Revista Senhora Mesa

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COMEMORE COM A GENTE ROTEIRO DA CERVEJA ARTESANAL EM PIRACICABA O charme da rua Luiz de Queiroz PREPARE-SE PARA O ANO DA ALEMANHA NO BRASIL 15 anos de Navegantes! Agora na sua casa Mediterrâneo Vinhos que não podem faltar na sua mesa em 2013! PERUANOS RADICADOS EM PIRACICABA TESTAM O PRIMEIRO RESTÔ TÍPICO DA REGIÃO 12 Receitas de chef para fazer em casa Bem-casados para festejar!

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Revista Senhora Mesa 1ª Edição - Viver com Gosto

Transcript of Revista Senhora Mesa

Page 1: Revista Senhora Mesa

COMEMORE COM A GENTE

ROTEIRO DA CERVEJA ARTESANAL EM PIRACICABA

O charme da ruaLuiz de Queiroz

PREPARE-SE PARA O ANO DA ALEMANHA NO BRASIL

15 anos de Navegantes! Agora na sua casa

Mediterrâneo Vinhos que não podem faltar na sua

mesa em 2013!

PERUANOS RADICADOS EM PIRACICABA TESTAM O PRIMEIRO RESTÔ TÍPICO DA REGIÃO

12 Receitas de chef para fazer em casa

Bem-casados para festejar!

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Culinária é coisa séria. Cultura e ciência se juntam no prato com o

destino final de nos proporcionar prazer. Mas também é coisa de mãe, de

vó, de amigo que faz miojo, de lasanha de domingo a foie gras em Paris.

Ao mesmo tempo em que se volta à modernidade disso tudo, com repor-

tagens que aprofundam temas específicos da gastronomia, a Revista Se-

nhora Mesa assume o dever de aguçar os seus sentidos com deliciosas re-

ceitas e fotos de deixar salivando até a top model mais light do planeta.

Em Piracicaba vive um mundo gastronômico a ser descoberto, bem

interpretado e compartilhado. ‘O lugar onde o peixe para’ possui tradi-

ções gastronômicas riquíssimas, personagens singulares e muita história

boa para contar. Também vamos trazer novidades de fora e ainda fazer

de você um leitor mais bem informado sobre o mundo gourmet.

As nossas páginas contarão mais sobre o que comer e onde comer, e

se você gosta de se envolver com as panelas, contará com boas sugestões

do que preparar. Capriche na decoração da mesa com nossas dicas e sai-

ba mais sobre o mundo dos vinhos em matérias dedicadas exclusivamen-

te a esse universo fantástico.

Um time de peso se juntou para servi-lo. Prepare o paladar com o

menu a seguir e vire a página para começar a degustar a revista mais

saborosa de toda a região. Bon appetit!

Patrícia Guimarã[email protected]

Foto: Jorge QueirozProdução: Patricia GuimarãesBem-casados: Dolcce

EXPEDIENTEA revista Senhora Mesa é um projeto editorial da jornalista Patrícia Guimarães em parceria com o MBM Escritório de Ideias.

CNPJ 09461319/0001-99

Publicação bimestral

Diretora GeralPatrícia Guimarães(MTb 52.448)

MBM Escritório de IdeiasDiretorBruno Fernandes ChamochumbiEditoraCristiane Sanches(MTb 21.937)

ReportagensBruno Fernandes [email protected] [email protected]ícia Guimarãespatrí[email protected] [email protected]

Colaboram nesta ediçãoPaulo Eduardo Zioni FerrettiDaniele PavanelliJorge Queiroz

Sugestões e comentários:[email protected]

Projeto gráfico e paginação:MBM Escritório de IdeiasAllan Felipe Dalla VillaLívia TellesThais Alves

Contribuição:André Cunha MartinsCarla ChamochumbiCristiane BoninDébora FernedaFabrício CoralSusane TrevizanTeresa Blasco

Anuncie na Revista Senhora Mesa: [email protected] • (19) 9933.5005 [email protected] • (19) 3371.5944

Anúncios e informes publicitários são espaços adquiridos pelos anunciantes e seu conteúdo é de inteira responsabilidade de cada um deles, cabendo à Revista Senhora Mesa apenas reproduzi-los nos espaços comercializados. A opinião de colaboradores não é necessariamente a opinião da revista. Matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores.

Rua Regente Feijó, 2387 – Vila Monteiro – Piracicaba – SP – CEP 13418-560

Fone: 19 3371-5944

Tiragem 5.000 exemplares • Distribuição gratuita, exclusiva e dirigida

www.senhoramesa.com.br • facebook.com/senhoramesa • @senhoramesa

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Um mundo a ser descoberto

Capa

EDITORIAL

Page 5: Revista Senhora Mesa

Pitadas...........................................................................................................6

Talento promissor....................................................................................8

Salada com textura..............................................................................10

Alemanha Lá e Cá...............................................................................12

Navegantes................................................................................................16

Sabor de saudade.................................................................................20

Almoço em família.............................................................................22

Bem-casados............................................................................................24

Juntando os amigos............................................................................30

Sabor no copo...........................................................................................36

Do copo para a panela.....................................................................42

A boemia é aqui...................................................................................46

Top 10 para 2013.................................................................................50

Vinho sem frescura.............................................................................52

Viagem saborosa.................................................................................54

Bolo e champanhe? Esqueça!......................................................56

Coma mais cereja..................................................................................58

Only the Best...........................................................................................60

Coluna social............................................................................................62

Lemon Curd..............................................................................................66

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Pitadas

De Cabrón: a primeira pimenta gourmet do Brasil

Esqueça essa história de pimenta servir apenas para arder a lín-gua. O molho concentrado De Cabrón reúne muito sabor e pi-cância na medida da sua coragem: Mirim, Humana, Profissa e Insana. Em Piracicaba você pode encontrar no Empório Casa Pa-vanelli, que fica na rua Riachuelo, 798, Centro. O telefone de lá é o (19) 3434-9813. Para saber mais acesse www.decabron.com.br.

Pizza sem glúten

Os celíacos podem comemorar. A pizzaria Micheluccio, em Piracicaba, lançou recentemente a pizza sem glúten. Se você também está de dieta, vale a pena escolher essa opção de massa. Ela pode ser pedida em todos os sabores. O telefone de lá é o (19) 3433-6969. A ideia é da nutricionista e proprietária Daniella Giannetti Delfini. Os celíacos agradecem.

Restaurante 3 em 1

Já virou o QG de muitas famílias. Em um só lugar você pode comer pizza, sushi ou suculentas carnes. Essa é a proposta do Montana Steaks, Santa Pizza e Sushi Bamboo, que juntos contrariam a Lei de Einstein dividindo o mesmo lugar no espaço. Mas a comodidade maior mesmo é ter um parquinho e uma brinquedoteca com monitor. Só assim para os pais tomarem um chope gelado sem preocupação. O restaurante fica na rua Alferes José Caetano, 1312, Centro. O telefone de lá é o (19) 3422-9411.

