Revista Sempre Presente - ED 01

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Contextualizar e criar significados na escola. pág. 10 Tecnologia Educação e tecnologia: uma parceria possível Entrevista Com a palavra: Graziely Nunes Ensino de... Arte Por que estudar na escola a arte de nosso tempo? Confira sugestões de atividades exclusivas para todas as disciplinas. Língua Portuguesa Matemática Ciências Naturais História Geografia Arte Ano 1 | 2012 - Nº 1 P r e s e n t e Projeto Muito mais conteúdo para o professor.

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Revista Sempre Presente - ED 01

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Contextualizar e criar signifi cados na escola. pág. 10

TecnologiaEducação e tecnologia: uma parceria possível

EntrevistaCom a palavra: Graziely Nunes

Ensino de... ArtePor que estudar na escola a arte de nosso tempo?

Confi ra sugestões de atividades exclusivas para todas as disciplinas.

Língua Portuguesa • Matemática • Ciências Naturais • História • Geografi a • Arte

Ano 1 | 2012 - Nº 1

PresenteProjeto

Muito mais conteúdo para o professor.

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PRESENTEPROJETO

PresenteProjeto

ENSINO FUNDAMENTAL I

» LÍNGUA PORTUGUESA

» MATEMÁTICA

» CIÊNCIAS NATURAIS

» HISTÓRIA

» GEOGRAFIA

» ARTE

CONHEÇA TAMBÉM: CADERNOS DE ATIVIDADES

» As obras promovem o aprendizado como uma REDE DE CONEXÕES e significados, respeitando as necessidades de cada disciplina, para transformar informações em conhecimento.

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• M

OD

ERN

A

COMPREENDEMOS OS PROFESSORES, OS ALUNOS E AS ESCOLAS E PREPARAMOS ESTE PRESENTE PARA VOCÊ!

Conheça todas as novidades no site:

Sequências didáticas completas permitem ORGANIZAR os conhecimentos e estabelecer redes de significados.

A retomada das representações sociais permite CONTEXTUALIZAR o estudo.

Atividades visam SISTEMATIZAR o aprendizado, aplicando-o a novas situações.

PRESENTE DIGITALAlém de materiais para lousa digital, recursos multimídia exploram histórias clássicas, a cultura brasileira, jogos, animações e muito mais.

www.moderna.com.br/lancamentos

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PRESENTEPROJETO

PresenteProjeto

ENSINO FUNDAMENTAL I

» LÍNGUA PORTUGUESA

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Estamos lançando para você a nova revista do Projeto Presente, totalmente reformulada, com um projeto gráfico atraente e novas

seções, elaborada com todo capricho para servir como um importante instrumento de apoio pedagógico para o seu dia a dia em sala de aula.

A partir de agora, a Revista Sempre Presente trará uma matéria central, que ilustrará sua capa e estará presente na seção Rede de Conhecimento. Nesta edição, o tema Contextualizar e criar significados na escola inspira inúmeras reflexões para o seu trabalho e remete a aplicações que são oferecidas nas matérias específicas de cada disciplina. Dessa forma, cada um dos autores apresenta diferentes sugestões de trabalho, levando em consideração a contextualização e a sistematização dos conhecimentos.

Na seção Tecnologia, não poderíamos deixar de trazer as mais recentes reflexões sobre o uso das TICs para os alunos do primeiro segmento do Ensino Fundamental.

Além dela, a seção Ensino de... trará sempre novas perspectivas sobre a educação, a partir de uma disciplina diferente a cada nova edição da revista. Para começar, apresentamos as possibilidades com o trabalho em Arte, contemplando artes visuais, música, dança e teatro, o que possibilita aos alunos aprender sobre a arte criada na atualidade. Assim, eles podem atuar como leitores criativos das diversas formas de manifestação cultural de sua época e saber se expressar e comunicar por meio delas.

Para finalizar, nós, autores do Projeto Presente, gostaríamos de expressar que tem sido um grande privilégio dividir com você, educador, o sucesso dessa parceria, em que compartilhamos cada fazer, cada descoberta, cada acerto. As realizações do seu trabalho representam, também, a nossa contribuição para uma educação melhor.

Boa leitura.

Equipe Sempre Presente!

Caro Educador,

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Revista Sempre Presente!ANO 1 | 2012 - No1 Editora Moderna Ltda. Rua Padre Adelino, 758 CEP 03303-904 - São Paulo/SPTelefone: 0800 17 2002 www.moderna.com.br

CapaLuiz Lentini

Conselho EditorialNeuza Sanchez Guelli Gisele CruzIvan Aguirra

Assistência EditorialFlávio Mendes, Ivan Aguirra

Edição de textoIvan Aguirra

Projeto Gráfi coLucas Mattioli

DiagramaçãoLucas Mattioli

IlustraçãoAlexandre MatosGuilherme HenriqueFernanda SimionatoLuiz LentiniAntônio Marcos Honório

10CapaContextualizar e criar signifi cados na escola

17HistóriaO que é literacia histórica e como desenvolvê-la?

23Língua Portuguesa Ensinar à luz de contextos signifi cativos

29ArteArte em contexto

32TecnologiaEducação e tecnologia: uma parceria possível

6EntrevistaCom a palavra: Graziely Nunes

36Ensino de... Por que estudar na escola a arte de nosso tempo?

40EstanteConfi ra dicas de leitura para levar para a sala de aula

14Ciências NaturaisA alfabetização científi ca

20Geografi a

A leitura de mundo e a Geografi a

26Matemática

A Matemática e o mundo das crianças

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Quais os critérios do colégio na escolha do mate- rial didático utilizado pelos alunos do 1o ao 5o anos do Ensino Fundamental?

Graziely - Nossa instituição entende que os princípios da concepção construtivista da aprendizagem devem nortear sequências didáticas específi cas e pertinen-tes para efetivação da aprendizagem como constru-ção pessoal do aluno, realizadas a partir da interven-ção mediadora estabelecida pelo professor.Desta forma, buscamos um material que valorizasse a concepção do conhecimento como uma ”teia de signifi cados“ e que abordasse os assuntos de forma dinâmica, favorecendo a autonomia do pensamento e a aprendizagem signifi cativa.A coleção se torna enriquecedora para os alunos e professores quando segue uma ”linha de conexões“ entre conteúdos e conceitos, evidenciando uma abor-dagem interdisciplinar.Outro critério estabelecido por nós foi o da escolha de um material que contemplasse sequências didáti-cas enriquecedoras e que possibilitasse o desenvolvi-mento de habilidades e competências, além de ofere-cer caminhos para os alunos aplicarem o aprendizado de forma fl exível e criativa.

O que levou a escola a optar pela Coleção Conviver?

Graziely - A Coleção Conviver atende aos principais focos de aprendizagem estabelecidos pela institui-ção, ressignifi cando o compreender e as interações ativas entre o aluno e o professor em todo processo de ensino-aprendizagem. Destaco, ainda, a qualidade do material, a competên-cia técnica e pedagógica dos autores e o suporte ofe-recido pela Editora Moderna.

Nesta entrevista, Graziely Nunes Teixeira S. Cos-ta, diretora de Ensino do Colégio Guilherme Du-mont Villares, em São Paulo, analisa os motivos

que levaram sua escola a optar pela Coleção Conviver e opina sobre as novidades do Projeto Presente.

Com a palavra:Graziely Nunes

Entrevista

”A contextualização e a sistematização dos conteúdos contribuirão muito para que os alunos transformem informação em conhecimento.“

Entrevista!

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Como foi o trabalho com os gêneros textuais dis- cursivos e as atividades permanentes, proposto em Língua Portuguesa?

Graziely - O trabalho com os gêneros textuais contri-bui para ampliar o repertório literário e não literário dos alunos e possibilita explorar seus comportamen-tos como leitores e escritores.A diversidade de textos enriquece o trabalho de in-terpretação com atividades intertextuais e interdis-ciplinares. As propostas apresentadas no livro, res-saltando o trabalho com gêneros textuais discursivos, incentivam o gosto pela leitura a partir de textos de qualidade. Nesse processo, os alunos percebem a fun-ção social da leitura e da escrita. A reflexão sobre os recursos linguísticos escolhidos pelos autores leva os alunos a entenderem a Língua Portuguesa, apropriando-se de diferentes recursos para escrever seus próprios textos. Quando os alunos tornam-se pesquisadores da língua, aplicam suas des-cobertas em diferentes situações de aprendizagem. Nesse contexto, o trabalho com as atividades perma-nentes oferece situações didáticas com regularidade. Essas atividades têm como objetivo a construção de procedimentos, atitudes e hábitos, que permitem aos alunos explorar intensivamente um conteúdo, o que é fundamental no processo de aprendizagem.

As atividades apresentadas em Matemática ajuda- ram a desenvolver os quatro eixos dessa disciplina?

Graziely - Com certeza. As atividades propostas por meio de uma criativa organização e de uma dinâmica exploração das unidades e tópicos promovem a abor-dagem dos quatro eixos, estimulando a postura ativa do aluno na construção dos conceitos matemáticos. A abordagem dos assuntos favorece a autonomia do pensamento, o desenvolvimento do raciocínio e a busca de soluções criativas para os problemas. Des-sa forma, os alunos conseguem estabelecer relações entre as ideias matemáticas, a vivência das atividades e o cotidiano, o que possibilita que eles organizem o conhecimento com mais facilidade e consigam apli-cá-lo em diversas situações com segurança.

