Revista Lions Clube Americana Centro | 60 anos

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E D I Ç Ã O ES P E C I A L | 2 0 1 5 A M E R I C A N A - C E N T R O Jubileu Lions Clube Americana Centro comemora 60 anos de atividades História A trajetória do clube, seus personagens e principais realizações CPC Inclusão social de Pessoas com Deficiência Visual

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Revista criada especialmente para comemorar o Jubileu do Lions Clube Americana Centro

Transcript of Revista Lions Clube Americana Centro | 60 anos

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EDIÇÃO ESPECIAL

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JubileuLions Clube Americana Centro comemora 60 anos de atividades

HistóriaA trajetória do clube, seus personagens e principais realizações

CPCInclusão social de Pessoas com Deficiência Visual

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Fundado por Melvin Jones em 1917, o Lions Internacional tem atual-mente 46 mil clubes e 1,36 milhão de associados em todo o mundo, o que lhe garante o título de maior organização de clubes de serviços do mundo voltada para ofícios humanitários. Em todos eles, os as-

sociados fazem tudo que é necessário para ajudar suas comunidades locais. Muito mais do que um clube de serviço, o Lions Clube Americana Centro

é hoje o principal pilar do Centro de Prevenção à Cegueira (CPC), que aten-de Pessoas com Deficiência Visual e seus familiares de Americana, Santa Bárbara d’Oeste, Sumaré e Nova Odessa.

Focados neste trabalho, seus associados - leões e domadoras - dedicam seu tempo livre para arrecadar capital para manter o CPC, uma das únicas instituições voltada para o desenvolvimento da autonomia da Pessoa com Deficiência Visual da região onde atua.

Esta revista é uma edição especial que comemora 60 anos de um clube voltado a ajudar o próximo e está recheada de histórias, conquistas e amor.

Você poderá acompanhar como tudo aconteceu, porque escolhemos criar uma instituição voltada às Pessoas com Deficiência Visual, rir e cho-rar com relatos emocionantes, ler entrevistas com nossos associados mais antigos, com o governador do distrito e com a idealizadora do CPC.

E, por falar na instituição especialmente amada por nós, reservamos al-gumas páginas para que você a conheça, saiba como e porque ela nasceu, entenda nossos objetivos e conheça o lindo trabalho desenvolvido há 25 anos por profissionais dedicados e apaixonados pela causa.

Desejamos que esta revista seja apenas um aperitivo para que você se interesse por nossa causa, venha conhecer de perto nosso trabalho, nos-sos profissionais e todos os usuários. Fica aqui nosso convite. O CPC esta-rá sempre de portas abertas para você!

Boa leitura!

Família lions Clube ameriCana Centro

Editorial As gerações da família Schneider simulam o passado, o presente e o futuro do Lions Clube Americana Centro. Pai e filho, Américo e José Eduardo, que sempre se dedicaram ao clube, e o neto, Guilherme, em alusão aos próximos anos.

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O pin comemorativo tem como objetivo demonstrar a relação do Lions Clube Americana Centro com o Centro de Prevenção à Cegueira (CPC), através da ilustração simbólica da córnea, representada pelo logotipo do Lions, tendo como base de sustentação uma faixa que simula os 60 anos de serviços prestados à comunidade.

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Nossos mais de 1,35 milhão de associados em 206 países e regiões geográficas são muito diferentes em diversos aspectos, mas todos nós acreditamos no mesmo ideal: a comunidade é o que fazemos dela.

Lions Clube Americana CentroAvenida Bandeirantes, 2660, Loteamento Industrial Machadinho, Americana/SP19. 3461.6364

Conselho editorialCarlos Barbosa, Edison Carone, Katrus Santarosa, José Eduardo Schneider, José Roberto Bueno e Ricardo Yoshio Picioli

Projeto gráfico e editorial

Jornalista responsávelJuliana Freitas MTB: 31.805

TextosJuliana Freitas e Amanda Sabino

ImpressãoGráfica Paineiras

REVISTA 60 ANOS

EXPEDIENTE

EDIÇÃO ESPECIAL

9MENSAGEM DO GOVERNADOR

10 à 1960 ANOS DE HISTÓRIA E ESTÓRIAS

20 e 21A TRADIÇÃO DA FESTA ALEMÃ E AGENDA DE EVENTOS

22 e 23ENTREVISTA COM OS ASSOCIADOS MAIS ANTIGOS

24 à 27INAUGURAÇÃO DA PLACA DE 60 ANOS

SUMÁRIO

27 à 29FLASHES DO ALMOÇO DE 60 ANOS

32 e 33NOSSOS LEÕES E DOMADORAS

35 à 37ENTREVISTA COM A IDEALIZADORA DO CPC DEISE FERNANDES

38 à 42O MUNDO COLORIDO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL

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DIVULGAÇÃO

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O Lions Clube Americana Centro é, hoje, uma das mais produtivas células de trabalho desinteressa-

do dentro de nossa comunidade.Muitos desconhecem que isto é

uma consequência lógica da perseve-rança de Melvin Jones que idealizou e junto com de vários companheiros fundou em 1917 o primeiro clube des-te porte, jamais imaginando a reper-cussão que seu gesto significaria pa-ra o estreitamento dos laços frater-nos de milhares de homens e mulhe-res espalhados pelo mundo.

A chama de sua ideia se propa-gou como fogo no rastilho de pólvo-

ra, propiciando em muitos o desejo e a vontade de servir desinteressada-mente aos seus semelhantes.

Somos hoje uma imensidão em potencial, ansiosa para colaborar em qualquer esfera da coletividade, para a qual sejamos chamados.

Enganam-se aqueles que, por des-conhecerem as raízes do leonismo, pensam que nos reunirmos em ale-gres jantares, com boas comidas e be-bidas, para um agradável passatem-po, sem nada de útil a produzir.

A mensagem imortal de Melvin Jones tem levado milhares de Lions Clubes, espalhados pelo mundo in-teiro, realizarem significativos tra-

balhos em benefício de suas cidades e de seus países, irmanados numa comunhão de esforços e do propó-sito de servir.

O testamento deste homem de bem é o que nos entusiasma e nos le-va a programações e realizações, com grande dose de presteza e eficiência.

Em qualquer de nossos trabalhos emerge a gigantesca figura de Mel-vin Jones a nos guiar e a nos orien-tar, sem nunca pensarmos em van-tagens pessoais.

Melvin Jones, para nós, é o pró-prio leonismo, nascido e entribado em ideais fraternos. REPRODUÇÃO DA REVISTA LIONS CLUBE AMERICANA CENTRO - 40 ANOS

O grande responsávelDI

VULG

AÇÃO

MELVIN JONES

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O Lions Clube é considera-da a maior organização não governamental em ação no mundo. É uma

associação civil privada, sem fins lucrativos, com autonomia de ação que segue as orientações e atende ao estatuto da maior organização mundial de serviços comunitários: o Lions Clube Internacional.

Está presente em 208 países, por meio de 46.494 clubes, que reúnem 1.389.045 associados, de acordo com o Informe Oficial de Afiliação datado de março de 2015.

ONDE ESTAMOSDistrito LC3 corresponde a mu-nicípios do Estado de São Paulo e Minas Gerais. O Distrito LC3 é

formado pelas regiões 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9. Americana pertence à região 2, divisão 2C, composta pe-los Lions Clubes de Americana e Santa Bárbara d’Oeste.

