Revista FIEAM Notícias ed. 83

28
Ano VIII • nº 83 •nov/dez • 2014 Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas

description

 

Transcript of Revista FIEAM Notícias ed. 83

Page 1: Revista FIEAM Notícias ed. 83

Ano VIII • nº 83 •nov/dez • 2014

Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas

Page 2: Revista FIEAM Notícias ed. 83

2

Mig

uel Â

ngel

o/C

NI

26Núcleo SESI de Dança reúne alunos em mostra de fim de ano

6CNI promove 9º Encontro Nacional da Indústria e lança carta com as

reivindicações do setor

10Empresa amazonense FabriQ recebe Prêmio Finep de Inovação

para Pequena Empresa Região Norte

18 Barco-Escola SENAI Samaúma 2 tem aula

inaugural no município de Tefé

22FIEAM faz homenagem aos jornalistas Baby Rizzato e

Dudu Monteiro de Paula

Índice

Page 3: Revista FIEAM Notícias ed. 83

3

Miguel Ângelo/CNI

Em perspectiva, 2014 foi um ano difícil para a indústria brasileira e, particularmente, para a indústria do Amazonas. O desempenho

do nosso Polo Industrial não alcançará o resultado de 2013 e deve fechar o ano com uma queda no faturamento de aproximadamente 3,5%. O resultado não deve ficar muito acima dos US$ 37 bilhões.Como já era esperado, as maiores quedas devem ficar com os subsetores de Duas Rodas e Eletroeletrônico, por sinal, os de maior representatividade no PIM. São os mais desenvolvidos, de maior faturamento, maior capacidade produtiva e maior geração de emprego. O desempenho fraco de um desses subsetores afeta de forma grave o resultado de todo o Parque Industrial do Estado.Por outro lado, dentre os subsetores que deverão apresentar variações positivas no resultado final de 2014, calculado em

dólar, podemos destacar o Metalúrgico, o Mecânico, Termoplástico, Bens de Informática, Relojoeiro e Químico.Da nossa parte, as dificuldades não impediram o Sistema FIEAM de realizar grandes feitos em 2014, também porque a maior parte deles já vinha sendo gerada em anos anos anteriores. Como foi o caso do Barco-Escola Samaúma 2, que foi para nós, da inauguração, em fevereiro, à aula inaugural, em dezembro, motivo de orgulho. O 2º barco-escola vem reforçar as ações móveis levadas a efeito pelo SENAI nas calhas dos rios da Amazônia e iniciadas há 35 anos pelo 1º Samaúma. Juntos, os dois barcos vão possibilitar a capacitação de pelo menos 5 mil pessoas a cada ano na região.Outro grande feito foi o início das atividades do Centro Integrado de Educação SESI/SENAI Padre Francisco Luppino, no município de Parintins, inaugurado no

final de 2013. O complexo oferece 1.700 vagas, sendo 400 para educação infantil e fundamental, a cargo do SESI, e 1.300 para os cursos profissionalizantes do SENAI. Para 2015, as projeções são de um ano ainda com graves problemas econômicos para o país, pelo menos até o primeiro semestre, muito embora acreditemos numa recuperação lenta, mas constante. A partir do segundo semestre, vislumbramos melhoras significativas, na expectativa de que medidas corretivas sejam adotadas na condução da política econômica brasileira, e que o mercado internacional apresente também recuperação mais consistente.

Antonio Carlos da SilvaPresidente do Sistema FIEAM

Editorial

Presidente:

ANTONIO CARLOS DA SILVA

1º Vice-Presidente:

ATHAYDES MARIANO FÉLIX

2º Vice-Presidente:

AMÉRICO AUGUSTO SOUTO RODRIGUES ESTEVES

Vice-Presidentes:

NELSON AZEVEDO DOS SANTOS, TEREZA CRISTINA CALDERARO CORRÊA, ROBERTO DE LIMA CAMINHA FILHO, ALDIMAR JOSÉ DIGER PAES, WILSON LUIZ BUZATO PÉRICO, CARLOS ALBERTO ROSAS MONTEIRO, EDUARDO JORGE DE OLIVEIRA LOPES, AMAURI CARLOS BLANCO, HYRLENE BATALHA FERREIRA, SÓCRATES BOMFIM NETO

1º Secretário: ORLANDO GUALBERTO CIDADE FILHO

2º Secretário:

FRANK BENZECRY

1º Tesoureiro:

JONAS MARTINS NEVES

2º Tesoureiro: AUGUSTO CÉSAR COSTA DA SILVA

Diretores: AGOSTINHO DE OLIVEIRA FREITAS JÚNIOR, CARLOS ALBERTO MARQUES DE AZEVEDO, ROBERTO BENEDITO DE ALMEIDA, LUIZ CARVALHO CRUZ, CARLOS ALBERTO MONTEIRO, MAURÍCIO QUINTINO DA SILVA, JOAQUIM AUZIER DE ALMEIDA, PAULO SHUITI TAKEUCHI, ANTONIO JULIÃO DE SOUSA, MÁRIO JORGE MEDEIROS DE MORAES, DAVID CUNHA NÓVOA, GENOIR PIEROSAN, CRISTIANO IUKIO MORIKIO, CLEONICE DA ROCHA SANTOS, ARIOVALDO FRANCISCHINI DE SOUZA

Conselho Fiscal:

Titulares: MOYSES BENARROS ISRAEL, RENATO DE PAULA SIMÕES, JOSÉ NASSER

Suplentes: ALCY HAGGE CAVALCANTE, CARLOS ALBERTO SOUTO MAIOR CONDE, DAVID NÓVOA GONZALES

Delegados representantes junto ao Conselho da CNI

Titulares: ANTONIO CARLOS DA SILVA, ATHAYDES MARIANO FÉLIX

Suplentes: AMÉRICO AUGUSTO SOUTO RODRIGUES ESTEVES e FRANCISCO RITTA BERNARDINO

Revista editada pelo Sistema FIEAM

DIRETOR DE COMUNICAÇÃO E MARKETING (DCM)Paulo Roberto Gomes Pereira

GERENTE DE COMUNICAÇÃOIdelzuita Araújo- MTE 049/AM

REDAÇÃOAdemar Medeiros- MTE 289/AMEvelyn Lima - MTE 151/AMMário Freire - MTE 092/AMCristiane Jardim

DIAGRAMAÇÃOHerivaldo da Matta - MTE 111/AM

PUBLICIDADES Alessandra Cordeiro, Andressa Sobreira

FOTOGRAFIASComunicação

CAPAAndrea Ribeiro

O conteúdo dos artigos e textos assinados é de inteira responsabilidade de seus autores.

Av. Joaquim Nabuco, 1919, CentroCEP 69020-031 Manaus/AMFone: (92) 3186-6576 Fax: (92) [email protected]

Acesse:

/sistemafieam

@fieam

/user/fieam

Tiragem desta edição: 2.300 exemplaresImpressão: Grafisa

ExpedienteDiretoria

Ano VIII • nº 83 •nov/dez • 2014

Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas

Page 4: Revista FIEAM Notícias ed. 83

4

A Associação de Apoio à Criança com HIV, Casa Vhida, organização não-gover-namental (ONG) que cuida de crianças com o vírus HIV, promoveu, em dia 15 de novembro, seu tradicional Bazar Beneficen-te, para angariar fundos para a instituição. O evento foi realizado no Clube do Traba-lhador do Amazonas.

Móveis, eletrodomésticos, equipamen-tos eletrônicos, roupas, brinquedos, sapa-tos, todos em perfeito estado e preços po-pulares foram vendidos ao longo do dia,

das 9h da manhã às 19h.As crianças da Casa têm acesso a atendi-

mento médico, psicológico, odontológico, nutricional, social e de lazer, além de orien-tação aos familiares. E também recebem leite enriquecido, cesta básica e remédios. A ONG está localizada na Rua Pedro Álva-res Cabral, 395 - Dom Pedro. A Casa Vhida abriga jovens até os 18 anos de idade, que, após essa etapa, são encaminhados à famí-lia ou a outra instituição chamada “a nossa casa”, ONG localizada no centro da cidade.

Casa Vhida faz o tradicionalBazar Beneficente de fim de ano

Os estudantes amazonenses Gabriel Alves e Felipe Monteiro, ambos de 15 anos, estão entre os 100 alunos dos depar-tamentos regionais do SESI e SENAI de todo o Brasil selecionados para participar de intercâmbio nos Estados Unidos. A seleção foi a segunda etapa do Programa Conexão Mundo.

Desenvolvido pelo SESI e SENAI, em parceria com a ONG americana US Brazil Connect, o Conexão Mundo anunciou, no fim de novembro, os alunos selecionados para o intercâmbio durante a certificação da primeira turma do programa no Ama-zonas formada por 25 alunos.

Empolgado com a viagem para os

EUA, Gabriel disse que o curso foi funda-mental para o domínio do idioma inglês, e que conseguiu evoluir bastante tanto na pronúncia quanto no vocabulário. O alu-no disse que o diálogo constante com as professoras americanas foi o diferencial do curso, o que facilitou muito o aprendi-zado. “Como as professoras não domina-vam o português, os diálogos sempre em inglês exigiram muito do aluno, mas faci-litaram a compreensão do idioma”, disse.

Para Gabriel, o curso vai abrir as portas para quem quer trabalhar em empresas multinacionais do Polo Industrial de Ma-naus (PIM). Ele pretende estudar astrono-mia em uma faculdade de São Paulo.

Com carga horária de 340 horas, o Co-nexão Mundo é gratuito e teve início em abril de 2014 com alunos do EBEP, mo-dalidade que alia a educação básica do SESI à educação profissional do SENAI, coordenado pelo Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIE-AM). O curso contempla etapas a distân-cia e presencial.

