Revista Gilista #5

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Revista Oficial do Gil Vicente Futebol Clube N.º5 Setembro – Dezembro 2013

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Jovens Craques - Luís Martins, Diogo Viana, Paulinho, Pek's, Avto, Vítor Gonçalves, Nélson Agra, Leandro Pimenta, Simi Nwankwo, Júlio Neiva e Ivan

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Revista Oficialdo Gil Vicente Futebol Clube N.º5 • Setembro – Dezembro 2013

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EDITORIAL

Estimados sócios,Simpatizantes e atletas do Gil Vicente Futebol Clube O nosso Gil Vicente está a cumprir a terceira temporada consecutiva na primeira Liga, depois de cinco épocas de ausência. Rumo à consolidação no primeiro escalão, este ano estamos a realizar o melhor arranque de sempre da história enquanto clube na primeira Liga, sob a égide do treinador João de Deus, que resulta num quarto lugar, à 11ª jornada. É sem dúvida mais um grande marco alacançado pelo Gil Vicente e do qual nos devemos orgulhar.Em parte do pecúlio realizado, sobressaem dois triunfos nos dérbis do Minho, contra SC Braga e V. Guimarães, em Barcelos. Foram jogos em que demonstramos uma enorme força e caráter, vencendo contra diversas contrariedades. Aliás, é de realçar o facto de já estarmos em dezembro e registarmos seis vitórias e um empate no nosso Estádio Cidade de Barcelos, ainda sem derrotas. Isto só é possível com o apoio incondicional dos sócios e adeptos, que têm sido autênticos propulsores da nossa equipa, incentivando-a até ao último segundo. Desta forma, estou certo que o nosso Clube alcançará o seu principal objetivo quanto antes: a permanência na primeira Liga.

Na Taça de Portugal e Taça da Liga correspondemos às expetativas e avançamos na prova. Apesar de saber que ainda existe muito trabalho pela frente, diversas lutas em muitos jogos, acredito que o Gil Vicente vai conseguir uma boa prestação em ambas as provas.Num registo diferente, mas igualmente importante, o Gil Vicente apresentou recentemente a nova imagem a figurar nas camisolas oficiais – o Galo de Barcelos, símbolo nacional e do nosso clube, que ocupa a parte frontal das camisolas. Pretendemos com esta aposta fazer uma homenagem à cidade e ao concelho de Barcelos, mas igualmente cativar as forças vivas de Barcelos em prol do Gil Vicente. A quinta edição da Noite de Fados, na Quinta da Pia, em Carapeços, foi mais uma vez um sucesso. É uma iniciativa de enorme importância para o Clube, pelo contacto próximo com as pessoas e porque é uma importante expressão de presença, reconhecimento e vitalidade desta instituição. Esta semana ináuguramos a Loja Móvel Gilista, em mais uma ação de proximidade e expansão do clube a Barcelos, ao concelho e a todos os Gilistas. A Loja Móvel irá

António FiusaPresidente do Gil Vicente Futebol Clube

certamente ter um papel importante na difusão dos jogos, na captação de novos sócios, na regularização de quotas e noutras atividades. Continuamos a evoluir e a inovar!Antes de terminar, gostaria de desejar a todos os Gilistas e em especial aos associados, adeptos e simpatizantes, atletas e colaboradores do Gil Vicente Futebol Clube, um Santo e Feliz Natal na companhia de todos os que vos são queridos, e que o ano de 2014 seja para cada um de realização e que possamos assistir à consolidação do Gil Vicente na primeira Liga.

Saudações Gilistas

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ÍNDICE

EDITORIAL

Presidente António Fiusa

RESULTADOS E TABELA

Início da época 2013-14

ASSEMBLEIA GERAL

Passivo diminuiu mais de 1M

HOMENAGEM

Sócios há 25 anos

OPINIÃO

Por Constantino Lopes

FOTO EQUIPA

Plantel 2013-14

APOSTA NO FUTURO

Jovens Craques

GIL VICENTE–BRAGA

Gigantes de Barcelos

GIL VICENTE–V.GUIMARÃES

Galo enverga coroa do Minho

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GIL VICENTE

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ÍNDICE

Ficha Técnica

Revista Oficial do Gil Vicente Futebol Clube

Presidente

António Fiusa

Produção

Direção de Comunicação e Imagem

Textos

Paulo Amorim

Design

Ivo Sampaio

Fotografia

Foto Rodas – BarcelosCatarina Morais

Impressão

Greca – Artes Gráficas

Periodicidade

1 Setembro – 31 Dezembro 2013

Dúvidas, críticas e sugestões:

[email protected]

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GIL VICENTEFUTEBOL CLUBE

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CIDADE DE BARCELOS

Fortaleza intransponível

PRIMEIRA LIGA

Arranque histórico

CAMISOLA OFICIAL

Galo d’honra

INICIATIVA

Loja Móvel Gilista

POR DENTRO

"Le Chauffeur"

FORMAÇÃO

Petizes e Traquinas e Benj.

EVENTO

Noite de Fados

UMA PÁGINA DE HISTÓRIA

Profissionalismo Emergente

QUIZ

Testa a tua Sabedoria

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ASSEMBLEIA GERAL

A Assembleia Geral, realizada a 18 de outubro, revelou a redução do passivo em mais de um milhão

de euros, agora fixado nos 4.7 milhões de euros. É sem dúvida uma vitória importante do Gil Vicente, que, como se sabe, depois do “caso Mateus” viveu uma situação precária, muito perto da insustentabilidade económica e financeira. Com a despromoção à Segunda Liga as despesas mantiveram-se e a receita caiu vertiginosamente, levando a Direção

de António Fiusa a operar autênticas engenharias financeiras para suster o clube. A política de contenção realizada ao longo das últimas épocas é, por isso, o grande fator responsável pela queda do passivo. O encaixe financeiro que o caminho vitorioso até à final da Taça da Liga proporcionou e a criação da SDUQ ajudaram sobremaneira ao abate da dívida. Todo o trajeto até à final de Coimbra, na época 2011-2012, permitiu angariar receitas extraordinárias que ajudaram

o clube a amortizar dívidas no valor de 500 mil euros. A valorização dos passes dos ativos no decorrer da prova, que mais tarde foram vendidos, asseguraram um encaixe profícuo.No ato da constituição da SDUQ, o clube transferiu para a sociedade desportiva alguns dos direitos e obrigações de que era titular e que se encontravam afetos à participação nas competições desportivas profissionais da modalidade de futebol – cerca de 600 mil euros.

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ASSEMBLEIA GERAL

PERMANÊNCIA PRECIPITOU DESLIZE NO ORÇAMENTO

O esforço financeiro despendido na paragem de inverno do campeonato para assegurar novos reforços para o plantel, tendo como objetivo assegurar a permanência na Primeira Liga, foi apontado por António Fiusa como a principal razão para o derrape nas contas da época passada, 2012-13, em 317 mil euros. Recorde-se que o Gil Vicente ocupava a 11ª posição, apenas um ponto acima dos lugares de despromoção, e a equipa vinha de uma série negativa de cinco jogos sem vencer. Era, sem dúvida, o momento oportuno para reforçar o plantel. Entraram sete jogadores: Hugo Vieira e Luís Martins (Benfica), João Vilela (Tractor, Irão), Valdinho (Aves), Vítor Vinha (Olhanense), Paulo Jorge (Al Ittihad, Arábia Saudita) e Checho (Audax Italiano, Chile).António Fiusa referiu, ainda, mais

fatores que contribuíram para um desfecho

negativo das contas. “A assistência diminuiu consideravelmente, a publicidade nas camisolas e no estádio foi escassa,

a venda de lugares anuais caiu a pique

e mais de metade dos sócios não pagam quotas”, explicou, apelando à mobilização dos sócios em torno do Gil Vicente: “O clube é aos seus sócios. Se os sócios abandonarem o clube, sem não estiverem presentes nos nossos jogos, não conseguiremos ter uma equipa forte, alcançar bons resultados e almejar conquistas”.

