ITAPEMIRIM: A UM PASSO DA FALÊNCIA

interbussP O R Q U E T R A N S P O R T E É V I D A | A N O 6 | N ° 2 8 5 | 1 3 D E M A R Ç O D E 2 0 1 6

Empresa entrou com pedido de recuperaçãojudicial na semana passada. Se os credores nãoaceitarem o plano, a falência será decretada

IVECO LANÇA CHASSIS PARA ÔNIBUS MIDI

SAIBA TUDO SOBRE A CONCORDATA DA ITAPEMIRIM

ITAPEMIRIM: A UM PASSO DA FALÊNCIA

CONTEÚDO DE QUALIDADE COM RESPONSABILIDADE

interbuss

UMA REVISTAPARA QUEM QUERSABER TUDOSOBRE TRANSPORTE

NO BRASILE NO MUNDO.TODO DOMINGO,UMA NOVA EDIÇÃO.

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NESTA EDIÇÃO

2230 MERCADO

Transportadora Francisconi fecha parceria por Arla 32

26 REDE SOCIALO seu espaço na InterBuss14 ADAMO BAZANI

Colunistas | Deputado quer baixa de impostos em SP

6 NOSSA OPINIÃOA concordata da Itapemirim

7 A IMAGEM MARCANTEA foto que marcou a semana no setor de transportes

8 TODA SEMANAAs notícias mais importantes da semana

16 PÔSTERMarcopolo Paradiso G7, por Anderson Ribeiro

18 DEU NA IMPRENSAAs notas da imprensa especializada

28 FOTOS DA SEMANAAs melhores fotos de ônibus da semana

SUMÁRIO

A GRANDE MATÉRIA

Itapemirim próxima da sua falência

História de mais de 60 anos está por um fio após pedido de recuperação judicial

24

22 MARISA VANESSA N. CRUZColunistas | A Rodoviária de Jacareí

24 A GRANDE MATÉRIAViação Itapemirim pede recuperação judicial

ANO 6 | Nº 285 | DOMINGO, 13 DE MARÇO DE 2016 | 1ª EDIÇÃO | CONCLUÍDA ÀS 22h52 (6ª)EDIÇÃO COM 32 PÁGINAS

MERCADOTransportadora Francisconi fecha parceria por Arla 32

REDE SOCIALO seu espaço na InterBuss

FOTOS DA SEMANAAs melhores fotos de ônibus da semana

Itapemirim próxima da sua falência

História de mais de 60 anos está por um fio após pedido de recuperação judicial 24

Nova rodoviária foi inaugurada no ano de 2011

Conheça o TerminalRodoviário de Jacareí/SP

MARISA VANESSA

22

Novo layout começa a vigorar a partir de amanhã

Nova Iguaçu apresenta nova pintura de ônibus municipais

TODA SEMANA

09

Veículos vão circular na cidade por cooperativa local

AMD entrega 11 midibus Alamo à cidade de Camaragibe

TODA SEMANA

13

Veículos estão em circulação pela empresa Metra, em SP

Dois ônibus a hidrogênio jáfazem teste com passageiros

DEU NA IMPRENSA

19

Viaduto ficará fechado em períodos específicos

Prefeitura de São Paulo faz doviaduto Minhocão um parque

DEU NA IMPRENSA

21

MARISA VANESSA N. CRUZColunistas | A Rodoviária de Jacareí

A GRANDE MATÉRIAViação Itapemirim pede recuperação judicial

Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELLuciano de Angelo Roncolato

REVISÃOLuciano de Angelo Roncolato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos à todos os colaboradores de todo o país pelas fotos enviadas esta semana para capa, ma-térias e pôster.

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao final de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos auto-rais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por escrito, e enviado para o e-mail revista@portalinterbuss.com.br. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a re-produção também é autorizada apenas após um pe-dido formal via e-mail. As imagens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da revista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessi-dade de pedido.

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A EQUIPE INTERBUSSA equipe do Portal InterBuss existe desde 2000, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte na-cional, sempre para trazer tudo para você em primei-ra mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Por-tal InterBuss, falando que é de nossa equipe.Por conta disso, instruímos a todos que os integran-tes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidam-ente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo dentro do site e da revista. Qualquer pessoa que dis-ser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identificada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passadas ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em con-tato pelo e-mail contato@portalinterbuss.com.br ou pelo telefone (19) 99483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

O pedido de recuperação judicial da Viação Itapemirim e empre-sas coligadas é um fato que já era esperado há tempos pelo mercado. Com uma operação cada vez mais precária, a Itapemirim já estava re-passando suas principais linhas para a Viação Kaissara, uma empresa do mesmo grupo porém tal informação é negada até hoje, mesmo tempos após a transição. A pintura é parecida, os funcionários são os mesmos, os ônibus são os mesmos e a administração é de fachada, porém todos juram de pé junto que se trata de uma viação totalmente independente que acabou comprando parte da operação da tradicional capixaba. Quem conhece um pouco da história da Viação Itapemirim conhece também um pouco da história da Viação Caiçara, empresa que operava apenas uma linha com veículos exatamente com a mesma pintura da empresa sede, apenas trocando o nome de Itapemirim para Caiçara. Agora, anos depois, aparece uma “nova” viação, com o nome re-estilizado, de Caiçara para Kaissara. Apesar dos sócios serem diferentes, há muitas ligações entre as duas empresas. No ano passado, durante a escolha das matérias para a edição de aniversário que concomitante-mente foi a edição de estreia do nosso novo layout, a Revista InterBuss procurou a diretoria da Viação Kaissara para uma entrevista que visava esclarecer alguns pontos ainda obscuros para os nossos leitores. Che-gamos a conversar por um tempo porém o relacionamento acabou logo após o envio das quinze perguntas. Não houve nenhuma pergunta exagerada, porém questionamos alguns pontos em comum da empresa com a Itapemirim. Nunca tivemos retorno da entrevista. Com o pedido de recuperação da Itapemirim, tudo fica muito mais nítido: optou-se por passar tudo o que era possível para a Viação Kaissara, e aos poucos a Itapemirim iria definhando, administrando tudo em banho-maria. Quando chegasse a um ponto praticamente insolvente, pediria-se a concordata, que foi o que ocorreu. Isso sem contar que há algumas semanas a empresa tem sofrido alguns pro-blemas operacionais, inclusive com greve de motoristas por falta de pagamento de salários. A manutenção de alguns carros encontra-se sofrível e também há problemas similares na Kaissara. Como que as duas empresas, se não têm nada a ver uma com a outra, os problemas operacionais serem praticamente os mesmos? Outra similaridade entre as duas empresas é a transferência da frota. Primeiramente foram repassados os Marcopolo Paradiso G7, que são os veículos mais novos adquiridos pela Itapemirim (supostamente, pois até agora há uma dúvida sobre a origem desses carros, já que se deduz que uma parte foi adquirida pela Viação Águia Branca e outra pela Júlio Simões Logística, e emprestados para a Itapemirim em regime de leasing). De-pois, começaram a ser transferidos os veículos da geração anterior até chegar aos mais antigos. Se a empresa realmente não fosse do mesmo grupo, ela continuaria assumindo frotas aos poucos, e ainda veículos muito antigos? Vamos aguardar os próximos passos da concordata da Itapemi-rim e saber qual será o desfecho dessa história que já foi de sucesso, mas agora é apenas de briga familiar e problemas operacionais.

A esperada concordatada Viação Itapemirim

EditorialNOSSA OPINIÃOEXPEDIENTE

A IMAGEM MARCANTE

Balsas, MAQuarta-feira, 9 de Março de 2016

Mais uma vez a imagem é de um ônibus escolar. O veículoda foto tombou com 15 crianças que iam para uma escolana zona rural de Balsas depois que o motorista perdeu o

controle. O acidente aconteceu na BR-230. A foto é uma reprodução da TV Mirante, publicada

no Blog da Rayssa Araújo.

