Revista Pasta 07
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SUMÁRIO // 04
Capa // Loducca
Melhores do Mercado / Prêmio // 09
Argentina / Amautalab // 22
Lado B / Jovens Escritores // 26
Anunciante / McDonald’s Brasil // 30
Texto Corrido / Alexandre Lucas // 32
Criação/ (A) Tração nas Quatro Rodas // 35
Vinte Perguntas / Fernando Campos // 44
Pasta // 50
Alimentícios
Sustagen // 50
Cadbury Adams // 52
Automotivos
Ford // 53
Fiat // 54
General Motors // 56
Bancos e Financeiras
Banco Bradesco S/A // 57
Banco Real // 58
Bebidas Alcoólicas
Cervejaria Devassa // 59
Schincariol // 60
Femsa // 62
Eletrodomésticos
Electrolux // 64
Eletroeletrônicos
Motorola // 65
Higiene Pessoal
INAL/Olla // 66
Johnson & Johnson // 67
Institucional
Gol Linhas Aéreas // 70
TAM // 72
Mídia
Editora Abril // 74
MTV // 76
ESPN Brasil // 78
Petróleo e Derivados
Petrobras Distribuidora // 79
Serviço Público
Petrobras // 80
Instituto Akatu Pelo Consumo Consciente // 81
Transportes e Turismo
Hotel do Frade // 82
Vestuário
São Paulo Alpargatas // 83
Grendene // 91
Reebok // 92
Outros
BIC // 93
Filmes // 94
Índice Remissivo // 106
Terceira capa// Diretor de arte convidado: // Luciano Lincoln
EDITORIAL // 05
Editorial A revista Pasta entra em seu segundo ano de trajetória, o que é muito bom (espero que você concorde comigo!). Aproveitando esse início de segunda temporada, digamos assim, creio que é hora de falar aqui sobre os critérios utilizados, a cada edição, na seleção das peças que compõem os portfólios de anúncios e filmes. Da primeira edição para cá, foram adotados os mesmos parâmetros. E, nesse período, fomos também mapeando a reação dos leitores e recebendo comentários de gente pra burro. Juntando tudo, decidimos mudar um pouquinho, mas não sem antes explicar direitinho. Em primeiro lugar, a escolha seguia e continuará seguindo critérios estritamente editoriais, e tudo que está ou esteve por aqui passou, obrigatoriamente, pelo www.ccsp.com.br, seja na seção NOVO! (de preferência) ou na Pré-Estréia. O critério de escolha dos anúncios era, até aqui, ligado ao melhor publicado no site, mas, nem por isso, todas as peças selecionadas eram assim uma “Brastemp zero bala” ou o auge da fina flor do que podemos produzir. Não. O gargalo nunca foi frouxo, mas não pretendia ser tão apertado. Já no caso dos filmes, a passagem era ainda mais generosa, porque o intuito maior era o de reunir comerciais que pudessem dar uma boa visão do que estava sendo criado, em cada uma das categorias adotadas, naquele dado período de tempo, e que, no final, formariam um DVD interessante, em termos de consulta e até de crítica ao que se fez ou deixou de fazer. Não pretendíamos, ao incluir um filme, emitir automaticamente um carimbo de ‘aprovado’, de ‘qualidade superior’, ou qualquer coisa do gênero, mas sim propiciar que ele fosse preservado na revista e no DVD, como peça que cumpriu, sim, um papel específico, em determinado momento e, portanto, deveria ser retida, no mínimo, como referência. A intenção, volto a reforçar, era a de traçar um panorama e não a de distribuir selos de qualidade, embora tudo o que passou por aqui esteja bem longe do que possa ser considerado publicidade de segunda ou de nível insatisfatório. Isso, acho que ninguém discute. Outra coisa, nossa proposta nunca foi a de buscar garantias de veiculação dos trabalhos, ou seja, nunca vestimos no peito a estrela de xerife, nem abrimos diligências em busca de peça que foi ou não exibida na mídia. Apenas tratamos de reunir o que consideramos de interesse e jogamos de volta pra você, leitor, que aí sim pôde fazer o que quis com cada portfólio, rabiscou sobre as peças que não agradaram, colocou num pedestal com velinhas nas que arrebataram seu coração, e assim por diante. Contudo, porém, todavia, as pessoas, em geral, têm manifestado um desejo de ver esse gargalo de entrada de trabalhos mais e mais estreito. Nada desse papo de dar espaço demais para quem, talvez, tenha se esforçado um pouco menos. Pois bem, aproveitando essa virada de ano e tanta cutucada com vara curta, vamos então dar uma asfixiada. Claro, nada de exageros, afinal, a revista não vai deixar de sair por não serem encontradas peças brilhantes, reluzentes e “irrepitíveis” o suficiente para enchermos 60, 70 páginas. Por mais apertado que o corredor se torne, ele terá sempre uma determinada extensão e refletirá, sim, o que se faz aí fora, nas agências. Se o melhor não for de babar, a revista Pasta não poderá fazer nada a respeito. Não há como fugir disso. Agora, se por um lado vamos apertar mais e mais, pouco a pouco, não esperem que a tal estrela de xerife pule e grude aqui no meu peito. Aí também já é pedir demais. Claro que vamos evitar dar mole para eventuais gatunos, mas essa revista, vale lembrar, irá privilegiar a criação, sempre. P.S.: Não sobrou espaço para contar detalhes do recheio desta edição, aqui no editorial, mas não percam o lançamento do Prêmio Melhores do Mercado. Parabéns aos 36 finalistas! Podem estar certos de que os critérios adotados pela diretoria, na escolha dos indicados, foram os mais transparentes, e focados tão somente no trabalho. Podem acreditar e, o melhor, votar, a partir de março. Laís [email protected]
Expediente
Editora // Laís Prado [email protected]
Projeto Gráfico e Direção de Arte // João Linneu
Repórter // Valéria [email protected]
Produção // Fernando Henrique [email protected]
Revisão // Sandra Simões
Produção Gráfica // Jomar Farias
Diagramação e Finalização // Fabio Graupen
Gráfica // Arizona
Papel // Sappi
Diretor Comercial // Jefferson Cervelim [email protected]
Jornalista Responsável // Laís Prado MedeirosMtb 26851
Exemplar Avulso // R$ 25,00
Assinatura Anual (seis edições + dois DVDs) // R$ 132,00 - para não sócios do CCSP// R$ 66,00 - para sócios do CCSP
Para assinar ligue (55 11) 3038-1411ISSN 1808-8856
A revista Pasta é uma publicação bimestraldo Clube de Criação de São Paulo Presidente // Eduardo MartinsVice-Presidente // Jáder RossettoDiretor Executivo // Gilberto dos ReisDiretores // Amaury Terçarolli, André Nassar, Eduardo Lima, Erh Ray, João Linneu do Amaral Neto, João Livi, Leandro Castilho, Marcelo Camargo, Marco Versolato, Renata Flório, Victor Sant’Anna, Wilson Mateos
Rua Deputado Lacerda Franco, 300 - Pinheiros CEP 05418-000 Tels.: (11) 3030-9322 (sede) (11) 3030-9312 (redação)São Paulo - Capital - Brasil
Nº. 07 - Janeiro - Fevereiro/2007
A revista Pasta tem o apoio anual das empresas:
Clubeonline
Visite o Clubeonline, site oficial do Clube de Criação de
São Paulo.
As peças exibidas no miolo da revista Pasta são uma
seleção do melhor publicado na seção NOVO! do
Clubeonline, nos últimos 60 dias. No site, você encontrará
as fichas técnicas completas, de todos os anúncios e filmes.
Para acessar o Clubeonline digite www.ccsp.com.br. Para
assistir aos comerciais ou conferir os anúncios, ampliados,
digite http://www.ccsp.com.br/novo/.
Para participar da seção NOVO! cadastre sua agência ou
produtora na nossa extranet (http://extranet.ccsp.com.br) e
submeta suas peças.
REVISTA OFICIAL DA CRIAçãO PUBLICITÁRIA BRASILEIRA
Revista Pasta. A revista para quem tem tesão por propaganda.
Arizona e Revista Pasta, uma parceria que leva até você as melhores propagandas feitas no Brasil.
www.arizona.com.br
PRêMIO // 09
Melhores do Mercado
“Em 1974, o Clube de Criação de São Paulo lançou o Festival do Anuário, porque todo mundo julgava
nossos trabalhos, menos nós mesmos. Agora, está na hora de apontarmos quais são os prestadores de
serviço de criação que consideramos os melhores e cujos trabalhos devem servir de exemplo.
Por isso, estamos lançando o Prêmio Melhores do Mercado do Clube de Criação de São Paulo.
A partir de três indicações para cada uma das 12 categorias, realizadas pela diretoria do CCSP, os
sócios, através da internet, e com auditoria da PriceWaterhouse, vão escolher os melhores entre os
melhores do mercado.
Os sócios vão receber uma senha, por Correio. Dessa forma, devem atualizar endereço de
correspondência, no Clube, para garantir o recebimento da mala-direta.
Após a apuração, é hora de festa para revelar os vencedores, apontados pelos sócios do Clube de
Criação de São Paulo.
Acompanhe pelo nosso site (www.ccsp.com.br) datas de início e término da votação, bem como dia e
local da premiação.
Agora vamos ao que interessa: os finalistas das categorias Agência de Web, Diretor de Animação
/ Computação Gráfica, Diretor de Cena, Diretor de Fotografia, Finalizadora, Fotógrafo, Gráfica,
Ilustrador, Produtora de Imagem, Produtora de Animação / Computação Gráfica, Produtora de Som e
Profissional de Atendimento de Produtora, cada qual acompanhado de um brevíssimo currículo.”
Diretoria CCSP
CHEgOU A HORA DE DIzER
QUEM é QUEM PARA A CRIAçãO
PRêMIO // 10
Finalistas 2007:
Categoria AgêNCIA DE WEB
1. AgênciaClick
Fundada em 1999.
Sócios:
Pedro Cabral, Abel Reis e Ana Maria Nubié
Diretores de Criação:
Ricardo Figueira, Tulio Célio Paiva e Raphael Vasconcellos
Campanhas destacadas pela agência
(Título / Anunciante / Diretor de Criação / Programador):
Fiat 30 anos - Pensar e Experimentar o Futuro / Fiat /
Ricardo Figueira / André Cardozo, André Brunetta e Ivan Martinez;
Sua vida não tem um controle desses. Mas a sua TV já tem /
SKY+ / Ricardo Figueira / Ivan Martinez e André Cardozo;
Fiat Mostra Brasil / Fiat / Ricardo Figueira / Alexandre Santos,
André Cardozo e Ivan Martinez.
URL: http://www.agenciaclick.com.br
2. LOV - A Nova geração
Fundada em 1999.
Sócios:
João Muniz, André Piva e Cris Rother
Diretores de Criação:
André Piva, Érica Valente e Leonardo Giannetti
Campanhas destacadas pela agência
(Título / Anunciante / Diretor de Criação / Programador):
Bundles / TAM / André Piva / Marcio Quartilho e Edu Guilhon;
Malas / Editora Abril / André Piva / Marcio Quartilho e Edu Guilhon;
Dog / Mitsubishi Motors / André Piva / Marcio Quartilho;
Site Mit / Mitsubishi Motors / André Piva / Marcio Quartilho e
Edu Guilhon.
URL: http://www.lov.com.br
3. Wunderman
Fundada em 1978, no Brasil.
Sócios: WPP e Grupo Newcomm, no Brasil
Diretores de Criação: Alexandre Ravagnani e Eco Moliterno
Campanhas destacadas pela agência, com foco na web
(Título / Anunciante / Diretor de Criação / Programador):
It’s Your Life in There / Nokia Argentina / Eco Moliterno /
Flavio Ramos e Marcelo Nishio;
Site Promotoras de Venda / Natura / Eco Moliterno /
Marcelo Pedrosa;
Site Consultores Natura / Natura / Eco Moliterno / Marcelo Pedrosa;
Projeto Piloto da Vez / Johnnie Walker / Eco Moliterno /
Marcelo Pedrosa;
Misterious Ad / Nokia / Eco Moliterno / Marcelo Pedrosa e
André Cardozo.
URL: http://www.wunderman.com
PRêMIO // 11
Categoria
DIRETOR DE ANIMAçãO / COMPUTAçãO gRÁFICA
1. Jarbas Agnelli / AD Studio
Dirige desde 1998.
Já dirigiu cerca de 180 comerciais.
Filmes de seu repertório, que destaca:
A Semana / Época / W/Brasil;
Beethoven, Tubarão e New York New York / Fnac / W/Brasil;
Minuto / Visa / AlmapBBDO;
Números / Nokia / Lew’Lara;
Azarado / Clark Kleenex / JWT.
Diretores que admira:
Michel Gondry, Darren Aronofsky, Woody Allen, Irmãos Cohen
e Irmãos Farrelly.
URL: http://www.adstudio.com.br
2. Mateus de Paula Santos / Lobo
Dirige desde 2000.
Já dirigiu cerca de 200 comerciais.
Filmes de seu repertório, que destaca:
Video Computer System / Golden Shower;
Diesel Lost Paradise / Diesel / Diesel Creative Department;
Diesel Dreams / Diesel / Diesel Creative Department;
Dupont Hi-Sci / Dupont / Ogilvy NY;
Together / Buenos Aires Zoo / Del Campo Saatchi & Saatchi.
Diretores que admira:
Michel Gondry, Marc Forster, Quentin Tarantino, MK12 e
Smith&Foulkes.
URL: http://www.lobo.cx
3. Renato Amoroso / Trattoria
Dirige desde 2003.
Já dirigiu cerca de 30 comerciais.
Filmes de seu repertório, que destaca:
Comunicação / Speedy Telefônica / DM9DDB;
Letras / Smirnoff / JWT;
Rachadura / Smirnoff / JWT;
Dentaduras / Snickers / AlmapBBDO.
Diretores que admira:
Carlos Manga Jr., Fernando Meirelles e Guilherme Ramalho
URL: http://www.trattoria.com
PRêMIO // 12
Categoria
DIRETOR DE CENA
1. Carlos Manga Jr. / Republika Filmes
Dirige desde 1995.
Já dirigiu mais de 350 filmes.
Filmes de seu repertório, que destaca:
Presidiário / Fiat / Leo Burnett;
Carlinhos / Espaço XXI / DM9DDB;
Alzheimer / IAC (Instituto de Apoio à Criança) / Leo Burnett Lisboa;
Pensando Bem / Volkswagen / AlmapBBDO;
Sou assim e sou feliz / HSBC / JWT;
Passarinho / Gol Linhas Aéreas / AlmapBBDO.
Diretores que admira:
Jonathan Glazer, Ivan Zacharias, Andrei Tarkovski, Jim
Jarmusch e Martin Scorsese.
URL: http://www.republikafilmes.com
2. Claudio Borrelli / Killers
Dirige desde 1993
Já dirigiu mais de 500 filmes.
Filmes de seu repertório, que destaca:
Corridinha Matinal / Rainha / F/Nazca S&S;
Cinderela / Pepsi / AlmapBBDO;
Água / TIM / Lew’Lara;
O que é Sagatiba / Sagatiba / F/Nazca S&S;
Cabeludo / Fiat / Leo Burnett;
Inconfundível / Itaú / Africa.
Diretores que admira:
Joe Pytka, Oliver Stone, Jonathan Glazer, Steven Spielberg,
Alejandro González Iñarritu, Frank Budgen, Bryan Buckley,
Noam Murro, Sam Mendes, Tarsem Singh e Claudio Borrelli.
URL: http://www.killers.biz (site em desenvolvimento)
3. Clovis Mello / Cine
Dirige desde 1987.
Já dirigiu pelo menos 2 mil filmes.
Filmes de seu repertório, que destaca:
Adoro todos os meus filhos (os feios e os bonitos).
Diretores que admira:
Federico Fellini, Orson Welles e Wim Wenders.
URL: http://www.cine.com.br
PRêMIO // 13
Categoria
DIRETOR DE FOTOgRAFIA
1. Lito Mendes da Rocha
Fotografa comerciais desde 1991.
Já fotografou mais de 500 filmes.
Filmes de seu repertório, que destaca
(Título / Diretor de Cena / Anunciante / Agência):
Toshiba Planet / Jarbas Agnelli / Semp Toshiba / Talent;
Rider / Sergio Cuevas / Grendene / W/Brasil;
Dinheiro / Carlos Manga Jr. / Smirnoff / JWT;
Passarinho / Carlos Manga Jr. / Gol / AlmapBBDO;
Decisões / Fabio Soares / Claro / AlmapBBDO.
Fotógrafos e/ou diretores de fotografia que admira:
Cesar Charlone e Rodrigo Prieto.
URL: Não tem.
2. Rhebling Junior
Fotografa comerciais desde 1997.
Já fotografou “muitos” filmes, até perdeu a conta.
Filmes de seu repertório, que destaca
(Título / Diretor de Cena / Anunciante / Agência):
Túnel / Pedro Becker / Audi / AlmapBBDO;
Santa / Pedro Becker / Biscoitos Bauducco / AlmapBBDO;
Stripper / Pedro Becker / Smirnoff / JWT;
Trailer / Pedro Becker / Gradiente / Africa;
Vizinho / Pedro Becker / Polo / AlmapBBDO.
Fotógrafos e/ou diretores de fotografia que admira:
Janusz Kaminski.
URL: http://www.hebling.com
3. Vitor Amati
Fotografa comerciais desde 1991.
Já fotografou cerca de 500 filmes.
Filmes de seu repertório, que destaca
(Título / Diretor de Cena / Anunciante / Agência):
Angels day off / Frederic Planchon / Volkswagem Polo / DDB Londres;
Prisioneiro / Carlos Manga Jr. / Fiat / Leo Burnett;
Cabelos / Ricardo van Steen / Motorola / Ogilvy;
Tim Fashion / Rodrigo Lewkowicz / Nokia / Lew’Lara;
Gigante / 300ml / Claro / F/Nazca S&S;
Martin&Pascal / Julien Trousselier / Armee de Terre / DDB Paris.
Fotógrafos e/ou diretores de fotografia que admira
Richard Avedon, Frantisek Drtikol, Alexandre Rodtchenko, Sven
Nykvist, Vilmos Zsigmond.
URL: http://www.kinou.fr (busque por Vitor Amati)
Categoria
FINALIzADORA
1. Digital 21
Finalizadora fundada em 2001.
Sócios: Rodolfo Patrocinio, Clovis Mello e Raul Doria.
Técnicos que fazem a diferença: Fabiano Broki (motion
design); JotaErre Catão (3D) e Lucas Matão (flame).
Comerciais que destacam:
Todo Mundo Ama / Clovis Mello / Brahma / Africa;
Trave / Clovis Mello / Skol / F/Nazca S&S;
Didático / Paulo Gama / Redoxon / JWT;
Jantar / Sergio Cuevas / Mortein-Rodasol / Carillo Pastore RSCG;
Barraca / René Sampaio / Adams / JWT;
Boca Bem Cuidada / Ferre / Cepacol / Publicis.
URL: http://www.digital21.com.br
PRêMIO // 14
2. Pix Post
Finalizadora fundada em 2005.
Sócios: Fernando Rocha e Elder Fagundes Junior.
Técnicos que fazem a diferença: Renato “Jabuka”
Leodoro (flame); Luciano Neves (diretor de 3D), Marcos Vaz
(motion graphics), Helder “Miúdo” Fagundes (diretor de pós-
produção), Fernando Rocha (diretor motion graphics).
Comerciais que destacam:
Formiga / Maurício Guimarães e Luciano Zuffo / Corporate Run / Y&R;
Linha Completa / Sergio Amon / Friboi / DM9DDB;
Fantasia / Pedro Becker / Honda / Fischer América;
Microcrédito / Fernando Rocha / Unibanco / QG Comunicação;
Cores / Fernando Rocha / Panasonic / FischerAmérica.
URL: http://www.pixpost.com.br
3. Tribbo Post
Finalizadora fundada em 2003.
