REVISTA POR AQUI - Março/2013

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Expediente

Quatis unida garante vontade popular

Entrevista com José Rechuan (Prefeito de Resende)

Por que a droga mata tanto pessoas famosas?

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EditorialNeste mês, falaremos sobre uma agitação que aconteceu na cidade

de Quatis nesses últimos dias. Uma história de cinema que agitou os bastidores da política local. Atos institucionais feitos pela oposição, que conseguiu de forma polêmica assumir a Mesa Diretora da Câmara Mu-nicipal de Quatis e em seguida até a Prefeitura. Porém, é de se prever que qualquer ato institucional possa vir a ser desmascarado. E foi isso o que aconteceu. Os políticos que perderam seus cargos conseguiram recuperá-los e a Mesa Diretora, escolhida anteriormente de forma antide-mocrática, agora está composta por vereadores eleitos de fato. Entenda o caso na página 5.

Destacaremos também o triste e trágico fim do cantor Alexandre Magno Abrão, o “Chorão”, de uma das bandas de rock mais famosas do Brasil, Charlie Brown Jr. O músico, que estava com depressão, morreu de overdose provocada pelo uso abusivo de drogas, tranquilizantes e be-bidas alcóolicas. Este caminho obscuro também foi trilhado por grandes e renomados músicos nacionais e internacionais. Para entender os efeitos desta mistura fatal, teremos os esclarecimentos do coordenador do Am-bulatório de Dependência Química do Espaço Reviver, situado em Barra Mansa, Sérgio Murilo Conti.

Ainda nesta edição, encerraremos o ciclo de entrevistas com os prefei-tos eleitos e reeleitos no Sul do Estado. Iniciamos o projeto em novembro de 2012, entrevistando o prefeito de Volta Redonda, Antonio Francisco Neto (PMDB), em dezembro demos continuidade com os prefeitos Luis Carlos Ypê (PP), Cida (PDT) e Bruno (PR), prefeitos de Itatiaia, Porto Real e Quatis, respectivamente. Em janeiro de 2013, a entrevista exclusiva foi com o prefeito de Barra Mansa, Jonas Marins (PC do B), dando sequência em fevereiro com o Dr. Luiz Antonio (PSB), prefeito de Piraí. Neste mês o entrevistado é o prefeito de Resende, José Rechuan (PP), que falou sobre o grande momento que a cidade vive em relação ao desenvolvimento econômico, com a instalação de grandes empresas. Entre outros assuntos, o prefeito também falou da parceria firmada na área da saúde com a Cruz Vermelha de Volta Redonda.

Boa leitura!

Eduardo Teixeira (proprietário)

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A cidade de Quatis viveu recentemente dias que de fato entraram para a história do município. Podemos con-siderar que houve um golpe, ou, se acharem este ter-

mo forte, um ato inconstitucional, iniciado no primeiro dia de 2013 e terminado em 12 de março. Uma situação tão ousada que, quem sabe, poderá virar livro, filme ou docu-mentário? Mas, o mais importante disso tudo foi a vitória da democracia e o empenho da população de Quatis, que deu uma prova de amor à cidade e o devido valor ao seu voto.

Foram dias de protestos e fiscalização em repúdio aos atos praticados pela antiga mesa diretora da Câmara Muni-cipal, que conseguiu duas manobras: A primeira foi assumir a mesa diretora da Câmara Municipal sem ter eleição e a segunda inconstitucionalidade foi tentar tirar do poder o

A população contrariada não arredou o pé da Praça Tei-xeira Brandão, de onde acompanhou o desfecho da deci-são que garantiu a vontade popular, ou seja, o retorno de todos os caçados aos seus respectivos cargos. Foi um ato que pode ser comparado ao “Fora Collor”, um movimen-to político ocorrido no ano de 1992, quando milhares de brasileiros saíram às ruas em passeatas pedindo a saída do

Por Diego [email protected]

CIDADE VIVEU DIAS DE TENSãO APóS ATOS INCONSTITUCIONAIS,mAS NO fINAl PREVAlECEU A DEmOCRACIA

Quatis unida garantedesejo popular

O vice-prefeito Ralfen Teixeira também recebeu o carinho da população

Foto: Vinicius Lima

Cidadania e fé

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prefeito Raimundo de Souza, o Bruno (PR), o vice-prefeito Ralfen Teixeira (PR) e todos os vereadores que não estavam ocupando a mesa diretora: Hélio Ricardo Pereira (PMDB), Edmilson de Oliveira (PMDB), Celso Pineschi (PSDB), Flá-vio Florentino (PV), Paulo Moreira de Souza (PR) e Edvaldo José da Silva (PR), apenas por causa de uma declaração de bens, que foi entregue.

