Revista Estratégica - 9ª edição

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Quem disse que tamanho é documento? Micro e Pequenas Empresas encontram mercado aquecido no Pará Entrevista Especial Além do Escritório De Altamira a Belém não faltam boas histórias e exemplos André Limeira (FGV) Como evitar a inadimplência para micro e pequenas empresas

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Precisa-se de Fornecedor

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Quem disse que tamanho

é documento?Micro e Pequenas Empresas

encontram mercado

aquecido no Pará

Entrevista Especial

Além do EscritórioDe Altamira a Belém não faltam

boas histórias e exemplos

André Limeira (FGV) Como evitar

a inadimplência para micro e

pequenas empresas

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SUMÁRIO

12HOBBYO outro lado do empresário

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08TecnologiaInovação para as micro e pequenas empresas

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16Pará. Uma terra

de oportunidades

CAPA

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Feira do Empreendedor 2012 Conhecer, empreender e integrar

Entrevista Especial: André Limeira Inadimplência: dicas preciosas para combater este vilão

06 Redes Informa 21 Boas práticas 27 Dicas• Para cuidar da imagem• Um almoço executivo diferente • Para desfrutar nos finais de semana • Dica do Consultor

• MRN• Imerys• Alunorte• Alubar• Albras• Vale

• Potencial econômico do Pará atrai universidades dos EUA• Região do Xingu é atendida pela Redes• Campanha de regularização empresarial é solução inovadora da Redes

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Chegamos a mais uma edição de nossa revista Estratégica encerrando o nosso hall de ações e atividades em 2012. Desta vez não poderia ser diferente, empenhamos nossos esforços para trazer boas dicas e as melhores práticas de gestão para os nossos leitores. Nesta revista tratamos em todas as reportagens sobre as micro e pequenas empresas, graças a uma parceria com o Sebrae que nos proporcionou participar ativamente da Feira do Empreendedor deste ano de 2012.

Apresentamos em nossa capa as oportunidades que os grandes projetos e as cadeias envolvidas apresentam para micro e pequenas empresas. Provamos que existem sim vários setores com potencial de crescimento e é claro, mostramos diversas histórias de pessoas que fortaceleram seu potencial empreendedor e resolveram investir em seus negócios.

Boa Leitura!

Luiz PintoCoordenador geral da Redes

EDITORIAL

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Errata

• Na edição nº 8 a legenda da reportagem "O dinheiro circula no Pará" na página 16 divulgou o número R$832 milhões. O valor correto é R$ 6,8 bilhões de investimentos feitos no Pará através da compra das empresas mantenedoras. • Na reportagem "Fora do escritório, dentro da quadra" o sobrenome da entrevistada Rita é Arêas e não Aerêas, como foi divulgado.

Estratégica - Gestão e Negócios é uma publicação bimestral da REDE DE DESENVOLVIMENTO DE FORNECEDORES DO PARÁ (REDES).

Direção de Arte e Diagramação:Comunicação REDES

www.fornecedoresdopara.com.br

Produção: Nathalia Petta e Sâmia Maffra

Publicidade: (91) 4009-4863 / 4862 (91)[email protected]@fiepa.org.br

facebook.com/redesfiepa fornecedoresdoparatwitter.com/redesfiepa

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REDESINFORMA

REDESINFORMA

Texto Sâmia Maffra • Fotos Comunicação REDES / Jaime Souzza

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O Pará é uma das maiores províncias minerais do Brasil, o 5º maior exportador do país, tem o 5º maior rebanho bovino, é o 2º maior produtor de pescado e nos próximos anos será a maior potência hidráulica instalada no Brasil além de receber mais de R$139 bilhões em investimentos até 2016. Percebendo o potencial do Estado, a Fuqua School of Business escolheu o Pará para ser a porta de entrada no Brasil. As propostas da universidade para a região foram apresentadas durante o 1º Seminário Internacional de Integração Pará e EUA realizado pela Rede de Desenvolvimento de Fornecedores da Fiepa em parceria com o Governo do Estado através da Seicom, Cesupa e Sebrae.

Com forte linha de pesquisa na área de energia, meio ambiente e desenvolvimento sustentável, a Fuqua pretende agregar conhecimentos mundiais à Amazônia e firmar parcerias locais para a transferência de tecnologia através do seu amplo know-how em gestão. A Fiepa e a Redes apresentaram com este seminário mais uma oportunidade para que as empresas locais possam conhecer as melhores práticas da atualidade no mundo e agregá-las ao seu negócio.

O seminário foi apresentado pelo prof. Daniel Vermeer, Ph.D., Diretor-Executivo do EDGE. O professor apresentou a Duke, a Fuqua, o EDGE, alguns exemplos do projeto e uma visão geral sobre o programa Fuqua de consultoria. “Nossa expertise

é fazer com que as melhores práticas de gestão aplicadas no mundo saiam apenas do ambiente acadêmico e possam auxiliar os empresários na prática. Os estudantes de MBA da Fuqua que possuem perfil de liderança, conhecimentos técnicos e pelos menos 6 anos de experiência em empresas norte-americanas poderão vir ao Pará para aplicar seus conhecimentos e também para terem a oportunidade de experimentar, conhecer o mundo real e trabalhar aplicando os conhecimentos de sala de aula”, comentou o palestrante.

No Pará, os alunos da Fuqua atuarão em parceria com os estudantes do Cesupa em intercâmbios com duração de 12 meses. No programa estudantes de áreas como economia, administração e engenharia participam do cotidiano da empresa para diagnosticar o problema e propor soluções sustentáveis.

Fuqua School of Business

Fundada em 1969, a Fuqua School of Business é considerada a 8ª maior universidade de negócios dos EUA. É a primeira universidade americana na produção acadêmica além da formação de líderes com foco na gestão de negócios. Possui uma forte linha de pesquisa na área de energia, meio ambiente e desenvolvimento sustentável, atuando nos Emirados Árabes, Reino Unido, Índia, China e Rússia.

Potencial econômico do Pará atrai Universidade Americana

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Com 12 anos de atuação em prol do desenvolvimento do Estado, a Rede de Desenvolvimento de Fornecedores do Pará (Redes) tem ampliado suas atividades junto aos empresários locais e projetos estratégicos instalados nos municípios. Em Altamira, a Redes foi lançada oficialmente em outubro durante uma Ação Empresarial para Regularização de fornecedores.

A apresentação da Redes foi feita pelo coordenador geral Luiz Pinto. “O objetivo do empresário é fazer negócios. Nós não vamos entregar um contrato ou prometer lucro para ele, mas nós vamos aproximá-lo de um ambiente favorável para que isso aconteça. Porém depende do esforço de cada um de participar das rodadas de negócios, das capacitações, das campanhas promovidas pela Redes para que ele esteja mais perto dessas oportunidades. A regularização empresarial é o passo número 1 para participar desse ambiente propício”, sinalizou Luiz que também apresentou as vantagens de participação na Redes para as empresas mantenedoras, apoiadoras, governo, associações e os fornecedores.

