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Revista do CONAPRA - Conselho Nacional de Praticagem - Ano VIII - N 0 19 - Junho a Setembro/2006 Brazilian Pilots’ Association Magazine - Year VIII - N 0 19 - Jun to Sept/2006 Revista em revista Revista em revista A proliferação de sérios desastres marítimos nos últimos anos, apesar das melhoras em todos os aspectos técnicos da indústria, indica que o gerenciamento de equipes de passadiço é um assunto que precisa ser mais focado. Existem muitas publicações mostrando o que precisa ser feito, mas quase nenhuma mostrando como deve ser feito. O comandante Swift conduziu pesquisas sobre o uso de modelos, preparou manuais para várias companhias e produziu uma grande variedade de projetos de pesquisa sobre operações de carregamento e de passadiço. Ele é membro do Nautical Institute, do Southampton Master Mariners Club e da Royal Society for the Prevention of Accidents. Antes de começar a trabalhar no Navigation Department of Brunel Thechnical College, em Bristol, o comandante A. J. Swift trabalhou 18 anos no mar. Nesse período, atuou durante cinco anos como comandante de navio. Em 1980, transferiu-se para o Simulator Section, em Warsash, e se especializou no uso do simulador para reforçar o gerenciamento de equipes de passadiço. Da mesma forma que os outros membros da seção, ele se mantém atualizado indo ao mar regularmente em navios de todos os tipos no papel de observador e manobrando com práticos nos maiores portos britânicos. Conheça a história da Rumos Práticos, uma revista que tomou o rumo verdadeiro Read about the history of Rumos Práticos, a periodical on a true course

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Revista do CONAPRA - Conselho Nacional de Praticagem - Ano VIII - N0 19 - Junho a Setembro/2006 Brazilian Pilots’ Association Magazine - Year VIII - N 0 19 - Jun to Sept/2006

Revista em revistaRevista em revista

A proliferação de sérios desastres marítimos nos últimos anos, apesar das melhorasem todos os aspectos técnicos da indústria, indica que o gerenciamento de equipesde passadiço é um assunto que precisa ser mais focado. Existem muitas publicaçõesmostrando o que precisa ser feito, mas quase nenhuma mostrando como deve ser feito.

O comandante Swift conduziu pesquisas sobre o uso de modelos, preparoumanuais para várias companhias e produziu uma grande variedade deprojetos de pesquisa sobre operações de carregamento e de passadiço.Ele é membro do Nautical Institute, do Southampton Master MarinersClub e da Royal Society for the Prevention of Accidents.

Antes de começar a trabalhar noNavigation Department of BrunelThechnical College, em Bristol, ocomandante A. J. Swift trabalhou 18 anosno mar. Nesse período, atuou durantecinco anos como comandante de navio.

Em 1980, transferiu-se para o SimulatorSection, em Warsash, e se especializouno uso do simulador para reforçar ogerenciamento de equipes de passadiço.Da mesma forma que os outros membrosda seção, ele se mantém atualizado indoao mar regularmente em navios de todosos tipos no papel de observador emanobrando com práticos nos maioresportos britânicos.

Conheça a história da Rumos Práticos, uma revista que tomou o rumo verdadeiro

Read about the history of Rumos Práticos, a periodical on a true course

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32Segurança Marítima Proposta sobre mudanças em escada de prático será apresentada ao MSC

34Profissão Prático fala sobre a importância da praticagem adotar padrões operacionais

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Encontros Nacionais

National Conferences 5

Acidentes Marítimos

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Santa Catarina

Meio Ambiente

Safety 23

CONAPRA

International Meetings 27

Memória

Recollection 19

Special Feature 23

Especial

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Procuradoria Especial da Marinha participou de encontro sobre praticagem

Leia sobre acidentes em que práticos morreram exercendo seu ofício

Vale do Itajaí vive momento de modernização e expansão portuária

Estudantes de Itajaí aprendem a cuidar do seu patrimônio natural

Conheça a Gerência Técnica do Conselho Nacional de Praticagem

Advogado escreve sobre o maritimista Delio Maury

CONAPRA analisa trajetória da revista Rumos Práticos

Nesta ediçãoIn this issue

Rua da Quitanda, 191 – 6º andar – CentroRio de Janeiro – RJ – CEP: 20091-005Tel.: (21) [email protected]:Decio Antonio LuizDiretores:Carlos Eloy Cardoso FilhoLuiz Marcelo Souza SalgadoMarcio Campello Cajaty GonçalvesPaulo de Figueiredo Ferraz JúniorDiretor / Vice-Presidente da IMPA:Otavio Fragoso

Planejamento:Otavio Fragoso, Flávia Pirese Claudio DavanzoEdição e Redação:Maria Amélia Martins(jornalista responsável MTb/RJ 26.601)Revisão:Lourdes PereiraVersão:Aglen McLauchlanDireção de Arte:Katia PirandaFotolito / Impressão:Davanzzo Soluções Gráficas

As informações e opiniões veiculadasnesta publicação são de exclusiva responsabilidade de seus autores.Não exprimem, necessariamente,pontos de vista do CONAPRA.

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NOVO

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Santa Catarina

Environment

17CONAPRA

International Conferences 27

Maritime Safety 33

NAV 52 da IMO/ 55ª reunião do comitê executivo da IMPA/ Confraternização no Wellington

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Procuradoria Especial da Marinhaparticipou de encontro promovidopelo CONAPRA no Rio

encontros nacionaisnational conferences

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encontros nacionaisnational conferences

Aproveitando a realizaçãoda 3ª Assembléia GeralExtraordinária de 2006, oConselho Nacional de Praticagempromoveu em 8 de junho, no HotelGuanabara, Rio de Janeiro, duasapresentações relacionadas às ativi-dades de praticagem. A primeira foisobre o trabalho da ProcuradoriaEspecial da Marinha (PEM) e a outra,sobre o uso de simuladores, estaproferida pelo professor do CIAGAEdson Mesquita.

O diretor da PEM, almirante SergioRoberto Queiroz, explicou que umadas principais missões da procurado-ria é zelar pela fiel observância daConstituição, das leis e dos atosemanados dos poderes públicos a fimde contribuir para a segurança danavegação aquaviária. A preservaçãodo meio ambiente nos rios, mar, lagose canais; o registro de propriedadedas embarcações, de seus ônus earmadores; e o registro especialbrasileiro (REB) são, igualmente,preocupações da procuradoria.

Além do almirante, participaram daexposição sobre a PEM os procu-radores Mônica Assumpção, AlineGonzalez Rocha e Luis GustavoNascentes. O grupo analisou como aPEM atuou na defesa dos interessesda União e de acordo com alegislação brasileira nos acidentesmarítimos que envolveram as embar-cações Bateau Mouche, em 1988,Trade Daring, em 1994, Bahamas,em 1998, Weser Ore, em 1999, eN/M Fanoula, em 2001.

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PAULO FERRAZ, LUIS GUSTAVO NASCENTES, MÔNICA ASSUMPÇÃO,ALINE GONZALEZ ROCHA, ALTE. SERGIO ROBERTO QUEIROZ E DECIO ANTONIO LUIZ

Taking advantage of the opportunitypresented by the 3rd ExtraordinaryGeneral Assembly of 2006, theNational Pilots Council organized onJune 8, at the Hotel Guanabara inRio de Janeiro, two presentationsrelated to pilotage. One was on thework carried out by the Navy'sSpecial District Attorney's Office(PEM), and the other on the use ofsimulators. The latter was given byEdson Mesquita, a CIAGA instructor.

Admiral Sergio Roberto Queiroz,director of the PEM, explained thatone of the major missions of hisoffice is to make sure that theConstitution, the laws and the acts

issued by public authorities arefaithfully observed in order tocontribute to the safety of waterwaynavigation; preserving the environmentin rivers, oceans, lakes and canals;registering the property of vesselsand their responsibilities, as well asship owners; and the special Brazilianregistration (REB) are also concernsof the district attorney’s office.

Aside from the admiral, attorneysMônica Assumpção, Aline GonzalezRocha and Luiz Gustavo Nascentestook part in the exposé on the PEM.The group pointed out how the PEMhad defended the Government'sinterests and acted in accordance

with the Brazilian legislation in thecase of the shipping accidents thatinvolved the vessels Bateau Mouche,in1988, Trade Daring, in 1994,Bahamas, in 1998, Weser Ore, in1999, and N/M Fanoula, in 2001.

Next, Prof. Edson Mesquita discoursedon the various types of navigations imu la to rs , desc r ib ing the i rcharacteristics, operational details,the cost of their acquisition andmaintenance, and the role ofsimulators in training pilots. TheExtraordinary General Assemblyclosed the meeting.

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ALTE. QUEIROZ FAZ APRESENTAÇÃOADMIRAL QUEIROZ’S PRESENTATION EDSON MESQUITA E DECIO

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Em seguida o professorEdson Mesquita falousobre os diversos tiposde simulador de nave-gação, descrevendo suascaracterísticas, detalhesde operação, os custosde aquisição e manu-tenção e a aplicaçãodos simuladores comoparte do treinamento depráticos. O encontro foifinalizado com a reali-zação da AssembléiaGeral Extraordinária.

The Navy's Special DistrictAttorney's office took part at a

meeting organized by CONAPRA in Rio

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questão era Murray e não umtripulante do Rainbow Wing.

O relatório sugeriu que fossem revis-tos os protocolos de comunicação ecoordenação entre a guarda costeira eos práticos com respeito a situaçõesde “homem ao mar”. Os práticos daColumbia Bar Pilots não comentaramo relatório.

tradução: Ailton José G. Prado (reproduzido da revista Professional Mariner

# 96, edição de junho/julho de 2006)

acidentes marítimos acidentes marítimos

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Luz estroboscópica doprático que faleceuno Rio Colúmbiaestava na posição “desligado”

“A luz estroboscópica portada peloprático da Barra do Rio Colúmbia quedesapareceu ao cair no mar em janeironão se ativou ao submergir porqueo interruptor estava na posição'desligado'”, disse o Conselho dePráticos de Oregon em seu relatóriosobre o acidente.

O relatório, publicado em 4 de abril,detalhou problemas relacionados aequipamento, treinamento e comuni-cações, que podem ter contribuídopara a ocorrência do acidente. Ocapitão Kevin Murray faleceu apóscair de uma escada de prático noOceano Pacífico, quando tentavadesembarcar na lancha de praticagemna noite de 9 de janeiro. Seu corpo foiencontrado em 11 de janeiro emuma praia a 70 milhas, ao norte doRio Colúmbia.

Mesmo sendo equipada com acionadorhidrostático, a luz estroboscópica nãoacendeu quando Murray caiu na água.Em um teste subseqüente, a luz, quefoi resgatada, operou adequadamentequando exposta à água com o inter-ruptor colocado na posição “ligado”,segundo o relatório.

Murray utilizava um colete inflávelcom acionador manual. Quando ele foiencontrado, seu colete, fabricado pelaStormy Seas, não havia inflado. Seucilindro de CO2 não havia sido descar-

embarques/desembarques desde quese tornara prático em novembro de2004; apenas pouco mais de um quartodeles fora feito por meio da lancha depraticagem. Os restantes foram feitospor meio do helicóptero da praticagem.

Quando Murray caiu da escada, aChinook emitiu o alerta de “homemao mar” e iniciou um procedimento debusca. O mestre da lancha foi para aestação de governo de popa paraoperações de resgate, onde não tinhaacesso ao VHF da embarcação. Apósum período de três a cinco minutos,Murray foi avistado na água, cuja tem-peratura era de 8º C, pela bochechade boreste (a sotavento), parecendoestar consciente.

A tripulação o perdeu de vista e não oavistou mais por cerca de cinco a dezminutos. Quando o viram novamente,ele flutuava com o rosto para baixo.Eles tentaram colocá-lo na cestade resgate, que corre sobretrilhos no espelho de popa, masnão puderam trazê-lo para bordo etambém não o viram mais. “É pos-sível que a Chinook tenha passadopor cima dele durante a busca”,disseram os investigadores.

Eles recomendaram que fossemestabelecidos treinamentos periódi-cos para práticos e tripulações delanchas de praticagem, com enfoque

regado. Após o acidente, quando aalça foi puxada, o cilindro descarregouno colete, e este inflou corretamente.“Essas duas falhas resultaram defatores humanos, e não foram causadaspor qualquer falha do equipamento”,concluiu o relatório. “A desorientaçãoespacial inicial, a escuridão e atemperatura da água possivelmenteimpediram o comandante Murray deter o discernimento necessário parainflar seu colete. A fadiga não pareceter sido um fator presente em nenhumdos fatores envolvidos nesse incidente”.

O relatório recomendou que todosos práticos tenham dispositivos deflutuação automaticamente infláveis,que usem e exibam em seus coletesalgum tipo de iluminação contínuaquando embarcam ou desembarcam ànoite e que tragam consigo uma luzestroboscópica automática e umEPIRB individual.

O marinheiro de convés da lancha depraticagem Chinook e o terceiro oficialdo navio transportador de toras queMurray havia manobrado disseramaos investigadores que “Murraysaltou antes que a Chinook estivessecompletamente alinhada ao costadodo cargueiro”.

Murray tinha experiência limitada emdesembarque de navios sob mautempo. Ele havia completado 262

Luz estroboscópica doprático que faleceuno Rio Colúmbiaestava na posição “desligado”

em desembarque de navios à noite,treinamento de sobrevivência no mare exercícios de resgate de “homemao mar”.

O relatório detectou um sério proble-ma com a maneira como o alerta de“homem ao mar” foi interpretado norádio, o que pode ter prejudicado osesforços de busca e salvamento.

