Revista nº 174 || Materiais de Renovação e Reabilitação – (especial ...

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Contactos Pr. Francisco Sá Carneiro, 219, 3º, 4200-313 PORTOTel.: 225 074 210 · Fax: 225 074 218/9E-mail: [email protected]; Site: www.apcmc.pt

Media Partner

A Cidade como MercadoExponor - Auditório B4 I 20 novembro - 9:30 às 13h

Organização

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Sumário

PROPRIEDADE, EDIÇÃO E COORDENAÇÃO GERALAPCMCAssociação Portuguesa dos Comerciantes deMateriais de ConstruçãoPç. Francisco Sá Carneiro, 219, 3º 4200-313 PortoTel.: 225 074 210; Fax: 225 074 218/9E-mail: [email protected]: www.apcmc.ptNIPC: 500 969 221

Diretor: Afonso Manuel Coutinho CaldeiraDiretor Adjunto: José de MatosColaboração: Vieira de AbreuImagem: Bruno Costa Composição e Grafismo: Bruno Costa Comunicação, Marketing e Publicidade: Elsa Camelo; Alzira CorreiaAssinaturas: Susana Mendes Tel.: 225 074 210; E-mail: [email protected]

PUBLICAÇÃO, PUBLICIDADE E DISTRIBUIÇÃOAPCAssociação do Comércio de Produtos eEquipamentos para a ConstruçãoPç. Francisco Sá Carneiro, 219, 3º 4200-313 PortoTel.: 225 074 210; Fax: 225 074 218

EXECUÇÃO GRÁFICAMULTITEMARua do Cerco do Porto, 365/3674300-119 PortoTel.: 225 192 600; Fax: 225 192 698Site: www.multitema.pt

Registo no I.C.S. nº 111972Depósito Legal nº 84434/94Publicação TrimestralTiragem: 5.000 ExemplaresPreço: 3,75 Euros

A Direção da Revista é responsável apenaspelos artigos publicados sem assinatura e tam-bém pela sua seleção.

Os artigos assinados são da exclusiva respon-sabilidade dos seus autores.

FICHA TÉCNICA

APDL - Administração dos Portos do Douro,Leixões e Viana do Castelo

02 Editorial DIVULGAÇÃO04 Barbot05 BASF06 BigMat08 Cobert Telhas09 Cosentino10 IteCons12 OLI13 Technal14 Schlüter®-Systems15 Teka16 Vicaima17 Vidromax18 Saint-Gobain

EVENTOS22 JRBotas 23 Reynaers24 Roca25 Tintas 2000

ENTREVISTA26 Iberfibran

DOSSIER ECONÓMICO30 Inquérito de Conjuntura APCMC - 2º Trimestre de 201533 Estatísticas - Confidencial Imobiliário

DOSSIER MATERIAIS DE RENOVAÇÃO E REABILITAÇÃO35 Artigo, Entrevistas

IMOBILIÁRIO54 LUXIMO’S - CHRISTIE’S

ARQUITETURA58 Parque Urbano de Arruda dos Vinhos62 Chalé das Três Esquinas66 Terminal de Cruzeiros de Leixões70 Casas em Movimento

REABILITAÇÃO74 Rodrigo Fonseca - Edifício Habitacional

PUBLICAÇÕES APCMC DISPONÍVEISNA APLICAÇÃO MULTITEMA

USERNAME > APCMCPASSWORD > APCMC

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AFONSO CALDEIRA(PRESIDENTE DA APCMC)

Quando, no editorial anterior, chamámos a atenção para aeventualidade de virem “� a ocorrer perturbações externas, ouinternas�” suscetíveis de vir a afetar a “moderada” recupera-ção que o nosso sector tem experimentado desde final de2013, parecia que estávamos a adivinhar complicações no hori-zonte�

Não foi o caso, mas pura e simplesmente uma chamada deatenção para as fragilidades, sobretudo financeiras e de com-petitividade, que continuam a caracterizar o nosso país e quenão permitem sustentar, nem euforias assentes numa novavaga de fundos comunitários, nem, muito menos, convicçõesde crescimento futuro garantido e sem mais percalços.

EditorialAquilo que quisemos sublinhar foi que o mais importante paraas empresas do nosso sector será o de procurarem responder,internamente, às mudanças qualitativas do mercado e às novasexigências financeiras e da gestão, alargando ao mesmo tem -po, que as que puderem ou o ambicionarem, a sua atividadenos mercados externos como forma de ultrapassar as óbviaslimitações da dimensão do mercado nacional, cada vez maispressionado pela concorrência das grandes cadeias internacio-nais.

Mas a perturbação acabou mesmo por surgir, de caráter inter-no, vinda da dimensão política, podendo afetar a governabilida-de e, sobretudo, a estabilidade das condições económicas,financeiras e regulamentares em que as empresas exercem asua atividade.

Se ainda é muito cedo para fazer conjeturas sobre o seu desen-volvimento, profundidade e impacto, a verdade é que a “crise”política já não deixará de ter consequências para a economia epara o nosso sector.

Desde logo porque basta que ela exista, mesmo que venha aser ultrapassada satisfatoriamente num futuro próximo, paraque tenham sido introduzidos fatores de incerteza adicionaisnos processos de decisão dos agentes económicos, que desdeo primeiro dia influenciam os respetivos comportamentos, sejade investimento, seja de poupança, seja de consumo. Os efei-tos negativos deverão começar a sentir-se nas próximas sema-nas e poderão, dependendo da evolução da situação, prolon-gar-se pelos meses seguintes. Disso, pelo menos, já ninguémnos livra.

Mas poderá vir a ser pior. E quando pode ser, normalmente é!Da forma como se tem vindo a desenrolar o “diálogo” políticoentre os vários partidos, tudo indica que o processo de consoli-dação das contas públicas poderá ser interrompido, ou, pelomenos, que será prosseguido mas com alterações substanciaisno quadro fiscal (e laboral?). Mesmo que não haja derrapagensnas contas públicas, o que seria naturalmente trágico, asempresas deverão esperar um agravamento nos fatores decusto, o aumento da fiscalidade e maiores dificuldades no cré-dito, ainda que, eventualmente, o volume de negócios nãovenha a ressentir-se e possa até dilatar-se por via dos fundoscomunitários e da expansão temporária do consumo.

Num cenário como este o mais importante será não perder aperspetiva da importância do reforço da solidez financeira e nãodescurar, nem o rigor na gestão, nem a atenção à adequaçãoda resposta em termos de serviço a um mercado em mudança.

NAVEGAR EM ÁGUAS AGITADAS

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Divulgação Barbot associou-se ao Greenfest

ARRANCOU NO PASSADO DIA 8 DE OUTUBRO, NO CENTRODE CONGRESSOS DO ESTORIL, O GREENFEST, QUE ESTEANO TEVE COMO TEMA A “CIDADANIA ATIVA”. AS TINTASBARBOT ASSOCIAM-SE A ESTA 8ª EDIÇÃO, COMO EMPRESAPRODUTORA DE SOLUÇÕES AMIGAS DO AMBIENTE E ESCO-LHAS CONSCIENTES NA HORA DE CONSTRUIR OU REABILI-TAR UM EDIFÍCIO.

Neste sector, destacam-se duas soluções de revestimentodesenvolvidas pela Barbot de forma a proporcionar uma eleva-da performance energética e acústica - o Barbotherm e oBarbotherm Cork.

O Sistema Barbotherm consiste numa solução de isolamentode elevada prestação térmica, que permite uma poupançaenergética na ordem dos 30%. Após o elevado sucesso destesistema, a Barbot lançou uma nova solução, criada em parceriacom a Amorim Isolamentos: Barbotherm Cork. Desenvolvido apartir de placas em aglomerado de cortiça expandida, o sistemaoferece um elevado nível de isolamento térmico, mas tambémacústico. Este sistema é único porque utiliza produtos 100%produzidos em Portugal.

Estas soluções tecnicamente avançadas, de elevada perfor-mance, são uma aposta segura de poupança. Assegurando amanutenção das temperaturas adequadas ao longo de todo oano, evitam a intervenção de aparelhos climatizados, tornandorealidade a existência de ambientes interiores onde o confortoe a poupança energética imperam.

FONTE: YOUNGNETWORK PORTO

O Greenfest é uma plataforma de partilha de ideias e experiências,onde se dá voz a empresas, autarquias e cidadãos que contri-buem, de alguma forma, para um futuro melhor.

Sofia Miguel, diretora de marketing da Barbot, explica que “ABarbot foi uma das empresas pioneiras na adoção de práticas sus-tentáveis na sua produção, através do tratamento de resíduosindustriais e redução da emissão de Compostos OrgânicosVoláteis. Além disso, temos desenvolvido produtos vocacionadospara uma construção mais sustentável, seja a nível de soluçõestécnicas para eficiência energética como tintas mais amigas doambiente.”

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BASF há 150 anos a criar química

O DIRETOR-GERAL DA BASF PORTUGUESA, GUNTHERSTHAMER, AFIRMA QUE “A PREVISÃO EM PORTUGAL CON-TINUA A SER DE CRESCIMENTO”.

Este ano a BASF comemora 150 anos, faz o balanço e traça orumo dos próximos anos. No programa de aniversário, a BASFcoloca em foco três temas onde a química desempenha um papelfundamental: na vida urbana, na energia inteligente e na alimenta-ção. Com mais de 10.000 profissionais na área da inovação einvestigação, em 2014 a BASF investiu perto de 2 mil milhões deeuros (1.884 M€) no desenvolvimento de novas tecnologias e pro-dutos.

Em Portugal, a BASF Portuguesa está presente em todas asindústrias de crescimento no país, principalmente nas indústriasautomóvel, química e agrícola. “Temos 200 clientes em Portugal eassumimos com eles o compromisso de desenvolver produtos ino-vadores, sustentáveis e seguros para o ambiente. Estas têm sidoas linhas mestras na conceção da nossa gama que conta commais de 6.000 produtos”, sublinha Gunther Sthamer.

Consciente da sua responsabilidade social e comprometida com adinamização do que de melhor se faz em Portugal, a BASF apoiaprodutores de vinho nacionais na iniciativa Nectar Divino que lan-çou há quatro anos. “Neste concurso já demos oportunidade amais de 50 produtores de promoverem os seus vinhos junto deimportadores alemães e ingleses em eventos exclusivos de net-working”, explica Gunther Sthamer.

FONTE: BUSS COMUNICAÇÃO

A solidez alcançada no mercado nacional ao longo de 67 anos,uma estrutura de 65 colaboradores, 40 dos quais comerciais espe-cializados em áreas de engenharia (química, agrónoma e civil), eo crescimento sustentado ao longo dos anos levam a multinacionalalemã a apostar na sede portuguesa. “Graças a este desempenhoe experiência, a BASF Portuguesa apoia ativamente as operaçõesdo grupo BASF em Angola”, diz o diretor-geral com satisfação.

Sede da BASF em Portugal

A BASF cria química há 150 anos

A BASF apoia a construção sustentável no Dubai com soluções inovadoras como o Glenium®

SKY que prolonga o tempo de utilização do betão até 3 horas. A seguir endurece rapidamente

A BASF fornece sistemas de isolamento muito eficientes, graças às várias camadas de materiaisavançados. Exemplo: East Hotel Dubai

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COM A ADESÃO DA SANTIAGO & Cª, CANOLIVA E ARMANDOSALGADO OLIVEIRA, ESTA CENTRAL REFORÇA A SUA POSI-ÇÃO NO MERCADO LUSO, COM UM TOTAL DE TREZE SÓCIOSE VINTE PONTOS DE VENDA.

A BIGMAT JÁ ANUNCIOU QUE PORTUGAL ERA, E CONTINUAA SER, UM DOS PRINCIPAIS OBJETIVOS DA FIRMA. OS ESFOR-ÇOS FORAM RECOMPENSADOS, MOSTRANDO COMO O NÚME-RO DE SÓCIOS SUPEROU AS EXPECTATIVAS MARCADAS.

Número de sócios BigMat em Portugal continua a aumentar

A Canoliva chega à BigMat com um “new look”, pois em breve estenovo sócio transferir-se-á para uma nova instalação que ocuparáuma área de 9.000 m². Neste novo projeto o armazém, a exposi-ção e a área de “self-service” ocuparão 1.200 m². Em relação aoperfil de cliente da Canoliva, 80% é formado por profissionais,sendo o restante constituído por consumidores finais, principal-mente estrangeiros que já estão habituados com o serviço DIY (DoIt Yourself). Segundo as palavras de José Manuel Rodrigues (fun-dador e administrador da empresa), as razões que levaram à deci-são de formar parte do grupo BigMat são: estarem apoiados poruma grande marca internacional, que os ajudará a diversificar asfamílias de produtos para enfrentar as diversidades da atual con-juntura do sector; e beneficiar do “Know How” da BigMat. ACanoliva fica em Oliveira do Hospital (Distrito de Coimbra), contacom a certificação ISO 9001 desde o ano 2003 e está especializa-da na comercialização de canalização e infraestruturas de águapara obras públicas.

Neste âmbito, para a Canoliva, é muito importante a informaçãoque receberá de todas as famílias de produtos que atualmente nãotrabalha e também o apoio do departamento de Marketing &Merchandising para poder implementá-las e desenvolver.

São Martinho de Sande (Distrito de Braga) acolhe as instalaçõesda Armando Salgado Oliveira. Este novo sócio da BigMat contacom uma grande oportunidade: a sua localização privilegiada quefica na concorrida estrada nacional N101, a 15 km de Braga e a 12km de Guimarães. As origens da empresa aparecem com acomercialização de materiais de construção e areias em 1979. Asua posição de supremacia em relação aos seus concorrentes daregião baseia-se, entre outras, nas suas espantosas instalações.O negócio foi implementado numa área de 5.000 m², conta comum armazém de 400 m² e outros exteriores com cobertura, alémda exposição de 350 m² de material fino, pintura e bricolage. Opátio pavimentado, onde é armazenado o material de construção,tem uma área de 4.000 m². Os motivos que os levam a unirem-sea esta central de compras são muitos, porém o mais importante nadecisão foi ter a possibilidade de poder comercializar os produtosda BigMat e contar com o apoio do grupo para se “reinventar” ecompetir no mercado atual. Receber o assessoramento especiali-zado e personalizado dum departamento de Marketing &Merchandising em questões como o desenho da área de “self ser-vice” ou ampliar a oferta de produtos, também supõe grandes van-tagens para o sócio da BigMat, que propiciaram que esta empresafamiliar, dirigida pelo Armando Salgado e Ricardo Salgado, façainclinar a balança para o lado da BigMat.

Com respeito a Santiago & Cª, esta dispõe de três pontos devenda na cidade de Trancoso, concentrando-se em diferentesfamílias de produtos: 3000 m² dedicados à bricolage (jardim, ferra-mentas, proteção laboral e bricolage); material de construção quecompreende três barracões de 2.000 m², 600 m², 500 m²; e umpátio de 5.000 m² localizados numa mesma área, onde também secomercializa ferro e gás butano. Esta empresa familiar, dirigida porAntónio Santiago, é uma referência no mundo empresarial do dis-trito da Guarda, devido aos seus mais de 80 anos de história.Destaca-se pelo seu espírito empreendedor, pois em 1940 jáimportavam cimento da Bélgica de navio até o porto de Aveiro e decomboio até Trancoso. Conscientes de que para sobreviver há quese modernizar, optaram pela BigMat, pela sua imagem corporativae também pelo poder de negociação com os fabricantes que pos-sui um grupo internacional. Entre as suas ações imediatas está aremodelação do ponto de venda de materiais de construção.Neste sentido, consideram que o sucesso é algo garantido tendoo assessoramento do departamento de Marketing. A sua faturaçãodivide-se entre 70% de profissionais e 30% de público particular.Além de materiais de construção, a Santiago & Cª também contacom negócios no sector têxtil, transportes e distribuição alimentí-cia.

A atividade empresarial da BigMat na Península Ibérica começaem 1997 e distingue-se pelo grande valor agregado aos seus pro-dutos e serviços, orientados tanto a profissionais como a particula-res. Está composta de 214 sócios e 303 pontos de venda, quesupõe mais de um milhão de metros quadrados de superfície devendas. Está presente em todas as Comunidades Autónomas daEspanha e na Europa com centros na França, Checoslováquia,Eslováquia, Bélgica, Chipre, Itália e Portugal, com um total de maisde oitocentos pontos de vendas nos oito países citados.

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A COBERT, LÍDER IBÉRICA NA PRODUÇÃO E COMERCIA-LIZAÇÃO DE TELHAS, PEÇAS E COMPONENTES, REFOR-ÇOU OS PROCESSOS DE FABRICO DE UM DOS SEUSMODELOS-CHAVE: A TELHA LUSA.

Cobert reforça produto-estrela do catálogo de telhas

O produto passou por um reforço da sua estrutura interior e tam-bém das ligações, inovação que lhe confere uma resistênciamecânica mais pronunciada.

A empresa, que tem três unidades fabris em Portugal, tem vindo areforçar o seu compromisso com a qualidade e durabilidade dosmateriais, além do rigor nos acabamentos. É nesse sentido quesurgem as melhorias ao modelo de telhas mais português do mer-cado.

A telha Lusa, da gama “Lógica”, é fabricada através de processosavançados de cozedura a altas temperaturas e produzida comrecurso a matérias-primas portuguesas de qualidade, resultandonum produto de grande durabilidade e impermeabilidade. Para evi-denciar estas características, a Cobert inseriu quatro alterações dereforço no interior da estrutura e nas ligações, o que facilita tam-bém o processo de montagem. Além do mais, a telha exibe agorao selo de qualidade deste modelo que cobre a maioria das casasportuguesas.

Com a máxima resistência, a telha Lusa mantém as dimensõesanteriores e continua disponível em mais de 10 opções de cores ebrilho. A gama, que passou agora a marca registada, integra tam-bém as telhas “Marselha” e “Plana”.

FONTE: VF COMUNICAÇÃO

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Sensa by Cosentino® lança seis novos granitos exóticos

O GRUPO COSENTINO, COMPANHIA LÍDER NA PRODUÇÃOE DISTRIBUIÇÃO DE SUPERFÍCIES INOVADORAS PARA OMUNDO DA ARQUITETURA E DO DESIGN COM PRESENÇAEM PORTUGAL, INCORPORA UMA NOVA SÉRIE DE SEISGRANITOS EXÓTICOS PARA SENSA BY COSENTINO®, ASUA GAMA DE BANCADAS DE GRANITO COM UMA PROTE-ÇÃO EXCLUSIVA CONTRA AS MANCHAS.

A propósito deste lançamento, a Cosentino reformulou a proteçãoanti-manchas, agora denominada Senguard NK. A solução melho-rada permite um maior rendimento face a manchas resistentes,sendo especialmente eficaz em granitos brancos ou de tons cla-ros. Esta inovação, conseguida pela área de I+D da Cosentino,permite que o granito repila líquidos, como a água ou o azeite, pro-porcionando uma proteção eficiente contra todo o tipo de man-chas, e alargando a durabilidade do material sem que altere a apa-rência nem o tato da pedra.

Indian Black, Black Beauty, Ice Blue, Glacial Blue, Bianco Antico eOrinoco, são os seis novos granitos que oferecem ao consumidorestética, funcionalidade e um design com veios únicos e exclusi-vos. Provenientes da Índia e do Brasil, os novos granitos aumen-tam a atual gama de quatorze tonalidades de Sensa by

Cosentino®, completando uma extensa oferta de pedras caracteri-zadas pela já citada alta resistência às manchas, por não requereruma manutenção diária especial, a exclusividade de criar umdesign irrepetível e a tranquilidade de poder estar em contacto comos alimentos, uma vez que conta com a certificação NSF.

Assim, a Cosentino aumenta de 10 a 15 anos a garantia certificadade Sensa by Cosentino® para oferecer um melhor nível de qualida-de e serviço ao cliente final.

FONTE: ULLED

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O ITECONS, EM CO-PROMOÇÃO COM O CENTI, TEMVINDO A DESENVOLVER UM PROJETO DENOMINADO“PROMOÇÃO DA ETIQUETAGEM ENERGÉTICA DEPRODUTOS” - PEEP, QUE CONTA AINDA COM A PARTI-CIPAÇÃO DA ADENE.