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MESTRE-CUCA

Aprenda a preparar risotos com a Chef Jill Guidotti. Basta se inscrever no curso oferecido pela Nutriz no dia 23 de maio. Os sabores vão desde aqueles que lembram o sertão, com abóbora e carne-seca, ao sofisticado salmão e caviar. Informações no site www.nutrizonline.com.br ou pelo telefone (19) 3434-7111.

SORVETE & CONGELADOS

Um lugar cheio de surpresas gastronômicas. É o que promete a Perfetto Gelato & Congelados, que acaba de ser inaugurado pelo casal Eloísa e Bruno Vasconcellos. A nova casa está localizada na rua Dona Eugênia, 852, no coração do Jardim Europa, em Piracicaba.

SENHORA MESA INDICA:

Os azeites também entraram nessa onda e a marca La Pastina traz para o Brasil o azeite orgânico extra virgem com certificação DOP, ou seja, de origem controlada. Ele é 100% ita-liano e cultivado naturalmente. A cor dou-rada mostra seu potencial, e o sabor intenso e frutado combina muito bem como acom-panhamento de massas, pão, sopa, salada... Uma delícia!

Com pressa?Passe no Mercadão!

Chegou o domingo e junto com ele a preguiça de cozi-nhar? Nada mais normal. Mas se não quer deixar de comer algo saboroso, confira os pratos prontos da banca O Comilão, que fica no Merca-do Municipal. O telefone de lá é o (19) 3434-5163.(Div

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PERFIL

Talento promissor

Com apenas 21 anos, César Paulino da Cos-ta contrariou o prognóstico de uma família de médicos, seguiu o coração e já acumu-

la experiência de forno e fogão. Nos dois últimos

anos passou pelo Grupo Casaretto e TRE, ambos

em Piracicaba, pelo D.O.M, de Alex Atala, e ain-

da estagiou na cozinha do Maní, dos chefs He-

lena Rizzo e Daniel Redondo. Quase terminou a

faculdade, mas ainda tem matérias pendentes.

“Preferi estagiar”, conta.

O ‘gosto’ pela cozinha surgiu logo depois do

sonho de menino de ser fazendeiro. “Minha mãe

gosta muito de cozinhar, mas foi meu amigo Enzo

que me fez dedicar minha vida para a gastrono-

mia”.

Neste exato momento ele está longe, bem

longe. Até o final do ano faz uma temporada de

estágios na República Tcheca. A última vez que

falamos com César, ele estava trabalhando na

cozinha do restaurante La Degustation Boheme

Bourgeoise, com indicação no guia Michelan. “Es-

tou aprendendo muito”, revela o novato cozinhei-

ro que dedica seu tempo a aprender técnicas de

defumação, cura de carnes, dry age meat e fer-

mentação

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ENTRADA

Nesta invenção da empresária Karina Aroni, formada na primeira turma de gastronomia da Unimep (Universidade

Metodista de Piracicaba), a crocância da cenoura fresca se mistura à doçura do tomate-cereja. A textura é garantida com a granola salgada que, além de deliciosa, é cheia de nutrientes. Confira a receita do molho..

Ingredientes2 colheres (sopa) de vinagre de maçã2 colheres (sopa) de molho shoyu4 colheres (sopa) de óleo de gergelim1 colher (sopa) de gergelim integral.

Misture tudo, tempere a salada e salpique a granola salgada.

SALADA com textura

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1 5 A N O S

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apoio

Lindenberg Timboril

Programação completa de aniversário: navegantesrestaurante.com.br

NavegantesRestauranteav. cruzeiro do sul, 3200 - piracicaba/SP | 19 3421.1302

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PRATO PRINCIPAL*ALEMANHA

Culinária típica ganha destaque

no Ano da Alemanha no Brasil

Por Ronaldo V

ictoria • Foto:

Jorge Queiroz

ALEMANHALÁ E CÁ

Schweinekoteletts Mit Gebratenen Äpfeln

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Vigorosa e marcante, a gastronomia alemã arrebanha cada vez mais adeptos no Brasil. Fortemente caracterizada pelos pratos à base

de carne suína e de batatas, a culinária germânica deve ganhar ainda mais evidência com o Ano da Ale-manha no Brasil, celebrado em 2013. Com o tema cen-tral Quando Ideias se Encontram, o evento terá uma extensa e variada agenda que inclui simpósios, exposi-ções, apresentações artísticas e palestras.

A programação vai de maio de 2013 a maio de 2014 e a logomarca -- uma estrela de cinco pontas formada por três fitas com as cores brasileiras (verde, amarelo e azul) e duas com as cores alemãs (verme-lho e preto) -- já teve lançamento oficial no início deste ano.

As novidades são esperanças no sentido de estreitar os laços não apenas comerciais, mas culturais entre os dois países. E isso inclui o aspecto gastronômico. Afinal, a rica culinária que vem da Alemanha - localizada entre o Mar do Norte e do Báltico -, não precisa ser de-gustada em maio, na Festa das Nações, ou por quem espera para ir a Blumenau (SC) durante a Oktoberfest.

Quem mora em Piracicaba, tem uma bela opção e que já está instalada na cidade há mais de sete anos. É o Fassbier (o nome oficial é FabBier, mas os proprietá-rios optaram por essa grafia para estimular a pronún-cia correta), que está na Unileste, ao lado da Rosfrios, casa especializada em frios e carnes que é a matriz do restaurante.

O gerente Cláudio Gomes, que trabalha no local desde a inauguração, conta que a princípio veio para ‘dar uma força’ ao proprietário Roberto Carlos Zarati-ni, conhecido como Beto da Rosfrios. “A primeira ideia era fazer uma espécie de petiscaria, para o pessoal to-mar chope junto com os frios. Era para servir derivados suínos em porções. Mas eu disse que teríamos condições de abrir um restaurante”, lembra Cláudio, nascido em Sumaré e radicado na cidade desde então.

Por sorte, o professor de gastronomia do Senac, con-sultado por Zarattini para a elaboração do cardápio, também sugeriu a abertura de um restaurante. E a casa tem vivido nesses anos uma fase constante de su-cesso.

Mas o cardápio, conta Cláudio, teve algumas adaptações ao longo do tempo. “Não tem jeito. Existe essa visão de que a culinária alemã é forte e engorda. E isso influencia principalmente as mulheres. Eu diria

que a culinária alemã é masculina. Então, para agra-dar a esse público, que quase sempre é quem escolhe o restaurante, optamos por colocar outras opções no car-dápio”, revela o gerente.

