Revista Passei! (Edição 01 - Janeiro/2013)

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! Passei EDIÇÃO 01 - JANEIRO 2013 A REVISTA DO VESTIBULANDO GAÚCHO 10 MANDAMENTOS PARA ENCARAR O VESTIBULAR DA UFRGS páginas 8 e 9 PASSOU? SAIBA COMO GARANTIR LOGO O TEU ESTÁGIO! página 11 FICA FRIO! COMO NÃO DEIXAR O NERVOSISMO ATRAPALHAR página 4 FORMANDOS ADIANTAM O QUE VIRÁ NA FACULDADE páginas 12 e 13 REDAÇÃO QUÍMICA INGLÊS ESPANHOL BIOLOGIA e mais

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Chegou a primeira revista voltada aos vestibulandos gaúchos. A primeira edição da Revista Passei! será distribuída gratuitamente nos dias de provas da UFRGS e também encontrada aqui, na versão digital.

Transcript of Revista Passei! (Edição 01 - Janeiro/2013)

  • !PasseiEDIO 01 - JANEIRO 2013

    A REVISTA DO VESTIBULANDO GACHO

    10 MANDAMENTOS

    PARA ENCARAR O

    VESTIBULAR DAUFRGS

    pginas 8 e 9

    PASSOU?SAIBA COMO

    GARANTIRLOGO O TEU

    ESTGIO!pgina 11

    FICA FRIO!COMO NODEIXAR O

    NERVOSISMOATRAPALHAR

    pgina 4

    FORMANDOSADIANTAM OQUE VIR NA FACULDADEpginas 12 e 13

    REDAO QUMICA

    INGLSESPANHOLBIOLOGIA

    e mais

  • Escrever bem um trabalho que exige pacincia e prtica, uma vez que a redao boa aquela pensada e revisada vrias vezes, antes de se tornar um produto final.

    O vestibular da UFRGS no exige um texto construdo com frmulas, pelo contrrio, esperado autenticidade nas reflexes. Assim, nesta seo, confira algumas tcnicas para voc revisar o seu rascunho e corrigir as inadequaes que so frequentes nas redaes.

    1Comece pela Prova de Redao. Leia atentamente as instrues, o texto de apoio e o tema. Faa marcaes nos verbos que lhe indicam o que fazer.

    2Caso o tema no contenha uma pergunta, crie-a; isso tornar mais fcil a escrita da dissertao.3Esquematize suas ideias. Responda a pergunta imposta pelo tema esse ser seu ponto de vista, apresente-o na introduo. A seguir, selecione razes concretas para a sua opinio cada uma compor um dos pargrafos de desenvolvimento.

    4O fechamento deve confirmar de forma simples e clara as reflexes feitas no texto essa ser a concluso de tudo o que foi dito.

    redaoProf Fran Gracioli@frangracioli

    Redao: d para fazer?

    5Pronta esta etapa, revise seu texto. Dedique ateno aos quatro itens a seguir: a) Pontuao: use vrgulas nas

    expresses explicativas e nos adjuntos adverbiais deslocados. Evite o uso excessivo de qualquer sinal.

    b) Semntica: use aspas no emprego de termos coloquiais ou estrangeiros. No repita termos desnecessariamente.

    c) Concordncia: no esquea que o verbo deve concordar com o sujeito da orao na maior parte dos casos.

    d) Sintaxe: revise todos os verbos que so acompanhados pela preposio a com o intuito de identificar possveis esquecimentos da crase.

    Vai dar tudo certo!

    Ramiro Barcelos, 1215/301111 1 1111 11111111111111111111111 1 1111 1 1111 1111 1 1111 111111111111111111111111111 11 11 1111111 111111111 111 11111111111 1111111 1 11111(51) 3264.1687 - (51) 9982.2702

    www.frangracioli.com

    EXTENSIVO 2013Incio em maro.Grupos mximos de 25 alunos,divididos nas modalidadesRegular e Plus.

    Regncia Verbal (lembretes)

    ALUDIR - Aludiu ao assunto.ASPIRAR - Aspiro vaga. / Aspiro o p.

    ASSISTIR - Assisti ao filme. / Assisti o paciente.PRESCINDIR - Prescindimos de amor. ENTREGAR - Entregou a carta Joo.

  • te controla!

    Drible o nervosismo na hora da provaKamila Costa, 19 anos, concorre a uma

    das vagas para o curso de Letras da UFRGS pela segunda vez. O objetivo vencer o inimigo que lhe atrapalhou os planos no vestibular do ano passado: o nervosismo.

