Revista Oficial Expocrato 2015

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Produção

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EXPEDIENTEGovernador do Estado do CearáCamilo SantanaVice-GovernadoraMaria Izolda de Arruda CoelhoSecretário da Agricultura, Pesca e Aquicul-turaOsmar Baquit

Núcleo Gestor Expocrato

Presidente do Grupo GestorLuiz Gonzaga de Melo NetoVice-presidente do Grupo GestorFrancisco Leitão Moura Representante ACCOAHermano Arraes Oliveira PaivaRepresentante ACCDenis Marcos Feitosa Matias Reitor da Universidade Regional do CaririJosé Patrício Pereira MeloFetraeceJoatan de Sousa Magalhães Prefeitura Municipal do CratoFirmo Luiz GomesEmaterceMaria Eucileide Nogueira Mendonça

ColaboradoresFausto Alves Campos

Paulo César Oliveira CavalcantiPedro Henrique Bezerra MaiaSara Cardoso de Oliveira SaraivaSuellem Fortaleza PinheiroTatiana Lima de AlmeidaSamara Moreira Mariano Chaves

Revista Oficial ExpocratoAno I, Nº 01/2015 (Julho)

DiretoresCícero Eduardo de Matos CassianoJosemar ARGOLLO

Jornalista ResponsávelSarah Menezes, DRT/PB 187/07

ReportagemLiz BitúSarah MenezesCícero Eduardo de Matos Cassiano

RevisãoSarah MenezesIngrid Mikaela Moreira de Oliveira

Fotografia e fontes tipográficassxc.hu, freepik.com, fontsquirrel.com e Arquivo

Direção de Arte em Publicidade3Orbi ComunicaçãoCícero Eduardo de Matos CassianoJ. Argollo Propaganda & Marketing, CNPJ: 14.045.893/0001-04Josemar ARGOLLO

Projeto GráficoCícero Eduardo de Matos CassianoSarah Menezes

Design GráficoCícero Eduardo de Matos CassianoSarah Menezes Pereira 3Orbi Comunicação

ColaboraçãoUniversidade Regional do CaririIngrid Mikaela Moreira de OliveiraSamara Moreira Mariano ChavesSuellem Fortaleza PinheiroMarco Valério

Publicidade3Orbi Comunicação(88) 99710. 9645 | (88) 99681.1571J. Argollo Propaganda & [email protected](85) 99667.3827Tiragem: 5.000 exemplares

EDITORIAL

A região do Cariri recebe neste mês de julho a principal Feira Agro-pecuária do Nordeste: a Exposição Centro Nordestina de Animais e Produtos Derivados 2015 (EXPOCRATO), que acontece entre os

dias 12 e 19. Realizada pelo grupo gestor da Expocrato em parceria com o Governo do Estado, a expectativa é que a Feira reúna mais de 30 mil visi-tantes diariamente no Parque de Exposições Pedro Felício Cavalcanti, no Crato. Em sua 64ª edição, a Expocrato 2015 traz uma novidade, a Secretaria da Agricultura, Pesca e Aquicultura (Seapa) dará todo o apoio logístico ao evento. A participação do Governo do Estado, através da Seapa é funda-mental pois temos nessa parceria com Expocrato um rico espaço para falar das experiências e trocar ideias. Além da geração de renda que beneficia desde o pequeno produtor, que expõe ao longo desses oito dias de feira, o fruto do seu trabalho, como o grande produtor, além de reunir grandes empresas do setor agrícola em um mesmo espaço. Em 2014 a Feira movi-mentou mais de 100 milhões em negócios, e esses números devem aumen-tar este ano. O agronegócio no Ceará tem muito a mostrar e o Governo do Estado é bastante sensível a tudo que envolve o setor, pois tem como seu gestor, o Governador Camilo Santana, que foi secretário estadual da Agri-cultura e sabe das diversas necessidades. A Expocrato reúne em um só lo-cal, técnicos, produtores e presidentes de associações e vamos colher disso, boas trocas de conhecimento para melhorar o agropecuário no semiárido nordestino.

Osmar BaquitSecretário da Agricultura, Pesca e Aquicultura

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{{ SUMáRIOSUMáRIO

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08 Geopark Araripe: rele-vância e desenvolvimento sustentável

Sustentabilidade e saúde: um convite ao ecoturismo no cariri

Bom exemplo: empresário foca a sustentabilidade

A evolução do pelos

A universidade a serviço da sustentabilidade

Juazeiro deve transformar lixão em aterro controlado

Planta causa morte súbita em bovinos e caprinos

Savana é considerada a nelore entre os caprinos

O marketing da nova era

Exposição do Crato: da tradição ao exito

Terceiro setor e o desafio da sustentabilidade

O agronegócio sustentável O terceiro setor na feira

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Desde de 2006, a Rede Global de Geoparks, sob os auspícios da Unesco, aprovou a criação

do Geopark Araripe. E é na cidade de Crato que está abrigada a sede do primeiro geoparque das Américas e único do Brasil. Criado na Europa, o projeto geopark também foi adota-do por países da Ásia e da América do Norte, no Canadá. Um Geopark consiste num projeto que visa desenvolver a região onde se situa de forma sustentável, ou seja, com trabalhos para preservar o patrimônio geológico (fósseis), estimular a educação ambiental, de incentivo a pesquisa científica. Ou-tros quesitos são assegurar e garan-tir o desenvolvimento sustentável através do geoturismo e estimulo a atividade socioeconômica com a criação de empreendimentos locais, pequenos negócios, indústrias de hospedagem. O resultado de tudo isso é a geração de novos empregos