Foi lançada a fase experimental dos simuladores de desempe-nho energético, os quais se encontram disponíveis no site doSistema de Etiquetagem Energética de Produtos, emwww.seep.pt.

Os simuladores pretendem dar a conhecer aos fabricantes o pro-cesso de etiquetagem energética, assim como permitir o testedos seus produtos de forma a conhecer a respetiva classificaçãoenergética. Nesta fase, a sua utilização não possui custos asso-ciados ao utilizador nem restrições em termos do número de ava-liações a efetuar. Incentiva-se o registo das empresas interessa-das.

O projeto foi desenvolvido ao abrigo do Sistema de Apoio a AçõesColetivas (SIAC) financiado pelo Programa Operacional Fatoresde Competitividade (COMPETE) no âmbito do Quadro deReferência Estratégico Nacional (QREN).

Mais informações sobre o projeto PEEP em www.peep.uc.pt.

Projeto “Promoção da Etiquetagem Energética de Produtos (PEEP)” está concluído

Com este projeto, foi possível desenvolver um sistema de etique-tagem energética de produtos não regulados, nomeadamente deisolamentos/argamassas térmicas, de tijolos e blocos a utilizar emalvenaria e tintas.

Este sistema veio permitir comparação do desempenho entrediferentes produtos da mesma família, facilitando assim a escolhade produtos que promovem uma maior economia de recursosenergéticos, respondendo assim à legislação europeia em vigor(Diretiva 2010/30/UE).

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O Palácio dos Condes de Murça, distinguido na categoria“Imobiliário: Melhor Edifício Residencial”, escolheu asPlacas de Comando “Slim”.

A OLI, líder ibérica na produção de autoclismos, é a empre-sa em Portugal, pelo segundo ano consecutivo, que maispatenteia na Europa, tendo investido 10 milhões emInvestigação e Desenvolvimentos nos últimos cinco anos.

A fábrica sediada em Aveiro trabalha ininterruptamente 24horas por dia, sete dias por semana, e tem uma produçãodiária de cerca de 7800 autoclismos e 28 mil mecanismosque são exportados para 70 países dos cinco continentes.

A OLI é a única empresa portuguesa a produzir autoclis-mos interiores. Em 2012, venceu o “Prémio Kaizen Lean”do Instituto Kaizen, na categoria “Excelência naProdutividade” pela eficiência operacional. A distinçãoreconhece a melhoria contínua e a inovação dos proces-sos da OLI que se tornou uma referência mundial e umamarca de excelência.

FONTE: AD COMMUNICATION

OLI é a marca eleita dos vencedoresPrémios Construir 2015

Os cinco projetos galardoados nos “Prémios Construir 2015” que distin-guiram, no início de outubro, os melhores do ano nas áreas daArquitetura e Engenharia, têm em comum a escolha para os espaços debanho das soluções inovadoras e hidricamente eficientes da OLI.

A nova sede da EDP, em Lisboa, eleita na categoria “Arquitetura: MelhorProjeto Público”, foi equipada com autoclismos interiores “OLI74 Simflex”e “OLI74 Autoportante”, placas de comando “Electrónica II” e “Slim” eestruturas de lavatório autoportante, urinol e bidé “Euro”.

O Hotel Vincci Porto, considerado o “Melhor Projeto Recuperação”,conta com os autoclismos interiores “OLI74 Autoportante” e “OLI74Simflex”.

O Polo de Conhecimento em Tecnologias da Construção Sustentável daUniversidade de Coimbra, o melhor na categoria “Construção:Construção e Sustentabilidade”, está equipado com autoclismos interio-res “OLI74” e “OLI74 autoportante”, placas de comando “Slim” e tornei-ras.

Já o Edifício Sede da Polícia Judiciária, vencedor na categoria“Imobiliário: Melhor Edifício de Escritórios”, selecionou as placas decomando de urinol “Electrónica”.

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A MAIS RECENTE INOVAÇÃO DA TECHNAL, QUE APRESEN-TA UM SISTEMA PATENTEADO, INOVADOR E PIONEIRO NAOTIMIZAÇÃO ACÚSTICA, FOI DISTINGUIDA NO CONCURSODE INOVAÇÃO BATIMAT 2015 COM A ATRIBUIÇÃO DE UMAMEDALHA DE PRATA.

Technal premiada pelo conceito de acústica ativa

O conceito de atenuação acústica ativa baseia-se na combinaçãode tecnologias complementares "passiva" e "ativa", que fornecemníveis de atenuação acústica até 25 dB com a janela aberta, asse-gurando uma média de 300 vezes menos ruído para o interior.Uma redução que corresponde à passagem de ruído de uma ruamovimentada para o nível de um escritório silencioso.

Os visitantes da Feira Batimat, que decorre em novembro, pode-rão conhecer o protótipo desta nova solução no stand da Technal.

Esta será a solução ideal para quem pretende manter o espaçoventilado, através da abertura de janelas, preservando-o de pertur-bações sonoras externas. Totalmente integrado no vão, o sistema"ativo/passivo" permite, na posição fechada, manter uma estéticasemelhante a uma janela convencional.

FONTE: M PUBLIC RELATIONS

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SISTEMA CONSTRUTIVO DE PISO RADIANTE ELÉTRICO,AGORA COM ISOLAMENTO TÉRMICO-ACÚSTICO INCOR-PORADO.

de. Ideal para renovações e reabilitações, permite a colocaçãoaté sobre bases críticas, como construções de madeira, betoni-lha fresca, etc., sem o receio de ocorrerem danos no revesti-mento de cerâmica ou nos cabos de aquecimento, resultantesde rápidas mudanças de temperatura.

Desde o seu lançamento em 2013 que Schlüter®-DITRA-HEAT-Etem alcançado um sucesso enorme em todo o mundo. A versa-tilidade e facilidade de instalação fazem este sistema um com-plemento perfeito, especialmente na reabilitação de casas debanho.

CARACTERISTICAS

• Ambiente agradável • Controlo exato • Duradouro e isento de manutenção • Fácil de colocar • Aquecimento rápido adequado para pessoas com alergias • Previne a formação de bolor • Invisível • Componentes de sistema certificados

CLIMATIZAÇÃO ELÉTRICA DE SUPERFÍCIE NO PAVIMENTO E PAREDES

Schlüter®-DITRA-HEAT-E é um sistema de climatização elétricado pavimento e paredes, que permite obter superfícies com umcalor agradável, aquecidas de forma específica sempre que eonde o desejar.

AGORA COM ISOLAMENTO TÉRMICO-ACÚSTICO INCORPORADO, NUNCAFOI TÃO FÁCIL REABILITAR E MODERNIZAR!

Com uma altura de construção de apenas 7,5 mm, o novoSchlüter®-DITRA-HEAT-TB alia as funções já comprovadas deimpermeabilização, desacoplamento e compensação da pres-são de vapor, com o geotêxtil especial, que para além de atuarcomo isolamento acústico, favorece um comportamento deaquecimento mais rápido dos revestimentos de solo e de pare-

Novo Schlüter®-DITRA-HEAT-TB

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A TEKA, MARCA LÍDER EM ELETRODOMÉSTICOS EMPORTUGAL, APRESENTA A SUA NOVA GAMA DE MÁQUINASDE LAVAR A ROUPA SPA. O NOME DESVENDA A SUAMAIOR PREMISSA: O ELEVADO CUIDADO COM OS TECIDOS,MESMO OS MAIS DELICADOS.

Esta funcionalidade é atestada pela certificação Woolmark®,um selo universal de qualidade atribuído após comprovaçãoque o programa de lavagem de peças de lã permite manter amáxima suavidade na roupa, mesmo após dezenas de lava-gens.

Além disso, as novas máquinas são altamente eficientes, emperformance e em poupança energética. A começar pela rapi-dez: basta premir um botão para que qualquer programa delavagem reduza a sua duração em 30%.

Por outro lado, a tecnologia inteligente nas máquinas de lavarroupa Teka permite que todos os seus modelos de livre insta-lação de 7 e 8 Kg tenham classificação A+++, assegurando omáximo rendimento de lavagem com o menor gasto possívelde energia.

De destacar ainda a preocupação com o design. Com linhasmodernas, as novas máquinas distinguem-se pela porta degrandes dimensões - 48 cm, painel de controlo em LCD deúltima geração e pela elegância nos detalhes.

Entre as novas máquinas, destacam-se os modelos SPA TKD1480, SPA TKD 1280 e SPA TKD 1270 e, nas máquinas desecar roupa, os modelos SPA TKS 890 H e SPA TKS 850 C.

Inovação Teka Tambor Softcare em Máquina de Lavar

Os novos equipamentosincorporam um inovadortambor - Tambor Softcare,desenvolvido com umanova tecnologia de dinâ-mica de fluídos por com-putação. O resultado re -flete-se numa menorresistência dos tecidos aofluxo da água - até 20vezes menor do que asmáquinas convencionais.O cuidado na roupa éassim reforçado nasfases da lavagem, seca-gem e centrifugação.

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Dos tons mais escuros, passando pelos castanhos e cinzas, as sugestõesda Vicaima apresentam um toque texturado ou smooth, conferindo aosambientes de interior, o toque de conforto e requinte que inspira sofistica-ção.

As tendências de decoração para 2016 reforçam, não só a presença damadeira natural nos espaços interiores, como também a predominânciado cinza, como a cor de eleição para conjugar a modernidade e tranquili-dade que procura para o ambiente da sua casa. As sugestões da marcapodem ser aplicadas em portas de interior, portas técnicas, roupeiros, pai-néis e peças para mobiliários, funcionando como o “apontamento final”para criar a harmonia perfeita no décor.

A gama de tonalidades Stained está disponível para o sector habitacionale hoteleiro. Na vertente de projeto, a Vicaima disponibiliza também um ser-viço personalizado de aplicação de tonalidades customizadas, ajustadas àinspiração para o ambiente decorativo.

FONTE: ATREVIA

Stained da Vicaima Novas Tendências

Marina Grey, Dark Champagne, Nightfall Black, DeepBrown, Pastel Cream e Toffe Brown, são as tonalidadescontemporâneas sugeridas pela Vicaima, com base emfolha de madeira natural.

OUTONO É SINÓNIMO DE REGRESSO À ROTI-NA, AO TRABALHO E DE MUDANÇAS A TODOSOS NÍVEIS. E COMO A MUDANÇA COMEÇA,MUITAS VEZES, PELA TRANSFORMAÇÃO DOINTERIOR DAS CASAS, A VICAIMA ACABA DELANÇAR A GAMA STAINED, QUE APRESENTASEIS NOVAS TONALIDADES EXCLUSIVAS PARAPORTAS DE INTERIOR, PENSADAS PARA QUEMSEGUE AS ÚLTIMAS TENDÊNCIAS DE DESIGN EDECORAÇÃO.

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Divulgação

A VIDROMAX, EMPRESA ESPECIALIZADA NA TRANSFOR-MAÇÃO DE VIDRO, LANÇA A PINTURA DIGITAL EM VIDROPARA A ARQUITETURA NACIONAL.

Esta inovação aplica-se em fachadas de edifícios, clarabóias,janelas, portas, decoração de interiores, divisórias de escritó-rios...

Permite também a pintura “dual point”, possibilitando que o vidrotenha duas interpretações diferentes, devido a impressões sobre-postas que dão uma determinada perceção do exterior dos edifí-cios e no interior outra.

A Vidromax é uma empresa do grupo Activa, no qual a Jofebartambém está inserida, sendo empresas complementares no mer-cado que operam. Recentemente participaram em conjunto naobra do Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões.

Com 248 colaboradores o grupo Activa tem vindo a crescer expo-nencialmente através de soluções inovadoras que apresenta aomercado de arquitetura e construção, revelando um forte player anível internacional, visto sempre como uma mais-valia para os pro-fissionais do sector.

FONTE: GREEN MEDIA - AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO

Vidromax traz a Portugal a impressão digital em vidro

A Vidromax é detentora, de um equipamento exclusivo emPortugal que permite “imprimir” qualquer ilustração gráfica ou foto-realista em vidro plano ou curvo.

Sara Nunes, Manager Diretor da Vidromax refere a importânciadeste equipamento para o mercado “este é um produto diferencia-dor do nosso portefólio, uma solução de impressão digital para pro-jetos de excelência, com a tecnologia mais evoluída do sector, algoque só é possível graças à nossa parceria com a Dip-Tech”.

A empresa israelita DIP-TECH é parceira da Vidromax e fornece-dora desta tecnologia avançada, tendo vindo a Portugal, a conviteda Vidromax, para apresentar esta solução aos gabinetes de arqui-tetura portugueses e referenciar case studies internacionais comesta tecnologia.

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Divulgação

Sobre a Saint-Gobain

Em 2015, a Saint-Gobain comemora 350 anos, 350 razões para acre-ditar no futuro. Com a sua experiência e capacidade inovadoras, aSaint-Gobain, líder mundial no domínio da construção, projeta, produze distribui materiais de construção e alto desempenho, fornecendosoluções inovadoras para os desafios do crescimento, da energia e daproteção do meio ambiente. Com um volume de negócios de 41 milmilhões de euros em 2014, a Saint-Gobain está presente em 66 paísescom mais de 180 000 trabalhadores. Em Portugal, o Grupo é represen-tado por 14 marcas líderes nos seus mercados, operando maioritaria-mente nos mercados da construção e vidro automóvel.

Saint-Gobain comemora 350 anos

Louis XIV assinou as patentes criando a Fabrica Real dosVidros, em outubro de 1665. Em todo o mundo, no dia 15de outubro de 2015, os colaboradores da Saint-Gobaincomemoraram este evento. Este dia materializou a ligaçãoentre todos os funcionários da Saint-Gobain. Cada país ecada equipa celebraram o 350º aniversário à sua maneira:dias abertos, eventos de clientes, concursos, exposições,etc. Em Portugal o Grupo juntou os seus colaboradores emPombal para um dia de partilha de conhecimentos e outrasatividades.

350 Anos de História

SÉCULO XVII: AS ORIGENSO rei Luís XIV de França, impulsionado pelo seu ministroColbert, cria em 1665, uma Fábrica Real dos Vidros desti-nada a vencer a supremacia de Veneza no fabrico de espe-lhos. A primeira conquista histórica do Grupo é a entrega deespelhos da galeria com o mesmo nome, em Versailles. ASaint-Gobain entra, então, na história da França.

SÉCULOS XVIII E XIX: O NASCIMENTO DA GRANDE EMPRESA.No século XVIII, os espelhos estão na moda e preço torna-se mais acessível. Beneficiando de encomendas da realezae do sector privado, a fábrica, que emprega mais de mil tra-balhadores, moderniza-se e conhece uma crescente pros-peridade durante este século. No século XIX, confrontadacom uma forte concorrência internacional, a Saint-Gobaincria as suas primeiras oficinas fora de França e diversificaas suas atividades no sector químico. No final do século, asatividades químicas e do vidro equilibram-se. A FábricaReal do Vidro beneficia do crescimento de uma nova arqui-tetura de ferro e do vidro, principalmente nas grandes ins-talações públicas: salões, estações, alas cobertas�

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Os 350 Anos da Saint-Gobain SÉCULO XX: A CONSTRUÇÃO DO GRUPO ATUAL: DA EMPRESA DO VIDRO ÀMULTINACIONAL

Doravante, a Saint-Gobain interessa-se por todos os tipos de pro-dutos de vidro (garrafas, fibra, fibra de vidro, etc.). A revolução auto-mobilística e a arquitetura moderna que oferecem grandes super-fícies vidradas fornecem-lhe novas oportunidades.

Em 1970, a Saint-Gobain funde-se com a empresa Pont-à--Mousson, fabricante de tubos de ferro fundido. É o surgimento deum novo estilo de gestão, a nacionalização (1982), seguida da pri-vatização (1986), a intensificação dos esforços da procura, a che-gada a novos países, o tempo de desinvestimentos e de aquisi-ções. Entre as aquisições mais significativas, a da Norton, em1990, posiciona a Saint-Gobain em materiais com elevado conteú-do tecnológico (abrasivos, cerâmica, plásticos) e aquela de Poliet(POINT. P, Lapeyre e Weber), em 1996, fê-la entrar no mundo dadistribuição de materiais de construção.

SÉCULO XXI: UMA REFERÊNCIA NA HABITAÇÃO SUSTENTÁVEL

A Saint- Gobain centra a sua estratégia na habitação sustentável,continuando a servir muitos mercados industriais.

Estando em forte expansão, o Grupo desenvolve-se constante-mente nos países emergentes. O Grupo faz aquisições importan-tes para alargar a sua rede de distribuição de material de constru-ção na Europa e para completar o seu portfólio de produtos (aqui-sição da British Plaster Board, em 2005 - gesso e placas de gesso- e da Maxit, em 2007 - argamassas industriais).

Em 2015, a Saint-Gobain comemora os seus 350 anos. Um ani-versário excecional que o Grupo celebra, valorizando sua histó-ria e virando-se para o futuro. As celebrações são marcadas pormomentos altos: a digressão mundial dos pavilhões"Sensations Futures", um selo emitido pelos Correios, umaexposição on-line (www.saint-gobain350ans.com), um livro deaniversário, um jogo eletrónico e um dia de aniversário - 15 deoutubro.

Para mais informações sobre a Saint-Gobain, por favor visite osite da www.saint-gobain.com e a conta Twitter @saintgobainou a aplicação para o tablet e telemóvel "Saint-GobainShareholder".

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Eventos JRBOTAS apresenta novidades num evento memorável

NO PASSADO DIA 17 DE OUTUBRO, A JRBOTAS CONTOUCOM A PRESENÇA DE MAIS DE 250 PROFISSIONAIS DO SECTOR- ARQUITETOS, DECORADORES, DESIGNERS DE INTERIORES EENGENHEIROS - NO SEU SHOWROOM NO ESTORIL, NUM EVEN-TO QUE DECORREU AO LONGO DE TODO O DIA.

Todas as marcas, também pelo seu carácter internacional, procu-ram desenvolver os seus produtos tendo como base os mais ele-vados standards de inovação tecnológica, qualidade e design.

A nova campanha “Made by History” é a representação de tudoisto. A mudança que a empresa está a passar neste momento é ocolmatar de muitos anos de experiência e de um relacionamentoprivilegiado com os profissionais do sector, principalmente na áreada arquitetura. Esta nova campanha contou com a presença devários profissionais do sector que em muito tem contribuído paratornar a arquitetura, a engenharia e a decoração, em áreas reco-nhecidas a nível internacional. Ana Menezes Cardoso, CristinaSantos Silva, Francisco Simões, Fernando Hipólito, João Barreto,João Reino, Leonor Romba, Mariana Romba, Nini Andrade Silva eTiago Costa Luís foram os participantes da nova campanha, quepoderá ser vista através da página de Facebook da JRBOTAS oudo site www.jrbotas.com.

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Também os representantes das marcas, não só os export managersmas também os CEOs, decidiram estar presentes para dar a conhe-cer o que de melhor se tem feito no sector. No decorrer deste dia foiapresentado o novo showroom, todas as novidades das marcaspara 2015/2016, e foi ainda lançada a nova campanha “JRBOTAS:Made by History”.

Para além de uma mudança integral de imagem, a JRBOTAS contaainda com um showroom renovado e várias marcas novas. Aquelaque é uma das empresas mais conhecidas na área da casa debanho, apresenta agora um portfólio de marcas internacionais alar-gado e capaz de desenvolver uma remodelação integral de qualquertipo de projeto. A José Ricardo Botas, SA é agora JRBOTAS, Design& Home Concept.

Poderá encontrar no seu showroom no Estoril, não só marcas paraa casa de banho - Duravit, Fantini e Hansa - como também de sau-nas e banhos turcos - Effegibi - revestimentos de cerâmica e depedra natural - Mutina e Salvatori - e ainda de portas interiores e dedecoração - Pietrelli e Longhi.

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Reynaers Aluminium comemorou 50 anos de parcerias de sucesso

Quando, em 1965, Jan Reynaers criou a Aluminium ConstructionReynaers, em Duffel, na Bélgica, a empresa dedicava-se à produ-ção de janelas e portas aplicando um sistema de alumínio auto con-cebido e facilmente processado, que resultou numa grande procurapor outros fabricantes de caixilharia. 50 anos depois, já sob a gestãoda segunda geração da família, a Reynaers está presente em maisde 70 países, emprega mais de 1500 colaboradores e tem um volu-me anual de negócios de 330M€. A viver um forte período de expan-são, estão em curso as obras de ampliação para aproximadamente24.000 m2 de área construída a ocupar pela sede, armazém principale pelo Instituto Reynaers, um centro privilegiado de investigação,desenvolvimento de produto e ensaios.