NOSSAS CORESAs cores oficiais do Lions Clube são o roxo e o dourado, que pos-suem importantes significados. O roxo representa a majestade, a realeza, a lealdade e a integridade.

O dourado é sinônimo de pure-za, sinceridade, liberalidade, ge-nerosidade e caridade.

Todo membro do Lions é um voluntário por excelência e tem como missão “servir”. De acordo com a definição da ONU (Organi-zação das Nações Unidas), “volun-

tário é todo jovem ou adulto que, devido ao seu interesse pessoal e espírito cívico, dedica parte de seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividade, or-ganizadas ou não, de bem-estar social ou outro campos”.

No Brasil, são 42.380 associa-dos que pertencem a 1.549 clubes. Somos o país da América Latina líder em número de leões.

A história do Lions Internacio-nal começa em 1.917, com nos-sa primeira Convenção, realiza-da em Dallas, Texas, nos EUA. A data é reverenciada até hoje pelos clubes do Lions em todo o mun-do, que realizam atividades bene-ficentes para rememorar o propó-sito de fundação.

Maior clube de serviço mundial reúne cerca de 1,4 milhões de associados Na América Latina, Brasil é o país com o maior número de Leões

o lions clube a serviço do mundo

QUEM SOMOS

Local Associados ClubesMundo 1.389.045 46.494Área 3* 100.769 3.999Brasil 42.380 1.549Distrito LC3 1.758 70Americana 51 2

*América do Sul, América Central, Caribe e México

LIONS CLUBE

PRESENTE EM 208 PAÍSES DO MUNDO

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É com muito orgulho que participo desde outubro de 2011 desta res-peitada entidade, o Lions Clube Americana Centro. São quatro anos atuando como companheiro leão, participando e colaborando em projetos que beneficiam a nossa comunidade.

Sinto-me honrado em ter assumido a presidência nos biênios 2013/2014 e 2014/2015 e sei da responsabilidade de conduzir nossas ações, visando a fortalecer nossa missão e dar continuidade nos trabalhos até aqui desenvolvidos. Sei também que nada disso seria possível sem o es-forço de toda nossa diretoria, sempre empenhada em fazer o melhor em benefício daqueles que mais necessitam. 

Este ano celebramos nosso Jubileu de Diamante. São 60 anos de um trabalho árduo iniciado por nobres Companheiros e Companheiras Leões e Domadoras, que se uniram e formaram uma grande família, que já tra-balhou muito para ajudar instituições assistenciais de Americana e, atual-mente, volta todos os seus esforços para o CPC (Centro de Prevenção à Ce-gueira), referência na região e que recebeu em 2014 o Certificado de Exce-lência no Trabalho ISO 9001:2008.

Desejo que o Lions Clube Americana Centro comemore ainda mais dé-cadas de conquistas em prol da comunidade, promovendo cada vez mais a união e a solidariedade entre os membros desse clube.

Carlos barbosa dos santos

Presidente AL 2014/2015

Sarita e Carlos Barbosa, presidente do Lions Clube Americana Centro

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PALAVRA DO PRESIDENTE

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O Lions Clube de Americana Centro, que este ano com-pleta 60 anos de funda-ção, vem mantendo uma

verdadeira história trilhada por Leões, Companheiras Leão e Domadoras valorosos que trabalham com afinco à causa do Servir ao próximo desin-teressadamente, tendo como meta o comprometimento com a causa leonística perante ao próximo.

Neste ano leonístico, a mensa-gem do nosso Presidente Interna-cional “Promover o Orgulho de ser Leão” através do serviço, leva-nos a refletir de forma profunda sobre a importância das nossas ativida-des ao fazermos a diferença nas vi-das das pessoas que necessitam das nossas atividades.

Assim, viver o Lions demanda da iniciativa pessoal de cada associado o orgulho de poder servir ao próximo de forma desinteressada, promoven-do os objetivos do Lions para suprir as necessidades das pessoas, trans-formando suas vidas em realizações, para reduzir a desigualdade social. O Lions Clube Americana Centro, atra-

vés de seus associados, vem agindo com muita responsabilidade e é um dos principais clubes do nosso Distri-to LC3, destacado na nossa comuni-dade pela expressiva liderança no seu quadro social e no seu histórico de 60 anos de grandes realizações.

Ao virar mais uma página de sua história de Serviços na cidade de Americana, assume com alegria o seu passado e motiva seus associa-dos em manter a chama viva com olhar para o futuro, abrindo com ousadia novos horizontes e cami-nhos que levam a preservar o suces-so do passado e construir um futu-ro ainda mais fortalecido e, com is-so, fazendo valer as sábias palavras de Melvin Jones: “Você não pode ir muito longe enquanto não começar a fazer algo pelo próximo.”

Fundado em abril de 1955 por ho-mens líderes e abnegados, que sou-beram fomentar realizações de ativi-dades voltadas para ajudar os mais carentes, denotando com isso a me-dida exata da capacidade de lide-rança de seus associados de man-ter, constantemente, a chama viva

Mensagem do Governador

do ideal de servir a comunidade, em constante renovação na trajetória do Clube.

Desde a sua fundação, o Lions Clube Americana Centro está pre-sente em momentos marcantes da história do município deixando sua participação registrada nos quatro cantos com a sua trajetória, oportuni-zou várias conquistas para a comuni-dade americanense.

A luta e a longevidade deste clube, principalmente em atividades huma-nitárias, é uma constante conquis-ta e, a cada ano que se passa, for-talecem ainda mais os esforços pa-ra cumprir rigorosamente o Código de Ética do Leão e os propósitos do Lions Internacional.

Essa magnífica história faz com que nos sintamos privilegiados co-mo Governador do Distrito, ao com-partilhar desses momentos especiais da história de êxito do Lions Clube Americana Centro.

Queremos compartilhar com to-dos os Associados do Lions Clube Americana Centro a grande alegria e o prazer desta comemoração dos 60 anos de história de sucesso, nota-damente por abrilhantar a nossa tra-jetória, na qualidade de Governador do Distrito LC3.

dG elia YousseF nader e leCY

Governador AL 2014/2015

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Uma viagem pela trajetória do Lions Clube Americana Centro, com fotos, depoimentos e matérias que contam a história do clube que nasceu para ajudar o próximo

HISTÓRIA

Idealizado e fundado por Melvin Jones em 1917, o Lions Clube tem como mis-são servir e ajudar os mais

necessitados, apoiando o poder público, por meio da união de esforços de seus membros, de-nominados leões e domadoras. Em Americana, a semente plan-

tada por Jones surgiu a partir da união de um grupo de cidadãos decididos a trabalhar em prol da cidade, que se empenhou para a fundação de um Lions Clube.

Em 12 de abril de 1955, com 21 associados inscritos, foi fun-dado o Lions Clube America-na Centro. A solenidade contou

também com a presença de de-legações de São Paulo, Campi-nas e Piracicaba.

Dois anos após a fundação, o Lions Clube Americana Centro re-cebeu sua Carta Constitutiva, tra-zida e entregue por Cid Navajas, companheiro leão e Governador do Distrito L-Centro, ao qual per-

60 anos de dedicação à comunidade

1955 Primeira reunião com a participação das domadoras, ocorrida no dia 10 de maio. Na ocasião, também foi comemorado o Dia das Mães.