    Eu no conseguia. Vi meu ano todo indo para o lixo, chorei demais e me desesperei, foi simplesmente a pior ex-perincia pela qual passei em toda a vida.

    Segundo o psiclogo Fernando Elias Jos, especialista em preparo emocio-nal para concursos pblicos e vestibu-lares, o candidato precisa conhecer a si prprio e tambm ter a noo do que lhe aguarda depois que soa a sirene:

    O que deve ter acontecido com a Ka-mila que talvez as coisas no fossem de acordo com o que ela imaginou e, quando percebeu que estava ladeira abaixo, soltou o freio de mo. Cada vez ficou pior.

    Diante da tenso, bastante comum a memria falhar. O especialista alerta para a diferena bsica entre esqueci-mento e branco:

    O branco a interrupo do pensa-mento. Um bloqueio transitrio, a pes-soa para de pensar. Mas quem tem o contedo, no o perde. Tem que se tran-quilizar para fazer o pensamento voltar ao normal. diferente do esquecimen-to que acontece em especial quando a pessoa realmente no entendeu ou no aprendeu o contedo. Olhou, pas-sou rpido e pensou que guardaria na memria.

    No dia seguinte de provas, a questo de Redao tirou de vez as chances da Kamila.

    No consegui me expressar com as palavras, eu tinha ideias mas no conse-guia pass-las para o papel, foi extrema-mente frustrante relembra.

    Em casos assim, aconselhvel dar uma parada.

    Toma uma gua, vai no banheiro, lava o rosto, caminha, tira o foco um pouquinho e depois retorna. A prova no muda. Ela est ali, impressa. A for-ma como se olha para as questes que muda, explica o psiclogo.

    As mdias de Giovanni Almeida, 20

    anos, tambm sofreram influncia dire-ta do estado emocional fora de controle. O resultado abaixo do esperado no pri-meiro dia contagiou as provas seguintes.

    Fiz 5 em Fsica, 6 em Literatura e 12 em Espanhol conta.

    J no domingo, Giovanni sentiu que a chance de ingressar na faculdade de Engenharia Civil estava por escapar das mos.

    No segundo dia de provas, percebeu a necessidade de compensao nas de-mais disciplinas:

    Nas primeiras questes vi que seria impossvel aumentar as mdias. Tinha noo do que perguntavam, mas no sabia como comear a responder. De-pois que cheguei em casa e conferi a prova comentada no site do cursinho, vi que no era difcil. Eu sabia, mas ratiei.

    Giovanni relata que a experincia fez com que adquirisse segurana para as provas de 2013. Alm disso, conta que o papel da famlia tem sido fundamental.

    Sei que o sonho do meu pai me ver l dentro. Mas ele no me pressiona. Pelo contrrio, se coloca sempre dis-posio.

    Para o doutor Fernando, essa postura dos familiares a mais adequada:

    A melhor forma de ajudar o filho du-rante o vestibular perguntar como ele

    quer ser ajudado. O que precisa? Caro-na? Abrao? Beijo? Material? Almoo? Quer ir no cinema para desopilar um pouco? Jamais massacrar.

    A Kamila tambm chega para o ves-tibular da UFRGS bem mais segura, so-bretudo porque est embalada com a aprovao na PUCRS em dezembro pas-sado.

    Ao longo do ano, minha carga horria de estudos aumentou em vrios pero-dos. Mudei de cursinho, tive acesso a grandes professores e comecei a fazer no mnimo uma redao por semana, fora os simulados. Aprendi. Agora me sinto preparada e confiante.

    Para quem ainda est conhecendo a si prprio diante da presso provocada pelo vestibular, o psiclogo elenca os tpicos fundamentais para voc no es-quecer ao longo do concurso:No saia da rotina nas vsperas e dias

    de provas;No tenha medo de atingir o sucesso;Se voc no passar, avalie bem sua

    real determinao e vontade;No some frustraes, adquira ex-

    perincia;A prova no muda, mas sua emoo

    sim pode mudar;Concentre-se em seus pensamentos e

    suas crenas positivas!

    Fazer pequenos intervalos para beber gua ou ir ao banheiro ajudam a acalmar.

    Reportagem: Gustavo [email protected]

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  • biologia Prof Andressa Helrighel@dessa_biologia

    A biologia do vestibular

    Caro vestibulando, comeo a conversa com uma informao simples, porm necessria: completamente normal estar nervoso antes, durante, e mesmo depois do vestibular. Tu ests sendo pressionado socialmente, e isto percebido pelo teu sistema nervoso.