Rui Silva, Director Geral na Fonseca & Silva, refere que “a festa teveimensa qualidade e esteve bem à altura do prestígio da Reynaers.Toda a equipa soube receber muito bem”. Acerca da visita aoInstituto Reynaers sublinha que “foi crucial para entender toda aestrutura a montante da colocação dos produtos no mercado. Umavisita muito positiva e tranquilizadora”.

Também para José Magno, da VHM Coordenação de Projectos, SA“a visita ao Instituto Reynaers foi muito interessante”.

A CELEBRAÇÃO DOS 50 ANOS DECORREU EM BRUXELAS NOPASSADO MÊS DE OUTUBRO E JUNTOU MAIS 800 CONVIDA-DOS ORIUNDOS DE 46 PAÍSES.

O arquiteto realçou que “apesar do contacto regular, não tinha aperceção correta do que realmente é a Reynaers. Ver in loco todaa estrutura e recursos associados ao desenvolvimento de produto,automação e ensaios foi uma experiência extremamente enrique-cedora. Quanto à festa em si foi bestial� divertidíssima. Foiespantoso perceber o universo de parceiros, técnicos e colabora-dores da Reynaers em todo o mundo.”

No evento do passado dia 16 de Outubro celebraram-se 50 anosde parcerias de sucesso numa noite memorável, vivida intensa-mente.

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Roca apoia o projecto“Ecocasa/Sistema Gomos”

O projeto “Ecocasa/Sistema Gomos”, desenvolvido pela CâmaraMunicipal de Arouca e a Associação Empresarial de Cambra, cuja apre-sentação decorreu em Arouca, é a primeira casa construída com oSistema Gomos, que resulta de um projeto de I&D empresarial que con-siste num sistema único de construção modular, permitindo com rapideze simplicidade a montagem de uma habitação, de forma modular, comtodos os acabamentos, infraestruturas e design moderno. As três ecoca-sas construídas com o Sistema Gomos têm como base a funcionalidade,a sustentabilidade e a economia.

ROCA, EMPRESA DEDICADA AO DESIGN, PRODUÇÃO E COMERCIALIZA-ÇÃO DE PRODUTOS PARA O ESPAÇO DE BANHO, REFORÇA O SEU COM-PROMISSO COM A CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL, APOIANDO O PROJETO“ECOCASA/SISTEMA GOMOS” ATRAVÉS DA DOAÇÃO DE EQUIPAMEN-TOS PARA OS ESPAÇOS DE BANHO.

A EMPRESA CARACTERIZADA PELA PREOCUPAÇÃO COM AS QUESTÕESAMBIENTAIS, ASSUME MAIS UMA VEZ O COMPROMISSO COM A CONS-TRUÇÃO AUTOSSUSTENTÁVEL E “ECO FRIENDLY”, SEM NEGLIGENCIARA QUALIDADE E O DESIGN INERENTES À MARCA.

Trata-se de um projeto que parte do conhecimento local, mobilizao empreendedorismo regional e terá impacto nacional, sendo umdos dez finalistas ao Prémio Nacional de Indústrias Criativas.

Na sessão de apresentação estiveram presentes Bruno Teixeira,presidente da AECA, e José Artur Neves, presidente da CâmaraMunicipal de Arouca. A visita ao edifício modelo pré-fabricado este-ve disponível durante a apresentação. Segundo Bruno Teixeira,com este projeto foi possível criar uma ecocasa, T1 ou T4, que temum tempo de criação em fábrica entre três a quatro meses e queé montada no terreno no período máximo de duas semanas. Opreço-base é de 50.000 euros mais IVA por uma residência T1com um nível de qualidade médio-alto, sendo que o orçamentofinal e os prazos dependem das especificações do cliente, de acor-do com as suas exigências.

Com esta iniciativa, pretende-se fazer um melhor aproveitamentodos recursos naturais disponibilizados, bem como de uma melhorutilização do know-how das empresas locais e dos seus materiais.

Eventos

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Grande Festa do Grupo Tintas 2000

A 19 DE SETEMBRO, NUMA GRANDE FESTA NA SUA SEDE E NA EXPONOR,A TINTAS 2000 COMEMOROU 35 ANOS DE ATIVIDADE, A TINTAS MARILINACOMEMOROU 85 ANOS E AMBRÓSIO & FILHA COMPLETOU 20 ANOS.

A festa começou ao início da tarde com umavisita guiada à sede do Grupo 2000, e continuounoite fora com um jantar de gala na Exponor,seguido de um concerto do José Cid.

Sala de jantar na Exponor

De referir ainda que no passado dia 08 de outubro, nagala dos Prémios Móbis, que se realizou no Casino doEstoril, estiveram presentes mais de 300 convidados e oGrupo 2000 conquistou 3 distinções:

• Prémio Marca para a Tintas 2000 na categoria Tintas Interiores.

• Prémio Geração Gold para António Ambrósio.• Prémio Geração Empreendedora para Ana Ambrósio.

Atuação de José Cid na festa do Grupo 2000 Ana e António Ambrósio na Gala dos Prémios Móbis

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Entrevista Vera SilvaDiretora de Marketing da Iberfibran

A IBERFIBRAN, POLIESTIRENO EXTRUDIDO, SA, É O BRAÇO DOGRUPO FIBRAN PARA A PENÍNSULA IBÉRICA E FOI CONSTITUÍDAEM 2000, SENDO PIONEIRA EM PORTUGAL NO FABRICO DE PLA-CAS RÍGIDAS DE ESPUMA DE POLIESTIRENO EXTRUDIDO (XPS),ISOLAMENTO TÉRMICO DE ELEVADA QUALIDADE E DESEMPENHOPREFERENCIAL NA CONSTRUÇÃO CIVIL.

A IBERFIBRAN É UMA EMPRESA EMPREENDEDORA, ÁGIL E FLE-XÍVEL, CUJO CORE BUSINESS É O MERCADO DA CONSTRUÇÃOCIVIL. OPERA NO CANAL DE DISTRIBUIÇÃO B2B - BUSINESS TOBUSINESS - NUMA SEGMENTAÇÃO DIVERSIFICADA DE PARCEIROSDE NEGÓCIO DA CONSTRUÇÃO, ESPECIALISTAS EM ISOLAMENTOTÉRMICO, E VÁRIAS INDÚSTRIAS COMPLEMENTARES.

A ORGANIZAÇÃO, COM SEDE E INSTALAÇÕES FABRIS EM OVAR, ÉEXCLUSIVAMENTE ESPECIALISTA NO FABRICO DE PLACAS RÍGIDASDE ESPUMA DE POLIESTIRENO EXTRUDIDO (XPS), SOB A MARCAREGISTADA FIBRANXPS.

A IBERFIBRAN ESTÁ NO MERCADO HÁ MAIS DE UMA DÉCADA. COMO VÊA EVOLUÇÃO DO MERCADO, NÃO SÓ DO PONTO DE VISTA LEGISLATIVOCOMO CONCORRENCIAL?

Sim, a Iberfibran está em Portugal desde 2002 a produzir cons-tantemente poliestireno extrudido, isolamento térmico, sob amarca FIBRANxps. Desde então a legislação relacionada como sector tem evoluído tornando-se cada vez mais exigente.Quando digo exigente refiro-me à exigência em isolar cada vezmelhor, com melhores produtos e maiores espessuras. Depoisdos decretos-lei de 1990 e 2006 surgiu em 2013 o DL 118/2013que, entre outras alterações, veio aumentar a exigência dosvalores de U (Coeficiente de transmissão térmica) e, conse-quentemente, aumentar as espessuras dos isolantes térmicos.

Estas alterações legislativas foram positivas para o sector,no entanto nos últimos anos a reabilitação urbana ganhouforça e a legislação, que estava muito focada nos edifíciosnovos, não conseguiu adaptar-se a esta nova realidadetanto quanto desejável.

A nível concorrencial houve muitas mudanças no mercadonos últimos anos. A saída e entrada de vários players emPortugal demonstra a dinâmica deste sector. Parece-meque as empresas adotaram posturas e estratégias amédio/longo prazo e focaram as suas atenções na expor-tação como forma de garantir a sua sustentabilidade.

AO LONGO DOS ANOS AS EXIGÊNCIAS, TAL COMO AFIRMOU, TÊMVINDO A AUMENTAR. COMO TEM SIDO A ADAPTAÇÃO DA EMPRESAE DOS SEUS PRODUTOS?

A Iberfibran pertence ao Grupo FIBRAN, que tem um cen-tro de investigação e desenvolvimento numa das suasfábricas na Eslovénia. Aí são desenvolvidos novos produ-tos para dar respostas às exigências técnicas e de quali-dade do mercado. Na Iberfibran, no nosso laboratório,vamos também fazendo alguns testes que nos permitemaperfeiçoar o produto. A procura de mais baixa condutibi-lidade térmica, a capacidade de produzir espessurasmaiores e o acompanhamento das tendências do merca-do, nomeadamente quanto à qualidade, têm sido os focosda empresa relativamente ao desenvolvimento de produ-tos. No entanto, há outros parâmetros como a qualidadedo serviço, apoio ao cliente (na pré-venda e pós-venda) eserviço logístico que têm sido alvo de melhorias constan-tes adaptando-se a esta nova realidade mais exigente.

A CRISE QUE O SECTOR DA CONSTRUÇÃO TEM VINDO A SENTIR TEMAFETADO MUITO O TECIDO EMPRESARIAL NACIONAL. A IBERFIBRANTAMBÉM SENTE OS EFEITOS DESTA CRISE? E COMO SE TEM DIRECIO-NADO?

Sim, a Iberfibran é uma empresa de referência do sector emPortugal e como tal também sentiu os efeitos da crise. Noentanto, esse facto não esmoreceu o empenho de todos emultrapassar esse período. A empresa focou-se na exportação,na abertura de novos mercados e em produzir produtos demaior valor acrescentado, nomeadamente para a indústria.

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Com essa estratégia a Iberfibran tem conseguido ultrapassar asexpectativas definidas internamente. O ano passado as exporta-ções ficaram próximas dos 50% de faturação e este ano iremosmelhorar quase todos os índices. O facto de a Iberfibran ter conse-guido aumentar de forma sustentável a sua presença em merca-dos com potencial e de baixo risco tem permitido bons resultadosquer em 2014, quer, acreditamos, em 2015.

A REABILITAÇÃO TEM SIDO UMA DAS APOSTAS PARA A ALAVANCAGEM DOSECTOR. A IBERFIBRAN TAMBÉM CONSIDERA ESTA UMA SOLUÇÃO PARAREANIMAR O SECTOR?

Sim, sem dúvida. Aliás, tem-se verificado uma grande aposta dosprodutores de materiais de construção no desenvolvimento de pro-dutos e soluções direcionadas para a reabilitação. Também aIberfibran o tem feito apresentando produtos muito interessantes,nomeadamente para fachadas, como por exemplo o seu ETICSGF ou mesmo o mais recente SB. O facto de produzirmos e comer-cializarmos apenas um produto e não o sistema completo é umadesvantagem, no entanto temos tentado associar-nos a parceirosque podem completar o nosso produto por forma a apresentar aocliente final uma solução completa. Esta estratégia não tem sidofácil de implementar, mas acreditamos que é uma estratégia aseguir.

Neste momento estamos a desevolver um projeto internamenteque com certeza trará novidades neste contexto, contudo ainda éprecoce avançar mais sobre este tema.

A MÃO-DE-OBRA QUALIFICADA É SEM DÚVIDA UM FATOR DIFERENCIADOR,NOMEADAMENTE NA REABILITAÇÃO. NÃO SERIA PERTINENTE OS FABRICAN-TES DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO PROMOVEREM NÃO SÓ OS SEUS PRO-DUTOS, MAS TAMBÉM A SUA CORRETA APLICAÇÃO? A IBERFIBRAN FÁ-LO?

De facto, é curioso verificar que há uma enorme pressão para osfabricantes garantirem a qualidade dos seus produtos, nomeada-mente através da sua certificação e marcação CE.

Essa exigência é normal e permite algum rigor e confiança nosector, no entanto, sabemos que entram em Portugal produ-tos que infelizmente não cumprem os requisitos legais. Estefacto prejudica o mercado, não enaltece o produto e compro-mete o trabalho das empresas que primam pela qualidade.

No que diz respeito à mão-de-obra, não há qualquer garantiaque os produtos estão a ser corretamente aplicados. A fisca-lização, nomeadamente em obras pequenas, é escassa egrande parte das vezes não consegue garantir o correto pro-cesso de aplicação. Os processos construtivos são comple-xos e apesar dos produtos cumprirem todos os requisitos exi-gidos por normas nacionais e/ou europeias, se a aplicaçãonão estiver correta está em causa todo o sistema com possí-veis consequências que podem ser muito graves.

A Iberfibran promove recorrentemente ações de formação,quer nas suas instalações, quer em instalações dos seusclientes, onde apresenta regras de boa aplicação dos seusprodutos. Ultimamente a Iberfibran tem apostado em açõesque explicam como se aplica um produto específico, e que ébastante utilizado em reabilitação de fachadas, o nossoFIBRANxps ETICS GF. O retorno tem sido positivo, mas con-sideramos que ainda há muito trabalho a fazer.

O saber fazer é fundamental e tanto quanto sei não há insti-tuições a ensinar o “saber fazer” nesta área. São quase sem-pre os produtores a terem esse papel, o que me pareceescasso.

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Entrevista

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ECONOMIAInquérito de Conjuntura

Estatísticas - Confidencial Imobiliário

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Inquérito de Conjuntura2º Trimestre de 2015

VENDAS E STOCKS - 2º TRIMESTRE 2015(SRE - saldo das respostas extremas)

APRECIAÇÃO GLOBAL

O acréscimo das vendas no 2º trimestre do ano confirmou, deforma clara, a expetativa de continuidade no processo de recupe-ração do volume de negócios iniciado em 2014 e que fora reto-mado no trimestre anterior, após um final de ano menos positivo.

Em particular, o saldo das respostas extremas (SRE) no indicador“vendas” cifrou-se em +31,7% (que compara com +12,1% no tri-mestre anterior), com a percentagem das empresas que afirmou orespetivo aumento face ao período anterior a subir de 25,9% para34,2%, enquanto as que referiram a sua diminuição baixou de13,8% para escassos 2,5%. A apreciação relativa ao “nível de ati-vidade” melhorou de forma ainda mais significativa, apresentandoum SRE positivo (+38,3%, contra +12,7% no 1º trimestre de 2015).Com efeito, a percentagem dos inquiridos que classificaram a ati-vidade como Boa aumentou de 28% para 44,7%, enquanto a per-centagem que considerou a respetiva atividade com Deficientediminuiu de 16% para apenas 6,4%.

O subsector armazenista, que tem apresentado o melhor desem-penho ao longo dos períodos anteriores, revelou, uma vez mais, omaior progresso nas vendas, mas foi o subsector retalhista, que játinha dado sinais de recuperação no trimestre anterior, que regis-tou as apreciações mais positivas no nível de atividade.

O aumento mais expressivo das vendas do que ambos os sub-sectores previam terá determinado a necessidade de reforçar osstocks, invertendo a tendência de correção em baixa que de formasistemática se vinha observando sobretudo ao nível do subsectorretalhista. Não obstante, o número de empresas que afirmaram oaumento das existências foi muito inferior ao das que aumentaramas vendas, deduzindo-se que, de uma forma geral, o nível de exis-tências se encontrará atualmente mais adequado ao nível da ativi-dade.

2º TRIMESTRE DE 2015

Indicadores Saldo das respostas extremas (%)Sector Armazenistas Retalhistas

Vendas + 31,7 + 40,3 + 26,5

Existências + 2,5 + 5,5 + 0,8

Preços + 3,5 + 8,3 + 0,7

Atividade + 38,3 + 32,0 + 45,5

Vendas homólogas + 42,6 + 40,0 + 45,5

A evolução mais favorável do desempenho das empresas do seg-mento armazenista que se vem registando desde final de 2013 einício de 2014, espelhou-se, de algum modo, na comparação dasvendas com o período homólogo, que não obstante ter sido muitofavorável, não foi tão espetacular como o salto observado na áreadas empresas retalhistas.

- Vendas face ao trimestre anterior aumentaram para a maioria das empresas- Quase metade das empresas inquiridas considerou o nível de atividade como “Bom” - As previsões para o 3º trimestre apontam para a continuidade do crescimento dos negócios

Economia

De facto, neste 2º trimestre, o subsector retalhista registou no indi-cador “vendas homólogas” um SRE de +45,5% (contra -22,3% notrimestre anterior) a que correspondeu uma percentagem de59,1% de respostas que afirmaram o aumento das vendas face ao2º trimestre de 2014, enquanto no subsector armazenista o SRE foiligeiramente menor (+40%), apesar de 60% das respostas referi-rem o aumento.

Relativamente aos preços de venda, a evolução foi também posi-tiva em ambos os subsectores, embora pouco expressiva e restri-ta, uma vez mais, a menos de 30% das famílias de produtos con-sideradas. Este comportamento deverá continuar a entender-secomo favorável à defesa das margens de comercialização, sobre-tudo se tivermos em conta a diminuição dos preços dos combustí-veis, cuja influência é muito relevante ao nível dos custos.

As respostas no sentido do aumento dos preços de venda incidi-ram, principalmente, nos seguintes grupos de produtos: “tetos edivisórias, “tubagens e acessórios de ferro e cobre”, “tubagens eacessórios em plástico”, “portas metálicas, automáticas e automa-tismos para portas”, “aquecimento e refrigeração de água ouambiente” e “aparelhos e equipamentos elétricos e eletrónicosdiversos”.

1º TRIMESTRE DE 2015

Indicadores Saldo das respostas extremas (%)Sector Armazenistas Retalhistas

Vendas + 12,1 + 11,5 + 12,8

Existências - 2,6 + 3,3 - 9,1

Preços + 12,9 + 18,0 + 7,2

Atividade + 12,0 + 12,5 + 11,1

Vendas homólogas + 8,0 + 25,0 - 22,3

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mestres anteriores, a prevalência das empresas armazenistas(28% das respostas), enquanto no segmento retalhista a utilizaçãodo crédito bancário foi referida por apenas 18,2%. Não se regista-ram respostas de empresas que indicassem a utilização do crédi-to para investimento

Das empresas que recorreram ao crédito (23,4%), 6,4% conside-raram “difícil” a sua obtenção, contra as restantes 17% que afirma-ram ter sido “fácil”. A evolução da apreciação pelas empresas dorespetivo “nível de atividade” foi, como afirmámos acima, clara-mente positiva em ambos os subsectores e acompanhou de pertoa observada nas “vendas homólogas”.

Como já referimos, a evolução trimestral do sector apresentou,genericamente, um comportamento muito favorável em quasetodos os indicadores, com exceção dos preços de venda.Recordamos todavia, que no que diz respeito às “existências” osinal positivo significa um aumento relativo do “investimento” emstocks que, não sendo correspondido por um aumento proporcio-nal das vendas (o que não é o caso), pode ser considerado umfator desfavorável para a rentabilidade da operação comercial.

As respostas no sentido de descida limitaram-se aos “materiaisbásicos (cimento, cal, gesso, areia, pedra e brita)”, às “telhas, tijo-los e outros produtos de barro vermelho e grés” e aos “produtos defibrocimento (chapas para coberturas)”.

EVOLUÇÃO DO NÍVEL DE ATIVIDADE(SRE - saldo das respostas extremas)

VARIAÇÃO DOS VALORES DOS SALDOS DAS RESPOSTASEXTREMAS FACE AO TRIMESTRE ANTERIOR

VOLUME DE VENDAS COMPARADOCOM O MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR(SRE - saldo das respostas extremas)

A evolução do indicador “vendas homólogas” foi ainda mais positi-va, com destaque para as empresas do segmento retalhista.

No conjunto do sector, 83% das respostas (contra 64% no períodoanterior) referiu a manutenção ou o aumento das vendas face ao 2ºtrimestre de 2014, enquanto apenas 17% afirmaram a respetivadiminuição.