O trabalho com fontes históricas e diferentes in- terpretações contribuiu para desenvolver a cons- ciência histórica dos alunos?

Graziely - As contribuições são significativas. O cami-nho proposto é desafiador para alunos e professores, pois estimula a reflexão e possibilita explorar as di-ferentes formas de lidar com a temporalidade. Esta-belecer a correspondência entre passado, presente e projeções futuras é abrir os horizontes dos alunos que passam a relacionar fatos, confrontar pontos de vista e consultar diferentes fontes de pesquisa. O trabalho com as fontes históricas é relevante neste processo de leitura contextualizada do passado – cha-mado de literacia histórica – e é visível perceber as contribuições do material para o desenvolvimento da consciência histórica dos alunos, além de evidenciar a satisfação dos professores pela busca de novas for-mas de ampliação do repertório cultural de nossos aprendizes.

“ Buscamos um material que va

lorizasse

a concepção do conhecimento c

omo

uma teia de significados, favore

cendo

a autonomia do pensamento e

a

aprendizagem significativa.”

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8 Entrevista

Qual sua análise sobre a proposta para a área de Arte?

Graziely - Acredito que o ensino de Arte deva ofere-cer condições para que o aluno vivencie um conjunto de experiências, articulando percepção, imaginação, sensibilidade, apreciação e produção.Nesse contexto, a proposta de Arte amplia o processo de aprendizagem dos alunos, dá sentido ao ”fazer ar-tístico“, amplia o universo cultural e busca desenvol-ver potencialidades importantes para a vida.

As atividades propostas em Ciências Naturais per- mitiram o desenvolvimento dos blocos temáticos dessa disciplina?

Graziely - A organização em blocos temáticos permi-te que os conceitos fundamentais das Ciências Natu-rais sejam gradativamente aprofundados ao longo do Ensino Fundamental e possibilita que, à medida que aprendem, os alunos tenham condição de aplicar os princípios aprendidos a situações práticas. Tendo a oportunidade de experienciar e vivenciar o conhecimento científi co, bem como apropriar-se dele, os alunos terão condição de analisar e atuar de forma crítica diante dos fatos que interferem, direta ou indiretamente, em sua vida.

Como foi o trabalho com a alfabetização cartográ- fi ca e o estudo do espaço geográfi co?

Graziely - Os alunos sentem-se motivados a realizar atividades que focam a linguagem cartográfi ca, visto que o trabalho proposto pela coleção é bem criterio-so, explorando fotos, obras de arte, plantas e outros recursos visuais como facilitadores da compreensão da representação do espaço geográfi co. Esse novo olhar para alfabetização cartográfi ca instiga também os professores a buscarem outras fontes documentais relacionadas à vivência e ao cotidiano dos alunos, en-riquecendo a aprendizagem. Sentimos a diferença na realização da proposta.

“As atividades devem sempre

oferecer condições para que o

aluno vivencie um conjunto

de experiências, articulando

percepção, imaginação,

sensibilidade, apreciação e

produção.”

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A reescrita da Coleção Conviver, que levou ao Pro- jeto Presente, teve como foco a contextualização e a sistematização dos conhecimentos. Você consi- dera esse foco adequado? Por quê?

Graziely - Muito adequado. O processo de contextua-lização que leva em conta as experiências e vivências dos alunos é sempre muito rico e importante, pois os estimula a estabelecer relações entre as informações que possuem e o contexto no qual estão inseridos. Após cada etapa, os alunos devem organizar os sa-beres construídos, fazer generalizações e sistemati-zar o conhecimento, segundo seus próprios recursos e possibilidades. Acredito que a contextualização e a sistematização dos conhecimentos contribuirão mui-to para que os alunos transformem informação em conhecimento, desenvolvam sua autonomia intelec-tual e sejam, de fato, protagonistas do seu processo de aprendizagem.

Qual sua avaliação preliminar sobre as seções De- safi o à vista! e Ligando os pontos, criadas nas áreas de História, Geografi a e Ciências Naturais?

Graziely - A seção Desafi o à vista! lança a possibili-dade do levantamento das hipóteses que os alunos possuem sobre o assunto. A partir dos desafi os, os professores terão mais condições de saber quais in-formações os alunos já têm e como estas estão orga-nizadas até o momento. Para enriquecer a proposta, a seção Ligando os pontos facilita a sistematização das ”informações“, já ampliadas durante o percurso, apli-cando o conhecimento em diversas situações.

Nos últimos anos foram lançadas muitas coleções didáticas que prometem um novo jeito de ensi- nar. Por que manter a linha de trabalho proposta no Projeto Presente?

Graziely - Acreditamos que habilidades, competên-cias e objetos de estudo a serem investigados não se fragmentam, mas interagem e permitem várias visões históricas, artísticas, científi cas e culturais de uma mesma questão. Isso facilita o desenvolvimento de conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais numa perspectiva interdisciplinar e contextualizada.Acompanhar a inovação é focar a real aprendizagem dos alunos e a forma como o material será explorado. Estamos muito felizes com o material escolhido.

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“A contextualização e a

sistematização dos conhecimentos

contribuem para que os alunos

desenvolvam sua autonomia

intelectual e tornem-se protagonistas

de sua aprendizagem.”

!

Para entrar em contatoGraziely Nunes Teixeira da Silva [email protected]

Para sua leituraSUASSUNA, Lívia. Escolha e uso do livro didá-tico: implicações para a formação do profes-sor. In Congresso Brasileiro de qualidade na Educação: formação de professores, Brasília: MEC/ SEF, 2002.

Para entrar em contato

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Contextualizar e criar signifi cados na escola

Rede de ConhecimentoRede de Conhecimento

Para promover uma aprendizagem signifi cativa, o professor tem o papel de colher as experiências, dúvidas e opiniões dos alunos no momento de

defi nir estratégias de abordagem dos conteúdos.Por: Luiz Márcio Imenes, Marcelo Lellis e Estela Milani

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Rede de Conhecimento!

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Significados

Se o texto anterior nos convence da importância do contexto no ensino, devemos entender com mais pro-fundidade o que é contextualização para saber imple-mentá-la.Pensando nas origens do verbo contextualizar, perce-bemos que inclui o prefixo com e o substantivo texto; de fato, podemos entender contextualizar como pôr (algo) junto a um texto, o que faz sentido, pois sa-bemos que, na maior parte dos casos, ideias prove-nientes de um texto são mais compreensíveis quando apreendidas junto ao texto, em vez de isoladas.Esse significado é ampliado quando usamos o ver-bo no dia a dia, pois contextualizar um fato significa apresentá-lo relacionado às circunstâncias em que ele ocorreu. Na educação, ocorre certo deslocamen-to de sentido: como já foi dito, entende-se que con-textualizamos ao abordar os conteúdos de ensino de maneira a evidenciar suas ligações com a realidade. Alguns professores simplificam essa noção e identifi-cam contextualizar com apresentar exemplos de situ-ações, fatos ou objetos do dia a dia.Entretanto, alguma reflexão mostra a insuficiência dessas noções. O propósito de exemplificar, ainda que seja correto e envolva contexto, pode ser inútil. Por exemplo, se partirmos de um campo conceitual inteiramente fora da experiência de vida dos alunos, mesmo que finalizemos com bons exemplos, o início desmotivador do conteúdo talvez leve a maioria dos alunos a não prestar a devida atenção na maior par-te do tempo. Mesmo a abordagem ligada à realidade desde o início pode ser inútil porque nem toda rea-lidade tem significado para os alunos. Por exemplo, uma tarefa de Matemática que consiste em calcular o valor da prestação (a) de um televisor de preço x, (b) de um aparelho de som de preço y, (c) de um refri-gerador de preço z e outros objetos similares, apesar de seu contexto familiar e realista, dificilmente vai interessar a alunos de nove ou dez anos de idade e, ao contrário, pela repetição sistemática do tipo de ra-ciocínio, torna-se entediante, afasta do aprendizado.As situações descritas acima envolvem contextuali-zações falsas ou inúteis, que são, ao menos parcial-mente, consequência do entendimento simplista que descrevemos.

Um verbo recorrente no campo da educação é contextualizar. Podemos dizer que a contextua-lização é condição para tornar eficiente a trans-

posição didática, para usar outro termo muito fre-quente. Entretanto, o que é a contextualização? Uma ideia aproximada é de que se trata de um processo para tornar os conteúdos ensinados mais compreen-síveis e motivadores por meio de suas relações com a realidade, mas isso ainda não explica tudo, pois falta esclarecer o que se entende por realidade.Ainda assim, a necessidade de buscarmos maior com-preensão e interesse no aprendizado torna-se im-portante, principalmente quando consideramos os muitos adultos, incluindo os professores, tão ligados à vida escolar, que frequentemente relembram diver-sas aulas que não lhes faziam sentido quando alunos, aulas que deixaram apenas a sensação de horas per-didas. Como já dizia uma profissional da área: ”Não lembro de que se tratava, mas tenho a impressão de que nunca me fez falta...“ Para ela, e para todos nós, os conteúdos rejeitados pela memória pareciam não ter significado porque não se relacionavam com nos-sa experiência de vida, isto é, por estarem descontex-tualizados.Embora a maior parte das recordações de falta de sentido se refiram à Matemática e à Gramática (e, no Ensino Médio, à Química), qualquer conteúdo escolar pode facilmente perder o significado. Por exemplo, em um voo São Paulo-Porto Alegre, uma aeromo-ça, quando um passageiro lhe perguntou o nome do grande rio que se observava naquele momento, afir-mou tratar-se do São Francisco. A jovem, que segura-mente passou pelo Ensino Médio, nunca deveria pôr o Velho Chico no Sul do país. Ao fazê-lo, evidenciou quão distante esteve das aulas de Geografia.