Quando o mestre da Chinook deu oaviso de “homem ao mar” pelo VHF,um tripulante de um navio que estavapróximo, o Rainbow Wing, ouviu oaviso e o repassou a seu comandante

e ao prático, que se encontrava abordo. Ambos presumiram que ohomem na água fosse de seu próprionavio. Eles, então, contactaram aguarda costeira, informando que umde seus homens havia caído nomar. Quando o helicóptero daguarda costeira assumiu o controleno local, às 22h, seus esforços foramconcentrados na área em voltadaquele navio.

Às 22h52, a tripulação da Chinookpercebeu que existia confusão sobrequem havia caído ao mar e avisou àguarda costeira que o homem em

Peter Marsh

Acidente no UruguaiTrês práticos morreram vítimas de um acidente no Rio da Prata

Quando transportava quatro práticos e dois tripulantes em direção ao Porto de Montevidéu,a lancha Ederra III sofreu uma avaria na popa por volta das 20h30 de 20 de agosto. A 750metros do farol de Punta Carretas, a embarcação começou a afundar e todos tiveram que selançar nas águas frias do Rio da Prata sob condições climáticas adversas _ ventos fortes ebaixas temperaturas.

Notificada, a armada uruguaia começou a operação de resgate com lanchas, rebocadores e umhelicóptero. Por volta das 22h, a lancha 447 encontrou a Ederra III e resgatou os tripulantes JoséCorsalini e Jorge Soria e o prático Gastón González. Em estado de choque, os três estavamagarrados na proa da embarcação. Mais tarde, a lancha Valentina III encontrou oprático Aléxis Egorov boiando. Com sintomas de hipotermia, ele foi internado num centro detratamento intensivo, mas não resistiu e morreu alguns dias depois.

As buscas continuaram e na manhã seguinte foram encontrados sem vida os práticos MartínSorache e Ariel Baños na praia de Shangrilá, a cerca de 18 quilômetros de Montevidéu.

O CONAPRA enviou uma mensagem de condolências à praticagem do Uruguai lamentando oacidente e se solidarizando com os colegas uruguaios.

Acidente no UruguaiTrês práticos morreram vítimas de um acidente no Rio da Prata

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santa catarina

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canal de acesso e da bacia de evoluçãodo Porto de Itajaí. Os trabalhos para arecuperação do molhe sul, iniciados emnovembro de 2005, também termi-naram. Quando obtiver a aprovação daAutoridade Marítima, o terminal poderáreceber embarcações com até 270 metrosde comprimento e com calado de até11,3 metros de profundidade.

Para complementar as obras de dra-gagem está sendo realizado o derro-camento da laje da pedra localizadaperto do farolete quatro, no mesmomolhe sul. Várias detonações jáforam feitas e o fim do trabalho estáprevisto para este ano ainda.Segundo a superintendência do Portode Itajaí, isso oferecerá mais segu-rança aos navios e incrementará amovimentação das embarcações.

Full-contêiner _ Com a alteração deuma norma do Conselho de AutoridadePortuária (CAP), o Porto de Itajaí passoua usar o berço três para atracação denavios full-contêiner. De acordo comHeder Cassiano Moritz, diretor de logís-tica do Porto de Itajaí, a abertura doberço para atracação desse tipo denavio foi fundamental para aumentar omovimento portuário em Itajaí.

No programa de obras e aquisições,está prevista a construção de mais umberço de atracação, de 250 metros, queirá se juntar aos quatro existentes. Doisportêineres irão operar no novo berço.Um guindaste MHC foi incorporado aoequipamento do porto, que já possuíadois do gênero, e quatro novosportões de acesso para balança(gates.) foram inaugurados.

Para diminuir o congestionamento deveículos no perímetro urbano, estásendo construída uma via expressa por-tuária. Com a estrada, os caminhõesganharão um acesso exclusivo para amovimentação de carga e descarga demercadorias. A primeira fase da obradeve ser concluída este ano.

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Modernização do Porto de Itajaí e inauguração do Porto deNavegantes prometem alavancar tráfego portuário na região

Vale do Itajaí

De responsabilidade do governo fede-ral, mas com administração municipal,o Porto de Itajaí vive um momento degrande crescimento e otimismo. Depoisde conseguir as licenças ambientaisnecessárias, a superintendência do portoobteve a liberação de um pacote deinvestimentos para obras de ampliaçãoe modernização, iniciadas em 2005. Comisso, o porto espera entrar definitivamentena rota dos maiores navios internacionais.

Os investimentos permitiram, entreoutras coisas, a readequação do acessoaquaviário, fundamental para o incre-mento das operações. Cento e cinqüenta

milhões de reais estão sendo aplicadosem obras de melhorias e aquisição deequipamentos _ o maior volume deinvestimentos de toda a sua história. Osrecursos vêm da União, através daAgenda Portos, do Terminal deContêineres do Vale do Itajaí (Teconvi),consórcio de empresas que detém aconcessão para explorar parte dasoperações, e do próprio porto.

Do total de cargas movimentadas peloPorto de Itajaí, 94% corresponde amercadorias em contêineres. Em julhodeste ano foi alcançado o maior movi-mento de contêineres da história do

PORTA-CONTÊINERES PASSA POR CANTEIRO DE OBRAS PORTAINERS PASSING BY A WORK SITE

NAVIO DE PASSAGEIROS ILUMINADO NO PÍER TURÍSTICOLIT UP LINER AT THE TOURIST SHIP PIER

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terminal: 64.554 TEUs. Com perfilessencialmente exportador, o terminalresponde pelo maior volume de expor-tações de carne de frango e suína dopaís. Em 2005, sua receita ficou emtorno de US$ 6 bilhões, cifra que ocoloca em segundo lugar no rankingde movimento de contêineres emtransporte de longo curso, ficando atrásapenas do Porto de Santos.

Calado operacional passarápara 11,3 metros

Em agosto, a draga holandesa Lelystadconcluiu as obras de readequação do

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The Port of Itajaí is the responsibilityof the federal government, but itsadministration is municipal. It ispresently going through a period ofmajor growth and optimism. Afterreceiving the necessary environmentallicenses, the port superintendencewas given clearance for a package ofinvestments intended for the expansionand modernization initiated in 2005.The port expects this work to definitelyinclude it in the path of largeinternational ships.

Among other benefits, the investmentsallowed the port to again have theproper waterway access that isfundamental for expanding itsoperations. One hundred and fiftymillion reais (local currency) areinvested in improvements and acquisitionof equipment _ the largest amount ever

Praticagem de Itajaíse prepara para aumento das operações

Para atender às futuras demandas do Porto de Navegantes e de outros terminais do Valedo Itajaí, a Itajaí Práticos tomou várias decisões. Serão contratados novos funcionários e apraticagem está dando ainda mais ênfase à atualização e ao adestramento de suas tripu-lações. A escala dos práticos sofrerá ajustes a fim de que o serviço prestado se adapte aoincremento das operações e foi sugerido à Autoridade Marítima um aumento na lotação depráticos da ZP 21.

Em abril de 2006, a praticagem recebeu o reforço de uma nova lancha de fibra de vidro.Batizada de PILOT III, a embarcação tem 40 pés de comprimento, motores MercedesBenz, radar, GPS, ecobatímetro e carta eletrônica. Agora o serviço conta com trêslanchas de fibra de vidro e duas de madeira, todas em conformidade com as normasestabelecidas pela Autoridade Marítima.

Inicialmente, o imóvel que abrigava a sede da praticagem de Itajaí era bastante rústi-co, de madeira, construído sob pilares na beira do rio, e guardava característicaspitorescas. Embora simples, o lugar atendia perfeitamente às demandas da ZP 21.Contudo, com o significativo aumento das operações no Porto de Itajaí entre 1997 e2000, constatou-se que a sede tornara-se muito acanhada para os novos tempos.

Através de um contrato firmado entre a Itajaí Práticos (empresa que substituiu aAssociação dos Práticos dos Portos e Barra de Itajaí em 1997), a prefeitura e o Porto deItajaí, foi cedida uma área às margens do Rio Itajaí para a construção da nova sede. Asede deveria ser construída dentro do espírito do projeto Borda d'Água, de revitalizaçãoda paisagem ribeirinha, de iniciativa da prefeitura e do porto.

As obras para a construção da nova sede e do trapiche para a atracação das embar-cações de praticagem começaram em 2004 e a inauguração aconteceu em 2005. Comuma ampla sala para as operações, o espaço dispõe de sistema de informática, rádiosVHF e estação meteorológica. A sede tem uma área suficiente para a instalação dosequipamentos AIS (Automated Identification System), VTS (Vessel Traffic System) eDUKC (Dynamic Underkell Clearance), que, em breve, serão imprescindíveis para ocontrole e monitoramento do serviço de praticagem.

História _ Pode-se dizer que a praticagem de Itajaí existe, ainda que informalmente,desde os primeiros tempos do efetivo povoamento da região, por volta de 1820.Acredita-se que o navio no qual chegou da Alemanha o doutor Blumenau tenha seservido de homens com os conhecimentos locais indispensáveis para as manobras.

O primeiro registro daatividade de praticagem,entretanto, data de 28de setembro de 1864,quando, devido a umaportaria assinada pelopresidente da Provínciade Santa Catarina, oprático Jacinto José dosSantos teve seu ordenadoaumentado de 20 para 30 contos de réis. O acréscimo foi concedido porque ele tinhaque pagar dois homens para auxiliá-lo no serviço. Sabe-se também, devido a uminquérito, que em 1878 havia dois práticos que trabalhavam de forma coordenadaem Itajaí.

Porto de Navegantesincrementará movimentoportuário no Vale do Itajaí

Na margem esquerda do Rio Itajaí-Açu,no município de Navegantes, um grandeempreendimento promete alavancarainda mais as operações no Vale do Itajaí.Trata-se do Porto de Navegantes, locali-zado na Ponta da Divinéia, com inaugu-ração prevista para agosto de 2007.

Financiado exclusivamente com recursosprivados, o Porto de Navegantes é umdos maiores investimentos do segmentono país _ o aporte total chega a R$ 423milhões. A empresa proprietária doterminal, Portonave S.A. _ TerminaisPortuários de Navegantes, pretende como empreendimento atrair um númeromaior de cargas para a região.

Assim como o seu vizinho, o Porto deItajaí, Navegantes será especializadona operação de contêineres, comênfase em carga frigorificada. Noprimeiro ano de funcionamento, o portodeve movimentar 250 mil TEUs para, nofuturo, atingir sua capacidade total:1 milhão TEUs.

A área total do terminal compreende600 mil metros quadrados e a extensãodo cais, 900 metros. Quatro berços deatracação com um calado de 12 me-tros de profundidade, portêineres etranstêineres fazem parte das moder-nas instalações e equipamentos que oPorto de Navegantes colocará àdisposição de seus usuários.

Meio ambiente _ Antes de outubro de2005, quando começaram as obras, foirealizado um vasto estudo ambientalcomo parte do Plano Básico Ambiental,composto de 12 programas queabrangem o tratamento de resíduos, apreservação da fauna e da flora, o rela-cionamento com a comunidade etc.Quarenta mil metros quadrados foramdestinados à criação de uma área depreservação permanente, que, além depermitir a preservação da vegetação edos animais locais, servirá como instru-mento de educação ambiental.

Itajaí Valley

in its entire history. The funds originatefrom the government and are channeledthrough the Agenda Portos, theContainer Terminal of the Itajaí Valley(Teconvi), a consortium of firms that hasthe concession for exploiting part ofthe operations, and of the port itself.

Of the total cargo passing through thePort of Itajaí, 94% is merchandisepacked in containers. In July this year,the terminal handled the largestcontainer movement in its history:64,554 TEUs. The terminal is essentiallyused for export and is responsible forBrazil's greatest volume of fowl andpork exports. In 2005, its revenueamounted to approximately US$ 6billion, a figure that ranked it second inlong-haul transport container movementand was only surpassed by that of theport of Santos.

Porto de Navegantesincrementará movimentoportuário no Vale do Itajaí

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Modernization of the Itajaí Port and inauguration of thePorto de Navegantes are sure to boost the region's port traffic

Operational draughtwill reach 11.3 meters

In August, the Dutch dredger Lelystadfinished dredging the channel and themaneuver basin of the Port of Itajaí.Work on the south pier which hadstarted in November 2005, was alsoconcluded. Once the Maritime Authoritygives its approval, the terminal can receivevessels of up to 270 meters in length anda draught of up to 11.3 meters in depth.

To supplement the dredging, the stonelayer near lighted beacon 4, at the samesouth pier, is being broken up. Blastingis already in process and the workshould be concluded before the end ofthis year. According to the PortSuperintendence, this job will improvethe safety of ships and increase themovement of vessels.

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PONTA DA DIVINÉIA, NAVEGANTES

NAVIO PASSA PELA ATALAIA DA PRATICAGEM DE ITAJAÍSHIP PASSING THE WATCH TOWER OF THE ITAJAÍ PILOTS

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Full containers _ Since a norm of thePort Authority Council was altered,berth three of the Port of Itajaí is beingused for mooring full-container ships.According to Heder Cassiano Moritz,logistics director of the Port of Itajaí,this was an essential step forincreasing the movement in the port.

The port's work and acquisitionsagenda includes the construction of a250-meter mooring berth in addition tothe four already installed. Two portainers

will operate in the new berth. An MHCcrane was added to the existing two ofthe same type, and four new accessscale gates were inaugurated.