    Para biologia, explicar o nervosismo muito simples. Fisiologicamente, isso significa que o teu sistema nervoso est estimulando a medula das tuas glndulas adrenais a produzir adrenalina e noradrenalina. Estamos falando de hormnios que podem determinar um rpido aumento da taxa metablica, estado de alerta, vasoconstrio perifrica, taquicardia e diminuio das atividades digestivas e renais (alis, este o motivo pelo qual no uma boa fazer refeies pesadas nos dias de prova, a no ser que queiras arriscar uma dor de barriga inoportuna).

    Bom, fica tranquilo! Tenho algumas notcias boas para ti. A primeira que isso est acontecendo no s contigo, mas com todos os teus concorrentes.

    O que faz a diferena na hora da prova , de longe, o quanto tu te esforaste durante o ano, e s tu sabes o quanto teu tempo foi bem aproveitado para os teus estudos. Ningum pode te tirar o mrito de ter se esforado tanto para estar aqui no dia de hoje.

    Alm disso, o que estudaste est contigo! Sabia que todo o teu conhecimento est no teu crebro? Diferentes reas do crebro so responsveis pela reteno, formao e ativao de memrias. Uma regio especial para estas funes o hipocampo, que fica prximo s orelhas. Alm disso, existe um neurotransmissor responsvel pela formao da memria e da aprendizagem, que tem ao antagnica da adrenalina: a acetilcolina (neurotransmissores so aquelas substncias qumicas, liberadas em fendas sinpticas, que auxiliam a comunicao neuronal). nesse neurotransmissor que tens que focar tua energia.

    A outra boa notcia que existem maneiras de estimular o corpo a relaxar e, por consequncia, a liberar menos adrenalina, permitindo a atuao da acetilcolina: respira profundamente, presta ateno no ar que entra e que sai dos teus pulmes, devagar, durante uns 10 minutos. Faz alongamento. Dorme bem antes das provas, ouve msicas tranquilas.

    D um tempo para ti mesmo, tu mereces. Procura estar na companhia de pessoas que no te pressionem e vai com tudo.

    Confia em ti e libera tua acetilcolina!

  • Sou do Interior e sempre sonhei em es-tudar na UFRGS, mas no foi o que acon-teceu inicialmente. Comecei a carreira acadmica numa faculdade em Cama-qu, mas no estava me sentindo feliz.

    Aps um ano de estudos e conversas com pessoas que estudavam na UFRGS, decidi que havia chegado o momento de tentar. Larguei o trabalho e ainda vendi minha moto.

    Com o dinheiro, paguei 4 meses de alu-guel e um cursinho intensivo. Foi uma certa presso que acabei me colocando. No sabia o que iria fazer se tudo desse errado, mas sabia que devia aproveitar tudo o que eu tinha e todo o meu tem-po.

    A rotina era de cursinho pela manh e mais estudo durante o resto do dia. As-sim foi durante 4 meses.

    Quando chegou janeiro, perto dos dias de provas, comecei a surtar e ter crises de nervosismo. Voltei para minha cidade e abandonei os estudos nas duas lti-

    mas semanas. Hoje entendo que isso me ajudou muito.

    Aliviei a presso e fui fazer o vestibular apenas por fazer, afinal achava que no iria conseguir. Isso me deu mais tranqui-lidade.

    Passados os dois primeiros dias, meu nervosismo voltou, pois comecei a acre-ditar que iria passar. Foquei em motiva-o, imaginava-me fazendo a prova e indo bem, enxergava meu nome no lis-to dos aprovados.

    Aos poucos, fui adquirindo confiana. Frequentava apenas os pr-provas e lia resumos, o que me garantia pelo menos umas quatro questes a mais.

    Terminou o vestibular e eu tinha certe-za de que tinha conseguido, mas ainda faltava o grande dia do resultado. E que dia! Fiquei to nervoso que no conse-gui comer.

    Quando saiu o listo e iniciei a procu-ra pelo meu nome, e principalmente quando o enxerguei l, nossa, foi uma

    das melhores sensaes que j tive at hoje. No h como explicar. Vocs preci-sam passar por isso. E vo passar, tenho certeza!

    Depois de entrar na UFRGS descobri o porqu dela ser to concorrida e por que as pessoas se esforam tanto para entrar l. Voc vai conhecer pessoas incrveis.

    Em pouco mais de dois anos de curso, abri um negcio com mais dois colegas. O projeto foi um fenmeno. Demos en-trevistas para TV, reportagens em jornais pelo Brasil inteiro e uma srie de coisas que s aconteceram porque eu decidi largar e investir no meu sonho.

