EntrevistaRenan Morgado

IndicaçãoPedro Curi

Distrib

uição G

ratu

ita

O Talento deClint Eastwood

Cinema e SomAndreson Carvalho

RevistaAno 01 | n. 07 | 2011

www.ocinefilo.com.br

EDITORIALCaros amigos.

Chegamos a nossa sétima edição!

Que alegria constatar que a nossa revista é um sucesso e que todos estão curtindo!

Neste mês, temos como destaque a excelente animação Rio e a aguardada comédia com Adam Sandler, “Casamento de Mentirinha”.

Não deixe de conferir a coluna do Alexandre Guerreiro, que nesta edição fala do Talento de Clint Eastwood, este excelente ator-diretor.

Na coluna do Andreson Carvalho, você conhecerá um pouco sobre a história da sincronização de som e imagem no cinema.

O destaque do Cine-Temático é o dia do Rock. Aproveite para rever os filmes que selecionamos sobre o estilo que revolucionou o cenário musical.

Relembre as grandes amizades do cinema no Caça-Palavras, e aproveite para desafiar os seus amigos.

Confira ainda em Indicação as preferências de Pedro Curi, a Entrevista com o Renan Morgado e a nova safra de filmes em destaque na seção Reserva Especial.

É isso aí. Boa diversão!

Está aberta a sessão de julho.

Fabio Meirelles

ÍNDICE

EXPEDIENTEA REVISTA O CINÉFILO, distribuída gratuitamente, é uma publicação mensal da locadora O CINÉFILO, produzida pela PÉ DE LIMÃO COMUNICAÇÃO E MARKETING.

O CINÉFILORua Herotides de Oliveira, 18. Jardim Icaraí. Niterói.(21) 3603-2202

Rua Gavião Peixoto, 355, loja 104. Icaraí. Niterói.(21) 2714-7880www.ocinefilo.com.br

O conteúdo dos anúncios veiculados e os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.

Colaboradores da 7ª edição: Alexandre Guerreiro, Andreson Carvalho, Gustavo Magoo, Pedro Curi e Renan Morgado.

COORDENAÇÃO EDITORIALPé de Limão Comunicação e Marketing(21) 3472-2958 | www.agenciapedelimao.com.br

PARA ANUNCIAR(21) 3472-2958atendimento@agenciapedelimao.com.br

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Novidades 04Indicação 10Cruzadinha 12Prateleira 13Entrevista 14Reserva Especial 16Andreson Carvalho 17Alexandre Guerreiro 18Cine Temático 20Minha Lista 22

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Esposa de mentirinhaDistribuidora: Sony Gênero: Comédia Origem: EUA Direção: Dennis Dugan Elenco: Adam Sandler, Jennifer Aniston, Nicole Kidman, Bailee Madison.

Danny Maccabee queria um relacionamento sério, mas foi infeliz em sua tentativa de casamento. Para driblar a carência, passa a vivenciar somente namori-cos e transas sem o menor compromisso. Assim, ele toca sua vida como cirurgião plástico bem sucedido, tendo sua melhor amiga Katherine, mãe solteira de um casal de pirralhos, como fiel escudeira. Durante uma viagem ao Havaí, ele conhece a jovem Palmer e a paixão toma conta de ambos. Disposto a se casar com ela, Danny pisa na bola quando, para criar mais interesse nela, inventa que é marido da amiga, pai das crianças e que vai se separar. Começa então uma verdadeira aventura amorosa recheada de confu-sões de todos os tipos para manter a mentira.

RioDistribuidora: Fox Gênero: Animação Origem: EUA Direção: Carlos Saldanha Elenco: Jesse Eisenberg, Anne Hathaway, Rodrigo Santoro.

Blu é uma arara azul que nasceu no Rio de Janeiro mas, captu-rada na floresta, foi parar na fria Minnesota, nos Estados Uni-dos. Lá é criada por Linda, com quem tem um forte laço afetivo. Um dia, Túlio entra na vida de ambos. Ornitólogo, ele diz que Blu é o último macho da espécie e deseja que ele acasale com a única fêmea viva, que está no Rio. Linda e Blu partem para a cidade maravilhosa, onde conhecem Jade. Só que ela é um espírito livre e detesta ficar engaiolada, batendo de frente com Blu logo que o conhece. Quando o casal é capturado por uma quadrilha, eles ficam presos por uma corrente na pata. É quan-do precisam unir forças para escapar do cativeiro.

05RangoDistribuidora: Paramount Gênero: Animação Origem: EUA Direção: Gore Verbinski Elenco: Johnny Depp, Abigail Breslin, Ned Beatty, Alfred Molina.

Rango é um camaleão da cidade grande que vai parar, após um acidente, em pleno velho oeste, na cidade de poeira no deser-to do Mojave, na Califórnia. De uma hora para outra, sua rotina de animal de estimação muda radicalmente e agora ele precisa deixar a vida “camuflada” para enfrentar os perigos existentes no mundo real, fazendo com que vivencie a experiência de fa-zer amigos, conhecer inimigos e, até, quem sabe, se tornar um herói.

Eu sou o número quatroDistribuidora: Disney Gênero: Ação Origem: EUA Direção: D.J. Caruso Elenco: Alex Pettyfer, Timothy Olyphant, Dianna Agron.

Nove alienígenas, conhecidos por números, fugiram do pla-neta Lorien para se esconder na Terra. Eles são perseguidos pelos Mogadorians, que querem eliminá-los na ordem certa para que poderes especiais não possam ser usados contra eles no futuro. Os três primeiros já foram assassinados. O número Quatro vive disfarçado entre os humanos como John Smith. Enquanto descobre seus poderes, Smith conhece Sarah Hart e se apaixona por ela, colocando em risco a vida de ambos e o futuro de sua raça. A sua sorte é que a número Seis também o encontrou e pode ajudá-lo na batalha.