To ease the congestion of vehicles onthe urban perimeter, an express road tothe port is being built. Thanks to it,trucks will have exclusive access toloading and unloading operations. Thefirst stage of the work is expected to beconcluded this year.

Porto de Navegantes willincrement the movement

at the port in the Itajaí Valley

The Porto de Navegantes in themunicipality of Navegantes, on the leftmargin of the Itajaí-Açu River, is likelyto increase operations at the ItajaíValley even more. This major undertakingat the Ponta da Divinéia will probablybe inaugurated in August 2007.

Financed exclusively with private funds,the Porto de Navegantes is one ofBrazil's largest investments _ R$ 423million _ in this sector. With thisundertaking, the company that ownsthe terminal, Portonave S.A. _ TerminaisPortuários de Navegantes, intends toattract more cargo ships to the region.

Similarly to its neighbor, the Port ofItajaí, Navegantes will specialize incontainer operations, with emphasis onrefrigerated cargo. During its first yearof operations, the port is expected tomove 250,000 TEUs, later reaching itstotal capacity of one million TEUs.

The terminal's total area encompasses600,000 square meters, and the quay is900 meters long. Four landing berthswith a draught of twelve meters,portainers and transtainers are part ofthe modern installations and equipmentthat the Porto de Navegantes will makeavailable to its users.

Environment _ Before work beganin October 2005, an extensiveenvironmental study was undertakenas part of the Plano Básico Ambiental(Basic Environmental Plan), consistingof 12 programs that cover treatment ofresidues, preservation of fauna andflora, relations with the community, andso forth. Forty thousand square meterswere allotted to the Area de Preser-vação Permanente (Area of PermanentConservation) which not only allowpreserving local vegetation and animallife, but will also be used forenvironmental education.

Porto de Navegantes willincrement the movement

at the port in the Itajaí Valley

Itajaí Pilotsis preparing to deal withan increase in operations

In order to meet future demands of thePorto de Navegantes and other terminalsof the Itajaí Valley, the Itajaí Pilotstook a number of measures. Not onlywill additional staff be contracted,greater emphasis will also be givento updating and training crews. Theschedules of pilots will be adjusted toadapt their services to the increase inoperations. It was suggested to theMaritime Authority that a larger numberof pilots be allotted to PZ 21.

In April 2006, the pilots received anadditional fiber glass boat. ChristenedPILOT III, the vessel is 40 feet long, hasMercedes Benz motors, radar, GPS, anecho sounding machine, and anelectronic chart. There are now threefiber glass and two wooden boats inservice, all in line with the normsestablished by the Maritime Authority.

Initially, Itajaí Pilots was quarteredin a very rustic building. It was madeof wood, built on pillars on themargin of the river, and contained somepicturesque features. Although simple,it met the district requirements perfectly.However, between 1997 and 2000when the operations of the Port ofItajaí increased significantly, it becameevident that these headquarters wereno longer adequate.

A contract signed by the Itajaí Práticos(the firm that replaced the Associaçãodos Práticos dos Portos e Barra de Itajaíin 1997), the city hall, and the Port ofItajaí, assigned a plot of land on themargin of the Itajaí River to the pilotsfor the construction of new headquarters.This construction was to be in tune withthe Borda d'Água project which intendsto revitalize the landscape of the rivermargin, an initiative of the city hall andthe Port of Itajaí.

Construction of the new headquarters,as well as of a warehouse for mooring

pilot boats, started in 2004 and wasconcluded in 2005. The building containsa large operations room, an area housinga computerized information system,VHF radios, and a meteorologicalstation. There is sufficient spacefor the installation of an AutomatedIdentification System (AIS), a VesselTraffic System (VTS) and a DynamicUnderkell Clearance (DUKC) which willshortly be essential for controlling andmonitoring pilotage services.

History _ You can say that ItajaíPilots has been in existence, albeitunofficially, since the first settlement inthe region, around 1820. It is believedthat the ship on which Dr. Blumenausailed from Germany to Brazil wasassisted by men with the necessarylocal knowledge to enter the port.

The first record of pilot activity dates,however, from September 28, 1864,when pilot Jacinto José dos Santosreceived a raise from 20 to 30 contos deréis (the local currency at that time),thanks to an Administrative Rulingsigned by the president of the Provinceof Santa Catarina. The raise was grantedbecause he had to pay two men to helphim in his work. Due to a judicialinquiry, it is also known that, in 1878,two pilots worked as a team in Itajaí.

Itajaí Pilotsis preparing to deal withan increase in operations

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Em 2001, depois de dar a volta aomundo a bordo do veleiro Jornal, osvelejadores itajaienses Vilmar Braz eHigina Braz idealizaram um projetode educação ambiental e inclusãosocial destinado a crianças do ensinopúblico fundamental. A empreitada deutão certo que, hoje, a AssociaçãoNáutica de Itajaí _ organização não-governamental criada pelo casal _

recebe anualmente cerca de 600 criançaspara as aulas. A procura é tanta quemuitas vezes os alunos têm que entrarem filas para conseguir uma vaga.

Com o apoio da prefeitura de Itajaí e deempresas privadas ligadas às comu-nidades locais, o sucesso do projetodeve-se em grande parte à sensibiliza-ção que o contato com a natureza,especialmente com as águas fluviais,proporciona a esses jovens. Navegandopelos rios Itajaí-Açu e Itajaí-Mirim, riosresponsáveis pelo abastecimento deágua na cidade, os alunos monitoram oestado da água, coletando amostrashídricas, localizando e mapeando focosde poluição.

meio ambienteenvironment

Each semester sixteen public schoolsare selected to take part in the project.Approximately fifteen students fromeach of these schools are given rowing,sailing and canoeing lessons twice aweek. The basic course takes sixmonths. Those who display an affinitywith nautical activities may stay on tolearn more about shipping lore andnaval carpentry; they can becomeinstructors, etc. At any rate, everystudent chosen by the association is ameans of multiplying the conceptslearnt during the course.

_ We chose a whaler boat with eightoars as the vessel to work with. Ouroption was due to the tradition, beautyof form, and maritime characteristicsof this type of boat. Brought to Brazilby immigrants from the Azores, thewhaling boat contributed to thesocio-economic development of theregion and is still used by somefishermen _ explains Vilmar whoalso intends to reclaim the culture ofthe region.

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Conhecer para preservarProjeto de velejadores ensina a cuidar do patrimônio hídrico de Itajaí

A cada semestre são contempladas 16escolas públicas. De cada instituiçãoseleciona-se cerca de 15 alunos, que,duas vezes por semana, recebem aulasde remo, vela e canoagem. O cursoregular dura seis meses. Aqueles quemostrarem afinidade com as atividadesnáuticas poderão permanecer paraaprofundar seus conhecimentos sobreas artes da marinharia e carpintarianaval, se tornar instrutores etc. Dequalquer forma, todo estudante quepassa pela associação é um multipli-cador dos conceitos desenvolvidosdurante o curso.

_ A embarcação que escolhemos paratrabalhar foi a canoa baleeira, com oitoremos. A opção deve-se à tradição, àbeleza das formas e às característicasmarinheiras desse tipo de barco.Trazida pelos imigrantes açorianos, acanoa baleeira contribuiu para o desen-volvimento socioeconômico da região eserve, ainda hoje, aos pescadores arte-sanais _ conta Vilmar, que também pre-tende com o projeto resgatar a culturada região.

“Água, fonte de vida”

Segundo ele, os efeitos em relação àmudança de mentalidade são surpreen-dentes. Como resultados ele cita oestado das margens do rio, que emmuitos pontos eram repletas de lixo elama e hoje estão muito mais cuidadas,e o da prainha, local da base do projeto,onde desponta um simpático jardim.O replantio da mata ciliar, feito váriasvezes pelos próprios alunos, tambémé uma grande conquista no sentidode recuperar esse importante patri-mônio natural.

Vilmar frisa que hoje as autoridadessão pressionadas a adotar políticaspúblicas para a preservação dosrecursos hídricos. Mas, como o ensinopúblico não aborda satisfatoriamente aquestão ambiental, “é preciso que asociedade civil se organize e ensine,por exemplo, àqueles que moram empalafitas a importância de não jogardejetos nos rios”.

“Água, fonte de vida” é um dos lemasdo trabalho. Um lema que aponta para aabrangência do projeto. Afinal, ascondições do Rio Itajaí influenciam dire-tamente a qualidade de vida de cadamorador da cidade.

Knowing the environment helps preserve itProject of a sailing boat crew teaches how to care for the

aquatic patrimony of Itajaí

In 2001, after sailing around the worldon their sailing boat “Jornal”, sailorsVilmar Braz and Higina Braz from Itajaí,a town in Brazil, drew up a project ofenvironmental education and socialinclusion for children studying in thelower public schools of Itajaí. Theirwork was so successful that theAssociação Náutica de Itajaí _ a non-governmental organization founded bythe couple _ now teaches approximately600 children per year. Their lessons areso much in demand that the studentsoften have to wait in line for a vacancy.

With the support of the Itajaí city halland private companies connected withlocal communities, the project's successis largely due to the awareness thatcontact with nature, especially rivers,provides for these youngsters.Navigating on the Itajaí-Açu and Itajaí-Mirim, rivers providing the city's watersupply, the kids monitor the state of thewater by collecting aquatic samplesand locating, as well as mapping, focalpoints of pollution.

REGATARACE “Water, source of life”

He is astonished at the changes inmentality resulting from his project. Forinstance, the river margins that used tobe full of garbage and mud are todaybetter cared for and the small beachwhich is the base of the project nowdisplays a pretty garden. Replantingsome of the vegetation which thestudents have done several times isalso a major accomplishment since itrecovers an important natural patrimony.

Vilmar stresses that, nowadays, theauthorities are pressured to adoptpublic policies to preserve aquaticresources. But, since public schoolsdon't broach the environmentalquestion sufficiently, “society must getorganized and, for example, teach thosewho live on piles on top of the waternot to throw waste into rivers”.

“Water, source of life” is one of themottos of the project. A motto thatreflects its wide scope. After all, theconditions of the Itajaí River directlyaffect the quality of life of every citizenof Itajaí.

BALEEIRA VELEJANDOWHALER BOAT SAILING

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Da mesma forma, é responsável pelosetor de informática, que englobao planejamento, o estabelecimen-to de objetivos e metas e odetalhamento de um programa anual

de atividades de TI em con-sonância com o Plano

Diretor de Tecnologiada Informação (PDTI).

Elemento organizacional da estruturaadministrativa do CONAPRA, aGerência Técnica subordina-se àDiretoria Técnica. Uma de suasatribuições é administrar os cursos deatualização de práticos (ATPR), oque compreende o planeja-mento dos cursos aserem oferecidos peloCIAGA a cada ano,a distribuição dasvagas por ZP, ogerenciamento doscursos ATPR1 namodalidade ensino adistância e a execuçãodos cursos presenciaisATPR2. Através do sistemacorporativo de banco dedados, a Gerência Técnica controlaonline as inscrições, a realização dasprovas, o início e o encerramento de tur-mas e a emissão de relatórios diversos.

O gerenciamento e o controle dahomologação de atalaias e das lanchasde praticagem e suas tripulações, deacordo com as normas da AutoridadeMarítima, também são atribuições daGerência Técnica. Essa tarefa abrangevisitas técnicas com o acompanha-mento de conselheiros e a elaboraçãode relatórios, laudos e pareceresnecessários à finalização dosprocessos de homologação. Todasas etapas desses processos são exe-cutadas online no módulo correspon-dente do sistema de banco de dados.

A Gerência Técnica apóia e assessoraos membros do Conselho Técnico doCONAPRA a fim de auxiliá-los na avali-ação de estudos, pareceres e recomen-dações e, ainda, na implementaçãoprática das decisões tomadas pelosconselheiros.

CONAPRA's Technical Department ispart of its administrative organizationand answers to the TechnicalDirectorate. One of its attributions isbeing in charge of Pilot refreshercourses (ATPR). This includes planningyearly courses administered by CIAGA,allotting vacancies among PZs,managing distance learning courses(ATPR1), and teaching ATPR2 courses inloco. By means of the corporate databank system, the Technical Departmentcontrols registrations, tests, the start andclosing of classes, and the issue ofvarious reports.

Management and con t ro l o fhomologating watch towers and pilotboats as well as their crews to conformto the standards set by the MaritimeAuthority are also part of the TechnicalDepartment's attributions. All stagesof these tasks are carried out on linein the respective module of the databank system.

The Technical Department providessupport and advice to CONAPRA'sTechnical Council, assisting it inevaluating studies, opinions andrecommendations. It also implementsdecisions taken by the councilors.

It is, moreover, responsible for theinformation sector that encompassesplanning, setting objectives and targets,as well as for the details of an annualprogram of IT activities, in conformitywith the Plano Diretor de Tecnologia daInformação (PDTI). After receiving theapproval of the directorate, theTechnical Department implementsthe Orientation Plan of InformationTechnology, providing technical directivesfor the maintenance of the local network,and controlling, as well as managing,hardware and software maintenancecontracts. Among other activities, italso gives training courses.

Conheça a Gerência Técnica do CONAPRA

Após a aprovação da diretoria, cabe àGerência Técnica implementá-lo execu-tando ações de orientação técnica paraas tarefas de manutenção da rede local,exercendo a fiscalização técnica e agerência dos contratos de serviços demanutenção de hardware e software eministrando treinamento, entre outrasatividades.

Palestra enriqueceu ATPR

As turmas de julho do curso de atualização de práticos foramcontempladas com um painel do consultor Douglas Burtet.