A coordenadora do Programa, Luana de Freitas, disse que alguns alunos inicia-ram o curso sem nenhum conhecimento e que hoje já conseguem compreender o idioma. Segundo Luana, o aprendizado foi de forma lúdica, brincando, e que o co-nhecimento foi adquirido normalmente.

Conexão Mundo inicia rota para EUADestaques

Os 25 alunos da primeira turma do Conexão Mundo receberam certificados Felipe Monteiro e Gabriel Alves posam com a coordenadora Luana de Freitas

Page 5: Revista FIEAM Notícias ed. 83

5

Em visita à Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), em dezembro, o novo embaixador da República Federal da Alemanha, no Brasil, Dirk Brengelmann, disse que o Amazonas pode se tornar um grande parceiro do seu país, na perspectiva do desenvolvimento sustentável, principalmente em relação a projetos de energia renovável. O embaixador foi recebido pelo vice-presidente da FIEAM, Nelson Azevedo, e pelo diretor executivo do Centro Internacional de Negócios (CIN), Marcelo Lima.

Brengelmann, que assumiu a Embaixada em agosto, recebeu informações atualizadas sobre a Zona Franca de Manaus. Nelson Azevedo explicou que o modelo de desenvolvimento econômico hoje desfruta de uma situação mais confortável depois de aprovada a prorrogação dos seus incentivos fiscais até o ano 2073. “O Brasil é um excelente lugar para se investir e a Zona Franca mais ainda”, disse o vice-presidente.

Embaixador da Alemanha visita FIEAM

A estudante Vivian de Souza Corrêa, de 12 anos, do 7º ano da Escola SESI Abrahão Sabbá, de Itacoatiara con-quistou o 1º lugar, na categoria Ensino Fundamental, no concurso de redação promovido pela Agência Fluvial da Ma-rinha do Brasil no município, abordando o tema “A reconstrução da estação bra-sileira na Antártida”. O concurso teve a participação de 330 alunos de escolas públicas e privadas, sendo 190 do Fun-damental e 140 do Médio.

De acordo com a gerente da Unidade de Educação, Ida Lúcia Silva, o resultado evidencia a importância da produção de texto no processo de ensino/aprendiza-gem priorizado pela proposta curricu-lar da Escola SESI Abrahão Sabbá, além de ressaltar o papel do professor como grande estimulador no aprimoramento da escrita, como também no crescimen-to intelectual, social e afetivo do aluno. Segundo a gerente, é a primeira vez que a escola participa do concurso realiza-do em várias etapas. Os alunos foram orientados a fazer uma pesquisa sobre o tema ‘A nova estação da Marinha: O rea-firmamento do compromisso com o con-tinente gelado”, e logo após a produção textual coletiva, que serviu de base para os textos individuais.

Durante a solenidade de premiação realizada em dezembro, na sede da Ma-rinha, localizada no Centro da cidade, Vivian Corrêa recebeu certificado, meda-lha e um tablet pela conquista, enquanto que a Escola Abrahão Sabbá foi premia-da com certificado de participação.

A gerente agradeceu o apoio da su-pervisora de Educação das Escolas SESI no interior do Estado, Hyrlene Ferreira, da diretora técnica do SESI Amazonas, Rosana Vasconcelos, da gerente de Edu-cação do SESI, Rita Machado, do empre-sário e conselheiro da FIEAM, Moyses Israel, por mais esse ganho no macro-campo educacional de Itacoatiara.

Aluna do SESI vence concurso de redação

Estão abertas as inscrições para o Prêmio CNI de Jornalismo 2015. As inscrições devem ser feitas pela in-ternet, no site do prêmio. Além dos R$ 310 mil em prêmios, os trabalhos vencedores das categorias especiais Educação e Inovação e do Grande Prêmio José Alencar de Jornalismo receberão uma bolsa de estudos para o curso Gestão Estratégica para Diri-gentes Empresariais. O curso é mi-nistrado em Fontainebleau, na Fran-ça, pela escola de negócios Insead, em parceria com o Instituto Euvaldo Lodi (IEL).

Poderão concorrer trabalhos jor-nalísticos veiculados em jornais, re-vistas, TVs, rádios, sites e blogs entre 1º de junho de 2014 e 25 de maio de 2015, Dia da Indústria. As inscrições vão até 27 de maio de 2015. O anún-cio dos finalistas ocorrerá em 29 de junho do próximo ano. A entrega dos prêmios está prevista para 28 de julho de 2015.

O concurso premiará as melhores reportagens ou séries relacionadas ao setor industrial e à agenda estra-tégica definida no documento Mapa Estratégico da Indústria (2013-2022).

CNI inscreve para Prêmio de Jornalismo 2015

Antonio Silva entregou troféu ao jornalista Mário Adolfo na edição 2014 do Prêmio

O vice-presidente Nelson Azevedo (esquerda) e o embaixador alemão Dirk Brengelmann

Page 6: Revista FIEAM Notícias ed. 83

66

Os avanços alcançados e os obstáculos que as empresas e o país terão de superar nos próximos quatro anos fize-

ram parte do balanço apresentado pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, na abertura do 9º Encontro Nacional da Indústria, o ENAI. O pre-sidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), Antonio Silva, se uniu a outros 1.800 líderes em-presariais reunidos no evento, realizado nos dias 5 e 6 de novembro, em Brasília.

Questões como produtividade, re-forma tributária, educação, infraestrutura, relações do trabalho, segurança jurídica e integração do Brasil à economia interna-cional foram discutidas durante o evento, encerrado com a apresentação da Carta da Indústria, com as propostas do setor pro-dutivo ao novo governo.

No primeiro dia, dentro do painel que tratou da produtivi-dade nas empresas, foram discutidas estratégias para implementação da agenda da compe-titividade no país. Um segundo painel tratou da qualidade da educação, e os empresários ainda discutiram propos-tas para a reforma

tributária e o ajuste fiscal. No segundo dia, os empresários avaliaram estratégias para aumentar a inserção do Brasil na economia mundial, os caminhos para fortalecer a se-gurança jurídica, a agenda para a infraes-trutura de 2015 a 2018 e as propostas para o país avançar nas relações do trabalho.

A Indústria tem pressa

A indústria brasileira tem pressa. Pressa para solucionar seu problema de competitividade. Pressa para voltar a ser o centro dinâmico do crescimento brasileiro. Pressa para contribuir para o Brasil avançar no seu desenvolvimen-to econômico, social e político.Nos últimos anos, a indústria cresceu muito pouco, muito menos que a economia. A ma-nufatura se mantém estagnada desde 2010 e a produção da indústria geral encontra-se abaixo da registrada na pré-crise de 2008. Como resultado, a participação da indústria no PIB é de 25%, dez pontos percentuais a menos que nos anos 90. A indústria de trans-formação representa hoje apenas 13% do PIB. O Brasil não pode se contentar em ser um coadjuvante no cenário industrial mundial. A participação do Brasil no valor da transfor-mação industrial mundial ficou praticamente estagnada de 2000 a 2013.

Foco na competitividade e governança para enfrentar os problemas

Nossas dificuldades têm suas raízes na falta de competitividade.Nossos custos crescem mais que a produti-vidade, alijando nos sos produtos dos mer-cados. O Brasil precisa ter uma agenda com metas claras e objetivos definidos sobre o que pre-tende alcançar para tornar-se mais competi-tivo em curto e médio prazo. Isso exige uma governança especial capaz de gerir, coorde-nar e monitorar as transformações requeri-das.

Pontos fundamentais para serem resolvidos até 2018

O Brasil precisa estar preparado responder sobre a melhora dos indicadores de competi-

tividade. Em quatro anos queremos afirmar:• O sistema tributário está livre das princi-

pais ineficiências que o caracterizavam em 2014 (cumulatividade, oneraçāo das ex-portações e investimentos, descasamento entre prazos dos pagamentos de tributos e prazo de vendas). Sua complexidade re-duziu-se de forma expressiva, tornando-se compatível com os padrões internacionais;

• O sistema de relações de trabalho evoluiu em direção ao reconhecimento da negocia-ção com legislação moderna, compatível com as atuais condições de trabalho e com segurança jurídica;

• Os investimentos em infraestrutura cresce-ram em relação ao PIB por meio de maior participação do capital privado e de maior alocação de recursos públicos;

• A política fiscal evoluiu de forma a propi-ciar o crescimento da taxa de investimento, redução da taxa de juros a níveis próximos do internacional e uma taxa de câmbio

Uma nova agenda para o Brasil

Indústria

Pelo 9º ano consecutivo, CNI realiza o ENAI, desta vez, com a participação de 1.800 líderes empresariais de todo o país

Carta da Indústria 2014

Presidente da CNI, Robson Braga de Andrade fez um balanço do desempenho da indústria na abertura

Um dos painéis do Encontro contou com a participação de ministros, deputados e senadores

Page 7: Revista FIEAM Notícias ed. 83

77

mais estável e competitiva; • A política comercial ativa, desburocratiza-

da e com foco em mercados estratégicos permitiu uma maior e melhor inserção internacional para um número expressivo de empresas brasileiras de todos os portes e setores.

É tempo de correção de rota

A indústria do futuro já está hoje no presente. A crise mundial fez as economias avançadas reavaliarem suas estratégias. A indústria nos Estados Unidos, epicentro da crise, já retoma sua capacidade de competir e se reestrutura. A Europa busca equacionar seus problemas de custos. Acordos regionais de comércio e políticas voltadas para a maior integração a cadeias globais de valor se proliferam no mundo.A maioria dos países emergentes faz o mes-

mo: se torna mais competitivo e se insere no mercado global. Essa é a prioridade para o Brasil.