Entre as empresas retalhistas a percentagem de respostas quereferiu o aumento foi, pela primeira vez em muito tempo, superior àdos que reportaram a diminuição (59,1% contra 13,6%), enquantoentre as empresas armazenistas se registaram três vezes mais res-postas no item “aumento” (60%) que no item “diminuição” (20%).

2º TRIMESTRE DE 2015(variação dos valores do SRE - saldo das respostas extremas

- face ao trimestre anterior)

Variação do saldo das respostas Indicadores extremas em pontos percentuais

Sector Armazenistas Retalhistas

Vendas + 19,6 + 28,8 + 13,7

Existências + 5,1 + 2,2 + 9,9

Preços - 9,4 - 9,7 - 6,5

Atividade + 26,3 + 19,5 + 34,4

Vendas homólogas + 34,6 + 15,0 + 67,8

(sinal “-” indica pioria ou diminuição; sinal “+” indica melhoria ou aumento)

O dado mais significativo deste período foi, na verdade, o aumen-to notável dos indicadores relativos à apreciação do “nível de ativi-dade” e, particularmente, das “vendas homólogas”.

As empresas cuja atividade foi “deficiente” assinalaram os fatoresque consideraram mais prejudiciais. Neste trimestre, resumiram-seà “falta de encomendas” com 100% das respostas (contra 75% notrimestre anterior), e às “dificuldades de tesouraria” com 50%.

O recurso ao crédito bancário para financiamento da atividade cor-rente manteve-se ao mesmo nível do trimestre anterior (23,4%,contra 24% das respostas), verificando-se, ao contrário dos dois tri-

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Economia

De igual modo, o consumo de cimento no território nacionalregistou um aumento homólogo de 4,6% nos primeiros seismeses de 2015, invertendo umo ciclo de 7 anos consecutivosde quebras no consumo desta matéria-prima.

Como referimos, o segmento da habitação é o que apresentamaior dinamismo, tendo-se registado no 2º trimestre do anouma subida de 14,4%, em termos homólogos, do número delicenças para construção de edifícios novos de habitação fami-liar. Este segmento é o principal responsável pelo incrementoda construção nova, enquanto, por outro lado, as licenças paraobras de reabilitação continuam a diminuir. Com efeito, asobras licenciadas para construções novas aumentaram 2,3%face ao 2º trimestre de 2014, mas as obras de reabilitaçãodiminuíram 26,3%.

Esta diminuição sistemática do número de licenças para obrasde reabilitação parece um paradoxo, atento o que nos é dadoobservar, mas isso dever-se-á, provavelmente, ao fato de umagrande maioria dos trabalhos nesta área não estarem sujeitosa licenciamento.

Entretanto, confirmou-se o atraso generalizado na aplicaçãodos fundos do Portugal 2020, nomeadamente os que se desti-nam à regeneração urbana e à eficiência energética, caso emque ainda estão por aprovar os regulamentos dos respetivosinstrumentos financeiros.

Provavelmente, estes apoios só começarão a ficar disponíveislá para o início de 2016, pelo que a retoma da atividade daconstrução até lá ainda continuará muito limitada, fundamen-talmente ao crescimento do sector turístico e ao investimentodireto estrangeiro no imobiliário, bem como à melhoria dasituação de endividamento das famílias e ao crescimento docrédito à habitação.

VENDAS PREVISTAS E VENDAS REALIZADAS(saldo das respostas extremas)

As previsões para o 3º Trimestre de 2015 mostram a continuaçãode uma tendência positiva, embora de forma mais mitigada entreas empresas do subsector retalhista.

PERSPETIVAS PARA O 3º TRIMESTRE DE 2015

Indicadores Saldo das respostas extremas (%)Sector Armazenistas Retalhistas

Cart. Encomendas + 14,6 + 30,5 + 5,5

Vendas + 16,1 + 27,7 + 9,4

Enc. Forneced. + 15,1 + 25,0 + 9,4

Existências + 6,0 + 6,9 + 5,5

Conforme se pode inferir do quadro acima, as expetativas dasempresas do subsector armazenista sugerem, à semelhança doque se observou no estudo anterior, uma elevada confiança noaumento das vendas.

Na verdade, permanecemos sinais vindos do sector imobiliário e,também, da atividade da construção de edifícios, onde se registamcrescimentos significativos quer nos trabalhos de renovação e rea-bilitação, quer na construção nova de habitação e de edifícios parao sector turístico. De salientar, igualmente, o aumento substancialregistado desde o início do ano no crédito à habitação, quedemonstra uma atitude diferente e mais favorável da banca relati-vamente ao sector imobiliário.

Alguns dos indicadores relativos ao licenciamento de obras conti-nuam a apresentar uma evolução positiva, registando-se no 2º tri-mestre do ano um aumento homólogo de 21,9% no número defogos licenciados em construções novas para habitação, corres-pondendo a +5,7 p.p. face à variação registada no trimestre ante-rior (16,2%).

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Estatísticas Confidencial Imobiliário

HIATO ENTRE A OFERTA E A PROCURA RECUPERA PARA 23% NA AMPORTO

No acumulado dos 12 meses entre o 2º trimestre de 2014 e o 1º tri-mestre de 2015, foi reportada ao SIR - Sistema de InformaçãoResidencial, pelo conjunto de empresas de promoção e mediaçãoimobiliária que integram este sistema, a transação de 721 imóveisresidenciais na Área Metropolitana do Porto (AM Porto). O preçomédio de venda destas transações fixou-se em 1.064 €/m² no períodoem análise, atingindo os 1.677 €/m² no caso dos fogos novos e os 890€/m² para os usados.

Os concelhos do Porto, Vila Nova de Gaia e Matosinhos figurarammais uma vez como os principais mercados da área metropolitana nos12 meses em estudo. No que respeita ao preço médio de venda, oconcelho do Porto foi o que registou um valor mais elevado no perío-do, de 1.321 €/m². Seguiu-se Matosinhos, com 1.074 €/m², sendo queVila Nova de Gaia se apresentou como o mercado mais barato deentre estes três, com um preço médio de venda de 859 €/m².

A comparação entre o preço médio das vendas realizadas e o valormédio da oferta disponível no mercado apontou, no 1º trimestre de2015, para um gap de mercado de -23% na AM Porto, o que denotaque as transações protagonizadas pela pool SIR nesta região se rea-

lizaram a um preço 23% inferior ao valor médio dos fogosem oferta nesse mercado. Entre o 2º trimestre de 2014 e o1º trimestre de 2015 este indicador apresentou uma recu-peração de 3 pontos percentuais (p.p.) nesta região. Aonível concelhio, o hiato entre a oferta e a procura atingiu,no 1º trimestre de 2015, os -27% no Porto e em Vila Novade Gaia, mostrando-se menos acentuado em Matosinhos,onde se cifrou em -24%.

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Economia

LISBOA LICENCIA 158 PROJETOS NO 1º SEMESTRE DE 2015

Os dados relativos ao licenciamento de obras fornecidospela Câmara Municipal de Lisboa (CM Lisboa) indicamque, no 1º semestre de 2015, foram emitidas licenças para158 projetos de obras localizadas neste município.

Tal como em 2014, também no 1º semestre de 2015 maisde 90% (mais concretamente 94%) dos projetos alvo deemissão de alvará era relativo a obras de reabilitação.

Estas incluíam 125 projetos de obras em edificado e 23projetos de obras de escassa relevância, isto é, obrasem edificado cujo alvará possui uma validade até 3meses.

Comparando com o 2º semestre de 2014, nos seis pri-meiros meses de 2015 a atividade de licenciamentodecresceu em Lisboa, nomeadamente 16%, verifican-do-se o mesmo comportamento relativamente ao 1ºsemestre de 2014, sendo que neste caso se observouuma redução muito pouco significativa, de apenas 1,3%.

Desagregando entre obras de reabilitação e de constru-ção nova, a desaceleração desta atividade em Lisboareflete essencialmente a evolução da emissão de licen-ças para o primeiro tipo de obras.

Quer para as obras em edificado, quer para as obras deescassa relevância observou-se uma menor quantidadede licenças emitidas no 1º semestre de 2015 face ao 2ºsemestre de 2014. Já para as obras de construção nova,apesar da sua reduzida representatividade, a emissãode alvarás tem vindo a crescer ligeiramente no municípiode Lisboa.

MAIS PROCURA E OFERTA CONTIDA SUPORTAM A RECUPERA-ÇÃO DOS PREÇOS

O RICS/PHMS de Agosto de 2015 mostra um desequi-líbrio decorrente do aumento das instruções de compra(procura) e da queda das novas indicações de venda(oferta). Esse efeito suporta um aumento constante dospreços das casas. Do mesmo modo, no mercado dearrendamento, a sólida procura por parte dos arrenda-tários tem contribuído para um ligeiro aumento das ren-das apesar de ainda se esperar uma tendência relativa-mente estável nos próximos meses.

Com a procura a superar a oferta, os preços das casascontinuaram a recuperar em todas em regiões. Mais, osúltimos resultados sugerem que durante o mês deAgosto a taxa de crescimento dos preços da habitaçãoacelerou em todos os mercados abrangidos peloHousing Survey.

Os respondentes continuam confiantes quanto à subidados preços quer para os próximos três meses quer paraos próximos 12 meses. De facto, durante o próximoano, os inquiridos preveem que os preços subam 3% aonível nacional e, em média, cerca de 5% ao ano duranteos próximos cinco anos.

Por seu turno, o indicador de confiança nacional (umindicador composto pelas expetativas a 3 meses relati-vas a vendas e preços) subiu de +28 para +32, esten-dendo a sua trajetória positiva ao vigésimo segundomês consecutivo.

Mais informação sobre a Ci disponível em www.confidencialimobiliario.com.

A Confidencial Imobiliária (Ci) é uma revista especializada na produ-ção de estatísticas e bases de dados sobre imobiliário. Entre outrosconteúdos, monitoriza o investimento imobiliário, tratando os dados dolicenciamento municipal de obras emitido mensalmente pelas princi-pais autarquias metropolitanas.

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MATERIAIS DE RENOVAÇÃOE REABILITAÇÃO

artigoentrevistas

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A engenharia civil tem um papel fundamental na promoção deuma sociedade sustentável, pilar importante da Estratégia Europa2020, enquanto contribuinte para a criação de emprego e para ocrescimento económico. Neste contexto, são necessários novosdesenvolvimentos para mitigar o impacto humano no ambiente,melhorar a qualidade de vida e promover o uso eficiente dosrecursos. A missão da engenharia civil contemplará cada vez maiso desenvolvimento de métodos e tecnologias para verificar emelhorar o comportamento das estruturas existentes, de modo aprolongar a sua vida útil e/ou aumentar a sua capacidade decarga.

Em termos da construção nova, as estruturas de betão sustentá-veis serão aquelas que apresentem grande durabilidade, exigindoapenas intervenções mínimas de manutenção preventiva compoucas ou nenhumas interrupções de funcionamento ao longo dasua vida útil, assim como a maior relação capacidade decarga/peso próprio da construção. A utilização dos recursos natu-rais será assim minimizada e a economia maximizada. Estes obje-tivos podem ser alcançados, entre outros, com o uso de novosmateriais, tais como o betão de ultra-elevado desempenho refor-çado com fibras (Ultra-High Performance Fibre ReinforcedCement Based Composites - UHPFRC). Este material proporcio-na uma combinação ótima de propriedades, como sejam a eleva-da resistência à compressão, o comportamento com endureci-mento em tração e a muito baixa permeabilidade. O UHPFRCpode também ser auto-compactável facilitando a sua colocaçãoem moldes, e o fabrico de elementos esbeltos e de geometriacomplexa.

O UHPFRC emergiu em meados dos anos 90 e o conhecimentoentretanto acumulado permitiu já a realização de algumas obrasnotáveis [1,2]. No entanto, é nas aplicações de reabilitação ereforço, ou no projeto de estruturas compósitas de betão eUHPFRC, que o uso deste material é mais eficiente e justificável.De facto, com a exceção das zonas sujeitas a exposição ambien-tal mais agressiva ou a cargas muito elevadas, as estruturas debetão armado mostram, em geral, um desempenho adequado.Desta forma, o conceito de base consiste em aplicar o UHPFRCapenas nas regiões da estrutura onde as suas notáveis proprieda-des em termos de durabilidade e resistência sejam completamen-te exploradas. Apesar deste conceito se aplicar de forma imediataao reforço e reabilitação de vigas, pilares, túneis, paredes e lajesem betão armado, é nestas últimas que esta técnica tem conheci-do mais sucesso [3], ver Figura 1, mesmo sem que existam aindarecomendações de projeto que enquadrem o seu uso.

De facto, a experiência recente mostra que, no caso de lajes,podem ser realizadas grandes intervenções num período detempo limitado, assegurando o mínimo de disrupção para o dono--de-obra e utilizadores da estrutura. Considerando ainda que tantoa resistência como a durabilidade da estrutura existente podemser significativamente melhoradas, e que os trabalhos envolvidosnão exigem muita mão-de-obra, esta técnica de reforço é compe-titiva do ponto de vista económico em aplicações dereparação/reforço, apesar do elevado custo unitário do material.

O UHPFRC é um material cimentício avançado que incorpora umadosagem corrente de 3% em volume de fibras de aço curtas de ele-vada resistência, com esbeltezas na ordem de 50 a 80, uniforme-mente distribuídas numa matriz de cimento ultra-compacta. Emgeral, a matriz cimentícia é composta por cimento, sílica de fumo,areia fina (dmáx≤1mm) e uma razão água/ligante inferior a 0.2. Estacombinação fornece ao material um comportamento à tração carac-terizado por um ramo linear elástico até valores da tensão de traçãode 7 a 11MPa seguido por um ramo de endurecimento até níveis deextensão de 2 ‰ a 5‰ e tensões de pico da ordem de 9 a 15MPa[2] (ver Figura 2).

O ramo endurecimento é geralmente acompanhado de microfissu-ras muito finas na camada de UHPFRC (ver Figura 3) e é funda-mental em aplicações de reforço e reabilitação, na medida em quepermite acomodar os efeitos das deformações restringidas semcomprometer a durabilidade. O endurecimento e a resistência à tra-ção são essencialmente governados pela aderência das fibras àmatriz e pela esbelteza, dosagem e orientação das fibras. Estesdois últimos aspetos dependem do comportamento reológico domaterial no estado fresco, do processo de colocação e da geome-tria do elemento estrutural, o que aponta claramente para a neces-sidade de controlar e avaliar a distribuição e orientação das fibrasna estrutura final.

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Aplicação de UHPFRC no Reforço de Elementos de Betão Armado

SANDRA NUNES ([email protected]), PROFESSORAAUXILIAR, CONSTRUCT-LABEST, FACULDADE DE ENGENHARIA (FEUP), UNIVERSIDADE DO PORTOMÁRIO PIMENTEL ([email protected]), PROFESSOR AUXILIAR, CONSTRUCT-LABEST, FACULDADE DE ENGENHARIA (FEUP), UNIVERSIDADE DO PORTO

Figura 1 - Aplicação de camadas de UHPFRC na reabilitação de estruturas de betão armado: (a) Camada de UHPFRC como impermeabilização (hU = 20 a 30 mm); (b) Camada de UHPFRC armada para reforço e impermeabilização (hU = 40 a 70 mm).

Figura 2 - Comportamento à tração do UHPFRC desenvolvido na FEUP. Os resultados correspondem a uma dosagem de fibras igual a 3.0%

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Figura 3 - Microfissuras num provete de UHPFRC evidenciando a exis tência de endurecimento

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Os ensaios do material através de provetes recolhidos “in-situ”são demorados, dispendiosos e nem sempre são representati-vos do material aplicado na totalidade da estrutura. Os métodosnão-destrutivos podem permitir um rápido controlo de qualidadedo conteúdo em fibras e da sua orientação preferencial nacamada de UHPFRC endurecido. No âmbito do projeto deinvestigação PTDC/ECM/122446/2010, desenvolvido naFaculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), foidesenvolvido um método não-destrutivo baseado na mediçãoda permeabilidade magnética do UHPFRC [4]. Na Figura 4apresenta-se a sonda desenvolvida para o efeito juntamentecom um medidor RLC necessário para o ensaio.

O UHPFRC pode ser encarado como um compósito constituídopor duas fases com propriedades magnéticas muito diferentes.A matriz é caracterizada por uma permeabilidade magnética μsemelhante à do ar (praticamente igual à do vácuo, μ0), inde-pendentemente da sua composição e idade. As fibras sãocaracterizadas por uma permeabilidade magnética μFe muitosuperior a μ0. Desta forma, é fácil de perceber que a mediçãode um parâmetro influenciado pela permeabilidade magnéticado material compósito fornece informação acerca da dosageme orientação das fibras. A permeabilidade magnética de ummaterial é, em geral, expressa como a permeabilidade relativa(μr), que é o fator pelo qual a permeabilidade do material exce-de a do vácuo (µr=µ/µ0).

Tal como se pode observar na Figura 5, a representação gráficados resultados de μr obtidos em duas direções ortogonais (X eY) permite distinguir claramente os grupos de provetes comuma orientação preferencial das fibras e os grupos de provetescorrespondentes a cada uma das dosagens de fibras testadas.Na Figura 6 apresenta-se um resultado típico da aplicação dométodo sobre uma camada de reforço com vista a controlar asvariações de dosagem das fibras.

Figura 4 - Sonda desenvolvida para avaliar a permeabilidade magnética do UHPFRC

Figura 5 - Distinção da dosagem e orientação das fibras em provetes de UHPFRC

Figura 6 - Variação da dosagem de fibras numa camada de reforço com UHPFRC

No âmbito do mesmo projeto de investigação foram ensaiadasvigas de betão armado e vigas de betão armado reforçadas comuma camada de UHPFRC, ver Figura 7 [5]. Os elementos foramensaiados na configuração de viga isostática com um tramo emconsola. Foram definidas duas configurações distintas para a sec-ção transversal e para os vãos com o objetivo de obter roturas porflexão (série L) e roturas por corte (série V).

Os diagramas carga-deformação para os provetes das séries L eV estão apresentados na Figura 8. Os resultados obtidos para asérie L (com roturas por flexão) permitiram concluir que não énecessária conexão mecânica entre a nova camada e o betãoexistente desde que a superfície de contacto tenha rugosidadesuficiente. A resistência das armaduras na camada de reforçopôde ser totalmente mobilizada, não sendo inibida pela delamina-ção do reforço. O comportamento para cargas equivalentes às deserviço é excelente.

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Em suma, os resultados obtidos confirmam a potencialidade destatécnica. Para além disso, os resultados dos diversos ensaios dedurabilidade confirmaram que este material apresenta uma eleva-da resistência à penetração de agentes agressivos.

Como exemplo de aplicação prática recente do UHPFRC no con-texto da reabilitação de estruturas, é de destacar a obra de reforçodos viadutos de Chillon, na Suíça. Os viadutos de Chillon, abertosao trânsito em 1969, são dois viadutos paralelos de betão pré--esforçado com 2150 m de comprimento, com vãos que variamentre 92 e 104 m, e cada um suportando uma faixa de rodagemcom 12 m de largura (Figura 9).

Cada viaduto possui 22 pilares e 2 encontros e está dividido em 5estruturas independentes através de juntas de dilatação. A secçãotransversal consiste numa viga caixão constituída por um núcleoretangular oco com 5 m de largura e duas consolas laterais ocascom 4 m de vão, perfazendo uma largura total de 13 m. Após 45anos de serviço, o betão dos viadutos começou a exibir os primei-ros sinais da ocorrência de reações alcális-silica (ASR) que pode-riam conduzir à deterioração da resistência do betão.

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A ductilidade da rotura é sempre inferior à de uma estrutura mono-lítica de betão armado com as mesmas dimensões e armadura daestrutura compósita. Isto é devido à forte aderência entre oUHPFRC e as armaduras nervuradas. Os resultados obtidos paraa série V (com roturas por corte) demonstram a grande eficiênciada camada de UHPFRC no reforço ao corte de elementos semarmaduras de esforço transverso, tanto no aumento da capacida-de de carga como da ductilidade associada à rotura.