Douglas, que mora na Bahia há muitos anos, acompanhou emSalvador alguns práticos em suas manobras. A experiência serviu

para embasar sua exposição realizada no CIAGA, RJ, sobre comunicação,um assunto que é de grande interesse para os práticos, principalmente no que

concerne ao relacionamento do prático com o comandante do navio (MPX _

Master Pilot Exchange).

Os resultados dos cursos têm sido tão positivos que alguns práticos sugeriramque a atualização fosse feita a cada dois anos (e não quinqüenalmente, como éprevisto). De dezembro de 2004, quando a primeira turma foi formada, até julhodeste ano, 103 práticos passaram pelo ATPR. Em novembro, será realizado otreinamento da última turma de 2006.

Raimundo Nascimento de Souza é o gerentetécnico do Conselho Nacional de Praticagem. Oficialda Marinha de Guerra, formou-se em engenhariamecânica e fez pós-graduação em análise e projetosde sistemas na PUC-Rio. Nascimento trabalha noCONAPRA desde fevereiro deste ano e é oresponsável pela criação e implantação do PlanoDiretor de Tecnologia da Informação. Gerencia econtrola online os cursos de atualização de práticos

e a homologação das atalaias e lanchas depraticagem. Entre suas atribuições está o setor de informática (no qual trabalhao funcionário Fábio Filgueiras) incluindo treinamento sistemático para osfuncionários do CONAPRA.

Meet CONAPRA's Technical Management

Raimundo Nascimento deSouza is the technical manager of theNational Pilots Council. A Naval officer, hegraduated in mechanical engineering and tooka graduate course in analysis and systemprojects at the Catholic University of Rio deJaneiro. Nascimento has worked at CONAPRAsince February. He is responsible for theinformation sector manned by Fábio Filgueirasand for preparing and implementing thePlano Diretor de Tecnologia da Informação (Orientation Plan of InformationTechnology). He manages and controls the refresher courses for pilots and thehomologation of watch towers and pilot boats on line, besides effecting systemtraining of CONAPRA staff.

Talk enhanced the ATPR

Pilots taking the July classes of the Pilot Refresher Course were given the opportunity ofattending a presentation by Consultant Douglas Burtet. Burtet, who has been living

in Bahia for many years,accompanied some pilotsworking in the cityof Salvador while theyc a r r i e d o u t t h e i rmaneuvers. This experiencegave him the basis for apresentation on communi-cation at the CIAGAin Rio de Janeiro. Thissubject is of majorinterest to pilots, especiallywhen it concerns therelationship of pilots withthe masters of the vesselsthey board (MPX _ MasterPilot Exchange).

The success of the courses has been so great that some pilots suggested they beministered every two and not every five years, as is intended. Between December2004, when the first class was taught, and July this year, 103 pilots attended theATPR. In November the last class of 2006 will undergo training.

TINOCO, WEBER, ROBERTO, CLÁUDIO RICARDO, MOACYR, PANTOJA,NEGRÃO, JOÃO ICHIHARA, ARMANDO E RAYOL

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”URGENTE”

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quando o Flamengo perdia do quequando o Botafogo ganhava.

De fato, tive a oportunidade de, váriasvezes, estar junto com esses dois bonse fiéis amigos: o comte. Nascimento eo Dr. Delio. Confesso que fiqueilisonjeado por sua amizade, assimcomo fiquei orgulhoso de escutar doDr. Delio:

_ Oh, Nascimento! Poxa! Foi bom terte conhecido, ter feito essa nossaamizade, né! É uma pena só ter teconhecido agora!

É, ele era assim: amigo dos amigos e,sobretudo, amigo dos inimigos. Estaúltima era sua característica singular:não dizia não, não prejudicavaninguém, não guardava rancor, erasempre cauteloso, era semprediferente, personalidade difícil de serencontrada nos dias de hoje.

Profissionalmente, falava semprecom sapiência e cientificidade,destacando-se pela demonstração deestudo e clareza em seus escritos.Orgulhava-se de ser membro evice-presidente da ABDM _

Associação Brasileira de DireitoMarítimo, onde contribuía com suapresença e sabedoria.

Em seus trabalhos, mantinha umalinha de raciocínio muito lógica erápida. Acompanhava-se semprecom seu “URGENTE” e, de vez emquando, dizia:

_ Isso é um balaio de gatos, viu! Agente trata da Bacia Amazônica ao RioGrande do Sul. Esta diretoria era paraser um ministério!

Delio MauryMestre do direito marítimo deixa saudades

A história recebeu, em 1º de julho de2006, o saudoso causídico Dr. DelioMaury, renomado maritimista, que,sempre disposto e presente naDiretoria de Portos e Costas daMarinha (DPC), percorreu a trajetóriade um verdadeiro vencedor.

Sua vida se confunde com a dequalquer grande líder. Exerceusessenta e um anos de notório serviçopúblico, sendo, sempre, um servidorassíduo e exemplar.

Nascido em 1925, ingressou naMarinha com pouco mais de vinteanos de idade. Titulado em direitopela Faculdade Nacional do Rio deJaneiro (1951), foi designado paraexercer a função gratificada desecretário do diretor de Portos eCostas, em outubro de 1959. Já em1964, passou a exercer a função deassessor jurídico da Marinha, na qualpermaneceu até o fim de sua vida.

Em reconhecimento aos seus serviços,foi condecorado, pelo então ministroda Marinha, com as medalhas “PrêmioMérito Funcional”, de 30 e de 40 anos,e com a “Medalha Prêmio”, instituídaaos funcionários civis que possuam 50anos de serviço público. Ganhou o“Prêmio Mestre Antônio da Silva”, dodiretor-geral do Pessoal da Marinha,entre diversos outros não menosimportantes.

Ainda maior que todas as suascondecorações foi sua personalidade.Era um botafoguense fervoroso. Ocomte. (CMG Rrm) Nascimento, seufiel amigo, sempre lhe dizia que eraum “antiflamenguista recalcado”,porque, no fundo, ficava mais feliz

Delio Maury Delio Maury

On July 1, 2006, history gained Dr.Delio Maury, a lawyer and knownspecialist of maritime law who will besorely missed. He was always presentand willing at the Naval Directorate ofPorts and Coasts, and lived the life ofa true accomplisher.

His life was similar to that of anygreat leader. He spent sixty-one yearsof famous public service, and wasalways an assiduous and exemplaryfunctionary.

Born in 1925, he joined the Navy whenhe was little more than twenty yearsold. A graduate in law from theFaculdade Nacional do Rio de Janeiro(1951) he was appointed secretary tothe Director of Ports and Coasts inOctober 1959. Already in 1964, he wasnamed legal adviser of the Navy andremained at this post until the lastdays before he passed away.

In recognition of his services he wasdecorated by the then Naval Ministerwith the 30 and 40 year of servicePrêmio de Mérito Funcional and theMedalha Prêmio, awarded to civilfunctionaries who had been on the jobfor 50 years, as well as the PrêmioMestre Antônio da Silva from thedirector-general of Naval Staff,among several other less importantdecorations.

Worth even more than all hisdecorations was his personality. Hewas a great fan of the BotafogoFootball Club. Commander (CMG Rrm)Nascimento, his faithful friend alwaysused to say that he was “a repressedopponent of the Flamengo team

because, at heart, he was happierwhen Flamengo lost than whenBotafogo won”.

I had, in fact, several times theopportunity to enjoy the company ofthese two good and faithful friends:Commander Nascimento and Dr. Delio.I confess that their friendship flatteredme, just as I was proud to hearDr. Delio say:

_ Oh, Nascimento, really! Knowingyou and to have made friends with youhas been good, hasn't it? A pity that Ionly met you now!

Yes, that's how he was: a friend offriends and, above all, a friend of hisenemies. That latter quality was hisspecial characteristic: He never saidno, never harmed any one, never kepta grudge; he was always careful,always different, a character not oftenmet today.

Professionally, he always spokewisely and knowledgably, his writtenwork was clear and well documented.He was proud to be a member and vicepresident of the ABDM _ AssociaçãoBrasileira de Direito Marítimo andcontributed to it by his presence andwith his experience.

In his work he was very logical andquick. It was usually marked “urgent”and once in a while he would say:

_ This is a rat race, don't you know?!We deal with matters ranging fromthe Amazon Basin to the state of RioGrande do Sul. This Directorate shouldbe a ministry!

Delio MauryMaster of maritime law leaves feelings of nostalgia

João Mateus Borges da SilveiraJoão Mateus Borges da Silveira

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Aos práticos, e a toda comunidademarítima, ficam as boas lembranças dealguém que sempre os defendeu. ÀDiretoria de Portos e Costas, deixará seunome na sala da Assessoria Jurídica.Aos amigos e familiares, sua saudade.E, ao direito, seus ensinamentos.

E, bem melhor do que Getúlio, deixou-nos para entrar para a história de formatranqüila, sem nenhum ato extremo.

João MateusBorges da Silveira,

advogado eassessor jurídico

do CONAPRA

Pilots and the entire shippingcommunity have the good memories ofsomeone who was always on theirside. To the Directorate of Ports andCoasts he leaves his name in the LegalAdviser room and to his friends andfamily, nostalgia. And to the Law, histeachings.

And, like Brazil’s president GetulioVargas, he left us to enter history; butwhereas Varga’s death was tragic (*),his was peaceful.

João Mateus Borges da Silveira attorney and legal adviser of CONAPRA

(*) President Vargas committed suicide.

DELIO MAURY

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_ Fui um dos primeiros a levantar a bolado meio ambiente. Promovemos naPraticagem de São Sebastião no inícioda década de 90 a campanha“Praticando a preservação do meioambiente”. Nessa época já pensáva-mos na revista, mas não tínhamos oconhecimento necessário _ recorda,acrescentando que chegou a ser ridicu-larizado por um diretor da DPC quechamou-o de lava-garça numa reunião.

De qualquer forma, tudo isso serviucomo uma espécie de amadurecimentopara a definição de um dos principaissegmentos da linha editorial do veículo.O conteúdo deveria passar a mensagemda importância do prático na preser-vação do meio ambiente, assim comoas imagens deveriam revelar umaconvivência harmônica entre a nave-gação e o entorno ambiental.

Estrategicamente, por exemplo, a foto dacapa da edição número 8 _ dois naviosno Canal deSão Sebastião,ao fundo, e, noprimeiro plano,parte da costade Ilhabela, SP,com flores, pe-dras, plantas eágua limpa _

s i m b o l i z a v auma relaçãoequilibrada entre o meio ambiente e aatividade marítima.

No mesmo número, reforçando essamensagem, uma matéria assinada peloentão gerente de Meio Ambiente daDPC, Francis Fixel, trazia o seguintetrecho extraído do artigo 225 daConstituição brasileira de 1988:

“Todos têm direito ao meio ambienteecologicamente equilibrado, bem deuso comum do povo e essencial àsadia qualidade de vida, impon-do-se ao poder público e à cole-tividade o dever de defendê-lo epreservá-lo para as presentes efuturas gerações.”

Em 2007, a revista do CONAPRA fazoito anos. Batizada inicialmente de“Embarque do Prático”, o primeironúmero foi publicado em janeiro de1999, quando o prático Carlos EduardoMassayoshi assumia a presidência doconselho. Em 2003, o CONAPRA ganhouuma nova identidade visual e, areboque das mudanças, a revistapassou a se chamar “Rumos Práticos”.

Consultandoo acervo deexemplaresdo ConselhoNacional dePraticagem,chama logoa atenção àp r o f u n d areformulaçãográfica pela

qual a revista passou nesses anos. Oveículo começou como um informativode papel off-set com 12 páginas erapidamente evoluiu para o formato derevista. Hoje são 36 páginas de miolo equatro capas, em papel couché brilho,com verniz na capa e contracapa.

Nas reuniões da IMPA, a revistaé freqüentemente apontada comoa melhor publicação internacional sobrepraticagem. Seguramente, esse reco-nhecimento só foi possível graças aoempenho das várias equipes, e não deuma específica, que estiveram à frentede sua produção ao longo das muitasdiretorias que se sucederam noCONAPRA. Cada uma, a seu modo,contribuiu para a evolução do periódico.

A impressão de mudança substancial,entretanto, não se tem em relação ao

ele explica que “Embar-que do Prático” limitava aabrangência de objetivosque se pretendia atingir porse tratar de um momento específico daatuação do prático. Como a marca“Práticos” já havia sido registrada, optou-se por “Rumos Práticos”, expressãousada no exercício da profissão e quedava margem a vôos mais altos emrelação à comunicação desejada.

Na edição 9, de 2003, uma notinha expli-cava ao leitor que o CONAPRA haviaganhado nova identidade visual. Apartir daí, o Conselho Nacional dePraticagem passava a ser representadopor uma esfera celeste na qual, em vezde se ler “ordem e progresso”, desponta-va a bandeira Hotel. Na mesma época, arevista passou a se chamar “RumosPráticos”. Ao nome foi incorporada anova logomarca do conselho.

Indagado sobre a praticagem brasileirahoje, ele diz o seguinte:

_ É uma atividade inserida na estruturalegal do país como uma peça impor-tante, com um papel bem definido. Onosso modelo, empresarial, legal, compráticos recrutados de forma rigorosa, éum dos mais modernos do mundo. É amelhor alternativa.

Quanto ao futuro, ele aposta naatualização e no aperfeiçoamentodo nível técnico do prático, segundoas normas inter-nacionais, comocondição indis-pensável para amanutenção daprofissão.