e novas fontes de renda para a po-pulação local além de atrair o capi-tal privado para o Cariri. A área de alcance de seus projetos é delimitada em 3.441m², que são as cidades de Juazeiro do Norte (geos-sítio Colina do Horto), Crato (Bata-teiras), Nova Olinda (Pedra Cariri e o Ponte de Pedra), Santana do Cariri (Parque dos Pterossauros e Pontal de Santa Cruz), Missão Velha ( Ca-choeira de Missão Velha) e Barbalha (geossítio Riacho do Meio). Desses trabalhos resultam ações que bene-ficiam muitos jovens e suas famílias como: “Jovens Paleontólogos”, “Ge-opark nas Escolas” e “Geopark e as Escolas no Museu”. Diferente de outros geoparques do mundo, caracterizados pelos as-pectos geológicos, paleonto-lógicos e da biodiversidade, o Araripe tem como particularidade o povo do Cariri. É a rica cultura da produção artesanal, musical e natural que faz

GEOPARK ARARIPE RELEVÂNCIA E DESENVOLVIMENTOSUSTENTáVEL

Um geossítio é um local aberto à visita-ção pública, que tem relevância nos aspec-tos geológico- forma-ção estratigráfica/rochas, paleontológi-co-fósseis, cultural e histórico.

Estudantes durante visita ao Museu de Paleontologia. Museu do Couro, em Nova Olinda

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do nosso um dos mais interessantes do mundo para estudos sobre as ci-ências e outras áreas.

GEOPARK E REFERÊNCIAS FÍSICASAlém da sede e dos geossítios, três instituições fazem parte do proje-to: o Museu de Paleontolo-gia da Universidade Regional do Cariri, em Santana do Cariri, a Fundação Casa Grande: Memorial do Homem Kariri e o Museu do Ciclo do Couro, em Nova Olinda. O Museu de Pale-ontologia da URCA expõe milhares de fósseis encontrados na bacia se-dimentar do Araripe e recebe anu-almente mais de 10 mil visitantes interessados em conhecer nossos fósseis, que estão entre os mais im-portantes e estudados do mundo. A Fundação Casa Grande: Memo-rial do Homem Kariri é uma insti-tuição não governamental, filan-trópica que forma crianças e jovens protagonistas em gestão cultural por meio dos programas: Memória (dos antigos índios Kariris), Comu-nicação, Artes e Turismo. Estes pro-gramas são consti-tuídos por ativi-

dades de complementação escolar através de laboratórios de conteú-dos e produ-ção. O Museu do Ciclo do Couro foi criado pelo famoso artesão Espedito Seleiro, com a colaboração de Alem-berg Quindins, idealizador da Casa Grande. Lá estão expostas peças de couro que com-põem a roupa dos tí-picos vaqueiros, aboiadores, tropei-ros nordestinos e até ciganos, além de máquinas antigas de costurar bolsas, sapatos, chapéus, e outros. Desde sua criação, o Geopark Ara-ripe reconhece iniciativas de tra-balhos com materiais reapro-vei-táveis. Um exemplo é a divulgação da Arte “Pedra Sobre Pedra” em Nova Olinda. Na loja da Fundação, os turistas encontram litogravu-ras, arte no rejeito da Pedra Cariri, feitas pelos arte-sãos locais. Outra iniciativa são os trabalhos das “Bo-nequeiras do Pé de Manga”, do Cra-to, que criam bonecas com retalhos de panos. Artesãs de Missão Velha, conhecidas como “Mão na Mas-sa”, são responsáveis pela fabricação dos diversos produtos de barro.

RENOVAÇÃO DO SELO VERDEUma Equipe de Avaliadores da UNESCO estará em território cari-riense entre os dias 20 e 25 de julho deste ano para visitar os geossítios e analisar os projetos desenvolvidos pelos setores de Geoconservação, Geoeducação e Geoturismo. Trata-se da Renovação do Selo Verde ob-tido, de modo inédito, em 2011 pela Rede Global de Geoparques/UNES-CO. Isso equivale à classificação quanto ao cumprimento dos crité-rios estabelecidos pela Rede Global. Na ocasião, os avaliadores devem se inteirar sobre as formas de de-senvolvimento territorial, a cultura material e imaterial deste território, bem como as iniciativas artesanais ou empre-sariais que constituem a prática da sustentabilidade. Venha conhecer um pouco sobre a história da terra, do mundo e da nossa região através das informa-ções obtidas no Geopark, que estará no estande da URCA durante a Ex-pocrato. Informe-se sobre os pas-seios aos geossítios e visite-nos!

Um Geoparque, ou geopark, em inglês, é uma marca atribuída pela Rede Global de Geoparques ,Global Geoparks Network, sob os auspícios da UNESCO. Consiste numa área na qual sítios do patrimônio geológico, geossítios, representam parte de um conceito notável de proteção (geo-conservação), edu-cação (geoeducação) e desenvolvimento sustentável (geoturis-mo e desenvolvimento territorial). O Geo-park Araripe é um projeto desenvolvido pela URCA a abraça-do pelo Governo do Estado do Ceará.