Além da indústria

O processo de crescimento, em especial a ex-pansão da classe média, produz transforma-ções e novas demandas. As novas gerações têm novas expectativas.A agenda do Estado eficiente e profissional é uma prioridade para a sociedade e para a indústria. O Estado precisa oferecer serviços públicos de qualidade (sobretudo a educa-ção), aumentar a sua eficiência na execução de projetos - em especial de infraestrutura, garantir a segurança jurídica necessária à operação dos empreendedores e ter capa-cidade de conduzir as reformas necessárias para o Brasil crescer mais e melhor.Para o Brasil avançar, o aperfeiçoamento contínuo das instituições é essencial. Essa

agenda requer a evolução das instituições guardiãs da moeda e das contas públicas, da Justiça, da educação e da ciência e tecnolo-gia, da segurança pública, das agências regu-ladoras, do sistema de proteção aos direitos de propriedade e das instituições provedoras de bens públicos. Da mesma forma, as or-ganizações da sociedade civil e as empresas precisam estar aptas a enfrentar os desafios colocados pelas transformações do Brasil.É o avanço do capital institucional que garan-tirá o crescimento sustentável do país.

Propostas e diálogo

A indústria, ao apresentar as suas propostas ao país, espera abrir um diálogo permanen-te e profundo com as forças da sociedade, o Congresso, o Executivo e o Judiciário para o Brasil enfrentar os seus desafios e criar con-dições para a sua evolução em direção a uma sociedade justa e próspera.

“Precisamos de ações concretas. Só assim a confiança para investir será res-taurada”, afirmou Andrade na abertura, que contou com a presença dos ministros Aloizio Mercadante, da Casa Civil, e Mau-ro Borges, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e do senador Armando Monteiro Neto (PTB-PE).

Diante dos empresários, o ministro Aloizio Mercadante, prometeu que a agen-da de mudanças para o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff teria como base os 42 estudos apresentados pela CNI durante a campanha eleitoral. Já o então ministro Mauro Borges, do MDIC, reco-nheceu que a indústria foi o setor mais afetado pela crise externa. “A indústria está em uma situação preocupante”, afirmou, defendendo que o setor tenha prioridade na agenda do governo. Ele elogiou as me-didas propostas pela CNI. “A agenda da CNI é convergente com a política industrial e tecnológica do governo.”

Entre as mudanças indispensáveis para a recuperação da indústria, elencou Borges, estão os investimentos em infraestrutura, a reforma tributária e a busca de acordos comerciais com parceiros importantes para o Brasil, como o tratado Mercosul-União Europeia, e o aperfeiçoamento das relações com os Estados Unidos e a China.

As informações são CNI.

Ministro Aloizio Mercadante prometeu seguir os estudos da CNI

Foto

s: Jo

sé P

aulo

Lac

erda

/CN

I

Page 8: Revista FIEAM Notícias ed. 83

8

Lobby

Dono do segundo maior PIB industrial da região Norte, com R$ 19,3 bilhões, o es-tado do Amazonas garante,

com a indústria, 36,7% da sua eco-nomia. O setor, que emprega 180 mil trabalhadores e paga o quarto maior salário industrial médio do Brasil, tem seu ponto forte na fabricação de equi-pamentos de informática, eletrônicos e ópticos, que, respondem por 24,9% da produção industrial do Estado.

Os números fazem parte do estudo inédito ‘Perfil da Indústria nos Esta-dos’, da Confederação Nacional da Indústria, (CNI) lançado durante o 9º ENAI, que revela a desconcentração da indústria no país. Mostra, por exem-plo, que a participação de São Paulo na produção brasileira caiu 7,7% em uma década e que aumentou a contribuição

do Centro-Oes-te, do Norte e do Nordeste no mesmo perío-do.

Maior par-que fabril do país, responsá-vel por 31,3% de tudo que é produzido pela indústria brasi-leira, São Pau-lo, de acordo com o estudo, perdeu peso na composição do

PIB industrial brasileiro, entre 2001 e 2011, na maior queda registrada entre os demais Estados e o Distrito Fede-ral. Por outro lado, aponta o estudo

da CNI, aumentou a participação no PIB dos outros três Estados do Sudeste (Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espíri-to Santo), e de outros localizados nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordes-te. A indústria desses Estados também contratou mais trabalhadores no perí-odo.

Na análise da participação da indús-tria na geração de empregos, a região Sul assume a dianteira. De acordo com o estudo, de cada 100 empregos com carteira assinada em Santa Catarina, 36 foram do segmento. No Rio Grande do Sul, a indústria emprega 30% da mão de obra, e, no Paraná, 28%. Em segui-da aparecem o Amazonas e São Paulo, onde as indústrias são responsáveis por 28% e 26% dos empregos formais, respectivamente.

A região Norte, junto com o Nor-

Estudo revela perfil da indústria brasileira Estudo da CNI aponta que aumentou a participação da indústria no PIB do Amazonas e nos outros Estados do Norte, Centro-Oeste e Nordeste

No estudo ‘Perfil da Indústria nos Estados’, CNI mostra aumento da participação do Norte no PIB do país

Page 9: Revista FIEAM Notícias ed. 83

9

Estudo revela perfil da indústria brasileira

Antonio Silva destaca o fato de que o salário da indústra amazonense é um dos maiores do país

deste e o Centro-Oeste, foi a que teve a maior elevação na participação no emprego. Em Mato Grosso, onde as in-dústrias respondem por 22,2% do em-prego com carteira assinada, o aumen-to foi de 6,3%. Rondônia, com 5,1% aparece em segundo lugar entre os Estados em que mais cresceu a partici-pação do setor no total de empregados locais. Em seguida , vêm Pernambuco (4,1%), Goiás (4%) e Bahia (3,9%).

O Pará é o Estado onde os produtos industrializados têm maior importân-cia para compor o PIB estadual: 38,9% de toda a riqueza gerada no Estado vêm da indústria. Em seguida, apare-cem Amazonas (34,8% do PIB) e Espí-rito Santo (31,1%). No outro extremo, vem o Distrito Federal: apenas 5,6% do PIB do DF vêm da indústria.

No Norte e Nordeste, os produtos industrializados também têm peso maior no volume que é vendido para o exterior. Mais de 90% das expor-tações de Alagoas, de Sergipe, do Amazonas e de Pernambuco são de industrializados. Em São Paulo, os produtos industrializados respondem por 85,8% das exportações. No Rio de Janeiro, por 39,9%, e, em Minas Ge-rais, por 35,1%.

De acordo com o estudo, o setor mais importante para as exportações industriais do Amazonas foi o de bebi-das, que respondeu por 28,8% do total exportado em 2013. No geral, a indús-tria foi responsável por 93,7% das ex-portações efetuadas pelo Estado.

Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), Antonio Silva, o que chama atenção no estudo da CNI é o papel que a indústria representa para a eco-nomia amazonense, sendo o terceiro Estado com maior participação da in-dústria em seu PIB.

Antonio Silva citou ainda o fato de que o salário médio da indústria do Amazonas foi o 4º maior no segmento em todo o país, na casa de R$ 1.975,00. “Também é relevante nosso percentu-al de industriários com pelo menos o ensino médio completo, 51,4%, que é superior à média nacional, de 48,7%”, disse Antonio Silva.•

Números AMAlguns resultados do estudo da CNI relacionados ao segmento industrial do Amazonas

R$19,3 bilhõesfoi o PIB industrial do Amazonas em 2012, o segundo maior da região Norte e o 12º do país

2%foi a participação do Amazonas no PIB industrial nacional em 2012.

36,7%foi a participação da indústria no PIB do Estado em 2012. É o terceiro estado com maior participação da indústria em seu PIB.

7,5%é a perda de participação da indústria no total do PIB do estado entre 2002 e 2012. No Brasil, a indústria perdeu 1,0 ponto percentual de participação no PIB no mesmo período

3.302total de empresas industriais em 2013. O Amazonas responde por 0,6% do total de empresas que atuam no setor industrial do Brasil

9

Page 10: Revista FIEAM Notícias ed. 83

10

A empresa amazonense Fa-briQ recebeu o Prêmio Fi-nep de Inovação 2014 - Ca-tegoria Pequena Empresa

da Região Norte. A cerimônia de pre-miação dos projetos das cinco regiões brasileiras e do Distrito Federal aconte-ceu em 5 de novembro, no Teatro Mu-nicipal do Rio de Janeiro. O Amazonas teve vencedores em outras duas cate-gorias; Inovação Sustentável e Institui-ção de Ciência e Tecnologia (ICT).

Empresa integradora de Soluções de Tecnologia da Informação e Comu-nicação, com atuação nas áreas de de-senvolvimento de software, suporte de sistemas, educação e aceleração de star-tups, a FabriQ está há 12 anos no merca-do e atende clientes em todo o Brasil em mais de 50 projetos de inovação desen-volvidos para indústria e governo.

Com 561 inscrições de todo o país, em 2014, o Prêmio Finep de Inovação vai dis-tribuir de R$ 100 mil a R$ 500 mil para os primeiros colocados regionais e nacionais de cada categoria, totalizando cerca de R$ 8 milhões em prêmios. Apenas 26 proje-tos foram contemplados com os prêmios regionais, sendo que os primeiros coloca-dos ainda competem na final nacional.

Sobre a FabriQ

Empresa de onde saiu, em 2014, o Microindustrial do Ano, seu diretor exe-cutivo Fredson Andrade da Encarnação, eleito pela Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM) e Centro

da Indústria do Es-tado do Amazonas (CIEAM), a FabriQ tem entre seus prin-cipais produtos e serviços softwares especialistas nas áreas de gestão de qualidade e chão de fábrica, bem como softwares de acompanhamento e avaliação da ges-tão de projetos de inovação.