Empresas avisam que nãovão pagar aumento salarial

INCÊNDIO • Veículo foi parcialmente destruído e deixou cobrador ferido em Salvador

O Sindicato das Empresas de Ôni-bus de Porto Alegre (Seopa) comunicou a Justiça do Trabalho, na terça-feira (8), que não vai pagar o reajuste salarial dos rodoviários, conforme acertado no dia 1° de fevereiro. De acordo com a entidade que re-presenta as empresas que operam o trans-porte público da capital gaúcha. O motivo é uma decisão judicial que suspendeu o reajuste da tarifa de ônibus e lotações para 2016. O valor foi reajustado de R$ 3,25 para R$ 3,75. Também nesta terça-feira (8), foi re-jeitado o pedido de reconsideração sobre a tarifa do transporte coletivo de Porto Alegre feito pela prefeitura e pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). A decisão é da desembargadora Marilene Bonzanini, da 22ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do RS (TJRS). A desembargadora Marilene Bon-zanini explicou que eventuais fatos novos que possam, porventura, determinar a

revogação da liminar, devem ser submeti-dos ao juízo de origem, ou seja, o 1º grau. O aumento da passagem proposto pela EPTC também atinge lotações, que passariam a ter tarifa de R$ 5,60, sendo que o atual é de R$ 4,85. Conforme a Seopa, o valor reajusta-do foi fruto do processo que licitou o siste-ma. O valor reajustado foi praticado por três dias, até uma decisão judicial suspender o reajuste. A prefeitura alega que o processo de definição do valor foi definido por meio do processo de licitação e não por meio da composição tarifária, conforme ocorria até o certame. Após a suspensão do aumento, a prefeitura chegou a realizar uma reunião do Conselho Municipal dos Transportes, que aprovou o valor reajustado, mas sem efeito para reverter a decisão judicial que suspen-deu o novo valor. As empresas alegam que já tiveram prejuízo de R$ 3,4 milhões desde o dia 25 de fevereiro e alegam que investiram R$ 118 milhões para a compra de novos ônibus. “É uma questão grave. Implica na questão do

trabalhador. Vamos honrar nossos com-promisso com base na tarifa de R$ 3,25. Não é justo penalizar o rodoviário, mas é matemática”, diz Alceu Machado, assesor ju-rídico da Seopa. Machado argumenta que todos os anos é dado reajuste aos rodoviários e, em seguida, há o aumento da tarifa. “Em 2016, houve dissídio e não teve nova tarifa. A situ-ação, então, ficou insustentável”, afirma. Os rodoviários devem ser comuni-cados oficialmente da suspensão no paga-mento do reajuste em uma reunião com o Seopa marcada para às 9h30 desta quarta-feira (9). A categoria tem mais de 8,5 mil tra-balhadores na capital. Emerson Dutra, vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre, disse que nenhuma empresa comunicou os funcionários da decisão até por volta das 17h. Segundo ele, se não for cumprido o acordo coletivo homologado na Delega-cia do Trabalho, “o sindicato vai tomar uma atitude radical e parar Porto Alegre”. “Não vamos pagar por irresponsabilidade da Pre-feitura”, afirma.

TODA SEMANA AS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA SEMANANO SETOR DE TRANSPORTES

Rio Grande do Sul

Zero Hora | Notícias

interbuss | 13.03.201608

IRREGULAR Um primo da vítima também teve que viajar em pé em ônibus da empresa. Foto: Divulgação da empresa

ALERTA Empresas avisaram que não têm como pagar reajuste sem ter a tarifa mais alta como acertado. Foto: Ricardo Giuspi/ PMPA

AS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA SEMANANO SETOR DE TRANSPORTES

13.03.2016 | interbuss 09

NOVIDADE Nova pintura estará nas ruas a partir de amanhã. Foto: Divulgação

Nova Iguaçu apresenta nova pintura padrão dos ônibus

Rio de Janeiro

No próximo dia 14, as ruas de Nova Iguaçu terão novas cores. Os 454 ônibus de 83 linhas do município começarão a circular com a nova pintura padronizada. Os veícu-los serão operados pelos consórcios Reserva de Tinguá e Serra do Vulcão, que venceram a concorrência e são os novos concession-ários do transporte na cidade. O lay-out dos coletivos será apresentado nesta terça-feira, em cerimônia no Bairro da Luz. A mudança visual tem o objetivo de facilitar a identifica-ção pelos usuários e a fiscalização da prefei-tura, além de ser uma das exigências da lici-tação, que promete oferecer mais conforto.Na operação, pelo menos uma alteração. A Salutran, que atualmente tem a maior frota do município, ficou fora da concorrência, iniciada no ano passado. “As linhas licitadas não são fixas. Elas podem ser reduzidas ou ampliadas, se houver necessidade. Vão cir-cular veículos com idade média de cinco anos. Este número pode, também, aumen-tar ou diminuir. Antes, as empresas só tin-ham permissões, agora são concessões”, afirmou o secretário municipal de Trans-porte, Trânsito e Mobilidade Urbana, Ru-bens Borborema. Sete empresas formam os dois consórcios: Vera Cruz, Linave, Brazinha, Mirante, Nilopolitana, Expresso Nossa Sen-hora da Glória e São José. “No dia 14 haverá fiscalização e só vão circular os ônibus pa-dronizados. Faremos divulgação com pan-fletos e banners para não pegar a popula-ção de surpresa. O que está em questão não é só a nova cor dos ônibus, mas sim uma melhor qualidade no serviço, com maior pontualidade e motoristas mais treinados”, acrescentou Borborema. Não há na licitação, no entanto, meta para que as empresas substituam a frota por veículos refrigerados. A tarifa de R$ 3,50 será mantida. Ainda segundo ele, as cores dos novos ônibus foram escolhidas para lem-brar a história de Nova Iguaçu. “O laranja lembra a época dos laranjais, o branco, uma das cores da cidade, e o cinza, que está na parte debaixo do coletivo, é para sujar me-nos. Outra novidade é que eles não terão apenas o nome do trajeto de identificação, mas também os números”, disse.

O Dia | notícias

Ampliação de terminaldeve melhorar trânsito da cidade Dois terminais rodoviários da Baixada Fluminense devem ser reforma-dos e ampliados até o fim do ano. Além de Nilópolis, a rodoviária de Nova Iguaçu já teve as obras iniciadas. O terminal ganha-rá quatro plataformas, ampliando a capa-cidade e passam a ter acessibilidade, novo sistema de câmeras de monitoramento e controle de acesso, além de nova ilumina-ção. Haverá também cobertura, lojas, áreas de alimentação e melhor organização para embarques. A nova estrutura da rodoviária vai contar ainda com seis guichês de bilhete-ria, estacionamento com 30 vagas e novos banheiros. Serão instaladas 39 novas baias para ônibus, aumentando de 30 para 33 o número de linhas e de 17 para 20 empre-sas operando no terminal. Ao todo, serão 59 novas lojas e 25 quiosques, em área de 10.950 m². “Com ônibus padronizados e um terminal moderno e ampliado, o trânsito ficará melhor, pois hoje muitos não cabem

nas baias e ficam circulando próximos da rodoviária em busca de uma vaga”, lembrou Rubens Borborema.

Empresas tradicionais ficam de fora Empresas tradicionais como a Sa-lutran e Niturvia ficaram fora da licitação e não vão poder mais circular por Nova Iguaçu. “Será estranho não ver mais um ônibus da Salutran passando pelas ruas. To-dos os dias embarco na linha Nova Iguaçu x Cerâmica e vamos ficar um pouco órfãos, pois estavá-mos acostumados com as cores cinza e azul. Com a padronização será mel-hor a visualização. Hoje, muitos dos letreiros não estão bem iluminados”, contou a dona de casa Lilian Reis, 38 anos. Para o presidente do consórcio Reserva de Tinguá, Ramiro Brandão, a popu-lação sentirá diferença significativa na ope-ração do transporte. “Haverá mais pontuali-dade e frequência dos ônibus. Acabou essa história de a empresa definir o tempo de intervalo dos coletivos. Os passageiros vão ficar menos tempo nos pontos e o serviço será mais ágil”, afirmou.

TODA SEMANA

Iveco lança chassis para midibus com 15 toneladas Acelerada pela expansão da gama e crescimento nas vendas no Brasil – 60% em 2015, segundo dados da Anfavea –, a Iveco Bus, divisão de ônibus da italiana Iveco, apresenta o GranClass 150S21. O modelo, um ônibus micrão de 15 toneladas, marca a estreia do chassi 150S21, o segun-do da linha de ônibus desde que o 170S28 foi apresentado na 10ª FetransRio, em no-vembro de 2014. De quebra, fecha o cerco do fabricante entre os ônibus escolares ru-rais. Basicamente voltados às prefeituras, o mercado fomentado desde a criação do Programa Caminho da Escola, do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE), em 2009, soma mais de 7 mil uni-dades vendidas só pela Iveco, com o micro-ônibus CityClass. Com o GranClass, a Iveco espera agora abrir passagem entre os ônibus do tipo micrão oferecendo não só o chassi, como fazem os concorrentes, vendendo nas concessionárias o ônibus já pronto, graças ao fornecimento da carroceria pela parceira paranense Mascarello. Estratégia já ado-tada no CityClass, fornecido pela Neobus, e desde novembro do ano passado, com o WayClass, a versão Mascarello do micro-ônibus com configuração de até 29 lugares – ambos montados sobre o chassi 70C17, o mesmo da linha Daily. Embora só esteja sendo apresen-tado hoje, o 150S21 na configuração chassi já aparece no site da Iveco há pelo menos duas semanas. Um pouco maiores que os micro-ônibus e mais vendidos na faixa de peso bruto total (PBT) de 15 toneladas, o seg-mento de micrões é atualmente dominado pela Mercedes-Benz, com o OF-1519 e o OF-1519R, seguida pela MAN, com os Volksbus 15.190 OD e 15.190 ODR, configurações ur-banas e rurais dos chassis, respectivamente. Como diferencial em relação aos concor-rentes, o 150S21 traz motor mais potente: o FPT quatro cilindros de 4,5 litros gera 206cv (cavalos) de potência e 73,46kgfm de torque a 2.100rpm, ante os 185cv do Mer-cedes e 190cv do Volks, ambos com 71kgfm de torque. De início há apenas o câmbio manual de seis marchas (o Volksbus oferece a opção V-tronic, com a caixa automatizada ZF 6AS 1010 BO).