1955 Ata de Fundação do Lions Clube Americana Centro. Realizada em 19 de abril, a cerimônia contou com a presença de 21 associados inscritos, além das delegações das cidades de São Paulo, Campinas e Piracicaba.

1957 O Lions Clube Americana Centro recebeu sua Carta Constitutiva durante reunião festiva realizada no dia 4 de maio. A Carta foi entregue por Cid Navajas, Governador do Distrito L-Centro, ao qual pertencia o clube na época.

1960 Criação do Lions Clube de Santa Bárbara d’Oeste em 13 de maio. Na ocasião, os padrinhos foram Achiles Zanaga Camargo Neves e Emil Zogbi.

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Uma viagem pela trajetória do Lions Clube Americana Centro, com fotos, depoimentos e matérias que contam a história do clube que nasceu para ajudar o próximotencia o clube na época. O docu-mento fez com que o Lions Clu-be Americana Centro fizesse par-te oficialmente da comunidade leonística internacional.

O primeiro presidente foi o Dr. Nicolau João Abdalla, lem-brado até os dias atuais em no-mes de avenidas da cidade. Ab-

dalla realizou um importante trabalho em prol da comunida-de americanense local e do pró-prio clube, evitando, inclusive, sua dissolução.

Em seus primórdios, o clube realizava campanhas, rifas, bin-gos e jantares para arrecadar fundos para as entidades assis-

tenciais necessitadas do muni-cípio. Porém, desde 1990, com o surgimento do CPC (Centro de Prevenção à Cegueira), todas as verbas arrecadadas pelo clube são destinadas à entidade, que atende Pessoas com Deficiên-cia Visual da região e cresce cada vez mais.

1960 Bazar Beneficente realizado pelas domadoras.

1961 Convenção Distrital realizada em 24 de setembro, em Ribeirão Preto.

1964 XI Convenção Nacional de Lions Clubes em Salvador (BA), realizada de 19 a 23 de maio. Cerca de 500 leões foram para a convenção a bordo de um navio. Os clubes também desfilaram pelas ruas da capital baiana.

60 anos de dedicação à comunidade

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HISTÓRIA

1965 XII Convenção Nacional de Lions Clubes do Brasil, realizada no Rio de Janeiro. Na foto, da esquerda para a direita, Nelinha, Raymundo, Dr. Lobo, Cecília, Cid Franco, Lili, Hugo Luchiari, Célia e João Honsi desfilando pelas ruas de Copacabana com o nome de Americana escrito em formato de cones de fios, em alusão às tecelagens da cidade.

1968 XV Convenção Nacional de Lions Clubes, realizada em Porto Alegre (RS), de 15 a 18 de maio.

1965 Jantar festivo durante a presidência de Raymundo Barros e Nelinha.

1967 Primeiro Fórum Leonístico para Dirigentes, realizado em 18 de novembro, em Americana, durante a presidência de Atílio Boschero.

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LÍSIO BERTONICasado com Maria Pinese Bertoni, de uma tradicional família americanense, o campineiro Lísio Bertoni escolheu a cidade de Americana para implantar seu comércio e, posteriormente, as tecelagens Bertamar, Anhanguera e Bertoni Têxtil Ltda. O contador e empresário foi sócio-fundador do Lions Clube Campinas Centro, onde ocupou diversos cargos e recebeu o título de Leão Privilegiado. Bertoni foi um dos principais organizadores e co-fundador do Lions Clube Americana Centro, desligando-se do clube em 1982 por não poder mais comparecer às reuniões e eventos com a frequência que desejava.

LÍVIO THOMAZComerciante e professor de Matemática, o campineiro Lívio Thomaz Pereira era casado com Yolanda Pereira. Sócio-fundador do Lions Clube Campinas Centro, ele recebeu os títulos de Cidadão Campineiro e Amigo de Campinas, além de ser agraciado com a medalha Euclides da Cunha e com o Troféu Cedro do Líbano. Também foi organizador e o primeiro Governador do L-5, recebendo o título honroso de Leão Símbolo. Foi co-fundador de vários clubes da região, entre os quais o Lions Clube Americana Centro.

NOSSOS FUNDADORES

1969 Criação do Lions Clube de Americana Norte, presidido por Luiz Caldin e apadrinhado por Sidney de Souza Almeida e Atílio Boschero.

1974 Jantar de aniversário do Lions. Na foto, da esquerda para a direita, Abrahim Abraham, Roberto Barbosa, Dirceu França, Dr. Lobo, Ítalo Scuro, Romeu Luchiari, Lívio Thomaz e João Müller.

1974 Posse de Sarah e Américo Schneider.

1971 Convenção Nacional dos Lions Clubes realizada em São Lourenço (MG), de 17 a 22 de maio de 1971.

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HISTÓRIA

ROBERTO BARBOSACasado com Lizia Vidal Barbosa, o médico paulistano Roberto Barbosa se mudou para Campinas, onde atuou na medicina e ocupou diversos cargos no poder público municipal. Foi agraciado, em 1975, com o Prêmio Andorinha por ser o filantropo do ano, além de receber os títulos leonísticos de sócio Chave de Prata, Monarca Fundador e Grande Monarca.

WANTUHILDES LOBOO médico ginecologista e obstetra Wantuhildes Lobo

- mais conhecido como Dr. Lobo -, casado com Cecília, foi diretor clínico do Hospital São Francisco por três vezes. Co-fundador e presidente do Lions Clube Americana Centro no biênio 1963/1964, Dr. Lobo ocupou cargos leonísticos, no clube e no distrito, sempre com muito empenho, dedicação e entusiasmo.

ÍTALO SCUROEmpresário do ramo industrial em Americana, Ítalo Scuro contribuiu significativamente com o desenvolvimento do município, em especial no ramo têxtil. Foi responsável por fomentar a Fidam (Feira Industrial de Americana), dotando-a, inclusive, de bens patrimoniais próprios. Scuro ocupou diversos postos no Distrito L-5, participando ativamente do Lions Clube Americana Centro e, consequentemente, ajudando a comunidade carente do município.

NOSSOS FUNDADORES

1975 Baile das Debutantes, realizado anualmente pelo Lions Clube Americana Centro. Na ocasião, Vanderlei Macris foi o paraninfo da cerimônia.

1976 Braz Rosolen entrega o cargo e o martelo para Rubens Leal.

1976 Entrega de camas e colchões para o Asilo.

1976 Doação de um fogão.

FOTOS: ARQUIVO PESSOAL

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1990 Criação do CPC (Centro de Prevenção à Cegueira), com sede provisória no Colégio Dom Pedro.

1995 Comemoração do 40º aniversário do Lions Clube Americana Centro durante a presidência de Lourival Arbix.

1985 Inauguração do monumento do Lions durante a comemoração de seu 30º aniversário.

1984 Baile das Debutantes, realizado pelo Lions Clube Americana Centro no Rio Branco.

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HISTÓRIA

DIRCEU FRANÇAPresidente do clube no 50º aniversário do Lions Internacional, o empresário Dirceu França também foi um dos fundadores do Lions Clube Americana Centro. Ocupou o cargo de presidente do clube no biênio 1966/1967, contribuindo significativamente com as atividades em prol do clube e com o desenvolvimento de Americana como um todo.