Sem limitesDistribuidora: Imagem Filmes Gênero: Ação Origem: EUA Direção: Neil Burger Elenco: Bradley Cooper, Robert De Niro, Abbie Cornish, Johnny Whitworth.

Eddie Morra é um jovem escritor em início de carreira que so-fre de bloqueio. Ele entra em contato com uma nova droga que aumenta sua capacidade cerebral de forma exponencial. Co-nhecida como NZT, as pílulas tecnológicas são controladas por computador para liberar substâncias no corpo na hora marca-da. Com o cérebro turbinado, ele toma Wall Street de assalto e obtém rápido sucesso financeiro e social. O revés acontece quando percebe os perigosos efeitos colaterais que surgem.

06Jogo de poderDistribuidora: Paris Filmes Gênero: Ação Origem: EUA Direção: Doug Liman Elenco: Naomi Watts, Sean Penn, Ty Burrell, Sam Shepard.

O diplomata Joseph Wilson escreveu um editorial para o jornal New York Times, no qual alega que a administração do presi-dente George W. Bush manipulou informações de relatórios sobre a existência de armas de destruição em massa no Iraque para justificar a invasão. Como retaliação, Valerie Plame, espo-sa de Wilson e agente secreta da CIA, tem sua identidade re-velada intencionalmente. É o início da luta de Wilson para que os responsáveis por este ato, um crime federal, sejam punidos. Ao mesmo tempo, Valerie precisa se adaptar à nova realidade, afastada do trabalho e com a vida exposta pela imprensa.

Invasão do mundo: batalha de Los AngelesDistribuidora: Sony Gênero: Ficção científica Origem: EUA Direção: Jonathan Liebesman Elenco: Aaron Eckhart, Michelle Rodriguez, Michael Peña.

Uma chuva de meteoros atinge a Terra. Logo se descobre que eles são naves alienígenas que desejam exterminar os seres hu-manos. A cidade de Los Angeles é alvo de uma das principais batalhas, dentre as várias que ocorrem. Nela está envolvido o sargento Michael Nantz, que teve sua aposentadoria cancelada devido a gravidade dos ataques. Nantz sofre ainda o trauma de ter perdido vários homens em sua última missão, o que o colo-ca em dúvida entre integrantes de sua nova tropa. Apesar dis-to, ele obedece as ordens do tenente William Martinez e tenta ajudar no que pode para eliminar os invasores.

Como você sabe?Distribuidora: Imagem Filmes Gênero: Comédia Origem: EUA Direção: James L. Brooks Elenco: Reese Whiterspoon, Paul Rudd, Owen Wilson, Jack Nicholson.

Lisa Jorgenson é uma mulher dedicada ao esporte, desde a in-fância. Quando é cortada da equipe de softball, perde o rumo e precisa reconstruir a sua vida. Então, envolve-se com Matty, um jogador de beisebol mulherengo e narcisista. Ao mesmo tempo, ela conhece George, um homem de negócios que está sendo acusado de um crime financeiro. No primeiro encontro entre Lisa e George, em que cada um conta os piores dias de suas vidas, eles encontram muita coisa em comum e um futuro que pode não ser tão pessimista quanto eles imaginam.

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A minha versão do amorDistribuidora: Califórnia Gênero: Comédia Origem: EUA Direção: Richard J. Lewis Elenco: Paul Giamatti, Rosamund Pike, Minnie Driver, Scott Speedman.

A fabulosa e comovente história de Barney Panofsky, conta-da através de sua visão. Um homem de 65 anos, funcionário de uma produtora de TV, politicamente incorreto, alcoólatra, fumante de charutos e amante do hóquei. Inconformado com a separação, diverte-se azucrinando o novo marido de sua ex-esposa. Barney sempre viveu de forma plena, impulsiva, iras-cível e destemida. O filme traz uma reflexão sobre os sucessos de sua vida, suas gafes e fracassos.

Comando de eliteDistribuidora: Playarte Gênero: Ação Origem: Inglaterra Direção: Adrian Vitoria Elenco: Sean Bean, Izabela Miko, Danny Dyer, William Houston, Sebastian Street.

Baseado na história real da formação do 30º Comando, um dos mais respeitados regimentos das forças especiais criado duran-te a Segunda Guerra Mundial. Após semanas de treinamento intenso, a equipe de Jones é designada para a primeira missão: usar um pára-quedas e capturar uma tecnologia mortal. Mas assim que eles chegam perto do pouso, a tropa encontra-se no meio de um combate feroz. Em uma batalha sangrenta, com poucos soldados e perante um inimigo implacável, eles logo percebem que é tempo de lutar ou morrer.

As mães de Chico XavierDistribuidora: Paris Filmes Gênero: Drama Origem: Brasil Direção: Glauber Filho, Halder Gomes. Elenco: Nelson Xavier, Vanessa Gerbelli, Via Negromonte, Tainá Muller.

Três mães vêem sua realidade se transformar por completo. Ruth, cujo filho adolescente, Raul, enfrenta problemas com drogas; Elisa, que tenta suprir a ausência do marido dando to-tal atenção ao filho, o pequeno Théo; e Lara, professora que enfrenta o dilema de uma gravidez não planejada. Essas três mulheres, vivendo momentos distintos de suas vidas, encon-tram-se quando, cada uma por um motivo particular, buscam conforto junto a Chico. E o repórter Karl permanece insistindo em entrevistar o médium, mesmo sem estar preparado.

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Rápida vingançaDistribuidora: Swen Gênero: Ação Origem: EUA Direção: George Tillman Jr. Elenco: Dwayne Johnson, Billy Bob Thornton, Tom Berenger, Mike Epps.