O coordenador da Redes também explanou sobre o fluxo de internalização de riquezas, as conquistas da Redes em 12 anos além da evolução das compras feitas no Pará que cresceu 172%. “Esse quantitativo mostra que comprar localmente é bom, todos ganham e gera competitividade”, avaliou.

Para que os fornecedores estejam mais perto das oportunidades da Norte Energia e Consórcio Construtor Belo Monte, Altamira terá a consultora de campo Amanda Nascimento atuando na Aciapa. No plano de trabalho para a cidade estão previstos rodadas de negócios focadas, cadastro, visitas a empresas além de indicação e prospecção de fornecedores.

Entre as ações estratégicas da Rede de Desenvolvimento de Fornecedores do Pará estão as Campanhas de Regularização de Fornecedores que orientam sobre melhores práticas nas áreas de legalização, finanças e contabilidade além de nortear os empresários sobre as oportunidades em regiões de grandes empreendimentos no Estado. Em setembro e outubro, Juruti, Paragominas e Altamira receberam a ação com palestras informativas além de atendimentos individualizados. Os empresários também ficaram mais próximos das áreas de suprimentos da Alcoa, Hydro Paragominas e Norte Energia, projetos presentes nos municípios."A iniciativa da Fiepa fornece todo o aparato técnico e institucional para apoiar no desenvolvimento das regiões. É uma oportunidade única para que a sociedade e classe empresarial entendam o que está acontecendo nesses municípios em termos de negócios e como eles podem ficar mais próximos dessas oportunidades e aproveitá-los de uma forma melhor para que eles se desenvolvam ainda mais", sinalizou o coordenador técnico da Redes Norte, Marcel Souza.Os parceiros para a realização das campanhas foram as associações comerciais, Sebrae, Sefa, Sefin, Jucepa, Conselho Regional de Contabilidade de Altamira, Sincompar (Sindicato do Comércio de Paragominas).

Campanhas de regularização empresarial é solução inovadora da REDES

Campanhas de regularização empresarial é solução inovadora da REDES

Região do Xingu é atendida pelo REDES

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Texto Sâmia Maffra • Fotos Jaime Souzza

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NOVAS TECNOLOGIAS

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A tela mostra o cardápio. O cliente decide o que deseja experimentar. Automaticamente o valor é contabilizado. A comanda vai para o caixa e também para a cozinha de onde saem pastéis com massa crocante e um sabor incomparável além de sanduíches especiais. Fácil e rápido, é dessa forma que são feitos os pedidos nos Ipads existentes no Fofão Fast Food, lanchonete criada em Altamira, na região do Xingu.

As 'pranchetas eletrônicas' conhecidas pela praticidade, tela sensível e sofisticação substituem os garçons no atendimento. O cliente está integrado a todo o processo desde a escolha do lanche até o depósito dos resíduos na lixeira. "O atendimento sempre foi uma preocupação nossa. Pesquisamos uma forma ágil, com diminuição de despesas e que tirasse o garçom do salão para evitar possíveis reclamações dos clientes", explicou o jovem proprietário Airton Filho, de 28 anos, mais conhecido como Fofão (apelido carinhoso da infância).

O Fofão sempre foi diferente das outras lanchonetes da cidade. Em meio a locais simples, tradicionais,desde sua concepção Airton investiu em ideias inovadoras, conforto e ambiente arrojado. A mobília com mesas e sofás lembra uma típica lanchonete norte-americana.

Aos poucos, a tímida lanchonete cresceu na rua 7 de Setembro. Além da decoração moderna, foi a primeira da cidade a ser climatizada ,veicular clipes musicais na tv, com som ambiente e ter uma atração para os pequenos: um aquário. "As crianças faziam os pais pararem só para ver os peixinhos e aproveitavam para lanchar", comentou.

O sucesso da lanchonete veio rápido e Fofão inaugurou outra loja na mesma rua com os mesmos serviços e estrutura moderna. As duas lanchonetes também funcionavam como restaurante. Para que o serviço fosse mais rápido, retirou-se a comidinha caseira e deixou-se apenas as opções de lanche. E por falar em cardápio, este é outro detalhe inovador. Todo feito em 3D ele revela os nomes dos sanduíches como o fofo-burguer, o fofo-mix e o cocó-fofo.

A construção da hidrelétrica de Belo Monte mudou o cenário de Altamira e trouxe novas perspectivas para os empresários locais. "Diante dessa realidade eu e minha esposa começamos a bolar um plano de negócios para atender não só os moradores do município como também as pessoas que viriam de fora acostumadas com tecnologia de ponta. Cheguei a ser criticado por algumas pessoas ao implementar os ipads e tirar os garçons, mas depois elas perceberam que o sistema era simples e fácil de manipulação. Hoje atendemos crianças de 6 a senhores de 70 anos que se envolvem com o sistema do Fofão", disse.

O restaurante também está ligado a rede social Facebook. "Os clientes vem aqui, tiram as fotos e depois publicam na nossa página. Então transferimos as fotos para a televisão.Eles adoram e cobram quando vai entrar a sua foto", riu Airton.

Em menos de um ano de investimento, Fofão só tem a comemorar. "Já tive retorno financeiro de 70% em pouco tempo e não parei de investir. O próximo passo é comprar máquinas que fritem a carne mais rápido, ampliar a cozinha e sempre fazer atrativos para as crianças como esse toy draw onde elas pintam como quiserem. E daqui para frente por que não pensar em abrir franquias do Fofão?", pergunta.

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Nos anos 60, os Jetsons retratavam uma sociedade dominada pela tecnologia. Cidades suspensas, carros voadores e trabalhos automatizados onde robôs faziam as atividades domésticas. Talvez os criadores Joe Barbera e Bill Hanna não imaginavam que a inovação tecnológica em todo canto seria realidade já nas décadas seguintes.

Assim como no desenho animado a tecnologia traz comodidade, facilidades, rapidez e dinamismo aos usuários nos dias atuais. Seja na indústria ao elaborar máquinas mais rápidas, precisas e eficientes, no comércio com uma técnica inovadora ou nas pequenas e médias empresas que podem usá-la para oferecer um atendimento diferenciado ao cliente.

