REVISTA PROPÓSITO
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LUGAR DO MÊS
Machu PicchuA cidade perdida
Machu Picchu, também chamada "cidade perdida dos Incas", é
uma cidade pré-colombiana bem conservada, localizada
no topo de uma montanha, a 2400 metros de altitude, no vale do rio
Urubamba, atual Peru. Foi construída no século XV, sob as
ordens de Pachacuti. O local é, provavelmente, o símbolo mais
típico do Império Inca, quer devido à sua original localização e
características geológicas, quer devido à sua descoberta tardia em
1911. Apenas cerca de 30% da cidade é de construção
original, o restante foi reconstruído. A construção
original é formada por pedras maiores, e com encaixes com pouco
espaço entre as rochas.
Consta de duas grandes áreas: a agrícola, formada
principalmente por terraços e recintos de armazenagem de
alimentos; e a outra urbana, na qual se destaca a zona sagrada com templos, praças e mausoléus reais.
A disposição dos prédios, a excelência do trabalho e o grande número de terraços para agricultura são
impressionantes, destacando a grande capacidade daquela sociedade. No meio das montanhas, os templos, casas
e cemitérios estão distribuídos de maneira organizada, abrindo ruas e aproveitando o espaço com escadarias.
Segundo a história inca, tudo planejado para a passagem do deus sol.
“O lugar foi elevado à categoria de Património mundial da UNESCO, tendo sido alvo de preocupações devido à interação com o turismo por ser um dos pontos
históricos mais visitados do Peru.”
A mais aceita teoria afirma que foi um assentamento construído com o objetivo de supervisionar a
economia das regiões conquistadas e com o propósito secreto de refugiar o soberano Inca e seu séquito mais
próximo, no caso de ataque.
HISTÓRIA
Em 1865, no curso de suas viagens de exploração pelo Peru, o naturalista italiano Antonio Raimondi passou
ao pé das ruínas e menciona o quão escassamente povoada era a região na época. Porém, tudo indica que foi por
esses anos que a região começou a receber visitas por interesses distintos.
“Uma investigação em curso divulgada recentemente revela informação sobre um
empresário alemão chamado Augusto Berns que em 1867 não só havia "descoberto"
as ruínas mas também havia fundado uma empresa "mineira" para explorar os
presumidos "tesouros" que abrigavam.”
De fato, uma investigação em curso divulgada recentemente revela informação sobre um empresário alemão
chamado Augusto Berns que em 1867 não só havia "descoberto" as ruínas mas também havia fundado uma
empresa "mineira" para explorar os presumidos "tesouros" que abrigavam. De acordo com esta fonte, entre 1867
e 1870 e com a aprovação do governo de José Balta, a companhia havia operado na zona e logo vendido "tudo o
que encontrou" a colecionadores europeus e norte-americanos.
Conectados ou não com esta suposta empresa (cuja existência espera ser confirmada por outras fontes e
autores) o certo é que nesta época que os mapas de prospecções mineiras começam a mencionar Machu Picchu.
Assim, em 1870, o norte-americano Harry Singer coloca pela primeira vez em um mapa
a localização do Cerro Machu Picchu e se refere ao Huayna Picchu como "Punta Huaca del Inca".
“Charles Wiener confirma a existência de restos arqueológicos no lugar, afirma que há ruínas na Machu Picchu”
Um segundo mapa de 1874, elaborado pelo alemão Herman Gohring, menciona e localiza em seu local exato
ambas montanhas.
Por fim, em 1880 o explorador francês Charles Wiener confirma a existência de restos arqueológicos no
lugar, afirma que há ruínas na Machu Picchu, embora não possa chegar ao local. Em qualquer caso está claro que
a existência da suposta "cidade perdida" não se havia esquecido, como se acreditava até há alguns anos.
Foi o professor norte-americano Hiram Bingham quem, à frente de uma expedição
da Universidade de Yale, que redescobriu e apresentou ao mundo Machu Picchu em
24 de julho de 1911. Este antropólogo, historiador ou simplesmente, explorador aficcionado da arqueologia,
realizou uma investigação da zona depois de haver iniciado os estudos arqueológicos. Bingham criou o nome de
"a Cidade Perdida dos Incas" através de seu primeiro livro, Lost City of the Incas.
Enquanto inspecionava as ruínas, Bingham, assombrado, anotou em seu diário:
“Would anyone believe what I have found?" (Acreditará alguém no que encontrei?)”