Enxergar o ambiente escolar

como uma rede de significados

e experiências pessoais transforma

a relação dos alunos com

os conhecimentos.

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12 Rede de Conhecimento

Agora que alcançamos uma noção mais clara e am-pla de contextualização, convém tornar mais preci-sos dois aspectos básicos. Como toda ação educativa sempre tem a finalidade de levar ao aprendizado, as conexões que compõem o contexto, ainda que inte-ressantes por si mesmas, precisam, na maior parte dos casos, ser significativas do ponto de vista dos alu-nos. Nunca se deve esquecer que nem sempre a reali-dade concreta tem significado para eles, devido à sua pouca experiência de vida (especialmente as crianças das séries iniciais do Ensino Fundamental).Considerando a infinidade de conexões e contextos possíveis, o professor deve fazer escolhas levando em conta a relevância das noções a ensinar, seja em ter-mos do campo de conhecimento que aborda no mo-mento, seja em termos da demanda social e da vida futura dos alunos.

De fato, se nos aprofundarmos no significado de con-textualizar, pesquisando um pouco mais sobre a pa-lavra texto, encontramos o verbo latino texere (aqui grafado sem os acentos latinos) que significa tecer, entrelaçar, além de escrever textos. Essa nova abertura nos remete em educação ao conceito de que é preciso tecer em torno das ideias, entrelaçá-las, conectá-las com outras noções, criando uma teia de significados ao redor do que é apreendido. Parece-nos que aqui reside a essência de contextualizar, isto é, a produção de significados em torno dos conteúdos ensinados por meio de uma rede de conexões. Note-se que esse procedimento não ocorreu nas situações que descre-vemos anteriormente: na primeira, o foco esteve so-bre o conteúdo, e as relações (exemplos) só vieram no final; na segunda, o contexto existia, mas era tão pobre e sem conexões que se revelou inútil.

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Complexidade e liberdade

Os últimos parágrafos devem ter deixado claro que contextualizar envolve certa complexidade, mas isso não deve desanimar ninguém.Existe a necessidade de encontrar contextos ricos e abrangentes, ponderando sempre a signifi catividade do ponto de vista do aluno e a relevância para a dis-ciplina e para o processo educativo, mas o professor não está sozinho nessa tarefa. Bons textos didáticos nunca deixam de lado a contextualização e se conver-tem em apoio útil para o trabalho em sala de aula. Em geral, são obras originárias da experiência escolar, en-riquecidas por discussões do(s) autor(es) com colegas professores, que já englobam uma refl exão amadure-cida sobre a relevância e a adequação dos contextos apresentados. Quando o professor se põe de acordo com a linha pedagógica da obra, concretizam-se abor-dagens ricas e signifi cativas.Além disso, a complexidade da noção de contextuali-zação traz como contrapartida elementos de criativi-dade e liberdade para o trabalho escolar. Tendo claro que contextos não se limitam ao que é ”concreto“ ou ao que é ”prático“, porque até nossos desejos pes-soais constituem parte da realidade em que vivemos, o professor tem amplas possibilidades de criar situa-ções de aprendizado atraentes, trabalhando com jo-gos, dramatizações, pesquisas bibliográfi cas, projetos de estudo, enquetes estatísticas, envolvendo tanto o universo físico quanto o mundo adulto e até mesmo as fantasias infantis. Uma condição básica é manter um constante diálogo com sua turma, visando encon-trar os tópicos mais signifi cativos para os alunos.

Contextualização como meta

Um episódio de sala de aula parece-nos adequado para encerrar esta conversa. A professora havia plane-jado uma aula para crianças de nove e dez anos sobre a chegada da esquadra de Cabral ao Brasil. Foi convo-cado o melhor depoimento possível, a famosa carta de Pero Vaz de Caminha, lida e discutida; houve dra-matização de alguns momentos do evento. No fi nal, porém, uma das crianças perguntou a um dos autores do Projeto Presente, que prazerosamente assistia à aula, se ele já havia nascido naquele tempo.A questão causa estranheza porque nossa vivência escolar garante que nessa faixa etária não é difícil compreender o signifi cado desse fato histórico, per-cebendo sua distância temporal, bem como algumas de suas implicações para nossa vida presente. Ocor-

reu, porém, que embora abordando o fato de maneira atraente, faltaram elos na cadeia de signifi cados a seu redor. Por exemplo, um estudo do modo de vida dos personagens envolvidos nessa aventura de explora-ção marítima permitiria que os alunos percebessem que tudo havia acontecido séculos atrás, bem antes do nascimento do autor.Percebemos nesse episódio que, ao lidar com alunos tão jovens, cuja experiência de vida ainda é pequena e distante da nossa, aumentam as difi culdades para prever os desdobramentos da ação didática. Essa é uma das razões que justifi cam manter um constante diálogo com nossos alunos para entender suas dú-vidas, nem sempre conscientes, e respondê-las am-pliando as conexões da teia de signifi cados. Como as possibilidades de conexões são praticamente infi -nitas, concluímos que contextualizar funciona como meta, nunca alcançada, mas que buscamos a cada dia na sala de aula.

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!

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A alfabetização

científi ca

Ciências Naturais

Um aluno cientifi camente alfabetizado torna-se capaz de atuar de forma crítica, tomando decisões com responsabilidade para resolver problemas do dia a dia.

Por: Lilian Bacich, Célia R. Carone e Edilson A. Pichiliani

CiênciasNaturais!

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O estudo de Ciências Naturais nas séries iniciais deve ter como objetivo a promoção da alfabe-tização científica. Mas o que significa ser cien-

tificamente alfabetizado? Compreender os conceitos é um dos requisitos, porém as características de uma pessoa cientificamente instruída não são ensinadas diretamente. Tais características são desenvolvidas por meio do trabalho proposto em Ciências Naturais, principalmente quando os alunos são estimulados a solucionar problemas, a realizar investigações e a desenvolver projetos e estudos do meio. Essas ativi-dades estão envolvidas em um trabalho contextuali-zado de Ciências Naturais em que, mais do que apren-der ou ”decorar“ conceitos, o aluno seja estimulado a pensar sobre eles, compreendendo e expressando opiniões sobre assuntos de caráter científico. A alfa-betização científica está relacionada com a prática, uma vez que capacita o estudante a tirar conclusões importantes para resolver problemas do dia a dia. Isso ocorre quando, por exemplo, ao comprar um produto, opta-se por aquele que produzirá menos lixo, ou ain-da, ao analisar os rótulos das embalagens de alimen-tos, são feitas opções saudáveis. Apesar de não pensar nas questões científicas que es-tão por trás dessas ações, o estudante as realiza como opção para sua necessidade imediata de adquirir um produto, demonstrando conseguir utilizar de forma ”prática“ algo que aprendeu teoricamente.

Tendo a oportunidade de experienciar, vivenciar e apropriar-se do conhecimento científico, o aluno pode analisar e atuar de forma crítica perante os fatos que interferem, direta ou indiretamente, em sua vida, de-monstrando estar em processo constante de alfabeti-zação científica.

A alfabetização científica por meio de projetos

Desenvolver projetos com os alunos do Ensino Funda-mental é uma forma de trabalhar com a alfabetização científica. Os projetos podem ocorrer paralelamente ao trabalho com o livro didático, uma vez que pos- sibilitam uma busca de inter-relações entre diferen-tes fontes e problemas que se conectam de forma espiral em torno de estruturas de conhecimento tra-balhadas em cada disciplina escolar. As estruturas de conhecimento são acionadas no momento em que o aluno resolve um problema de forma reflexiva. Des-sa forma, um mesmo projeto pode ser desenvolvido por turmas de idades diferentes pois, em cada caso, o nível de complexidade dos resultados obtidos será diferente.

Ler os rótulos das embalagens de alimentos e fazer uma escolha saudável,

ou mesmo optar por consumir o produto que produza menos

lixo, são atitudes típicas dos cidadãos cientificamente

alfabetizados.

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SUGESTÃO DE ATIVIDADE PARA 1o, 2o E 3o ANOS

Projeto Animais

Retome com os alunos alguns dos conteúdos estuda-dos sobre animais e solicite que cada um diga o nome de um animal sobre o qual gostaria de saber mais. Po-dem ser listadas, na lousa, todas as escolhas e, depois disso, ser feita uma votação. Os cinco animais mais votados serão pesquisados por toda a turma. Pergunte aos alunos o que gostariam de saber so-bre esses animais. É possível que questionem sobre sua alimentação, o local em que vivem, como nas-cem seus fi lhotes e outras curiosidades. Organize as questões que serão pesquisadas e, então, selecione as fontes de pesquisas: livros, internet e entrevistas com veterinários, por exemplo. Alguns museus de zoologia emprestam materiais para pesquisas escola-res; verifi que em sites de busca aqueles que realizam essa ação em sua cidade. Após encerrada a pesquisa, as informações obtidas sobre os animais podem ser apresentadas a convidados de outras salas de aula ou aos familiares. Para a exposição, podem ser feitos cartazes, maquetes ou outra forma de apresentação combinada com a turma.