NOVA ÉPOCA BALIZADA PERTO DOS 2,9 MILHÕES

Os sócios do Gil Vicente, reunidos em Assembleia Geral, já haviam aprovado por unanimidade, em junho passado, o orçamento da Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas (SDUQ) para a nova temporada, 2013-14. O orçamento,

que enquadra todo o futebol profissional, fixa-se em cerca de 2.9 milhões de euros (2.869.262, exatos).A maior fatia do bolo das receitas provém dos direitos televisivos: perto de dois milhões de euros. As restantes terão obrigatoriamente de advir da bilhética, da quotização, dos lugares anuais, da publicidade, das vendas de merchandising e dos rendimentos que o clube conseguir acumular na Taça da Liga. Foi aprovado, igualmente por unanimidade, o orçamento do Gil Vicente Futebol Clube, referente às atividades amadoras, nomeadamente as camadas jovens. Para as 11 equipas que constituem as categorias de base Gilista definiu-se o valor de 527 mil euros.

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HOMENAGEM – SÓCIOS HÁ 25 ANOSS

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OPINIÃO

Um Desafioa Vencer

por Prof. Constantino Lopes

A sustentabilidade é o grande desafio que hoje se coloca ao futebol profissional. É no saber confrontar-se com esta dura realidade e no concentrar energias e vontades que poderá estar a solução para o impasse em que vivemos. Urge encarar de frente este desafio, refletir sobre as despesas e receitas ordinárias dos clubes e encarar o futuro com realismo.O Gil Vicente F.C., com a descida de divisão, imposta administrativamente pela F.P.F.P. na sequência do célebre “caso Mateus” (ainda não totalmente resolvido pelos Tribunais), viveu um ciclo de deterioração da sua situação financeira que ainda hoje se faz sentir. Os sócios e adeptos que se uniram em torno do clube na hora da luta pela justiça desportiva – lembremo-nos da Assembleia Geral no Pavilhão – foram esmorecendo, as quotizações sofreram um decréscimo, o número de adeptos a assistir ao vivo aos jogos diminuiu significativamente, pelo que os resultados operacionais tendem a ser negativos. Que não haja ilusões: sem o vitalizador influxo dos sócios e adeptos, sem o seu apoio vibrante e de coração pleno, o Gil Vicente não vence jogos e não conseguirá vencer o desafio da sustentabilidade. A realidade, é que atravessamos um momento que se revela deveras sombrio, não só para o clube, como para toda a sociedade, o que obriga a mais rigor e contenção na gestão, mas também maior empenho e dedicação de todos os sócios.Vemo-nos confrontados com a seguinte e dura realidade:

Por um lado, o número de sócios é relativamente pequeno, representa menos de 2 por cento da população do concelho; pagam quotas menos de metade dos sócios; o número de adeptos a assistir aos jogos continua a diminuir considerável e comprometedoramente;Por outro lado, as famílias mergulham, cada vez mais, num estrangulamento financeiro; o desemprego, o aumento de impostos diretos e indiretos, os cortes nos salários, pensões e subsídios, agravam a crise económica e social;Perante este cenário, torna-se urgente inquietar as consciências dos Barcelenses, que os conduza à afirmação de amor ao clube e a participarem ativamente na revitalização do Gil Vicente. Torna-se, mais do que nunca, necessário, que todos acreditem no clube e reforcem o seu papel insubstituível e inestimável de apoio, para em conjunto darmos a volta a estes momentos difíceis por que passamos. O Gil Vicente F. C. é dos sócios, é das pessoas que o fundaram e defenderam, o serviram e souberam engrandecer ao longo dos 89 anos da sua existência.Por isso, é que a reativação dessas memórias, tantas vezes, perdida, passa pela consciencializadora reflexão sobre o que o Gil Vicente F.C. é, de onde veio e sobre os horizontes que se abrem ou fecham neste desafio da sustentabilidade.O Gil Vicente precisa dos sócios, dos adeptos, dos barcelenses, espera que todos participem na vida do clube, ajudem, apoiem, que puxem pelos atletas, demonstrem o seu amor, através do

incentivo, mas, sobretudo pela ação, que se inscrevam como sócios e tragam outros sócios. É preocupação prioritária do Gil Vicente tudo fazer para aumentar o número de associados mas não se afigura de menor importância e alcance inverter o processo de afastamento de alguns e a sua recuperação.Nesse sentido, estamos preocupados em estabelecer uma linha de comunicação entre o clube e os sócios. Evoluíram os meios e as tecnologias e o Gil Vicente tenta acompanhar essa evolução, agora usa o Facebook (tem mais de 7 mil seguidores) e o site com o intuito de estreitar o diálogo com sócios e adeptos. É por isso, também, que procuramos dar respostas aos sócios com mais dificuldades e/ou desempregados, tentando encontrar soluções adequadas a cada situação, possibilitando que continuem a ser sócios e possam assistir aos jogos, apoiar a equipa, viver, intensamente, jornada após jornada, o seu e nosso clube. Um clube só existe se houver paixão, entrega, dádiva e envolvimento. Cada um, Sócio, Simpatizante ou Barcelense deve contribuir para o engrandecimento do Gil Vicente, que é, a par do galo, o maior símbolo e simultaneamente o maior embaixador da cidade e do concelho de Barcelos.Venham ao Estádio Cidade de Barcelos, os jogadores merecem mais público e o Gil Vicente precisa da ajuda de todos.

Faz-te sócio.O Gil precisa de ti.

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LUAN SCAPOLAN • KEITA • CÉSAR PEIXOTO • DANIEL • CALEB • ADRIANO FACCHINI

ERNESTO MAGALHÃES • LUÍS FIGO • FREDERICO NETO • LINO SILVA • DANIEL PACHECO • MIGUEL MOREIRA

CLÁUDIO PITBULL • DIOGO VIANA • PEDRÓ • BRITO • ÉDER • AFONSO FERREIRA • ANTÓNIO FIUSA

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JÚLIO NEIVA • IVAN • VÍTOR VINHA • LEANDRO PIMENTA • PAULINHO • DANIELSON

JOÃO DE DEUS • JORGE SILVA • PEDRO PINTO • JOÃO VILELA • HALISSON • PEK'S • SIMI NWANKWO

MIGUEL PIMENTA • BRUNO MORAES • GABRIEL • NÉLSON AGRA • VÍTOR GONÇALVES • AVTO

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No decorrer da época passada, o Gil Vicente redirecionou as agu-lhas da prospeção para outros mercados, procurando jovens valo-res nos escalões secundários do futebol português, mais adaptados à realidade do nosso futebol e identificados com o país e a cultura. A aposta em jovens jogadores não é uma novidade na dinâmica Gilista, até porque Pek’s, formado no Gil Vicente, e Luís Martins, contratado na época passada ao Benfica, são apostas para o ime-diato, comprovada que está a qualidade de ambos jogadores. To-davia, a forma criteriosa como os reforços para esta época foram selecionados, especificamente para cada uma das posições, isso sim é sem dúvida um progresso importante. A base foi lançada com a criação na época passada do departa-mento de scouting (palavra inglesa que significa procura especí-

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APOSTA NO FUTURO

fica, prospeção) que possibilitou a reunião de registos visuais e análises pormenorizadas de muitos jogadores a atuar em Portu-gal. Os elementos do novo gabinete, liderado por Daniel Pacheco (também esta época treinador adjunto de João de Deus), desloca-ram-se a diversos pontos do país, múltiplas vezes, dissecando os atributos de cada um dos atletas.A aposta foi novidade e tudo indica que é certeira. A valorização de jovens craques como Diogo Viana, Paulinho ou Vítor Gon-çalves está a fazer vibrar os adeptos Gilistas e o bom arranque comprova-o. Muitos são apostas de futuro outros do presente. A Revista Gilista apresenta-te os 11 jovens craques do plantel 2013-14. Os seus sonhos e objetivos, aspetos particulares da sua nacio-nalidade ou da personalidade, e algumas curiosidades à mistura.

