Revista Reviver 2010

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Revista Reviver

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ReviverRevista

Publicação interna feita anualmente pelo Departamento de Mordomia da União Este

Brasileira da IASD

Coordenação Geral

Edição e Correção

Arte, Fotografia e Editoração

Projeto Gráfico

Impressão

Elmir Pereira dos Santos

Berenice Cunha Castro Vaz da Silva

Cláudio Negrão

BBM & Co.

Gráfica JuizForana

União Este BrasileiraMordomia 2010

Prefacio

Ficha Técnica

Nosso grande desafio como cristãos é

começarmos cada dia na presença de Cristo.

Quando isso não acontece, somos tentados

a ser indiferentes com as coisas espirituais.

A revista REVIVER surgiu para auxiliar os filhos de Deus

na caminhada cristã, promovendo a comunhão com Ele e

proporcionando crescimento espiritual.

São quarenta meditações especiais que enfatizam a vida

e obra de Cristo. É um material para ser usado a cada

manhã no culto familiar, assim todos terão o privilégio

de começar o dia relembrando belos relatos e obtendo,

através deles, força para vencer os desafios que a vida

diária proporciona.

Cristo será apresentado como a oferta de Deus para salvar

a humanidade. Por isso, no final dos quarenta dias, com

o término da leitura da Revista, acontecerá um grande

evento em sua igreja. Você terá a oportunidade de fazer

um PACTO DE AMOR com Deus. Com certeza, isso dará

outro rumo a sua vida espiritual e financeira. Será o início

de uma história que durará pela eternidade.

Pr. Elmir P. Santos

União Este Brasileira

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Prosperidade e Missão ............................ 04

Riquezas que Transformam Vidas ............ 06

Tornando-se um Canal de Bênçãos ......... 07

A Alegria de Ser um Canal de Bênção ...... 08

O Propósito da Riqueza .......................... 09

Tudo que Possuímos Pertence a Deus ..... 10

Deus quer Dar o Melhor a Seus Filhos .... 11

Toda Riqueza Pertence a Deus ................. 12

Escolhendo a Melhor Parte ..................... 13

Riquezas que Transbordam ..................... 14

Deus em Primeiro Lugar .......................... 15

Fiéis aos Verdadeiros Princípios .............. 16

Honestos para com Deus e o Próximo ..... 17

Mãos que Ajudam ................................... 18

Solidariedade, um Ato de Amor .............. 19

Buscando o Poder de Deus ..................... 20

A Bênção do Trabalho .............................. 21

Meu Negócio, um Negócio de Deus ........ 22

Gratidão, um Ato de Fé ............................ 23

Agente de Transformação ........................ 24

1.

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18.

19.

20.

Sumário

Dando Mais que Dinheiro ........................ 25

Cumprindo a Missão ................................ 26

Um Princípio Sagrado .............................. 27

Deus Cuida de Sua Obra .......................... 28

Vivendo a Lei da Semeadura ................... 29

Deus Multiplica a Semente ...................... 30

Deus Cuida de Sua Igreja ........................ 31

Deus Cuida de Seus Filhos ....................... 32

Um Ato de Amor ...................................... 33

Um Ato de Adoração ............................... 34

Revelando Amor ...................................... 35

Um Sacrifício Vivo .................................... 36

Um Coração que Ama .............................. 38

Uma Resposta de Fé ................................ 39

Fazendo o Mínimo para Jesus ................. 40

Muito mais que Dinheiro ......................... 41

Um Pacto Firmado na Cruz ...................... 42

Você Pode Ser Abençoado ....................... 43

Um Pacto de Amor .................................. 44

Fazendo um Pacto de Amor ..................... 45

21.

22.

23.

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Referências .............................................. 46

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OLHANDO PARA JESUS

Para muitos prosperidade é ter riquezas, mas para o cristão ela é muito mais do que

isso. Pois a verdadeira prosperidade é ter Jesus no coração, sem Ele nada somos. “Riquezas, honras terrestres e humana grandeza nunca poderão salvar uma alma da morte.”1 As riquezas nos são confiadas com o propósito de serem investidas no reino de Deus. Do contrário, elas podem impedir a visualização da salvação, assim como impediu muitos de reconhecerem a Jesus e Seu nascimento. “Os sacerdotes e doutores da nação ignoravam que o maior acontecimento dos séculos estava prestes a ocorrer. Proferiam suas orações destituídas de sentido, e realizavam os ritos do culto para serem vistos pelos homens, mas em sua luta por riquezas e honras mundanas, não estavam preparados para a revelação do Messias.”2

Prosperidade

Missão

&

Só estaremos seguros no uso das riquezas seguindo o exemplo de Cristo, que conheceu a prosperidade em todas as áreas da vida, inclusive a financeira.

VIVENDO COMO DISCÍPULO Alguns pensam que Deus não deseja que o cristão tenha riquezas. Têm essa ideia como se fosse uma verdade bíblica, de que o dinheiro é a raiz de todos os males. No entanto, o que está escrito na Bíblia é: “Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores ’’ (I Timóteo 6:10). O que está em questão neste texto é a cobiça, que leva ao amor das coisas materiais, como o dinheiro. Através da Bíblia, tomamos conhecimento de que muitos dos servos de Deus possuíram riquezas, como Jó, Abrão, Davi, Salomão

/ Revista Reviver4

1º. Dia

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Missão

&

sorte para ver quem ficaria com elas, pois eram de tecido bom, sem emendas (Marcos 15:24). E até mesmo em Sua morte, teve o sepulcro de um príncipe (João 19:38-41). Jesus era plenamente Deus, plenamente homem, e viveu aqui como o segundo Adão.3 Não dispensou recursos para suprir as necessidades em Sua missão. Isso explica porque necessitou de um tesoureiro para cuidar de Suas finanças. Diante destas evidências podemos notar que, mesmo optando por viver uma vida simples, Jesus dispôs dos recursos necessários para suprir Suas necessidades e cumprir a missão que o Pai lhe confiou. Sendo assim, podemos afirmar que não há nada de errado em possuir recursos financeiros, desde que estejam à disposição do serviço dos Céus. Proponha hoje, em seu coração, que você tomará seus bens, e os colocará à disposição para serem usados como instrumentos a serviço do reino de Deus.

e outros. Não há nenhum mal em possuí-las. O que não podemos fazer é colocarmos o coração nelas. Alguns propõem que o cristão deva ser pobre porque Jesus era pobre. Realmente a Sua vida humilde é tema de discussão, mas Jesus possuía o necessário para cumprir Sua missão. Em certas ocasiões desfrutava da acolhida na casa de Maria e Marta (Lucas.10:38). Quando precisou saciar a fome de uma multidão de cinco mil pessoas, o alimento foi provido (Mateus14:19). Quando precisou de um meio de transporte, Ele o teve à Sua disposição (João12:14). Quando precisou de um lugar para realizar a santa ceia, foi-lhe concedido (João 13:2). Quando questionado sobre os impostos, mandou pescar um peixe e nele encontraram dinheiro necessário (Mateus 17:27). Ele alimentava doze homens todos os dias (João 4:8). As vestes de Cristo não eram velhas e esfarrapadas, mas sim de bom gosto e qualidade. Tanto que, em Sua crucifixão, os soldados lançaram

Revista Reviver \ 5

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OLHANDO PARA JESUS

Jesus nos deixou um verdadeiro exemplo de vida, tanto na infância, como também em toda Sua vida

adulta. “E quanto à Sua juventude acha-se registrado: ‘E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens’ (Lucas 2:52).”4 A vida de Jesus foi pautada em ajudar as pessoas, era um canal de Deus para abençoar os outros. “Tão cheia de simpatia e amor era Sua atitude, que os mais pobres não se sentiam receosos de ir a Ele. Era bom para com todos, facilmente acessível aos mais humildes. Ia de casa em casa, curando os enfermos, alimentando os famintos, confortando os que choravam, aliviando os aflitos, falando de paz aos angustiados. Tomava as criancinhas nos braços e as abençoava, e falava palavras de esperança e conforto às fatigadas mães. Com incansável ternura e bondade ia ao encontro de cada tipo de angústia e aflição humanas.”5 Jesus buscava bênçãos dos Céus e as usava em favor da humanidade, Sua vida foi um perfeito exemplo, recebendo e passando adiante as bênçãos.

VIVENDO COMO DISCÍPULO Jesus usava os bens que tinha em Suas mãos para beneficiar as pessoas que estavam a Sua volta. Imitando Seu exemplo o cristão tem a aprovação de Deus para possuir riquezas. Todavia, podem vir à mente as perguntas: Qual o objetivo de Deus em dar recursos para os Seus filhos? Teria Ele preferência por aqueles que O amam? Deus faz distinção de pessoas? Qual é o Seu critério?

Sabe-se que Deus cuida de todos nesta vida, “faz nascer o sol sobre maus e bons, e vir chuvas sobre justos e injustos’’ (Mateus 5:45). Qual é, pois, a recompensa do cristão? Pode-se dizer que ela é alimentada pela esperança da vida eterna. O motivo pelo qual Deus deseja dar recursos para o cristão é garantir que sejam canalizados, através de Seus servos, para Sua obra.6 Deus deseja construir centenas de igrejas em lugares que precisam ser evangelizados. Ele deseja ver a salvação chegando a todos os lugares através do rádio, TV, literatura, obreiros, e outros meios. Ele deseja que sejam supridas as necessidades dos pobres e viúvas, que o evangelho seja pregado, que pessoas sejam preparadas para Seu reino. O único interesse de Deus é salvar pessoas deste mundo vil, mas para tal, Ele não planeja vir ao mundo e operar o milagre de colocar dinheiro na porta da igreja para atender suas necessidades. O que Ele faz é suprir Seus filhos com recursos para que, assim, possam canalizar essas bênçãos.7 É por isso que a doação deve ser proporcional às bênçãos recebidas. Quanto mais abençoados, mais devemos estar envolvidos. Deus instituiu o ato de dar para que o homem possa manter uma relação mais estreita com Seu dono e co-participar, voluntariamente, de Seus planos para redimir a criatura.8 Por que você não se torna hoje um imitador de Cristo, recebendo e compartilhando bênçãos com outros?

RiquezasVidas

que transformam

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2º. Dia

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OLHANDO PARA JESUS

Em certa ocasião havia uma grande multidão que passara o dia com Jesus. Já era tarde e estavam

sem alimento; foi quando os discípulos aproximaram-se de Jesus dizendo: “[...] despede a multidão, para que vão pelas aldeias e comprem comida para si. Jesus, porém, lhes disse: [...] Dai-lhes vós de comer. Então, eles Lhe disseram: Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes. E Ele disse: Trazeis-mos aqui. [...] E, erguendo os olhos ao Céu, os abençoou, e, partindo os pães, deu-os aos discípulos, e os discípulos, à multidão. [...] E levantaram dos pedaços, que sobejaram doze cestos cheios” (Mateus 14:15-20). “Nesta parábola está envolvida uma profunda lição espiritual para os obreiros de Deus. [...] Em completa confiança em Deus, Jesus tomou a pequena provisão de pão; e ainda que não houvesse senão alguma coisa para os Seus discípulos, Ele não os convidou para comerem, mas começou a distribuir a cada um uma porção pedindo que dessem à multidão. O alimento multiplicava-se em Suas mãos; e as mãos dos discípulos, estendendo-se para Cristo, o Pão da Vida, nunca estavam vazias. [...] Os discípulos foram canais de comunicação entre Cristo e o povo. Isso deve ser uma grande animação para Seus discípulos hoje. Cristo é o grande Centro, a Fonte de toda força. Seus discípulos devem receber suprimento dEle. [...] Ao repartirmos, continuaremos a receber; e quanto mais repartirmos mais receberemos. [...] Reparai a lagoa que recebe a chuva e não distribui. Não é bênção para ninguém, mas uma egoísta fonte estagnada envenenando o ar ao seu redor. Olhai, entretanto, para a corrente a fluir das montanhas, refrigerando as terras ressequidas pelas quais passa. Que bênção significa! Alguém pensaria que dando assim tão liberalmente estancariam as fontes. Mas não. É parte do grande plano de Deus que os rios que dão nunca tenham falta; e dia a dia, ano após ano, fluam as águas, sempre recebendo e sempre dando.”9

VIVENDO COMO DISCÍPULO Quanto mais os discípulos distribuíam pães e peixes para alimentar a multidão, mais recebiam para que continuassem distribuindo. Essa mesma dinâmica é o que Deus espera quanto ao uso dos recursos que Ele colocou em nossas mãos, que sejam escoados a Seu serviço. A verdade bíblica ensina que quanto mais entregamos a Deus, mais Ele nos dá para que possamos continuar doando. “Quanto mais levarmos à casa do tesouro do Senhor, tanto mais teremos para levar; pois Ele nos abrirá caminhos acrescentando-nos os rendimentos.”10 Deus deseja que todos sejam canais para escoar Seus recursos. E, com certeza, manterá supridos tais canais, ou seja, não deixará faltar recursos para que tenhamos uma vida digna. Deus está buscando homens para serem canais de bênçãos, a fim de que possam alcançar pessoas sedentas da verdade. “Não se propõe o Senhor a vir a este mundo e derramar ouro e prata para o avanço de Sua obra. Supre os homens com recursos, para que pelas suas dádivas e ofertas conservem Sua obra em avanço. O propósito, acima de todos os outros, para o qual devem os dons de Deus ser usados, é a manutenção dos obreiros no campo da seara. E se os homens se tornarem condutos pelos quais possam as bênçãos dos Céus fluir para os outros, o Senhor conservará suprido tal canal.”11 Neste dia, Jesus espera que você decida tornar-se um canal de bênçãos, assim como foram os discípulos, na distribuição de pães e peixes à multidão faminta.

Canal

Bênçãos

Tornando-seum

de

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3º. Dia

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OLHANDO PARA JESUS

Jesus estava em uma festa de casamento e faltou vinho para os convidados, deixando os noivos

constrangidos. Maria, Sua mãe, que fazia parte da organização desta festa, confiou inteiramente na intervenção de Cristo para solução do problema. Estava prestes a acontecer o primeiro milagre de Cristo, dando início assim ao Seu ministério, caracterizado, desde então, pela alegria em poder ajudar o próximo. “Estavam ali seis talhas de pedra, que os judeus usavam para as purificações, e cada uma levava duas ou três metretas. Jesus lhes disse: Enchei de água as talhas. E eles as encheram totalmente. Então, lhes determinou: Tirai agora e levai ao mestre-sala. Eles o fizeram” (João 2:5-8). “Quando chegou plenamente o tempo, o milagre operado por Cristo foi reconhecido. Logo que o mestre-sala encostou a taça nos lábios e provou o vinho, ele olhou para cima com agradável surpresa. O vinho era superior a todos os que ele já bebera antes. [...] Cristo não Se aproximou das talhas nem tocou na água; simplesmente olhou para esta, e ela transformou-se em puro suco de uva, purificado e refinado. Qual foi o efeito desse milagre? – ‘Os Seus discípulos creram nEle’ (João 2:11). Por meio desse milagre Cristo também evidenciou Sua misericórdia e compaixão. Mostrou que tinha consideração pelas necessidades dos que O seguiam para ouvir Suas palavras de conhecimento e sabedoria.”12

VIVENDO COMO DISCÍPULO O ministério de Jesus foi caracterizado pelo prazer incomparável de poder ajudar as pessoas, especialmente fazendo-as experimentar a alegria da salvação. O plano de Deus é colocar bens nas mãos de Seus filhos para aliviar a dor e o sofrimento das pessoas, produzir satisfação em suas vidas. Podemos

imaginar o rosto de Cristo depois de realizar a transformação da água em vinho, ao ver os noivos felizes e a satisfação dos discípulos diante da certeza de terem encontrado o verdadeiro Messias! Nas bodas de Caná estava o verdadeiro Canal de Deus, ligando o Céu à Terra. Somos chamados também para sermos “pequenos cristos”, sendo “pequenos canais de bênçãos”, espalhando gotas de amor e salvação, através de nossos dons e recursos financeiros confiados por Deus. Na prática, podemos exemplificar da seguinte forma: Deus dá a alguém mil dólares, depois de separar o dízimo a pessoa dá cem dólares como oferta. Ótimo, uma boa oferta! E se em outra ocasião esta pessoa recebe dois mil dólares, quanto deveria ofertar? Duzentos dólares? Correto! Deve-se continuar ofertando na mesma proporção. Mas infelizmente alguns não agem assim, continuam ofertando os mesmos cem dólares, mesmo recebendo duas, três ou cinco vezes mais. Pode Deus continuar confiando Seus recursos a esta pessoa? Na verdade, “aquele que recebe, mas nunca dá, logo deixa de receber.”13 Muitos não estão preparados espiritualmente para possuir riquezas, pois não conseguem ser canais. O fato de estar registrado que Deus ama a quem dá com alegria, nos leva a pensar que Ele se entristece ao ver cristãos retendo as bênçãos que lhes foram dadas por Ele. Deus nos convida a olharmos para Jesus e sentirmos a mesma alegria de levar a salvação aos perdidos. Há um convite especial feito por Jesus para que você compartilhe do mesmo desejo e alegria de usar os recursos que estão em suas mãos, a fim de levar a salvação aos perdidos. Que esta seja a sua decisão, neste dia.

