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Ano 4 – Número 19 – Novembro/Dezembro de 2010 – www.centropaulasouza.sp.gov.br

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A Revista do Centro Paula Souza é umapublicação do Centro Estadual de Educação Tecnológica

Paula Souza, ligado à Secretaria de Desenvolvimentodo Estado de São Paulo.

Presidente do Conselho Deliberativo: Yolanda SilvestreDiretora Superintendente: Laura Laganá

Vice-Superintendente: César SilvaChefe de Gabinete: Elenice Belmonte R. de Castro

Edição: Patrícia PatrícioReportagem: Analu Andrigueti e Patrícia PatricioProjeto gráfico e editoração: Marta AlmeidaCapa: ©iStockphoto.com/Wojtek KryczkaJornalista responsável: Gleise Santa Clara – MTB 12.464-4

Assessoria de Comunicação – AssComJornalistas: Bárbara Ablas, Dirce Helena Salles, FabioBerlinga, Gleise Santa Clara e Mayara de Souza (estagiária)Designers: Jonathan Toledo, Marta Almeida, Rafaela Costae Vitor Frias (estagiário)Banco de Informações: Cristina Gusmão e Elaine MaiaSecretaria de Redação: Vanessa Rodrigues de Souza

Redação: Praça Coronel Fernando Prestes, 74, Bom Retiro,São Paulo, SP , CEP 01124-060, Tel.: (11) 3327-3144imprensa@centropaulasouza.sp.gov.brwww.centropaulasouza.sp.gov.brImpressão: Imprensa Oficial – Tiragem: 9.000 exemplares

RápidasEditorial

Abusca incessante do conhecimento

é imprescindível no mundo modernoe a competitividade econômica dependediretamente da qualificação profissional.Os cursos oferecidos pelo Centro PaulaSouza abrem caminho para a inovação.

Em sintonia com as transformaçõesdo mercado de trabalho, os cursosformam jovens atualizados com astecnologias de ponta. Alguns exemplosdas novidades abordadas: no setorautomobilístico, sensores eletrônicosacendem faróis ou acionam o limpadorde para-brisa do carro; na indústriaaeroespacial, o uso de fibra de carbonodeixa os aviões mais leves e, na área têxtil,partículas minúsculas tornam os tecidosinteligentes, com propriedades bacteri-cidas, hidratantes e repelentes à baseágua, entre outras inovações.

Uma pesquisa desenvolvidana Fatec Americana investiga umtratamento especial para tecidos quedispensa os agentes químicos tradicio-nais e elimina uso de água na fabricação,reduzindo o impacto ambiental. Essa éapenas uma mostra de como o CentroPaula Souza contribui para o avançotecnológico da indústria.

Laura LaganáDiretora Superintendente

Ensino

Uma conquista inédita para o Brasilna dança esportiva vem da Etec de Artes,na capital: a professora Carla Lazazzera ea estudante Júlia Polastri são as campeãsdo 2o Campeonato Sulamericano deDança Esportiva, realizado em Quito,

Dançarinos de ouroatual campeã brasileira da modalidade,também obteve o 8o lugar no 2o Campeo-nato Panamericano de Dança Esportiva,entrando para o ranking internacionalda IDSF. “Esse tipo de esporte é poucodivulgado no Brasil, mas na Europa e

nos Estados Unidos faz parteda cultura” afirma a professora,acrescentando: “A atividadeoferece benefícios físicos eé uma lição de disciplina etrabalho em equipe. Nossaexpectativa é que em 2016 a

modalidade faça partedas Olimpíadas”.

Fatecs em congressos

de ponta

Alunos do curso de Agronegócioda Fatec de Ourinhos se destacaram na47a Reunião Anual da Sociedade Brasilei-ra de Zootecnia, realizada em Salvador.O congresso reuniu aproximadamente3.200 pessoas, entre estudantes, profes-sores e pesquisadores. Três trabalhosde estudantes da Fatec – nas áreas deavicultura, bovinocultura e criação derãs – foram aprovados para publicação.A professora Gilmara Bruschi Santosorientou as pesquisas. Autores dotrabalho que comparou sistemas deconfinamento de bovinos, os alunosRafael Duran, Camila da Fonseca, PatríciaMarques e Katy Silva apresentaram apesquisa para a comunidade científica

e ainda participaram do Simpósio sobreSistemas de Produção Animal e Agrone-gócio que abordou o tema “Agronegócioe Empreendedorismo Científico”. A FatecJales participou de evento semelhante, o48o Congresso da Sociedade Brasileira deEconomia, Administração e SociologiaRural (Sober), realizado em Campo Grande,Mato Grosso do Sul. Foram apresentadosnove artigos da Fatec, dos quais quatroabordaram a viticultura (plantio de uva),que vem se expandindo na região de Jales.Também compareceram ao congresso acoordenadora do curso de Agronegócio,Cristina Tondato, e os professores DenisePinheiro Soncini da Costa, Márcia Pretee Luiz Carlos Floriano da Silva.