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O turismo ecológico, conheci-do por ecoturismo, tem como foco à apreciação da natu-

reza, tanto a fauna quanto a flora, especialmente em locais onde não existam sinais de intervenção ur-bana. A visitação nesses locais se dá através da observação que não dei-xa rastros. Trata-se de uma prática bastante abrangente e interessante, pois não só visa se preservar o meio ambiente, mas também de haver uma aproximação do homem com a natureza, na forma de diversão, la-zer e aprendizagem. O ecoturismo, segundo a EMBRA-TUR, é um “segmento de atividade turística que utiliza, de forma sus-tentável, o patrimônio natural e cultural, incentivando sua conser-vação e busca aformação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, pro-movendo o bem-estar das popula-ções envolvidas”. É um dos segmen-tos que proporcionalmente mais

cresce no mundo. Enquanto o turis-mo convencional aumenta 7,5% aoano, o ecoturismo cresce entre 15 a 25% . A Organização Mundial de Tu-rismo estima que 10% dos turistas de todo o mundo tenham como de-manda o turismo ecológico. O Brasil é reconhecido interna-cionalmente pela diversidade de seu meio ambiente e pela beleza de seus atrativos naturais, e no Cariri, não seria diferente. A nova aposta da região é o turis-mo ecológico e científico com a cria-ção do Geopark Araripe, o único no Brasil e o primeiro da América Lati-na, que foi aceito pela Global Geo-park Network — organização ligada à Unesco, que auxilia na preserva-ção e na promoção dessas áreas. No local, existem 09 geossítios, em seis municípios do cariri: Barbalha, Cra-to, Juazeiro do Norte, Missão Velha, Nova Olinda e Santana do Cariri. Juntos, eles formam a maior jazida de fósseis cretáceos do Brasil e a

Sustentabilidade e saÚde: um convite ao ecoturismo do Cariri

maior concentração de vestígios de pterossauros do planeta. Além do Geopark, temos a própria Chapada do Araripe como atrativo natural da nossa região. Unir a be-leza da natureza aos passeios pela mata tem sido a boa pedida para as férias. A cada dia, o número de adep-tos às trilhas da Floresta Nacional do Araripe, FLONA, tem aumenta-do, nas longas e prazerosas cami-nhadas ou de bicicleta, com grupos que estão antenados com a natu-reza do Cariri. Grupos de educação ambiental, inclusive do próprio Ge-opark, têm encontrado nessas ini-ciativas, verdadeiras oportunidades para adequar o prazer do esporte à conscientização. A trilha que dá acesso à bela vista do Pontal da Santa Cruz, em San-tana do Cariri, a longa e conhecida trilha do Picoto no Crato, a formi-dável cachoeira de Missão Velha e o Riacho do Meio em Barbalha são apenas alguns dos pontos de maior concentração de turismo ecológicolocal. Não deixe de conferir essas maravilhas, mas lembre-se de pro-curar agências especializadas — em Juazeiro do Norte ou Crato — para realizar os passeios por esses locais. Autora: Ingrid Mikaela Moreira de Olivei-ra- Pesquisadora Mestre em Bioprospec-ção Molecular

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O conceito de sustentabilidade com o alcance do empreen-dedorismo regional. É dessa

forma que alguns empresários do Cariri se consolidaram. O empre-sário Antônio Roque de Araújo tem apostado nas alternativas produ-tivas, atuando com o conceitual de sustentabilidade no mercado. Com a produção de artefatos de alumí-nio, usando como artigo o alumínio reaproveitado. O negócio já existe há vinte e cinco anos e atualmente exporta seus produtos para Angola, Estados Unidos e Cuba. O benefício desse negócio é que o alumínio é um material 100% re-ciclável, pode ser reusado infinitas vezes e contribui para a diminuição de quantidade de lixo no planeta. Por causa dessas propriedades e so-luções eficazes para os desafios da vida moderna, os mercados consu-midores apresentam uma deman-

BOM EXEMPLO:Empresário foca a sustentabilidade

da crescentes por esses produtos. Em específico utensílios de cozinha como panelas de pressão, baldes de gelo, canecos, assadeiras, baldes. São várias linhas que se adequam ao gosto do consumidor. A empresa compra todo o estoque de produção de sucata de alumínio dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza e de outros esta-dos. Essa sucata de alumínio pro-vém de latinhas de refrigerante, fios, pregos, tampinhas de garrafa, papel alumínio e tubos de pasta. Todos os produtos estão expostos na Expocrato no estande do Grupo Roque, que já está há 15 anos pre-sente na feira. É só passar e conferir as novidades durante o evento.

PROJETO DE LEI ESTABELECE COLETA SELETIVA DE LIXOSineval Roque, como é conhecido o empresário Antônio Roque de Araú-

jo, também é deputado estadual. Em 2008 ele criou Projeto de lei que obriga a coleta seletiva de lixo nos órgãos da Administração Pública Direta e Indireta do Ceará. O projeto obriga os prédios públi-cos de todo estado a colocarem reci-pientes com tamanhos variados em suas dependências específicos para cada tipo de lixo, identificados por meio de cores e nomes. A cor verde é destinada ao vidro; a vermelha ao plástico; a amarela ao metal; a azul ao papel; e a preta aos produtos não recicláveis. A Lei determina ainda que o que for coletado deverá ser repassado a instituições beneficentes do Estado para que elas possam vender esses materiais para arrecadação de di-nheiro. Segundo Roque, a popula-ção precisa se conscientizar da im-portância da coleta seletiva. Em todo o Estado são produzidas mais de 3.300t de resíduos sólidos por dia, segundo o Conselho de Po-lítica de Gestão do Meio Ambiente. Desse total, apenas 3,34% é reci-clado. Com a coleta seletiva, meio ambiente e população são os mais beneficiados. A reciclagem de pa-péis, vidros, plásticos e metais, que representam em média 40% do lixo produzido pela sociedade, reduz a utilização de aterros sanitários.