Depois de cumprir 10 anos de prisão, Driver só tem um obje-tivo: vingar a morte de seu irmão, assassinado em um assalto mal planejado. Mas tem gente disposta a atrapalhar seus pla-nos. Um deles é um policial veterano prestes a se aposentar. O outro é um matador de aluguel viciado em adrenalina e bas-tante egocêntrico. Agora, é uma questão de tempo para saber quem sai vivo desse jogo de caça e caçador.

O ritualDistribuidora: Warner Gênero: Suspense Origem: EUA Direção: Mikael Hafström Elenco: Anthony Hopkins, Alice Braga, Rutger Hauer, Colin O’Donoghue.

Michael Kovak é um seminarista cético e decidido a abandonar seu caminho na igreja, mas seu superior o orienta a passar um período no Vaticano para estudar rituais de exorcismo. Uma vez lá, suas dúvidas e questionamentos só aumentam, na me-dida em que seu contato com o Padre Lucas, um famoso jesuíta exorcista, o apresenta o lado mais obscuro da igreja. É quando ele conhece a jornalista Angeline, que investiga as atividades do religioso e faz com que suas reflexões sobre a crença no diabo e em Deus não parem de crescer.

À queima roupaDistribuidora: Califórnia Gênero: Suspense Origem: França Direção: Fred Cavayé Elenco: Gilles Lellouche, Roschdy Zem, Gérard Lanvin, Elena Anaya, Mireille Perrier, Claire Perot.

Samuel Pierret é um enfermeiro que salva o homem errado - um ladrão, cujos capangas levam a mulher grávida de Samuel como refém para obrigá-lo a soltar o chefe do hospital, em apenas 3 horas. Começa uma corrida através do metrô e das ruas de Paris e a contagem de corpos vai aumentando. Poderá Samuel fugir da polícia e do submundo do crime e colocar sua esposa grávida em segurança?

INDICAÇÃO10

CLubE dos CINCoJohn Hughes, EuA, 1985.

É impossível falar de cinema jovem e comédias adolescentes sem falar de John Hughes. Ele talvez seja o responsável pelas melhores representações da juventude da época nesse tipo de filme, criando personagens e histórias que serviram de inspiração para as obras que vieram depois. “Um cérebro, um atleta, um caso perdido, uma princesa e um criminoso”. É com esses cinco modelos presentes em várias obras do cinema jovem que John Hughes apresenta os protagonistas da história. Personagens aparentemente muito diferentes que quase não têm contato durante a semana, mas que são obrigados a passar o sábado na escola de castigo, pensando sobre o que fizeram e escrevendo uma redação sobre quem são. A partir da convivência forçada, percebem preconceitos e passam a se conhecer melhor. No entanto, apesar de questionar os estereótipos, John Hughes não invalida nenhum deles. Esses modelos são reais e,

como os próprios personagens percebem, não podem ser quebrados de uma hora pra outra. Clube dos cinco é um exercício de identificação.Uma vez, uma amiga me disse que aprendeu a ser adolescente com o filme, mas que no fim das contas não adiantou nada, pois quando chegou à adolescência se sentiu tão perdida quanto os personagens.Assim como em Clube dos cinco, em Gatinhas e gatões (1984), Curtindo a vida adoidado (1986) e outros filmes que John Hughes dirigiu ou escreveu, não há respostas de como lidar com o crescimento e todas as mudanças que ele traz, mas como disse Ferris Bueller, “a vida passa muito rápido e se você não curtir de vez em quando, a vida passa e você nem vê”.

As MELHoREs CoIsAs do MuNdoLaís bodanzky, brasil, 2010.

Quando assisti ao filme de Laís Bodanzky, lembrei muito de Para sempre na minha vida. O filme conta a história de Mano, trazido da série de livros de Gilberto Dimenstein e Heloisa Prieto, que está passando pelo complicado divórcio dos pais, é apaixonado por uma menina da escola e se preocupa em preservar sua reputação em um ambiente escolar de pouca privacidade e perder a virgindade. Os protagonistas masculinos dos dois filmes têm mais ou menos a mesma idade e alguns conflitos em comum. Para sempre na minha vida tem um viés bem mais político, ainda que, em As melhores coisas do mundo, Mano, em um processo de amadurecimento, se envolva na disputa de uma eleição para o grêmio da escola. No entanto, o filme levanta outras questões e apresenta um retrato interessante da juventude

brasileira atual. Abordando temas que podem parecer batidos - como bullying, exposição na internet, relacionamento entre aluno e professor, homossexualidade e depressão - o filme os incorpora bem à trama, sem parecer didático. O resultado é uma história leve, divertida e um passo importante na formação de um cinema jovem brasileiro.

O primeiro amor, o primeiro beijo, a descoberta da sexualidade, das drogas e da morte. Uma vontade enorme de se incluir que contrasta com a necessidade de se destacar. Uma urgência e muito tempo pela frente. A juventude fascina, com todos seus conflitos e excessos.Mas os jovens demoraram a ganhar a tela grande. O que aconteceu ao mesmo tempo em que ganharam um maior espaço na sociedade como consumidores. Quando o cinema perde força como entretenimento familiar e percebe que os adolescentes são um ótimo mercado a ser explorado, a indústria se volta para eles. Assim, o cinema jovem cresceu - assim como a própria juventude, cada vez mais longa - e passou por diversas fases, explorando com a mesma intensidade dos jovens uma série de temas de muitas formas diferentes: filmes de terror, representações de rebeldia, musicais, aventuras sexuais e por aí vai.

PARA sEMPRE NA MINHA vIdAGabriele Muccino, Itália, 1999.