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no Equador. Organizado pelaFederação Equatoriana de DançaEsportiva (FEBD, na sigla em espanhol)em parceria com a Federação Internacio-nal de Dança Esportiva (IDSF, na sigla eminglês), o campeonato reuniu 550 casais.Além da vitória de cada uma em suasrespectivas categorias, Carla Lazazzera,

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De acordocom a ConfederaçãoBrasileira de DançaEsportiva (CBDance),única entidadeautorizada a repre-sentar os competido-

res do Brasil no exterior,a dança esportiva se faz com um casalou com vários pares dançando juntosde forma combinada. Vence a competi-ção a dupla de dançarinos que executara coreografia com mais passos perfeitos,segundo avaliação dos jurados.

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Rápidas

Educadores premiadosProfessores da Etec Antônio de

Pádua Cardoso, de Batatais, receberamo Prêmio Microsoft Educadores Inovado-res 2010, na categoria escolas técnicas.A competição reconhece os melhoresprojetos educacionais com aplicaçãoda tecnologia. Viviana Zanella e MaurícioFaccini desenvolveram o projeto Integra-tec, para unir conhecimentos técnicose de cultura geral. Usando linguagemde programação, os alunos criam blogscom notícias sobre Tecnologia daInformação e as compartilham comos colegas. Interação com ex-alunos efamiliares, além de jogos entre turmas,completam as atividades. Os professoresreceberam notebooks e as escolas,impressoras multifuncionais. No anopassado, um projeto da Etec Dr. AdailNunes de Souza, de Taquaritinga, venceu o prêmio. Outros dois projetosforam finalistas em 2009: a professora Vanessa Tamizari, da Etec de SantaRita do Passa Quatro, desenvolveu computadores adaptados para pessoascom deficiência, e os professores Alexandre Bomfim, Breno de Lima eRodrigo Buck, da Etec de Bebedouro, criaram uma lousa digital.

Etec Antônio de Pádua Cardoso, de Batatais, comemora prêmio

Agricultores do extremo oeste paulista cursam o técnico em Agro-ecologia nos assentamentos. Isso se tornou possível graças a uma parceriaentre o Centro Paula Souza, o Instituto de Terras do Estado de São Paulo(Itesp) e as prefeituras de Euclides da Cunha, Rosana e Teodoro Sampaio.

Sob a administração da Etec de Teodoro Sampaio, as classes descentra-lizadas contam com 120 vagas, distribuídas entre os três assentamentos.

O Itesp se responsabilizou pelas instalações e ministra as aulas práticas;o Centro Paula Souza comprou mobiliário e equipamentos e se encarregadas aulas teóricas, e as prefeituras cuidam da alimentação e do transporte.

O técnico em Agroecologia atua em sistemas sustentáveis de produçãoagropecuária e extrativista e na de preservação dos recursos hídricos, dosolo, da fauna e flora silvestres. Além de orientar sobre o controle naturale biológico dos insetos, doenças e plantas espontâneas, realiza atividadesde educação ambiental e de gestão da propriedade agroecológica.

Participa ainda de ações integradas de agricultura familiar, consideran-do a sustentabilidade da pequena propriedade e os sistemas produtivos.

O mercado de trabalho para esse profissional inclui certificadorasde produtos agroecológicos, assessoria técnica a prefeituras, instituiçõesde assistência técnica e extensão rural, propriedades rurais,cooperativas e sindicatos rurais.

Curso técnicopara assentados

Afinado com

Já imaginou uma viola de dez cordas feitade eucalipto? Marcelo de Freitas, aluno do curso

de Silvicultura da Fatec Capão Bonito, colocou oprojeto em prática. “O instrumento é um exemplodo que pode ser feito com madeira de refloresta-mento”, afirma. A viola de eucalipto poupa asflorestas e o bolso dos músicos: a madeira nativausada em um instrumento tradicional custa cercade R$ 500 e o instrumento pronto sai por aproxi-madamente R$ 4 mil. O preço da matéria-prima

cai para R$ 50 com o eucalipto.Freitas selecionou duas espécies

de eucalipto, Eucalyptus citriodorae E. saligna, para compor 85% doinstrumento. A primeira com densi-dade alta, como o jacarandá, formou

o fundo da viola. O E. saligna apresentatonalidade similar ao cedro rosa,

muito usado em instrumentos.“A maioria das pessoas – incluin-

do os músicos – tem preconceitoem relação ao eucalipto”, diz Freitas.O estudante provou o contrário.

Dois músicos testaram a viola deeucalipto e garantem que não deixa

a desejar em relação às tradicionais.

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Matéria de Capa

Fábricade talentos

desenvolvimento industrialdepende diretamente da for-mação de profissionais espe-

cializados. “A qualificação é a chave paragarantir a competitividade no mundomoderno”, aponta Laura Laganá, diretorasuperintendente do Centro Paula Souza.Nesse aspecto, a instituição cumpre seupapel, com ampla e variada oferta decursos técnicos e tecnológicos na áreaindustrial – que atraem cada vez maisjovens. A seguir, conheça uma seleção

de cursos com maior crescimentode matrículas nos últimos anos (vejagráficos na página ao lado).