No ano passado, a Iveco empla-cou 1.187 coletivos, contra 731 em 2014, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, (An-favea). Somente o 170S28, que representa a marca no principal segmento de chassis para ônibus no Brasil, o de 17 toneladas, acumula cerca de 400 unidades vendidas desde o lançamento sendo já utilizado, por exemplo, no transporte coletivo de Belo Horizonte e no transporte de funcionários da fábrica da Fiat, em Betim. Além dos micros, o micrão e o chas-si de 17 toneladas, a linha Iveco Bus conta com três versões da Daily: a Minibus, base-ada em chassi longarina e disponível nas configurações Fretamento e Turismo 15+1, com rodado simples na traseira (45S17), e 18+1 (50C17), com rodado duplo, e o chassi 70C17, com painel integrado de fábrica e predisposição para ar-condicionado.

DADOS TÉCNICOSIveco GranClass 150S21

» Motor – Iveco FPT N45 Euro 5 quatro ci-lindros em linha, 4.500cm3, com potência de 206cv (diesel) e torque de 73,46kgfm a 2.100rpm» Transmissão – tração dianteira e câmbio Eaton FS 5406A manual de seis marchas» Suspensão/rodas/pneus – dianteira e tra-seira com molas metálicas do tipo trapezoi-dal semielíptica; 275/80 R22,5 (pneu de uso misto opcional)» Direção e freios – assistência hidráulica; a tambor na dianteira na traseira, com ABS» Capacidades – peso bruto total (PBT), 15 toneladas; 5 mil kg no eixo dianteiro e 10 mil km no traseiro; tanque, 275 litros» Dimensões – comprimento, de 9 a 10m; largura máxima, 2,42m; e entre-eixos 5,25m a 5,95m

Paraná

Vrum | Bruno Freitas

interbuss | 13.03.201610

LANÇAMENTO Novo chassi foi apresentado ao mercado. Fotos: Bruno Freitas e divulg.

13.03.2016 | interbuss 11

Lei prevê multa a quem desrespeitar lugar preferencialem ônibus de Foz

Notas Rápidas

A passagem de ônibus em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, passará de R$ 3,30 para R$ 3,70 a partir da terça-feira (15). A informação foi divulgada pela Prefeitura nesta sexta-feira (11), após uma reunião com o prefeito Rogério Cabral e di-retores da Faol, concessionária responsável pelo transporte público no municipio. Segundo o município, para a con-cessão do reajuste, o prefeito fez algumas exigências à Faol, como por exemplo, co-locação de painel eletrônico na rodoviária; abertura do sinal de GPS dos coletivos da concessionária ao Poder Concedente; aquisição de 10 ônibus novos até 10 de maio (em cumprimento ao acordo ante-rior) e mais 10 ônibus a serem entregues até 10 de setembro deste ano, todos com ar condicionado, GPS e câmeras. Na concessão, também foi solicita-do a instalação do GPS em toda a frota de coletivos; adição de duas horas de integra-ção ao tempo previsto da viagem definido na matriz de integração; e cumprimento da Lei Orgânica Municipal, concedendo gratuidade aos idosos com faixa etária en-tre 60 a 64 anos de idade. Em relação à gratuidade da pas-sagem para pessoas com idade compreen-dida entre 60 a 64 anos, a Faol, através da RioCard, deverá adotar um cartão diferen-ciado para esses usuários. Sendo assim, no prazo máximo de 30 dias, a partir da pub-licação do decreto de reajuste de tarifa, a empresa deverá preparar o sistema de software para a devida adequação. A partir de então, os idosos de-verão adquirir o cartão RioCard para que possam ter direito ao benefício. A primeira via do cartão para estes beneficiários será gratuita.

G1 Região Serrana | Notícias

Ônibus em Friburgo vai a R$ 3,70

Passageiros e funcionários das em-presas de ônibus flagrados desrespeitando a lei que torna preferenciais todos os as-sentos nos ônibus do transporte coletivo de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, pode ter de pagar multa. A nova regra aprovada em outubro de 2015 entrou em vigor este ano, porém ainda não vem sendo cumprida como deveria. A lei municipal 4.381/15 prevê multa de cinco unidades fiscais - o equiva-lente a R$ 360 reais – para as empresas do transporte caso motoristas e cobradores não interferirem quando perceberem que um passageiro não cedeu lugar para quem tem preferência. Já a multa para o passage-iro é de uma unidade fiscal, pouco mais de R$ 71,5. A legislação prevê ainda que os ônibus tenham avisos explicando que ago-

G1 Oeste PR | Notícias ra todos os assentos são preferenciais para idosos, obesos, deficientes, gestantes e pes-soas acompanhadas de crianças de colo. Usuários que têm preferência, no entanto, reclamam da falta de respeito. “É difícil. As pessoas fazem que estão dormin-do, que estão com os ouvidos tampados, não enxergam os velhos”, aponta a apo-sentada Emília de Souza. “Tem que ter bom senso e saber que todos são preferenciais. Não precisa de lei”, resume a dona de casa Vanessa de Souza. O superintendente do Instituto de Transportes e Trânsito de Foz do Iguaçu (Foztrans) disse que os veículos serão vis-toriados ainda este mês e admite as dificul-dades para multar os passageiros. “Tem multa prevista, mas como o fiscal vai chegar e multar o cidadão? Não existe uma forma operativa. A multa à empresa é viável por meio dos motoristas e cobradores”, comen-tou Carlos Juliano Budel.

75% das empresas de lazer e transporte sofreram fraude

De acordo com a edição 2015 do Global Fraud Report, da Kroll, líder mundial em soluções de risco, 75% das empresas do setor de transportes, lazer e turismo foram vítimas de algum tipo de fraude em 2014. Os resultados mostram que fraudes relacio-nadas a fornecedores ou compras foram as mais comuns nesse setor, do qual 20% das empresas foram vítimas. Em seguida, vêm os casos de roubo de ativos físicos (15%) e de corrupção e suborno (15%) – que foi a terceira maior taxa em todos os setores. Os números são parte de uma pes-quisa global que a Kroll pediu à Economist Intelligence Unit sobre a fraude e seus efei-tos nos negócios. Um total de 768 executi-vos de nível sênior participou da pesquisa, de diversas indústrias, incluindo Serviços Financeiros, Serviços Profissionais, Varejo e Atacado, Tecnologia, Mídia e Telecomunica-ções, Saúde e Farmacêuticos, Transportes, Lazer e Turismo, Bens de Consumo, Con-strução, Engenharia e Infraestrutura, Recur-sos Naturais e Manufatura. O Report aponta também menor incidência de falhas de compliance, que afetou apenas 7% das empresas em 2014. Além disso, o documento mostra que a três quartos das empresas que responderam à pesquisa estão mais expostas às fraudes, tendo a alta rotatividade de pessoal (32%), a entrada em mercados novos e de risco (15%) e a complexidade dos produtos e ser-viços vendidos como os principais fatores. Snežana Gebauer, diretora do es-critório da Kroll em São Paulo, diz: “Um dos resultados mais reveladores do relatório é o quanto as empresas estão se sentindo vulneráveis às fraudes. De um jeito ou de outro, o fantasma da fraude surge em todas as relações de negócios. O que o relatório da Kroll põe em evidência é que, com frequência, a fraude é um “trabalho interno” e que as empresas devem buscar tanto nas relações internas e externas se elas são mais eficientes para a proteção do seu dinheiro, de sua propriedade e de seus dados”, diz a executiva.

Apesar de três quartos das empre-sas do setor terem sido afetadas por fraudes, as conclusões do relatório mostram que os executivos de Transporte, Lazer e Turismo são menos propensos do que seus pares em outros setores a planejarem o investimento em estratégias antifraude, como checar an-tecedentes de seus contratados e fornecer auditória jurídica. “Enquanto a tecnologia possi-bilitou novas maneiras de se cometer uma fraude, nosso trabalho diário com os cli-entes confirma o que o relatório também revela – o roubo, o suborno e a propina ainda são efetivas e generalizadas. Com a natureza humana sendo o que é, a fraude sempre estará ao nosso lado, quer ela ocorra no escritório da empresa ou em algum lugar no mundo da cadeia de suprimentos. No entanto, existem diversas estratégias, recur-sos e melhores práticas disponíveis para as

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Da Kroll | assessoria

interbuss | 13.03.201612

empresas que podem ajudá-las a proteger a si próprias e seus investimentos”, conclui a Snežana.