    Arrisquei!Se eu fosse dar uma dica seria essa:

    acredite em voc e principalmente men-talize, foque naquilo que voc quer. Suas atitudes automaticamente se moldaro para atingir seu objetivo, entre elas, es-tudar muito

    Abraos e boa prova. Espero vocs por aqui.

    experincia Andr Konflanz Weege

    Estudante de Administrao - UFRGS

    Meu vestibular foi uma epopeia!

    Passei!Edio n 1 - Janeiro/2013

    Publicao trimestral

    Distribuio gratuitaTiragem: 10.000 exemplares

    Impresso: Grfica Pallotti

    Editor:Gustavo Gossen

    Jornalista - Mtb 13120

    Agradecimentos:Cludio Monteiro

    Flvio ValenteGustavo Reis

    Juliana NrnbergMaria Elena de Almeida

    Maria NogueiraNathlia Cassano

    Patrcia Lang Ribeiro

    reazione c o m u n i c a o

    Rua Mariante, 180. 7 andar

    CEP 90430-180 Porto Alegre/RS

    Fones: (51) [email protected]

    www.revistapassei.com.br

    Twitter: @revistapassei Facebook: Revista Passei

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  • qumica Prof. Rossetti(colaborao: Jordana Rossetti)

    O chocolate eltricoContaram-me uma vez um caso de

    uma senhora que recebeu do neto um chocolate que dava choque. Fiquei a pensar: como um chocolate pode dar choque em algum?

    Estudo a qumica e seus curiosos efeitos h anos. Nunca havia visto nada sequer remotamente semelhante ao caso que estavam a me contar.

    Disseram-me que o tal chocolate fora dado senhora pelo seu neto (possvel interessado na herana da pobre velha? No, certamente ando assistindo a muitos seriados com minha esposa, pensei), e que quando ela comeu o chocolate, estremeceu-se toda e ps-se a gritar, porque o dito cujo estava a dar choque!

    Como um chocolate pode fazer isso, meu Deus?! Passei a tentar juntar conhecimentos que solucionassem tal enigma. Sabemos que a saliva uma soluo aquosa, em geral levemente cida, mistura de substncias inicas ou soluo eletroltica (conduz eletricidade).

    Ok, certo, at a tudo bem. Mas por si s, a saliva no d choque em ningum.

    Todo esse mistrio deu um n no

    meu crebro, ento decidi comer um chocolate para relaxar. Ao abrir o pacote, deparei-me com a embalagem de alumnio que o envolvia e, de repente, num momento digno de Sherlock Holmes em que tive que me conter para no gritar Eureca!, todos os pedacinhos do quebra-cabea comearam a se juntar. Elementar, meu caro Watson!

    Antigamente, os dentistas utilizavam ouro nas prteses dentrias, por esse ser muito estvel e no perder eltrons (oxidar) com facilidade (tem baixa reatividade).

    O recebimento de eltrons (reduo) pelos ons de ouro formam ouro metlico e liberam 1,4 eltron-volts de

    energia. Desse modo, uma prtese de ouro sobre um dente estvel, dado que a reao inversa de oxidao dos tomos de ouro requer muita energia.

    Os tomos metlicos de ouro no se transformam em ctions ouro e no abandonam a prtese para formar uma soluo eletroltica com a saliva. Sendo que a senhora em questo tinha idade j avanada, a probabilidade de que possusse tal prtese era imensa!

    O alumnio, ao contrrio do ouro, cede eltrons (oxida) facilmente, pois sua capacidade (potencial) de oxidao maior que a capacidade (potencial) de oxidao do ouro.

    Assim, os tomos de alumnio insolveis, ao se oxidarem, formam ctions solveis na saliva e a massa do papel alumnio iria diminuindo se ficasse por muito tempo na boca da senhora pelo consumo dos tomos de alumnio.

    Como o alumnio cede eltrons (oxida), na pequena pilha assim formada, ele se torna o eletrodo negativo (nodo), sendo o eletrodo positivo (ctodo) constitudo pela prtese de ouro. O sentido da corrente eltrica de quem cede eltrons (nodo negativo) para quem recebe os eltrons (ctodo positivo).

    A pobre senhora, ao morder o chocolate, mordeu junto um pedao da embalagem de alumnio, formando uma pequena pilha na sua boca, que tinha uma prtese de ouro antiga. Junto com a saliva eletroltica e o alumnio, fechou-se o circuito eltrico e ocasionou o choque.

  • Conhea os 10 mandamentos para encarar bem o vestibular da UFRGS

    Prof. Gustavo Reis@profgustavoreis

    capa

    Desde 1991, quando participei do ves-tibular da UFRGS ainda como candidato, tive o privilgio de preparar alunos para mais de 15 edies do concurso.

