Revista Feicon 2013

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Acesse o portal: Publicação Especial FEICON 2013 Distribuição gratuita TENDÊNCIA Bairros planejados: aposta das grandes construtoras MERCADO Gigante americana da construção inicia atividades no Brasil TECNOLOGIA Tecnologia de ponta para construir o maior túnel do Brasil CONSTRUÇÃO SEGUE CRESCENDO, EMBORA COM RITMO MENOR Ano 8 - Edição nº 44 - Março de 2013

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Exibindo novamente uma respeitável taxa de crescimento, embora com relativo grau de arrefecimento das atividades, o setor da construção civil continua sendo o grande motor da economia brasileira. O PIB setorial aumentou cerca de 4% em 2012, um número um pouco inferior aos 4,8% contabilizados em 2011, conforme projeção feita pelo SindusCon-SP e pela FGV - porém, um resultado muito superior à expansão de toda a economia do País no ano passado, que deverá ser, segundo as previsões correntes, de aproximadamente 1%, configurando o tão criticado “pibinho”. Questões como políticas públicas, gestão e administração, empregabilidade, uso de tecnologias inovadoras estão sendo tratados nesta edição, que aborda também da grande vitrine da construção civil, a Feicon Batimat em sua edição 2013, onde poderão ser vistas as grandes novidades e debatidas as problemáticas do setor.

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Especial FEICON 2013

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TENDÊNCIA Bairros planejados: aposta das grandes construtoras

MERCADO Gigante americana da construção inicia atividades no Brasil

TECNOLOGIATecnologia de ponta para construir o maior túnel do Brasil

CONSTRUÇÃO SEGUE CRESCENDO,EMBORA COM RITMO MENOR

Ano 8 - Edição nº 44 - Março de 2013

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Mercado Empresarial

CONSTRUÇÃO CONTINUA SENDO O GRANDE MOTOR DA

ECONOMIA BRASILEIRA

xibindo novamente uma respeitável taxa de crescimento, embora

com relativo grau de arrefecimento das atividades, o setor da

construção civil continua sendo o grande motor da economia

brasileira. O PIB setorial aumentou cerca de 4% em 2012, um número

um pouco inferior aos 4,8% contabilizados em 2011, conforme proje-

ção feita pelo SindusCon-SP e pela FGV - porém, um resultado muito

superior à expansão de toda a economia do País no ano passado, que

deverá ser, segundo as previsões correntes, de aproximadamente 1%,

configurando o tão criticado “pibinho”.

Na verdade, em termos retrospectivos, o ritmo da construção vem

demonstrando uma pequena desaceleração, de ano para ano, desde 2010,

momento em que se chegara a uma taxa “chinesa” de 15,2%. Tratava-se

de um índice que não se poderia sustentar “a posteriori”, pois a demanda

superaquecida havia feito que com o setor operasse no limite dos recur-

sos físicos e humanos disponíveis. E, mesmo assim, havia expressivos

atrasos nas entregas de imóveis.

De qualquer forma, houve aqui uma quebra de expectativas, pois

se aguardava uma performance mais robusta, posto que, no começo de

2012, as obras estavam sendo tocadas a pleno vapor. O fato é que, com o

correr dos meses, as atividades passaram a ostentar uma cadência morna.

Entretanto, a expectativa agora é de que a retomada dos investimentos

e das contratações, sobretudo na área de infraestrutura, acabe por fazer

deslanchar de vez os negócios no transcorrer de 2013.

Questões como políticas públicas, gestão e administração, empre-

gabilidade, uso de tecnologias inovadoras estão sendo tratados nesta

edição, que aborda também da grande vitrine da construção civil, a

Feicon Batimat em sua edição 2013, onde poderão ser vistas as grandes

novidades e debatidas as problemáticas do setor.

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editorial

expediente

Coordenação: Mariza SimãoRedatora: Sonnia Mateu - MTb 10362-SPcontato: [email protected] nesta edição: Irineu Uehara e João LopesDiagramação: Rogério SilvaArte: José Francisco dos Santos, José Luiz Moreira, Edmilson Mandiar, Ivanice Bovolenta, Fellipe Moreira, Marilene Moreno, Hermínio Mirabete Junior, Ricardo Satoshi Yamassaki, Danilo Barbosa GomesDistribuição: FEICON BATIMAT 2013Matriz:São Paulo - Rua Martins Fontes, 230 - Centro CEP 01050-907 - Tel.: (11) 3124-6200 - Fax: (11) 3124-6273Filiais:Araçatuba - Rua Floriano Peixoto, 120 1º and. - s/ 14 - Centro - CEP 16010-220 - Tel.: (18) 3622-1569 Fax: (18) 3622-1309Bauru - Edifício MetropolitanRua Luso Brasileira, 4-44 - sl 1214 - 12º and.CEP 17016-230 - Tel.: (14) 3226-4068Fax: (14) 3226-4098 PiracicabaSisal Center - Rua Treze de Maio, 768sl 53 - 5º and. CEP 13400-300 - Tel.: (19) 3432 - 1434Fax.: (19) 3432-1524Presidente Prudente - Av. Cel. José Soares Marcondes, 871 - 8º and. - sl 81 - Centro - CEP 19010-000 Tel.: (18) 3222-8444 - Fax: (18) 3223-3690Ribeirão Preto - Rua Álvares Cabral, 576 -9º and. cj 92 - Centro - CEP 14010-080 - Tel.: (16) 3636-4628 Fax: (16) 3625-9895São José do Rio Preto - Rua XV de Novembro, 3057 - 3º and. - cj 301 - CEP 15015-110 Tel.: (17) 3234-3599 - Fax: (17) 3233-7419

O editor não se responsabiliza pelas opiniões expressas pelos entrevistados.

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Fascículo Sustentabilidade - Vol.1

sumário

Construção segue crescendo, embora com ritmo menor

Panorama do setor

Artigo Técnico

Legislação

Tecnologia

Vitrine

Gestão

Mercado

Evento

OpiniãoInovação

Tendência

Economia

Meio Ambiente

Precisa ser rápido! Sistema armazena calor do verão no solo

Bairros planejados: aposta das grandes construtoras

A nova tendência da fixação com tecnologia

Projetos de concreto para edificações e pontes

Gesso pode ser reciclado indefinidamente

Dicas de leitura

Feicon Batimat 2013

Em busca de mais produtividade

Construção em alta estimula o setor de ar-condicionado central

FGTS terá orçamento de R$ 59,6 bilhões

Companhias não conseguem “limpar” cadeia de fornecedores

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Pensando nas gerações futurasNesta edição:

Cases & Cases

Tecnologia de ponta para construir o maior túnel do Brasil46

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panorama do setor

CONSTRUÇÃOSEGUE CRESCENDO, EMBORA

COM RITMO MENOR

A expectativa é de que a retomada dos investimentos e das contratações, sobretudo na área de infraestrutura, acabe por fazer deslanchar de vez os negócios no transcorrer de 2013

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panorama do setor

ão fugindo à regra que vigora há muito tempo, o setor de construção civil se-gue firme no papel de grande motor da

economia brasileira, exibindo novamente uma respeitável taxa de crescimento, embora venha registrando um relativo grau de arrefecimento das atividades. A expectativa agora é de que a retomada dos investimentos e das contratações, sobretudo na área de infraestrutura, acabe por fazer deslanchar de vez os negócios no trans-correr de 2013.

O PIB (Produto Interno Bruto) setorial aumentou cerca de 4% em 2012, um número um pouco inferior aos 4,8% contabilizados em 2011, conforme projeção feita pelo SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) e pela FGV (Funda-ção Getúlio Vargas). (Os dados definitivos ainda não haviam sido divulgados quando do fechamento desta edição de Mercado Empresarial.)

Trata-se de um resultado muito superior à expansão de toda a economia do País no ano passado, que deverá ser, segundo as previsões correntes, de aproximadamente 1%, configu-rando o tão criticado “pibinho”. Sem esquecer, tomando-se outro parâmetro de comparação, que houve queda de 2,7% da produção indus-trial em 2012, medida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a maior retração desde 2009, ano de maior impacto da crise global.

Na verdade, em termos retrospectivos, o ritmo da construção vem demonstrando uma pequena desaceleração, de ano para ano, desde 2010, momento em que se chegara a uma taxa “chinesa” de 15,2%. Tratava-se de um índice que não se poderia sustentar “a posteriori”, pois a demanda superaquecida havia feito que com o setor operasse no limite dos recursos físicos e humanos disponíveis. E, mesmo assim, havia expressivos atrasos nas entregas de imóveis.

De qualquer forma, houve aqui uma quebra de expectativas, pois se aguardava uma perfor-mance mais robusta, posto que, no começo de 2012, as obras estavam sendo tocadas a pleno vapor. O fato é que, com o correr dos meses, as atividades passaram a ostentar uma cadência morna, notadamente na seara da in-fraestrutura.

Incertezas e problemas de gestão“Além das incertezas geradas pela evolução da crise

internacional, o Governo Federal enfrentou problemas na gestão e nos gastos públicos, com repercussões diretas no segmento”, explica Eduardo Zaidan, vice-presidente de economia do Sinduscon-SP.

Em sintonia com este desempenho geral, o nível de emprego formal não avançou tanto quanto nos períodos anteriores, acusando um índice de 6% de crescimento sobre 2011, encerrando-se o ano com um total de 3,27 milhões de trabalhadores, após alguns recuos nos últi-mos meses (em dezembro, houve declínio maior que o esperado, de 3,02% sobre novembro, com fechamento de 101 mil postos).

Este vetor fez com que o crônico problema de carência de funcionários se visse um pouco amenizado, no cotejo com outras épocas. A título de comparação, em 2010, ano de “boom” no mercado, como já se disse, a alta no nível de ocupação havia batido nos dois dígitos, o que forçara as empresas a recrutar até pessoas sem qualificação.

De seu lado, os fabricantes de materiais também se viram frustrados com os balancetes. A Abramat (Asso-ciação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) trabalhava anteriormente com uma estimativa de 4,5% de expansão, depois revisada para 3,4%. Após um mês de dezembro surpreendentemente fraco (recuo de 11,2% frente a novembro), no entanto, o índice a que se chegou foi de apenas 1,4% em todo o ano, tendo sido contabilizado um faturamento bruto de R$ 115 bilhões.

Frente a este cenário, os entrevistados por Mercado Empresarial buscaram descrever, com maior riqueza de deta-lhes, os principais entraves que, ao fim e ao cabo, impediram um deslanche mais acentuado dos empreendimentos no ano passado.

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“Além das incertezas gera-das pela evolução da crise internacional, o Governo Federal enfrentou proble-

mas na gestão e nos gastos públicos, com repercussões

diretas no segmento”

Eduardo Zaidan, vice-presidente de economia

do Sinduscon-SP

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panorama do setor

“Houve uma redução no nível de investimentos das empresas e do setor público. O governo desa-celerou a implantação do programa Minha Casa, Minha Vida e as obras de infraestrutura”, avalia Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos de construção da FGV. A estimativa é de que a taxa de investimentos deva ter ficado em 17,5% do PIB, um patamar discreto, quando o ideal seria de pelo menos 22%.

Em âmbito nacional, na segunda fase do Minha Casa (também chamada de Minha Casa 2), dos dois milhões de unidades habitacionais previstos até 2014, pouco mais de um milhão foi contratado. Contudo, a implementação encontra-se abaixo da meta fixada para a chamada faixa um, composta pelas famílias com renda mensal de até R$ 1.600.

Da totalidade de moradias planejadas, 1,2 milhão (60%) deve destinar-se a esta faixa. En-tretanto, até o início de novembro, somente 340 mil delas, ou seja, em torno de 28%, haviam sido

contratadas, decorridos dois dos quatro anos do programa, número bem aquém do nível ideal, que seria de pelo menos 50%, de acordo com o SindusCon-SP.

Remuneração insatisfatória“As construtoras pararam de erguer residên-

cias para as pessoas de rendimentos mais baixos devido à remuneração considerada insatisfató-ria”, lembra Ana Castelo, acrescentando que, em parte, este baque foi contrabalançado pelo bom andamento dos projetos voltados para as outras camadas da população.

Desse modo, na faixa dois, destinada a famílias com renda entre R$ 1.600 e R$ 3.100, foram contratadas perto de 580 mil moradias, o equivalente a 97% do montante a ser atingido até 2014. E, na faixa três, para famílias com renda entre R$ 3.100 e R$ 5.000, foram 94 mil, o que corresponde a 47% do previsto.

Paralisia nos investimentos nas áreas de infraestrutura

e logística

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panorama do setor

Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos

de construção da FGV.

“Houve uma redução no nível de investimentos das empresas e do setor público. O governo desacele-

rou a implantação do programa Minha Casa, Minha Vida e as obras de infraestrutura”

Traçando-se um paralelo, nota Eduardo Zaidan, ao contrário do que se verificou no governo Lula, quando foi integralmente exe-cutado o Minha Casa 1 (que previa um milhão de unidades), houve um travamento geral no Minha Casa 2, sob a égide da administração Dilma, sobretudo em 2011. “O milhão de re-sidências contratado na etapa dois ainda não se converteu em obras. Espera-se que o restante seja contratado até o fim do mandato da presi-dente”, assinala ele.

Seja como for, no ano passado, o quadro assumiu contornos mais favoráveis. A União injetou R$ 10,9 bilhões no Minha Casa, quantia superior aos R$ 10,6 bilhões desembolsados entre 2009 e 2011. O crescimento foi de 46% em relação aos R$ 7,5 bilhões pagos em 2011. Com esses valores, a iniciativa tornou-se o carro-chefe do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e do governo atual. Para 2013,

segundo o Ministério das Cidades, prevê-se a con-tratação de 700 mil novas casas e a entrega de cerca de 450 mil unidades habitacionais.

Mas foi no plano da infraestrutura e logística que a paralisia nos pedidos se manifestou de forma contundente. Destacaram-se aí os problemas no DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), órgão que coordena a construção de ferrovias e rodovias, atingido por denúncias de corrupção e embargos do TCU (Tribunal de Contas da União), da CGU (Controladoria Geral da União) e do Ministério Público.

Este evento teve efeitos impactantes no mer-cado, o que implicou até queda momentânea no nível de emprego no atendimento ao setor de infraestrutura. Vale recordar que o Ministério dos Transportes (ao qual se subordina o DNIT) con-centra a maior parte das verbas para investimentos.

E este ministério foi o que justamente mais reduziu desembolsos em 2012, tendo aplicado R$ 10,5 bi-lhões, valor 18% inferior aos R$ 12,8 bilhões gastos em 2011 com obras e compra de equipamentos.

Outro exemplo de gargalo: o principal progra-ma do Governo Federal relacionado à mobilidade urbana, denominado “Mobilidade Urbana e Trân-sito”, do Ministério das Cidades – fundamental para viabilizar a realização da Copa do Mundo –, praticamente não evoluiu em 2012. Houve gasto de apenas R$ 271 milhões, incluídos os restos a pagar, o que representa menos de 10% do total de R$ 2,8 bilhões autorizados para o ano passado no Orçamento Geral da União.

Retração no segmento imobiliárioTambém contribuiu negativamente, na análise

do Sinduscon-SP e da FGV, a retração nas vendas do ramo imobiliário, em razão da alta nos preços decorrentes do recente “boom” na demanda, fa-zendo com que os lançamentos diminuíssem. Não bastasse isso, registrou-se demora na concessão

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panorama do setor

Ana Maria Castelo, economista da FGV e consultora do Sinduscon-SP

de licenciamentos, o que afetou o início do trabalho nos canteiros.

Os produtores de materiais se ressentiram diretamente do desaquecimento verificado nesta área (que responde por 30% de suas vendas) – que inclui edificações como galpões, shoppings, condomínios e o programa Minha Casa – e na de infraestrutura (que gira 20% dos volumes comercializados).

“O setor de imóveis teve uma queda gene-ralizada nos investimentos e nos lançamentos. As empresas ficaram com um pé atrás, devido à crise global e às sequelas no Brasil”, pondera Walter Cover, presidente da Abramat. No que tange à infraestrutura, os resultados ficaram bem aquém do esperado. “Houve até declínio na comparação com 2011, dado que os investi-mentos também caíram aqui”, adiciona ele.

O que acabou por salvar o ano destes fabricantes foram as vendas no varejo, nor-malmente voltadas para famílias que cons-troem ou reformam suas habitações. cons-tituindo o que é conhecido como “mercado formiga”. Esse grande nicho gera, sozinho, metade das vendas na esfera da Abramat, entidade que congrega 50 filiadas.

“O varejo teve cifras muito positivas, crescendo 7% sobre 2011, favorecido pela elevação da renda, do emprego e do crédito, além dos juros menores praticados, sobretu-do pelos bancos públicos”, observa Cover. Na realidade, segundo ele, o programa

Minha Casa tem sido um importante impul-sionador do comércio, visto que os próprios beneficiários costumam aprimorar a qualidade das moradias.

Por fim, na lista de entraves enfrentados, Ana Castelo cita também a morosidade na aprovação de projetos em razão da burocracia e a falta de terrenos disponíveis em regiões metropolitanas. Espera-se que, doravante, esta situação seja contornada por meio de parce-rias entre governos municipais e estaduais, possibilitando-se, por exemplo, erguer casas para a faixa um do Minha Casa.