Sobre a Kroll A Kroll, líder mundial em soluções de risco, está no mercado há mais de 40 anos ajudando seus clientes a reduzirem riscos e tomarem decisões sobre pessoas, assets, operações e segurança por meio de uma ampla gama de investigações, due diligence e compliance, segurança ciberné-tica e serviços de gerenciamento de dados e informações. Sediada em Nova York, com mais de 53 escritórios em 28 países, a Kroll tem um time multidisciplinar de mais de 2.000 funcionários e atende uma clientela global de escritórios de advocacia, institu-ições financeiras, empresas, instituições sem fins lucrativos, agências governamen-tais e indivíduos.

TODA SEMANAGolpes

Resultados da Global Fraud Report, da empresa Kroll, mostra que ao menos3/4 das empresas de transporte, turismo e lazer sofreram com fraudes

13.03.2016 | interbuss 13

AMD entrega 11 midibusAlamo à Camaragibe/PE

A Prefeitura de Camaragibe, no Grande Recife - PE, em parceria com a Co-operativa da União dos Profissionais do Ramo de Transporte Coletivo de Passage-iros, Similares e de Serviços de Pernambuco (COOPER-UNE) estão recebendo mais 11 novos midibus Alamo e um micro-ônibus Solum, ambos fabricados pela AMD. Os novos modelos foram encar-roçados sobre o chassi Volksbus 15.190 OD com motor dianteiro que é ideal para o transporte urbano. Equipados com mo-tor MAN D08 de 4 cilindros, os modelos in-corporam nova embreagem com 395 mm

de diâmetro e caixa de transmissão ZF 6S 1010 de 6 velocidades com servoassistên-cia e transmissão por cabos, o que garante maior conforto e durabilidade de todo o conjunto. A vantagem de se utilizar o chassi com motorização dianteira é principal-mente em função de que eles percorrem so-los difíceis, uma característica frequente nas principais cidades brasileiras. A manuten-ção deste tipo de ônibus tem um custo mais baixo, o que atrai os empresários do setor. As novas carrocerias vêm equipa-das com elevador para acesso aos porta-dores de necessidades especiais, janelas laterais com vidros temperados fumê, piso

Da AMD | assessoria de chapa de alumínio, amplo espaço inter-no, poltronas ergonômicas com apoios de cabeça, sistema de campainha por botão e sem fio e ainda iluminação interna que per-mite sensação aconchegante com tecnolo-gia em LED, poltrona do motorista com reg-ulagem total de altura e movimento lateral, raseiro e frontal, cinto de segurança retrátil três pontos, escapamento traseiro embu-tido, câmera e sensor de ré. Em novembro do ano passado, a população da cidade já havia recebido 14 micro-ônibus Solum. Com os novos 11 Ala-mos e mais um Solum que estão chegando, o sistema de transporte público de Camara-gibe totaliza 26 ônibus AMD em circulação.

Unidades foram entregues à Cooperativa da União de Profissionais do Ramo de Transporte Coletivo de Passageiros, Similares e Serviços de Pernambuco

Mercado

interbuss | 13.03.201614

O Ministério Público do Distrito Fed-eral e Territórios- MPDFT ofereceu denúncia contra seis pessoas por suposta fraude e di-recionamento na licitação dos transportes coletivos da região que teve o procedimento iniciado em 2011. Os crimes que teriam sido cometi-dos são: fraude à competitividade da licita-ção, advocacia administrativa em licitações (defender interesses privados na competição pública) e usurpação da função pública. Para o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, as investigações apon-tam que a licitação foi direcionada para ben-eficiar empresas da família de Constantino de Oliveira, fundador da Gol Linhas Aéreas, e da família Gulin, que atua no Paraná. No Distrito Federal, as companhias de ônibus ligadas a Constantino são a Viação Piracicabana e a Viação Pioneira, e a Viação Marechal, pertence aos Gulin. Segundo informações da TV Globo, foram denunciados:- José Walter Vazquez, ex-secretário de Trans-portes e atual diretor da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico –Adasa; - José Augusto Pinto Júnior - ex-coor-denador de projetos da licitação; - Galeano Furtado Monte - ex-presidente da comissão de licitação; - Sacha Reck - advogado, que atuou como consultor da licitação dos ônibus, mas tinha envolvimento com a família Gulin e com a família de Constantino, segundo o MPDFT; - Marco Antônio Gulin – gestor Auto Viação Marechal; - Délfio José Gulin – gestor Auto Viação Marechal. Assim, eles passam de suspeitos a acusados e, havendo a aceitação da denúncia pela justiça, passam a ser réus. Todos negam participam no suposto esquema e que ten-ham cometido irregularidades. O juiz Lizandro Gomes Filho, da 1ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal, anulou no dia 25 de janeiro de 2016, a licitação do transporte público da região por entender que houve irregularidades no processo que começou em 2011. O magistrado também deu 180 dias para que o Governo do Distrito Federal faça uma nova licitação contratando outras em-presas de ônibus. No despacho, o juiz concluiu que advogado Sacha Reck, especializado no setor de transportes, agiu “ilicitamente na gestão e

MP denuncia funcionáriospúblicos, gestores empresa de ônibus e advogado especializado por suposta fraude na licitação no DF

consultoria” para a disputa entre as empresas de ônibus. Os empresários Constantino de Oliveira e da família Gulin, que estão entre os vencedores, são clientes de Sacha em outros serviços advocatícios, segundo as investiga-ções, Os réus ainda devem pagar os custos do processo, que teve início em 2013, somando R$ 50 mil. A ação envolve o Governo do Dis-trito Federal e as empresas vencedoras da licitação: Expresso São José, Marechal, HP-Ita Transportes (Urbi), Pioneira e Piracicabana. O juiz ainda entendeu que a contrata-ção de Sacha para fazer a consultoria do edital antes mesmo da licitação denota que já havia um acordo para favorecer os grupos empresar-iais, como de Constantino de Oliveira e a família Gulin, que depois se tornaram vencedores. O magistrado ainda acrescentou que a participação de Sacha teria sido decisiva para o resultado da licitação. “A atuação do advoga-do Sacha Reck, sem nenhuma dúvida, sempre foi direcionada a uma contratação viciada”. O juiz Lizandro Gomes Filho ainda acrescenta, para a decisão, o depoimento ex-trajudicial do então presidente da Comissão de Licitação dos Transportes do Distrito Fed-eral, Galeno Furtado Monte, que apontou a in-fluência do advogado na condução do grupo responsável por analisar as propostas das em-presas participantes. O magistrado não está convencido sobre a regularidade da contrata-ção de Sacha. “Os réus, inclusive o DF, até agora não conseguiram, retilineamente, explicar a natureza jurídica da ‘consultoria’ de Sacha Reck, tampouco a forma de sua contratação e pagamento.” Para o juiz determinar a anulação da licitação, no entanto, não foi só levada em consideração uma possível contratação de Sa-cha Reck de maneira irregular para direcionar o resultado da disputa. O juiz diz que há vín-culo entre as empresas envolvidas para operar em diferentes lotes, o que é contra o próprio edital. Um dos exemplos é relação entre a Via-ção Piracicabana e Viação Pioneira, que foram declaradas vencedoras, e controladas, segun-do o magistrado, por uma “sociedade maior” chamada “Expresso União” que também dis-putou a concorrência. Todas as empresas são da família de Constantino Oliveira. As investigações do Ministério Pú-blico do Distrito Federal sobre a licitação dos

transportes tiveram início em 2013 e conta-ram com o apoio do Ministério Público em Guarapuava e do Ministério Público de Apu-carana, ambas cidades do Paraná, que tam-bém tiveram a participação de familiares de Sacha nos processos licitatórios de transport-es. Nestes municípios, as famílias Gulin e de Constantino de Oliveira de igual modo teriam supostamente sido beneficiadas em licitações de transportes. De acordo com as apurações dos promotores no Distrito Federal, há indícios de que a licitação da capital federal foi dire-cionada para favorecer empresas de ônibus justamente de Constantino e de Gulin. Para este favorecimento, segundo o despacho do magistrado, houve a atuação do advogado Sacha Reck por meio de seu escritório e, do pai dele, Garrone Reck, e do irmão, Alex Reck, pela empresa Logitrans – Logística, Engenhar-ia e Transportes Ltda, também com sede em Curitiba, no Paraná. Todos negam. A Logitrans começou os trabalhos de elaboração do edital de licitação, com estudos de logística. A mesma Logitrans atuou tam-bém nas consultorias de licitação dos trans-portes em Guarapuava e Apucarana. A atuação do escritório de advocacia de Sacha e da Logitrans teria colaborado para que a concorrência pública fosse direcionada em prol dos clientes Constantino e Família Gu-lin, segundo os promotores, dependendo de cada cidade. O escritório de advocacia do qual Sach Reck era sócio na época da licitação do Distrito Federal foi um dos alvos da 18ª fase da Operação Lava Jato, mas não sobre o pro-cesso da capital. Nas ações judiciais sobre o DF, foi citado que Sacha e o pai Garrone Reck são investigados no Paraná também por supostas interferências que teriam direcionado resulta-dos de licitação dos transportes. Eles chega-ram a ter os bens bloqueados pelo Tribunal de Justiça do Paraná. Sacha e Garrone foram investigados por improbidade administrativa e fraudes em licitação naquele estado. O advogado Sacha Reck ao longo da polêmica licitação no Distrito Federal sempre negou as supostas irregularidades. Segundo ele, o trabalho de consultoria foi legítimo e não houve direcionamento da licitação. Docu-mentos comprovariam a legitimidade do pro-cesso, segundo ele.