Luís Martins • Leandro Pimenta • Avto • Simi • Pek's • Nelson Agra

Paulinho • Vitor Gonçalves • Ivan • Julio Neiva • Diogo Viana

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APOSTA NO FUTURO

SELEÇÃO PORTUGUESA ESPERA POR ELE

MATURIDADE PERTO DO PONTO DE EBULIÇÃO

Nome: Luís Carlos Ramos Martins | Idade: 21 anos | Nacionalidade: Portugal | Posição: Defesa esquerdo

Nome: Leandro António Coelho Pimenta | Idade: 23 anos | Nacionalidade: Portugal | Posição: Médio

Leandro Pimenta

Leandro Pimenta tem dado passos sólidos na carreira, somando expe-

riências frutíferas em diversos clubes da Segunda Liga, conquistando inclusive a promoção à Primeira Liga num deles, na época 2009-2010, ao serviço do Beira-Mar. Todavia, no ano seguinte não teve opor-tunidade de se estrear na Primeira Liga, pois regressou ao Benfica. Este é o seu ano de estreia na realidade da Primeira Liga.“O futebol é completamente diferente. Na Segunda o jogo é mais físico, há mais luta e muitos jogos decidem-se em lances de bola parada. Já na Primeira

CURIOSIDADE A par de César Peixoto, Bruno Moraes e Cláudio Pitbull, Luís Martins é dos poucos jogadores do plantel Gilista que já se estreou na Liga dos Campeões. Em 2011-2012, ao serviço do Benfica, defrontou o Basileia, na fase de grupos da prova.

CURIOSIDADE Em parelha com Avto, atravessou a meta em primeiro lugar na ativida-de de caiaque promovida pela equipa técnica Gilista. Justiça seja feita aos vencedores.

Euro 2015, na República Checa. É obra!Tal como a equipa Gilista, Luís Martins está em boa forma. Já apontou dois golos – à Académica e Rio Ave – e as exibições são acima da média. Um trajeto exibicio-nal que o próprio lateral tinha definido no início da época. “Antes de começarem os jogos oficiais propus a mim mesmo que esta época seria de afirmação. Estou a seguir um processo evolutivo natural e a desvendar cada vez mais os segredos da posição com a preciosa ajuda do míster João de Deus e dos meus colegas”, evidencia.

o futebol é mais técnico e rápido, não tens muito tempo para pensar e portanto temos de ser eficazes quando decidimos”, explica.Com oito partidas realizadas na equipa de João de Deus, a maturidade do médio cresce jogo após jogo. A dinâmica, a visão de jogo, o ritmo incansável são qualidades naturais, prontas a ser potenciadas. “Sei que tenho qualidades, mas preciso traba-lhá-las e desenvolve-las. Sinto que este é um momento importante para crescer na Primeira Liga e mostrar que posso jogar ao mais alto nível”, frisa.

Luís Martins

A seleção A de Portugal espera por ele. Um desejo manifestado pelo próprio.

“Nunca escondi que um dia quero chegar à seleção principal de Portugal. Mais do que um sonho é um objetivo pessoal”, destaca o lateral esquerdo. Por enquanto, vai mostrando trunfos no baralho de João de Deus, onde é o joga-dor com mais minutos, a par de Gabriel e Adriano Facchini, e no do selecionador Sub-21, Rui Jorge, onde é o capitão e lí-der de uma geração que ainda não sofreu qualquer desaire no apuramento para o

INTERNACIONALIZAÇÕES Portugal Sub-21: 16 internacionalizações

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APOSTA NO FUTURO

de leste com fulgor inesgotável

EM BARCELOS A SONHAR COM A NIGÉRIA

Nome: Avtandil Ebralidze | Idade: 22 anos | Nacionalidade: Geórgia | Posição: Extremo

Nome: Simeon Tochukwu Nwankwo | Idade: 21 anos | Nacionalidade: Nigéria | Posição: Avançado

Avto

Avto é uma das grandes revelações da Primeira Liga. Ao bom estilo do jogador

do leste europeu, o jovem georgiano cansa só de ver. Corre do início ao fim, raramente pára. Será este o segredo para tantas boas exibi-ções? Avto desmistifica. “O segredo é o trabalho diário”, atira de ime-diato. Regressando à questão explica melhor o perfil do jogador de leste. “Penso que antiga-mente notava-se mais. Hoje estamos ao nível dos ocidentais. Mas claro que a matriz conti-nua a ser a resistência e o físico”, admite. E dá um exemplo: “Quando estava na formação, na Geórgia, fazíamos duas pré-épocas num

Impressiona pela estatura (1.95 metros, é o jogador mais alto do plantel) e pelo

porte físico. Assinou no início desta épo-ca pelo Gil Vicente, depois de um trajeto goleador no Portimonense, no segundo escalão, contabilizando, em duas épocas, 19 golos em 69 jogos. No Gil Vicente ainda não teve oportunidade de festejar, mas o seu jeito voluntarioso e obstinado já con-quistou os adeptos Gilistas, que o aplau-dem vivamente sempre que toca na bola.À procura de um espaço na equipa, Simi faz do seu trabalho diário a melhor arma para a evolução.“Trabalho muito e dedico-

CURIOSIDADE Avto estreou-se pela seleção da Geórgia depois de um punhado de gran-des exibições no Gil Vicente. O debute deu-se frente ao bicampeão europeu e campeão mundial, a Espanha. A Geórgia perdeu 2-0 e falhou o apuramento para o Mundial 2014.

CURIOSIDADE Apesar do seu apelido de família – Nwankwo – ser comum na Nigéria, Simi já foi algumas vezes interpelado se era parente do antigo avançado do Arsenal, de Inglaterra, e do Inter de Milão, de Itália, e ex-internacional pela Nigéria, Nwankwo Kanu. Não há qualquer grau de parentesco.

ano ou seja, pouca bola e muito físico”, conta. Chegou a Portugal com 16 anos, começou a jogar em 2008 nos juniores do Esperança de Lagos e rapidamente galgou divisões até à Primeira Liga. No Gil Vicente encontrou uma casa que lhe permitiu chegar à seleção.“Apos-taram em mim e eu gostava muito de retri-buir”, afirma, agarrando no emblema Gilista que tem na camisola. Os sonhos não ficam por aqui. “Também gosta-va de estar presente num Mundial e jogar con-tra Portugal e outras grandes seleções. Por isso toca a trabalhar forte aqui no clube”, finaliza.

me a cem por cento para melhorar a minha forma. Só assim posso estar pronto quando surgir a melhor oportunidade”, garante. Com 21 anos, Simi já definiu os primeiros objetivos da carreira. “Primeiro gostava de conseguir afirmar-me no Gil Vicente”, co-meça por dizer, para depois dirigir-se ao sonho maior. “Gostava de vestir a camisola da Nigéria. O problema é que o sonho é igual para toda a gente. Por isso, tenho de trabalhar o dobro, esforçar-me mais que os outros, ser melhor quando eles estão bem e marcar go-los”, vinca o ponta de lança nigeriano, que diz estar “no clube certo para evoluir”.

Simi Nwankwo

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APOSTA NO FUTURO

crescer a sonhar com cabo verde

vontade enorme de mostrar valor

Nome: Péricles Santos Pereira | Idade: 20 anos | Nacionalidade: Cabo Verde | Posição: Defesa Central

Nome: Nélson José Figueiredo Agra | Idade: 22 anos | Nacionalidade: Portugal | Posição: Médio

Nelson Agra

Pek’s chegou a Barcelos proveniente do Batuque, de Cabo Verde, após uma

exibição que deu nas vistas precisamente num jogo-treino entre a equipa cabo-ver-diana e o Gil Vicente. Foi imediatamente contratado e depressa tornou-se uma peça fundamental no onze dos juniores. Na época passada, cumpriu o sonho de alinhar com a camisola do Galo, o que lhe permitiu marcar presença em duas convo-catórias da seleção de Cabo Verde. “Quan-do jogava na formação do Gil não sabia se conseguiria chegar aqui. Tinha algum re-ceio, mas acreditei sempre no meu valor e principalmente trabalhei muito”, confessa.

Nélson Agra chegou esta época a Bar-celos vindo do Varzim, equipa célebre

pela formação de jogadores de grande ca-libre, casos dos internacionais portugue-ses Bruno Alves, Hélder Postiga ou Luís Neto. O jovem encarou a nova realidade como um passo importante na sua forma-ção de profissional de futebol. “O salto foi muito grande em tudo, desde as condições de trabalho à forma de enca-rar o futebol, sempre com o pensamento na vitória. Sinto que aqui tenho todas as condições para evoluir”, preconiza. Tapado por Luan Scapolan no meio campo

CURIOSIDADE A alcunha “Pek’s” surgiu quando as irmãs do central Gilista eram pe-quenas e tinham dificuldades em dizer Péricles. “Abreviavam para Pek’s. Pegou e assim ficou”, conta.