CÉREBRO ELETRÔNICO

Sabe aquela propaganda que mostraum carro com sensores de luminosidadee de chuva? Esses dispositivos dependemdiretamente de tecnologia em EletrônicaAutomotiva, curso que formou neste anoa primeira turma na Fatec Santo André.

Em sintonia com asdemandas de mercado,

Etecs e Fatecs formamprofissionais qualificados eprontos para as inovaçõestecnológicas da indústria

de gases dentro do limite permitido porlei. Em trólebus, os câmbios automáticos“aprendem com o percurso” e fazem astrocas de marcha nos momentos certos.

Carros de passeio ganham acessórioscontrolados eletronicamente. É o casodo espelho retrovisor que se direcionapara a guia durante as manobras deestacionamento, do ar-condicionadoeletrônico, do câmbio automático e dosfamosos sensores de chuva que ligamlimpadores de para-brisas ou os deluminosidade que acendem faróis.

Para a formação prática dos alunos,os laboratórios recebem equipamentosde empresas. A Volkswagen cedeu trêsautomóveis e a Delphi, um paineldidático que mostra o funcionamentodo ar-condicionado.

As oportunidades de trabalho seconcentram nas montadoras e indústriasde autopeças. Os tecnólogos tambémpodem desenvolver sistemas eletrônicospara automóveis. Alex Broedel já con-quistou sua vaga. Antes de ingressar

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“Os carros vêm se sofisticando muito, ehoje não se altera tanto a mecânica e simos sistemas eletrônicos”, informa CarlosMorioka, coordenador do curso. A eletrô-nica automotiva envolve sistemas quegerenciam controle do motor, por exem-plo. No caso de caminhões de frota, quefazem percursos determinados, calcula-seo trajeto e o número de trocas de marchas.O caminhão sai da fábrica calibrado paraa viagem, o que gera 6% na economia decombustível. Além disso, o gerenciamentoeletrônico do motor mantém as emissões

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Matéria de Capa

em Eletrônica Auto-motiva, fez técnico emMecânica – Projetos,na Etec Lauro Gomes,em São Bernardo doCampo. O técnicofoi contratado pelaVolkswagen e sentiunecessidade de aprimo-rar a formação. “Para crescer, preciseiatualizar meus conhecimentos. O cursotécnico aliado à experiência profissionalfacilitou meu ingresso na Fatec e meajudou a acompanhar melhor o curso”,conta Broedel. Assim que se formoutecnólogo em Eletrônica Automotivarecebeu uma promoção e hoje éanalista de produtos.

NO MODO AUTOMÁTICO

Construir e montar de formaautomatizada carros e eletrodomésticos.“Esse é o objetivo da chamada automa-ção discreta, que se contrapõe à auto-mação de processos, voltada às indús-trias petroquímica, de papel, alimentose bebidas”, explica Romulo Oliveira,professor do curso de Automação Indus-trial na Fatec São Bernardo do Campo.Na unidade, a automação discreta é ofoco principal do curso, oferecido des-de 2006 e motivado pela presença doparque industrial automotivo na região.O curso acompanha as tendências daindústria e prepara o aluno para atuarnas áreas de manufatura, manutençãoe integração de sistemas automatiza-dos. Automação Industrial tambémé oferecida, em 18 Etecs, em nível técni-co – este profissional instala e operasistemas de automação e controle.

Um trabalhador que soma conheci-mentos de mecânica, elétrica e informá-tica: eis o técnico em Mecatrônica. “Como alto nível de automação das indústriashoje, as empresas precisam de profissio-nais ágeis, rápidos e versáteis”, observaNelson Lavecchia Júnior, coordenador

do curso de Mecatrônica daEtec Lauro Gomes, em SãoBernardo do Campo. No finaldos anos 90, a fabricante decaminhões Scania precisavade trabalhador qualificadonessa área. “Esse pedidoalavancou o curso”, recordaLavecchia Júnior, que trabalhahá 16 anos no Centro PaulaSouza e nota as transforma-ções tecnológicas ao longodos anos. “Tudo o que erabraçal foi informatizado ecom isso se criou a necessi-dade de profissionais especializadospara operar esta tecnologia”.

ASAS DA INOVAÇÃO

Dois novos cursos criados emparceria com a Associação das IndústriasAeroespaciais do Brasil (AIAB) começa-

além de elaborar testes e simulaçõesde sistemas eletroeletrônicos.

A Agência Nacional de Aviação Civil(Anac) doou R$ 260 mil em equipamen-tos para o laboratório da Fatec São Josédos Campos, que oferece desde 2009 oscursos de Sistemas Aeronáuticos, nasmodalidades Manufatura e Mecânica eManutenção, para atender à demandada indústria aeronáutica local.

