Revista Escola do Mar - A Caminho de Anhatomirim

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A Caminho de Anhatomirim…. Revista Escola do Mar de Florianópolis Parceria: PREFEITURA MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE FLORIANÓPOLIS

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Baixe aqui a sua revistinha Escola do Mar - A Caminho de Anhatomirim em .PDFDivirta-se com as informações e passatempos que preparamos para você!

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Page 1: Revista Escola do Mar - A Caminho de Anhatomirim

A Caminho de

Anhatomirim….

Revista

Escola do Mar

de Florianópolis

Parceria:

PREFEITURA MUNICIPAL

DE FLORIANÓPOLIS

SECRETARIA MUNICIPAL DE

EDUCAÇÃO DE FLORIANÓPOLIS

Page 2: Revista Escola do Mar - A Caminho de Anhatomirim

S obre a revista ...

A Revista “Escola do Mar - A caminho de Anhatomi-

rim” nasceu como um Projeto de Extensão de alunas do

curso de Oceanografia da Universidade Federal de

Santa Catarina e foi construída com a ajuda da Escola

do Mar de Florianópolis e de professores e alunos de

escolas públicas do município.

Para elaborarmos a revistinha e deixarmos o seu conte-

údo o mais próximo possível do que é observado, fize-

mos saídas de escuna juntamente com as escolas e com

integrantes da Escola do Mar.

Esperamos que vocês aprendam e se divirtam com as curiosida-

Autoras:

Mirela B. Serafim, Nadine Zvinokievicz e Sullen L. Lehmkuhl

Projeto de Extensão do Curso de Bacharelado em Oceanografia,

UFSC

Todos os direitos reservados. É proibida a duplicação ou reprodução deste

volume, no todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios

(eletrônicos, gravação, fotocópia ou outros), sem permissão das autoras.

LEHMKUHL, Sullen Lourenço

SERAFIM, Mirela Barros

ZVINOKIEVICZ, Nadine

Florianópolis; 2012

Page 3: Revista Escola do Mar - A Caminho de Anhatomirim

É a ciência que estuda a biodiversidade

marinha e as características físicas, químicas e

geológicas dos oceanos e de regiões próximas à costa que

estejam de alguma forma, relacionadas ao meio marinho.

Estuda os processos e interações que ocorrem nesses am-

bientes e entre esses ambientes.

Você sabe o que

é Oceanografia?

OOceanografia na UFSCceanografia na UFSCceanografia na UFSC

O curso de bacharelado em Ocea-

nografia da Universidade Fedeal de Santa

Catarina teve sua primeira turma ingressa

no ano de 2008.

Tem como objetivo a formação de

oceanógrafos com visão crítica e criativa

para a identificação e resolução de pro-

blemas, com atuação empreendedora e

abrangente no atendimento às demandas

da sociedade brasileira.

A Escola do Mar de Flo-

rianópolis é um projeto da Secretaria

Municipal de Educação que trabalha com

educação marinha e costeira em nossa cidade.

Está localizada na praia do Forte, no norte da Ilha de

Santa Catarina. Atende a crianças, adolescentes, jo-

vens e adultos da rede municipal de ensino.

Realiza uma série de atividades relacionadas

ao mar e a áreas litorâneas, contribuindo para a sus-

tentabilidade da Ilha. O papel da Escola do Mar é de

extrema importância, pois faz com que tenhamos co-

nhecimento sobre a nossa região, o que é essencial pa-

ra que possamos a valorizar.

E o melhor de tudo...

As atividades são fora

das salas de aula, em em em

contato direto com a na-contato direto com a na-contato direto com a na-

tureza!tureza!tureza!

Page 4: Revista Escola do Mar - A Caminho de Anhatomirim

Navegando com Navegando com Navegando com

a Escola do Mara Escola do Mara Escola do Mar

O roteiro de navegação da Escola do Mar, com a

Escuna Capitão Noronha e desembarque na Ilha de Anha-

tomirim, inclui passagem próxima a uma fazenda de ma-

ricultura (criação de organismos aquáticos no mar), à For-

taleza de São José da Ponta Grossa (na Praia do Forte) e

à Ilha do Francês. A Ilha de Ratones Grande e a Baía

dos Golfinhos também podem ser avistadas.