SUGESTÃO DE ATIVIDADE PARA 4o E 5o ANOS

Projeto Lixo

Solicite que os alunos pesquisem uma notícia sobre a situação do lixo na cidade em que vivem. Após a apre-sentação da notícia para a turma, converse sobre as consequências do acúmulo de lixo nas grandes cida-des. Levante com os alunos dúvidas sobre o assunto. Elas podem estar relacionadas a diferentes questões como, por exemplo, o destino do lixo. Verifi que as fon-tes de pesquisa, que podem envolver livros, internet, entre outras. Em algumas cidades há estações de tra-tamento de lixo que podem ser visitadas pelos estu-dantes; é possível verifi car em sites de busca se exis-te alguma próxima da escola. Para fi nalizar, podem ser distribuídos cartazes ou folhetos (preferencialmente reaproveitando o verso de cartolinas usadas) com as informações obtidas pelo grupo.

Exercite a alfabetização científica com seus alunos e ajude a formar

cidadãos autônomos e conscientes.

16Ciências Naturais

!

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O que é literaciahistórica e como desenvolvê-la?

História

A análise dos mais variados tipos de fontes históricas e a contextualização dos fatos estudados são a base para este importante desenvolvimento.Por: Ricardo Dreguer e Cássia Marconi

História!

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História

Um dos principais objetivos do ensino de História é desenvolver com os alunos a leitura contextu-alizada do passado, isto é, a literacia histórica.

Para isso, é necessário relacionar os fatos aos sujeitos históricos, ou seja, aos agentes da ação social, como indivíduos, grupos ou classes sociais.Para que essa contextualização ganhe concretude para as crianças dos anos iniciais do Ensino Funda-mental, é necessário explorar o modo de vida dos su-jeitos históricos em determinado tempo: suas formas de morar, de se vestir, de se alimentar, de se organizar para produzir e para escolher os governantes. Essa exploração, que permite a construção da noção de tempo histórico, deve ser realizada por meio da análise de diversas fontes históricas escritas (poe-mas, textos jornalísticos e trechos de diários), visuais (caricaturas, pinturas e gravuras), materiais (utensí-lios domésticos, instrumentos de trabalho e roupas) e orais (depoimentos e entrevistas).Assim, por meio de diferentes estratégias de contex-tualização, o aluno construirá gradualmente uma lei-tura do passado que permita entender o presente e criar projetos para o futuro. Uma das estratégias que pode auxiliar na construção da literacia histórica é a técnica da dramatização, isto é, a representação de situações, possibilitando aos alunos interpretar os fatos históricos e ter maior com-preensão dos sujeitos históricos. A dramatização envolve uma fase de preparação, em que os alunos devem listar os sujeitos e fatos histó-ricos que serão representados. Envolve, também, a criação de cenários e de fi gurinos que permitem aos alunos trabalhar com as formas de morar e de vestir dos personagens destacados em uma determinada época. Estes elementos garantem ao estudante uma imagem mental do tempo histórico, permitindo a con-textualização dos fatos representados. Por outro lado, a dramatização possibilita o desenvol-vimento de procedimentos e atitudes de trabalho em grupo, como a divisão de tarefas e o respeito às opi-niões dos colegas. Por fi m, a apresentação e posterior avaliação coletiva das dramatizações permitem aos alunos uma metacognição de todo o processo vivido, incluindo os conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais.

A contextualização é a chave

para um ensino de História eficiente para os anos iniciais de aprendizagem.

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! SUGESTÃO DE ATIVIDADE PARA 1o, 2o E 3o ANOS

No tempo dos bisavós

Oriente os alunos a retomarem os conteúdos estudados em História, listando algumas características da vida no tempo em que os bisavós deles eram crianças:• Como eram as roupas das crianças naquele tempo?• Quais os materiais dos brinquedos e os locais de brincar das crianças?• Quais as festas e tradições mais comuns nessa época? • A quantidade de fi lhos por família era maior ou menor que a atual? • Como era o calçamento e a iluminação das ruas?• Havia coleta de lixo todos os dias? E rede de abastecimen- to de água encanada e esgoto?• Quais os meios de transporte e de comunicação mais uti- lizados naquele tempo?A partir dessa listagem, os alunos deverão criar um roteiro para a dramatização, incluindo diálogos entre os persona-gens. Em seguida, deverão dividir os papéis entre eles e es-colher os responsáveis pelo trabalho de criação de cenários e das vestimentas que poderão ser utilizadas como fi guri-nos pelos personagens.Os alunos poderão elaborar convites para os colegas de ou-tras classes e convidarem também os pais para assistirem à dramatização. Após a apresentação, oriente uma conversa com os alunos sobre todo o processo, avaliando o que foi aprendido em termos de conceitos, procedimentos e atitu-des de trabalho.

SUGESTÃO DE ATIVIDADE PARA 4o E 5o ANOS

No tempo da monarquia

Oriente os alunos a retomarem os conteúdos estudados em História, listando algumas características da vida dos brasi-leiros no tempo da monarquia brasileira (1822-1889):• Como era a vestimenta das pessoas nessa época?• Como era a rotina de trabalho dos escravos nas fazendas de café?• Quais as estratégias de resistência que eles utilizavam?• Que fatos levaram à abolição da escravidão?• Como era a divisão de poderes no período da monarquia?• Quais eram os principais partidos políticos e quais as dife- renças entre eles?• Qual a principal revolta contra o governo central? A partir dessa listagem, os alunos deverão criar um roteiro para a dramatização, incluindo diálogos entre os persona-gens. Em seguida, deverão dividir os papéis entre eles e es-colher os responsáveis pelo trabalho de criação de cenários e das vestimentas que poderão ser utilizadas como fi guri-nos pelos personagens.Os alunos poderão elaborar convites para os colegas de ou-tras classes e convidarem também os pais para assistirem à dramatização. Após a apresentação, oriente uma conversa com os alunos sobre todo o processo, avaliando o que foi aprendido em termos de conceitos, procedimentos e atitu-des de trabalho.

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2020

A leitura de mundo e

a Geografi a

Geografia

A observação do espaço em que o aluno está inserido é o início de um trabalho de refl exão sobre a cultura, a economia, a sociedade e o ambiente.

Por: Neuza Sanchez Guelli e Allyson Lino

Na atualidade, o ensino de Geografi a para os anos iniciais do Ensino Fundamental deve permitir ao aluno raciocinar geografi camente em dife-

rentes escalas, tendo em vista as dimensões cultural, econômica, social e ambiental. Dessa forma, o aluno inicia a leitura do cotidiano, do lugar de vivência, para então entender a realidade, comparando as paisagens e percebendo as diferenças e semelhanças entre elas, a partir da realidade local até a global e vice-versa.Compartilhamos com Helena Coppetti Callai na afi r-mação de que a leitura de mundo é fundamental para que todos nós que vivemos em sociedade possamos exercitar nossa cidadania:”Ler o mundo da vida, ler o espaço e compreender que as paisagens que podemos ver são resultado da vida em sociedade, dos homens na busca da sobrevivência e da satisfação de suas necessidades. Em linhas ge-rais, esse é o papel da Geografi a na escola. Ao refl etir sobre as possibilidades que representa, no processo de alfabetização, o ensino de Geografi a passa a ser importante para pensar, entender e propor a Geogra-fi a como um componente curricular signifi cativo.“No processo de alfabetização geográfi ca para leitura de mundo, o trabalho com os conceitos geográfi cos, como espaço, paisagem, lugar, região e território, são norteadores, pois permitem ao aluno articular os pro-cedimentos e atitudes sobre o espaço e seu entorno.

Geografi a !

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Em nosso trabalho, são criadas possibilidades para que os alunos apliquem os conceitos geográ-fi cos, construindo, assim, uma aprendizagem signifi cativa e desenvolvendo as habilidades de ler, escrever, observar, comparar, identifi car, relacionar e fazer suposições, entre outras, contribuindo, dessa forma, para a alfabetização geográfi ca, para ler e des-crever o espaço geográfi co.

A alfabetização geográfi ca por meio das imagens

A utilização de imagens como recurso para leitura e apreensão da paisagem torna-se um poderoso instru-mento didático que poderá apresentar resultados sig-nifi cativos para a aprendizagem em Geografi a. Pois, se utilizada corretamente em sala de aula, a imagem eterniza uma paisagem, transformando-a num objeto de estudo de aprendizagem. O uso de imagens como desenhos, plantas, croquis, mapas, maquetes, imagens de satélite e fotos como recurso didático desenvolve no aluno sua percepção visual sobre o espaço retratado.

Ela não substitui textos ou outras fontes de informa-ção geográfi ca, mas agrega-se a esses recursos como possibilidade de obtermos aulas mais dinâmicas e prazerosas. No entanto, será necessário superar al-guns paradigmas quanto ao uso de imagens no apren-dizado de Geografi a. Afi nal, sua utilização não deve estar relacionada à mera ilustração em materiais di-dáticos ou como suporte lúdico de métodos tradicio-nais de aprendizado que dão ênfase à memorização.

É fundamental que escolas e professores criem possibilidades para

que os alunos apliquem os conceitos

geográficos no cotidiano.