Deputado Roque na inauguração da barragem do açude Mamoeiro em Antonina do Norte. Foto: Caio Bem.

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Denominada popularmente como tingui e timbó, a Mas-cagnia rigida, cipó ou arbus-

to da família Malpighiaceae, é uma das plantas tóxicas mais conheci-das, presente na região Nordeste e parte da região Sudeste do Brasil. Representa uma significante causa de morte em bovinos e caprinos, também em ovinos. A mortalidade por plantas em animais de produ-ção no Brasil produz um impacto de milhões de dólares anuais. As perdas ocorrem por mortali-dade dos animais, redução na pro-dutividade, perdas reprodutivas e redução nas opções de manejo alimentar dos bovinos. Ainda, to-xinas de plantas podem passar pelo leite e afetar o ser humano que o consumir. Para a região se-mi-árida nordestina, como o Cari-ri, há como fator determinante do aumento do consumo de plantas tóxicas por animais de produção a ocorrência de secas periódicas, deixando os animais com poucas alternativas para alimentação. Os sintomas que os animais afe-tados apresentam consistem em apatia, tremores musculares, ta-quicardia, dificuldade em se man-ter em pé, dispneia e convulsões seguidas de morte. Os animais se intoxicam comen-do as folhas e, segundo pesquisas, só quando são movimentados,

ocorrem casos de morte. Os sinto-mas iniciam-se entre 24 e 48 horas após o último fornecimento das fo-lhas das plantas. Animais intoxica-dos chegam a cair, culminando com morte dentro de poucos minutos. As informações obtidas em meio rural, em especial no Ceará, mos-tram o seguinte quadro: o gado pode ingerir a planta à vontade até a engorda, desde que não seja mo-vimentado. Caso contrário, quando o gado, que está num pasto onde existe M. rigida, é movimentado, é tido como certo que ocorram casos de “morte súbita”. Se for realizada a retirada dos animais de um pasto onde existe a planta tóxica, deve-se remove- los com cuidado para um local onde não exista a planta, com o fim de de-sintoxicá-los, o que levaria de oito a 14 dias. Este efeito provavelmen-te é causado pelo esforço físico, que promove aumento na necessidade energética do animal.

Autora: Samara Moreira Mariano Chaves

PLANTA CAUSA MORTE SÚBITA EM BOVINOS E CAPRINOS

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Uma festa em que o tempo parece não passar. Uma fes-ta que desperta um senti-

mento de amor, de família. É isso o que hoje, uma das maiores Feiras Agropecuárias e de Agronegócios de centro do Nordeste Brasileiro, a Expocrato, representa para as fa-mílias cratenses. Criada em 1º de maio de 1944, em um encontro do então prefei-to, Dr. Wilson Gonçalves, e do seu cunhado, professor Pedro Felício Cavalcante, no Café Isabel Virgí-nia, em Crato, centro de reuniões de intelectuais e políticos daquela época, a Exposição Regional Agro-pecuária do Crato se tornaria uma das maiores feiras de agricultura, agronegócios e pecuária do Bra-sil. A conversa que aconteceu em 1944, entre dois criadores pecu-aristas e políticos, foi presencia-da pelo agrônomo Paulo Botelho, pelo médico Quixadá Felício, e pe-los advogados Aluísio Cavalcante e Ribamar Cortez, que aplaudiram a iniciativa do então prefeito. No final de maio de 1944, Dr. Wil-son foi até Fortaleza participar de uma audiência especial com o Se-cretário de Agricultura e Pecuária do Estado, Dr. Rui Monte, agrô-nomo, para propor a realização da Exposição do Crato. No início, o secretário contestou, chegou a duvidar das condições para que a feira fosse promovida, pelo fato da Região do Cariri não ter tradição pecuária, nem mesmo uma bacia leiteira. Diante disso, Dr. Wilson afirmou que por esse motivo a fei-ra tinha que ser realizada, visando

EXPOSIÇÃO DO CRATO: DA TRADIÇÃO AO ÊXITO

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desenvolver e aprimorar a nossa agropecuária local. Ao retornar de Fortaleza, o então prefeito foi recebido com festa na Estação da RVC, pelo professor Pe-dro Felício Cavalcante; pelo secre-tário do prefeito Wilson Gonçalves, Dr. Raimundo de Oliveira Borges, o juiz de direito, Dr. Hermes Pa-rahyba; e outras autoridades, repre-sentantes da classe agropecuarista; e da Banda de Música do Crato. No início do mês de julho daquele ano, a comissão esteve no Palácio Epis-copal, em audiência com Dom Fran-cisco de Assis Pires, Bispo Diocesa-no. Naquela audiência, o prefeito solicitou um terreno para realizar a exposição. Este terreno foi em um antigo sítio da Casa de Caridade do Crato, onde hoje é a Reitoria da Uni-versidade Regional do Cariri . A primeira edição da Feira foi lan-çada oficialmente no dia 21 de ju-nho de 1944, dia do município. O prefeito baixou uma portaria crian-do a primeira Comissão Organiza-dora da Exposição Agropecuária, tendo como presidente o professor Pedro Felício Cavalcante, vindo a se tornar o patrono do Parque de Exposições do Crato. Em setembro do mesmo ano, sai o regulamento da Exposição, distribuído por todos os criadores da Região do Cariri, e esta seria a primeira do Ceará e do interior do Nordeste. No dia 4 de de-zembro, aconteceu a abertura oficial da 1ª Exposição Agropecuária do Crato, que teve a duração de quatro

dias, de 4 a 7 de dezembro.