De acordo com Fredson, a maior aposta que a empresa fez no último ano foi desenvolver star-tups com alto potencial de crescimento, sendo que no seu primeiro ciclo de ace-leração está apoiando as startups Comic Bits, Efisis, Expertze, Griô, Praquerumo e Tánaobra, cujos resultados poderão ter abrangência nacional e internacional.

Em sua trajetória, a FabriQ vem sendo apoiada por instituições como IEL/CNPq, CIDE/Suframa, Fapeam/SECTI/Finep, Fucapi, Sebrae e Ufam, em projetos para desenvolvimento de produtos, aumento da competitividade e diminuição de ris-cos associados às atividades de inovação.

Além da FabriQ, detentora do Prêmio Finep 2014 na categoria Pequena Empre-sa, o Amazonas esteve representado na cerimônia de premiação pela Ecoete – Tecnologias de Preservação Ambiental, premiada na categoria Inovação Susten-tável, e pela FPF Tech – Departamento de

FabriQrecebe prêmio de Inovação

Pequena Empresa

Com atuação na área de softwares e suporte de sistemas, a FabriQ venceu Prêmio Finep de Inovação 2014

Fredson Andrade da Encarnação recebe troféu das mãos de Fernando Ribeiro

Page 11: Revista FIEAM Notícias ed. 83

26Número de projetos contemplados de todo o país com os prêmios regionais entregues em 5 de novembro pela Finep em várias categorias

P&D de Software e Hardware, na catego-ria ICT.

O Prêmio

O Prêmio Finep de Inovação foi cria-do em 1998 para reconhecer e divulgar esforços inovadores realizados por em-presas, instituições sem fins lucrativos e pessoas físicas, desenvolvidos no Brasil e já inseridos no mercado interno ou ex-terno, a fim de tornar o País competitivo e plenamente desenvolvido por meio da inovação.

As empresas, instituições e os inven-tores são aqueles que desenvolvem solu-ções em forma de produtos, processos, metodologias e/ou serviços novos ou modificados.

O Prêmio Finep é o mais importante instrumento de estímulo e reconheci-mento à inovação no País. Desde 1998, já premiou centenas de empresas, institui-ções e pessoas físicas, sendo responsável pela projeção dos contemplados não ape-nas no Brasil, como também no exterior. A cerimônia da premiação nacional deve acontecer em março de 2015. •

Fredson Andrade da Encarnação, diretor da Fabriq, foi escolhido por FIEAM e CIEAM Microindustrial do Ano, em 2014

11

Page 12: Revista FIEAM Notícias ed. 83

12

Franca de Manaus.De acordo com o conselheiro Jean

Cleuter, essa foi provavelmente a pri-meira vez em que o CARF tenta dis-

pensar por súmula a competência técnica da Suframa em re-lação ao PPB. Desde 2010, a Suframa faz parte do Grupo Téc-nico Interministerial responsável por exa-minar, emitir parecer e propor a fixação, al-teração ou suspensão de etapas dos PPBs.

“A Suframa é o órgão especialista nessas etapas. Não

pode perder essa competência”, disse o advogado, que atua na Quarta Câmara da 3ª Seção de Julgamento do CARF. O que se queria no julgamento, segundo ele, era julgar a proposta de súmula sobre o PPB o que tornaria dispensá-vel em definitivo ouvir a Suframa. Jean Cleuter recebeu do próprio presiden-te da FIEAM, Antonio Silva, o pedido para acompanhar de perto o julgamen-to da proposta de súmula pelo pleno do CARF.

Para Jean Cleuter, a Suframa sai for-talecida do episódio. “Como cidadão amazonense, eu sei da importância da Zona Franca e da Suframa para o de-senvolvimento da região e para a po-pulação do Estado do Amazonas”, dis-se o advogado.•

A Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIE-AM) conseguiu, por meio do seu representante no Con-

selho Administrativo de Recursos Fis-cais do Ministério da Fazenda (CARF/MF), a rejeição da proposta de súmula que tiraria em definitivo da Suframa a competência de dar parecer sobre Pro-cesso Produtivo Básico (PPB) nos jul-gamentos administrativos fiscais. Com a súmula, a fiscalização e a decisão so-bre tributos federais na Zona Franca de Manaus passaria a ser de exclusiva competência do Ministério da Fazenda.

Principal articulador da defesa das prerrogativas da Suframa, no julga-mento, que aconteceu em 8 de dezem-bro, o conselheiro Jean Cleuter Men-donça, representante da FIEAM, no CARF, disse que a própria indústria perderia força com a revogação da medida que vincula a aprovação do PPB ao parecer da autarquia, fato que poderia gerar insegurança jurí-dica no Polo Industrial de Manaus.

Instituído em dezembro de 1991, o PPB consiste em etapas fabris míni-mas que as empresas do PIM devem cumprir para fabricar determinado produto, e se tornou uma das contra-partidas aos benefícios fiscais conce-didos pelo governo ao modelo Zona

Suframa mantém competência sobre PPB

Tributos

O advogado Jean Cleuter Mendonça é representante da FIEAM no CARF

Representante da FIEAM no Conselho de Recursos Fiscais , articula defesa das prerrogativas da autarquia em relação ao Processo Produtivo Básico

A própria indústria

perderia força com a revogação da medida que vincula a aprovação do PPB ao parecer da Suframa.

JEAN C.MENDONÇA

Page 13: Revista FIEAM Notícias ed. 83

13

Os programas nas áreas de educação - básica, profissio-nal e executiva - desenvolvi-dos pelo Sistema Federação

das Indústrias do Estado do Amazonas ganharam maior visibilidade na Sema-na Nacional de Ciências e Tecnologia (SNCT), realizada na primeira semana de novembro, no Clube do Trabalha-dor do Amazonas, no São José 1. No es-tande da entidade, também chamaram atenção os serviços oferecidos para ele-var a produção e a competitividade da indústria amazonense. Ao todo, 44 or-ganizações participaram do evento, in-ciativa coordenada no Amazonas pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecno-logia e Inovação (Secti-AM).

O aluno da Rede SESI, Pedro da Cos-ta, 16 anos, apresentou durante a sema-na as ideias do Projeto Robótica Lego, no qual professores e alunos utilizam peças da Lego no estudo da física.

Pedro explicou que o projeto Lego Star, desenvolvido por alunos de até 16 anos do SESI Amazonas, busca formas de lidar com fenômenos da natureza,

como os des-lizamentos de terra ocasiona-dos pelas chu-vas. O projeto desenvolvido apresenta três alternativas de prevenção a acidentes com deslizamentos: concre tagem, escoamento da água e sensor de umidade.

“As feiras de ciências, tecnologia e inovação são uma oportunidade para jovens e também para alunos mais velhos conhecerem algo que possa lhes abrir a visão do que serão no futuro. Sempre encontramos alguma coisa interessante que prende nossa atenção e nos faz pensar e sonhar lá na frente, em nossa profissão”, disse Pedro Costa.

Assim também pensa a serviço ge-rais Kelly Oliveira, de 25 anos, que

levou o filho Nícolas, de 6 anos, para a feira e teve a oportunidade de saber como funciona o projeto Lego Star.

“Tenho orgulho do meu filho, ele gosta de estudar, mesmo sendo tão pequeno. Acho importante mostrar pra ele as novas ciências e tecnologias que temos ou vamos ter. Os projetos e trabalhos desta feira são interessantes para todos e para mim também”, ava-liou Kelly.

Nícolas está no 2º período da edu-cação infantil e ao ser perguntado se havia gostado de ir à Semana ele não pensou duas vezes: “gostei muito de ver várias coisas, mas esse robozinho aqui foi o que mais gostei e acho que vou ser engenheiro quando crescer para construir outros desses para sal-var um monte de gente”.

A expectativa dos organizadores da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia Secti foi de receber 10 mil pessoas no Clube do Trabalhador, prestigiando as diversas atividades voltadas à ciência, tecnologia e inova-ção ali realizadas.•

Novas tecnologias educacionais

Exposição

Educação do Sistema FIEAM ganha vitrine especial na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia realizada em Manaus

Pedro da Costa explica projeto Lego Star no estande do Sistema FIEAM Kelly Oliveira levou o filho Nícolas para a feira da SNCT

Page 14: Revista FIEAM Notícias ed. 83

O Brasil é o 4º colocado entre os países que mais iniciaram in-vestigação antidumping desde 1995, quando a Organização

Mundial do Comércio (OMC) foi fundada. Fica atrás apenas da Índia, Estados Unidos e União Europeia. No ano passado, como reflexo de mudanças na legislação brasilei-ra para o setor, o país assumiu a dianteira nesse ranking, com 67 processos abertos. China e EUA são os países onde o Brasil tem as maiores demandas da prática de dumping.

As informações foram passadas no workshop “A Indústria e as Investigações Antidumping”, promovido pela Confe-deração Nacional da Indústria (CNI), Mi-nistério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIE-AM).

Durante o evento, empresários do seg-mento industrial do Amazonas tiveram oportunidade de saber os caminhos para iniciar uma investigação antidumping e como identificar a prática, utilizada nas exportações. Descobriram que as medidas antidumping são um importante instru-mento de defesa comercial cujo objetivo é a proteção da indústria doméstica contra a importação de produtos a preços inferiores aos normalmente praticados no mercado de origem.

Ao abrir o workshop, o presidente da FIEAM, Antonio Silva, classificou o dum-ping como “uma prática desleal de alguns exportadores interessados em penetrar nos mercados mais cobiçados, como o brasilei-ro”. Segundo ele, as medidas antidumping têm como objetivo neutralizar os efeitos da-

CNI, MDIC e FIEAM promovem workshop para esclarecer a luta da indústria brasileira contra a prática do dumping

Indústria contra o dumpingWorkshop

da das ações em maior número, graças às mudanças na legislação, que reduziram os prazos das investigações, passando de 18 meses para dez meses.