Em um meio cada vez mais competitivo, gigantes como Google e Sansumg investem bilhões em pesquisa e desenvolvimento para inovação. O mesmo conceito é seguido pelas micro e pequenas empresas que têm investido cerca de 39% em produtos destinados principalmente para informatização dos negócios, segundo

aponta pesquisa da Abradisti (Associação Brasileira dos Distribuidores de Tecnologia da Informação)

A multinacional Totvs, que possui escritório no Pará desde 1996, oferece soluções de software nas áreas administrativas, sistêmicas, de processos, de desempenho e de infraestrutura também tem seu produto inovador o ERP. "É um sistema integrado de gestão empresarial que automatiza tarefas manuais, reduz custos, riscos e garante a segurança e precisão das informações. Por exemplo uma nota fiscal, em um mecanismo manual, é repassada várias vezes para todos os setores.Em um ERP não, ela é lançada uma vez no sistema e todos os outros têm acesso evitando alterações ou falhas", explicou o gerente comercial Michel Moy.

Os custos de implantação variam de acordo com a complexidade do software. "Trabalhamos com diversos segmentos na área de varejo, logística, construção e serviços. Uma pequena loja de shopping por exemplo pode ter seu ERP adequado aquela necessidade assim como uma grande empresa", disse Michel.

Texto Sâmia Maffra • Fotos Jaime SouzzaNOVAS TECNOLOGIAS

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Não há limites para a inovação

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INFORME ESPECIAL SEBRAE Texto e fotos SEBRAE

Feira do Empreendedor é espaço de oportunidadesOportunidades de negócios, orientação e capacitação em um só lugar. É o que encontrarão os participantes da Feira do Empreendedor em Belém, de 12 a 15 de dezembro, no Hangar. Realizada pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae no Pará, a Feira é o maior evento de empreendedorismo do Pará e está em sua sétima edição no Estado. A iniciativa tem como objetivo fomentar a abertura de novos negócios e a competitividade e sustentabilidade dos já existentes.

Com a temática Conhecer, Empreender e Integrar, o evento está segmentado nos espaços Gestão do Conhecimento, Tendências e Oportunidades de Negócios e Atendimento, com apresentação de oportunidades de negócios inovadores e sustentáveis, espaço de máquinas e de franquias, Rodada de Negócios focada para as MPE, orientação individualizada e capacitação em palestras, seminários, workshops e encontros. Toda a programação é gratuita.

“Nossa expectativa é de um evento de sucesso: esperamos um volume de negócios na ordem de seis milhões de reais, 15 mil visitantes, seis mil atendimentos, 250 formalizações de Microempreendedores Individuais (MEI) e 11 mil pessoas capacitadas”, informa o diretor-superintendente do Sebrae no Pará, Vilson Schuber.

A Feira do Empreendedor faz parte de um circuito nacional, que completa 20 anos em 2012. Além de Belém, mais 13 cidades brasileiras receberam o evento neste ano, organizados pelas unidades estaduais do Sebrae com base no Modelo de Excelência em Gestão (MEG), da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). O MEG envolve 11 critérios, como Pensamento Sistêmico, Cultura de Inovação, Visão de Futuro, Conhecimento do Cliente e do Mercado, Responsabilidade Social e projetos de sustentabilidade.

“Queremos contribuir para o fortalecimento do setor produtivo e, consequentemente, para a geração de emprego e renda e para o desenvolvimento da economia paraense”, destaca Vilson Schuber - Superintendente do SEBRAE.

No local, há ainda orientação sobre a Lei Geral das MPE. “Precisamos disseminar informação sobre a lei, já que ela deve ser implementada em todos os municípios paraenses, mas apenas 13 dos 144 tiraram a lei do papel, e grande parte ainda nem regulamentou”, informa Schuber. Segundo ele, a legislação é um grande avanço na criação de um cenário positivo e favorável para os pequenos negócios, e os municípios precisam se beneficiar dessa iniciativa. De acordo com o representante do Sebrae no Pará, “a instituição tem prestado e vai continuar prestando apoio aos gestores municipais e vereadores para que a Lei Geral aconteça em todo o território paraense”, reforça.

Um dos diferenciais da Feira em 2012 no Pará é apresentação de tendências e oportunidades de negócios levantadas por meio de estudos e pesquisas realizados pelo Sebrae e parceiros em uma área chamada 'Pará de Oportunidades', entre eles, dados do governo do Estado e pesquisas realizadas pela Rede de Desenvolvimento de Fornecedores (Redes), da Fiepa. “Este ano, trazemos as informações da publicação 'Pará Investimentos', em que mapeamos os investimentos que acontecerão no Pará até 2016. São mais de 139 bilhões de reais, que se transformarão nas mais diversas oportunidades”, informa Luiz Pinto, coordenador da Redes. “Lançaremos, ainda, produtos exclusivos para as MPE e promoveremos a Rodada de Negócios voltada apenas para empresários de micro e pequenas empresas, uma oportunidade única de ter acesso aos compradores destes grandes projetos”, ressalta o coordenador.

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HOBBY Texto Nathalia Petta • Foto Bruno Carachesti

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Qual empresário não considera sua vida agitada e com rotinas de tirar o fôlego? Todos. Você acha que sua rotina é uma verdadeira maratona é porque não conhece a do empresário José Conrado Azevedo Santos, do setor gráfico. Ele divide suas 12 horas de trabalho diários entre a gestão de sua empresa, a Gráfica Sagrada Família, empresa de médio porte situada em Belém, a presidência da Federação das Indústrias do Estado do Pará e do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae, a presidência do Conselho Regional do Sesi, Senai e Iel e a diretoria regional do Sebrae. Ufa!

Mas quem acha que as 12 horas de trabalho de José Conrado são suficientes para esgotar as suas energias precisa conhecer o segredo do empresário para ter boa saúde, melhorar seus relacionamentos e mantê-lo disposto para a jornada diária de trabalho: corrida de rua.

Sim, para encarar tantos compromissos com energia José Conrado pratica o esporte há mais de 30 anos. “Nosso grupo já praticava algumas atividades como a musculação e a boa e velha pelada (futebol) quando fundamos o Grupo de Corredores de Rua de Belém – Corb. Treinávamos todos os dias até que nos sentimos preparados para corer toda a avenida Júlio César (7 km). “afirmou o empresário.

Ele começa o dia às 5h da manhã já com a prática do esporte. “É nesta hora que alio o esporte aos momentos de lazer e cuidado com a saúde. Hoje em dia, já não posso correr diariamente na rua, pois minha rotina não permite. Transferi a corrida de rua para a esteira, em minha casa, onde tenho montada uma pequena academia. Pratico a corrida de rua em momentos esporádicos, quando posso programar minha agenda para que possa participar de eventos como a Corrida do SESI e a Corrida do Círio.”explica o empresário que diz buscar na corrida e no esporte mais um momento para extravasar o estresse da cansativa rotina de um empresário. Minhas participações em eventos

esportivos se dão mais de forma amadora. Não busco lugares no pódio.”completa.O esporte, mesmo praticado de forma amadora, é um hábito e desponta como um momento de lazer na árdua rotina dos amigos que correm com frequência pelas ruas de Belém. Além de muita garra e dedicação o grupo disseminou cooperação na cidade, e a união dos corredores resolveu ajudar as obras sociais e religiosas da festa do Círio de Nazaré, que na época ainda não tinha tantas inicativas de marketing como hoje, e acabava tendo dificuldades para se manter. “Foi aí que o Corb, naquele momento sob minha presidência, deu largada a primeira Corrida do Círio. A ideia era repassar o dinheiro das inscrições para que as obras de caridade da igreja continuassem sendo desenvolvidas. Organizamos a Corrida do Círio por três ou quatro anos de forma amadora, mas obtivemos excelentes resultados, tanto é que o evento esportivo acabou ganhando uma grande proporção e, hoje em dia, é considerado uma das maiores provas de corrida de rua da Região Norte”conta Conrado.