Assim como Clube dos cinco começa com um trecho da música Changes, de David Bowie, escrito sobre o fundo preto, Para sempre na minha vida tem início com uma citação de Abbie Hoffmann, personagem importante do movimento jovem nas décadas de 60 e 70: “Com certeza éramos jovens, éramos arrogantes, éramos ridículos, éramos exagerados, éramos levianos, mas tínhamos razão”.O primeiro amor, a preocupação com a virgindade, o contato com drogas, as “tribos”, a luta por ideais recém descobertos e outras questões universais estão lá. A diferença é que a história se passa em Roma, quando os estudantes ocupam o Liceu para protestar - ou aproveitar os dias sem aula e sem muitas regras. É nesse contexto que o protagonista enfrenta os conflitos

da adolescência. Silvio, cujos pais são da geração de 68, envolve-se na ocupação do colégio para se aproximar de Valentina, mas, a partir daí, aprende mais sobre política, sobre ele mesmo e sobre o amor.O amadurecimento é um tema recorrente para o diretor do filme, Gabriele Muccino, que vai retomar a reflexão em seu filme seguinte, O último beijo, também lançado no Brasil. Ainda que nessa outra história ele mostre os conflitos de um jovem na faixa dos trinta, que descobre que vai ser pai enquanto um amigo aproveita a vida de solteiro e outro acaba de se divorciar.Em tempo: O último beijo teve também um remake americano, Um beijo a mais, estrelado por Zach Braff. Vale conferir a diferença entre os dois.

PEDRO CURI nasceu no início dos anos 80 e cresceu assistindo a comédias adolescentes na Sessão da Tarde. Já nos anos 2000, fez jornalismo na UFRJ e mestrado no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFF. Atualmente no doutorado, desenvolve uma pesquisa sobre fãs, convergência midiática e cultura jovem ligada ao audiovisual. Ainda hoje, de vez em quando, sem que perceba, começa a cantarolar a música “Danke schoen” quando lava a cabeça no banho.

REbELdE CoM CAusAMiguel Arteta, EuA, 2009.

Nick Twisp é um adolescente certinho que já aceitou o fato de que os mocinhos se dão mal e que as meninas acabam preferindo os cafajestes da escola. Quando se apaixona por Sheeni Saunders e tem que se afastar dela logo depois, percebe que a melhor maneira de ficarem juntos é se rebelar. Diante disso, cria uma espécie de “personalidade suplementar” capaz de falar - e fazer - tudo aquilo que não tinha coragem. Sem limites e sem censura, Nick Twisp e sua nova personalidade vão muito além do que imaginavam.A escolha do protagonista não poderia ser mais acertada. Michael Cera fez, nos últimos anos, diversos filmes voltados para o público jovem, desde Superbad (2007), considerado um resgate de comédias sexuais como Porky’s (1982), até o indie Juno (2007), além de Uma noite de amor e música (2008), que conquistou

uma série de fãs, e do dinâmico Scott Pilgrim contra o mundo (2010).Lançado no Brasil somente em DVD, o filme amarra bem vários elementos de comédias adolescentes que vieram antes dele, brincando com clichês e representações para criar uma ótima história. Rebelde com causa pode ser mais um dos muitos filmes sobre os medos e conflitos da juventude, mas é bom ver como Nick Twisp luta contra seu próprio estereótipo e constrói sua identidade a partir disso. Agradando ainda a quem acompanha todo o processo.

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01. ________, dirigido por Rob Reiner, basea-do no conto The Body (O outono da inocência), de Stephen King.02. Primeiro filme de cinco em que o ator Kevin Kline trabalha com o diretor Lawrence Kasdan.03. Em 1983, Spielberg conquistou quatro Os-cars com este filme. Entre as premiações estão melhores efeitos especiais e melhor trilha so-nora.04. Filme brasileiro de 2005 e o primeiro longa-metragem do diretor Marcelo Gomes.05. Em Um estranho casal, dois amigos deci-dem morar juntos quando seus casamentos fracassam. A comédia conta com Jack Lemmon e _________.06. Tomates verdes fritos é um filme do dire-tor:07. Jessica Tandy, Morgan Freeman e Dan Aykroyd contracenaram na obra, ________, ganhadora do Oscar de melhor filme em 1990.

08. Na 62ª edição do Oscar, a categoria de me-lhor filme estrangeiro foi para o filme de Giu-seppe Tornatore, chamado_____________.09. Onde vivem os monstros é um filme base-ado no livro infantil de mesmo nome, escrito por Maurice Sendak. O filme ficou sob a dire-ção de_____________.10. ________ é a série que conta a vida de um grupo de seis amigos e tem como trilha sonora I’ll be there for you.11. O filme _______, de 1985, foi dirigido por Richard Donner, e teve como roteiristas Steven Spielberg e Chris Columbus.12. O filme Sempre ao seu lado conta a relação de amizade entre Parker Wilson e um cão da raça akita. Baseado numa história real japone-sa, o canino se chamava______________.13. Animação dirigida por Adam Elliott, na qual uma australiana solitária de apenas oito anos e um homem de 44 anos, de Nova York, desen-volvem uma forte amizade.

01. Conta Comigo; 02. O reencontro; 03. ET. 04. Cinema, aspirinas e urubus; 05. Walter Matthau; 06. Jon Avnet; 07. Conduzindo Miss Daisy; 08. Cinema Paradiso; 09. Spike Jonze; 10. Friends; 11. Os Goonies; 12. Hachiko; 13. Mary e Max.

ESPECIAL DIA DO AMIGO

CAÇA-PALAVRASCAÇA-PALAVRAS12

PRATELEIRA

Entre os muitos de sua preferência, Gustavo fez a di�cil tarefa de selecionar apenas

quatro filmes para a nossa Prateleira.