Perspectivas favoráveis para 2013Dificuldades à parte, para 2013 a expectativa

consensual é de que o ramo construtor reedite resultado similar ao do ano passado, ficando com um crescimento entre 3,5% e 4% (em linha, de resto, com o índice antecipado para toda a economia brasileira), prevendo-se uma recuperação da taxa de investimento, que deverá acomodar-se em torno de 19% do PIB.

Eduardo Zaidan entende que uma conflu-ência de fatores propícios permite entrever um bom desempenho neste ano, a saber: desone-ração tributária, declínio nos juros, oferta de crédito satisfatória e manutenção do nível de renda da população. Esses elementos deverão compensar em parte, afirma ele, a retração nos investimentos havida recentemente.

O que deverá ocorrer, na previsão do Sinduscon-SP e da FGV, é que neste ano o setor deverá ter um começo fraco para então ganhar fôlego no próximo semestre, com a

“O setor de imóveis teve uma queda gene-

ralizada nos investimen-tos e nos lançamentos.

As empresas ficaram com um pé atrás, de-

vido à crise global e às sequelas no Brasil”

Walter Cover, presidente da Abramat

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infraestrutura, principalmente, tendo maior peso nas encomendas. “É uma dinâmica oposta à que se apresentou em 2012, que iniciou bem e depois acabou-se enfraquecendo”, descreve Ana Castelo.

Esta previsão alvissareira, por sinal, é autori-zada pela retomada das atividades já no segundo semestre do ano passado, sob o guarda-chuva do DNIT. Além do mais, em um horizonte não muito distante, será colocado em marcha o “Programa de Investimento em Logística”, oficializado em agosto último, que pretende, em cinco anos, dobrar a extensão das rodovias e das ferrovias em operação.

Na primeira etapa, deverão ser duplicados 5.700 km de estradas e implantados 10.000 km de ferrovias, com investimento privado de R$ 80 bilhões. Para Ana Castelo, “a iniciativa po-derá atrair de fato o interesse do empresariado e reforçar as contratações a partir de meados do ano”.

Tudo que venha agilizar a movimentação de recursos, assevera Eduardo Zaidan, é bom para os construtores. “O setor recebe quase metade de todos os investimentos feitos na economia. Mas não se pode esquecer que eles demoram para surtir efeito”, situa ele.

Por sua vez, Walter Cover, da Abramat, também vislumbra bons ventos para 2013, o que embasaria a expectativa de 4,5% (taxa real, descontada a inflação) de incremento nos

negócios dos fabricantes de materiais. “É uma previsão feita com pé no chão, sem exagero. Até porque a base de comparação, o ano de 2012, é pequena”, diz ele.

A par da realização de leilões para encetar pro-jetos na área de logística e infraestrutura de trans-portes, o dirigente menciona como alavancadores a continuidade do abatimento do IPI para materiais de construção e a política de redução de juros.

Quanto às vendas no varejo, em especial, Cover estima que em 2013 deverão praticamente repetir a performance do ano passado, ficando entre 7% e 8% de crescimento, decorrência direta do prosse-guimento das políticas oficiais que buscam melhorar as condições de vida da população.

Obras para a Copa do MundoHá, é claro, as empreitadas ligadas à Copa do

Mundo, que até o momento não tiveram os desdo-bramentos esperados. De hoje em diante, sobre a pressão do calendário, a aspiração de todos é que, finalmente, os planos saiam de vez dos gabinetes, sobretudo os ligados à mobilidade urbana, trans-portes, infraestrutura hoteleira, entre outros.

“Se as obras não forem implantadas, será ne-cessário recorrer a improvisações e ‘puxadinhos’, que não poderão ser aproveitados depois da Copa”, salienta Ana. “Elas ficarão prontas. Resta saber a que preços e com que qualidade”, complementa Zaidan.

panorama do setor 11mercado empresarialmercado empresarial

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panorama do setor

Embora também entenda que o atraso é ge-neralizado, Walter Cover crê que tudo deverá ser concluído a tempo. “É uma questão de honra para o País e o governo está consciente disso. Os trabalhos deverão acelerar-se já neste ano, con-tornando obstáculos, tais como a necessidade de licenciamento ambiental no entorno dos estádios”, frisa ele.

No ramo imobiliário, aguarda-se uma recupe-ração na demanda, com os preços avançando a níveis mais próximos da inflação. “Além disso, o crédito deverá aumentar mais do que em 2012, com providências como a redução de juros por parte da Caixa Federal. E deverá haver maiores facilidades para o uso do Fundo de Garantia na aquisição de casas”, prognostica Ana.

Substituição de importaçõesOutro dado conjuntural propício para as

companhias representadas pela Abramat é o término da chamada “guerra dos portos”, na qual diferentes localidades no País ofereciam incentivos fiscais para atrair importações, impondo uma concorrência injusta para as empresas nacionais. “Nosso setor é extrema-mente competitivo no chão de fábrica. Estamos preparados para substituir as importações em qualidade e quantidade”, ressalta o presidente da entidade.

Além do mais, o corte nos preços da ener-gia elétrica, que deverá ser de 32% para a área empresarial, desonerará as atividades da cadeia produtiva da construção. E não se pode perder

Já se constatou, aliás, uma retomada gradual na contratação e lançamento de imóveis entre o fim do ano passado e o começo deste, relata a economista da FGV. “Haverá um espaço de tempo entre lançar, vender e iniciar as obras, com os resultados aparecendo no segundo semestre”, prevê ela.

No que concerne aos fabricantes de materiais, em particular, um valioso impulsionador dos negócios tem sido a mudança no câmbio, com a maior desvalorização do real, o que está permitindo enfrentar com maior isonomia a concorrência com os bens importados.

“Anteriormente, as importações estavam crescendo 15% de ano para ano, por causa do dólar barato e não porque nossos produtos tivessem menor qualidade”, enfatiza Cover, sem deixar de referir-se aos demais com-ponentes do “custo Brasil”, como impostos elevados, excesso de burocracia e infraestrutura precária.

Em tempos de grave desequilíbrio no comércio externo, itens como cerâmicas, vidros e equipamentos elétricos sofreram concorrência acirrada de produtos de fora. “A maioria dos importados era de baixa qua-lidade e não estava em conformidade com os padrões brasileiros da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)”, garante o executivo.

de vista que 2014 é um ano de eleições, o que sempre é um multiplicador de negócios.

Por fim, cabe citar as conclusões da 53ª Sondagem Nacional da Indústria da Construção Civil, conduzida em novembro pelo SindusCon-SP e pela FGV. De acordo com ela, as empresas estão mais otimistas, em que pese a cautela em relação ao panorama econômico.

Em meio aos 177 empreendedores entre-vistados em todo o País, as perspectivas de crescimento melhoraram, com alta de 11,5% frente à pesquisa anterior. Na interpretação dos responsáveis pela pesquisa, a melhora nos prognósticos, que até então indicavam recuo, sinaliza que o pior da desaceleração já ficou para trás.

Em relação às variáveis que poderão ter impacto na performance setorial, as emprei-teiras continuam antevendo dificuldades com a mão de obra. Em contraste, no caso do crédito imobiliário, as projeções começam a melhorar após a retração constatada em 2011.

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panorama do setor

om o intuito de estimular a atividade cons-trutora, o governo anunciou em dezembro um pacote que contempla necessidades básicas do setor, desonerando a folha de pagamentos e, portanto, facilitando

a contratação de trabalhadores, além de abater impostos e aumentar o crédito disponível para as empresas.

Por trás destas medidas, está, antes de mais nada, o entendimento de que esta indústria res-ponde sozinha por cerca de 8% do emprego no País e é uma porta tradicional para o mercado de trabalho no caso da mão de obra com baixa qualificação. Ao mesmo tempo, percebeu-se que os salários ali têm crescido significativamente – em 2012, subiram pouco mais de 9% na comparação com o ano retrasado, conforme dados da FGV (Fundação Getúlio Vargas).

Procurou-se então, para contrabalançar as in-junções conjunturais, proporcionar um alívio nos encargos. Concretamente, com a implementação do pacote, formalizado na Medida Provisória número 601, alguns segmentos da construção civil vão mudar o regime de contribuição para a Previdência Social: em vez de 20% sobre a folha de pagamento, passarão a pagar 2% do faturamento.

Esta mudança vigorará entre abril de 2013 e dezembro de 2014. Na verdade, o ramo é o 41º a alterar a forma de contribuição, no âmbito da estratégia do governo de aquecer a economia, que vem sendo levada a cabo notadamente após o agravamento da crise internacional.

O dispositivo que auxilia as empreiteiras, segundo se calcula, vai provocar uma perda de receitas de R$ 2,85 bilhões ao ano para os cofres públicos: a sistemática atual gera uma arrecadação anual de R$ 6,28 bilhões e, com a mudança, o setor passará a pagar R$ 3,43 bilhões. O alívio não valerá para as incorporadoras e para a construção pesada, que toca grandes obras de infraestrutura.

Mais ainda: haverá, no primeiro ano da apli-cação do novo parâmetro de cálculo, uma sobra adicional de aproximadamente R$ 970 milhões para as empresas, decorrente da administração do fluxo de caixa. Este ganho advém da postergação do recolhimento porque o faturamento só ocorre na conclusão da edificação.

Já no “front” tributário, o governo, a pedido das construtoras, também vai reduzir de 6% para 4% a alíquota do RET (Regime Especial de Tributação), que reúne vários impostos numa única cobrança (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica, CLSS, PIS e Cofins). Com isso, deixarão de ser amealhados R$ 411 milhões em receitas neste ano.

Facilidades para habitações popularesAdemais, para as habitações de caráter social,

como as destinadas às famílias de baixa renda do Minha Casa, Minha Vida, o governo elevou de R$ 85 mil para R$ 100 mil o valor dos imóveis que se beneficiam de uma alíquota especial do RET de 1%. A iniciativa terá impacto de mais R$ 97 milhões em 2013.

MEDIDAS vISAM INCENTIvAR A PRODUÇÃO

Iniciativa terá impacto de mais R$ 97 milhões

em 2013

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panorama do setor

O pacote, finalmente, prevê R$ 2 bilhões em crédito, a serem concedidos pela Caixa Econômica Federal para que as construtoras de pequeno e médio portes possam obter recursos antecipadamente para administrar seu caixa. Se, an-tes, os financiamentos eram liberados depois da medição da obra, agora haverá liberação antecipada. A medida aplica-se a empresas que faturam até R$ 50 milhões por ano e prevê taxa de juros de 0,94% ao mês, com renovação automática das operações.

A indústria recebeu bem a concessão destas vanta-gens, mas faz algumas ressalvas e pede que as autoridades aprofundem o diálogo com as empreiteiras no sentido de aperfeiçoar as propostas feitas.

Assim, por exemplo, em relação à desoneração da folha, Eduardo Zaidan, vice-presidente de economia do SindusCon-SP, julga que seus efeitos serão muito desiguais sobre o setor, que é bastante heterogêneo. “Empresas mais automatizadas, que empregam mais tecnologia e possuem menos empregados, tirarão menor proveito do incentivo. Já as que operam de maneira mais

artesanal se beneficiarão mais”, compara ele.Zaidan lembra também que há construtoras que recor-

rem mais à terceirização de serviços e outras menos, sendo que esta diferença influi igualmente no resultado. Por essas e por outras, argumenta ele, “não é possível quantificar exatamente quais serão os desdobramentos em todo o segmento”.

Mais detalhadamente, o SindusCon-SP tem ponderado que a Medida Provisória pode ajudar uma parte das empresas, porém acabará onerando outras, caso não haja correção de rota. Deste modo, se uma empreiteira terceiriza uma série de atividades, as novas regras poderão gerar efeito inverso, elevando seus encargos previdenciários, pois não serão dedutíveis os valores recolhidos pelos terceirizados, como

ocorre hoje.Para que o objetivo da desoneração seja

atingido, sugere a entidade, há ao menos duas possibilidades: ou deixar a critério

da construtora migrar ou não para a contribuição sobre a receita ou

permitir que os encar-gos pagos

pelas terceirizadas possam ser abatidos pelo contratante principal.

Uso de novas tecnologiasCom respeito à carência de funcionários

qualificados, as empresas, para dar conta do aquecimento das encomendas, estão incre-mentando os investimentos em treinamento e reciclagem, com destaque maior agora para a introdução de novas tecnologias. A meta é tornar mais ágeis os processos de fabricação, potencializar a eficiência e encurtar o “time-to-market”.

Em relação às soluções tecnológicas, Eduardo Zaidan avalia que, de fato, a produ-tividade tem aumentado graças ao empenho das construtoras em abraçar as inovações. Entretanto, ele assinala que há uma série de condições para que estes recursos de ponta se mostrem realmente efetivos: investimen-tos expressivos, continuidade na aplicação, facilidade para aquisição, disponibilidade de equipamentos e preços acessíveis. “Além do mais, o uso de tecnologia não pode dar-se de modo isolado, mas deve ser um processo setorial. Por enquanto, ele está avançando apenas entre as empresas mais organizadas”, constata ele.

A realidade é que os dispêndios com ca-pital humano continuam tendo muito peso na composição do CUB (Custo Unitário Básico) do segmento no Estado de São Paulo, calculado pelo SindusCon-SP e pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). Em todo o ano de 2012, o indicador – que reflete a variação dos custos para cálculo nos reajustes dos contratos – fechou com alta de 7,29%, nível considerado dentro das expectativas.

Na formulação do índice, tiveram maior influência os materiais, que aumentaram 13,71%, e a mão de obra, que subiu 10,06%. De qualquer forma, Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos de construção da FGV, acredita que há boas perspectivas para que a evolução destes itens se mantenha sob controle.

A seu juízo, a redução das atividades no setor atenuou um pouco o problema do “apagão” de mão de obra e dos gastos

com salários. “E, na produção de materiais, a queda das tarifas de energia promovida pelo governo deverá ajudar a conter os preços”,

conclui ela.

Apenas as empresas mais

organizadas têm condições de

utilizar tecnolo-gias inovadoras

14

Page 15: Revista Feicon 2013

panorama do setor

ano de 2012 não foi dos melhores para a indústria de materiais de construção. As vendas aumentaram em 1,4% quando a expectativa era de

crescer 4,5%. As causas são bem conhecidas, destacando aqui o próprio andamento da economia internacional e brasileira como um todo, que inibiu investimentos públicos e pri-vados. O segmento imobiliário cresceu a taxas modestas e o destaque positivo mais uma vez foi o crescimento das vendas para o varejo que avançaram em torno de 7% em relação a 2011. Somam-se a isso outros fatores de menor im-pacto, mas é hora de pensar em 2013.

O que muda em 2013? Comecemos pelo varejo, que representa cerca de 50% das ven-das da indústria de materiais como um todo e 80% das vendas de materiais de acabamento. O varejo tem tudo para continuar forte em 2013. Isso porque a venda do comércio para as famílias, em obras de reformas e ampliações, depende fundamentalmente de renda, empre-go e crédito - todos com boas perspectivas para o futuro próximo. Vivemos uma situação de quase pleno emprego no país, mesmo consi-derando diferenças regionais. A renda continua aumentando, salário mínimo com aumento real e acordos salariais sendo fechados acima dos índices de inflação. Renda crescente e redução da pobreza são indicadores muito positivos, mas não se pode esquecer que é preciso

aumentar a produtividade da força de trabalho para que as empresas sejam mais competitivas. Crédito a juros civilizados começam a chegar ao mercado impulsionado principalmente pelos bancos públicos em um primeiro momento.

O que deve ocorrer é uma melhoria gradual do aperfei-çoamento no processo de aprovação do crédito às famílias, o que é saudável para evitar um aumento da inadimplência. Apesar das críticas, movidas pelos mais diferentes motivos, muitos especialistas acham que o nível de inadimplência e comprometimento da renda com financiamentos ainda estão em níveis aceitáveis e que as famílias estão cada vez mais conscientes e cuidadosas na tomada de crédito para suas compras. Concordamos que é necessário incrementar, in-centivar investimentos públicos e privados, mas mantendo as políticas de incentivo ao consumo. Empresas não subsistem sem vendas e ao lado disso, é justo e razoável imaginar que 50 milhões de pessoas que foram recentemente incorporadas ao que conhecemos como “mercado de consumo” não tenham suas expectativas de melhoria no padrão de vida frustradas. Apostamos que as vendas da indústria de materiais para o varejo e do varejo para as famílias devem crescer em torno de 8% em 2013.

Já as vendas da indústria para o segmento imobiliário – aqui inclusos condomínios residenciais, prédios comerciais, galpões industriais entre outros, devem crescer em torno de 4%. Esse mercado é fortemente influenciado pelo estado geral da economia.