Mas todo atleta, mesmo amador é embalado pela competição e sabe pontuar bem suas conquistas. “Minha principal conquista é ter saúde para enfrentar os percalços da rotina profissional e continuar representando o setor industrial paraense na busca por melhores condições que permitam o desenvolvimento do Estado do Pará. O meu objetivo é manter a qualidade de vida e absorver tudo aquilo de bom que a prática esportiva pode me proporcionar”, afirma Conrado.

NÃO BASTA CORRER SÓ NO TRABALHO

RUNNING

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O empresário José Conrado e Presidente da Fiepa alerta “O esporte nos motiva para quebrarmos barreiras

e faz com que desenvolvamos a capacidade de lidar com problemas e superar os mais diversos obstáculos.”

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HOBBY Texto Sâmia Maffra • Foto Jaime Souzza

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Às 4 da tarde a temperatura marca 35 graus. O sol a pino é amenizado pela brisa no rosto e pela paisagem exuberante do rio Xingu. As águas calmas com poucas ondas, o verde escuro do rio e a mata virgem avistada ao fundo são um deleite aos sentidos.

Nascendo no estado do Mato Grosso, o rio segue pelo Pará em cidades como Novo Acordo, Altamira, Vitória do Xingu, Aricaria e Senador José Porfírio para desaguar próximo a bacia do rio Amazonas. Com 1.870 quilômetros de extensão, o Xingu é considerado um dos melhores rios para banho devido a temperatura estável da água. "Mas se você beber corre o risco de se apaixonar por Altamira", provocou, entre risos, o empresário Odair de Pinho. Com o convite fomos até o rio xingu em Altamira para um passeio.

No caminho, natureza entremeada de uma imensidão de rio. Mais adentro, algumas pedras e no decorrer vários bancos de areia, formando as praias do Padeiro, Orgulho da Rita, Praia Grande e Praia do Amor (em formato de coração). O cenário é perfeito para se desligar do mundo. "O refúgio depois de um dia atribulado de trabalho. Depois de passeios pelo Xingu volto renovado a vida de empresário. Consigo lidar com mais facilidade com as adversidades e obstáculos do dia-a-dia. Às vezes estou com problemas pessoais ou no trabalho e tenho ideias de solução quando estou navegando", revela Pinho.

Rigorosamente nas tardes de sábado, o empresário desbrava o rio de jet ski conciliando aventura e boa conversa com os amigos. Há 12 anos, Pinho trocou as águas cristalinas do mar de Florianópolis, onde nasceu, pelo estonteante Xingu. "O ambiente é totalmente diferente. O rio Xingu é fabuloso, terapêutico. Aprecio a relação de paz e o equilíbrio entre ele e a natureza. Ele é a joia de Altamira, que por sua vez é considerada a capital da Transamazônica devido a ele", envaidece o empresário.

As manobras e cavalos de pau que deixam rastros na água mostram a habilidade de Pinho em cima da máquina. O detalhe, segundo ele, é que o jet ski atinge de 0 a 100 quilômetros por hora mais rápido que uma

Ferrari. "Essa velocidade e potência atraem. Me impressiona essa capacidade de ir além no rio.A sensação é de liberdade", explica.A relação do empresário com o jet ski vai além de um hobby. "É bem-estar, satisfação, uma forma de acalentar meu espírito aventureiro. O jet ski é um ótimo veículo para desbravar a região que me fornece cenários maravilhosos", comenta.

Em 2000, andar de jetski não era uma prática comum em Altamira."Quando quis praticar aqui tive que entrar em contato com o jetclube de Belém. Então formei um grupo com colegas para fomentar o esporte na região. Aos poucos as pessoas foram atraídas e formamos há três anos o Altamira Jet Club que hoje tem 60 associados", vibra.

Entre as atividades do clube está a organização de passeios e campeonatos nas modalidades slalom (circuito com boias), free style, corrida e manobras. Além do jet ser uma terapia, Pinho também participa de competições. Ele ficou em 2º lugar na categoria slalom no campeonato do Tapajós e 1º em slalom e 2º em free style no 1º Encontro das Águas de Santarém, Altamira e Marabá. "Nos campeonatos são avaliados manobras livres, o grau de dificuldade, a beleza e o ângulo de rotação. Jet ski para mim também é esporte", conta.Os treinos e competições constantes permitiram uma façanha: viajar durante três dias do rio Xingu, em Vitória do Xingu, até o rio Tapajós, em Santarém. "Eu e 12 amigos criamos um percurso respeitando a estrutura dos jets e os rios. Andávamos todas as manhãs, descansávamos a tarde e dormíamos a noite. Tivemos a experiência de conhecer os rios Aiquiqui, Guajará, Amazonas e Tapajós que é muito difícil de andar devido as ondas cadenciadas. Foi fabuloso também porque conhecemos os ribeirinhos. No rio Aiquiqui, as pessoas passavam informações via rádio para as outras e os ribeirinhos acenavam das casas com camisas, lenços, ofereciam comida. Fomos bem recebidos. Inclusive uma moradora não deixou irmos embora. Tivemos que dormir um dia na casa dela. Lá jantamos e compartilhamos experiências. E já temos um novo passeio em vista até o Laranjal do Jari, no rio Jari", adiantou Pinho.

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CAPA Texto Sâmia Maffra • Ilustração Daniel Rente

PARÁ. TRANSFORMANDO POTENCIALIDADES EM OPORTUNIDADES.

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Os cuidados com a casa e o marido faziam parte da rotina de Mara Santos moradora de Canaã dos Carajás. Em menos de três anos, a vida dela deu um salto e mudou completamente. A dona de casa se transformou em uma empresária bem sucedida em um ramo ainda pouco explorado na região o de locação de veículos.

Mara começou fazendo aplicações do dinheiro que recebeu da mãe. Ela, o marido e um amigo acompanhavam pregões na bolsa, cotações do dolár até que surgiu a ideia do negócio. "Esse amigo comentou sobre um empreendimento que podia render muito. Sugeriu que eu investisse meu dinheiro comprando quatro carros e alugasse para a empresa dele. Comecei dessa forma. Aos poucos comecei a prestar serviços para outras empresas", disse a empresária proprietária da Maracar.