Gustavo MagooDJ & Consultor da locadora O Cinéfilo

A FESTA DO MONSTRO MALUCOPrepare-se, você está convidado para a grande convenção de monstros!!!! Nesta divertida animação infantil, juntaram todos os monstros clássicos do cinema e uti-lizaram a animação de bonecos “Animagic”. No elenco, um dos maiores atores de filmes de terror, Boris Karloff. Depois de muita diversão e trapalhadas, você desco-bre que ninguém é perfeito.Sinopse: Quando o Dr. Frankenstein decide se aposentar, convoca uma reunião in-ternacional de monstros para eleger seu sucessor. Todos os grandes monstros se apresentam, mas o Dr. Frankenstein decide entregar o cargo a seu sobrinho, um humano, causando revolta aos demais.

DRÁCULA DE BRAM STOKERFrancis Ford Coppola leva em sua direção esta clássica história a outro patamar, diferente do tradicional filme de vampiro. O que o amor por uma mulher e a devoção a Deus podem fazer ao ser humano.Sinopse: Jonathan Harker é um jovem advogado que fica aprisionado no castelo do vampiro, enquanto este parte para Londres em busca de um lugar para morar. Lá conhece e se apaixona pela namorada de John, Mina, a quem tentará morder para transformá-la em uma de sua espécie.

TUBARÃOUm mix de suspense e ação, passando por conflito familiar e uma fera que consegue colocar uma pacata cidade em polvorosa. Grande direção do então novato, Steven Spielberg, que utilizou de métodos Hitchcock para condução deste filme.Sinopse: Um terrível ataque a banhistas é o sinal de que a praia da pequena cidade de Amity virou refeitório de um gigantesco tubarão branco, que começa a se ali-mentar dos turistas. Embora o prefeito queira esconder os fatos da mídia, o xerife local pede ajuda a um ictiologista e a um pescador veterano para caçar o animal. Mas a missão vai ser mais complicada do que eles imaginavam.

PLATOONUm jovem em conflito com uma enorme responsabilidade: participar de uma guerra sem preparo algum. Pois assim é a vida; nenhum conhecimento e a coragem de enfrentar o dia a dia. Com comandantes que podem ser classificados como “Deus” e o “Diabo”. E a clássica cena da fuga numa emboscada, vivida por Willem Dafoe. Acreditem, me senti na guerra. Fantástica direção de Oliver Stone, que conta sua própria experiência de guerra.Sinopse: Chris é um jovem recruta recém-chegado a um batalhão americano, em meio à Guerra do Vietnã. Chris foi voluntário na guerra, assim como fez seu avô e seu pai em guerras anteriores. Mas aos poucos, com a convivência dos demais recrutas e dos oficiais que o cercam, ele vai perdendo sua inocência e passa a expe-rimentar de perto toda a violência e loucura de uma carnificina sem sentido.

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ENTREVISTAcom Renan Morgado

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Por que um blog sobre cinema?Eu já havia tentado criar um blog duas vezes, mas não obtive sucesso. Nem um pouco. E eram sobre os assuntos mais di-versos. Quando decidi focar apenas na te-mática do cinema, nasceu o blog “Cinema é Tudo Isso!”. Falar sobre o que você gosta e sabe é o primeiro objetivo ao criar um blog. E eu amo cinema, então, nada me-lhor do que unir isso.

O que um apaixonado por filme encontra no blog Cinema é tudo isso?O leitor vai encontrar diversas seções no blog, entre elas:

Notícias que o vento traz: fala das mais diversas notícias que chegam sobre a sé-tima arte;

Estranho Mundo da Internet: vê o cine-ma dentro dos segmentos de virais, sites,

camisas legais vendidas online e pôsteres feitos por designers/fãs que ganharam des-taque no ciberespaço;

Pôster Premiado: são os belos pôsteres de novos filmes divulgados por estúdios;

Relicário é Tudo Isso: é uma seção que traz um novo olhar sobre diversas obras. São “achados” com destaque para aspec-tos desconhecidos, ignorados ou esqueci-dos pelo público.

Há, ainda, outras seções, além de conteú-dos especiais publicados frequentemente no blog.

Há quanto tempo o blog está no ar?Há 2 anos e 6 meses. O conselho que dou pra quem está abrindo um blog sobre ci-nema ou sobre qualquer assunto é manter a disciplina na atualização. Nem que seja um post por dia.

Como os assuntos são definidos?Depende muito do dia. Há dias em que há poucas notícias interessantes, mas, em compensação, podem aparecer mais as-suntos de virais, pôsteres, entre outros.

Os assuntos também são definidos a par-tir de uma busca pelo diferente sobre o cinema. Não posto informações que todo mundo já sabe, procuro algo que ficou su-focado ou escondido diante de uma notí-cia massificada na Internet.

O que faz para se manter atualizado com as novidades da área?Estou sempre lendo uns 6 ou 7 sites es-trangeiros sobre cinema por dia. Uma novidade que não encontro em um, vou encontrar em outro.

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Você costuma buscar referência na literatura?Com certeza. Não adianta apenas estar conectado na Internet, tem de haver um embasamento mais profundo, algo que está somente nos livros. Ler sobre o cine-ma clássico é fundamental. Assim, ao ver um filme novo, você sabe se o seu conteú-do é inovador ou repetitivo, além de ana-lisar outros fatores como roteiro, edição, trilha sonora e etc.

Fale um pouco sobre o Projeto Clube do Ce7I.O Clube do CE7I veio depois do sucesso nos debates sobre os indicados ao Oscar 2011. Os leitores pediram muito que os debates continuassem. Então, nesse meio do ano, o projeto entrou no ar. O objetivo principal do Clube é ser um espaço certo para discussões da sétima arte. Não há vez para preconceitos e nem pensamen-tos considerados “únicos”. No Clube, a opinião de todos é respeitada e colocada em destaque.

Os 30 filmes definidos para os debates fo-ram selecionados em um mês de votação, na qual o leitor escolhia os seus favoritos de uma lista com mais de 120 títulos de longas.