    Ao longo de todos esses anos, criei a convico do quanto esse momento importante mexe com quem dele parti-cipa. Para obter um bom desempenho, fundamental conhecer as armadilhas mais comuns e saber como evit-las. Para lhe ajudar, apresento, em conta-gem regressiva, os dez mandamentos do vestibular da UFRGS.

    XNo subestimarei nem

    superestimarei a prova.E ento voc l o ttulo acima e pensa:

    Mas como? a prova da UFRGS! Eu me preparei o ano todo para isso! Nada, ab-solutamente nada, mais importante do que ela!.

    Diante da cruz e da espada, deve-se manter uma postura compatvel com o que o momento exige. Voc no pode se sentir tenso demais, o que seria in-compatvel com o fato de que, afinal de contas, a prova da UFRGS s mais uma prova. Ao mesmo tempo, tome cuidado para no se sentir relaxado demais, o que no est de acordo com a postura que se espera de quem est diante de um teste decisivo para quem tem a am-bio de se destacar em sua vida profis-sional.

    ixSaberei por onde

    comear.

    Imagine que voc est voando bem alto a bordo de um helicptero e fazen-do o reconhecimento fotogrfico de um territrio selvagem. S depois desse reconhecimento que voc vai decidir onde pousar.

    Pois busque nas provas a identifica-o de elementos familiares que faam com que voc se sinta vontade o mais rpido possvel. Isso exige uma leitura preliminar sem compromisso de cada prova, com a tranquilidade de quem est buscando, exclusivamente, confor-to. Aproveite para identificar o assunto abordado por cada questo, mas no as resolva imediatamente. Mapeie a prova, mas no a ataque. Quando voc souber onde esto as questes relacionadas aos assuntos em que seu aproveitamento mais alto, interrompa o mapeamento e inicie a realizao da prova em si.

    viiiNo deixarei minha

    cuca fundir.

    Pequenos intervalos so necessrios para minimizar a chance de esgotamen-to mental.

    exceo da prova de Portugus e Redao, todos os dias o concurso ves-tibular da UFRGS rene provas com ca-ractersticas diferentes. Isso significa que voc pode mudar de ares caso perceba que seu nvel de concentrao est cain-do ao realizar uma determinada prova. Experimente fazer algumas idas e vindas entre as provas de caractersticas dife-rentes em cada dia, tomando o cuidado de reservar dois ou trs minutos de in-

    tervalo a cada migrao. Afinal de con-tas, se intervalos no fossem importan-tes, lutas de boxe teriam um round s!

    viiAtacarei toda questo com todas as minhas

    armas.

    O mais importante ter competncia para resolver um bom nmero de ques-tes e malandragem para no desistir de atacar sempre ou, no mnimo, at nos darmos por satisfeitos. Elimine as alter-nativas absurdas.

    S depois que devemos partir para a tentativa de maximizar nossa chance de acertar as questes restantes com o au-xlio da sorte.

    viNo serei distrado nem obsessivo com relao

    ao tempo.

    direito de cada candidato dar uma espiadinha no relgio para ajustar o rit-mo, mas o que costuma acontecer, na prtica, no se resume a isso.

    No raro candidatos consultarem seus relgios e comearem a fazer cl-culos: quanto tempo j passou, quanto tempo ainda resta, quantas questes j fiz, quanto tempo por questo estimo que ser necessrio investir... uma ci-lada! Por outro lado, esquecer que o re-lgio existe pode ser um erro fatal. Os fiscais so orientados a informar quando falta uma hora para o trmino da prova e, posteriormente, indicam os 30 mi-nutos finais. Prestar ateno no horrio

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  • somente quando os fiscais avisam pode ser o prenncio de um final de prova de-sesperador.

    vNo me constrangerei ao chutar na mesma

    letra tudo o que sobrar.Esgotadas nossas possibilidades de

    respostas convictas, devemos escolher a alternativa de menor frequncia at esse momento e marc-la, sem hesita-o, em todas as questes restantes.

    Candidatos que no se constrangem ao tomar essa providncia conseguem, sur-preendentemente, transformar 15 acer-tos em 18, 18 acertos em 21, 20 acertos em 22. J para quem tenta equilibrar, a chance dos seus 15 acertos continuarem os mesmos 15 aumenta dramaticamen-te. a teoria das probabilidades, por isso mais sbio tentar garantir duas ou trs questes a mais.

    ivNo entrarei em pnico ao perceber que no

    sei tudo.

    O diferencial mais importante dos can-didatos bem sucedidos a conscincia da diferena entre o ideal de saber tudo e a realidade de saber o suficiente.