EDITORIAL
As drogas nas famílias
Começou na última segunda-feira a semana de informação sobre as drogas. Em Araçatuba, o Amor
Exigente, entidade sem fins lucrativos, assiste na luta tanto dos viciados quanto das famílias pela
libertação. Esta semana, especialmente, servirá para alertar aos pais, principalmente, sobre os perigos das
drogas e quais os motivos que levam crianças e adolescentes ao consumo de entorpecentes.
Após anos de experiência, muito trabalho, realizações e frustrações, a opinião unânime é de que o
ambiente familiar desestruturado é uma das principais entradas para o vício em entorpecentes, sejam
eles lícitos ou ilícitos. Famílias desestruturadas, onde pais buscam, acima de tudo, a amizade dos filhos e a
compensação da ausência pelas longas jornadas de trabalho com presentes e dinheiro tornam-se fragilizadas,
propiciando o encontro com as drogas e a utilização destas como válvula de escape para a falta de carinho,
amor, atenção e afeto, sentimentos que, impreterivelmente, permeiam o ambiente familiar.
A facilidade em obter dinheiro e presentes empurra os filhos para experiências novas, pois a
curiosidade é satisfeita a todo o momento com o brinquedo da moda, a roupa de grife, o tênis importado, o
cartão de crédito e a mesada graúda, maior do que o salário de inúmeros trabalhadores que labutam de sol a
sol, incansavelmente, para prover, deficientemente, o sustento familiar. Nenhum sentimento poderá, em
momento algum, ser suprido por presentes ou dinheiro. O dinheiro nunca trará felicidade, basta olhar para o
grande número de pessoas abastadas financeiramente e que dariam tudo para recuperar a saúde, a família, um
ente querido, um filho perdido para o mundo das drogas. É como a parábola do filho pródigo.
Lutar contra as drogas é um exercício diário que deve ser praticado em família. A melhor maneira
de evitar as armadilhas deste submundo é o diálogo franco e aberto entre pais e filhos, independentemente
da idade. Pai é pai. Mãe é mãe. Nada impede que os pais sejam amigos dos filhos, mas, acima de tudo, eles
devem exercer o dever da paternidade responsável e não tentar ter a mesma atitude e idade mental dos filhos e
amigos. Quantos pais molham chupetas de bebês na cerveja achando que isso não é problema? Quantos
fumam e não falam aos filhos as verdades sobre os males do cigarro por vergonha de admitirem a fraqueza
perante o vício? São esses pequenos exemplos que, futuramente, trarão transtornos maiores e culminarão com
a dilaceração da família. A melhor prevenção é o diálogo e as informações são essenciais. Ser viciado não é
vergonhoso. Vergonhoso é não admitir o erro e ignorar a ajuda que pode ser obtida.
ESCOLA
Alunos do Barão realizam Feira dos Sentidos.
Num trabalho prático da disciplina de Ciências, os estudantes da 7ª série do Instituto Anglicano
Barão do Rio Branco pesquisaram e montaram experiências com o objetivo de mostrar e explicar o
funcionamento de cada um dos sentidos do corpo humano. Todos os alunos do Ensino Fundamental
visitaram a feira, onde em barracas montadas no pátio da Escola, vivenciaram experiências envolvendo o
paladar, a visão, a audição, o tato e o olfato. Na barraca do paladar, os visitantes são vendados e devem
adivinhar os sabores de água com sal, água com café e água com açúcar. O olfato é testado pelos participantes
também vendados, os quais precisam saber o cheiro de gengibre, canela, cravo, mel, café e perfume.
A oficina “Do toque ao Braile” permite que os alunos, com uma venda, sintam sensações
semelhantes à de um cego, tocando em água quente e gelada, diferentes texturas e figuras feitas de alfinetes.
Na “Trilha dos Sentidos” é possível testar as sensações transmitidas pela água gelada, esponja, limão com
palitos, massinha de modelar e conchas, desafiando os alunos a tentar adivinhar o que está sendo tocado.
Na oficina da audição, os participantes deitam em colchões e escutam sons de carro, trem, vento,
cachoeira e diversos animais, para que no final, conversem sobre o que ouviram e confirmem se era realmente
o que imaginavam. Na barraca da Visão, um caderno e estojo são colocados dentro de uma caixa escura para
que as pessoas enxerguem sem a presença da luz. Quando colocada uma lanterna sobre esses objetos, a
visualização fica mais perceptível, partindo assim, do princípio da dilatação da pupila.
