Revista e-kletic@ outubro 2015

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1 e-kletic@ revista Nº 0002

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e-kletic@ revista

Nº 0002

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Revista e-kletic@

[email protected]

Ano 01

Número 02

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Ao Leitor

Nesse momento da nossa segunda edição, temos como preocupação a formação de leitores. Dos nossos leitores!

E foi com foco nesse caminho que decidimos falar da Formação de Leitores em Um Mundo Tão Audiovisual.

Vivemos em um momento em que a tecnologia está tão presente em nossas vidas que até mesmo nossa revista é totalmente digital. Mas também temos uma produção enorme

de vídeos que faz com que a informação chegue sem que haja nem mesmo a utilização dos olhos, caso queira, por exemplo,

ouvir um áudio livro deitado em sua cama e com os olhos fechados.

E foi para pensarmos juntos sobre essa nossa

atualidade que batemos um papo com o “Pedro do Livro” um libertador de livros lá do Rio de Janeiro e também com o

“Tio Fabiano” um contador de histórias lá de Fortaleza. Sem falar da leitura sempre autêntica e bem pessoal dos nossos colunistas que são os responsáveis pela encubação da

vontade de voltar sempre a ler a nossa revista. É querendo formar leitores e informar leitores que a

e-kletic@ chega com sua segunda edição, cheia de sonhos mesmo em meio a essa crise em que está passando nosso país. Mas como somos uma revista colaborativa, a crise não

nos atinge.

Seja você! Seja e-kletic@!

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Porque a e-kletic@ é digital?

O preço da brancura

Os impactos da produção do papel já são bem conhecidos, e tão desastrosos que há anos a Europa tratou de "terceirizar" o

setor. É claro, para os países em desenvolvimento, onde a fragilidade das leis ambientais, a carência por postos de trabalho e a

necessidade de gerar divisas acenaram, e ainda acenam, com boas-vindas para essa que é uma das mais impactantes indústrias do

planeta.

Para produzir uma tonelada de papel são necessárias duas a três toneladas de madeira, uma grande quantidade de água (mais

do que qualquer outra atividade industrial), e muita energia (está em quinto lugar na lista das que mais consomem energia). O uso de

produtos químicos altamente tóxicos na separação e no branqueamento da celulose também representa um sério risco para a saúde

humana e para o meio ambiente - comprometendo a qualidade da água, do solo e dos alimentos.

O alto consumo de papel e seus métodos de produção insustentáveis endossam o rol das atividades humanas mais nocivas ao

planeta. O consumo mundial cresceu mais de seis vezes desde a metade do século XX, segundo dados do Worldwatch Institute,

podendo chegar a mais de 300 kg per capita ao ano em alguns países. E na esteira do consumo, cresce também o volume de lixo, que

é outro sério problema em todos os centros urbanos.

De acordo com algumas pesquisas científicas, a monocultura do eucalipto, por exemplo, consome tanta água que pode afetar

significativamente os recursos hídricos. Só no norte do Espírito Santo já secaram mais de 130 córregos depois que o eucalipto foi

introduzido no estado.

Quando a indústria de celulose chegou ao Espírito Santo na década de 1960, se iniciou um rápido processo de devastação da

Mata Atlântica e expulsão de comunidades rurais. "A empresa Aracruz Celulose invadiu áreas indígenas em processo de demarcação

e expulsou índios tupiniquins e guaranis de 40 aldeias. No norte do estado, a empresa ocupou terras quilombolas, expulsando cerca

de 10 mil famílias".

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Matéria-prima básica da indústria do papel, a celulose é um material fibroso presente na madeira e nos vegetais em geral. No

processo de fabricação, primeiro a madeira é descascada e picada em lascas (chamadas cavacos), depois é cozida com produtos

químicos, para separar a celulose da lignina e demais componentes vegetais. O líquido resultante do cozimento, chamado licor negro,

é armazenado em lagoas de decantação, onde recebe tratamento antes de retornar aos corpos d'água.

A etapa seguinte, e a mais crítica, é o branqueamento da celulose, um processo que envolve várias lavagens para retirar impurezas e

clarear a pasta que será usada para fazer o papel.

Mesmo com o tratamento de efluentes na fábrica, as dioxinas permanecem e são lançadas nos rios, contaminando a água, o solo e

consequentemente a vegetação e os animais (inclusive os que são usados para consumo humano). No organismo dos animais e do

homem, as dioxinas têm efeito cumulativo, ou seja, não são eliminadas e vão se armazenando nos tecidos gordurosos do corpo.

Texto retirado do site http://www.ecolnews.com.br/papel.htm

Por isso somos digital!

Por isso somos verde!

Por isso somos e-kletic@!

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Entrevista

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A arte de fazer germinar a semente da leitura

Contação

de História Tio ou tia. Acredito que esse seja o título dado a uma pessoa

que mais gera a proximidade com crianças. Normalmente, as próprias

crianças possuem essa tendência de chamar um adulto, que eles

gostem muito, de tio ou tia.