Ela integra junto com 141.902 pessoas no Pará o grupo de micro e pequenas empresas. No país, elas respondem por cerca de 60% dos empregos formais e por 20% do PIB. O comércio continua sendo o setor onde elas mais atuam com 52% dos negócios, seguido por serviço 41% e indústria 6%.

Os trabalhos das micro e pequenas empresas são indispensáveis para o funcionamento da economia. Esse tipo de negócio está nas lojinhas de roupas, mercearias, lanchonetes, padarias e em uma gama variada de empreendimentos. "Especificamente, destacam-se comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, com 10%; comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios, minimercados, mercearias e armazéns, correspondendo com 3%; e lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares, com 2,5% do total das empresas", explicou Vilson Schuber, superintendente do Sebrae Pará.

Dados da Receita Federal, publicados no Portal do Empreendedor em outubro deste ano, mostram que existem 7.045.028 dos micro e pequenos optantes pelo Simples Nacional no Brasil.

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UM LUGAR AO SOL PARA OS MICRO E PEQUENOSAté 2016, o Pará vai receber investimentos de R$ 139,16 bilhões. Entre os destaques estão o projeto S11D a maior mina de ferro do mundo construída em Canaã dos Carajás e a hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira, que sozinha vai investir R$ 30 bilhões de reais.

Este mercado aquecido revela que existem oportunidades para micro e pequenos ao longo da cadeia produtiva onde estão instalados os grandes projetos. Analisando o cenário de Canaã dos Carajás, a empresária Mara, passou a fornecer os serviços de locação de veículos para empresas diversas e para as terceirizadas da Vale na cidade. "Eu criei uma carteira de clientes com contratos fechados a curto e longo prazo. Em dois anos e meio, aumentei o faturamento, investi na empresa, no escritório, em garagem para os veículos e em pessoas especializadas como um contador. No começo eram quatro veículos, hoje são quase 50 carros de passeio. Meu objetivo agora é ser fornecedora da Vale", comentou Mara.

A área de serviços é uma das mais promissoras para novos empreendedores

nas micro, pequenas e médias empresas. Em Altamira os trabalhos demandados são vários como treinamento e seleção de de mão de obra, filmagem e fotografia com especialidade em eventos empresariais, empresa de eventos com serviços de cerimonialista, turismo, táxi e mototáxi, papelaria (papéis especiais), gráfica rápida para poucas impressões, empresas de comunicação visual que ofereçam serviços de criação para banners, cartões de visita; diagramação para jornais e revistas e consertos de roupas. "Mas antes de abrir qualquer negócio é preciso fazer uma pesquisa de mercado, estudar qual o foco do serviço oferecido, qual público se pretende atingir e principalmente saber investir no momento certo. Antes de todos esses passos é prudente poupar dinheiro", recomendou Maria do Perpétuo Socorro Martins Souza, presidente Aciapa (Associação Comercial, Industrial e Agropastoril de Altamira).

Em Juruti não é diferente. "Percebo várias janelas de oportunidades entre elas no turismo e no setor rural que consistem em investimentos para dar suporte ao produtor como máquinas, insumos e

adubos. Outra área carente é o segmento de fardamentos. O que temos aqui não supre as demandas do mercado. Essas empresas teriam chances de atender empresários, alunos, funcionários da Alcoa e contratadas. E principalmente uma creche particular. Fizemos uma pesquisa recentemente e diagnosticamos a extrema urgência para isso. O público alvo é grande entre empresários. Só na Alcoa pais com crianças de 0 a 4 anos não têm onde deixar os filhos. Esses bebês acabam ficanco em creches municipais ou com babás por falta de opção", avaliou a presidente da Associação Comercial de Juruti, Olivia Ramos.Também tem oportunidade para lavanderia (não existe nenhuma em Juruti), loja de tecidos, empresa especializada em buffets e coquetéis, lojas de informática, papelaria, restaurante e padaria com serviços diversos. "O ponto de partida é a elaboração do plano de negócios. O empreendedor deve solicitar consultoria especializadas e se basear em dados reais do município. Antes de abrir deve saber se é viável, quais serão os custos de mercadoria, logística entre outros fatores", acrescentou Olivia.

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Total Geral investimentos(REDES NORTE + REDES SUL)

R$ 139,16 bi

REDES SUL

R$ 74,68 bi(Carajás)

REDES NORTE

R$ 64,48 bi(Grande Belém + Tapajós + Xingu)

Veja o resumo dos investimentos no Pará

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CAPA Texto Sâmia Maffra • Ilustração Daniel Rente

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Para se integrar ao ambiente de negócios no Pará é preciso preparação, proatividade e a busca constante por melhorias. “Hoje 85% dos nosso banco de dados de fornecedores locais é de micro e pequenas empresas e quem disse que não há oportunidade para elas? Existe sim, muitas. Recentemente trabalhamos na prospecção de fornecedores de lavanderia, lanchonete e chaveiros para grandes projetos industriais. Quem estava prepara do conseguiu sim um bom negócio. Mas é preciso ter um olhar macro, vender para as grandes pode não ser o melhor caminho. Há muitas oportunidades ao longo de toda cadeia”, afirma Luiz Pinto, coordenador geral da Redes.

Estar em contato com agentes indutores do desenvolvimento, como associações comerciais, Sebrae, Federação das

Indústrias e Redes,também é uma boa estratégica para ficar mais próximo aos investimentos. "Eu era dona de casa não entendia nada de locação de carros, então procurei ajuda na Agência de Canaã, na Aciacca e na Redes. Comecei a fazer os cursos, participar dos programas de qualificação, dos encontros de negócios. Aprendi a fazer planejamento estratégico, projeto de marketing, finanças. Acredito que o meu esforço e o meu estudo abriu as portas e me levou ao sucesso. Agradeço a todos que me ajudaram e principalmente a Redes que sempre acompanhou todo meu desenvolvimento", disse a empresária Mara.

Se a intenção é fornecer para uma grande indústria, o empreendedor precisa estar ambientado e informado sobre a dinâmica do mercado. "Um dos grandes problemas

enfrentados é a baixa qualificação e baixa eficiência produtiva o que pode gerar em alguns casos dependência financeira em relação à contratante, pois em regra geral as demandas de grandes indústria são consolidadas (grandes contratos) e inviabilizam o atendimento por pequenas empresas. Mas uma dica é buscar identificar os setores críticos e investir nestas demandas com diferencial competitivo. Como exemplo podemos citar as categorias de alimentação industrial e materiais de manutenção. Essas empresas devem buscar sempre a manutenção da qualificação profissional, a atualização tecnológica e oferecer parcerias de negócios, objetivando crescer junto com seus contratantes", sinalizou Devaney Araújo, analista operacional da Hydro.