Figura 7 - Betonagem da camada de UHPFRC: a) Vista da superfície tratada;

Figura 8 - Comportamento estrutural de estruturas reforçadas: (a) Série L, sendo LS a laje original, LD uma laje monolítica com armadura e espessura igual às da laje reforçada, e L-RU a laje reforçada;

Figura 7 - Betonagem da camada de UHPFRC: b) UHPFRC auto-compactável.

Figura 8 - Comportamento estrutural de estruturas reforçadas: (b) Série V, sendo VD e V-RU vigas com a mesma armadura e espessura total, contendo a última uma camada de 5 cm de UHPFRC.

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A realização da intervenção de reforço num período de tempocurto foi particularmente importante neste caso, dado que estesviadutos integram uma das auto-estradas com maior intensida-de de tráfego da Suíça. Isto foi conseguido à custa de um equi-pamento desenvolvido especificamente para a aplicação doUHPFRC (ver Figura 10). O custo total da intervenção rondouos 230CHF/m2 (cerca de 200€/m2 ao câmbio atual) [6]. O ensaionão-destrutivo desenvolvido na FEUP foi aplicado em diversaszonas da nova camada (Figura 11) com o objetivo de controlara qualidade do UHPFRC aplicado ao longo do viaduto. Osresultados obtidos permitiram confirmar a dosagem nominal defibras e indicaram igualmente uma ligeira orientação preferen-cial das fibras na direção longitudinal, provavelmente induzidapelo equipamento de betonagem.

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Neste contexto, foi necessário limitar a exposição do betão àágua, tendo em vista retardar a reação bem como reforçar a lajedo tabuleiro em termos da sua resistência à flexão, corte e fadiga.Para tal, foi proposta a aplicação de uma camada de UHPFRCcom 40 mm de espessura reforçada com armadura de modo aproporcionar o reforço e impermeabilização da laje necessários[6]. A camada de UHPFRC aplicada no viaduto de Chillon foi fabri-cada com uma mistura comercial pré-doseada, que contém 3,0%em volume de fibras de aço lisas (lf=14 mm; df=0,2 mm).

A solução de reforço com UHPFRC revelou-se competitiva doponto de vista económico, tanto em termos de custos diretoscomo de custos para os utilizadores. A intervenção foi tambémpouco invasiva, o que contribuiu para preservar o valor culturaldestes viadutos. A competitividade desta solução deve-se ao factode permitir satisfazer múltiplos requisitos, nomeadamente:

• Reforço da laje do tabuleiro no sentido transversal à flexão,corte e fadiga;

• Aumento da resistência sobre os pilares e da rigidez na direção longitudinal;

• Impermeabilização do betão de laje existente, limitando assimo desenvolvimento da ASR;

• Aumento residual do peso próprio;

• Período de intervenção curto (inferior a 30 dias úteis para umviaduto de 2150 m de comprimento), e bem abaixo daqueleque seria requerido por soluções de reforço convencionais.

Figura 9 - Viadutos de Chillon, Suíça

Figura 10 - Equipamento usado para a descarga e nivelamento do UHPFRC aplicado na lajedo tabuleiro

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ConclusõesA aplicação de uma camada exterior de UHPFRC (com ou sem arma-dura) tem-se revelado uma técnica muito eficiente para reforçar eaumentar significativamente a durabilidade de estruturas existentes debetão armado e pré-esforçado. Na ausência de armadura nestasnovas camadas, o comportamento mecânico do material e o desem-penho dos elementos estruturais reforçados dependem significativa-mente da distribuição e orientação das fibras. Foi desenvolvido naFEUP um método não-destrutivo que permite verificar facilmente adosagem das fibras e a eventual orientação preferencial das mesmasem camadas de UHPFRC endurecido, já aplicado na estrutura.

Em termos de construção nova, e particularmente na indústria da pré-fabricação, prevê-se também um aumento da utilização do UHPFRCnum futuro, uma vez que este permite aumentar a sustentabilidadedas estruturas através da satisfação das exigências técnicas necessá-rias para alongar o seu ciclo de vida útil e reduzir a pegada de CO2

relacionada com a sua construção.

Esta linha de investigação continuará a ser desenvolvida no âmbito daUnidade de Investigação CONSTRUCT-LABEST da FEUP [7], cen-trando-se em questões de importância imediata para a indústria envol-vida na produção e aplicação deste tipo de materiais.

AgradecimentosEste trabalho foi financiado por Fundos FEDER através doPrograma Operacional Factores de Competitividade - COMPETEe por Fundos Nacionais através da FCT - Fundação para aCiência e a Tecnologia no âmbito do projeto PTDC/ ECM/ -122446/2010. Os autores agradecem ainda a colaboração dasempresas Secil, Omya Comital, Mc-Bauchemie, Sika, Chryso,KrampeHarex, Concremat, STAP e Rangel.

Figura 11 - Ensaios com a sonda magnética na camada de UHPFRC aplicado no viaduto Chillon

Referências

[1] AFGC. Ultra high performance fibre-reinforcedconcrete. Interim recommendations. 2002.

[2] Fehling E, Schmidt M, Walraven J, LeutbecherT, Fröhlich S. Ultra-High Performance ConcreteUHPC: Fundamentals, Design, Examples. Ernst& Sohn; 2014.

[3] Brühwiler E. Rehabilitation and Strengtheningof Concrete Structures Using Ultra-High Per -formance Fibre Reinforced Concrete. Struct EngInt 2013;23:450-7.

[4] Nunes S, Ribeiro F, Carvalho A, Pimentel M,Brühwiler E, Bastien-Masse M. Avaliação não-destrutiva da dosagem e orientação das fibras emcamadas de UHPFRC. BAC2015 - IV CongressoIbero-Americano Sobre Betão Auto Compactável,Porto, 2015, p. 517-526.

[5] Pimentel M, Nunes S, Lopes A. Análise expe-rimental de elementos estruturais reforçados comuma camada de UHPFRC. BAC2015 - IVCongresso Ibero-Americano Sobre Betão Auto-Compactável, Porto, 2015, p. 527-537.

[6] Brühwiler E, Bastien-Masse M, Mühlberg H,Houriet B, Fleury B., Cuennet S, Schär P, BoudryF, Maurer M. Strengthening the Chillon viaductsdeck slabs with reinforced UHPFRC. IABSEConference, Genebra, 2015, p. 1171-1178.

[7] CONSTRUCT-LABEST, Faculdade de Enge -nharia (FEUP), Universidade do Porto. http:// www.fe.up.pt/labest.

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Entrevista Marcos CastroDiretor de Marketing da CIN

COMO CARACTERIZA A EMPRESA E QUE BALANÇO FAZ DA SUA ATIVIDADE?

A CIN atua no mercado das tintas e vernizes, e marca presençanos principais segmentos de mercado, ou seja, a construçãocivil, a indústria, e a proteção anticorrosiva. Somos líderes domercado ibérico desde 1995 e, atualmente, a CIN é o 17º maiorfabricante europeu de tintas e o 53º a nível mundial.

Com sete unidades fabris em países como Portugal, Espanha,França, Angola e Moçambique, exportamos para vários merca-dos da Europa Central, da América Latina, da África e da Ásia.

Em 2014, a CIN atingiu um volume de faturação consolidada de 194 milhões de euros,o que representa uma subida de 4% face ao ano anterior. Para 2015, prevemos ultrapas-sar uma faturação consolidada de € 200 milhões, sendo que até à data estamos dentrodessa expectativa.

QUE ANÁLISE FAZ DO MERCADO E COMO PREVÊ A SUA EVOLUÇÃO PARA OS PRÓXIMOS ANOS? QUEESTRATÉGIAS DEVERÃO SER TOMADAS PELA EMPRESA?

Podemos dizer que o mercado está a evoluir positivamente este ano. Em relação aospróximos anos, prevê-se que a reabilitação continue a ser o principal drive deste merca-do, mas o seu comportamento será naturalmente muito influenciado pela situação eco-nómica, que ainda apresenta alguma instabilidade este ano.

O GRUPO CIN É UM DOS PRINCIPAISINTERVENIENTES NO MERCADO DAS TINTASE VERNIZES, LIDERANDO O MERCADONACIONAL DESDE 1992 E O MERCADO IBÉ-RICO DESDE 1995. A EMPRESA PRETENDEFORNECER AS MELHORES SOLUÇÕES COMA MELHOR EQUIPA DO MERCADO DE TIN-TAS; SATISFAZER OS CLIENTES E LIDERAR,COM COMPROMETIMENTO À EXCELÊNCIANO FORNECIMENTO DE PRODUTOS E SERVI-ÇOS INOVADORES DE QUALIDADE.

MARCOS CASTRO, DIRETOR DE MARKE-TING DA CIN, EM ENTREVISTA À REVISTA“MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO”, FALOU DAEMPRESA E DOS PRODUTOS QUE COMER-CIALIZAM E ABORDOU TEMAS IMPORTAN-TES COMO A REABILITAÇÃO, A SUSTENTA-BILIDADE, E O MEIO AMBIENTE, ENTREOUTROS.

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Em relação aos próximos anos, a retoma dos níveis de confiança einvestimento será essencial para redefinir o que será o futuro domercado face às novas circunstâncias, por isso esperamos que atendência positiva se mantenha para 2016.

CONSIDERA A REABILITAÇÃO COMO O MERCADO FUTURO NA CONSTRUÇÃO?

Julgamos que sim. Portugal viveu durante muitos anos uma situa-ção anormal quando comparada com o resto da Europa, no querespeita a construção nova. Atualmente, estamos numa situaçãoem que há um excesso de habitação em proporção à populaçãoque temos, pelo que não há procura para a construção nova. Nestesentido, atualmente, o foco é a reabilitação do edificado.

DENTRO DA GAMA DE PRODUTOS QUE POSSUEM, QUAL AQUELE QUE DES-TACARIA PARA ESTE TIPO DE MERCADO? QUAIS AS SUAS CARACTERÍSTI-CAS?

Destacamos o sistema cin-k - sistema de isolamento térmico peloexterior - como uma mais-valia na reabilitação do edificado existen-te porque permite dotar as habitações antigas, que apresentamuma baixa eficiência térmica (devido à não utilização ou utilizaçãode soluções de isolamento térmico pouco eficazes), de um renova-do comportamento térmico altamente eficaz.

Especificamente para a reabilitação deedifícios do casco histórico das cidades,salientamos a nossa tinta CinoxanoMineral que tecnicamente apresenta umcomportamento particularmente indicadoàquele tipo de edifícios e reproduz o aspe-to mineral das tintas usadas na época emque essas casas foram construídas.

QUAL A POLÍTICA DA EMPRESA RELATIVAMENTE À CONSERVAÇÃO E SUSTEN-TABILIDADE DO MEIO AMBIENTE?

A CIN foi uma das primeiras empresas europeias a desenvolverprodutos com menor impacte ambiental, sendo que as últimas ino-vações da CIN proporcionam aos nossos clientes diversas soluçõesde eficiência ou de menor impacto ambiental. Por exemplo, grandeparte das soluções dos produtos da CIN são de natureza aquosa,que é menos agressiva para o meio ambiente e para os utilizadores.Atualmente, somos a única empresa no mercado a comercializaruma tinta “zero COV” em todas as cores - a tinta Inspira Zero COV.

A CIN é também uma empresa certificada ambientalmente pelaNorma ISO 14001 e, no âmbito dessa certificação, adotou diversasmedidas de poupança energética, sustentabilidade ambiental ouracionalização de recursos, por exemplo. Da mesma forma, garan-timos o estrito cumprimento de todas as leis e regulamentos dosorganismos competentes à regulação da nossa atividade.

QUAIS OS PRINCIPAIS FATORES DIFERENCIADORES DA EMPRESA FACE AOSSEUS CONCORRENTES?

A CIN é uma marca jovem, moderna, inovadora e que lança tendên-cias de cor no mercado há mais de 15 anos consecutivos. É líderibérico de vendas, tem uma excelente relação qualidade-preço,muitos dos seus produtos são premiados, distinguindo-se no mer-cado pela feliz confluência de todos estes fatores. O caminho dainovação e da sustentabilidade que temos vindo a trilhar resulta emsoluções e produtos diferenciadores, para um consumidor exigentee informado, que conhece e valoriza o posicionamento da CIN.

QUAIS OS PLANOS DA EMPRESA PARA OS PRÓXIMOS ANOS?

Atualmente, a CIN está já presente em vários mercados, comosejam a Europa Central, América Latina, África e Ásia, mas preten-demos continuar a reforçar a nossa presença noutros mercadosexternos. Exemplo disso mesmo é a recente consolidação da CIN nomercado francófono, onde estimamos atingir os 5 milhões de eurosde vendas em 2016. Este projeto teve um crescimento significativoem 2014, dando origem a seis novas lojas em França, três naBélgica e uma na Suíça, todas em regime de parceria/franchising.

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Entrevista José Manuel Santos Administrador da Diera

ESPECIALISTA EM VERNIZES, A DIERA PRODUZPARA OS PRINCIPAIS FABRICANTES NACIONAIS DEPAVIMENTOS EM MADEIRA E CORTIÇA, E EXPORTADIRETA OU INDIRETAMENTE PARA MAIS DE 20 PAÍ-SES NA EUROPA, ÁFRICA, ÁSIA E AMÉRICA.

NESTA ENTREVISTA, JOSÉ MANUEL SANTOS,ADMINISTRADOR DA DIERA, FALA-NOS DA FORMACOMO A EMPRESA ESTÁ ORGANIZADA, DAS ESTRA-TÉGIAS TOMADAS PARA QUE HAJA UMA EVOLUÇÃOPOSITIVA NOS PRÓXIMOS ANOS, DA REABILITAÇÃO,ASSIM COMO DOS PRODUTOS QUE COMERCIALIZAMNESTE ÂMBITO, ENTRE OUTOS TEMAS.

QUE ANÁLISE FAZ DO MERCADO E COMO PREVÊ A SUA EVOLUÇÃO PARA OSPRÓXIMOS ANOS? QUE ESTRATÉGIAS DEVERÃO SER TOMADAS PELA EMPRE-SA?

Após alguns anos em que o mercado da construção atravessouuma crise profunda, que afetou principalmente o sector da constru-ção nova, estamos finalmente a sentir um clima de retoma, apoiadoem particular pelo ressurgimento do sector da reabilitação.

Esta crise, apesar da sua gravidade e longevidade, teve algunsefeitos benéficos, nomeadamente na eliminação de muitas máspráticas assentes no facilitismo e na expansão não sustentada domercado. Permitiu também uma espécie de realinhamento do mer-cado para um sector há muito negligenciado em Portugal, que é oda reabilitação da construção existente, degradada e a necessitarurgentemente de medidas para a sua preservação.

CONSIDERA A REABILITAÇÃO COMO O MERCADO FUTURO NA CONSTRUÇÃO?

Sem dúvida, arriscando mesmo dizer que o mercado da reabilitação,a par com a construção sustentada, será a raison d’être da cons -trução civil neste século que se inicia.

O final do século passado, e início do atual, foram férteis num cres-cimento desmedido do mercado da construção nova. Como resul-tado desse frenesim construtivo, cometeram-se muitas e terríveisasneiras no sector, seja a nível de planeamento urbanístico, designarquitetónico, qualidade dos materiais, ordenamento territorial, etc.,frequentemente apoiadas e incentivadas por más políticas deapoios estatais e gestão duvidosa dos dinheiros públicos, com ile-galidades e suspeitas de corrupção a assolarem e a darem maunome ao sector.

A crise veio por um fim a quase tudo isto, e obrigou o mercado afocar-se, sob risco de colapsar sobre o seu próprio peso.

COMO CARACTERIZA A EMPRESA E QUE BALANÇO FAZ DASUA ATIVIDADE?

Fundada em 1967, a Diera é uma empresa de matriz100% portuguesa, que iniciou a atividade com umaunidade de produção limitada a um produto e duasreferências. Hoje, com uma equipa de 60 pessoas e 3unidades distintas de produção, produz e comerciali-za mais de 200 produtos, quer no domínio das arga-massas (argamassa cola, argamassa de juntas, arga-massas técnicas e argamassas de construção e rea-bilitação), quer no segmento dos revestimentos deco-rativos (tintas, vernizes e revestimentos plásticosespessos).

Presente em todo o território nacional, a Diera expor-ta ainda diretamente para sete mercados internacio-nais, com especial incidência nos PALOP.

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A solução encontrada - e bem, a meu ver - foi a de procurar dar vidae cara nova a um parque habitacional e urbano degradado e negli-genciado, assente em princípios de preservação arquitetónica defachadas e materiais, respeitando processos construtivos antigos ede créditos firmados, e procurando soluções sustentáveis do pontode vista ecológico, compatíveis com as obras antigas mas adapta-das à realidade e exigências das recentes normas de construção.

O futuro passa, portanto, pela continuação e melhoramento destaspráticas, e pela inovação constante na aplicação destes princípios.Só as empresas que melhor compreenderem esta articulação entreo passado e o futuro poderão sobreviver e prosperar.

DENTRO DA GAMA DE PRODUTOS QUE POSSUEM, QUAL AQUELE QUE DES-TACARIA PARA ESTE TIPO DE MERCADO? QUAIS AS SUAS CARACTERÍSTI-CAS?

A Diera possui muitos e bons produtos especialmente vocaciona-dos para o mercado da reabilitação, destacando-se ainda a nossacapacidade de colaborar diretamente com as entidades envolvidas

na obra (arquitetos, engenheiros, aplicadores) para desen-volver soluções personalizadas adaptadas às especificida-des e necessidades do projeto em questão.

No campo da reabilitação assente em princípios de preser-vação ambiental, destacamos os sistemas compósitos deisolamento térmico pelo exterior Dieratherm e Dieratherm+,compostos pelos produtos Diera TH Therm (cimento cola),Diera TH Argtec (argamassa de revestimento final), PrimárioRV Plascryl (primário promotor de adesão) e Diera RVPlascryl Médio/Fino (revestimento plástico espesso decorati-vo).

Estes sistemas foram homologados pelo LNEC - LaboratórioNacional de Engenharia Civil (DH 932), e certificados com aAvaliação Técnica Europeia (ETA 14/0363), e constituem-secomo soluções sustentadas de grande qualidade na reabili-tação e isolamento térmico de edifícios e habitações, comexcelentes prestações térmicas, estanquidade à água eresistência aos fungos, entre outras propriedades.

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Entrevista

QUAIS OS PLANOS DA EMPRESA PARA OS PRÓXIMOS ANOS?

A Diera quer ser parte ativa no desenvolvimento de Portugal econtribuir para o seu crescimento económico e social. Porisso, vamos continuar a privilegiar o nosso mercado e o nossopaís espalhando soluções, experiência e conhecimento paraajudar a construir e reabilitar este país que é o nosso.

Depois de estar no mercado internacional há quase 15 anos,com destaque para os PALOP, a Diera equaciona a formaçãode parcerias em mercados selecionados, como forma deexpandir a sua marca e ao mesmo tempo beneficiar do know--how de elementos já presentes no mercado onde se querinserir.

Para o futuro, há que continuar a trilhar este caminho, queachamos ser o mais indicado, e continuar a apostar nas boaspráticas de gestão e desenvolvimento, com um profundo res-peito pelo nosso planeta, e uma atenção sem reservas à opi-nião dos nossos clientes e consumidores.

E, acima de tudo, continuar a acreditar profundamente naqualidade do que fazemos, enquanto marca portuguesa, e adesbravar todos os trilhos para colocar o nosso nome e o dePortugal no mundo.

QUAL A POLÍTICA DA EMPRESA RELATIVAMENTE À CONSERVAÇÃO ESUSTENTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE?

Desde a sua fundação que a Diera tem bem presente no seuADN a preocupação com o meio ambiente, ou não fosse onosso logótipo uma folha de hera estilizada. Ao longo dosanos, esta preocupação tem assumido várias vertentes,desde a plantação de 1.000 árvores na serra de Santa Justaem Gondomar em 2009, a compra de veículos a gás naturalpara utilização de colaboradores e mais recentemente de veí-culos elétricos para a área comercial, até à instauração deboas práticas de reciclagem e reaproveitamento dos seusresíduos e excedentes.

No plano estratégico de negócio, esta preocupação tem-setraduzido no desenvolvimento de soluções sustentadas quepotenciem a eficiência energética e a preservação ambiental,orientadas para a reabilitação com enfoque na preservaçãodas características naturais das obras, muitas delas executa-das há dezenas ou centenas de anos com os materiais natu-rais da época. A par disso, temos sempre em mente a utiliza-ção de matérias-primas que cumpram todas as regulamenta-ções ecológicas dos vários mercados de atuação, e a procuraconstante de novas soluções menos agressivas para com omeio ambiente.