Na “Ilusão de Ótica”, os estudantes mostram testes de astigmatismo, daltonismo, figuras ambíguas
e imagens que “se mexem” aos nossos olhos. Os organizadores dessa barraca declaram que “ao mostrar essas
figuras, a gente percebe que o nosso cérebro não é uma máquina perfeita, afinal, ele pensa uma coisa e é outra
totalmente diferente”.
“A gente estudou muito para poder chegar até aqui e explicar sobre cada sentido. Agora, melhoramos o nosso aprendizado e podemos mostrar aos outros o que
aprendemos.”Ao finalizar a visualização de todas as barracas, os alunos aprendem e se divertem na parte das
“Brincadeiras dos sentidos”, sendo possível brincar, por exemplo, com o “Pênalti cego”, onde eles fazem o
pênalti com vendas nos olhos e na “Vista sem vista”, que os participantes, vendados, vestem bonecos com
diversas roupas. Também podem se divertir com jogos relacionados aos sentidos no Laboratório de Informática.
Tudo para “ perceber melhor o que nos cerca”, conforme a professora Graciela Tonin, responsável pelo trabalho.
A aluna Fernanda Fávero relata que o entendimento sobre o assunto ficou mais fácil depois da criação da
Feira. “A gente estudou muito para poder chegar até aqui e explicar sobre cada sentido. Agora, melhoramos o
nosso aprendizado e podemos mostrar aos outros o que aprendemos”.
SAÚDE
Saúde sem médico?
Zero Hora publicou nesta semana mais um fato envolvendo a UTI neonatal de Canguçu, interditada
há seis meses por não ter até hoje contratado médicos. Sem conseguir vagas em outros hospitais, após 10 dias
de espera, leitos de UTI para dois recém-nascidos foram improvisados. Mais um capítulo dramático da novela da
unidade de Canguçu que deve servir de exemplo do ocaso da assistência, a pública e a privada.
As dificuldades crescentes para usuários de planos acessarem uma simples consulta ou procedimentos têm
relação direta com uma constatação: o sistema explodiu, chegando a 47,6 milhões de segurados (25% da
população do país) e não houve uma correspondência em aumento de oferta de serviços credenciados, e a que
existe, de tão desvalorizada, enfrenta evasão. Este é o quadro na área médica.
E na hora de cobrar pelo atendimento, tanto o gestor público (União, Estados e municípios) quanto as
operadoras (reguladas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar) deveriam prestar contas, executado o que
está na Constituição Federal (SUS) e nos contratos dos planos comprados pelos usuários. São dois
extremos: recursos de menos nos governos e mal direcionados, e recursos demais na rede suplementar _ a receita
das empresas avançou quase 200% (!) entre 2003 e 2011, mas que não foram investidos na melhoria da
remuneração dos prestadores. O valor da consulta médica, por exemplo, foi corrigida em apenas 65% no mesmo
período.
Na administração do SUS, como em uma empresa, tem a fase do projeto, da aprovação do plano junto aos
órgãos da saúde, da obtenção do dinheiro para o projeto e a execução. Em que etapa, houve de forma
responsável o dimensionamento do custo de contratação de médicos para assegurar o pleno funcionamento da
UTI de Canguçu?
Novamente, cabe alertar que não faltam médicos para atuar nos serviços. O Estado tem o dobro de
profissionais de que a população precisa, segundo dados do Ministério da Saúde. O que é insustentável é a
conduta irresponsável de administradores públicos, em sua maioria cargos de indicação política (cujos ocupantes
mudam a cada quatro anos), na hora de entregar o que a população precisa.
A dificuldade em preencher postos médicos em diversas instituições é hoje o entrave número 1 ao
funcionamento dos serviços. Na Capital, na Região Metropolitana ou no Interior, há hospitais com leitos
fechados ou subutilizados porque não são contratados especialistas. E a razão é simples e envolve planejamento:
o sistema de saúde deve ser dimensionado para dar conta do potencial de demandas dos pacientes. Depois de
termos isso, parte-se para montar a rede da básica ao nível terciário (hospitalar).