Essas alternativas são peixes (como o lombo de bacalhau grillé e o abadejo à Belle Meuniere), risotos, carnes (medalhão de filé) e massas (nhoque e fettuci-ne). Mas o carro-chefe continuam sendo o velho e óti-mo eisbein (joelho de porco) e a deliciosa kassler (bis-teca suína grelhada). “Esses são os mais pedidos e têm um sabor marcante, bem condimentado”, diz. Outras opções germânicas são páprica schnitzel (escalope de copa-lombo empanado e regado ao molho de páprica, acompanhado de nhoque de batata), gebratene euten keule (coxa de pato assada servida com panqueca de batata e chucrute com ameixas salteadas) e gegrilt-twurst (salsichas tipo alemã grelhadas, servidas com chucrute).

Mas, para os leitores da revista Senhora Mesa, Cláudio selecionou e dá a receita de suas duas atrações principais: o eisbein e as costeletas

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(Clássico joelho suíno servido com kassler, chucru-te, salsicha alemã e batatas cozidas)

Ingredientes:

1 joelho suíno seringado

1 kassler (bisteca suína)

2 salsichas vermelhas

2 salsichas brancas

300 gramas de chucrute

300 gramas de repolho-roxo

4 folhas de louro

2 colheres (sopa) de páprica

4 colheres (sopa) de mostarda

2 colheres (sopa) de zimbro

PreparoColoque o joelho em uma panela de pressão com água suficiente e junte os temperos. Deixe cozi-nhar por 40 minutos. Depois acrescente o kassler (já frito separadamente). Frite o joelho em bas-tante óleo fervente para ‘pururucar’. Cozinhe as salsichas à parte. Como acompanhamento, sirva com repolho-roxo, batatas e chucrute.

Schweinekoteletts Mit Gebratenen Äpfeln(Costeletas suínas servidas com maçãs grelhadas, chucrute e molho alemão)

Ingredientes:

1kg de costeleta suína especial

400 g de chucrute (pronto)

2 maçãs

1 xícara (chá) de vinho branco

1 cebola média picada

Sal, azeite, mostarda, limão e mel

PreparoTempere as costeletas a gosto, acrescente uma xí-cara (chá) de vinho branco e a cebola. Cozinhe até ficarem bem macias. Corte as maçãs no senti-do vertical e grelhe em frigideira ante-aderente.

Para o molhoMisture o azeite, mostarda, limão, sal e mel. Re-gue as costeletas ou sirva à parte.

EISBEIN WIN IN DEUTSCHLANDPor Fassbier

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Receitade sucesso

Especializado em cozinha mediterrânea, Navegantes completa 15 anos com programação especial

Por Ronaldo Victoria e Cristiane Sanches • Fotos: Jorge Queiroz

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Existe receita para o sucesso? Há quem diga que sim e os livros de auto-ajuda direciona-dos ao mercado corporativo estão aí para

reforçar essa tese. Mas não foi nesses livros que Dalmo e Sanny Braga foram buscar inspiração para fazer do Navegantes Restaurante um suces-so (perdoem a rima!) retumbante nesses 15 anos de existência, comemorados em 2013.

E quais são os ingredientes dessa receita tão bem-sucedida? Anote: comida mediterrânea pre-parada divinamente por quem realmente enten-de do assunto e ama a gastronomia; serviço de primeira; instalações confortáveis e charmosas à beira do majestoso rio Piracicaba, uma carta de vinhos impecável e, o principal, a sensação de que estamos em casa na companhia simpática e que-rida do casal Braga.

Único restaurante de Piracicaba que serve os-tras, o Navegantes é reconhecido e apreciado pe-los pratos à base de frutos do mar como a paella e a caldeirada, mas tem em seu cardápio outras delícias preparadas com carnes vermelhas que merecem ser degustadas, como o medalhão de filé mignon acompanhado de risotos diversos, o osso-buco, o pernil de cordeiro e a paletinha de leitoa caipira.

Sanny e Dalmo encaram a trajetória de sucesso do Navegantes com a mesma serenidade e sim-plicidade que os fazem tão especiais. “Não existe receita. É muito trabalho, pesquisa, convivência com os clientes para saber o que eles realmente esperam de nós, amor pelo nosso ofício e fé no fu-turo”, diz Sanny, a Chef do restaurente. “Somos privilegiados por chegar até aqui, rodeados de amigos que sempre nos prestigiam e nos motivam querer ser cada vez melhores”, completa Dalmo, que administra a casa.

COMEMORAÇÃO

Fazer 15 anos mantendo o mesmo padrão de atendimento e bom gosto é uma ocasião para ser festejada em grande estilo. Por isso, o Navegantes está com uma programação especial para cele-brar a data, com patrocínio da Construtora Adol-pho Lindenberg.

Os eventos acontecem desde o começo de abril e vão se estender até o dia 29 de julho. A pro-gramação tem como objetivo trazer para o públi-co o que o Navegantes tem de melhor: uma casa aconchegante, onde obviamente se come bem, mas onde também se pode apreciar atividades culturais como um show de música ou uma expo-sição de artes plásticas.

Por isso, a programação de aniversário não contempla apenas a parte gastronômica, mas abre um leque de atrações. A variedade é a mar-ca. Porém, em se tratando de gastronomia, o Na-vegantes terá durante este período opções diferen-tes para o Dia das Mães, em maio, e o Dia dos Namorados, em junho, duas datas especiais para a casa.

Com início em abril, as degustações de vinhos, realizadas em parceria com vinícolas renomadas, prosseguem em maio com a presença do enólogo italiano Vincenzo Protti, no dia 8. Na área de ar-tes plásticas, está em cartaz até o final de julho uma exposição da artista Jaca Almeida, que des-taca 40 obras feitas em feltro colorido e retratam grandes nomes da música e do cinema nacional e mundial.

O Navegantes fica na avenida Cruzeiro do Sul, 3200, e o telefone é 3421-1302. Abre diaria-mente para o almoço, das 11h30 às 16h e de segun-da a sábado para o jantar, a partir das 18h

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Ingredientes4 camarões-rosa descascadosAzeite para grelhar o camarão1 colher de chá de alho picadinhoManjericão e tomatinho-cereja a gosto

PreparoGrelhe os camarões no azeite. Quando estiverem douradinhos, junte o alho. Espere dourar e finalize com o manjericão e os tomatinhos.

Risoto75g de camarão (limpo e temperado com azeite, sal e pimenta50g de arroz italiano3 colheres de queijo parmesão ralado2 colheres de manteiga

60g de tomate (sem pele e cortado em cubos pe-quenos)Sal a gostoPimenta-do-reino a gostoManjericão a gosto250ml de caldo de legumes5g de cebola picada (em cubos pequenos)10ml de vinho branco

PreparoEm uma panela, coloque a manteiga e a cebo-la. Deixe dourar. Adicione o arroz e flambe com o vinho. Junte, aos poucos, o caldo de legumes. Pou-co antes de o arroz atingir o cozimento al dente, coloque o camarão. Mexa e acrescente um pouco mais de caldo. Junte o tomate e tempere com o manjericão, o restante da manteiga, o sal, a pi-menta e o parmesão.