MAIS LEÕESO Lions Clube Americana Centro também homenageia os companheiros leões Hugo Luchiari, Valdemar França e Francisco Loureiro. Além de Geraldo Pereira, Atílio Dextro e Osmani Bellan (in memorian) por todos os anos de luta, dedicação e trabalho junto ao Lions Clube Americana Centro.

NOSSOS FUNDADORES

2014 A equipe do CPC recebe o Certificado de Excelência no Trabalho ISO 9001:2008.

2015 Inauguração da placa comemorativa do Jubileu de Diamante (60 anos) do Lions Clube Americana Centro.

MARCELO ROCHA_O LIBERAL

19. 3405.653219. 3405.704419. 3405.661819. 9 9880.3929tantas.com.brRua Pernambuco, 120Colina • Americana/SP

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55/56 | CL Nicolau João Abdala56/57 | CL Elias Barbosa57/58 | CL Emil Zogbi58/59 | CL Italo Scuro & Mary59/60 | CL Achiles Z. de C Neves & M. Claudia60/61 | CL Cid Almeida Franco & Lili61/62 | CL Orlando dei Santi & Odete62/63 | CL Antônio Pantano & Ivanise63/64 | CL Wantuhildes I. Lobo & Cecilia64/65 | CL Cidelio Medon & Doracy65/66 | CL Raymundo S de Barros & Nelinha66/67 | CL Dirceu França & Gladys67/68 | CL Atilio Boschero & Isaura68/69 | CL Sidney Souza Almeida & Clara69/70 | CL Homero Nicolas Kalache & Célia70/71 | CL Miguel Alfredo Malufe Neto & Sônia71/72 | CL José Rubens Leite & Maria Amalia72/73 | CL Joyce Gasparini & Delva73/74 | CL Geraldo Mirandola & Leila74/75 | CL Plinio Zabeu & Claudette

75/76 | CL Braz Rosolen & Terezinha76/77 | CL Rubens G. Leal & Leonilda77/78 | CL Ordival Rondelli & Sílvia78/79 | CL Mauro Luchiari & Wilma79/80 | CL Atilio Boschero & Célia80/81 | CL Antônio G. Pacheco & Maria José81/82 | CL Adalcy M. Penteado & Ermelinda82/83 | CL Hélio Panhoca & Luiza 83/84 | CL Idney Buzzolini & Cacilda84/85 | CL Braz Rosolen & Terezinha85/86 | CL Américo L. Schneider & Sarah86/87 | CL Adolf Weiss & Anastazia87/88 | CL Waldemar França & Glória88/89 | CL Emerson Assis & Silviane89/90 | CL Vamir Lisa & Maria Aparecida90/91 | CL Jorge A. Guidolin & Katia91/92 | CL José A. Franzin & Cleuseli92/93 | CL Abrahim M A Latif & Arminda93/94 | CL Aladim de Paula Freitas & Magdha94/95 | CL Lourival Arbix & Sylvia95/96 | CL Edison T Botasso & Rose96/97 | CL Sebastião V. Moia & Diva

97/98 | CL Edison T Botasso & Rose98/99 | CL Ordival Rondelli & Sílvia99/00 | CL Antonio Duarte & Filomena00/01 | CL José A Franzin & Cleuseli01/02 | CL Ademir Macetti & Roseli02/03 | CL Ademir Macetti & Roseli03/04 | CL Sebastião V. Moia & Diva04/05 | CL Américo L. Schneider & Sarah05/06 | CL Romeu Luchiari Junior & Margarete06/07 | CL Geraldo Pereira & Eliana06/07 | CL Katrus T. Santarosa & Guadalupe07/08 | CL Carlos Augusto de O Valadão & Suzi08/09 | CL Antonio Duarte & Filomena09/10 | CL Antonio Luiz Bianco & Sola10/11 | CL Antonio Luiz Bianco & Sola11/12 | CL José Roberto Bueno & Neusa12/13 | CL José Roberto Bueno & Neusa13/14 | CL Carlos Barbosa dos Santos & Sarita14/15 | CL Carlos Barbosa dos Santos & Sarita

OS CASAIS PRESIDENTES DO LIONS CLUBE AMERICANA CENTRO

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Incorporada há anos no ca-lendário de eventos da cida-de, a tradicional Festa Alemã realizada pelo Lions Clube

Americana Centro é um evento que promove momentos de lazer e descontração entre os compa-nheiros leonísticos.

O jantar, repleto de saborosas comidas típicas do país, como joe-lhos de porco, salsichas brancas e vermelhas, batatas e chucrutes, é o mesmo desde a primeira edição da festividade, realizada em 1980.

Preparada carinhosamente pe-los leões e domadoras, com o au-

xílio de parceiros e patrocinado-res, a festa reproduz fielmente a origem germânica com suas ri-quezas culturais, indo desde os trajes típicos até as músicas, be-bidas, gastronomia, decorações e todo o clima festivo característico do povo alemão.

“A Festa Alemã é um evento tradicional que reúne toda a co-munidade em prol do CPC. Além de arrecadar fundos, nos diver-timos e ainda divulgamos nos-sas propostas e os trabalhos rea-lizados na instituição, única na região dedicada à autonomia

da Pessoa com Deficiência Físi-ca”, declarou Carlos Barbosa dos Santos, presidente do Lions Clube Americana Centro.

No ano em que o Clube celebra seus 60 anos, a 35ª edição da Fes-ta Alemã acontece no dia 23 de outubro, a partir das 20h00, no Clube do Bosque, em Americana.

Vale lembrar que, além de entre-tenimento e momentos prazerosos ao lado dos companheiros, o even-to tem como objetivo arrecadar fun-dos para o CPC (Centro de Preven-ção à Cegueira), a maior causa e obra assistencial do clube.

Jantar preparado por companheiros leões e domadoras, realizado há 35 anos, visa arrecadar fundos para assistência e reunir amigos e associados

tradição e solidariedade

ARQUIVO PESSOAL

FESTA ALEMÃ

Uma das primeiras festas alemãs organizadas pelos companheiros e companheiras Leões e domadoras

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ABRILJANTAR TÍPICO ITALIANO | Uma festa tradicional que traz os melhores shows e proporciona diversão numa noite agradável!

MAIODESFILE DE MODA BENEFICENTE | Evento que reúne as melhores marcas de roupas, acessórios e calçados.

JULHOTRADICIONAL FEIJOADA | Realizado em um domingo, o evento reúne bom papo, boa música e a deliciosa feijoada.

OUTUBROFESTA TÍPICA ALEMÃ | Há 34 anos serve saborosas comidas típicas, além do tradicional chopp Brahma.

PRINCIPAIS EVENTOSCPCMAIODia do DesafioBingo Beneficente

JULHOBrechó

AGOSTOCurso “Mitos e Verdades”

NOVEMBROBrechó

DEZEMBROVenda de artesanato produzido pelas voluntárias do CPC

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ENTREVISTA

Membros do Lions Clu-be Americana Centro desde 1959, Catarina Fortunato de Barros,

mais conhecida como Nelinha, de 86 anos e Raymundo Soares de Barros, de 90 anos, são o leão e a domadora mais antigos do clube.

Pais de três filhos, Tânia, Mar-cos e Kátia, que também já fizeram parte do Lions, e avós de Marcelo Feola, o Téo, atualmente vereador de Americana e leão, o casal abriu as portas de sua casa para contar fatos históricos do clube, que se mesclam com suas próprias histó-rias de vida. Confira a entrevista!