A proposta é toda semana debater um fil-me até o fim do ano.

O que é preciso fazer para participar do debate?Apenas acessar o blog <http://bit.ly/clu-beCE7I> e procurar pela sala de debate do seu filme favorito. Ao encontrá-la, você pode marcar um lembrete para receber por e-mail e, dessa forma, ter uma vaga garantida no debate. O Clube é gratuito e sem fins lucrativos.

Você pretende ingressar na carreira cinematográfica?É um sonho poder seguir a carreira. Sendo que há muito ainda o que aprender. Tudo a seu tempo.

Qual o trabalho mais interessante, em sua opinião, já publicado no blog?Já foram publicados tantos! Normalmen-te, os especiais realizados na fase de pre-miações (Globo de Ouro, SAG Awards e Oscar) são feitos com muito empenho. No dia do Oscar, quase todo o material pla-nejado meses e meses é publicado. Por exemplo, o especial “As Biografias Reais que Venceram o Oscar” é um dos meus trabalhos favoritos.

Divida conosco seus cinco filmes preferidos.Essa é difícil! O meu top 5 muda constan-temente de época em época. Neste mo-mento, os meus 5 favoritos são:

Interiores, de Woody AllenAs Horas, de Stephen DaldryOs Pássaros, de Alfred HitchcockA Síndrome da China, de James BridgesA Malvada, de Joseph L. Mankiewicz.

Mas em breve, esta lista deve mudar de novo!

RENAN MORGADO é estudante de Publicidade e Propaganda na Universidade Estácio de Sá.

Estagiou nas agências Sapiens e Ideia S/A. Atualmente se dedica ao blog CETI! - Cinema é Tudo Isso e a outros projetos paralelos.

vIdA NuABiografia. Reino Unido, 1975.

De Jack Gold.O filme é uma adaptação da auto-biografia de Quentin Crisp, um ver-dadeiro ícone gay da Inglaterra no século vinte, que enfrentou com coragem o preconceito as persegui-ções ao longo de décadas, sempre com inteligência e senso de humor.

Disponível em julho

PoEsIADrama. Coreia do Sul, 2010.

De Chang-dong Lee.Mija tem mais de 60 anos e vive com o neto adolescente numa pequena cidade. Inscrita num curso de poe-sia, observa e escreve sobre a bele-za do cotidiano, até que seu neto se envolve num suicídio de uma colega e a sua visão de mundo muda.

Disponível em julho

A bELEZA do dIAboDrama. França, 1950.

De René Clair.O exemplar professor universitário Henri Faust está velho e cansado. Por intermédio de Mefistófeles, re-cebe uma proposta de Lúcifer para recuperar a sua juventude em troca de sua alma. Após algumas armadi-lhas, ele acaba aceitando o pacto.

Disponível em julho

Reserva Especial

uMA JANELA PARA o AMoRDrama. Reino Unido, 1985.

De James Ivory.A Inglaterra, no início do século XX, testemunha o nascimento de um grande amor. Lucy é uma nobre di-ferente das demais, que conhece George. Surge o amor entre os dois e uma luta desesperada contra o sis-tema de classes vitoriana.

Disponível em julho

PoR TERNuRA TAMbÉM sE MATA

Drama. França, 1956. De René Clair.Bandido refugia-se na casa de um artista em Paris. Um amigo do artis-ta conta a história à namorada, que decide conhecer o foragido. Diante da ameaça de ser descoberto, o ban-dido tem duas alternativas: seduzir a moça ou matá-la.

Disponível em julho

vINCEREDrama. Itália, 2009.

De Marco Bellocchio.Há um segredo na vida de Benito Mussolini: uma mulher, Ida Dalser, e um filho, Benito Albino, que nasceu, foi reconhecido, e em seguida, rene-gado. É uma página negra da história da Itália, ignorada na biografia oficial do Duce.

Disponível em julho

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ANDRESON CARVALHO é cineasta e pro-fessor. Graduado em Cinema e mestre em Comunicação pela Universidade Federal Flu-minense. Foi professor substituto do curso de Cinema da mesma Universidade. É atual professor de edição de som e desenho sonoro da Escola de Cinema Darcy Ribeiro. E já parti-cipou de diversos curtas e longas, entre eles: Árido Movie (Lírio Ferreira, 2004) e Sonhos e Desejos (Marcelo Santiago, 2006).

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CINEMA E SOM

O cinema pode até ter nascido mudo, mas nunca foi surdo. Muitos podem não saber, mas quando o Cinematógrafo foi lançado pelos irmãos Lumière (1895), sua intenção era projetar imagens e sons. No entanto, seus primeiros experimentos não foram bem-sucedidos, pois som e imagem não con-seguiam manter seu sincronismo ao longo dos minutos necessários. Várias tentativas de sincronismo foram feitas, desde Thomas Edison com o Cinetofone (1894) – junção do Cinetoscópio com o Fonógrafo –, sendo seguido por outros experimentos como: o Grafonoscópio de Auguste Baron (1896) e o Cronógrafo de Henri Joly (1900). O acompa-nhamento sonoro, então, ficava a cargo de uma sonorização simultânea, que variava de sala para sala, tal como: uma orquestra inteira, um único pianista, comentários fei-tos pelo diretor durante a exibição, atores reproduzindo as falas das personagens, ou ainda um sonoplasta criando os ruídos ne-cessários. Essas opções de sonorização, lon-ge do que possa parecer, não eram menos importante, muito pelo contrário, os cine-mas as utilizavam como atrativo para suas exibições. E assim se manteve até o final da década de 20.