De acordo com investigações, concorrência foimanipulada para favorecer Constantino e os Gulin

NOSSO TRANSPORTEADAMO BAZANI | adamobus@gmail.com

COLUNAS

13.03.2016 | interbuss 15

Parlamentares da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e rep-resentantes de empresas encarroçadoras de ônibus pressionam o governo estadual para que as empresas Caio e Irizar, situadas em Botucatu, no interior paulista, tenham benefícios fiscais. Na última quinta-feira, 03 de março de 2016, o deputado estadual Fernando Cury se reuniu na Assembleia Legislativa com o assessor especial da Secretaria da Fazenda do Estado, Alexandre Roger Ro-drigues de Almeida, para discutir o tema. Estiveram presentes na reunião, o diretor da Caio Induscar, Luciano José Calo-nego, e o assessor jurídico da empresa, Mar-celo dos Santos. O deputado afirmou, em nota, que duas encarroçadoras têm demitido funcionários e que são vítimas também da Guerra Fiscal.

Deputado quer benefício fiscal para Caio e Irizar e faz pedido que afeta Marcopolo

“Essas duas empresas estão so-frendo com a atual crise. Durante a minha campanha, em 2014, visitei a Caio e eles tin-ham 4.200 funcionários. Hoje, pouco mais de um ano e meio depois, esse número caiu para 2.900. A produção também caiu brus-camente. Antes, eram produzidos 40 carros por dia, hoje são produzidos 11 ônibus ap-enas” O deputado também quer que o estado de São Paulo tome providências contra o estado do Rio de Janeiro ou que dê igualdade de condições para as encar-roçadoras do Estado de São Paulo com desconto do ICMS –pImposto sobre Circula-ção de Mercadorias e Serviços, mesmo que em caráter provisório, até que outra solução seja encontrada. O pedido do deputado Fernando Cury afeta diretamente a Marcopolo, que tem sede em Caxias do Sul, no Rio Grande

do Sul. Mas é no Rio de Janeiro que funciona a planta da Marcopolo que produz ônibus urbanos. No mercado, a concorrência maior no segmento de ônibus urbanos é justa-mente entre a Caio e a Marcopolo. No seg-mento de ônibus urbanos mais simples, o Torino, da Marcopolo, briga com o Apache VIP, da Caio. Em relação aos urbanos de maior categoria, o embate é entre o Millen-nium BRT, da Caio, e o Viale, da Marcopolo. De acordo com balanço da Fabus, que é a associação que representa as em-presas encarroçadoras, em todo o ano de 2015, somente para o mercado interno, foram produzidos 9 mil 321 ônibus urba-nos. A Caio Induscar produziu 3 mil 256 unidades e a Marcopolo Rio 2 mil 252. Jun-tas, as duas empresas produziram 5 mil 808 carrocerias de ônibus urbanos, o que repre-senta 62,31% de todo este segmento.

Reunião com representante de Secretaria da Fazenda do Estado teve participação de

representantesde encarroçadora

interbuss ANDERSON RIBEIROMarcopolo Paradiso G7Bortolotto, em Campinas/SP

Montadora russa Kamaz comemora seus 40 anos

Durante a cerimônia que marcou as comemorações pelos 40 anos da mon-tadora russa Kamaz, o CEO da Rostec, Ser-gei Chémezov, destacou a força da marca no mercado local e para a empresa em seu discurso. Curiosamente, a Kamaz comemora o seu aniversário a partir da produção de seu primeiro caminhão, em 16 de fevereiro de 1976, em vez de festejar a data de sua fundação. “Durante a construção da planta de caminhões – que teve início em 1969 – cen-tenas de milhares de jovens chegaram a Ná-berezhnie Chelní para trabalhar nas obras da planta Kamsky. Em prazos curtos, foi con-struída uma nova cidade com praças, casas,

jardins, escolas e faculdade. Em fevereiro de 1976, foi produzido o primeiro caminhão”, recordou Chémezov. Em 2008, a Rostec – megacorpora-ção estatal que controla a Kamaz – e a Daim-ler firmaram um acordo de colaboração es-tratégica, o que acelerou o desenvolvimento tecnológica dos veículos da montadora rus-sa. “Hoje em dia, a Kamaz ocupa o principal lugar no mercado russo, sendo que mais de 50% das vendas de caminhões é produzida pela empresa”, destacou o executivo. Entre os maiores feitos da monta-dora, a equipe de corrida “Kamaz-Master” conquistou o Rally Dakar 13 vezes, sendo a maior vencedora da história do rali mais famoso do planeta. “Hoje, toda a Rússia está orgulhosa da marca Kamaz e de cada traba-

lhador da montadora”, finalizou Chémezov. A Corporação Rostec foi fundada em 2007 para apoiar a pesquisa, o desen-volvimento, a fabricação e a exportação de produtos industriais de alta tecnologia para o uso civil e militar. Trata-se de um con-glomerado estatal da Federação da Rússia, que detém aproximadamente 700 empre-sas, incluindo nove holdings que formam o complexo militar-industrial e cinco grupos empresariais que atuam na indústria civil. Conta ainda com o controle direto de 22 companhias e marcas de renome mundial em seu portfólio, como a AVTOVAZ, KAMAZ, Helicópteros da Rússia e VSMPO-AVISMA, entre outras. A companhia está presente em 60 entidades constituintes da Rússia e ex-porta sua produção para mais de 70 países.

DEU NA IMPRENSA RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIASDA IMPRENSA ESPECIALIZADA

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interbuss | 13.03.201618

RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIASDA IMPRENSA ESPECIALIZADA

13.03.2016 | interbuss 19

Dois ônibus movidos aHidrogênio já nas ruas No dia 02 de março, entraram em circulação, no Corredor São Mateus-Jabaquara (ABD), dois novos ônibus movi-dos a hidrogênio. Em junho de 2015, três ônibus foram entregues ao Estado de São Paulo e ativados para teste. Agora, dois deles foram integrados à frota dos ônibus intermunicipais gerenciada pela EMTU/SP, mais precisamente na Linha 287P Pi-raporinha a Santo André. Os veículos, projetados com tec-nologia brasileira, são livres de emissões de poluentes. No lugar de dióxido de carbono e outras emissões dos carros comuns, so-mente vapor d’água é eliminado pelo esca-pamento dos ônibus. “O desenvolvimento da tecnologia, em território nacional, de veículos movidos a hidrogênio, ainda é um processo restrito a um grupo seleto de países. Isso deixa o Bra-sil em uma posição de destaque mundial na área”, ressalta Rose Diegues, oficial de pro-grama de Desenvolvimento Sustentável do PNUD. Os ônibus, com carroceria Marco-polo Viale BRS e chassis Volksbus, possuem 13.200 mm de comprimento e capacidade para transportar 27 passageiros sentados e 42 em pé. O circular conta com sistemas de ar-condicionado e de audiovisual com monitores no salão de passageiros, além de corredor mais amplo. Possui ainda espaço para cadeirante, com cadeira adicional para o acompanhante, e rampa de acesso. O sistema propulsor que equipa o modelo é híbrido (motor elétrico alimenta-do por célula de combustível a hidrogênio + baterias), com autonomia de 300 quilô-metros. Além disso, dispõe de sistema de recuperação de energia das frenagens. Sendo assim, a motorização funciona com o hidrogênio – reservado nos tanques – introduzido na célula, onde passa por um processo eletroquímico que produz energia elétrica pela agregação do hidrogênio com o oxigênio do ar, gerando água como sub-produto. Essa energia elétrica é armazenada em baterias que alimentam o motor elétrico de tração (similar ao de um trólebus), in-stalado no eixo traseiro, que gera energia mecânica e movimenta o veículo.