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CAPA Texto Sâmia Maffra • Ilustração Daniel Rente

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MRN tem novo ambiente virtual

BOAS PRÁTICAS

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Imagem de Nossa Sra. de Nazaré

visita Hydro Alunorte

Interatividade Fé

Mudança

Marcos Moreira assume presidência da Imerys

O Círio de Nossa Senhora de Nazaré é uma celebração rica de diversidade cultural, emoção, fé e confraternização de famílias. Todos querem ficar mais próximos da Nazica e pedir ou agradecer por uma graça alcançada. Antes da grande festa, os funcionários da Hydro Alunorte têm um dia especial para ficar mais próximos da imagem peregrina.

Este ano a visita foi realizada em setembro.A imagem chegou por volta de 11h no auditório da empresa que esteve lotado de trabalhadores que queriam prestar homenagens a Virgem de Nazaré. A imagem foi recebida pelo diretor em exercício, Joaquim Ribeiro. “Da primeira vez que eu recebi esta imagem, eu só pedi. Agora, eu gostaria de agradecer pelos nossos excelentes empregados que tornam possível darmos continuidade a este magnífico trabalho", disse. “Gostaria de pedir apenas sabedoria, equilíbrio e paz para vencer os nossos desafios", complementou o diretor.

O padre também deu sua bênção a todos os trabalhadores da empresa. “Entrego todos vocês e esta empresa que contribui para o desenvolvimento do estado do Pará para que Maria olhe com carinho, derrame suas bênçãos e cubra com seu manto nossas vidas e nossas famílias”, abençoou. Após a celebração do rito da bênção, os fiéis puderam chegar perto, tocar a imagem e pedir ainda mais bênçãos. Assim que a imagem deixou a empresa, os presentes voltaram aos seus postos de trabalho, certamente já esperando pela visita do próximo ano.

Já está disponível aos internautas o novo portal da Mineração Rio do Norte (MRN). O espaço na internet continua com o mesmo endereço www.mrn.com.br, mas chega totalmente repaginado – bem mais interativo, moderno e informativo.Na nova página estão disponíveis, além do perfil institucional da organização, informações sobre os projetos desenvolvidos pela MRN tanto no campo ambiental, quanto social, que antes apareciam de forma mais restrita no site. No ambiente virtual também é possível conhecer a sequência operacional de produção da bauxita e assistir a vídeos institucionais que mostram como a MRN trabalha.Outra novidade da nova página é que informações como balanços financeiros e relatórios ambientais também podem ser acessados agora de forma mais prática.

Em operação há 16 anos no Pará, a Imerys passou por uma mudança organizacional estratégica. Com foco na excelência operacional, Marcos Moreira, que atuava como diretor de operações da unidade, assumiu o posto de Diretor-presidente da Imerys. Na sua gestão, Marcos vislumbra boas perspectivas para 2013, quando se espera retomar a normalidade do nível de produção de caulim de, aproximadamente, 1,6 milhão de toneladas/ano.

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NOTAS MANTENEDORAS E APOIADORAS Texto e fotos Assessoria Mantenedoras

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A área de produção de metais da Alubar está se preparando para expandir. A expectativa é começar 2013 com novos equipamentos e também a geração de novas oportunidades de emprego. “Com essa expansão vamos crescer a produção de todos os produtos, principalmente, da liga 6201, que é um material mais nobre. Também será mais oportunidade de emprego e de crescimento na empresa para os nossos colaboradores”, afirma o gerente da Produção Metais, Ulysses Rodrigues.

A 5ª edição do Programa Albras Mais Perto de Você – Cultural percorreu as comunidades de São Francisco, Vila Nova, Laranjal e Itupanema, em Barcarena, para levar atrações de dança, música, arte, esporte e gastronomia aos moradores. A programação, voltada para a família, agradou jovens e adultos.Em Vila do Conde, o último local visitado, a garotada foi soberana nas apresentações de dança. Hip hop, funk, axé, forró e o famoso treme-treme contagiaram o público. Além da música e da dança, o esporte também foi atração. O grupo Seman, de karatê, apresentou princípios básicos da arte marcial, além de simulações de luta. O evento também contou com a eleição da Miss Cultural.

Desenvolver a economia local e gerar emprego e renda no campo são os desafios do Programa de Agricultura Familiar desenvolvido pela Vale, por meio da Biopalma, em nove municípios do nordeste paraense. O programa, que atualmente beneficia 288 famílias de agricultores, tem como objetivo envolver, até 2013, duas mil famílias com o plantio de dendê. Até o final do ano, a Biopalma concluirá a parceria com mais de 500 famílias.Os investimentos para o plantio de dendê já representam mais de R$ 23 milhões em financiamentos firmados através do programa do governo federal, o Pronaf-Eco Dendê, e como complemento, a Vale, por meio da Biopalma, investe mais de R$ 5 milhões por ano em programas de desenvolvimento socioeconômico, como os de diversificação da produção, comercialização e plano de negócios. Tais investimentos contribuem para o fortalecimento da economia no campo e com o aumento da renda mensal das famílias.Biodiesel - O plantio de palma, mais conhecido no Brasil como dendê, é uma das apostas da Vale para suprir a demanda de biodiesel com a utilização de B20 (20% de biodiesel e 80% de diesel comum) na frota de locomotivas, máquinas e equipamentos da empresa no Brasil. A Biopalma será responsável pela produção de 540 mil toneladas de óleo de palma em 2019, quando a lavoura atingir sua maturidade. Deste total, 70% (380 mil ton), referente à parte da Vale no negócio, serão transformados em biodiesel.

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Alubar prevê novas oportunidades de emprego para 2013

Vale destina mais de R$ 5 milhões para desenvolvimento socioeconômico

Expansão Biopalma

Arte

5ª edição do Programa Albras Mais Perto de Você

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NOTAS MANTENEDORAS Texto e fotos Assessoria Mantenedoras

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No século 18, Belém foi contemplada com a vinda do arquiteto italiano Antônio José Landi. Em terras paraoaras, adaptou seu estilo bolonhês, região de origem do arquiteto, às condições climáticas da Amazônia para construir verdadeiras obras de arte, como a Catedral da Sé, Igreja de Nossa Senhora do Carmo, Palácio dos Governadores, dentre outras igrejas e prédios que preservam até hoje a história daquela época.Com a intenção de fortalecer a relação entre a Academia de Belas Artes de Bolonha e o Projeto Cultural Casa Rosada, a Alubar convidou cinco professores da Academia para conhecerem a capital e as obras do conterrâneo. A programação também contemplou a realização de duas conferências em outubro. A primeira delas teve como tema “Bolonha – A sua história e a sua arte” e a segunda conferência foi da crítica de arte Beatrice Buscaroli sobre “Antônio José Landi”.