A EXITOSA FEIRA SAI DE CENA Mesmo com o grande sucesso em sua primeira edição, a Exposição Agropecuária do Crato sofre um in-tervalo de nove anos devido à crise mundial que atingiu o Cariri por causa da 2ª Guerra Mundial. Quan-do o Dr. Décio Teles Cartaxo foi elei-to prefeito do Crato, em 1950, três anos antes do centenário da cidade, logo após assumir, decidiu reativar a Exposição, como também foi fei-ta uma Feira de Amostra na Praça da Sé, e um obelisco na Praça 3 de Maio, em comemoração aos 100 anos de elevação do Crato à catego-ria de cidade.

A segunda edição da Exposição foi realizada no antigo bosque, onde hoje é a Praça Alexandre Arraes. No local, foram realizadas a segunda, a terceira e a quarta edições da Expo-sição. Já na quinta, na administra-ção do prefeito Dr. Ossian Araripe, é que foi conquistada junto ao Gover-no do Estado, a transferência para o atual Parque de Exposição Pedro Felício Cavalcante. De lá para cá, não houve mais interrupções.

A abertura oficial da Exposição acontecia de fato no sábado, e era realizada até a quarta-feira. No en-tanto, passou a ocorrer de domin-go a domingo. Nesta época, o par-que já começava a apresentar uma maior movimentação de animais, pessoas, a partir da implementa-ção de bares e barracas. O evento era realizado sempre no mês de dezembro, depois passou a ser em outubro, passando a ser realizado no dia 21 de junho, no dia do muni-cípio. Mas em uma das reuniões de avaliações da feira, ficou acordado que esta seria realizada no mês de julho, entre a terceira e a quarta semana, atraindo assim mais tu-ristas. E também outro fator que contribuiu para essa mudança, foi o clima ameno que prevalece nessa época do ano, aqui no nosso mu-nicípio.

CONSOLIDAÇÃO DA EXPOSIÇÃO DO CRATO Devido ao seu crescimento, em 1960, a Exposição do Crato foi promovida à categoria de Centro-Nordestina, sendo esta uma deci-são unânime dos dez Secretários de Agricultura e Pecuária do Nor-deste, inclusive com o referendo do Estado de Minas Gerais. Quem conhecia a Exposição do Crato, era como passar por uma universidade. A feira não era somente agropecu-ária, mas também de agricultura, desenvolvendo ainda a pecuária, o comércio, a indústria, e também estimulando a parte artística. De acordo com a Câmara de Diri-gentes Lojistas do Crato ,CDL- Cra-to, a festa tem uma importância econômica para o Município, com um retorno favorável ao comércio, como sendo uma das melhores da-tas do ano para as vendas, supe-rando o período do Natal. Segundo o grupo gestor do Parque de Expo-sição, mesmo com o atual quadro econômico brasileiro, a prospecção de negócios para este ano, é de R$ 100 milhões de reais. Em 2014, o balanço econômico foi de R$ 124 milhões em negócios.

Autor: Liz Bitú com colaboração de Huberto Cabral

“a prospecção de ne-gócios para este ano, é de R$ 100 milhões de reais”{ }

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Sustentabilidade é conservar, apoiar e preservar estratégias que permitam o colher, pois o

essencial é que possamos produzir hoje, de forma responsável e efi-ciente, para viabilizar a produção nas gerações futuras. Todos nós, independente de ser-mos empresários, trabalhadores rurais ou meros cidadãos temos o dever de agir com o compromisso de manter vivo o nosso Planeta, garantindo, com dignidade, um ambiente saudável e sustentável às futuras gerações. Sustentabilida-de é uma definição relativamente atual, como também é recente a percepção de que a interferência humana pode gerar riscos irrever-síveis ao futuro. Contudo, este con-ceito tem se espalhado e produzido frutos na sociedade, principalmen-te, no campo do agronegócio. Nota-se, então, uma abrangência do termo sustentabilidade, que vai muito além da simples ideia de não degradar o ambiente, incorporan-do também questões de qualidade

de vida, competitividade empresa-rial, tecnologias limpas, utilização racional dos recursos, responsabi-lidade social, entre outros. Atualmente, é consensual que tanto o produtor rural como os for-necedores têm se preocupado em ampliar a produtividade das áreas que cultivam, simultaneamente desenvolvendo estratégias para que o solo possa continuar produ-tivo ainda por muitos séculos. Assim tem sido a prática de sus-tentabilidade no agronegócio, pro-piciando a contínua fertilidade do solo e preservação de fontes hídri-cas que irrigam essas áreas, o que repercute na manutenção da bio-diversidade agrícola. Fornecer pro-dutos para a alimentação huma-na e/ou insumos renováveis para a indústria e ao setor logístico, como fibras, combustível e outros, é possível e necessário de manei-ra sustentável. O agronegócio vem avançando no desafio de aumentar continuamente a sua produção, as-sociado à sustentabilidade.