Quando vocês entraram no Lions e quem os apadrinhou?NELINHA Entramos no Lions em 1959, quando ele tinha quatro anos de fundação e as reuniões aconteciam numa sala do Cine Brasil, onde hoje é o Teatro Mu-nicipal de Americana. Fomos apa-drinhados pelo Homero Nicho-las Kalache e pela Olga Luchiari Kalache, ambos já falecidos.

Como é participar do Lions Clu-be para vocês? NELINHA Modéstia à parte, a gen-te trabalhou bastante pelo Lions e fizemos pelo ato de servir de-sinteressadamente. O Raymun-do nunca foi uma pessoa de apare-cer, mas ele trabalhava nos basti-dores, falando pouco, mas com pa-lavras certas e tinha muito conhe-cimento do protocolo e do que é

Nelinha e Raymundo são a domadora e o companheiro leão mais antigos do Lions Clube Americana Centro e contam um pouco das suas experiências

Eles dedicaram suas vidas ao Lions

ser leão. Éramos muito participa-tivos. O Lions tem as convenções (distrital, nacional e internacio-nal) e estávamos em quase todas. A gente levantava Lions, almoça-va Lions, dormia Lions, respirava Lions. Sabíamos o telefone de to-dos os companheiros de cabeça.RAYMUNDO Frequentei muito a sede do Lions Clube Americana Centro e também visitamos ou-tras sedes. Sempre fui bastante ativo no Lions.

Há algum fato marcante durante todos esses anos?NELINHA O ano em que fomos presidentes, sem dúvidas, mar-cou muito, pois é muita respon-sabilidade ter que dirigir um clu-be. Fizemos também uma via-gem maravilhosa, em 1964, para uma convenção nacional em Sal-vador (BA). Cerca de 500 leões fo-ram para essa convenção a bordo do Navio Rosa da Fonseca, uma espécie de navio-hotel. Quando chegávamos nas cidades e atracá-vamos, os leões locais vinham nos receber com festa e cantando, foi muito bacana. As domadoras tam-bém faziam arranjos para o clube inteiro antes dos eventos e a Ce-cília, esposa do Dr. Lobo, nos en-sinava a fazer todas as flores. An-tes a gente fazia até a comida, ser-via e lavava as louças de um jan-tar pra 400 pessoas. Eu chamava as pessoas para vir aqui em casa, o pessoal conversava, se divertia, dançava e a mamãe falava que eu era louca. Eu explicava que a gen-te adquire confiança em você mes-mo, você acha que é capaz e faz.

O que representa o Lions Clube Americana Centro na vida de vo-cês?NELINHA Eu acho que ninguém avança na vida se não come-ça a fazer alguma coisa pelo pró-ximo. Então, o mais importante do Lions para nós é o próprio le-ma “Quem não vive para servir, não serve para viver”, pois nos-

O mais importante do Lions para nós é o próprio lema “Quem não vive para servir, não serve para viver”

NELINHA FORTUNATO DE BARROS

O Lions foi um começo de uma vida nova, de um sistema novo de viver para nós. É uma história de vida, se você não faz parte de um grupo assim, não sai daquele mundinho pequeno”

RAYMUNDO SOARES DE BARROS

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sa meta é - e sempre foi - ajudar as entidades e as pessoas necessitadas. O Lions faz o papel de uma fa-mília, por isso eu o chamo de família leonística, pois os membros se tornam praticamente a nossa famí-lia em função da amizade, união e companheirismo. RAYMUNDO Para mim, o Lions representa tudo, afinal de contas, foi o único caminho que tivemos para fazer alguma coisa em prol das pessoas. O Lions foi um come-ço de uma vida nova, de um sistema novo de viver pa-ra nós. É uma história de vida, se você não faz parte de um grupo assim, não sai daquele mundinho pequeno. Quando a gente participa e se entusiasma é muito gos-toso, faz bem para a vida da gente. Fomos presidentes em 1965 e 1966 e, em 1986, cerca de 20 anos depois, re-cebemos o diploma de reconhecimento leonístico.

O que vocês esperam para os próximos anos do Lions?NELINHA Que ele, assim como o progresso do mun-do, também progrida em suas ações assistenciais e, consequentemente, que o CPC avance cada vez mais. Também gostaria que tivesse mais gente nova.RAYMUNDO Para o futuro, eu gostaria que esse trabalho bonito do Lions Clube continuasse cada vez melhor. AM

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COMEMORAÇÕES

Para celebrar o Jubileu de Diamante do Lions Clube Americana Centro, no dia 11 de abril foi realizada a ceri-

mônia de inauguração da placa co-memorativa na Praça do Welcome Center, na região central de Ame-ricana. Após o descerramento da placa, os presentes participaram de um tour guiado na sede do CPC (Centro de Prevenção à Cegueira) e,

em seguida, um almoço foi servido no local. Os participantes também receberam um pin comemorativo dos 60 anos do clube.

Além dos companheiros e ex--presidentes do Lions Clube Ame-ricana Centro, estiveram presen-tes o governador do Distrito LC-3 2014/2015, Elia Youssef Nader, o futuro governador, Elias da Sil-va Paiva, o prefeito, Omar Najar, o

presidente da Câmara, Pedro Peol, o vereador e membro do Lions, Téo Feola, o Major PM Fanti, o Tenen-te PM Pulzi e o Tenente PM Valde-mir. O deputado estadual Cauê Ma-cris também enviou um represen-tante, Osvaldo Klein Neto.

“Agradeço a todos os associa-dos do Lions Clube Americana, a todas as pessoas que nos ajudaram a manter esse clube e também

Descerramento de placa, visita guiada no Centro de Prevenção à Cegueira e almoço marcaram comemorações do Jubileu de Diamante

PLaca de 60 anos é inaugurada

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a todas as autoridades de Ame-ricana e região que, de forma di-reta ou indireta, nos dão suporte a essa jornada. Agradeço também a todo o distrito, que nos une bus-cando sempre o fortalecer para crescer”, disse o presidente, Car-los Barbosa dos Santos.

O prefeito também agradeceu o convite e ressaltou a importância do Lions para Americana. “Fiquei muito feliz com o convite e é uma satisfação participar dessa celebra-ção dos 60 anos do Lions, que pres-ta um trabalho para nossa cidade. E espero que isso dure eternamente. Nós precisamos de gente como vo-cês para nos ajudar e atender cada vez mais a nossa cidade e as pessoas mais necessitadas”, disse Najar.

Na ocasião, o governador do dis-trito pediu autorização do prefei-to para colocar um pin na lapela de sua camisa. “Eu quero pedir li-cença, senhor presidente, para que,

com a autorização do prefeito, eu possa colocar o nosso pin na lape-la de sua camisa. Hoje é um dia de festa para o Lions Clube Americana Centro. Estamos aqui descerrando

a placa comemorativa dos 60 anos. É uma página de sucesso que se vi-ra, mas deixa uma história magní-fica nessa cidade pelas atividades que esse clube veio e vem realizan-do junto à comunidade de Ameri-cana”, afirmou Nader.