Da iniciativa de conservar e revitalizar o patrimônio histórico de Belém surgiu o projeto de reforma da Casa Rosada, financiada pelo Grupo Alubar. As obras foram executadas com a assessoria técnica do Fórum Landi, grupo da Universidade Federal do Pará que trabalha com o objetivo de desenvolver pesquisas sobre a história da Amazônia e de realizar estudos e ações sobre o legado artístico e arquitetônico de Antonio Landi.

A Casa Rosada é uma edificação remanescente do século 18, cujas linhas arquitetônicas exteriores permanecem praticamente inalteradas. A edificação possui, no seu andar térreo, portas e janelas com molduras elaboradas. Portais trabalhados, gradis de ferro e largos beirais, que também compõem a edificação, dão um ar de requinte ao prédio. A autoria da Casa Rosada é atribuída a Antonio José Landi por diversos estudiosos. Dentre eles, a portuguesa Isabel Mendonça, a maior estudiosa do mundo sobre vida e obra do arquiteto.

A Vale encerrou o terceiro trimestre de 2012 com investimentos ([i]) no Pará da ordem de US$ 1,7 bilhão no período, aumento de 4% em relação ao trimestre anterior. Nos nove meses do ano, os investimentos totalizaram US$ 4,9 bilhões, sendo US$ 107,7 milhões destinados a projetos e ações socioambientais.O número de empregados no Pará, entre próprios e terceiros permanentes, fechou em 19.927 no período. Somando profissionais terceirizados mobilizados em projetos em fase de implantação, são quase 30 mil postos de trabalho no Estado.No terceiro trimestre de 2012, a produção de minério de ferro da Vale no Brasil foi de 83,9 milhões de toneladas, aumento de 4,2% em relação ao segundo trimestre do ano, com ganhos em todos os sistemas. Em Carajás, a produção de minério de ferro foi de 27,6 milhões de toneladas no terceiro trimestre, totalizando 76,7 milhões de toneladas nos nove primeiros meses de 2012.

NOTAS MANTENEDORAS Texto e fotos Assessoria Mantenedoras

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Antônio Landi

Alubar reforça a relação Pará-Itália

Sobre a Casa Rosada

Investimento

Vale já investiu US$ 4,9 bilhões no

Pará este ano

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ENTREVISTAE S P E C I A L

Texto Sâmia Maffra • Foto Bruno Carachesti

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OS EFEITOS DA INADIMPLÊNCIA PARA AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

Temida pelas empresas, ela está em comércios, indústrias, agências bancárias, médias e pequenas. Se atingir níveis alarmantes, contribui para quedas nos lucros, leva perda da atratividade e em muitas situações a falência. A famigerada atende pelo nome de inadimplência que corresponde a falta de pagamento de um crédito concedido em data determinada.

No Brasil, o cenário econômico vive oscilações do percentual de pessoas endividadas. Em outubro, o índice voltou a subir atingindo a marca de 20,5% de famílias com dívidas ou contas em atraso, de acordo com Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, da Confederação Nacional do Comércio.

Com as empresas não é diferente e é preciso estar realmente atento na hora de conceder um crédito por isso, a Revista Estratégica entrevistou o professor André Limeira, coordenador acadêmico do MBA em Gestão Empresarial e MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria da FGV, para falar sobre o assunto. André é mestre em contabilidade pela UERJ e co-autor dos livros Contabilidade para Executivos e Gestão de Custos da Editora FGV.

Na entrevista o professor destaca a importância da gestão empresarial, fornece dicas para organização das finanças e de como o associativismo pode ajudar a evitar as faltas de pagamentos.

Estratégica - Qual a importância da gestão empresarial para evitar a inadimplência em empresas que trabalham para grandes projetos industriais no Pará? Existe alguma diferença da inadimplência desse tipo de mercado para os outros?

André Limeira - A gestão empresarial é fundamental não só para organizações que operam com grandes projetos como também com projetos de pequeno e

médio porte. Neste contexto,considero o gerenciamento de custos de extrema importância no processo de tomada de decisão. Avalio a área de custos como o ponto crítico de gestão de muitas companhias.É necessário analisar a necessidade de avaliação e aplicabilidade das ferramentas gerenciais, como, por exemplo, a margem de contribuição, como uma ferramenta crucial no ambiente de negócios. A inadimplência é algo que preocupa qualquer gestor,mas a partir do momento que se insere um sistema de avaliação eficiente, o fator de inadimplência passa a ser administrado com maior eficácia. Portanto, não vislumbro diferenças em relação à inadimplência entre um tipo de mercado e outro, considero que o que contribui para o seu crescimento e a impossibilidade em administrá-la é a falta de gestão integrada aliada ao nível de conhecimento técnico e visão sistêmica. Como costumo dizer, nos dias de hoje não há espaço para amadorismo.

Estratégica: Quais dicas para evitá-la em mercados de fluxo de caixa inconstantes?

André Limeira - Considero algumas medidas de suma importância para reduzir ou até mesmo evitar a inadimplência. Primeiramente, o que se observa é que muitas empresas ainda preferem a opção de financiar suas vendas por meio de cheques pré-datados, em detrimento ao contrato com as empresas de cartão de crédito, por considerarem onerosas as taxas cobradas pelas administradoras. De fato, as taxas não são baratas, entretanto,compensam o risco da inadimplência em função de um cartão de crédito aprovado.A conta é simples e mais uma vez envolve custos, pois, se a taxa média para vendas com cartões de crédito é de 5%, empresas que operam com inadimplência superior a este patamar compensam facilmente este custo. Deve-se ressaltar ainda a possibilidade de negociação dessa taxa.

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Consultas a serviços de proteção ao crédito, como SPC e SERASA também são fundamentais para evitar a inadimplência, pois o risco de financiar clientes que já devem a outras empresas é muito alto. Existe um ponto alarmante nas organizações que é a cobrança constante da alta administração pelo crescimento das vendas. Em verdade, as vendas são fundamentais para continuidade de qualquer negócio, entretanto, muito pior do que não vender, é vender e não receber.

Estratégica- Como organizar as finanças e diminuir a inadimplência?

André Limeira - O volume de vendas a prazo vem aumentando sensivelmente, independentemente do porte do negócio, respondendo atualmente pela maior parte das vendas realizadas.Portanto, ao vender a prazo, atente para não estabelecer prazos muitos longos, pois esses prazos sugam capital de giro e, consequentemente, afetam o fluxo de caixa. Avalie a possibilidade de contratar um serviço de crédito e inicie as cobranças de clientes em atraso de forma mais imediata. Procure conceder a clientes adimplentes benefícios em vendas futuras como forma de incentivar o pagamento dentro do vencimento. Monitore com precisão o estoque, que representa um dos principais

componentes do capital de giro das empresas. O giro do estoque deve ser administrado diariamente, logo, avalie de forma mais incisiva os produtos que giram lentamente, pois o custo de estocagem pode inviabilizar as margens de lucro projetadas.