Sócios: André Pulcino, Diego Morone, Guido Gallo, Luiz
Adriano, Reinaldo Pina (Binho) e Rodrigo Pina.
Técnicos que fazem a diferença: Diego Morone
(composição: flame, inferno, flint e smoke), Luiz Adriano (3D:
softimage XSI), Reinaldo Pina (composição: flame, inferno,
flint, smoke), Rodrigo Pina (composição: flame, inferno, flint
e smoke).
Comerciais que destacam:
Cabeludo / Claudio Borrelli / Fiat / Leo Burnett;
Lírios / Christiano Metri / O Boticário / AlmapBBDO;
Gabriel / Luiz Adriano Carvalho / Telefônica / Y&R;
Água / Claudio Borrelli / TIM / Lew’Lara;
Vacas / João Daniel / Toddy / AlmapBBDO.
URL: http://www.tribbo.com.br
Categoria
FOTÓgRAFO
1. Andreas Heiniger
Trabalha como fotógrafo desde 1968.
Já clicou imagens para cerca de 3 mil campanhas.
Campanhas que assina e destaca:
New Civic Restart / Honda / Fischer América;
Gol 18 anos / Volkswagen / AlmapBBDO;
Idea / Fiat / Leo Burnett;
Havaianas / Alpargatas / AlmapBBDO.
Fotógrafos que admira:
Irving Penn, Albert Watson, Nick Knight e Paolo Roversi.
URL: www.andreasheiniger.com.br
PRêMIO // 15
2. Maurício Nahas
Trabalha como fotógrafo desde 1990.
Já clicou imagens para cerca de 500 campanhas.
Campanhas que assina e destaca:
Iguatemi / Borghierh;
Fundação Boticário / AlmapBBDO;
Vivo / Africa;
Brahma / Africa;
Toyota / Dentsu.
Fotógrafos que admira:
Helmut Newton, Irving Penn e Richard Avedon.
URL: http://www.mauricionahas.com.br
3. Willy Biondani
Trabalha como fotógrafo desde 1985.
Já clicou muitas campanhas, acha difícil contar quantas.
Campanhas que assina e destaca:
Bikinis / Companhia Marítima / DM9DDB;
Bocas / Häagen-Dazs / Upgrade;
Lingerie Liz / AlmapBBDO;
Motorola com MP3 / Ogilvy;
Sapatos Patrick Cox.
Fotógrafos que admira:
Irving Penn, Richard Avedon, Nick Knight e Andreas Heiniger.
URL: www.laikaestudio.com.br (site em desenvolvimento)
Categoria
gRÁFICA
1. Arizona
Fundada em 1998.
Sócios: Marcus e Alexandre Abdo Hadade.
Equipamentos e diferenciais, segundo a própria empresa:
“Acesso aos melhores equipamentos, todas as grandes gráficas
têm, o diferencial é como utilizá-los e quais são os profissionais
que os operam. Temos uma tinta patenteada, que aumenta o espaço
de cores na impressão, chamada Arizona MegaGamut. Trabalhamos
com retículas diferenciadas, como a estocástica, e realmente
temos o gerenciamento de cores implantado e funcionando”.
Trabalhos que a empresa destaca, de seu portfólio:
Livro de fotografias / Conrado Wessel;
Revista Pasta / CCSP;
Kit de final de ano / Suzano Papel e Celulose, Suzano
Petroquímica e Suzano Holding / Agência Dilipi;
Kit de vendas da Adidas;
Campanha / AGF Seguradora / Le Pera.
URL: http://www.arizona.com.br
PRêMIO // 16
2. Burti
Fundada em 1975.
Sócios: Luiz Carlos Burti e Vera Lucia Pucci Burti.
Equipamentos e diferenciais, segundo a própria empresa:
“Cinco impressoras planas, uma delas com secagem UV.
Impressoras rotativas, uma delas seis cores. Equipamentos para
personalização, um deles com cabeçote Scitex. Completa linha
de CTP. Mas o nosso grande diferencial são os funcionários”.
Trabalhos que a empresa destaca, de seu portfólio:
“Consideramos todos de destaque, e preferimos não citar um
ou outro”.
URL: http://www.burti.com.br
3. Stilgraf
Fundada em 1992.
Sócio: Antonio Sergio C. Franco.
Equipamentos e diferenciais, segundo a própria empresa:
“Máquinas planas de cinco e seis cores; modernos
equipamentos de acabamento e pré-impressão, com alta
tecnologia”.
Trabalhos que a empresa destaca, de seu portfólio:
Catálogo Promocional Cidade Jardim / JHSF / MPM;
Catálogo Promocional / H.Stern;
Livro de Arte / Pinacoteca;
Mala Direta / Banco Santander.
URL: http://www.stilgraf.com.br
Categoria
ILUSTRADOR
1. Adelmo Barreira
IIustrador desde 1980.
Já ilustrou centenas de campanhas publicitárias. Nos últimos
14 anos, passou quase todos os dias ilustrando.
Trabalhos que destaca:
Antarctica / Carillo Pastore e AlmapBBDO;
Claro / AlmapBBDO;
Mizuno / AlmapBBDO;
McDonald’s / Taterka;
Havaianas / AlmapBBDO.
Outros ilustradores que admira:
“Todos, cada um no seu estilo, não dá para listar”.
URL: http://www.adelmoarte.com.br
PRêMIO // 17
2. Brasílio Matsumoto / 6B Estúdio
IIustrador desde 1976.
Já ilustrou centenas de campanhas publicitárias.
Trabalhos que destaca:
Promoção do Chocolate Surpresa – Cães / Nestlé / Made in Brazil;
Diversos folhetos / Banco Itaú / DPZ;
Campanha / MTV / age.;
Personagem Minus / Minuano / Lew’Lara;
Personagem Super-Caro / Telefônica / DM9DDB;
Personagem Pirata / Montilla;
Personagem Alemãzinha / Bohemia / DM9DDB;
Tatuagens - Gisele Bündchen / Grendene / W/Brasil.
Outros ilustradores que admira:
Benício, Marcelo Cipis, Guto Lacaz, Fernanda Guedes, Yudo,
Jason Brooks, Ziraldo, Maxfield Parish, Norman Rockwell, Ken
Dallison, Gil Elvgren, Vargas, Steinberg e mais centenas.
URL: http://www.6bestudio.com.br
3. Macacolândia (Mauricio zuardi, Marcelo Braga,
Marcelo Daldoce e Danilo Beyruth)
A Macacolândia foi fundada há três anos.
A equipe já ilustrou cerca de 25 campanhas.
Trabalhos de destaque:
Mitsubishi Pajero TR4 / Mitsubishi / Africa;
Campari Rock / Campari / DPZ;
Campanha de Lançamento Éh! / Éh! / MPM;
Lançamento Linha Honda Fit 2006 / Honda Fit / Fischer América;
Nova Schin F1 / Nova Schin / Fischer América.
Outros ilustradores que admiram:
Brasílio Matsumoto, Jo Chen, Norman Rockwell, Drew Strusan,
Adam Hughes, Yoji Shinkawa, Yoshitaka Amano, Dave Cooper,
Chris Ware, Benício, Hayao Miyasaki, Al Hirschfeld, Coop,
Katsuhiro Otomo, Milo Manara, Moebius, Cheeks, Ryan Wood,
Lélis, Mattias Adolfsson, a lista não acaba.
URL: www.macacolandia.com.br
Categoria
PRODUTORA DE IMAgEM
1. Margarida Flores e Filmes
Produtora fundada em 2006. Integra o GrupoAcademia,
fundado em janeiro de 1996.
Sócios: Paulo R. Schmidt, Marily Raphul, Antonio Carlos
Accioly, João Pedro de Albuquerque, Tadeu Jungle, Pedro
Becker, Christiano Metri, Paulo Vainer e Veronica Casetta.
Diretores de Cena: Tadeu Jungle, Pedro Becker, Christiano
Metri, Paulo Vainer, Veronica Casetta, Alex Miranda, Johnny Araújo,
Marcos Jorge, Gabriel Rubim, Luciano Cury e Lucia Novaes.
Comerciais que destacam: Balões / Pedro Becker / Cerveja
Sol / Fischer América; In X Out / Paulo Vainer e Veronica
Casetta / Motorola / Ogilvy; A vida é um filme / Pedro Becker
/ Gradiente / Africa; Boneco de Posto / Pedro Becker /
Volkswagen / AlmapBBDO; Único / Christiano Metri /
Ben Q-Siemens / McCann Erickson; Escapade / Paulo Vainer e
Veronica Casetta / Peugeot / Carillo Pastore.
URL: http://www.margaridafloresefilmes.com
PRêMIO // 18
2. Republika Filmes
Produtora fundada em 2003.
Sócios: José Carlos Manga Jr. e Paula Carvalho Manga.
Diretores de Cena: Carlos Manga Jr., Ivy Abujamra,
Vitor Mafra, Marcelo Szechman e Howie Cohen.
Comerciais que destacam:
Presidiário / Carlos Manga Jr. / Fiat / Leo Burnett;
Carlinhos / Carlos Manga Jr. / Espaço XXI / DM9DDB;
Guia / Ivy Abujamra / Caixa Econômica Federal / novaS/B;
Alzheimer / Carlos Manga Jr. / IAC (Instituto de Apoio à
Criança) / Leo Burnett Lisboa;
Pensando Bem / Carlos Manga Jr. / Volkswagen / AlmapBBDO;
Campanha Personalidades / Carlos Manga Jr. / HSBC / JWT;
Passarinho / Gol Linhas Aéreas / AlmapBBDO.
URL: http://www.republikafilmes.com
3. zeppelin
Produtora fundada em 1991.
Sócios: José Pedro Goulart, Rodrigo Pesavento, Annette Bittencourt,
Everson Egas Colossi Nunes (Gringo) e Ricardo Baptista.
Diretores de Cena: José Pedro Goulart, Rodrigo Pesavento,
Diego de Godoy, Zaracla, Rapha Coutinho, Marcelo Lima e
Marcelo Nunes.
Comerciais que destacam:
Campanha Guaraná Antarctica (Sexta-Feira, Óculos, Torpedo) /
José Pedro Goulart / AmBev / Duda Propaganda;
Gritos / Rodrigo Pesavento / Twix (Masterfoods) / AlmapBBDO;
Guardanapo / Zaracla / Vedacit / Dez Brasil;
Pôr-do-Sol / Rodrigo Pesavento / Claro / F/Nazca;
Casamento / José Pedro Goulart / Skol / F/Nazca.
URL: http://www.zeppelin.com.br
Categoria
PRODUTORA DE ANIMAçãO / COMPUTAçãO gRÁFICA
1. Dínamo Digital
Produtora fundada em 2005.
Sócios: Eduardo Cama, Ricardo Carelli, Fatima Latorre e André Calil.
Diretores de Cena: Tocha Alves e Ricardo Carelli.
Comerciais que destacam:
Lift, Save / Ricardo Carelli / Cultura Inglesa / Lew’Lara;
Balada / Ricardo Carelli e Tocha Alves / Capricho / AlmapBBDO;
Carro / Ricardo Carelli / Evoke Eyewear / Dínamo Filmes;
Coca-Cola VibeZone / Ricardo Carelli / Coca-Cola / Ogilvy;
Música / Ricardo Carelli / Folha de S.Paulo / Lew’Lara;
Vinhetas Futebol Globo / Ricardo Carelli / Volkswagen / AlmapBBDO.
URL: http://www.dinamodigital.com.br
PRêMIO // 19
2. Trattoria
Produtora fundada em 1992.
Sócios: Carla Schertel, Eitan Rosenthal, Guilherme Ramalho e
Guto Carvalho.
Diretores de cena: Guilherme Ramalho, Guto Carvalho, Alex
Gabassi, Fernando Sanchez, Renato Amoroso e Renata Rico.
Comerciais que destacam:
Coral / Guilherme Ramalho / Speedy / DM9DDB;
Campanha 30 Anos / Alex Gabassi / Fiat / Leo Burnett;
Ambientes / Guto Carvalho / TIM / Lew’Lara;
Tangalera / Guilherme Ramalho / Tang / Ogilvy;
Claro que é Rock / Renato Amoroso / Claro / AlmapBBDO.
URL: http://www.trattoria.com.br/site/trattoria.html
3. Vetor / Lobo
Produtora fundada em 1989.
Sócios: Alberto Lopes, Sergio Salles, Alceu Baptistão, Nando
Cohen e Mateus Santos.
Diretores de cena: Nando Cohen, Mateus Santos e Alceu Baptistão.
Filmes que destacam:
Formigas / Sergio Amon / Philco / F/Nazca S&S;
Tartaruga / Sergio Amon / AmBev / F/Nazca;
Troopy / Nando Cohen / Mastercard / McCann Erickson;
Pablolândia / Nando Cohen / Coca-Cola Company / NBS;
Zôo / Mateus Santos / Zoo de Buenos Aires / Del Campo
Saatchi&Saatchi;
Diesel Lost Paradise / Mateus Santos / Diesel Creative
Department / Lobo.
URL: http://www.lobo.cx
Categoria
PRODUTORA DE SOM
1. Sax So Funny
Produtora fundada em 1996.
Sócio: Zezinho Mutarelli.
Maestros e produtores: Zezinho Mutarelli, Sergio
Kharlakian, Edson Guidetti e Cezar dos Anjos.
Trilhas/spots que destacam:
Ecosport Escolhas / Zezinho Mutarelli / Ford / JWT;
Ecosport Hawai / Zezinho Mutarelli / Ford / JWT;
Ecosport Gafes / Zezinho Mutarelli / Ford / JWT;
Molico Leve / Zezinho Mutarelli / Molico / Giovanni+DraftFCB;
Halls Ice Gum / Zezinho Mutarelli / Adams / JWT.
URL: http://www.saxsofunny.com.br
PRêMIO // 20
2. Tentáculo
Produtora fundada em 2003.
Sócios: Ed Cortes e Paula Maciel.
Maestros e Produtores: Ed Cortes, Fabio Góes e Rogerio Pereira.
Trilhas/spots que destacam:
Fim de Ano / Ed Cortes e Fabio Goes / Bradesco / Neogama/BBH;
Lançamento / Ed Cortes e Rogério Pereira / Fiat Idea / Leo Burnett;
O Novo / Ed Cortes / Ford / JWT;
Lançamento / Ed Cortes / VW SpaceFox / AlmapBBDO;
Lançamento / Fabio Goes / VW Jeta / AlmapBBDO.
URL: http://www.tentaculoaudio.com.br
3. Studio Tesis
Produtora fundada em 1987.
Sócios: Teresa Moranduzzo e Silvio Piesco.
Maestros e Produtores: Teresa Moranduzzo, Silvio Piesco,
Leandro Weingartner e Marcos Vaz.
Trilhas/spots que destacam:
Corrida / Teresa Moranduzzo / Terra / DM9DDB;
Mudança / Silvio Piesco / Claro / F/Nazca S&S;
Gritos / Silvio Piesco / Twix / AlmapBBDO;
Corridinha Matinal / Silvio Piesco / Rainha / F/Nazca S&S;
Passarinho / Silvio Piesco / Gol Linhas Aéreas / AlmapBBDO.
URL: http://www.tesisweb.com.br
Categoria
PROFISSIONAL DE ATENDIMENTO DE PRODUTORA
1. Julia Tavares / Killers
Trabalha como atendimento desde 1996.
Já viabilizou comercialmente cerca de 100 filmes.
Comerciais/campanhas que destaca:
Água / Claudio Borrelli / TIM / Lew’Lara;
Botões / Claudio Borrelli / Skol / F/Nazca;
Inconfundível / Claudio Borrelli / Itaú / Africa;
Paraíso / Claudio Borrelli / Unimed / F/Nazca;
Cooler / Claudio Borrelli / Brahma / Africa.
URL: http://www.killers.biz (site em desenvolvimento)
PRêMIO // 21
2. Marcos Araújo / Sentimental Filme
Trabalha como atendimento desde 1992.
Já viabilizou comercialmente cerca de 850 filmes.
Comerciais/campanhas que destaca:
Pesadelo / Mauricio Guimarães e Luciano Zuffo / Guaraná
Antarctica / Duda Propaganda;
Fantoches / Mauricio Guimarães e Luciano Zuffo / Ford / JWT;
Zeca Pagodinho / Mauricio Guimarães e Luciano Zuffo /
Brahma / Africa.
URL: http://www.sentimentalfilme.com.br
3. Rejane Bicca / O2 Filmes
Trabalha como atendimento desde 1996.
Já viabilizou comercialmente centenas de filmes.
Comerciais/campanhas que destaca:
Surra / Nando Olival / Itaú Personnalité / DPZ;
Recolhendo Tudo / Luciano Moura / Terra / DM9DDB;
Campanha Oi / Nando Olival e Fábio Mendonça / Oi / NBS;
Escritório / Fábio Mendonça / Fiat / Leo Burnett;
Elevador / Paola Siqueira / O Boticário / AlmapBBDO.
URL: http://www.o2filmes.com.br
ARgENTINA // 22
“Temos que nos reinventar o tempo todo e nunca deixar que um estilo ou estética torne-se nossa marca registrada”
EM UMA CASA ANTIgA, LONgE DO CENTRO E DOS BAIRROS DA MODA DE BUENOS AIRES, ESTÁ INSTALADO UM DOS gRUPOS MAIS INTERESSANTES E
CRIATIVOS DA ARgENTINA. é ALI QUE MAIS OU MENOS DEz PESSOAS FORMAM O NúCLEO PORTENHO DO AMAUTALAB. À FRENTE DESTE MIx DE AgêNCIA,
ESTúDIO E PRODUTORA, QUE TAMBéM TEM BRAçOS NO PERU E NOS ESTADOS UNIDOS, ESTÁ MARTIN JALFEN. AO LADO DE JULIAN MONTESANO, ELE DIRIgE
A CRIAçãO DA EMPRESA. TRABALHANDO JUNTOS OU SEPARADOS, OS DOIS JÁ gANHARAM IMPORTANTES PRêMIOS
DA PUBLICIDADE E CRIARAM PEçAS gENIAIS, COMO OS FILMES DE LANçAMENTO DO VH1, NA AMéRICA LATINA, E
ANúNCIOS PARA A REVISTA Rolling Stone LATINA. CANSADOS DA VIDA NA AgêNCIA, ELES DECIDIRAM FAzER ALgO
DIFERENTE. E ESTãO CUMPRINDO MUITO BEM SUA PROPOSTA
Martin Jalfen : O Amautalab é um estúdio de criação
multidisciplinar. É multidisciplinar porque todos aqui são de
diferentes áreas: propaganda, cinema, arte, design gráfico,
animação, e tentamos combinar um pouco de tudo, em cada job.
A intenção é que cada trabalho seja bastante diferente do outro.
O processo de finalização de cada peça é muito importante - é
quase como se o resultado fosse uma desculpa para atravessarmos
o processo de produção. Quando nasceu a idéia, decidimos que
queríamos montar um estúdio onde tivéssemos liberdade criativa
para realizar mais projetos independentes, tanto para clientes como
para nós mesmos. Depois de iniciar em Los Angeles, abrimos o
estúdio em Buenos Aires e também em Lima. Contamos agora
com três escritórios. Em Los Angeles está o serviço ao cliente e
novos negócios. Em Buenos Aires, temos a equipe criativa e de
broadcast. Em Lima, está o departamente de online.
No alto: cena da abertura do Resfest de Buenos Aires. Abaixo: imagem do clipe da banda Amaral
Pasta: Vocês eram criativos top em agências e agora
também são produtores, diretores, fotógrafos etc.
Como e por que decidiram que era hora de mudar?
Jalfen: O principal motivo é porque queríamos ter mais controle
sobre os processos, que é o que mais nos realiza pessoalmente
na hora de fazer um projeto. A criatividade e o design chegam
Revista Pasta: O Amautalab é mais do que um estúdio.
é mais do que uma produtora. é mais do que um hot
shop. Como definir essa empresa?