Camarões à ProvençalChef Sanny Braga

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Page 19: Revista Senhora Mesa

Uma novidade importante apresentada pelo restaurante é o Navegantes em Casa, que traz para Piracicaba a moderna técnica francesa do sous-vide. Por meio desse método, o alimen-to é hermeticamente embalado a vácuo, mantendo a integri-dade e o sabor, evitando a perda de umidade. Para o cliente, basta abrir a embalagem e colocar no forno para finalizar.

Lombo de bacalhau à

moda antiga

Navegantesem Casa

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Sabor de saudade. Esta é a melhor tradução para o sentimento de quem é peruano, vive fora do país e tem aquela gastronomia tão

característica incorporada em seu dia a dia. O coentro, a cebola-roxa, as pimentas, as batatas e o milho. Tudo tão característico, tão especial, tão afetivo.

Não é a toa que o Peru está na lista dos me-lhores destinos gourmets do mundo. Viajar pelo país é uma experiência sensorial. Numa pequena extensão, paisagens, temperaturas e ecossistemas diversos que favorecem a riqueza gastronômica.

Aromas, sabores e temperos do Peru ainda estão presentes para os irmãos radicados em Pi-racicaba: a psicóloga Maria Delfina Quintana Ribeiro, o engenheiro civil Luiz Enrique Oscar Quintana Gomes Sanchez, e a empresária Clau-dia Maria Quintana Gomes Sanchez Piedade.

E olha que eles vieram para cá quando ain-da eram crianças, há 44 anos, acompanhando o pai, engenheiro químico, que veio buscar no Brasil melhores condições de vida. A família passou por São Paulo e uma fazenda na região de Ribeirão Preto, até chegar a Piracicaba, de onde não pre-tendem mais sair.

A convite da Revista Senhora Mesa, eles testaram e aprovaram o cardápio do restaurante peruano Sr. Saldanha, inaugurado há seis meses em Piracica-ba, na avenida Saldanha Marinho. “A gente nunca consegue esquecer o gosto da terra-mãe”, conta Claudia. “Até hoje, só conversamos entre nós em espanhol”, lembra Delfina. E as receitas são as mes-mas ensinadas pela mãe.

“Até uns seis meses eu era tido como o melhor cozinheiro de pratos peruanos

em Piracicaba. Mas agora apareceu o Felix”, con-ta Luiz Enrique, que é conhecido na cidade pelo apelido de Peru. Felix Presbitero e Mariano Vega são os chefs do Sr. Saldanha.

A casa, além de ponto de encontro da família, é um lugar onde eles podem matar a saudade da comida que para eles tem sabor marcante e ne-nhum medo de ser condimentada. “A cozinha pe-ruana é muito variada, tem peixe, carne, batata e muito milho. Tanto que o primeiro sabor que me vem à mente é o da pimenta”, revela Claudia.

“Nos últimos tempos, a gastronomia peruana tem experimentado uma modernização, princi-palmente por conta de Gastón Acurio, uma ver-dadeira celebridade, conhecido em todo o mundo. Para abrir o restaurante, estivemos muitas vezes no Peru para entender essa grande riqueza cultu-ral”, aponta Amarildo Oliveira, um dos sócios da casa.

Amarildo aponta que o ceviche peruano ain-da é a grande atração. Mas lembra que no cardá-pio do Sr. Saldanha tem outras propostas suculen-tas, como os tradicionais grelhados tipo parrilla e opções à la carte e self service

PRATO PRINCIPAL

Sabor de saudadePeruanos radicados em Piracicaba testam o primeiro restô típico da região

Por Bruno Chamochumbi e Ronaldo Victoria • Fotos: Jorge Queiroz

Bruno, Claudia, Luiz Enrique e Delfina: amor pela gastronomia peruana

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Page 21: Revista Senhora Mesa

Ingredientes200 gramas de peixe branco fresco (de preferên-cia robalo, corvina ou saint peter)Cebola-roxa a gostomilho a gosto6 limõessal a gostocoentropimenta dedo-de-moça

Preparo

Corte o peixe em lâminas e tempere com os limões espremidos. Depois, acrescente a cebola-roxa cor-tada em anéis e o milho. Quem quiser, pode colo-car coentro e pimenta dedo-de-moça cortada em rodelas bem finas.

CEVICHEChef Felix Presbitero

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MESA POSTA

Nada de combinações óbvias e neu-tras para a mesa do almoço em família. Misture cores fortes como

nesta sugestão das empresárias Maria Hele-na e Amira Kalaf, da Degusta Casa.

Almoço em família

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MATÉRIA DA CAPA*BEM-CASADOS

Antes da primeira mordida

Reunimos um time açucarado para mos-trar que o tradicional bem-casado pode ser a parte mais doce de muitas comemo-rações e fazer a alegria dos convidados

Por Patrícia Guimarães • Fotos: Jorge Queiroz

Chá da tarde com as amigas, pela Dolcce

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Um pedido antes da primeira mordi-da, e toda a sorte e felicidade dos noivos estará garantida. Essa é a

promessa do centenário bem-casado, o do-cinho português que chegou ao Brasil com a colonização. Assim como véu, grinalda e aliança, o bem-casado é considerado um símbolo do matrimônio.

As duas bolachas de pão-de-ló represen-tam a noiva e o noivo, que são unidas por um recheio doce. Assim, as duas metades se tornam uma só, bem casadinha. Eles ainda passam por um banho em calda de açúcar e, no fim, são cobertos por mais açúcar que forma uma casquinha crocante.

Desde sua criação, não faltaram motivos para incluir os bem-casados em outras cele-brações, dando origem ao bem-nascido e ao bem-vivido. Nesta reportagem docerias da cidade ainda sugerem que ele seja servido durante um chá da tarde e até em aniver-sário de criança. O que vale é a criativi-dade na hora de compor a mesa e escolher as embalagens. O doce-de-leite é o recheio mais tradicional, mas em ocasiões menos formais outros cremes podem unir as duas partes, como o brasileiríssimo brigadeiro ou o beijinho de coco.

A chef especializada em confeitaria, Tatiane Santos, conta que a calda deve estar no ponto exato para que deixe o pão-de-ló úmido na medida certa. “O ideal é a calda ter alguma acidez e, para isso, utilizo raspas de laranja ou limão”. O recheio, diz a chef, também não pode ser mole demais. “Conseguimos o melhor resultado com o recheio tradicional sendo feito com o leite condensado cozido”, revela.

