, para

ser um ambiente de construção coletiva,

deve partir da ideia de que este espaço será

um instrumento de interação, de

comunicação e, portanto de colaboração. A

autonomia, a cooperação, a pesquisa, são

parte fundamental desta construção

partilhada por meio da rede Internet.

O professor desenvolverá um papel de

organizador, de facilitador para que ocorra a

participação efetiva de todos e deve estar

atento ao contexto do grupo, pois este será o

objeto da própria comunidade. A

aprendizagem dar-se-á a partir do exercício

autônomo e de colaboração participativa, de

construção de seu próprio conhecimento, da

pesquisa e construção social por participação

efetivamente comprometida.

O professor que potencializa relações

mediadoras é aquele que faz o papel de

provocador de curiosidade, de envolvimento,

um problematizador para buscar trazer o

contexto dos sujeitos envolvidos para os

trabalhos da comunidade, como um parceiro

neste processo de aprendizagem. Já os

alunos colaboram uns com os outros ao fazer

postagens com propostas de estudos,

debates de temas de interesse do grupo,

publicar suas produções acadêmicas, tais

como resenhas de artigos e resumos de

livros selecionados na disciplina, bem como

ler as produções dos demais colegas e dar

sugestões de outros estudos, ou de links da

web relacionados, de forma a contribuir

colaborativamente com a aprendizagem do

grupo.

Um blog também necessita de regras

e objetivos definidos desde o inicio do curso

para que não aconteçam conflitos que

possam comprometer os estudos por meio

desse recurso, que deve prever a

participação de todos os envolvidos.

1717

Page 18: Revista Digital Cultur@ção

Letramento Digital

O termo Letramento Digital tem sidoamplamente utilizado na última décadacomo sinônimo de inclusão digital, quandona verdade para que ocorra o LetramentoDigital o indivíduo já necessita estarincluso neste meio, com oportunidades deacesso igual a todos. Contudo, ter acessonão resulta saber fazer uso,tampouco interagir de formainteligente. Ao abordar otermo Letramento Digital énecessário primeiramentecompreender os termosseparadamente.

A RME reportasse aosteóricos Bakhtin eVygotsky e na autoraMagda Soares que trás oletramento como práticasocial no uso daalfabetização nos seusdiferentes símbolos e signos.

É possível citar também Paulo Freirequando remete­se ao letramento comosendo a prática de leitura e escrita demundo. Afinal, que mundo é este?

Em pleno século 21, em que tudo acontececada vez mais rápido, on line, simultâneo esuperficial, o digital representa os meioseletrônicos que trabalham com o códigodigital, ou seja, com o conjunto de zeros euns da linguagem binária. No sentido maisamplo, digital vem a ser a comunicaçãoestabelecida por meio da produção escrita,visual e sonora.

A fluência tecnológica se aproximado conceito de letramento como

prática social, e não como simplesmenteaprendizagem de um código ou tecnologia;

implica a atribuição de significados à informaçõesprovenientes de textos construídos com palavras, gráficos,sons e imagens dispostos em um mesmo plano, bem comolocalizar, selecionar e avaliar criticamente a informação,dominando as regras que regem a prática social dacomunicação e empregando­as na leitura do mundo, naescrita da palavra usada na produção e representação deconhecimentos.(ALMEIDA, 2005, p.174 apud ARAÚJO,2008, p.1)

Sendo assim o Letramento Digital pode serexpresso como sendo a prática decompreensão, interação e produção nos meiosdigitais.

Você muito deve ter ouvido falar no termo Letramento Digital.Mas o que há por trás da cortina?

Como pensar esse conceito para a Rede Municipal de Educação?Como posso incluir elementos em minha prática docente diária na escola?

Sandra Dias da LuzEspecialista em Mídia­Educação pela FURG e responsável

pela SI da EBM Virgílio dos Reis Várzea.

Cu

ltu

ra@

ão

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Professora de Língua Portuguesa, CleideChastalo, trabalhando com a imagem comoforma de expressão de sentimentos no gênerotextual Poema, aos alunos do 7ºAno.

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Page 19: Revista Digital Cultur@ção

Tomemos como exemplo o uso do elementoimagem para representar a significação dainformação proveniente do conteúdo trabalhadopoluição do ar.

• Crianças: vamos procurar uma imagem querepresente a poluição do ar? ­ Análise de umaimagem pronta (revista, jornal, internet...) como umasíntese do conteúdo estudado (compreensão deconteúdo);

• Alunos: olhem ao seu redor e procure cenas quemostre a poluição do ar. ­ Registro a ser realizadopor meio de câmera digital (interação com oconteúdo);

• Vamos pensar na imagem coletada e produziroutra com possíveis soluções para repensar apoluição do ar. – Edição da imagem em programaeletrônico (Produção de conhecimento)

Sendo assim a prática do Letramento Digital por orapode parecer difícil. Ainda mais uma das enormesobrigações que temos que fazer na escola. Mascaro colega professor, tente, arrisque­se, busqueinserir no seu planejamento esse conceito deaprendizagem, pois isto também é conteúdo e sesurpreenderá com os resultados.

Ainda ficou com dúvida ou não sabe como fazer?Não esqueça que você sempre poderá contar com aajuda de um profissional importante dentro daescola: o Professor Auxiliar de TecnologiaEducacional.

Mãos à obra e bom trabalho.

BIBLIOGRAFIA

ARAÚJO, Rosana Sarita de. Hipertextos eTecnologias na Educação – Multimodalidade deEnsino ­ 2º Simpósio. Universidade Federal dePernambuco. Recife: 2008. Disponível emhttp://www.ufpe.br/nehte/simposio2008/anais/Rosana­Sarita­Araujo.pdf. Acessado em 29 ago2013.

FREITAS, Maria Teresa. Letramento Digital eformação de Professores. Educ. ver. Vol26. nº3. Belo Horizonte. Dez 2010. Disponível em:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102­46982010000300017. Acessadoem 29 ago 2013.

Cu

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ra@

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13

22

Fonte: http://cantinhodalene­m.blogspot.com.br/2012/06/midia­

Fonte: http://portal.aprendiz.uol.com.br/2013/02/05/material­educativo­traz­dicas­para­navegacao­de­criancas­e­adolescentes­na­web/

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Page 20: Revista Digital Cultur@ção

http://aeuropanasnossasmaos.wordpress.com/2010/01/07/contacapa/

NTM -Núcleo de Tecnologia Municipal

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Revista Digital Eletrônica

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