UUUm pouco de História...m pouco de História...m pouco de História... Fortalezas da Ilha de Santa CatarinaFortalezas da Ilha de Santa Catarina

As fortalezas foram projetadas e construídas pelo militar José da Silva Paes, primei-

ro governador da Capitania de Santa Catarina (nos anos de 1739 a 1743 e, depois, de 1746 a

1749), a mando de Portugal. Juntas, deveriam proteger a Ilha, atuando como base estratégica

de apoio para a manutenção do domínio português sobre a Colônia do Sacramento, tendo em

vista as disputas entre as coroas portuguesa e espanhola. O sistema defensivo da Ilha de Santa Catarina era composto pelas fortalezas de A-

nhatomirim, São José da Ponta Grossa, Santo Antônio de Ratones e Nossa Senhora

da Conceição de Araçatuba. Fortaleza de Santo Antônio de Ratones

A Ilha de Ratones Grande abriga a fortaleza

desde 1740. Entre o século XIX e início do XX, algu-

mas construções foram utilizadas para abrigar pesso-

as com doenças contagiosas e mais tarde viraram

depósitos de carvão da Marinha do Brasil. Hoje suas

construções estão todas restauradas para visitação,

onde é possível fazer trilhas ecológicas, ver exposições

fotográficas e sistemas de geração de energia pelo sol.

Os visitantes podem conhecer os principais

edifícios históricos da fortaleza através de passeios de

escuna.

Para conhecer mais: http://www.fortalezas.ufsc.br

Fortaleza de São José da Ponta Grossa

Foi construída em 1740, na Praia do Forte. Guarda

exposições de fotografias, oficinas de rendas de bilro,

exposição arqueológica, além das construções como a

fonte de água, baterias, casa do comandante e paiol

da pólvora.

Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição de

Araçatuba

Quarta e última das fortalezas projetadas por José da

Silva Paes. Foi a única defesa da baía sul da Ilha.

Page 5: Revista Escola do Mar - A Caminho de Anhatomirim

Ilha de Anhatomirim

Muito conhecida devido à

presença da Fortaleza de Santa

Cruz de Anhatomirim. Esta foi a

principal fortificação do antigo sis-

tema de defesa da Ilha de Santa

Catarina, construída a partir de

1739. A Fortaleza de Anhatomi-

rim foi sede do primeiro governo da

Capitania de Santa Catarina.

Também foi a primeira a ficar sob

os cuidados da UFSC (1979) e a

primeira a ser restaurada, após

anos de abandono.

O que podemos ver?

Além das construções militares de alto

valor histórico como a casa do comandante, o

quartel de tropa - onde ficavam os quartos

dos soldados e as prisões - e o paiol da pólvo-

ra, também podem ser visualizados:

Exposições culturais e artísticas na Casa do Comandante, Quartel da Tropa e no Paiol da

Pólvora.

Exposição de fotos "Fortaleza de Santa Cruz - Retrospectiva" e maquetes das demais fortale-

zas, na Casa do Comandante.

Aquário Marinho, localizado no Novo Paiol da Pólvora (temporariamente inativo).

Área de Proteção Ambiental Área de Proteção Ambiental

de Anhatomirim (APAA)de Anhatomirim (APAA)

A APA de Anhatomi-

rim, criada em 20 de maio

de 1992, situa-se no

município de Gover-

nador Celso Ramos.

Em especial,

objetiva

proteger o

boto-cinza e preservar as

fontes de água e a mata atlânti-

ca da região.

Você sabe o que é uma APA?

Área de Proteção Ambiental (APA) é

uma região geralmente extensa em

que ocorre uma significativa ocupação

humana e possui elementos vivos, não

vivos, culturais e belos, importantes

para o bem estar dos homens.

A linha amarela

elimita a área da APA de

Anhatomirim.

Baía dos Golfinhos

Famoso habitat de quase uma

centena de botos-cinza. Muito brinca-

lhões, oferecem um belo espetáculo para

os visitantes que passeiam de barco pela

região. A Baía dos Golfinhos fica na praia

de Armação da Piedade, no município de

Governador Celso Ramos.