Sabe aquela tia que no fim do casamento co-locava vários bem-casados na bolsa e você não sabia como ela iria comer tudo no dia seguinte? Com certeza ela já sabia guardar corretamente os doces. Tatiane conta que o ideal é que ele seja consumido em uma semana, mas pode ser con-gelado. “Nesse caso, durante o descongelamento a embalagem deve ser aberta para que ele não fique melado por completo”

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*BEM-CASADOS

Festa Infantil,

por Chocoflama

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Massa165 g de ovos inteiros40 g de açúcar 50 g de farinha de trigo20 g de amido de milho

Recheio250 g de doce-de-leite

Calda300 g de açúcar300 ml de água morna1 pitada de suco cítrico ou uma dose de licor de sua preferência

Preparo

Massa: bata as claras em neve firme. Com a batedei-ra ligada, acrescente o açúcar aos poucos. Em seguida, coloque as gemas e bata um pouco mais para misturar bem. Retire a massa da batedeira e incorpore a farinha de trigo peneirando sobre a massa, e em movimento de baixo para cima com a colher. Coloque a massa em um saco de confeitar e faça um furo pequeno, da espes-sura de uma caneta, ou utilize o bico perle (redondo)

número 8. Pingue a massa em forma de discos sobre um silicone anti-aderente ou em um papel-manteiga untado e enfarinhado. Leve ao forno médio por apro-ximadamente 15 minutos. Depois de pronto, deixe es-friar, recheie e, por fim, banhe na calda.

Recheio: cozinhe a lata de leite condensado na panela de pressão por 25 minutos após abrir pressão. Deixe es-friar completamente. Coloque em um saco de confeitar com furo pequeno e assim forme ‘bolinhas’ sobre os dis-cos de massa. Una os discos.

Calda: leve ao fogo a água e o açúcar até a calda ficar em ponto de fio leve. Acrescente o saborizante que pre-ferir (raspas de laranja, licor, cravo, canela, rum etc.) e deixe esfriar completamente. Teste o ponto novamente. A calda deve estar em ponto de fio leve quando fria. Se estiver muito grossa, vá acrescentando água até fi-car em fio (bastante rala).

Montagem: recheie os discos de massa e os una. Mer-gulhe os bem-casados na calda fria e deixe escorrer por 10 minutos em uma grade. Passe-os no açúcar refinado e embrulhe com papel celofane.

Chef Tatiane SantosRendimento: 23 unidades

Bem-nascido, por Cristina Bonachela

Bem-casado

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*BEM-CASADOS

Dia do Sim, por Lamego

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PRATO PRINCIPAL*RECEBER BEM

Beatriz e Juliano Dorizotto reúnem os amigos em casa para degustar um delicioso carré de cordeiro com molho de hortelã acompanhado de risoto de brócolis

Por Patrícia Guimarães • Fotos: Jorge Queiroz

Juntando os amigos

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A receita mais eficaz para uma noite di-vertida e relaxante é com certeza juntar os amigos em volta de uma mesa. En-

quanto dois conversam na beira da churrasquei-ra, algumas amigas se reúnem em volta da sala-da e outros se alinham para escolher e servir as bebidas. O ritual é praticamente o mesmo, o que muda são as formas de receber, o cuidado com os convidados e, lógico, o bom humor de todos.

E foi em uma noite com todas essas boas qua-lidades que a equipe da revista Senhora Mesa foi recebida para um jantar na casa do empresário Juliano Dorizotto e sua mulher, Beatriz Vitti Do-rizotto. Um petit comité regado a vinho da uva Pinot Noir, já que a noite estava bem quente, e ‘loura’ bem gelada para os cervejeiros. Na chur-rasqueira tipo americana, carré de cordeiro em corte francês, mais alto, com dois ossinhos de es-pessura, o que torna a carne macia e suculenta. “O meu lazer é mais em casa mesmo, juntando as pessoas que eu gosto. Nos mudamos há pouco mais de um ano e o projeto foi todo pensado para receber os amigos”.

É praticamente impos-sível olhar para os espaços integrados e não pensar logo em organizar um jan-tar. E para muita gente. A varanda abriga um lounge com sofá e poltronas confor-táveis. Na parede, um telão exibindo o show da banda Kid Abelha deixa o ambiente confortável. Na mesma va-randa, mas em lado oposto,

fica a cozinha planejada pela arquiteta Fabiana Gelmini e executada pela Bontempo, com uma bancada extensa, servindo também como mesa para os convidados, e um fogão.

O casal já pensou em todos os detalhes. “Já te-mos o projeto para instalar um elevador no fu-turo. Essa é a casa da nossa vida”, disse Juliano. Além de mostrar a sua parte preferida da casa, que conta também com um deck bem servido por uma piscina, ele dá uma dica para quem quiser preparar o carré na grelha da churrasqueira: “Eu uso flor de sal para temperar o carré, uma pitada antes e mais uma no final, antes de servir”. Mas o maior segredo é o molho à base de hortelã que atravessa gerações. “Vou abrir uma exceção e contar esse segredo de família para vocês. Receita de mamãe”, revela Juliano. Para acompanhar, foi servido um risoto de brócolis preparado pela Bea-triz. “Sempre trabalhei muito e nunca tive tempo para cozinhar. Agora que cuido dos meus filhos pequenos, estou me dedicando mais à cozinha”

Angelo e Cristiane Secco, Maurício e Cristiane Colpas, Silvio e Daniela Cordeiro,

Beatriz e Juliano Dorizotto, Pedro e Luciana Ferronato, Lourenço e Gisele Torres

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Molho de Hortelã (Juliano Dorizotto)(Juliano Dorizotto)Ingredientes1 maço de hortelã1 cebola pequena1 colher (café) de pimenta-de-reino2 colheres de açúcarmeio litro de aceto balsâmico3 colheres sopa de águaazeite e sal à vontade

Preparo

Bata todos os ingredientes, com exceção do aceto bal-sâmico, em um liquidificador com a ajuda de 3 colhe-res (sopa) de água, no botão de pulsar. “A ideia não é bater completamente, mas deixar pedacinhos do tempero”, diz Juliano. Em seguida, coloque essa mistu-ra com o aceto balsâmico em uma panela e deixe em fogo brando por 10 minutos, em banho-maria. “Não pode ferver”, diz. Antes de servir em uma molheira, acrescente azeite e sal à vontade.