(a matéria “Revista emrevista” continua na

próxima edição)

Revista em revistaCONAPRA passa em revista a publicaçãoRumos Práticos, que completa oito anos em 2007

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CARLOS HERMANN

conteúdo. Ao examinar os textos comalguma atenção, percebe-se que osconceitos essenciais, que norteiam aprofissão e que deram o tom no começoda revista, mantiveram-se presentesdurante toda a sua história: salvaguar-da da vida humana, preservação domeio ambiente e proteção dopatrimônio público e privado, comodestacavam os primeiros números.

Uma das figuras-chave da fase inicialda revista foi o prático Carlos Hermann,da Praticagem de Santos e de SãoSebastião. Ao ser eleito vice-presidentedo CONAPRA na região sudeste, nobiênio 2000/2001, ficou encarregado daprodução do veículo (antes o responsá-vel era o prático Omar Darian, da BahiaPilots). Pioneiro, Hermann fixou a linhaeditorial do periódico ao lançar mão deuma visão estratégica para alcançardeterminados objetivos.

Antes de tudo, para ele, a revista deve-ria veicular uma certa quantidade detextos técnicos a fim de consolidar operfil técnico que caracteriza a profis-

são. Ao lado disso, ele achava impor-tante mostrar o bom relacionamento dapraticagem com a Marinha, assim comolevar aos práticos assuntos de seuinteresse, principalmente os relaciona-dos à segurança da navegação e àpreservação do meio ambiente.

Acidente reforçouconsciência ecológica

A questão ambiental, aliás, é uma velhaconhecida sua. O prático sentiu na peleos efeitos que a busca desenfreada porculpados causa quando acontece umacidente marítimo com danos ambien-tais. Era ele o prático que conduzia opetroleiro Penélope quando o navio sechocou com outra embarcação, em1991, causando derramamento de óleono Canal de São Sebastião e poluiçãonas praias da região.

_ Na época houveum grande clamorpúblico e uma grandepressão política paraequacionar o problema. Oentão deputado federaldo Partido Verde FábioFeldmann me convocou parauma audiência pública. No final,descobriu-se que o navio tinhauma avaria, fato que não me foracomunicado _ lembra.

As conseqüências ecológicas geradaspelo acidente levaram o prático aintensificar suas preocupaçõescom a preservação do meioambiente. Hermann diz queestudou a fundo a questãoquando trabalhou na admi-nistração de praticagens.

O prático comoelemento da história

A perspectiva histórica tambémera fundamental para Hermann. Aoler a revista, o prático deveria se darconta de quão antiga é a sua profissãoe do comprometimento necessário paraperpetuá-la através dos tempos. Deveria,sobretudo, se sentir parte de umaestirpe de profissionais que sempreforam e serão essenciais ao funciona-mento da sociedade, o que lhes confereuma tremenda responsabilidade.

Nesse caso, uma imagem vale mais doque mil palavras. É o que mostra, porexemplo, a série de gravuras queilustraram quatro edições consecutivas:do número 7 ao número 10. Todastraziam belas ilustrações que contex-tualizavam a figura do prático sob umviés histórico, como a do navio a velaHMS Wolf pronto para o embarque doprático na Barra de Dover, em 1829.

A diagramação moderna e dinâmica quecaracteriza a revista hoje teve sua origemconceitual nas concepções de Hermann,que sempre se preocupou com a partegráfica da revista. Segundo ele, a apre-sentação deveria ser muito atraente,pois, dessa forma, mesmo o público quenão lia detalhadamente as matérias seriafisgado pelo aspecto visual.

Mostrar a praticagem como uma ativi-dade organizada e divulgar umaimagem positiva da atividade à comu-nidade marítima, aos tomadores deserviços e à Marinha estavam entre osseus principais objetivos editoriais.

_ São objetivos ainda necessários de seter em mente. É preciso manter essachama viva, por isso é importante que arevista dê continuidade a esse projeto _

responde ao ser indaga-do sobre a importânciada “Rumos Práticos”atual.

A respeito da mudançado nome da revista,

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In 2007, CONAPRA'smagazine celebrates its

eighth anniversary.Initially called “Em-

barque do Prático”,the first issue

was publishedin January

1999, whenpilot Carlos

Eduardo Massayoshibecame president of the

Council. In 2003, CONAPRAchanged its visual identity and,following suit, the magazine alteredits name to “Rumos Práticos”.

When leafing through the collection ofmagazines issued by the BrazilianPilots' Association, you immediatelynotice the many changes in its layout

that occurred over theyears. To start with, itwas a twelve-pagebulletin printed inoffset, but it quicklybecame a magazine.Today it contains 36pages, plus fourcovers in shinycoated paper, thefront and back

cover being varnished.

At IMPA meetings, the periodical isfrequently pointed to as the bestinternational publication on pilotage.There is no doubt that this praiseis entirely due to the splendidperformance of several teams ratherthan to that of any specific one. Theyhave been in charge of the publicationduring the many directorates ofCONAPRA that followed each other.

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Aglen McLauchlan:uma cidadã do mundo

Desde a edição número 6, publicada em2001, Aglen McLauchlan assina as ver-sões em inglês dos textos produzidospara a revista do CONAPRA. Aglennasceu na Áustria e foi educada naInglaterra. No período da SegundaGuerra Mundial, sua família pretendiarefugiar-se nos EUA, mas antesresolveu fazer uma parada no Brasil.Seu pai acabou abrindo um negóciodurante a estadia e eles passaram amorar definitivamente aqui.

Aglen é naturalizada brasileira. Foicasada mais de 50 anos com o escocêsPeter McLauchlan (falecido em 2003)com quem teve dois filhos: Rodney, quemora nos EUA, e Christopher, que morano Rio. Ela tem sete netos e sempre quepode estar com eles “aproveita-os”bastante. Depois de trabalhar muitosanos como secretária na empresaESSO, Aglen resolveu dedicar-se àtradução e a trabalhos em congressos.

Quando faz as versões dos textos da“Rumos Práticos”, uma de suas preocu-pações é não deixar que os textosfiquem com cara de “tradução”, paraque o leitor de língua inglesa tenha aimpressão que está lendo um texto pro-duzido na sua língua nativa. Nas horasde lazer ela não dispensa uma partidade bridge e até participa de torneios.

Profile of a periodicalAté a edição número 5,havia na revista do CONAPRA a seção "Mensagem aos Práticos",

uma espécie de editorial no qual era dado um recado aos práticos.A mensagem publicada na edição número 4

ultrapassava o âmbito profissional devido a seu cunho existencialista. Confira:

Mensagem aos PráticosEsta é a verdadeira alegria da vida _ ser usado para um

propósito reconhecido por você mesmo como digno.Ser uma força da natureza,

em vez de um amontoado febril e egoísta de ressentimentose frustrações, sempre reclamando que o mundo

não se devota a torná-lo feliz.Sou da opinião que minha vida

pertence a toda a comunidade, e enquanto vivertenho a obrigação de fazer tudo que puder por ela.Quero estar totalmente esgotado quando morrer.

Pois quanto mais trabalho, mais eu vivo.Eu me regozijo com a vida pelo que ela traz.

A vida não é uma vela breve para mim.É uma espécie de tocha esplêndida que preciso segurar

no momento, e quero que queime com o maior brilho possívelantes de passá-la para as gerações futuras.

George Bernard Shaw, escritor e dramaturgo irlandês(1856-1950)

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CARLOS HERMANN

CONAPRA reviews its periodical,Rumos Práticos, which completes eight years in 2007

In its way, each one contributed to theevolution of the magazine.

However, the reader's impression ofsubstantial changes does not include itscontents. If you peruse the textsmore carefully you realize that theprofession's basic concepts which setthe publication's tone at the startcontinued to do so throughout its history:the first issues already highlighted theconcepts of safeguarding human life,preserving the environment, andprotecting public and private patrimony.

One of the key figures at the initialstage of the magazine was pilot CarlosHermann of the Santos and São Se-bastião Pilots. During his 2000/2001term as vice-president of CONAPRAfor the southeastern region, he was putin charge of the publication of theperiodical, taking over from Omar Darianof the Bahia Pilots. Hermann, a pioneer,established the editorial line of themagazine by endowing it with a strategicvision to attain certain objectives.

He considered that first and foremostthe magazine should publish some

technical articles in order to consolidatethe technical profile that characterizesthe profession. He also gave importanceto showing the cordial relationshipexisting between pilot associations andthe Navy, as well as to offering pilotssubjects of their interest, especiallythose related to safety in shipping andpreserving the environment.

An accident contributedto the ecologic conscience

Long ago, the environmental questionimpacted on him personally. Hesuffered the effects of an exhaustivesearch for the guilty whenever ashipping accident provokes environmentalharm. It was he who piloted the tanker“Penelope” when it hit another vesselin 1991, resulting in oil spillage in thechannel of São Sebastião and pollutionof the beaches of the region.

_ At the time there was a great publicoutcry and much political pressure tosolve the problem. Fábio Feldmann,then federal congressman of theGreen Party, summoned me to a publichearing. In the end, it was discoveredthat the tanker had an impairment Ihad not been told of, he recalls.

The environmental consequences of theaccident caused the pilot to intensifyhis concern with preserving theenvironment. Hermann says he studiedthe matter in depth when he worked inthe administration of pilotages.

_ I was one of the first to raise thesubject of the environment. At thestart of the nineties, we launchedthe campaign “Let us preserve the

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especialspecial feature

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Asked about the change in the periodical’sname, he explains that “Embarquede Prático” restricted the range ofobjectives since it referred to a specificaction of a pilot, i.e. boarding a ship.Since the trademark ‘Práticos' (Pilots)had already been registered, the name'Rumos Práticos' was decided upon.It is an expression used when carryingout the profession and provides anampler horizon in regard to thedesired communication.

Issue 9 of 2003 contained a noteexplaining to the reader that CONAPRAhad been given a new visual identity.Since then the Pilots' Association hasbeen depicted as a globe in which thewords 'order and progress' of theBrazilian flag are replaced by the ‘Hotelflag’(*). At that time the periodical wasbaptized 'Rumos Práticos'. Thecurrent logo of the Council wasincorporated in the new name.

Questioned on Brazilian pilotage today,he commented the following:

_ It is an activity inserted in Brazil'slegal structure as an important elementwith a well defined role. Our legalbusiness model, encompassing strictrequirements for recruiting pilots, is oneof the most modern in the world. It isthe best option.

Regarding the future, he believes thatupdating and perfecting the technicalknow-how of pilots in line withinternational standards is essentialfor maintaining the good standing ofthe profession.

(*) According to the international signalcode, 'Hotel flag' indicates 'pilotaboard'. It is hoisted as soon as apilot embarks on a ship to carry outhis activities.

(the article 'Profile of a Magazine'continues in the next issue)

especialspecial feature

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environment”at the São Se-

bastião Pilots.A t the t ime

we were alreadycogitating publishing

a magazine, but didnot yet have the

necessary know-how _

he recalls, adding thata director of the Ports and CoastsDirectorate went as far as making funof his zeal, calling him the equivalent of“do gooder” at a meeting.

At any rate, all this served as a kindof training for one of the mainsegments of the periodical's editorialline. The text was to convey themessage of the importance of pilotsin preserving the environment, whilethe illustrations would depict theharmonious coexistence of shippingand environmental surroundings.

Strategically, for instance, the photo onthe cover of issue number 8 _ two shipsin the São Sebastião Channel in thebackground, and in the foreground partof the coast of llhabela, state of SãoPaulo, with its flowers, stones, plantsand clear water _ symbolized abalanced relationship between theenvironment and shipping activities.

That same number, reinforcing thismessage, carried an article signed bythe then Environment Manager of theDirectorate of Ports and Coasts, FrancisFixel. It contained the following extractfrom Article 225 of the BrazilianConstitution of l988:

“Everyone has the right to aneco log i ca l l y ba lancedenvironment, a good thatis of common use of thepeople and essential toa healthy quality of life;the Administration andthe collectivity have theobligation to defend andpreserve it for current andfuture generations”.

Until its fifth edition,CONAPRA’s magazine included a section entitled “Message for Pilots”,

an editorial containing a message to pilots.The existentialist tone in the message of issue 4,

transcended the professional sphere as you can see:

Message to the PilotsTrue joy.

This is the true joy in life,the being used for a purpose recognised by yourself

as a mighty one,the being a force of nature instead of

a feverish selfish little clod of ailments and grievancescomplaining that the world will not devote itself

to making me happy.I am of the opinion that my life belongs

to the whole community and, as long as I live,it is my privilege to do for it whatever I can.I want to be thoroughly used up when I die,

for the harder I work, the more I live.I rejoice in life for its own sake.Life is no “brief candle” to me.

It is a sort of splendid torch whichI have a hold of for the moment,

and I want to make it burn as brightly as possiblebefore handing it to future generations.

George Bernard Shaw, Irish writer and playwright(1856-1950)

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Até agora foram publicadas 19 ediçõesda revista do CONAPRA. A capa do último

número é uma compilação de todos asedições da revista, uma maneira de mostrar

ao leitor como a publicação evoluiudo ponto de vista gráfico.

Em relação ao conteúdo, sua abrangênciaaumentou, mas os princípios da profissão

continuam presentes, firmes e fortes.Para conferir, embarque na “Rumos Práticos”.

So far, 19 editions of the CONAPRA magazinehave been published. The cover of the latest

issue is a collection of all past editions ofthe magazine, a way of showing the reader

how the periodical has evolved from agraphic point of view. The scope of its

contents has increased, but the principles ofthe profession are still present as firm as

ever. To check this, just step on boardthe “Rumos Práticos”.

The pilot as an elementof history

Hermann also believes the historicalperspective to be fundamental. Whenreading the magazine, the pilot shouldrealize how ancient his profession isand understand that commitment isnecessary to perpetuate it throughoutthe years. He should, above all, feel thathe is part of a breed of professionalsthat has always been and alwayswill be essential to society and thatthis is a tremendous responsibility hemust shoulder.