QUAIS OS PRINCIPAIS FATORES DIFERENCIADORES DA EMPRESA FACEAOS SEUS CONCORRENTES?

A Diera pode considerar-se um caso único no panorama dasempresas de materiais de construção em Portugal, na medidaem que, por força da sua vocação inicial na produção de ver-nizes e tintas, e posterior ampliação para a produção de arga-massas cola, encontra-se atualmente dotada dos meios paradesenvolver e produzir uma série de produtos que abarcamtodos os estágios do ciclo de vida da obra desde o levanta-mento das paredes aos revestimentos e acabamentos finais.

Como é natural, este binómio de desenvolvimento e produçãopara estes dois mercados complementares mas distintos per-mite-nos lançar soluções extremamente vantajosas para oconsumidor, compatíveis e complementares entre si.

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Entrevista Ricardo Mota Diretor Marketing, Love Tiles e Margres

A GRES PANARIA PORTUGAL É A MAIOR UNIDADE PRODUTIVA DOSECTOR CERÂMICO EM PORTUGAL, TENDO FATURADO MAIS DE49 MILHÕES DE EUROS EM 2014, COM AS EXPORTAÇÕES AREPRESENTAREM 60% DO SEU NEGÓCIO.

A GRES PANARIA FAZ PARTE DO PANARIAGROUP INDUSTRIECERAMICHE S.P.A., UM DOS PRINCIPAIS PRODUTORES ITALIANOSDE MATERIAL CERÂMICO, COM MAIS DE 30 ANOS DE EXPERIÊNCIANO FABRICO E VENDA DE PAVIMENTO E REVESTIMENTO PARA OSSEGMENTOS DE LUXO.

NUMA ENTREVISTA À REVISTA “MATERIAIS DECONSTRUÇÃO”, RICARDO MOTA, DIRETOR DE MARKETING DALOVE TILES E DA MARGRES, FALOU SOBRE A EMPRESA E OSPRODUTOS, ABORDANDO AINDA TEMÁTICAS IMPORTANTESCOMO A REABILITAÇÃO.

COMO CARACTERIZA A EMPRESA E QUE BALANÇO FAZ DA SUA ATI-VIDADE?

A Grés Panaria Portugal foi constituída em 2006, fruto dafusão entre empresas com uma história de mais de 20 anosno sector da cerâmica plana. Detém as marcas de pavi-mento e revestimento cerâmico Margres e Love Tiles.

O balanço é extremamente positivo e sustentado numapolítica de constante investimento em equipamentosmodernos e tecnologicamente avançados, que permitem acriação de produtos de elevada qualidade e design com umforte carácter decorativo.

Atualmente, a nossa equipa comercial está presente emmais de 113 países espalhados pelos 5 continentes, dandoapoio a um universo de mais de 2.000 clientes seleciona-dos. Toda esta estrutura comercial permite que a GresPanaria Portugal tenha um volume de exportações superiora 60%.

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QUE ANÁLISE FAZ DO MERCADO E COMO PREVÊ A SUAEVOLUÇÃO PARA OS PRÓXIMOS ANOS? QUE ESTRATÉ-GIAS DEVERÃO SER TOMADAS PELA EMPRESA?

O mercado da construção passou por algumasdificuldades nos últimos anos, tendo o período de2011 a 2013 sido aquele que mais impacto tevenas nossas vendas. Felizmente, como resultadode um processo de otimização dos recursos mate-riais e humanos feito em 2013, estamos nesta altu-ra com um crescimento na ordem dos 18%, o quenos trás bastante confiança para o futuro.

A empresa vai continuar a apostar na qualidadedos produtos e no design de vanguarda, alicerça-do num constante investimento em tecnologia, quepretendemos que contribua para a consolidaçãodas nossas marcas no mercado de revestimentose pavimentos cerâmicos de gama média e média--alta.

CONSIDERA A REABILITAÇÃO COMO O MERCADO FUTURO NA CONSTRUÇÃO?

Sem dúvida. Basta olhar para o nosso parque habitacional e verificar que existeuma oferta bastante superior à procura. Esta situação, associada a uma menorcapacidade de compra, faz com que as pessoas permaneçam mais tempo nassuas residências, diminuindo a percentagem de pessoas que compram novahabitação.

DENTRO DA GAMA DE PRODUTOS QUE POSSUEM, QUAL AQUELE QUE DESTACARIA PARAESTE TIPO DE MERCADO? QUAIS AS SUAS CARACTERÍSTICAS?

Sem dúvida o Grés Lâmina, conhecido por muitos como Kerlite. Este produto,pelas suas características inovadoras é sem dúvida o ideal para remodelações,pelo facto de ter apenas 3 mm de espessura, elevada resistência e grandes for-matos que podem ir até 3x1 m.

É um material fácil de cortar e aplicar o que permite que sejam feitas obras semruído, pó, sem necessidade de mudar os alizares das portas e sem necessidadede as pessoas que aí habitam terem de abandonar a residência durante as obras. Por todas estas razões é o material ideal para remodelações.

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Entrevista

Diferenciamo-nos por uma incessante e incansável procu-ra do novo e do belo, através da perceção das tendênciasdos sectores que definem e marcam as orientações domercado: moda, mobiliário, etc. Desta forma, conseguimosantecipar as tendências desses sectores e passá-los paraas coleções a lançar, nomeadamente escolha de cores epadrões, marcando desta forma as tendências do merca-do.

Diferenciamo-nos por ter uma gama completa de soluções:

• produtos em monoporosa pasta branca, grés esmaltado,grés porcelânico e grés lâmina;

• formatos que vão do 30x30 cm até aos 300x100 cm;

• produtos com espessuras que vão dos 3 mm aos 20 mm;

• vários tipos de acabamentos.

QUAIS OS PLANOS FUTUROS DA EMPRESA PARA OS PRÓXIMOSANOS?

Os planos são os de continuar a crescer através do aumen-to do volume de faturação em países que nesta altura sãoresiduais. Este aumento nas vendas será suportado nanossa estrutura comercial que nesta altura foi aumentadacom a entrada de prospetores em vários países de formaa podermos chegar junto dos prescritores.

QUAL A POLÍTICA DA EMPRESA RELATIVAMENTE À CONSERVAÇÃO E SUS-TENTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE?

Esta é uma preocupação existente desde sempre. Procuramosreduzir ao mínimo o impacte ambiental da nossa atividade, pormeio da constante pesquisa de total eco sustentabilidade nolocal de trabalho, nas matérias utilizadas e nos processos pro-dutivos:

• Reutilizamos 98% da água residual proveniente do ciclo produtivo;

• Reutilizamos 100% do caco cru resultante do ciclo produtivo;

• Reciclamos externamente 100% do caco cozido;

• Temos emissões atmosféricas inferiores aos VLE;

• Os materiais utilizados para a embalagem de produto são recicláveis.

Queremos contribuir para que vivamos num mundo melhor. Esteé o nosso esforço quotidiano e a nossa responsabilidade social.

QUAIS OS PRINCIPAIS FATORES DIFERENCIADORES DA EMPRESA FACEAOS SEUS CONCORRENTES?

Diferenciamo-nos pela qualidade absoluta e indiscutível dosnossos produtos e pelo serviço rápido e eficaz.

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Entrevista Luís Silva Diretor de Marketing da Saint-Gobain Weber

A WEBER, LÍDER MUNDIAL NO DESENVOLVIMENTO DE ARGAMASSASINDUSTRIAIS DESENVOLVIDAS PARA O MERCADO DA CONSTRUÇÃO ERENOVAÇÃO EM MAIS DE 50 PAÍSES, ATRAVÉS DO DIRETOR DE MAR-KETING, LUÍS SILVA, DEU UMA ENTREVISTA À REVISTA “MATERIAISDE CONSTRUÇÃO”, ONDE ALÉM DE FALAR DA EMPRESA E DOS PRO-DUTOS QUE COMERCIALIZAM, ABORDOU VÁRIAS TEMÁTICAS IMPOR-TANTES PARA O SECTOR DA CONSTRUÇÃO.

QUE ANÁLISE FAZ DO MERCADO E COMO PREVÊ A SUA EVOLUÇÃOPARA OS PRÓXIMOS ANOS? QUE ESTRATÉGIAS DEVERÃO SER TOMA-DAS PELA EMPRESA?

A Saint-Gobain Weber considera que o mercado evoluirá deforma positiva e continuará muito dependente da renovaçãoe reabilitação. Neste domínio, a empresa pretende manter asua estratégia já existente sob o desígnio “Renoweber” quesignifica continuar a desenvolver e apresentar soluções derenovação e reabilitação suportadas por serviços dedicados,com destaque ao apoio constante aos profissionais da cons-trução, como distribuidores e construtores de forma a reali-zar as opções mais adequadas.

Adicionalmente, assumem-se as exigências ao nível da tér-mica como uma vertente especifica de necessidade, peloque a empresa também se apresenta ao mercado com o seuconceito de “Paredes Eficientes” que, novamente, implicaapresentar soluções e serviços que integram toda a paredecomo elemento construtivo.

CONSIDERA A REABILITAÇÃO COMO O MERCADO FUTURO NA CONS-TRUÇÃO?

Conforme já indicado, a Saint-Gobain Weber considera queo mercado evoluirá de forma positiva e continuará muitodependente da renovação e reabilitação. Não há grandesalternativas�

DENTRO DA GAMA DE PRODUTOS QUE POSSUEM, QUAL AQUELE QUEDESTACARIA PARA ESTE TIPO DE MERCADO? QUAIS AS SUASCARACTERÍSTICAS?

A Saint-Gobain Weber apresenta várias soluções para estemercado. Todas fazem parte de gamas específicas em funçãoda necessidade, seja colagem (gamas weber.col e weber.color),revestimento e renovação de fachadas (gamas weber.rev eweber.cal), isolamento térmico (gama de sistemasweber.therm), pavimentos (gama weber.floor e soluções comLeca®), impermeabilização e reparação/proteção de betão(gamas weber.dry, weber.tec e weber.rep). Apresentam-se, deseguida, alguns exemplos que tipificam intenções específicasda Saint-Gobain Weber indicadas nas questões anteriores:

1.weber.col clean light, uma argamassa-cola adequa-da às necessidades de renovação, que permite acolagem de cerâmico sobre cerâmico. Neste produto,estão intrínsecas as preocupações da empresa anível de procurar facilitar o trabalho dos aplicadores jáque se trata de um produto ligeiro, sem emissão depoeiras e, sobretudo, de uma trabalhabilidade supe-riormente reconhecida pelos mesmos.

2.weber.therm aislone, uma argamassa dereboco/regularização com desempenho térmicocapaz de garantir uma substituição de painéis isolan-tes. A sua constituição compreende utilização de cale as suas propriedades gerais tornam possível a suacompatibilidade com suportes antigos. Mais acresceo seu contributo para aumento de conforto pelodesempenho térmico melhorado.

COMO CARACTERIZA A EMPRESA E QUE BALANÇO FAZ DA SUA ATIVIDA-DE?

A Saint-Gobain Weber Portugal é uma empresa que integra umgrupo internacional, mas com foco na adaptação de soluções anível local. Desta forma, consegue, simultaneamente, apresentarsoluções adequadas às exigências de mercado local com utilizaçãode toda a sua experiência também internacional. A Saint-GobainWeber espera que o seu trabalho realizado ao longo das últimasdécadas tenha contribuído para uma evolução positiva ao nívelda construção em Portugal, pela inovação que tem apresentadoe pelo apoio na evolução dos profissionais intervenientes nestedomínio.

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3.weber.cal antique, argamassa de cal e cal hidráulica per-feitamente adaptada à maioria dos suportes antigos, a nívelmecânico, químico e físico sem, contudo, alterar profunda-mente as práticas de execução o que garante uma rentabi-lidade de trabalho similar às argamassas correntes.

4.Leca® Uno, um enchimento constituído por ligantes mine-rais e agregados leves Leca®. A sua curva granulométrica, asua leveza e propriedades a nível mecânico permite a suaaplicação com espessuras até 20 cm num passo único ren-tabilizando processos construtivos ao nível de execução.

QUAL A POLÍTICA DA EMPRESA RELATIVAMENTE À CONSERVAÇÃO E SUS-TENTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE?

A Saint-Gobain Weber considera este tema como prioritário nodesenvolvimento das suas soluções. Nos últimos anos, não temmedido esforços para concretizar um conjunto de ações concretascapazes de favorecer a conservação e sustentabilidade do meioambiente. Desde logo, a sua política interna tem o objetivo claro deproduzir zero resíduos. O desenvolvimento das suas soluçõesincorpora, em caderno de encargos, avaliação ao nível da utiliza-ção de recursos, incorporação de materiais reciclados, avaliaçãodo ciclo de vida dos seus produtos, agora também com destaquepara o seu fim de vida.

Esta estratégia já está a dar os seus frutos, por exemplo, pelaincorporação nas suas argamassas de areias de leito fluidizado daindústria do papel ou pela substituição parcial de cimento por alter-nativas com emissões inferiores de CO2.

Não obstante ser um caminho longo que só agora está a darpassos com maior relevo, a empresa já é reconhecida pela suacontribuição a este nível.

QUAIS OS PRINCIPAIS FATORES DIFERENCIADORES DA EMPRESA FACEAOS SEUS CONCORRENTES?

A diferenciação da empresa não está exclusivamente num ououtro fator. Antes, é o resultado de um conjunto de ações avários níveis que têm o cliente sempre como alvo que se apre-senta como uma força maior. Por exemplo, as suas soluçõessão o resultado de uma experiência de grupo única, capaz deprover materiais inovadores mas que têm de responder àsnecessidades do mercado. Entre elas, está também a necessi-dade de um acompanhamento constante considerando que asexigências e os desafios em obra são uma constante; por isso,a empresa apresenta uma rede técnico-comercial e um serviçopós-venda com uma cobertura geográfica pormenorizada.

QUAIS OS PLANOS FUTU-ROS DA EMPRESA PARA OSPRÓXIMOS ANOS?

Seguir o seu foco desempre, isto é, continuara prover aos profissio-nais da construção, pro-dutos e serviços que tor-nem o seu trabalho maisfácil.

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Os volumes superiores muito depurados e balanceados sobre os infe-riores, rasgam-se completamente para poente e para nascente, ficandoa nascente o corredor de acesso aos quartos e a poente os quartoscom vista para o mar.

Por uma questão de controlo da intensidade da luz e de priva-cidade, foi introduzido um sistema de portadas de correr emlâminas de madeira, que funciona também como elemento ate-nuador da presença do vidro, criando uma simbiose entre apureza do construído e a materialidade natural da madeira,presente no pinhal que serve de pano aquando da aproxima-ção à casa.

O projeto divide-se em dois volumes: o piso inferior integra-sena geometria do lote, permitindo que o piso superior interajamais diretamente com o ambiente envolvente e alinhamentoscom as construções vizinhas.

ESTE PROJETO RESUME-SE A UMA ARTICULADA RELAÇÃO ENTRE ELE-MENTOS CONSTRUÍDOS COM O LOCAL E A RELAÇÃO DESSES ELEMENTOSCOM A LUZ E A PAISAGEM. O PISO TÉRREO DA CASA ARTICULA-SE PER-PENDICULARMENTE À RUA DE ACESSO ONDE, RELACIONA DIRETAMENTE APISCINA E JARDIM COM AS ZONAS SOCIAIS.

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Imobiliário LUXIMO’S - CHRISTIE’S

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Volumetricamente, é criada uma torção entre os dois pisos, liber-tando o deck superior, de acordo com as diferenças programáticas:garagem e serviços na cave, áreas sociais no piso térreo e ambien-te privado no piso superior.

Realçado pela cor natural e textura, tantos os materiais de acaba-mentos exterior e interior são adequados ao ambiente agressor damaresia.

Aço inoxidável, alumínio, madeira exótica envernizada e paredespintadas de branco, contribuem para o requerido conforto e dura-bilidade como princípio arquitetónico.

PRINCIPAIS ACABAMENTOS• Caixilharias: aço inoxidável e alumínio• Pavimento: madeira exótica envernizada• Escadas: madeira envernizada• Paredes: interiores e exteriores pintadas a cor branca• Quartos: portadas das janelas de correr em lâminas de madeira

SUSTENTABILIDADE• Classificação energética E;• Cuidado dimensionamento e proteção solar dos vãos exteriores,com ensombreamento natural através do afastamento dos vãosda linha de fachada;

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Imobiliário

• Desenho elementar dos interiores, com espaços amplos e coma utilização de tonalidades claras, aumentando a eficiência dailuminação natural e consequentemente da iluminação artificial;

• Utilização de materiais naturais como madeiras e pedras combaixo índice de energia integrada;

• Fachada em betão branco aparente, com alvenaria e isolamen-to térmico de alta densidade obtendo-se uma grande inércia tér-mica no interior e a consequente estabilização da temperatura;

• Caixilharias com corte térmico e vidro duplo com rutura térmi-ca;

• Utilização de iluminação de baixo consumo.

ASPETOS GERAIS• Aquecimento central e Ar condicionado;• Lareira na sala;• Cozinhas lacadas em alto brilho, pavimentos e tampos em már-more travertino;• Pavimento em soalho hard-maple;• Carpintarias em hard-maple;• Roupeiros nos quartos com iluminação interior;• Portas pivotantes;• Portadas interiores de madeira;• Rodapés embutidos em mármore branco;• Videoporteiro a cores.

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DESCRIÇÃO DA PROPOSTA

O Parque das Rotas define-se como um momento numa rede depercursos, marcado e caracterizado pontualmente por diferentesprogramas ao longo da margem esquerda do rio Grande da Pipa.Desta margem é possível contemplar os vinhedos existentes namargem oposta. O programa do parque organiza-se em três diferen-tes instantes: um de entrada e ligação com a área urbana; outrodefinido pelo parque infantil com acesso à área residencial e, porúltimo, um miradouro sobre os vinhedos marcando o acesso ao per-curso definido ao longo do rio.

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Arquitetura

O ponto de acesso principal é marcado através de umaplataforma em granito que a certo ponto se transformanuma escadaria de blocos de betão, uma plateia sobreo rio que nos transporta para uma cota inferior e defineum limite em granito junto à água do rio. Para alémdeste acesso principal, são definidos outros pontosde acesso, secundários, cada um com a sua própriafunção.

A partir daqui, um percurso principal é traçado por umalinhamento de freixos ao longo do rio, deste percursocaminhos espontâneos conduzem-nos a trilhos deligação. Sobre o rio são marcados dois atravessamentos.

Como forma de complementar e apoiar estes vários per-cursos, é inserido um programa condensado, presentepontualmente ao longo do parque.

Parque Urbano de Arruda dos Vinhos

CAMPOS COSTA ARQUITETOS E PARATELIER SÃO VENCEDORES DO 1ºPRÉMIO DO CONCURSO PARA O PARQUE URBANO DE ARRUDA DOSVINHOS. A PROPOSTA VENCEDORA FOI ELEITA POR UNANIMIDADE.

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Pequenas arquiteturas são inseridas estrategica-mente nos principais pontos de cruzamento depercursos ciclo-pedonais.

São estes pontos de apoio e informação, alu-guer e manutenção. Ao longo de todo o parquepropõe-se a consolidação dos taludes existen-tes através da plantação de espécies arbustivasautóctones, assim como a plantação arbóreaem alinhamento com o percurso principal do rio.

O principal objetivo do parque das rotas, paraalém de marcar Arruda dos Vinhos como umponto de passagem turístico e cultural, é apro-ximar as pessoas, relembrando-lhes a impor-tância daquele lugar e da sua verdadeira iden-tidade.