Risoto de Brócolis(Beatriz Dorizotto)Ingredientes2 xícaras (chá) de arroz arbóreo1 brócolis pequeno japonês1 cebola pequena picada1/2 xícara (chá) de vinho branco secocaldo de frango3 colheres (sopa) de manteigaqueijo parmesão raladosal

Preparo

Refogue a cebola em duas colheres de manteiga , em seguida, acrescente o vinho. Quando ele estiver qua-se , coloque uma concha de caldo de frango. Assim que começar novamente a secar, coloque mais uma concha de caldo. Faça desta forma até atingir o ponto desejado do arroz. Finalize incorporando o brócolis, o restante da manteiga e o queijo parmesão ralado. Pro-ve e acerte o sal se necessário.

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Beatriz e Juliano Dorizotto pilotam o fogão

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CERVEJA

Mesmo em um mercado dominado por grandes companhias, com lindas mu-lheres seminuas e celebridades em suas

propagandas, as microcervejarias do país têm

conquistado seu lugar ao sol. O segmento já movi-

menta mais de R$ 2 bilhões e cresce anualmente

o dobro das gigantes do setor. Tantas notícias fa-

voráveis não chegam a ser pura sorte, mas fruto

de produções pequenas que atingem um público

gourmet que busca cada vez mais sabor no copo.

Piracicaba é uma das poucas cidades do Esta-do de São Paulo que conta com três cervejarias ar-tesanais: Cevada Pura, Dama Bier e Leuven. As duas primeiras seguem mais a linha de cervejas do tipo alemã. Já a última é uma das poucas no país que preferiram o estilo belga.

Cevada Pura

Depois de quatro anos no papel, em setembro de 2001 foi inaugurada a primeira cervejaria da cidade. A Cevada Pura também está entre as

Sabor no CopoMicrocervejarias apostam no público gourmet de Piracicaba

Por Patrícia Guimarães • Fotos: Jorge Queiroz

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dez primeiras microcervejarias do país . Alexan-dre Moraes, um dos proprietários, é engenheiro de alimentos e decidiu seguir esse caminho depois de estágios na Kaiser e Colorado. “Sempre gostei de cerveja, mas imaginava que elas poderiam ser melhores”.

O camelo que integra o logotipo da cerveja-ria surgiu após muita discussão, regada, claro, a bastante cerveja. “Naquela época cervejaria era um negócio diferente e precisávamos de um rótu-lo que chamasse a atenção. A Antárctica tinha o pinguim, ma a cerveja tem origem no deserto, daí o camelo, que além de tudo bebe bastante”, conta Alexandre.

Este ano será de grandes mudanças para a cervejaria. Além do bar que leva o mesmo nome da cerveja, a fábrica será ampliada, garantindo uma produção maior. Também saiu no início des-te ano a autorização necessária para produzirem a cerveja do tipo India Pale Ale. Atualmente são fabricados três tipos de cerveja: a Cevada e Tri-

go Forte Clara, com características da cerveja do tipo Weiss; a Clara Pilsen, com sabor marcante de malte e aroma suave; e a cerveja Stout For-te Escura, mais encorpada, com sabor e aroma de maltes torrados. “Também estamos fazendo testes com uma do tipo Red Ale”.

Dama BierEm janeiro de 2010, foi inaugurada em Pira-

cicaba a cervejaria Dama Bier, da família Bazzo. Em 2008, durante viagem pela Alemanha, Re-nato Magalhães Bazzo, junto com o pai, Carlos Alberto e o irmão, Felipe, despertaram o interesse em produzir a própria cerveja. “Passamos por ci-dades como Bamberg, onde em cada esquina tem um pub que produz a sua cerveja, com uma recei-ta passada por gerações”, conta Renato.

O nome e o logotipo, uma bela dama orna-mentada com um chapéu, foi ideia da cunhada, Juliana Bazzo. “O rótulo representa todas as mu-lheres, traz uma nobreza ao produto e agrada ao

Renato Bazzo: pretendemos lançar mais três rótulos este ano

Alexandre Moraes: ampliação com a compra de novos equipamentos

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público que mais cresce em consumo de cervejas artesanais no Brasil: elas”, diz.

Está nos planos da Dama Bier, que já produz cinco tipos de cerveja seguindo a Lei da Pureza Alemã, lançar mais três rótulos ainda este ano. Toda a produção é acompanhada de perto pelo mestre-cervejeiro Ilceu Dimer e o bier sommelier Paulo Bettiol, ambos vindos de Blumenau (SC) e que carregam no currículo medalhas de peso con-quistadas em premiações internacionais. “O nos-so objetivo é fazer as cervejas de diversas escolas, dentro de vários estilos, de boa qualidade e com características específicas. Levamos ao consumi-dor o que há de melhor dentro dos padrões inter-nacionais”, explica Ilceu. Hoje em dia a cerveja-ria produz os tipos Pilsen, Weiss, Muchen, Stout e India Pale Ale, cada uma com sabor especial. A cerveja também pode ser apreciada no restauran-te instalado na própria fábrica, com vista para os tonéis da produção, uma diversão à parte.

Leuven

Em outubro de 2012, Piracicaba ganhou mais uma cervejaria, a Leuven. Contrariando a ten-dência nacional, o proprietário Alexandre Godoy preferiu seguir o estilo belga e, apesar da recente inauguração, a história dele com a cerveja arte-sanal é antiga. Ainda menino, aos 12 anos, ele já tentava copiar a receita de licor do bisavô, Oc-tavio Teixeira Mendes. Com o livro Receituário Industrial, dado pelo avô, Francisco Godoy, Ale-xandre passou a estudar fermentação e produção de aguardentes, uísque de milho e vodca. Mas foi nos últimos anos da faculdade de agronomia que ele passou a fazer cerveja em casa.

De lá para cá, já são vários anos dedicados à fermentação em uma empresa junto com o so-gro, Fernando Valadares Novaes, especialista em aguardentes. Alexandre também estagiou na Brahma com o mestre-cervejeiro Nicolaus Bauer-nbl. “Inclusive, ele já visitou minha fábrica e gos-tou muito da cerveja que eu produzo. Uma honra

CERVEJA

Alexandre Godoy: Leuven é a única

cerveja estilo belga produzida na cidade

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Ao contrário do que muitos imaginam, gran-de parte das cervejarias artesanais usa maqui-nário sofisticado na produção e condutas de pro-cessos semelhantes aos das grandes cervejarias, o que pouco lembra pequenos preparos em fundo de quintal. O que talvez, hoje, seja o grande dife-rencial das microcervejarias são a variedade e a busca pelo sabor.

Cerveja artesanal é mais robusta e seus cria-dores raramente tentam suavizar o seu caráter com açúcares, por exemplo. A receita de cada ró-tulo está na dosagem do lúpulo, malte ou cevada, água e fermento, o que depende de cada cerve-jeiro. A criatividade também é marca registrada das artesanais, dando a cada cerveja um aspecto único. Existem as que envelhecem em barris de madeira, as que usam leveduras selvagens ou, ainda, as que dosam especiarias nunca antes usa-das. São um prato cheio para os degustadores. A cerveja diz muito sobre a pessoa que a criou, qua-se como um espelho refletindo característica forte, insossa e inovadora.