CURIOSIDADE Proveniente do Varzim, onde fez toda a sua formação, Nélson Agra fez parte da equipa do Gil Vicente que na pré-época conquistou o Torneio Quadrangular da Póvoa de Varzim, em que participaram Rio Ave, Famalicão e… o Varzim. “É sempre espe-cial jogar lá, mas futebol é futebol”, disparou.

Com 20 anos, estes são dois objetivos con-seguidos, mas não consolidados. “Estou a cumprir as primeiras etapas que estabeleci. Agora não posso relaxar. Há mais, a come-çar por competir por um lugar na equipa, que não é nada fácil”, afirma.Longe do seu país, Pek’s procura a afirma-ção no emblema do Galo para agarrar o maior sonho. “Como todos os jogadores da minha idade, o meu sonho é ser um central de referência na seleção. Tenho noção que estou longe disso, mas talvez por isso seja possível chegar lá”, vaticina, mostrando-se consciente que terá de ultrapassar diversos patamares para chegar ao seu objetivo.

defensivo, o jovem procura as oportuni-dades concedidas por João de Deus para mostrar toda a sua raça. Teve duas, uma na Taça da Liga, frente ao Moreirense, em Moreira de Cónegos, e outra na Taça de Portugal, ante o Cova da Piedade. Em dois jogos mostrou uma garra enorme. “Tenho muita vontade dentro de mim. É o meu estilo. Sou muito ativo e determinado dentro de campo”, descreve, afirmando que agora procura nova oportunidade: “Penso que pouco a pouco estou a crescer como jogador. Agora é procurar a afirmação e ser mais uma opção de valor para a equipa”, destaca.

Pek's

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APOSTA NO FUTURO

crónica de uma garra imensa

barcelos tem novo craqueNome: João Paulo Dias Fernandes | Idade: 21 anos | Nacionalidade: Portugal | Posição: Avançado

Nome: Vítor Bruno Rodrigues Gonçalves | Idade: 21 anos | Nacionalidade: Portugal | Posição: Médio

Paulinho

Paulinho nasceu em Barcelos, formou-se desportivamente no vizinho Santa

Maria e está a revelar-se para o mundo do futebol no clube que o trouxe para a Pri-meira Liga, o Gil Vicente. “Jogar com um emblema ao peito que me diz tanto, que representa Barcelos, é a concretização de um sonho. Afinal, envergo o nome da mi-nha cidade, da minha gente”, vincou.Regular nas escolhas de João de Deus (fa-lhou apenas a jornada 4), lançou-se para a ribalta num vibrante duelo minhoto da Taça da Liga, entre Gil Vicente e Morei-rense. Paulinho entrou na segunda parte e arrumou com a eliminatória. Empatou a

Chama-se Vítor, mas podia muito bem chamar-se David, pois não há Golias

que lhe meta medo. 1 metro e 74 centíme-tros de altura, 70 kilos de peso e uma garra impressionante durante todo o jogo é uma forma simples mas direta de definir este estreante na Primeira Liga. “Vem da minha personalidade e forma de ser. Nunca dou uma bola como perdida, por mais difícil que pareça. Tento sempre ir até ao limite”, explica o jovem algarvio, de 21 anos, que utiliza um incentivo ex-tra para ir mais longe. “Terem-me dito em miúdo, quando jogava nas escolas de for-

CURIOSIDADE Apesar de Falcao ser o seu jogador favorito, Paulinho partilha um aspeto peculiar da personalidade do super craque Cristiano Ronaldo. “Quando me “picam” fico danado e dou tudo o que tenho, geralmente até jogo melhor”, confidencia.

CURIOSIDADE A bomba do meio da rua que valeu a vitória contra o Rio Ave, na 8ª jor-nada, proporcionou a Luís Martins um jantar de borla num restaurante de luxo, às custas de Vítor Gonçalves. Apostar assim dá gosto.

partida a 3-3 num golpe de cabeça e num livre direto superiormente marcado, no úl-timo minuto, sentenciou a partida. Rapidamente foi apontado como a nova pérola Gilista. Um atacante na peugada de Hugo Vieira, que continua a ser um dos favoritos em Barcelos, capaz de surpreen-der as defesas adversárias e fazer vibrar os adeptos com golos. “Pelo trajeto, o Hugo acaba por ser uma referência e espero cumprir os patamares de evolução que ele cumpriu. Mas somos jogadores diferentes e eu quero escrever a minha própria histó-ria no Gil Vicente”, afirmou.

mação do Benfica, que não tinha estatura ou compleição física para ser profissional de futebol, de certa forma ajudou a querer ainda mais seguir esta carreira”, revela. Mas não é só determinação e empenho que tem demonstrado. A grande capacida-de de leitura de jogo já fez com que fosse comparado ao internacional português João Moutinho. Para Vítor é um elogio e ao mesmo tempo um incentivo. “É o meu jo-gador favorito e uma referência pela forma como joga. Eu ainda estou na casa de par-tida e neste momento quero evoluir e che-gar longe com a camisola do Gil”, afirma.

Vitor Gonçalves

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APOSTA NO FUTURO

jogos da lusofonia na agenda

focado em guardar a baliza gilista

Nome: Ivan Alexandre Cruz Rosário | Idade: 17 anos | Nacionalidade: Cabo Verde | Posição: Guarda-redes

Nome: Júlio Alberto Pereira Neiva | Idade: 17 anos | Nacionalidade: Portugal | Posição: Guarda-redes

Ivan está a viver o melhor momento da sua vida desportiva. Foi chamado esta

época a integrar os trabalhos da equipa principal com o seu colega dos juniores, Júlio Neiva, e treina-se com os seniores Adriano Facchini e Caleb, sob a orientação da equipa técnica de João de Deus. “Está a ser uma experiência fantástica. Es-tou a aprender muito com os meus cole-gas e o míster Jorge Silva (n.d.r. Treinador de guarda-redes) é muito bom”, avalia. As novas vivências estão a surpreender o jo-vem jogador. “Sinceramente fiquei impres-sionado com o tratamento e a exigência. Para os treinadores não existe diferença

Júlio Neiva é natural de Arcozelo, Bar-celos, e portanto tem um sentimento

especial pelo Gil Vicente. Poder treinar esta época com a equipa sénior tem sido um sonho concretizado. Apesar de ter ain-da idade de júnior e não ter disputado um jogo com a camisola principal do Gil Vi-cente, o jovem guarda-redes está radian-te pela experiência. “Tem sido fabuloso. O míster Jorge Silvia tanto como o Adriano, o Caleb e o Ivan têm-me ajudado muito a crescer e dão-me dicas sobre como me-lhorar aqui ou ali”, conta.

CURIOSIDADE Ivan participou na edição número 1 da revista Gilista na rubrica cama-das jovens, com o título de “jovem promissor”.

CURIOSIDADE Júlio Neiva revela um conselho de Caleb num dos treinos de conjunto: “Disse-me para acreditar muito no meu valor e que era fundamental nunca desistir e trabalhar muito. Foi importante para mim”, confessa.

entre seniores e juniores. Somos tratados da mesma forma e exigem que sejamos o mais competente possível”, conta. O jovem cabo-verdiano já foi chamado à seleção do seu país para o jogo com a Tunísia, mas ainda não se estreou com a camisola dos “Tubarões Azuis”. Para o pró-ximo ano, em janeiro, ocorrerá a 3ª edição dos Jogos da Lusofonia em Goa, na Índia, e Ivan quer estar presente. “Quando fui chamado à seleção os treinadores falaram comigo e disseram-me que tinha pratica-mente tudo garantido para estar presente. Por isso, acho que vou”, admitiu.

A diferença dos treinos da equipa sénior e dos juniores é muito diferente. Júlio expli-ca. “Principalmente a intensidade”, reco-nhece. “Há muito mais trabalho, os treinos são mais enérgicos, temos de estar sempre com a concentração a níveis altíssimos e não podemos facilitar”, explica. Agora que chegou à equipa principal, o objetivo do guardião é ficar. “Quero muito agarrar esta oportunidade. Sei que tudo de-pende de mim e da forma como evoluir da-qui para a frente. Estou focado nisso”, vinca.