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As mulheres com toda força na manifestação

Foto: Vinicius Lima

O prefeito de Resende, José Rechuan (PP), foi a Quatis pessoalmente para apoiar Bruno

Foto: Vinicius Lima

Um dia após a situação se normalizar em Quatis, o prefeito se reuniu com os membros da nova mesa diretora da cidade para recuperar o

tempo perdido

Foto: Vinicius Lima

então presidente Fernando Collor de Mello. Em Quatis o movimento feito pela população foi positivo, denomina-do como “Movimento pró-governo Bruno”. Esta união do povo, das religiões, do movimento estudantil, das mulheres e da política fez valer a democracia em Quatis.

“A vitória de Bruno foi dada no dia 7 de outubro. Isso que aconteceu foram tentativas de grupos arcaicos que pen-sam mandar no povo, afastar quem quer fazer o bem para a cidade. Tudo isso foi um episódio lamentável, e que fique registrado,” ressaltou Rechuan

Além de garantir o retorno dos políticos aos seus cargos, a população de Quatis assistiu a uma espetacular “virada de mesa”, já que os vereadores que recuperaram seus cargos apresentaram um requerimento que anulava a resolução que foi apresentada e aprovada no final do ano passado e previa que a mesa diretora fosse ocupada pelos cinco vere-adores mais votados no último pleito. Inibidos pela fúria e determinação da população, Emerson Oliveira de Almeida, o “Cabeludo” (PPS) e Álvaro Luiz da Fonseca, o “Alvinho” (PSD), que compunham a polêmica mesa, renunciaram a seus cargos. Em outra eleição, a nova e democrática mesa diretora de Quatis ficou formada pelo presidente Celso Pineschi, pelo primeiro vice-presidente, Hélio Ricardo Pereira, pelo segun-do vice-presidente Flávio Fiorentino, pelo primeiro secretário Edvaldo José da Silva e pelo segundo secretário Edmilson de Oliveira.

A reação das donas de casa, estudantes, trabalhadores, apo-sentados, Igreja e o apoio político repercutiram em todo Sul do Estado e também no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

“A população de Quatis foi às ruas, queimou papéis que simbolizavam título de eleitor, as crianças não tiveram aulas nas escolas municipais e os ônibus ficaram na porta da Câ-mara Municipal como forma de protesto (...)”. Comentário feito pelo TJ/RJ.

Para o prefeito Bruno, o apoio se deve ao rompimento com uma prática política de mais de 20 anos que custou alto ao município: “A cidade passou por momentos difíceis pela irresponsabilidade de alguns, mas vamos superar tudo isso com muito trabalho e contando com o apoio do povo. Agradeço a solida-riedade de todos, em especial ao mo-vimento das mulhe-res que mostraram sua força, defen-dendo uma política cidadã”, agradece o prefeito.

Hyeróclio Virgílio de Barros, autor de um livro sobrea história de Quatis, também expressou seus sentimentos

em relação a este episódio vivenciado no município.

“Os quatienses atenderam a um chamado de suas cons-ciências, a um dever cívico que nenhum homem ou mulher de honra poderia fugir. Estiveram presentes na luta a favor do direito e da justiça, contra a violência, contra a opressão, contra a usurpação, contra o roubo à sua vontade soberana expressa nos votos limpos dados aos candidatos que nos falaram à razão e ao coração. [...]”

“O quatiense não admite, não aceita ser governado por quem o imagina como ser inferior, como escravo. Há poucos anos lutamos por nossa liberdade, provando não termos alma de escravos. Não haveria de ser agora que teríamos dono.”

“Na Praça Teixeira Brandão, ‘praça que é do povo, como o céu é do condor’, nós quatienses demos um tes-temunho público de nossa fé cívica e de amor à terra que nos viu nascer, crescer, onde moramos, terra que es-colhemos para constituir nossas famílias e criar nossos filhos, tenhamos aqui nascido ou não, porque quatiense é o que ama Quatis, que a honra com seu trabalho e não aquele que vive às custas do povo, do seu suor, do seu sacrifício, aquele que faz da política meio de vida para si, para seus familiares e apaniguados (protegidos). [...]`”

“Quatienses! Orgulho-me de ser um de vocês!”