Cerveja Artesanal

ww

w.im

gbase.com

para mim”. Na Escócia, ele fez uma pós-gradu-ação na área de processos fermentativos e desti-lação com ênfase em cervejarias e produção de uísque. “Foi na Escócia que tive acesso às cervejas do tipo belga. Aquilo sim, para mim, era cerveja”.

A ideia da microcervejaria surgiu em 2009 e seu nome homenageia a cidade homônima que possui a maior tradição cervejeira da Bélgica. “A receita tínhamos em casa, mas foi preciso fazer uma adaptação para produzir em maior quan-tidade. Foram tanques e tanques jogados fora. Fazer cerveja belga foi uma maneira de sair da mesmice”. E para quem não acredita na versão brasileira, consulte o cônsul-geral da Bélgica no Brasil, Peter Claas, que visitou a fábrica, gostou das cervejas e ainda disse que o país está muito bem representado.

Apesar de não ser encontrada nos bares de Piracicaba, em São Paulo a cerveja Leuven pode ser consumida até no restaurante do renomado Chef Alex Atala. Alguns bares da capital tam-bém servem o chope. A microcervejaria produz a Golden Ale, clara e com 100% malte de cevada. Possui alta fermentação. Se aproxima muito da ‘loura gelada’, mas é mais aromática e com sabor mais intenso. A Red Ale é avermelhada e leva na receita seis diferentes tipos de malte, cada um com um grau diferente de torrefação. A Dubbel é inspirada nas tradicionais cervejas dos mostei-ros da Bélgica e leva especiarias que conferem um sabor frutado. Após a fermentação tradicional, ela passa por um novo processo dentro da garra-fa. Já a Blanche, a criação mais recente, é uma cerveja de trigo estilo Witbier, refrescante e cítri-ca.

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Page 40: Revista Senhora Mesa

CERVEJA

Modo belga: muitas das cervejas são

fermentadas na garrafa, o que significa que há

sedimentos no fundo. São leveduras mortas que

podem alterar a cor e o sabor da cerveja.

Comece servindo a cerveja em uma taça a um

ângulo de 45 graus, vertendo devagar pela

lateral. Enquanto desliza a cerveja, endireite a

taça e não deixe formar muito colarinho.

Continue vertendo em um movimento contínuo

para chegar no fim com um colarinho denso

sobre uma cerveja brilhante.

Modo alemão: as tradicionais cervejas

de trigo são bebidas com o líquido

turvo, com a levedura misturada. Para

isso é necessário usar um copo longo.

Comece a verter devagar com o copo

a um ângulo acentuado para não

formar espuma. Conforme vai

deslizando o líquido, endireite o copo

aos poucos para formar espuma. No

fim, gire a garrafa para misturar a

levedura e derrame o restante na

superfície da espuma. O resultado

deverá ser uma grossa camada de

espuma sobre a cerveja turva.

Modo tradicional : comece

segurando o copo a um ângulo de

45 graus e comece a despejar a cerveja devagar pela lateral. Verta

devagar, mas firme e em um só movimento. Conforme vai enchendo

o copo, vá endireitando para formar o colarinho que deverá ter cerca de

duas polegadas.

Aprenda a Servir

Fonte: O Atlas Mundial da Cerveja (Tim Webb & Stephen Beaumont)

Roteiro das Microcervejarias do Interior de São Paulo

21 - Riopretana - São José do Rio Preto

22 - Rofer - Itupeva

23 - Sauber Beer - Mogi Mirim

24 - Magnum Opus - Campinas

25 - Universitária - Campinas

26 - Alles Bier - Campinas

27 - Baden Baden - Campos do Jordão

28 - Ashby - Amparo

29 - Bamberg Bier - Votorantim

30 - Baumgartner - Ipeúna

31 - Bruge - Águas de Lindóia

32 - Handwerk Bier - São Paulo

33 - Noturna - São Paulo

8 - Leuven - Piracicaba

9 - Halb Zehn Bier - São Pedro

10 - Eikbier - Taboão da Serra

11 - Dortmund - Serra Negra

12 - Hausen Bier - Araras

13 - Freising Bier - Itatiba

14 - Prada - Rio Claro

15 - WolkenburG - Cunha

16 - Guitt’s - Caieiras

17 - Karavelle - Indaiatuba

18 - Germânia - Vinhedo

19 - Britannica - Valinhos

20 - Landbier - Presidente Prudente

Ribeirão Preto3 a 5

Piracicaba6 a 8

São Pedro9

Taboão da Serra10

Serra Negra 11

Araras 12

Itatiba 13

Presidente Prudente20

São José do Rio Preto21

Itupeva22

Mogi Mirim 23

Campinas 24 a 26Campos do Jordão 27Amparo 28

Votorantim29

Ipeúna 30 Águas de Lindóia 31

São Paulo 32 e 33

Rio Claro 14

Sorocaba1 e 2

Cunha 15Caieiras 16

Indaiatuba 17Vinhedo 18

Valinhos 19

1 - Burgman - Sorocaba

2 - Magnus Prime Beer - Sorocaba

3 - Colorado - Ribeirão Preto

4 - Invicta - Ribeirão Preto

5 - Lund - Ribeirão Preto

6 - Cevada Pura - Piracicaba

7 - Dama Bier - Piracicaba

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Loja e Ristorante: Rua Riachuelo, 798 – Centro | Piracicaba/SP • 19 3433.5929 | 3434.9813casapavanelli.com.br

mbm

idei

as

Que tal fazer em casa a sua própria cerveja? Cresce cada vez mais o número de pessoas que se aventuram a fabricar cerveja em casa para servi--la aos amigos. Alguns sites vendem o kit neces-sário, além de maltes, lúpulos, fermentos e equi-pamentos em geral. Uma das dicas da Revista Senhora Mesa é o site Beer Lovers Unite (beerlo-vers.com.br), We Consultoria (weconsultoria.com.br) e o Cervejando (cervejando.com). Lembrando que não testamos nenhum dos serviços oferecidos pelos mantenedores dos sites. Mas, antes de com-prar, vale a pena pesquisar e participar de um curso para iniciantes

Cervejarias de Piracicaba

Cevada Pura: Av Lourenço Ducatti, 301 - V. Rezende

Dama Bier: Av. Rio das Pedras, 104 - Piracicamirim

Leuven: Rua São Francisco de Assis, 1321 – Centro

Faça a sua Própria Cerveja

Page 42: Revista Senhora Mesa

*CERVEJA

DO COPO PARA A PANELA

Os amantes da cerveja podem comemorar. Existem inú-meras maneiras de levar a bebida do copo para a pane-la. Com uma boa dose da amarga Stout, por exemplo, é

possível acrescentar ainda mais sabor à calda de chocolate de um cupcake. Você vai surpreender os convidados ao servir o creme de lula que leva a bebida do tipo Witbier. As receitas que toda a equipe de reportagem da Revista Senhora Mesa testou e apro-vou são da Chef Jill Guidotti, da Nutriz Gastronomia