Estratégica- Como o associativismo pode contribuir com a diminuição da inadimplência nas empresas?

André Limeira- O associativismo é uma operação que tem contribuído para a ascensão das empresas. A cooperação entre as organizações é uma forma de torná-las mais competitivas em mercados de elevada concorrência, contribuindo para fortalecer o poder de compra, gerando com isso maior capacidade de negociação e barganha junto aos fornecedores, redução dos custos e riscos para exploração de novas oportunidades,diversificação do mix de produtos e serviços e melhoria de qualidade.

Estratégica- Qual o ônus que a inadimplência traz para um comércio e cidade?

André Limeira- Lamentavelmente, a falta de controles gerenciais e sistemas de informações integrados contribuem para redução de lucratividade, perda de atratividade e, em muitas situações, a falência de muitas empresas. O problema é que essa conta não é paga apenas pelos administradores e quotistas/acionistas do negócio, mas pelo mercado em que estas empresas atuam, pois levam os clientes a buscarem estes produtos e serviços em outras regiões contribuindo, assim, para o desaquecimento da economia local, o que gera uma série de efeitos negativos.

Estratégica- Como trabalhar a concessão de créditos? Quais os cuidados que se deve ter para conceder crédito?

André Limeira- A contratação de serviços de proteção ao crédito é crucial. Insistir na venda a clientes que já apresentam problemas de inadimplência com outras empresas pode se tornar um caminho sem volta. É corriqueiro se identificar em cidades menores o relacionamento mais informal entre fornecedores e clientes. Verifica-se um volume significativo de vendas com cheques pré-datados ou crediários da própria loja sem avaliação técnica da situação dos clientes. A análise de crédito deve ser desenvolvida com muita precisão, pois através dela pode-se avaliar a capacidade de liquidez e o fator de endividamento, o que certamente contribuirá para redução do risco gerando efeitos relevantes tanto do ponto de vista econômico quanto financeiro.

Portanto, não basta apenas aumentar o

faturamento, o “casamento” entre o faturamento

e o fluxo de caixa é de suma importância, pois a

realização real de uma venda só ocorre com o efetivo recebimento.

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ENTREVISTAE S P E C I A L

Texto Sâmia Maffra • Ilustração Daniel Rente

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DICAS Texto Nathalia Petta • Fotos divulgação

Quem gosta de sanduíches gourmet já conhece o Circus Hamburgueria. Agora o chef Artur Bestene está investindo toda a sua criatividade em almoços executivos saborosos e cheios de estilo. Afinal o que dizer do Cornet Beff (carne de sol, maionese de macaxeira, feijão tropeiro e salada verde) ou do Love me Tender (lombo no molho de vinho, arroz no caldo de costela,vinagrete de feijão manteiguinha e fritas)? Aos sábados, a pedida é a feijoada. O almoço executivo do Circus Hamburgueria funciona exclusividade na unidade da Alcindo Cacela (esquina com a Gentil Bittencourt, no posto Redentor), sempre de segunda a sábado, das 11h às 15h. O serviço também é delivery.

Informações: (91) 3229-9000

www.circusdelivery.com.br

Facebook.com/circushamburgueria

Não é só para imagem da sua empresa que você deve estar atento. Afinal, o bom empresário sabe a importância de estar com um visual atraente. Para os que querem serviços especializados e um ambiente luxuoso e de muito bom gosto a melhor pedida é o Salão Cassius Martins, localizado na rua Bernal do Couto, 119 em Belém.

O espaço oferece como diferencial massagens, tratamentos para pele e cabelos, tratamento antiqueda, além de oferecer o conforto de uma sala vip e estacionamento privativo. Engana-se quem pensa que só as empreendedoras é que estão cuidando do visual. O salão possui uma carteira de clientes em que 30% são homens, por esse motivo em janeiro oferecerá mais um produto exclusivo: uma barbearia vintage com serviços exclusivos e um visual surpreendente.

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Dicas... e boas idéias. Para empresários que querem desfrutar de bons lugares, boa comida, saborear bons livros, filmes, e tudo mais que agrega valor a você.

PARA CUIDAR DA IMAGEM

UM ALMOÇO EXECUTIVO DIFERENTE

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Livro: Amor. Autor: Léo Buscáglia

DICA DOCONSULTOR

Localizado próximo ao Bosque Rodrigues Alves, o Remanso do Bosque foi inaugurado em dezembro de 2011. Ali, a dupla de chefs, Thiago e Felipe Castanho, trabalha com peixes regionais e outros ingredientes típicos assados no forno à lenha e na brasa de carvão. . Os irmãos mesclam a cozinha amazônica com técnicas modernas, destacando os ingredientes locais em uma experiência única dos sabores do Norte. A trajetória dos irmãos já acumula prêmios como Melhor restaurante de pescados pela revistaVeja - Comer & beber/ Belém (de 2005 a 2009) e uma estrela pelo Guia Quatro Rodas em 2011. A casa ainda realiza uma vez o projetoVisita Gourmet, que uma vez ao mês traz a Belém um grande nome da gastronomia para um jantar a seis mãos, unindo a filosofia de trabalho do convidado com a dos chefs Thiago e Felipe, proporcionando uma experiência irresistível.

Léo Buscáglia, escritor ítalo-americano, que ministrou aulas naUniversity of Southern California - EUA, tendo si do autor de artigos para o New York Times sobre assuntos relacionados ao amor e sobre o humano. E também foi idealizador de um curso sobre Amor na própria universidade.

Se você estivesse procurando um livro que te incentivasse e fizesse entender a importância do planejamento compraria um em que o título fosse “Amor”?! Pois deveria! O Livro "Amor” de Léo Buscaglia ,de1972 é considerado uma estrada do auto conhecimento e valorização do ser humano. Para Edmundo Botelho, consultor técnico da Redes Sul o livro o ajudou a aprender a observar o estado atual de sua vida e o ajudou a instigar e planejar rumos e se comprometer com os resultados efetivos, inclusive através de metas temporais, tarefas chaves para qualquer grande empreendedor.

Já li este livro cerca de quarto vezes e sempre acabo presenteando alguém assim que finalizo a leitura, pois entendo que em tudo que desenvolvemos, seja pessoal ou profissionalmente, o Amor é o grande segredo do sucesso, pois através dele nos comprometemos e realizamos grandes feitos.”

Edmundo Botelho - Consultor técnico da Redes Sul

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DICAS Texto Nathalia Petta • Fotos divulgação e Bruno Carachesti

PARA DESFRUTAR NOS FINAIS DE SEMANA

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Quem disse que tamanho

é documento?Micro e Pequenas Empresas

encontram mercado

aquecido no Pará

Entrevista Especial

Além do EscritórioDe Altamira a Belém não faltam

boas histórias e exemplos

André Limeira (FGV) Como evitar

a inadimplência para micro e

pequenas empresas