O governador destacou, ain-da, a importância do Lions Clube Centro para a Associação Interna-cional e parabenizou o clube pelos seus 60 anos. “Tenho a certeza de que para a Associação Internacio-nal do Lions Clube, que é a maior organização humanitária do mun-do, um ato como este, no qual con-tamos com a participação do poder público municipal, do poder legis-lativo, do poder militar e das au-toridades civis aqui presentes é o maior orgulho porque é um ato de reconhecimento ao clube de Ame-ricana Centro pelos seus 60 anos de atividades prestadas à comu-nidade local. Tenho a certeza de

COMEMORAÇÕES

Agradeço a todos os associados do Lions Clube Americana Centro, a todas as pessoas que nos ajudaram a manter esse clube e também a todas as autoridades de Americana e região”

CARLOS BARBOSA, presidente do Lions Clube Americana Centro

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que o trabalho que vocês vêm rea-lizando traz benefícios a toda co-munidade e traz para nós, diri-gentes do Lions, orgulho e satis-fação de termos aqui, em Ameri-cana, uma célula que perdura há 60 anos a serviço da comunidade. Desejo a vocês que essa página vi-rada abra uma nova página de su-cesso por mais 60 anos”, disse.

Após a inauguração, a equipe do CPC conduziu os convidados durante uma visita guiada, apre-sentando as dependências e pos-sibilitando com que as pessoas co-nhecessem a atual estrutura da instituição. Em seguida, os com-panheiros leonísticos se reuniram no andar de cima do prédio, onde aconteceu a benção do padre Ita-mar Gonçalves, a entrega do pin de 60 anos – idealizado por Ricar-do Yoshio Picioli e Edison Antonio Carone, com arte de Diego Dusso – e o almoço de confraternização.

Danieli Botelho, Antônio Ventura e Raphael Lacerda Ventura

Patrícia, Ricardo e Bernardo Piciolli

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COMEMORAÇÕES

Plínio Zabeu Sarita e Carlos Barbosa

César Mirandola e Kelly

Elisabeth e Nivaldo Santa Chiara

Elia Youssef Nader e Lecy

Vilma e Mauro Luchiari

Américo Schneider e Sarah

Maria de Lourdes Bellan e Elisabete Loureiro

Enzo, Ely Sandra, Felipe e Maurício Bosqueiro Cristiane Schneider, Thiago Bertini,

Guilherme e José Eduardo Schneider

Katrus Santarosa e Guadalupe

FOTOS: MARCELO ROCHA_O LIBERAL

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Edison Botasso e Rose

Neusa e José Roberto Bueno

Edson Cecatto e Fátima

Ademir Macetti e Roseli

Dorival Gazzetta e Geraldo Mirandola

Antônio Duarte e Filomena

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Troféu recebido do Distrito LC3 pelo 60º aniversário do Lions Clube Americana Centro.

BÁRBARA DEMARCHI_TANTAS

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Galeria

PRIMEIRA FILA | Plínio Zabeu, Américo Schneider, Artur Mendes, Ademir Macetti, Bráz Rosolen, Adalcy Penteado, Alcyr Pupo, Ordival Rondelli

SEGUNDA FILA | José Eduardo Schneider, Nivaldo Santa Chiara, Maurício Bosquiero, José A Franzin, Carlos Barbosa, Roseli Macetti, Elisabete Bonin Loureiro,

Maria de Lourdes Bellan, Edison Carone e José Roberto BuenoTERCEIRA FILA | César Mirandola, Cláudio Wiezel, Cristiano Domingos, Edson Cecatto,

Marcelo Feola, Ricardo Picioli, Antônio Bianco, Katrus Santarosa e Lorival ArbixTAMBÉM SÃO LEÕES | Antônio Duarte, Antônio Ventura, Carlos Eduardo Rondelli,

Delva Gasparini, Geraldo Mirandola, Oswaldo Caixeta Júnior, Pedro Ferreira, Raimundo Soares de Barros e Rubens Peres

JOSÉ ROBERTO BUENO

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Galeria

Guadalupe Santarosa, Marcela Carone, Elisabeth Santa Chiara, Eliane Wiezel, Sarah Schneider, Ely Sandra Bosquiero,

Lisa Mendes, Eliana Domingos, Cleusely Franzin, Elisabeth Bonin Loureiro, Roseli Macetti, Sarita Barbosa,

Terezinha Rosolen, Maria de Lourdes Belan, Patricia Picioli, Ermelinda Penteado, Fátima Cecatto, Cristiane Schneider,

Neusa Bueno, Soeli Bianco, Sylvia Arbix, Sílvia Rondelli e Albertina Pupo.TAMBÉM SÃO DOMADORAS | Filomena Duarte, Alexandra

Rondelli, Kelly Mirandola, Leila Mirandola, Sandra Caixeta, Maria Izabel Ferreira, Claudette Zabeu, Nelinha

Fortunato de Barros e Maria Helena Dextro Peres

JOSÉ ROBERTO BUENO

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INSPIRAÇÃO

A socióloga, pesquisadora e mãe de três fi-lhos, Deise Fernandes, 59 anos, perdeu a visão aos 15 anos de idade. É, sem dúvi-das, um exemplo de superação e dedica-

ção ao próximo, pois, além de idealizadora do Cen-tro de Prevenção à Cegueira (CPC), Deise possui 15 especializações em sua área e, mesmo aposentada, atua como pesquisadora de tecnologia assistiva no CTI (Centro de Tecnologia da Informação) Renato Archer, em Campinas, desde 2012.

Para a Revista dos 60 anos do Lions Clube Ameri-cana Centro, a idealizadora contou um pouco sobre sua história de vida, a ideia e o surgimento do CPC junto ao Lions.

DEFICIÊNCIA VISUALNasci com miopia patológica progressiva. Tive des-locamento de retina com 12 anos em um dos olhos, com 14 anos estava com 25 graus de miopia, e no meu 15º aniversário ouvi do médico que tinha um deslocamento de retina no outro olho e que minha cegueira seria total.

Aos 15 anos eu tinha uma energia muito forte. Já havia terminado a 8ª série, mas não tinha profissão e havia uma vida toda pela frente. Então, eu a cons-truí em cima da cegueira. Fui para São Paulo, onde estudei na Fundação Dorena Nowill, uma vez em que Itaí (SP), minha cidade natal, não havia nenhum suporte para Pessoas com Deficiência Visual.

Morei em Campinas de 1975 a 1986 e convivi muito com as Pessoas com Deficiência Visual. Cur-sei sociologia na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e, em 1980, fui contratada como esta-giária da CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz), onde trabalhei por 32 anos.

A idealizadora do Centro de Prevenção à Cegueira Deise Fernandes conta sua história de vida e também da entidade mantida pelo Lions

Deise e o CPC

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INSPIRAÇÃO

ATUAÇÃO EM AMERICANAEm 1986, mudei para America-na e por onde eu passeava não encontrava cegos em lugar al-gum. Comecei a trabalhar na Se-cretaria de Educação, onde des-cobri que a Prefeitura paga-va para dois cegos americanen-ses, Antenor e Célio, estudarem braile em Campinas, visto que o município não possuía nenhum suporte para tanto. Então, a Ivo-nilda, diretora da secretaria na época, me sugeriu dar aula de braile para eles.

Havia uma sala de aula ocio-sa no Ceesa (Centro Estadual de Educação Supletiva de Ameri-cana) e a prefeitura conseguiu o espaço para as aulas. A partir da iniciativa, os alunos começa-ram a convidar outros deficien-tes visuais e a turma foi aumen-tando. Comecei a perceber que a necessidade deles não era apenas

aprender braile, mas aprender tu-do. Fui na rádio dar uma entre-vista e pedi uma Terapeuta Ocu-pacional para nos auxiliar como voluntária, foi quando apareceu a Maristela. Apesar da boa vonta-de e de fazermos o nosso melhor, o serviço era muito precário e co-mecei a ficar muito preocupada, pois começaram a aparecer crian-ças, adolescentes e adultos.