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Os ônibus são resultado da par-ceria entre o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Minis-tério de Minas e Energia (MME), a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e a Empre-

sa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo S.A. (EMTU/SP), com recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e da Agência Brasileira de Inovação (FINEP).

interbuss | 13.03.201620

DEU NA IMPRENSA

Comandos de Saúde nasRodovias completa 10 anos A primeira ação do projeto Coman-dos de Saúde nas Rodovias, realizado pelo SEST SENAT em parceria com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), acontecerá no próximo dia 16 de março, em 23 Unidades da Federa-ção e no Distrito Federal. A meta é atender, em média, 3.000 motoristas profissionais em todo o país. Em 2015, mais de 12 mil profissionais foram atendidos nas quatro etapas do projeto. Desde o lançamento do projeto, em 2006, mais de 92 mil motoristas participaram da ação. Nesta primeira ação de 2016, os motoristas receberão orientações sobre os cuidados necessários com a coluna. Fi-sioterapeutas e educadores físicos do SEST SENAT estarão presentes para informar os profissionais sobre a postura correta ao di-rigir, subir e descer do caminhão e dicas de exercícios de alongamentos que podem ser realizados antes e após a jornada de trab-alho e também durante as paradas. O Comandos de Saúde nas Rodo-vias orienta os motoristas sobre a importân-cia dos cuidados básicos com a saúde, com o objetivo de evitar acidentes e garantir mais segurança nas rodovias. Os profission-ais são abordados pelos agentes da PRF e convidados a participar da ação. Além das orientações sobre pos-tura, os motoristas passam por exames rápidos, como aferimento de pressão, veri-ficação de peso, altura, massa corpórea, circunferência cervical e abdominal, acui-dade visual e auditiva, frequência cardíaca, glicemia. A realização dos exames é sempre acompanhada por um médico que, quando necessário, encaminha o motorista para atendimento na rede pública de saúde. Nesta etapa também haverá uma mobilização nacional para o combate ao Aedes aegypti. Os profissionais serão infor-mados sobre as práticas necessárias para prevenção de doenças como dengue, a chi-kungunya e zika. Locais da ação Comandos da Saúde nas Unidades Operacionais do SEST SENAT:

BR-060, km 390, Rio Verde/GOBR-163, km 119, Posto Aldo Locatelli, Ron-donópolis/MT

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BR-262, km 21, Posto Três Lagoas, Três Lagoas/MSBR-262, km 677, UOP 01, Araxá/MGBR-101 Sul, Km 67, Campos dos Goytacazes/RJBR-153, km 99, Praça de Pedágio, sentido Marília, José Bonifácio/SP / São José do Rio Preto/SPBR-116, km 56, Posto Taquari, sentido Paraná/São Paulo, Campina Grande do Sul/PR / Curitiba/PRBR-101, km 116,8, nº 4850, Posto Sim, Itajaí/SCBR-324, km 604, Município de Simões Filho/BABR- 101, km 90, Posto de Cabo de Santo Agostinho, Cabo de Santo Agostinho/PEBR-101, km 304, Posto Flecha, Viana/ES / Ca-riacica/ESBR-101, km 75, s/n, Posto Pichilau, Zona Ru-ral, Rio Largo/AL / Maceió/ALBR-101, km 108, Mata Redonda/PB / João

Pessoa/PBBR-101, km 120, Posto Luís XIV, São José de Mipibu/RN / Natal/RNBR-116, km 520, Posto Fiscal da Sefaz, Penaforte/CE / Crato/CEBR-343, km 189, UOP 170201, DEL 02, Pirip-iri/PI / Teresina/PIBR-010, km 260, Posto de Fiscalização da 18ª Superintendência Regional, Imperatriz/MABR-163, km 992, 5ª Delegacia Regional da PRF, Santarém/PABR-364, km 6,5, Bairro Areal da Floresta, Pos-to Mirian II, Porto Velho/ROBR-080, km 13, Sede da ARCAG, Núcleo Ru-ral Alexandre Gusmão – INCRA 06, Brazlân-dia/DF / BrasíliaBR-153, km 663, Gurupi/TO / Palmas/TOBR-319, km 00, UOP PRF 3303, Posto Ceasa, Manaus/AMBR-210, km 09, Posto Fiscal da PRF, Macapá/APBR-174, Km 491, Água Boa/RR / Boa Vista/RR

13.03.2016 | interbuss 21

Agrale começa a fabricarcaminhões no Espírito Santo

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Após muita discussão sobre o tema, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, sancionou um projeto de lei que dá status de parque ao Minhocão (Elevado Costa e Silva). Dessa forma, a via amplamente usada pelos paulistanos motorizados terá o seu trânsito desviado para outras vias em horários espe-cíficos, diariamente, permitindo o funciona-mento do novo parque nos seguintes dias e períodos: de segunda à sexta, das 21h30 às 6h30; aos sábados, a partir das 15h, e aos do-mingos o dia todo. Durante os horários de funciona-mento de lazer, o Minhocão receberá os mesmos serviços de outras parques da ci-dade, como de manutenção, com limpeza, iluminação e segurança pela Guarda Civil Metropolitana. “A decisão que está sendo tomada aqui é de chamar de parque quando esti-ver fechado [para carros], porque vai cri-ando uma cultura diferente, modificando

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Prefeito de São Paulo dá status de parque ao Elevado Costa e Silva

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No início deste mês, a Agrale ini-ciou a montagem dos caminhões leves da Linha A na nova fábrica de São Mateus, no Espírito Santo. Os primeiros veículos são os modelos Agrale A10000 e A8700, desti-nados aos mercados das regiões Sudeste e Nordeste. Até então, a montadora produzia – desde setembro de 2015 – apenas o chas-sis de ônibus do modelo W9 urbano, para fornecimento à Volare. A montadora informa que os caminhões da Linha A continuarão sen-do produzidos também na unidade 2 da Agrale, em Caxias do Sul, para atender aos mercados das regiões Sul e Centro-Oeste. Lançada em novembro de 2015, a nova linha de caminhões é composta pelos mo-delos A7500, A8700 e A10000 com inédita cabine de aço estampado e diversos itens como equipamentos de série.

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Hugo Zattera, diretor-presiden-te da Agrale, afirma que a produção dos caminhões da Linha A em São Mateus está alinhada com os objetivos de competitivi-dade da empresa. “Somos penalizados com os custos de frete para enviar os produ-

tos do Rio Grande do Sul para o resto do País, sobretudo o Leste e o Nordeste e a produção nessa nova fábrica nos proporcio-nará ganhos de logística, que nos permitirá reduzir os custos de distribuição no Brasil e também nas exportações”, explica.

os olhares sobre um fenômeno urbano que causava muito transtorno para a população local e hoje vai sendo visto como uma opor-tunidade de ocupação dos espaços públicos de maneira diferenciada. Já tem comida de rua, food truck, muita coisa acontecendo ali no entorno”, disse o prefeito Fernando Had-dad durante o anúncio da sanção do projeto de lei, de autoria do vereador José Police Neto. Atualmente, o Elevado Costa e Silva fecha para carros a partir das 21h30, de se-gunda a sexta-feira, reabrindo às 6h30 do dia seguinte. Aos sábados, o trânsito de veículos é interrompido às 15h, e pedestres e ciclistas

podem usufruir do Minhocão até as 6h30 de segunda-feira. A via também fecha para car-ros nos feriados. O Minhocão é objeto de discussão desde a sua inauguração, em 20 de janeiro de 1971, pelo seu conceito viário muito próximo às janelas dos prédios residenciais de todo o seu entorno. Nos últimos anos diversas pro-postas foram discutidas, como a demolição do elevado ou a transformação completa do ambiente em um parque, incluindo a insta-lação de vegetação apropriada. Seja qual for a solução, a tendência de desativação do es-paço viário para a circulação de veículos mo-torizados é muito forte para os próximos anos.