“Essa atualização da legislação foi de

nosos à indústria nacional.Um dos pontos altos do evento foi o

lançamento da Cartilha Antidumping, pela CNI, como parte do esforço da entidade para divulgar junto ao segmento industrial brasileiro uma fonte de informação correta sobre o assunto. O Amazonas foi o terceiro Estado a receber a programação, depois de Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

De acordo com o diretor de Desenvol-vimento Industrial da CNI, Carlos Eduardo Abijaodi, muitas empresas não conhecem esse instrumento ou não sabem como usá--lo, daí a preocupação de manter o diálogo com o setor sobre o assunto. Ele fez questão de salientar que as medidas antidumping são ferramentas de defesa comercial, que nada têm de protecionismo.

Para o diretor do Departamento de De-fesa Comercial (Decom), do MDIC, Marco Fonseca, a campanha antidumping ganhou fôlego extra no ano passado com a retoma-

O presidente da FIEAM, Antonio Silva, ao lado de Carlos Abijaodi, da CNI

Sebastião Guerreiro, da empresa Brasjuta

14

Page 15: Revista FIEAM Notícias ed. 83

Indústria contra o dumping

fundamental importância, pois as regras vigentes datavam de 1995 e já não vinham mais se mostrando à altura dos desafios do comércio internacional contemporâneo”, disse o diretor.

Nas investigações antidumping, segundo Fonseca, o Decom faz um trabalho criterioso que inclui a verifica-ção in loco, na indús-tria doméstica, mas vai também às empresas exportadoras, que rece-bem um questionário composto de três dados principais: o valor nor-mal, praticado no mer-cado interno, o preço de exportação e os custos de produção. Essas in-formações para fins de cálculo da margem de dumping são apresentadas num perío-

do de 12 meses, segundo ele.Em Manaus, os participantes do

workshop tiveram a oportunidade de co-nhecer pelo menos dois casos de sucesso na aplicação de medidas antidumping, o do setor petroquímico, apresentado pela diretora da Braskem, Alba Duarte, e o da Brasjuta, pelo diretor da empresa, Sebas-tião Guerreiro.

O setor de sacaria de juta do Amazo-nas e Pará conquistou direito antidumping contra as importações de juta da Índia e Bangladesh. Segundo Guerreiro, a indús-tria têxtil de beneficiamento da fibra natu-ral da malva e da juta já teve momentos áu-reos e chegou a reunir mais de 40 empresas nos dois Estados, com uma produção de mais de 100 mil toneladas, e beneficiando 7.500 famílias.

O pedido de investigação antidum-ping, segundo Guerreiro, começou em 1991, quando ocorreu uma importação de

volume expressivo de sacos de juta, da ordem de 9 milhões de sacos. No caso foi aplicado o direito antidumping nas im-portações da Índia e Bangladesh.

Apesar do final feliz, com medida antidumping aplicada em definitivo, Guerreiro disse que em 2011, o setor foi surpreendido por importações de saca-ria em grande volume por uma empresa de Santa Catarina, que importou saco pronto num volume de 3 milhões de unidades com preço de dumping. “Nes-se mesmo período ocorreu um aumento expressivo da importação de fios de juta simples que também tinham proteção, prejudicando as indústrias locais”, con-

tou o empresário.De acordo com Alba Duarte, é muito

trabalhoso iniciar uma investigação anti-dumping, mas o resultado é compensador. “E o segredo desse trabalho é o engaja-mento de todo mundo entendendo que a aplicação do direito é de suma importância para manutenção do negócio”.

Uma boa notícia para os importadores de produtos da China, o país com o maior número de casos de investigações anti-dumping abertas no Brasil, é que a partir de 2016, aquele país, de regime comunis-ta, terá que adotar, por determinação da OMC, a economia de mercado. Na questão de preços internos, a China tem sido um capítulo à parte nos desafios próprios do comércio internacional.•

PRINCIPAL RAZÃO PARA CRIAÇÃO DA CARTILHA AD

Direitos aplicados em relação ao número de investigações abertas

PAÍS 2008 - 2012Estados Unidos 100%Índia 89,2%China 79,2%Canadá 79,2%África do Sul 72,7%Turquia 70,2%Argentina 66,3%União Europeia 53,8%México 53,3%Brasil 43,9%Rússia 36,4%FONTE: OMC

O dumping é uma prática

desleal de alguns exportadores interessados em mercados cobiçados, como o brasileiro

ANTONIO SILVA

Sebastião Guerreiro (esquerda), Marco Fonseca e Alba Duarte durante o workshop

Page 16: Revista FIEAM Notícias ed. 83

16

O Laboratório Aberto, espaço dedicado ao micro e pequeno empreendedor amazonense, foi uma das novidades na sex-

ta edição do Mundo SENAI, realizada em 17 de novembro, em seis unidades de edu-cação profissional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI Amazo-nas). Além das quatro escolas de Manaus, o evento foi realizado na escola do município de Parintins, a 369 quilômetros da capital, e no barco-escola Samaúma, aportado em Macapá, no Amapá. Palestras, mostras tec-nológicas e minicursos fizeram parte da programação, que tem como objetivo abrir as portas da instituição para estudantes, co-munidade e empresários.

Instalado no segundo piso da Esco-la SENAI Antônio Simões, o Laboratório Aberto representa um novo conceito no relacionamento do SENAI com o setor

produtivo. Ali poderão ser desenvolvidos protótipos, capacitações, negociações, con-sultorias, orientação e ‘mentoria’ nos seg-mentos eletroeletrônico, construção civil, metalomecânico e panificação.

“É um espaço onde forneceremos ferra-mentas para que ideias de empreendedo-res se concretizem. É importante que nosso cliente traga um conjunto de desafios para que juntos possamos viabilizar a constru-ção de seu primeiro protótipo para atender a indústria”, explicou o diretor do Institu-to SENAI de Inovação (ISI), José Casarini, ressaltando que o Laboratório Aberto dará oportunidade à abertura de novos negócios no mercado local.

Empresário e estudantes

O microempresário José Luis Brandão participou do Mundo SENAI, integrando a mesa redonda do lançamento do Labo-ratório Aberto. Brandão é membro da As-sociação de Jovens Empresários do Ama-zonas (AJE) e está na expectativa do novo serviço do SENAI para tornar sua empresa no ramo de locação de equipamentos para o setor produtivo da construção civil mais competitiva.

“Vim do comércio familiar e hoje sou empresário da construção civil. Como pe-queno empreendedor preciso de apoio das instituições que ajudam a desenvolver no-vas empresas e produtos para serem lan-çadas no mercado competitivo. É sempre bom vir em instituições como o SENAI, pois encontramos suas portas abertas para iniciar parcerias e desenvolver projetos”, disse José Brandão.

Durante aquele dia, das 8h30 às 17h, as seis unidades do SENAI Amazonas que participaram do Mundo SENAI apresenta-ram seus cursos, receberam visitação em la-boratórios tecnológicos e de aprendizagem industrial, promoveram cursos e palestras para o publico visitante. Dentre as ativida-des realizadas, o grupo de docentes de pa-nificação e confeitaria da Escola SENAI de Ações Móveis e Comunitárias desenvolveu miniaulas no segmento de alimentos, expli-caram as atividades profissionais e fizeram sorteios de cestas de pães fabricados no La-boratório da instituição.

Para o instrutor e coordenador da área de Alimentos, Francijander de Oliveira, a programação desperta o interesse do visi-tante nos diversos segmentos industriais, contribuindo para a escolha da profissão

Mundo SENAI de portas abertas

Educação

SENAI Amazonas promove a sexta edição do evento, com ações simultâneas em seis unidades do Estado

Laboratório Aberto é inaugurado na programação do Mundo SENAI Docentes e técnicos recebem visitantes na 6ª edição do Mundo SENAI

Page 17: Revista FIEAM Notícias ed. 83

17

Mundo SENAI de portas abertas

dos jovens que chegam no SENAI.“São eventos como o Mundo SENAI

que dão à sociedade oportunidade de co-nhecer o que realizamos dentro de nossa instituição, disseminando a educação pro-fissional de excelência e serviços técnicos e tecnológicos direcionados às soluções e inovações para a indústria”, avalia Oliveira.

A estudante Anny Costa, de 16 anos,

Francijander e instrutores do SENAI entregam cesta de pães sorteada

O jovem empresário José Brandão prestigiou a programação do Mundo SENAI

Laboratório Aberto é para desenvolvimento de protótipos para a indústria

O que oferecem as unidades participantes do Mundo SENAI

Unidades

Escola SENAI Antônio Simões - Avenida Rodrigo Otávio, 2394 – Distrito Industrial

Escola SENAI de Ações Móveis e Comunitárias - Av. Rodrigo Otávio, 2394 - Distrito Industrial

Escola SENAI Demóstenes Travessa – Avenida Rodrigo Otávio, 510 – Distrito Industrial

Escola SENAI Waldemiro Lustoza - Avenida Carvalho Leal, 555 – Cachoeirinha

Centro Integrado de Educação SESI SENAI Padre Francisco Luppino – Estrada Paranapanema, s/n, Parintins

Barco-Escola Samaúma

Áreas

Eletroeletrônica, Automação, Informática, Refrigeração, Qualidade e Segurança Industrial, Meio Ambiente, Gás Natural e Telecomunicações.

Mecânica Diesel, Panificação, Refrigeração e Confecção do Vestuário.

Construção Civil

Metalmecân ica, Automotiva, Soldagem e Plástico

Informática, Costura, Alimentos, Motores a diesel e de popa, soldagem.