E foi com esse título de tio que o contador de histórias e

também pedagogo, ator e músico Fabiano Carneiro, ficou reconhecido

pelas crianças que aos domingos se reúnem para, juntas com o Tio Fabiano, se divertirem com suas histórias e também suas peripécias.

Elas estão lá com ele, para se divertirem e ele, para além de se divertir, formar novos leitores. Fazer nascer em cada uma delas

o “bichinho” do amor pela leitura.

E é com o Tio Fabiano que a e-kletic@ vai bater um papo nesta edição.

Antes de mais nada, é muito bonito o trabalho que faz e de um desprendimento muito grande em usar um dia que poderia ser de

descanso como o domingo para se dispor a ir em livrarias para contar histórias. Então gostaríamos de saber como surgiu esse projeto e

como se abriu o espaço nas livrarias?

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Obrigado pelas palavras. Este trabalho de Contador de Histórias surgiu da minha necessidade de incrementar as aulas de

musicalização infantil no início da minha carreira como educador. Passei a unir a musicalização pautada pelas histórias já conhecidas do público infantil. As próprias crianças fizeram o trabalho de divulgação e certa feita uma mãe me procurou me dizendo que e u

deveria fazer este trabalho em Livrarias da Capital por causa da carência. Assim uma grande Livraria parceira até hoje tem me aberto as portas.

Num mundo tão digital e on- line e com as crianças cada vez mais tendo acessos a todos esses aparelhos que diminuem a paciência de

parar e ler um livro, a sua proposta resgata o que há de mais visceral no que diz respeito à palavra lúdico. O lúdico com tudo que nesta

palavra há de mais internalizado em nós e que está sendo sufocado por tanta agilidade de informações soltas seria a sua maior

ferramenta de trabalho?

O mundo digital chegou e viria sem sombra de dúvidas. Como diria meu avô: "O que entorta a boca é o cachimbo", fazendo uma

alusão a continuidade e uso exagerado do referido objeto. Pois bem, quando se tem o costume de levar as crianças ainda bem cedo às

contações de história, teatro e eventos musicais, tais crianças por si só aprendem a dosar, a ter a medida correta entre o digital e o

lúdico. Gosto sempre de ressaltar que a criança é lúdica por natureza.

As histórias que são divulgadas em seus folder’s como Raladim, um conto inesperado, que nos remete logo para a história do

Alladim é uma criação sua a partir de histórias já famosas com o intuito também de as atraírem já que com certeza elas tem acesso

maior para essas histórias que já ficaram famosas através de desenhos animado? E como é a reação das crianças ao se depararem com

uma nova história que não as que já conhecem através de desenho animado?

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Sempre que transformo uma história, um clássico,

surgem mil possibilidades; todas as crianças participam ativamente dos momentos da contação, então para elas

começar a ouvir uma história clássica como Alladim e se deparar com uma mudança súbita é sempre um barato, perceber que sua Jasmine virou Jascineide é outro encanto

para elas.

Onde o Tio Fabiano já levou o Fabiano Carneiro e até

onde o Fabiano Carneiro deseja que o Tio Fabiano

chegue?

Eu costumo dizer que o Fabiano Carneiro viaja todos os dias, do acordar ao pôr do sol, sempre levando o Tio

Fabiano a lugares mágicos, pensamentos inusitados, histórias mirabolantes... acho que os dois juntos tem

muito a desbravar ainda. Quem sabe o Rio de Janeiro?

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Conversa e-kletic@

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Glúten: Amigo ou Inimigo?

Todos já ouviram falar, mas muita gente não sabe exatamente o que é.

As dietas sem glúten estão na moda mas é válido mesmo tirar do cardápio?

O glúten é um composto de proteínas encontrado na farinha de trigo, na aveia, no centeio, na cevada e no

malte.

"Essas proteínas são chamadas prolamina e glutelina e elas aparecem combinadas

com o amido no alimento. A gliadina e a glutenina (que são a prolamina e a

glutelina do trigo) representam a grande maioria das proteínas do trigo. O glúten é

responsável pela elasticidade das massas e é o que faz o pão crescer".

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De um tempo para cá ficou popular a dieta sem glúten, que exclui esse ingrediente da alimentação, com o objetivo de

emagrecer. Mas quem realmente precisa retirar o glúten da dieta são os pacientes celíacos.

“A doença celíaca é uma desordem autoimune, uma condição crônica, que afeta principalmente o

intestino delgado. É uma intolerância permanente ao glúten”.

Para os celíacos, quando o glúten chega ao intestino delgado, ocorre um processo inflamatório, levando à destruição das

vilosidades (pequenas saliências) da parede do intestino. Esse problema pode apresentar vários sintomas severos, como diarreia,

fraqueza, perda de peso em virtude da má absorção de nutrientes e anemia.