Page 6: Revista Escola do Mar - A Caminho de Anhatomirim

Os oceanos cobrem aproximadamente

72% da superfície terrestre, abrigando 98% de

toda a água do planeta. A água da qual são

formados possui características próprias, com

uma grande quantidade de sais dissolvidos.

É habitado por quase todos os grupos

animais conhecidos, e por alguns vegetais, co-

mo as algas.

Seus vários ambientes com diferentes

características servem de abrigo para toda a

biodiversidade que há neles. Os habitats mais

comuns são os BENTÔNICOS (junto ao fundo)

e os PELÁGICOS

(coluna d’água).

Oceanos ou Mares?

Oceanos são grandes

reservatórios de água

e possuem pouca in-

fluência do continen-

te. Já os mares são

águas com caracterís-

ticas parecidas com

as dos oceanos, mas

são rodeados e influ-

enciados pelo conti-

nente.

Você sabe o que é

Biodiversidade??

“Bio” significa

“vida” e “diversidade” é o

mesmo que “variedade”.

A biodiversida-

de reúne toda a varieda-

de de vida, tanto animal

quanto vegetal.

Divisão dos oceanos.

É o ambiente bentônico formado por ROCHAS, situado no

limite entre o OCEANO e o continente. Pode ser considerado um

ECOSSITEMA, do qual faz parte uma grande diversidade de seres

marinhos, como ESPONJAS, crustáceos, ANÊMONAS, mexilhões

e MACROALGAS.

Esse ambiente sofre influência das MARÉS, que sobem e

descem todos os dias, uma a duas vezes ao dia, deixando os orga-

nismos que estão ali expostos ao sol e à ação das ondas. Assim, as

ESPÉCIES precisam se adaptar a essas diferentes condições e, por

isso, distribuem-se “em camadas”, ou seja, os organismos

mais resistentes, que aguentam mais tempo fora da água,

ocupam a área mais alta do COSTÃO (ex.: CRACAS). Ou-

tros organismos não suportam ficar fora da água por muito

tempo (ex.: anêmonas, pepinos-do-mar); então, habitam as regiões

mais baixas.

Page 7: Revista Escola do Mar - A Caminho de Anhatomirim

Ordem dos Cetáceos

São os golfinhos, botos, toninhas e baleias.

Como todos os mamíferos, os cetáceos possuem sangue

quente, amamentam seus filhotes e respiram ar periodicamente

por pulmões. Passam a vida inteira na água!

As baleias francas se diferenciam dos golfinhos por possuí-

rem dois orifícios nasais e não terem dentes.

Os golfinhos podem estimar distâncias e detectar o tama-

nho e forma de objetos através da ecolocalização.

Desde 1986, é proibida a pesca, a caça, perseguição ou cap-

tura de cetáceos nas águas brasileiras.

Qual é a diferença entre boto,

golfinho e toninha?

A resposta é...

Nenhuma! Todos os termos se referem a ma-

míferos que passam toda a sua vida na água

e que possuem dentes.

Mamíferos Marinhos E n -

contrado desde a América Cen-

tral até o Sul do Brasil, princi-

palmente em baías costeiras e

em estuários (encontro entre rio

e mar). Costumam passar a vida

inteira no mesmo local!

Vivem em grupos e são

muito sociáveis. A maioria se ali-

menta de peixes, lulas e, ocasio-

nalmente, de crustáceos. Chegam

a nadar a 60 km/h e dão saltos de

até 5 metros. Pescam em grupos

e se comunicam por toques e

sons.

A fêmea dá luz a apenas

um filhote, após um ano

de gestação. O filhote é rosado e

o adulto é cinza.

A presen-

ça da espécie foi

um dos motivos

para a criação da

APA de Anhato-

mirim.

Para conhecer mais:

www.institutobotocinza.org

Pretas com

“ m a n c h a s ”

brancas e a-

m a r e l a d a s

que, na verda-

de, são peque-

nos crustáceos ciamídeos, conheci-

dos como “piolhos-de-baleia”.

São dóceis e nadam lenta-

mente. As fêmeas, quando acom-

panhadas de filhotes, adoram apa-

recer próximo à praia. Produzem

um “jato de água” de

até 8 metros, que

nada mais é do que

ar quente que sai

rapidamente do pul-

mão.