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Arquitetura

FICHA TÉCNICA

• Designação: Concurso para o Parque Urbano de Arrudados Vinhos - Parque das Rotas de Arruda dos Vinhos

• Função: Parque Urbano• Localização: Arruda dos Vinhos• Promotor: Câmara Municipal Arruda dos Vinhos• Data da conclusão da obra: Não prevista

EQUIPA• Campos Costa Arquitectos + Paratelier• Mónica Ravazollo, Arquiteta Paisagista

(Arquitetura Paisagista)• Pedro Campos Costa, Arquitecto (Arquitetura)• Miguel Lourenço, Engenheiro Civil

(Todas as Especialidades)

COLABORADORES• Giulia Mollame • Katarzyna Augustyniak• Marija Burum • Francesca Baldinucci • Caterina Dubini • Mariana Fartaria

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Arquitetura

Esta influência chega ao país por via de uma vaga histórica de portu-gueses regressados do Brasil, influenciados pela cultura centro-euro-peia, dominante no contexto da segunda revolução industrial brasileira.

Concebido como um anexo ao pequeno palácio a que encosta, e situa-do no coração das muralhas romanas e medievais de Braga, este é umedifício particularmente ensolarado, com duas frentes, uma voltadapara a rua e para Oeste e outra voltada para um agradável e valorizadopátio de interior de quarteirão a Este, desfrutando de luz natural aolongo de todo o dia.

A identidade do edifício, no entanto, perdeu-se em 120 anosde pequenas intervenções não qualificadas, resultandonuma sobre compartimentação que o encerrou para a rua epara a luz.

A sua fachada foi igualmente adulterada: caixilharia moder-na em alumínio e caixas de estore exteriores modificaram aestereotomia dos vãos, a escala do edifício e dos seus deta-lhes, e rompeu com a leitura original da rua.

O objetivo do projeto foi, assim, clarificar os espaços e fun-ções do edifício recuperando a imagem, as técnicas cons-trutivas e o programa (essencialmente habitacional) origi-nais e, simultaneamente, adequando-o às formas de vivercontemporâneas, devolvendo-o à cidade e, potencialmente,alicerçando um modelo para intervenções de reabilitaçãofuturas no bairro da Sé.

O “CHALÉ DAS TRÊS ESQUINAS” É UM EDIFÍCIO ÚNICO, DOCUMENTANDOA HISTÓRIA E A DIÁSPORA DA REGIÃO ONDE SE INSERE, COMBINANDO AARQUITETURA E O DESENHO URBANO PORTUGUESES DO SÉCULO XIXCOM UMA INESPERADA INFLUÊNCIA ALPINA.

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Chalé das Três Esquinas

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Seguindo essa estratégia, a glória inicial da fachada foirecuperada: a caixilharia original, em madeira, foi reco-locada, e o minucioso beirado decorado restaurado.

No interior recuperou-se a distribuição espacial e fun-cional originais, preservaram-se as escadas, o soalho,assim como a estrutura da cobertura, foi refeito sobre aestrutura existente em madeira e introduziu-se mármo-re de Estremoz no rés-do-chão e em todas as superfí-cies a impermeabilizar.

O programa pedia a convivência entre um espaço detrabalho e um programa de habitação. Tirando partidode uma diferença de cotas de 1,5 m entre a rua e o inte-rior do quarteirão foi possível colocar o espaço de tra-balho no piso térreo, beneficiando da relação com a ruae banhando-se com a luz do entardecer.

O programa doméstico relaciona-se com a praça do interior do quarteirão e aluz de Nascente. A praça interior é pontuada por várias laranjeiras, providen-ciando uma deliciosa sobra durante o verão e apresentando um animado espe-táculo no inverno, cobertas de laranjas.

Dada a reduzida área de implantação do edifício, seguiu-se a estratégia origi-nal de hierarquizar as áreas por pisos. A escada estreita-se a cada lance,comunicando a mudança de natureza dos espaços a que dá acesso. A geome-tria da caixa de escadas filtra eficazmente a relação visual entre os dois pro-gramas deixando, no entanto, que a luz natural dos pisos superiores ilumine oespaço de trabalho.

O primeiro piso reservou-se para as zonas sociais da habitação. Re cu -sando-se a tendência natural para a compartimentação, permitiu-se que acaixa de escadas definisse os perímetros da sala e cozinha, mantendo-se umaplanta aberta e iluminada ao longo de todo o dia, com luz de Nascente pelacozinha, zenital pela caixa de escadas e de Poente pela sala.

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Arquitetura

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Subindo os últimos e estreitos lances de escada chega-se àzona de dormir, espaço onde o protagonismo é entregue àcobertura, cujo sistema construtivo é mantido aparente,embora pintado de branco. Do outro lado da caixa de esca-das situa-se um quarto de vestir, apoiado por uma instala-ção sanitária.

O tema visual da casa é a cor branca, sistematicamenterepetida nas paredes, tetos, carpintarias e mármore. O quar-to de vestir é a surpresa no topo do edifício. Tanto o pisocomo o sistema construtivo da cobertura apresentam-se nasua cor natural, as portas dos armários que constituem todoo seu perímetro são construídas no mesmo material. Oquarto de vestir apresenta-se, assim, como uma pequenacaixa de madeira, contrapondo a caixa branca do prédio esendo contraposta pela pequena caixa de mármore da ins-talação sanitária.

CitaçõesTIAGO DO VALE

"Logo durante nossa primeira visita percebemos que o pré-dio pedia, desesperadamente, duas coisas: primeiro que olibertassem de toda a construção avulsa que o sufocou eque comprometeu a clareza e a lógica com que originalmen-te organizava os seus espaços; e em seguida (o que, emmuitos aspetos, também é um sintoma da mesma maleita)que se permitisse à luz que permeasse os seus espaços.

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PRÉMIOS

Vencedor nos Architizer A+ Awards 2015Vencedor no Building of The Year Awards 2014Menção Honrosa Prémio IHRU 2014Selecionado para o Prémio Nacional de Arquitectura em Madeira 2015Nomeado para o Prémio Nacional de Reabilitação Urbana 2014Nomeado para os Prémios Construir 2014Nomeado para os Prémios Reabilitação na Construção 2014

FICHA TÉCNICA

Arquitetura - Tiago do Vale Arquitectos Local - Sé, BragaConstrução - Constantino & CostaAno de projeto - 2012Ano de construção - 2013Área de implantação - 60 m²Área de construção - 165 m²Fotografia - João Morgado

A escuridão acabou por ser a consequência derradeira da compar-timentação sistemática a que o prédio foi sujeito. Era preciso maxi-mizar tanto a luz como a transparência para permitir que o edifíciorespirasse."

"A tipologia original do prédio, tipicamente oitocentista na suamatriz e tendo também em conta que o prédio foi, desde logo, con-cebido para um uso flexível é, por si só, muito permissiva e aberta,capaz de dar resposta a praticamente qualquer tipo de programade arquitetura.

Portanto nunca nos ocorreu outro caminho senão o de ser fiel àsua natureza original, tanto na arquitetura como nas soluções téc-nicas, como na organização e distribuição do programa.

Recuperamos não apenas os materiais mas também os usos decada espaço. E mesmo quando introduzimos materiais novos -como fizemos com o mármore de Estremoz fizemo-lo com o crité-rio de se ajustar à sua natureza e ao seu contexto histórico."

"Neste caso, o tempo não lhe foi (ao prédio) generoso.

Muitas vezes um arquiteto encontra-se dividido na tentativa de darresposta aos desafios de uma requalificação, seduzido entre ahonestidade conceptual de um restauro cego e estrito e a desones-tidade conceptual de se permitir à liberdade de alterar um pouco anarrativa do edifício para permitir que o seu desenho possa ir maislonge num ou noutro aspeto em particular.

Como em tudo, o melhor compromisso está sempre entre osdois extremos, informado por ambos: um restauro estrito e cegopode produzir um objeto arquitetónico interessante e honesto,mas é necessário ceder em algum ponto se queremos que oedifício seja capaz de dar resposta aos requisitos das formas deviver contemporâneas, que são dramaticamente diferentes dasde há 120 anos. Essa resposta é, em última análise, a derradei-ra missão de um edifício (e aquilo que o mantém vivo).

Quando a passagem do tempo é generosa com uma constru-ção, qualifica-a e valoriza-a, acrescentando novas qualidadesàs originais, anotando o seu percurso no tempo. Ilustra como aforma como nos relacionamos com os espaços onde vivemosmuda e evolui incessantemente, o que é enormemente enrique-cedor e uma experiência maravilhosa de arquitetura.

Assim, regressando a este caso em particular, tentamos come-ter a desonestidade terna de oferecer ao prédio uma históriamais feliz, com um percurso mais generoso do que aquele querealmente sofreu. Recuperamos e destacamos as suas interes-santíssimas características originais introduzindo, ao mesmotempo, elementos e ideias capazes de conduzir, passo a passo,esta casa desde a sua fundação até aos dias de hoje, perfeita-mente ajustada ao modo de habitar contemporâneo."

"No fundo, a nossa opção foi elementar: restaurar as suas con-dições originais mas com a subtileza (digo-o assim, emboraseja este o ponto mais fundamental do processo) de acrescen-tar algo para além do restauro cego, capaz de devolver estacasa à sua função, ao uso (vivido com genuína qualidade devida), à rua, à cidade, e ao tempo de hoje, e fazê-lo dotando-ade flexibilidade suficiente para que se mantenha útil e viva poroutros 120 anos.

E, mesmo assim, não é coisa pequena: função, usos, pessoas,ruas, cidades, são coisas que, sem cansaço e sem pedir des-culpa, permanentemente vão mudando a forma como se rela-cionam com a sua envolvente construída".

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Concretamente, é um agregado de ações composto por um novocais de cruzeiros, para navios até 320 m, um porto de recreio para180 embarcações, o edifício do Terminal, com aproximadamente15.000 m² área útil, que inclui também o Polo do Mar da Uni ver -sidade do Porto, um arruamento e demais espaços públicos deligação à cidade.

O processo de desenvolvimento do projeto corresponde a ummaturado faseamento programático, espacial e construtivo quese traduziu em quatro tempos principais: o primeiro, o do estudoprévio com as diretrizes funcionais e formais preliminares; osegundo, da complementar obra portuária e do espaço públicode ligação à cidade; o terceiro, correspondente à remodelaçãosuscitada pelo programa da UP; e finalmente, o quarto, o do rigordas condições de funcionalidade, normativa e segurança e daprecisão construtiva e orçamental, específicas dos projetos basee de execução.

A parte mais visível da intervenção é o edifício, implantado juntoao sector curvo do molhe, e constitui uma rótula que recebe elança os fluxos dos navios, do porto de recreio e da cidade, tor-nando-os interactuantes no interior. É deste modo que se consti-tuem os elementos laminares, também curvilíneos, que servemestas quatro vocações que se combinam numa forma unitária.

O NOVO TERMINAL DE CRUZEIROS DE LEIXÕES, CONSIDERADO OMELHOR EMPREENDIMENTO IMOBILIÁRIO NA CATEGORIA DECOMÉRCIO, SERVIÇOS E LOGÍSTICA, PELOS PRÉMIOS SIL 2015,NASCE NO PLANO ESTRATÉGICO DE DESENVOLVIMENTO PORTUÁ-RIO DE 2004, PROCURANDO UMA SÍNTESE AMBIVALENTE ENTREINCREMENTO DE EFICÁCIA PORTUÁRIA E AUMENTO DA INTEGRAÇÃOURBANA DE LEIXÕES.

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Arquitetura Terminal de Cruzeiros de LeixõesFotografia: Egidio Santos

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Na cave estão um autoparque, os espaços de apoio aos nave-gantes do porto de recreio, um biotério e áreas técnicas princi-pais. No piso 0 encontra-se o átrio comum, espaços das opera-ções dos serviços portuários e áreas de serviço para cargas edescargas, além dos diversos cais para os diferentes modos detransporte. No piso 1 situam-se os principais espaços que conec-tam ao navio, como a sala de embarque e a passagem dodesembarque, diretamente à manga fixa, mas também à pala diri-gida ao passeio à cota alta do molhe.

O piso 2 dispõe de 14 laboratórios, 50 salas de apoio. É acessívelpelo público que pode tomar conhecimento genérico da atividadedos laboratórios. O piso 2a é composto por 22 gabinetes. Por fim,no piso 3, encontra-se o espaço de divulgação científica, tambémdisponível para vários eventos, uma sala nobre e um pequenoespaço para um restaurante em 2 níveis. Também neste piso eno nível 3a existem diversos gabinetes e espaços administrativos.

Todos os pisos são acompanhados de sanitários, dependências deserviço e áreas técnicas. No exterior encontra-se um terraço e umabancada acessíveis ao público. No interior, no núcleo central de pédireito total, sob uma grande claraboia, desenvolve-se uma rampa emespiral que serve e liga as diversas funções.

O Edifício do Terminal de Cruzeiros está assente sobre estacaria e émaioritariamente em betão armado. Os materiais de acabamento sãofundamentalmente o granito que liga a nova intervenção ao molhe sul,o vidro e as superfícies cimentícias, predominantemente de cor bran-ca e o revestimento cerâmico que recobre todas os elementos lami-nares. Excecionalmente existe um teto acobreado, um espaço avelu-dado cobalto e algumas superfícies revestidas a painéis metálicosdourados. No exterior, o espaço público é marcado pelas superfíciesem granito, e pelo basalto para os rodados. O arruamento longilíneoque serve diferentes modos de circulação, predispõe-se para a relo-calização do Titan, antigo guindaste a vapor do Porto de Leixões.

Fotografia: João Ferrand

Fotografia: Egidio Santos

Fotografia: Egidio Santos

Fotografia: Egidio Santos

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Arquitetura

O Jardim do Senhor do Padrão será ligeiramente prolongado denun-ciando o convite à entrada pública. O Porto de Leixões usufrui deuma situação geográfica privilegiada no contexto da fachada atlânti-ca da Europa, região de cruzamento de principais rotas entre o con-tinente americano e o europeu, em particular das duas dominantesregiões de cruzeiros, o Báltico e o Mediterrâneo.

O crescimento da indústria de cruzeiros no mundo, em particular naEuropa, e o aumento da capacidade dos navios, enfatizou a neces-sidade de Leixões dar resposta a uma procura que já se regista hojee terá tendência a crescer, de navios com comprimento acima dos250 m que passavam ao largo de Leixões e não nos podiam visitarnas anteriores condições. Com a construção do novo cais com 340m de comprimento, inaugurado em abril de 2011, Leixões passou aacolher a maior parte dos navios de cruzeiros da atual frota mundial.

O potencial turístico e ambiental que o Porto e Norterepresentam, a par das demais cidades marítimoportuá-rias atlânticas, favorece o desenvolvimento de produtosdiversificados e diferenciadores relativamente à oferta deoutros destinos e regiões. Os cruzeiros temáticos basea-dos nos vinhos têm em Leixões um porto de escala privi-legiado.

Outro dos fatores chave para Leixões é a proximidade aoAeroporto Internacional Francisco Sá Carneiro, que pelasligações diretas a vários destinos europeus, aos EUA e aoBrasil, aliada à capacidade hoteleira disponível no destinoPorto, permitem potenciar a valência do futuro Terminalde Cruzeiros de Leixões como porto de turnaround, isto é,porto de início e fim de viagens para navios de cruzeiro.

Fotografia: Egidio Santos

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FICHA TÉCNICA

• Autor do Projeto: Arq. Luís Pedro Silva• Valor do Investimento: 50.000.000 €• Área total de construção: 20.000 m² dos quais 60% da APDL e 40% da UP

• Vidros: 6.500 m² dos quais 2.700 exteriores e 3.800 interiores• Movimento de terras (escavação): 5.696 m³• Betão: 18.500 m³• Aço em armaduras: 3.700 toneladas• Aço e estruturas metálicas: 304 toneladas

• Cofragens: 62.852 m²• Cortina de contenção em secadeira: 300 m lineares• Estacas de fundação: 2.150 m lineares• Micro estacas tubulares: 1.660 m lineares• Mosaico cerâmico no exterior: 15.980 m²• Número de azulejos total: cerca de 1 milhão• Espaços laboratoriais: 55• Altura do edifício: 40 m• Número de pisos: 7• Número de pisos em contacto com o mar: 1• Número de trabalhadores em obra: 260

Fotografia: Egidio Santos Fotografia: Egidio Santos

Fotografia: Egidio Santos

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Apresentando dois movimentos de rotação combinados - movimento derotação da própria casa e movimento de rotação da sua pala revestidaa painéis fotovoltaicos - a solução “Casas em Movimento” é autossus-tentável na resposta às necessidades energéticas e espaciais dos seushabitantes. Retira potencial do Sol, fonte de energia, e da mutação dosespaços, resposta às necessidades do quotidiano do século XXI, atra-vés de espaços desenhados pelo Sol e que dele se alimentam.

Arquitetura

Da autoria de Manuel Vieira Lopes, a solução “Casas emMovimento” nasceu em 2008 no âmbito do projeto Lidera daUniversidade do Porto, dando origem a uma spin-off e tendo sidoestabelecido um protocolo de parceria com a Faculdade deArquitectura da Universidade do Porto.

EFEITO GIRASSOL

A criação da “Casas em Movimento” teve como alicerce a utiliza-ção de conceitos de sustentabilidade e a sua incorporação naarquitetura dos edifícios. Um dos principais fatores a nível da sus-tentabilidade é a utilização de recursos energéticos de fonte natu-ral, limpa e renovável, como por exemplo o Sol. Por esta razão, acobertura do edifício é preenchida com painéis fotovoltaicos eesta movimenta-se em seguimento do Sol como um girassol.

CASAS EM MOVIMENTO É UM CONCEITO DE ARQUITETURA VIVA, INOVA-ÇÃO E SUSTENTABILIDADE QUE INTERAGE COM A NATUREZA, MAIS PRO-PRIAMENTE COM O SOL, QUE SE FUNDE COM A ENVOLVENTE E FUNDA-MENTALMENTE QUE SE ADAPTA ÀS NECESSIDADES DO MOMENTO E DASFAMÍLIAS. UM PROJETO PIONEIRO NO MUNDO INTEIRO.

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Casas em Movimento

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O efeito girassol é criado através da combinação de doismovimentos: movimento de rotação do próprio edifício, quegira aproximadamente 180° de nascente para poente aolongo do dia, e o movimento de rotação da cobertura foto-

voltaica que inclina de forma a garantir um ângulo normaldesta superfície em relação ao Sol (ângulo esse que otimi-za a produção de energia fotovoltaica).

COBERTURA FOTOVOLTAICA

Como uma árvore de folha caduca cuja copa se modifica comas estações do ano, a cobertura da casa tem posições distin-tas, permitindo a criação de sombras no Verão e a incidênciade Sol no Inverno. Os movimentos articulados da coberturamóvel foram desenhados de forma a otimizar a captação foto-voltaica e controlo dos efeitos de sombreamento (luminosida-de interior vs conforto térmico), permitindo dessa forma alcan-çar um ganho de iluminação em 30% e um ganho térmicoentre 60% e 80%.

Esta ação da cobertura é permitida graças à utilização de doiseixos. Durante os meses de calor, em que o Sol é indesejadono interior da habitação, a cobertura roda segundo um eixocolocado na estrutura inferior do edifício.

Da rotação combinada do edifício e da coberta fotovol-taica, resulta uma produção de 25 000 kWh/ano de ener-gia elétrica, cerca de 5 vezes a energia consumida emmédia numa habitação de tipologia T2.

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Arquitetura

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Desta forma, o movimento de inclinação da cobertura sombreia afachada e impede o calor da radiação solar de entrar na habitação.

Nos meses frios a radiação solar é bem-vinda no interior da habi-tação para aquecê-la e reduzir o consumo de energia para mantero conforto térmico. Por esta razão, no Inverno a cobertura move-sesegundo um eixo colocado na parte superior da estrutura do edifí-cio. Desta forma não ocorre sombreamento da fachada e permite-se o aquecimento passivo da habitação recorrendo a uma fonte deenergia natural e renovável, o Sol.

De salientar que esta combinação de movimentos permite obter asvantagens enunciadas a nível de conforto térmico sem prejudicara otimização da produção fotovoltaica.

ADAPTABILIDADE DOS ESPAÇOS

O conceito de adaptação através do movimento não se aplica ape-nas a aproveitamentos energéticos mas também na utilização dosespaços interiores e exteriores.

Os espaços interiores adaptam-se aos habitantes, oferecendo divi-sões transformáveis pela mobilidade de uma parede que asaumenta, diminui e transforma no seu tamanho e nos seus limites.A parede desloca-se através de um sistema de movimentaçãoassistida. Com recurso à parede móvel é possível dividir os espa-ços permitindo a sua transformação constante. No mesmo espaçoé, por isso, possível criar um quarto, uma sala de estar, uma salade jantar ou um escritório. Esta polivalência de espaços permiteuma superior eficiência na utilização da área útil disponível.