CanalBênçãos

A de ser

de

Alegriaum

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4º. Dia

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OLHANDO PARA JESUS

Um jovem foi a Cristo e disse: ‘Bom Mestre, que bem farei, para conseguir a vida eterna?’

(Mateus 19:16). Jesus lhe ordenou que guardasse os mandamentos. Respondeu ele: ‘Tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade; que me falta ainda?’ (Mateus 19:20). Jesus olhou com amor para o jovem e fielmente lhe mostrou sua deficiência na observância da lei divina. Não amava ao próximo como a si mesmo. Seu amor egoísta às riquezas era um defeito, que, se não fosse reparado, o excluiria do Céu. ‘Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no Céu; e vem e segue-Me’ (Mateus 19:21). Cristo queria que o jovem compreendesse que nada mais exigia dele senão que seguisse o exemplo que Ele mesmo, o Senhor do Céu, deixara. Abandonara Suas riquezas na glória, e Se tornara pobre, para que, pela Sua pobreza, o homem enriquecesse; e por amor dessas riquezas, pede ao homem que abandone as riquezas terrenas, a honra e o prazer. Ele sabe que enquanto as afeições estiverem voltadas para o mundo, serão desviados de Deus; portanto, disse ao jovem: ‘Vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no Céu; e vem e segue-Me’ (Mateus 19:21). Como recebeu ele as palavras de Cristo? Regozijou-se por poder alcançar o tesouro celeste? Oh, não! ‘Retirou-se triste, porque possuía muitas propriedades’ (Mateus 19:22). Para ele as riquezas significavam

honra e poder; e o grande vulto do seu tesouro faz com que tal venda pareça quase impossível.” 14

VIVENDO COMO DISCÍPULO “É Deus quem dá força aos homens para adquirirem riqueza, e Ele concede este dom não como um meio de satisfazermos a nós mesmos, mas para que devolvamos a Deus o que Lhe pertence. Com este objetivo em vista, não é pecado adquirir fortuna. O dinheiro deve ser ganho pelo trabalho. Todo jovem deve ser ensinado a adquirir hábitos de diligência. A Bíblia não condena alguém por ser rico, se adquiriu fortuna honestamente. É o apego egoísta ao dinheiro, e seu emprego indevido, que é a raiz de todos os males. A riqueza será uma bênção se a considerarmos como sendo do Senhor; se a recebermos com gratidão e, de igual maneira, a devolvermos ao Doador.”15

“O dinheiro é de grande valor, porque pode realizar grande bem. Nas mãos dos filhos de Deus é alimento para o faminto, água para o sedento, vestido para o nu. É proteção para o opresso, e meio para socorrer o enfermo. Mas o dinheiro não é de mais valor que a areia, a não ser que o empreguemos para prover às necessidades da vida, para bênção de outros, e para o desenvolvimento da obra de Cristo.”16 Que seu coração seja cada dia tocado com um profundo desejo de colocar seus bens a serviço do Mestre.

PropósitoRiquezada

O

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5º. Dia

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OLHANDO PARA JESUS

Chefe dos publicanos’, Zaqueu era israelita, e detestado de seus patrícios. Sua posição e fortuna

eram o prêmio de uma carreira que aborreciam, e considerada sinônimo de injustiça e extorsão. Todavia, o rico funcionário da alfândega não era de todo endurecido homem do mundo que parecia. Sob a aparência de mundanidade e orgulho, achava-se um coração susceptível às influências divinas. Zaqueu ouvira falar de Jesus. [...] Despertou-se nesse chefe de publicanos o anelo de uma vida melhor. [...] Sentiu-se pecador aos olhos de Deus. Todavia, o que ouvira dizer de Jesus acendeu-lhe a esperança no coração. Arrependimento e reforma da vida eram possíveis mesmo para ele. [...] Zaqueu começou imediatamente a obedecer à convicção que dele tomara posse, e a fazer restituição àqueles a quem prejudicara. Começara já a volver atrás, quando soaram em Jericó as novas de que Jesus vinha entrando na cidade. Zaqueu decidiu vê-Lo. [...] Em presença da multidão, ‘levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e se nalguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado’ (Lucas 19:8). ‘E disse-lhe Jesus: Hoje veio a salvação a esta casa’ (Lucas 19:9).”17

VIVENDO COMO DISCÍPULO

Como Zaqueu antes da conversão, muitas pessoas aplicam seus recursos na obtenção de vantagens

seculares e deixam a obra de Deus em segundo plano. Gastam muito em diversões, vestuário, e outros, deixando míseras moedas de oferta. Certo sábado, em uma igreja do interior, um visitante colocou uma nota como oferta que causou o maior embaraço para os diáconos. Quando foram contar o dinheiro, encontraram a nota de valor alto comparado ao que estavam acostumados a coletar. Nunca haviam visto um valor assim sendo doado por uma só pessoa, por isso, podiam assegurar que havia um engano. Aquela nota deveria ser dízimo e não oferta, concluíram. Um diácono corajoso se dispôs a resolver a questão, foi até o visitante que havia dado a nota e lhe perguntou: “Quanto que o senhor vai querer de troco?” O irmão assustado, sem saber direito o que estava acontecendo, disse: “Não, essa nota é a minha oferta.” Não estavam acostumados com ofertas generosas. “Dr. Jorge Francis O’Pray revela uma parábola na simples história da pequena Linda. A menina estava a caminho da escola dominical com dois niqueizinhos brilhantes – um para a cestinha da coleta e outro para tomar um sorvete em seu retorno. No caminho, um dos níqueis escapuliu de seus dedos e rolou para o esgoto. – ‘Óh!’ Exclamou Linda, ‘lá se foi a moeda do Senhor!’”18 Assim é com aqueles que se preocupam primeiro com suas coisas pessoais e quando chega a hora de ofertar fazem como Linda: ‘lá se foi a moeda do Senhor!’. “Deus nos permite usar Seus bens somente para Sua glória, para nos abençoar, a fim de que possamos abençoar aos outros.”19 Assim como aconteceu na vida de Zaqueu, Deus está lhe dando, neste dia, a oportunidade de acertar a sua vida financeira com Ele, entregando o dízimo atrasado ou tornando-se um ofertante fiel. Ele vai lhe abençoar em sua decisão.

Tudo

Deuspertencepossuímos

a

o que

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6º. Dia

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OLHANDO PARA JESUS

Havia em Jerusalém um grande tanque chamado Betesda. Às vezes suas águas eram agitadas e

o povo acreditava que o anjo do Senhor descia para agitá-las, e que o primeiro que descesse ao tanque seria curado de qualquer enfermidade que tivesse. Um grande número de pessoas vinha àquele lugar com a esperança de ser curado; porém, a maioria amargava a decepção. Ao moverem-se as águas, a multidão se juntava de modo que muitos nem sequer conseguiam chegar às bordas do tanque. Em um dia de sábado, Jesus foi a Betesda. Seu coração encheu-se de compaixão quando viu os pobres sofredores ali. Um deles parecia ser o mais desafortunado de todos. Durante trinta e oito anos sofria de paralisia. Nenhum médico pudera curá-lo. Muitas vezes fora levado a Betesda; porém, quando as águas se agitavam, sempre outra pessoa passava adiante dele. Naquele sábado, ele tentara mais uma vez aproximar-se do tanque, mas em vão. Jesus viu-o arrastar-se de volta à esteira que lhe servia de cama. Estava no limite de suas forças. Se ninguém o socorresse de imediato, morreria. Quando se deitou e levantou os olhos para olhar o tanque, um rosto compassivo inclinou-Se para ele e lhe perguntou: ‘Queres ser curado?’ (João 5:6). O homem respondeu com tristeza: ‘Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água é agitada; pois, enquanto eu vou, desce outro antes de mim’ (João 5:7). O paralítico não sabia que Aquele que lhe falava tinha poder para curar, não apenas ele, mas todos os que viessem à Sua presença. Disse-lhe então Jesus: ‘Levanta-te, toma o teu leito e anda’ (João 5:8).

Imediatamente o homem tentou obedecer à ordem e sentiu-se forte o suficiente para pôr-se em pé e andar. Que prazer sentiu! Tomou sua cama e correu, louvando a Deus a cada passo que dava.”20

VIVENDO COMO DISCÍPULO Jesus sempre faz o melhor para nós, assim como fez na vida do paralítico. Temos que confiar a nossa vida financeira nas mãos de Deus. O sonho de Deus sempre é maior do que o nosso. Lembramos que Deus é soberano sobre todas as coisas, a Ele pertence o “como”, “quando” e “a quem dar”. Enfim, devemos ser fiéis em qualquer situação, na certeza de que Deus sabe o que é o melhor para Seus filhos. Conta-se que nos EUA, na época de sua colonização, havia um homem que possuía um cavalo velho como principal ajudante nas atividades do sítio. Era com ele que carregava lenha, arava a terra e puxava a sua charrete nas viagens. Um dia o cavalo velho sumiu, e o homem, que era cristão, ficou muito triste. Seus vizinhos vieram dar-lhe os pêsames, e ele disse: “Deus sabe o que é melhor para mim!” Depois de algum tempo o cavalo reapareceu e trouxe um potro selvagem. Os vizinhos agora vieram parabenizá-lo e ele também disse: “Deus sabe o que é melhor para mim!” Mais tarde, seu filho mais moço foi amansar o potro e caiu quebrando a perna. Como de costume, os vizinhos vieram novamente dar os pêsames, e aquele cristão repetiu: “Deus sabe o que é melhor para mim!” Naquela mesma semana o exército Americano passou recrutando jovens para guerra, e seu filho não foi porque estava com a perna quebrada! A maior escolha que você pode fazer é deixar Deus cuidar de sua vida, pois, admita: Ele sabe o que é melhor para nós. Faça essa escolha hoje!

Filhos

Deus quer darmelhoro

a Seus

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7º. Dia

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OLHANDO PARA JESUS“‘E, passando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os Seus discípulos Lhe perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Jesus respondeu: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestassem nele as obras de Deus. [...] Tendo dito isto, cuspiu na terra, e com a saliva fez lodo, e untou com o lodo os olhos do cego. E disse-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que significa o Enviado). Foi pois, e lavou-se, e voltou vendo’ (João 9:1, 2, 6 e 7).”21

“Os fariseus viram que estavam dando publicidade à obra realizada por Jesus. Não podiam negar o milagre. O cego estava cheio de alegria e reconhecimento; contemplava as maravilhosas obras da natureza e deleitava-se ante a beleza da Terra e do firmamento. Contava francamente o caso, e de novo o procuraram fazer calar, dizendo: ‘Dá glória a Deus; nós sabemos que esse homem é pecador.’ Isto é: Não tornes a dizer que este homem te deu a vista; foi Deus que o fez. O cego respondeu: ‘Se é pecador, não sei; uma coisa sei, e é que, havendo eu sido cego, agora vejo’ (João 9:24 e 25).”22

VIVENDO COMO DISCÍPULO O testemunho do cego é tremendo em reconhecer, de uma maneira tão pura, que Jesus era realmente o Messias, o Deus encarnado, a fonte de todo poder. Devemos reconhecer isso em nossa vida, não importa se somos ricos ou pobres, esse sentimento deve reinar em nosso coração. Assim como o cego, temos que reconhecer que a nossa vida é um milagre de Deus. Tudo que possuímos aqui pertence somente ao doador da vida. Não podemos agir como pessoas que acreditam ser proprietárias de alguma coisa aqui na terra.

Observe as grandes pirâmides do Egito, as muralhas da China, e pergunte onde estão os poderosos faraós e os grandes imperadores do passado que fizeram grandiosas construções? Onde estão os grandes conquistadores? Alexandre, Napoleão? Eles fizeram grandes conquistas, mas hoje são somente história. Tudo que conquistaram não levaram com eles, continua pertencendo ao único dono que é Deus. “O Dr. Pedro Marshall abriu o senado dos Estados Unidos um dia com uma oração que começava dizendo assim: ‘Ó Deus, nosso Pai, oramos para que o povo da América, que tantos progressos tem feito nas coisas materiais, busque agora crescer em entendimento espiritual.’ ”23 O cristão deve buscar constantemente o entendimento espiritual, a fim de que não se corrompa com as riquezas. Pois elas podem ser tanto uma bênção, como uma maldição. As riquezas nas mãos de quem serve a Deus contribuem para o grande propósito do evangelho, porém, nas mãos de egoístas, conduzem para fora do reino. É melhor ser pobre e confiar na providência de Deus, do que ser rico e acreditar que não precisa dEle. Este é o motivo pelo qual as riquezas não são confiadas a muitos: desassociam os bens de seu Gerador, trazendo ruína para suas vidas. Agora, se é nosso desejo ser um canal de Deus, não podemos esquecer que toda riqueza pertence ao Senhor. Não podemos esquecer de que a riqueza é um instrumento dEle, e nós somos os administradores de Seus recursos. Decida ser, a partir de hoje, um canal de Deus; lembrando de que tudo que você possui pertence a Ele, e que você é apenas um administrador de Seus recursos.

Toda

Deuspertence aRiqueza

/ Revista Reviver12

8º. Dia

Page 13: Revista Reviver 2010

OLHANDO PARA JESUS

E, respondendo Jesus, disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas

uma só é necessária; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada” (Luc. 10: 41 e 42). “Marta [...] estava tão ansiosa de que toda a honra devida fosse dada a Cristo, que em suas ativas preparações em providenciar o alimento, perdeu os mais preciosos e áureos momentos de escutar as instruções de Seus lábios divinos. Maria sentou-se aos Seus pés para apanhar cada palavra. Considerava isso da máxima importância. Isso ofendeu Marta, e ela perguntou a Jesus se não se Lhe dava que ela servisse sozinha, enquanto Maria se esquivava a essas responsabilidades. Jesus disse: Marta, Maria escolheu a melhor parte, a qual nunca lhe será tirada. Qual era a melhor parte? Aprender de Jesus, apreciar-Lhe as palavras. Prestando atenção às palavras que caíam de Seus lábios, mostrava ela o amor que nutria por seu Salvador.”24

VIVENDO COMO DISCÍPULO O trabalho é algo importante, mas ele não pode tomar o lugar de Deus em nossa vida. Marta estava trabalhando para Jesus, mas o que O interessava é que ela estivesse trabalhando com Ele, assim como fez Maria, pois é grande a diferença entre trabalhar “para” e trabalhar “com” Jesus.

Para o cristão, religião e trabalho andam juntos. Cada negociação, cada atitude, cada transação deve ser cheia de religião. Não há como separar uma coisa da outra. Não podemos esquecer que Deus, primeiramente aceita a pessoa, para depois aceitar os recursos que ela tem a oferecer. Por isso, não tem como desassociar religião e negócio. Se alguém possui uma empresa, retira dela o seu pró-labore – uma espécie de salário do empresário. Ao devolver deste o dízimo e mais dez por cento de oferta, o empresário, além de ser um canal de Deus, faz com que a sua empresa também seja. Seu trabalho e sua vida são propriedades de Deus. Neste contexto, lembro-me da história de certo irmão que no passado fez uma sociedade com um amigo não cristão. No início estava tudo bem, até que o colega começou a forçar a situação para abrir o comércio aos sábados. Depois de muitas ocasiões desagradáveis, nas quais o sócio abriu a loja no sábado sem o seu consentimento, percebeu as bênçãos de Deus se retirando do negócio. Foi então que resolveu se separar do amigo e abrir seu próprio negócio, tendo somente a Deus como sócio. Hoje está muito feliz com o que possui e tem a alegria de estar repassando 50% das suas entradas para a obra de Deus. Ele afirma: “Essa é a sociedade que vale a pena e que dá certo.” Em nossa vida profissional devemos pensar se o que estamos fazendo está ou não agradando a Deus; se estamos conseguindo tempo para ficar com Ele; ou se estamos como Marta, só correndo de um lado para o outro, enquanto as coisas de Deus são deixadas de lado, achando que é só entregar o dízimo no final do mês e fica tudo bem. Neste dia, você está sendo convidado a fazer uma reflexão sobre as escolhas que tem feito em sua vida. Tem colocado Cristo em primeiro lugar? Tem sentado aos Seus pés, ou os afazeres do dia a dia têm tirado o seu foco da cruz? Pense nisto.