Durante o inverno, as balei-

as escolhem as águas mais quen-

tes para se reproduzirem, nadan-

do muitas vezes até Santa Catari-

na.

Para conhecer mais:

www.baleiafranca.org.br

Eubalaena australis

Baleia Franca

Sotalia guianensis

Boto-cinza

Page 8: Revista Escola do Mar - A Caminho de Anhatomirim

Essa atividade foi retirada do site www.baleiafranca.org.br e foi elabo-

rada pela equipe de educação ambiental do Projeto Baleia Franca.

Essa atividade foi retirada do site

www.smartkids.com.br

Descubra

quem não

faz parte do

conjunto

Encontradas desde o México

até o Brasil. Podem viver em terra,

rios ou mares. Em seu cardápio

estão inclusos crustáceos e peixes.

Nadam muito rápido e são

ativas do anoitecer ao amanhecer.

Durante o dia cos-

tumam dormir en-

tre pedras ou raízes

de árvores, onde

também fazem suas

tocas.

Formam grupos ge-

ralmente com uma

fêmea adulta e filhotes jovens. O

macho só se junta à fêmea em épo-

cas de reprodução.

Physeter catodon

Cachalote

Visitando a Ilha de Anhatomirim é

possível ver o esqueleto de um Cachalote no

Quartel da Tropa!

Eles são mais parecidos com os golfinhos

do que com as baleias! Isso porque são cetáceos e

possuem dentes. Medem até 18 metros.

Alimentam-se de muitos animais, como: lulas

gigantes, raias, peixes e crustáceos.

Lontra longicaudis - Lontra

Muito discretas, não gos-

tam de se exibir saltando como a

maioria dos

golfinhos.

Formam

pequenos

grupos, ge-

ralmente de

uma mesma família.

Sua cor pode variar entre

tons de marrom, cinza e amarelo.

Possuem mais de 200 den-

tes e se alimentam de peixes pe-

quenos, lulas e camarão.

Para conhecer mais:

www.projetotoninhas.org.br

Pontoporia blainvillei -

Toninha

Page 9: Revista Escola do Mar - A Caminho de Anhatomirim

Você sabia que...

Redes de arrasto de fundo são

artefatos de pesca que podem

causar sérios danos aos orga-

nismos que vivem no fundo dos

mares? Possuem forma de saco

e são arrastadas no fundo do

mar. Quando puxadas para a

superfície, capturam a maioria

dos animais que atingem.

São utilizadas na pesca do ca-

marão na região da APAA, mas

muitos outros organismos tam-

bém acabam sendo retidos aci-

dentalmente. Já foram encon-

trados: peixes de fundo, tarta-

rugas verdes, algas e até o nos-

so mascotinho... o boto-cinza.

Esse tipo de pesca é proibido

na região da APAA entre 1º de

março a 31 de maio, para evi-

tar que camarões jovens sejam

capturados.

Crustáceos

Xiphopenaeus kroyeri

Camarão sete barbas

Crustáceo encontrado desde o

Estados Unidos até o sul do Brasil

em profundidades de até 30 metros.

Os jovens vivem em estuários

(encontro de rios com mares). O má-

ximo de sua reprodução é de feverei-

ro a março.

As sete barbas facilitam a sua

alimentação.

Possuem grande importância

econômica, assim como o camarão-

branco (Litopenaeus shmitti) e o rosa

(Farfantepenaeus paulensis).

Maricultura

Cultivo de organismos marinhos em seus habitats na-

turais. Os cultivos mais importantes são os de mexi-

lhões (mitilicultura), ostras (ostreicultura) e cama-

rão (carcinicultura).

Vem se desenvolvendo muito rápi-

do no Brasil e é no Estado de

Santa Catarina que se concen-

tra grande parte do cultivo

de moluscos bivalves (ostras

e mexilhões), devido às boas condições oceano-

gráficas. Somos o 2º maior produtor da América

Latina!

Pesca Artesanal

A pesca artesanal do camarão sete barbas e branco é muito

forte na região da APA de Anhatomirim.