Outro aspeto vivenciado no interior dos edifícios “Casas emMovimento” é a integração dos espaços nas rotinas diárias dosseus utilizadores. Pegando no exemplo de uma família, demanhã quando as pessoas têm horários diferentes e usualmen-te pouco tempo para conviver, a cozinha apresenta um espaçopequeno, mais prático, e isolado do resto da habitação. Destaforma é possível tomar o pequeno-almoço de forma rápida esem perturbar os restantes habitantes que podem encontrar-seainda em repouso. À hora do almoço a cozinha encontra-se defrente para o exterior e possibilita, nos dias em que as condi-ções climatéricas o permitam, utilizar o espaço exterior parauma refeição agradável junto à natureza.

Ao final do dia, altura típica de reunião da família, a cozinhafunde-se com a sala criando assim condições ótimas para oconvívio de todos os elementos da família. Não ocorre separa-ção entre aqueles que estão a cozinhar e os restantes que seencontram à espera.

No exterior do edifício os movimentos também são utilizadospara criar espaços. O movimento da cobertura fotovoltaica criaum terraço no patamar superior do edifício. Para além desteespaço, no Verão o movimento da cobertura promove sombrea-mento em frente ao edifício e cria um espaço exterior coberto.

CONCEITO EVOLUTIVO

Outra característica diferenciadora da "Casas em Movimento” éo sistema evolutivo que procede da construção modular, o quesignifica que se podem adicionar ou retirar módulos à casa paraque esta se torne maior ou menor, consoante as necessidadesda família.

A título de exemplo, com a chegada de um novo membro famíliapode adicionar-se um novo espaço (um módulo), sendo quequando esse membro crescer e pretender sair de casa, podelevar o módulo consigo e desenvolvê-lo noutro local. Destaforma, cria-se uma construção sustentável, perfeitamente ajus-tada às necessidades da família.

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Reabilitação Reabilitação Edifício Habitacional As três fases de conceção

No decorrer da obra, já numa fase avançada, após conclusãoda intervenção estrutural, ocorreu um violento incêndio queresultou na destruição total do edifício com exceção das suasfachadas.

No seguimento deste acontecimento, iniciou-se uma terceira fasede conceção que visou a reconstrução do edifício já sem a neces-sidade de preservar quaisquer elementos arquitetónicos que nãoas fachadas, e sem constrangimentos relacionados com o aprovei-tamento da estrutura.

Palavras-chave: Reabilitação, reforço, reconstrução.

1 - INTRODUÇÃO

O edifício foi mandado construir no ano de 1910, com característi-cas construtivas que se inserem no período Arte Nova.

RESUMO

O artigo tem como objetivo apresentar as várias fases de reformu-lação de um edifício de habitação existente em Lisboa, na RuaRodrigo da Fonseca.

O edifício, construído em 1910, apresentava características queo inseriam no período Arte Nova. Numa primeira fase de pla-neamento da intervenção, era objetivo do Dono de Obra preser-var essas características como forma de valorização intrínsecado edifício.

Numa segunda fase, esse objetivo foi abandonado e iniciou-se aobra prevendo-se uma preservação parcial dos elementos arquite-tónicos relevantes, mas obedecendo aos constrangimentos resul-tantes da preservação da estrutura, em particular, das paredesinteriores e pavimentos.

JOÃO APPLETON | [email protected] RIBEIRO | [email protected]ÃO PAVIA SARAIVA | [email protected]

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• Execução de lâmina de betão armado de reforço das pare-des na base, ao nível do piso 0 (garagem).

• Colocação de perfis metálicos horizontais para reforço dasfachadas aos níveis dos pisos.

• Execução de núcleos de betão armado, complementadoscom treliça metálica vertical, para travamento global nos doissaguões.

• Reforço dos cunhais com pregagens horizontais embebidas.

• Cintagem do edifício no topo com lintel de betão armado pre-gado à parede.

• Reforço das paredes de frontal na base onde os esforços sãosuperiores, por duplicação dos elementos resistentes.

A solução mais económica para reforço dos pavimentos commaiores vãos seria a colocação de um perfil metálico transver-sal de suporte a meio vão. No entanto, esta solução implicariao não aproveitamento do revestimento dos tetos, pelo que sepreviu a colocação de perfis metálicos longitudinais de pequenasecção intercalados com os vigamentos existentes, colocadosde cima para baixo, após remoção dos soalhos. Não era possí-vel adotar vigamentos de madeira, uma vez que para o vãoexistente a altura da secção seria superior ao espaço disponívelentre a cota do soalho e do teto.

Seria também necessário intervir de forma profunda ao nível dopiso térreo, uma vez que a transformação do espaço em gara-gem implicava a supressão de todos os pilares centrais, paraassegurar o espaço de circulação automóvel necessário, ouseja, era necessário reforçar a grelha de suporte e as funda-ções remanescentes.

A solução encontrada foi o encamisamento com betão armadodas vigas e pilares metálicos a manter. As sapatas dos pilaresencamisados seriam alargadas e reforçadas com microestacas.Após a execução da solução seria possível remover os pilarescentrais, alterando o sistema estático da estrutura.

O edifício foi construído no seguimento do processo de urbaniza-ção das Avenidas Novas, numa fase em que os construtores recor-riam a soluções construtivas mais pobres, as paredes de frontalvão sendo substituídas por paredes de tabique e as secções dosdiversos elementos estruturais vão sendo reduzidas.

2 - CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL

Estruturalmente, o edifício era suportado por paredes periféricasde alvenaria de pedra. Interiormente, a estrutura era composta porparedes de frontal vazados e por alguns alinhamentos de paredesde alvenaria de tijolo e ainda algumas divisórias de tabique. Aonível do piso térreo os alinhamentos estruturais das paredes inte-riores de frontal estavam apoiados numa malha de vigas e pilaresmetálicos, com secções muito diversas.

Figura 1: Fachada do edifício e estrutura metálica da garagem

Os pavimentos eram compostos na sua generalidade por viga-mentos de madeira. No tardoz existiam varandas de construçãomais recente em betão armado.

A estrutura apresentava antes da intervenção um estado de con-servação médio, que em algumas situações comprometia já o bomdesempenho estrutural, sendo de destacar o apodrecimento deelementos de madeira constituintes de paredes e pavimentos e adegradação generalizada da estrutura das varandas.

3 - FASE 1 - PRESERVAÇÃO TOTAL

Numa primeira fase de abordagem à intervenção de reabilitaçãoera intenção do Dono de Obra concretizar o máximo aproveita-mento dos elementos estruturais e arquitetónicos existentes. Oprograma arquitetónico previa assim a conservação e restauro dosrevestimentos de paredes e tetos, e de elementos decorativos dafachada. Contemplava ainda o aproveitamento do piso térreo paragaragem e a substituição das varandas de tardoz.

Do ponto de vista estrutural verificou-se que o edifício tinha duasdebilidades relevantes:

I) reduzida resistência sísmica devido a deslocamentos exces-sivos e forças elevadas nas paredes estruturais;

II) para os pavimentos com maiores vãos as secções dos viga-mentos de madeira eram insuficientes face às exigênciasregulamentares atuais.

A concretização do reforço sísmico com todas as limitações exis-tentes resultou na adoção de um conjunto de soluções que permi-tiram incrementar de forma significativa o nível de resistência sís-mica do edifício, sendo de destacar as seguintes soluções:

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Figura 2: Reforço de frontais na base e estrutura metálica de suporte na base; estrutura da garagemapós reforço e remoção dos pilares centrais

Previu-se ainda a substituição da cobertura existente que seencontrava fortemente degradada e limitava a utilização do piso deesteira. Para esse efeito previu-se o prolongamento em altura dasparedes de frontal e a execução de uma estrutural metálica supor-tada nessas paredes e nos lintéis de periferia.

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Reabilitação

camada protetora (rebocos, tetos falsos, etc.), para coloca-ções de redes de águas e eletricidade/telecomunicações, dei-xando exposta a estrutura de madeira das paredes de frontale dos pavimentos.

A intervenção passou assim a ter um carácter de urgência, e visavanuma primeira fase assegurar a segurança da estrutura remanes-cente, pelo que se executou uma estrutura metálica interior de con-tenção das fachadas complementada com uma lâmina de rebocoarmado nas paredes a manter.

Foi então possível desenvolver um novo projeto, sem restrições dequalquer tipo que não fosse garantir a compatibilidade com a estru-tura da garagem.

A nova estrutura foi assim prevista inteiramente em betão armado.Os pisos serão realizados com lajes maciças fungiformes com 0.20m de espessura, diretamente apoiados em pilares e paredes. Doponto de vista sísmico o edifício dependerá das paredes de facha-da reforçadas com lâminas de reboco armado e de novas paredesde betão de armado.

Figura 5: Delaminação do betão de recobrimento; inicio da execução da estrutura de contenção

6 - CONCLUSÕES

O projeto de reabilitação do edifício na Rua Rodrigo da Fonseca,aqui apresentado, passou por várias fases de conceção, comdiversos níveis de constrangimentos resultantes da decrescentenecessidade de conservação dos revestimentos interiores.

Esta alteração possibilitou a execução de soluções de reforço maiseconómicas, com a desvantagem de descaracterizar a matriz esté-tica original do edifício.

Independentemente da facilidade de executar as diversas solu-ções, conclui-se que é possível proceder ao reforço das estruturasconstituintes de um edifício desta época garantindo a sua seguran-ça fase às exigências regulamentares atuais.

7 - REFERENCES

[1] European Committee for Standardization (CEN) (2005)Eurocode 5: Design of timber structures - Part 1-1: General- Common rules and rules for buildings. CEN, Brussels.

[2] Instituto Português da Qualidade (IPQ) (2010) Euro -código 3 - Projecto de estruturas de aço - Parte 1-1: Regrasgerais e regras para edifícios

Figura 3: Edifício após remoção da cobertura; nova estrutura metálica da cobertura

4 - FASE 2 - PRESERVAÇÃO PARCIAL

Numa 2ª fase, antes do início da intervenção, o Dono de Obraprescindiu do objetivo de preservar a totalidade dos elementosconstrutivos e decorativos relevantes, concentrado apenas emalgumas zonas mais nobres a necessidade de preservação de ele-mentos de revestimento. Esta opção possibilitou a remoção dageneralidade dos tetos e reforço dos pavimentos de forma maiseconómica, intercalando vigamentos de madeira entre os existen-tes, com maior secção. Os novos vigamentos foram apoiados emperfis colocados nas fachadas, que também contribuem para oreforço sísmico por efeito de cintagem.

Figura 4: Reforço de pavimentos com vigamentos de madeira (esq.); com perfis metálicos para pre-servação dos tetos (dir.)

5 - FASE 3 - RECONSTRUÇÃO APÓS O INCÊNDIO

Numa fase avançada da obra, em que praticamente toda aintervenção estrutural estava concluída bem como os trabalhosde redes, deflagrou durante a noite um violento incêndio, queteve como consequência o colapso total da estrutura interior doedifício e provocou severos danos nas paredes de fachada, quetodavia se mantiveram sem colapsar. Entre outros danos, sãode destacar a desagregação das pedras superficiais da alvena-ria por calcinação e a delaminação do betão de recobrimentodas estruturas de betão executadas nas fachadas.

A estrutura do teto da garagem, que já tinha sido reforçada comencamisamento da estrutura com betão armado manteve-sesem danos.

A origem do incêndio não foi identificada mas verificou-se quea segurança contra o incêndio da estrutura naquela fase daobra estava diminuída, uma vez que ainda não se tinha inicia-do a colocação de revestimentos que poderiam servir de

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O Rodrigo da Fonseca 49 é um edifício que data originalmente de 1910.Apresenta uma traça muito caraterística da época que foi preservada, restau-rando-se e mantendo-se os seus elementos históricos mais emblemáticos. Ostrabalhos estão praticamente concluídos e o resultado são seis apartamentosde tipologias T3, T5+1 e T5+2, com áreas entre 180 e 325 m² e pés-direitosoriginais que podem, em alguns casos, chegar aos 4 metros.

As janelas de grande amplitude serão uma imagem de marca dos apartamen-tos, que dispõem de equipamentos e acabamentos de elevada qualidade erecorrem a materiais de grande nobreza. Outra vantagem deste empreendi-mento é o facto de todos os apartamentos disporem de dois lugares de esta-cionamento em cave, um atributo especialmente relevante numa zona centralda cidade onde a oferta de parqueamento é bastante limitada.

O Rodrigo da Fonseca 49 situa-se na rua Rodrigo da Fonseca, uma das arté-rias na zona imediata de influência da luxuosa Avenida da Liberdade, benefi-ciando ainda da proximidade a outros destinos comerciais e culturais muitoem voga na capital, como são os casos da Rua Castilho e do Príncipe Real.

FONTE: Cobertura - Sociedade de Mediação Imobiliária

RODRIGO DA FONSECA 49 VAI REFORÇAR OFERTA DE HABITA-ÇÃO PREMIUM JUNTO À AVENIDA DA LI BER DADE

A zona da Avenida da Liberdade terá a sua oferta dehabitação reforçada muito em breve. Ficará concluídaem Janeiro a intervenção de reabilitação do edifícioRodrigo da Fonseca 49, um imóvel centenário localizadona rua com o mesmo nome e que trará a Lisboa um con-junto residencial de prestígio. O projeto pretende distin-guir-se pela oferta residencial de exceção mas tambémcomo um edifício charmoso que conjuga a personalida-de clássica das suas linhas arquitetónicas com as exi-gências da modernidade.

Promovido pela Selecta, o projeto representa um inves-timento de cerca de 9 milhões de euros e está a sercomercializado em co-exclusividade pelas consultorasJLL e Cobertura, que estão a dinamizar a colocação dasunidades residenciais junto do mercado nacional e inter-nacional.

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AGÊNCIAS

Atrevia PortugalRua Dr. Alberto de Macedo, 274100-027 LisboaTel.: 213 240 227E-mail: [email protected]: www.atrevia.com

Buss ComunicaçãoRua 8 de Setembro, 9º Casalinhosde Alfaiata2560-428 Silveira - Torres VedrasTel.: 261 938 487; Fax: 261 938 661E-mail: [email protected]: www.buss.pt

Cobertura - Sociedade de MediaçãoImobiliária, SARua Rodrigo da Fonseca, 141250-192 LisboaTel.: 213 121 520; Fax: 213 121 521E-mail: [email protected]: www.cobertura.pt

Green Media - Ag. de ComunicaçãoAv. D. João V, 17, 1º Esq1250-089 LisboaTel.: 214 120 868E-mail: [email protected]: www.greenmedia.pt

M Public RelationsEdifício Alto das AmoreiraRua Joshua Benoliel, 6, 4º C1250-133 LisboaTel.: 211 546 120Site: www.mpublicrelations.pt

UlledAv. Duque Loulé, 123, Studio 4.61069-152 LisboaTel.: 213 502 490; Fax: 213 559 287E-mail: [email protected]: www.ulled.com

VF ComunicaçãoAv. Fontes Pereira de Melo, 31, 4C1050-117 LisboaTel.: 213 570 436E-mail: [email protected]: www.vfcomunicacao.com

YoungNetworkRua Fernando Vaz, 12 A1750-108 LisboaTel.: 217 506 050Fax: 217 506 051E-mail: [email protected]: www.youngnetwork.net

ARQUITETURA

APDL - Administração dos Portos doDouro, Leixões e Viana do CasteloAv. da Liberdade4450-718 Leça da PalmeiraTel.: 229 990 700Fax: 229 990 701E-mail: [email protected]: www.apdl.pt

Arquitectura - Tiago do Vale ArquitectosRua Dom Frei Caetano Brandão, 1214700-031 BragaTel.: 253 295 027E-mail: [email protected]: www.tiagodovale.com

Campos Costa ArquitectosRua dos Sapateiros, 44, 3º Drt.1100-579 LisboaTel./Fax: 213 420 605E-mail: [email protected] /[email protected]: www.camposcosta.com

Casas em MovimentoRua Júlio de Matos, 828/882 4200-465 Porto Tel.: 220 731 312 E-mail:[email protected] Site: www.casasemmovimento.com

DIVULGAÇÃO

BigMat Iberia, SAAv. de los Pirineos, 7, 1ª Planta28703 San Sebastián de Los ReyesEspanhaTel.: 00034 916 237 160E-mail: [email protected]: www.bigmat.es

ITeConsPólo II da Universidade de Coimbra Rua Pedro Hispano, s/n 3030-289 CoimbraTel.: 239 798 949Fax: 239 798 939 E-mail: [email protected]: www.peep.uc.pt

Oliveira & Irmão, SATravessa de Milão, Esgueira 3800-314 AveiroTel.: 234 300 200; Fax: 234 300 210E-mail: [email protected]; Site: www.oli.pt

Schlüter® Systems Rua do Passadouro, 313750-458 FermentelosTel.: 234 720 020; Fax: 234 240 937E-mail: [email protected]: www.schluter.pt

Teka Portugal, SAEstrada da Mota, Apartado 5333834-909 Ílhavo - AveiroTel.: 234 329 500E-mail: [email protected] Site: www.teka.pt

DOSSIERMATERIAIS DERENOVAÇÃO EREABILITAÇÃO

CIN - Corporação Ind. do Norte, SAAvenida Dom Mendo, 831, Ap. 10084471-909 MaiaTel.: 229 405 000; Fax: 229 485 661E-mail: [email protected]: www.cin.pt

Diera - Fábrica de Revestimentos,Colas e Tintas, LdaRua D. Marcos da Cruz, 1223Apartado 30374450-730 Leça da PalmeiraTel.: 229 983 350; Fax: 229 983 368E-mail: [email protected]: www.diera.pt

FEUP - Faculdade de Engenharia daUniversidade do PortoRua Dr. Roberto Frias, s/n 4200-465 PortoTel.: 225 081 400Fax: 225 081 440E-mail: [email protected]: www.fe.up.pt

Gres Panaria Portugal, SAZona Industrial de Aveiro, Ap. 30023801-101 AveiroTel.: 234 329 700Fax: 234 302 090E-mail: [email protected] / [email protected]: www.margres.com / www.lovetiles.com

Saint-Gobain Weber PortugalZona Industrial da Taboeira3800-055 AveiroTel.: 234 101 010Fax: 234 301 148E-mail: [email protected]: www.weber.com.pt

ECONOMIABanco de PortugalRua do Comércio, 1481100-150 LisboaE-mail: [email protected]: www.bportugal.pt

Ci - Confidencial ImobiliárioRua Gonçalo Cristóvão, 185, 6º 4049-012 PortoTel.: 222 085 009Fax: 222 085 010 E-mail: [email protected]: www.confidencialimobiliario.com

Instituto Nacional de EstatisticaAv. de António José de Almeida1000-043 LisboaTel.: 218 426 100Fax: 218 454 083 E-mail: [email protected] Site: www.ine.pt

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IberfibranAv. 16 de Maio, ZI Ovar3880-102 OvarTel.: 256 579 670Fax: 256 579 674E-mail: [email protected]: www.fibran.com.pt

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Fábrica de Tintas 2000, SAZona Industrial Maia I - Sector VIIApartado 1053 Rua Joaquim Silva Vicente, Lote 1284470-434 MaiaTel.: 229 436 800Fax: 229 436 819E-mail: [email protected]: www.tintas2000.pt

JRBotas Design & Home ConceptRua Antoine de Saint-Exupéry -Alapraia2765-043 Estoril Tel.: 214 667 110E-mail: [email protected]: www.jrbotas.com

Reynaers Aluminium, SAParque Industrial Manuel da MotaLote 6, Apartado 2343100-905 PombalTel.: 236 209 630Fax: 236 219 435E-mail: [email protected] Site: www.reynaers.pt

Roca, SAPonte da Madalena2416-905 LeiriaTel.: 244 720 000Fax: 244 722 373E-mail: [email protected]: www.roca.pt

IMOBILIÁRIOLUXIMO´S - Christie´s InternationalReal EstateAv. Brasil, 2274150-152 PortoTel.: 224 057 008Fax: 224 027 052E-mail: [email protected] Site: www.luximos.pt

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