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2222

SUGESTÃO DE ATIVIDADE PARA 1o, 2o E 3o ANOS

Exposição fotográfi ca

Retome com os alunos alguns dos conteúdos estuda-dos sobre as diferentes paisagens e solicite que, em grupos, escolham um lugar que eles gostariam de visitar e fotografar. Posteriormente, combine com a equipe uma data para que todos os grupos tragam seus painéis para uma grande exposição. Solicite aos alunos que registrem em forma de desenho ou texto o painel que mais chamou a atenção deles.Pode ser usada ainda a estratégia de criar uma fi cha técnica a ser preenchida pelos alunos sobre o painel que eles mais gostaram com perguntas como: quem foram os fotógrafos, quais os elementos da paisagem encontrados nas fotos, qual a foto de que mais gostou?

SUGESTÃO DE ATIVIDADE PARA 4o E 5o ANOS

Leitura de desenhos, plantas e croquis

Um dos grandes desafi os da Geografi a é justamente aproximar o aluno da leitura de desenhos, plantas e croquis do lugar de vivência. Para tanto, é preciso que esta leitura seja feita por

meio de imagens próximas à sua realidade, como um desenho, um croqui, uma planta de rua, folhetos de lançamentos imobiliários (que são entregues nos semáforos de várias cidades brasileiras) e também aparecem em jornais e revistas. E é com base nesses folhetos que propomos a atividade:Na fase preliminar do trabalho, os alunos deverão trazer alguns desses folhetos coletados para a sala de aula e, em seguida, faça um levantamento prévio de como são feitos esses folhetos (suas informações básicas, noções de orientação, valorizações, rua onde se localiza o imóvel, as ruas próximas, pontos comer-ciais, referências de endereço e até mesmo a valoriza-ção de áreas verdes próximas ao local).Cumprida essa etapa, organize a criação de uma lista de informações que os alunos consideraram mais im-portantes nos folhetos.Finalmente, os alunos deverão, com o auxílio das mí-dias e de seus recursos tecnológicos, produzir o seu próprio folheto, com título e promoção que acharem viáveis e reproduzindo os pontos mais importantes que existam no lugar determinado. Organize uma ex-posição em forma de uma feira de imóveis em que os alunos deverão apresentar seus folhetos e mostrar seu trabalho, para que eles brinquem com o seu espí-rito empreendedor.

Geografia

!

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23Língua Portuguesa u

Estudar a língua e a linguagem e planejar situações didáticas que permitam aos estudantes tornarem-se progressivamente usuários mais competentes de uma língua viva é a principal tarefa do professor.Por: Débora Vaz, Elody Nunes Moraes, Rosângela Veliago e assessoria pedagógica de Maria José Nóbrega

a b c

Língua Portuguesa!

Ensinar à luz de contextos signifi cativos

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O ensino de Língua Portuguesa tem, nas últimas décadas, enfrentado o enorme desafio de for-mar leitores e escritores que experimentem, já

nas práticas escolares, as múltiplas situações comuni-cativas vivenciadas fora da escola. O desafio colocado é o de planejar atividades em que os alunos possam colocar em cena diferentes propósi-tos comunicativos envolvidos nas práticas de compre-ensão oral e de leitura, de produção de textos orais ou escritos. Isso implica planejar situações didáticas em que as crianças possam encenar papéis discursivos próximos aos vividos nas diferentes esferas discur-sivas como a cotidiana, jornalística, literária etc. Ao escrever uma notícia, a criança representa o papel de um jornalista: como esse profissional trabalha, como é o texto que produz, em que suporte circula, a quem se dirige? Ao escrever um artigo de divulgação cien-tífica, representa o papel de um especialista, alguém que domina determinado assunto, mas se preocupa, além de fornecer informações confiáveis, em torná-las acessíveis a um leitor, em geral, curioso, mas leigo. Considerar os vários contextos comunicativos no tra-balho escolar significa permitir que a construção de sentidos possa se efetivar a partir do reconhecimento do conjunto de circunstâncias – o cenário, o lugar so-cial ocupado pelos interlocutores, o gênero, o suporte de circulação, as normas de interação etc. – em que aquela determinada atividade social acontece. Tal concepção impõe que se considere o texto como uma unidade interativa de comunicação, isto é, cons-truída na interlocução. Portanto, os significados não repousam nas linhas do texto, mas são atualizados em uma determinada situação, fundamentam-se também no contexto, já que qualquer texto resulta de uma série de operações de referência a um mundo extra-linguístico que pode ou não ser compartilhado pelos sujeitos.

Língua Portuguesa ca

O conhecimento da língua e da

linguagem não se dá por transmissão

passiva de informações, mas pela

encenação dos papéis discursivos

próprios das variadas atividades

sociais e pela reflexão a respeito

das regularidades próprias de cada tipo textual.

a b c

Implica também outros parâmetros para o tratamento da gramática. Uma boa análise da língua precisa ter como referência a situação comunicativa inteira, seu contexto discursivo. Por essa razão, estudam-se as re-gras que orientam o uso das expressões linguísticas e os efeitos de sentido que produzem. Não se perde tempo com a memorização de terminologia e defini-ções pouco produtivas.Quanto maior as experiências de nossos alunos e alu-nas com esses vários contextos de produção, maiores serão suas condições de se tornarem leitores críticos e escritores que produzam textos que possam encan-tar, emocionar, informar ou defender um ponto de vis-ta. Esse conhecimento da língua e da linguagem não se dá por transmissão passiva de informações, mas pela encenação dos papéis discursivos próprios das variadas atividades sociais e pela reflexão a respeito das regularidades próprias de cada tipo textual.

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25a e i o u

SUGESTÃO DE ATIVIDADE PARA 1o, 2o E 3o ANOS

Organizando um sarau de poemas

Propor que os alunos declamem poemas em público cria a necessidade de que memorizem, aprendam afazer entonações e a dar ritmo à fala de modo adequa-do ao contexto de comunicação. Organizar um sarau torna-se, então, uma oportunidade de se aproximar de uma prática social e aprender suas formas e usos.

1o momento:Selecione um repertório de poemas adequados à fai-xa etária e liste, também, os que já são conhecidos pelos alunos. Leia os poemas, compartilhando infor-mações importantes sobre os portadores deste gêne-ro (livros, CDs etc.) Converse sobre a apresentação do sarau e defi na junto com a turma quem será o público.

2o momento:Assista com as crianças a situações de declamação e escute poemas gravados no CD que acompanha o livro didático, levantando as características próprias desta situação de comunicação (ritmo da fala, entona-ção etc.) Selecione os poemas que serão declamados e ensaie com os alunos. Sugestão de apreciação de um poema declamado: Pe-dro Bandeira declama ”Mais respeito, eu sou criança!“http://revistaescola .abri l .com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/pedro-bandeira-declama-mais-respeito-eu-sou-crianca-568074.shtml

3o momento:Produza, junto com a classe, o convite, defi na o lugar onde a apresentação acontecerá, organize o espaço e realize um último ensaio antes da apresentação.

SUGESTÃO DE ATIVIDADE PARA 4o E 5o ANOS

O papel do jornalista

A fi m de reconhecer a língua em uma situação comu-nicativa, os alunos podem experimentar como é ser um jornalista, vivenciando como é o trabalho desse profi ssional. A atividade consiste em conhecer como um jornalista faz o seu trabalho e depois organizar a cobertura de algum evento cultural ocorrido na escola.

1o momento:Recolha informações sobre o trabalho de um jornalis-ta. Para realizar essa tarefa, os alunos podem obter as informações em fontes variadas: como conversar com algum jornalista da própria comunidade. Além disso, podem assistir a programas televisivos como o Profi s-são Repórter, em que é possível observar o trabalho de um jornalista em ação.

2o momento:Aproveite um evento da escola, como festas, come-morações e estudos do meio para que os alunos fa-çam a cobertura jornalística: um grupo fotografa, ou-tro entrevista os presentes etc.

3o momento:Por fi m, é possível sistematizar as informações reco-lhidas, publicando-as em forma de texto ou vídeo no jornal ou site da escola. Há mais orientações de como conduzir a produção de notícias orais ou escritas na Unidade 2 do livro de Língua Portuguesa do 5o ano.

Produza, junto com a classe, o convite, defi na o lugar onde a apresentação acontecerá, organize o espaço e

Unidade 2 do livro de Língua Portuguesa do 5 ano.

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Organizar um sarau torna-se uma

oportunidade de se aproximar de

uma prática social e aprender

suas formas e usos.

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A Matemática e o mundo

das crianças

Matemática 3 23 831

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Para despertar o interesse das crianças para o mundo da Matemática, torna-se fundamental valorizar contextos ricos em signifi cados.

Por: Luiz Márcio Imenes, Marcelo Lellis e Estela Milani

Histórias clássicas podem ser um

ótimo ponto de partida para

ensinar o sistema de numeração.

Matemática!

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Page 27: Revista Sempre Presente - ED 01

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Um recurso essencial para promover a aprendi-zagem da Matemática nos anos iniciais da esco-larização consiste em partir da realidade vivida

pelas crianças para mostrar a necessidade de certas noções matemáticas e, então, passar a construí-las. Entretanto, a realidade não deve ser concebida de for-ma estreita, pois as crianças também participam do mundo da fantasia e do faz-de-conta, bem como têm em alto grau o espírito de busca e descoberta. Essas características, comuns a todo ser humano, são bas-tante acentuadas na infância e tornam signifi cativos e atraentes os contextos que as aproveitam, mesmo quando distantes do dia a dia. Vamos ver como apro-veitar essas ideias.