De repente, a dieta que antes era exclusiva dos pacientes celíacos passou a ser adotada por quem quer perder

peso.,"provavelmente por modismos" e muitas vezes há uma quantidade enorme de informações que são colocadas como verdade

única e as pessoas tendem a segui- las sem o devido cuidado e acompanhamento.

Mas, será que existe alguma relação entre a retirada do glúten e o emagrecimento?

A retirada do glúten da dieta melhora o metabolismo intestinal, pois o glúten é uma proteína de difícil digestão. Forma a

redução da produção de substâncias inflamatórias reduzindo edema e ativando o metabolismo.

Faça você a sua escolha!!!

O trigo sarraceno é uma excelente opção pra quem quer degustar um kibe sem glúten!!!

O trigo sarraceno, ou mouro é rico em nutrientes e fibras, além da rutina, um flavonóide que promove a saúde dos vasos

sanguíneos, prevenindo doenças cardíacas, diabetes, etc.

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Vamos à receita: KIBE DE LEGUMES COM TRIGO SARRACENO

INGREDIENTES :

2 ½ de trigo sarraceno em grãos

1 litro de caldo de legumes

300 gr de abóbora vermelha cozida e amassada

2 cebolas picadas

1 cenoura grande ralada grossa

1 brócolis americano pequeno picado bem pequeno

1 abobrinha italiana ralada grossa

Azeite

1 xícara de hortelã picada

½ xícara de cheiro verde picado

Sal marinho a gosto

Pimenta do reino a gosto

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MODO DE PREPARO: Coloque o caldo de legumes temperado com o sal para

ferver e cozinhe o trigo sarraceno até que o caldo seque e o

grão esteja macio.

Reserve.

Refogue uma cebola no azeite até que fique douradinha. Misture a cebola ao trigo e acrescente o cheiro verde, o hortelã e a

abóbora.

Faça o recheio refogando a outra cebola, a cenoura, a abobrinha e o brócolis em azeite, temperando com sal e pimenta do reino.

Coloque a metade do trigo em uma assadeira untada com azeite, espalhe o recheio e depois cubra com a outra metade do trigo.

Alise bem em cima, decore com pimenta biquinho, gergelim negro e pimentões coloridos...fica lindo !!!

Bom apetite !!!

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Quadrinhos e sua importância na formação de novos leitores

Cultura Pop As historias em quadrinhos não são

consideradas literatura para alguns críticos há

controvérsias entre os quadrinhos e a literatura

tradicional, porém o diferencial da HQs é a

junção do texto e a imagem.

Um assunto polêmico e que merece

melhor atenção, mas vamos conhecer a origem

dos quadrinhos:

A primeira historia em quadrinho “The

Yellow kid” ou Garoto Amarelo foi criado pelo

artista americano Richard Felton Outcault,

inicialmente teve sua aparição na revista Truth

durante 1894 e 1895, até sua estréia oficial no

jornal New York World em 17 de fevereiro

1895, a princípio em preto e branco e mais

adiante teve sua versão colorida. A abordagem

em usar balões nas falas das personagens foi

usada pela primeira vez em The Yellow Kid. As

tirinhas de Outcault fizeram muito sucesso nos

jornais sensacionalista da época.

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No Brasil, a primeira revista em quadrinho foi O Tico Tico, lançada em 1905,

do jornalista e desenhista Renato de Castro. Em 1939 foi lançada a revista Gibi, que

futuramente se tornaria o sinônimo de revistas dos quadrinhos no Brasil. Trazendo para

os dias atuais vemos a forte influência que as HQs têm sobre as gerações e o quanto

elas foram desenvolvidas e seu grande enriquecimento cultural. Com temas variados

não só sobre super–heróis ou voltado para o publico infantil, mas de terror e até

mesmos eróticos.

Mas o que os quadrinhos têm a ver com a formação de leitores?

Ler quadrinhos pode estimular a leitura?

Os quadrinhos são uma linguagem autônoma com suas próprias características

como os diálogos em balões e os elementos visuais para se produzir o sentido. Existem

hoje mais estudos e até mesmo trabalhos acadêmicos que defende a importância dos

quadrinhos na formação de leitores e de como os HQs, podem ser inseridos nas escolas

para estimular a leitura. Não só na alfabetização de crianças e adolescentes, mas com

uma linguagem mais jovem, ou seja, para jovens que estão cursando ensino médio.

A cultura popular dos quadrinhos no Brasil e no mundo:

As histórias em quadrinhos nacionais mais famosas como a turma da Mônica de Mauricio de Souza que tem sua fase infantil e

jovem, Menino Maluquinho do Ziraldo que conseguiu introduzir nos quadrinhos mesmo sendo para publico infantil um olhar mais

político. No meio internacional como o Mangá no Japão, Marvel e DC Comics, são algumas e que praticamente todo mundo conhece.

O mundo das histórias em quadrinhos é gigantesco com um enriquecimento cultural estrondoso que passa de geração a geração

e não é a toa que no cinema, fazem tanto sucesso.