Operador de Microcomputador, Instalador Elétrico Residencial, Instalador Hidráulico Residencial, Mecânico de Motocicletas, Mecânico de Motor de Popa, Mecânico de Motores Diesel, Padeiro, Pedreiro, Reparador de Condicionador de Ar, Higiene na Manipulação de Pescado.

uma das sorteadas com uma cesta de pães, revelou que foi a primeira vez que percor-reu áreas do SENAI, que não tinha nem ideia de que existiam, sendo todas tão pró-ximas de onde estuda. A alimentação e ou-tros segmentos como automação industrial

lhe chamaram mais atenção.“Gostei das novidades que pude ver no

Mundo SENAI, mundo este do qual conhe-cia apenas uma parte e que agora vou pro-curar saber um pouco mais das áreas pelas quais me interessei”, disse Anny.•

Page 18: Revista FIEAM Notícias ed. 83

1818

O Barco-Escola SENAI Samaúma 2 realizou, em 11 de dezembro, no município de Tefé, a 575 qui-lômetros de Manaus, sua aula

inaugural para cerca de 600 alunos inscritos nos 22 cursos oferecidos pela embarcação. A aula simbólica foi ministrada pelo geren-te da Escola SENAI de Ações Móveis e Co-munitárias, Teodório Filho, e contou com a presença da prefeita de Tefé em exercício, Gean Trindade, e da maioria dos alunos.

Em sua primeira viagem de trabalho, o barco venceu a distância entre Manaus e Tefé, subindo o rio Solimões, no tempo de 72 horas, numa velocidade de 8 nós. O Samaúma 2 foi inaugurado oficialmente em fevereiro deste ano e, a partir de ago-ra, cumpre programação de visitar pelo menos quatro municípios por ano. Em Tefé, o barco deve permanecer até feve-reiro de 2015.

A escolha do município de Tefé para a primeira atividade do Samaúma 2 não foi casual. De acordo com Teodório Filho, ali deu-se a inauguração do primeiro Samaú-ma, em fevereiro de 1979. Desde então, o SENAI Amazonas já certificou, por meio do barco-escola, mais de 52 mil alunos em municípios do Amazonas, Acre, Amapá, Pará, Rondônia e Roraima.

Até o dia da inauguração, a central de matrículas do Samaúma 2 já havia registra-do cerca de 600 inscritos na programação de cursos para os próximos dois meses nos segmentos de informática, mecânica, cons-trução civil, confecção do vestuário, ali-mentos e empreendedorismo, um cenário bem diferente de 35 anos atrás, quando o pioneiro Samaúma teve um pouco mais de

100 inscritos para fazer os cursos nas áreas de me-cânica, marcena-ria e confecção.

As aulas se-rão ministradas em oficinas em-barcadas, como as de Tecnologia da Informação, Panificação e Confeitaria, e Mecânica de Manutenção In-dustrial a Diesel

e de Popa, bem como desembarcadas, em ambientes oferecidos pela prefeitura local, para serem as aulas teóricas e práticas de pedreiro, eletricista, mecânico de motoci-cletas, costureira, entre outras.

O gerente Teodório Filho ressalta que retornar ao município de Tefé após 35 anos para dar início às atividades do segundo barco-escola do SENAI é mais um marco histórico para a FIEAM, que reforça a sua missão de disseminar a educação profissional de excelência nos municípios da Amazônia.

“Retornamos a Tefé com o Samaúma 2, fruto do vigor do barco pioneiro, o Samaú-ma, para começarmos uma nova história de sucesso de nossa instituição, unindo esforços ao Samaúma para atender, quali-ficar e melhorar a vida de muitas pessoas”, declarou Teodório.

Para a prefeita de Tefé em exercício, a ação do SENAI de romper fronteiras com os barcos-escola é de grande importân-

Aula inaugural em TeféSamaúma 2

cia para a população dos municípios, que passa a ter acesso à formação profissional, oportunizando mais emprego e renda para jovens e adultos.

“Os dois Samaúma chegam para quali-ficar e requalificar a nossa gente, esses que poucas chances têm de sair de seus mu-nicípios para aprender uma profissão. O SENAI semeia conhecimento com a tripu-lação dos dois barcos, dando oportunidade para que muitos alunos ingressem no mer-cado de trabalho de igual para igual com aquelas pessoas que vêm da capital”, disse Gean Trindade. O município de Tefé conta com cerca de 62 mil habitantes.•

Inaugurado em fevereiro, o Samaúma2 deu início às suas atividades, em dezembro, no município de Tefé, Amazonas

Prefeita de Tefé em exercício, Gean Trindade

Page 19: Revista FIEAM Notícias ed. 83

19

Mudar a vida dos alunos, cer-tificar trabalhadores para atuar em seus municípios contribuindo para a geração de novos postos de tra-balho, empreendedorismo e sus-tentabilidade em cidades distantes das capitais da região Norte, essa é a missão do Programa Samaúma. Valdo Vasques é um dos ex-alunos da primeira turma do Samaúma, de 1979, em Tefé, quando o barco--escola deu início às suas atividades.

Vasques concluiu o curso de tor-neiro mecânico e logo ingressou no mercado de trabalho. Com a chega-da do Samaúma 2, Vasques não per-deu tempo e se inscreveu no curso de pedreiro para aprender a profis-são e abrir seu próprio negócio.

“No primeiro curso que fiz pelo SENAI no Samaúma não ti-nha noção daquilo que estava aprendendo, mas foi o início da minha carreira profissional em me-cânica. Agora, após 35 anos, volto para aprender neste novo Samaú-ma. Vou fazer o curso de pedreiro, dando início à realização de mais este sonho de montar minha cons-trutora e, no futuro, ter orgulho de falar para meus filhos e netos que minha motivação profissional veio navegando nos barcos Samaúma que me ensinaram a trabalhar e a ganhar dinheiro com minhas pró-prias mãos”, disse Valdo.

Segundo o gerente Teodório Filho, de Tefé o Samaúma 2 deve seguir para Tapauá, no rio Purus, a 565 quilômetros de Manaus, onde permanecerá de março a maio de 2015, enquanto o Samaúma 1 per-manece atuando em Macapá, capi-tal do Amapá.

Primeira turma

Manutenção industrial é uma novidade

Valdo Vasques, ex-aluno de 1979 que volta a estudar no Samaúma em 2015

Uma das novidades na grade de cur-sos do Samaúma 2 é o de mecânica de manutenção industrial. A formação neste segmento profissional é uma das fortes de-mandas nos municípios atendidos pelo SE-NAI e que passa a ser atendida pela moder-na estrutura do Samaúma 2. O instrutor de metalmecânica, Ernesto Freitas, ministrará o curso na oficina do próprio barco-escola, onde estão instalados equipamentos de mecânica industrial diesel e de popa.

“Vamos qualificar profissionais para atuarem em suas cidades como mecânicos de manutenção industrial, criando maior competitividade e preços justos neste seg-mento, pois a realidade atual é a carência dessa mão de obra, e a pouca que existe

cobra elevados valores por seus serviços”, revelou o instrutor.

O aluno Matheus Ribeiro, de 16 anos, pretende entrar no ramo de serviço de manutenção visando um futuro melhor. “Quero aprender a profissão de mecânico industrial para melhorar de vida e ajudar meus familiares”, vislumbrou o jovem.

Para Samuel Neves, de 29 anos, a opor-tunidade de realizar dois cursos vai abrir as portas de emprego seguro em Tefé. “Acre-dito que os novos conhecimentos que vou adquirir vão melhorar meu curriculo e am-pliar as oportunidades de ter uma profis-são digna em minha cidade”, disse Samuel que se matriculou nos cursos de mecânico de popa e de gestão de resíduos sólidos.

Instrutor Ernesto Freitas na primeira aula de manutenção industrial com o aluno Matheus Ribeiro

19

Page 20: Revista FIEAM Notícias ed. 83

2020

A prorrogação do modelo Zona Franca de Manaus por mais 50 anos foi lembrada como um dos fatos que marcaram a

economia local, em 2014, pelo empresário Antonio Silva, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), na confraternização realizada em parceria com o Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM), em 18 de dezembro, no Clube do Trabalhador do Amazonas. “A prorrogação foi algo importantíssimo para nosso Estado, e pode ser, só depende de nós, um grande marco para um Amazonas melhor e mais justo”, disse Silva.

Dentre os destaques de 2014, o presi-dente da FIEAM ressaltou o avanço dos estudos e prospecção de alternativas do polo mineral e do agronegócio, a realiza-ção da Copa do Mundo, e a inauguração, pela presidente Dilma Rousseff, da mo-derna unidade fluvial do SENAI Amazo-

nas, o barco-escola Samaúma 2.“Os desafios para 2015 são grandes,

a defesa do nosso modelo industrial de desenvolvimento do Norte do Brasil, o trabalho de atrair novos investimentos, e o desenvolvimento e aplicação de P&D continuam. Vamos também nos empe-nhar para diversificar a matriz do nosso parque, prospectando mais emprego e renda para a população. Com a ação dos dois barcos-escola Samaúma, as cidades banhadas pelos rios da Amazônia são contempladas ao levarmos o conheci-

mento e a cidadania ao nosso interiora-no. E é assim que rogamos que 2015 pos-sa representar para o Amazonas e para o Brasil, um renascimento, da esperança e da confiança do povo brasileiro”, disse Antonio Silva.