A FERRO E FOGO

O polo metalúrgico de Pindamo-nhangaba recebeu em 2006 o curso detecnologia em Processos Metalúrgicos,voltado à formação de profissionaisqualificados a contribuir para a expan-são do setor. O currículo contou coma colaboração de empresas como aGerdau e contempla a indústria pesadada região. “Isso aproxima as disciplinaslecionadas e as práticas das empresas,propiciando ao aluno conhecimentosobre as tecnologias aplicadas”,

Nas Etecs e Fatecs, alunosacompanham a evolução

tecnológica dos diversossetores produtivos

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ram a ser ministrados neste ano: Tecno-logia em Estruturas Leves e em Automa-ção Aeronáutica. O primeiro se volta paraa fabricação de peças de fibra de carbo-no, que diminuem o peso da aeronave,tornando o produto brasileiro maiscompetitivo no mercado internacional.“Concorrentes internacionais já se utilizamem larga escala dessas tecnologias, o quenos impele a acompanhá-los sob penade transferirmos empregos para outraseconomias”, observa Wellington Rios,diretor da Fatec São José dos Campos.O outro curso oferecido, AutomaçãoAeronáutica, formará profissionais aptosa criar sistemas automatizados parafabricação e montagem de aeronaves,

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diz o coordenador do curso,José Alexandre Muassab.Entre os laboratórios, o coor-denador destaca o laborató-rio de areia, usado para fazermoldes de fundição.

“Segundo a AssociaçãoBrasileira de Metais o Paísirá necessitar de 15 mil novosfuncionários no setor em3 anos e a Fatec Pindamo-nhangaba contribui para aocupação de parte destasvagas”, comenta Muassab.Um dos alunos bem sucedi-dos é Rosemberg de Oliveira Rutter,formado em junho de 2010. Ruttertrabalha desde 1994 na Novelis (antesAlcan), multinacional produtora delaminados de alumínio. “O curso contri-buiu para consolidar meu conhecimentode campo com o embasamento cientí-fico. Os professores trabalham na área,levam alunos para as fábricas e asso-ciam a teoria com a prática”, diz Rutter.“Os laboratórios estão completos e quemtiver talento para a elaboração de novosprodutos pode fazer isso na Fatec”.

A QUÍMICA DO SUCESSO

Na região de Campinas, a implan-tação do polo petroquímico de Paulínianos anos 60 criou a necessidade deprofissionais especializados. Empresamundial do setor químico, a Rhodiamantém uma fábrica e uma unidadede pesquisa e desenvolvimento nomesmo município e procura trabalha-dores qualificados na Etec Conselheiro

nologia entra em cartaz – e é abordada no cursode tecnologia em Produção Têxtil, oferecido na FatecAmericana (veja artigo na pág.10). Há 23 anos a unida-de forma tecnólogos para o polo industrial da região,a maior produtora têxtil da América Latina. “A Fateccontribui para a inovação tecnológica por meio dapesquisa de fibras, tingimentos, estamparia e naprodução sustentável”, afirma Rosilma Mirtes dosSantos, coordenadora do curso. “Novas demandasresultaram na reformulação do curso em 2008,incorporando disciplinas como Marketing Têxtil,Planejamento e Tendências de Moda”, completa.

A unidade firmou váriasparcerias com empresas: aTavex Corporation (SantistaTêxtil) doou um tear de pro-jétil, a Helvetia ofereceu umtear de jacquard para fazeretiquetas e a EAT forneceuum software de desenho emtecido. “O vínculo estreitocom as indústrias abre asportas para o emprego”,

Fatec Pindamonhangaba prepara profissionais de pontapara atender às demandas do polo metalúrgico da região

Técnicos em Química se destacam na região de Campinas

Antonio Prado, em Campinas. “As empre-sas dão grande importância aos técnicos”,ressalta Luiz Gustavo Gonçalves, coorde-nador do curso de Química.

Formados pela Etecap, os técnicosem Química destacam-se no mercadode trabalho, seja em indústrias ou mesmoabrindo negócio próprio. José FernandoAmaral, por exemplo, concluiu em1987 o técnico em Química naEtecap e hoje é dono de umapequena fábrica de cosméticos.“Depois ingressei na faculdadede Química da Unicamp emontei a Maracujá Brasilcom a minha esposa,também química”,conta Amaral.

FIO MARAVILHA

As semanas de modavão e vêm, e os tecidosse tornam cada vez maistecnológicos. Até a nanotec-

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aponta Douglas AlbertoPagani. Com apenas 15 diasde Fatec, Pagani começoucomo estagiário na Polyenka,que fabrica filamentos de

poliéster usados em tecidos paraconfecções, calçados, decoração eautomóveis. Isso foi em 2004. Com odiploma, em 2007, passou a assistentede tinturaria, depois foi promovido paraa área de desenvolvimento de produtoe hoje atua como assessor técnico.

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ENEM

efletir, ouvir experiências, pla-nejar transformações. O EnsinoMédio exige intenso debate e

formulação de mudanças, de modo aatrair o interesse dos jovens. Sempreatento à necessidade de atualizar oscurrículos e aprimorar os métodos deensino, o Centro Paula Souza incentivaseu corpo docente a dialogar cons-tantemente sobre essa temática.

Uma mostra desse debate se resu-me no 1o Simpósio do Ensino Médio,reali-zado no final de julho – na mesmasemana em que os resultados do ExameNacional do EnsinoMédio (Enem) foramdivulgados. Cerca de360 integrantes, entrediretores, coordenadorese professores, participa-ram do evento na Etec Vasco AntônioVenchiarutti, em Jundiaí.