SUGESTÃO DE ATIVIDADE PARA 1o E 2o ANOS

A fantasia como contexto

Para 1o ou 2o ano, podemos lançar mão de histórias in-fantis clássicas, ou criar histórias similares, visando a aprendizagem da Matemática. A seguinte história dos dez irmãos é um exemplo.Era uma vez dez irmãos chamados 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9, cujo trabalho era indicar quantidades. A maior dessas quantidades era indicada pelo 9. Veja:

Mas indicar quantidades até nove é pouco. Temos mais de nove dedos na mão. Além disso, pedindo em-prestada a mão de alguém, podemos levantar bem mais que nove dedos. Como indicar essas quantida-des? Todos os dez irmãos já tinham função, nenhum poderia indicar dez dedos ou onze dedos e assim por diante. Que problemão, não é?

Podemos esperar que as crianças criem formas de su-perar a difi culdade. Em todo caso, a solução já é co-nhecida para nós, adultos.Para resolver o problema, os irmãos passaram a for-mar pares. O 1 se reuniu com o 0 para indicar dez; de-pois, o 1 se reuniu com ele mesmo indicando onze. Veja:

Podemos aumentar a quantidade de dedos. Mas os dez irmãos sempre conseguirão indicar as novas quantidades. Depois de 11, o 1 forma par com o 2, aparecendo 12; depois, forma par com 3, surgindo 13 e assim conti-nua até o 19. E depois do 19, termina a história? Pro-vavelmente, as crianças responderão que de jeito ne-nhum a história termina!Como o 1 já formou par com todos os irmãos, é hora do 2 começar a formar pares. Depois de 19, vem o 20, depois, o 21, e assim continua.Depois que o 2 formar par com todos os irmãos, será a vez do 3, depois a do 4 etc.Apesar de ingênua, essa história transmite uma ma-ravilhosa característica de nosso sistema de nume-ração: o fato de usarmos apenas dez símbolos, mas combiná-los de tal maneira que podemos represen-tar milhões, bilhões, na verdade infi nitos números. Depois que se esgotam os pares de ”irmãos“ com 99, seguem os trios com 100, 101, 102 e depois as quadras, e tudo isso pode prosseguir para sempre. Há um padrão nessas combinações, isto é, uma forma de organização que nos permite sempre descobrir qual será a combinação seguinte, e a história transmite isso também, ainda que nas entrelinhas.Haveria muito mais para explorar na história. Conten-tamo-nos em indicar que, como as fantasias clássicas, ela tem muitas interpretações e ensina muito, espe-cialmente Matemática.

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Veja:

Mas indicar quantidades até nove é pouco. Temos mais de nove dedos na mão. Além disso, pedindo em-

Apesar de ingênua, essa história transmite uma ma-ravilhosa característica de nosso sistema de nume-ração: o fato de usarmos apenas dez símbolos, mas combiná-los de tal maneira que podemos represen-tar milhões, bilhões, na verdade infi nitos números. Depois que se esgotam os pares de ”irmãos“ com 99, seguem os trios com 100, 101, 102 e depois as quadras, e tudo isso pode prosseguir para sempre. Há um padrão nessas combinações, isto é, uma forma de organização que nos permite sempre descobrir qual será a combinação seguinte, e a história transmite isso também, ainda que nas entrelinhas.

8 e 9, cujo trabalho era indicar quantidades. A maior dessas quantidades era indicada pelo 9. Veja:

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--28 Matemática

SUGESTÃO DE ATIVIDADE PARA 4o E 5o ANOS

A curiosidade tornando signifi cativo um contexto

Agora, vamos dar um exemplo adequado ao 4o e 5o anos, que poderia ser ainda facilitado para o 3o ano. Há um contexto sobre o qual formulamos problemas relativamente fáceis, mas signifi cativos para os alunos.

No problema 1, basta o cálculo: 4 – 1 = 3 e 3 × 6 = 18.Já o problema 2 exige observação. A menor diferença é zero, obtida quando os resultados são 6 e 6, ou 5 e 5 etc. Zero multiplicado por qualquer número dá zero. Portanto, essa é a menor quantidade de pontos.No problema 3, a maior quantidade de pontos é 30, resultado de (6 – 1) × 6.O problema 4 exige observação e procura, até chegarmos à descoberta; há três maneiras de obter 20, isto é, (6 – 2) × 5; (5 – 1) × 5 e (6 – 1) × 4.No problema 5, por mais que procuremos, não encontraremos maneira de fazer 14 pontos.Reparem que, neste exemplo, o contexto é o jogo! É pouco realista e até pobre, mas contamos com o espírito de busca e descoberta das crianças para tornar signifi cativos os problemas sobre o jogo. Nossa experiência de sala de aula mostra que isso ocorre com muita frequência, as crianças buscando tenazmente as soluções, desenvolvendo raciocínio, análise de possibilidades e cálculo mental.Por que problemas desse tipo se tornam signifi cativos para as crianças? Provavelmente porque pedem observação e procura como parte do caminho que leva ao prazer da descoberta.

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Imaginemos um jogo:

1o Você lança dois dados e calcula a diferença entre os resultados.2o Você lança um terceiro dado e multiplica o resultado pela diferença obtida antes.3o Assim você calcula a quantidade de pontos obtida em cada rodada.Podemos convidar duas crianças para virem à frente da sala e jogarem algumas rodadas, deixando as regras claras para toda a turma, ou a turma toda pode jogar em duplas. Depois disso, proporemos problemas sobre o jogo.

Segue uma amostra.

1. Calcule quantos pontos se obtêm com os resultados abaixo.

2. Qual é a menor quantidade de pontos que se obtém numa rodada? Dê um exemplo de como obtê-la.3. Qual é a maior quantidade de pontos que pode ser obtida?4. Que resultados devem ocorrer para fazermos 20 pontos?5. Que resultados devem ocorrer para fazermos 14 pontos?

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Arte em contexto

Arte

Desde os primeiros anos do aprendizado, os alunos precisam se familiarizar com todas as representações artísticas e culturais.Por: Rosa Iavelberg e Tarcísio Tatit Sapienza

Arte!

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A contextualização em Arte deve ser trabalhada por meio de ações de aprendizagem que integrem o apreciar, o refletir e o fazer. A

leitura das produções artísticas, o diálogo sobre seus significados e o fazer artístico propiciam a reflexão sobre a arte enquanto objeto social e histórico. Trabalhando a criação tanto no fazer como no conhecer arte, é possível habilitar o aluno a seguir aprendendo de maneira autoral.O estudo das produções de artes visuais, música, dança e teatro precisa ser contextualizado por informações significativas, de modo a permitir ao aluno refletir sobre essas manifestações e relacioná-las à sua vida.

Propostas de aprendizagem que apresentam dados pertinentes sobre o artista e seu contexto promovem a interação entre a experiência cotidiana dos alunos e os conteúdos aprendidos no diálogo com as obras dos artistas.

Criar contextos significativos

e lúdicos permite às crianças

conectar o aprendizado com o

mundo.

Arte

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Mônica Nador pinta mural com integrante do JAMAC na 27a Bienal de São Paulo.

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Contextualizando o trabalho de Mônica Nador

Mônica Nador é uma artista brasileira contemporânea que trabalha pensando a relação da arte com a comunidade. Ela levou suas propostas de pintura às paredes da periferia da cidade de São Paulo, criando um espaço comunitário dedicado à arte, o Jardim Miriam Arte Clube (Jamac).

Foto de Mônica Nador.

SUGESTÃO DE ATIVIDADE PARA 1o E 2o ANOS

Apresente à classe as imagens do trabalho de Mônica Nador e pergunte se conhecem outras artistas mulheres. Na leitura das imagens, peça que observem a repetição de formas no mural criado para a Bienal de São Paulo e converse sobre a realização de trabalhos de arte em equipe. Proponha aos alunos trabalhar em grupo usando carimbos de batata em papéis de grande formato.

SUGESTÃO DE ATIVIDADE PARA 3o, 4o E 5o ANOS

A partir da leitura das imagens, apresente informações sobre o trabalho de Mônica Nador e a proposta Jamac. Promova uma discussão sobre os lugares onde a arte é feita ou apresentada em sua cidade e depois peça aos alunos que escrevam sobre a importância da arte estar presente nos espaços públicos da cidade. Proponha que realizem em grupos projetos de murais para a escola, criados com o uso de estêncil.

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Atecnologia deve estar a serviço da educação; a escola deve explorar a tecnologia. Frequente-mente nos deparamos com frases como essas

e, antes de tudo, é importante deixar claro sobre qual tipo de tecnologia estamos falando. Tecnologia pode ser defi nida como um conjunto de conhecimentos que se aplicam à construção, ao planejamento, à utilização de um equipamento ou de uma atividade que facilite a vida das pessoas. O desenvolvimento de equipamen-tos como uma caneta, giz, apagador, cadernos e muitos outros recursos materiais utilizados na escola é decor-rente de estudos aplicados, portanto, são exemplos de tecnologia. Somam-se a eles o computador, o tablet, o notebook, o data show, novas tecnologias presentes no dia a dia da escola atual. As Tecnologias de Informação e Comunicação, conhecidas como TICs, são o novo de-safi o do professor e da escola como um todo. Desafi o porque são ferramentas que possibilitam o acesso a uma infi nidade de recursos que transformam a vida em sociedade, estabelecendo novas formas de contatos sociais, novas formas de relacionamento com diferen-tes instituições e, consequentemente, novas formas de aprender. O uso educacional das TICs é, por um lado, uma ferramenta educacional a serviço do aluno e do professor que delas se utilizam para representar co-nhecimentos construídos, para apresentar os resulta-dos de seu trabalho e, principalmente, e esse é o maior desafi o, construir conhecimentos.A comunicação pode ser facilitada de diferentes for-mas: entre professores de uma mesma instituição, en-tre professores de diferentes instituições, entre alunos e instituições, entre alunos de diferentes instituições, além de outras possibilidades. Dessa forma, a comuni-cação pode ser ampliada, favorecendo o intercâmbio entre escolas de diferentes regiões e, até mesmo, de diferentes países.