Carlos Battilana, Julian e Jalfen, os sócios do Amautalab
ARgENTINA // 23
a melhores níveis quando o processo é colaborativo e quando
inclui gente de muitas disciplinas. É algo difícil de conseguir
em uma agência onde se trabalha com estruturas rígidas.
Aprendemos muito com a propaganda. Mas o que mais nos
agradava era ver referências em livros que não eram exatamente
de propaganda. Também dedicamos muito tempo aos nossos
projetos pessoais. Isto é difícil de realizar em uma agência,
onde o dia-a-dia é muito intenso.
Pasta: Fale um pouco dos trabalhos que fizeram até agora.
Jalfen: Produzimos a abertura do festival “Resfest Buenos
Aires”, que foi o nosso primeiro trabalho de broadcast. Criamos
Etapas de construção de maquete decorada com brócolis frescos
uma “coisa” toda em 3D que projetava uma pessoa filmada em
live action. Logo depois, dirigimos um videoclipe para a EMI
Music Espanha, para a banda Amaral, com muitas ilustrações
e situações que falam sobre o caos mundial. Todo o vídeo foi
animado. Também realizamos um projeto para a Wieden +
Kennedy Tokyo, que são títulos de uma série de TV do canal
NHK, do Japão. Neste trabalho, usamos stop motion com um
pouco de motion graphics. Construímos uma maquete com
materiais que nunca hávíamos usado, incluindo brócolis frescos
que apodreciam enquanto filmávamos, foi um projeto onde todos
do estúdio colaboraram e onde o orgânico/manual e o digital se
fundiram muito bem. Além disso, criamos um projeto interativo
para o lançamento do Toyota Yaris, nos Estados Unidos, que
incluía um mundo virtual onde os usuários podiam desenvolver
os seus avatares e conhecer online os outros usuários, além
de ter acesso a conteúdos diversos, downloads e promoções.
Dentro do site havia ainda o Musiclab, onde você podia criar a
sua própria banda, fazer um videoclipe e até baixar um ringtone
com a música que criou.
Pasta : Vocês f i zeram também um v ídeo para a
Anne Laplant ine.
Jalfen: Esse é outro projeto do qual a gente gosta muito. Nesse
caso da Anne Laplantine, a idéia era fazer um vídeo “anti-digital”,
como alternativa a este excesso de propostas digitais existentes.
Ele foi inteiramente produzido com fundos de pinturas, papéis
recortados e câmera de vídeo. Os pequenos fios entregam o truque
que sempre tentamos manter em segredo, na animação digital.
Pasta: Em pouco tempo, vocês já trabalharam para
clientes do Japão, Estados Unidos e Espanha. Como
é c r i a r p a r a m e r c a d o s t ã o d i f e r e n t e s , e s t a n d o
em Buenos Aires?
Jalfen: É exatamente igual. O importante é você ter muita
informação sobre o projeto, antes de começar. O processo
criativo funciona da mesma forma, seja ele para onde for. A
única complicação nestes casos é a diferença de horários. Às
vezes, temos que organizar conference calls entre os estúdios
de Buenos Aires, Lima e Los Angeles, com clientes da Espanha
No alto: o resultado da maquete de Reivention. Acima: cena de clipe “anti-digital”
ARgENTINA // 24
ou Japão, e são quatro zonas horárias diferentes. Aí, sempre tem
alguém que sai perdendo, levantando muito cedo ou indo dormir
muito tarde. Mas apesar da distância, sentimos que somos, nos
três escritórios, apenas um. É como funciona o mundo agora,
um grande planeta, em vez de muitos países.
Pasta: O trabalho do Amautalab é muito autoral, mas
não deixa de cumprir os objetivos dos clientes. Como
vocês conseguem chegar a estes resultados?
Jalfen: Os clientes confiam em nossas recomendações. Nem
sempre o resultado final é 100% igual ao que pensamos
no começo, mas o processo deve deixar satisfeitos cliente e
estúdio. Até agora, foi sempre assim. Hoje em dia, com tão
fácil acesso aos conteúdos forjados no mundo todo, os clientes
já têm uma cultura visual mais ampla e estão mais abertos a
nossas propostas. E esse fácil acesso também é um desafio para
nós, pois temos que nos reinventar o tempo todo e nunca deixar
que um estilo ou estética torne-se nossa marca registrada.
Pasta: Fale um pouco sobre o projeto Cookies, que tem
um lado social.
Jalfen: Cookies é parte de nossa iniciativa em Cuzco, no Peru.
Começamos há três anos. Estamos criando, por meio da Amauta
Org, um media center onde se fomentam intercâmbios entre
artistas da região andina e o resto do mundo. Nestes intercâmbios,
os artistas/professores coordenam oficinas audiovisuais e de
novas mídias para os artistas locais. O objetivo do centro é
incentivar a preservação da cultura e identidade locais, além de
oferecer ferramentas para que eles possam se expressar para o
resto do mundo. Queremos que as suas histórias sejam contadas
por eles mesmos e não por outras pessoas.
Pasta: Quais são os planos para 2007?
Jalfen: Queremos continuar criando e experimentando muito,
para nós mesmos e para nossos clientes. E também passar mais
tempo em Cuzco, onde nos revitalizamos constantemente.
Pasta: Tem lugar para brasileiros no Amautalab?
Jalfen: Muito lugar! O Brasil é conhecido por ter um ótimo
nível de criatividade e de produção. Seria muito bom conhecer
o talento de brasileiros e tê-los colaborando em projetos. Ou
ainda como sócios do estúdio, quando decidirmos crescer.
Além disso, amamos o Brasil, o seu povo, as suas praias, o
Carnaval. Ainda falta melhorar um pouco o futebol, mas todo o
resto é ótimo (risos).
No alto: Vômito, projeto pessoal do sóciosAcima: Mundo Yaris, ação interativa para Toyota
Por André TakedaOn Air Writer Producer daFox Latin America Channels,diretamente da Argentina
LADO B // 26
João Carrascoza, absorto pela magia das narrativas que ouvia,
desde muito criança, em Cravinhos, interior de São Paulo,
não imaginava que iria se tornar redator publicitário e muito
menos autor premiado de livros. Aos 5 anos de idade, começou
a ler e, entre 13 e 14 anos, escreveu seus dois primeiros
livros de poesia. Durante a adolescência, viajou muito com o
pai comerciante, impressionando-se com a forma envolvente
dele vender seus produtos. “A partir dessa vivência, imaginei
que a publicidade pudesse ser a ponte entre os universos
da literatura e do comércio”, conta o autor. E assim fez sua
escolha profissional. Quando ingressou profissionalmente
no mercado, diz ele, se deparou com uma publicidade que
começava a se tornar mais narrativa do que dissertativa. Em sua
tese de doutorado, baseada nas idéias de Friedrich Nietzsche,
Carrascoza demonstra essa evolução, apontando caminhos
estéticos relacionados a dois deuses gregos: Apolo, o deus da
razão, da argumentação, e Dionísio, a celebração da vida, mais
ligado à emoção e aos instintos. “A propaganda brasileira era
apolínea, baseada em elementos racionais, em argumentos, ou
seja, bastante dissertativa, até os anos 80. Quando comecei a
trabalhar, ela começava a se tornar dionisíaca, mais emocional,
ligada aos sentimentos, o que remete ao gênero narrativo, que
foi sempre o que mais me encantou”, avalia. Prova disso é o
fato de ter publicado seu primeiro conto três anos depois de
ter se aventurado pela poesia. “Gosto de histórias breves, por
isso considero o conto meu ‘habitat’. O texto curto é como se
fosse uma corrida de 100 metros. Já o romance é uma corrida
Histórias Breves
de longa distância. Sem dúvida, prefiro os 100 metros”. Apesar
disso, Carrascoza já escreveu diversos romances, para adultos
e crianças. No total, entre livros de poesia, contos e romances
foram 16 publicados, além de textos em antologias e traduções.
O redator, hoje no time da JWT, gosta de ressaltar que vive da
escrita, ora modulada para a publicidade, ora calibrada para
a literatura. Além do dia-a-dia na agência, procura exercitar-
se escrevendo trechos literários regularmente. “A propaganda
absorve muito. Se eu não tiver disciplina, não consigo avançar.
Alguns de meus livros foram elaborados em cima da soma dos
30 minutos por dia que pude separar para eles”, revela. “Quem
tem vocação escreve de qualquer maneira, encontra tempo sendo
JOãO CARRASCOzA (JWT), DANIEL gOLTCHER
(FABRAQUINTEIRO) E BLANDINA FRANCO (DM9DDB)
PODERIAM, SEgUNDO JOãO CABRAL DE MELO NETO,
SER CONSIDERADOS “CATADORES DE FEIJãO”.
ESCOLHEM PALAVRAS COM O MESMO CUIDADO DE
QUEM SEPARA gRãOS. DISPENSAM AQUELAS QUE
BÓIAM OU QUE SãO OCAS, SEJA NA ELABORAçãO
DE TExTOS PUBLICITÁRIOS OU NA CONFECçãO
DE OBRAS L ITERÁRIAS. CONHEçA PARTE DA
TRAJETÓRIA DE CADA UM DELES, A SEgUIR
Carrascoza: “Quem tem vocação, encontra tempo para escrever sendo publicitário, médico ou agricultor”
Coletânea de contos lançada pela Cosac&Naify, em 2006
LADO B // 27
publicitário, médico ou agricultor”. Para completar, desde os 27
anos Carrascoza dá aulas de publicidade na Universidade de São
Paulo (USP) e na Escola Superior de Propaganda e Marketing
(ESPM), e também já publicou textos acadêmicos. “Sou autor
de três livros voltados para a área”. O trabalho de redator ganha
consistência, em sua opinião, à medida em que é influenciado
pela literatura. “Na publicidade, o profissional só consegue criar
bem se tiver um razoável background cultural. Caso contrário,
cairá em caminhos óbvios”, analisa. E se a literatura proporciona
encontros com a mitologia hindu, a literatura francesa, e assim
por diante, a propaganda exige rapidez e ensina a trabalhar
com a essência, a cortar o supérfluo. “Na publicidade, não há
espaço para verborragia. Ela me deu uma capacidade de síntese
interessante, sem falar na agilidade”, arremata. Trabalhar
com targets determinados também ajuda o autor a definir seu
público mais facilmente, na literatura. “As vezes escrevo para
crianças, outras para adolescentes, adultos, estudantes”, diz.
“A publicidade nos treina a balizar a linguagem que deve ser
usada para cada grupo”. Carrascoza coleciona diversos prêmios
literários e, ano passado, foi convidado a participar de uma
espécie de “retiro” para escritores, um programa que acontece
na cidade de Hudson, nos EUA. Passou ali dois meses, no meio
de um vale, observando a natureza, redigindo textos e trocando
experiências com escritores de diversas nacionalidades. “O
contato com outras culturas, com outras visões de mundo, é
combustível essencial”. Ali, escreveu metade de um livro e mais
cinco ou seis contos.
Daniel Goltcher, da FabraQuinteiro, ainda na adolescência
dramatizava historinhas infantis para um “seleto público”: sua
priminha Renata, que ouvia atentamente fábulas e contos. Fora
esses momentos, era um cara quieto, limitando-se a palavras
curtas e rápidas, objetividade muitas vezes confundida com
timidez. Até que quando estava se formando no ensino médio
(antigo colegial), decidiu que queria trabalhar com criação.
Goltcher: “Os melhores redatores são pessoas reservadas”
“Precisava expor minhas idéias”. Mais tarde, amadureceu o
projeto de escrever seu primeiro livro. De tanto falarem que ele
era “quieto” e “monossilábico” resolveu usar esse mote para
desenvolver a história. Daí surgiu O Menino Monossilábico,
que tem como protagonista uma espécie de alterego do
próprio Goltcher. “Nunca me incomodei pelo fato das pessoas
me considerarem ‘monossilábico’. Mesmo porque, dentre os
redatores que mais admiro estão pessoas quietas, como o
Eugenio Mohallen e o Ruy Lindenberg”, afirma. Com a obra
pronta, as dúvidas surgiram. “Não tinha certeza de que as
crianças se identificariam com a história ou se encontraria
editora interessada”, lembra. Mas a Girafinha, braço infantil
Primeiro livro de Daniel, inspirado nele mesmo
LADO B // 28
da Editora Girafa, interessou-se por publicar o livro. “Foi um
sonho realizado”, comemora Goltcher. Quanto à receptividade,
diz que recebeu inúmeros retornos positivos, das crianças e
até das mães. “Foi muito gratificante”. Para o redator, numa
atividade tão estressante quando a publicidade, é fundamental
ter uma “válvula de escape”. “Para quem trabalha em criação,
é essencial estar ligado à literatura, ao cinema, às exposições.
É preciso beber nestas fontes”. O redator, atualmente, atende
contas voltadas ao público infantil e adolescente, como Caloi e
calçados Pampili, o que tornou a experiência literária ainda mais
significativa. “Escrever um livro para os pequenos me ajudou a
entender melhor o universo infantil”, garante. Da publicidade,
trouxe para o livro a objetividade: “Consegui ser mais direto
e isso é muito importante para o leitor-mirim, que precisa ser
magnetizado desde a primeira página”, analisa.
produto e construir uma narrativa sobre ele. “A diferença
é o espaço. Num livro, você faz isso em 150 páginas. Na
publicidade, em uma única frase. A propaganda ajuda a
enxugar o raciocínio, nos dá muita agilidade”, garante.
Atualmente, Blandina prepara mais um livro para a criançada,
em parceria com o diretor de arte José Carlos Lollo, que
esteve na seção Lado B, da revista Pasta número 5.
Já Blandina Franco, da DM9DDB, fi lha do célebre dramaturgo
Jorge Andrade (1922 - 1984), diz que li teratura e artes
plásticas não têm nada de “Lado B”, na sua vida, porque são
prioritárias. Há cerca de dez anos, a autora cria personagens
para crianças e os materializa na forma de bonecos de pano
ou massinha, complementando-os com cenários e outros
adereços. Há c inco anos, começou a e laborar proje tos
envolvendo esses personagens e a apresentá-los para
clientes, principalmente agências de publicidade. No final de
2006, por exemplo, a campanha de Natal do Shopping Center
Norte, criada pela Fallon, oferecia um bichinho de pelúcia ao
consumidor. “A agência solicitou que eu fizesse um cenário,
para ser usado no filme que divulgava a ação, com árvores
de pelúcia, para acomodar os bonecos”, relembra a redatora.
Seu primeiro livro infantil , As aventuras de Benjamin , em
co-autoria com Camila Franco (sua irmã) e Marcela Catunda,
com edição da Companhia das Letrinhas, surgiu a partir de
um desses projetos. Depois veio 13ª Marian , também dividido
com Camila, voltado às crianças e aos pré-adolescentes. Por
fim, em 2006, Blandina lançou Lendas do Brasil , um livro
de poesias. “Gosto e entendo esse universo da criança. É
encantador trabalhar com os olhos voltados para elas”. Seja
atuando como publicitária, escritora ou artista plástica,
está certa de que são os pequenos o seu motor. Para ela,
publicidade e li teratura se aproximam porque assim como
em um livro se conta uma história sobre algo que se conhece
bem, na propaganda é necessário entender bastante de certo Blandina: “Escrever é diversão. Fazer boneco é brincadeira”
Poesias lançadas pela Odysseus Editora, em 2006
Primeiro livro da autora aborda lendas da Amazônia, como O Curupira e O Boto
ANUNCIANTE // 30
Falando bem pelas costas
Mauro MultedoChief Marketing officer e Vice-Presidente de Comunicação e Relações institucionais do McDonald’s Brasil
Quando o Fluminense salvou-se da segunda divisão, no ano
passado, senti um alívio tão grande que quase valia a alegria
pela conquista do campeonato. Daí me dei conta de que nossos
clubes já não dependem quase nada de estádios cheios, pois
vivem de verbas das televisões que transmitem os jogos. Os
patrocinadores que estampam suas marcas, e calculam o
retorno de seus investimentos por centímetros e segundos
vazios, complementam as receitas. E em caso de problemas de
caixa, o clube vende suas melhores promessas, alegando não
poder competir com o mercado europeu, o que é uma bobagem.
Não há segurança na carreira profissional para as revelações.
O Fluminense perdeu todos os quatro campeonatos que
disputou, em 2006, com campanhas medíocres, desrespeitando
sua torcida. Trocou seis vezes de técnico, conduzido por uma
diretoria incompetente e um elenco descomprometido com os
resultados. Menos mal que algumas torcidas de clubes campeões
e com melhores resultados, aqui no Brasil, possam ter tido a
sensação de que este é um problema do Fluminense. A verdade
é que não é. Fora um ou outro grande jogo, as partidas foram
de dar pena. Para avaliar o cenário, basta ver quantos clubes
andaram na linha do rebaixamento. O Fluminense mereceria ter
perdido parte de sua torcida, em 2006. E aí vem a questão da
QUAL A MELHOR CAMPANHA
QUE VOCê VIU NO AR, NOS
úLTIMOS TEMPOS?
paixão. A torcida fica feliz por não ter ido parar na segundona.
Com esta campanha, se o Fluminense fosse uma agência
mereceria ter perdido seus clientes. Mas aí vem a questão
de mérito. Clientes que mudam e mudam de agência acabam
mesmo é por deixar o Fluminense e encontrar o Palmeiras. É o
que foi o cenário em 2006. Um futebolzinho monótono, triste,
sem brilho, previsível.
Há dez, 15 anos, nosso mercado nem
era tão grande assim. E a gente voltava
de Cannes reclamando dos “ouros”
que não ganhamos, além daqueles
três ou quatro que levávamos, em
anos ruins. Uma eterna chiadeira
por causa do júri, o que não impedia
agências e produtoras brasileiras de
serem eleitas as melhores do ano. A gente sabia, jogávamos
para ganhar campeonato. A gente sentia. Ano passado, ficamos
contando presenças nas short lists. Não foi por falta de talento,
nem de verba, nem de recursos. Creio que o que há é falta de
confiança. É mais fácil gastar em mídia, protegidos por horas de
discussões de planejamento (cada vez melhores e mais precisos),
que dobrar a verba de produção em busca de mais criatividade
e melhores soluções. É mais seguro garantir descontos nas
negociações e proteger share-of-voice , do que reavaliar o
papel da estratégia de comunicação no marketing mix. É mais
fácil apresentar o que o cliente aprovaria, do que elevar o
nível das apresentações. É bem mais fácil ficar corneteando
promoções, o ano todo, do que demonstrar conceitos e fazer
mais do que simplesmente aproveitar oportunidades.
Claro que há gols memoráveis ,
d r i b l e s ma rav i l hosos , v i r adas
sensacionais para lembrar, em
2006. Com toda a certeza, deixei de
ver muita coisa boa produzida pelos
nossos talentos. No entanto, acho
que estamos jogando para não cair
na segundona. Gostei da campanha
da Fiat, de 30 anos, falando de futuro, mas acho que faltou um
lançamento que desse mais consistência ao conceito. O motor
multicombustível foi pouco.
Gostei mui to da asser t iv idade da nova campanha da Brahma ,
a i nda um pouco embo l ada , mas com um g rande conce i t o ,
do t amanho da ma rca , e que pode da r mu i t o s amba :
“Brahma, todo mundo ama” .
Gostei de ouvir várias campanhas feitas para rádio, mesmo, e
não apenas para dar eco às campanhas de televisão. Ford e
Unibanco me vêm à mente enquanto escrevo.
Mas a campanha que encheu meus olhos foi a do Bradesco,
no patrocínio do Cirque du Soleil. Apoiou o conceito
“Bradescompleto”, com a apresentação de alguns de seus
serviços aos clientes, e aproveitou uma oportunidade única, com idéia
e execução primorosas. Tudo junto, de forma diferenciada, vibrante.
Com vício de cliente, fico me prendendo à combinação de
estratégia de marca e de produtos, como base para qualquer
grande negócio, e aos conceitos publicitários, que compõem a
correspondente base de relacionamento com grandes mercados.