Entre os palestrantes, o físico eprofessor da USP Luis Carlos Menezes,que participou da equipe que elaborouo Enem. “É precisorever a escola comoum todo e isso não énada simples. O CentroPaula Souza já deupassos importantes nadireção certa”, afirma Menezes. “A ideiado Enem em enumerar cinco compe-tências é exatamente avaliar o que o serhumano é capaz de fazer e as máquinasnão: dominar linguagens, compreenderfenômenos, enfrentar situações-problema, construir argumentaçõese elaborar propostas”, explica. As Etecsdesenvolvem com os alunos vários

projetos de pes-quisa e atividadescomplementares àsaulas, o que ajudaa fortalecer essascompetências.

Nilson JoséMachado, matemá-tico e professor daUSP, avalia: “De 1998para cá, o Enemtentou tirar o focodas disciplinas ecolocar nas competências pessoais,

ou seja, na capacidadede o aluno mobilizar oque sabe para realizaro que deseja”. SegundoMachado, “as Etecs sedestacaram no exame

mais uma vez porque o Centro PaulaSouza trabalha muito bem o EnsinoMédio. Os trabalhos de conclusão decurso são bons exemplos do quesignifica ir além: extrapolar os fatos,

analisar e criar”.

SUCESSO NO ENEM

Pelo quinto anoconsecutivo, as Etecs

tiveram ótima avaliação no Enem.Os resultados se referem à últimaprova, realizada em 2009, pelo InstitutoNacional de Estudos e PesquisasEducacionais Anísio Teixeira (Inep).

Entre as 50 escolaspúblicas estaduais doBrasil com melhor pon-tuação, 34 são Etecs.

Ensino Médioem debateCentro Paula Souza realiza simpósio para

aprimorar método de ensino e atualizarcurrículos; mais de 300 especialistas se reuniram para

mesas redondas na Etec Vasco Antônio Venchiarutti

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Entre as 50 melhores escolasestaduais do Brasil, 34 são Etecs

Das 50 escolas públicaspaulistas com melhor

pontuação, 41 são Etecs

“O desempenho dos alunosdas Etecs no Enem revela a eficáciado projeto pedagógico do Ensino Médiodo Centro Paula Souza”, afirma AlmérioMelquíades deAraújo, coorde-nador de EnsinoMédio e Técnicoda instituição.Araújo ressaltaque mais de 40% dos alunos do EnsinoMédio também concluem cursostécnicos nas Etecs, aprimorando osconhecimentos e a capacidade dedesenvolver projetos.

Tanto na capital quanto no interior,as Etecs brilharam: das 89 unidades queparticiparam do Enem, 11 ficaram emprimeiro lugar em seus municípios,entre públicas e privadas.

Na capital, das 10 escolas públicascom melhor pontuação, nove são Etecs.A Etec de São Paulo (Etesp) ficou em

primeiro lugarentre as escolasestaduaispaulistas.

Das 50 escolas estaduaismais bem classificadas no Estado

de São Paulo, 44 são Etecs

Das 89 Etecs participantesdo Enem, 54 foram as campeãsentre as públicas no município

CAMPEÃS DO ENEM ENTREPÚBLICAS E PRIVADAS NOS MUNICÍPIOS

• Etec Antônio de Pádua Cardoso Batatais• Etec Astor de Mattos Carvalho Cabrália Paulista• Etec Prof. Marcos Uchôas dos Santos Penchel Cachoeira Paulista• Etec Profa. Helcy Moreira Martins Aguiar Cafelândia• Etec Prof. Luiz Pires Barbosa Cândido Mota• Etec de Hortolândia Hortolândia• Etec Pedro Ferreira Alves Mogi Mirim• Etec Adopho Berezin Mongaguá• Etec Amin Jundi Osvaldo Cruz• Etec Dr. Luiz César Couto Quatá• Etec Dr. Dário Pacheco Pedroso Taquarivaí

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Moda Inclusiva

egundo o IBGE, o Brasil temcerca de 30 milhões de pessoascom algum tipo de deficiência,

sendo 5 milhões no Estado de São Paulo.Desde 1991, o artigo 93 da Lei 8.213/91garante uma cota de vagas para defi-cientes nas empresas brasileiras. Assim,a inclusão no mercado de trabalho écada vez maior, ao mesmo tempo emque os cinemas ampliam a acessibilida-de, as óperas ganham audiodescrição,os shoppings adaptam suas instalações.E, para sair de casa, seja para trabalharou para se divertir, a pessoa com defi-ciência se depara com uma preocupa-ção cotidiana: “com que roupa eu vou?”.

Para atender à demanda por roupasconfortáveis para esse público, semperder de vista o estilo e a personalida-de, o Centro Paula Souza vai ofereceruma especialização técnica em ModaInclusiva. Previsto para 2011, o módulode seis meses é voltado para alunosformados no curso técnico de Modela-gem do Vestuário, que tem duração deum ano e meio. A especialização deveocorrer nas seis Etecs que ministramo curso de Modelagem do Vestuário:três unidades na capital (Carlos deCampos, no Brás; José Rocha Mendes,na Vila Prudente e Tiquatira, na Penha),além de Nova Odessa, São Pedro ePeruíbe (extensão da Etec Itanhaém).