Desenvolvimento

Para o presidente do CIEAM, Wilson Périco, 2014 foi marcado por eventos que influenciaram a vida e os negócios no Amazonas, como a Copa do Mundo, as eleições e a prorrogação da ZFM. Périco também destacou a iniciativa do Sistema FIEAM no apoio ao desenvolvimento do Estado como um todo, em especial nos municípios amazonenses e de cidades circunvizinhas. “O barco-escola Samaú-ma 2 vem reforçar a educação itinerante na Amazônia, atendendo não só o nosso Amazonas, mas também o Acre, Amapá, Rondônia, Roraima e Pará. A unidade do

Os desafios da Indústria para 2015

Confraternização

FIEAM e CIEAM fazem a tradicional confraternização e entregam placas de Destaque da Indústria a Isa Assef e Thomaz Nogueira

Da esquerda, Wilson Périco, Isa Assef, Thomaz Nogueira, Antonio Silva e Augusto Igrejas

Page 21: Revista FIEAM Notícias ed. 83

21

SESI e SENAI de Parintins também é ou-tra ação importante para o interior, pois trata-se de uma escola com capacidade para qualificar mais de 1.200 alunos, dando novas perspectivas de emprego e qualidade de vida para esse municí-pio”, pontuou Périco.

Com relação ao desempenho da indústria amazonense, Wilson Périco foi cauteloso, lembrando que o resul-tado não foi tão bom quanto 2013, com faturamento e geração de empregos abaixo das expectativas.

“A prorrogação da ZFM em si não nos dá garantia de crescimento ou atração de investimentos. Prorrogação sem equacionamento dos gargalos de infraestrutura me remete ao momen-to em que tivemos a escolha do Brasil

para sediar a Copa do Mundo. O País se encheu de alegria, promessas de lega-dos, como mobilidade urbana, hospitais, aeroportos e portos. Mas, à exceção das

arenas e da alegria dos dias dos jogos, nada de legado nos foi dei-xado”, comparou Pé-rico.

O presidente do CIEAM finalizou seu discurso destacan-do a importância da mobilização da classe produtiva e dos repre-sentantes políticos do Estado no empenho de desembaraçar e supe-rar os novos desafios.

“As eleições já acabaram. Precisamos garantir que os interesses de nosso Esta-do e de nossa sociedade estejam acima dos interesses individuais e partidários, por isso clamamos a todos, deputados federais, senadores, ao nosso prefeito e ao nosso governador para trabalharmos juntos por um futuro melhor para nossa cidade e para nosso Estado”, disse Wil-son Périco.

Homenagens

Como acontece todos os anos, FIEAM e CIEAM entregaram placas de “Desta-que da Indústria Amazonense” a duas personalidades que contribuíram para o avanço produtivo, intelectual e social no Estado. Os homenageados foram a dire-tora-presidente da Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Fucapi), Isa Assef, e o ex-superintenden-te da Suframa, Thomaz Nogueira.

“Como destaques do ano, Isa e Thomaz recebem esse mereci-do reconhecimento da indústria. A competência de Isa na área de inovação tecnológica e pela virada da nossa Fucapi em crescimento e atendimento à indústria é refe-rência não só para nós, mas para o Brasil. Thomaz é um herói, en-frentou a dura passagem à frente da Suframa e lutou sem tréguas em defesa do modelo Zona Franca de

Manaus e pelo resgate de uma Suframa forte e representativa. Ambos estão de parabéns”, ressaltou Antonio Silva.

Outra homenageada foi a judoca Rafaela Barbosa, vencedora da seletiva olímpica da categoria 52 quilos e úni-ca representante do norte do País na seleção brasileira de judô. A atleta tem grandes chances de ser a representante do Brasil na sua categoria, na Olimpíada do Rio 2016.

“Desde seus 15 anos, a Rafaela é pa-trocinada pela FIEAM e CIEAM. Ela é fruto da persistência e perseverança de um grande homem, o professor Anto-nio Barbosa, seu pai. Esperamos vê-la em 2016, na Olimpíada, representado o esporte do Amazonas e a garra do nosso povo”, disse Silva.•

Os desafios para 2015

são grandes.Vamos nos empenhar para diversificar a matriz do nosso parque, prospectando mais emprego e renda para a população ANTONIO SILVA

Antonio Silva e Wilson Périco entregam cheque simbólico à atleta Rafaela Barbosa

O conselheiro da FIEAM, Moyses Israel, com Isa Assef e Antonio Silva, na confraternização

Page 22: Revista FIEAM Notícias ed. 83

22

A Federação das Indústrias do Estado do Amazonas fez um autêntico ‘revival’ dos emba-los de sábado à noite, com di-

reito a banda cover oficial dos Bee Gees no Brasil, na tradicional confraternização de fim de ano com a imprensa de Ma-naus. À parte o balanço da indústria, com as projeções de faturamento, exportação e emprego no Polo Industrial de Manaus, em 2014 (leia na página 24), o ponto alto da festa foi a homenagem da FIEAM, ao som de ‘Staying’ Alive’, a dois ícones do jornalismo amazonense, Baby Rizzato e Dudu Monteiro de Paula.

Pelo menos 400 profissionais de 30 veículos, entre jornais, TVs, rádios, por-tais, sites e blogs da internet, atenderam ao convite da Federação para participar da festa, um dos eventos mais importan-tes no calendário anual da FIEAM. Os homenageados Baby e Dudu tiveram os fatos mais marcantes de suas respectivas carreiras de mais de 40 anos narrados

pelo próprio presidente da FIEAM, An-tonio Silva.

Silva reconheceu o feito de Baby Ri-zzato no comando do programa “Nos-so Encontro”, transmitido ao vivo, aos sábados, na TV A Crítica (Rede Record), por 42 anos. “Mas, outro fator que pesa no reconhecimento dado a Baby vem da própria personalidade da apresentadora. Ao longo de quase 45 anos de carreira, Baby soube construir para si a imagem da profissional de palavra, de opinião, de falar o que dá na telha sem se importar com os ditames do politicamente corre-

Embalo de sábado à noite

Imprensa

Ao som dos Bee Gees, FIEAM promove tradicional jantar com a imprensa de Manaus e faz homenagem a jornalistas

to”, disse o empresário.Ao receber a placa em sua homena-

gem, Baby disse que só através de um amigo generoso poderia estar recebendo “um paparico” desses, e que dividia a honra com todos os colegas de profissão presentes. Baby lembrou as dificuldades que teve em casa, com a mãe, quando de-cidiu seguir a carreira de jornalista, como o pai, Herculano de Castro e Costa.

“Eu fui com esse meu espírito de bri-ga vencendo todas as barreiras que se colocavam em meu caminho porque mi-nha mãe, mulher de um jornalista, sabia

A banda Bee Gees Alive agitou a confraternização da FIEAM com a imprensa, no Clube do Trabalhador

Page 23: Revista FIEAM Notícias ed. 83

23

possa exercer a liberdade de expressão porque sem ela não há jornalismo”, disse Baby.

O segundo homenageado da noite, o jornalista Eduardo Monteiro de Paula, foi anunciado por Antonio Silva, como “um homem de sete instrumentos”, com atuações tanto na comunicação, quanto no esporte e na política. Silva lembrou que a paixão de Dudu pelo esporte veio dos pais, Edgar e Helena, e dos irmãos, e contou parte da história da família, que funcionava como um time completo de vôlei ou futsal.

No jornalismo, Dudu começou na TV Amazonas, no início da década de 1970. Sua história de vida também é marcada pela colaboração com a Aclea, a Associa-ção de Cronistas e Locutores Esportivos do Amazonas, da qual é presidente.

Em seu discurso de agradecimento, Dudu disse que tem a sensação do de-ver cumprido. “Quando assumimos um papel como esse que é de informar sem

das agruras dessa profissão”, contou Baby emocionada. “Todos nós sabe-mos das alegrias do exercício profissio-nal, mas sabemos também dos sacri-fícios, dos sapos incríveis que temos que engolir, e da dificuldade de bri-gar constantemen-te para que a gente

Todos nós sabemos

das alegrias do exercício profissional, mas sabemos também dos sacrifícios, dos sapos incríveis que temos que engolir

BABY RIZZATO

Eduardo Monteiro de Paula, Norma Silva, Baby Rizzato e Antonio Silva na confraternização

deformar, levar a informação ao povo da forma mais clara e positiva possível e, depois de tanto tempo ser homenagea-do por aquilo que você é e pelo que você gosta de fazer, é motivo de júbilo e de muita alegria. Estou extremamente feliz em ver que nossos companheiros reco-nheceram o esforço e o empenho que te-nho neste trabalho e lógico que estamos em contínuo aprendizado, mas é sempre gratificante receber uma premiação”, disse o jornalista.

Os cerca de 400 jornalistas convida-dos se deleitaram com os hits apresenta-dos pelo Bee Gees Alive, principalmente com os sucessos do filme “Os Embalos de Sábado à Noite” (1977). A festa termi-nou com o tradicional sorteio de brindes, entre os quais, micro-ondas, refrigerado-res, smartphones e passagens aéreas na-cionais e internacionais.•

(Veja mais sobre a confraternização na página 24)

Page 24: Revista FIEAM Notícias ed. 83

No balanço econômico de 2014, que fez aos jornalistas durante a confrater-nização, o presidente da FIEAM disse que o país terá que trabalhar uma am-pla agenda macroeconômica, com o for-talecimento da indústria, incentivo às exportações e maior investimento em infraestrutura, entre outras prioridades, para voltar a crescer de forma sustenta-da em 2015.

Na avaliação do desempenho do Polo Industrial de Manaus, Silva dis-se que provavelmente não alcançará os resultados de 2013. “Estimamos que o faturamento para este ano deva fechar em torno de US$ 37,27 bilhões, portanto, com uma queda de aproximadamente 3,5%”, disse. Segundo ele, dentre os sub-setores que deverão apresentar variações positivas em relação ao ano passado, quando calculado em dólar, destacam--se o metalúrgico, com 6,5%, o mecânico, com 6,0%, termoplástico, com 4,8%, bens de informática, com 3%, relojoeiro, com 2%, e o químico, com 0,6%.