Educação e tecnologia: uma parceria possível

Iecnologia

A cada dia fi ca mais claro que a mediação do professor é a chave para o sucesso dessa parceria. Sua atuação traz sentido para a interação com a tecnologia dentro da escola.

Por: Lilian Bacich, Célia R. Carone e Edilson A. Pichiliani

Tecnologia!

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Outra vantagem é possibilitar que o aluno se expresse. O ambiente virtual favorece a expressão por meio da leitura e da escrita, além de colaborar com a manifes-tação de alguns alunos que não se sentem à vontade em grandes grupos. A participação em fóruns ou salas de bate-papo, quando organizados com o fi m de com-partilhar informações sobre um determinado assunto, é uma oportunidade de expressão de conhecimentos construídos sobre o tema. Os recursos podem ser explorados nas diferentes disciplinas:

• Ciências Naturais: revistas de divulgação científi ca com conteúdo apropriado às crianças, como a Revista Ciência Hoje das Crianças, podem ser consultadas e vários textos podem ser trabalhados com os alunos, muitos deles sem a necessidade de adaptação da linguagem. • Arte: é possível que o aluno conheça e discuta sobre obras de diferentes artistas, disponíveis em sites de busca de imagens.• Geografi a: o uso de mapas virtuais amplia o estudo da cartografi a, uma vez que pode mostrar todos os lugares do planeta em versão cartográfi ca, imagens de satélite, e até mesmo fotos em 3D, em que é possível visualizar detalhes de uma paisagem.• História: é possível realizar visitas virtuais a museus e obter imagens que mostram instrumentos e ferra- mentas utilizados por nossos antepassados, além de conhecer mais sobre o estilo de vida de diferentes culturas.• Língua Portuguesa: além da leitura e interpretação é possível revisar textos individuais e coletivos produzidos com o auxílio de editores de texto. • Matemática: além da montagem de gráfi cos, é pos- sível a contextualização de problemas por meio da busca de dados numéricos atuais em sites como o do IBGE (www.ibge.gov.br), por exemplo.

A escola, porém, deve ser um contraponto real, pos-sibilitando que os alunos socializem as informações do ambiente virtual no ambiente real. O grande de-safi o é a contribuição das TICs como mediadoras nos processos de aprendizagem, modifi cando-o no sentido de oferecer uma qualidade maior ou diferenciada. De forma alguma o papel do professor como mediador é desvalorizado, pelo contrário: ele é o responsável por fazer uso consciente e produtivo das tecnologias de in-formação e comunicação.

O professor é responsável por

fazer uso consciente e produtivo

das tecnologias de informação e

comunicação.

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34 Iecnologia

Como começar?

Se você, professor, ainda não embarcou na onda tecnológica, não há problema. Sempre é tempo de começar. Inicie conversando com seus colegas; a troca entre pares pode ser a primeira opção para que você comece a se arriscar nas novidades oferecidas pela máquina. Agora, analise o que você já conhece sobre as ferramentas mais simples, como a criação de slides para sua aula. Os slides podem ser cria-dos no seu computador e salvos em um pen drive. Depois, é só projetar em uma tela bran-ca, usando um data show. Comece por eles e lembre-se de pedir ajuda sempre que precisar. Apesar de aparentar ser algo solitário, o con-tato com as ferramentas tecnológicas precisa ser mediado por essas trocas, até você se sen-tir seguro para as próximas etapas.Aprender a aprender. Esse é o momento em que você começará a pesquisar, vai verifi car o retorno dos alunos após suas aulas com os slides e começará a procurar pequenos víde-os para apresentar a eles, por exemplo. Você pode buscar tutoriais que ensinam o passo a passo de diferentes estratégias, como a mon-tagem de um blog, de slides animados, entre outras ideias.Finalmente, você começará a planejar suas au-las pensando nesses recursos e, gradualmente, sua metodologia será reformulada. Aquilo que deu certo, você certamente manterá e as no-vidades serão gradativamente incorporadas. Boa sorte!

Como pesquisar na internet

Na hora da pesquisa, a maioria dos alunos já sabe o que fazer: digita o título ou algumas pa-lavras-chave em um site de busca. Em seguida, clica no primeiro site que é indicado pelo bus-cador. Acessa as informações disponíveis e, na maioria das vezes, ”copia e cola“. Mas, será que as informações encontradas são ”confi áveis“? Trabalhar essa questão com os alunos é muito importante, porque eles precisam aprender a selecionar os sites que contêm as informações buscadas, mas, para isso, precisam conhecer algumas regras. Explique aos alunos que os sites que terminam com ”.com“ referem-se a instituições comerciais, os que terminam com ”.gov“ são sites do governo, os que terminam com ”.edu“ estão relacionados com instituições educacionais e os que terminam com ”.org“ são de organizações não governamentais. Essa é uma informação importante, mas o site mais confi ável vai depender do que está sendo pes-quisado. Se a pesquisa é sobre vacinas, os sites mais indicados são aqueles que fazem pesquisa sobre esse assunto, como o Instituto Butantan, por exemplo. Já em uma pesquisa sobre dados numéricos de uma população, sites que fazem um levantamento dessas informações, como o IBGE, são os mais confi áveis. Além disso, é fun-damental explicar aos alunos que ao ”copiar e colar“ uma informação, não estarão aprenden-do sobre o assunto e toda a pesquisa terá sido desnecessária.

Explorar a tecnologia em seu

cotidiano pode ser mais simples

e interessante do que você

imagina. Experimente seguir

as dicas acima!

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Para aprofundar esse tema, consulte:

www.internetresponsavel.com.brGuia para o uso responsável da internet, com textos para os alunos, os professores e pais ou responsáveis.

Tecnologias para transformar a educação, de Juana María Sancho e Fernando Hernández. Porto Alegre: Artmed, 2006.

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Montando um fi lme em stop motion

Ao propor para a turma a montagem de um fi lme em stop motion, principalmente para os alunos do 4o e 5o anos, as reações serão as mais variadas. Alguns conhecem detalhadamente a técnica, e até já fi zeram em casa, outros nunca ouviram falar... Mas, afi nal, o que é um fi lme em stop motion? A tradução literal seria ”mo-vimento parado“. Nessa proposta, muito utili-zada em alguns fi lmes como ”Noiva Cadáver“ e ”Wallace e Gromit“, os alunos devem fazer seus personagens utilizando massinha. Em se-guida, montar uma cena com os personagens e fotografá-los. Manter a máquina fotográfi ca, o celular ou o tablet fi xos, apoiados em algum lu-gar para que as imagens sejam tiradas sempre do mesmo local. Modifi car um pouco a posição dos personagens e fotografar novamente. Fa-zer isso várias vezes. Depois, é só transferir es-sas fotos para o computador e passá-las rapi-damente. Fácil, não é? Então, preparar, câmera e ação!

Criando um blog

Agora o assunto fi cou mais interessante: já pensou em publicar a evolução dos seus alu-nos? E comparar as produções que eles faziam no início do ano e o que já são capazes de fazer próximo do término do ano letivo?Criar um blog pode parecer algo complicado, mas pesquisando na rede você encontrará tu-toriais que ensinam o passo a passo de criação. Você não precisa começar pelo blog mais com-plicado, comece pelo mais simples e amplie, gradativamente, os recursos, deixando-o cada vez mais atraente. Divulgue o endereço entre seus alunos e rapidamente você terá o retorno das famílias que, certamente, será positivo.Mas, atenção: não é indicado expor, na rede, fotos das crianças. Por isso, procure apresentar os trabalhos, produções e outros materiais por eles produzidos. Existem cartilhas que orien-tam o uso seguro da internet que você pode consultar e divulgar aos seus alunos. Dessa forma, você os protege de qualquer situação complicada.

Escritores, roteiristas,

cineastas... Explore a tecnologia

para viver e compartilhar

novas experiências com

seus alunos.

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3636 Ensino de... Arte

Ensino de... Arte !

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O ensino da arte contemporânea nas escolas permite aos alunos refletir sobre a sociedade e as dinâmicas do mundo

em que vivem.Por: Rosa Iavelberg e Tarcísio Tatit Sapienza

Arte é área de conhecimento curricular com con-teúdos próprios, estruturada nas modalidades artes visuais, dança, música e teatro. Como

exemplo da amplitude e diversidade do conhecimen-to a trabalhar nesta área, observamos que as artes visuais incluem: desenho, pintura, gravura, escultura, arquitetura, design, fotografia, vídeo e manifestações multimídias. Nas propostas criadas atualmente, é co-mum que as fronteiras entre as diferentes linguagens da arte sejam ultrapassadas.É importante que a escola possibilite aos alunos aprender sobre as criações artísticas da atualidade para que possam ser leitores criativos das diversas formas de manifestação cultural de sua época e sai-bam se expressar e comunicar por meio da arte.As possibilidades de participação social de cada estu-dante ampliam-se no diálogo com as manifestações artísticas contemporâneas que estudam e atribuem significado, podendo assim criticá-las, situá-las e re-formulá-las.