No curso de Moda Inclusiva, o alunoaprenderá a criar modelagens específicas,pensando em cada tipo de deficiência.Uma das disciplinas é Processo deAcabamentos, que apresenta tecidos eaviamentos específicos para proporcionarconforto e autonomia aos deficientes.

“Pesquisei sobrecomo os deficientesvisuais reconhecem

as cores e criei umaespécie de legenda tátil para identificarcada cor”, conta o aluno. “É fundamentalpensar no conforto e na praticidade paraque o deficiente tenha autonomia paraescolher e se vestir sozinho”, explica.Por isso, Vianna escolheu fechos mag-néticos, botões de pressão e frisos dematerial refletivo para facilitar a locali-zação de quem usar a roupa.

O diretor da Etec Tiquatira, Wilsonde Andrade, reuniu os alunos para moti-vá-los a participar do concurso. “Falei dodesafio que seria desenvolver os traba-lhos em menos de um mês e deu certo”,diz Andrade. Vinte alunos apresentaramprojetos para o concurso. A coordenaçãopré-selecionou e inscreveu oito. Além deVianna, ficaram entre os vinte finalistasÂngela Machado e Carla Santos, alunas daEtec Tiquatira. Adauto Caramano, estudan-te da Fatec Jahu, também foi para a final.

S Uma pesquisa doCentro Paula Souzaindica que em 43%das Etecs há alunoscom deficiência.Porém o número dematriculados ainda épequeno. “Além de criarcursos como a especializaçãoem Moda Inclusiva, o CentroPaula Souza quer trazer maispessoas com deficiência paradentro da sala de aula”, dizAlessandra Aparecida Ribei-ro Costa, coordenadora doprojeto de inclusão. Para isso,em 2011, as Etecs receberãocarteiras adaptadas, lupas parabaixa visão, impressora em brailee outros equipamentos específicos.

CRIAÇÃO PREMIADA

A moda inclusiva marca presençano Centro Paula Souza antes mesmoda criação do novo curso. Cilmar Silva,que assina Danillo Vianna, cursa Mode-lagem e Vestuário na Etec Tiquatira eficou entre os vencedores do 2o Concur-so de Moda Inclusiva, realizado pelaSecretaria de Estado dos Direitosda Pessoa com Deficiência.

Vianna homenageou o músico norte-americano Ray Charles, que era cego, naestampa da jaqueta projetada especial-mente para deficientes visuais. O con-junto se complementa com uma calça,uma bolsa e uma roupinha para cão-guia.A grife Virgemaria, da personal stylistAna Pasternak, vai produzir a criação.

O Centro Paula Souza vai oferecer especializaçãotécnica em Moda Inclusiva como parte das ações

voltadas para a inclusão de pessoas com deficiência

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Modelos apresentadosno 2o Concurso deModa Inclusiva

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nanotecnologia oferece soluçõespara diversos problemas atuais,tornando estruturas e materiais

mais leves e dinâmicos. Não existe umadefinição global e unificada do termonanotecnologia, devido a suas diversaspossibilidades de aplicação nas diferentesáreas da indústria.

Basicamente, pode dizer-se que ananotecnolgia baseia-se em partes ouestruturas com três atributos fundamen-tais: 1) o tamanho das partículas e dasestruturas tem dimensões entre 1 e 100nanômetros (um nanômetro equivalea um milionésimo de um milímetro);2) a produção das partículas permite ocontrole de suas propriedades físicas equímicas; e 3) é possível agrupá-lasem formações maiores.

Assim, da escala nano dos com-ponentes do sistema resultam novasfuncionalidades e características para aotimização de produtos já existentes oupara desenvolvimento de novos materiaise opções de aplicação. Revolucionária,a nanotecnologia permite influenciar,de modo preciso, as propriedades dosmateriais de acordo com o tamanho daspartículas utilizadas. Considerando queo princípio básico é a produção emescala nanométrica, ou seja, a construçãode estruturas a partir dos átomos, pode-se alterar características de materiaisdisponíveis ou projetar novos – é o casodos tecidos inteligentes.

Com a nanotecnologia é possívelincorporar aos tecidos propriedadesantibactericidas, antimicrobianas,agentes hidratantes e desodorizantes,repelência à água e agentes químicos

e proteção contra raios ultravioleta. Sema nanotecnologia, isto não seria possível,pois tais propriedades se localizam entreas fibras dos tecidos. Desta forma, atecnologia atinge o campo da moda eo resultado da união de tecidos inteligen-tes e o design permite que a roupa ganhenovas utilidades. É possível fazer com queas “roupas inteligentes” respondam àsnecessidades e desejos humanos reais.

Na Fatec Americana, o professor JoãoBatista Giordano pesquisa sobre um tra-

em Produção Têxtil da Fatec Americana eem palestras para as indústrias do setorna região do Polo Têxtil de Americana.