As maiores perdas estarão concen-tradas, infelizmente, segundo o presi-dente da FIEAM, nos polos de duas ro-das e eletroeletrônico, os subsetores de

maior representatividade no PIM. “São os mais desenvolvidos, de maior fatu-ramento, maior capacidade produtiva e maior geração de emprego, então é de se imaginar que o desempenho fraco de um deles afeta de forma grave o resul-tado de todo o Parque Industrial do Es-tado”, disse Antonio Silva. A estimativa da FIEAM é que o faturamento dos sub-setores de duas rodas e eletroeletrônico, em 2014, seja inferior ao de 2013, respec-tivamente, em 11,5% e 5%.

Com relação à média anual de em-pregos no PIM, o presidente da FIEAM estimou uma redução de mais de 7 mil vagas, o que deve representar uma que-da de cerca de 6% em relação à média do ano passado, ficando a média anual de empregos este ano em aproximadamen-te 119 mil vagas ocupadas.

Para Antonio Silva, as exportações do Polo deverão apresentar uma queda em 2014 estimada em mais de 8%, totali-zando perto de US$ 791 milhões. Quan-to às importações, ele estima uma queda de aproximadamente 27% em relação a 2013, projetando-se um montante de US$ 11,8 bilhões de importação de com-ponentes e insumos industriais.

Agenda macroeconômica

As projeções para 2015, segundo An-tonio Silva, são de um ano ainda com graves problemas econômicos para o país, pelo menos até o primeiro semes-tre. “A partir do segundo semestre, vis-lumbramos melhoras significativas, na expectativa de que medidas corretivas sejam adotadas na condução da política econômica, e que o mercado internacio-nal apresente também recuperação mais consistente”, definiu.

Silva considerou positiva, especial-mente, para a Zona Franca de Manaus e para o Amazonas, a indicação do senador Armando Monteiro Neto (PTB-PE) para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria

e Comércio Exterior (MDIC). “O Arman-do (Monteiro) já foi presidente da CNI, é conhecedor do nosso modelo de desenvol-vimento e, por certo, se constituirá num aliado importante para vencermos os entraves que ainda impedem o nosso crescimento”, disse.

Para Antonio Silva, é fundamental priorizar soluções que nos livrem dos gargalos da infraes-

trutura logística, através da ampla discus-são de alternativas, para que sejam sanados ou diminuídos os obstáculos ao desenvol-vimento do Estado.

“No que nos couber, através da Federa-ção e com o apoio dos sindicatos patronais filiados, estaremos envidando todos os es-forços para defender os interesses da classe produtora, a fim de que o ano de 2015 seja de fato promissor, com crescimento dos in-vestimentos, da produção e da geração de maior número de empregos no PIM, bem como em toda a indústria do Estado do Amazonas”.

Indústria aguarda medidas corretivas, diz Antonio Silva

Antonio Silva fez balanço de 2014 e deu a perspectiva da indústria para 2015 na confraternização

No que nos couber,

através da Federação e com o apoio dos sindicatos patronais filiados, vamos envidar todos os esforços para defender os interesses da classe produtora ANTONIO SILVA

24

Page 25: Revista FIEAM Notícias ed. 83

Na avaliação da empreendedora in-dividual Emone Peccini, o evento trouxe uma visão do mundo da moda e do que será usado em 2015. A empreendedora revela que são essas noções adiantadas que permitem ao empresário acompa-nhar a tendência do restante do país, adaptando a regionalidade do Norte do Brasil na moda.

Durante dois dias, na última semana de novembro, o curso de ‘criativação’ e as oficinas de desenvolvimento de pro-dutos, olhar da forma (modelagem), e ensaio de elaboração de ficha técnica para planejamento de produção foram realizados no SENAI do bairro Alvorada.

Inova Moda

O Inova Moda é uma iniciativa da parceria Sebrae-SENAI e coordenada pelo Cetiqt com o objetivo de desenvol-ver a moda nacional junto aos micro e pequenos empresários do segmento têx-til, confecção, calçados, acessórios e joias. O coordenador da área de confecção e moda do SENAI Amazonas, Vanderlu-cio Mota, explicou que os cadernos são

A arte e a ciência do paladar, seguindo diferentes estilos de culinária, beleza e qualidade dos nutrientes serviram de

inspiração para a nova coleção do proje-to Inova Moda, apresentada no Da Vinci Hotel, junto com o lançamento, pelo Ser-viço Nacional de Aprendizagem Indus-trial (SENAI Amazonas), do Caderno de Inspirações Verão 2015/2016.

Ao apresentar as ações do 2º ciclo do projeto Inova Moda, a consultora de moda do Centro de Tecnologia da Indús-tria Química e Têxtil (Cetiqt), do SENAI, Cecília Souza Carvalho, disse que o arte-sanato é um dos pontos fortes da coleção. “A inspiração veio da arte e da ciência, do gosto, do paladar, seguindo diferen-tes estilos de vida através da pesquisa de como os alimentos podem ser consumi-dos”, explicou.

Um dos cases apresentados foi da co-leção aplicada nas garrafas de Coca-Cola com estéticas diferenciadas, bem como nas cores do líquido, trazendo as regio-nalidades de sabor e estilo de culturas e tecidos em cada embalagem.

A partir do estudo realizado por técnicos do SENAI, Sebrae e demais or-ganizações do segmento da moda brasi-leira sobre o gosto, alimentos e culinária foram gerados três conceitos que nor-tearam a criação da coleção 2015/2016: temperos, comer com os olhos, e projeto verão.

Inova Moda busca inspiração nos sabores

SENAI

SENAI e Sebrae lançam, em Manaus, a nova coleção do projeto Inova Moda e o Caderno de Inspirações Verão 2015/2016

desenvolvidos para o verão e inverno, com a participação de pesquisadores da moda, design e tendência. Em outubro de 2014, Vanderlucio fez parte do gru-po de pesquisadores do terceiro ciclo do projeto, previsto para ser lançado em meados de fevereiro e março de 2015.•

A consultora do Ce-tiqt/SENAI, Cecília Souza Carvalho (ao lado); abaixo, a empresária individu-al, Emone Peccini, no lançamento do Caderno de Inspirações Verão 2015/2016

25

Page 26: Revista FIEAM Notícias ed. 83

26

Programa

Um público de 900 pessoas com-pareceu ao Clube do Trabalha-dor, no último fim de semana de novembro para acompanhar

as apresentações da VIII Mostra Núcleo de Dança do Serviço Social da Indústria (SESI Amazonas). Pelo menos 30 coreografias dos gêneros clássico, moderno e contem-porâneo, foram apresentadas por alunos do Núcleo SESI de Dança e por seis grupos convidados.

Entre os convidados, estava o grupo do Programa SESI Atleta do Futuro, que reúne alunos de 5 a 18 anos da Escola Estadual Myrthes Trigueiro, no Coroado. O progra-ma utiliza a atividade física para promover a educação e a inclusão social de crianças e adolescentes oriundos de famílias de bai-xa renda. Alunos do SAF apresentaram as

Pelo menos 30 coreografias foram apresentadas na oitava edição do Núcleo SESI de Dança, no Clube do Trabalhador

grafia “Pássaros” contou com a participa-ção da aluna do curso de balé do SESI Ama-zonas, Pietra Simplício Pereira, de 6 anos, filha do industriário da empresa Musashi da Amazônia, Robson Lopes, 24 anos, e da dona de casa, Priscila Simplício, 24 anos.

“Estamos aqui para incentivar a cultura e acompanhar o sonho da nossa filha, além de ocupar a mente dela com uma dança que exige técnica, atenção e muita dedica-ção”, disse a mãe.

As apresentações tiveram grande im-pacto, principalmente para os pais presen-tes, como a professora de educação infantil, Franciane Ferreira, 34 anos, e o marido, o Policial Militar, Antônio Carlos Maciel, 31 anos, que acompanharam pela segunda vez a apresentação da filha, a aluna de balé Po-liana Ferreira Maciel, 4 anos, que participou da coreografia “Dançando no Rio”, com acompanhamento da professora Rafaela.

“Para mim, como mãe, é muito emocio-nante porque não é o meu sonho, é a reali-zação do sonho dela. A dança é importante, pois desenvolve várias habilidades, prin-cipalmente a coordenação motora. E para nós, pais, esse momento é prazeroso por compartilharmos com a família e amigos”, disse a mãe emocionada.

O Grupo da 3ª Idade do SESI Ama-zonas, mais uma vez, brilhou na mostra, com apresentação da coreografia coletiva “Os Marinheiros” e do solo “Dançando na Chuva”, com a dançarina Glicéria Faria. O grupo é ensaiado pela professora Sarah Masulo.

A VIII mostra teve ainda como convi-dados o Centro de Artes da Universidade do Estado do Amazonas, a Cia de Dança do Ventre Nawaar, Grupo Miscigenação Ama-zônica e a Companhia de Dança Luna.•

coreografias “Dança das Flores”, “Folhas da Amazônia”, “Bailarinas” e “Dançando o destino”.

“A mostra é o resultado de um trabalho realizado anualmente pelo SESI Amazonas, no qual é apresentada aos pais, responsá-veis e aos próprios bailarinos a importância da dança para o desenvolvimento do corpo e da mente”, disse a professora de balé do SESI/AM, Rafaela Oliveira.

Coreografias, como “Dançando na Chuva”, “Oncinhas” e “Dança do Ventre” foram destaques do primeiro dia. A coreo-

Coreografia Dançando no Rio, da professora Rafaela Oliveira, destaque da mostra

Terceira idade em apresentação solo Dançando na Chuva, com a dançarina Glicéria Faria

Priscila e Robson acompanham a filha Pietra, de 6 anos, na Mostra do SESI

SESI mostra suas danças no Clube

Page 27: Revista FIEAM Notícias ed. 83

27

Page 28: Revista FIEAM Notícias ed. 83