Ivan

Julio Neiva

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APOSTA NO FUTURO

mustang em excesso de velocidadeNome: Diogo Filipe Guerreiro Viana | Idade: 23 anos | Nacionalidade: Portugal | Posição: Extremo

Diogo Viana

É sem dúvida uma das sensações da época 2013-14. Diogo Viana tem pre-

senteado os adeptos Gilistas com grandes exibições e uma entrega voluntariosa que impressiona até os mais céticos. As alas Gilistas nunca tiveram tanta velocidade como nesta época e Diogo Viana é um dos responsáveis pelo feito. “Sinto que estou a fazer uma boa época, a ajudar a equipa a conseguir os seus objetivos. Agora é con-tinuar sem intermitências e levar esta for-ma até ao final, a começar já por atingir a permanência”, aponta.O Gil Vicente tem 18 pontos à 11ª jornada e está num sensacional quarto lugar, supe-rando todas as expetativas para esta épo-

Diogo Viana prolongou o vínculo contratual com o Gil Vicente por mais um ano, ficando ligado ao clube até 2016. A formalização foi concretizada no passado 26 de novembro, no salão dos troféus, no Estádio Cidade de Barcelos. Diogo Viana e António Fiusa ru-bricaram o documento e selaram a cerimó-nia com um cumprimento e um abraço. “Sinto-me muito bem aqui. Gosto muito do presidente, da equipa técnica, dos meus colegas e adaptei-me facilmente à cidade, por isso foi fácil chegar a um acordo. Que-ro continuar aqui e ajudar o Gil Vicente a

ca. Para Diogo Viana, a boa classificação não é importante neste momento.“Since-ramente, nem pensamos no quarto lugar. Queremos mesmo chegar aos 30 pontos o mais rápido possível. Esta é a nossa meta e estamos focados nela”, frisa.Formado no Sporting e no Porto, Viana tem como ídolo um jogador que curiosa-mente passou pelos dois clubes: Ricardo Quaresma. “Quando tinha dez anos era o meu ídolo e continua a ser. Comparava-me muito com ele e sempre me identifiquei com a forma dele jogar”, revela. Apesar das parecenças, Viana descarta-se de um aspeto da personalidade do internacional português. “Sou menos maluco”, graceja.

INTERNACIONALIZAÇÕES Portugal seleções jovens: 68 internacionalizações

JOGADOR FAVORITO Ricardo Quaresma

atingir os seus objetivos”, apontou o joga-dor após a assinatura. O presidente An-tónio Fiusa teceu muitos elogios a Viana. “Ele está cá há cinco meses que mais pa-recem cinco anos, os sócios gostam muito dele e quero que ele seja uma das maiores referências do clube no futuro”, frisou.Diogo Viana tem sido dos jogadores que neste início de época mais se tem desta-cado na equipa Gilista, assinando exibi-ções de grande calibre. Nos 12 jogos rea-lizados, Viana apontou dois golos, mas é a sua capacidade de destabilizar as defesas

adversárias e a entrega em campo que tem cativado os adeptos Gilistas. O extremo português, de 23 anos, já afir-mou que no início da época rejeitou pro-postas mais aliciantes financeiramente para envergar o Galo ao peito. Na cerimó-nia de renovação António Fiusa já revelou que “apesar de não ter havido qualquer proposta, o assédio ao jogador era cons-tante”. No preciso momento em que se aproxima a reabertura do mercado de transferências, em janeiro, o Gil Vicente acordou a melhoria do seu contrato e o aumento da cláusula de rescisão para o dobro da anterior: cinco milhões de euros.Viana não sente qualquer pressão pelo novo vínculo. «A minha responsabilida-de é a mesma, trabalhar bem e continuar neste caminho para ajudar o Gil Vicente a atingir os seus objetivos. Posso dizer que este é o melhor momento da minha carrei-ra, sinto-me bastante bem, a equipa está a dar frutos, estou com uma grande estabili-dade em todos os sentidos», concluiu.

CONTRATO RENOVADO E CLÁUSULA DE 5 MILHÕES

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GIL VICENTE – BRAGA

Foi assombroso, fantástico e emocionante até ao fim. Teve um golo improvável, contrariando o rigor tático que um treinador contemporâneo esquematiza na organização da sua equipa. Uma equipa suportou a tarefa hercúlea de jogar durante cerca de 40 minutos com menos dois jogadores e saiu vencedora. Isto é um derby, à inglesa, mas no Minho! E com o Gil Vicente vencedor. Os Gigantes de Barcelos golearam o Braga em garra, capacidade de sofrimento e domínio das emoções. Mesmo quando se viu reduzido a nove homens (expulsões de Danielson, aos 53 minutos, e Halisson, aos 57, que deixam algumas dúvidas), o Gil Vicente procurou sempre a vitória, consumado num grande cabeceamento de Luan Scapolan, aos 67 minutos, após livre direto, descaído para a direita, apontado por César Peixoto. O Estádio Cidade de Barcelos vibrou, gritou e nunca baixou a crista. E mesmo nos momentos de mais aperto, essencialmente no desfecho da partida, em que a equipa teve de recuar no terreno e cerrar fileiras na defensiva devido à inferioridade numérica, teve no público um jogador extra e em Adriano Facchini um Gigante entre os postes. O guardião Gilista defendeu tudo. Da panóplia de intervenções destaca-se três paradas consecutivas na

sua pequena área, já perto do intervalo. O Gil Vicente somava duas vitórias em dois jogos no Estádio Cidade de Barcelos e subia ao quarto lugar, apenas com um desaire à segunda jornada, no Estádio da Luz, frente ao Benfica. Um jogo que perdeu nos descontos, depois de 90 minutos na frente do marcador. A caminhada Gilista na época 2013-14 começava, ainda assim, da melhor forma. Agora é esperar para ver como acaba.

GIGANTES DE BARCELOSVENCEM DÉRBI COM NOVE

Adriano Facchini

O PARDO APARECE NA ÁREA E REMATA TRÊS VEZES. O LANCE COMEÇA NUM CRUZAMENTO DA ESQUERDA, ENTÃO APANHA-ME EM CONTRAPÉ, PORQUE EU VOU PARA A DIREITA, MAS NAQUELE MICROSSEGUNDO PENSO QUE ELE PODERÁ COLOCAR A BOLA NO ÂNGULO CONTRÁRIO, ATIRO-ME E DEFENDO. O 2º VEM COM VIOLÊNCIA E DEPOIS DE DEFENDER OBRIGA-ME A ENTRAR NA BALIZA. NO 3º SÓ DEU TEMPO PARA COLOCAR O CORPO PARA ALÉM DA LINHA DE GOLO. FOI UM JOGO ILUMINADO

ADRIANO FACCHINI DEFENDEU TRÊS REMATES CONSECUTIVOS NA SUA PEQUENA ÁREA.

LUAN SCAPOLAN MARCOU DE CABEÇA AOS 67 MINUTOS, ENTRE OITO JOGADORES DO BRAGA.

EM SEIS DÉRBIS O GIL VENCEU SEIS, EMPATOU SEIS E PERDEU OUTROS SEIS.

O ÁRBITRO VASCO SANTOS EXPULSOU DANIELSON, AOS 53 MINUTOS, E HALISSON, AOS 57.

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GIL VICENTE – BRAGA

GIGANTES DE BARCELOSVENCEM DÉRBI COM NOVE

Luan Scapolan

FOI PURO INSTINTO. QUANDO VI O CÉSAR A BATER PENSEI QUE ELE IA REMATAR DIRETO, PORQUE ESTÁVAMOS DOIS DO GIL NA ÁREA CONTRA A EQUIPA TODA DELES. SABIA QUE O BRAGA MARCA À ZONA NAS BOLAS PARADAS E QUE O NUNO ANDRÉ COELHO É O PRIMEIRO HOMEM A ATACAR A BOLA, ENTÃO PROCUREI ANTECIPAR-ME E RESULTOU. FOI O MEU PRIMEIRO GOLO DE “PEIXINHO” E MUITO IMPORTANTE PARA A EQUIPA, PORQUE ESTÁVAMOS A JOGAR COM MENOS DOIS

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GIL VICENTE – V.GUIMARÃES

GALO

A bala disparada por César Peixoto, ao minuto 30, que beneficiou da atrapalhação do guarda-redes Douglas, bastou para o Gil Vicente somar mais uma vitória em Barcelos e subir isolado ao quarto lugar na Primeira Liga, com 17 pontos, quando já se haviam disputado nove jornadas. Foi o terceiro dérbi em Barcelos que o Gil Vicente vingou com nota positiva, depois de ter vencido Braga, Moreirense e, agora, V. Guimarães. Barcelos ganha cada vez mais o epíteto de “fortaleza intransponível”, com um registo prodigioso de seis vitórias e um empate. Mas isto é para ler com mais atenção nas páginas que se seguem.Sem o lesionado Diogo Viana, habitual dono da ala direita, João de Deus apresentou um esquema mais batalhador no meio campo, pela inclusão de Vítor Gonçalves no lugar do extremo português, e manteve Avto no flanco contrário, fazendo uso das habituais incursões rápidas para território adversário. O internacional georgiano esteve imparável e foi uma dor de cabeça ininterrupta para os homens de Rui Vitória.