Em Cannes, este ano, quase todos os Leões premiaram esta
combinação. Até mesmo aquela zebra tailandesa da carteira de
seguros de um banco local. O anunciante do ano foi Adidas, por
um brilhante trabalho nesta mesma sintonia. Não por acaso, no
ano anterior tinha sido a Sony.
Para minha inf ini ta surpresa, meus f i lhos, de 9 e 6 anos,
torceram descaradamente para o Barcelona contra o Internacional,
na final do Mundial de Interclubes. Não, eles não são gremistas,
o tricolor deles é o do Rio. Mas com os grandes astros lá fora,
a exposição cada vez maior dos campeonatos internacionais,
elencos fortes e vitoriosos, na hora do Playstation, ninguém joga
com o Fluminense ou com outros tricolores ilustres. O rubro-
negro passa a ser o do Milan, a camisa branca é a do Real Madrid
e as malhas de outras cores são Manchester, Liverpool ou Chelsea.
Se não vo l t a rmos a j oga r pa r a ganha r c ampeona to , j oga r
com b r i l ho nos o lhos e da r uma me lho r e s t r u tu r a a nossos
e l encos de p ro f i s s iona i s , v amos despe rd i ça r nosso
t a l en to , nossas ve rbas e nossos r e cu r sos em t r aduções
p a r a c a m p a n h a s l o c a i s , a d a p t a ç õ e s d e e s t r a t é g i a s
g l o b a i s , p r o d u ç ã o d e c o m e r c i a i s p a r a p r o m o ç õ e s e
pa t r oc í n ios l oca i s , pa r a uma pa r ce l a c ada ve z ma io r de
nosso própr io mercado.
Vai ser uma pena ver esse tremendo time do mercado brasileiro
de marketing e comunicação reunido só para jogar a Copa do
Mundo. Exceções e exemplos têm que virar regra. Temos que
jogar bem aqui. Pediram para eu falar bem pelas costas, acho
que acabei falando mal pela frente.
ANUNCIANTE // 31
Cenas do filme Cirque du Soleil, criado pela NeogamaBBH
TExTO CORRIDO // 32
Em outubro de 2006, aconteceu algo muito importante para a
propaganda brasileira. O diretor Heitor Dhalia recebeu o prêmio
de Melhor Filme, do júri da Mostra Internacional de Cinema de
São Paulo, pelo excelente O Cheiro do Ralo. Para quem não
sabe, o Heitor era redator antes de virar diretor de cinema. E,
como diretor, já fez dois longas.
Tenho profunda inveja e enorme admiração pela trajetória dele.
E confesso que fiquei espantado com a repercussão de seu
prêmio no nosso mercado. Apesar da importância de ter um
filme vencedor da Mostra de Cinema de São Paulo, os jornais de
propaganda foram tímidos ao comentar o feito, que deveria ter
ganhado manchete em letras garrafais (pelo menos na Ilustrada
o Heitor mereceu uma matéria de capa. E o CCSP Online também
foi efusivo. Grande Laís). Afinal, é um dos nossos seguindo o
caminho do Fernando Meirelles, extrapolando a publicidade em
grande estilo (inclusive, o Fernando, que não é bobo, chamou
o Heitor para a O2). Eu digo isso porque acredito que o mau
desempenho do Brasil nos festivais internacionais se deve
muito ao fato de que atualmente a nossa publicidade toma
como referência a própria publicidade, num triste processo
autofágico. E nem de longe conseguimos repetir os feitos do
final da década de 90, quando o Brasil teve, por quatro anos
consecutivos, o título de Agência do Ano, em Cannes (DM9 em
1998 e 1999, Almap em 2000 e F/Nazca em 2001). Tá certo
que mudaram o regulamento para que nunca mais uma agência
do terceiro mundo pudesse ganhar esse título, mas isso é uma
outra história.
Na Inglaterra, é muito comum os criadores virarem diretores de
comerciais. A produtora Gorgeous, por exemplo, só tem gente
de criação entre seus diretores. Seu fundador é Frank Budgen,
que já ganhou dois Grand Prix em Cannes com Mountain/
Playstation e Tag/Nike. E quando era redator criou um dos
melhores comerciais de todos os tempos: Points of View/The
Guardian. Andy McLeod, vice-presidente de criação, sócio da
Fallon London e criador do Surfer/Guinness, eleito o melhor
comercial da Inglaterra, em todos os tempos, acaba de largar a
sociedade na agência para também virar diretor.
Essa idéia de um dia colocar uma câmera na mão faz com
Houve uma época em que o RTV se chamava RTVC. Precisamos trazer o C de volta para dentro das agências
Por Alexandre lucasDiretor de Criação da Y&R
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“VIROU MODA ENTRE A MOçADA ARgENTINA
QUE QUER TRABALHAR EM AgêNCIA FAzER O
CURSO DE CINEMA, E NãO O DE PUBLICIDADE.
O RESULTADO APARECE NOS ROTEIROS E NAS
DECUPAgENS DOS PORTENHOS”
TExTO CORRIDO // 33
que todo criativo, em Londres, tenha como principal fonte
de inspiração o cinema. E mesmo os que não pensam nisso
acompanham o Zeitgeist. Em 1995, eu tive a sorte de fazer dois
meses de estágio na BBH, então a melhor agência do mundo.
E consegui da maneira mais prosaica possível: ligando de
um telefone de rua e marcando uma entrevista com o Grahan
Watson, diretor de criação (e olha que eu falei diretamente com
ele, sem nenhuma secretária atrapalhando). O cara achou tão
exótico receber um redator brasileiro que largou o emprego no
Brasil e foi para Londres (!!!), que me deixou passar um tempo
por lá. O meu trabalho não contou muito, mas ajudou bastante
eu ter passado 90% da entrevista falando de futebol brasileiro,
algo tão importante para eles quanto o pint das 5 (sim, às 5 da
tarde eles largavam o lápis sobre os jobs de Levi’s, Audi e X Box
e desciam ao pub da esquina. Ô, vidão…).
Pois nesse tempo que passei por lá não vi nenhum criativo
folheando anuários. Em vez disso, eles vão aos museus, às
livrarias e, lógico, ao cinema. E no meio do expediente.
Na Argentina, existem permanentemente sete mil estudantes
de cinema. E, como a indústria de cinema local não comporta esse
pessoal todo, muitos vão parar nas produtoras de comerciais.
Outros, nas agências de propaganda. Inclusive, virou moda
entre a moçada argentina que quer trabalhar em agência fazer
o curso de cinema, e não o de publicidade. O resultado aparece
nos roteiros e nas decupagens dos portenhos.
Alguns argumentam que nunca atingiremos o nível dos
comerciais ingleses (o dos argentinos já tá difícil), pois, além
da grana curta, o nosso consumidor tem como referência o
padrão Globo de acting. Até concordo que Zorra Total nunca
vai virar um Monty Python, mas isso não evitou que Caramelo
(Almap/Twix), Corridinha Matinal (F/Nazca/Rainha), Wilson
(Lew Lara/Nokia) e Pássaro (Almap/Gol) fossem sucesso de
público. São comerciais com estrutura, acting e decupagem
diferentes do padrão brasileiro de publicidade. Talvez outro
atalho para voltar a brilhar em festivais internacionais fosse um
volume maior de comerciais com uma pegada emocional, além
dos grandes raciocínios. Como já tivemos em O Primeiro Sutiã
(Camila Franco e Rose Ferraz), Homens de 40 (Washington),
Hitler (Nizan), Presidentes (Alexandre Machado). Lógico que
temos alguns recentes bons comerciais emocionais. Menino
com o Saco na Cabeça (Almap/Boticário) e Gigante (F/Nazca/
Claro) são alguns dos quais me lembro. Os argentinos - que
saco, de novo eles - têm se dado muito bem com comerciais que
quase fazem chorar. Sombra/Aerolíneas Argentinas, Juntos/Zoo
de Buenos Aires, Espanhola e Russo/Knorr são alguns deles. E
no cinema também não faltam exemplos. O Filho da Noiva, um
filme extremamente emocional, foi recorde de público no Brasil.
E ficou quase um ano em cartaz, coisa que muito filme brasileiro
não consegue.
Enfim, não sei se vai produzir alguma mudança imediata,
mas eu realmente acredito que deveríamos ver menos Shots,
Cannes Lions e AdCritic e mais Michel Gondry, Kar Wai
Wong, Johathan Dayton/Valerie Faris, Heitor Dhalia, Fernando
Meireles e Walter Salles.
Até porque o mesmo povo que assiste à novela das 8
invariavelmente continua com a TV ligada para assistir aos
filmes gringos na Tela Quente.
(A) Tração nas quatro rodas
“O modelo de negócio da área automobilística era muito
engessado. A indústria conversava com o revendedor e o
revendedor, por sua vez, falava com o público final”, diz João
Ciaco, diretor de publicidade e marketing de relacionamento
da Fiat, para abrir a discussão. “Quando a internet começou
a ganhar força, há uns sete anos, não houve jeito, o mercado
teve de rever seu modelo de negócio e as mudanças passaram a
acontecer”, avalia. A partir de então, a indústria automobilística
brasileira começa a olhar para o consumidor final e entender
suas expectativas com relação ao automóvel. “Ao buscar
compreender seu público, as montadoras perceberam que
a base das relações entre concessionária e comprador não é
lógica, mas emocional”, analisa Ciaco. O diretor salienta que
outrora a indústria imaginava que o que motivava o consumo
eram os benefícios do carro, daí a preocupação em explicar seu
desempenho, falar sobre motor, lataria. “Quando se descobriu que
o consumidor adquiria um automóvel para se auto-afirmar, para
dizer quem ele é, que questões identitárias estavam envolvidas
QUANDO A PRIMEIRA MARCHA ESTAVA ENgATADA, HÁ ALgUNS ANOS, O QUE SE OBSERVAVA EM
CAMPANHAS PUBLICITÁRIAS DO SETOR AUTOMOTIVO ERAM COMERCIAIS RECHEADOS DE CENAS
MOSTRANDO O DESEMPENHO DO CARRO E ANúNCIOS PREOCUPADOS EM DESTACAR TODOS OS
feAtuReS DO AUTOMÓVEL, INFORMANDO, DE MANEIRA BASTANTE RACIONAL, QUE VANTAgENS O
VEÍCULO OFERECIA. OS ANOS SE PASSARAM, O CONSUMIDOR MUDOU, O MERCADO AUTOMOBILÍSTICO
é OUTRO E AS AgêNCIAS ENgATAM MARCHAS MAIS POTENTES PARA SE COMUNICAR COM O PúBLICO-
ALVO, ASSINANDO CAMPANHAS FOCADAS EM ASPECTOS EMOCIONAIS, VALORIzANDO ATRIBUTOS
SUBJETIVOS DO CARRO E TIRANDO DE CENA O ExCESSO DE ExPLICAçõES TéCNICAS. SIM, ESTÁ NO AR
UMA NOVA MANEIRA DE SE RELACIONAR COM O CONSUMIDOR E, NO QUE DEPENDER DA SINERgIA ENTRE
PROFISSIONAIS DE MARKETINg DAS MONTADORAS E EQUIPES MULTIDISCIPLINARES DAS AgêNCIAS,
CAPÍTULOS SURPREENDENTES VIRãO POR AÍ
Cenas dos filmes Motorista, Elevador, Café daManhã e Presidente da campanha Rever seusConceitos, marco da Fiat
CRIAçãO // 35
CRIAçãO // 36
no processo de compra, a comunicação mudou de enfoque”.
Além da transformação da estrutura do mercado, em si, Ciaco
aponta que a segmentação que a indústria atribui aos automóveis,
dividindo-os pela potência do motor, não é a segmentação que
o consumidor enxerga nos carros. “Essa é outra mudança,
temos que segmentar o mercado como o público, de forma
comportamental. O consumidor quer saber se o carro é funcional,
se o automóvel mostra aquilo que ele próprio é”, expõe.
Um dado interessante, destacado por Ciaco, reforça a tese de
que o consumidor não quer saber de potência, velocidade, peso,
manutenção, mas sim da identidade do produto: quase 90% dos
compradores de veículos 4X4 nunca usaram a tração nas quatro
rodas. “Quando o consumidor compra um Palio Adventure, por
exemplo, adquire uma forma de comunicar que é uma pessoa
aventureira”, observa. Dessa forma, não adianta falar da tração
nas quatro rodas. Há de se destacar a emoção da aventura que
o produto proporciona.
Para Ciaco, o grande marco dessa virada na comunicação
ocorreu, para a Fiat, com a campanha Rever os seus conceitos,
que começou a ser veiculada em 2000. Ruy Lindenberg, vice-
presidente de criação da Leo Burnett, agência responsável
pelas ações institucionais da marca, também identifica nessa
campanha a “grande virada” criativa da montadora. “Havia
um preconceito muito grande com a Fiat, por conta do seu
histórico, no Brasil. O Fiat 147, embora fosse mais evoluído
que o Fusca, acabava quebrando mais, a manutenção era
maior, o que gerou desconfiança do consumidor com relação à
marca”, relembra Lindenberg. “No entanto, todo o portfólio da
montadora já tinha evoluído, a Fiat havia se tropicalizado e o
público ainda mantinha uma imagem negativa com relação aos
carros da montadora”. A campanha veio, então, como um tiro
certeiro para dissipar essa fumaça do preconceito que rondava
o consumidor com relação à Fiat, questionando, a partir de uma
série de situações, antigos paradigmas. A campanha não focava
motores, nem lataria. Desempenho do carro passava longe
dos esquetes preconceituosos denunciados nos comerciais.
Lindenberg: “É necessário ousar, cada vez mais”
Anúncio da campanha Fiat 30 Anos, de 2006
Cena do filme Iguana, que lança oFiat Idea Adventure: entretenimento
Ciaco: “A fórmula do varejo não funciona mais. Mas como conciliar ocurtíssimo prazo com a perenidade da marca?”
A estratégia foi tão aplaudida que se estendeu até 2002. “Foi um
sucesso, atingimos o objetivo. Tanto que o consumidor adotou
outra percepção e os automóveis da Fiat começaram a vender bem
entre os mais jovens, público no qual focamos a comunicação”,
comemora Lindenberg.
“Essa modificação foi necessária à medida que todo o mercado
se transformou”, afirma o vp de criação. “Antes, havia apenas
quatro grandes montadoras no país, a Volks, a GM, a Ford e
a Fiat. Hoje, a concorrência é muito maior, entraram no páreo
Augu
sto
Nóbr
ega
Honda, Citroën, Renault, Peugeot, Toyota, Nissan, Mitsubishi”.
Evoluir criativamente era inevitável para diferenciar um
automóvel dentre tantos disponíveis no mercado. Outro ponto
destacado pelo criativo é o fato da tecnologia ter se tornado mais
acessível e, atualmente, nivelar os diversos modelos de carros.
“Em outra época, as diferenças tecnológicas eram significativas,
as novidades demoravam a ser implementadas. Hoje, os
produtos estão muito parecidos em termos de desempenho”.
Lindenberg também aponta as campanhas da linha Adventure
(incluindo o Idea Adventure) e a ação institucional dos 30 anos
da montadora como bons exemplos de um novo modo de falar
com o consumidor. “Na estratégia de 30 anos, o destaque eram
as expectativas das crianças com relação ao futuro. O filme de
Idea Adventure (o da iguana) é uma superprodução, em que
foram necessários excelentes parceiros para que o resultado
fosse o que esperávamos: um comercial jovem, que entretém
o público”, explica. E completa: “A Fiat tem, também, utilizado a
Anúncio criado pela McCann para lançamento do Prisma, em 2006:valor emocional agregado
web de forma criativa. Gosto de destacar os comerciais criados
para o Idea, que foram ‘viralizados’, via internet”. Os filmes são
protagonizados pelo “Mestre Yupa Bagnahara”, uma espécie de
guru que dá dicas de “posições” para a realização de exercícios
de relaxamento. Na posição de molusco, por exemplo, o mestre
se arrasta por um gramado e grita. Ao final, o personagem diz
que é mais fácil relaxar ao ar livre, a bordo de um Fiat Idea.
Já Adriana Cury, chairwoman da McCann Erickson, agência
responsável pelo desenvolvimento das campanhas da GM,
enxerga essa virada na comunicação publicitária não somente
no mercado automobilístico, mas em todos os setores. “A era
das bulas já acabou, não só para carro, mas para qualquer
outro produto”, sentencia. “Os features são todos parecidos, o
consumidor evoluiu e precisa ser emocionado. As campanhas
devem ser menos cerebrais e mais tocantes”, defende. “Ninguém
agüenta mais propaganda que mostre desempenho de carro,
com uma música linda de fundo”. A estratégia de lançamento do
Prisma, por exemplo, em outubro de 2006, é considerada, por
Adriana, como a grande virada da GM rumo a este novo jeito de
se comunicar. “A equipe da GM está, de fato, disposta a apostar
num novo modelo de comunicação”, observa a criativa. “O Russel
(Samuel Russel, diretor de marketing da montadora) esteve na
última edição do Festival de Cannes, com o intuito de entender
melhor as tendências da propaganda no setor. Ele pôde verificar
que não há mais demonstração de desempenho dos automóveis,
nada relativo à performance, e que os comerciais do segmento
estão cada vez mais lúdicos e interessantes”, pondera. A
CRIAçãO // 37
Adriana: “Como na comunicação de cervejas, cujo foco é o homem, ascampanhas do setor automobilístico vêm falando mais com o sexo mas-culino. Mas as coisas não devem permanecer assim”
Memória: filme reúne personagens que marcaram avida do consumidor
campanha de Prisma, para ela, é uma ação holística e claramente
emocional. “Ficamos trabalhando durante três meses nesse
projeto, no maior sigilo. Optamos por resgatar personagens que
marcaram as décadas de 70 e 80, como o Fofão, o Scooby Doo e
CRIAçãO // 38
o gigante de marshmallow Stay Puff”, enumera. No mesmo balaio,
entraram personagens que fazem parte da vida de cada um, como a avó
e o padre. “Produto e preço não definem a compra de um automóvel
Carinhoso era a trilha de Garagens, para o Gol 2005
Almeida: “Fatores racionais também são importantes”
Zola: “Queremos proporcionar ao consumidor experiências com a marca”
Lançamento, primeiro registro do FoxOlhos, para o Polo, de 2004: encantamento Cidades, filme que apresentava o CrossFox
Cláudio Bueno / Lafstudio
de determinado segmento, mas sim o valor emocional agregado,
o quanto a marca fala com o consumidor, com o seu coração”,
aponta. “E somente com a aplicação do conceito de comunicação
multidisciplinar pudemos atingir bons resultados, entretendo das
formas mais inusitadas possíveis”, garante Adriana, destacando
que, na McCann, existem mesas de trabalho multidisciplinares,
reunindo profissionais de criação, internet, marketing direto
e planejamento.
Voltando à questão da segmentação, colocada por Ciaco, o
supervisor de propaganda e web-marketing da Volkswagen,
Herlander Zola, defende que a mudança na comunicação
das montadoras está diretamente ligada à definição de
posicionamento dos diferentes produtos, coisa recente no
mercado. No passado, a indústria se dividia em fatias grossas:
carros de passeio, peruas, caminhões. Não havia muitos
modelos, como já disse o Ruy, e, conseqüentemente, não era
possível separar os automóveis em mais do que três ou quatro
categorias. Atualmente, acontece o oposto: os carros se agrupam,
de três em três, quatro em quatro, em segmentos inexistentes,
até pouco tempo. Essas divisões, aliás, só tendem a aumentar
e estão diretamente ligadas ao comportamento do consumidor.