Escolhendo

Partea melhor

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9º. Dia

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OLHANDO PARA JESUS

Na Santa ceia Jesus decidiu lavar os pés dos discípulos. Ao chegar a vez de Pedro, este foi

incapaz de dominar-se e exclamou com espanto: ‘Senhor, Tu me lavas os pés a mim?’ (João 36). [...] Calmamente Jesus respondeu: ‘O que Eu faço não o sabes agora; compreendê-lo-ás depois’ (João 13:7). Sentindo agudamente a humilhação de seu Senhor, e cheio de amor e reverência para com Ele, Pedro com grande ênfase exclamou: ‘Nunca me lavarás os pés.’Solenemente disse Jesus a Pedro: ‘Se Eu não te lavar, não tens parte comigo’ (João 13:8). Um raio de luz penetrou a mente do discípulo. Ele viu que o serviço que recusava era um tipo da purificação mais elevada - a purificação espiritual da mente e do coração. Não podia suportar a ideia de separar-se de Cristo; isso teria sido para ele a morte. ‘Não somente os pés’, disse, ‘mas também as mãos e a cabeça’ (João 13:9). ‘Declarou-lhe Jesus: Quem já se banhou não necessita de lavar senão os pés; quanto ao mais, está todo limpo’ (João 13:10).”25

VIVENDO COMO DISCÍPULO Quando Jesus instituiu o lava-pés, estava ensinando aos discípulos, em um ato de humildade, o amor ao próximo. Ele amava incondicionalmente às pessoas; quanto mais dava amor, mais amor tinha para dar. Não deve ser diferente com nossa vida financeira. Deus nos concede recursos para que possamos usá-los em benefício das pessoas necessitadas. Através dos bens podemos refletir

o que temos em nosso coração: amor ou egoísmo. É certo que quanto mais ajudarmos às pessoas, e formos generosos em nossas ofertas, mais recursos Deus colocará em nossa mãos, não para que os acumulemos, mas para que possamos ajudar mais. O cristão deve canalizar seus bens para o serviço de Cristo, provendo recursos para Sua obra, assim como a caixa d’água de uma residência, que tem um sistema que controla a entrada de acordo com a saída. A mesma proporção de água que sai também entra para suprir a falta. Assim, quanto mais água sai, mais água entra para manter a caixa cheia. Acontece, então, um contínuo suprimento. Este exemplo ilustra bem o que é ser um servo a serviço de Deus; funciona como um canal, quanto mais você coloca seus bens na causa de Deus, mais Ele lhe dará recursos para que você possa continuar doando. Ele mantém o canal suprido, isto é, a caixa cheia. Deus não deixa faltar, porque sabe que por esse caminho estará suprindo de recursos Sua obra, e canalizando ajuda aos necessitados. Deus está à procura de homens cujo coração não esteja preso às coisas deste mundo, mas cheios de amor; cujos olhos estão postos na cruz de Cristo e possuam o mesmo sentimento de entrega ao serviço do Senhor, que Ele manifestou. O dinheiro do cristão tem o objetivo de sustentar a obra. Para os que não agem assim resta a atração das riquezas, a avareza e, no final, tristeza e decepção. Que você decida hoje transbordar-se em favor do próximo, disponibilizando seu potencial ao serviço dAquele que nos amou primeiro, e morreu para nos salvar.

TransbordamqueRiquezas

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10º. Dia

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OLHANDO PARA JESUS

Defrontou-Se Cristo, no deserto, com as maiores e principais tentações que assediaram ao homem.

Ali, sozinho, encontrou-Se com o inimigo astuto e sutil, e o venceu. A primeira e grande tentação foi sobre o apetite; a segunda, a presunção; a terceira, o amor do mundo. A Cristo foram oferecidos os tronos e reinos do mundo e a glória deles. Satanás chegou com honras mundanas, riquezas e os prazeres da vida, e os apresentou na mais atraente luz, para seduzir e enganar. ‘Tudo isto’, disse ele a Cristo, ‘Te darei se, prostrado, me adorares’ (Mateus 4:9). Contudo Cristo repeliu o astuto inimigo, e saiu vitorioso. Jamais será o homem provado com tentações tão fortes como as que assediaram a Cristo; no entanto, Satanás tem mais êxito em se aproximar do homem. ‘Todo este dinheiro, este ganho, esta terra, este poder, estas honras e riquezas, te darei’ - pelo quê? Raramente é a condição pronunciada com tanta clareza como o foi a Cristo: ‘Se, prostrado, me adorares’ (Mateus 4:9). Ele se contenta em exigir que a integridade seja subjugada, a consciência, embotada. Pela dedicação aos interesses mundanos, recebe toda a homenagem que pede. Fica aberta a porta para ele entrar como quer, com o seu mau séquito de impaciência, amor-próprio, orgulho, avareza e desonestidade. O homem é atraído e traiçoeiramente seduzido para a ruína. Diante de nós temos o exemplo de Cristo. Ele venceu a Satanás, mostrando-nos como também podemos vencer. Cristo resistiu a Satanás com as Escrituras. Poderia ter recorrido ao Seu próprio poder

divino, e usado Suas próprias palavras; mas disse: ‘Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus’ (Mateus 4:4). Fossem as Sagradas Escrituras estudadas e seguidas, e o cristão seria fortalecido para enfrentar o astuto inimigo; mas a Palavra de Deus é negligenciada, seguindo-se o desastre e a derrota.” 26

VIVENDO COMO DISCÍPULO Jesus preferiu as riquezas eternas, venceu todas as tentações relacionadas aos bens deste mundo. Cristo não Se deixou levar pelo fascínio das riquezas terrenas. Devemos ter cuidado para que as riquezas não tomem o lugar de Deus em nossa vida, pois o amor às riquezas tem motivado muitos a fazerem qualquer coisa para conquistá-las, até mesmo passar por cima de outras pessoas. Deus e o próximo são deixados de lado, em segundo plano. No serviço do Mestre não há como deixar as riquezas em primeiro lugar, posição que é de nosso Senhor e Provedor Jesus. O “Senhor prova os homens dando-lhes abundância de bens. [...] Somente os que resistiram à prova na Terra, os que foram encontrados fiéis, os que obedeceram as palavras do Senhor na prática da misericórdia, na utilização dos seus recursos para a divulgação do reino de Deus, somente esses ouvirão dos lábios do Mestre: ‘Bem está, servo bom e fiel’ (Mateus 25:21).’’27 Que em sua vida Deus ocupe o primeiro lugar, e não os bens deste mundo. Se não tem sido assim o seu viver, comece hoje mesmo a mudar de atitude.

Deus

Lugarprimeiro

em

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11º. Dia

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OLHANDO PARA JESUS

Na entrada triunfal “Cristo estava seguindo o costume judaico nas entradas reais. O animal

que montava era o mesmo cavalgado pelos reis de Israel, e a profecia predissera que assim viria o Messias a Seu reino. Logo que Ele Se sentou no jumentinho, um grande grito de triunfo atroou nos ares. A multidão aclamou-O como o Messias, seu Rei. Jesus aceitou agora a homenagem que nunca dantes permitira, e os discípulos consideraram isso como prova de que suas alegres esperanças se realizariam, vendo-O estabelecido no trono. O povo ficou convencido de aproximar-se a hora de sua emancipação. Em pensamento viram os exércitos romanos expulsos de Jerusalém, e Israel mais uma vez nação independente. Todos estavam contentes e despertos; disputavam entre si o render-Lhe honras. Não podiam exibir pompas e esplendores, mas prestaram-Lhe o culto de corações felizes. Não lhes era possível presenteá-Lo com dádivas custosas, mas estendiam as vestes exteriores à guisa de tapete em Seu caminho, e também espalharam ramos de oliveira e palmas por onde devia passar.”28

VIVENDO COMO DISCÍPULO Na entrada triunfal as pessoas queriam que Cristo assumisse a posição de rei em Israel, iniciando assim, uma revolução de libertação do jugo romano. Mas o reino de Jesus não era neste mundo, Sua missão era muito maior do que isto. Para decepção de todos ao Seu redor, Ele continuou olhando para cruz, e não Se deixou seduzir pelo clamor do povo, nada poderia desviá-Lo de Seus propósitos. O exemplo de fidelidade de Cristo nos motiva a fazer o mesmo. Ele espera que Seus servos sejam fiéis a Ele, assim como a bússola é fiel ao pólo. Espera que Seus filhos sejam como o lírio que consegue crescer em meio à lama e exalar seu perfume.

Jesus, o nosso amado Salvador, nos deixou o exemplo. Ele esteve aqui e empoeirou Seus pés na história deste mundo, sofreu as mais fortes tentações, mas foi fiel em tudo, sem se contaminar. O Salvador mostrou que Seus seguidores podem estar no mundo, sem, todavia, pertencer a Ele. Ele veio para fazer a vontade de Seu Pai, buscar e salvar o perdido. Com tal objetivo em vista, o cristão deve viver no mundo, sem pertencer a ele. Em qualquer situação, sob o poder do Espírito Santo, devemos permanecer fiéis aos mandamentos, assim como Jesus foi fiel ao Pai.29 Na entrada triunfal Cristo permitiu que as pessoas O aclamassem. Estava nos dizendo que, apesar de ser Rei aqui também, assim como é no Céu, preferia ocupar fielmente o nosso lugar na cruz. Neste dia, tenha o propósito de ser fiel a todos os princípios ensinados por Jesus. A recompensa virá aqui neste mundo, e maior ainda será na vida eterna.

Princípios

aosFiéisverdadeiros

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12º. Dia

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OLHANDO PARA JESUS

Jesus Cristo na purificação do templo manda que os vendedores se afastem das dependências do

mesmo. “Com zelo e severidade nunca dantes por Ele manifestados, derruba as mesas dos cambistas. Rola a moeda, ressoando fortemente no mármore do chão. Ninguém Lhe pretende questionar a autoridade. Ninguém ousa deter-se para apanhar o mal-adquirido ganho. Jesus não lhes bate com o açoite de cordéis, mas aquele simples açoite parece, em Suas mãos, terrível como uma espada flamejante. Oficiais do templo, sacerdotes, corretores e mercadores de gado, com suas ovelhas e bois, saem precipitadamente do lugar, com o único pensamento de escapar à condenação de Sua presença. Um pânico percorre pela multidão, que se sente ofuscada por Sua divindade. Gritos de terror escapam-se de centenas de lábios desmaiados. Os próprios discípulos tremem. São abalados pelas palavras e maneiras de Jesus, tão diversas de Sua atitude habitual. Lembram-se de que está escrito a Seu respeito. ‘O zelo da Tua casa Me devorou’ (Salmos 69:9). Dentro em pouco a tumultuosa turba com as mercadorias é removida para longe do templo do Senhor. Os pátios ficam livres do comércio profano, e sobre a cena de confusão baixam silêncio e solenidade profundos.”30

VIVENDO COMO DISCÍPULO O que estava acontecendo no templo era simplesmente inaceitável. Os sacerdotes, por interesse financeiro, permitiam que o lugar de adoração a Deus, se transformasse em um verdadeiro mercado. A religião era algo formal e mercantilista e o nome de Deus era blasfemado. Exploravam as pessoas cobrando preços exorbitantes pela venda dos animais. Não praticavam a sinceridade diante de Deus e nem reverenciavam as coisas sagradas. As pessoas simples eram desprezadas, tratadas sem nenhum respeito; não havia pureza, sentimento que caracteriza a vida do cristão. A Bíblia diz: “Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Filipenses 4:8). Devemos ter sempre em mente que Deus recompensa a todos que usam a honestidade como princípio de vida. Se o cristão deseja ser um canal de bênção, deve acreditar que Deus está no controle de tudo, mesmo quando ser honesto não parece ser lucrativo. Os sacerdotes no templo só queriam riquezas e posição social; desprezavam a Deus e ao próximo. Não pratique a desonestidade. O mandamento de Cristo deve ser uma realidade em sua vida: “Amar a Deus e ao próximo.” Caso contrário, você terá a desaprovação de Deus, assim como Cristo desaprovou e expulsou os cambistas do templo.

HonestosDeus

Próximoe o

com

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13º. Dia

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OLHANDO PARA JESUS

O servo de um centurião estava enfermo de paralisia. Entre os romanos, os servos eram

escravos, comprados e vendidos nos mercados, e muitas vezes tratados rude e cruelmente; mas o centurião era ternamente afeiçoado a seu servo, e desejava grandemente seu restabelecimento. Acreditava que Jesus podia curá-lo. [...] Mas julgava-se indigno de se aproximar de Jesus, e apelou para os anciãos dos judeus para que apresentassem a petição em favor da cura de seu servo.Os anciãos apresentaram o caso a Jesus, insistindo nas palavras: ‘É digno de que lhe concedas isso. Porque ama a nossa nação e ele mesmo nos edificou a sinagoga’ (Lucas 7:4 e 5). Mas, a caminho para a casa do centurião, Jesus recebe uma mensagem do próprio oficial aflito: ‘Senhor, não Te incomodes, porque não sou digno de que entres debaixo do meu telhado’ (Lucas 7:6). Todavia, o Salvador prossegue em Seu caminho, e o centurião vai em pessoa para completar a mensagem, dizendo: ‘Nem ainda me julguei digno de ir ter contigo; dize, porém, uma palavra, e o meu criado sarará. Porque também eu sou homem sujeito à autoridade, e tenho soldados sob o meu poder, e digo a este: Vai; e ele vai; e a outro: Vem; e ele vem; e ao meu servo: Faze isto; e ele o faz’ (Lucas 7:7 e 8). ‘Eu represento o poder de Roma, e meus soldados reconhecem minha autoridade como suprema. Assim representas Tu o poder do infinito Deus, e todas as coisas criadas obedecem à Tua palavra. Podes ordenar à doença que se vá, e ela Te obedecerá. Fala somente uma palavra, e meu servo estará curado.’ ’Vai’, disse Cristo, ‘e como creste te seja feito. E, naquela mesma hora, o seu criado sarou’ (Mateus 8:13).” 31

VIVENDO COMO DISCÍPULO A história deste centurião é linda! Uma pessoa que ama ao próximo é capaz de empenhar tamanha fé por ele! Um exemplo digno de ser imitado. Vivemos em um mundo em que pouco se faz pelo semelhante, mas os cristãos têm que fazer a diferença. Morava em uma cidade do interior de Minas Gerais, quando um dia alguém tocou no interfone de meu apartamento e de todos os moradores ao mesmo tempo. Assim, todos atenderam juntos. Era uma mulher que, aparentando estar muito desesperada, foi logo falando: Meu marido está desempregado e tenho três filhos, não estou aqui pedindo dinheiro e nem quero, somente um pouco de comida ou leite para meus filhos. Um dos vizinhos, querendo se livrar da mulher, respondeu: “Minha senhora, infelizmente não tem nada para comer hoje aqui em casa”, e desligou o interfone. Meu coração ficou compadecido e ajudei à senhora que se mostrou muito agradecida. Fiquei pensando na resposta daquele meu vizinho, que era o morador de melhor situação financeira do prédio: “Não tem nada para comer aqui em casa!” Como temos nos tornado insensíveis diante da situação do próximo! O egoísmo tem dominado o coração de muitos do povo de Deus nos últimos dias. Se o cristão adota o caráter de Cristo, então cada partícula de egoísmo deve ser expelida da alma. Cabe-nos promover a obra que Ele nos deu para fazer, tornando-nos mãos ajudadoras para os corações aflitos que estão ao nosso redor. A pobreza e sofrimento de famílias virão ao nosso conhecimento, e não podemos ficar indiferentes.Tenha em mente que Deus espera que você proceda assim como o centurião que intercedeu pelo seu servo. Como vai responder a esta expectativa?

queMãos

Ajudam

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Certa vez Jesus contou uma parábola dizendo: “‘Descia um homem’, disse, ‘de Jerusalém para

Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram e, espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto’ (Lucas 10:30). [...] Estando nestas condições, um sacerdote por lá passou, viu o homem ferido e maltratado, engolfado em sangue, porém deixou-o sem prestar-lhe auxílio. ‘Passou de largo’ (Lucas 10:31). Apareceu então um levita. Curioso de saber o que acontecera, deteve-se e contemplou o sofredor. Estava convicto de seu dever, mas não era um serviço agradável. Desejou não ter vindo por aquele caminho, de modo que não visse o ferido. Persuadiu-se de que não tinha nada com o caso, e também ‘passou de largo’. Mas um samaritano que viajava pela mesma estrada, viu a vítima e fez o que os outros recusaram fazer. Com carinho e amabilidade tratou do ferido. ‘Vendo-o, moveu-se de íntima compaixão. E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, aplicando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem e cuidou dele; e, partindo ao outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele, e tudo o que de mais gastares eu to pagarei, quando voltar’ (Lucas 10:33-35). Tanto o sacerdote como o levita professavam piedade, mas o samaritano mostrou que era verdadeiramente convertido. Não lhe era mais agradável fazer o trabalho do que o era para o levita e o sacerdote, porém, no espírito e nos atos provou estar em harmonia com Deus.” 32