César Peixoto

FAÇO MUITAS VEZES NOS TREINOS E COSTUMA CORRER BEM. DESTA VEZ, PASSOU AO LADO. SE ENTRASSE SERIA UM GOLO DE UMA VIDA

O V. Guimarães acusou o erro de Douglas e demorou muito tempo a entrar no jogo. A melhor oportunidade saiu, no início da segunda parte, dos pés de Nil Plange, que havia entrado aos 26 minutos para o lugar do malogrado Marco Matias. O resto foi o desacerto completo: rematou 13 vezes e apenas três vezes no alvo.O Galo cerrou fileiras na zona defensiva, muniu-se da habitual coesão, e partiu em velocidade pelas alas em busca do avolumar do resultado. César Peixoto esteve perto das nuvens, quando subiu ao céu e desferiu um remate acrobático que passou rente à baliza vitoriana. O resultado foi propício à festa dos Gilistas, que mais uma vez apoiaram a sua equipa de forma incessante. O presidente António Fiusa já tinha apelado: “A força, por vezes, não provém da capacidade física, mas sim da vontade

indomável de atingir o nosso objetivo. E nós queremos vencer!”. Gil Vicente bateu em Barcelos três equipas do Minho: Braga (1-0), V. Guimarães (1-0) e Moreirense (4-3); algo que nunca antes havia acontecido. Os Gilistas responderam em massa e incentivaram a equipa até ao cair do pano. Uma manifestação de apoio muito bonita de se sentir... correspondida por uma enorme Garra de Vencer!

nota artistica

enverga a coroa doMINHO

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Antes do início do dérbi, Avto presenteou o Gil Vicente, na pessoa do seu presidente da Direção, António Fiusa, com a camisola 19, utilizada na primeira presença pela seleção da Geórgia. O mais recente internacional do plantel Gilista resolveu cumprir o propósito como forma de agradecimento ao clube que o catapultou para o panorama internacional e que

lhe permitiu concretizar um sonho de carreira.

Avto estreou-se pela sua seleção em outubro, logo

contra ao campeão mundial e bicampeão europeu, a Espanha, num jogo a contar

para o apuramento do Mundial 2014, que

se irá realizar no Brasil. Recorde-se que Avto entrou

aos 69 minutos da segunda parte, já a sua seleção perdia por 2-0, resultado que se iria manter até ao final da partida.

O mais recente internacional da Geórgia, de 22 anos, assinou no início desta época um contrato válido para as próximas quatro. Avto chegou a Barcelos proveniente da Oliveirense, equipa do segundo escalão, e já demonstrou que é um dos grandes valores do atual plantel.

Avto

É UM ORGULHO ENORME REPRESENTAR ESTE GRANDE CLUBE E QUERO AGRADECER DE ALGUMA FORMA A APOSTA QUE FIZERAM EM MIM. SEJA O QUE FOR QUE O FUTURO ME RESERVA, SEI QUE UM DIA VOU VOLTAR E OLHAR COM ORGULHO PARA AQUELA CAMISOLA

avto oferece O 19 DA GEÓRGIA

GIL VICENTE – V.GUIMARÃES

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CIDADE DE BARCELOS

F O R TA L E Z A INTRANSPONÍVEL Barcelos assumiu esta época um papel preponderante na carrei-ra positiva do Gil Vicente, tanto no campeonato como nas Taças, gerando em muitos o epíteto de fortaleza intransponível. Dos sete jogos disputados no Estádio Cidade de Barcelos, em todas as competições, a equipa orientada por João de Deus apenas con-sentiu um empate, somando triunfos nos restantes jogos, che-gando ao duelo com o Sporting, do próximo 8 de dezembro, sem qualquer derrota entre portas.

GIL VICENTE TEM O MELHOR REGISTO EM CASA A JOGAR EM PORTUGAL SEIS VITÓRIAS E UM EMPATE

Já caíram em Barcelos equipas importantes da Primeira Liga, como Académica, Braga ou V. Guimarães. O único resultado menos conse-guido registou-se ante o Olhanense. A equipa algarvia arrancou o em-pate no último minuto da partida, após um corrupio de oportunidades desperdiçadas pelos homens de João de Deus.

A verdade é que os adversários sentem muita dificuldade a jogar em Barcelos. A união da equipa no seu terreno tem sido arrepian-te, assumindo o expoente máximo no jogo frente ao Braga, em que venceu depois de jogar quase 45 minutos com menos dois jogadores. O público tem sido um elemento preponderante, pelo incentivo e ca-pacidade de impelir a equipa para a vitória, nunca desmoralizando perante contrariedades naturais de jogo.A fortaleza intransponível ganha contornos hercúleos quando auscul-tada à luz dos números. Em Portugal não há equipa que em casa tenha um registo superior ou semelhante ao do Gil Vicente: sete jogos, seis vitórias e um empate. Porto e Benfica, com seis jogos, cinco vitórias e um empate, são as equipas que se aproximam, todavia contam menos um jogo em casa que os Gilistas. Se estendermos a análise a outros países europeus, o lote de equipas na mesma senda ou com melhor registo nas competições internas é bastante reduzido. Barcelona e Atlético Madrid (Espanha), Juven-tus (Itália), Manchester City e Chelsea (Inglaterra), Bayer Munique, Bayer Leverkusen e Borussia Monchengldbach (Alemanha), PAOK e Olympiacos (Grécia), Zulte Waregem (Bélgica) têm registos seme-lhantes ou melhores também sem qualquer derrota no seu reduto.

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EQUIPAS NA EUROPA QUE EQUIPARAM-SE AO REGISTO OBTIDO PELO GIL VICENTE EM CASA

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PRIMEIRA LIGA

MELHOR CLASSIFICAÇÃO FINAL 5º lugar | 1999/00 | Trn. Álvaro MagalhãesMELHOR ARRANQUE 4º lugar à 9ª jornada | 2013/14 | Trn. João de DeusMAIOR VITÓRIA EM CASA 5-0, frente ao V. Setúbal | 2005/06 | Trn. Paulo AlvesMAIOR VITÓRIA FORA 0-3, frente ao Sporting | 2002/03 | Trn. Vítor OliveiraMAIS GOLOS MARCADOS 48 golos | 1999/00 | Trn. Álvaro MagalhãesMENOS GOLOS SOFRIDOS 34 golos | 1999/00 | Trn. Álvaro MagalhãesSÉRIE DE VITÓRIAS CONSECUTIVAS 5 | 1999/00 | Trn. Álvaro MagalhãesSÉRIE DE JOGOS SEM PERDER 5 | 1999/00 | Trn. Álvaro Magalhães

4º LUGAR 2013/14 | 17 Pontos | Trn. João de Deus5º LUGAR 1990/91 | 11 Pontos | Trn. Rodolfo Reis8º LUGAR 2011/12 | 10 Pontos | Trn. Paulo Alves11º LUGAR 2002/03 | 9 Pontos | Trn. Paulo Alves 18º LUGAR 2000/01 | 2 Pontos | Álvaro Magalhães

históricoO plantel 2013-2014 e a sua equipa técnica, liderada por João de Deus, já entraram para a história do Gil Vicente! Aconteça o que acontecer daqui para a frente este é o melhor arranque de sempre do Gil Vicente na Primeira Liga. Nunca antes a equipa de Barcelos atingiu os 17 pontos à nona jornada, precisamente antes de completar um terço do campeonato, figurando logo atrás dos intitulados grandes do futebol português: Sporting, Benfica e Porto.Em nove partidas disputadas, o Gil Vicente registou cinco vitórias, dois empates e duas derrotas, sendo que os desaires ocorreram fora de portas, frente aos candidatos ao título Benfica e Porto. Os empates aconteceram ante do V. Setúbal, no Bonfim, e em Barcelos, diante do Olhanense. Nem mesmo a melhor classificação de sempre, obtida por Álvaro Magalhães, na época 99/00, que ditou o quinto lugar para o Gil Vicente no final da temporada, conseguiu fazer tantos pontos à nona jornada.