Carros populares, carros médios para mulheres, carros
utilitários para comerciantes, peruas para off road, sport utilities
para jovens descolados, station wagons para famílias, hatchbacks
para recém-formados, carrões para executivos, carrinhos para
seguranças de executivos, a lista não tem fim. Exageros (será?)
a parte, a evolução da comunicação vem acontecendo na mesma
proporção da alteração de comportamento dos consumidores,
que, ao longo do tempo, passaram a perceber de forma diferente
o que, de fato, desejam. “Hoje, o consumidor valoriza atributos
emocionais para forjar o conceito de qualidade e busca encontrar
suas necessidades atendidas observando os mais diversos
segmentos que surgiram”, destaca o supervisor. “Esta maneira
emocional de se comunicar com o comprador vem acontecendo,
já há algum tempo, e cada vez mais intensamente”, garante
Zola. “Tivemos alguns momentos marcantes, que retratam
este posicionamento mais próximo das pessoas, com modelos
muito especiais para a marca”. Ele lembra das campanhas
para o Gol, como o filme Garagens, em que todas as garagens
pelas quais o carro passava se abriam, convidando-o a entrar.
“A trilha era Carinhoso e o filme teve alto recall”, relembra.
Outro exemplo citado pelo supervisor é a campanha de Polo.
“O modelo marcou o início de um momento de mudança, para a
Volkswagen”. O filme de lançamento, Olhos, era a demonstração
do encantamento de uma pessoa pelo carro. Os faróis do Polo,
como olhos, retribuíam esse encantamento. A trilha era Pela
luz dos olhos teus. “Mais um exemplo, é o lançamento do
Fox, um carro construído a partir dos passageiros e de suas
necessidades. O primeiro filme mostrava diversas situações de
uso por diferentes tipos de consumidor, valorizando o espaço
interno e a versatilidade do modelo, embalado pela trilha Olha
isso aqui tá muito bom”.
Mas se , po r um l ado , a u t i l i z a ção de e l emen tos emoc iona i s
e s t á em voga , na p ropaganda do se to r au tomob i l í s t i co ,
po r ou t ro , não se pode esquece r de alguns elementos
racionais, na concepção da estratégia de comunicação. Esta é a
opinião de Rodrigo Almeida, diretor de criação da AlmapBBDO,
que atende Volkswagen e Audi. “O processo de compra de
carros combina emocional e racional”, defende. “A campanha
pode ser emocional, mas também deve dizer o que o consumidor
vai receber ao adquirir o automóvel”. Almeida ressalta que o
público valoriza, sim, seu dinheiro e quer saber exatamente
quais as vantagens em investir um pouco mais para trocar
de carro ou comprar um. “Se a pessoa vai colocar mais
R$ 2 mil para trocar seu carro popular, por exemplo, ela
vai pensar no seu dinheirinho suado e desejará saber se o
automóvel vai ter ar-condicionado ou outro acessório. Não
podemos ignorar nem tornar irrelevante o lado racional e as
vantagens reais e palpáveis”. Para o criativo, o fi lme ou o
anúncio devem carregar uma conotação mais emocional, mas
existem outras ferramentas, como a internet, que podem levar
todas as informações ao consumidor, de uma maneira que
não seja chata. “A web tem um grande poder nesse segmento.
Antes de ocorrerem 80% das vendas de carros, a internet é
consultada”, explica. De qualquer forma, ele concorda que a
propaganda para automóveis passa por uma fase em que se
privilegiam aspectos emocionais. “As pessoas usam o carro
como imagem delas próprias. O consumidor que quer ser
visto como um executivo, aposta num modelo Sedan; quem
quer passar uma imagem mais jovial e aventureira, compra
um CrossFox”. Almeida cita a campanha de CrossFox como
exemplo de comunicação diferenciada da Volks. “O CrossFox
criou uma categoria diferente. Nesse caso, não era importante
falar de features, de protetor de carter, dessas coisas. Era
Chester: “Destacar feature não quer dizer que você não faça um link emocional com as pessoas”
Peça da campanha de apresentação do Ford Fusion
Baltar: “Hoje, a idéia tem que ser matadora”
CRIAçãO // 39
Pedro, aspectos lúdicos na campanha do Fiesta 2007
CRIAçãO // 40
necessário associar o carro à aventura, ao fato de sair da
rotina”, completa.
O ponto de vista de Ricardo Chester, chief creative officer da
JWT, que atende a Ford, no Brasil, se coaduna com o de Rodrigo
Almeida. O criativo salienta a necessidade de se destacar
algumas características técnicas e equipamentos, sim,
dependendo das circunstâncias. “De 1990 para cá, o
consumidor brasileiro tem a oportunidade de comprar
automóveis de primeira linha, muitas vezes ao mesmo tempo
em que os consumidores da Europa e dos Estados Unidos”,
analisa. “Também vivemos, nos últimos 15 anos, uma espécie
Filme de lançamento do Ecosport, em 2002: sem atores
Pagliarini: “Nas décadas de 70 e 80, somente o descritivo técnico era suficiente para vender um carro, no Brasil”
de democratização dos acessórios de luxo. E, claro, como
isso era uma novidade, o jeito foi anunciar, contribuindo não
apenas com a venda dos estoques mas, especialmente, com a
formação das marcas”, avalia o CCO. Ele afirma que pode-se
fazer uma ligação emocional com o consumidor e ao mesmo
tempo destacar um equipamento. “Falar de feature não quer
dizer que você não possa estabelecer um l ink emocional
com as pessoas. Porque a compra de um carro, imagino,
é uma das coisas mais emocionais que existem, por tudo
que o produto representa. Agora, muitas vezes os carros não
trazem novidades tecnológicas impactantes, por uma série
de razões, como faixa de preço e ciclo de vida do próprio produto.
Aí, claro, é a vez da propaganda servir como feature”, enfatiza.
Para o gerente geral de marketing da Ford, Antonio Baltar, a
campanha que in ic ia as mudanças na comunicação da
montadora , tornando-se um marco, é a do lançamento do
EcoSport, em 2002, quando foram contratadas pessoas comuns
e não atores. Assim, tudo pareceu mais natural. “O consumidor
mudou muito, nos últimos cinco anos. E as mudanças na linha
criativa, valorizando o lado emocional, nada mais são do que
a busca daquilo que o próprio consumidor quer”, pontua.
A internet também é citada pelo executivo como ferramenta
fundamental em meio a essa evolução criativa. Primeiro, porque
possibilita maior interação com o consumidor; segundo,
porque expõe informações técnicas para quem adora saber onde
fica a rebimboca da parafuseta; por fim, porque a web atinge
fortemente as classes sociais que consomem automóveis. “O
número de internautas cresce significativamente, no Brasil, a
passos largos. Por isso, o meio é cada vez mais importante”,
salienta Baltar. Ele relembra o lançamento do Ford Fusion,
em 2006, quando o internauta pôde fazer um test drive virtual.
“A pessoa abria a porta do carro, entrava, trocava as marchas.
Os resultados foram ótimos, tivemos um recall formidável”, garante.
“Antes de ir à concessionária, muitos consumidores passaram pela web”.
O diretor de marketing da Renault, Cássio Pagliarini, faz uma
interessante análise da internet como ferramenta de comunicação
positiva para as montadoras. De acordo com ele, o processo
de compra passa por cinco níveis e, em alguns deles, a web é
fundamental. O primeiro deles é o conhecimento da marca, seguido
pela familiaridade, pela consideração de compra, pela inclusão na
shop list e, por fim, pela compra em si e pela recompra (fidelidade).
“A campanha vai parar nas ruas, pelos meios de massa, e chama o
consumidor a conhecer o produto. Nessa primeira fase, a internet
não é tão importante”, diz. “No nível seguinte, de familiaridade,
não só a web , mas material de PDV e concessionárias são
ótimos instrumentos. A internet também é excelente na fase
Mais institucional, menos varejo
Em países como os Estados Unidos e a Inglaterra, onde a
indústria automobilística é altamente segmentada há muito mais
tempo, busca-se a renovação criativa, ano após ano. Prova disso
é a lotação das salas de exibição, em festivais internacionais de
publicidade, quando a categoria em cartaz é a de automóveis.
Mas, vez ou outra, os avanços se mostram mais arrebatadores,
como no caso da série The Hire , de fi lminhos criados para a
BMW, em 2001/2002, ou da incrível leva de comerciais assinados
pela Wieden+Kennedy, de Londres, para Honda, alguns deles
dentro da série Power of Dreams . Tivemos, por exemplo Cog ,
em 2004, e depois disso Grrr... , f i lme que em 2005 garantiu
para a Honda um Grand Prix, no Festival de Cannes, outro no
Clio, e ouro no D&AD, só para citar três prêmios. O comercial,
que lançava a linha de motores a diesel da montadora, causou
frenesi por exibir uma animação descolada, lúdica e envolvente,
Grrr..., da Wieden + Kennedy, sucesso de público e crítica
Conflitos, filme de Honda que comemora “a marca com proprietários mais felizes do Brasil”, segundo a revista Quatro Rodas
CRIAçãO // 41
de consideração de compra, já que softwares que comparam
modelos e preços ajudam muito o consumidor”. Na fase
de compra, a internet é boa ferramenta apenas para alguns
modelos, segundo o executivo. “Os carros mais básicos e
baratos, de entrada, podem ser vendidos pela internet. Agora,
quando subimos na escala de valor, o consumidor não compra
via web, porque está atento aos detalhes, vai tentar negociar
na concessionária”, justifica Pagliarini. “Um Clio oito válvulas,
por exemplo, pode ser vendido via web, mas um Mégane, não”.
O diretor conclui que a internet é excelente ferramenta para três
dos cinco níveis do processo de compra, não funcionando para
conhecimento e servindo parcialmente para fechar negócio.
Rossetto: “Aqui no Brasil ainda não se aproveita todo o potencial da internet. No exterior, campa-nhas inteiras do setor automo-tivo são feitas exclusivamente para a web, inclusive para o lançamento de automóveis”
embalada por tri lha assoviada, do tipo que não sai da cabeça.
O conceito era: “Hate something, change something”. E alguma
coisa de fato mudou, pelo menos no sabor de quem estava
sentado em frente à telinha e se deparou com uma produção
como aquela. A peça foi criada para tentar quebrar uma certa
hostil idade que o consumidor europeu tinha com relação aos
carros a diesel, mas representou a ruptura final com insistentes
automóveis correndo por estradas e praias, mundo afora, como
prova de poder, status e liberdade. “A mudança na comunicação
da Honda começou a acontecer, internacionalmente, já há uns
quatro anos, capitaneada pela Wieden+Kennedy”, observa Jader
Rossetto, vice-presidente de criação da Fischer América, agência
que tem em seu portfólio a conta da Honda, no Brasil. Depois de
Grrr... , ainda fomos surpreendidos por fi lmes como Impossible
Dream (“épico” de dois minutos de duração, lançado no final
de 2005) e Choir (para o Honda Civic, do comecinho de 2006).
“Por aqui, também começa-se a valorizar muito mais o lado
emocional”, garante Rossetto, destacando que as marcas devem
ser “guardadas no coração” do consumidor e, para que isso
aconteça, não adianta apenas apresentar aparatos tecnológicos
dos carros. “Mesmo porque, hoje o padrão tecnológico é muito
similar. A Honda se posiciona como uma marca que carrega forte
carga emocional e que agrega um estilo de vida”, explica. “É como
ter uma calça da marca Diesel, mais do que uma calça, compra-se
um estilo”, compara. Para o vp de criação, no Brasil ainda falta
retomar investimentos mais fortes na comunicação institucional
das montadoras, que muitas vezes acaba perdendo verba para
campanhas voltadas ao varejo. “Reconheço a importância do
varejo, mas só esse tipo de ação não basta. É necessário ativar a
relação do consumidor com a marca, por meio do institucional”,
observa. “As marcas envelhecem, elas precisam ser constantemente
renovadas. Infelizmente, por conta do cenário econômico brasileiro,
muitas vezes o mercado acaba sendo imediatista e apostando mais
nas ofertas, nos descontos e nos brindes, esquecendo que a vida
da marca não é uma corrida de 100 metros, mas uma maratona”,
conclui Rossetto.
CRIAçãO // 42
A McCann Erickson prepara o lançamento de duas campanhas
publicitárias, agora em março, para GM: uma para o novo Tracker e
outra para a linha S10. O Tracker é um SUV (sport utility vehicle),
importado da Argentina, que começou a ser comercializado no Brasil,
pela GM, em dezembro de 2006. “Antes mesmo do lançamento da
campanha publicitária o carro já é um sucesso. Tem fila de espera
para quem quer comprar”, afirma Alexandre Filizola, diretor de grupo
de contas da McCann. Apesar de ser um 4x4, o veículo é muito
mais utilizado nas cidades, enfatiza o diretor. E justamente por isso
uma campanha bem-humorada irá explorar seu uso urbano. Já a
linha S10 vai comunicar que passa a ser bicombustível. Atualmente,
95% dos veículos produzidos pela GM são Flex Power e, até maio,
toda a frota deverá ser assim. A S10 é o carro mais vendido da
categoria, pelo 12º ano consecutivo, no Brasil, e a campanha
também destacará aspectos como confiabilidade e força. O
conceito da ação será Sociedade dos Búfalos. Uma manada de
búfalos será comparada à S10, numa analogia ao filme Dança com
Lobos. “Será um ‘épico’, um filme muito bonito, produzido pela
Margarida Flores e Filmes”, revela Filizola. A GM promete ainda
um lançamento importante, para setembro. “Não posso adiantar
muito, mas a tecnologia é de primeiro mundo e ele irá competir
com automóveis de maior valor agregado”. O nome do novo
carro ainda não foi definido. Já a Volkswagen começa agora a
veicular campanhas de Gol e de lançamento do Jetta, criadas
pela AlmapBBDO. O Jetta vem do México e concorre no segmento
dos sedãs médios. A Volks lança, ainda, o novo Golf, em março.
Dentre as ações previstas, está um evento para mais de 1600
pessoas, organizado pela Bullet. Em abril, entra no ar campanha de
varejo do modelo. A Ford lança, este ano, um carro popular, que
deverá ser comercializado ao lado do Ka. A montadora pretende,
ainda, melhorar o posicionamento do Fiesta no segmento premium,
principalmente para abrir espaço para esse novo modelo, que ainda
não tem nome definido. A Neogama/BBH mantém em máximo sigilo
sua primeira campanha institucional para Renault. Mas a agência já
veicula ação voltada ao varejo, composta por dois filmes e anúncios
impressos. Um dos comerciais tem foco no Mégane e o outro nos
demais modelos. O plano Renault Contrato 2009, que estabelece
metas de crescimento e lançamento ou remodelação de 26 modelos,
prevê para 2007 a chegada do Logan Van, Twingo, Laguna Sedan e
Laguna Break, assim como do primeiro cross-over da montadora.
A ma rca N i ssan i n t r oduz , e sse ano , po r aqu i , sua l i nha de
passeio. O filme Crazy, lançado no final de janeiro e assinado pela
TBWA\BR, tem foco no SUV Murano, carro-conceito da montadora.
“Uma pista do que vem por aí está justamente nessa campanha”,
conta Luis Grottera, presidente e vp de planejamento da agência.
“Só uma montadora ousada usaria a frase ‘Você está
louco. Louco por um Nissan. E vai ser assim daqui para frente’
em sua estratégia”, acredita. Grottera avalia que a publicidade
do segmento está repetitiva, “quadrada”, e assegura que Nissan
irá se diferenciar com criatividade. “Pelo menos três grandes
montadoras saíram com anúncios praticamente iguais nas últimas
edições das revistas semanais. Eram só check lists de features do
carro”, aponta. Grottera revela ainda que, em março, acontecerá o
lançamento do sedã Sentra. “A campanha será multidisciplinar e irá
inovar, para fazer jus ao momento que a categoria de sedãs, a mais
concorrida, vive”, afirma. A partir de agosto, a montadora começa a
comercialização do hatch médio Tiida.
Crazy, comercial que lança a linha de passeio da Nissan
O que vem por aí
Alexandre Filizola, da McCann
VINTE PERgUNTAS // 44
Revista Pasta: Quando e por que decidiu montar a
Santa Clara?
Fernando Campos: É quase como se você decidisse montar uma
agência desde o primeiro dia em que começa a trabalhar com
propaganda. Você passa a montar uma agência, só que na sua
cabeça. Isso porque você vai definindo critérios. A primeira
agência em que trabalhei na minha vida era bem pequena, no
Rio, e um caos total, mas genial por ser quase experimental.
Chamava-se Mental Mark e tinha sempre uma galera muita
nova, fazendo um trabalho diferente, provocativo. Ali aprendi
com um dos donos, o Walter Vicente, mais conhecido como
Falcon, a questionar o modelo das coisas. É diferente começar
a trabalhar, aos 20 anos, numa multinacional, numa agência
solidificada, onde você não tem estímulo para questionar e te
dizem faça assim, faça assado. Ali, aprendi a olhar para o lado
gerencial, para os processos, para o lado empreendedor. Dessa
agência segui para a Casa de Criação, como diretor de criação,
depois fui para a Giovanni, de lá para a Fischer Rio e depois
voltei para a Giovanni, onde fiquei até abrir a Santa Clara. E, em
cada lugar que trabalhei, a cada case, a cada cliente ia somando
informações e formando meus critérios.
Pasta: E por qual modelo você se decidiu?
Campos: O Falcon, que inclusive foi homenageado em um dos
anuários do CCRJ, quando eu era presidente da entidade, uma
vez me disse algo que nunca esqueci: “Fernando, quando você
tiver 80 anos de idade ainda vão estar discutindo o modelo das
agências de propaganda, mas uma coisa não vai mudar, uma
agência de propaganda sempre será uma casinha cheia de gente
inteligente dentro, se não for assim, não será uma agência de
propaganda. E o pior é que tem algumas que não são, mas,
mesmo assim, mantêm na porta a plaquinha: agência de
propaganda”. Tenho isso em mente, desde então, e meu modelo
é qualquer um que privilegie a inteligência. No fundo, o que a
gente vende é isso: inteligência.
Pasta: Como foi sua relação de tantos anos com a giovanni?
Campos : Bem, t r aba lhe i na agênc i a po r duas ve zes ,
como d i sse an t es , mas , da s egunda ve z , chegue i
em 1998 e só sa í em 2006 . Vo l t e i quando a agênc i a
a cabava de v i r a r FCB , e , a p r i nc í p io , pa r e i um pouco
de pensa r em p rocessos e f o rma tos , me concen t r ando
ma i s no t r aba lho c r i a t i vo . A í o Ad i l son (Xav i e r, sóc io
da agênc i a ) mon tou um mode lo que deu mu i t o c e r t o e
e r a o das “dup l as de j ane l a ” , ou se j a , c ada dup l a que
sen t ava na j ane l a e r a como se f osse d i r e t o r a de c r i a ção
de s i mesma , t i nha au tonomia . Cada um impr im ia no
seu t r aba lho o seu j e i t ão , t odas t i nham uma p r esença
f o r t e nos c l i en t es e , dessa f o rma , consegu imos f a z e r a
agênc i a c r esce r r áp ido e com qua l i dade . E , de queb ra ,
a cabamos v i r ando d i r e t o r es de c r i a ção , de v e rdade .
Nada como de i xa r um ca r a so l t o no campo de ba t a l ha .
Sendo i n t e l i gen t e , t endo ma tu r i dade e a l gum p repa ro ,
e l e ap r ende , não t em j e i t o .
“Temos de ser relevantes e legítimos”
FERNANDO CAMPOS, SÓCIO E DIRETOR DE
CRIAçãO DA SANTA CLARA, RECEBEU A REVISTA
PAStA, NESSE INÍCIO DE ANO, PARA CONTAR
PARTE DE SUA TRAJETÓRIA PROFISSIONAL,
FALAR SOBRE O SURgIMENTO DE SUA AgêNCIA,
SOBRE SUAS INQUIETAçõES E SOBRE O QUE
ESPERA DO MERCADO, EM 2007. “NOSSA
FILOSOFIA é QUE TANTO AgêNCIA, QUANTO
CLIENTE DEVEM TRABALHAR PARA UM MESMO
CHEFE: A IDéIA”. SIgA EM FRENTE
Mau
rício
Cas
sano
VINTE PERgUNTAS // 45
Pasta: Vocês, os da janela, deviam se divertir
muito.