Há uma tendência que a economia internacional tenha um comportamento um pouco melhor que em 2012. Os Estados Unidos se recuperam, a economia da zona do euro deve ficar igual ou ligeiramente melhor, China deve repetir 2012 em tor-

COMO CRESCER EM 2013

*Walter Cover

O

15mercado empresarialmercado empresarial

Page 16: Revista Feicon 2013

no de 7,7% de crescimento e o Japão recentemente mudou para um enfoque mais desenvolvimentista. Acreditem ou não, o Japão ficaria contente com uma inflação um pouco maior, se isso estiver no contexto de crescimento de sua economia, que há algum tempo está estagnada.

No Brasil estamos apostando que os leilões das concessões - anunciadas dentro dos programas do Governo Federal de incentivo a infraestrutura - co-mecem logo, e que haja avanço a partir do segundo semestre. A Copa do Mundo está mais próxima e as obras pertinentes terão que ser aceleradas. A redução do custo de energia elétrica deve animar boa parte dos empresários, mas vale lembrar que outra fonte de energia, o gás, é um insumo impor-tante na indústria de materiais e seu custo ainda elevado agrava em muito a competitividade de setores como cerâmica, vidros e outros.

A indústria aplaude as iniciativas do governo federal de reduzir o “custo Brasil”, com medidas de desoneração, redução de juros, mas vê com preocupação a sobrevalorização do Real - nossa moeda está entre as mais sobrevalorizadas do mundo. Isso tem impactado o mercado com um continuado aumento de importações e estagna-ção nas exportações dos materiais de construção. Importações cumprem um papel importante, mas quando feitas de forma não isonômica, com países exportadores subsidiando vendas de seus produtos ao Brasil, aí não é justo. Isso é agravado em muitos casos pela falta de conformidade técnica dos im-portados, que é difícil combatermos com os atuais mecanismos de averiguação e controle.

Com todo esse cenário acreditamos que ire-mos crescer 4,5% em 2013, mas é claro, “todo esse cenário” precisa acontecer.

Queremos, por fim, mencionar mais alguns pontos que a nosso ver precisarão de uma atenção especial, não só em 2013, mas nos anos futuros. Os governos estaduais precisarão fazer sua parte na desoneração dos impostos, parti-cularmente reduzindo o ICMS e simplificando o procedimento da Substituição Tributária, hoje um “monstrengo” em termos de complexidade e de não espelhar as margens realmente praticadas no mercado, onerando a tributação. Tão danoso como o excesso de tributação é sua complexidade, que exige das empresas a criação e manutenção de um pequeno exército administrativo para cuidar somente da burocracia fiscal. A elevada carga tri-butária estimula a informalidade que precisa ser combatida sem fronteiras: pelo mal que causam às empresas responsáveis e também à própria nação.

Enfim essas são as nossas expectativas para 2013. Vamos torcer e mais que isso, ajudar a torná-las rea-lidade. Com certeza, feiras do setor como a Feicon, representam uma excelente oportunidade não só par conhecimento das inovações, mas para discussão dos desafios e das oportunidades da construção no Brasil. ME

*Walter Cover é presidente da Associação Brasileira da Indústria

de Materiais de Construção

panorama do setor16

Page 17: Revista Feicon 2013
Page 18: Revista Feicon 2013

ão há como negar. Sem investimento, o país não alcançará em 2013 o crescimento de 4% previsto pelo governo. O consumo das famílias ajudou a segurar a economia nos últimos anos. Mas este motor esgotou

sua potência. E está claro também que esse dinheiro não tem como sair apenas dos cofres do governo, por uma simples razão.

Não há dinheiro público seja no Brasil, nos EUA e na Europa suficiente para fazer essas economias acelerarem o ritmo de crescimento. No Brasil, espe-cificamente não há como o Banco Nacional de De-senvolvimento Econômico e Social (BNDES) bancar os imensos desafios que se impõem para melhorar a infraestrutura do país. A queda do investimento foi a responsável pelo pífio crescimento do Produto Interno Bruto que tivemos em 2012 - as estimativas apontam para algo próximo de 1%.

Nesse cenário, é preciso retomar a confiança dos empresários no país seja através de parcerias públicos privadas ou concessões, um modelo que chegou a ser estigmatizado no discurso político, mas que tem se mostrado no atual governo uma das saídas para destravar a economia. O que foi feito até agora teve baixo efeito. Brasília desonerou a folha de pagamento de 20 setores importantes da economia. Reduziu o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de carros, eletrodomésticos, móveis. Também lançou um pacote de concessões para reduzir o custo de infraestrutura do país. Este conjunto de medidas deveria elevar a taxa de investimentos, mas ela tem se mantido estagnada em 18% do PIB.

A primeira mostra de que os investimentos e a gestão privada são essenciais para o desen-volvimento foi a concessão dos aeroportos, às vésperas da Copa do Mundo e as Olimpíadas. Os três primeiros aeroportos oferecidos para a iniciativa privada no ano passado - Guarulhos e Viracopos, em São Paulo, e o aeroporto de Brasília, servem como exemplo. Quem utilizou esses terminais depois das concessões ocorridas em novembro e dezembro do ano passado já notou melhorias como Wi-Fi grátis, banheiros reformados e segurança. Além disso, no aero-porto de Viracopos, o estacionamento que tinha uma receita de R$ 1 milhão por mês nos tempos de Infraero, tem hoje uma receita de R$ 1,8 mi-lhão, obtida pelo consórcio Aeroportos Brasil, conforme notícias publicadas na imprensa.

A mágica aconteceu sem aumento de preço. Houve apenas troca de operador e redesenho das vagas, ampliando a capacidade de cada ter-minal. Como se vê, a receita pode ser repetida em outras áreas.

É verdade que a crise na Europa, a fraqueza da economia dos EUA e as medidas atabalho-adas que Brasília tomou para baixar a conta de luz, como antecipar as concessões de empre-sas elétricas, manter a inflação sob controle, evitando reajustar os combustíveis vendidos pela Petrobras, vem deixando os empresários temerosos para investir. Tudo isso trouxe inse-gurança jurídica.

Mas no capitalismo esse risco deve sim ser

PRECISA SER RáPIDO!

N

opinião

*José Milton Dallari

18

Page 19: Revista Feicon 2013

assumido pela iniciativa privada que quer lucrar. Cabe ao governo criar as condições para o investimento. Essa é a essência do sistema: correr riscos para ter lucro. E no Brasil, temos condições melhores que os europeus e americanos para pisar no acelerador. Estamos com pleno emprego, ganho de renda, inflação em patamares controlados. Falta acertar os ponteiros.

Já há alguns movimentos isolados neste sentido, mas o processo precisa ser acelera-do. Segundo levantamento do Observató-rio PPP Brasil, há 24 projetos em consulta ou em licitação e 18 contratos em execução, prontos ou em obras, ligados aos governos estaduais. O governo de São Paulo, por exemplo, deve lançar este ano a licitação para a construção de três novas linhas do Metrô por meio de uma parceria público-privada. Desta vez, as empresas não vão participar apenas da operação, como já acontece na Linha Amarela, mas também da construção. Em Minas Gerais, começou a funcionar este mês, na cidade de Ribeirão das Neves, o primeiro presídio constru-ído e administrado por um consórcio de empresas privadas. É esse o caminho que o país precisa trilhar para voltar a crescer próximo de 4% ao ano.

E as decisões precisam ser rápidas. ME

*O administrador de empresas José Milton Dallari, integrante da equipe que implantou o Plano Real, é atualmente Diretor Adminis-

trativo e Financeiro da CDHU - Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do

Estado de São Paulo e membro do Conselho Deliberativo do SEBRAE-SP (Serviço Brasileiro

de Apoio Às Micro e Pequenas Empresas).

opinião 19mercado empresarialmercado empresarial

Page 20: Revista Feicon 2013

evento

mais conceituada feira do ramo da construção civil na América Latina, a Feicon Batimat, acontece em São Pau-lo de 12 a 16 deste mês de março. O

evento, que ocupará 85 mil metros quadrados no Pavilhão de Exposições do Anhembi e prevê receber mais de 130 mil pessoas entre visitantes e compradores, é visto pelo setor como palco ideal para atualização de mercado, intercâmbio de ideias e soluções, expansão do networking e concretização de negócios. Quem

promove é a Reed Exhibitions Alcantara Machado, em parceria com entidades do setor.

A edição de 2013 conta com 40 entidades apoiadoras, o do-bro em relação ao ano anterior. São sindicatos, associações e institutos relacionados à cons-trução civil, como iluminação,

design, engenharia, cerâmica, arquitetura, alumínio e máquinas, e que trazem consigo um público altamente qualificado.

Além dos novos apoiadores, a Feicon Ba-timat conta também com entidades que tradi-cionalmente já apoiam a feira, entre outras a Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento), a Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), a CBIC (Câ-mara Brasileira da Indústria da Construção), a Anamaco (Associação Nacional dos Comer-ciantes de Material de Construção), a Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção), e o Sincomavi (Sindicato do Comércio Varejista de Material de Construção, Maquinismos, Ferragens, Tintas, Louças e Vidros da Grande São Paulo).

Foco na Construção SustentávelParalelamente à feira, acontece de 12 e

15/3 a programação do Núcleo de Conteúdo, reunindo profissionais do mercado para deba-ter tendências, alternativas e soluções para os atuais desafios do setor. Haverá apresentações técnicas, palestras, painéis de debates e estudos

A

ATUALIzANDO O MERCADO DA CONSTRUÇÃO

Estima-se que mais de 130 mil pessoas entre visitantes

e compradores passarão pelo pavilhão durante os cinco dias

de evento.

20

Page 21: Revista Feicon 2013

evento

Feicon 2012 - Vista externa

Edição 2012 da mais conceituada feira do ramo da construção civil na América Latina

de casos. O público é composto por engenheiros, arquitetos, projetistas, orçamentistas, designers e demais profissionais envolvidos com obras e pro-jetos em construtoras, incorporadoras, indústrias em geral e órgãos públicos.

Vários seminários também estão programados. Entre eles, “Melhores Práticas para Construção Sustentável e Certificação LEED”, realizado em parceria com o Green Building Council Brasil (GBC Brasil), vai mostrar casos práticos de construções consideradas referência no universo da sustentabi-lidade no Brasil, como o case do hospital Albert Einstein, que tem certificação hospitalar LEED; o projeto da nova arena do Grêmio, em Porto Alegre; o processo de certificação em grandes indústrias, como a Coca-Cola em Maceió e a GM Motors, em Joinville. Temas como “residência unifamiliar”, o case do Shopping Tietê Plaza e a certificação do Pão de Açúcar também serão abordados.

A agenda engloba também o Seminário da ASBEA (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura), a Conferência Internacional Processo Aqua e o Seminário PINI. ME

21mercado empresarialmercado empresarial

Page 22: Revista Feicon 2013

gestão

m 2013, a construção brasileira tem potencial para crescer cerca de 3,5%. Empreendimentos imobiliários lançados em 2012 deverão ser edificados. Um

número crescente de moradias do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV) será construído. Obras de infraestrutura do PAC prosseguirão e outras serão iniciadas.

Obras esportivas e de mobilidade urbana com vistas à Copa de 2014 serão aceleradas. As construções resultantes das novas conces-sões de aeroportos, portos e rodovias vão se iniciar. De olho nas eleições de 2014, União e Estados deverão investir em obras públicas.

O temor de que os recursos originários da Poupança seriam insuficientes para dar conta do financiamento imobiliário dissipou-se. Mesmo com a remuneração menor de juros, o volume de depósitos aumentou. Na expectativa do mercado, os recursos serão suficientes até 2015, quando novas fontes de crédito como os covered bonds já estarão implementadas.

O setor habitacional também se beneficiou com a recente entrada em vigor da redução da alíquota do Regime Especial de Tributação (RET) de 6% para 4% nos empreendimentos imobiliários sob patrimônio de afetação, e a elevação para R$ 100 mil do valor das habitações de interesse social en-quadradas nesse regime à alíquota de 1%.

Outra medida, a ser implementada em abril, será a incidência da contribuição das construtoras e de suas terceirizadas sobre o faturamento e não mais sobre a folha de pagamentos. A MP que ins-tituiu essa mudança vai beneficiar uma parte das empresas, porém acabará onerando outras, caso não receba aperfeiçoamentos. Se a construtora tem uma receita expressiva obtida a partir de uma folha de pagamentos enxuta, com a terceirização das diversas etapas da atividade construtiva a outras empresas especializadas, as novas regras vão gerar efeito inverso, elevando seus encargos previdenci-ários, pois 2% sobre a receita será maior que 20% sobre a folha.

Já na hipótese de a empresa possuir uma folha de pagamento elevada com poucas terceirizações, haverá redução do encargo previdenciário.

EM BUSCA DE MAIS PRODUTIvIDADE

*Sergio Watanabe é pre-sidente do SindusCon-SP

(Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de

São Paulo), vice-presidente da CBIC (Câmara Brasileira

da Indústria da Construção) e diretor da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de

São Paulo)

E

22

Page 23: Revista Feicon 2013

gestão

Como consequência, o custo das obras também poderá se elevar ou diminuir, depen-dendo do nível de terceirização da empresa. Evidentemente, o que o setor produtivo, o governo e a sociedade perseguem é a dimi-nuição dos custos.

Para que as construtoras com alto nível de terceirização não sejam oneradas, deveria se deixar à opção de cada uma migrar ou não para a nova sistemática da contribuição.

Também seria justo permitir ao contratante principal o abatimento das contribuições ao INSS feitas pelas empresas contratadas para a construção da mesma obra.

Outro aperfeiçoamento recomendável é que a incidência da contribuição seja sobre a receita líquida da atividade produtiva propria-mente dita, e não sobre a receita bruta. Explica-se: se a construtora vender um ativo fixo, não será correto do ponto de vista tributário que esse valor seja contabilizado para efeito de cálculo da contribuição, que tem como base o trabalho dos funcionários e dos prestadores de serviços. ME

23mercado empresarialmercado empresarial

Page 24: Revista Feicon 2013

mercado

construção civil em alta, com a edificação de novos shopping centers, hipermercados e hotéis, além de projetos para a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016,

está impulsionando o setor de HVAC-R, o chamado ar-condicionado central. A Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-condicionado, Ventilação e Aqueci-mento (Abrava) projeta um aumento de 6% para 2013 sobre o bom desempenho deste ano.

A alta está sendo puxada basicamente pelos novos shoppings e, principalmente, pelo grande número de empreendimentos hoteleiros em construção ou em re-forma. Também estão em expansão empreendimentos

imobiliários fora das capitais que vão sediar os jogos e que visam acomodar dois públi-cos em franco crescimento no país: o turista de negócios e os novos turistas oriundos da classe média emergente.

O crescimento do setor está intimamente ligado à construção porque, ao contrário do aparelho individual, que pode ser instalado a qualquer tempo, o ar-condicio-nado central obedece a um projeto - de construção, de reforma ou de instalação do equipamento - que requer planejamento e exige do fornecedor um suporte de pós-venda.

O setor também cresce por conta do grande número

de lançamentos de projetos comerciais de pequeno e médio portes, revela Alvaro Ruoso, gerente de produto de condi-cionadores de ar da Samsung. Segundo ele, as vendas dos aparelhos do tipo VRF, uma modalidade de condicionador comercial que permite individualizar o uso do aparelho e, por isso mesmo, mais voltada para os segmentos de escri-tórios e de hotelaria, estão com crescimento na faixa de 30% ao ano.

Projetos buscam certificação LeedDe acordo com o executivo da Samsung, o impulso

tem sido dado pelos projetos que buscam a certificação de baixo consumo de energia Leed (leadership in energy and environmental design). A concentração econômica tem feito com que as regiões Sudeste e Sul predominem, com 70% dos investimentos, diz o Ruoso.

“O boom imobiliário de São Paulo tem sido importante, juntamente com os investimentos em infraestrutura, incluin-do os da Copa e da Olimpíada”, diz Thiago Arbulu, gerente de ar-condicionado comercial da LG. Até a primeira semana de dezembro a empresa contabilizava um crescimento de 40% nas vendas do segmento VRF este ano.

A principal vantagem do VRF em relação ao sistema convencional de ar central, conhecido como água gelada, é a economia de energia, porque não precisa funcionar a plena carga o tempo todo. Seu uso torna-se mais racional em ambientes em que a necessidade do equipamento se dá em momentos diferentes do dia. Um hotel, por exemplo.

É esperado um aumento de 6% para 2013

A

CONSTRUÇÃO EM ALTAESTIMULA O SETOR DE

AR-CONDICIONADO CENTRAL

24

Page 25: Revista Feicon 2013

mercado

A maior companhia de construção de capital aberto dos Estados Unidos chegou ao Brasil. Com US$ 23 bilhões de faturamento em 2011, a Fluor Corporation vai disputar, prioritariamente, o merca-do de engenharia e construção para o setor de óleo e gás, segundo o jornal Valor.

“A intenção é que daqui a poucos anos tenhamos a mesma atuação [no Brasil] que temos hoje no Mé-xico”, diz Peter Oosterveer, presidente da unidade de energia e química da Fluor.