VIVENDO COMO DISCÍPULO O samaritano nos deixou uma grande lição de amor ao próximo. Essa é a grande mensagem que Cristo veio trazer a este mundo, ao vir salvar o ser humano, indefeso diante do peso da escravidão imposta por Satanás. Aos seguidores de Cristo, o apóstolo Paulo escreve: “Haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus” (Filipenses 2:5). Que sentimento deve ser esse? Entre os exemplos que Cristo deixou, vemos quão grande é a Sua compaixão para com o próximo, principalmente para com os indefesos. “Deus muitas vezes desperta alguém que livre os pobres de serem levados a situações que seriam perda para eles, mesmo que isto seja para seu prejuízo. Este é o dever do homem para com seu semelhante. Tirar vantagem da ignorância de uma pessoa porque ela não está apta a discernir as conseqüências de um determinado procedimento, não é correto. É dever de seu irmão pessoalmente expor-lhe a questão de maneira clara e fiel, com todos os pormenores, para não agir cegamente, e invalidar os recursos a que tem direito. Quando os homens observam a regra áurea: Fazei aos outros o que quereis que os outros vos façam, muitas dificuldades agora existentes seriam depressa contornadas.”33

Deus espera que neste dia você possa olhar ao seu redor e ser uma mão solidária as pessoas que necessitam. Esta é a lição que Jesus quer nos ensinar hoje.

um ato deSolidariedade,

Amor

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Jesus estava no meio da multidão quando “[...] uma pobre mulher que, por doze anos, sofrera de um

mal que lhe tornava um fardo a existência. Consumira todos os seus recursos com médicos e remédios, para ser afinal declarada incurável. Reviveu-lhe, porém, a esperança, ao ouvir falar das curas operadas por Cristo. Teve a certeza de que se tão-somente pudesse ir ter com Ele, havia de recobrar a saúde. [...] Começara a desesperar quando, abrindo caminho por entre o povo, Ele chegou perto de onde ela se achava. Ali estava a áurea oportunidade. Achava-se em presença do grande Médico! Em meio da confusão, porém, não Lhe podia falar, nem vê-Lo senão de relance. Temendo perder seu único ensejo de cura, forcejou por adiantar-se, dizendo de si para si: ‘Se eu tão-somente tocar a Sua veste, ficarei sã’ (Mateus 9:21). Quando Ele ia passando, ela avançou, conseguindo tocar-Lhe, de leve, na orla do vestido. No mesmo instante, todavia, sentiu que estava sã. Concentrara-se, naquele único toque, toda a fé de sua vida e, num momento, a doença e a fraqueza deram lugar ao vigor da perfeita saúde. [...] Jesus deteve-Se de repente, e o povo parou com Ele. Voltou-Se e, numa voz distintamente ouvida acima do burburinho da multidão, indagou: ‘Quem é que Me tocou?’ (Lucas 8:45). [...] Jesus insistiu em saber quem O tocara. Vendo ela que era inútil querer ocultar-se, adiantou-se tremendo e lançou-se-Lhe aos pés. Com lágrimas de gratidão, contou a história de seus sofrimentos e como encontrara alívio. Jesus disse brandamente: ‘Tem bom ânimo, filha, a tua fé te salvou; vai em paz’ (Lucas 8:48).” 34

VIVENDO COMO DISCÍPULO Essa mulher foi curada somente depois de ter tocado Jesus num ato de fé. DEle saiu virtude, que pode lhe conceder uma nova vida. Quando oramos a Deus, colocando a vida em Suas mãos, devemos acreditar que o melhor irá acontecer. Ele concede inteligência e sabedoria a todos que buscam fervorosamente estes dons. Jesus tem o plano certo para sua vida. Vivemos em um mundo vil, onde há concorrência desleal em todos os aspectos. Somente a capacidade de discernimento, dada por Deus, será um guia seguro para o cristão. Devemos pedir a Ele inteligência para melhor gerir nossa vida e nossos negócios. Nunca é tarde demais para recomeçar, ou dar prosseguimento ao que foi interrompido; um milagre sempre está pronto a acontecer, depende da nossa fé em acreditar que em Jesus há poder para a vitória. Deus não nos chamou para sermos cauda, mas sim, cabeça. Ele deseja capacitar Seus filhos com inteligência e sabedoria, não para exaltação própria, mas para exaltação de Cristo Jesus. Se for seu desejo ser capacitado por Deus, você precisa, a cada dia, tocar em Seu manto de justiça, através da oração e do estudo da Bíblia. Assim, de Deus virá o poder que garante a vitória sobre todas as forças do mal, possibilitando que sua vida seja uma bênção, levando alívio e salvação ao perdido.

oBuscando

PoderDeusde

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OLHANDO PARA JESUS

Quando Jesus ressuscitou Lázaro, aproximou-Se do sepulcro e deu uma ordem às pessoas

que estavam ali, dizendo: “‘Tirai [vós] a pedra’ (João 11:39). Cristo podia ter ordenado à pedra que se deslocasse por si mesma, e ela Lhe teria obedecido à voz. Poderia ter mandado aos anjos que se Lhe achavam ao lado, que fizessem isso. Ao Seu mando, mãos invisíveis teriam removido a pedra. Mas ela devia ser retirada por mãos humanas.”35

Depois orou: “‘Pai’, disse, ‘graças Te dou, por Me haveres ouvido. Eu bem sei que sempre Me ouves, mas Eu disse isto por causa da multidão que está em redor, para que creiam que Tu Me enviaste’ (João11:41 e 42). [...] ‘E tendo dito isto, clamou com grande voz: Lázaro, sai para fora’ (João 11:43). [...] O que estivera morto aparece à entrada da mesma. Seus movimentos são impedidos pela mortalha em que está envolto, e Cristo diz à estupefata assistência: ‘Desatai-o, e deixai-o ir’ Mais uma vez lhes é mostrado que o obreiro humano deve cooperar com Deus. A humanidade deve trabalhar pela humanidade. Lázaro é desligado e aparece ao grupo. [...] Brilham-lhe os olhos de inteligência e de amor para com o Salvador. Lança-se em adoração aos pés de Jesus.”36

VIVENDO COMO DISCÍPULO No milagre da ressurreição de Lázaro Jesus pediu às pessoas que fizessem dois trabalhos: primeiro, que tirassem a pedra do sepulcro e segundo, que tirassem as ataduras. Desde a criação é propósito de Deus que o homem seja um mordomo. Designou-lhe o trabalho de cuidar do jardim, dos animais e de sua família. Deus espera que cada um de nós esteja empenhado no trabalho de beneficiar o próximo. Assim como Cristo ressuscitou Lázaro, muitas pessoas estão mortas espiritualmente, precisando de auxílio para serem ressuscitadas, reanimadas em sua existência. “Se compreendessem a obra que o Senhor quer que eles façam como Sua mão ajudadora, não fugiriam à responsabilidade”37 Deus quer abençoar seu empenho em adquirir recursos com o propósito de serem usados na pregação do evangelho ou no trabalho direto, em benefício das pessoas carentes que vivem ao seu redor. Deus espera que você não fique parado, mas que faça alguma coisa útil para Seu reino. É importante lembrar que todo trabalho honesto é abençoado por Deus e, com as bênçãos dEle, o cristão pode prosperar em qualquer lugar, fazendo qualquer coisa, desde que haja em seu coração o propósito de ser um canal de Deus. Tenha, hoje mesmo, uma atitude diferente, pense em como usar seu talento, tempo, recursos e profissão em benefício do reino de Deus.

doBênção

Trabalho

A

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OLHANDO PARA JESUS

Certa ocasião, disse Jesus: “‘Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas,

não deixa no deserto as noventa e nove e não vai após a perdida até que venha a achá-la?’ (Lucas 15:4). Estas almas que vós desprezais, dizia Jesus, são propriedade de Deus. Pertencem-Lhe pela criação e redenção, e a Seus olhos são de grande valor. Assim como o pastor ama as ovelhas e não pode sossegar enquanto uma única lhe falta, também Deus, em grau infinitamente mais alto, ama todo perdido. Os homens podem negar as reivindicações de Seu amor. Podem dEle desviar-se, podem escolher outro mestre; contudo, pertencem a Deus, e Ele anela recuperar Sua propriedade. Diz: ‘Como o pastor busca o seu rebanho, no dia em que está no meio das suas ovelhas dispersas, assim buscarei as Minhas ovelhas; e as farei voltar de todos os lugares por onde andam espalhadas no dia de nuvens e de escuridão’ (Ezequiel 34:12). Na parábola, o pastor sai em busca de uma ovelha - o mínimo que pode ser numerado. Assim, se houvesse apenas uma alma perdida, Cristo por ela teria morrido.”38

VIVENDO COMO DISCÍPULO O “negócio” de Jesus era salvar o homem do pecado, e de fato fez todo esforço para nos comunicar Sua maravilhosa graça. Seu chamado hoje é para nos empenharmos também na salvação de perdidos. Ele espera que nossos bens e esforços sejam canalizados para isso. Quando olhamos para a missão da igreja, seu

alcance mundial e o cumprimento das palavras de Jesus: “Ide... e pregai o evangelho” (Marcos 16:15), não restam dúvidas de que este empreendimento terá um custo elevado. Mas se a ordem é dada por Deus, obviamente esta missão também é financiada por Ele. A grande comissão evangélica une o divino e o humano; nela o infinito encontra com o finito, formando uma parceria diante de todos os olhos do universo, exaltando o amor salvador de Deus. Para cumprir essa missão, o Senhor coloca recursos financeiros nas mãos de pessoas que se dispõem a serem instrumentos divinos. Toda riqueza dada por Ele tem a finalidade de ser canalizada para Seu serviço. Deus nos deu riquezas não para nos dar status, mas para que tenhamos recursos a oferecer para a Sua obra. Estamos trabalhando no “negócio” de Deus, assim como Cristo, nosso Bom Pastor, que empoeirou Seus pés na história dessa terra, a fim de buscar Suas ovelhas perdidas. Devemos ser Seus imitadores, usando nossos bens para buscar e salvar outras ovelhas. Deus deseja prosperar a vida financeira de cada um para esse fim. É certo que essa promessa se cumprirá em sua vida quando obedecer à Palavra de Deus. Ele mesmo afirma: “Se quiserdes e me ouvirdes, comereis o melhor desta terra” (Isaías 1:19). Deus promete um futuro glorioso a todos os que envolvem sua vida e suas posses em busca de Suas ovelhas perdidas. Você pode receber esta bênção, só depende de sua decisão.

deNegócio,

DeusumMeu

Negócio

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OLHANDO PARA JESUS

Entrando Jesus “numa certa aldeia, saíram-Lhe ao encontro dez homens leprosos, os quais pararam

de longe. E levantaram a voz, dizendo: ‘Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós!’ E Ele, vendo-os, disse-lhes: ‘Ide e mostrai-vos aos sacerdotes’. E aconteceu que, indo eles, ficaram limpos. E um deles, vendo que estava são, voltou glorificando a Deus em alta voz. E caiu aos Seus pés, com o rosto em terra, dando-Lhe graças; e este era samaritano. E, respondendo Jesus, disse: ‘Não foram dez os limpos? E onde estão os nove? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro?’ E disse-lhe: ‘Levanta-te e vai; a tua fé te salvou’ (Lucas 17:12-19). Aqui está uma lição para todos nós. Os leprosos estavam tão corrompidos pela doença que foram segregados da sociedade para não contaminarem os outros. Seus limites haviam sido prescritos pelas autoridades. Jesus aproximou-Se dos limites de sua visão, e em seu grande sofrimento, clamaram Àquele que, somente, tinha poder para aliviá-los. Jesus lhes manda se apresentarem aos sacerdotes. Eles têm fé para iniciar a caminhada, crentes no poder de Cristo para curá-los. Quando vão andando pelo caminho, notam que a terrível doença os deixou. Apenas um, entretanto, tem sentimentos de gratidão; um apenas reconhece a sua penhorada dívida a Cristo por essa grande obra feita em seu favor. Esse volta louvando a Deus, e, na maior das humilhações, prostra-se aos pés de Cristo, reconhecendo agradecido a obra realizada em seu favor.” 39

VIVENDO COMO DISCÍPULO Foram dez os leprosos curados por Jesus, mas só um voltou para agradecer. Os demais olharam para o que era terreno, para a bênção recebida, esquecendo o espiritual, o Autor da bênção. Hoje não é diferente, pois são muitas as investidas que o mundo faz sobre os filhos de Deus, especialmente quando o assunto é dinheiro. Para muitos, o dinheiro tem ocupado o lugar de Deus. A Bíblia, porém, nos adverte a não servirmos a dois senhores - Deus e as riquezas (Lucas 16:13). Lamentavelmente, há crentes que, sem se dar conta, seguem a proposta do mundo. Satanás nos bombardeia com mensagens seculares instigando-nos a reter, concentrar, possuir, ter, ganhar, consumir, acumular. Somos motivados a ter corações egoístas. Entretanto, somos convidados pelos Céus a olhar para a cruz de Cristo e seguir o caminho da gratidão e da generosidade, o caminho que abre nossos olhos para os valores eternos e nos liberta do egoísmo. O leproso que voltou prostrou-se diante de Cristo, atribuindo a Ele a autoria da bênção recebida. Todo discípulo precisa reconhecer a autoridade de Cristo e entregar a Ele o domínio de sua vida. Deus deseja ter pleno domínio de sua vida física, mental, espiritual, bem como também de sua vida financeira. Permita que isso seja uma realidade na sua vida durante este dia!

Gratidãoum ato

deFé

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Agentede Transformação

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OLHANDO PARA JESUS

Jesus fez a seguinte exortação: “‘Aprendei, pois, esta parábola da figueira: quando já os seus ramos

se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão. Igualmente, quando virdes todas essas coisas, sabei que Ele está próximo, às portas’ (Mateus 24:32 e 33). [...] Assim se mostrou o último dos sinais de Sua vinda, relativamente aos quais Jesus declarou a Seus discípulos: ‘Quando virdes todas essas coisas, sabei que Ele está próximo, às portas’ (Mateus 24:33). Depois destes sinais João contemplou, como o grande acontecimento a seguir imediatamente, o céu retirando-se como pergaminho que se enrola, enquanto a Terra tremia, montanhas e ilhas se removiam dos lugares, e os ímpios procuravam, aterrorizados, fugir da presença do Filho do homem (Apocalipse 6:12-17). Mas o dia e hora de Sua vinda não foram revelados. [...] O tempo exato da segunda vinda do Filho do homem é mistério de Deus. Mais um pouco, e veremos o Rei em Sua formosura. Mais um pouco, e Ele enxugará toda lágrima de nossos olhos. Um pouco mais, e nos apresentará ‘irrepreensíveis, com alegria, perante a Sua glória’ (Judas 24). Por conseguinte, ao dar Ele os sinais de Sua vinda, disse: ‘Ora, quando essas coisas começarem a acontecer, olhai para cima, e levantai a vossa cabeça, porque a vossa redenção está próxima’ (Lucas 21:28).” 40

VIVENDO COMO DISCÍPULO A volta de Jesus é mais do que uma doutrina a ser pregada, deve ser uma vívida esperança para o remanescente fiel. A cada minuto que passa, nos aproximamos mais do grande dia de ver Cristo voltando nas nuvens do Céu. Uma pessoa comprometida com

Cristo e Sua missão se alegra em ver a mensagem do evangelho sendo pregada e incrédulos rendendo-se ao grande Mestre. Todo esforço deve ser feito,41 em prol de salvar pessoas para o reino. Devemos usar o máximo de recursos e instrumentos que despertem o interesse pela mensagem. Por isso é muito importante a construção de templos atraentes e práticos, possuir escolas cristãs bem estabelecidas, programas que proclamem a mensagem, como: evangelismos, congressos, seminários, encontros. Também é vital programas que favoreçam aos necessitados, enfim, uma igreja envolvida na missão, com uma juventude vibrante e uma irmandade comprometida com Cristo e com Sua vinda. Todas essas coisas tendem a desaparecer quando Cristo não é colocado em primeiro lugar, quando nossa vida não se mostra comprometida com Sua volta. O que passa, então, a acontecer é justamente o oposto: templos mal cuidados que não exaltam o nome de Deus, escolas enfraquecidas, jovens atraídos pelas luzes deste mundo e muitos cristãos mais preocupados com o presente século, lutando por seus projetos, buscando suas conquistas. Cristo nos convida a continuar a obra que Ele começou.42 E a sua decisão deve ser de entrega total. Se não for assim, com que objetivo a Bíblia nos ensina a não acumularmos tesouros nesta terra (Mateus 6:19 a 21)? Coloque Deus em primeiro lugar em sua vida, hoje mesmo. Mantenha viva em seu coração a esperança de ver Cristo voltando e faça todo o possível para se tornar um agente de transformação neste mundo.