Fernando: Ah, com certeza. Tinha um bar, embaixo da agência,
que era o Bar do Bigode, um boteco pé sujo onde toda sexta-
feira a gente (eu, André Lima, Carlos André Eyer, Fernando
Barcellos, Rynaldo Gondim etc.) tomava cerveja, no fim do
dia. E sempre começávamos falando de futebol, blábláblá, e
terminávamos numa mega discussão sobre o modelo vigente do
negócio publicitário. Mas, claro que depois de dez, 15 cervejas,
a discussão ficava meio prejudicada (risos). Mas esse processo
todo nos ajudava, pouco a pouco, a definir nossos critérios.
Pasta: Até que um dia você virou diretor de criação pra
valer da giovanni.
Campos: Sim. Apesar da gente ter tido muita autonomia, chegou
um momento em que a agência nos engessou. E então, no
começo de 2002, conversei com o Adílson e disse que estava
tudo muito legal, mas que estava batendo no teto. O André (Lima)
já tinha saído da agência, para ser diretor de criação da NBS. A
gente ia começar a trabalhar mais pesado para TIM e o Adilson
decidiu então formalizar o (Fernando) Barcellos e eu como
diretores de criação da agência, no Rio. Ainda fiquei por lá mais
um tempo, até que em 2003 ele me fez a proposta de vir para
São Paulo, mas eu não quis vir de vez, na época, por motivos
familiares, e assumi o cargo interinamente, até a entrada do
Aaron (Sutton). A agência, em São Paulo, não decolava, apesar
de ter passado por ali gente muito boa, como o próprio Aaron.
Não tinha um projeto, uma cara, alma. Até que quando o Aaron
saiu, em janeiro de 2004, assumi de vez a agência, ao lado do
Valdir (Bianchi) e foi muito legal. Tínhamos 100% de autonomia
e pudemos mudar processos, romper feudos. Conseguimos
identificar qual era nossa personalidade, para onde a gente queria
ir. Passamos a trabalhar em comitês multidisciplinares, sempre
com mídia e planejamento ao lado da criação. E aproximamos as
pessoas: antes, a agência parecia ter 500 funcionários, mas só
tinha 90. Era tudo hiperburocratizado. E ali cresceu o embrião
do que a gente acreditava que deveria ser uma agência bacana,
contemporânea. Deixamos de ser fornecedores de comunicação
para ser parceiros dos nossos clientes.
Pasta: Conseguir essa aproximação significa que vocês
passaram a valorizar mais o planejamento estratégico?
Campos: É chover no molhado admirar a AlmapBBDO. Todo
mundo admira, é uma p. agência. E acho que, em um primeiro
momento, a Almap passou por uma fase de total gás criativo,
conquistou muito espaço e mudou a propaganda brasileira.
Mas, depois, soube inserir nisso o planejamento estratégico,
e é daí que vem sua longevidade como agência brilhante. A
Crispin (Porter + Boguski, de Miami) também é assim, criação
brilhante, que respeita o planejamento. Por causa do Ulisses
(Zamboni), comecei a me interessar muito por planejamento
estratégico. O cara é brilhante. Se lá no início, tudo é amarrado
estrategicamente, todo o processo fica muito mais fácil.
Pasta: Mas voltando ao porquê de sua saída da giovanni...
Campos: O que a gente estava montando, ali, não era uma
agência do grupo FCB. A FCB tinha outro DNA, que é o da
prestação de serviço, o de oferecer duzentas mil ferramentas,
ter um forte poder bélico. Mas, para nós, o que tínhamos não era
um arsenal, era um centro de inteligência, digamos assim, e a
gente queria ajudar o cliente a descobrir como ganhar a guerra.
O arsenal a gente podia comprar, alugar, contratar, mas nosso
foco era a inteligência. Havia outra característica interessante
também: o perfil de distribuição de contas do escritório de
São Paulo era diferenciado do das outras multinacionais.
Cerca de 85% do faturamento vinha de contas locais, o que
é muito fora da curva para uma multi. E essa característica
garantia nossa autonomia. Os gringos respeitavam o (Paulo)
Na web: mudando a forma de vender CD, por meio de uma comunidade do funk
Filme criado para a 89 FM: surrealismo no limite para falar com o público pré-adolescente
Co-criatividade. O consumidor é a estrela na campanha da Som Livre
VINTE PERgUNTAS // 46
Giovanni, o Adilson, o Maurício (Nogueira), mesmo já tendo a
porção majoritária da agência. Foi um período muito feliz, quase
eufórico, e os resultados apareciam.
Pasta: Sem querer, vocês já não estavam semeando ali
um embrião da Santa Clara?
Campos: Com certeza. Mas a gente acreditava que era a FCB
São Paulo. Apesar de sabermos que, em algum momento, o DNA
da agência, dentro de um grupo que tem 170 escritórios, no
mundo, iria se chocar. Ou não. Afinal, a FCB, como toda grande
rede, busca sempre faróis, novos caminhos por onde seguir e,
por isso, precisa dar mais autonomia para alguns escritórios,
para que eles batam a cabeça, mas mostrem luzes no final do
túnel. Só que aí já era final de 2005 e começamos a ouvir coisas
como: “Ah, mas os gringos não vão gostar disso”, ou “Isso a
gente não pode fazer, porque o processo dos gringos é outro”,
e aí eu falei: “Mas esses gringos nunca existiram de fato, eram
só três letrinhas depois de uma vírgula”. Só que realmente algo
tinha mudado. Descobrimos, a seguir, que a agência era agora
100% dos gringos. Não que isso significasse algo de errado, de
ruim, não. Mas, para nós, era hora de partir.
Pasta: Foi automática a decisão de abrir um negócio próprio?
Campos: Já me sentia maduro, tinha uma percepção legal do
mercado, conhecia profissionais excepcionais com os quais
poderia me unir e foi assim que aconteceu. A gente já tinha
um rascunho, sabíamos o que queríamos. Aí, trabalhamos
insanamente, durante uns dois, três meses. Saí da Giovanni em
março de 2006 e abrimos a Santa Clara, em junho. Contratamos
uns consultores, o que foi superimportante, para a gente
entender quem éramos, para onde estávamos indo, que caminho
a gente acreditava ser o melhor, o que prometer, como entregar.
Uma coisa que aprendemos é que o primeiro erro é procurar um
modelo. Não existe o modelo ideal e único, existem os modelos,
que devem ter a ver com as características das pessoas que o
estão implementando. Não tem uma fórmula a ser aplicada. A
agência é orgânica, é viva.
Pasta: A consultoria ajudou, de verdade?
Campos: Demais. Veio da consultoria, por exemplo, a melhor
forma de realizarmos a divisão de lucros entre toda a equipe, para
fazer com que as pessoas tivessem, de fato, responsabilidade e
maturidade frente ao negócio. Hoje, a gente tem uma divisão
de responsabilidades e uma transparência na administração,
incluindo aí a gestão financeira, que eu nunca vi na minha
vida. Os funcionários sabem dos números da agência. E nossa
distribuição de lucros não depende de metas. Aqui, se houver
R$ 1,00 de lucro, repartimos esse R$ 1,00. Assim, as pessoas
se tornam, entre aspas, sócias de verdade. É muito mais comum
eu puxar a orelha de alguém dizendo “cara, você tem autonomia,
decida”, do que dizendo “cara, você fez errado”. Faça errado,
contanto que você decida.
Pasta: Tinha algum processo, em especial, que você
queria muito implementar aqui?
Campos: Na verdade, elevei ao último volume a história da
multidisciplinaridade. Por exemplo, o projeto do funk, para a
Som Livre, é um case que acho bem representativo. Como ele
aconteceu? Primeiro de tudo, apresentei o problema para umas
oito ou dez pessoas, aqui dentro, e fizemos um brainstorming.
As cabeças ficaram lá, juntas, pensando durante umas três
horas, até achar uma idéia central. Quando o grupo concordou
que aquela idéia central era a coisa mais poderosa, a partir
dela foram traçados os caminhos. Reunimos, então, um cara
de planejamento, um de criação e um de produção e eles
assumiram, aqui dentro, todo o processo, desenvolvendo uma
verdadeira estratégia de cross media. Não porque envolvia
internet e televisão, mas porque um meio dependia vitalmente
Quando a forma é tão importante quanto o conteúdo. Bola, criado pela SC em 2006, para Submarino, dirigido por Rodrigo Lewkowicz
Um exemplo de cross media – a mensagem escondida do Benevides, criada pela Santa Clara para Intelig
VINTE PERgUNTAS // 47
do outro, como um relógio, onde a pecinha da TV se encaixa na
pecinha de web, que se encaixa na de promoção, e assim por
diante. Tudo funciona junto.
Pasta: Essa é a história do “liberte o funkeiro que
existe em você”?
Campos: Exato. Por causa do tipo de público, do humor e da
sacanagem, que são da alma do funk, da presença do Luciano
Huck, da possibilidade de fazer uma promessa de fama e
tal, chegamos ao conceito “liberte o funkeiro que existe em
você”, e decidimos dar um canal para os caras poderem se
expressar. As três pessoas “donas” do projeto ganharam
autonomia total, como se estivessem num escritório chamado
Funk Club e só trabalhassem para isso. E eu falava: usem a
agência como fonte de recurso e a mim como um misto de
consultor e atendimento. E fiquei muito orgulhoso, porque
os três foram brilhantes e quem comandou o trabalho foi a
inteligência, a idéia.
Pasta: Você já citou a Almap. Existem outras agências
brasileiras que admira, hoje?
Campos: Uma agência pela qual tenho, agora, uma grande
admiração é a Loducca. Acho que ela está realizando trabalhos
diferenciados, assim como a JWT, de Curitiba, e a NBS, do Rio.
O que elas fazem tem um jeitão, aponta para o novo. E não falo
da cara com que fica o filme ou a campanha, mas do início,
do raciocínio. Elas respeitam a natureza do consumidor que,
no fundo, quer apenas se divertir. A gente liga a televisão para
que? Para relaxar. O mundo já está cheio de tensão e problemas.
Esse entendimento também está sempre presente na cabeça do
Fábio Fernandes. Já há muito tempo, a F/Nazca promove isso.
Os trabalhos que saem dali têm alma.
Pasta: Dá muito mais trabalho fazer o novo?
Campos: Com certeza. Fazer e convencer o anunciante a apostar
naquilo. Fazer um jingle com uma celebridade e botar no ar é muito
mais fácil. Mas o desafio está em implementar o novo. E entra aí
a história da autonomia. As agências que não estão fazendo isso
têm, em geral, um processo pouco produtivo, por não conceder
autonomia às pessoas. Porque, ao conceder autonomia, eu estou
me multiplicando. Se fosse para fazer o novo, sem autonomia,
teríamos 150 pessoas aqui dentro da Santa Clara. E por que tenho
só 50? Por que cada uma usa quase 100% da sua capacidade, já
que é permitido. Hoje, boa parte dos diretores de criação funciona
como um jurado de luxo. O job entra, segue para a dupla que está
mais livre, a dupla fica uns dez dias trabalhando naquele negócio
e, três dias antes da apresentação, mostra as peças. Eu mesmo,
na Giovanni, era uma espécie de “banca examinadora”. E jogava
muita coisa fora, horas, dinheiro e energia, que é o pior. Hoje, eu
sento com quem vai fazer a criação, a gente lê o briefing e decide
qual será o tipo de abordagem. O truque, para poder ousar, está na
produtividade. É preciso corrigir o foco e andar todo mundo para
o mesmo lado. As agências até que já não desperdiçam mais tanto
dinheiro, mas ainda jogam no lixo muita energia.
Pasta: E como separar esse novo bacana de uma bobagem?
Campos: Tem duas palavras que a gente usa direto aqui, com
relação à mensagem que queremos levar para o consumidor,
seja um anúncio, um filme, o que for: ela deve ser relevante e
legítima. Ele tem de olhar pra ela e dizer: é verdade. Se eu estou
falando com um público de 13 anos de idade, como no caso da
rádio 89, por exemplo, o cara de 25 anos não só pode como deve
detestar aquela mensagem. Porque ele pensa muito diferente. Se
não há essa legitimidade, pode jogar fora e começar de novo.
Já relevância tem a ver com diferenciação, com entretenimento
e com o tipo de valores que você quer passar. Para uma marca
sobreviver sem essas coisas, só com muito dinheiro para torrar
com mídia, massacrando o consumidor.
Dueños, benchmark de criação e planejamento. Na opinião de Campos, esse trabalho da argentina Madre para o Banco Hipotecário foi o melhor de 2006.
VINTE PERgUNTAS // 48
Pasta: A gente ouve muitas críticas aos diretores de
comerciais brasileiros. Você, que inclusive gosta de
dirigir, o que acha disso?
Campos: Eu vou defender esses caras, porque acho que todo
mundo tem um pouco de culpa, de responsabilidade, e que o
início dessa história está nas agências. Nós nunca deixamos
os diretores trabalhar. E não estou falando de prazo, nem de
dinheiro. Falo de parceria. Você contrata o cara para usar o
que dele? O dedo ou a sensibilidade e a inteligência? Quando
a gente escreve um roteiro, devemos saber que ele está vivo e
sujeito a modificações, para que fique o melhor possível. Não
é uma pedra lapidada. Aqui na SC, a gente faz uma sinopse e
tira tudo quanto é coisa que não seja prioritária, limpamos tudo
e entregamos para o diretor, para que ele nos apresente seu
tratamento e a forma como ele acha que deve ser. Essa história
do apego à autoria, do “não mexe no que é meu”, fez com que os
diretores se tornassem passivos, amedrontados. Se o cara falar
algo, é fulminado pelo criativo, pressionado pelo RTV. E assim
foi criada uma geração de diretores - óbvio que há honrosas
exceções - pouco acostumada a contribuir, sem preparo físico,
porque nunca se exigiu isso deles. Aqui, na primeira reunião a
gente fala para o cara: desconsidera a rigidez dos diálogos, do
cenário, do figurino, a idéia central é essa e está nessas três
linhas. E aí enchemos o cara de perguntas. Se ele manda um
“como vocês vêem essa atriz?”, nós respondemos “como você
vê essa atriz?”. Gosto muito, por exemplo, da última campanha
de Fiat Adventure, da Leo Burnett, “você precisa conviver mais
com a natureza”. Achei genial e tenho certeza de que a Leo
deixou o Rodolfo Vanni trabalhar com liberdade, ali.
Pasta: O que você espera em 2007?
Ca m p o s : U m d o s p r i n c i p a i s o b j e t i v o s , n a m i n h a
cabeça, para esse ano, é que a cara da Santa Clara seja
percebida. Que c l ientes , agências , parce i ros d igam
que tal coisa tem a nossa cara, nosso jeitão. Porque
isso significará que estamos adquirindo personalidade.
Pasta: E para a propaganda, em geral, o que espera?
Campos: Acho que 2007 será um ano importante para o mercado
publicitário, porque ano passado a ficha caiu. A gente demorou
um tempo sofrendo, fingindo que não tínhamos problemas. Mas
a gente também é bom para reagir, e acho que isso já começou.
Temos que fazer a virada da propaganda brasileira, uma virada
que o consumidor deve ser o primeiro a perceber. Não adianta
fazer a virada em festival. Se um anunciante começar a perder
clientes para outro, porque o outro está com uma campanha
campeã na mídia, ele vai cutucar a agência dele para fazer o
mesmo, porque senão ele se ferra. E aí a coisa inverte, o que
era um ciclo vicioso, torna-se virtuoso e a propaganda passa
a viver um período fértil, como já viveu. Antes de trabalhar
em propaganda, eu fazia faculdade de Engenharia. Mas me
apaixonei por isso aqui porque ligava a televisão e via Hitler,
Primeiro Sutiã, o auge do baixinho da Kaiser, aquela campanha
da Caixa Econômica Federal, com o Luiz Fernando Guimarães,
Garoto Bombril. Aquilo tudo é um pedaço da cultura do nosso
país. Um pedaço importante, até, porque o brasileiro gosta de
propaganda. Hoje, as velhinhas amigas da minha mãe dizem:
“Tá tudo horrível, hein?”. Mas quando está tudo muito ruim,
vale lembrar que no fundo do poço tem sempre uma mola. Não
só as agências, mas os anunciantes falam hoje, abertamente,
que é preciso mexer e melhorar. Eu falo todos os dias para a
galera da SC, a gente tem que experimentar, o que também não
deixa de ser doloroso. Vamos botar uma campanha na rua e
ouvir o povo dizer “que coisa é essa?”. Mas é isso mesmo, esse
estranhamento vai acontecer e vamos em frente. O importante
é ter uma base estratégica consistente. Uma parte do fracasso,
no Brasil, é pelo apego aos sucessos do passado, devemos
reverenciá-los, mas não nos agarrar a eles. Quando o cara faz
uma coisa nova, se a gente der força ao invés de torcer o nariz,
daremos um banho nos argentinos rapidinho (risos), porque a
gente tem volume, tem uma indústria enorme.
Pasta: Alguma outra inquietação?
Campos: Penso muito na questão da remuneração. Se alguém
nos pergunta como a gente ganha dinheiro, a resposta é: com
mídia, bonificação por volume, comissões. Mas e o que vocês
vendem? Criação e planejamento. Ou seja, há algo errado aí. O
resto do mundo não funciona assim. Preço não é apenas o que
se paga por tal coisa, mas uma demonstração de valor. E como
ser corretamente remunerado pelo que a gente de fato faz? Acho
que essa questão não será respondida a curto ou médio prazos,
mas é preciso ficar atento a ela.
Pasta: A Santa Clara deve seguir sendo independente?
Campos: Fizemos a opção de ser independentes . Isso
porque a gente era só uma apresentação em power point ,
a té poucos meses. Hoje , temos uma empresa e , mui to em
breve, te remos uma empresa sol id i f icada. A í poderemos
a té nos associar. Ou não.