As histórias em quadrinhos e a literatura estão associadas, sendo que a literatura tradicional prevalecendo o texto e as HQs o texto com o complemento da imagem.

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Ontem enquanto pesquisava alguns textos na internet, me deparei com essa frase, inicialmente creditada a

Frida Kahlo.

"onde não puderes

amar não te demores"

Fiquei um bom tempo lendo-a repetidas

vezes, enquanto formulava alguma teoria sobre o

que aquilo me dizia.

O resultado foi um insight genuinamente pessoal,

que me deu ânimo pra esboçar no papel, esses meus “achismos”

talvez,nada convencionais.

A frase em questão me recordava de nossos apegos relacionais.

Desta dificuldade tola e tão comum de deixar ir pessoas

que de, um certo ponto de vista, já não se encontram em uma mesma sintonia que a nossa.

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Carlos Drummond de Andrade em seu poema “Definitivo” nos diz:

"Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram."

O poeta não estava errado. O sofrimento de um fim é quase sempre apoiado por uma certa experiência de decepção,que se

relaciona diretamente com as expectativas que depositamos sobre o outro e sua permanência.Sofremos talvez, porque desde sempre

nos acostumamos a desenrolar longas e calorosas promessas de amor.

E concordem os românticos de plantão, que não há dissabor algum em ouvir de um homem o seu desejo de estar para sempre a

nosso lado. Afinal, quanta massagem em nosso ego esta afirmação não nos gera?!

No entanto, é interessante percebermos que este "para sempre" tão influenciado pelos belos contos de fada do qual fomos

incentivadas a acreditar, durante uma boa parte de nossas vidas, se torna tarefa árdua, quando pensamos, com os pés no chão, em um

relacionamento real, entre duas pessoas, que por natureza, são mutáveis, diferentes e donas de desejos, sonhos e planos, nem sempre

parecidos.

Prometer o amor eterno é reduzir a possibilidade do hoje. É limitar fronteiras, antecipar o futuro. É impedir que o extraordinário

aconteça nas pequenas coisas. É perder de vista as ondas e a suavidade de seu desenrolar, porque miramos demais no horizonte do mar.

Ao exigir do outro aquilo que julgamos merecer, esquecemo-nos de receber de forma livre. Estamos ocupados demais com o

incomodo daquilo que julgamos não merecer.

Impomos ao outro uma certa impossibilidade de sua fluidez e originalidade. Ao exigirmos uma certa forma de amar,

esquecemos de permitir que aquele a quem amamos, se apresente do jeito que é.

Não é estranho nem por acaso, que relações do tipo, findem em discursos tais como:

“Você se mostrou alguém que eu não conhecia.”

No entanto, não percebemos que na verdade, nossos olhos não estavam atentos a verdade do outro.

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O amor, portanto, é livre expressão. Ao amar, sem esperar que algo nos seja dado em troca, entramos em uma experiência

interessante de aproveitamento das coisas ordinárias.

Se deixarmos de lado as falsas expectativas, todo e qualquer atitude de amor nos será motivo para gratidão. Encontramos aí um

caminho para a uma felicidade, que não se pauta em grandes demonstrações, em provas e explosões afetivas, tão próprias da paixão,

mas que se debruçam sobre um sentimento maduro e real.

Shakespeare em uma de suas citações mais famosas, afirma que :

“sofremos demais pelo pouco que não temos e alegramo-nos pouco com o muito que possuímos.”

De que pouco falamos?

E o que de fato possuímos?

Esta, certamente não será uma questão facilmente respondida. Talvez este não seja um processo que acontecerá de um dia para

o outro. Nos despir de nossos velhos hábitos, leva tempo. Mas a possibilidade de compreender a natureza mutável e fluida daquilo que

nos rodeia, já é um grande e precioso passo.

Que a gente entenda que a prática de um amor assim, liberto, não depende de metades, não depende do outro. Essa coisa toda

só funciona porque é feita de dois inteiros, conscientes, sinceros e independentes.

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Pescaria

Não nos a leve mal, nossa revista é ainda uma jovem criança e temos conversado sobre formas de captar

leitores. E é no auge deste diálogo que palhaços como eu veem um prato cheio para colocar suas asinhas de fora. É

que captar a atenção das pessoas usando a emoção é uma das primeiras lições que todo palhaço aprende. A arte do

palhaço passa por captar olhares.

O olhar do espectador é, talvez, o ingrediente principal para um espetáculo saboroso. Um palhaço não se

sacia quando não tem o olhar meigo do idoso na segunda fila, o olhar curioso da criança na primeira e até mesmo o

olhar de desdém do adolescente que tem medo de palhaços e por isso está na ultima fileira.

Os experientes mestres costumam usar algumas analogias com a cultura da pesca: segundo os mestres o

palhaçear tem a ver com pescar olhares. Você pode pescar de rede onde as águas assim se fazem propícias ou de isca

e anzol quando os cardumes são mais dispersos. Às vezes, em cena, o palhaço faz jogos potentes com uma plateia

calorosa e a ganha toda de uma vez com a energia que couber ao momento exige. Mas quando o jogo está mais

difícil - e a plateia também – então lançamos mão de nossas redes. E tratamos de pescar um a um cada olhar possível

naquele mar de gente que é a plateia.