Segundo a publicação, a prioridade para o merca-do de óleo e gás foi definida a partir da constatação de grandes investimentos no setor nos próximos anos. “Estamos no Brasil porque é onde haverá um dos maiores índices de crescimento no mundo. Além disso, temos um bom currículo em óleo e gás. E como haverá bastante investimento nesse setor, não vejo como não estar aqui”, diz Oosterveer. ME

GIGANTE AMERICANA DA CONSTRUÇÃO INICIA ATIVIDADES NO BRASIL

Se o apartamento está desocupado ou o hóspede está fora, a unidade interna não precisa ser acionada, reduzindo o consumo.

Em escritórios com salas individuais ou para poucas pessoas a situação é a mesma, principalmente quando as pessoas trabalham em horários variados ou são obrigadas a deixar temporariamente o ambiente para reuniões ou atuação externa. Já no shopping center, onde o horário de funciona-mento é mais uniforme e existem grandes áreas abertas, o aparelho central convencional faz mais sentido.

Para melhorar mais a eficiência energética, as empresas têm investido pesado em novas tecnologias. De acordo com Arbulu, nos últimos três anos os aparelhos lançados melhoraram em 50% o consumo energético em relação às gerações anteriores desses equipamentos. Uma unidade VRF, também chamado multisplit de grande capacidade, pode ser conectado a até 64 unidades internas. Fonte: Valor ME

Com US$ 23 bi de faturamento em 2011, a Fluor Corporation vai disputar o mercado de engenha-ria e construção para o setor de óleo e gás

25mercado empresarialmercado empresarial

Page 26: Revista Feicon 2013

mercado

governo estadual e a Empresa Brasileira de Infraes-trutura Aeroportuária (Infraero) definiram o local de uma das estações mais aguardadas da Linha 17-Ouro do Metrô, que será feita em forma de monotrilho: a do Aeroporto de Congonhas. Será construída na Rua

Rafael Iório, quase na esquina com a Avenida Washington Luís, na zona sul, mas do lado oposto do aeroporto. O acesso dos passageiros à estação será feito por meio de uma passagem subterrânea de 80 a 100 metros, que será cons-

truída sob um túnel já existente ali, o Paulo Autran.

A definição enterra de vez os planos do Metrô de fazer uma estação embaixo do aeroporto, como era previsto inicialmen-te. Também fica descartada a construção do acesso a partir do saguão principal de Con-

gonhas. Agora, o túnel vai sair de uma área na frente do guarda-volumes do aeroporto, diante de uma das entradas do edifício-garagem, no subsolo. É no mesmo piso onde param os ônibus fretados e onde os passageiros pegam táxi ao desembarcar.

O túnel será semelhante ao que existe na ligação entre as Estações Consolação da Linha 2-Verde e Paulista da Linha 4-Amarela. A ideia em Congonhas é também colocar esteiras rolantes para facilitar a caminhada. O percurso, porém, é bem maior: na Paulista, são cerca de 40 metros de esteira.

No túnel do aeroporto, será pelo menos o dobro. “Isso não é raro. Em outros locais, você anda 300, 400 metros. Cem metros é bastante razoável, tem caminha-das bem maiores. Estamos analisando a necessidade da esteira”, disse o secretário de Transportes Metropolita-nos, Jurandir Fernandes. A entrada no túnel vai poder ser feita por escada rolante e elevador.

Pelo menos uma desapropriação é certa para que a estação saia do papel. Parte do terreno do Corpo de Bombeiros, que fica na Rua Rafael Iório, terá de ceder lugar à futura estação. Por enquanto, não há interdições previstas no trânsito da região.

AtrasoAs obras da Linha 17-Ouro já estão em andamento

desde março e a colocação dos pilares que sustentarão o monotrilho já interditam parcialmente o trânsito da Avenida Jornalista Roberto Marinho. As primeiras esta-ções, porém, só vão ficar prontas no segundo semestre de 2014, depois da Copa. A promessa inicial era que saísse em junho, dias antes do Mundial, mas o governo culpa um atraso de oito meses na obtenção da licença ambiental.

O monotrilho será construído em fases - a estação do aeroporto faz parte do primeiro lote. Neste primeiro trecho, terá oito estações e ligará o aeroporto à Estação Morumbi da Companhia Paulista de Trens Metropolita-nos (CPTM). Na segunda fase, cruza o Rio Pinheiros em direção a Paraisópolis e Morumbi. Fonte: Estadão ME

Passageiro do mono-trilho passará por túnel embaixo de avenida para ir ao aeroporto

O

ESTAÇÃO DO METRôSERá A 100 M DE CONGONhAS

26

Page 27: Revista Feicon 2013

mercado

MVC, empresa líder nacional no desen-volvimento de soluções em plásticos de engenharia e pertencente às Empresas Artecola e à Marcopolo, firmou uma

joint venture para atuação no Brasil. A joint venture cria a Stabilit MVC Brasil e foi assinada com a empresa Stabilit, do Grupo Verzatec, do México, segunda maior empresa do mundo na fabricação de chapas em compósitos reforçados com fibra de vidro pelo processo de laminação contínua.

A Stabilit MVC Brasil receberá nos próxi-mos três anos investimentos de R$ 5 milhões, será instalada em Caxias do Sul, no complexo industrial da MVC já existente, e começará a produzir este ano. O controle será 51% da MVC e 49% da Stabilit.

Segundo Gilmar Lima, diretor-geral da MVC, o objetivo da joint venture é fabricar per-fis pultrudados e comercializar no Brasil toda a linha de soluções, como chapas em compósito reforçado com fibra de vidro para construção civil (revestimentos decorativos e de proteção), e chapas em policarbonatos para coberturas, além de peças para caminhões frigoríficos.

“A intenção inicial é focar o mercado brasileiro e, em um segundo momento, expandir para outros países da América do Sul. Os principais segmentos de atu-ação serão construção civil, transporte, implementos rodoviários e infraestrutu-ra”, explica Lima.

A Stabilit MVC Brasil fabricará pro-dutos pelo processo de pultrusão, que tem grande potencial de crescimento devido às vantagens que proporciona em redução de peso, qualidade de acabamento, durabilidade e alta resistência mecânica e à corrosão. De acordo com Gilmar Lima, o mercado de pultrusão está crescendo de forma significativa em todo o mundo, e no Brasil as perspectivas são melhores ainda, sobretudo para o segmento de construção civil que praticamente não utiliza este processo. “A aplicação dos perfis pultrudados tem sido maior em plataformas petrolíferas, polos petroquímicos, redes elétricas e escadas de serviços, entre outros, mas sua utilização pode triplicar com a entrada no mercado da construção civil”, comenta.

“Em um primeiro momento os perfis pultrudados produzidos pela Stabilit MVC Brasil serão fornecidos para o sistema cons-trutivo WALL SYSTEM, da Poloplast Painéis, para substituição da estrutura metálica em escolas e casas. Logo em seguida, fo-caremos nos demais segmentos, como transporte, implementos rodoviários e infraestrutura. Nosso objetivo é atingir receita de R$ 30 milhões até 2014”, finaliza Gilmar Lima. ME

MvC FIRMA NOvA jOINT vENTURE PARA PRODUzIR PERFIS PULTRUDADOS NO BRASIL

Uma no Paraná e outra no Rio Grande do

NorteA

27mercado empresarialmercado empresarial

Page 28: Revista Feicon 2013

mercado

ara atender a demanda por engenharia voltada a grandes projetos, a Pöyry, empresa finlandesa de consultoria e serviços de engenharia, decidiu implantar, como parte de sua estratégia de ne-

gócios, Centros de Engenharia em diversas localidades do mundo. Até o momento, existem três complexos em funcionamento, na Polônia, China e Tailândia.

Para o Brasil, os principais benefícios serão a ca-pacidade de combinar o conhecimento dos requisitos e necessidades locais, com um maior acesso a mão de

obra qualificada, assim como a possibilidade de acompanhar de forma mais próxima o trabalho

de fornecedores de equipamentos e mate-riais situados no leste europeu e na Ásia,

em particular na China, responsável por grandes investimentos industriais no Brasil.

De acordo com o plano estabe-lecido pela empresa, o Brasil poderá utilizar esses centros para fazer intercâmbio de engenharia de de-talhamento de projetos que estejam acontecendo no País. O intercâmbio

com a Polônia começou no ano passado e alguns profissionais daquele país já realizaram estágios com equipes de profissionais brasileiros para a familiarização com requisitos locais.

“Até o momento, o intercâmbio com o Brasil ocorreu na disciplina de mecânica, com maior ênfase na atividade de criação de modelos 3-D, mas este ano a previsão é ampliar o compar-tilhamento de recursos para as disciplinas de automação, elétrica e tubulação”, conta Marco Giusti, diretor de Engenharia e Operações da Pöyry.

A companhia já atuou desta forma para projetos liderados por escritórios da Europa e da Ásia e prevê que ainda este ano consiga fazer a transferência completa da engenharia de detalhamento de um projeto liderado pelo escritório do Brasil no setor de papel e celulose. A Pöyry acredita na possibilidade de integrar a engenharia brasileira aos demais centros, o que permitirá que sua atuação seja como usuário ou provedor de recursos de engenharia para gran-des projetos. Fonte: Administradores.com ME

EMPRESA FINLANDESA CONSTRóICENTRO DE ENGENhARIA PARA INTERCâMBIO DE PROjETOS

A Pöyry acredita na pos-sibilidade de integrar a

engenharia brasileira aos demais centros

P

28

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Vo l .4

1Fascículo

m 2030, a população urbana será o dobro da que vive na área rural. Os novos recordes virão acompanhados de um grande desafio – tornar este cresci-mento sustentável para não deixá-lo se

transformar em uma sentença de morte para o planeta Terra, preservando o meio ambiente para não compro-meter os recursos naturais das gerações futuras.

E

Pensando nas gerações futuras

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Sustabilidade

m algum momento no decorrer de 2007 e, pela pri-meira vez na historia da humanidade, o número de pessoas vivendo em cidades ultrapassou o das que vivem em zonas rurais. Em 2030, a população urbana será o dobro da que vive na área rural. Os novos

recordes virão acompanhados de um grande desafio – tornar este crescimento sustentável para não deixá-lo se transformar em uma sentença de morte para o planeta Terra.

Em 1950, quando a população urbana era de apenas 30%, o total de emissões globais de CO2 correspondia a um bilhão de metros cúbicos. Hoje são sete bilhões.

Em 2015, segundo previsões das Nações Unidas, 36 mega-lópoles terão mais de oito milhões de habitantes. Duas destas estarão na África, uma nos países Árabes, 22 na Ásia, três na Europa, seis na América Latina e Caribe e duas na América do Norte.

Na opinião do diretor do Painel Intergovernamental de Mu-danças Climáticas (IPCC), Rajendra K. Pachauri, “nós falharemos

E

Sustabilidade

Desenvolvimento

sustentável

se não atacarmos o problema agora e nos adaptarmos às mudanças climáticas”.

Quanto tempo ainda temos para começar a agir? O que é preciso fazer?

Para ser alcançado, o desenvolvimento sustentável depen-de de planejamento e do reconhecimento de que os recursos naturais são finitos. É uma nova forma de desenvolvimento econômico, que leva em conta o meio ambiente. Sugere qualidade em vez de quantidade, com a redução do uso de matérias-primas e produtos e o aumento da reutilização e da reciclagem.

Desenvolver-se economicamente é vital para os países mais pobres, mas o caminho a seguir não pode ser o mesmo adotado pelos países industrializados. Mesmo porque não se-ria possível. Caso as sociedades do Hemisfério Sul copiassem os padrões das sociedades do Norte, a quantidade de com-bustíveis fósseis consumida atualmente aumentaria 10 vezes e a de recursos minerais, 200 vezes. Ao invés de aumentar

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Vo l .4 Vo l .1

me 40% das pedras e areia utilizados no mundo por ano, além de ser responsável por 25% da extração de madeira anualmente.

É natural que a sustentabilidade assuma, gradualmente, uma posição de cada vez mais importância neste cenário.

Construções sustentáveisO conceito de Construção Sustentável baseia-se no desenvol-

vimento de modelos que permitam à construção civil enfrentar e propor soluções aos principais problemas ambientais de nossa época, sem renunciar à moderna tecnologia e a criação de edifi-cações que atendam as necessidades de seus usuários.

A questão ambiental vem sendo debatida em todo o mundo, e tornou-se necessário adequar a arquitetura a esta demanda. Diversos países criaram critérios de avaliação para construções sustentáveis.

Os métodos para avaliação ambiental de edifícios surgiram na década de 1990 na Europa, EUA e Canadá com a intenção de encorajar o mercado a obter níveis superiores de desempenho ambiental. Pelo fato das agendas ambientais serem diferencia-das, os métodos empregados em outros países não devem ser utilizados sem as devidas adaptações, incluindo a definição dos requisitos de sustentabilidade que devam ser atendidos pelos edifícios no Brasil.

Atualmente, praticamente cada país europeu, além de Esta-dos Unidos, Canadá, Austrália, Japão e Hong Kong, possui um sistema de avaliação de edifícios. No Brasil, o atestado de boa conduta ambiental e social mais difundido é a Certificação LEED do USGreen Building Council (GBC) [Conselho Norte Ameri-cano de Prédios Verdes]. Mas outros sistemas de certificação estão começando a despontar. Em abril de 2008 foi lançada a certificação para empreendimentos sustentáveis Alta Qualidade Ambiental (AQUA), adaptada para atender as características ambientais do país.

A arquitetura e a construção sustentáveis entendem as edificações como parte do habitat vivo em que estão inseridas. Construir sustentavelmente é promover intervenções sobre o meio ambiente, sem esgotar os recursos naturais, preservando-os para as gerações futuras. Tal modelo de construção utiliza ecomateriais e soluções tecnológicas inteligentes, que promovem a redução da poluição, o bom uso e a economia de água e de energia e o conforto de seus usuários.A obra sustentável deve aproveitar os passivos dos recursos naturais (como por exemplo, iluminação natural), racionalizar o uso de energia, prover sistemas e tecnologias que permitam redução no consumo de água (reuso, aproveitamento da água de chuva), contemplar áreas para coleta seletiva de lixo (reciclagem) e criar ambientes saudáveis, utilizando tecnologias para regular acústica e temperatura.

Uma construção sustentável utiliza materiais e tecnologias biocompatíveis, que não agridem o meio ambiente, seja durante

os níveis de consumo dos países em desenvolvimento, é preciso reduzir os níveis observados nos países industrializados.

Os crescimentos econômico e populacional das últimas dé-cadas têm sido marcados por disparidades. Embora os países do Hemisfério Norte possuam apenas um quinto da população do planeta, eles detêm quatro quintos dos rendimentos mundiais e consomem 70% da energia, 75% dos metais e 85% da produção de madeira mundial.

O metabolismo das cidades As cidades e seu metabolismo são as grandes responsáveis

pelo consumo de materiais, água e energia, sendo assim razoável pensar que, em um futuro próximo, continuarão a produzir grande impactos negativos sobre o meio natural.

Muitos destes impactos negativos são gerados pelo setor da construção civil, que responde por 40% do consumo mundial de energia e por 16% da água utilizada no mundo. De acordo com dados do Worldwatch Institute, a construção de edifícios conso-

Com o meio ambiente degradado, o ser humano abrevia o seu tempo de vida; a economia não se desen-volve; o futuro fica insustentável

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SustabilidadeSustabilidade

o processo de obtenção, fabricação, aplicação e durante a sua vida útil. Para tanto, é necessário utilizar produtos à base de água ou 100% sólidos, pois estes materiais não emitem gases nem odores quando em contato com o oxigênio.

Eco-bairrosOs eco-bairros são uma tendência e crescimento no mundo.

O conceito de eco-bairro implica a busca de inserção urbanística e social através da requalificação do território, mediante edificações eco-sustentáveis, articuladas a um espaço público qualificado, garantindo acessibilidade física e comunicacional para todos.

O projeto de eco-bairro se coloca um passo à frente na abordagem territorial e de comunidades sustentáveis, na políti-ca de cidades. A concepção compreende um amplo leque de questões que vão desde o planejamento urbano estratégico eco-eficiente (manejo adequado dos recursos econômicos, físicos e humanos), as escolhas dos sistemas para redução do consumo energético e a articulação com sistemas de transporte público de qualidade não poluentes, até a escolha dos materiais (garantindo máxima auto-conservação e utilização de materiais encontrados num raio de 50 Km, visando a diminuição da produção de gases oriundos do transporte), a incorporação de ruas arborizadas e espaços públicos paisagisticamente concebidos, e a coleta seletiva do lixo.

Dependendo do número de habitantes que formarão parte dos diferentes eco-bairros, podem ser previstas plantas de reci-clagem de lixo e de tratamento de esgoto doméstico.

O projeto deve visar a boa localização das edificações em relação ao sol (sombreamento das fachadas, ventilação cruzada e máxima iluminação dos ambientes de acordo com as funções, com o objetivo de reduzir o consumo de energia) - o que exige articular cuidadosamente avanços tecnológicos, qualidade do de-sign arquitetônico e urbanístico, reciclagem de técnicas e materiais, educação ambiental, e conscientização do cidadão.

Casas em forma de ovo formam um dos mais belos eco-bairros do mundo. O complexo se estende pela histórica Nottingham e se tornou ícone da arquitetura sustentável no Reino Unido. A Egg-Shaped é referencial em eficiência energética e foi projetada pelo escritório Evgeni Leonov Architects.