Galera da Santa Clara, em volta da piscina, dandouma oxigenada
Maurício Cassano
ALIMENTÍCIOS // 50
Um adulto começa na infância.Anunciante // Sustagen
F/Nazca S&SCriação // Luciano Lincoln Eduardo Lima
Fotografia // Marcel Valvassori Ilustração // Daniel Caballero
Um adulto começa na infância.Anunciante // Sustagen
F/Nazca S&SCriação // Luciano Lincoln Eduardo Lima
Fotografia // Marcel Valvassori Ilustração // Daniel Caballero
ALIMENTÍCIOS // 51
Um adulto começa na infância.Anunciante // Sustagen
F/Nazca S&SCriação // Luciano Lincoln Eduardo Lima
Fotografia // Marcel Valvassori Ilustração // Daniel Caballero
ALIMENTÍCIOS // 52
Se ela deu mole vai lá.Anunciante // Cadbury Adams
JWTCriação // Silvio Medeiros Thiago Carvalho
Ilustração // Silvio Medeiros
Se ele te pediu para ligar, ligue.Anunciante // Cadbury Adams
JWTCriação // Silvio Medeiros Thiago Carvalho
Ilustração // Silvio Medeiros
Primeiro encontro? Calma, o máximo que pode acontecer é ele ser muito sedutor, te embebedar e repassar fotos suas por e-mail.Anunciante // Cadbury Adams
JWTCriação // Silvio Medeiros Thiago Carvalho
Ilustração // Silvio Medeiros
Peça um aumento.Anunciante // Cadbury Adams
JWTCriação // Silvio Medeiros Thiago Carvalho
Ilustração // Silvio Medeiros
AUTOMOTIVOS // 53
A liberdade do câmbio automático agora na versão Ecosport.Anunciante // Ford
JWTCriação // Theo Rocha Rondon Fernandes
Fotografia // Maurício Nahas
AUTOMOTIVOS // 54
Novo Idea Adventure: o espírito de aventura do carro começa aonde termina o espírito esportivo do monstro.Anunciante // Fiat
Leo Burnett BrasilCriação // Benjamin Yung Jr. Guilherme Facci
Fotografia // Leonardo VillelaIlustração // Platinum
Por motivos óbvios agora não dá para abrir a porta e mostrar o espaço interno.Anunciante // Fiat
Leo Burnett BrasilCriação // Benjamin Yung Jr. Guilherme Facci
Fotografia // Leonardo VillelaIlustração // Platinum
AUTOMOTIVOS // 55
O motor é flex mas o resto do carro é espada.Anunciante // Fiat
Leo Burnett BrasilCriação // André Kirkelis Henri Honda Breno Balbino Carlos Schleder
Fotografia // Andreas HeinigerIlustração // André Kirkelis Breno Balbino
Design agressivo por fora, trip computer e kit bluetooth por dentro. Ou seja, é a união perfeita entre a tecnologia e a ignorância.Anunciante // Fiat
Leo Burnett BrasilCriação // André Kirkelis Henri Honda Breno Balbino Carlos Schleder
Fotografia // Andreas HeinigerIlustração // André Kirkelis Breno Balbino
AUTOMOTIVOS // 56
Sua vida trouxe você até aqui. Anunciante // General Motors
McCann EricksonCriação // Adriana Cury, Danilo Janjácomo Roberto Cipolla, Paulo Sanna, Max Chanan, Eric Sulzer, Adriano Alarcon. Diego Silva, Mauro Ramalho, Mario Cintra, Fernanda Machado Marcelo Pignatari, Fred Crestana, Ana Dolabella
Fotografia // Miro
BANCOS E FINANCEIRAS // 57
Se você quer mais momentos como este, conte com a assessoria do Bradesco Private.Anunciante // Banco Bradesco S/A
Publicis BrasilCriação // Renata Florio Rodolfo Sampaio Leo Macias Guilherme Jahara
Se você quer mais momentos como este, conte com a assessoria do Bradesco Private.Anunciante // Banco Bradesco S/A
Publicis BrasilCriação // Renata Florio Rodolfo Sampaio Leo Macias Guilherme Jahara
BANCOS E FINANCEIRAS // 58
Uma vida bem vivida hoje sem prejudicar o amanhã. Anunciante // Banco Real
TalentCriação // Leo Macias João Livi
Fotografia // Marcia Ramalho Bridget Webber Matthias Clamer Bill JacobsonIlustração // Totem
Uma sociedade que pensa nas conseqüências de tudo o que faz. Anunciante // Banco Real
TalentCriação // Leo Macias João Livi
Fotografia // Marcia Ramalho Bridget Webber Matthias Clamer Bill JacobsonIlustração // Totem
BEBIDAS ALCOÓLICAS // 59
A gente acha legal saudar o ano-novo com flores. Só não concorda muito com os copos-de-leite.Anunciante // Cervejaria Devassa
McCann Erickson (RJ)Criação // Neca Bohrer Toninho Lima Pedro Scandiani Christian Grecco
Fotografia // Rudy HuholdIlustração // Pedro Scandiani
Mestre cervejeiro da Devassa: o único emprego onde produzir pouco não é motivo de demissão.Anunciante // Cervejaria Devassa
McCann Erickson (RJ)Criação // Neca Bohrer Toninho Lima Pedro Scandiani Christian Grecco
Fotografia // Rudy HuholdIlustração // Pedro Scandiani
BEBIDAS ALCOÓLICAS // 60
A diretoria toda foi para um hotel-resort participar de um ciclo de palestras. Ou seja:Anunciante // Schincariol
FamigliaCriação // Samir Mesquita Fabio Brigido Átila Francucci Fernando Nobre
Fotografia // Lúcio CunhaIlustração // Darcy Vieira JBola
Depois de 26 anos fazendo uma fezinha, Chicão (agora Sr. Francisco) ganhou na loteria. Ou seja: Anunciante // Schincariol
FamigliaCriação // Samir Mesquita Fabio Brigido Átila Francucci Fernando Nobre
Fotografia // Lúcio CunhaIlustração // Darcy Vieira JBola
BEBIDAS ALCOÓLICAS // 61
São Pedro foi brother esse fim de semana. Ou seja: Anunciante // Schincariol
FamigliaCriação // Samir Mesquita Fabio Brigido Átila Francucci Fernando Nobre
Fotografia // Lúcio CunhaIlustração // Darcy Vieira JBola
BEBIDAS ALCOÓLICAS // 62
XpoXingu. A arte inspirada na melhor cerveja escura do mundo.Anunciante // Femsa
TalentCriação // Luciane Vieira Viton Araújo
Fotografia // Gustavo Zylbertztajn
XpoXingu. A arte inspirada na melhor cerveja escura do mundo.Anunciante // Femsa
TalentCriação // Luciane Vieira Viton Araújo
Fotografia // Gustavo Zylbertztajn
BEBIDAS ALCOÓLICAS // 63
XpoXingu. A arte inspirada na melhor cerveja escura do mundo.Anunciante // Femsa
TalentCriação // Luciane Vieira Viton Araújo
Fotografia // Gustavo Zylbertztajn
ELETRODOMéSTICOS // 64
Electrolux Front Load.Tira as piores manchas.Anunciante // Electrolux
Fischer AméricaCriação // Ricardo “Big” Passos Gustavo Diehl
Fotografia // Marcel Valvassori
Electrolux Front Load.Tira as piores manchas.Anunciante // Electrolux
Fischer AméricaCriação // Ricardo “Big” Passos Gustavo Diehl
Fotografia // Marcel Valvassori
Electrolux Front Load.Tira as piores manchas.Anunciante // Electrolux
Fischer AméricaCriação // Ricardo “Big” Passos Gustavo Diehl
Fotografia // Marcel Valvassori
ELETROELETRôNICOS // 65
Motorazr com MP3 player.Anunciante // Motorola
Ogilvy & MatherCriação // Virgílio Neves Ricardo Ribeiro
Fotografia // Willy BiondaniIlustração // Willy Biondani
Motorazr com MP3 player.Anunciante // Motorola
Ogilvy & MatherCriação // Virgílio Neves Ricardo Ribeiro
Fotografia // Willy BiondaniIlustração // Willy Biondani
HIgIENE PESSOAL // 66
Bom como antigamente: quando você não precisava usar nada. Anunciante // INAL/Olla
age.Criação // Paulo Pretti Digão Senra
Ilustração // Ella Durst
Bom como antigamente: quando você não precisava usar nada. Anunciante // INAL/Olla
age.Criação // Paulo Pretti Digão Senra
Ilustração // Ella Durst
HIgIENE PESSOAL // 67
Onde tem comida tem J&J Reach.Anunciante // Johnson & Johnson
McCann EricksonCriação // Adriana Cury Eduardo Hernandez Wolfgang F. Covi Daniel Chagas Martins
Fotografia // Pedro DimitrowIlustração // Seagulls Fly
Onde tem comida tem J&J Reach.Anunciante // Johnson & Johnson
McCann EricksonCriação // Adriana Cury Eduardo Hernandez Wolfgang F. Covi Daniel Chagas Martins
Fotografia // Pedro DimitrowIlustração // Seagulls Fly
HIgIENE PESSOAL // 68
Acho grosseiro falar em sexo. Prefiro chamar de amor.Anunciante // Johnson & Johnson
McCann EricksonCriação // Adriana Cury Eduardo Hernandez Romolo Megda Daniel Chagas Martins Lusa Silvestre
Ilustração // Caco Galhardo
HIgIENE PESSOAL // 69
Uma das coisas que eu mais gosto num namoro é discutir a relação.Anunciante // Johnson & Johnson
McCann EricksonCriação // Adriana Cury Eduardo Hernandez Romolo Megda Daniel Chagas Martins Lusa Silvestre
Ilustração // Caco Galhardo
Você pode até achar engraçado, mas eu adoro poesia.Anunciante // Johnson & Johnson
McCann EricksonCriação // Adriana Cury Eduardo Hernandez Romolo Megda Daniel Chagas Martins Lusa Silvestre
Ilustração // Caco Galhardo
Sem essa de filme de guerra.Vamos pegar uma comédia romântica.Anunciante // Johnson & Johnson
McCann EricksonCriação // Adriana Cury Eduardo Hernandez Romolo Megda Daniel Chagas Martins Lusa Silvestre
Ilustração // Caco Galhardo
INSTITUCIONAL // 70
Quem sempre quis voar agora já pode.
Anunciante // Gol Linhas Aéreas
AlmapBBDO Criação // Renato Fernandez Gustavo Sarkis
Fotografia // Jan von Holleben / Cortesia: Peter Hay Halpert Fine Art - New York
Quem sempre quis voar agora já pode.
Anunciante // Gol Linhas Aéreas
AlmapBBDO Criação // Renato Fernandez Gustavo Sarkis
Fotografia // Daishi Pais
INSTITUCIONAL // 71
Quem sempre quis voar agora já pode.
Anunciante // Gol Linhas Aéreas
AlmapBBDO Criação // Renato Fernandez Gustavo Sarkis
Fotografia // Jan von Holleben / Cortesia: Peter Hay Halpert Fine Art - New York
INSTITUCIONAL // 72
Ele passou mais de 40 anos abandonado no fundo de um lago congelado da Noruega.Pelo jeito, criogenia funciona mesmo.Anunciante // TAM
Y&RCriação // Marco Mattos Vinicius Stanzione
Fotografia // Alexandre Catan
Eles vieram antes dos aviões a jato e um pouco depois dos pterodáctilos.Anunciante // TAM
Y&RCriação // Marco Mattos Vinicius Stanzione
Fotografia // Alexandre Catan
INSTITUCIONAL // 73
Um avião de guerra que resistiu ao pior inimigo: o tempo.Anunciante // TAM
Y&RCriação // Marco Mattos Vinicius Stanzione
Fotografia // Alexandre Catan
O piloto ia na frente e o co-piloto, atrás. E ninguém tinha coragem de fazer piada com isso.Anunciante // TAM
Y&RCriação // Marco Mattos Vinicius Stanzione
Fotografia // Alexandre Catan
MÍDIA // 74
Veja. Quem lê entende.Anunciante // Editora Abril
AlmapBBDOCriação // Sophie Schoenburg Gustavo Sarkis Roberto Fernandez Renato Fernandez
Fotografia // Alan Nielsen Reuters Corbis
Veja. Quem lê entende.Anunciante // Editora Abril
AlmapBBDOCriação // Sophie Schoenburg Gustavo Sarkis Roberto Fernandez Renato Fernandez
Fotografia // Alan Nielsen Reuters Corbis
MÍDIA // 75
Veja. Quem lê entende.Anunciante // Editora Abril
AlmapBBDOCriação // Sophie Schoenburg Gustavo Sarkis Roberto Fernandez Renato Fernandez
Fotografia // Alan Nielsen Reuters Corbis
Veja. Quem lê entende.Anunciante // Editora Abril
AlmapBBDOCriação // Sophie Schoenburg Gustavo Sarkis Roberto Fernandez Renato Fernandez
Fotografia // Folha Press Antônio Rodrigues
MÍDIA // 76
Multiplique-se. 24h de MTV é pouco.Anunciante // MTV
LoduccaCriação // Guga Ketzer Cassio Moron Rodrigo Moraes
Fotografia // Ivan Abujamra
Multiplique-se. 24h de MTV é pouco.Anunciante // MTV
LoduccaCriação // Guga Ketzer Cassio Moron Rodrigo Moraes
Fotografia // Ivan Abujamra
MÍDIA // 77
Multiplique-se. 24h de MTV é pouco.Anunciante // MTV
LoduccaCriação // Guga Ketzer Cassio Moron Rodrigo Moraes
Fotografia // Ivan Abujamra
Multiplique-se. 24h de MTV é pouco.Anunciante // MTV
LoduccaCriação // Guga Ketzer Cassio Moron Rodrigo Moraes
Fotografia // Ivan Abujamra
MÍDIA // 78
Se você acha que tourada é crueldade, precisa ver o que ele anda fazendo com os goleiros.Anunciante // ESPN Brasil
Neogama/BBHCriação // Paulo Augusto (Pepê) Thomaz Dantas
Fotografia // Marcus Hausser
Jogadores que são unanimidades: odiados por todos os zagueiros.Anunciante // ESPN Brasil
Neogama/BBHCriação // Paulo Augusto (Pepê) Thomaz Dantas
Fotografia // Marcus Hausser
Às vezes uma camisa usada pode valer muito mais do que uma nova.Anunciante // ESPN Brasil
Neogama/BBHCriação // Paulo Augusto (Pepê) Thomaz Dantas
Fotografia // Marcus Hausser
Nem todo moleque que mata aula pra jogar bola se dá mal na vida.Anunciante // ESPN Brasil
Neogama/BBHCriação // Paulo Augusto (Pepê) Thomaz Dantas
Fotografia // Marcus Hausser
PETRÓLEO E DERIVADOS // 79
Se o GPS falhar, tem a navegação pelas estrelas. Se estiver nublado, bom, aí tem que apelar pro Padre Cícero, mesmo.Anunciante // Petrobras Distribuidora
Quê Comunicacão (RJ)Criação // Eduardo Almeida Chiquinho Lucchini Durval Filho
Fotografia // Léo VilellaIlustração // João Sanchez (Xilogravura)
A caatinga é rica em espécies exóticas. Algumas chegam a pesar duas toneladas nessa época do ano.Anunciante // Petrobras Distribuidora
Quê Comunicacão (RJ)Criação // Eduardo Almeida Chiquinho Lucchini Durval Filho
Fotografia // Léo VilellaIlustração // João Sanchez (Xilogravura)
SERVIçO PúBLICO // 80
Se você viu alguma coisa de errado, você é racista.Anunciante // Petrobras
F/Nazca S&SCriação // Rodrigo Burdman Alessandra Sadock Alexandre Abu
Fotografia // Banco de Imagem Fernando Alan
Se você viu alguma coisa de errado, você é racista.Anunciante // Petrobras
F/Nazca S&SCriação // Rodrigo Burdman Alessandra Sadock Alexandre Abu
Fotografia // Banco de Imagem Fernando Alan
SERVIçO PúBLICO // 81
Combater o desperdício é combater a fome.Anunciante // Instituto Akatu Pelo // Consumo Consciente
Leo Burnett BrasilCriação // J.R. D’Elboux Gustavo Soares
Fotografia // Felipe Hellmeister
Combater o desperdício é combater a fome.Anunciante // Instituto Akatu Pelo Consumo Consciente
Leo Burnett BrasilCriação // J.R. D’Elboux Gustavo Soares
Fotografia // Felipe Hellmeister
Combater o desperdício é combater a fome.Anunciante // Instituto Akatu Pelo Consumo Consciente
Leo Burnett BrasilCriação // J.R. D’Elboux Gustavo Soares
Fotografia // Felipe Hellmeister
TRANSPORTES E TURISMO // 82
Você acredita que exista vida fora da Terra? Você acredita que exista um lugar com águas tão transparentes? Hotel do Frade Angra dos Reis. É inacreditável que exista um lugar assim.Anunciante // Hotel do Frade
W/BrasilCriação // Rui Branquinho Rodrigo Lebrun Marcelo Conde Fotografia // Platinum Ilustração // Platinum
Dinossauros não existem mais. Uma praia maravilhosa dessas ainda existe. Ou seria o contrário? Hotel do Frade Angra dos Reis. É inacreditável que exista um lugar assim.Anunciante // Hotel do Frade
W/BrasilCriação // Rui Branquinho Rodrigo Lebrun Marcelo Conde Fotografia // Platinum Ilustração // Platinum
VESTUÁRIO // 83
Rio de JaneiroAnunciante // São Paulo Alpargatas
AlmapBBDOCriação // Marcello Serpa Fotografia // Hugo Treu Opção Brasil Stock Photos Ricardo Serpa Roberto Rigimik
VESTUÁRIO // 84
Tiras 5 milímetros mais finas. Boa notícia para seus admiradores: você vai ficar 5 milímetros mais pelada.Anunciante // São Paulo Alpargatas
AlmapBBDOCriação // Renato Simões Bruno Prosperi Fotografia // Fernando NalonIlustração // José Cortizo Jr. Daniel Battaini
Ideais para seduzir alguém: são muito bonitas. Perfeitas para depois que você já tiver seduzido: são muito fáceis de tirar.Anunciante // São Paulo Alpargatas
AlmapBBDOCriação // Renato Simões Bruno Prosperi Fotografia // Fernando NalonIlustração // José Cortizo Jr. Daniel Battaini
VESTUÁRIO // 85
Se ele elogia seus olhos, está pensando nos seus peitos. Se elogia seu sorriso, está pensando nos seus peitos. Se ele elogia suas Havaianas, ou o cara é tarado por pés ou está pensando nos seus peitos.Anunciante // São Paulo Alpargatas
AlmapBBDOCriação // Renato Simões Bruno Prosperi Fotografia // Fernando NalonIlustração // José Cortizo Jr. Daniel Battaini
Se você gosta de coisas delicadas e femininas, você merece uma sandália assim. Se você não gosta, merece apanhar com uma sandália assim.Anunciante // São Paulo Alpargatas
AlmapBBDOCriação // Renato Simões Bruno Prosperi Fotografia // Fernando NalonIlustração // José Cortizo Jr. Daniel Battaini
VESTUÁRIO // 86
Quem é antenado não poderia perder um lançamento como este. Por isso, as borboletas já marcaram presença.Anunciante // São Paulo Alpargatas
AlmapBBDOCriação // João Linneu Gustavo Sarkis Fotografia // Hugo TreuIlustração // Rodrigo Leão
Borboletas têm a capacidade de mudar de cor. Mulheres também, mas só quando recebem elogios.Anunciante // São Paulo Alpargatas
AlmapBBDOCriação // João Linneu Gustavo Sarkis Fotografia // Hugo TreuIlustração // Rodrigo Leão
VESTUÁRIO // 87
As sandálias inspiradas na liberdade. Por favor, guarde do lado de fora do armário.Anunciante // São Paulo Alpargatas
AlmapBBDOCriação // Gustavo Sarkis Daniel Moreno João Linneu Fotografia // Hugo TreuIlustração // Daniel Moreno Rodrigo Gelmi
Exerça o seu direito de ir, entrar, dançar, beber, beijar e vir.Anunciante // São Paulo Alpargatas
AlmapBBDOCriação // Gustavo Sarkis Daniel Moreno João Linneu Fotografia // Hugo TreuIlustração // Daniel Moreno Rodrigo Gelmi