As comunidades Costeira e Caieira vi-

vem dessa atividade e 70% da população

de Governador Celso Ramos depende da

pesca. O principal método utilizado é o

caceio (rede suspensa na coluna d’água,

recolhendo camarões). Muitos pescadores artesanais na região da

APA que utilizam o caceio acabam sendo prejudicados pela pesca

de arrasto motorizada.

mexilhão

ostra

Caceio

Page 10: Revista Escola do Mar - A Caminho de Anhatomirim

Equinodermos

São animais marinhos que

possuem um corpo com simetria

radial (vários eixos de simetria

corporal - pedaços iguais).

As estrelas-do-mar e os ou-

riços são bons exemplos.

Estrelas do Mar

São equinodermos carnívoros (que

se alimentam de outros animais) que são

predadores ativos em cultivos de molus-

cos.

São animais bentônicos, ou seja, passam a maior parte do tempo de

sua vida junto ao fundo e, por isso, são muitas vezes capturados de forma

acidental pela pesca de arrasto.

Astropecten marginatus (estrela-do-mar)

Ouriços-do-mar

Equinodermos muito presentes nos

costões rochosos. Alimentam-se de algas.

Echinometra lucunter

Moluscos São animais de corpo mole, geral-

mente protegidos por conchas.

Podem viver em ambientes aquáticos, de

água doce ou marinha, ou terrestres, como os ca-

racóis que encontramos em nossos jardins.

Classificamos eles como Gastrópodas

(quando uma concha protege o seu corpo, como

nos caramujos), Bivalves (duas conchas

que se encaixam, como ostras e mariscos) e Ce-

falópodes (sem conchas, mas possuem uma ca-

beça bem desenvolvida, como as lulas e os polvos).

Mexilhão ou Marisco (Bivalve) - Perna perna

Muitos pescadores da região da APA de Anhatomirim vi-

vem da criação intensiva desse animal.

Possuem uma estrutura no interior do pé, chamada bisso,

que serve para fixação do organismo nas rochas. É por essa mes-

ma estrutura que se prendem às cordas em que são criados.

São filtradores de água e podem indicar se o ambiente está contaminado, pois

muitos poluentes ficam retidos nesses animais.

Lula (Cefalópode) - Lolliguncula brevis

Muito visadas pela pesca local. A espécie é encontrada geral-

mente próximo à costa onde as temperaturas variam entre 15 e 32° C.

Imita a forma de algas para evitar predadores e a forma, cor e o jeito de nadar de

pequenos peixes, camuflando-se no cardume para obter alimento.

Seu alimento predileto são os crustáceos, mas de vez em quando também comem

peixes, lulas e poliquetas (vermes com o corpo em forma de anéis).

Servem de alimentos para os golfinhos.

Page 11: Revista Escola do Mar - A Caminho de Anhatomirim

PPPeixeseixeseixes São animais vertebrados (que possuem vér-

tebras), com corpo alongado, barbatanas ou

nadadeiras, guelras ou brânquias

(órgãos que servem como pulmões, aju-

dando a pegar o oxigênio que está na á-

gua), e que são cobertos por escamas.

Peixes Ósseos – TELEÓSTEOS

São os peixes que possuem

suas espinhas mais rígidas com cál-

cio, como os nossos ossos.

Palombeta (Chloroscombrus

chrysurus), Anchoveta

(Centengraulis edentulus) e Espada

(Trichiurus lepturus) são as espé-

cies mais pescadas na Baía Norte.

Palombeta (Chloroscombrus chrysurus)

Anchoveta (Centengraulis

edentulus)

Espada (Trichiurus lepturus)

Você sabia…

O Cavalo-marinho é uma espécie

de peixe! Para se movimentar ele balança

as nadadeiras que tem nas costas e conse-

gue mexer seus olhos um de cada vez!

Vivem em locais mais quentes e se

alimentam de pequenos vermes,

moluscos e crustáceos.

O macho é quem car-

rega o filhote em uma bolsinha

até o momento de seu nasci-

mento.

1) Tipo de simetria

do corpo dos Equi-

nodermos.

2) Ambiente bentô-

nico formado por

rochas, onde vivem

muitos organismos

como cracas, ouri-

ços e anêmonas.

3) O organismo que vive associado ao fundo é um organismo

______. Dica: Ver onde fala sobre estrela-do-mar.

4) Tipo de rede utilizada na pesca do camarão e que captura,

acidentalmente, muitos outros organismos.