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OLHANDO PARA JESUS

Jesus estava no pátio onde se achava a arca do tesouro, e observava os que ali iam depositar

as ofertas. Muitos dos ricos levavam largas somas, que apresentavam com grande ostentação. Jesus os contemplava tristemente, mas não fez comentário algum acerca de suas liberais ofertas. Num momento, Sua fisionomia iluminou-se ao ver uma pobre viúva aproximar-se hesitante, como receosa de ser observada.”43 E deitou ali suas duas únicas moedas. “O Salvador chamou a Si os discípulos, e convidou-os a notar a pobreza da viúva. Então soaram aos ouvidos dela Suas palavras de louvor. ‘Em verdade vos digo que esta pobre viúva depositou mais do que todos’ (Lucas 21:3).”44

VIVENDO COMO DISCÍPULO Os recursos financeiros não constituem o fator principal na mobilização e desenvolvimento da obra de Cristo, e sim, um coração convertido. Mas obviamente os recursos são necessários, e fazem frente às necessidades da obra. Quando os recursos não são disponibilizados para o trabalho de Deus, deduz-se que o nível de espiritualidade e comprometimento cristão está em baixa. Ou então, não há o verdadeiro conhecimento da estrutura da igreja mundial na pregação do evangelho. Uma igreja se reunia em um salão em péssimas condições de conservação, quando chegou seu novo pastor. Ele ficou muito triste, não podendo aceitar que Deus, dono do ouro e da prata, pudesse ser cultuado em um local de condições tão precárias. Na saída do culto ele permaneceu à porta para cumprimentar os membros da igreja e, logo depois, foi conversar com o tesoureiro. No final da conversa, teve a oportunidade de fazer uma pergunta: “Irmão,

será que não está na hora de fazermos uma reforma neste salão, para que possa ficar mais atraente e também comportar um número maior de pessoas?” O irmão sorriu e respondeu calmamente: “Sim pastor, aqui a gente pensa da mesma forma, realmente está passando da hora, o problema é que não temos dinheiro em caixa para isso.” A frase “não tem dinheiro em caixa”, tem sido a mais citada por muitos tesoureiros. Eles a repetem constantemente quando o pastor pede recursos para reformar a igreja, fazer evangelismo; ou quando o departamento infantil deseja comprar material para as crianças; quando os jovens desejam fazer um programa diferente, quando os desbravadores vão fazer um acampamento; ou quando a ADRA pede recursos para ajudar aos necessitados. Depois do sermão, falando sobre ofertas, o pastor foi procurado por um irmão. A dúvida era se o dinheiro do dízimo não poderia ser usado para fazer reformas e construções de templos. Precisamos ter verdadeira compreensão do dízimo e de seu destino sagrado – a manutenção do ministério, e nenhum outro fim. A viúva pobre acreditava no ministério do templo, mesmo sabendo que as ações de muitos sacerdotes e levitas não correspondiam com a vontade de Deus. Mesmo assim ela foi fiel aos princípios determinado por Deus e muito mais, ela deu tudo o que tinha em suas mãos. O mesmo Deus espera de nós. Você precisa estar com o coração aberto para ser fiel nos dízimos e fazer generosas ofertas, como a viúva pobre. Certamente ocorrerá avivamento espiritual em sua vida. Acima de tudo, não faltará recursos para a obra do Senhor e não seremos tentados a utilizar métodos que não tenha a Sua aprovação.

mais queDinheiro

Dando

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OLHANDO PARA JESUS

Além dos doze discípulos, Jesus enviou outros para difundirem Sua palavra. “O Senhor

designou outros setenta; e os enviou de dois em dois, para que O precedessem em cada cidade e lugar aonde Ele estava para ir. E lhes fez a seguinte advertência: A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a Sua seara. [...] Deveriam ensinar do Antigo Testamento, explicando as profecias sobre a missão e obra de Cristo e apresentando as verdades que enterneceriam o coração das pessoas, a fim de que estivessem preparadas para receber a Cristo.”45

Hoje Deus possui um exército de homens que está à frente das fileiras, ajudando a preparar pessoas para o encontro com Cristo. Seguindo o modelo bíblico, estes homens são mantidos pelo sagrado dízimo. São verdadeiros anjos da esperança, que dedicam seu tempo integralmente a Deus.

VIVENDO COMO DISCÍPULO O dízimo é usado de forma única e exclusiva para sustentar os que vivem da pregação do evangelho. Deus determinou que o dízimo fosse destinado para fins religiosos. Assim aconteceu no Antigo Testamento: os levitas e sacerdotes foram sustentados com os dízimos (Números 18:21 e 24). No Novo Testamento e na atualidade, o dízimo também é destinado ao sustento do ministério evangélico (I Coríntios 9:14; I Timóteo 5:18).

A Bíblia é muito clara em apresentar o sistema dos dízimos, como foi estabelecido e sua finalidade. Deus o estabeleceu em Israel como um sistema de adoração. A fidelidade a esse princípio traria bênçãos espirituais, como também materiais. Assim, Seu povo seria um exemplo às nações vizinhas, atraindo-as para cultuar ao verdadeiro Deus (Deuteronômio 4:5, 8). A prática do dízimo já era um costume entre outros povos, aparecendo antes mesmo de Moisés. Na era patriarcal, Deus reafirmou para Si o direito sobre o dízimo e estabeleceu um sistema de adoração no santuário mantido por Ele (Levítico 27: 30, 32). Esse sistema visava à proclamação dos planos de Deus para salvação da humanidade e Sua exaltação entre as nações que não O conheciam. Ficava sob responsabilidade dos levitas, que ministravam em Sua casa. O princípio que regia a entrega dos dízimos era a adoração a Deus, mas o sistema foi implantado em um sentido obrigatório. No Novo Testamento Paulo defende o dízimo, em sua primeira carta aos Coríntios, como único caminho para o sustento dos obreiros, bem como dos sacerdotes no passado (9:6, 14). O dízimo torna-se o meio de todos participarem do avanço da obra. Através de sua devolução a Deus, admitimos a co-responsabilidade de anunciar o evangelho, ainda que através de homens e mulheres que se dedicam exclusivamente para isso. Por fidelidade a Deus e a Sua obra, seja um fiel dizimista. Você verá os frutos desta atitude aqui e na eternidade.

Missão

Cumprindoa

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OLHANDO PARA JESUS

Estas palavras são de Jesus: “‘Ai de vós escribas e fariseus hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o

endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas’ (Mateus 23:23). [...] Os fariseus eram muito exatos em dizimar ervas da horta, tais como hortelã, endro e cominho; isso pouco lhes custava, dando-lhes reputação de exatidão e santidade. Ao mesmo tempo suas inúteis restrições oprimiam o povo e destruíam o respeito pelo sagrado sistema designado por Deus. Ocupavam a mente dos homens com insignificantes distinções, e desviavam-lhes a atenção das verdades essenciais. Negligenciavam-se os assuntos de mais peso da lei, justiça, misericórdia e verdade. ‘Deveis, porém, fazer estas coisas’, disse Cristo, ‘e não omitir aquelas’ (Mateus 23:23).” 46

VIVENDO COMO DISCÍPULO O dízimo, propulsor da pregação do evangelho, fazia parte da missão centrípeta, em que Deus colocou o povo Israel. Os levitas eram responsáveis por ensinar a cultuar o verdadeiro Deus e, para isso, eram separados e deveriam dedicar vinte e quatro horas do dia ao serviço do Senhor. Dessa forma, Deus estabeleceu que as outras onze tribos de Israel deveriam separar, das dádivas recebidas, o equivalente a dez por cento, e entregar ao Senhor no templo. Tais recursos serviriam para o sustento dos Levitas. O dízimo é usado pela igreja de Deus hoje, do mesmo modo que foi indicado no passado. Seu uso é exclusivo para o sustento dos que dedicam tempo integral ao trabalho do Mestre. Entre estes estão os pastores,

professores de Bíblia e obreiros. Às vezes, alguns são tentados a considerar que podem utilizar os dízimos para a manutenção da igreja local. Pode ser atraente para algumas congregações, mas segundo as orientações recebidas do Céu, tal procedimento é incorreto. Ellen White faz a seguinte declaração: “O povo de hoje precisa lembrar que a casa de culto é propriedade do Senhor, e que deve ser escrupulosamente cuidada. Mas o fundo para essa obra não deve provir do dízimo.” 47

Ratificando, o dízimo deve ser usado para o sustento das pessoas que prestam um serviço especial a Deus, que dedicam tempo integral ao cuidado de Sua igreja. Este é o princípio ensinado por Ele, assim deve permanecer até o fim. A cada dia se levantam pessoas que questionam a teologia do dízimo e sua aplicação. Imagine que seja verdade a hipótese de não ser necessário aplicar o sistema dos dízimos em nossas igrejas, que este plano esteja obsoleto. Surgem, então, algumas questões: qual sistema financeiro além do “trazei todos os dízimos a casa do tesouro” (Malaquias 3:1) ou “os que pregam o evangelho que vivam do evangelho” (I Coríntios 9:14), tem apoio bíblico para ser aplicado? Como deveria ser financiada a pregação do evangelho? Alguns defendem idéias mirabolantes, outros dizem que não precisamos de nenhum plano. Podemos até encontrar algum exemplo que pareça apontar outro caminho, mas nenhum possui base bíblica. O sistema bíblico do dízimo é perfeito, e não há nenhuma outra opção, teologicamente correta, que possa substituí-lo. Aceite adotar esse sistema financeiro criado por Deus. Reconheça a beleza que há nele e o privilégio dele fazer parte para sempre de sua vida.

UmPrincípioSagrado

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E disse Jesus a Pedro: “‘Vai ao mar’, [...] ‘lança o anzol, tira o primeiro peixe que subir, e, abrindo-

lhe a boca, encontrarás um estáter; toma-o, e dá-o por Mim e por ti’ (Mateus 17:27). Conquanto houvesse revestido Sua divindade com a humanidade, revelou, nesse milagre, a Sua glória. Era evidente ser Este Aquele que, por meio de Davi, declara: ‘Porque Meu é todo animal da selva, e as alimárias sobre milhares de montanhas. Conheço todas as aves dos montes; e Minhas são todas as feras do campo. Se Eu tivesse fome, não to diria, pois Meu é o mundo e a sua plenitude’ (Salmos 50:10-12). Conquanto Jesus tornasse claro não Se achar sob obrigação de pagar o tributo, não entrou em discussão com os judeus a respeito do assunto.”48 Jesus fez um milagre, para aniquilar uma discussão que estava consumindo o tempo que deveria ser utilizado na pregação do evangelho e desvirtuando os pensamentos dos discípulos. Ele cuida de Sua obra, provendo sustento para que a mesma avance; opera um milagre cada dia em nossa vida, dando-nos recursos para serem aplicados em Seu serviço.

VIVENDO COMO DISCÍPULOO dízimo possui toda base bíblica para ser devolvido ao Senhor, e se Ele o destinou para aqueles que Lhe prestam serviços, devemos crer na Palavra de Deus, confiar que Ele está no controle de Sua igreja. Assim como Ele fez um milagre para pagar um imposto, com certeza estará cuidando milagrosamente de nós e de Sua obra, abençoando a todos que forem fiéis. Um fiel adventista que sempre ocupou cargos de grande importância na liderança de sua

igreja, funcionário público, conta que sempre foi fiel na devolução do dízimo ao Senhor. Certa ocasião, porém, deixou de devolver o dízimo e a oferta, ficando alguns meses em dívida com Deus. Estava para receber um benefício extra em seu trabalho, comprometeu-se de usá-lo para acertar sua situação. Como se propusera, assim que recebeu o dinheiro, fez seu acerto com Deus no valor de dois mil reais, praticamente todo dinheiro que havia recebido. Como naquele mês foi depositado o benefício, o salário ficou postergado para outra data. Ele não sabia disso, acabou ficando sem dinheiro para saldar seus compromissos. Mesmo assim, confiou em Deus. Estava aliviado de ter acertado seu débito com Ele. A correspondência chegou, e ele percebeu dois envelopes iguais, um endereçado para ele e outro para sua esposa. No conteúdo, uma carta, em cada envelope, dizia que havia um depósito em conta corrente para eles. Haviam sido sorteados em uma promoção de supermercado e estavam ganhando uma quantia em dinheiro como prêmio. Achou aquilo muito estranho, ligou para a empresa, fabricante de macarrão, e confirmou a notícia. Só então se lembraram que haviam preenchido alguns cupons promocionais em um supermercado. A empresa considerou um milagre duas pessoas da mesma família terem sido sorteadas. Mais surpreso ficou o casal quando foi verificar o prêmio, havia mil reais em cada conta, no total, o mesmo valor do dízimo atrasado que haviam acertado com Deus. O apelo de Deus a você é que experimente colocar a vida em Suas mãos, um dia de cada vez. Seja fiel, e Ele cuidará de você.

DeusCuida de Sua

Obra

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OLHANDO PARA JESUS

Jesus conta uma parábola dizendo: “‘O reino de Deus é assim como se um homem lançasse

semente à terra, e dormisse, e se levantasse de noite ou de dia, e a semente brotasse e crescesse, não sabendo ele como. Porque a terra por si mesma frutifica; primeiro, a erva, depois, a espiga, e, por último, o grão cheio na espiga. E, quando já o fruto se mostra, mete-lhe logo a foice, porque está chegada a ceifa’ (Marcos 4:26-29). [...] Há vida na semente, e força no solo; mas se o poder infinito não for exercido dia e noite, a semente não produzirá colheita. A chuva precisa ser enviada para umedecer os campos sedentos, o Sol precisa comunicar calor, e a eletricidade precisa ser conduzida à semente enterrada. A vida que o Criador implantou, somente Ele pode despertar. Toda semente germina e toda planta se desenvolve pelo poder de Deus.” 49

VIVENDO COMO DISCÍPULO Assim são as coisas no reino de Deus. Para que haja colheita, duas coisas são básicas: a terra e a semente. A terra é o seu coração; a semente é o tipo de fruto que você deseja produzir. Se plantar trigo, vai colher trigo. Se plantar joio, colherá joio. Se plantar mamão, vai colher mamão. Se plantar maçã, colherá maçã. Na prática diária, se plantamos ira, colheremos ira. Se plantamos generosidade, colheremos generosidade. Quem plantar amor, colherá amor. A Bíblia diz: “Não vos enganeis; de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gálatas 6: 7). Podemos afirmar, baseados neste texto, que a lei da semeadura funciona em todas as áreas da vida.

Para que a plantação seja sadia e forte e produza bons frutos é necessário plantar boa semente. Lembro-me de quando era juvenil, meu pai colhia muitos grãos na lavoura. Assim que terminava a colheita, ele selecionava os melhores grãos como semente para o próximo ano. Fazia isso para garantir novamente plantas saudáveis, que pudessem produzir bons frutos. Deus espera que, para nossa saúde financeira, plantemos a boa semente. Mas o que é a boa semente? Bem, temos que entender que o meio usado por Deus para verificar se há boa semente é o amor. Quando o agricultor, em seu primeiro ato após a colheita, separa a semente para o próximo ano, está reservando o produto para o seu propósito, reconhecendo o valor que ele tem. Quando recebemos nosso salário, a primeira coisa a fazer é separar a semente, ou seja, uma reserva amorosa, que proporcionará colheitas férteis no futuro – os dízimos e as ofertas. Essa atitude de fidelidade e generosidade revela o amor que temos para com Deus e Sua causa. A resposta de Deus é com a próxima colheita, boas sementes, bons frutos. Paulo, falando das ofertas diz: “Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria” (II Coríntios 9:7). Poderíamos parafrasear as palavras de Paulo, usando a lei da semeadura: “Cada um selecione a sua melhor semente para o plantio, não com tristeza ou por necessidade; pois Deus ama quem planta com alegria.” A melhor semente significa o melhor que você pode fazer para causa de Deus; o máximo que você pode dedicar de seus ganhos para a pregação do evangelho.

LeiVivendo a

Semeadurada

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A lei da semeadura está bem presente na parábola dos talentos; podemos ver isto claramente

no diálogo do senhor com o seu servo fiel: “Então, aproximando-se o que recebera cinco talentos, entregou outros cinco, dizendo: Senhor confiaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que ganhei. Disse-lhe o Senhor: Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor” (Mateus 25:20-21).