É que nós - e agora falo da equipe e-kléti@ -, nós amamos nosso público. E queremos seu olhar. Queremos

que você olhe para cada uma de nossas páginas, tal e qual um palhaço quer que olhemos encantados e emocionados

cada uma de suas ações em cena. Queremos que você deguste o nosso conteúdo como uma criança degusta um

número de mágica. Que você se identifique conosco pois nós somos como você, somos como aquele palhaço que usa

a menor máscara do mundo não para esconder seu rosto mas para se revelar como um igual que sente, ama, ri e se

emociona.

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Ler?

O que é isso?

Pois é, as pessoas esquecem o que é ler! Simplesmente vivem, vão passando os dias, andando por aí e por ali

e “lendo” automaticamente somente as informações necessárias para sobreviverem ao dia...

E eu, leitora ávida, num desses meus passeios literários, aprendi que o mal de Alzheimer está indiretamente

ligado ao conhecimento adquirido, isto é, quanto mais se aprende menos chances de apresentá- lo no futuro.

Gente, tá explicado porque tanta gente esquecida nesse mundo! Como aprender coisas novas sem ler? Vendo

vídeos? Áudios? Claro que aprendemos assim, mas a coisa não é tão simples...

Para prevenir o Alzheimer, precisamos ativar o cérebro constantemente em locais onde não o usamos com

frequência! Assim fazemos mais ligações entre os neurônios e aumentamos nossa capacidade mental! Então, se só

somos audiovisuais, temos um “vácuo” ali perdido do meio da nossa massa cinzenta, o mundo está com um “buraco”

o cérebro!!!

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Também li que quanto

mais conhecimento adquirimos,

mais circunvoluções cerebrais

temos (aquelas dobrinhas rs), e na

hora pensei, gente como deve ser o

cérebro dos cientistas? Será que

algum deles teve Alzheimer?

Provavelmente sim! Podemos

prevenir, fazendo a nossa parte,

mas nem sempre evitamos.

Infelizmente...

Bem, o meu caso, prefiro

que meu cérebro vire um novelo

de lã!

Enquanto minha velhice

não chega, vou buscar uma melhor

idade... Fazer coisas diferentes, andar para trás uns passos de vez em quando (cuidado para não cair pelamordeDeus!), escovar os

dentes ou comer com a mão esquerda (no caso dos canhotos, com a direita), ler, estudar, aprender uma outra língua, dançar, beber

água!

E orientar as crianças que encontrar. São o futuro do mundo...

Ler é saúde! Nosso cérebro agradece! :)

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Um final feliz para á leitura

Em um futuro distópico, todos os livros e qualquer

forma de escrita, são expressamente proibidos por um

regime totalitário, o argumento utilizado: os livros

promovem a infelicidade e tornam as pessoas

improdutivas . Esse é roteiro que permeia a adaptação

cinematográfica de Fahrenheit 451, dirigida por François

Truffaut em obra original de Ray Bradbury.

Brasil Momento atual: A pátria educadora

considerada como a prioridade das prioridades, é um dos

setores mais afetados pelo ajuste fiscal.

Rio de Janeiro: A fábrica de escolas do amanhã,

produzindo em escala industrial alunos manufaturados para

atender a demanda do mercado. Podemos claramente

realizar uma analogia ao clipe da banda Pink Floyd:

“Another Brick In The Wall “ .Aonde

crianças sentadas em carteiras escolares são conduzidas

em uma esteira, que nos transporta para um futuro

impregnado pelo capitalismo cognitivo e a mercantilização

da educação. Realidade e Ficção mesclam-se, confundem-

se, agridem-se e dialogam.

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Agora, desconsiderando o capitalismo cognitivo e avaliando a

compreensão da leitura enquanto processo cognitivo. Como se comportam o

cérebro e o corpo quando lemos?

Teixeira (2005) na palestra do primeiro colóquio leitura e cognição promovido

pela Universidade de Santa Cruz do Sul –Rio Grande do Sul afirmou:

“Há uma coisa muito interessante quando nós exercemos essa capacidade de ler, porque quando lemos não enxergamos as letras individualmente, mas sim as palavras e quando enxergamos as palavras, nós na verdade, não estamos enxergando a elas mesmas, mas o significado delas. Isso confere a leitura uma posição muito especial dentro do nosso universo cognitivo.”

E como diz a professora do filme Fahrenheit 451, sobre as pessoas livros:

“Eles são livros cada um, homem e mulheres, todos se comprometem com um livro que escolhem memorizar, e tornam-se os livros, claro que, de vez em quando, alguém é parado e preso. E é por isso que vivem com tanto cuidado. Mas o segredo que eles transportam é o segredo mais precioso do mundo. Com eles, Todo o conhecimento humano poderá ser passado adiante”.