TREINADORES COM RECORDES NA PRIMEIRA LIGA

5 ARRANQUES NA LIGA ATÉ À 9ª JORNADA

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CAMISOLA OFICIAL

O Gil Vicente F. C. tem, ao longo dos anos que leva a disputar as principais competições profissionais de futebol do calendário Nacional, desenvolvido um trabalho sério e profícuo de divulgação de algo que a todos nos une e é de todos nós – BARCELOS!Nesse percurso, marcado por momentos de glória e outros de profunda tristeza, o Gil Vicente F. C., os Gilistas, Barcelos e os Barcelenses têm sabido trilhar um caminho de união, solidariedade, persistência e sentido de pertença – Imagem de Marca da nossa Gente!Por outro lado, o nosso emblema, na prossecução de um caminho de desenvolvimento e de melhoria contínua, tem procurado reunir o máximo de apoio junto dos seus associados, de empresas e instituições privadas ou públicas que possam ver no Gil Vicente F. C. um veículo de comunicação estratégico.No entanto, é por todos reconhecido que vivemos uma altura marcada por enormes desafios onde só aqueles que conseguirem manter-se unidos e, sobretudo, aqueles que conseguirem criar novas oportunidades poderão sobreviver e prosperar.Assim e não obstante algumas possibilidades, considerou a Direção do clube que até à presente data não foi apresentada em tempo oportuno qualquer proposta passível de aceitação para ocupação de um dos principais produtos de visibilidade – O patrocínio frontal da nossa camisola oficial!

Nesse sentido e depois de analisada internamente esta situação, a Direção do Gil Vicente, em sintonia com os restantes Órgãos Sociais e a Comissão de Organização do Aniversário do clube, entendeu que foi chegado o momento do Gil Vicente colocar o seu principal símbolo ao serviço de Barcelos, dando assim a conhecer de uma forma mais vincada a todo o país e, porque não dizê-lo além-fronteiras, a Terra do Galo que tanto nos orgulha!Esta opção do Gil Vicente F. C. configura, no nosso entendimento, a tomada de consciência de que, num momento de extraordinária dificuldade, o clube pode fazer algo por Barcelos.Mas esta opção configura também um enorme desafio a todas as Forças Vivas do nosso Concelho para se unirem ao clube mostrando que Barcelos é uma terra de dinamismo, que acarinha os seus símbolos

e que com união consegue ultrapassar os obstáculos com que se depara.Assim, a partir inclusive da nona jornada da Primeira Liga, no jogo realizado frente ao Vitória de Guimarães, a imagem frontal da camisola, ostenta o Galo de Barcelos.A apreciação até agora recebida a esta iniciativa tem sido muito positiva. Desejamos que seja também um factor importante para galvanizar todos os associados, adeptos, simpatizantes e barcelenses a comparecerem no Estádio Cidade de Barcelos e apoiarem o Gil Vicente F. C.

Saudações Gilistas,

Dr. Duarte Nuno PintoPres. da Assembleia Geral do Gil Vicente FC

galod’honra

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INICIATIVA

A Loja Móvel Gilista foi apresentada publi-camente esta semana, no campo da feira, pelo presi-dente António Fiusa na companhia de diversos jogadores do plantel Gilista. É mais um projeto culminado com sucesso que pretende a aproximação aos sócios, adeptos e simpatizantes do Gil Vicente. Aliás, a ins-crição na parte lateral da Loja diz tudo: mais sócios, mais adeptos, mais proximidade, mais futuro.Este novo veículo de difusão e aproximação enquadra-se na estratégia elaborada pelo Gil Vicente para cativar cada vez mais a massa adepta, aproximando-se e, de certa forma, auxiliando a interação entre clube e adeptos. A carrinha, decorada a preceito com adep-tos do Gil Vicente, logos do clube e da Loja Gilista, e com monumentos emblemáticos de Barcelos,  tem como finalidade percorrer todo o concelho  e numa fase posterior ul-

trapassar fronteiras e di-rigir-se aos municípios cir-

cundantes de Barcelos. Parará em locais estipulados e estará dispo-

nível para servir os adeptos. Na Loja Móvel poderá realizar operações que antes eram apenas possíveis de fazer no Está-dio Cidade de Barcelos ou no Estádio Adelino Ribeiro Novo.Irá servir todos os interessados. Poderá re-gularizar as quotas, adquirir e renovar luga-res anuais, comprar merchandising do Gil Vicente (desde equipamentos, camisolas, cachecóis, mochilas, luvas, gorros, entre uma diversa panóplia de vestuário e utilitá-rios) e adquirir o seu ingresso para os jogos no Estádio Cidade de Barcelos. O aparelho de som colocado na carrinha permitirá di-fundir para todos os locais as novas campa-nhas, promoções e também os jogos a dis-putar no Estádio Cidade de Barcelos. Fique atento!

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POR DENTRO

Ernesto Magalhães é muito mais do que o motorista do Gil Vicente. É já uma personalidade histórica do clube, com mais de 22 anos ao serviço da equipa de Barcelos, envergando a camisola com orgulho em todos os jogos. Aos 63 anos, é responsável por conduzir o autocarro da equipa a todas as paragens competitivas, bem como todos os carros, oito ligeiros e quatro pesados, da frota Gilista. “Quando eu cheguei, em 91, só havia um pesado e um ligeiro. Veja como evoluímos”, reforça, levantando o dedo indicador. As vivências de quase duas décadas atrás do volante do autocarro são muitas, algumas boas outras menos boas. Mas são diversas as histórias e peripécias que tem para contar. “Olhe, há muito tempo tivemos um treinador que era tão supersticioso que me obrigava a dar duas voltas à rotunda antes de chegar

ao estádio do adversário e nunca, mas nunca deveria fazer marcha atrás, aliás era proibido”, conta com um sorriso expressivo. Uma história menos feliz aconteceu em 98. “Numa saída de Salgueiros, depois de uma vitória, o autocarro foi apedrejado de forma violenta. Os jogadores tiveram-se de baixar e eu não podia porque estava a conduzir. Tive medo, mas conseguimos sair do Porto ilesos”, recorda. Extremamente educado e de bom trato, Ernesto Magalhães domina cinco línguas: alemão, espanhol, francês, italiano e, obviamente, o português, fruto de uma vida de trabalho. O poliglota trabalhou dois anos na França, antes da tropa, e 14 na Suíça, depois, em 91, regressou a Portugal. “A maioria aprendi na universidade da vida, como se costuma dizer, mas por exemplo o alemão foi obrigatoriedade. Quando

trabalhava na Suíça foi-me exigido saber, então frequentei uma escola”, recorda. Mas não pára por aqui. “Depois de fazer os dois cursos de informática, vou inscrever-me num de inglês”, dispara. “Acho que é importante manter-me ativo e conhecer novas dinâmicas”, completa.Dinâmico e enérgico, este senhor de 63 anos não tem receio de lidar com as novas tecnologias. “Estou inscrito em todas as redes sociais, desde facebook a twitter, e tenho-as no telemóvel e no computador. Gosto de partilhar com os meus amigos tudo e mais alguma coisa. Além disso, é um meio de comunicação com amigos que já não vejo há muito, da França e da Suíça”, explica. A poucos anos da reforma, Le chaffeur (n.d.r. motorista, em francês) nunca irá esquecer Gil Vicente. “É uma segunda família e já não sei viver sem passar por cá”, finaliza.