Os primeiros filmes sonoros vieram com o Vitaphone, numa parceria entre a Warner e a General Eletrics. O equipamento consistia de um projetor ligado por cabos a um fonó-grafo que reproduzia um disco de vinil de 16 polegadas a 33 1/3 rotações por minu-to, numa frequência de 50 a 5.500 Hz. Sua estreia, porém, não foi feita com o filme O Cantor de Jazz (Alan Crosland, 1927), re-ferido como primeiro filme sonoro. Na ver-dade, o primeiro filme a fazer uso de tal tec-nologia foi Don Juan (Alan Crosland, 1926), que, apesar de não conter falas, sincroniza-va ruídos e músicas. O Cantor de Jazz tam-bém não foi o primeiro filme inteiramente falado, título esse concedido As Luzes de Nova Iorque (Brian Foy, 1928). Temos assim,

não um único marco na sincronização entre som e imagem no cinema, e sim três.

Todo o aparato sonoro era muito dispen-dioso, o que levou alguns pequenos estú-dios e salas de cinema a encerrarem suas atividades. Além disso, muitas modificações foram sentidas na produção cinematográfi-ca: a montagem, por exemplo, sofreu uma brusca redução em sua experimentação, já que o som tornava o filme mais “amarrado”. Isso porque, muitos dos realizadores, aten-dendo ao clamor do público, associaram diretamente o advento sonoro aos talking films, deixando de lado toda a experimen-tação possível no choque entre o audível e o visível, ao fazer uso do som apenas para reforçar e conferir veracidade a imagem.

Um filme que retrata de forma bem-humo-rada toda essa transformação vivida pelo ci-nema é o musical Cantando na Chuva (Gene Kelly e Stanley Donen, 1951), no qual acom-panhamos a trajetória de um famoso casal do cinema mudo ao tentar se ajustar a tec-nologia sonora, com suas falas, microfone e o silêncio necessário durante as filmagens.

Alexandre GuerreiroMestre em Comunicação (UFF), bacharel em Cinema (UFF), bacharel e licenciado em História (UERJ). Produtor cultural e cineasta, curador e produtor das mostras O Cinema de Eric Rohmer, Godard 80, Cineducando e O Rio de Janeiro Segundo o Cinema. Integra a equipe do Cineduc - Cinema e Educação.

Bill Munny, um pistoleiro aposentado, volta a ativa quando lhe oferecem 1000 dólares para matar os ho-mens que cortaram o rosto de uma prostituta. Neste serviço, dois outros pistolei-ros o acompanham, e eles precisam se confrontar com um inglês, que também de-

seja a recompensa, e um xerife, que não deseja tumulto em sua cidade.

OS IMPERDOÁVEIS. Western. EUA, 1992

MENINA DE OURO. Drama. EUA, 2004O treinador de boxe Frankie Dunn está distante da filha há muito tempo. Enquanto luta para mudar isso, chega à sua academia a jovem Ma-ggie Fitzgerald, determinada a se tornar uma boxeadora profissional. Mas ela precisa encontrar alguém que acre-dite em seu potencial e é em Frank que ela vê essa pessoa.

Durante os treinos, os dois encontram não só ami-zade, mas um sentimento familiar perdido há anos.

Três grandes amigos de in-fância acabam se separan-do após um deles sofrer uma experiência traumática – sequestro e abuso. Cres-cem na mesma cidadezinha, mas não se falam mais, ape-nas formalmente, até que a filha de um deles é encon-trada morta. A tragédia aca-

ba por uní-los, fazendo-os trazer à tona velhos – e novos –conflitos.

SOBRE MENINOS E LOBOS. Suspense. EUA, 2003

O TALENTO DE CLINT EASTWOOD

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Clint Eastwood chegou aos 81 anos con-sagrado como um cineasta de diversos ta-lentos. Sua carreira deu origem a uma fil-mografia com inúmeras obras imperdíveis, que tornaram seu nome respeitado na in-dústria cinematográfica norte-americana, peça fundamental para compreender sua relevância como diretor.

O primeiro grande passo de sua carreira, ainda como ator, foi enveredar pela trilogia dos dólares de Sérgio Leone, nos memorá-veis filmes de western spaghetti Por um Pu-nhado de Dólares, Por uns Dólares a Mais e Três Homens em Conflito. A partir daí, e nos filmes da série Dirty Harry, seu nome virou sinônimo de sucesso de bilheteria.

Pertencente a um seleto grupo de cineas-tas em atividade que receberam duas vezes o Oscar de Melhor Direção (ao lado apenas de Steven Spielberg, Milos Forman e Oliver Stone), Clint, premiado por Os Imperdoá-veis e Menina de Ouro, trilhou um longo caminho até sedimentar seu lugar atrás das câmeras. Mesmo tendo iniciado sua carrei-ra como ator em meados dos anos 50, foi apenas nos anos 70 que ele se aventurou na direção.

Depois de Play Misty for Me, seu primeiro filme como diretor, Clint realizou O Fora da Lei e Impacto Fulminante, dentre outros. Mas foi preciso esperar por Bird para que ele chamasse atenção como diretor. Bird deu a Forest Whitaker o prêmio de melhor ator no Festival de Cannes, com sua magis-tral interpretação do músico Charlie Parker, e Clint foi premiado com o Globo de Ouro de melhor diretor. Muito elogiado, o filme é fruto da paixão de Clint pelo jazz, e seu ta-lento musical o levou, inclusive, a assinar a trilha sonora de alguns de seus filmes como Menina de Ouro, Sobre Meninos e Lobos e Além da Vida.

19Com Os Imperdoáveis, Clint realizou um novo clássico do western. O filme traz de volta um gênero que se encontrava em cer-to abandono nos anos 90. Utilizando com propriedade os elementos tradicionais do western, Clint não só fez uma homenagem ao gênero que ele conhece tão bem, mas abasteceu a carga dramática que marcará sua carreira a partir de então. Em Meni-na de Ouro, como ator, produtor, diretor e compositor, Clint enfrentou o desafio de realizar um filme de boxe, modalidade tão explorada e que já originou alguns clássicos do cinema. Assuntos delicados, como euta-násia e religiosidade, rondam o filme, fazen-do pulsar a veia dramática de Clint.