Por que estudar na escola a arte de

nosso tempo?

Artistas do Cirque du Soleil realizam performance de dança no espetáculo Alegria.

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Por que incluir a Arte de nosso tempo no currículo?

O currículo de Arte expressa que indivíduo a escola quer formar. Na tomada de decisões a respeito de sua estruturação, é necessário considerar que concepções artísticas e de educação adotar. Na seleção dos con-teúdos é importante a inclusão de temas do desejo dos alunos, afeitos a seus interesses, às suas particu-laridades e às culturas que trazem consigo.Os artistas contemporâneos, por viverem e produzi-rem em nosso tempo, tematizam e revelam questões que propiciam a refl exão sobre a vida e a arte da atua-lidade. Suas poéticas estão em consonância com a época dos estudantes.O ensino da Arte contemporânea na escola é impor-tante por oferecer conteúdos que interessam aos alu-nos. Mobilizados pelo estudo dessas manifestações, eles podem aprender mais sobre si mesmos ao es-tabelecer conexões entre esse conhecimento e suas próprias vidas.

Arte contemporânea?

As palavras ”contemporâneo“, ”moderno“ e ”atual“ podem ser tomadas como sinônimos por sua defi ni-ção nos dicionários de Língua Portuguesa. Nesse sen-tido mais amplo, estudar arte contemporânea implicaconsiderar toda a arte criada na época em que vi-vemos. Além da produção de todos os profi ssionais dedicados às artes, podemos incluir também as ma-nifestações artísticas tradicionais de diferentes cultu-ras ainda realizadas em nossa época.No estudo de arte, os termos ”moderno“ e ”contem-porâneo“ são empregados para tratar de períodos distintos da História da Arte, caracterizados por dife-rentes concepções de manifestação artística. Nesse sentido específi co, o termo ”arte contemporânea“ é usado pelos especialistas para designar as propos-tas de artistas realizadas a partir do fi nal da Segunda Guerra Mundial, que discutem a própria ideia de arte e a aproximam da vida ao integrar nela várias áreas de conhecimento. A arte contemporânea questiona o que pode ser classifi cado ou não como arte, por exemplo: a proposição poética do artista pode ser um acontecimento (happening) que depende da intera-ção do público.Estudar arte contemporânea – no sentido mais am-plo e também no sentido específi co que destacamos acima – é uma indicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais, que propõem a ”valorização do ensino de conteúdos básicos de arte necessário à formação do cidadão, considerando ao longo dos anos de escola-ridade, manifestações artísticas de povos e culturas de diferentes épocas, incluindo a contemporaneida-de.“ [Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte, 1a a 4a séries. Brasília: MEC/SEF, 1997. p. 56].

Marcel Duchamp apropriou-se

de um mictório e o promoveu

a obra de arte.

Ensino de... Arte

de um mictório e o promoveu

de um mictório e o promoveu

eles podem aprender mais sobre si mesmos ao es-tabelecer conexões entre esse conhecimento e suas próprias vidas.

tas de artistas realizadas a partir do fi nal da Segunda Guerra Mundial, que discutem a própria ideia de arte e a aproximam da vida ao integrar nela várias áreas de conhecimento. A arte contemporânea questiona o que pode ser classifi cado ou não como arte, por exemplo: a proposição poética do artista pode ser um

) que depende da intera-

Estudar arte contemporânea – no sentido mais am-plo e também no sentido específi co que destacamos acima – é uma indicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais, que propõem a ”valorização do ensino de conteúdos básicos de arte necessário à formação do cidadão, considerando ao longo dos anos de escola-ridade, manifestações artísticas de povos e culturas de diferentes épocas, incluindo a contemporaneida-de.“ [Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte, 1a a 4a

séries. Brasília: MEC/SEF, 1997. p. 56].

Marcel Duchamp apropriou-se Marcel Duchamp apropriou-se

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Arte no Projeto Presente

Para que os alunos possam conhecer produções artís-ticas contemporâneas de qualidade e compreender a arte na sociedade atual em suas diferentes lingua-gens, selecionamos para os livros de Arte dessa co-leção realizações signifi cativas de diversos artistas contemporâneos.Os temas que estruturam as unidades dos livros pro-põem conexões entre as produções dos artistas sele-cionados, ampliando seu signifi cado e relacionando suas criações com as de artistas de outras épocas.Os alunos conhecerão os artistas por meio de seus trabalhos. Os textos do Livro do aluno e do Guia do professor apresentam dados pertinentes sobre a bio-grafi a do artista e seu contexto histórico, geográfi co, político e social. As propostas de aprendizagem pro-movem a interação entre os conteúdos aprendidos no diálogo com essas obras e a experiência cotidiana dos alunos. A refl exão sobre a arte enquanto objeto social e his-tórico é realizada por meio da leitura das produções artísticas, do diálogo sobre seus signifi cados, da es-crita de textos e do fazer artístico. Apreciar, refl etir e fazer são propostos como ações de aprendizagem integradas.

Por exemplo, a leitura de imagens do músico Hermeto Pascoal tocando piano em uma chaleira permite des-pertar a curiosidade dos alunos e promover o diálogo sobre sua concepção de música, ampliada na realiza-ção de uma atividade de tocar garrafas preenchidas com água.Apresentamos conteúdos da arte contemporânea em propostas didáticas que têm como objetivo desper-tar o interesse dos alunos e promover o gosto por frequentar instituições culturais. Ao aprender a dia-logar de maneira informada com a arte presente em seu cotidiano, reconhecendo e valorizando diferentes padrões artísticos e estéticos, os alunos habilitam-se a exercer seu direito de desfrutar do patrimônio cul-tural e conquistam novas possibilidades de participa-ção em sua cultura.

Os grafiteiros Osgemeos

apresentam sua poética nas

ruas de diferentes cidades.

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Arte no Projeto Presente

Para que os alunos possam conhecer produções artís-ticas contemporâneas de qualidade e compreender a arte na sociedade atual em suas diferentes lingua-gens, selecionamos para os livros de Arte dessa co-leção realizações signifi cativas de diversos artistas contemporâneos.Os temas que estruturam as unidades dos livros pro-põem conexões entre as produções dos artistas sele-cionados, ampliando seu signifi cado e relacionando suas criações com as de artistas de outras épocas.Os alunos conhecerão os artistas por meio de seus trabalhos. Os textos do professorgrafi a do artista e seu contexto histórico, geográfi co, político e social. As propostas de aprendizagem pro-movem a interação entre os conteúdos aprendidos no diálogo com essas obras e a experiência cotidiana dos alunos. A refl exão sobre a arte enquanto objeto social e his-tórico é realizada por meio da leitura das produções

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40 Estante a e i o u

Cadê o super-herói?Por: Walcyr Carrasco

Tomé adora os super-heróis. Tanto que se transforma em Super-Tomé, mas a turma não acredita que ele possa voar. Quando os super-heróis da televisão vêm visitar o Brasil, ele consegue encontrá-los. Daí...

Tema transversal: Pluralidade Cultural

Do campo à mesaO caminho dos alimentos

Por: Teddy Chu

Do plantio à colheita, da criação de animais à distribuição dos alimentos, este livro mostra que o alimento não cai do céu, custa dinheiro e depende do trabalho de muitas pessoas. E aproveita para passar

algumas receitas, mostrando que cozinhar pode ser divertido.

Temas transversais: Saúde, Pluralidade Cultural e Meio Ambiente

Chiclete e os tênis mais fedorentos do mundoPor: Megan McDonald

Chiclete vai ao Museu de Ciências e visita a exposição ”Ai, que nojo!“. Ali ele conhece a Máquina do Vômito, o Medidor de Arrotos e os Puns Musicais. É quando ele descobre que seu nariz tem uma capacidade incrível de perceber cheiros! Então, ele mergulha numa porção de coisas fedorentas e compete com sua melhor amiga, Sofia, pelo prêmio no concurso ”Os Tênis mais Fedorentos do Mundo“.

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Estante!

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41a e i o u

Perdidos na mataExplorando os cinco sentidosPor: Ricardo Dreguer

Júlia é uma menina de sete anos que não enxerga, mas que utiliza o tato, o paladar e a audição, para ”ver“. Gabriela, Danilo e Fábio são seus colegas de sala. Juntos vão vivenciar uma experiência repleta de aventura no meio da mata. O livro propõe descobertas sobre os cincos sentidos e explora o respeito às diferenças e o trabalho em equipe.

Temas transversais: Cidadania, Respeito à Diversidade, Ética e Meio Ambiente

Os bichos que tiveMemórias zoológicas

Por: Sylvia Orthof

Rã, coelho, gato, cachorro e até bicho-de-pé. Todos eles já foram ”animais de estimação“ da menina Sylvia. Ao recordar sua infância, a autora relata as alegrias, os problemas e muitas surpresas na convivência diária com alguns

”bichinhos“. Até mesmo um ser imaginário, o bicho-papão, ganha uma história só para ele.

Camilão, o comilãoPor: Ana Maria Machado

Conheça Camilo, um simpático leitão, amigo de todos, mas um grande comilão! Gosta de comer, mas não de trabalhar. Por isso, tudo o que come, prefere ganhar. Preguiçoso, mas tem bom coração. É impossível não amar nosso Camilão!

Confira dicas de leitura para levar para a sala de aula, propostas pelos autores do Projeto Presente.

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