Pouco disso tem sido considerado. Senão,
como explicar que ao montar as equipes
economiza-se exatamente no que é o elemento
fundamental do tratamento: o médico? O
Estado perdeu 30% das vagas de internação no
SUS nos últimos 20 anos, e o que restou opera
abaixo da capacidade, sobrecarregando outras
estruturas (fenômeno da superlotação das
emergências). Por quanto tempo ainda gestores
lutarão contra o sentido terapêutico da vida?
Não bastam leitos, UTIs, postos e equipamentos
sofisticados, se falta o médico. Problema é que
querem contratá-lo com propostas que já
fracassaram faz tempo.
ENTREVISTA
Especial Dia do Médico
Entrevistado: Paulo Roberto M. Jaskulski, cardiologista.
Qual a função social do médico?
A função social do médico no conceito simplista seria a de salvar vidas. Este é o tipo de ação que a
sociedade espera de alguém que ocupa dentro dela o Status de Médico. Acredito que a nossa função social seja a
de auxiliar em todos os processos de melhora da qualidade de vida, na prevenção de enfermidades, no
tratamento desta ou, quando vencidos pelas doenças, aliviar ao máximo o sofrimento dos enfermos.
Comente sobre a formação do médico.
Pelas dificuldades junto ao Ministério da Educação (MEC) de se montar um curso de medicina no Brasil,
inclusive pelo seu elevado custo, dificultou-se a proliferação de cursos com baixo nível profissional, mantendo
em parte a formação do médico ainda resguardada, com poucos cursos em relação à quantidade de jovens que
buscam a carreira de médico.
A escolha da medicina ainda representa o sonho de estabilização financeira, status social e facilidade
de inserção no mercado de trabalho, principalmente em países em desenvolvimento econômico como o
Brasil. Porém, esta carreira impõe ao jovem um elevado grau de responsabilidade e, como professor, tenho
percebido que eles sentem este grau de cobrança, seja no processo seletivo altamente competitivo, na longa
formação médica de aproximadamente 10 anos ou no “peso” do “ser Médico”, dentro de nossa sociedade.
Quais as principais dificuldades da categoria?
Apesar da tendência a sempre respondermos a esta pergunta com o relato de dificuldade financeira de uma
categoria, não acredito ser esta a principal dificuldade dos médicos, os quais podem com múltiplos vínculos
trabalhistas, auferir um retorno financeiro satisfatório, quando a atividade médica é comparada a outras
profissões. Mesmo para aqueles que trabalham com saúde suplementar, onde os planos de saúde determinam
quanto, como e quando eles vão receber, ainda assim, o retorno financeiro pode ser razoável. Acredito que as
maiores dificuldades são a elevada carga de trabalho e o alto nível de exigência profissional da sociedade
para com o médico e dele consigo mesmo, gerando em muitos a ansiedade, a angústia, e a depressão.
Como é hoje lidar com o paciente do Dr. Google? Aquele que busca no Google respostas médicas para
sintomas, busca remédios etc.
Em minha opinião, existem vantagens e desvantagens. As vantagens estão nos pacientes de bom nível
cultural que sabem utilizar corretamente o instrumento de pesquisa de maneira mais avançada, sendo
capazes de filtrar as respostas, entendendo melhor o seu problema e indo para uma consulta com um maior
conhecimento de sua doença, transformando este momento em um ambiente salutar de esclarecimento de
dúvidas e elucidações. Por outro lado, se a busca for realizada de forma aleatória, como é na maioria dos
casos, o paciente poderá ficar ainda mais perdido no entendimento do seu caso específico. Devemos
lembrar que uma mesma doença poderá ter diversos cursos e que cada paciente sempre é único.
ASSUNTO DIVERSO
HAARPO projeto militar dos EUA que pode ser uma arma geofísica
Em 1993, começou a funcionar no Alasca (Estados Unidos) o HAARP, um projeto
de estudos sobre a ionosfera terrestre. O HAARP, que significa “Programa de
Investigação de Aurora Ativa de Alta Frequência”, visa a compreender melhor o
funcionamento das transmissões de ondas de rádio na faixa da ionosfera, parte superior da
atmosfera.
Segundo relatos oficiais, o projeto tem como objetivo principal ampliar o conhecimento
obtido até hoje, sobre as propriedades físicas e elétricas da ionosfera terrestre. Com isso,
seria possível melhorar o funcionamento de vários sistemas de comunicação e navegação,
tanto civis quanto militares (o que gera desconfiança em grande parte dos conhecedores do HAARP).