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Amanhã Pode Ser Tarde Demais... Eu tinha milhares de ideias na cabeça, mas não sabia ao certo o que escrever.

De repente, entro no site de um

jornal e me deparo com a notícia em

destaque, comunicando o falecimento de

uma respeitada ex-modelo e atriz global.

Era domingo frio e chuvoso de 13 de

setembro de 2015. Passei um fim de semana

regado às lembranças nostálgicas da minha

vida e, sob os primeiros dias de 32 anos de

vida recém-completados somados a essa

série de fatores e nuvens cinzentas, decidi

falar sobre a fragilidade da vida.

Cheguei à conclusão de que a vida é

tão frágil como uma taça de cristal e muitos

não se dão conta disso.

Deixam oportunidades importantes passarem e se arrependem mais tarde. Pode ser oportunidade de emprego,

de um grande amor ou de tantas outras coisas importantes que a vida faz questão de nos apresentar. Completamos,

ontem, 15 anos de idade. Dormimos e acordamos batendo à porta dos 40.

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A vida passa muito rápido mesmo e posso sentir isso na pele. A atriz em questão, ainda exalava jovialidade, beleza e alto

astral. Tinha planos de casamento com o atual namorado, mas, infelizmente, foi vencida por uma doença terminal que a impediu de

realizar os planos.

Assim como ela, outras pessoas são impedidas de realizar sonhos e alguns objetivos. É compreensível quando uma doença

terminal impede alguém de viver.

O incompreensível é quando pessoas não vivem por simples e infantil orgulho. O orgulho em viver e amar. Amor é sinônimo

de vida, mas a maioria dos humanos opta por esconderijos atrás de escudos de fel, deixando assim o sumo vital escorrer por se us pés,

absorvendo apenas a amargura de sonhos não realizados. Viver e amar é tão natural.

A vida deve ser vivida a cada minuto. O orgulho só fere e mata sentimentos que deveriam ser encarados de maneira plena e

intensa. Que tal se hoje, você que está lendo esta coluna, disser a alguém o quanto o mesmo é especial em sua vida? Que tal se o medo

de viver for deixado de lado, dando assim espaço para aquela que pode ser a maior oportunidade da sua vida?

Não tenha medo em assumir os erros e pedir desculpas! O orgulho jamais andou de mãos dadas com o amor. O orgulho é

inimigo do desejo em viver de maneira saudável. Saia na chuva para se molhar. A vida só acontece quando tiramos a roupa que insiste

em esconder o nosso verdadeiro eu.

Ame sim, intensamente, pois, amar é viver! Diga o que sente para aquela pessoa tão especial. A vida é um intervalo curto

demais para se perder no caminho.

Entre no embalo gostoso da felicidade. A vida é imprevisível e adiar a felicidade pode ser perigoso.

Não adie o hoje para amanhã.

Amanhã pode ser tarde demais...

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Costa Do Sauipe Lazer, conforto e gastronomia a sua disposição.

Complexo hoteleiro, localizado no município de Mata de São João, há 76 km do aeroporto de Salvador/BA,

composto por cinco hotéis e cinco pousadas, integrando assim a maior rede de complexo turísticos do Brasil.

Os hotéis estão divididos em: Sauipe Park, Sauipe Class, Sauipe Fun, Sauipe Club e o reservado Sauipe

Premium. Fica a critério do hóspede, decidir por qual reservar, levando em consideração seu perfil de viagem.

Muitas pessoas procuram em lua de mel, outras procuram descanso e outras viajam com crianças. Em

qualquer uma das opções, certamente Sauipe irá atender com rigor e maestria as suas necessidades.

Sauipe conta com atividades de lazer e esportes, como: caiaques, quadras de tênis e squash, golf, entre

outros. Possui também academia, spa, hidromassagens e ambulatório.

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Todos os dias você poderá fazer algo

novo no complexo. À noite as pessoas se

concentram na Vila Nova da Praia. Seja em

seus restaurantes temáticos, ou, nas festas que

ocorrem por lá. Também podem ser

encontrados lojinhas, farmácia, bancos,

mercado e barzinhos. Existe um transporte

dentro do complexo que você pode pegar nas

paradas exclusivas, ou, alugar uma bicicleta e

curtir cada pedacinho desse lugar lindo e

tranquilo.

O sistema que Costa do Sauipe usa é o

all- inclusive, ou seja, todas as bebidas e

comidas oferecidas, já estão inclusas no seu

pacote de hospedagem. A qualquer hora do

dia, seja nos restaurantes, ou, bares das

piscinas, você pode usufruir desse benefício.

Inclusive se você estiver hospedado, por

exemplo, no Class, mas quiser pegar uma água, ou beber no Park, é permitido. Desde que não seja nas refeições principais.

Nas Pousadas o sistema é de meia pensão, sendo oferecidos café da manhã e jantar. O almoço pode ser realizado na Vila Nova

da Praia. As atrações esportivas e tudo o mais que for oferecido dentro do complexo, pode ser usufruído sem custos.