Invictus, Gran Torino e, em especial, Sobre Meninos e Lobos, ratificaram o talento de Clint Eastwood como diretor. Com nítida preferência pelo gênero dramático e com um uso até certo ponto conservador da linguagem cinematográfica (o que não é de-mérito!), seus trabalhos obtiveram sucesso de crítica, e servem como veículo para ato-res em grandes performances, como Sean Penn e Tim Robbins (Sobre Meninos e Lo-bos), Meryl Streep (As Pontes de Madison), Angelina Jolie (A Troca), Morgan Freeman (Invictus e Menina de Ouro) e Hilary Swank (Menina de Ouro).

Mas um de seus principais desafios como diretor foi a realização de A Conquista da Honra e Cartas de Iwo Jima, realizados e lançados quase simultaneamente. Ao assu-mir dois pontos de vista (EUA e Japão) da Se-gunda Guerra Mundial, Clint realizou duas obras críticas e reflexivas, num exercício de direção e estilo, num discurso antibélico fir-me e eloquente.

Seu último filme, Além da Vida, volta a discutir o tema da religiosidade, com uma abordagem respeitosa e nada panfletária. Sua contribuição está, sobretudo, na habi-lidade de contar histórias, que fluem como um rio. Sua obra reúne o que de melhor o cinema-indústria pode oferecer.

BIRD. Drama. EUA, 1988Filme sobre a vida do saxo-fonista Charlie “Bird” Parker, interpretado por Forest Whi-taker. O longa destaca os amores de um dos mais fa-mosos jazzistas norte-ameri-canos, além de seus proble-mas com as drogas e com o álcool, que interferiram em sua carreira.

A CONQUISTA DA HONRA. Drama. EUA, 2006A história real dos seis solda-dos que ergueram a bandei-ra norte-americana na bata-lha de Iwo Jima, decisiva na Segunda Guerra Mundial. Os dramas vividos por alguns membros do exército norte-americano que estiveram presentes na ilha japonesa e, após erguerem a bandeira,

seguiram numa espécie de turnê nos EUA a fim de angariar fundos para conseguir manter o exército do país no Japão, continuando o conflito mundial.

CARTAS DE IWO JIMA. Drama. EUA, 2006A história dos soldados ja-poneses que defenderam seu país contra os invasores americanos durante a Se-gunda Guerra Mundial. Pou-co municiado, mas dono de uma vontade inabalável, ca-paz de suportar até mesmo a inóspita ilha vulcânica de Iwo Jima, as táticas sem pre-

cedentes adotadas pelo general Tadamichi Kuri-bayashi e por seus homens, transformaram o que se previa ser uma rápida derrota em uma batalha de 40 dias, marcados por combates heróicos.

ALÉM DA VIDA. Drama. EUA, 2010George é um psíquico que tem dificuldades em se re-lacionar emocionalmente com a sua namorada e não quer nada com os seus po-deres. Uma jornalista fran-cesa e apresentadora de um talk show viveu uma expe-riência de quase-morte no tsunami de 2004. Um jovem

rapaz cujos irmãos gêmeos faleceram num aci-dente de carro busca por respostas. A vida de todos eles irá se cruzar, podendo mudar para sempre as suas crenças.

EUA, 2004. Comédia. Direção de Joel Zwick.

Elvis ainda não morreuLevando uma rotina pacata e entediada, a vendedora de cosméticos Harmony quer mu-danças em sua vida e resolve pedir ajuda ao seu protetor, Elvis Presley. Ajuda concedida! Por incrível que pareça, um sósia de Elvis cru-za o caminho da vendedora e traz as mudan-ças que ela tanto precisava. O Rei do rock é o tema central dessa comédia romântica que brinca com destino, possibilidades e surpre-sas de nossas vidas.

EUA, 2005. Drama. Direção de Jamos Mangold.

Johnny & JuneA história do cantor Johnny Cash, desde a sua juventude em uma fazenda de algodão até o início do sucesso em Memphis, onde gravou com Elvis Presley, Johnny Lee Lewis e Carl Perkins. Sua personalidade marginal e a infância tumultuada fazem com que Johnny entre em um caminho de autodestruição, do qual apenas June Carter, o grande amor de sua vida, pode salvar. Ganhador do Oscar de 2006 pela interpretação de Reese Withers-poon (June).

EUA, 2007. Drama. Direção de Tood Haynes.

Não estou láBob Dylan, ícone musical, poeta e porta-voz de uma geração. Viveu em constante mutação ao longo da vida, especialmente durante os anos 60. Musicalmente, fisicamente e psicolo-gicamente, seus comportamentos dialogaram com acontecimentos sociais e ocasionando múltiplas repercussões culturais. De jovem menestrel a profeta folk, de poeta moderno a roqueiro, de ícone da contracultura a cristão renascido, de caubói solitário a popstar. Inter-pretado por seis atores diferentes.

EUA, 1991.Drama. Direção de Oliver Stone.

The Doors – O mito de uma geraçãoPara muitos é uma sorte de Deus; para ou-tros, o regresso do Diabo: A biografia de Jim Morrison, a cabeça visível de uma banda ex-cepcional, The Doors, uma das mais influen-tes dos anos 1960. Jim viveu ao limite numa carreira anárquica até a destruição, marcada por escândalos e arrebates de ira e paixão que o levou ao abismo num mundo de sexo, álcool e drogas. Impulsivo mas consciente, e fitando constantemente a morte, a sua mú-sica fez-se lenda e reflete a atitude de toda uma geração.

Cine TemáticoESPECIAL DIA DO ROCK

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