Outro exemplo interessante no usoda nanotecnologia em tecidos é desen-volvido no Instituto de Tecnologia deMassachucetts (MIT). Investidorescombinam capas muito finas de plásticoe cristal, resultando em uma nova fibraque reflete toda luz incidente. Esseproduto poderá fazer sucesso na moda,pois um traje escuro pode se transformar

Um mundo novo começa a nascer nos meandros dos átomospara transformar a matéria e conferir novos usos na indústria.

A Fatec Americana pesquisa essas novas técnicas

tamento para materiais têxteis. Chamadocorona, esse tratamento consiste emaumentar, com uma descarga elétricacontínua de alta voltagem, a energiasuperficial do tecido. Isso melhora aabsorção de água, de corantes e partícu-las nanométricas. Sendo um tratamentoapenas físico, é uma opção economica-mente viável na preparação de tecidos,além de não utilizar agentes químicosdos métodos convencionais e dispensar ouso de água – contribuindo para apreservação do meio ambiente.

O trabalho do professor Giordanosobre o tratamento corona foi premiadoem congresso técnico têxtil, realizadoem Natal (RN). Trata-se de uma técnicainovadora no setor têxtil e, além dapublicação em revistas da área, é divul-gada nas aulas do curso de Tecnologia

em uma colorida roupa para a noite.Os cientistas querem criar o traje comum pequeno interruptor e kit de pilhas.Bastará trocar a cor da roupa quandoacender o interruptor.

Como se vê, é um admirável mundonovo que começa a nascer, nos mean-dros dos átomos, para transformar amatéria e conferir novos usos naindústria. A Fatec Americana pesquisaessas novas técnicas, ensina aos alunose contribui para a ino-vação no setor têxtil.

ROSILMA MIRTES DOSSANTOS ROBALLOcoordena o cursode Tecnologia emProdução Têxtil da

Fatec Americana

A

no setor têxtilNanotecnologia

Artigo – Rosilma Mirtes dos Santos Roballo

Quase do tamanho de uma molécula ou mesmo de um átomo,partículas minúsculas abrem espaço para uma revolução na indústria dos tecidos

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Pensaro futuro

Entrevista – João Carlos Freitas

F

João Carlos Paschoal Freitas coordena a Assessoriade Desenvolvimento e Planejamento, subordinada

à vice-superintendência do Centro Paula Souza.Há um ano, elabora junto com sua equipe asestratégias para alcançar as metas previstas

para o futuro da instituição; a etapa até 2012 está concluída

ormado em Engenharia e emFísica, João Carlos Paschoal Freitasteve passagem pela Marinha do

Brasil e depois dessa fase militar seguiupara a área de telecomunicações. A partirdo final dos anos 1980, trabalhou durantecinco anos em uma empresa alemã dosetor, a Rohde & Schwarz, fundadaem 1933 em Munique.

Na década de 1990, morou na regiãode Chicago, nos Estados Unidos, ondeatuou mais cinco anos na Motorola,líder em comunicação global.

Tornou-se consultor internacionale prestou serviços na Ásia e na Europa:China, Turquia, Suíça, entre outros países.

Em um de seus retornos para o Brasil,Paschoal Freitas foi convidado pelo vice-superintendente do Centro Paula Souza,César Silva, para coordenar a área deplanejamento estratégico da instituição,onde começou a trabalhar em 2009.“Depois de tantas experiências pelomundo afora, queria ser útil no meu País”.

A seguir, o responsável pela Assesso-ria de Desenvolvimento e Planejamentofala sobre as atribuições de sua unidadee os desafios enfrentados.

Quais são as atividades principaisda Assessoria de Desenvolvimentoe Planejamento?

Uma delas, o nome já diz, é elaboraro planejamento estratégico da institui-ção. Elaboramos esse trabalho em mó-dulos: terminamos a etapa correspon-dente a 2012 e vamos complementaraté 2020. Em outras palavras, é dizeronde estamos, para onde queremosir e como pretendemos chegar lá.

Outra atribuição de nosso setoré elaborar uma matriz de capacitaçãopara os servidores administrativos demédio a alto escalão. Estamos levantan-do os requisitos necessários para cadacargo e a necessidade de capacitações.

Essas atividades incluem treinamen-tos internos e externos e até atividadespráticas de informática.

E os convênios, também fazemparte da sua rotina de trabalho?

Sem dúvida. Além da equipe, muitoenvolvida com esses projetos, atendopessoalmente prefeitos e deputados quetêm interesse em firmar convênios paralevar cursos técnicos para suas cidades.Informamos os requisitos legais e assimque são cumpridos é iniciado o proces-so de implantação dos cursos.

Que critérios são esses?Indicadores econômicos como

variação de emprego (admitidos edemitidos) de acordo com a profissão,evolução do salário por setor produtivoe previsão de investimento de empresasnaquela cidade. Às vezes o prefeito quercurso de Mecatrônica, ou Informática, ea necessidade local é outra. Seria gastardinheiro para criar um curso queformaria desempregados.

Existem casos em que cursosde qualificação mais breves atendemperfeitamente as demandas de mercado.Isso ocorre especialmente em áreasrurais com alto nível de desemprego.