In this case, a picture is worth morethan a thousand words. Let us look, forinstance, at a series of engravings onthe back cover of four consecutiveissues: from number 7 to number 10. Allshowed beautiful illustrations that setthe figure of the pilot in a historicalcontext, such as the sailing ship HMSWolf ready for the pilot to come onboard at Dover, in 1829.

The modern and dynamic layout thatcharacterizes the magazine today isbased on Hermann's concepts. He wasalways concerned with the magazine'sgraphic art. According to him, itspresentation should be very attractiveso as to also capture the interest of apublic that did not peruse it from coverto cover.

To display pilotage as an organizedactivity and promote a positive image ofit among the shipping community,suppliers, and the Navy, was alwaysone of the major editorial objectives.

_ It is still necessary to havethese objectives in mind.The flame must be keptalight and it is thereforeimportant that themagazine give continuityto this project _ repliesHerman when questionedon the importanceof the current “RumosPráticos”.

Aglen McLauchlan:a citizen of the world

Ever since issue number 6, published in2001, Aglen McLauchlan has translatedarticles of the CONAPRA magazine.Born in Austria, Aglen was brought upin England. During WW 2, her familycame to Brazil where her father openeda timber export business.

Aglen, a widow, is a naturalizedBrazilian. She was married for over fiftyyears to Peter McLauchlan, a Scot, withwhom she had two sons: Rodney whohas made his home in the US, andChristopher who lives in Rio. She greatlyenjoys her seven grandchildren whenevershe has a chance to see them. After beinga secretary at Esso for many years, Aglenchanged her profession to translatorand specialized in congress work.

When translating texts for theCONAPRA periodical, she makes surethey don't sound like translations sothat English speaking readers feel theyhad been written in their nativelanguage. In her free time she likesto play bridge with friends or attournaments in her club.

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encontros internacionaisinternational conferences

encontros internacionaisinternational conferences

NAV 52 _ o NAVda eletrônicaNAV 52 _ o NAVda eletrônicaA 52ª sessão do subcomitê de Segurança da Navegação, o NAV 52, poderia tersido chamada de e-NAV. Todos os principais assuntos debatidos diziam respeito àeletrônica aplicada na navegação.

Mais uma vez, a delegação brasileira mostrou-se preocupada com o estudo emandamento do Sistema Eletrônico de Apresentação de Cartas e Informações(ECDIS). Estava em curso uma proposta elaborada por alguns países visando àimediata implementação do ECDIS nos navios.

Se a data estipulada pela Organização Marítima Internacional (IMO) para o início da utilização do equipamento fosse ante-cipada, a Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) da Marinha do Brasil não teria tempo de preparar todas ascartas eletrônicas necessárias para a implementação do sistema, o que obrigaria o Brasil a contratar umórgão internacional para a confecção do material. Dois grupos de trabalho trataram desse assuntoe dois oficiais da DHN acompanharam-os. Felizmente, o prazo não foi alterado.

Outro documento, dessa vez de interesse dos práticos, falava sobre o Sistema dePassadiço Integrado (IBS), que está diretamente ligado ao Sistema de NavegaçãoIntegrada (INS). Como o INS congrega todos os equipamentos do passadiço, era impor-tante registrar no documento que o sistema seria usado pelo “time de passadiço epráticos”. O “e práticos” garante que serão consideradas as necessidades do prático ereforça o conceito de que o prático não faz parte do time do passadiço, mas se integra a ele.

E-navegation

“E-navegation” é uma expressão que em breve será incorporada à linguagem que envolve o trabalho do prático.Nessa sessão do NAV estabeleceu-se um grupo de trabalho para estudar e desenvolver os conceitos para umanavegação apoiada em eletrônica em larga escala. As funções do E-Navegation Correspondence WorkingGroup (grupo de estudo por correspondência para a e-navegação) serão, entre outras, definir o conceito dee-navegação em termos de propósito, componentes, limitações e arquitetura. Certamente, nos próxi-mos anos, vamos começar a nos familiarizar com os detalhes e conceitos da e-navegação.

Também foram debatidos os padrões dos equipamentos de navios para a recepção doGalileo. Em fase final de implementação, prevista para 2011, Galileo é o sistemaeuropeu de navegação por satélite. Semelhante ao GPS, porém totalmentedesvinculado das forças armadas norte-americanas, o sistema poderá ser usadoisoladamente ou em redundância ao GPS. A definição de seus padrões é fundamentalpara que a indústria eletrônica possa desenvolvê-lo e construí-lo.

Seguramente, no próximo ciclo do ATPR, o Conselho Técnico do CONAPRA fará muitasatualizações relacionadas ao tema “novos recursos de passadiço”.

NAV 52 _ A Committee of eletronicsNAV 52 _ A Committee of eletronics

The 52nd session of the Safety of Navigation Subcommittee, the NAV 52, could easily have been called the“e-NAV”. All major subjects under discussion referred to electronics applied to shipping.

The Brazilian delegation once again showed concern regarding the ongoing study of the Electronic System of Displayof Charts and Information (ECDIS). A proposal which suggested an early implementation of ECDIS on ships had been

submitted by some countries and was on the table for discussion.

If the date stipulated by the IMO for starting the use of the equipment were put forward, the Diretoria de Hidrografia eNavegação (DHN) (Board of Hydrography and Navigation) of the Brazilian Navy would not have sufficient time to

prepare all the electronic charts needed for implementing the system. This would oblige Brazil to contract aninternational organization to provide the material. Two work groups dealt with this matter and two officers of the

DHN followed up on the work. Luckily, the date remained unaltered.

Another document, this one of interest to pilots, dealt with the Integrated Bridge System (IBS) which is directlyconnected to the Integrated Navigation System (INS). Since the INS covers all the bridge equipment, it was important

to record on the document that the system would be used by the “bridge team and pilots”. The “and pilots” ensures thatthe pilots' needs will be considered and stresses the concept that the pilot is not part of the bridge team, althoughintegrated with it.

E-navigation

“E-navigation” is an expression that will soon be incorporated into the language that involvesthe services of pilots. At this session of the NAV, a working group was appointed to study and

develop the concepts for navigation largely supported by electronics. The E-NavigationCorrespondence Working Group will, among other tasks, have to define the e-navigation concept in

terms of purpose, components, limitations and architecture. Doubtless, we will within the next fewyears start to become familiar with the details and concepts of e-navigation.

Standards of equipment used on ships for capturing Gallieo were another topic under discussion. Galileo isthe European system of navigation by satellite forecast for 2011, but now in its final stage of implementation.

Similarly to the GPS, but totally unconnected from the U.S. armed forces, it will be possible to use the systemon its own or in parallel with the GPS. Defining its standards is basic for the electronics industry to develop and

build it.

Undoubtedly, the Technical Council of CONAPRA will have to do much updating at the next Refresher Course for Pilots(ATPR) in relation to the “new bridge resources”.

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E-navigationE-navegation

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55ª reunião do comitêexecutivo da IMPAMembros da International MaritimePilots' Association (IMPA) se reuniramem 22 e 23 de julho para a realização da55ª reunião do comitê executivo e doconselho consultivo da entidade. Alémde todos os membros do comitê edo conselho, estavam presentes osfuncionários Nick Cutmore e CaronJames, do staff da associação.

Normalmente os encontros são realiza-dos na sede da IMPA, em Londres. Porser a última sessão presidida peloprático britânico Geoffrey Taylor (atualpresidente da IMPA), optou-se porrealizá-la em Middlesbrough, norte daInglaterra, onde ele atuou ao longo detoda a sua carreira de prático. Ostrabalhos aconteceram no edifício sededo Porto de Tees, região mais do quefamiliar para Geoff, como é maisconhecido. Ele irá se despedir dasatividades da IMPA e da praticagem nofinal de 2006, quando se aposentará.

Na ocasião, foram apresentados osrelatórios dos diversos eventos dosquais a IMPA participou durante oprimeiro semestre de 2006: Congressoda Associação Internacional deCapitães dos Portos, na República deMalta; 16ª Conferência da IALA, emShangai; 31º Congresso da PIANC, emEstoril; fundação da AssociaçãoNigeriana de Práticos, em Lagos; eReunião da ISO, em Trondheim.

Geoff comentou que durante a conferên-cia da IALA houve um encontro comrepresentantes da Associação Japone-sa de Práticos (JPA), ocasião na qual foioferecida uma placa em reconhecimentoao suporte oferecido pela JPA ao longodos anos em que é associada à IMPA.

organizar as propostas dos diversospaíses membros para alterar as normasda IMO relacionadas ao dispositivo detransbordo de prático. O documentoserá apresentado na reunião MSC 82,na Turquia, pelas delegações dosEstados Unidos e do Brasil, emnovembro e dezembro deste ano. Aidéia é acelerar o processo de formaque a proposta seja aprovada naassembléia geral da IMO, em 2009.

Como de hábito, analisou-se o orça-mento e o balanço semestral daorganização e algumas decisões foramtomadas visando a manter o equilíbrioentre a receita e as despesas.

A notícia de que a nova legislaçãodinamarquesa admite a possibilidadede concorrência na privatização dosserviços de praticagem foi vista comapreensão, já que a IMPA se posicionacontra esse tipo de prática.

Da mesma forma, os resultados dostrabalhos realizados pelos comitês esubcomitês da IMO durante os encon-tros STW 37, DE 49, MEPC 54, MSC 81e FSI 14 estiveram na pauta da reunião.Os membros da IMPA encarregados daapresentação se ativeram aos desdo-bramentos das decisões que envolviama atividade de praticagem.

Foram aprovadas as negociaçõesem curso com a IALA, a PIANC e aEMPA para a elaboração de ummemorando de entendimento quefacilite as relações entre essasentidades, estimule atividades emcomum e reduza os custos de partici-pação de cada uma nos eventos pro-movidos pelas demais organizações.

Posteriormente, aprovou-se oconjunto de documentos elaboradoaté agora para o desenvolvimentodo plano estratégico da IMPA,trabalho coor-denado pelovice-presidenteOtavio Frago-so. O resulta-do final serásubmetido àassembléia denovembro, queserá realizadadurante o 18ºCongresso daIMPA, em Cuba.

Os membrosdo comitê e doconselho ratificaram o documentodesenvolvido pelo grupo de trabalholiderado pelo vice-presidente MikeWatson. Mike é o responsável por

Members of the International MaritimePilots' Association (IMPA) met on July22 and 23 to hold the 55th meeting ofthe executive committee and of theentity's advisory council. Aside from thecommittee and council members, NickCutmore and Caron James from IMPA'sstaff were present.

Meetings are usually held at the IMPAheadquarters in London, but since thiswas the last event chaired by GeoffreyTaylor (IMPA's current chairman), thevenue was changed to Middlesbroughin the north of England where Mr. Taylorworked throughout his entire career asa pilot. The sessions took place in theboardroom of the Tees Port headquarters.This particular port is very well knownto Geoff, as he is commonly called. Hewill retire at the end of 2006, giving uphis IMPA activities.

Reports on various events at which IMPAtook part during the first semester of 2006were submitted: on the Congressof the International Association ofHarbormasters, in the Republic of Malta;the 16th Conference of the InternationalAssociation of Lighthouse Authorities(IALA), in Shanghai; the 31st Congress ofthe Permanent International Associationof Navigation Congresses (PIANC), inEstoril; the foundation of the NigerianAssociation of Pilots, in Lagos; and theInternational Standards Organization(ISO) Meeting, in Trondheim.

Geoff mentioned a meeting with repre-sentatives of the Japanese PilotsAssociation (JPA) held during the IALAconference. On that occasion, the JPAhad given him a commemorative plaquein gratitude for his support throughoutthe years of its IMPA membership.

The committee and council membersratified the document drawn up by theworking group headed by Vice PresidentMike Watson. Mr. Watson is responsiblefor cataloging the suggestions of thevarious member states regardingalterations of IMO norms referring toarrangements for pilots transferringfrom boats to ships. The documentwill be submitted at the MSC 82meeting in Turkey by the delegationsfrom the United States and Brazil inNovember and December this year. Thisis intended to speed up the process, sothat the chosen suggestion can beapproved at the IMO general assemblyin 2009.

As usual, the budget and half-yearlybalance sheet of the organizationwere studied. Some decisions weretaken aiming at a continued balancein the books between revenuesand expenditures.

The news that the new Danishlegislation admits calling for bids forprivatizing pilotage services causedconsternation since the IMPA takes astand contrary to this practice.

The results of the work carried out bythe International Maritime Organization(IMO) committees and subcommitteesduring the STW 37, DE 49, MEPC 54,MSC 81 and FSI 14 were another itemon the agenda. The members of IMPA incharge of the presentation confinedthemselves to discussing the decisionsthat referred to pilot activities.

Negotiations continue underway withIALA, PIANC and the EuropeanMaritime Pilots' Association (EMPA)for drawing up a memorandum ofunderstanding that would facilitaterelations among these entities, fosterjoint activities, and reduce the costs ofeach one's participation at eventspromoted by other organizations.

Later, the set of documents prepared sofar for IMPA's strategic plan wereapproved. This work is coordinated byVice President Otavio Fragoso. The finalresult will be submitted to theNovember assembly held during IMPA's18th Conference in Cuba.

