Revista pronews 47

2
7/10/2014 Revista Pronews http://www.revistapronews.com.br/edicoes/47/historia_da_comunicacao.html 1/2 Anuncie Editorial Expediente Edições Anteriores Lista de Discussão Matérias Notas Seções Giro Giro Brasil Na Web Entrevista Ficha técnica Brainstorm A vez do cliente História da Comunicação Click Eu recomendo Nome : E-mail : Estado : Cidade : Agosto de 2003 | nº 47 | Capa: Extra Comunicação ERA UMA VEZ A REVISTA Ivelise Gomes Poucos são os trabalhos que tomam a mídia revista como objeto de estudo, entretanto, precisa ser desvendada pois apresenta uma complexidade muito maior do que os comumente pesquisados pelos teóricos de comunicação. Diferentemente dos jornais, o periódico não trabalha com a atualidade, mas desenvolve um processo sutil de massificação do comportamento de um público fiel e acostumado a consumir. Por isso, está na hora de desmistificar sua imagem negativa e pensar neles como produtos de informação de qualidade, independente do seu caráter comercial ou comportamental. Para tanto, é preciso conhecer e compreender sua história. Denominadas originalmente de magazines (que corres-ponde à publicações de conteúdo variado), as revistas surgiram no século XVII, sob a forma de notas de livros, publicadas nos primeiros cadernos de notícias ("jornais"). Em 1646, tais notas acompanhadas por pequenos comentários críticos foram aparecendo com maior freqüência até serem agrupadas (em 1650) e tomarem a feição do que conhecemos hoje como suplemento, em 1663, com a Edificantes Discussões Mensais. A partir daí, apareceram, em todo o mundo, inúmeros periódicos que seguiam a proposta de divulgar trabalhos em áreas específicas. Até que, em 1672, nasce na França a primeira revista "não séria", o Mercúrio Galante, com notícias da Corte, anedotas e poesia, cuja fórmula foi seguida por várias publicações em toda Europa. A mídia revista foi ganhando mais corpo com o incremento de novas seções como as informações de serviço surgidas no Athenian Gazette (em 1690) como notas ou matérias e de desenhos que reproduziam os costumes da sociedade - nascidos em 1698, na London Spy -, que, apesar de engraçados, vulgares e (algumas vezes) obscenos, foram adotados por outras publicações. No final do século XIX, as revistas femininas se multiplicaram enormemente, apresentando uma fór-mula editorial dedicada aos afazeres do lar e às novidades da moda como Good Housekeeping (1885) e Vogue (1892), que continuam sendo publicadas até hoje. Este período também marcou o desenvolvimento de publicações dirigidas aos jovens ingleses, assim como a multiplicação de veículos femininos. Os melhores títulos da época misturavam ficção, ciências e sugestões práticas para vários hobbies e expressões artísticas, como Chatterbox (que durou 68 anos). Mas o nascimento do cinematografo, em 1895, surge como o início de uma nova era de transformações - completada pelo rádio e pela televisão -, que marcou o século XX como a era das "ciências da informação" ou das "comunicações audiovisuais". A partir daí, o mercado editorial passou a se modificar para despertar a atenção do público, criando novas propostas como a da The Reader's Digest, primeira revista de bolso (de 1922), com artigos condensados e já publicados em outros periódicos. Posteriormente, integra-se o suplemento fotográfico no Time Magazine (de 1934), que acelerou a revolução das revistas ilustradas, despertando a atenção de leitores e de Henry Luce, que elaborou a Life (1936), uma revista com muitas fotografias e poucos textos. Recife . Salvador . Fortaleza . Natal . João Pessoa . Maceió . Teresina

description

Matéria sobre a origem das revistas no mundo

Transcript of Revista pronews 47

Page 1: Revista pronews 47

7/10/2014 Revista Pronews

http://www.revistapronews.com.br/edicoes/47/historia_da_comunicacao.html 1/2

Anuncie Editorial Expediente Edições Anteriores Lista de Discussão

Matérias

Notas

Seções

Giro Giro Brasil Na Web Entrevista Ficha técnica Brainstorm A vez do cliente História da Comunicação Click Eu recomendo

Nome :

E-mail :

Estado :

Cidade :

Agosto de 2003 | nº 47 | Capa: Extra Comunicação

ERA UMA VEZ A REVISTAIvelise Gomes

Poucos são os trabalhos que tomam a mídia revista como objeto de estudo,entretanto, precisa ser desvendada pois apresenta uma complexidade muito maiordo que os comumente pesquisados pelos teóricos de comunicação.Diferentemente dos jornais, o periódico não trabalha com a atualidade, masdesenvolve um processo sutil de massificação do comportamento de um públicofiel e acostumado a consumir. Por isso, está na hora de desmistificar sua imagemnegativa e pensar neles como produtos de informação de qualidade, independentedo seu caráter comercial ou comportamental. Para tanto, é preciso conhecer ecompreender sua história.

Denominadas originalmente de magazines (que corres-ponde à publicações de conteúdo variado), asrevistas surgiram no século XVII, sob a forma de notas de livros, publicadas nos primeiros cadernosde notícias ("jornais"). Em 1646, tais notas acompanhadas por pequenos comentários críticos foramaparecendo com maior freqüência até serem agrupadas (em 1650) e tomarem a feição do queconhecemos hoje como suplemento, em 1663, com a Edificantes Discussões Mensais. A partir daí,apareceram, em todo o mundo, inúmeros periódicos que seguiam a proposta de divulgar trabalhosem áreas específicas. Até que, em 1672, nasce na França a primeira revista "não séria", o MercúrioGalante, com notícias da Corte, anedotas e poesia, cuja fórmula foi seguida por várias publicaçõesem toda Europa.

A mídia revista foi ganhando mais corpo com o incremento de novas seções comoas informações de serviço surgidas no Athenian Gazette (em 1690) como notas oumatérias e de desenhos que reproduziam os costumes da sociedade - nascidos em1698, na London Spy -, que, apesar de engraçados, vulgares e (algumas vezes)obscenos, foram adotados por outras publicações. No final do século XIX, asrevistas femininas se multiplicaram enormemente, apresentando uma fór-mulaeditorial dedicada aos afazeres do lar e às novidades da moda como GoodHousekeeping (1885) e Vogue (1892), que continuam sendo publicadas até hoje.Este período também marcou o desenvolvimento

de publicações dirigidas aos jovens ingleses, assim como a multiplicação de veículos femininos. Osmelhores títulos da época misturavam ficção, ciências e sugestões práticas para vários hobbies eexpressões artísticas, como Chatterbox (que durou 68 anos).Mas o nascimento do cinematografo, em 1895, surge como o início de uma nova era detransformações - completada pelo rádio e pela televisão -, que marcou o século XX como a era das"ciências da informação" ou das "comunicações audiovisuais". A partir daí, o mercado editorial passoua se modificar para despertar a atenção do público, criando novas propostas como a da The Reader'sDigest, primeira revista de bolso (de 1922), com artigos condensados e já publicados em outrosperiódicos. Posteriormente, integra-se o suplemento fotográfico no Time Magazine (de 1934), queacelerou a revolução das revistas ilustradas, despertando a atenção de leitores e de Henry Luce, queelaborou a Life (1936), uma revista com muitas fotografias e poucos textos.

Recife . Salvador . Fortaleza . Natal . João Pessoa . Maceió . Teresina

Page 2: Revista pronews 47

7/10/2014 Revista Pronews

http://www.revistapronews.com.br/edicoes/47/historia_da_comunicacao.html 2/2