    Ningum, at hoje, conseguiu gaba-ritar todas as provas no histrico de concursos vestibulares da UFRGS. Os primeiros lugares dos cursos mais con-corridos costumam acertar em torno de 85% das questes. Voc no sabe tudo, mas talvez saiba o suficiente para se sen-tir confortvel diante de concorrentes to humanos quanto voc.

    iii No empacarei em ne-

    nhuma questo.

    No existe nada mais perigoso em um vestibular do que a constatao de que uma questo qualquer se transformou em uma questo... de honra!

    Por algum motivo obscuro, voc no consegue lembrar do contedo. Essa si-tuao lhe incomoda tanto que voc es-quece completamente de que tem ou-tras dezenas de questes esperando por sua ao imediata. Voc perdeu tempo, estabilidade emocional e inconscien-temente colocou a guerra em jogo em funo de uma nica batalha. Todas as questes, no importa se fceis, mdias ou difceis, tm o mesmo valor.

    iiNo atribuirei ao vesti-bular importncia maior

    do que ele tem.

    O vestibular o retrato de um momen-to que pode, ou no, ser o seu.

    A parte boa dessa histria que, se sua aprovao no vier dessa vez, no ano que vem voc ter outra oportuni-dade de entrar na UFRGS. claro que voc pode se sentir ofendido ao ler isso e pensar Como assim, parte boa? um ano inteiro!, mas eu insisto: s um ano. Se voc, que est na faixa dos 20 anos, um pouco mais, um pouco menos, en-trar esse ano ou ano que vem, no vai fazer a menor diferena.

    iNo, nunca, jamais mudarei de ideia!

    Em uma prova objetiva, nenhuma res-posta dada com a mesma convico que a primeira.

    O prprio fato de que, ao mudar de ideia, voc elegeu uma segunda respos-ta j cria uma situao de comparao entre sua escolha inicial e sua nova op-o, o que transforma uma convico em uma incerteza.

  • Todos listos?

    Prof Angela [email protected]

    espanhol

    Do your best!

    Prof. Rafael Dupont@cursorooms

    ingls

    Aqui vo algumas dicas importantes:1 - D uma lida nas questes e faa as

    que no exigirem a leitura integral do texto. Muitas podem conter informaes importantes j traduzidas.

    2 - Lembre-se de que no necessrio traduzir palavra por palavra do texto. Geralmente, o contexto ajuda a achar a traduo correta de determinado vocabulrio.

    3 - Para responder aquelas perguntas de melhor ttulo, objetivo do texto e tema principal, na maioria das vezes, necessrio retomar apenas introduo e, se for necessrio, concluso.

    4 - Preste muita ateno no enunciado; sublinhe toda e qualquer palavra que seja importante para acertar a questo. Lembre-se que o NO parece ser uma palavrinha insignificante para o portugus, mas para o espanhol NO !

    5 - Questes de conjunes e de advrbios so praticamente certas. As mais importantes so aquelas em que saber a traduo se faz necessrio: SIN EMBARGO (no entanto = oposio), AUNQUE (embora, ainda que, mesmo que = concesso), TODAVA ou AN (ainda = tempo), MIENTRAS (enquanto = simultaneidade). Cuidado especial para a conjuno SINO (mas sim, mas tambm,...), pois ela apresenta vrias tradues e, conforme o contexto, pode dar sentido de oposio ou de adio, respectivamente. Lembre-se que o SINO exige uma negao anterior.

    6 - Tome cuidado com a questo de passar para o singular uma frase do texto. Esse tipo de questo exige uma ateno maior, pois certamente ela exigir mais do que as simples regras de formao do plural.

    1 - Lembra da orao We appreciate all the sacrifices youve made for us?. da prova de 2010, retirada da tirinha do Hagar. Devemos completar as seguintes lacunas: The boy said to his father that they ____________ all the sacrifices that he ____________ for them.

    Voc estudou indirect speech, certo? Ento, vamos resposta. O verbo introdutrio do discurso indireto (said) est no passado, ou seja, devemos transpor os verbos seguintes para o passado mais imediato, appreciated e had made, respectivamente.

    2 - Qual a formao da palavra developer? Essa fcil: o verbo develop seguido do sufixo -er. Portanto, temos a seguinte frmula: verbo + er, cujo sentido algum ou algo que. O mesmo ocorre em goer, player, dreamer, follower e equalizer. As palavras que seguem no possuem a mesma formao:

    bigger, danger, power, offer e nicer. H outros sufixos que tambm formam substantivos: ment, ity, hood, ship, ion e ness.