5) Vermes marinhos com o corpo em forma de anéis e que ser-

vem de alimento para lulas.

6) Parte do corpo que permite que os mexilhões se fixem às ro-

chas e às cordas em que são criados.

*Não utilize acentos

Page 12: Revista Escola do Mar - A Caminho de Anhatomirim

Peixes Cartilaginosos ou ELASMOBRÂNQUIOS

São peixes com espinhas feitas de cartilagem, um tecido

elástico e flexível como as nossas orelhas, e englobam as raias e

tubarões.

Cação, Raia ou Tubarão?

Raia e tubarão são dois tipos

diferenciados de peixe cartilaginoso.

Cação é o nome dado pelo pescador

para facilitar a venda de tubarão pa-

ra a comunidade.

Rhizopriondon porosus

Raias vivem, preferencialmente,

junto ao fundo do mar. A raia

viola está amea-

çada de extin-

ção e sua pesca

é proibida, con-

tudo ain-

da conti-

nua sendo pescada através das

pescas de arrasto e de anzol.

Raia Viola (Rhinobatos percellens) Tubarões vivem no ambiente

pelágico (coluna d’água), em sua

maioria, tendo também algumas

espécies que vivem próximas ao

fundo, onde encontram alimen-

tos.

Você Sabia?

Os ovos de tubarões

e raias são muito pareci-

dos, e podem ser encontra-

dos nas praias depois que o

jovem já deixou a estrutu-

ra. Você já viu um desses?

Vivíparos X Ovovivípa-

ros X Ovíparos

Ovíparos são aqueles que colo-

cam ovos para gerar um filhote

e este se desenvolve fora do cor-

po da mãe. Já os vivíparos têm

seu filhote desenvolvido na bar-

riga, como ocorre com os mamí-

feros. No entanto, a maioria dos

tubarões é ovovivíparo, o que

significa que os filhotes se de-

senvolvem em ovos dentro da

barriga da mãe.

Chamados de cação pelos pescadores locais, esses animais são capturados principalmente pelas redes de pesca. O tubarão-martelo é

uma espécie ameaçada de extinção, sua pes-ca é proibida, mas ainda continuam caindo

nas redes acidentalmente.

Testando seus conhecimentos:

Page 13: Revista Escola do Mar - A Caminho de Anhatomirim

Répteis Tartarugas Marinhas

Isso mesmo! Tartarugas são répteis, você sabia?

Sua carapaça é formada por escamas originadas da pele,

possuem membros pares geralmente com cinco dedos, são oví-

paros e possuem pulmões, por isso é necessário que subam à

superfície para respirar! É herbívora, alimenta-se de algas e

vai aos costões para se alimentar.

No Brasil podemos encon-

trar 5 espécies de tartarugas mari-

nhas. A espécie Chelonia mydas,

ou tartaruga verde é a espécie mais

encontrada no litoral de SC, porém

encontra-se ameaçada de extinção.

Esta espécie pode atingir até 1,20m

de comprimento e pesar até 350 kg.

Quando se prendem às redes elas podem não morrer na hora, es-

tando “desmaiadas por afogamento”. Assim, podem ser reanima-

das.

Florianópolis está no

corredor de passagem desses

animais, ou seja, no meio do

trajeto que elas fazem entre o

lugar que costumam ficar e o

local que usam para se reprodu-

zirem. Aqui na Ilha e nos arre-

dores elas param para se ali-

mentar e descansar. Apesar de

ser raro, já foi visto um caso de

desova na Praia do Campeche,

aqui na Ilha de Santa Catari-

na.

O Projeto Tamar em Santa Catarina auxilia na reabilitação, no Cen-

tro de Tratamento, das tartarugas machucadas pelas redes de pesca e também

daquelas que estão doentes por ingerir lixo marinho. Quando estão saudáveis são

pesadas, marcadas com uma marcação de metal (para identificá-las mais tarde,

caso sejam capturadas novamente) e é coletado um pedacinho de seu tecido para

estudo. Depois são liberadas ao mar.

Representação do ciclo de vida das tartarugas.