Para realizar estes estudos, as antenas de alta frequência do HAARP enviam ondas para a ionosfera visando
a aquecê-la. Assim são estudados os efeitos das mais diversas interações de temperaturas e condições de pressão.
Por que no Alasca?A criação das instalações foi possível graças a uma parceria entre a Força Aérea Americana, A
Marinha dos Estados Unidos e também da Universidade do Alasca. Esta última foi escolhida a dedo,
graças à localização: a ionosfera sobre o Alasca é pouco estável, o que garante uma maior gama de condições
para os estudos.
Outro fator que pendeu para que os pesquisadores escolhessem o Alasca é a ausência de grandes
cidades nas proximidades. Assim, não há ruídos na captura de imagens e sinais, pois os sensores ficam
localizados ao alto de algumas montanhas. Também há informações de que este local sofreria o menor impacto
ambiental entre as áreas candidatas a receber o HAARP.
Ionosfera: íons e mais íonsEsta faixa recebe este nome porque é bastante ionizada, ou seja, perde e ganha elétrons com
facilidade, o que a deixa em constante carregamento elétrico. O grande agente ionizador da
ionosfera é o sol, que irradia muita carga na direção da Terra, mas meteoritos e raios cósmicos também
influenciam bastante na presença dos íons.
A densidade dos íons livres é variável e apresenta alterações de acordo com vários padrões temporais, hora
do dia e estação do ano são os principais pontos de variação da ionosfera. Outro fenômeno interessante
acontece a cada 11 anos, quando a densidade dos elétrons e a composição da ionosfera
mudam drasticamente e acabam bloqueando qualquer comunicação em alta
frequência.
Reflexão ionosférica
Há frequências de ondas que são, quase, completamente refletidas pela ionosfera
quando aquecida pelas antenas HAARP. Os pesquisadores do HAARP pretendem provar que essa
reflexão pode ser utilizada como um satélite para enviar informações entre localidades, facilitando as
comunicações e também a navegação, melhorando os dispositivos GPS utilizados atualmente.
O problema é que ainda não se conhecem as reais propriedades da reflexão
ionosférica. Além disso, há o fato de as propriedades da ionosfera se modificarem durante a noite, por
exemplo, quando a altitude dela aumenta e as densidades ficam mais baixas. Essas variações tornam difícil uma
padronização para o envio de ondas, independente do comprimento delas.
HAARP: um novo modo de estudoHá várias formas de estudo das faixas da atmosfera terrestre. Para as camadas mais baixas, até
mesmo balões podem ser utilizados para capturar dados sobre diferenças nas
condições naturais. A camada de ozônio, por exemplo, é verificada com balões meteorológicos que
realizam medições das taxas de radiação que ultrapassam pela atmosfera.
Por ficar muito mais acima, balões meteorológicos e satélites não podem ser utilizados para realizar
medições e análises sobre a ionosfera. Por isso o HAARP é tão importante, já que utiliza a maneira mais
eficiente de contatar o setor: antenas de emissão de ondas de frequência altíssima.
Os resultados são utilizados para entender como o sol influencia no sinal de rádio
em diversas faixas de frequência. Utiliza-se também um “Aquecedor Ionosférico”, conhecido como
“Instrumento de Investigação Ionosférica”, ele transmite frequências altas para modificar a ionosfera e entender
os processos produzidos em sua composição.
As antenas do Instrumento de Investigação emitem sinais para altitudes entre 100 e 350 Km. Outros
aparelhos do mesmo projeto são responsáveis pela recepção dos sinais, interpretando-os e permitindo a criação
de relatórios sobre a dinâmica do plasma ionosférico e também sobre a interação entre o planeta e o sol.
Aquecendo a ionosfera: riscos?
O HAARP não é o único aquecedor ionosférico do planeta. Há também um
localizado na Noruega e outro na Rússia. Todos eles realizam o mesmo processo: utilizam antenas
de alta frequência para aquecer a ionosfera e criar uma aurora artificial.
Essa aurora artificial é muito aquecida, o que pode gerar elevação nas
temperaturas em determinadas localidades do planeta. Em uma espécie de efeito estufa
ionosférico, locais abaixo da ionosfera atingida pelas antenas do HAARP podem ter suas temperaturas elevadas
em alguns graus centígrados.