VESTUÁRIO // 88
Deixe a música melhorar o ritmo da sua corrida. Novo Mizuno Urban 2 com MP3 player.Anunciante // São Paulo Alpargatas
AlmapBBDOCriação // Wilson Mateos Marcos Medeiros João Linneu Fotografia // Hugo TreuIlustração // Mauro Ferreira
Deixe a música melhorar o ritmo da sua corrida. Novo Mizuno Urban 2 com MP3 player.Anunciante // São Paulo Alpargatas
AlmapBBDOCriação // Wilson Mateos Marcos Medeiros João Linneu Fotografia // Hugo TreuIlustração // Mauro Ferreira
Deixe a música melhorar o ritmo da sua corrida. Novo Mizuno Urban 2 com MP3 player.Anunciante // São Paulo Alpargatas
AlmapBBDOCriação // Wilson Mateos Marcos Medeiros João Linneu Fotografia // Hugo TreuIlustração // Mauro Ferreira
VESTUÁRIO // 89
VESTUÁRIO // 90
O tênis errado esculhamba seu corpo.Anunciante // São Paulo Alpargatas
TalentCriação // Fábio Rodrigues João Livi Fotografia // Mauricio Nahas
O tênis errado esculhamba seu corpo.Anunciante // São Paulo Alpargatas
TalentCriação // Fábio Rodrigues João Livi Fotografia // Mauricio Nahas
O tênis errado esculhamba seu corpo.Anunciante // São Paulo Alpargatas
TalentCriação // Fábio Rodrigues João Livi Fotografia // Mauricio Nahas
VESTUÁRIO // 91
Brasil à flor da pele.Anunciante // Grendene
W/BrasilCriação // Rui Branquinho Celso Alfieri Fotografia // Paulo VainerIlustração // Lobo
Brasil à flor da pele.Anunciante // Grendene
W/BrasilCriação // Rui Branquinho Celso Alfieri Fotografia // Paulo VainerIlustração // Lobo
Brasil à flor da pele.Anunciante // Grendene
W/BrasilCriação // Rui Branquinho Celso Alfieri Fotografia // Paulo VainerIlustração // Lobo
VESTUÁRIO // 92
Correr não é mais suficiente. Você precisa voar.Anunciante // Reebok
W/BrasilCriação // Rui Branquinho Celso Alfieri
Fotografia // Andreas HeinigerIlustração // Macacolândia
Correr não é mais suficiente. Você precisa voar.Anunciante // Reebok
W/BrasilCriação // Rui Branquinho Celso Alfieri
Fotografia // Rafael Define Ilustração // Macacolândia
OUTROS // 93
Série limitada de isqueiros BIC por Herchcovitch;Alexandre.Anunciante // BIC
W/BrasilCriação // Marcelo Conde Rodrigo Lebrun Fotografia // Rafael Define Ilustração // Alexandre Herchcovitch
Série limitada de isqueiros BIC por Herchcovitch;Alexandre.Anunciante // BIC
W/BrasilCriação // Marcelo Conde Rodrigo Lebrun Fotografia // Rafael Define Ilustração // Alexandre Herchcovitch
Série limitada de isqueiros BIC por Herchcovitch;Alexandre.Anunciante // BIC
W/BrasilCriação // Marcelo Conde Rodrigo Lebrun Fotografia // Rafael Define Ilustração // Alexandre Herchcovitch
Série limitada de isqueiros BIC por Herchcovitch;Alexandre.Anunciante // BIC
W/BrasilCriação // Marcelo Conde Rodrigo Lebrun Fotografia // Rafael Define Ilustração // Alexandre Herchcovitch
FILMES // 94
Para assistir aos filmes
selecionados, digite
www.ccsp.com.br/novo/
“Astronauta”Anunciante // Fundação Itaú Social
AfricaCriação // Flávio Waiteman Humberto Fernandez Direção // Claudio Borelli KillersSom // Voicez
“Cheeta”Anunciante // Volkswagen
AlmapBBDOCriação // Tales Bahu Roberto Pereira Rodrigo de Almeida Direção // Pedro Becker Produtora AssociadosSom // Tentáculo
“Boneco de Posto”Anunciante // Volkswagen
AlmapBBDOCriação // Wilson Mateos Marcos Medeiros
Direção // Pedro Becker Margarida Flores e FilmesSom // Tentáculo
FILMES // 95
“Sussurros” Anunciante // Petrobras Distribuidora
DPz (RJ)Criação // Pedro Coelho Lisiane Kindlein Direção // René Sampaio TV ZeroSom // Satélite
“Torpedo” Anunciante // AmBev
Duda PropagandaCriação // Ricardo Braga Marcelo Kertész Claudio Lima Marcelo Maia Cristina Leão Alessandra Pereira Fabricio Curi Direção // José Pedro Goulart Zeppelin FilmesSom // Tesis
“Paulistas”Anunciante // AmBev AlmapBBDOCriação // Tales Bahu Giba Lages Direção // Mauricio Guimarães Luciano Zuffo Luis Alberto Kid Sentimental Filme Som // Tesis
“Sexta-Feira” Anunciante // AmBev
Duda PropagandaCriação // Ricardo Braga Marcelo Kertész Claudio Lima Marcelo Maia Cristina Leão Alessandra Pereira Fabricio Curi Direção // José Pedro Goulart Zeppelin FilmesSom // Tesis
FILMES // 96
“Arquivo” Anunciante // Fundação SOS Mata Atlântica
F/Nazca S&SCriação // André Kassu Marco Monteiro Direção // Nando Cohen Vetor ZeroSom // Tesis
“Jogging” Anunciante // Skol
F/Nazca S&SCriação // Fabio Fernandes André Kassu André Faria Marco Monteiro Keka Morelle Direção // Clovis Mello CineSom // Tesis
“Caramba” Anunciante // Petrobras
F/Nazca S&SCriação // Fabio Fernandes Fred Moreira Leonardo Claret Direção // Sergio Amon Zero FilmesSom // Tesis
“Óculos” Anunciante // AmBev
Duda PropagandaCriação // Ricardo Braga Marcelo Kertész Claudio Lima Marcelo Maia Cristina Leão Alessandra Pereira Fabricio Curi Direção // José Pedro Goulart Zeppelin FilmesSom // Tesis
FILMES // 97
“Mudança” Anunciante // Claro
F/Nazca S&SCriação // Eduardo Lima Ricardo Jones Airton Carmignani Direção // 300ml Hungry ManSom // Tesis
“Fantasy” Anunciante // Skol
F/Nazca S&SCriação // Fabio Fernandes André Kassu André Faria Marco Monteiro Keka Morelle Direção // Clovis Mello CineSom // Tesis
“Barbatana” Anunciante // Skol
F/Nazca S&SCriação // Fabio Fernandes André Kassu André Faria Marco Monteiro Keka Morelle Direção // Clovis Mello CineSom // Tesis
“Alborghetti” Anunciante // Reckitt Benckiser
FamigliaCriação // Samir Mesquita Átila Francucci Fernando Nobre Fabio Brigido Direção // Galileu Garcia Junior Galileus Filmes Som // Sound Design
FILMES // 98
“Zé Ruela” Anunciante // Schincariol
FamigliaCriação // Átila Francucci Fernando Nobre Fabio Brigido Direção // Rodrigo Pesavento Zeppelin FilmesSom // Sax So Funny
“Esperança” Anunciante // Schincariol
FamigliaCriação // Átila Francucci Fernando Nobre Fabio Brigido Direção // Rodrigo Pesavento Zeppelin FilmesSom // Sax So Funny
“Colarinho” Anunciante // Schincariol
FamigliaCriação // Átila Francucci Fernando Nobre Fabio Brigido Direção // Rodrigo Pesavento Zeppelin FilmesSom // Sax So Funny
“Conflitos” Anunciante // Honda
Fischer AméricaCriação // Rubens Kato André Pessoa Jader Rossetto Direção // Gustavo Lemes Delicatessen FilmesSom // A9 Áudio
FILMES // 99
“Bronzeador” Anunciante // Femsa Cerveja Brasil
Fischer AméricaCriação // Ricardo “Big” Passos Kleyton Mourão Gustavo Diehl Pedro Guerra Flávio Casarotti Rafael Merel Direção // Pedro Becker Margarida Flores e FilmesSom // Lua Nova
“Pantufas”Anunciante // Grupo Tavares de Melo
grupoNove (PE)Criação // Fernando Lima Aliwton Carvalho Daniel Kahan Gilson Pessoa Juliana Vilaça Direção // Beto Salatini Lux Filmes Som // Lua Nova
“Espíritos”Anunciante // Shopping Rio Sul giovanni Draft’FCBCriação // Fernando Barcellos Ricardo Weitsman Thiago Fernandes Cidney Neto Carlos Assolan Paboudjian Direção // Alex Miranda Margarida Flores e FilmesSom // Nova Onda (RJ)
“Fino”Anunciante // Samsung giovanni Draft’FCBCriação // Alexandre Peralta Direção // Claudio Borrelli Killers Som // Tesis
FILMES // 100
“Alice”Anunciante // HSBC JWT (PR)Criação // Fabio Miraglia Claudio Freire Mario D’Andrea Direção // Carlos Manga Jr. Republika Filmes Som // Lua Nova
“Dona Elvira”Anunciante // HSBC JWT (PR)Criação // Fabio Miraglia Claudio Freire Mario D’Andrea Direção // Carlos Manga Jr. Republika Filmes Som // Lua Nova
“Edgard”Anunciante // HSBC JWT (PR)Criação // Fabio Miraglia Claudio Freire Mario D’Andrea Direção // Carlos Manga Jr. Republika Filmes Som // Lua Nova
“Dr. Gouveia”Anunciante // HSBC JWT (PR)Criação // Fabio Miraglia Claudio Freire Mario D’Andrea Direção // Carlos Manga Jr. Republika Filmes Som // Lua Nova
FILMES // 101
“Canal”Anunciante // HSBC JWT (PR)Criação // Fabio Miraglia Claudio Freire Direção // Rodolfo Vanni Cia de CinemaSom // Lua Nova
“Sol”Anunciante // Fiat
Leo Burnett BrasilCriação // Felipe Massis Alexandre Scaff
Direção // Rodolfo Vanni Cia de CinemaSom // Tesis
“Festa à Fantasia”Anunciante // Diageo JWTCriação // Thiago Carvalho Gustavo Gusmão Silvio Medeiros Direção // Flavia Moraes Film PlanetSom // Sax So Funny
“Paintball”Anunciante // Diageo JWTCriação // Thiago Carvalho Gustavo Gusmão Silvio Medeiros Direção // Flavia Moraes Film PlanetSom // Sax So Funny
FILMES // 102
“Plantinha”Anunciante // Fiat
Leo Burnett BrasilCriação // Felipe Massis Alexandre Scaff
Direção // Rodolfo Vanni Cia de CinemaSom // Tesis
“Satélite”Anunciante // Fiat
Leo Burnett BrasilCriação // Benjamin Yung Jr Guilherme Facci
Direção // Carlos Manga Jr. Republika FilmesSom // Sax So Funny
“Malas 1”Anunciante // Editora Abril
LoduccaCriação // Guga Ketzer Fabio Barbato Cássio Moron Direção // Guga Ketzer Cássio Moron Fabio Barbato Mario Daloia Neto Loducca Som // V.U. Studio
“Beija-Flor”Anunciante // Fiat
Leo Burnett BrasilCriação // Felipe Massis Alexandre Scaff
Direção // Rodolfo Vanni Cia de CinemaSom // Tesis
FILMES // 103
“Malas 2”Anunciante // Editora Abril
LoduccaCriação // Guga Ketzer Fabio Barbato Cássio Moron Direção // Guga Ketzer Cássio Moron Fabio Barbato Mario Daloia Neto Loducca Som // V.U. Studio
“Carência”Anunciante // iG
Neogama/BBHCriação // Bruno Souto Marcelo Torma
Direção // Caíto Ortiz ProdigoSom // Tesis
“Modelo”Anunciante // Burger King
MPM PropagandaCriação // Aaron Sutton Margit Junginger Direção // Oswaldo Zanetti OZ FilmesSom // OZ Filmes
“Personal”Anunciante // Burger King
MPM PropagandaCriação // Aaron Sutton Margit Junginger Direção // Oswaldo Zanetti OZ FilmesSom // OZ Filmes
FILMES // 104
“Clebinho”Anunciante // Som Livre
Santa ClaraCriação // Murilo Lico Vico Benevides
Direção // Fim de Semana PicturesSom // Sonido
“Kiko”Anunciante // Som Livre
Santa ClaraCriação // Murilo Lico Vico Benevides
Direção // Fim de Semana PicturesSom // Sonido
“Bola”Anunciante // Submarino
Santa ClaraCriação // Fernando Campos Vico Benevides
Direção // Rodrigo Lewkowicz Produtora AssociadosSom // Satélite
“Crazy”Anunciante // Nissan
TBWA\Criação // Sérgio Scarpelli Alessandro Cassulino Cibar Ruiz
Direção // Paulo Vainer Margarida Flores e FilmesSom // Dr. DD
SAPPI
ÍNDICE REMISSIVO // 106
300ml // 97A9 Áudio // 98Aaron Sutton // 103Adriana Cury // 56, 67, 68, 69Adriano Alarcon // 56Africa // 94age. // 66Airton Carmignani // 97Alan Nielsen // 74, 75Alessandra Pereira // 95, 96Alessandra Sadock // 80Alessandro Cassulino // 104Alex Miranda // 99Alexandre Abu // 80Alexandre Catan // 72, 73Alexandre Herchcovitch // 93Alexandre Peralta // 99Alexandre Scaff // 101, 102Aliwton Carvalho // 99AlmapBBDO // 70, 71, 74, 75, 83, 84, 85, 86, 87, 88, 89, 94, 95Ana Dolabella // 56André Faria // 96, 97André Kassu // 96, 97André Kirkelis // 55André Pessoa // 98Andreas Heiniger // 55, 92Antônio Rodrigues // 75Átila Francucci // 60, 61, 97, 98Benjamin Yung Jr // 54, 102Beto Salatini // 99Bill Jacobson // 58Breno Balbino // 55Bridget Webber // 58Bruno Prosperi // 84, 85Bruno Souto // 103Caco Galhardo // 68, 69Caíto Ortiz // 103Carlos Assolan Paboudjian // 99Carlos Manga Jr. // 100, 102Carlos Schleder // 55Cássio Moron // 76, 77, 102, 103Celso Alfieri // 91, 92Chiquinho Lucchini // 79Christian Grecco // 59Cia de Cinema // 101, 102
Cibar Ruiz // 104Cidney Neto // 99Cine // 96, 97Claudio Borelli // 94, 99Claudio Freire // 100, 101Claudio Lima // 95, 96Clovis Mello // 96, 97Corbis // 74, 75Cristina Leão // 95, 96Daishi Pais // 70 Daniel Battaini // 84, 85Daniel Caballero // 50, 51Daniel Chagas Martins // 67, 68, 69Daniel Kahan // 99Daniel Moreno // 87Danilo Janjácomo // 56Darcy Vieira // 60, 61Delicatessen Filmes // 98Diego Silva // 56Digão Senra // 66DPZ (RJ) // 95Dr. DD // 104Duda Propaganda // 95, 96Durval Filho // 79Eduardo Almeida // 79Eduardo Hernandez // 67, 68, 69Eduardo Lima // 50, 51, 97Ella Durst // 66Eric Sulzer // 56F/Nazca S&S // 50, 51, 80, 96, 97Fabio Barbato // 102, 103Fabio Brigido // 60, 61, 97, 98Fabio Fernandes // 96, 97Fabio Miraglia // 100, 101Fábio Rodrigues // 90Fabricio Curi // 95, 96Famiglia // 60, 61, 97, 98Felipe Hellmeister // 81Felipe Massis // 101, 102Fernanda Machado // 56Fernando Alan // 80Fernando Barcellos // 99Fernando Campos // 104Fernando Lima // 99Fernando Nalon // 84, 85Fernando Nobre // 60, 61, 97, 98
Film Planet // 101Fim de Semana Pictures // 104Fischer América // 64, 98, 99Flavia Moraes // 101Flávio Casarotti // 99Flávio Waiteman // 94Folha Press // 75Fred Crestana // 56Fred Moreira // 96Galileu Garcia Junior // 97Galileus Filmes // 97Giba Lages // 95Gilson Pessoa // 99Giovanni Draft’FCB // 99GrupoNove (PE) // 99Guga Ketzer // 76, 77, 102, 103Guilherme Facci // 54, 102Guilherme Jahara // 57Gustavo Diehl // 64, 99Gustavo Gusmão // 101Gustavo Lemes // 98Gustavo Sarkis // 70, 71, 74, 75, 86, 87Gustavo Soares // 81Gustavo Zylbertztajn // 62, 63Henri Honda // 55Hugo Treu // 83, 86, 87, 88, 89Humberto Fernandez // 94Hungry Man // 97Ivan Abujamra // 76, 77J.R. D’Elboux // 81Jader Rossetto // 98Jan von Holleben // 70, 71JBola // 60, 61João Linneu // 86, 87, 88, 89João Livi // 58, 90João Sanchez (Xilogravura) // 79José Cortizo Jr. // 84, 85José Pedro Goulart // 95, 96Juliana Vilaça // 99JWT // 52, 53, 101JWT (PR) // 100, 101Keka Morelle // 96, 97Killers // 94, 99Kleyton Mourão // 99Leo Burnett Brasil // 54, 55, 81, 101, 102Leo Macias // 57, 58
Léo Vilella // 79Leonardo Claret // 96Leonardo Villela // 54Lisiane Kindlein // 95Lobo // 91Loducca // 76, 77, 102, 103Lua Nova // 99, 100, 101Luciane Vieira // 62, 63Luciano Lincoln // 50, 51Luciano Zuffo // 95Lúcio Cunha // 60, 61Luis Alberto Kid // 95Lusa Silvestre // 68, 69Lux Filmes // 99Macacolândia // 92Marcel Valvassori // 50, 51, 64Marcello Serpa // 83Marcelo Conde // 82, 93Marcelo Kertész // 95, 96Marcelo Maia // 95, 96Marcelo Pignatari // 56Marcelo Torma // 103Marcia Ramalho // 58Marco Mattos // 72, 73Marco Monteiro // 96, 97Marcos Medeiros // 88, 89, 94Marcus Hausser // 78Margarida Flores e Filmes // 94, 99, 104Margit Junginger // 103Mario Cintra // 56Mario D’Andrea // 100Mario Daloia Neto // 102, 103Matthias Clamer // 58Mauricio Guimarães // 95Mauricio Nahas // 53, 90Mauro Ferreira // 88, 89Mauro Ramalho // 56Max Chanan // 56McCann Erickson // 56, 67, 68, 69McCann Erickson (RJ) // 59Miro // 56MPM Propaganda // 103Murilo Lico // 104Nando Cohen // 96Neca Bohrer // 59Neogama/BBH // 78, 103
Nova Onda (RJ) // 99Ogilvy & Mather // 65Opção Brasil // 83Oswaldo Zanetti // 103OZ Filmes // 103Paulo Augusto (Pepê) // 78Paulo Pretti // 66Paulo Sanna // 56Paulo Vainer // 91, 104Pedro Becker // 94, 99Pedro Coelho // 95Pedro Dimitrow // 67Pedro Guerra // 99Pedro Scandiani // 59Platinum // 54, 82Prodigo // 103Produtora Associados // 94, 104Publicis Brasil // 57Quê Comunicacão (RJ) // 79Rafael Define // 92, 93Rafael Merel // 99Renata Florio // 57Renato Fernandez // 70, 71, 74, 75Renato Simões // 84, 85René Sampaio // 95Republika Filmes // 100, 102Reuters // 74, 75Ricardo “Big” Passos // 64, 99Ricardo Braga // 95, 96Ricardo Jones // 97Ricardo Ribeiro // 65Ricardo Serpa // 83Ricardo Weitsman // 99Roberto Cipolla // 56Roberto Fernandez // 74, 75Roberto Pereira // 94Roberto Rigimik // 83Rodolfo Sampaio // 57Rodolfo Vanni // 101, 102Rodrigo Burdman // 80Rodrigo de Almeida // 94Rodrigo Gelmi // 87Rodrigo Leão // 86Rodrigo Lebrun // 82, 93Rodrigo Lewkowicz // 104Rodrigo Moraes // 76, 77
Rodrigo Pesavento // 98Romolo Megda // 68, 69Rondon Fernandes // 53Rubens Kato // 98Rudy Huhold // 59Rui Branquinho // 82, 91, 92Samir Mesquita // 60, 61, 97Santa Clara // 104Satélite // 95, 104Sax So Funny // 98, 101, 102Seagulls Fly // 67Sentimental Filme // 95Sergio Amon // 96Sérgio Scarpelli // 104Silvio Medeiros // 52, 101Sonido // 104Sophie Schoenburg // 74, 75Sound Design // 97Stock Photos // 83Talent // 58, 62, 63, 90Tales Bahu // 94, 95TBWA\ // 104Tentáculo // 94Tesis // 95, 96, 97, 99, 101, 102, 103Theo Rocha // 53Thiago Carvalho // 52, 101Thiago Fernandes // 99Thomaz Dantas // 78Toninho Lima // 59Totem // 58TV Zero // 95V.U. Studio // 102, 103Vetor Zero // 96Vico Benevides // 104Vinicius Stanzione // 72, 73Virgílio Neves // 65Viton Araújo // 62, 63Voicez // 94W/Brasil // 82, 91, 92, 93Willy Biondani // 65Wilson Mateos // 88, 89, 94Wolfgang F. Covi // 67Y&R // 72, 73Zeppelin Filmes // 95, 96, 98Zero Filmes // 96