interbuss | 13.03.201622

RODOVIÁRIA DE JACAREÍ Terminal foi inaugurado no ano de 2011

VIAGENS & MEMÓRIAMARISA VANESSA N. CRUZ | ideiaselembrancas@gmail.com

Conhecendo a Rodoviária de Jacareí A Rodoviária de Jacareí foi inau-gurada em 26 de novembro de 2011, no bairro Jardim Marcondes, oferecendo uma ampla estrutura e localização, substituindo a antiga, que ficava no centro da cidade. Ali partem ônibus urbanos para Santa Isabel, Igaratá, Mogi das Cruzes via Guararema, Santa Branca, e de passagem passam duas linhas para São José dos Campos (uma direta via Dutra e a a outra, via Satélite), e uma linha municipal, a 23, que parte do Jardim Luiza, em direção ao bairro de Nova Jacareí. Mas é somente al-guns horários que passam na rodoviária, outros não passam. E partem também ônibus rodoviários para São Paulo, Campinas, Atibaia, Caraguatatuba via Salesópolis, Rio de Janeiro e outras principais cidades brasileiras. Fui conhecer a cidade a partir de um encontro de entusiastas da APBus, organizado a partir de Mogi das Cruzes. Após pegarmos o trem, caminhamos até o terminal urbano da cidade, localizado na estação Estudantes, em direção ao ponto final atendido pela Viação Jacareí. Aos sábados, o intervalo é em mé-dia, de 1 hora. No mês passado, embarquei no ônibus da linha Artesp 8015, em um Marcopolo Torino da geração 2007, prefixo 1997 da Viação Jacareí, e antigo 25534 da carioca Matias. Era meio-dia. A Viação Jacareí mantém alguns ônibus com a pintura tradicional, exclusi-vo para linhas Artesp, e fretamentos. Com o surgimento da EMTU no Vale do Paraíba, maioria de seus veículos estão pintados nas cores padronizadas da EMTU, tanto para linhas de dentro do Vale quanto para linhas cortando cidades da Grande São Paulo, como a linha 208 que liga Mogi a Guararema. Após a partida, em frente ao Ter-minal Estudantes, o ônibus fez uma volta no centro de Mogi das Cruzes e entrou na rodovia SP-66 em direção a Guararema. Chegando em Guararema, desci do ôni-bus após 45 minutos de trajeto, parei para almoçar, e duas horas depois embarquei na mesma linha para Jacareí, no prefixo 1987, mesmo modelo, e também ex-Ma-tias. Quarenta e cinco minutos depois, o ônibus atravessou o centro da cidade, e minutos depois, estacionou na nova rodoviária. Lá é possível fotografar ônibus, desde que não esteja no asfalto, para não atrapalhar a manobra dos ônibus. São 9

COLUNAS

plataformas, mais a plataforma A, que atendem ônibus urbanos para São José dos Campos e uma linha municipal.

O que vimos na rodoviária de Ja-carei é que, acompanhando o desenvolvi-mento natural da cidade, foi importante

13.03.2016 | interbuss 23

construir uma nova rodoviária, apesar de não ter como expandir a área do local an-terior por ser uma região de alta concen-

tração de pessoas, e por estar localizado no centro da cidade. A solução era con-struir em um lugar um pouco afastado, a

partir de um terreno vazio, sem a neces-sidade de demolições de residências, in-dústrias, comércios...

interbuss | 13.03.201624

Viação Itapemirim S/A e coligadas entram com pedido de recuperação judicial no ES A Viação Itapemirim S/A e em-presas menores do conglomerado deram entrada na segunda-feira (07), na Justiça Estadual, em Vitória, no processo de recu-peração judicial e extrajudicial, que fun-ciona mais ou menos como o antigo pedi-do de concordata preventiva. À causa, foi dado o valor de R$ 300 milhões, conforme consta do processo de número 0006983-85.2016.8.08.0024, iniciado pela petição de número 201600277490 . A ação foi distribuída ontem mesmo, por sorteio, para a 13ª Vara Cível Especializada Empre-sarial de Recuperação Judicial e Falência. A recuperação judicial é um meio jurídico que permite à companhia manter suas atividades reduzindo as despesas com ju-ros e despesas gerais, salvaguardando os salários e direitos dos quase 1,6 mil fun-cionários. Em comunicado à imprensa, a Itapemirim atribuiu à crise financeira e econômica o pedido de recuperação judi-cial e garante os compromissos com fun-cionários e fornecedores. Fazem parte do pedido, cujo advogado é Gilberto Giansante, a Trans-portadora Itapemirim, Ita Itapemirim Transportes S.A, Imobiliária Bianca Ltda., Cola Comercial e Distribuidora Ltda. e Fle-cha S.A Turismo Comércio e Indústria. Se-gundo o assessor de imprensa do grupo, Delamar Cruz, tais empresas são menores e prestavam serviços à empresa. “É preci-so deixar claro que tal medida se trata de uma tentativa judicial cabível de proteger um patrimônio do Brasil e de todo o povo capixaba, além dos direitos trabalhistas”, disse Delamar. O advogado da empresa, Gilberto Giansante, foi contatado pela redação do site Aqui Notícias, mas disse que preferia deixar a empresa se manifestar primeiro para depois anunciar as providências que serão tomadas.

Explicação jurídica O advogado Marcos Vinicius Pin-to Beiriz Soares explicou que no caso da

recuperação judicial, a empresa tem 60 dias para apresentar um plano de paga-mento de trabalho que engloba o paga-mento a credores que suspende a dívida. Este prazo de 60 dias conta a partir da data despacho do juiz da 13ª Vara Cível Especializada e é concedido caso a docu-mentação da empresa esteja correta. “Os credores, por sua vez, têm até 180 dias para aprovar esse plano. Neste prazo, a empresa continua trabalhando normal-mente, com os juros de mora suspensos”, disse. “Depois de aprovado o plano pelos credores, a empresa, cumprindo o esta-belecido, pode continuar a operar. Caso o plano não seja aprovado, é decretada a falência da empresa e o juiz nomeia um administrador judicial, preferencialmente graduado em Direito, Administração ou Contabilidade”, explicou, acrescentando que, nesta hipótese, o administrador re-sponde como se fosse dono da empresa. “Tudo tem que ser feito de uma maneira correta e transparente porque ele tem que prestar contas a todo mundo”, finalizou. Segundo o integrante da Comissão de Assuntos Tributários da Ordem dos Ad-vogados do Brasil (OAB), o advogado José Eduardo Ramos, o pedido de recuperação judicial é um processo judicial e extraju-dicial feito por empresas para pedido de insolvência; quando uma empresa tem mais passivos que ativos. O pedido pos-sibilita a reestruturação de empresas em dificuldades, visando a manutenção da fonte produtiva e os empregos. É concedi-da à empresa uma moratória legal a fim de que seu passivo possa ser renegociado – praticamente congelado, sem a incidência de juros sobre juros - e reestruturado em conjunto com seus credores, buscando-se condições efetivas para a plena superação da ‘crise’, o que pode evitar a falência da empresa em questão. A data da distribuição da recu-peração judicial tem grande importância uma vez que é a partir desta data que são definidos os créditos sujeitos ou não ao processo de recuperação. Os princi-pais objetivos da recuperação judicial,

Folha Vitória | notícias

segundo o advogado José Ramos, são a manutenção da fonte produtora, dos em-pregos dos trabalhadores, dos interesses dos credores, da preservação da empresa, da preservação da função social e estimu-lar à atividade econômica.

A empresa A Viação Itapemirim é um grupo formado por empresas que atuam em di-versos segmentos e setores, segundo in-formações colhidas na Internet. Formam o grupo o Complexo Pindobas, nos setores agrícola e agropecuário; Itapemirim Car-gas, transporte de cargas; Viação Kaissara, no setor de transporte; Rede Flecha, ho-telaria e alimentação; Marbrasa, minera-ção; Fiat Cola e Samadisa, veículos e au-topeças; entre outros. A Viação foi fundada em 4 de ju-lho de 1953, em Cachoeiro de Itapemirim em apenas nove anos passou de Socie-

CriseA GRANDE MATÉRIA

O pedido visa salvaguardar o patrimônio da empresa e evitar que haja uma possível falência e que garanta um tempo para que as dívidas comecem a ser pagas

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Viação Itapemirim S/A e coligadas entram com pedido de recuperação judicial no ES

dade Ltda para Sociedade Anônima. O empresário Camilo Cola aproveitou toda a sua experiência no ramo de transporte adquirida na Empresa de Transportes Au-tos Ltda, que pode ser considerada a raiz da futura Viação Itapemirim. Nestes quase 63 anos de existên-cia, a empresa diversificou seus serviços, ampliou sua área de atuação e remodelou totalmente a frota de ônibus, no caso com o Tribus, primeiro ônibus de três eixos no país. Na ocasião, seus veículos passaram a ter uma nova cor. Sempre interagindo com a co-munidade e com a cidade de Cachoeiro, a Viação Itapemirim participa de diversas ações sociais, com projetos nos quais tem parceria com outras empresas. Segundo o ranking do setor já chegou a ocupar o primeiro posto no transporte rodoviário de passageiros do Brasil e da América Lati-na. No seu auge, a empresa adquiria cerca

de 125 ônibus todos os anos.