VIVENDO COMO DISCÍPULO Para multiplicar a semente, ou seja, os recursos financeiros que o Senhor colocou em nossas mãos não há segredo, é só plantá-los em Sua seara. A semente lançada na sementeira de Deus morre para se multiplicar. Quando você abre mão dos seus recursos financeiros, é o seu “eu” que está morrendo, pois seu dinheiro é um pedaço de sua vida, seu tempo, seu árduo esforço para alcançá-lo. Aplicado em solo fértil, irrigado pelo sangue de Cristo, estaremos plantando novas vidas para a eternidade. No final, ao morrer para nós mesmos, geramos novas vidas, nos tornamos pessoas melhores e Deus se aproxima de Seu objetivo. Não pense que Ele quer seu dinheiro. Todo esse exercício é para ganhar mais e mais seu coração. Certa vez, em uma visita pastoral, um irmão me disse não estar ofertando a Deus porque seu salário não dava para pagar suas despesas, que eram grandes. Se ofertasse, o valor poderia fazer falta, e

ainda completou: “Deus conhece a minha realidade.” Sei que você pode estar pensando: “Bem que eu gostaria de dar, mas tenho tão pouco.” Nunca temos tão pouco que não tenhamos o que dar. Sempre temos algo para dar. Deus sempre concede a primeira semente para começarmos a plantar. Ninguém é tão pobre que não tenha o que oferecer. O que importa para Deus não é o valor em si, mas o que ele representa de sacrifício para nós. Lembrem-se sempre da viúva pobre, ela não tinha tanto a oferecer quanto os demais. Mesmo assim, não se isentou da responsabilidade de ajudar a manter o sistema sacerdotal. Entregou a dádiva que tinha em mãos, apenas duas moedas – era tudo o que possuía (Lucas 21:3). Como a viúva pobre, sempre temos em mãos uma semente para começar a plantar, mesmo que seja pequena. Nossa atitude significa muito para Deus, e Ele promete: “Ora, aquele que dá semente ao que semeia e pão para alimento também suprirá e aumentará a vossa sementeira e multiplicará os frutos da vossa justiça” (II Coríntios 9: 10). O que devemos fazer é começar a caminhada para ter saúde financeira! Não temos que dar o que não temos, mas do que temos. Precisamos confiar em Deus, visto que é Fiel e Justo para fazer germinar nossa semente e produzir muitos frutos. Tome hoje a decisão de dar uma oferta mais generosa; isso, não para que você fique mais rico, mas para que experimente a alegria de ser um agente de salvação nesse mundo a perecer.

Deusmultiplica a

Semente

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OLHANDO PARA JESUS

Pouco antes de Sua ascensão, Cristo dá ordem aos discípulos: “‘Ide, portanto, fazei discípulos

de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século’ (Mateus 28:19 e 20). [...] ‘Ele, porém, lhes disse: É necessário que Eu anuncie o evangelho do reino de Deus também às outras cidades, pois para isso é que fui enviado. E pregava nas sinagogas da Galiléia’ (Lucas 4:43 e 44). Oxalá todos os que possuem a luz da verdade seguissem o exemplo dado por Cristo, não despendendo o tempo, a habilidade e os recursos que lhes foram dados por Deus em um ou dois lugares, sendo que a luz da verdade deve ir ao mundo todo. A maravilhosa ostentação de graça manifestada na mensagem do evangelho deve ser levada a todos os lugares.” 50

VIVENDO COMO DISCÍPULO O sonho de Deus é que Seus filhos possam usar os recursos por Ele confiados para cumprir o “Ide”. Devemos fazer isso não com o peso da obrigação, mas por amor. No entanto, se os recursos têm faltado, precisamos examinar e descobrir o que está errado. Pois se motivados pelo amor a Cristo e Sua causa, formos liberais, a promessa se cumprirá certamente em nossas vidas. “[...] aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com fartura, com abundância também ceifará” (II Coríntios 9:6).

Reter o dinheiro de Deus, nunca levará à prosperidade, mas os que deixam seus recursos fluírem para o reino dos Céus por amor a Cristo, terão bênçãos sem medidas: “A quem dá liberalmente, ainda se lhe acrescenta mais e mais; ao que retém mais do que é justo, ser-lhe-á em pura perda” (Provérbios 11:24). Deus está pronto para conceder recursos a Seus filhos para serem usados no cumprimento da missão. “E será pregado este evangelho do reino por todo mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o fim” (Mateus 24:14). Visto que nem todos podem sair de seu bairro, ou de sua cidade, ou de seu país para pregar o evangelho, cumprimos esta tarefa por intermédio de nossos recursos. Todos podem cumprir o “Ide” de Cristo. Muitos como voluntários; outros, apoiados em suporte financeiro, a fim de ser possível dedicação integral como obreiros nesta grande causa. Mesmo os que não estão preparados para a pregação corpo a corpo, devem fazer sua parte atendendo ao chamado para dizimar e ofertar generosamente à causa, que também é sua. Assim, um semeia, outro rega, outro cuida, outro colhe, essa é a dinâmica do plantio. O Senhor Deus poderia fazer chover ouro e prata para custear Sua obra. Em vez disso, fez do homem gerente de Seus bens, objetivando realizar outra obra tremenda, enquanto avança na proclamação do evangelho – a obra de libertação pessoal do egoísmo e do pecado. Você tem o privilégio de ser o conduto pelo qual Deus distribui Suas bênçãos. Continue sendo um instrumento dEle para salvar pessoas, amando, anunciando e apressando a volta de Jesus.

IgrejaCuida

de Sua

Deus

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OLHANDO PARA JESUS

Nos últimos dias haverá apenas dois grupos, um à direita e outro à esquerda, e Cristo diz

a um: ‘Vinde, benditos de Meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. Porque tive fome, e Me destes de comer; tive sede, e Me destes de beber; era forasteiro, e Me hospedastes; estava nu, e Me vestistes; enfermo, e Me visitastes’ (Mateus 25:34-36). E eles respondem: ‘Quando Te vimos assim e Te servimos?’ E Cristo diz: ‘Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes’ (Mateus 25:40). Aos que estiverem à esquerda, porém, dirá Ele: ‘Apartai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos’ (Mateus 25:41).” 51

Em Seus ensinamentos, Jesus disse que devemos amar a Deus e o próximo. Deus sempre teve misericórdia para com os menos favorecidos, não apenas no novo testamento, mas nas épocas mais remotas do antigo testamento.

VIVENDO COMO DISCÍPULO O plano de Deus para ajuda humanitária e de realização dos cultos de adoração era simples. O livro de Deuteronômio, especialmente nos capítulos 12, 14 e 26, oferece uma orientação dada ao povo pelo Senhor: “Perante o Senhor, teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer habitar o Seu nome, comerás os dízimos de seu cereal, do teu vinho, do teu azeite e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer o Senhor, teu Deus, todos os dias” (Deuteronômio14:23). Se os dízimos são exclusivamente para o sustento dos que dedicam a vida ao ministério, por que, então, a Bíblia pede neste texto para o cidadão comum comer dos dízimos?

Realmente, a Bíblia ensina que o dízimo deve ser entregue ao Senhor (Malaquias 3:10; Levítico 27:30; Números 18:2). Mas é clara a ordem de Deus em Deuteronômio 14, dizendo: “Comerás os dízimos de seu cereal, do teu vinho, do teu azeite.” Para entender o que está acontecendo, é bom lembrar que a Bíblia não entra em contradição. Na realidade esse texto está se referindo a um segundo dízimo que existia em Israel, proposto por Deus. Considerando que, assim como havia muitos sábados cerimoniais, mas apenas um único sábado santificado semanalmente, assim também havia outros dízimos junto com o dízimo sagrado. Ellen White confirma isto dizendo: “A fim de promover a reunião do povo para o serviço religioso, bem como para se fazerem provisões aos pobres, exigia-se um segundo dízimo de todo o lucro”.52 Os israelitas davam também outro dízimo além deste, cujo destino era manter o rei (I Samuel 8:14 a 17). Enquanto o segundo dízimo era destinado às festividades do templo e ao auxílio aos pobres, viúvas e estrangeiros, o dízimo do rei foi estabelecido para o sustento do governo e de todos os gastos da administração de Israel. Hoje, como no passado, o dízimo do rei permanece em forma de impostos cobrados pelo governo. Sabe-se, então, que o primeiro dízimo é destinado por Deus para o sustento dos obreiros na causa do Senhor. O terceiro dízimo tem sua equivalência nos impostos instituídos pelo governo. E o segundo dízimo, era usado para promover os cultos de adoração a Deus e especialmente ajudar aos pobres e necessitados, cumprindo assim, a instrução divina de cuidarmos dos pequeninos irmãos. Essa é a atitude que Deus deseja que você tenha em seu coração: amor pelo semelhante. Comece a manifestá-la hoje!

FilhosCuida

de Seus

Deus

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OLHANDO PARA JESUS

Ora, estando Jesus em Betânia, em casa de Simão, o leproso, aproximou-se dEle uma

mulher, trazendo um vaso de alabastro cheio de precioso bálsamo, que Lhe derramou sobre a cabeça, estando Ele à mesa’ (Mateus 26:6 e 7). Esse incidente está repleto de instruções. Jesus, o Redentor do mundo, aproxima-Se do momento em que dará Sua vida por um mundo pecaminoso. Quão pouco, entretanto, compreendem até mesmo Seus discípulos daquilo que estão prestes a perder. Maria não racionalizou quanto a esse assunto. Seu coração estava repleto de amor puro e santo. O sentimento de seu coração era: ‘Que darei ao Senhor por todos os Seus benefícios para comigo?’ (Salmos 116:12). Aquele bálsamo precioso, como fora avaliado pelos discípulos, nada mais era que uma fraca expressão de seu amor por seu Mestre. Mas Cristo soube valorizar a dádiva como uma expressão de amor, e o coração de Maria se encheu de perfeita paz e felicidade.”53 Maria estava oferecendo aos pés de Cristo suas dádivas de reconhecimento por Seu infinito amor.

VIVENDO COMO DISCÍPULO As Sagradas Escrituras apresentam as ofertas como uma expressão de amor por Cristo e gratidão pelo Seu sacrifício; uma forma de tirar o egoísmo do coração e de nos oferecermos ao serviço do Mestre, assim como Ele Se ofereceu voluntariamente por nós na cruz, entregando-Se como oferta de sacrifício. Isso ficou demonstrado por aquele vaso de alabastro, cheio de precioso bálsamo – a vida de Cristo quebrada e derramada pela humanidade caída.

O segundo dízimo, instituído por Deus também, deveria brotar de um coração altruísta repleto de amor a Deus e ao próximo. “A consagração a Deus de um décimo de toda a renda, quer fosse dos pomares quer dos campos, dos rebanhos ou do trabalho mental e manual, a dedicação de um segundo dízimo para auxílio dos pobres e outros fins de benevolência, tendia a conservar vívida diante do povo a verdade de que Deus é o possuidor de todas as coisas, e a oportunidade deles para serem portadores de Suas bênçãos. Era um ensino adaptado a extirpar toda a estreiteza egoísta, e cultivar largueza e nobreza de caráter.”54 Através do segundo dízimo a generosidade, caridade e cidadania eram incentivadas. Esta prática acontecia por dois anos seguidos para festividade em família, mas ao terceiro ano era dedicada aos pobres. “Ao fim de cada três anos tirarás todos os dízimos do fruto do terceiro ano, e os recolherás na tua cidade. Então virá o levita (pois não tem parte nem herança contigo), o estrangeiro, órfão e a viúva, que estão dentro de sua cidade, e comerão, e se fartarão para que o Senhor teu Deus te abençoe em todas as obras que as tuas mãos fizerem” (Deuteronômio14:28 e 29). Todo este ritual revertia-se em benefícios aos pobres e aos adoradores em família, acima de tudo, buscava disseminar o amor de Deus. Que as suas dádivas, ao serem entregues a Deus, possam brotar de um coração não constrangido, mas fruto de um relacionamento de amor com Cristo.

Amor

AtoUmde

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OLHANDO PARA JESUS

Chegou o dia dos pães asmos, em que importava comemorar a Páscoa. Jesus, pois, enviou Pedro

e João, dizendo: Ide preparar-nos a Páscoa para que a comamos’ (Lucas 22:7 e 8). Cristo escolhera Pedro e João, que no futuro deviam estar intimamente ligados no trabalho, para fazerem os preparativos para a ceia. [...] Era a última Páscoa que Jesus comemoraria com Seus discípulos. Ele sabia que Sua hora chegara; Ele mesmo era o verdadeiro Cordeiro Pascal, e no dia em que se comia a páscoa, devia Ele ser sacrificado. Sabia que as circunstâncias ligadas àquela ocasião jamais seriam esquecidas por Seus discípulos. As primeiras palavras de Cristo após se haverem reunido ao redor da mesa foram: ‘Tenho desejado ansiosamente comer convosco esta Páscoa, antes do Meu sofrimento. Pois vos digo que nunca mais a comerei, até que ela se cumpra no reino de Deus’ (Lucas 22:15 e 16).”55 Todas as festas em Israel apontavam para Jesus Cristo, a Oferta de Deus que tira o pecado do mundo.

VIVENDO COMO DISCÍPULO Existiam várias festas judaicas, mas três delas se destacavam: “a Páscoa, o Pentecoste e a Festa dos Tabernáculos - festas em que todos os homens de Israel tinham ordem de comparecer perante o Senhor em Jerusalém.” 56

De acordo com Deuteronômio, as festas de Israel deveriam ser realizadas no local onde o Senhor determinasse, e nesta ocasião, todos deveriam levar suas ofertas: “Três vezes no ano, todo varão entre ti aparecerá perante o Senhor, teu Deus, no lugar que escolher, na Festa dos Pães Asmos, e na Festa das Semanas, e na Festa dos Tabernáculos; porém não aparecerá de mãos vazias perante o Senhor” (Deuteronômio 16:16). A expressão “mãos vazias”, além de apontar para a entrega das ofertas já conhecidas pelos

israelitas, faz referência, de maneira especial, ao segundo dízimo, que deveria ser separado e levado às festas de adoração, conforme a ordem do Senhor: “Então, haverá um lugar que escolherá o SENHOR, vosso Deus, para ali fazer habitar o Seu nome; a esse lugar fareis chegar tudo o que vos ordeno: os vossos holocaustos, e os vossos sacrifícios, e os vossos dízimos, e a oferta das vossas mãos, e toda escolha dos vossos votos feitos ao Senhor” (Deuteronômio 12:11). A questão é simples: Deus estabeleceu o segundo dízimo como um recurso para promover a Sua adoração. Ele também estabeleceu as festas de adoração, onde o adorador devia levar os frutos da terra. Em tais festas a ordem era: “Não aparecerá de mãos vazias perante o Senhor” (Deuteronômio 16:16). Todos deviam separar primeiro o dízimo e levar à casa do tesouro. Quanto ao segundo dízimo, devia ser destinado à adoração em família, que acontecia nestas festas tradicionais de Israel. Quem negligenciava estas orientações, desobedecia a Deus. Depois de um ano de trabalho e colheita, era um prazer comemorar a providência divina com suas ofertas – frutos de seu árduo trabalho. O que você deve ter em mente é que Cristo, na última Páscoa, ofereceu Sua própria vida como oferta. Fica a pergunta: o que você entrega hoje, como dádiva a Cristo, simboliza esse sacrifício feito por Ele? Reflita sobre isso neste dia.

Adoração

Um

deAto

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OLHANDO PARA JESUS

Depois da ceia Jesus dirigiu-se ao Getsêmani “tão indizivelmente triste e silencioso. À medida

que avançava, mais se aprofundava essa estranha tristeza; todavia, não ousavam interrogá-Lo quanto a causa da mesma. Seu corpo cambaleava como se estivesse prestes a cair. [...] Próximo à entrada do horto, Jesus deixou todos os discípulos, com exceção de três, pedindo-lhes que orassem por si mesmos e por Ele. Em companhia de Pedro, Tiago e João, penetrou nos mais retirados recessos do mesmo horto. Esses três discípulos eram os mais íntimos companheiros de Cristo. Contemplaram-Lhe a glória no monte da transfiguração; viram Moisés e Elias conversando com Ele; ouviram a voz do Céu; agora, em Sua grande luta, Cristo os desejava ter perto de Si. Muitas vezes passaram a noite ao Seu lado nesse retiro. Nessas ocasiões, depois de um período de vigília e oração, costumavam dormir imperturbados a pequena distância do Mestre, até que os despertava pela manhã, para irem novamente ao trabalho. Agora, porém, desejava que passassem a noite com Ele em oração. No entanto, não podia admitir que nem mesmo eles testemunhassem a agonia que devia suportar. ‘Ficai aqui’, disse-lhes, ‘e velai comigo’ (Mateus 26:38). Foi a uma pequena distância deles - não tão afastado que O não pudessem ver e ouvir - e caiu prostrado por terra. Sentia que, pelo pecado, estava sendo separado do Pai. O abismo era tão largo, tão negro, tão profundo, que Seu espírito tremeu diante dele. Para escapar a essa agonia, não deve exercer Seu poder divino.” 57

VIVENDO COMO DISCÍPULO Todo serviço religioso feito no templo, especialmente os sacrifícios, apontavam para o sofrimento

de Cristo, que mesmo no momento de dor e agonia, orava pela humanidade, intercedia por Seus discípulos. Seu cuidado pelo ser humano estava prefigurado também na oferta do segundo dízimo, como um meio de ajudar os fracos e oprimidos. Essa realidade é muito clara nos escritos de Ellen White. ”A fim de promover a reunião do povo para serviço religioso, bem como para se fazerem provisões aos pobres, exigia-se um segundo dízimo de todo o lucro. Com relação ao primeiro dízimo, declarou o Senhor: ‘Aos filhos de Levi tenho dado todos os dízimos em Israel’ (Números 18:21). Mas em relação ao segundo Ele ordenou: ‘Perante o Senhor teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer habitar o Seu nome, comereis os dízimos do teu grão, do teu mosto, e do teu azeite, e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer ao Senhor teu Deus todos os dias’ (Deuteronômio 14:23). Este dízimo, ou o seu equivalente em dinheiro, deviam por dois anos trazer ao lugar em que estava estabelecido o santuário.” 58

“A consagração a Deus de um décimo de toda a renda, quer fosse dos pomares quer dos campos, dos rebanhos ou do trabalho mental e manual; a dedicação de um segundo dízimo para o auxílio dos pobres e outros fins de benevolência, tendia a conservar vívida diante do povo a verdade de que Deus é o possuidor de todas as coisas, e a oportunidade deles para serem portadores de Suas bênçãos. Era um ensino adaptado a extirpar toda a estreiteza egoísta, e cultivar largueza e nobreza de caráter.”59 Experimente ser um ofertante fiel, assim como nos foi revelado no passado. Experimente a alegria de ser um participante na construção do reino de Deus.