55th meeting of IMPA's ExecutiveCommittee

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EXECUTIVOS DA IMPA SE REÚNEMEM MIDDLESBROUGH

IMPA EXECUTIVES MEET IN MIDDLESBROUGH

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SALA DA DIRETORIA DO PORTO DE TEESTEES PORT BOARDROOM

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encontros internacionaisinternational meetings

encontros internacionaisinternational meetings

Em 2000, no período de realização dasreuniões do subcomitê de Segurançada Navegação da IMO (NAV), a IMPAofereceu um coquetel para celebrar os30 anos de sua fundação. A comemo-ração fez tanto sucesso que o entãopresidente da associação, MichelPouliot, resolveu repeti-la todos osanos, sempre durante os trabalhosdesse subcomitê _ o de maior relevânciapara a atividade dos práticos.

A festa acontece a bordo do navioWellington, sede da IMPA, que ficaatracado em Temple Stairs, às margensdo Rio Tâmisa. São convidadas maisou menos 200 pessoas de váriasdelegações que, depois dos exaus-tivos trabalhos do NAV, aproveitampara confraternizar. Os membros dadelegação brasileira estão entre osconvidados e costumam prestigiar oevento que virou garantia de animação.

Festa no Wellington durante o NAV-IMOvirou sinônimo de animação

Reception on board the Wellington during the

NAV-IMO meeting is synonymous with enjoyment

In 2000, at the time when the Safety ofNavigation (NAV) subcommittee of theInternational Maritime Organizationwas holding its meetings, theInternational Maritime Pilots'Association (IMPA) hosted a receptionto celebrate its 30th anniversary. Theparty was such a success that the thenpresident of the association, M. MichelPouliot, decided to repeat it annually,always during meetings of thissubcommittee _ the most important forpilot activities.

The reception takes place on board theWellington, IMPA's headquarters,moored at Temple Stairs on the riverThames. Approximately 200 peoplefrom various delegations are invitedand they, relaxing after hard work,fraternize with their peers. The membersof the Brazilian delegation are amongthe guests of the event which hasbecome famous for its conviviality.

GEOFF TAYLOR DISCURSAGEOFF TAYLOR GIVING HIS SPEECH

BRUCE RICHARDSON, AUTORIDADE PORTUÁRIA DO PORTO DE LONDRES, (À ESQ.)E EFTHIMIOS MITROPOULOS, SECRETÁRIO-GERAL DA IMO, (DE PERFIL)

BRUCE RICHARDSON, CHIEF HARBORMASTER, PORT OF LONDON AUTHORITY (LEFT)AND EFTHIMIOS MITROPOULOS, SECRETARY GENERAL OF IMO (IN PROFILE)

CLAUDE HUAUT, EX-PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO FRANCESA DE PRÁTICOS, (À ESQ.)E SIMON PELLETIER, PRESIDENTE DA CORPORAÇÃO DE PRÁTICOS DO BAIXO SÃO LOURENÇO, CANADÁ

CLAUDE HUAUT, FORMER PRESIDENT OF THE FRENCH FEDERATION OF MARITIME PILOTS (LEFT),AND SIMON PELLETIER, PRESIDENT OF THE BAS SAINT-LAURENT PILOT CORPORATION (CANADA)

IMPA created a site for the Cuba congress

The site www.impa2006.cu provides all necessaryinformation on IMPA’s XVIII Congress which will be heldin Havana from November 20 to 24. Registrations canbe made on line.

The panel “Training and Updating for Maritime Pilots _ theBrazilian Experience” broaches the refresher course forpilots created by the Brazilian Pilots’ Association inaccordance with resolution A 960 issued by IMO. The presentation will be made by one of CONAPRA’s directors.

During the event IMPA will elect new executives. Below are the candidates' profilesand the posts for which they compete:

president: Michael Watson (USA) and Steve Pelecanos (Australia)

senior vice-president: Otavio Fragoso (Brazil) and Cahit Istikbal (Turkey)

vice-presidents (three openings): Cahit Istikbal (Turkey), Rodolphe Striga(France), Don Cockrill (Great Britain), Luc Van Zandycke (Belgium), Simon Pelletier(Canada), Gweek Bok Lee (Korea), Stig Thomsen (Denmark), Jan Martin Cobeaga(Spain) and Dieter Blöchl (Germany)

IMPA criou site especial para o congresso de Cuba

O site www.impa2006.cu traz todas as informações sobre o 18ºCongresso da IMPA, que acontecerá de 20 a 24 de novembro,em Havana. As inscrições podem ser feitas online.

O painel Training and Updating for Maritime Pilots _ theBrazilian Experience abordará o curso de atualização depráticos criado pelo Conselho Nacional de Praticagem emconformidade com a resolução A 960 da IMO. A apresentaçãoserá realizada por um dos diretores do CONAPRA.

Durante o evento, serão eleitos os novos executivos da IMPA. Conheça os candidatos e os cargos aos quais eles concorrem:

presidente: Michael Watson (EUA) e Steve Pelecanos (Austrália)

vice-presidente sênior: Otavio Fragoso (Brasil) e Cahit Istikbal (Turquia)

vice-presidente (3 vagas): Cahit Istikbal (Turquia), Rodolphe Striga (França), Don Cockrill(Reino Unido), Luc Van Zandycke (Bélgica), Simon Pelletier (Canadá), Gweek Bok Lee (Coréia),Stig Thomsen (Dinamarca), Juan Martin Cobeaga (Espanha) e Dieter Blöchl (Alemanha)

OS SUECOS BERTIL HAMMARGREN (À ESQ.)E PER CARLSSON, QUE SUBSTITUIRÁ BERTIL

COMO DELEGADO DA IMPA/EMPASWEDES PER CARLSSON WHO WILL TAKE OVER

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Após dois anos de estudos, analisandosugestões de diversos países membros,inclusive as do Brasil, um grupo detrabalho formado por representantes docomitê executivo e do conselho consul-tivo da IMPA concluiu a proposta dealteração do Regulamento V / 23 doSolas* e da Resolução A 889 (21) daIMO. A IMPA participa dos trabalhosda IMO na condição de organizaçãonão-governamental e, por isso, nãopode apresentar propostas aos comitês,pode apenas apoiar aquelas apresen-tadas por países membros.

A delegação dos Estados Unidos, queaceitou patrocinar a iniciativa, apresen-tará a proposta na 82ª sessão do MSC(Comitê de Segurança Marítima), com oapoio da delegação do Brasil e daprópria IMPA, ainda este ano. Como asede da IMO em Londres está em obras,a reunião será realizada em Istambul.Se o documento for aceito, deverá serencaminhado aos subcomitês NAV(Segurança da Navegação) e DE(Projeto e Equipamento de Navio) paraanálise e, finalmente, à assembléiageral da IMO, para aprovação, em 2009.

O assunto transbordo de práticos foidiscutido recentemente na IMO emfunção de documentos apresentadospelos países membros Coréia,Austrália e Canadá na reunião DE 49.Todos tratavam basicamente dospadrões de construção e vistoriadas escadas de portaló. Porém, aolongo dos debates, vieram à tonaquestões relacionadas à escada dequebra-peito (ou de prático), temaque acabou predominando nas

IMPA apresenta propostade mudanças em dispositivopara transbordo de prático

intervenções dos diversos participantesdo encontro.

A proposta da IMPA soluciona algumas dasquestões apresentadas naquela ocasião,além de outras que envolvem riscos levan-tados pelo grupo de trabalho ao longo dosúltimos dois anos. Veja a seguir as principaisalterações sugeridas:

1) fixação das escadas de portaló ao costadoquando escadas combinadas são utilizadaspara o embarque;

2) proibição definitiva do uso de pilot hoist;;

3) proibição do uso de portas abrindo parafora quando portas de resbordo sãoutilizadas;

4) limitação da distância vertical entre osdegraus da escada de prático para ointervalo 300 mm/350 mm;

5) instalação obrigatória de estabilizadoresna fixação dos degraus da escada de prático para evitar a torção dos degraus;

6) alteração do ângulo máximo da escada de portaló, quando combinada com a escadade prático, de 55º para 45º, para tornar o acesso mais fácil e seguro;

7) alteração da distância vertical entre a plataforma inferior da escada de portaló e oprimeiro degrau da escada de prático quando combinadas de, entre 3 m e 7 m, para, nomínimo, 5 m;

8) estabelecimento da largura da escada de portaló usada em combinação com aescada de prático para no mínimo 600 mm;

9) definição da distância horizontal entre a plataforma inferior da escada de portaló e aescada de quebra-peito, quando combinadas, para o intervalo 100 mm/200 mm.

*International Convention for Safety of Life at Sea

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IMPA submits proposal on changes in

pilot transfer arrangementsAfter spending two years studying thesuggestions submitted by variousmember states, including Brazil, a workinggroup consisting of representativesof the executive and the advisorycommittees of IMPA concluded itsproposal for altering Regulation V/23 ofSolas* and Resolution A 889(21) of IMO.IMPA is involved in the work carriedout by IMO as a non-governmentalorganization and, therefore, may notsubmit proposals to the organization;it is only authorized to second thosesubmitted by member countries.

The US delegation which agreed tosponsor the initiative, will submit themotion this year at the 82nd sessionof the Maritime Safety Committee(MSC), with the backing of the Braziliandelegation and IMPA itself. Since theIMO headquarters in London are under-going a reform, the meeting will be heldin Istanbul. If the document is accepted,it will be sent to the Safety ofNavigation (NAV) and the Ship Designand Equipment (DE) sub-committees forstudy and, finally, to IMO's generalassembly in 2009, for approval.

The question of pilot transfers wasrecently discussed at IMO, due todocuments submitted by membercountries Korea, Australia and Canadaat the DE 49 meeting. All of them dealtbasically with specification standardsand inspection of the accommodationladders. During the debates, sugges-tions were put forth regarding pilotladders, and this topic ended up bypredominating during the discussions.

The IMPA proposal solves some of thequestions submitted on this occasion,as well as others that involve the risksbrought to light by the work group overthe past two years. Here are some ofthe changes suggested:

1) fixing the accommodation ladder tothe ship's side when combined laddersare used for boarding;

2) mandatory prohibition of using thepilot hoist;

3) ban on using outward opening doorswhen ship side doors are used;

4) limiting the vertical space betweenthe steps of the pilot ladder to 300/350mm;

5) obligatory installation of stepfixtures to stabilize steps of pilotladders and avoid their torsion;

6) alteration of the maximum angle ofthe accommodation ladders whencombined with the pilot ladder, from 55ºto 45° in order to make access easierand safer;

7) alteration of the clearance levelbetween the lower platform of theaccommodation ladder and the firststep of the pilot ladder when combined,from between 3 m and 7 m to aminimum of 5 m;

8) establishing the width of theaccommodation ladder used togetherwith the pilot ladder at a minimum of600 mm;

9) establishing the horizontal distancebetween the lower platform of theaccommodation ladder and the pilotladder when combined, at 100/200 mm.

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Page 18: Revista Rumos 19.pdf

em nossa profissão seria ada informática.

Segundo Christopher Alexander, “cadapattern descreve um problema queocorre repetidamente em nosso ambi-ente e, então, descreve um conjunto desoluções para esse problema, demaneira que você possa usar essasolução um milhão de vezes sem o fazerda mesma maneira duas vezes”1. Nainformática, a idéia é capturar experiên-cias comprovadamente corretas emdesenvolvimento de software e ajudar apromover a prática de projeto correto.Cada pattern trabalha com um proble-ma específico e recorrente no projetoou na implementação de softwares.

A beleza dessa definição está nasingela palavra “descrição”. Em infor-mática, um padrão não é a soluçãoimplementada de um problema, mas,sim, a descrição de um conjunto depossíveis soluções para o problemadescrito. Um padrão indica o problemae descreve a solução. Caberá àqueleque se propõe a implementar a solução_ ao programador ou ao analista desistemas _ implementá-la de acordo comsua necessidade e suas possibilidades.

A proposta:aplicabilidade x necessidade

Compreendido o que se sugere com oconceito de padrão, vamos discutir aproposta sugerida pelo Conselho Técnicode se desenvolver padrões básicos deresposta a situações de emergência,que serviriam como parâmetros para aimplementação nas praticagens, bemcomo as contra-argumentações atéentão expostas.

Motivações

No último curso ATPR2 que tive a opor-tunidade de participar como instrutor,muito se discutiu acerca das situaçõesde emergência ali simuladas. Uma dasponderações foi sobre a necessidade dese criar procedimentos operacionaispara cada uma das praticagens. Naquelemomento, minha contra-argumentaçãolevou em consideração apenas asimpossibilidades técnicas de se deslo-car membros do Conselho Técnico doCONAPRA para as várias ZPs a fim decoletar informações e, após isso, discu-ti-las com os membros de cada uma daspraticagens, para depois criar normastécnicas baseadas nesses dados.

Entretanto, essa é apenas uma das jus-tificativas. Não é técnica, mas tãosomente operacional e, ainda que tenhacessado a discussão, pode não ter sidosuficiente para explicar a importânciado desenvolvimento de padrões opera-cionais básicos que cubram situaçõesemergenciais com as quais um práticopode se deparar no passadiço. Apósrepensar os acontecimentos, me convencida necessidade de se justificar melhor oporquê da criação de tais padrões edessa reflexão surgiu este artigo.

Introdução

Imaginemos dois ou três prédios quais-quer. Com certeza, a despeito dasdiferenças de materiais de construçãoou do luxo de seus acabamentos, todosguardam entre si algumas similaridades.Normalmente, por exemplo, portas debanheiros não são construídas emfrente a portas de quartos. Mas, se issoocorrer, as portas devem abrir de modo

tal que a pessoa que saia do quarto nãoconsiga ver quem estiver dentro dobanheiro, caso tenha deixado acidental-mente a porta aberta. Essa e outras tantascaracterísticas comuns não ocorremporque arquitetos e engenheiros estu-dam as mesmas matérias. Isso sãopadrões. E esse não é um conceito novo.