    3 - A expresso algorithm-driven searches composta da seguinte forma: algorithm = substantivo; driven = verbo no particpio; searches = substantivo. Pergunto: qual das seguintes expresses possui os mesmos elementos? High-tech development ou gas-powered engine? A segunda, pois a primeira apresenta um adjetivo seguido de dois substantivos.

    4 - No esquea das linking words, palavras que ligam as idias nos textos, como na orao And yet I think my love as rare (and yet = mesmo assim). Vamos agrup-las de acordo com a idia que expressam: thus, hence, so, consequently, therefore, then; although, though, even though; besides, furthermore, moreover; but, however, yet.

    10

  • reportagem

    Passei, quero estagiar!O nome pintou no listo e chegou a

    hora de planejar a vida nova. Muitos ca-louros querem logo ter contato com o mercado de trabalho e correm em busca dos estgios. Outros tambm ficam afim em razo de necessitarem de grana para bancar a faculdade, o aluguel, o carro, as festas e tudo mais.

    Nem sempre fcil conseguir o primei-ro estgio logo de cara, mas no nada impossvel. A postura fundamental para garanti-lo. A Kyane Sutelo, 20 anos, entrou na UniRitter para cursar Jornalis-mo e nas primeiras semanas tratou de candidatar-se para diversas vagas. As portas no se abriam, porm ela perce-beu a razo dos insucessos nas entrevis-tas. Por isso, aconselha:

    primordial demonstrar muito inte-resse, pois como no se tem experincia importante oferecer disponibilidade, que sua principal qualificao no mo-mento. legal tambm valorizar outras experincias de vida.

    Dois meses depois, Kyane conseguiu. Atualmente, estagiria de assessoria de imprensa. Para o gestor de relaes institucionais do Centro de Integrao Empresa-Escola (CIEE-RS) Cludio Incio Bins, esse o caminho:

    Toda experincia conta. Viagens, tra-balhos voluntrios, escoteiros, curso de idiomas, atuao em grmio estudantil, um trabalho em que se destacou, etc...

    Bins tambm chama a ateno para a persistncia. Em caso de negativas, no se deve desanimar.

    Mantenha-se informado sobre vagas. Busque as oportunidades em sites de confiana, redes sociais e na prpria uni-versidade recomenda.

    Foi o caso do Joo Vctor Torres, 18 anos, que ingressou no Jornalismo da Feevale em fevereiro de 2012.

    Iniciei como voluntrio no Ncleo de Rdio da universidade. Dois meses depois, fiz uma entrevista para estagiar na Prefeitura de Novo Hamburgo e fui selecionado. Porm, segui tambm na rdio para ganhar experincia. Em julho, recebi proposta para ser, efetivamente,

    estagirio do Ncleo de Rdio.Com o que recebe de bolsa, Joo Vctor

    investe na prpria carreira: Consigo pagar a faculdade e tambm

    alguns livros que adquiri, principalmen-te os indicados pelos professores e que esto auxiliando na minha formao.

    Para Bins, alm do aprendizado na rea de atuao, os estgios propiciam ama-durecimento profissional:

    O estudante passa a assumir novas responsabilidades e a desenvolver o re-lacionamento interpessoal. Ele vivencia situaes reais do mercado de trabalho.

    Portanto, esteja preparado para o in-cio de uma trajetria diferente na sua vida. Agora para valer.

    Gestor de relaes institucionais do CIEE-RS, Cludio Incio Bins.

  • futuro

    Os formandos contam como Eles cumpriram todas as etapas. Prestaram vestibular, ingressaram na faculdade e agora recebem o to sonhado diploma. A Revista Passei! conversou com formandos de nove cursos da UFRGS. Eles do dicas para quem est prestes a iniciar a jornada universitria.

    Medicina essencial ter uma boa base das cincias bsicas dos primeiros semestres e aproveitar os est-gios para adquirir experincia e segurana. No defina a rea de atuao muito cedo, pois o mercado de trabalho extenso e oferece muitas possibilidades, incluindo o campo de pesquisa cientfica, que muito amplo e pode ser desbravado j na faculdade. Fernando Scolari

    um universo de possibilidades. Algumas so muito parecidas, outras bem diferentes das que imaginamos no perodo pr-vestibular. A maior riqueza desse curso est em conhecer essa diversidade e de se descobrir em algumas das reas; de desenvolver o nosso potencial e contribuir na produo dos espaos que faro diferena na vida de outras pessoas.