Outro morador que ficou de prontidão foi o aposenta-do Everaldo Santana, morador do bairro Vila São Benedito. Farias, como é conhecido, é presidente da FAMAQ (Federa-ção das Associações de Moradores de Quatis) e conta que nunca viu manifestação deste tamanho. “Eu participei da manifestação na época da emancipação de Quatis, mas esta em prol do governo Bruno foi mais intensa. Desta vez lutamos para garantir a democracia e a vontade popular. Acreditamos no trabalho com honestidade e transparência”.

Outra quatiense que também protestou muito neste epi-sódio de Quatis foi a dona de casa Eliete Nossar Lima. “Esta-mos na praça reivindicando nosso direito e também dos co-vardes que não têm coragem de lutar e que ficam em casa”.

Depois de tanta confusão, finalmente parece que este árduo processo tenha chegado ao fim. A população de Quatis que tanto lutou pela democracia, agora sim está aliviada e com motivos para comemorar. Uma cidade pa-rada gera prejuízos incalculáveis, mas uma cidade em ação, como está agora, gera progresso. Com tudo em seu lugar, como sempre deveria ter sido, a normalidade vol-tou a pairar em Quatis.

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Por Diego Raffide Carla Tibúrcio

PREfEITO DE RESENDE

entreVista CoM josÉ reCHuan

O prefeito de Resende é um sujeito calmo e sereno. Mesmo tendo tantos afazeres, pois administrar uma cidade não deve ser nada

fácil, José Rechuan (PP) está sempre com um sem-blante tranquilo. Em entrevista realizada pela revista Por Aqui, em parceria com o jornal “Folha Humani-tária” da Cruz Vermelha Brasileira de Volta Redonda, o prefeito falou do crescimento e do desenvolvimento de Resende, da parceria firmada com a Cruz Verme-lha de Volta Redonda e dos resultados alcançados na saúde. Ele ressalta ainda que este é um investimento acertado, que vem garantindo melhores índices para a saúde no município.

Resende está em evidência no cenário regional de-vido ao crescimento e ao desenvolvimento econômi-co. O que o senhor pretende fazer para dar continui-dade a este processo?

José Rechuan – A cidade vem crescendo com os anos. Ela já estava com muitas coisas prontas, como a Nova Dutra, rodoviária, estrada de ferro, academia militar, Volkswagen caminhões e ônibus, entre outras. Hoje as indústrias, de certa forma, não querem sim-plesmente estar num lugar, elas querem crescer com o lugar. Isso é uma mentalidade desta geração de novos

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executivos mundiais. Acredito que os governos têm percebido isso. Quando a empresa resolve investir na cidade, não é só o fato de ela ter uma boa localização geográfica, ser perto da rodovia Presidente Dutra, ser perto dos portos, ter uma estrada ferroviária, ter fibras ópticas e gás, o que mais a cidade pode oferecer para os seus funcionários e diretores, além disso? Então fi-zemos um planejamento de crescimento urbano, de crescimento humano, de crescimento de políticas públicas sólidas na saúde e na educação para que a gente pudesse na verdade ter uma boa estrutura para essas indústrias. Montamos um centro de inteligência, que é nosso Instituto Marechal José Pessoa, onde você tem presidentes de associações de moradores, profes-sores universitários, diretores de faculdade, engenhei-ros, pessoas simples da sociedade que ficam ali dando suas contribuições. E este estudo vai par e passo com nosso planejamento para a cidade. Assim tudo o que temos hoje é retorno de um misto daquilo que fizemos no início, de políticas públicas sólidas. Crescemos na parte industrial, mas crescemos também na parte edu-cacional, na saúde, na segurança, no desenvolvimen-to urbano. Com isso hoje esse crescimento de Resen-de é diferente do crescimento anterior, pois antes era

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8 pautado no crescimento populacional e pronto. Então tinha dificuldade de o filho de uma funcionária estar na creche, ser atendido num hospital, o atendimento de emergência era deficitário, não tinha uma cidade com câmera de segurança, o trânsito era um proble-ma. Por isso é muito importante frisar que existem coisas que não são populares, mas a cidade pode exigir que você faça Assim, nós metemos a mão na massa, viemos com o intuito de fazer as mudanças que a cidade necessitava, nós assumimos a cidade com pouco mais de 30 mil veículos, hoje nós temos quase 55 mil e o trânsito não piorou. Se a cidade cres-ceu nós precisamos crescer com ela. Nós precisamos distribuir riqueza, ter uma saúde realmente universa-lizada. Hoje a educação está melhor, o nosso índice no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) pode confirmar isso. Precisamos enfrentar jun-to com o Estado a parte da segurança pública e criar alternativas de rotas de trânsito na cidade. Trabalha-mos também para fazer com que nosso funcionalismo público sinta-se prestigiado.