A CONCRETIZAÇÃO DE UM SONHOMeus vizinhos falavam muito do Lions Clube Americana Centro, eles me contavam que o Lions ti-nha como missão a questão do olho. Em 1989, pedi a eles que marcassem uma reunião com a diretoria do Lions e mal sabia que isso seria o início de tudo.

Eles estavam sem sede e na-quela época tinha entrado um grupo de pessoas muito ativas - o Jorge, o Emerson, o Aladin, o Franzin, o Mauro e o Mauro Jr. Consegui comovê-los com a causa e eles enxergaram uma perspec-tiva de ajudar e também de cons-truir a sede própria do Clube. En-tão, eles perguntaram quanto pre-cisava de dinheiro para abrir o CPC e eu disse que precisaríamos de folhas de sulfites, porque o res-to a gente conseguiria aos poucos.

Surgiu, assim, em 1990 o CPC, com sede provisória no Colégio

Apesar da boa vontade e de fazermos o nosso melhor, o serviço era muito precário e comecei a ficar muito preocupada, pois começaram a aparecer crianças, adolescentes e adultos.”

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Dom Pedro. As domadoras se vo-luntariaram para começar o pro-jeto, ajudar a divulgar e fazer tra-balhos manuais.

A Glória assumiu como direto-ra do CPC na ocasião. Eu conver-sava com as famílias, pois os pais americanenses que tinham filhos cegos tinham uma frustração muito grande. Antes disso, aque-las pessoas não tinham nenhum atendimento. As conversas com a família, o ensinar o senso de di-reção e locomoção, os trabalhos manuais, que desenvolviam o ta-to dos cegos, e as próprias reu-niões, onde cada deficiente conta-va suas dificuldades, eram muito importantes para eles e para nós.

Fomos aprendendo, criando al-ternativas, se profissionalizando, trouxemos duas professoras da Prefeitura, a Rosana e a Ivani, que deram reforços escolares para os alunos. Foi a época em que mais

senti que meu trabalho era impor-tante e mudava a vida das pessoas.

O prefeito Waldemar Tebal-di cedeu o terreno que abriga ho-je a sede do CPC. O Lions Clube Americana Centro iniciou, então, várias campanhas para conse-

guir doações para construir a se-de própria, os materiais, livros e, por fim, a contratação de profis-sionais especializados.

Fiquei por seis anos atuando no CPC (1990 a 1996), pois a CP-FL me convocou para reassumir o cargo na companhia. A instituição já estava bem estruturada e achei que estava na hora de novos de-safios. Passei a acompanhar o tra-balho deles de longe, mas sempre com muita admiração.

Gostaria de agradecer ao Lions. Oferecer tudo isso gratuitamen-te e com qualidade não é algo fácil. Eu levei a ideia, mas nada adianta-ria se não fosse todo o esforço do Lions para a concretização des-sa ideia, sua manutenção e conti-nuidade. Posso dizer que fiz 5% e o Lions Clube Americana Centro rea-lizou os outros 95%, beneficiando centenas de deficientes visuais e famílias da região.

Ensinar o senso de direção e locomoção, os trabalhos manuais, que desenvolviam o tato dos cegos, e as próprias reuniões, onde cada deficiente contava suas dificuldades, eram muito importantes para eles e para nós.”

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O mundo colorido passa despercebido por quem sempre enxergou bem. Paras as Pessoas com

Deficiência Visual este mundo é cheio de dificuldades e complexida-des, mas também tem mais graça e mais beleza. Isso porque cada novo aprendizado requer um enorme trabalho realizado por uma equipe competente e preparada para auxi-liar no desenvolvimento adequado de cada um. O Centro de Prevenção à Cegueira (CPC) atende gratuita-mente cerca de 120 usuários e seus familiares/cuidadores de Ameri-cana, Santa Bárbara d’Oeste, Nova Odessa e Sumaré com o objetivo de lhes garantir autonomia e qualida-de de vida para, assim, promover a inclusão social e estimular o exercí-cio de cidadania.

A instituição surgiu em 1990, do acordo visionário entre Deise Fer-nandes e o Lions Clube Americana Centro, com sede provisória no Co-légio Dom Pedro, cujas salas de au-la ficavam ociosas no período da tarde. As domadoras, segundo Dei-se, se voluntariaram para começar o projeto, ajudar a divulgar e fazer trabalhos manuais.

“Ao encontrar o CPC, as famí-lias viram que era possível uma no-va realidade e mudavam seu olhar em relação à deficiência de seus fi-lhos e da própria vida”, contou Dei-se, idealizadora do projeto.

José Antonio Franzin, 59 anos, ingressou no Lions em junho de 1986 e era o presidente do clube

Instituição mantida pelo Lions Clube Americana, o Centro de Prevenção à Cegueira (CPC) promove a cidadania das Pessoas com Deficiência Visual

Com os olhos da alma e do coração

CPC

quando a sede da instituição foi inaugurada. “O Centro de Preven-ção à Cegueira surgiu durante uma reunião num consultório de um companheiro leão quando a Dei-se me fez a proposta. Relutei, mas após passar por uma experiência com os olhos vendados, percebi a enorme importância do projeto. A Prefeitura nos cedeu a área atual, em comodato, construímos com a ajuda da coletividade americanen-se - que é fabulosa nesse aspecto - e inauguramos a sede atual. Da-quela data até hoje o Centro só cresceu, a cidade continua colabo-rando e o Lions faz um trabalho maravilhoso, digno de orgulho e que engrandece todos os leões que aqui estão e a cidade de Americana como um todo”, descreve com or-gulho o leão Franzin.

A equipe do CPC recebeu, em 2014, o Certificado de Excelência no Trabalho ISO 9001:2008. De acordo com José Eduardo Schnei-der, um dos diretores do Lions Clu-be e tesoureiro da instituição, esse documento premia a dedicação da

administração e dos colaboradores.O trabalho é realizado por uma

equipe multidisciplinar, compos-ta por assistente social, pedagogas, psicólogas, fonoaudióloga, fisiote-rapeuta, professora de orientação e mobilidade, informática e terapeu-ta ocupacional. A instituição ainda conta com voluntários atuantes na captação de recursos e em ativida-des físicas, de lazer e culturais.

“O CPC é a única instituição, na região, que atua no sentido de oferecer o que é necessário para que a Pessoa com Deficiência Vi-sual tenha uma vida autônoma e de qualidade com a liberdade e o respeito que lhe cabem. O CPC trabalha a inclusão social, para que todos tenham os mesmos di-reitos”, enfatizou Roseli Maceti, presidente do CPC.

Segundo Sílvia Montenegro Rondeli, 70 anos, domadora desde 1969 e casada com Ordival Rondelli (China), ser voluntária do CPC mu-dou sua vida. “Aprendi a dar aula de locomoção com a Deise, para as-sim poder ensinar aos usuários co-mo andar de maneira autônoma na rua. Quando eles começaram a andar comigo nas ruas de Ameri-cana, queriam aprender a ir para todos os lugares, como Terminal de Ônibus, Correios e bancos. Fi-cava tão emocionada e envolvida com tudo isso que não conseguia dormir à noite. Mexeu muito com a minha vida. Antes do CPC, não se via cegos pela rua”, emocionada narrou Sílvia.