O conceito de padrão de desenvolvi-mento surgiu no final da década de 70,quando o arquiteto americanoChristopher Alexander, percebendo quetodas as construções de edifíciosfuncionais e confortáveis possuíamalgumas características em comum,resolveu catalogar essas soluções emseu livro The Timeless Way ofBuilding. Esses padrões de desenvolvi-mento de projetos sofreram algumasadaptações com as construções moder-nas, mas ainda hoje norteiam a criaçãode projetos.

Outras áreas já se aproveitaram desseconceito. Podemos pensar em medicina,direito, engenharia ou qualquer outraárea, todas têm seus padrões. Na áreade engenharia de software, por exemplo,em 1994, influenciados pelos conceitosde Alexander e liderados por ErichGamma, a GoF (Gang of Four) _ formadapor Erich Gamma, Richard Helm, RalphJohnson e John Vlissides _ publicou olivro que deu origem à onda dos patternsna área de informática: Design Patterns:Elements of Reusable Object-OrientedSoftware. O primeiro catálogo bemdescrito sobre patterns de projeto paraprogramas orientados para objeto.Depois seguiram-se obras de outros auto-res, publicações, papers, conferências etc.

A definição que melhor englobaa possível aplicação de padrões

profissão

34 35

profissão

A proposta do Conselho Técnico éproduzir um padrão no sentido literalda palavra, isto é, descrever para cadasituação de emergência consideradaum conjunto de soluções possíveis combase nas experiências do maior númeropossível de práticos. É nesse ponto quesurge a primeira pergunta: esse padrãose aplicaria a mim?

A palavra-chave nesse conceito nãoé “padrão” ou “emergência”, mas“descrição”. Um padrão, como expli-camos, não é a implementação de umasolução, mas tão somente a descrição,em linhas gerais, de soluções possíveis,testadas e comprovadas pela grandemaioria. Esses padrões, gerais, seriam,por conceito, utilizados como origempara a criação de padrões locais. Dessemodo, os padrões se aplicariam aqualquer praticagem. No universo dasmanobras de navios, os problemas, bemcomo as possíveis soluções, se repetem.As implementações podem até se dife-renciar, mas as respostas são similares.

Definida a real intenção e o objetivo dadefinição dos padrões, surge a questãoda necessidade. É necessária a existên-cia desses procedimentos padronizados?Em que isso melhora a praticagem?

Um de meus professores uma vez definiuprocedimento como “a única maneira dese entrar em um armário, nu, de olhosvendados, e sair corretamente vestido”.A padronização de procedimentos emuma zona de praticagem traz benefíciosdiretos e indiretos. Como benefíciosdiretos, podemos citar o melhor geren-ciamento do risco, pois “não há outromeio de os marítimos avaliarem todosos fatores que podem afetar a segu-rança dos movimentos do navio a nãoser através do seu julgamento profis-sional. Suas respostas a ameaçasrefletem sua experiência e competênciaprofissional acumuladas, além de pro-gramas de gerenciamento de risco (...)”2.

De fato, “a maioria, se não todas, dasassociações de praticagem (...) seguem conceitos de desenvolvimento profis-

dos às praticagens de maneira geral,como forma de melhoria dos serviçosprestados e do gerenciamento do riscoinerente às manobras.

Conclusões

Por parâmetros, padrões, não seentende a limitação da individualidade.Que isso fique claro. Esses padrõeslimitam-se a estabelecer normas geraispara a criação de procedimentos locaispara o gerenciamento de situações derisco, bem como para o estabelecimen-to de passos para a tomada de decisõesem situações emergenciais.

Com o aumento dos navios, as maioresnecessidades econômicas, a exigênciada sociedade produtiva de meios deescoamento da produção, a praticagemtorna-se o ponto central da discussão _

novamente. Uma pressão maior nos éimposta, navios maiores são manobra-dos em situações cada vez mais restri-tas e os riscos, cada vez maiores. A nóscabe lidar com essa situação da melhormaneira possível. Nesse ponto, o esta-belecimento de parâmetros gerais decomportamento é o primeiro passo parao fortalecimento da profissão. Atravésda discussão necessária para a deter-minação desses padrões, identificam-se os fatores geradores de risco, os“quase-erros” que, em sucessão, geramum acidente. E o prático é o pontocentral dessa discussão.

O treinamento em situações deemergência, a determinação de padrõesgerais de comportamento perante taissituações e a melhora contínua profis-sional e das práticas operacionais sãométodos eficientes para a redução dorisco de acidentes e, conseqüentemente,para a manutenção de nossa profissão.

André LuisVasconcellos deMello é prático

instrutor docurso ATPR

do CONAPRA

sional similares. Elementos fundamen-tais incluem treinamentos prévios sobreo serviço marítimo ou aprendizagensequivalentes, além de uma familiariza-ção extrema com rotas de praticagem,comportamento e manobrabilidade denavios. Nenhum desses grupos, entre-tanto, possui requerimentos para odesenvolvimento de habilidades emmanobras de emergência ou em tomadade decisões antes da habilitação doprático e poucos levam em consideraçãoa necessidade de desenvolvimento doprofissional. Práticos (...) geralmentepossuem as habilidades de manobranecessárias para lidar com emergênciasdevido a perda de máquina ou lemee para reagir a situações extremasnas manobras. Entretanto, capacidadesindividuais para tomada de decisãosobre situações de estresse têm sidodesenvolvidas em situações reais, emvez de haver uma preparação antecipadaavançada, como em centros de simu-lação. Assim, ainda que um prático (...)possua as habilidades de manobranecessárias, pode ter que aprendercomo pensar em cenários de emergên-cia, determinar manobras de emergênciae tomar decisões críticas sob o estressede uma situação real. Se a habilidade delidar com emergências não tiver sidodesenvolvida antecipadamente, o tempode reação pode ser maior, prejudicandoa eficácia da decisão, aumentando aprobabilidade do prático (...) não alcan-çar os resultados necessários”3.

Como benefícios indiretos à implemen-tação da padronização de procedimen-tos, podemos citar o melhor entrosa-mento do prático com o restante dotime do passadiço, pois, uma vez quetodos os práticos dentro de uma mesmaZP trabalham sob padrões similares,haveria sobre o passadiço uma maiorcompreensão dos passos da manobra.Isso facilitaria a comunicação entre aspartes e, conseqüentemente, reduziriao risco de acidentes decorrentes dafalta de entendimento.

Os padrões adaptados a cada ZP são,portanto, não só aplicáveis, mas indica-

A importância da adoção depadrões operacionais pela praticagempadrões operacionais

André Luis Vasconcellos de Mello

1 AAMOD, Sane. Patterns homepage. Disponível na internet no endereço http://www.modelmakertools.com/modelmaker/design-patterns.html 2 National Research Council (U.S.). Committee on Advances in Navigation and Piloting Minding The Helm: marine navigation and piloting, p. 159

3 National Research Council (U.S.). Committee on Advances in Navigation and Piloting Minding The Helm: marine navigation and piloting, p. 140

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Novos diretores tomaram posse na ANTAQ

Em 27 de julho, Murillo de Moraes Barbosa e Décio MauroRodrigues da Cunha tomaram posse como diretores da AgênciaNacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), em Brasília.

Estiveram presentes à cerimônia o ministro dos Transportes, PauloSérgio Passos, o ministro das Cidades, Márcio Fortes de Almeida,o comandante da Marinha do Brasil, Roberto de Guimarães Carvalho, e o diretor-geral da ANTAQ, Fernando Fialho.O CONAPRA foi representado pelo diretor Paulo de Figueiredo Ferraz Júnior.

Em seus discursos os novos diretores enfatizaram a necessidade de se adaptar a legislação atual brasileira de forma aagilizar as reformas necessárias para o desenvolvimento dos setores portuário e de transporte aquaviário, incluindo acabotagem nacional, cuja frota é reduzida e tem idade média superior a 20 anos.

Sistema Kuruka

Preocupado com os acidentes que ocorrem quando o prático passa da lancha depraticagem para o navio, ou vice-versa, o práticoFernando Mello Rocha, da Bahia Pilots, desenvolveuum sistema de escada que substitui a escada dequebra-peito e a escada de portaló por uma únicaescada interna. Segundo ele, com esse sistema seeliminaria ou se diminuiria consideravelmente osfatores de risco do traslado. Em tempo: na apresen-tação do projeto, ele explica que Kuruka é umapalavra originária do dialeto indígena de uma tribobrasileira que quer dizer forte, seguro e confiável.

Dia Marítimo Mundial IPara comemorar o Dia Marítimo Mundial, a Diretoria de Portos e Costas promoveu um concerto no qual se apre-sentaram a banda sinfônica do corpo de fuzileiros navais e o coral dos oficiais da Marinha e dos alunos do CIAGA.A cerimônia aconteceu em 28 de setembro na Escola Naval do Rio de Janeiro.

Dia Marítimo Mundial IIPromovido pela Honourable Company of Master Mariners e pela IMPA, em parceria com a IMO, um evento em Londres no naviohistórico Wellington marcou oficialmente a comemoração do Dia Marítimo Mundial, em 28 de setembro.

O tema deste ano foi a necessidade de cooperação técnica _ a resposta da IMO à reunião de cúpula de 2005. A abertura da solenidadeficou a cargo do secretário-geral da IMO, Efthimios Mitropoulos. Em seu discurso, ele destacou que a atividade marítima tem umpapel-chave a desempenhar na consecução dos objetivos de desenvolvimento do milênio:

_ O transporte de cargas não movimenta apenas o comércio mundial, mas também contribui substancialmente para o desenvolvimentosustentável, ao mesmo tempo em que o comércio internacional promove a produção e a criação de empregos e uma grandeprosperidade socioeconômica. E a combinação de tudo isso tem, sem dúvida, o potencial de livrar as pessoas da fome e da pobreza etambém de erradicar as doenças que ameaçam a vida _ disse.

Durante a comemoração houve vários tipos de exibições no Wellington : apresentação de simuladores de navegação, telas dinâmicasmostrando a movimentação de navios na costa do Reino Unido, divulgação de informações sobre as carreiras profissionais disponíveisno mar e em terra e dois contêineres repletos de telas interativas. Os visitantes puderam conversar com os membros das tripulaçõesdos diversos navios que participaram do evento.

CorreçãoChama-se José Benedito, e não Carlos Benedito, um dos práticos da PROA que apareceu nas fotos da matéria sobre atualização depráticos da edição número 18.

Tribunal Marítimo:aniversário etransmissão de cargo

A comemoração do 72º aniversário do TribunalMarítimo aconteceu em 7 de agosto, no Rio de

Janeiro. Simultaneamente à celebração, o almirante-de-esquadraWaldemar Nicolau Canellas Júnior transmitiu o cargo de presidente dotribunal ao vice-almirante Luiz Augusto Correia.

DPC retoma processo seletivo

Revogada a liminar concedida a um candidato que ajuizou uma ação contra a Diretoria de Portos e Costas, foi retomado o processoseletivo de praticante de prático para a praticagem do Amapá. A prova escrita e objetiva, que visa a selecionar os 45 melhorescandidatos, aconteceu em 17 de setembro no Centro de Instrução Braz de Aguiar (CIABA), Belém.

O que é praticagem?No DVD produzido pelo CONAPRA os interessados poderão conhecer essa atividade tão impor-

tante para a sociedade, mas tão desconhecida pela população em geral. O filme ficou pronto e já foidistribuído para todas as empresas de praticagem do país. Além de divulgar a profissão, o objetivo doDVD é explicar quais são as funções do Conselho Nacional de Praticagem no âmbito nacional e internacional.

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Page 20: Revista Rumos 19.pdf

NAUTICALINSTITUTE

• Membro Associado:£81(subscrição anual)

+ £20 (inscrição)Para ser aceito como

membro associado, ocandidato deve atender às

seguintes qualificações:• idade mínima de 21 anos

• possuir um certificadoSTCW 78/95 de capitão decabotagem, com limitação

de tonelagem e/ou área,ou um certificado

STCW 78/95 de oficial denáutica, sem limitação de

área, ou um certificadoequivalente, anterior ao

STCW 78/95.

• Associado: £76 (subscrição anual)

+ £20 (inscrição)Para ser aceito como

associado, o candidatodeve atender às

seguintes qualificações:• idade mínima de 18 anos

• possuir um certificadoSTCW 78/95 de oficial denáutica, com limitação de

área, ou um certificadoequivalente, anterior

ao STCW 78/95.

• Empresa:£98 (subscrição anual)

+ £20 (inscrição)

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Planejamento de carreirae recurso de informação:

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Contato no Brasil : Otavio Fragoso – Conselho Nacional de Prat icagemRua da Quitanda, 191 – 6º andar – Centro, Rio de Janeiro/RJ Brasil CEP 20091-005 Tel. (21) 2516-4479

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CATEGORIASDE ASSOCIADOS• Membro:£98 (subscrição anual)+ £20 (inscrição)Para ser aceito comomembro, o candidatodeve atender àsseguintes qualificações: • idade mínimade 24 anos • possuir umcertificado STCW 78/95 decapitão de longo curso, semlimitação de área oulimitação de porte denavios, ou um certificadoequivalente, anterior aoSTCW 78/95, aprovado peloórgão certificador local, ouo título de comandante daMarinha de Guerra ouuma habilitação deprimeira classe, emitida porautoridade de praticagemreconhecida • três anos deexperiência como prático.

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