Page 14: Revista Escola do Mar - A Caminho de Anhatomirim

Visitantes marinhos

Um Elefante-marinho já foi encontrado no

manguezal de Ratones em Florianópolis. O

animal ficou preso quando a maré baixou,

mas conseguiu sair da Reserva Ecológica de

Carijós quando a maré subiu. Ele deve ter

vindo da colônia (grupo de animais da mesma

espécie) que está localizada no estado do Rio Grande do Sul.

O Pinguim-de-Magalhães (Spheniscus

magellanicus) é uma espécie de ave marinha

classificada como Quase Ameaçada. Repro-

duz-se em colônias numerosas distribuídas pela

Argentina, Ilhas Falkland (Malvinas) e Chile,

vindo em algumas épocas do ano para o Brasil.

Pinguins de Magalhães

encontrados na Lagoa da

Conceição, 2009.

Diversidade de Vegetação

Costeira Local

Restinga Plantas adaptadas ao solo arenoso, como a areia da praia, e estão acostumadas

com a grande quantidade de sal que tem a água do mar, uma vez que serão atingidas com a

variação de marés. Geralmente são plantas rasteiras com

longos caules e, quanto mais longe do mar ou do corpo de

água presente, maiores vão ficando as árvores.

Muitos animais utilizam essa vegetação, como os

caranguejos, lagartos, aves e, inclusive, as tartarugas mari-

nhas. Ajuda a manter as dunas no seu lugar, evitando que a

areia não seja levada pela ação das ondas. Também ajuda

na absorção da água da chuva, reduzindo o risco de enchen-

tes.

Manguezal Encontra-se em regiões de encontro entre águas de rio e

mar e em lagunas, desenvolvendo-se em áreas planas que

são inundadas na maré alta.

Esse ecossistema é considerado um grande “berçário” natu-

ral, pelo fato de ser o lar de muitas espécies vegetais e ani-

mais.

Mata Atlântica Encontra-se na região costeira do Brasil. Esta é a floresta mais rica do mundo em diver-

sidade de árvores e possuem por volta de 1,6 milhões de espécies de animais, incluindo os insetos.

No entanto, é o segundo ambiente mais ameaçado de extinção do mundo.

O nosso Estado é o terceiro com maior percentual de Mata Atlântica no país. Na Ilha de

Santa Catarina, a Mata Atlântica distribui-se principalmente nas encostas dos morros.

Por lei é um bem de todos os cidadãos brasileiros, sendo a sua preservação um dever

de todos.

Page 15: Revista Escola do Mar - A Caminho de Anhatomirim

Projeto Tamar

Desde 1980 desenvolvendo pesquisas de conservação

e manejo das cinco espécies de tartarugas marinhas

que ocorrem no Brasil, todas ameaçadas de extinção.

Coral Sol

Uma iniciativa de por fim à proliferação do Coral-Sol,

espécie que invadiu os costões rochosos do litoral bra-

sileiro e agora está ameaçando a vida de muitos orga-

nismos que vivem nos mesmos locais.

Baleia Franca

O projeto busca garantir a sobrevivência e a recupe-

ração populacional da baleia franca em águas brasi-

leiras, agindo principalmente na região entre a Ilha de

Santa Catarina e o Cabo de Santa Marta.

Projeto Ilhas do Sul

Nasceu dentro da Universidade Federal de Santa Ca-

tarina e tem como objetivos principais: estudar os ani-

mais marinhos dessas Ilhas, analisar como eles se distri-

buem e analisar o funcionamento das Unidades de

Conservação (Ucs).

Projeto Vizinhos do Arvoredo

Trabalha na conscientização das pessoas em relação

às áreas marinhas protegidas e à conservação do am-

biente marinho através da divulgação de dados cien-

tíficos sobre a Reserva Biológica Marinha do Arvoredo.

CONHEÇA ALGUNS PROJETOS E ONGS

DE SANTA CATARINA HICKMAN, C.P.JR.;ROBERTS, L.S.;LARSON, L. Princípios inte-

grados de Zoologia. 11ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2004.

RIBEIRO-COSTA, C.S.; ROCHA, R.M. Invertebrados: Manual de

Aulas Práticas. Ribeirão Preto: Holos, 2006.

PEREIRA, R.C.; SOARES-GOMES, A. Biologia marinha. 2ª. ed.

Rio de Janeiro: Interciência, 2009.

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