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Vo l .4 Vo l .1

Sustentabilidade é a capacidade do ser humano interagir com o mundo, preservando o meio ambiente para não comprometer os recursos naturais das gerações futuras. É um conceito que integra questões sociais, energéticas, eco-nômicas e ambientais.Sem considerar a questão social, não há susten-tabilidade. Em primeiro lugar é preciso respeitar o ser humano, para que este possa respeitar a natureza. E do ponto de vista do ser humano, ele próprio é a parte mais importante do meio ambiente. Sem energia a economia não se desenvolve. E se a economia não se desenvolve, as condições de vida das populações se deterioram. Sem consi-derar a questão ambiental, também não há desenvolvimento sustentável. Com o meio ambiente degradado, o ser humano abrevia o seu tempo de vida; a economia não se desenvolve; o futuro fica insustentável.O princípio da sustentabilidade aplica-se a um único empreen-dimento, a uma pequena comunidade, até o planeta inteiro. Para que um empreendimento humano seja considerado sustentável, é preciso que seja: ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente justo e culturalmente diverso.

construção vErdE custa mais caro?

A adoção de soluções ambientalmente sustentáveis na cons-trução não acarreta em um aumento de preço, principalmente quando adotadas durante as fases de concepção do projeto. Em alguns casos, podem até reduzir custos. Ainda que o preço de implementação de alguns sistemas ambientalmente sustentáveis em um edifício verde gere um custo cerca de 5% maior do que um edifício convencional, sua utilização pode representar uma economia de 30% de recursos, durante o uso e ocupação do imóvel.

Um sistema de aquecimento solar, por exemplo, se instalado em boas condições de orientação das placas, pode ser pago, pela economia que gera, em apenas um ano de uso. Edifícios que empregam sistema de reuso de água (a água dos chuveiros e lavatórios, após tratamento, volta para abastecer os sanitários e as torneiras das áreas comuns) podem ter uma economia de água da ordem de 35%. Por princípio, a viabilidade econômica é uma das três condições para a sustentabilidade.

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Sustabilidade

Considerado o edifício comercial mais sustentável do mundo, o Bullitt Center está prestes a ser inaugurado. Cons-truído em Seattle, nos EUA, o prédio combina uma série de tecnologias “verdes” que o tornam um exemplo a ser seguido. E, apesar de não empregar nenhum método inédito para se tornar mais eficiente, a inovação está em utilizar todas as tec-nologias disponíveis de forma simultânea.

De acordo com o site Fast Company, 100% da energia consumida no edifício será gerada a partir de painéis solares instalados no telhado, e um reservatório subterrâneo servirá para armazenar a água da chuva, que será utilizada para suprir todas as necessidades do Bullitt Center. Aliás, o reservatório é tão eficiente que inclusive poderá manter o prédio abastecido durante um período de até 100 dias no caso de um período de seca.

Edifício mais sustEntávEl do mundo

A estrutura — de seis andares e mais de 4.600 metros quadrados — também conta com um sistema de climatização geotérmica e banheiros secos, equipados com compressores de ar, água e uma solução não poluente à base de sabão. Os resíduos gerados pelos ocupantes do prédio serão enviados a estações de tratamento, onde serão tratados e transformados em compostos orgânicos.

Os responsáveis pelo projeto também cuidaram para que seja possível tirar o máximo proveito da luz natural para iluminar os ambientes. Outro cuidado foi com relação à escolha dos materiais empregados na construção e acabamento do Bullitt Center, que não contêm nenhuma substância considerada como prejudicial para o meio ambiente de acordo com a “Lista Vermelha de Materiais”. A inauguração do edifício mais sustentável do mundo deve ocorrer ainda este mês.

Reprodução/Bullitt Center

Localizado em Seattle, prédio combina várias tecnologias “verdes” de forma simultânea.

Sustabilidade

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Vo l .4 Vo l .1

no dia a dia das pEquEnas E médias EmprEsasDiferenciação competitividade, imagem e oportunidade de ganhos

Segundo o Guia Exame 2012, parte da estratégia de negócios de um número crescente de corporações, a sustentabilidade é um tema que, aos poucos, começa a fazer parte do dia a dia também das pequenas empresas. Uma pesquisa realizada no ano passado pelo Sebrae revela que, de uma amostra de 3.900 companhias, 70% fazem coleta seletiva de lixo, 72% controlam o consumo de papel, 81% evitam o desperdício de água e 82% adotam medidas para economizar energia. Na maioria dos casos, essas ações são adotadas de forma pontual, desvinculadas de um plano de negócios, mas, aos poucos, aumentam os casos de empresários que tratam a sustentabilidade como fator de diferenciação e competitivi-dade. Segundo a pesquisa do Sebrae, 46% dos entrevistados identificam “oportunidades de ganhos” com as práticas sustentáveis.

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Sustabilidade

Fontes: Wikipédia, Guia Exame 2012; Paula Scheidt/InstitutoCarbonoBrasil; CriaAr-quitetura Sustentável, WWF Brasil, TecMundo

Sem a estrutura de uma grande corporação, nas peque-nas e médias empresas muitas vezes a iniciativa de produzir sustentavelmente depende da inspiração e da liderança do próprio dono do negócio. E os exemplos mais bem-sucedidos são daquelas comandadas por empreendedores engajados nas questões ambientais e capazes de mobilizar os funcionários em torno de suas ideias.

É esse o perfil do empresário Gilberto Meirelles, dono da Estação Resgate, empresa de São Paulo que recicla o entulho da construção civil e o transforma em matéria-prima que é utilizada novamente nas obras. Antes de criar esse negócio, em 2009, Meirelles, que é formado em administração, trabalhou durante três anos na Amazônia, numa entidade cujo objetivo é preservar a biodiversidade da região. De volta a São Paulo, onde nasceu, Meirelles percebeu que só conseguiria trabalhar em algo que tivesse a sustentabilidade na essência do negócio. Surgiu, assim, a Estação Resgate. A empresa recebe das obras caçambas de entulho que normalmente seria despejado nos aterros sanitários. O material é separado e peneirado e retorna

ao mercado em forma de areia, pedra e pedriscos, usados na fabricação de blocos e em pavimentação. Com esse processo, a empresa consegue reaproveitar 80% do entulho.

A Estação Resgate já nasceu “verde”, mas a maioria das empresas começa a adotar práticas sustentáveis aos poucos, seja porque percebe a importância dessas ações seja porque acredita que faz bem para sua imagem. Seja qual motivo for, a decisão de incorporar a sustentabilidade ao negócio pode representar uma guinada na empresa. Especializada em pisos e revestimentos cerâmicos rústicos finos, a Lepri, de Tambaú, interior de São Paulo, foi fundada na década de 70. Em 2005, passou a usar como matéria-prima resíduos de vidro de lâmpadas fluorescentes – material que, até poucos anos atrás, era raramente reaproveitado. Hoje, 99% dos revestimentos e pisos da Lepri são ecologicamente corretos.

Na próximaedição:

A INDÚSTRIA SUSTENTÁVEL

Sustabilidade

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39

MATERIAL DE CONSTRUÇÃO REGISTRA CRESCIMENTO DE 3,5%

s vendas de material de constru-ção no comércio varejista atingi-ram R$ 55 bilhões em 2012 no País, volume que representa um

crescimento de 3,5% sobre o igual período de 2011, segundo informa a Câmara Bra-sileira da Indústria da Construção (CBIC) com dados divulgados pela Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco). O crescimento de 3,5%, no entanto, ficou abaixo do índice registrado em 2011, de 4,5%, em relação ao ano de 2010.

O valor de R$ 55 bilhões, porém, é o maior já registrado pelo setor em um único ano, informou, em nota, a Anama-co. Para este ano, a associação espera um crescimento mais forte, na casa dos 6,5%. Segundo o presidente da Anamaco, Cláu-dio Conz, o setor está otimista em relação ao desempenho deste ano em virtude das medidas de incentivo do governo e tam-bém devido ao calendário de eventos no País, como as Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016. “Estamos muito otimistas, principalmente por causa da manutenção da redução do IPI para os produtos do setor, das obras do Minha

Casa, Minha Vida e dos eventos esportivos no País”, disse o executivo em nota.

Conz lembrou que também há expectativa de melhora no desempenho das linhas bancárias para financiamento das compras de materiais de constru-ção para pequenas construções e reformas. “Re-forma e construção demandam planejamento e todas essas ações vão ajudar a dar fôlego ao nosso desempenho”, disse.

De acordo com a pesquisa da entidade, as vendas de materiais no varejo ficaram estáveis em dezembro ante novembro, e cresceram 5,5% na comparação com o mesmo mês de 2011. Segundo Conz, a perfor-mance do setor no último mês de 2012 surpreendeu positivamente. Por ser um mês festivo, dezembro costuma apresentar vendas abaixo do verificado em outros meses. “Tivemos um mês de dezembro com desempenho de vendas similar a novembro. Além disso, o último trimestre do ano apresentou uma média de vendas superior aos demais trimestres”, explicou o presidente da Anamaco. ME

As vendas no comércio varejista atingiram R$ 55 bilhões em 2012

A

economia 39mercado empresarialmercado empresarial

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Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) disponibilizará R$ 59,6 bilhões em 2013, que serão aplicados nas áreas de habitação,

saneamento e infraestrutura. A previsão é que até 2016 sejam aplicados nessas áreas R$ 240 bilhões. Os valores foram confirmados , em dezembro último, pelo Conselho Curador do FGTS.

Para a área de habitação foram aprova-dos, para o próximo ano, R$ 47,4 bilhões. Saneamento básico e infraestrutura terão R$ 5,2 bilhões e R$ 7 bilhões, respecti-vamente. Dos recursos para habitação, a maior parte, R$ 36,7 bilhões, será destinada à habitação popular, principalmente aos beneficiários do Programa Minha Casa, Minha Vida. O Programa Pró-Moradia vai receber R$ 1 bilhão e para outros pro-

gramas não enquadrados, como habitação popular, estão designados R$ 3,3 bilhões. Com subsídio a famílias de baixa renda, está prevista a destinação pelo fundo de R$ 6,4 bilhões em descontos.

Os valores estão enquadrados, principalmente, nas dire-trizes e metas do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) e do Programa Minha Casa, Minha Vida.

Os conselheiros também aprovaram a suplementação de R$ 400 milhões de subsídio para habitação popular ainda este ano. Com a suplementação, o valor que era R$ 6,4 bilhões vai alcançar R$ 6,8 bilhões em 2012. O valor inicial aprovado no orçamento total deste ano foi 43,9 bilhões, mas, com as suplementações, o FGTS liberou um total de R$ 74,7 bilhões.

O Conselho também apresentou a previsão de gastos para o período entre 2014 e 2016, ano de realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas, respectivamente. Pela proposta serão destinados R$ 60,2 bilhões do fundo a cada ano. Fonte: Agência Brasil ME

FGTS TERá ORÇAMENTO DE R$ 59,6 BILhõESPARA hABITAÇÃO, SANEAMENTO E INFRAESTRUTURA EM 2013

Para a área de habitação foram aprovados, para o próximo ano, R$ 47,4 bilhões. Saneamento básico e infraestrutura terão R$ 5,2 bilhões e R$ 7 bilhões

O

economia40

Page 41: Revista Feicon 2013

Foram liberados R$ 26 bi em 2012

Caixa Econômica Federal informou, na primeira se-mana do ano, que registrou um recorde nos financia-mentos para operações de infraestrutura e saneamento ambiental em 2012. O banco contratou um montante

de mais de R$ 26 bilhões, viabilizando um investimento total de R$ 53,8 bilhões.

Segundo informações do Portal Planalto, os recursos fo-ram destinados a financiamentos de projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), de infraestrutura do Pro-grama Minha Casa Minha Vida (PMCMV), de implementação da mobilidade urbana vinculada à Copa das Confederações e à Copa do Mundo, além de investimentos nos segmentos de energia renovável – eólica e de pequenas e médias centrais hidrelétricas – e da construção naval.

A Caixa informou ainda que já está iniciando as operações com recursos dos Fundos de Desenvolvimento do Centro Oeste, Nordeste e da Amazônia, voltados a empreendimentos em infraestrutura, após regulamentação pelo Ministério da Integração Nacional e Conselho Monetário Nacional (CMN), em dezembro de 2012.

Segundo o vice-presidente de Governo e Habitação da instituição, José Urbano Duarte, um dos principais objetivos do banco em 2013 é consolidar a posição de principal estruturador e financiador de projetos de longo prazo. ME

usto da construção civil no estado de São Paulo fechou o ano de 2012 em R$ 1.024,77 o metro quadrado – informa a Agência Brasil. O índice é 7,29% maior

que em 2011, mas abaixo do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) apurado em 2012, que foi de 7,82%. Calculados pela Fundação Getulio Vargas, os números foram divulgados em 7/1 último pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Es-tado de São Paulo.

Os custos das construtoras com material de construção subiram 3,71%; 10,06% com mão de obra, e 8,09% com salário dos engenheiros. A média ponderada entre os três itens resulta na variação de 7,29%, utilizada nos reajustes dos contratos de obras.

De acordo com o sindicato, os insumos que subiram acima do IGP-M foram a alimentação tipo marmitex (10,9%) e a massa pronta para reboco externo com impermeabilizante (8%). Também sofreram altas significativas a tinta látex branca (6,89%), o bloco cerâmico para alvenaria vedação (6,37%), o aço CA-50 (6,19%) e a esquadria de correr quatro folhas (6%). ME

CAIxA ECONôMICA BATE RECORDE DE FINANCIAMENTOS PARA INFRAESTRUTURA

METRO qUADRADO 7,29% MAIS CARO

EM SP

A

C

O custo é de R$ 1.024,77 por m2

economia 41mercado empresarialmercado empresarial

Page 42: Revista Feicon 2013

meio ambiente

COMPANhIAS NÃO CONSEGUEM “LIMPAR” CADEIA DE FORNECEDORES

Pesquisa revela maior conscientização de empresas sobre os riscos das mudanças climáticas ao utilizarem fornecedores que não adotam práticas ambientais, porém mostra dificuldades para o engajamento em ações

42

Page 43: Revista Feicon 2013

meio ambiente

I nvestir na sua empresa visando contribuir com a luta global para a redução das emissões de gases do efeito estufa já é um desafio, porém, tentar lidar com a cadeia de fornecedores é um obstáculo ainda maior que diversas

companhias estão tentando superar. Muitas vezes, as emissões decorrentes dos fornecedores de um determinado produto são muito mais significativas do que a sua fabricação em si, portanto, olhar para as fases anteriores pode trazer muitos benefícios para a mitigação das mudanças climáticas.Para lidar com essas dificuldades, o Carbon Disclosure Project (CDP) criou o projeto Supply Chain (CDP SC). Em 2012, o CDP conduziu a sua quinta pesquisa anual entre as empresas que participam da iniciativa, revelando que a conscientização sobre os riscos impostos pelas mudanças climáticas em sua cadeia de fornecedores é maior do que nunca.Dos questionados, 70% identificam riscos atuais ou futuros, com potencial para afetar significativamente seus negócios ou renda. Na cadeira de fornecedores, mais da metade dos riscos identificados devido à seca e precipitação extrema já afeta as operações das empresas ou devem afetar nos próxi-mos cinco anos.Os questionados afirmam que investem cada vez mais em ações que cortem suas emissões e resultem em economia, po-rém se percebeu uma notável brecha entre o seu desempenho e dos seus fornecedores. Apenas 38% dos fornecedores, em comparação com 92% dos membros do CDP SC, disseram ter metas para o corte nas emissões.Em se tratando de investimentos em iniciativas que cortem emissões, 27% dos fornecedores e 69% dos membros con-firmaram o repasse de recursos.Comparando com dados de 2011, houve um aumento de 19%

para 29% na proporção de fornecedores percebendo bene-fícios em termos monetários e de corte de emissões. Esses 29% que cortaram emissões dizem ter economizado US$ 13 bilhões como resultado.Dos que estão investindo na redução das emissões, 73% dizem acreditar que as mudanças climáticas apresentam um risco físico para suas operações, sendo que apenas 13% identifica a regulamentação como único risco.Melhorar a reputação através de credenciais ‘sustentáveis’ e aumentar a compreensão da empresa sobre o comportamento relacionado à sustentabilidade dos consumidores foram os dois fatores identificados neste ano pelos questionados como prin-cipais oportunidades para a criação de valor empresarial.Nesta edição, mais de seis mil fornecedores de 52 dos 54 membros do ‘CDP Supply Chain’ receberam questionários. As repostas chegaram a 2.415. Destes 54 membros, 22 são eu-ropeus, 19, norte-americanos e sete, latino-americanos. Entre as empresas brasileiras no CDP SC estão a Fibria Celulose, Suzano Papel e Celulose, Vale, Banco Bradesco, Braskem, Colgate Palmolive, Eletropaulo e Marfrig Alimentos.“Fazer investimentos na sustentabilidade da cadeia de fornece-dores é importante, mas a iniciativa também precisa vir acom-panhada de esforços de melhoria de desempenho em várias áreas: gestão de informações, inserção da sustentabilidade nas atividades cotidianas; e o gerenciamento de múltiplas partes da organização mais efetivamente”, ressalta o CDP.Para o futuro, o CDP aponta que seus membros devem estar conscientes da importância tanto da proteção con-tra os riscos quanto da valorização dos seus negócios. Fonte: Instituto CarbonoBrasil/ Fernanda B. Müller ME

43mercado empresarialmercado empresarial

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meio ambiente

ormatizações e certificações am-bientais trarão mudanças no setor da construção. A questão acústica, por exemplo, será cobrada com veemência

pela Norma de Desempenho NBR 15575, a partir deste mês de março de 2013. As empre-sas começam a se preparar.