ErnestoMagalhães

Chauffeur Le

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FORMAÇÃO

O Gil Vicente tem cerca de 400 miúdos na sua formação. Os mais jovens são os das chamadas escolinhas, que militam nos esca-lões dos Petizes e Traquinas (dos 5 aos 8 anos) e dos Benjamins (dos 9 e 10 anos). Só nestes esca-lões estão inseridos cerca de 120 miúdos ávidos da prática desportiva.Os Petizes e Traquinas não têm competição re-gulamentada, como é hábito nesta idade, apenas fazem treinos, participam em torneios e rea-lizam jogos particulares com outras equipas. Já os Benjamins, o patamar etário logo a seguir, estão divididos em cinco equipas – A, B, C, D e E – que definem as séries onde competem.

Carlos Celso, há três anos coordenador da formação, entende que o Gil Vicente é a porta a bater quando se trata da formação de jo-

vens atletas. “O Gil Vicente é a maior instituição desportiva do concelho e os miúdos querem vir para aqui. Nós oferecemos boas condições para a formação de homens e jogadores”, indi-ca, acrescentando o forte atrativo para a prefe-rência: “O grande apelativo é a equipa principal. Todos os miúdos querem vestir a camisola da

equipa principal do Gil Vicente e pisar, enquanto jogador profissio-nal, o relvado do Estádio Cidade de Barcelos, com a família a assis-tir na bancada. É o sonho da maioria”, revela.

O GRANDE APELATIVO DOS MIÚDOS VIREM PARA O GIL VICENTE É CHEGAR À EQUIPA PRINCIPAL

Carlos Celso

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FORMAÇÃO

SENIORES SÃO EXEMPLO

Grande parte dos miúdos da formação as-siste aos jogos que se realizam no Estádio Cidade de Barcelos. A euforia que recebem durante as incidências do jogo passa ins-tantaneamente para os treinos. “Acaba por ser um comportamento interessante. Quan-do veem os jogos da equipa principal que-rem logo jogar e mostrar o que sabem fazer. Inclusive este ano ganhamos quase os jogos todos em casa, então os miúdos ficam eufó-ricos. No dia a seguir, ninguém os pára nos treinos. Querem ser o Diogo Viana, o Avto, o César Peixoto, o Adriano Facchini. É incrí-vel”, salienta.

Alimentando este sonho e impulsionando os miúdos para uma meta futura do profis-sionalismo, os jogadores do plantel princi-pal promovem muitas visitas às camadas jovens. “É uma loucura e um entusiasmo contagiante”, começa por dizer o formador. Remete de seguida a descrição do cenário. ”Basta verem os seniores e correm logo para junto deles. Querem tocar e falar com eles. Por exemplo, quando veio cá o Adriano Fac-chini apressaram-se logo a colocá-lo na ba-liza para fazer uns remates”, conta.

FORMAÇÃO HUMANA

As idades dos Petizes, Traquinas e Ben-jamins são de crescimento e formação humana, por isso é necessário ter um acompanhamento próximo e cuidado de cada um dos atletas. Para Carlos Celso, o clube tem um papel educativo importan-te, mas os pais têm o papel fundamental no desenvolvimento humano do jovem. “A maioria dos pais apoiam os filhos e incen-tivam-nos de uma forma positiva à prática do desporto. Contudo, existe uma minoria que tem tendência a querer que o filho seja o próximo Cristiano Ronaldo à força e às vezes essa pressão faz com que o miúdo não consiga apreciar o jogo”, explica.

ACADEMIA DESPORTIVA

O presidente António Fiusa definiu a cria-ção de uma Academia para a formação como um dos principais objetivos para o futuro do Gil Vicente.“Gostava de poder ver o sonho do presidente concretizado o mais rápido possível. De facto, seria im-portante estarmos todos juntos, seniores e formação, num só local e conviver diaria-mente. Teríamos o potencial de reforçar a nossa mística e bairrismo”, evidencia.

TODOS QUEREM SER O DIOGO VIANA, O CÉSAR PEIXOTO OU O ADRIANO FACCHINICarlos Celso

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EVENTOS

A Quinta da Pia, em Carapeços, Barcelos, acolheu na passado 22 de novembro a quinta edição do jantar de Gala e Noite de Fados. Ano após ano, a Gala é mais requintada e ornamentada pelos convidados e fadistas. A decoração esteve a preceito e a envolvência criada pelos fadistas Sandra Cristina, Nelson Duarte e Carla Cortez foi sem dúvida o momento mais especial da noite, maravilhando todos que os ouviram. Ficam as recordações fotográficas dessa noite. Para o ano há mais.

fadosde

noite

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EVENTOS

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PÁGINA DE HISTÓRIA

Pouco mais de quinze anos decorridos após a data da sua fundação, o Gil Vicente Futebol Clube foi-se libertando da sua condição de clube de bairro e, irremediavelmente, metendo no saco do passado, o tempo em que lutou pela sua afirmação. Ao contrário de outros cá do “burgo”, até aos dias de hoje, foi-se aclimatando às influências regionais e nacionais –, um nobre percurso, indelével nas páginas da história do desporto barcelense. No dealbar dos anos quarenta, mais concretamente, a época de 1941/42 fica como marco das primeiras investidas do profissionalismo, um fenómeno que, importado da “estranja” começava a acicatar o universo do futebol português, tanto na capital como na província nortenha! O profissionalismo emergente começava a destronar o clubismo alimentado por uma força adepta e custava a ser implementado, merecendo mesmo uma certa resistência, tanto do Ministério da Educação Nacional como da sociedade civil mais directamente conotada. Cá muito chegado a nós já o Boavista se havia declarado a favor do profissionalismo e ao seu lado, apesar de não merecer a concordância da Mesa da Assembleia Geral, o Futebol Clube do Porto furava o esquema através do apelidado profissionalismo encapotado. O nosso “espirro” de hoje centra-se num dos maiores futebolistas, um guarda-redes que vingou no futebol português e que já num período conturbado da sua vida chegaria até Barcelos: “Miguel” Siska, um húngaro bem conhecido de uma geração mais idosa! Radicou-se no Porto com a profissão de mecânico dentista, arte que nunca exerceu porque

a sua ocupação era guardar a baliza dos portistas. Curiosamente chegou a Portugal em 1924/25, época ou ano da fundação do Gil Vicente tendo no seu colega de equipa, Valdemar Mota, o seu maior opositor enquanto profissional. Todavia, este homem que sempre se opôs ao profissionalismo na equipa portista, senhor de alguns bens, acabou por ser o maior amigo de Siska, numa fase da vida do húngaro em que foi minado por uma doença grave e incurável, já na condição de funcionário da secretaria do Clube – todos os meses lhe pagava as contas da farmácia, medicamentos extremamente caros que ajudaram a prolongar a vida de Siska. Apressemo-nos! Siska mereceu sempre dos adeptos portistas o cognome de “meia equipa” e devido às suas capacidades, em 1936, assumiu o comando técnico dos portistas devido à saída de Szabo. Quando em 1941 foi contratado para treinador do Gil Vicente, vinha a Barcelos duas vezes por semana, numa altura em que o Clube era dono de uma “senhora equipa”, entre os quais, podemos recordar: Adelino Ribeiro Novo, Torres, Flores, João Ribeiro Novo, Carvalhinho, Augusto, Jaime Matos, Badana, Rabeca

Pereira, Vieira II, Neiva, Canário, Santa Marinha, Ferreira, Zeferino e Manecas Arantes. A Direcção estava sob as ordens do senhor Emílio Rodrigues Moreira, secundado por António Costa e Manuel Carvalho. Uma das mais importantes heranças que Siska deixou em Barcelos, mais concretamente no Gil Vicente, foi a demonstração de uma intrínseca verdade que o marcou na sua juventude na Hungria. O Gil deveria, o mais rápido possível, levar a sério a formação de atletas no seio do Clube e começar, obviamente, pelos escalões mais baixos, o que mais tarde se viriam a chamar de juvenis e juniores! Todavia esta mensagem, este recado, parece não ter sido levada a sério pelos responsáveis gilistas que não estavam ainda preparados para encarar essa realidade, só assumida quinze anos depois. Miguel Siska acabou por adoptar a nacionalidade portuguesa mas nunca teve a felicidade de ser chamado à Selecção das Quinas (ainda assim era conhecida) ao contrário dos tempos de hoje em que se recorre à nacionalização “forçada” e interesseira de alguns, atitude que, em meu entender, está subjacente e refém das capacidades técnicas de um atleta sem atender ao seu perfil de HOMEM.

PROFISSIONALISMOpor Ilídio Torres

E M E R G E N T E

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