    Thas Landenberger

    Psicologia Direito

    Pesquisa: Gustavo GossenFotos: Arquivo pessoal

    O Direito nos abre um leque muito grande de opes, so di-versas reas de atuao. O incio no fcil. Quando ainda somos calouros, ficamos na expectativa de logo comear a destrinchar as leis, aprender o Direito, mas s vemos Filosofia, Sociologia, Mtodo e outras cadeiras in-trodutrias. Parece um teste de resistncia, mas passa e muito importante! Danielle Rodrigues

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  • FisioterapiaA carga horria intensa e o cur-rculo voltado principalmente para a sade pblica, mas d a base para que o estudante possa atuar em qualquer rea. A dica para quem entra no curso se envolver e buscar experincias atravs de estgios, grupos de pesquisa, projetos e mais uma gama de oportunidades que a UFRGS e o curso oferecem.

    Marcela Zimmermann Casal

    Assim como muitos cursos, vai exigir noites e finais de semana de trabalho duro. No estgio, voc v o projeto em que trabalhou tomando forma, criando vida. Isso sim o que faz o curso ser emocionante. A cada novo projeto, uma nova descoberta. A gente se apaixona mais a cada dia.

    Michelle Assenhaimer

    O curso se mostrou bem maior do que eu pensava antes do vestibular. No se pode negar que o incio bem difcil. No que depois fique fcil, no mesmo! So muitas cadeiras. Mas a gente vai pegando o ritmo e, quando percebemos, estamos envolvidos com atendimento de pacientes e correria das clnicas. maravilhoso.

    Natlia Delfino

    Arquitetura e Urbanismo

    Odontologia

    LetrasAo longo do curso, preciso

    que tenhamos uma boa carga de leitura e produo escrita. Organizar o tempo para estar em dia com as leituras funda-mental. Alm disso, indispen-svel que o estudo da lngua estrangeira no se restrinja sala de aula. Estar em contato com a lngua de sua escolha fcil atualmente: procure livros, msicas, blogs e seriados.

    Amanda Schmitt

    uma faculdade completa e uma formao sem igual. Apren-demos valores que levaremos para toda vida. Construmos uma verdadeira famlia. Se por um lado voc no se deu bem em anatomia, existem diversas reas em que voc poder atuar, da clnica de pequenos, mdios e grandes animais sade pbli-ca, epidemiologia das doenas ou reproduo.

    Laura Arnt

    No por acaso que Biologia, Fsica e Qumica possuem maior peso maior no vestibular. Logo nos primeiros semestres esses conhecimentos sero exigidos em cadeiras como Anatomia, Fisiologia, Biomecnica, Biofsica e assim por diante. Saiba que a rea de atuao que atualmente mais tem crescido para o edu-cador fsico o de treinamento para a Terceira Idade.

    Rodrigo Martins

    Veterinria Educao Fsica

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  • Na aula de Lngua Portuguesa, ainda no meu tempo de colgio, aprendemos sobre aliteraes. a figura de lingua-gem que consiste na repetio de sons idnticos.

    Para exemplificar, a professora mos-trou-nos versos de Violes que choram, poema de Cruz e Sousa.

    Trata-se de uma estrofe doida de 16 palavras que comeavam com a letra v. Quem a l com rapidez acaba por de-scobrir um excelente trava-lngua. Con-fesso que no entendi bulhufas, mas fiz questo de decor-lo.

    Treinei e consegui. Sabia l-lo rpido e sem errar. S faltava uma boa utilidade para isso. E no que surgiu a chance?

    Todos ns tivemos um colega chato que sempre surgia com vasto repertrio de piadinhas e brincadeiras das mais im-pertinentes, no verdade? A pior delas: remedar o que se fala.

    Quer um chicl?E vinha a imitao: Quer um chicl?Para no deixar dvidas, falava-se out-

    ra frase para testar: Que frio! Que frio!Sim, era a prova de que a brincadeira

    tinha comeado. Para de me imitar! Para de me imitar!Uma forma de tentar barrar o papagaio

    era dizer:

    Eu sou um idiota!Mas neste dia, o sujeito estava afim de

    perturbar e no se deu por vencido.Respondeu: Eu sou um idiota!No aguentei. Respirei fundo. Tenho

    certeza de que ele pensou que escutar-ia os mais cabeludos palavres naquele instante. Me preparei e, num flego s, lancei:

    Vozes veladas, veludosas vozes, vol-pias dos violes, vozes veladas, vagam nos velhos vrtices velozes dos ventos, vivas, vs, vulcanizadas

    E ele: Vozes... vn.. ventos hn?Ele nunca mais me incomodou.Te devo essa, Cruz e Sousa!

    Gustavo Gossen@gurimedonho

    diverso

    Versos de Cruz e Sousa

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