Viaje mais! Seja você, Seja e-kletic@!

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A sua

opinião

importa...

Um olhar novo sobre o que está acontecendo

Na e-kletica você lê, reflete, divulga e pode dar sua opinião.

Diga o que gostaria na próxima edição.

E se quiser trocar uma ideia: [email protected]

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Quando a gente se doa Em agosto desse ano, eu fui visitar a sede da Associação Quatro Patinhas. Sempre me envolvi com causas

sociais. E, recentemente, com as causas animais.

Conheço algumas ONGs, mas ainda não tinha ido ao sítio conhecer os animais

resgatados da Quatro Patinhas. Fomos com o propósito de doar energia para os animais que ficam lá.

Tinham pessoas que iam doar Reiki

e Deeksha. Eu tinha pensado em alguma coisa ligada a meditação, mas ficou muito

difícil. Não sei se por conta da estrutura ou porque fiquei deslumbrada. Eu sou "Felicia", gosto de pegar todos no colo,

apertar, dar carinho. E confesso que me perdi. Fiquei horas olhando todos,

interagindo, observando.

O grupo que foi era muito bacana, lanchamos, conversamos, falamos dos nossos "filhos" com o maior orgulho. Todos, é claro, tinham cachorros ou

gatos. Em geral, quem ajuda a ONG tem grande paixão pelos animais.

Não sei se você já visitou um lugar assim. Muitas vezes, ouço aquela frase: - ah, vou ficar muito triste, vou querer carregar todos.

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Sim, vai acontecer isso tudo. Você vai ficar triste porque vai ver tanto animal abandonado, sem um lar, carente. E que, talve z,

morra lá sem nunca ter tido um dono pra chamar de seu.

Sim, você vai querer carregar todos, mas não vai carregar porque não tem estrutura para isso.

Mas, você também vai ficar muito feliz. Vai se deparar com animais bem cuidados, vivendo de maneira digna, com espaço pra correr e brincar.

Vai conhecer pessoas que fazem um trabalho lindo

por amor. Que se unem em prol de uma causa. Que se dedicam voluntariamente. Pessoas que fazem você acreditar

que é possível construir um mundo melhor.

Você também vai ficar encantado com a quantidade de amor que vai receber. Lambidas, mordidas, cabeçadas. Uma disputa de atenção. Eles fazem você se sentir especial.

Acredite: você vai sair de lá energizado.

No dia em que voltei de lá, acho que consegui ter um dos meus maiores insights:

Quando a gente se doa é quando a gente mais recebe.

Eu passei um dia, mergulhada em alegria, com o coração preenchido, em estado meditativo.

Uma profunda gratidão pela experiência.

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Você não precisa casar, nem ter filhos, se nunca desejou. Nem fazer compras em Miami. Não precisa ter aquela bolsa marrom, não precisa ter carro, nem amar bicicletas, não precisa meditar.

Só precisa ter cachorro se quiser. Entender de vinho: não precisa.

Barco, casa no campo, Rolex, ereção toda vez, cozinha gourmet, perfil no Instagram... Não precisa. Você não é obrigado a gostar de carnaval, nem de samba, nem de forró, nem de jazz.

Você não é obrigado a ser extrovertido. Não precisa gostar de praia.

Nem de sexo você é obrigado a gostar. Balada, barzinho, cinema. Missa no domingo.

Reunião de família. Não, você não é um ET se não estiver afim.

Acordar cedo, fazer exercício, conhecer os clássicos, assistir os filmes do Oscar, a banda de garagem que ninguém conhece. Você também não precisa conhecer. Paris, Nova York, Londres... Gosta muito de viajar? Não?

Então não vá! Tá sem namorado?

Alguém vai dizer que você não é feliz por isso. E é mentira. Seu cabelo não precisa ser alisado. Nem você vai ser muito mais feliz se for magro ou magra.

Também não precisa gostar de comer. Peça curinga no guarda roupa, perfume francês, dentadura perfeita, curriculum vitae, escapulário.

Sucesso. Não, você não precisa dele. Se for prá ser obrigado, nem feliz você precisa ser.

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Diante de todos os meios e recurso

tecnológicos, sem falar da dificuldade

financeira que tiram a pessoa que ainda

não se formaram como leitor da chance

de sentir prazer com a leitura e de parar um

pouco durante o ato tão íntimo e tão particular

que é o de ler; temos vários grupos, projetos e trabalhos

individuais com a preocupação em criar uma forma de

gerar dentro das pessoas o “bichinho” do prazer da leitura,

e dentre esses, estão os projetos do Pedro Gerolimich.

E foi num encontro durante uma ida minha no Centro

Cultural da Justiça no Rio de Janeiro onde estava

ocorrendo o seu projeto Livro de Rua que trocamos

contatos e estamos “linkados” até hoje.

e-kletic@: Para começarmos nosso bate papo bem

informal, quem é Pedro Gerolimich?