O senhor foi eleito com uma diferença muito gran-de para o segundo colocado. Em sua opinião, qual o motivo desta aceitação da população de Resende em relação ao seu governo?

Eu acho que a população percebeu que o prefei-to é um cidadão comum, igual a eles, um camarada que acorda cedo, dorme tarde, trabalha na prefeitura, é médico (proctologista), atende as pessoas no consul-tório, faz cirurgias e que obviamente tem seus defeitos. Eu fico mais chateado com aquilo que eu não fiz do que feliz com aquilo que consegui realizar. A cidade é como se fosse a nossa casa. Então para você fazer uma reforma, você tem dificuldade em contratar um pedreiro, um eletricista, a gente também tem essa difi-culdade, mas mesmo assim a gente tem que reformar nossa casa sem tirar as pessoas que moram dentro, ou seja, você esvazia a sala e ninguém passa na sala, mas na cidade você não pode fazer isso, você tem que ir reconstruindo e reformando com as pessoas usando. Este é o grande desafio e acho que as pessoas percebe-ram que nós trabalhamos e trouxemos avanços e pro-gressos para a cidade. Eu tenho certeza de que cada um dos cidadãos de Resende se sente participativo,

pois abrimos voz para as pessoas nos conselhos mu-nicipais. Voltamos a fazer creches e hospitais, e isso não é simples. Mostramos para a população que vi-ramos a página de uma política que só asfalto ganha-va eleição. O cidadão percebeu que o filho tem uma escola melhor do que a que ele teve, que o filho tem mais opções na questão da saúde, entre muitas outras mudanças. A cidade começou a ganhar cor e provou que pode crescer junto com a indústria e com todos os outros segmentos.

Quais os resultados que a Cruz Vermelha de Volta Redonda apresenta no atendimento à saúde do muni-cípio por meio desta parceria?

Fico muito feliz com esta parceria com a Cruz Ver-melha de Volta Redonda. Uma das maiores avaliações do nosso governo é na área da saúde, e esta parte é muito delicada, pois promover saúde, não é somente abrir hospitais, promover saúde é evitar que pessoas fiquem doentes. Este é o trabalho que o Programa de Saúde faz, e parte dele, com a Cruz Vermelha de Vol-ta Redonda administrando junto com a Prefeitura. A população percebeu que a saúde melhorou e conti-nua melhorando. A Cruz Vermelha de Volta Redonda neste ponto de vista tem nos ajudado bastante, pois temos a intenção de aumentar os índices da saúde gra-dativamente.

O Poder Público alcançou a resolutividade e a eco-nomicidade com a contratação da Cruz Vermelha de Volta Redonda?

Uma vez estava em um congresso e o palestrante na época era o proctologista do Bill Clinton, ex-presi-dente dos Estados Unidos.

Ele estava falando sobre a possibilidade de fazer exames preventivos de câncer de intestino, que é atra-vés da Colonoscopia, um exame caro. Ele mostrou os números dos Estados Unidos, um volume enorme de dinheiro investido e um resultado muito pequeno na prevenção. A desproporcionalidade era muito grande do investimento para o resultado. O país foi muito questionado por isso. Depois disso, o palestrante falou que não sabia quanto valia a nossa vida, mas a dele valia milhões. Assim, quando você fala em economi-cidade em saúde... se você não investir, você não vai ter, pois saúde é caro, como o ditado diz “saúde não tem preço”. A prefeitura está investindo certo. E esta parceria com a Cruz Vermelha de Volta Redonda ou com qual-quer outro órgão que nos ajude a controlar e melhorar a saúde é um dinheiro muito bem gasto, um dinheiro abençoado. Nossos índices de saúde estão muito bons e para isso investimos muito. A tendência é investir mais porque o resultado veio com a satisfação do cidadão, com a melhoria da qualidade de vida e com a melhoria da saúde. A questão da economicidade... como saúde não tem preço, valeu muito a pena.