A Nanotech do Brasil foi pioneira no lan-çamento de uma tecnologia em revestimento acústico que atende aos novos requisitos. Por ser à base de água, o Nanosound garante não agredir o meio ambiente. Pode ser aplicado em qualquer ambiente em que se deseja eliminar reverberações provenientes de sons internos. A empresa também está negociando com indústrias de cimento e pisos a utilização da tecnologia como aditivo na formulação dos materiais.

NConstrução

civil é uma das atividades que causa mais im-pacto ao meio

ambiente

Além disso, o produto também atende a fatia do mercado que busca certificações ambientais para seus empreendimentos. A nova versão da LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), da organização americana U.S. GBC, traz novos requisitos referentes à acústica. Para obter a versão atu-alizada do selo deverá ser comprovada maior eficiência nessa área. O GBC Brasil também incluiu o item em seu Referencial para Casas Sustentáveis, lançado em outubro.

Construções que pretendem buscar o financiamento da Caixa devem ter atenção redobrada. O desempenho acústico do em-preendimento também é exigido pelo “Selo da Caixa”, ou o recurso financeiro não será liberado. Fonte: Obra24horas ME

NOVAS NORMAS E CERTIFICAÇõES AMBIENTAIS PROVOCAM MUDANÇAS NO MERCADO DA CONSTRUÇÃO

SP TERá SISTEMA PARA RASTREAR RESíDUOS DA CONSTRUÇÃO CIvIL

O estado de São Paulo está estruturando o Sistema de Gestão Eletrônica e Rastreabilidade de Resíduos da construção civil. O principal objetivo é possibilitar ao órgão público a rastreabilidade e coleta de dados de forma eletrônica em todos os pontos, desde locais de origem desses resíduos até sua destinação final, possibilitando a visualização do reaproveitamento de materiais e do descarte efetuados. ME

O sistema vai proporcionar a visualização do

reaproveitamento de materiais e do

descarte efetuados

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case & case

TECNOLOGIA DE PONTA PARA CONSTRUIR

O MAIOR TúNEL DO BRASIL

Rio-Petrópolis (BR-040), que divide tráfego pesado com interesse turístico na região serrana fluminense, ganhará o maior túnel rodoviário do país. Perto do

trecho conhecido como Belvedere, será construída uma obra com 4.640 metros de extensão. O empre-endimento, ainda em fase de obtenção de licença ambiental, tem previsão de ficar pronto até 2015.

Para a engenharia nacional, que só recente-mente passou a incorporar a construção de túneis em projetos de rodovias, a obra na BR-040 será a oportunidade de consolidar tecnologias e incor-porar novas técnicas de escavação. Por causa das características geológicas do terreno, é possível que

os três métodos mais conhecidos de abertura de túneis sejam aplicados no empreendimento: o em abóboda e rebaixo, que utiliza explosivos; a NATM (New Austrian Tunnelling Method) e o TBM (Tunnel Boring Machine).

Segundo o engenheiro Edson Peev, que integra a diretoria do Comitê Brasileiro de Túneis, o Brasil possui know-how suficiente para aplicar as três tecnologias no túnel da Rio-Petrópolis. “As construtoras brasileiras, inclusive, têm sido convidadas e participado de vários projetos de construção de túneis na América Latina, e em alguns países da Europa, da África e do Oriente Médio”, diz.

Peev também destaca que o país não precisa importar profissionais para atuarem no túnel da BR-040, pois possui engenheiros especializados nesse tipo de obra. “Temos um bom número de especialistas em túneis, principalmente para construção com o método convencional. No entanto, com a crescente demanda por túneis que se espera para os próximos anos, é provável que haja falta de profissionais, sobretudo

A

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case & case

TECNOLOGIA DE PONTA PARA CONSTRUIR

O MAIOR TúNEL DO BRASIL

com especialidade em escavações mecanizadas”, afirma.Segundo o diretor do CBT, a expectativa é que com

o recente anúncio de concessões de rodovias e ferrovias para a iniciativa privada os trechos passem a ganhar mais túneis para encurtar distâncias.

Concreto projetadoNo caso do túnel da BR-040, independentemente

da tecnologia empregada, o projeto prevê que haverá duas frentes de escavações, cada uma avançando até 180 metros por mês. Conforme os trechos forem abertos, o revestimento será feito com concreto projetado. O sistema consiste em lançar o material sob alta pressão contra as paredes do túnel. O impacto do concreto contra a base promove sua compactação, resultando em um revestimento de alta resistência. Para esse método, a dosagem de cimento oscila entre 300 kg/m³ a 500 kg/m³, com a espessura da camada chegando a 150 mm. ME

A obra, na rodovia Rio-Petrópolis, terá 4.640 metros de extensão e deverá estar

pronta até 2015

Sua casa está ficando pe-quena e você não tem mais espaço para construir? Que tal expandir para debaixo da terra? Esta é a ideia do estudante de arquitetura e design Jeff Kamuda, da Syracuse University, nos

Estados Unidos. Ele projetou um centro de convivência subterrâneo no Central Park, em Nova York. A estrutura é similar a de um prédio, mas ao invés de ser para cima, são 11 andares para baixo.

Além disso, ele prevê também três andares na super-fície. Esta parte é chamada de Portal. Lá, funcionaria um museu com a história da cidade de Nova York. Para Kamuda, prédios e cidades merecem um espaço para reflexão. A parte inferior é batizada de Canion e abrigaria espaços para outras exposições.

O projeto nos incita a aproveitar mais o espaço sub-terrâneo, mas sempre com uma ligação com a superfície, que permita a entrada de luz, diferente de metrôs e túneis. Com o crescimento desenfreado das grandes cidades, esta é uma solução que oferece novos espaços públicos de convivência para os moradores. A ideia também poderia ser aplicada para prédios residenciais e comerciais. Fonte: Casa e Jardim ME

11 ANDARES DEBAIxO DA TERRA

A estrutura é simi-lar a de um prédio, mas ao invés de ser para cima, são 11 andares para baixo

47mercado empresarialmercado empresarial

Page 48: Revista Feicon 2013

reflexão

Embora países ricos, como o Japão, detenham grande tecnologia para a construção de edi-fícios resistentes a abalos sísmicos, o Haiti não se recuperará tão cedo do terremoto que

devastou o país em 2010. Foi pensando em criar uma alternativa de baixo custo, acessível para regiões mais pobres, que a engenheira espanhola Belén Horta e seus colegas desenvolveram um novo sistema de construção, que batizaram de IMS (Integral Masonry System: sistema de alvenaria integral). Os resultados dos testes práticos, com construções re-ais, feitas com vários tipos de materiais, provaram que uma casa construída com este sistema estável suporta terremotos fortes, que submetam a construção a acele-rações de até 1,8 g. Além disso, passado o tremor, basta que as eventuais trincas sejam consertadas para que a construção retorne ao seu nível original de resistência. E isso foi obtido usando apenas materiais de construção disponíveis em áreas muito pobres, como adobe, tijolos furados, blocos de concreto e aço de construção.

Suportes entrelaçados O sistema de alvenaria integral usa um conjunto entrela-çado de suportes feitos com barras de aço de construção - ou vergalhões -, as mesmas usadas para a construção

de lajes e concreto armado. Esses suportes são dispostos de forma a terem interseções em três direções, criando uma malha muito resistente aos sacolejos aleatórios de um terremoto. Vem então o mais interessante. O interior dos suportes de aço pode ser preenchido com o material de construção que estiver disponível, o que inclui de tijolos comuns a barro usado para fazer adobe, e até rejeitos. Por cima, uma única laje comum é suficiente para dar rigidez à construção.

Recuperável O que torna o sistema de alvenaria integral ainda mais interessante para áreas pobres é que ele dispensa o concreto, podendo ser feito inteira-mente com materiais locais - apenas o aço de construção precisaria ser trazido de fora. “Além disso, esse sistema de construção alter-nativo possibilita reconstruir as casas afetadas por um terremoto com a mesma segurança ne-cessária para enfrentar outra catástrofe futura,” dizem os pesquisadores. Fonte: Instituto de Engenharia ME

Engenheiros da Politécnica de Madri, na Espanha, projetaram e construíram várias casas de baixo custo resistentes a terremotos

O

DE BAIxO CUSTO

case & case

ANTITERREMOTO

48

Page 49: Revista Feicon 2013

Terá 838 metros de altura e 220 andares

ChINA CONSTRóI

O MAIOR EDIFíCIO

maior edifício do mundo está sendo construído na China em apenas 90 dias. O Sky City, que terá 838 metros de altura e 220 andares, vai fazer parte do cenário da cidade de Changsha, próxima ao rio

Ziangjiang, a partir de março deste ano.A promessa é da empresa responsável pela construção,

a Broad Sustainable Building, que tem em seu histórico um hotel de 30 andares levantado em apenas 15 dias. Agora a construtora prevê fazer uma média de cinco andares por dia. Alguns engenheiros envolvidos no projeto também tra-balharam no Burj Khalifa, o atual maior prédio do mundo, que fica em Dubai e tem 829 metros de altura.

Para atingir a impressionante média de construção, será usada uma tecnologia modular pré-fabricada desenvolvida pela própria Broad Sustainable Building, que promete tornar a obra mais barata do que a do Burj Khalifa. A previsão é que os custos por metro quadrado sejam de US$ 1,5 mil, enquanto a torre de Dubai custou US$ 15 mil por m2 .

A estrutura poderá abrigar mais de 31 mil pessoas

O Sky City usará surpreendentes 220 mil to-neladas de aço. A estrutura poderá abrigar mais de 31 mil pessoas de “comunidades de baixa e alta renda”. A empresa diz que a área residencial ocupará 83% da construção, enquanto o resto será de escritórios, escolas, hospitais, lojas e restaurantes. As pessoas vão se mover para cima e para baixo usando 104 elevadores de alta velocidade. Afirma também que o prédio será resistente a terremotos de magnitude 9 e a incêndios por “até três horas”, assim como também será extremamente eficiente em energia graças a isolamento térmico, janelas de vidro e técnicas diferentes para ar condicionado que já foram usadas em construções anteriores. ME

O

case & case

DO MUNDO EM 90 DIAS

49mercado empresarialmercado empresarial

Page 50: Revista Feicon 2013

inovação

esquisadores da Escola Politécnica de Zurique (ETH, na sigla em alemão), desenvolveram um sistema capaz de armazenar o calor do verão no solo e depois, no inverno, coletá-lo. O objetivo é fazer com que o cam-

pus em Zurique praticamente não emita mais CO2 até 2025. E isso sem a necessidade de isolar termicamente a construção. Nesse sistema, o excesso de calor no verão é armazenado no solo ao invés de ser “combatido” por sistemas de refrigeração e depois despejado no meio ambiente. Já no inverno, o calor armazenado é utilizado para o aquecimento.

Como funciona? De uma forma simplificada, o calor é coletado através de um sistema de circulação de água e de armazenamento no subsolo. Ou seja, a água é aquecida du-rante o verão e depois depositada duzentos metros abaixo da superfície em compartimentos especiais. No inverno, bombas injetam essa água no sistema de aquecimento do prédio e que, por consequência se esfria através da utilização nos radiadores. Fria, a água é depositada mais uma vez no solo e, durante o verão, utilizada para refrigerar o edifício.

Economia anual de um milhão“Fascinante é que seja possível alcançar a sustentabilidade

apenas com ajuda do sol, e que terra nos possibilite armazenar essa energia segundo as diferentes estações do ano”, explica Hansjürg Leibundgut, professor de técnicas de construção na ETH.

Ao se conseguir reduzir as emissões de CO2 ao mínimo até 2025, consequentemente o uso de óleo para aquecimento será substituído pela energia obtida através do armazenamento de água na terra. A percentagem de energia gasta para bombear a água no sistema interno de circulação, seja para aquecer ou refrigerar as instalações, deve ser de 10%. Esse sistema deve permitir à ETH economias anuais de até um milhão de francos suíços.

800 sondas subterrâneasO campus da ETH em Hönggerberg é um complexo de

vários edifícios, dos quais a grande maioria foi construída entre 1970 e 1995. Os engenheiros começaram em 2006 a construir

um sistema de armazenamento subterrâneo de energia e também a modernização na estrutura das construções.

Uma vantagem é que, desde o início, todos esses edifí-cios eram aquecidos através de um sistema central, ou seja, eles são conectados entre si por um sistema subterrâneo de canais que podem ser percorridos até por veículos. Isso facilitou a instalação dos canos de água entre o depósito subterrâneo e as construções.

Quando terminado, o sistema será composto por 800 sondas subterrâneas. A energia armazenada por ela significa a economia anual de 1.500 toneladas de óleo de aquecimento. Até hoje, 230 sondas já foram instaladas. O sistema já funciona desde abril de 2012 e está instalado nas construções da universidade que já foram saneadas.

Sistema alternativoO professor Leibundgut e vários outros colegas do

Departamento de Arquitetura da ETH de Zurique veem no sistema de armazenamento subterrâneo de energia uma alternativa à “embalagem” das casas, ou seja, ao isolamento completo através de diferentes materiais de revestimento e janelas especiais. A introdução dessas técnicas através dos padrões “minergie” na Suíça não é possível em construções antigas, já que suas fachadas estão tombadas pelo patrimô-nio. E, nas novas construções, elas limitam a criatividade dos arquitetos.

Assim um grande banco de Zurique decidiu modernizar um complexo de apartamento construído em 1995 segun-do o modelo utilizado no campus da ETH. Para isso, os engenheiros instalaram no pátio interno dos edifícios, que abrigam no total 55 apartamentos, 16 sondas subterrâneas. No teto foram colocados coletores solares de energia e para aquecimento da água.

O objetivo é reduzir as emissões de CO2 ao máximo, sem a necessidade de isolar completamente as fachadas das construções. “Só dá para ver que elas foram pintadas e que nos tetos foram instalados os coletores híbridos. O revestimento foi trocado, mas por um mais eficien-te e com a mesma espessura”, acrescenta Leibundgut. Fonte: O portal suíço de notícias ME

SISTEMA ARMAzENA CALORDO vERÃO NO SOLO

P

Pesquisadores desenvolveram um sistema capaz de armazenar o calor do verão no solo e depois, no inverno, coletá-lo

50

Page 51: Revista Feicon 2013

a Capital paulista, apostar em empreendi-mentos com ares de bairros planejados, total ou parcialmente abertos à comu-nidade do entorno, é tendência entre as

grandes construtoras. Trata-se de terrenos de até 25 quarteirões - raros hoje em São Paulo, princi-palmente nos endereços mais centrais - modelados para aproximar residências, escritórios, comércio e parques. São projetos com valor estimado de venda de até R$ 4 bilhões.

Um dos mais recentes é o da Odebrecht Reali-zações Imobiliárias nas imediações do Brooklin e da Chácara Santo Antônio, na zona sul, que prevê, em 80 mil metros quadrados (ou oito quarteirões), prédios comerciais, residenciais, hotel, shopping e um parque. O empreendimento terá acesso livre da população externa - exceto as torres residenciais. A estimativa é que, depois de todas as fases entregues, em 2020, o local receba 65 mil pessoas diariamente, sendo 45 mil de fora. “Esse modelo é comum em cidades que passaram por revitalização, como Nova York”, afirmou à Folha de S.Paulo o diretor regional da construtora, Paulo Aridan.

Outro desses empreendimentos fica na Barra Funda, zona oeste. Trata-se de uma área de 250 mil metros quadrados (25 quarteirões) que abrigará torres residenciais, comerciais, centro para lojas de conveniência e praça aberta ao público. O projeto é da Tecnisa e da PDG, responsáveis também pela

infraestrutura da área, incluindo a abertura de nove ruas e duas avenidas.

Diferentemente do empreendimento do Brooklin, em que já houve lançamento de uma torre de escritórios - o metro quadrado foi comercializado por R$ 14,2 mil-, o da Barra Funda aguarda liberações para começar as vendas. “Pretendemos lançar a primeira etapa, que são seis prédios residenciais e a praça, até o fim do ano”, disse à Folha o diretor-executivo técnico da Tecnisa, Fabio Villas Bôas. A estimativa é que o empreendimento seja totalmente entregue em seis anos.

Até um “mall”Em Interlagos, também na zona sul, um terreno

de 200 mil metros quadrados (20 quarteirões) reuni-rá residências, clube, parque e um “mall” (pequeno shopping) aberto ao público. O projeto, da Tiner e da Brookfield Incorporações, teve a primeira fase lançada em 2008 e deverá estar concluído em 2016. “Optamos por abrir ao público só o centro comercial porque a preferência dos potenciais compradores era que o empreendimento fosse fechado”, diz Ricardo Laham, diretor da Brookfield.