Comunicado da empresa “A diretoria da Itapemirim vem a público informar que protocolou, sob responsabilidade do escritório especia-lizado Giansante Advogados Associados, nesta segunda-feira, dia 7 (ontem), um pe-dido de recuperação judicial na 13º Vara Cível Especializada Empresarial de Vitória/ES, envolvendo as empresas Viação Itape-mirim, Transportadora Itapemirim, ITA - Itapemirim Transportes, Imobiliária Bi-anca, Cola Comercial e Distribuidora e Fle-cha Turismo Comércio e Indústria. A medida foi tomada principal-mente pelo agravamento da conjuntura financeira e econômica pela qual passa o país e considerada a melhor decisão em razão do quadro atual. Seu objetivo é dar continuidade às atividades das empresas citadas, pro-

mover o equilíbrio financeiro das empre-sas, garantir os compromissos com fun-cionários e fornecedores e perpetuar as operações presentes e futuras, a partir de um plano de negócios estruturado a ser aprovado pelos credores. A Itapemirim tranquiliza os atuais e ex-funcionários – cujas demissões foram necessárias em função do momento econômico desfavorável - e pede um voto de confiança para esse momento de tran-sição. Pelo potencial econômico e de consumo do Brasil, pela força que tem o nome Itapemirim dentro do setor de transporte, construído em mais de 60 anos de bons serviços, a Itapemirim acredita que em médio prazo começará a apresentar os resultados positivos ne-cessários para poder dar continuidade normal às suas atividades”, informa o co-municado.

O pedido visa salvaguardar o patrimônio da empresa e evitar que haja uma possível falência e que garanta um tempo para que as dívidas comecem a ser pagas

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O pedido de concordatada Viação ItapemirimApesar de todo mundo já saber da situação financeira precária daViação Itapemirim, o pedido de concordata da empresa na semanapassada caiu como uma bomba entre os colecionadores, entusiastase fotógrafos de ônibus de todo o Brasil. O assunto, definitivamente, foio mais comentado nas redes sociais, nos sites especializados emtransporte e nos fóruns específicos.

REDE SOCIAL O SEU ESPAÇOAQUI NA INTERBUSS

AS MELHORES DO FACEBOOK

DEU O QUE FALAR

A possibilidade de voltaà ativa da Busscar após o leilãoUma empresa chilena se interessou na aquisição do que sobrou daBusscar, locada em Joinville e que está fechada desde o decreto desua falência pela justiça local. A notícia agradou os fãs da empresa,que ainda sofrem com a falta de novos modelos da empresa aqui noBrasil. O assunto deu o que falar nas redes sociais e nos sitesespecializados em transporte.

Icaro Chagas | Marcopolo Torino MBB OF-1722MDiego Almeida Araújo | Cao Foz Super MBB OF-1218

Icaro Chagas | Neobus Mega MBB OF-1722MTôni Cristian | Comil Svelto Volksbus 17 230 EOD

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Aqui publicamos a foto de ônibus mais bonita da semana, colhida em redes sociais.Não são consideradas fotos publicadas em sites pessoais ou em outros sites.

O SEU ESPAÇOAQUI NA INTERBUSS

A possibilidade de voltaà ativa da Busscar após o leilãoUma empresa chilena se interessou na aquisição do que sobrou daBusscar, locada em Joinville e que está fechada desde o decreto desua falência pela justiça local. A notícia agradou os fãs da empresa,que ainda sofrem com a falta de novos modelos da empresa aqui noBrasil. O assunto deu o que falar nas redes sociais e nos sitesespecializados em transporte.

DICA DE COMUNIDADE

Marcopolo Torinohttps://www.facebook.com/groups/246840418775599/

A FOTO DA SEMANA

Kevin WillianMarcopolo Torino Volvo B58 | São José

Grupo criado para postagens de fotos e informações sobre os ônibus com acarroceria Torino, da Marcopolo, em todas as suas gerações. O grupo é fechado e necessita de autorização prévia para acessar.

Diego Almeida Araújo | Cao Foz Super MBB OF-1218

Icaro Chagas | Neobus Mega MBB OF-1722M

SEM FRONTEIRAS | www.semfronteirasfotos.com.br

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FOTOS DA SEMANA

Rafael CaldasBusscar Jum Buss 380 Volvo B12R | Itapemirim

UMA SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOSPUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

Rafael CaldasMarcopolo Paradiso G7 1200 Scania K420 | São Geraldo

Douglas AndrezMarcopolo Paradiso G7 1800DD Scania K360 | Tocantins

Douglas AndrezMarcopolo Paradiso GV 1150 MBB O-400RSD | Lopestur

Rafael CaldasMarcopolo Torino MBB OF-1721 | Catedral

Douglas AndrezBusscar El Buss 360 Scania S112 | Viação Paraúna

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UMA SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOSPUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

Rafael CaldasCaio Apache Vip MBB OF-1721 | Pendotiba

Rafael CaldasMarcopolo Paradiso GV1800DD Scania K113 | Macacari

Douglas AndrezMarcopolo Paradiso G7 1800DD Scania K400 | JJ Tur

Rafael CaldasMarcopolo Paradiso G7 1200 MBB O-500RSD | Motta

Douglas AndrezMarcopolo Paradiso G7 1800DD Scania K440 | Matriz

Rafael CaldasComil Campione 3.65 MBB O-500RSD | Novo Horizonte

Envie o endereço da sua galeria, juntamente com uma ou duas fotos com a descrição do ônibus fotografado e fazemos adivulgação neste espaço, sem custo algum! Mande um e-mail para revista@portalinterbuss.com.br com os dados e aguarde!ENVIE SUA FOTO!

SEM FRONTEIRAS | www.semfronteirasfotos.com.br

interbuss | 13.03.201630

MERCADO

GreenChem fornece Arla 32 para a T. Francisconi A necessidade de não desviar o foco do negócio motivou a Transportes Fran-cisconi, de Criciúma (SC), a buscar no mer-cado um novo fornecedor de Arla 32 para abastecer sua numerosa frota de caminhões. Os equipamentos para Arla 32 que tinha já não estavam mais correspondendo às ex-pectativas. Outras empresas tentaram ofe-recer seus serviços, mas nenhuma agradou. Foi a GreenChem, especialista na produção e distribuição de Arla 32 e no fornecimento de soluções profissionais para o seu abaste-cimento, que apresentou a melhor alternati-va. As negociações foram rápidas e a parceria firmada. Desde novembro de 2015, as uni-dades de Criciúma e Itapeva (SP) da Trans-portes Francisconi estão recebendo o Ala-r4you, a marca da GreenChem do Arla 32, em sistemas de abastecimento totalmente produzidos no Brasil pela GreenChem. São tanques de armazenamento com capaci-dade total de 5.000 litros, equipados com Telemetria – com monitoramento diário de estoque realizado pela central da Gre-enChem – e com sistema de emissor de pulsos, que libera a informação do abaste-cimento para que o cliente disponibilize este dado dentro do seu sistema de gestão de frotas, permitindo um maior controle do seu consumo. A GreenChem foi a única empresa que propôs uma solução completa para as duas unidades da Francisconi, localizadas em regiões distintas do Brasil. “O que a GreenChem nos apresen-tou foi exatamente o que estávamos buscan-do: um projeto especial para atender as ne-cessidades da frota e que, ao mesmo tempo, nos permite destinar nosso tempo a funções mais importantes para o negócio. Hoje, te-mos a operação de fornecimento do Arla 32 totalmente automatizada e gerenciada por eles. Uma solução completa e competitiva. É importante destacar também a superiori-dade na qualidade do produto. Estamos bas-tante satisfeitos”, afirma Nezio Francisconi, diretor operacional da Francisconi. De braços abertos

A antiga operação de abasteci-mento de Arla 32 da Transportes Francisconi acabou abrindo as portas para a chegada da GreenChem, que foi recebida de braços a-bertos. De equipamentos inapropriados, pas-sando, principalmente, pela necessidade de ter equipamentos profissionais para garantir a qualidade do produto armazenado, maior controle de consumo e tranquilidade por meio do gerenciamento on-line, tudo somou pontos na negociação. “Também foi determinante no processo a consulta que a Francisconi fez a outros clientes da GreenChem que utilizam nossos sistemas, serviços e produto. Nada melhor do que a opinião de quem já co-nhece e pode atestar a qualidade. Fazemos isso com a maior tranquilidade porque

Da GreenChem | assessoria

temos a certeza do tipo de produto e de serviço que oferecemos. Estamos seguros de que conseguimos atender plenamente às expectativas da empresa: garantia de qualidade e de suprimento, facilidade de operação e maior controle do consumo”, elenca Achille Liambos, diretor geral da Gre-enChem no Brasil. Nezio Francisconi ratifica a afirma-ção do diretor: “O equipamento anterior, um tanque de plástico de 3 mil litros manual, de-mandava muita atenção e tempo, pois tinha que ser controlado pela transportadora. Com a solução da GreenChem toda a gestão é ele-trônica, on-line. Agora, temos equipamentos modernos e mais fáceis de gerir. A pratici-dade faz uma enorme diferença. É tudo mais rápido”, finaliza.

Fornecedores

Tradicional transportadora da cidade de Criciúma, em Santa Catarina, fechou aparceria com a empresa Green Chem para o fornecimento do aditivo Arla32

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