O outro lado da moeda: as conspiraçõesAssim como boa parte de tudo o que é produzido sob tutela de alguma das forças armadas norte-
americanas, o HAARP também gera uma série de desconfianças por parte das mentes mais conspiratórias.
Ameaça global ou apenas melhorias nas tecnologias de comunicação? Confira as teorias de conspiração que
envolvem este projeto.
Arma geofísica: a denúncia russaE nem todas estas teorias surgem de movimentos independentes. A prova disso aconteceu em 2002, quando
o parlamento russo apresentou ao então presidente Vladimir Putin documentos que afirmavam veementemente
que os Estados Unidos estariam produzindo um novo aparelho, capaz de interferir em todo o planeta, a partir de
pontos isolados.
O relatório dizia que o HAARP seria uma nova transição na indústria bélica, que já
passou pelas fases de armas brancas, armas de fogo, armas nucleareas, armas
biológicas e chegaria então ao patamar de armas geofísicas. Segundo estas teorias,
seria possível controlar placas tectônicas, temperatura atmosférica e até mesmo o
nível de radiação que passa pela camada de ozônio.
Todas estas possibilidades podem gerar uma série de problemas para as populações atingidas. Atingindo
países inteiros, desastres naturais podem minar economias, dizimar concentrações populacionais e gerar
instabilidade e insegurança em toda a Terra.
Terremoto no Haiti
Quais seriam os efeitos dos controles de frequência sobre as placas tectônicas? Segundo a imprensa
venezuelana a resposta é: terremoto. O jornal “Vive” afirma que teve acesso a
documentos que comprovam a utilização do HAARP para manipular a geofísica
caribenha e ocasionar os terremotos do Haiti, que causaram a morte de mais de 100
mil pessoas.
Caso esteja se perguntando os motivos para a escolha de um país tão pobre, as teorias conspiratórias
também possuem a resposta para esta pergunta. Os Estados Unidos precisavam de um local para testar o
potencial de sua nova arma. Os testes oceânicos não davam informações suficientes e atacar os inimigos no
oriente médio seria suicídio comercial.
Afinal de contas, terremotos poderiam destruir poços de petróleo muito valiosos. Assim, o governo norte-
americano viu no Haiti, um país já devastado, o perfeito alvo para seus testes. Sem potencial econômico e sem
possuir desavenças com outros países, dificilmente haveria uma crise diplomática com a destruição do Haiti
Bloqueio militar
Outra teoria bastante defendida diz que os Estados Unidos poderiam causar um completo
bloqueio militar a todas as outras nações do mundo. Causando interferências nas
ondas habituais, impedindo que qualquer frequência seja refletida pela atmosfera e
até mesmo que dispositivos de localização possam ser utilizados.
Para isso, a defesa norte-americana só precisaria aquecer a ionosfera com seus aquecedores HAARP. Com a
potencia correta, todo o planeta ficaria em uma completa escuridão geográfica. Então, apenas quem possui o
controle do aquecedor ionosférico poderia ter acesso aos dados de localização e navegação de seus veículos
militares.
Também se fala em mapeamentos de todo o planeta em pouco minutos, pois as ondas de frequências
extremas poderiam criar relatórios completos de tudo o que existe na superfície terrestre. Elementos vivos ou
não, tudo poderia ser rastreado pelas ondas do HAARP. Pelo menos é o que dizem as teorias conspiratórias.
Controle mentalExistem ondas de rádio em diversas frequências, por mais que não sintonizemos nossos rádios para captá-
las, elas estão no ar. O som também é emitido em frequências e há amplitudes delas que os ouvidos humanos
não são capazes de captar, mas isso não quer dizer que elas não existam. Somando estes dois pontos, temos mais
uma teoria conspiratória.
Utilizando uma mescla de ondas de rádio com frequência sonora, os Estados
Unidos poderiam manipular a mente coletiva para que algum ideal fosse defendido ou
algum governo rival fosse atacado. Enviando as informações para toda a população em frequências
que não poderiam ser captadas por aparelhos, não demoraria para que a “lavagem cerebral” estivesse concluída.
Há quem diga que este tipo de manipulação será utilizado em breve no Irã. O governo atual não é favorável
às políticas norte-americanas, portanto seria vantajoso que o povo se rebelasse contra os seus líderes. Mensagens