Diferentemente dos casos do Brooklin e da Barra Funda, o terreno adquirido há quase dez anos não faz parte de nenhuma operação urbana. Não houve, portan-to, exigência específica da prefeitura quanto à ocupação. “Áreas desse tipo praticamente não existem mais em São Paulo.” Com informações da Folha de S. Paulo ME

BAIRROS PLANEjADOS: APOSTA DAS GRANDES CONSTRUTORAS

Grandes terrenos modelados para abrigar residên-cias, escritórios, comércio e par-

ques. Alguns terão até shoppings.

N

tendência 51mercado empresarialmercado empresarial

Page 52: Revista Feicon 2013

tendência

egundo dados da Associação Brasileira de Shopping Centers (ABRASCE), em novembro de 2012, o país ganha cerca de dois shoppings a cada dia. Ao todo o Brasil inaugurou 27 shoppings no último ano e 48 outros já foram anunciados

para 2013, atendendo a um mercado consumidor cada vez mais atento a tendências de consumo. O crescimento destes grandes centros de compras reflete também o desenvolvimento de um produto comum em sua composição: o vidro.

Há poucos anos, entrar em um shopping center era como entrar em uma “câmara fechada”. A falta de contato com o exterior e o não apro-veitamento da luz natural imprimia a sensação de enclausuramento. Para a arquiteta e gerente de Marketing da GlassecViracon, Claudia Mitne, a mudança no design do shopping faz parte de uma evolução natural de toda a arquitetura brasileira e mundial, que prega maior interação e transparência. “É fato também que o vidro imprime re-cursos sustentáveis no processo produtivo, que vão além da fachada, em outras importantes áreas, como os imensos guarda-corpos, por exemplo, gerando economia em larga escala”, pontua.

Dentre os projetos mais recentes da GlassecViracon está o recém-inaugurado RioMar Shopping, em Recife/PE, considerado o maior shopping da América Latina. Pertencente ao Grupo JPCM, o empre-endimento é composto por mais de 400 lojas em 5 pavimentos. A obra durou cerca de dois anos para ser concluída e teve muitos desafios,

como relembra Claudia Mitne, ao citar a dimen-são do empreendimento e suas características de grandes vãos, muita transparência e baixa refle-xão, além da grande exigência pela excelência de desempenho do produto/serviço.

A logística de entrega do vidro foi outro diferencial, pois o produto seguia paletizado, com sistema de içamento para retirada das peças dos caminhões para a descarga diretamente no andar de colagem, o que possibilitou um índice de perdas entre transporte e descarga inferior a 0,5%.

Com investimento estimado em R$ 600 mi-lhões, o empreendimento compreende 295 mil m² de área construída, onde estão empregados os 17.200 mil m² de vidros, dos quais 30% são duplos insulados de controle solar Low-e seri-grafados na cor azul, e o restante de laminados (Low-e, incolor e temperado).

Toda a composição foi distribuída tanto na fachada quanto na grande cobertura, que imprime uma belíssima luminosidade, porém com grande conforto térmico em todo o ambiente. ME

O vidro imprime recursos sustentáveis no processo produtivo, que vão além da fachada

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NOVOS ShOPPINGS,NOVAS VITRINES DE VIDRO

52

Page 53: Revista Feicon 2013

tecnologia

Color Futures 2013, resultado do encontro anual de um grupo inter-nacional de profissionais experts em criação nos campos de design, arqui-

tetura e moda, promovido pela Akzo Nobel, concluiu que a cores-chaves deste ano têm como ponto de partida a cor Violeta.

O grupo reúne seus pontos de vista, percepções e conclusões, sobre uma grande variedade de fontes e influências culturais. Assim, a cada ano, apresenta uma tendência dominante ou uma ideia ou valor latente a partir dos quais a paletas de cores é de-senvolvida. Se no ano passado, o estado de espírito dominante foi “Possibilidades’, para 2013 as comunidades e os indivíduos abraçam essas possibilidades para formar “Conexões” em um mundo cheio de con-flitos e crises.

A cor de 2013 teria a função de um esparadrapo para nossas vidas atribuladas. É um indigo, que possui influência do vio-leta, nobre, sábio e profundo associado a

honestidade. Uma cor contundente e firme, porém de fácil assimilação.

Na paleta de cores formada a partir daí estão tons diferenciados de vermelhos, laranjas, amarelos, verdes, azuis e neutros. As nuances do vermelho vão de um escuro tom amora à cor de melancia e a um rosa delicado. Já os laranjas estão mais para o chocolate do que para o café e os mais claros che-gam ao coral e ao pêssego. Os amarelos combinam o limão com tons amantei-gados. Os azuis vão desde o safira profundo e índigo acinzentado até o ciano brilhante e índigo puro. Quanto aos esverdeados, nuances bronze e azeitona equilibram a influência do azul. Com lilás e cor de erva-dedal de um lado e rosa acinzentado no outro, os violetas e roxos oferecem uma coleção cheia de mistério. Combinando com essas cores, tons neutros quentes e frios. ME

Mistura de índigo e violeta, o tom transmite repouso e tranquilidade em um mundo repleto

de conflitos

O

“vIOLETA INSPIRADO” é A COR DE 2013

tendência 53mercado empresarialmercado empresarial

Page 54: Revista Feicon 2013

inovação

ma fixação ideal, a qual se encaixa sem pro-blemas no material base, é o grande objeto de desejo e uma dúvida que se estende para muitos usuários. Como resolver um

problema de fixação de maneira rápida e eficiente, com segurança e menores custos? Hoje segu-rança e custo são prioridades quando o assunto é fixação. Cargas maiores com diâmetros menores aumentam a produtividade e diminuem o custo. Selecionando o tipo certo de fixação, pode-se economizar muito tempo e dinheiro, garantindo a segurança da instalação.

Quando se trata de escolher o tipo certo de fixação, o fator mais importante é identificar o material base em que o processo será realizado. Não se trata de um grande problema quando o material base está exposto, já possível identificá-lo, seja uma base de alvenaria, bloco vazado ou maciço, por exemplo. Se a parede é rebocada ou revestida, o ideal é que se faça uma perfuração. Esta simples ação poderá auxiliar na definição deste material base.

A Bucha de Expansão costumava ser a fixa-ção padrão, garantindo um bom resultado em materiais maciços, como concreto e alvenaria maciça. O clássico entre as fixações de expansão é a Bucha S, desenvolvida pela fischer e lançada em

1958, sendo a mais vendida e conhecida no mun-do. Hoje, o clássico abre espaço para as Buchas Universais, indicadas para fixação em qualquer tipo de material base, abrindo destaque para a Bucha Universal UX. A velocidade da tecnologia, porém, pede evolução para atender a esta neces-sidade com uma nova bucha desenvolvida com maiores investimentos em processos tecnológicos. A evolução é representada pela Bucha SX, com sua função de expansão quádrupla que garante segurança e qualidade com excelentes cargas. O produto oferece resultado é perfeito. O grande lançamento da Bucha SX ocorrerá no Brasil em setembro deste ano.

Materiais base de baixa-resistência, como, tijolo vazado, alvenaria oca, bloco oco e drywall, podem não apresentar excelentes resultados com a utilização de Buchas de Expansão. Para esta situ-ação, a Bucha Universal UX é ideal, devido ao seu sistema de contração garantida em forma de nó, que faz com que a bucha se adapte perfeitamente a materiais de base oca.

Portanto, antes de realizar qualquer tipo de fixação consulte a qualidade das opções existen-tes e que garantem segurança e produtividade na fixação. E, antes de tudo, avalie o material base a ser fixado. ME

(*) Joachim Mauz é engenheiro e res-ponsável pelo In-ternational Techni-cal Department da fischer Alemanha. Contatos no Brasil - Eng. Cesar Bisetto - [email protected]

A NOvA TENDÊNCIA DA FIxAÇÃO COM TECNOLOGIA

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artigo técnico

Por * Joachim Mauz

54

Page 55: Revista Feicon 2013

inovação

norma “NBR 6118 – Projeto de estruturas de concreto – Pro-cedimento” está em revisão. A nova norma concentra-se nos

procedimentos e une os concretos simples, armado e protendido. Co-brimentos mínimos de armadura au-mentam e o controle de fissuras passa a ser mais rigoroso.

Segundo informações do Clube de Engenharia, a principal mudança é a introdução de novo dimensionamento da resistência do concreto, que a partir da revisão passará a ser entre 50 e 90 MPa. A NBR 6118 passou por uma reforma em 2003, mas alguns pontos ficaram sem modificação. Em 2006, a Abece (Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural) promoveu uma campanha para apro-fundar o debate e reunir sugestões de revisão, aberta a todos os profissionais

A da área. No ano seguinte, a comissão de estudos avaliou as propostas enca-minhadas e introduziu outras modifi-cações para acompanhar a evolução do mercado.

O documento caminha na mesma direção da tendência mundial: separa em normas distintas os procedimentos de projeto e execução e une, em cada um desses textos, os concretos sim-ples, armado e protendido, que passam a ser tratados de forma contínua, com gradação de armação e protensão. Ao separar requisitos de projeto e execu-ção, a revisão estabeleceu melhores pa-râmetros para o controle da qualidade das estruturas, que são, desta forma, classificadas em quatro categorias de exposição referentes à agressividade ambiental. Foram necessários quase dez anos para que a nova norma fos-se revisada, publicada e colocada em vigor. ME

PROjETOS DE CONCRETO PARA EDIFICAÇõES E PONTES: NORMATIzAÇÃO PASSA A SER MAIS RIGOROSA

A aprovação de projetos de construção e de reformas começa a ficar mais rápida em São Paulo. Acaba de ser concluída a primeira etapa da já anunciada informatização do processo de análises de plantas paulistanas. “A perspectiva é diminuir o tempo de análise em 30%”, disse o diretor do Departamento de Aprovação das Edificações (Aprov), Alfonso Orlandi Neto, ao jornal O Estado de São Paulo. Até o final de novembro último, foram protocolados 1.313 processos e 404 estão sob análise. Falta, porém, informatizar outras secretarias envolvidas no processo, como a do Verde e do Meio Am-biente, a de Transporte e a de Infraestrutura Urbana e Obras.

Antes, um projeto podia levar até dois anos para ser aprovado na Prefeitura de São Paulo. Em outras cidades, como Londres, a adminis-tração dá seu parecer em até cinco meses.

A implementação do novo sistema começou no fim de setembro passado, depois de uma série de denúncias. E foi necessária a criação de uma espécie de help desk, uma central de atendimento para tirar dúvidas e ajudar os usu-ários. Em parceria com a Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA), a Prefeitura realizou um seminário para explicar melhor o sistema aos profissionais ligados à área da construção civil. ME

Controle de fissuras passa a ser mais rigoroso

APROvAÇÃO DE PROjETOS PELA PREFEITURA DE SP

DEvE FICAR MAIS RáPIDO

Em Londres, o processo leva 5

meses; em SP até dois anos antes

da informatização

legislação 55mercado empresarialmercado empresarial

Page 56: Revista Feicon 2013

tecnologia

GESSO PODE SER RECICLADO INDEFINIDAMENTE

Estima-se que o resíduo do gesso represente em torno de 4% do volume do descarte da

construção civil

56

Page 57: Revista Feicon 2013

m estudo conduzido na Unicamp apontou a viabilidade de reciclar o resíduo do gesso proveniente da construção civil. A pesquisa, desenvolvida pela engenheira civil Sayonara Maria de Moraes Pinheiro, atestou a possibilidade de recuperar o

material, mantendo as mesmas propriedades físicas e mecânicas do gesso comercial.

O crescimento da construção civil no país na última década tem acentuado o descarte inadequado do resíduo no ambiente, que pode contaminar o solo e o lençol freático. “Mostramos que é viável recu-perar um resíduo que não era considerado possível de ser reciclado. Tanto que não existem usinas de reciclagem para este material no país. Estima-se que o resíduo do gesso represente em torno de 4% do volume do descarte da construção civil, que no Estado de São Paulo corresponde a mais de 50% de todo o resíduo sólido urbano gerado,” evidencia a engenheira civil.

Gesso sustentávelO modelo experimental para a reciclagem do resíduo envolve

duas fases, moagem e calcinação. Após estas etapas foram avaliadas as propriedades físicas e mecânicas do material reciclado. “Os resíduos foram submetidos a ciclos de reciclagem consecutivos. Com estes ciclos, nós queríamos verificar se era possível reciclar o gesso, que já havia passado por processo de reciclo. Chegamos até o 5º ciclo de reciclagem e o gesso apresentou características químicas e micro-estruturais similares ao longo de todo o processo. Podemos inferir, portanto, que ele pode ser reciclado indefinidamente”, conclui.

Os ciclos de reciclagem provam, segundo a engenheira, que o gesso da construção civil pode ser totalmente sustentável. “Pode-se utilizar o resíduo do gesso em diversos ciclos de reciclagem, que é uma das diretrizes da sustentabilidade no setor. Além disso, evita a extração da matéria-prima de fabricação do gesso, que é a gipsita”, complementa. Com informações do Jornal da Unicamp ME

U

tecnologia

m novo pavimento a cada dois dias. Esse é o ritmo que a Pernambuco Construtora Soft está seguindo no Reserva São Louren-ço - bairro planejado em implantação em São Lourenço da Mata, próximo à Cidade

da Copa. A construtora está utilizando uma nova técnica que garante a agilidade das obras, a partir do sistema construtivo de paredes e lajes de concreto moldadas no local ao mesmo tempo - as armações das paredes são montadas, em seguida são inseridas as instalações elétricas e, por fim, a concretagem das formas das paredes e lajes é finalizada.

“São formas com quadros metálicos galvani-zados e com chapa de Alkus, material vindo da Áustria, feito de polipropileno, que possibilita várias reutilizações e possíveis reparos, caso necessário”, explica o gerente de planejamento da Pernambuco Construtora, Felipe Grisi. Graças à adoção da téc-nica, a primeira etapa do Reserva São Lourenço será entregue dentro de 18 meses, em janeiro de 2014. Serão cinco quadras e 16 torres nessa fase.

Ao todo, o residencial terá 64 torres que forma-rão 17 condomínios independentes com área de lazer própria. Cada bloco terá oito pavimentos, totalizan-do 2.048 unidades. Contará com uma área de 120 mil m² de mata preservada e cada apartamento terá entre 48,75 m² e 49,12 m². Fonte: CBIC ME

GARANTE AGILIDADE EM OBRA

SISTEMA CONSTRUTIvO

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Em bairro próximo à Cidade da Copa, em Pernambuco, paredes e lajes de concreto são mol-dadas no local ao

mesmo tempo

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Page 58: Revista Feicon 2013

PARA CURAR-SE SOzINhO DE TRINCAS

oncreto e trincas são duas coisas que nenhum enge-nheiro gosta de ver juntas. Talvez agora eles possam começar a respirar aliviados, graças a um concreto capaz de autocicatrizar-se de trinchas e rachaduras.

O Dr. Alan Richardson, da Universidade Northumbria, no Reino Unido, criou uma espécie de “bioconcreto”, um con-creto que tira partido de um microrganismo para cicatrizar seus ferimentos.

O pesquisador está usando uma bactéria comumente en-contrada no solo - Bacillus megaterium - para criar calcita, um mineral que é uma forma do carbonato de cálcio. As bactérias são cultivadas em um meio nutriente de leveduras, minerais e ureia que, em seguida, é adicionado ao concreto. Com sua fonte de alimento no concreto, as bactérias se espalham pelo material. A calcita que elas produzem em seu processo meta-

bólico funciona como um preenchimento que sela as rachaduras do concreto, evitando uma maior deterioração.

Não é necessário um grande impacto ou um terremoto para fazer o concreto trincar - o processo de desgaste lento é tão sério que os pesquisadores chamam o problema de “câncer do concreto”.

O pesquisador salienta que ainda são ne-cessários testes de durabilidade e adaptação da técnica para o processo produtivo, mas está esperançoso de que o material possa servir não apenas para construções novas, mas também para reparos em prédios já construídos. Fonte: Inovação Tecnológica ME

BIOCONCRETO USA BACTéRIAS

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O Dr. Alan Richardson criou uma espécie de “bioconcreto”, dotado de capacidade de autocicatrização. Em primeiro plano, os diversos blocos do novo concreto.

Trata-se de um concreto que tira partido de um microrganismo para

cicatrizar seus ferimentos

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Page 59: Revista Feicon 2013

BIOCONCRETO USA BACTéRIAS

Page 60: Revista Feicon 2013

dicas de leitura

AUTOMAÇÃO PREDIAL E RESIDENCIAL - UMA INTRODUÇÃO

A demanda crescente por unidades comer-ciais e habitacionais adequadas à evolução da tecnologia torna necessária a capacitação de estudantes, técnicos e universitários em formação e também dos profissionais que já atuam no setor. O autor percebeu essa lacuna na produção de livros-texto voltados ao tema e uniu suas experiências aos fundamentos, conceitos, ferramentas disponíveis no mercado e aplicações práticas para ilustrar e fixar os conteúdos expostos na obra. Além do caráter didático e acessível, o livro demonstra as faci-lidades e benefícios conquistados a partir da utilização de novas tecnologias, sobretudo em relação à economia no consumo energético e à segurança pessoal e patrimonial.