Pedro: Difícil falar de si mesmo. Sou um cara inquieto,

que tem grandes dificuldades em aceitar as coisas como

naturais, principalmente as relacionadas com as desigualdades sociais. Nunca tive uma situação financeira

muito fácil, mas fui criado com muito carinho e também com muita riqueza cultural, principal preocupação dos meus pais, um professor de história e uma advogada, acho que

esses são os maiores legados que recebi deles, ainda na adolescência comecei minha militância política no Movimento Estudantil que me levou a ser tudo que sou hoje...

Me formei em Geografia e Gestão Pública e atualmente estou coordenando a realização do I Festival Internacional da Utopia, que será realizado ano que vem na cidade de Maricá RJ.

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e-kletic@: Gostava muito quando sabia que haveria em algum canto a presença do Livro de Rua para eu poder doar os

livros que eu já tinha lido e também para pegar alguns outros para me deliciar com a leitura. Só que não tenho mais tido notícias desse projeto. Pedro, como está hoje esse projeto e o que tem feito para, literalmente, colocar livros e mais livros nas ruas para serem libertos

como você mesmo gosta de falar?

Pedro: Estamos passando por um processo de

reinvenção, primeiramente adotamos como lema a campanha

+ Livros - Violência, porque acreditamos no Livro de Rua não

somente como um projeto cultural, mas sim como uma ferramenta

de construção da cidadania, principalmente para as pessoas mais pobres, com maior dificuldade de acesso ao mundo dos livros e

consequentemente a uma formação cultural e educacional de qualidade.

Mês passado acompanhamos pelos jornais a repercussão

sobre os arrastões nas praias da zona sul, mas a grande mídia só nota esses jovens quando esse tipo de coisa acontece, mas ninguém

fica indignado quando eles tem uma educação de péssima qualidade, quando são aliciados pelo tráfico de drogas ou quando são obrigados a se prostituir... por isso ao falar em + Livros -

Violência estamos falando em combater as mazelas sociais lá na sua base, gerando oportunidades mais iguais e justas para todos, vejo a polícia atuando de forma que parece enxugar gelo, pois medidas como essas não vão ao cerne da questão e não resolverão esses problemas por simplesmente não atuarem na sua causa.

Com essas preocupações em mente estamos reestruturando nosso projeto e em breve esperamos lançar coisas novas que possam garantir que o nosso trabalho possa crescer ainda mais, logo, logo vocês verão o que estamos aprontando!

e-kletic@: Em setembro, teve a bienal do livro aqui no Rio de Janeiro e pude perceber que alguns dos eventos que

houveram lá, tinham relação com o lançamento de livros de youtubers (pessoas que arrastam multidões através dos vídeos lançados em canais do YouTube). Como você vê atualmente a tecnologia podendo ser utilizada para formar leitores atualmente, fazendo um contraponto referente a quem se iniciou na literatura com Robson Crusoé e os Três Mosqueteiros como foi o seu caso?

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Pedro: Tem muita gente achando que a tecnologia vai acabar com o

livro, eu já acho que as ferramentas se complementam, estou aqui numa entrevista para uma revista digital, defendendo os livros, olha como ambos podem se

fortalecer... Assim como tenho também enviado para umas listas de amigos dicas de

leitura por whatsapp, olha como as coisas podem se complementar! A tecnologia, assim como tudo na vida, poderá ser positiva ou negativa,

tudo depende do uso que fazemos dela, precisamos aproveitar a tecnologia para

melhorar a vida das pessoas e em relação aos livros, utilizá-la para ajudar a construir cada vez mais um Brasil de leitores e leitoras.

e-kletic@: Fale um pouco dos seus planos e projetos para o futuro.

Pedro: Rsrsrsrs!!!! Acho que é a pergunta mais difícil! Tenho tantos

sonhos e projetos, mas vou tentar resumir alguns... Estou encantado com dois projetos que me propus a realizar, que são:

estudar e ajudar a potencializar a nova cena de literatura nas periferias cariocas.

Percebi que tem tanta gente boa produzindo muita coisa bacana, porém o acesso à mídia e a incentivos financeiros são ainda muito difíceis, por isso quero dar minha

contribuição. Também estou encantado com o convite que recebi de uma das pessoas mais

visionárias que conheço. O prefeito da cidade de Maricá RJ, Washington Quaquá.

Iremos realizar em julho de 2016 o I Festival Internacional da Utopia e não posso adiantar nomes, mas posso dizer que nosso estado nunca recebeu tantos intelectuais

de diversas partes do mundo num mesmo evento, vai ser um grande espaço de troca de ideias por um mundo melhor, me apaixonei por esse projeto e me sinto muito honrado e entusiasmado em poder coordená- lo.

E além desses dois novos projetos, vamos continuar com as atividades do Livro de Rua que em breve apresentará muitas novidades!

Fica a Dica: Para saber mais sobre os projetos do Pedro acesse: facebook.com/pedrogerolimich

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