Ao encontrar o CPC, as famílias viram que era possível uma nova realidade e mudavam seu olhar em relação à deficiência de seus filhos e da própria vida.”

DEISE, idealizadora do projeto.

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Os usuários do serviço são aten-didos conforme faixa etária e ne-cessidades avaliadas nos seguin-tes programas:

INTERVENÇÃO PRECOCEA proposta é acompanhar, desde o nascimento até a idade escolar, crianças com deficiência visual e/ou deficiência múltipla, prevenin-do ou minimizando atraso do de-senvolvimento, envolvendo orien-tação e apoio aos seus familiares/cuidadores. Para isso, o CPC utili-za experiências lúdicas e significa-tivas, que envolvem os sentidos, a percepção, o prazer da exploração e o descobrimento dessas crianças.

EDUCAÇÃOVisa a instrumentalizar o usuário para incluí-lo no sistema de ensi-no regular, desde a educação in-fantil até a superior. O CPC ofere-ce: aulas de braile; estimulação vi-sual; uso de Tecnologia Assistiva; treinos com auxílios ópticos; for-mação/orientação às equipes es-colares e adequação de materiais pedagógicos. O objetivo é capaci-tar o usuário para o universo aca-dêmico e mercado de trabalho.

REABILITAÇÃOBusca desenvolver a autonomia de adultos e idosos que perderam a visão ou parte dela para intera-gir com o próximo e com o am-biente onde vive. A instituição trabalha com os usuários a impor-tância do acesso aos direitos so-cio assistênciais, ao trabalho e ao exercício da cidadania. Este traba-lho é realizado também em parce-ria com familiares/cuidadores.

Outras ações são desenvolvidas paralelamente, entre elas o aten-dimento psicológico em grupos, avaliação da visão funcional, in-tegração sensorial, atividades lú-dicas na brinquedoteca, capacita-ção de profissionais, captação de recursos e parceiros voluntários e prática de atividades, como arte-sanato, pintura, teatro e yoga.

ESTRUTURAO prédio atual do CPC, inaugura-do em 1992 com apoio financeiro da comunidade e empresas parceiras do Lions, está adequado para aten-der as características específicas das Pessoas com Deficiência Visual e/ou múltipla. As salas de atendimento possuem equipamentos modernos que também auxiliam no trabalho desenvolvido junto ao usuário.

Os recursos obtidos pelo CPC são provenientes de convênios com os municípios de Americana, San-ta Bárbara d’Oeste e Nova Odes-sa, e também de campanhas, even-tos e digitação da Nota Fiscal Paulis-ta realizados por voluntários. A ins-tituição ainda recebe contribuições de pessoas físicas e jurídicas através de boleto bancário, doações espon-tâneas e promoções realizadas pelo Lions Clube Americana Centro.

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O CPC é a única instituição, na região, que atua no sentido de oferecer o que é necessário para que a Pessoa com Deficiência Visual tenha uma vida autônoma e de qualidade com a liberdade e o respeito que lhe cabem. O CPC trabalha a inclusão social, para que todos tenham os mesmos direitos.”

ROSELI MACETI, presidente do CPC.

O Lions faz um trabalho maravilhoso, digno de orgulho e que engrandece todos os leões que aqui estão e a cidade de Americana como um todo.”

JOSÉ ANTÔNIO FRANZIN, companheiro leão.

Quando eles começaram a andar comigo nas ruas de Americana, queriam aprender a ir para todos os lugares, como Terminal de Ônibus, Correios e bancos. Ficava tão emocionada e envolvida com tudo isso que não conseguia dormir à noite.”

SÍLVIA MONTENEGRO RONDELLI, domadora desde 1969.

Mais recentemente o CPC inaugurou a Casa Modelo. O espaço de 70 m2 foi adaptado às necessidades das Pessoas com Deficiência Visual e/ou Múltipla, com o objetivo de reproduzir para o usuário do CPC o ambiente doméstico de uma casa com os elementos mobiliários, utensílios e disposição física semelhantes e aproximados de uma casa que contenha sala, cozinha, quarto de dormir, banheiro e área de lavanderia para que este usuário, dentro de suas possibilidades e realidade concreta retorne ao exercício de suas funções e tarefas cotidianas para se manter como pessoa ativa e auto determinada em seu meio.Neste espaço são realizadas as Atividades da Vida Diária (AVD), conduzidas por terapeutas ocupacionais especializadas. Além do espaço interno, um jardim sensorial foi criado para estimular o tato, olfato, visão e paladar dos usuários.

CASA MODELO

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AJUDE O CPC E SEJA UMA EMPRESA AMIGA DA PESSOA

COM DEFICIÊNCIA VISUALO Centro de Prevenção à Cegueira (CPC) criou o “Selo Empresa

Amiga da Pessoa com Deficiência Visual” e o entregou às 85

organizações que colaboram com o desenvolvimento da instituição.

Você também pode ser uma Empresa Amiga da Pessoa com Deficiência

Visual. Precisamos da sua ajuda para continuar com nosso trabalho!

Entre em contato com o CPC e saiba como.

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Telefone: 19 3461 6364E-mail: [email protected]

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CENTRO DE PREVENÇÃO À CEGUEIRA

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Tenho deficiência visual nos dois olhos e entrei no CPC com sete anos de idade, quando estava na pré-escola. Há 11 anos sou funcionário do centro. Para mim, o CPC representa muita coisa, especialmente para a minha carreira profissional. Sou formado em Administração de Empresas e vou fazer pós-graduação em Marketing. Sou grato ao CPC pelo resto da minha vida, pois se não tivesse uma instituição com todo esse suporte quando eu era criança, talvez hoje eu estivesse em casa, aposentado. O CPC me reabilitou e me deu condições para que hoje eu possa dizer que sou um deficiente sim, mas sou um profissional.”

CLAITON BORGES, assistente de Marketing do CPC.

Estou no CPC há 18 anos. Já trabalhei aqui com Educação, atendendo os bebês, crianças e adultos com cegos e também já dei aulas de braile. Sou psicóloga e professora e nunca imaginei que fosse trabalhar com Pessoas com Deficiência Visual. Quando vim para o CPC não consegui mais sair, pois me apaixonei pelo trabalho e, a partir disso, aprendi muito e continuo aprendendo. Hoje vejo que as pessoas passaram a encarar a deficiência como algo natural, reduzindo os preconceitos e, ao mesmo tempo, pensando em como ajudar-los. Nosso trabalho para isso e também para eles.”

TÂNIA IOVINO, coordenadora técnica do CPC.

CPC

Eu trabalho no CPC há quatro anos. É um trabalho muito gratificante, além de ser uma instituição única na região que atende Pessoas com Deficiência Visual total e baixa visão. Venho trabalhar todos os dias com um carinho e uma satisfação muito grande, pois o CPC é uma grande família que desenvolve um trabalho muito relevante para Americana e região, atendendo e proporcionando cidadania, qualidade de vida e inclusão no mercado de trabalho às Pessoas com Deficiência Visual.”

NEUSA FRANCISCANGELIS, assistente social do CPC.

FOTOS: AMANDA SABINO_TANTAS

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