Autor: Prudente, Francisco

Editora: LTC (Grupo GEN)/ 2011

Número de páginas: 228

CURSO BÁSICO DE MECÂNICA DOS SOLOS - 3ª EDIÇÃO

Trata-se da 3ª edição da obra em um único volume, to-talmente revisado e com exercícios resolvidos. Matéria dos cursos de Engenharia Civil, de Minas, Arquitetura e Geociências entre outros, o livro apresenta em de-zesseis aulas os conceitos e fundamentos da Mecânica dos Solos, de maneira clara, amparada por exemplos e

ilustrações e pelos exercícios resolvidos, que ao longo da solução das ques-tões, apresentam comentários e discutem como alterações nas preposições iniciais alteram os resultados. Além dos modelos clássicos que descrevem o comportamento de argilas e areias, são apresentados os solos brasileiros que têm comportamento diferenciado: solos tropicais lateríticos e saprolíticos, solos colapsíveis e expansivos e solos residuais compactados.

Autor: Carlos de Sousa Pinto

Editora: Oficina de Textos /2002

Número de páginas: 356

INSTRUMENTAÇÃO E COMPORTAMENTO DE FUNDAÇÕES DE BARRAGENS DE CONCRETO

Sistematizando as deformabilidades dos maciços ro-chosos obtidas em laboratório e campo, segundo sua origem geológica, o autor propõe um contexto para a interpretação da instrumentação e esclarece o compor-tamento da fundação da barragem. As medidas permi-tem estabelecer uma ponte com as previsões. Hipóteses

como a trinca de tração a montante do reservatório são geralmente desmistificadas. O capítulo 10 é dedicado à própria instrumentação de uma barragem, orientando a seleção dos instrumentos mais apropriados, sua localização, desempenho, etc.. Um livro que consolida a experiência brasileira - super útil ao profissional de barragens das áreas de Mecânica das Rochas, Estruturas e Tecnologia de Concreto.

Autor: Silveira, João Francisco Alves

Editora: Oficina de Textos/2003

Número de páginas: 320

60

Page 61: Revista Feicon 2013

meio ambiente

ANÁLISE ESTRUTURAL - USANDO MÉTO-DOS CLÁSSICOS E MÉTODOS MATRICIAIS - 4ª EDIÇÃO

Este livro-texto apresenta uma introdução à análise es-trutural elementar e se destina principalmente aos alunos de um curso de graduação em engenharia civil, arquite-tura e construção. Entretanto, está incluída informação suficiente para um curso adicional no nível de extensão ou pós-graduação. As seções que tratam de cargas nos Capítulos 2 e 3 foram revisadas para ficarem de acordo com a norma ASCE Standard 7-02 e também com o 2003 International Building Code. Os capítulos sobre matrizes (22-25) foram completamente revisados e aumentados substancialmente. A maioria dos problemas propostos foi revisada e seu número aumentou substancialmente.

Autor: Jack Mccormac

Editora: LTC (Grupo GEN)/2009

Número de páginas: 502

ESTRUTURAS DE AÇO PARA EDIFÍCIOS

É notório o interesse dos arquitetos por estruturas de aço e este livro tem o objetivo de contribuir com a difusão do conhecimento a respeito

do tema, apresentando noções básicas sobre a tecnologia do material e a concepção estrutural.O texto é dividido em duas partes. A primeira trata dos aspectos tecnológicos, de domínio dos enge-nheiros metalurgistas e químicos. Aborda temas como fabricação do aço, produtos disponíveis no mercado brasileiro e proteção contra a corrosão. Dessa parte do livro consta, também, um item relativamente novo no Brasil, a proteção contra incêndio. A segunda parte, sobre aspectos de con-cepção, de domínio dos engenheiros estruturistas, objetiva fornecer ao arquiteto informações básicas para a correta concepção de estruturas simples de edifícios. Essas soluções, à medida que o arquiteto praticar, poderão ser estendidas para as estruturas mais complexas. Incluem-se, também, algumas ferramentas inéditas para o pré-dimensionamento de pilares e vigas.

Autores: Silva, Valdir Pignatta e/ Pannoni, Fabio Domingos

Editora: Edgard Blucher/2010

Número de páginas: 308

dicas de leitura 61mercado empresarialmercado empresarial

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vitrine

A Telhanorte, multiespecialista em construção e reforma, lança a linha de argamassa Royal Grés, marca própria da rede. A nova linha é composta por três produtos: Argamassa AC I, indicada para para uso interno para assentamento cerâmico de paredes e pisos; Argamassa AC II, recomendado para uso em ambientes externos, e Argamassa Porcelanato, para o assentamento de peças de porcelanato e in-dicado para áreas internas. Todos os produtos são fabricados com 20kg.

Além desse lançamento, a rede ainda possui outras três marcas, Coisas & Coisinhas, que são os acessórios para banheiro em metal, cerâmica, plástico ou acrílico, utensílios para cozinha, cestarias e objetos decorativos em palha ou sisal, tapetes e capachos produzidos com fibras naturais e a linha de produtos importados; Alterna, linha de acessórios para banheiro como torneiras, duchas e louças sani-tárias e a marca Prosteel, voltada para os produtos de ferramentas elétricas.

A Telhanorte integra a maior rede varejista de material de construção do país, a Saint-Gobain Distribuição Brasil, pertencente ao grupo francês Saint-Gobain desde 2000. ME

SOLUÇÃO EM TRANSPORTE VERTICAL PARA EDIFíCIOS qUE NÃO POSSUEM ELEVADOR

A ThyssenKrupp Elevadores, com parque industrial instalado em Guaíba (RS), lança uma solução em transporte vertical para edifícios que não possuem elevador. Trata-se do modelo synergy modular, que pode ser instalado tanto em prédios residenciais como comerciais, valorizando o patri-mônio. Por suas características é um elevador indicado para clínicas, escolas, hospitais, além de conjuntos residenciais e comerciais de poucos andares.

O diferencial do projeto está na estrutura metálica na qual o elevador é inserido. Ela pode ser montada na parte interna ou externa do edifício, requer o mínimo de obra civil e se adapta às construções já existentes. Outra vantagem é que foi projetada para suportar as intempéries climáticas como sol, chuva e vento e pode ser panorâmica com revestimento em vidro.

Sem casa de máquinas, o synergy modular, possui máqui-na de tração sem engrenagem (gearless), que é acoplada na própria caixa de corrida. Com capacidade para transportar até oito passageiros, o elevador atende edifícios com até seis pavimentos e possui velocidade de 1 metro por segundo.

Em linha com o conceito de sustentabilidade, o novo elevador economiza energia devido à utilização das máquinas gearless de imãs permanentes de alto rendimento e que dis-pensam óleo lubrificante, como também as corrediças verdes (peça importante para o bom funcionamento do elevador) que não usam óleo. A cabina, com iluminação eletrônica por LED, completa os atributos ecológicos do elevador. ME

O produto é de uso residencial e comercial,

reduz o consumo de energia, se adapta às

normas de acessibilida-de e oferece benefícios

sustentáveis

NOVA LINhA DE ARGAMASSA ROyAL GRÉS

Para ambientes internos e externos

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A linha LorenSense de torneiras é a primeira no mer-cado de acionamento automático por sensor embutido na saída de água. A inovação é da Lorenzetti. A abertura do jato ocorre de forma rápida e prática, uma vez que é necessário apenas inserir as mãos embaixo da torneira. Além de facilitar a localização, a região estratégia do sensor de presença foi empregada para evitar o aciona-mento indevido por conta da incidência de luz natural. Econômica, a torneira possui sistema antivandalismo, que fecha a saída da água quando as mãos são retiradas do sensor ou após 60 segundos de utilização, reduzindo em até 70% o consumo de água.

Totalmente higiênica, a linha LorenSense é solução para hospitais e áreas de grande circulação, uma vez que não há necessidade de toque para o acionamento. Com linhas suaves e harmoniosas, o produto também pode ser inserido em ambientes domésticos, contando, inclu-sive, com o modelo 1187 C80 com bica alta, ideal para cubas de apoio. Com arejador, o jato d´água é uniforme, evitando respingos. O funcionamento do sensor à base de pilhas facilita a instalação, pois não é necessária a utilização de ponto elétrico de uso ME.

A Struxi distribui no Brasil a recente novidade da JUNG: módulos de relé e dimmer multifuncionais e que dispensam a programação via PC e/ou software. Direcionados à automação predial, os módulos são apropriados para controlar iluminação e persianas. Outro diferencial dessa solução é que a maioria dos produtos usa 2 ou 4 pares de fios para transmitir dados, enquanto que a linha da JUNG transmite as informa-ções sobre 1 par de fios.

Associados aos módulos de controle de potência, a JUNG desenvolveu módulos sensíveis ao toque, que são totalmente programados através dos seus próprios botões. Além disso, permitem a personalização de imagens nas interfaces de controle com facilidade de reprodução a partir de uma simples impressão, em máquinas jato de tinta, por exemplo. Indicados para instalações de pequeno porte, com até 16 zonas de controle e 4 interfaces de controle. ME

LINhA LORENSENSE DE TORNEIRAS ECONOMIzADORAS DE áGUA

Indicados para instalações de pequeno porte, com até 16 zonas de controle e 4

interfaces de controle

MóDULOS DE RELÉ E DIMMER MULTIFUNCIONAIS PARA AUTOMAÇÃO PREDIAL

Exclusivo sensor na saída de água evita o des-perdício, reduzindo o consumo em até 70%

63mercado empresarialmercado empresarial

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A Lorenzetti, empresa líder no segmento de aquecedores de água a gás, amplia seu portfólio de produtos ao lançar o modelo LZ 1600 D. O produto possui exaustão forçada, que confere total seguran-ça, evitando o retorno de gases de combustão para o ambiente em caso de correntes de vento.

Com vazão de 15 litros de água por minuto, o LZ 1600 D tem capacidade para aquecer até duas duchas simultaneamente. Desenvolvido com mo-derna tecnologia e projetado para oferecer maior conforto e segurança para o consumidor, o produto dispõe de sistema digital, que permite a programa-ção da temperatura da água. Além disso, o LZ 1600 D apresenta chama modulante, que mantém a tem-peratura da água estável mesmo havendo abertura de mais de um ponto de consumo durante o seu funcionamento. O modelo está disponível para uso com Gás Natural (GN) e Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) e possui três anos de garantia. ME

CASAS MODULARES EM AÇO

A metalúrgica Irmãos Fischer, indústria sediada em Brusque, SC, e que atua nos segmentos de eletrodomésticos, bicicletas e equipamentos para a construção civil, estreia uma nova linha de atuação: casas modulares em aço, em parceria com a Purcom Sistemas (Barueri, SP) e outras empresas do setor do aço.

Assim, após anos de pesquisas e esforços, surge no mercado a Casa Modular Fischer, com características como qualidade com baixo custo, durabilidade, conforto térmico e acústico e segurança contra intempéries.

Sistema ConstrutivoAs paredes internas e externas da casa são formadas

com painéis modulares tipo “sanduíche” (aço galvalume + poliuretano (PU) + aço galvalume) que garantem rapidez na execução e entrega da obra. Os painéis são unidos entre si através de encaixe macho/fêmea e amarração com cabo de aço, sendo fixados na fundação através de uma calha em formato de “U” com fixadores especiais. O piso é de concreto armado.

As instalações hidráulicas são externas, de PVC soldável para água fria, com perfil acabamento no painel, permitindo fácil manutenção. Esgoto e água pluvial obedecerão às espe-cificações e normas da ABNT referentes, e nas quantidades especificadas em projeto. A instalação elétrica é através de eletrodutos (conduites) embutidos no próprio painel durante o processo de fabricação dos mesmos. Assim também para as caixas elétricas. Toda a fiação elétrica é convencional, de fácil e rápida instalação.

As portas são trabalhadas no próprio painel, ou seja: são constituídas do mesmo sistema construtivo, com perfis de acabamento e demais elementos (fechadura, dobradiças, etc). As telhas também são termoacústicas em formato “sanduíche” e fixadas em dois apoios, um no perfil lateral de fixação (localizado nas paredes laterais da casa) e outro no complemento de parede (localizado na parede central da casa) ME.

AqUECEDOR DE áGUA A GáS Lz 1600 D

O produto possui exaustão forçada, que confere total segurança

Baixo custo, durabilida-de e segurança contra

intempéries

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Recente desenvolvimento da Rayflex, o Conjunto com-pleto para Docas = Porta Seccional + Abrigo Retrátil + Rampa niveladora garante ser um sistema seguro, confiável e a solução completa para aplicação em docas de carga e descarga do universo industrial.

As Portas Seccionais são fabricadas com painéis metáli-cos isolantes, pintados, formando um sanduíche de 40 mm, preenchido com poliuretano e dotados de janelas termoa-crílicas com parede dupla. Resistentes, práticas e funcionais, de operação lenta e silenciosa, sem vibrações, podem ser automatizadas ou não e fabricadas sob medida. Disponíveis nas versões manual e motorizada; com abertura tipo vertical, high lift ou standard.

Os Abrigos Retráteis são fabricados em PVC com espessura de 3mm; malha de poliéster de reforço interno, para dar maior resistência e evitar a deformação devido aos movimentos de retração. Possuem, na parte frontal, faixa

CONJUNTO COMPLETO PARA DOCAS DE CARGA E DESCARGA

de sinalização na cor amarela para orientar a manobra dos veículos. Isolam as docas, reduzindo perdas de refrigera-ção, evitando a entrada de insetos, chuva e partículas em suspensão no processo de carga e descarga e, assim, danos e contaminações dos produtos. Seu sistema de abertura retrátil se adapta à carroceria do caminhão.

Completam o conjunto as Niveladoras eletro-hidráulicas, dotadas de parada de emergência; válvula de segurança em cilindro de elevação para o bloqueio em caso de ruptura da mangueira; saias laterais móveis que fazem o papel de “guardas de pé”; relevo antiderrapante superior; faixa de cor em tons de sinalização “peças móveis”; comandadas por sistema elétrico e podem suportar cargas dinâmicas até 10 toneladas estáticas. Utilizadas para compensar a distân-cia entre a doca e os veículos que realizam a operação de carga e descarga, e para nivelar a diferença de altura entre a carroceria do caminhão e a doca. ME

ESPUMA ExPANSIVAPARA PREENChIMENTO

A Cascola, marca de adesivos e selantes da multinacional alemã Henkel, disponibiliza ao mercado o Cascola Espuma Expansiva, selante e adesivo monocomponente à base de poliuretano, ideal para preenchimento de espaços. O produto é indicado para pre-encher espaços de aparelhos de ar-condicionado, fixar batentes de portas e janelas, para isolamento térmico e acústico, selar tubulações, entre outras aplicações.

Depois de seco, o Cascola Espuma Expansiva é inodoro, pre-enche, veda e isola de maneira durável, mantendo suas proprieda-des físicas inalteradas ao tempo e aos agentes climáticos, podendo ser cortado, lixado e pintado durante o acabamento. ME

Selante e adesivo monocomponente à base de poliuretano

65mercado empresarialmercado empresarial

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índice de anunciantes

Aços Lapefer................................................................................29

Acro Cabos de Aço...................................................................... 17

Aguiafix Comércio de Fixadores e Ferramentas Ltda.............. 30

Basiflex Indústria e Comércio Ltda............................................ 61

Beerre Assessoria Empresarial.................................................. 30

Cabos de Aço São José Ltda....................................................... 29

Concermaq................................................................................... 29

Consigo Comércio Cine Foto Som............................................. 45

De Carlo Usinagem e Componentes Ltda........................4ª Capa

Decorações Faccioli..................................................................... 45

Display Equipamentos para Escritórios..................................... 45

Grupo Feital................................................................................. 23

Grupo Master............................................................................... 60

Hidraufort Comércio de Tubos e Conexões Ltda...................... 45

Injetamak Indústria e Comércio de Peças Ltda....................... 30

Jada Condutores Elétricos Ltda.................................................. 60

Locadora de Veículos Mandacar........................................3ª Capa

Lotus Metal Ltda......................................................................... 59

Metalúrgica Lopes Ltda.............................................................. 59

Multvent Venezianas Industriais Ltda....................................... 17

Portal 123Achei........................................................................... 05

Portas Visão................................................................................. 29

Realponto.................................................................................... 17

Rental Bus.................................................................................... 59

REP Comércio e Assistência Técnica de Relógios de Ponto.... 45

RGM Soluções em Relógios de Ponto....................................... 29

Shopping do Paciente................................................................ 30

Stud Bolts Ind Com Parafusos.................................................... 61

Tec-Mol........................................................................................ 45

Tekno....................................................................................2ª Capa

Tercabo Cintas e Cabos de Aço................................................. 59

Varipar Parafusos........................................................................ 59

Vidraçaria Rainha........................................................................ 30

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