O AGRONEGÓCIO SUSTENTáVEL

A Expocrato, nesse contexto, apa-rece como antiga difusora do con-ceito de sustentabilidade, pois esta vem sendo foco há bastante tem-po, pelos mais diversos setores de empreendedorismo que são apre-sentados durante a exposição, com destaque ao ramo agropecuário da região. O evento conta com o apoio de fortes representantes da Secre-taria de Desenvolvimento Agrá-rio, membros da Associação dos Criadores de Ovinos e Caprinos do Cariri e do Instituto Agropolos. Os mesmos incentivam uma atuação diferenciada, com visão de futuro e preocupação com a melhor for-ma de produzir, contribuindo com iniciativas para o desenvolvimento sustentável do agronegócio e, con-sequentemente, sucesso do evento que não se limita apenas ao perío-do em que o mesmo acontece. A sustentabilidade perpassa pelo potencial do Desempenho Eco-nômico, Responsabilidade Social e Ambiental, contemplando, ao mesmo tempo, a prosperidade eco-nômica, maior equidade social e a proteção do meio ambiente. De fato, não é um desafio fácil, mas o que tem sido feito sempre, é traba-lhar nesta direção.

Autora: Ingrid Mikaela Moreira de Oliveira, Pesquisadora Mestre em Bioprosprecção Mo-lecular

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SAVANA É CONSIDERADAA NELORE ENTRE OS CAPRINOS

Entre os dias 15,16 e 17 de ju-lho deste ano acontecerá, na programação da Expocrato, a

1ª Nacional de Savana. Uma compe-tição nacional da raça de bode que veio do continente Africano. Cer-ca de 200 animais de 10 criadores dos estados do Pernambuco, Ceará, Bahia, Piauí e Paraíba participarão do evento. Nos dias 12 a 14 vão ser recebidas as inscrições e os dados dos animais e no dia 18 será a pre-miação. O evento será realizado no próprio Parque de Exposições Pedro Felício Cavalcante. Os caprinos concorrerão a 10 cate-gorias e dois campeonatos, de acor-do com a idade, que inicia aos qua-tro meses. A comissão avaliadora, composta por três juízes, analisará o racial padrão, as características produtoras e reprodutoras, de gêne-ro, a musculatura e forma de andar dos animais e outros atributos. Ao final do evento resultarão cinco campeões machos e cinco campeãs fêmeas, que ainda serão seleciona-dos para a grande final. Os vencedo-

res recebem da comissão julgadora troféu e medalhas. Mas mais impor-tante que isso, segundo Domingos Ribeiro do Carmo, julgador, veteri-nário e inspetor de caprinos e ovi-nos, os animais terão um valor mui-to importante agregado. “O criador poderá vender o sémen ou mesmo o próprio bode por um valor muito superior ao habitual”, salientou.

A SAVANA AFRICANAA Savana é uma raça de bode oriun-da da África do Sul. Esse animal tem alta capacidade de reprodução, vo-lume e qualidade de carcaça, além de alto teor de hdl, o colesterol bom. Sua carcaça ainda possui 2% de fer-ro, condição praticamente ausente nos bodes nordestinos. O objetivo de introduzir essa raça no Brasil é melhorar e padronizar a carcaça nordestina. Embora o Nor-deste seja o maior criador, ainda não há seleção de carcaça, que ge-ralmente é de valor baixo. Essa raça foi adotada pela seme-lhança climática. “O Savana tem

uma condição especial, possui pele escura e pelo branco, o que facilita a dissipação do calor atribuindo con-dição confortável de resistência ao clima”, explicou. Ele ressalta ainda que o Savana é considerado o Nelo-re entre os caprinos do Nordeste .

Fique atento aos leilões que irão acontecer na Ex-pocrato. Confira a progra-mação abaixo:

16/7 - 2º Leilão Cariri Dorper Show17/07 - Leilão Manga Larga Machador18/07 - Leilão Caroatá e Lei-lão Expocrato Show

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Uma imagem chama atenção no “whatsapp”, comparti-lhado em alguns grupos,

que surpreende pela criatividade e por uma verdade difícil de ser di-gerida. É um simples texto que diz: “Se árvores emitissem sinal wi-fi o problema do desmatamento esta-ria resolvido! pois é... uma pena, as árvores só emitem oxigênio!”. Um verdadeiro soco no estômago. As árvores somente garantem nossa sobrevivência, lançando na atmosfera um dos elementos essenciais do nosso metabolismo, e mesmo assim, o descaso com a na-tureza é contínuo. O homem destrói o planeta e não faz nada para mudar esta realida-de, pois não enxerga os malefícios que individualmente faz. Parte desse problema em muito se deve por nossa sociedade viver em um mundo imediatista, na qual muitas pessoas pensam: “ Não está fazendo mal a mim, não estou nem aí”, uma verdade autodestrutiva. As pessoas têm que evoluir men-talmente, espiritualmente e tecno-logicamente e esta mudança está ligada a como enxergamos a reali-dade a nossa volta, os problemas sociais, ambientais, econômicos. É nesse contexto que surge também uma nova tendência no mundo dos negócios: o marketing 3.0. Para compreende-lo é preciso sa-ber que o marketing é uma disci-plina que existe desde a Revolução

Industrial e que, segundo seu prin-cipal estudioso americano, Philip Kotler , ele é dividido em eras. A primeira conhecida como marke-ting 1.0, ou era do produto, tem Henry Ford como seu grande repre-sentante na elaboração de um dos primeiros carros, o“Ford T”, o qual, na época, tinha uma brilhante es-tratégia. Esta etapa era voltada sim-plesmente para o produto, justifica-do pela pouca oferta e uma enorme procura. O cliente escolhia pelo que tinha disponível. Kotler afirmava que: “O carro pode ser de qualquer cor, desde que seja preto”.