AmorRevelando

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OLHANDO PARA JESUS

Nenhum traço de Seus recentes sofrimentos podia ser notado quando o Salvador Se adiantou

para encontrar Seu traidor. Colocando-se adiante dos discípulos, perguntou à turba: ‘A quem buscais? Responderam-lhe: A Jesus, o Nazareno. Então, Jesus lhes disse: Sou Eu’ (João 18:4 e 5). Ao dizer essas palavras, o anjo que havia pouco O servira, colocou-se entre Ele e a multidão. Uma luz divina iluminou Seu rosto e uma forma de pomba pairava sobre Si. A turba assassina não pôde suportar por um momento sequer a luz da presença divina. Recuaram cambaleantes, e sacerdotes, anciãos e soldados caíram por terra, sem sentidos. O anjo retirou-se e a luz se apagou. Jesus poderia ter escapado, mas permaneceu ali, calmo e com perfeito domínio de Si mesmo enquanto os discípulos estavam assustados demais para dizer uma só palavra. Os soldados logo se recobraram, levantando-se, e junto com os sacerdotes e Judas rodearam Jesus. Pareciam envergonhados de sua fraqueza e temerosos de que Ele pudesse fugir. O Salvador pergunta-lhes de novo:

‘A quem buscais? Responderam-lhe: A Jesus, o Nazareno. Então, lhes disse Jesus: Já vos declarei que Sou Eu; se é a Mim, pois, que buscais, deixai ir estes’ (João 18:7 e 8). Nessa hora de provação, os pensamentos de Cristo voltaram-se para os Seus amados discípulos. Não queria que sofressem, ainda que tivesse de ser preso e morto. Judas, o traidor, não se esqueceu da parte que tinha a desempenhar. Aproximou-se e O beijou. Disse-lhe Jesus: ‘Amigo, para que vieste?’ (Mateus 26:50). E com voz trêmula acrescentou: ‘Judas, com um beijo trais o Filho do Homem?’ (Lucas 22:48). [...] A multidão homicida tornou-se mais ousada quando viu o traidor tocar o Ser que pouco antes havia sido iluminado com a luz celeste diante de seus olhos. Em seguida, prenderam-No e ataram Suas mãos que sempre se ocuparam em fazer o bem.” 60

VIVENDO COMO DISCÍPULO É simplesmente grandioso o amor de Cristo por Seus filhos, a ponto de Se entregar totalmente

SacrifícioUm

Vivo

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em sacrifício para nos salvar. Tudo que fizermos aqui é muito pouco diante do amor de Cristo por nós. Os pioneiros da igreja fizeram muito por essa obra. Davam ofertas de sacrifício por amor a Cristo, e esse mesmo sentimento devemos ter em nosso coração. O segundo dízimo não é desaconselhado por Ellen White, como também não é fortemente promovido por ela. Enfim, ela não escreveu muito sobre ele, manteve-se quase em silêncio quanto ao assunto. Entretanto, ela e outros pioneiros praticavam o segundo dízimo como meio para desenvolver alguns projetos. Enquanto estava na Austrália, Ellen White incentivou os membros da igreja a trazerem suas ofertas a fim de aumentar o fundo destinado à construção do sanatório de Sydney. Nesta campanha ela testemunha: “Nossos companheiros de trabalho na Austrália responderam animosa e entusiasticamente. O segundo dízimo foi reservado para aumentar o fundo de construção. Houve muitos donativos e dinheiro, trabalho e materiais, representando indivisível abnegação.”61 Certa vez perguntaram a

Ellen White: “O segundo dízimo não poderia ser usado para manter a obra da escola da igreja?” Sua resposta imediata foi a seguinte: “Ele não poderia ser utilizado com a melhor finalidade do que esta” 62

Quando, porém, os dirigentes procuravam cobrir quase todas as despesas da escola com o segundo dízimo, ela declarou: “Fui instruída de que o plano de não cobrar nada dos alunos pela taxa escolar, dependendo do segundo dízimo para manter a escola, sempre deixará a escola em precárias condições financeiras”.63

Nada mais foi escrito por ela sobre o segundo dízimo. Com certeza por não considerá-lo obrigatório à igreja. Mas jamais dissuadiu os que estavam dispostos a dá-lo para projetos específicos, pelo contrário, os incentivou. Para ela, tal oferta era uma iniciativa espontânea de pessoas que queriam ver a obra de Deus se desenvolvendo e, motivadas pelo amor a Cristo, eram sensibilizadas a fazerem sua parte. Hoje é o dia de você assumir o mesmo comprometimento. Tenha tal sentimento em seu coração.

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Pedro estava no pátio e “a porteira lançou-lhe um penetrante olhar. [...] observara-lhe na fisionomia

o abatimento e pensou que poderia ser um discípulo de Cristo. Ela era uma das servas da casa de Caifás, e estava curiosa. Disse a Pedro: ‘Não és também um dos Seus discípulos?’ Pedro sobressaltou-se e ficou confuso; instantaneamente se fixaram nele os olhares do grupo. [...] disse, zangado: ‘Mulher, não O conheço’ (Lucas 22:57). Foi a primeira negação, e imediatamente o galo cantou. [...] Pela segunda vez foi a atenção chamada para ele, sendo novamente acusado de ser seguidor de Jesus. Declarou então, com juramento: ‘Não conheço tal homem.’ Outra oportunidade lhe foi dada ainda. Passara-se uma hora, quando um dos servos do sumo sacerdote, sendo parente próximo do homem cuja orelha Pedro cortara, lhe perguntou: ‘Não te vi eu no horto com Ele?’ ‘Também este verdadeiramente estava com Ele, pois também é galileu.’ ‘Tua fala te denuncia.’ Diante disso Pedro se exaltou. [...] Pedro negou então ao Mestre com imprecação e juramento. Novamente o galo cantou. Pedro o ouviu então e lembrou as palavras de Jesus: ‘Antes que o galo cante duas vezes, três vezes Me negarás’ (Marcos 14:30).” 64

VIVENDO COMO DISCÍPULO Pedro disse para Cristo que estaria com Ele até o fim, mas O negou por três vezes. Foi enganado por seu coração. Não podemos confiar em nossa consciência ou no poder de nossa vontade. É de Deus que provém forças para atuarmos em Seu serviço. Quando falamos em oferta, tratamos de uma luta que acontece dentro do nosso coração. O ser humano tem a tendência de buscar o benefício próprio, afastando assim dos interesses de Jesus. Paulo Escreve: “Cada um contribua segundo tiver proposto no coração” (II Coríntios 9:7). Esse texto

é comumente usado como justificativa para a falta de generosidade. Assim, há quem dê a sobra, apoiado no argumento de que é o que seu coração pede. Devemos estar atentos ao contexto do que Paulo escreveu, pois a Bíblia também afirma: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jeremias 17:9). Fazendo uma análise do texto de Paulo podemos perceber nitidamente o que estava acontecendo. Paulo havia pedido às igrejas que separassem uma oferta para ser levada a Jerusalém. Na visita à Macedônia acontece algo que o surpreende: os irmãos, mesmo sendo pobres, foram liberais. Paulo, então, escreve aos coríntios pedindo para que fossem liberais como no exemplo da igreja da Macedônia e lhes ensina alguns princípios: Primeiro: o cristão ”deve dar com alegria” (II Coríntios 9:7). A oferta dos macedônios era resultado da alegria que experimentavam pela salvação. Assim deve ser a nossa oferta também. Segundo: ofertar por amor “não por necessidade” (II Coríntios 9:7). Havia necessidade real da oferta, mas Paulo apela para que as doações sejam motivadas pela gratidão e adoração. Terceiro: “o tanto que propor no coração” (II Coríntios 9:7). Em outras palavras, está dizendo que não foi proposto aos irmãos da Macedônia o valor da oferta a ser dada. Ainda assim, deram o máximo que podiam. Tal experiência deveriam ter os irmãos de Corinto, propondo em seus corações serem liberais como os irmãos macedônios. Pedro desejava seguir a Jesus, mas seu coração o traiu. Seu desejo, também, deve ser o de dar uma oferta generosa. Você conseguirá fazer isso no poder de Cristo.

AmaCoração

que

Um

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OLHANDO PARA JESUS

Pilatos não foi deixado a agir às cegas. Uma mensagem de Deus o advertiu do que estava para cometer. Em

resposta às orações de Cristo, a esposa de Pilatos foi visitada por um anjo do Céu, e vira em sonho o Salvador, e com Ele conversara. A mulher de Pilatos não era judia, mas ao olhar a Jesus, durante o sonho, não tivera dúvidas de Seu caráter e missão. Sabia ser Ele o Príncipe de Deus. Contemplou-O em julgamento no tribunal. Viu-Lhe as mãos estreitamente ligadas como as de um criminoso. Viu Herodes e seus soldados praticando sua terrível ação. Ouviu os sacerdotes e príncipes, cheios de inveja e perversidade, acusando furiosamente. Ouviu as palavras: ‘Nós temos uma lei, e, segundo a nossa lei, deve morrer’ (João 19:7). Viu Pilatos entregar Jesus aos açoites, depois de haver declarado: ‘Não acho nEle crime algum.’ Ouviu a condenação pronunciada por Pilatos, e viu-o entregar Cristo a Seus matadores. Viu a cruz erguida no Calvário. Viu a Terra envolta em trevas, e ouviu o misterioso brado: ‘Está consumado’ (João 19:30). Ainda outra cena se lhe deparou ao olhar. Viu Cristo sentado sobre uma grande nuvem branca, enquanto a Terra vacilava no espaço, e Seus assassinos fugiam da presença de Sua glória. Com um grito de terror despertou ela, e escreveu imediatamente a Pilatos palavras de advertência. Enquanto Pilatos hesitava quanto ao que havia de fazer, um mensageiro, abrindo apressadamente caminho por entre a multidão, passou-lhe uma carta de sua esposa, que dizia:‘Não entres na questão deste justo, porque num sonho muito sofri por causa dEle’ (Mateus 27:19).” 65

VIVENDO COMO DISCÍPULO Deus deixou a mensagem para Pilatos e com ela a liberdade de escolha. Ele sempre trabalha respeitando o livre arbítrio.

Quanto à oferta, também nos deixa livres, mas espera que sejamos, no mínimo, como Israel no passado: “A fim de promover a reunião do povo para serviço religioso, bem como para se fazerem provisões aos pobres, exigia-se um segundo dízimo de todo o lucro.”66 A pergunta que nos resta é: Pediria Deus o mesmo de nós hoje? Qual o valor ideal da oferta? A resposta que Deus tem para os crentes nestes últimos dias é: “Agora Deus requer, não menores, mas maiores dádivas que em qualquer outro período da história do mundo.”67 Assim são as palavras de Deus, convalidando o que foi dito acima: ”O sistema ordenado aos hebreus não foi rejeitado ou afrouxado por Aquele que lhe deu origem. Em vez de haver perdido agora seu vigor, deve ser mais plenamente cumprido e dilatado, pois a salvação em Cristo unicamente deve ser apresentada em maior plenitude na era cristã.”68

O que aconteceria se a igreja olhasse hoje para o segundo dízimo em seu contexto espiritual? “O Senhor requer que se deem dádivas em tempos determinados, sendo arranjado isto de maneira que o dar se torne um hábito, e sinta-se que a caridade é um dever cristão. O coração aberto por uma dádiva, não deve ter tempo de tornar-se egoísta, frio e fechar-se antes que a seguinte seja feita. A corrente deve estar continuamente fluindo, mantendo assim aberto o canal por atos de beneficência.”69 Tome uma decisão de fé em sua vida e experimente fazer um pacto de amor com Deus. Seja um canal de bênçãos divinas aqui na terra. Aquilo que Pilatos não fez por Cristo, você tem hoje a oportunidade de fazer por outros: usar suas potencialidades para ajudar a salvar pessoas.

RespostaFédeUma

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A turba que acompanhou ao Calvário o Salvador insultou-O e dEle escarneceu, por não poder levar

o madeiro. Todos presenciaram os débeis e vacilantes passos de Cristo, mas não se mostrou compaixão no coração dos que avançaram passo a passo em suas injúrias e torturas ao Filho de Deus. [...] Um estranho, Simão Cireneu, vindo do campo à cidade, ouve a turba em suas zombarias e insultos; ouve a desdenhosa repetição: ‘Abri caminho para o Rei dos judeus!’ Detém-se, atônito à contemplação da cena, e ao expressar sua compaixão, em palavras e gestos, apanham-no e o obrigam a erguer a cruz, demasiado pesada para os ombros de Cristo. [...] O madeiro carregado por ele ao Calvário foi o motivo de tomar Simão sobre si a cruz de Cristo, por livre escolha, e para sempre permanecer animosamente sob esse peso. Sua associação forçada com Cristo, ao levar ao Calvário a Sua cruz, e contemplar a triste, espantosa cena e os espectadores junto à cruz, foi o meio de lhe atrair a Jesus o coração. Cada uma das palavras dos lábios de Cristo se lhe gravou na mente. [...] E o coração de Simão creu.” 70

VIVENDO COMO DISCÍPULO Simão teve o privilégio de carregar um pouco a pesada cruz de Cristo, era o menor sacrifício que poderia fazer para Lhe aliviar o sofrimento. Quando ofertamos espontaneamente, movidos pelo amor, fazemos o mínimo comparado ao grande sacrifício que Jesus fez por nós. Nas Sagradas Escrituras o numeral dez sempre está relacionado com o mínimo que Deus pede a Seus filhos, observe estas situações:

• Na Bíblia podemos observar o esforço de Deus para conceder ao pecador penitente o perdão. Para que seus pecados fossem perdoados, os israelitas deveriam oferecer sacrifício. Então, Deus estabeleceu um critério para que, até o mais pobre, pudesse ter acesso ao perdão, e nesta situação o numeral dez entra no contexto do mínimo, que era a décima parte de um efa de farinha que deveria ser oferecido (Levítico 5:11).

• Quando Abrão pediu a Deus para poupar Sodoma e Gomorra, apresentou certo número de pessoas como justificativa para não destruir as cidades. No primeiro momento, perguntou a Deus se por ventura houvesse ali cinqüenta justos, pouparia as cidades. Deus disse que sim. Em seguida, pede a Deus para poupar as cidades caso houvesse ali quarenta justos, posteriormente trinta, depois vinte, e por fim, dez justos (Gênesis 18:26). Ele para nos dez, porque entendia que dez era o mínimo e, assim, não continuou perguntando.

• Quando Deus pede para obedecermos aos dez mandamentos, está pedindo o mínimo em obediência.

• Da mesma forma, quanto ao dízimo, na sociedade com o homem, Ele requer o mínimo como Sua parte, que é dez por cento de todo o lucro.

No passado Deus exigia um segundo dízimo para adoração e ajuda humanitária. Tal valor era o mínimo que Deus pedia diante de tantas bênçãos dadas ao Seu povo. Simão carregou a cruz de Cristo, não que Ele tivesse exigido, mas foi o mínimo que ele pode fazer. Deus não exige hoje um segundo dízimo como oferta. Mas se você pensa em fazer algo para a obra de Deus, será que não deveria também fazer o mínimo?