Precisamos formar adequadamente,para gerar empregabilidade. Esse é onosso objetivo.

Qual a atuação do seu departamentona Área de Avaliação Institucional (AAI),responsável pelo Sistema de AvaliaçãoInstitucional? O SAI está ligado àAssessoria de Desenvolvimentoe Planejamento?

Sim. O Sistema de AvaliaçãoInsti-tucional (SAI), desenvolvido pelaAAI, está passando por uma reestrutu-ração e passará a se chamar WebSAI.Essa remodelação está sendo feita emconjunto com a Fundação Institutode Pesquisas Econômicas (Fipe).

Os questionários, enviados aalunos, docentes e servidores adminis-trativos, serão respondidos pela internet.A intenção é aumentar a abrangênciado público pesquisado. Estamos fazendoa mudança em três passos: o primeiroé transcrever os questionários do papelpara a Web, depois vamos repensaros critérios de avaliação e finalmenteconcluir a reformulação. Espero que issoaconteça até o próximo ano. O SAI éimportante, não só para conhecer melhora instituição e apontar caminhos para oaprimoramento constante, mas tambémporque compõe o índice de avaliaçãocoletivo dos servidores da instituição einflui na bonificação por resultados.

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lástico não polui. Quem polui é o homem”. Com essaafirmação, Célio Olderigi De Conti, coordenador docurso de tecnologia em Polímeros da Fatec Sorocaba,

defende o material. “Aprendemos a usar e a reciclar o plástico,que ganha cada vez mais importância em indústrias de todosos portes e de diversos setores, como automotivo, embala-gem, eletroeletrônico, médico e construção civil”, explicaDe Conti. Em uma linguagem simplificada, polímerossão os ingredientes utilizadosna receita do plástico – estapalavra vem do grego esignifica “adequado à molda-gem”, referindo-se à flexibilida-

utilizadas para o processamento dosmateriais poliméricos”, conta Zanetic.

As indústrias do Polo Petroquímicocostumam empregar alunos da FatecMauá. Entre eles, Danilo Teixeira Pacheco,22 anos, que cursa o segundo semestre.“Sou técnico em Plásticos e trabalho naárea desde 2008. Achei importante fazerum curso superior para aprofundar meusconhecimentos e porque as empresasvalorizam quem estuda na Fatec”, contao estudante. Segundo Pacheco, noçõesde engenharia e química ajudam a domi-nar a tecnologia, desenvolver inovações,oferecer suporte a clientes e testar novosprodutos – embalagens, por exemplo.

Na empresa Arteb, localizada emSão Bernardo do Campo e especializada

P em sistemas de ilumi-nação auto-motiva,alunos e ex-alunos daFatec Mauá marcam

Arranjos Produtivos

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Por dentrodos plásticos

Oferecido nas Fatecs Mauá, Sorocaba eZona Leste, o curso de Tecnologia em Polímeros

aborda o processo de produção de plásticos

de. O curso de tecnologia emPolímeros, antes chamadoPlásticos, é oferecido nas FatecsMauá, Sorocaba e Zona Leste.

Ao longo de três anos, ocurrículo forma profissionaispara atuação em todo oprocesso produtivo, desde aseleção da matéria-prima,passando pelo planejamento e odesenvolvimento de produtos atéo resultado final e a reciclagem.O tecnólogo também pode trabalharem centros de pesquisa ou mesmodesenvolver negócio próprio.

Na Fatec Mauá, o curso foi implan-tado em 2007 em parceria com o PoloPetroquímico do Grande ABC, que reúne14 indústrias do setor, como Petrobras eBraskem. “Essas empresas produzempolímeros como polipropileno, polietile-no e náilon, que servem como matéria-prima para a fabricação de mais de 2 milsubprodutos de plástico”, diz o diretor daFatec Mauá, Silvio Tado Zanetic. “Aqui oaluno aprende, por exemplo, a projetare a fabricar moldes em máquinas

Aula prática no laboratório da Fatec Zona Leste

presença. “Temosótimas experiênciascom esses profissio-nais extremamentecapacitados, porquea formação é especí-fica e diferenciada”,diz Karina Gonzalez,analista de RH da

Arteb. “Aqui os alunos podem aplicaro que aprendem na Fatec, ou seja, otrabalho complementa a formação”.

MERCADO AQUECIDO

Na região de Sorocaba – e emtodo o País –, o mercado está seexpandindo, em parte devido à substi-tuição gradual de peças metálicas porplásticas, como acontece na indústriaautomotiva. “Durante as aulas, fizemoso protótipo de uma bomba de plásticopara lubrificação de motores. Essematerial, comparado aos metais, reduzcusto e peso e aumenta a velocidadede produção”, informa De Conti.

A primeira turma de Polímeros daFatec Sorocaba conclui o curso no finalde 2011 e todos os alunos estão empre-gados ou estagiando na área. Na cidade,entre os principais empregadores detecnólogos em polímeros destacam-seMelida (itens para indústria automobilísti-ca), Nipro (materiais cirúrgicos), Schaeffler(componentes automotivos), Mabe (refri-geradores) e Dixie Toga (embalagens).

Fotos: Marta Almeida