A segunda era é a do Marketing 2.0, caracterizada pela valorização e orientação ao cliente, com o intuito direto de agradar o consumidor, sa-tisfazer os seus desejos. E para isso acontecer optou-se por uma maior oferta de produtos, impulsionado pela internet e as novas mídias, para aumentar o consumo. É interessante intertextualizar o marketing 2.0 com a obra de Saint Exupéry: “O pequeno príncipe”. Numa das passagens desse clássi-co, o príncipe convida a raposa para brincar e ela responde: “Não posso,

não me cativaram ainda”. O com-parativo com o marketing 2.0 se dá quando o consumidor compra um produto, mas antes é preciso que o cativem, o conquistem. Daí a essên-cia do marketing 2.0, como conquis-tar os clientes. Em outra passagem o autor coloca: “Tu te tornas eter-namente responsável por aquilo que cativas!”. Esta passagem é uma ponte do marketing 2.0 para o 3.0. No 2.0 as empresas são responsá-veis pelos clientes, pelo seu bem estar. Já no 3.0, os valores estão em evidência. A era atual, que se inicia, está li-gada diretamente ao que se viven-cia e experimenta, onde os valores humanos estão em foco. Esta evo-lução é imprescindível à sociedade brasileira, ainda mais num período de problemas ambientais. A forma como se tem lidado com a água está mudando, esse foi o ano de uma das maiores secas dos últimos tempos. Para se compreender realmente a ideia basta comparar a atual gera-ção com as anteriores. A forma que se enxergava o meio ambiente é a mesma? A geração atual está muito mais ligada às causas ambientais e sustentáveis que suas antecessoras. A realidade de um modelo de gestão de marketing baseados em valores é mais que necessária. Uma boa dica para os gestores modernos!

Autor: Cícero Eduardo de Matos Cassiano, Pu-blicitário

“Se árvores emitissem sinal wi-fi o problema do desmatamento esta-ria resolvido! pois é... uma pena, as árvores só emitem oxigênio!”

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TERCEIRO SETOR E O DESAFIO DA SUSTENTABILIDADE

Em todos os espaços regionais existentes no mundo, seres humanos estão buscando am-

pliar seus horizontes e participar ativamente das decisões que regem seu modo de viver. Um terceiro setor toma dimensão global e convida ho-mens e mulheres a participarem de sua expansão, rumo a uma revolu-ção diferente do fenômeno “lucro”, distinto do poder único e exclusivo centrado no governo, mas em busca da primeira Revolução Social. O terceiro setor, definido por Aqui-no Alves, pesquisador da Fundação Getúlio Vargas, como o espaço insti-tucional que abriga ações de caráter privado, associativo e voluntaris-ta voltadas para a geração de bens de consumo coletivo, sem que haja qualquer tipo de apropriação parti-cular de excedentes econômicos ge-rados nesse processo. Na década de 1990, a força da ex-pressão “sem fins lucrativos”, unida a um período de fracasso governa-mental nas ações sociais, deu início a uma inegável expansão do terceiro

setor, compondo ONGs, fundações, associações, clubes recreativos e es-portivos, institutos etc. O meio ambiente recebeu um tra-tamento expresso e diferenciado na Constituição de 1988, em relação às constituições brasileiras ante-riores. O artigo 225 da Constituição determinou explicitamente que é dever de todos zelar e preservar o meio ambiente, incluindo o Poder Público. Contudo, sabe-se que nem sempre o Estado possui capacidade operacional e técnica para realizar o seu “dever-poder” frente à respon-sabilidade sobre o meio ambiente. Por conseguinte, o terceiro setor poderá ajudar tranquilamente o Es-tado em sua missão constitucional. Aqui se fala em ajudar, e não subs-tituir integralmente a ação estatal de preservação e erradicação das afrontas ao meio ambiente. Trata-se da realização de uma ação conjun-ta com vistas à “sustentabilidade”, surgindo assim diversas instituições que tem como objetivo a defesa do meio ambiente e a difusão de ativi-

dades de caráter sustentável. Nessa toada, deve-se procurar uma “estratégia de responsabilidade compartilhada” como fundamento adequado à firmação de pactos en-tre o Estado e instituições de finali-dade pública que têm como escopo a sustentabilidade. E, nessa missão, o terceiro setor poderá contribuir de forma frutífera com o Estado e com a sociedade para o devido cuidado e preservação, preventiva ou repres-siva, ao meio ambiente.

Autora: Suellem Fortaleza Pinheiro – Advo-gada, Graduanda em Direito Administrativo e Gestão Pública pela URCA, Universidade Regio-nal do Cariri.

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O TERCEIRO SETOR NA FEIRA

A agricultura familiar e agroecológica do Cariri contam com um importante apoio para desenvolver suas atividades susten-

táveis. Trata-se da parceria com Instituto Flor do Piqui, organização não governamental que atua em parceria com os Governos Federal e Es-tadual na prestação de serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural, ATER e na execução de ações junto a Programas de Convivência com o Semiárido. Entre as experiências estão os tra-balhos de acompanhamento técnico de agricul-tores familiares agroecológicos no território do

Cariri. O objetivo principal é fortalecer a agri-cultura familiar e agroecológica possibilitando também a sustentabilidade produtiva e social das famílias beneficiárias. O projeto atende um público de 858 famílias do Credito Fundiário e 600 famílias agroecoló-gicas no Cariri. Os resultados podem ser vistos na satisfação dos agricultores e no desenvolvi-mento das suas unidades produtivas familiares. Um exemplo é do Sr. Antônio Manoel, do Assen-tamento Caldeirão Bom Sucesso em Crato, que cultiva frutas como goiaba, mamão e as oleagi-nosas gergelim e amendoim. O beneficiamento dos frutos é feito pela esposa, Dona Lucia, que faz doces para comercializar junto com os pro-dutos in natura nas feiras locais de toda a região do Cariri e no próprio assentamento. Além do incentivo a produção também são rea-lizadas atividades coletivas para a construção do conhecimento agroecológico e desenvolvimento social. São oficinas, seminários e intercâmbios junto as famílias que promovem trocas de expe-riências e socialização de conhecimentos, como aprender a fazer biofertilizantes e defensivos naturais nas suas comunidades.