JesusMínimo

para

Fazendo o

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OLHANDO PARA JESUS

Os olhos de Jesus vaguearam sobre a multidão que se reunira para testemunhar Sua morte e Ele viu,

junto à cruz, João amparando Maria, a mãe de Cristo. Tinha ela retornado à terrível cena, não suportando permanecer longe de seu filho. A última lição de Jesus foi de amor filial. Olhando o rosto abatido de Sua mãe, e então a João, disse, dirigindo-Se a ela: ‘Mulher, eis aí o teu filho’ (João 19:26). Depois, ao discípulo: ‘Eis aí tua mãe’ (João 19:27). João bem compreendeu as palavras de Jesus, e o sagrado dever que lhe foi confiado. Imediatamente removeu a mãe de Cristo da terrível cena do Calvário. Daquela hora em diante dela cuidou como filho obediente, tomando-a em seu próprio lar. O perfeito exemplo do amor filial de Cristo resplandece com não esmaecido brilho por entre a neblina dos séculos. Conquanto suportasse a mais aguda tortura, Ele não Se esqueceu de Sua mãe, e fez toda a provisão necessária para seu futuro.” 71

VIVENDO COMO DISCÍPULO Jesus nunca esquece Seus filhos, assim como olhou para o sentimento de Maria, também olha para o que está em nosso coração. Ele nos dá muito mais do que dinheiro, nos dá salvação. No esforço de dar uma oferta no mesmo percentual do dízimo, muitas pessoas sentem os cuidados de Jesus. Gostaria de relatar aqui meu próprio testemunho. Minha esposa e eu passamos a dar a Deus um segundo dízimo como pacto, assim que entendemos a beleza deste plano. É nosso costume fazer o orçamento familiar e fazer o máximo para respeitá-lo. Estávamos chegando ao final do ano, prevíamos que aquele mês seria o mais difícil financeiramente para nós. Assim que recebi o salário, depois de separar o dízimo, separei também o segundo dízimo. Após pagar as contas normais do mês percebi que o dinheiro para fazer compras no supermercado estava bastante reduzido. Era quarta-

feira, não compramos quase nada. Quando saímos do supermercado, minha esposa estava silente, percebi sua fisionomia triste, aparentemente preocupada com a situação. Deixei-a na faculdade e fui pregar em uma igreja localizada em outra cidade, distante de nossa casa. No caminho fui pensando no que fazer para que no próximo mês não diminuísse as compras do supermercado. Quando cheguei à igreja, antes mesmo de descer do carro, uma irmã veio correndo e disse: “Pastor, eu trouxe um saco de laranja para o senhor, aceita?” Eu disse: “Claro, irmã!” Logo em seguida, outro irmão veio ao meu encontro com uma sacola grande na mão e foi explicando: “Houve um erro na produção do laticínio onde trabalho, por isso eu trouxe alguma coisa para o senhor.” Sabem o que era? Muitas variedades de queijo e dois galões de cinco litros de iogurte. Mas não parou por ai. Uma irmã, ao final do culto, pediu para que eu encostasse meu carro junto ao dela. Ela havia trazido do sítio um pouco de tudo que colhera para me presentear: cenoura, couve, cebola, beterraba, chuchu, abóbora, e etc. Neste dia, todos queriam me dar alguma coisa, até o irmão mais simples da igreja me trouxe uma dúzia de ovos caipiras. Naquela igreja sempre fui presenteado com frutos da produção dos irmãos, mas nunca tantos no mesmo dia. Jesus olhou para mim e me deu muito mais do que dinheiro. Ele deu amor, aceitação e carinho, dizendo através daqueles irmãos: “Eu me preocupo com você.” Você também pode viver a mesma experiência. Dê um segundo dez por cento de oferta! Você verá que vale a pena fazer esse pequeno sacrifício por Jesus.

Muitomais que

Dinheiro

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OLHANDO PARA JESUS

Havia ao lado de Cristo dois ladrões, um blasfemava e O insultava; outro, sensibilizado pelo que viu,

entregou-Lhe o coração. “Quando ouviu as palavras de zombaria de seu companheiro de crime, ele ‘repreendia-o, dizendo: Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação? E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas Este nenhum mal fez’ (Lucas 23:40 e 41). Então, quando seu coração se voltou para Cristo, celestial iluminação inundou-lhe a mente. Em Jesus, ferido, zombado, e pendente da cruz, ele viu seu Redentor, sua única esperança, e a Ele apelou em humilde fé: ‘Senhor, lembra-Te de mim, quando entrares no Teu reino. E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo hoje, estarás comigo no Paraíso’ (Lucas 23:42 e 43). Com espanto contemplavam os anjos o infinito amor de Jesus, que, sofrendo a mais intensa agonia física e mental, pensava apenas nos outros e animava a arrependida alma a crer. Enquanto derramava a própria vida na morte, Ele exerceu pelo homem um amor mais forte do que a morte.” 72

VIVENDO COMO DISCÍPULO Quando olhamos para a cruz de Cristo e Seu sofrimento, ficamos perplexos de como Deus pode amar tanto assim, dando-Se inteiramente pela criatura. Diariamente assistimos em telejornais pessoas morrendo pela violência, doenças e

acidentes. Milhares de pessoas nesta noite dormirão com o estômago vazio. A fome não poupa idosos, crianças, doentes e, principalmente, os mais frágeis. Estamos tão acostumados a ver pessoas sofrendo que, por vezes, nos tornamos insensíveis. Por mais incrível que pareça, é comum não enxergarmos pessoas sofrendo ao nosso lado, mesmo que frequentemos a mesma igreja, partilhando da mesma crença. Há pessoas entre nós que precisam muito mais do que cumprimentos e teriam seus fardos aliviados se tivéssemos como lhes oferecer agasalho, remédio, etc. Qual o nosso papel individual e coletivo (como igreja)? Devemos ter um plano de ofertas para que a igreja local trabalhe eficazmente no auxílio ao semelhante e, principalmente, cumpra a missão de pregar o evangelho. Se cremos que a volta de Jesus dará um fim a todo sofrimento dos seres humanos, pregar o evangelho que anuncia e abrevia Sua volta deve ser o maior compromisso existente em nosso coração. Em uma reunião de testemunhos, muitos estavam entusiasmados compartilhando experiências vivenciadas depois que passaram a dar um segundo dez por cento como oferta. Uma irmã simples, porém muito fervorosa, deu seu testemunho dizendo: “Ao entrar neste plano, não notei nada de diferente em minha vida. Não senti que estava ficando mais rica ou mais pobre, mas uma coisa eu percebi: a obra de Deus cresceu com minha oferta, e isso é o que me interessa”. Este é o sentimento que deve motivar o cristão. Cristo se doou para salvar o ladrão na cruz, firmando com Ele um pacto: “Estarás comigo no paraíso.” É desejo dEle que façamos algo pelo nosso semelhante através das doações sinceras, garantindo que muitos conheçam o mesmo Salvador. Neste dia, ouça a voz do Espírito Santo falando a seu coração. Que sua decisão seja fazer um pacto de amor, canalizando recursos que estão em suas mãos para o serviço do Mestre.

PactoFirmado

Um

Cruzna

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Diante da crucifixão de Cristo “sacerdotes, príncipes e escribas esqueceram a dignidade de

seu sagrado ofício, e uniram-se com a turba em zombar e injuriar o agonizante Filho de Deus, dizendo: ‘Se Tu és o Rei dos Judeus, salva-Te a Ti mesmo’ (Lucas 23:37). Alguns escarnecedoramente repetiam entre si: ‘Salvou os outros, e não pode salvar-Se a Si mesmo’ (Marcos 15:31). Os dignitários do templo, os empedernidos soldados, o vil ladrão sobre a cruz e os cruéis dentre a multidão - todos se uniram nos insultos a Cristo. Os ladrões que foram crucificados com Jesus sofriam a mesma tortura física que Ele, mas um deles pelo sofrimento tornou-se mais endurecido e desesperado. Ecoou a zombaria dos sacerdotes, e lançou-a sobre Jesus, dizendo: ‘Se Tu és o Cristo, salva-Te a Ti mesmo, e a nós’ (Lucas 23:39). O outro malfeitor não era um criminoso endurecido.”73 Os dois ladrões que estavam ao lado de Jesus na cruz, tiveram a oportunidade de entregar a Ele seus pecados. Um deles desperdiçou a última oportunidade antes de sua morte. Poderia ter sido abençoado, mas uniu-se em coro com aqueles que estavam tirando sua vida, e zombando de Cristo, selou seu destino para a condenação eterna.

VIVENDO COMO DISCÍPULO A grande mensagem do evangelho é que Deus quer salvar e abençoar Seu povo com a vida eterna, e as bênçãos que recebemos aqui são apenas gotas do que Deus tem reservado para nós. Podemos senti-las quando somos fiéis e generosos nas ofertas. Não é da vontade de Deus que Seus filhos ofertem pelo interesse de serem abençoados, mas por amor a Ele. A Bíblia diz que Deus ama a quem dá com alegria (II Coríntios 9:7). Quanto mais damos para a obra de Deus, mais recursos Ele colocará em nossas mãos. Não para que

simplesmente tenhamos mais, mas para que possamos aplicar ainda mais recursos em Sua obra, tornando-nos assim, uma espécie de duto entre o Céu e a Terra. No Sermão da Montanha Jesus disse que se um romano obrigasse um judeu a carregar sua carga por uma milha, ele deveria carregar espontaneamente duas (Mateus 5:41). Ele estava ensinado a lei do amor, que modifica o caráter e opera grandeza – fazer mais do que esperam de nós. Deus espera nosso dízimo como prova de fidelidade. Quanto à oferta, nos deixa livres. Quando damos o segundo dízimo, estamos livremente aplicando a lei do amor. Andando a segunda milha, não por quem nos oprime, mas por Quem nos ama. Um pai chegou cansado em sua casa, depois de um dia árduo de trabalho, e pediu ao seu filho de dez anos que lhe trouxesse um copo d’água. O filho, vendo seu pai todo abatido fisicamente, com o rosto molhado de suor, ficou muito compadecido com a situação e teve a idéia de, no lugar de levar um copo d’água para seu pai, levar uma gostosa limonada. Rapidamente preparou o refresco e o entregou ao seu pai exausto, sobre o sofá. O pai ficou muito feliz com o gesto carinhoso de seu filho, e deu-lhe um forte abraço. Jesus veio a este mundo e entregou-Se como sacrifício para nos salvar. Ele pede a cada um de nós que sejamos fiéis a Ele nos dízimos e ofertas. Você pode levar para Ele um copo d’água, mas Ele ficará especialmente grato se receber de suas mãos uma limonada. Aquele ladrão na cruz poderia ter experimentado a grande bênção da salvação, mas deixou a oportunidade passar. Existe uma bênção especial para aqueles que ofertam motivados pelo amor. Tenha essa experiência hoje! Não deixe passar a oportunidade, sinta o poder de Deus em sua vida!

Abençoadopode ser

VocÊ

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Antes que os fundamentos da Terra fossem lançados, o Pai e o Filho Se haviam unido num

concerto para redimir o homem, se ele fosse vencido por Satanás. Haviam-Se dado as mãos, num solene compromisso de que Cristo Se tornaria o fiador da raça humana. Esse compromisso cumprira Cristo. Quando, sobre a cruz soltara o brado: ‘Está consumado’ (João 19:30), dirigira-Se ao Pai. O pacto fora plenamente satisfeito. Agora Ele declara: ‘Pai, está consumado. Fiz, ó Meu Deus, a Tua vontade. Concluí a obra da redenção. Se a Tua justiça está satisfeita, ‘quero que, onde Eu estiver, também eles estejam comigo’.’ (João 19:30; 17:24). Ouve-se a voz de Deus proclamando que a justiça está satisfeita. Está vencido Satanás. Os filhos de Cristo, que lutam e se afadigam na Terra, são ‘agradáveis [...] no Amado’ (Efésios 1:6). Perante os anjos celestiais e os representantes dos mundos não caídos, são declarados justificados. Onde Ele está, ali estará a Sua igreja. ‘A misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram’ (Salmos 85:10). Os braços do Pai circundam o Filho, e é dada a ordem: ‘E todos os anjos de Deus O adorem’ (Hebreus 1:6).” 74

VIVENDO COMO DISCÍPULO Cristo firmou um pacto de amor para salvar a humanidade, deu a maior oferta de todo o universo, a própria vida. A igreja de Deus não deve passar por privações. O Senhor apontou o caminho para solução destas questões, e é o mesmo para o qual o Calvário aponta – o caminho do amor. No Antigo Testamento, além do dízimo que deveria ser separado para o sustento dos levitas

– responsáveis pelos serviços de adoração, pela liderança espiritual e pelo ensino religioso do povo – Deus deixou um exemplo a fim de despertar Israel para ajuda humanitária. Tratava-se de um plano de ofertas capaz de atender aos necessitados e manter festas e cultos de adoração a Deus. Se tal plano fosse colocado em prática em nossos dias, aconteceria uma revolução espiritual, uma mudança na história da igreja. O plano de Deus para Israel era misericordioso e belo. Consistia em separar um segundo dez por cento por cada família, além do sagrado dízimo. Ellen G. White, no livro Patriarcas e Profetas (p. 530), explica essa prática, descrita nos capítulos 12, 14 e 26 do livro de Deuteronômio, dizendo: “A fim de promover a reunião do povo para o serviço, bem como para se fazerem provisões aos pobres, exigia-se um segundo dízimo de todo o lucro.” E ela diz mais (p.274): “Este dízimo provia um fundo para fins de caridade e hospitalidade.” Era o cuidado de Deus com a viúva, com os órfãos, com os estrangeiros e com o levita; e era com esse fundo que deveriam suprir as necessidades dos cultos de adoração. Olhemos para os braços abertos de Cristo na cruz do Calvário. Sua atitude nos convida a não mantermos os braços cruzados. Dar um segundo dez por cento como oferta é um privilégio a nós concedido; é confiar em um plano de origem divina; é mais do que alimentar a esperança de ver Cristo voltando brevemente, é materializar esse anseio firmando com Ele um pacto. Veja o que Deus pode fazer quando todos se unem dando ofertas generosas em favor da missão evangélica! Por amor a Cristo, firme com Ele, hoje mesmo, um pacto de amor. Você verá, com certeza, os frutos desta decisão.

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O segundo dízimo no Velho Testamento era uma oferta tal qual o dízimo, pedido por Deus com

a finalidade de ajudar aos pobres e fazer festividades de adoração em família. Muitos dos pioneiros da Igreja Adventista, mesmo sabendo que o segundo dízimo era uma prática do Israel antigo, aderiram à idéia bíblica e doavam espontaneamente um segundo dez por cento para o crescimento da obra. Hoje há um convite para fazermos o mesmo – dar uma oferta na mesma proporção do dízimo – não por obrigação, mas como um Pacto de Amor, não simplesmente como uma ação humana, mas em um ato de fé, olhando para Jesus.

VIVENDO COMO DISCÍPULO Veja alguns passos principais que lhe apontarão o caminho para você usufruir os benefícios e as bênçãos de Deus neste Pacto de Amor.

1. Conheça a vontade de Deus estudando a Bíblia Para alcançar sucesso na vida espiritual e em tudo

o que se faz, não há outro caminho, senão buscar sabedoria do Céu, logo no início do dia, através do estudo da Bíblia. A fim de ter forças para cumprir o pacto de amor, precisamos, a cada dia, buscar na Palavra de Deus força e apoio em suas promessas.

2. Tenha uma vida de oração Nenhum dia deve começar em nossa vida sem

primeiro orarmos a Deus. Ellen White diz: “Orai muito. A oração é a vida da alma. A oração da fé é a arma pela qual podemos resistir com êxito a todo assalto do inimigo.”75

3. Reconheça a soberania de Deus em sua vida Todo verdadeiro discípulo reconhece a soberania

de Deus em sua vida e em seus negócios. Deus é o dono de todas as coisas e as concede a nós por Sua graça. Entendendo esse princípio, o cristão terá a

oportunidade de compreender melhor a atuação do amor e da graça de Deus em nossa vida.

4. Dedique a vida e seus bens para a causa de Deus Tudo pertence ao Senhor: nossos bens,

nosso trabalho, tudo. Às vezes, sem perceber, temos tomado o lugar de Deus, dizendo pretensiosamente: o meu carro, a minha fazenda, o meu trabalho, a minha esposa, os meus filhos.

Faça uma oração sincera, colocando tudo nas mãos de Deus. Deixe-O assumir todo o controle de sua família, bens e trabalho. Diga: “Senhor, sou Teu. Toma-me, estou aqui para Te servir e cumprir Tua missão.”

5. Renuncie o egoísmo do seu coração “O Senhor visava por o homem em íntima

relação com Ele e em simpatia e amor com seus semelhantes, quando sobre ele colocou responsabilidades em atos que haviam de neutralizar o egoísmo e fortalecer-lhe o amor para com Deus e o homem.” 76

6. Viva dentro do orçamento “Aqueles cujas mãos estão abertas para

responder aos apelos por meios para o sustento da causa de Deus e para aliviar aos sofredores e necessitados, não são os frouxos, relapsos e morosos na condução de seus negócios. São sempre cuidadosos em manter os gastos dentro do orçamento. São econômicos por princípio; consideram seu dever economizar, de maneira que possam ter alguma coisa para dar.” 77

7. Faça o pacto por seis meses A proposta é que você experimente este pacto, a

princípio, por seis meses. Ao vivenciar as bênçãos de Deus, e de acordo com elas, você renovará o pacto convicto de que é o melhor que tem a fazer.

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Fazendoum

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ReviverRevista

Referências

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