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Há uma grande discussão em torno do dinheiro. Ele traz ou não felicidade? Na verdade, para quem tem a cabeça boa e consegue aprovei-

tar de maneira sadia seu patrimônio, é uma felicidade e tanto. Porém, há outros casos, em que mesmo a pes-soa tendo dinheiro, fama e amigos, ela não está satis-feita. No mundo artístico, principalmente no musical, existe muito isso. Foi o que aconteceu recentemente com Alexandre Magno Abrão, o “Chorão”, da banda Charlie Brown Jr, uma das mais famosas e influentes entre os jovens de todo o Brasil. Chorão, 42 anos, foi encontrado morto em sua cobertura em São Paulo, no último dia 06 de março. O motivo da morte, que já aconteceu com outros cantores famosos, foi overdose.

A mistura de cocaína, tranquilizantes, bebidas al-coolicas e energéticos, encontrada na casa e no or-ganismo do cantor, foi o motivo de sua morte. Mis-turado com a depressão, já que estava recentemente separado de sua mulher, seu quadro psicológico ficou ainda mais abalado e podemos concluir que Chorão provocou a própria morte. O uso abusivo de drogas na classe musical chega a ser “normal” e muitos ou-tros cantores mega famosos já morreram pelo mesmo motivo, seguem alguns:

Vale ressaltar que Cazuza, Renato Russo e Freddy Mercury, apesar de não terem morrido de overdose, morreram de Aids, proveniente também do uso excessivo de drogas. Para ten-tarmos esclarecer este assunto, entrevistamos o coordenador do Ambulatório de Dependência

Química do Espaço Reviver, situado em Barra Mansa, Sérgio murilo Conti.

No meio artístico e musical é muito comum acom-panharmos casos de mortes de cantores por uso abu-sivo de drogas, como aconteceu agora com Chorão. O que pode acontecer com uma pessoa que usa dro-gas de forma compulsiva?

Normalmente as pessoas começam a usar drogas num padrão muitas vezes social passando pelo uso

- Jimy Hendrix - Elvis Presley - Janis Joplin- Sid Vicious (Sex Pistols) - Kurt Cobain - James morrison (The Doors) - Amy Winehouse- Elis Regina - Cássia Eller

Foto: DivulgaçãoPor Diego [email protected]

O CANTOR CHORãO, ASSIm COmO mUITOS OUTROS ARTISTAS, fOI mAIS UmA VíTImA DO USO ABUSIVO DE DROGAS E DO DESCONTROlE PSICOSSOCIAl

por que a droga mata tanto pessoas famosas?

Quem foi Chorão? Foi cantor, compositor, cineasta,

poeta, roteirista e empresário. Vocalista, principal letrista e fun-

dador da banda santista Charlie Bro-wn Jr, em 1992, juntamente com Re-nato Pelado, Marcão, Champignon e Thiago Castanho. Chorão foi o único integrante da banda a participar de todas as formações.

A banda lançou dez álbuns e já vendeu mais de cinco milhões de dis-cos até hoje.

de risco e com o tempo este padrão pode evoluir para a dependência. Podemos classificar o padrão de consumo: uso prejudicial que já está causando dano à saúde física ou mental; uso abusivo quando o uso continuado de droga representa mais para o usuário do que os problemas causados por tal uso; e a depen-dência que podemos definir como quando o organis-mo acostumou com a substância e fica muito difícil ficar sem ela, sendo que, no caso de sua ausência, a pessoa pode apresentar a síndrome de abstinência que é um conjunto de sintomas físicos insuportáveis. Este quadro pode levar à compulsão do consumo de drogas que é o uso repetitivo de forma frequente e ex-cessiva na busca de uma gratificação, seja por prazer imediato ou alívio de desprazer. Mas, mesmo com o sentimento de prazer ou alívio, a compulsão continua mais forte, levando o indivíduo a repetir o consumo.

Dependendo do tipo da droga a pessoa pode ter uma overdose: dose excessiva de uma droga, com graves implicações físicas e psíquicas, podendo levar à morte por parada respiratória e/ou cardíaca.

E se este uso for em conjunto com calmantes, o que pode vir a acontecer?

A droga de escolha ou de eleição do usuário é aque-la que na pratica dá mais prazer, sendo que a associa-ção de drogas pode ser para potencializar o efeito. Por exemplo, o uso do álcool com calmante, que leva a pessoa ao sono profundo porque são drogas classifi-cadas como depressoras do sistema nervoso central, levando ao risco de vida devido à depressão respi-ratória. E tem associação de drogas que os próprios usuários falam que diminui o efeito de fissura (desejo intenso de consumir) e que tem como exemplo o uso da maconha após fumar pedra de crack. Portanto o uso do calmante é muito perigoso quando usado sem uma orientação médica e principalmente associado a outro tipo de droga.

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