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JUAzEIRO DEVE TRANSFORMAR LIXÃO EM ATERRO CONTROLADO

Juazeiro do Norte tem avançado com o projeto de transformar o lixão em um aterro controlado.

Algumas ações já estão avançadas como as reuniões e debates que tem ocorrido no Parque Ecológico das Timbaúbas. O foco no momento são os catadores de lixo. E nes-se sentido, com o objetivo de atingir as metas emer-genciais para a classe, foi realizada uma reunião em junho, que contou com a participação de represen-tantes de diversos órgãos públicos municipais enga-jados no assunto, Cáritas Diocesana, Universidade Federal do Cariri e Institu-to Federal de Educação. As atividades passam por um levantamento socioeconômico, a inclusão dos catadores em polí-ticas públicas governamentais e as alternativas para a melhoria da qua-lidade de vida deles e seus familia-res, dentre outras a serem inseridas no plano permanente de atividades.

Nesse contexto, novas oportunida-des por meio de palestras, oficinas e cursos profissionalizantes, bem como acompanhamento na área da vigilância ambiental e saúde. O objetivo do grupo denominado Gestão Ambiental de Resíduos Só-

lidos Urbanos, GARSU, é transfor-má-los em catadores ambientais conscientes dos seus direitos. Para o Superintendente da Autarquia Municipal do Meio Ambiente de Ju-azeiro, Eraldo Oliveira, é mais um passo na elaboração do Plano de

Representantes discutem alternativas para o aterro em Juazeiro

Gerenciamento Integrado de Resí-duos Sólidos e outros virão na bus-ca de soluções para o problema do lixão.

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A UNIVERSIDADE A SERVIÇO DA SUSTENTABILIDADE

Através do projeto “FAP Sus-tentável: Um conceito de Gestão Ambiental e Desen-

volvimento Local”, que objetiva promover o Resgate Histórico-Cul-tural da Festa do Pau da Bandeira de Barbalha, alunos do sexto semestre do Curso de Administração acom-panharam o tradicional corte do Pau da Bandeira de Santo Antônio. Trata-se de um trabalho social com a comunidade, que visa despertar a participação popular em questões socioambientais. Ainda durante o evento, no dia 31/05, foi realizada a coleta seletiva de materiais recicláveis, em parceria com a Associação de Catadores de materiais de Barbalha. Ainda serão feitas oficinas e palestras com alu-nos da rede pública municipal para sensibiliza-los sobre a sustentabili-dade. E também a revitalização de uma área com o plantio de mudas. Ações como essa apontam o apoio da Faculdade Paraíso do Ceará, FAP, em causas socioambientais e de de-senvolvimento local, que podem ser aplicadas em outros eventos da Re-gião como a própria Expocrato.

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A EVOLUÇÃO DOS PELOS

O homem e os seres vivos, de um modo geral, vêm se modificando ao longo do tempo. O pensamento que explica isso é o da teoria da

Evolução, formulada no século XIX pelo cientista in-glês Charles Darwin. A princípio, a espécie humana apresentava grande quantidade de pelos espalhados pelo corpo, o que nos assemelhava aos primatas. Com o passar do tempo e a evolução da espécie, os pelos foram diminuindo, acompanhando o desenvol-vimento humano, embora ainda não haja explicação definitiva para esse fato. Contudo é consensual que quanto mais evoluídos, menos pelos apresentamos. E essa característica foi incorporada pelo homem, que a cada dia procura métodos mais eficazes para eliminar esses “indesejáveis”. A doutora Monica Maris, dermatologista, explica que essa é uma tendência e a procura por consultó-rios estéticos tem aumentado significativamente. O laser diodo é o mais utilizado na tecnologia de mer-cado atual, por ser de fácil acesso.

Revista Expocrato: Quem pode fazer a redução per-manente de pelos? Dra. Monica: Qualquer pessoa, principalmente aquelas com tendência a ter pelos encravados. Revista Expocrato: Existe alguma contra indicação?Dra. Monica: Sim. Gestantes, pacientes com feri-mentos ou doenças dermatológicas, com tendência a aparecimento de queloide ou muito bronzeadas.Revista Expocrato: Quais partes do corpo podem ser submetidas ao procedimento?Dra. Monica: Em qualquer parte como peito, costas, barba, braços, pernas, abdômen, buço, axilas, virilha, pés.Revista Expocrato: Homens podem fazer?Dra. Monica: Sim. Embora a predominância seja de mulheres, muitos homens já procuram pelo proce-dimento.Revista Expocrato: É necessária uma preparação prévia? Dra. Monica: É. Na véspera, deve-se realizar a depi-lação com lâmina ou creme depilatório e evitar de-pilação com pinça ou cera de três a quatro semanas antes.Revista Expocrato: Quantas sessões são necessárias?Dra. Monica: Em média 5 a 8 sessões.

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