Cupcake de ChocolateChef Jill Guidotti (12 porções)

Massa250 g de açúcar mascavo250 g de farinha de trigo200 g de manteiga em temperatura ambiente240 ml de cerveja escura amarga (Guinness)4 colheres sopa de cacau em pó1/2 colher sopa de fermento em pó3 ovosforminhas para cupcake

PreparoCom a ajuda de uma batedeira, misture a manteiga e o açúcar mascavo até ficar cremoso. Acrescente os ovos um a um e bata bem. Desligue a batedeira e in-corpore a farinha de trigo, o fermento, cacau peneira-

do e por último a cerveja. Distribua a massa em formi-nhas. Leve para assar em forno pré-aquecido a 180º, por cerca de 15 a 20 minutos. Para verificar o ponto, fure a massa com palito de dentes. Eles estarão assa-dos se a massa não grudar no palito. Retire do forno e deixe esfriar.

Cobertura15 g de gelatina em pó sem sabor, hidratada e dissol-vida100 ml de cerveja amarga (Guinness)1 xícara de chá de açúcar1/2 xícara de creme de leite1/2 xícara de cacau em pó

PreparoColoque a cerveja, o cacau e o açúcar em uma pa-nela e leve ao fogo médio até ferver. Retire do fogo e acrescente a gelatina e o creme de leite. Misture, deixe esfriar e cubra os cupcakes.

A bebida mais amada pelos brasileiros pode enriquecer suas receitas

Por Patrícia Guimarães • Fotos: Jorge Queiroz

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Lula na CervejaChef Jill Guidotti

Ingredientes4 colheres (sopa) de azeite2 cebolas picadas2 dentes de alho picados 300 g de lulas limpas e cortadas em anéis350 ml de cerveja do tipo Witbier200 ml de leite de coco300 g de requeijão1 colher sopa de amido de milho dissolvido em 1/2 copo de leitesal e pimenta-do-reino a gosto

PreparoEm uma panela de pressão refogue o azeite, a cebola e o alho até que fiquem transparentes. Acrescente a lula e a cerveja, tempere com sal e pimenta do reino e deixe cozinhar por 10 minutos na pressão. Depois abra a panela e acrescente o leite de coco, requeijão e o amido de milho dissolvido no leite. Cozinhe em fogo brando até o creme ficar encorpado. Corrija o sal, coloque o creme de leite e aqueça sem deixar ferver. Sirva com arroz branco.

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Page 44: Revista Senhora Mesa

Molho depimenta com

cervejaChef Jill Guidotti

Ingredientes1 cebola pequena3 dentes de alho

1 pimenta dedo-de-moça100 ml de cerveja American Pale Ale

azeite, sal e açúcar a gosto2 colheres (sopa) de extrato de tomate

PreparoBata todos os ingredientes no liquidifi-

cador, exceto a cerveja. Em fogo baixo, coloque o creme em uma panela, acres-

cente a cerveja e deixe engrossar no ponto que preferir.

*CERVEJA

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Page 45: Revista Senhora Mesa

Comida saudável em um ambiente único!

Almoço bu� et por kilo. Seg. a s . d� 11h às 14h30. Sab., dom. e feriad� d� 11h às 15h.

Rua Santo Antonio, 583 - Centro :: Piracicaba - SP :: Tel.: 19/ 3435.3871

Page 46: Revista Senhora Mesa

*VIDA NOTURNA

A boemia é aqui Bares e restaurantes descolados dão ares

de Vila Madalena à rua Luiz de Queiroz

Por Patrícia Guimarães • Fotos Jorge Queiroz

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No Rio de Janeiro, em 2011, mais de dez bo-tequins antigos passaram por uma espécie de tombamento informal, sendo considera-

dos patrimônio cultural carioca. Já a Vila Madale-na (ou Vila Madá para os habitués), em São Paulo, concentra mais de 40 bares.

Em Piracicaba, não se trata de um bairro, mas de uma rua, e mais especificamente de uma rua da boemia: a Luiz de Queiroz. Entre o hotel Beira Rio, onde ela começa, até o cruzamento com a Treze de Maio, onde fica a pizzaria Babbo Giovanni, na al-tura do número 670, público cativo e turistas se di-videm entre bares e restaurantes dos mais variados tipos.

Apesar de estar endereçada na rua Campos Sa-les, a churrascaria Sal e Grill pode ser considerada o ponta- pé inicial para as opções da rua Luiz de Queiroz. Um pouco mais à frente, é possível comer um dos melhores parmegianas da cidade no restau-rante Portal do Engenho. Percorrendo a rua, uma

casa com ar histórico me chamou a atenção. Ela fica ao lado do número 209 e, no alto da parede, exibe o ano de 1931, provavelmente a data de sua constru-ção.

Mais à frente está o mais jovem a se instalar no trecho: o Brasileiro Chopp Bar. Comida saudável também é uma das opções que pode ser encontrada no Açaizeiro. As taças de açaí são mirabolantes e dão energia para encarar qualquer missão.

Um pouco mais à frente, na esquina com a rua Regente Feijó, está o Villinha Chopp, uma filial do bar homônimo que fica na Vila Independência. Lá, barris de madeira servem de apoio para o chope ge-lado e as mesas na calçada completam a atmosfe-ra com clima ‘boteco do rio’. Se perder a conta do quanto tomou, não se preocupe: basta somar o nú-mero de pires deixados pelo garçon na sua mesa. Se ficar muito alto, comece a se preocupar. Para acom-panhar, nada melhor do que petiscos de boteco, e o mais pedido, basta observar as mesas em volta, é o frango ‘croc’, de crocante: são tiras de frango empa-nadas em uma farinha flocada, frito e servido com um molho meio barbecue apimentado na medida certa.

FEIJOADAFaça sol, frio, vendaval ou chuva, todo sábado

é sagrado: tem feijoada no boteco vizinho, o Vec-chio Cancian. Esse bar, mais cara de restaurante, na verdade um pouco dos dois, foi o primeiro a se instalar na rua Luiz de Queiroz. “O restaurante foi inaugurado em 1999, depois da butique de carnes que surgiu, em 1997. A rua era de paralelepípedo. A praça estava abandonada e muitos chegaram a chamar a gente de louco”, conta o diretor comer-cial Carlos Modanez. A praça a que ele se refere é a Dona Emerlinda Queiroz, nome da mulher de Luiz de Queiroz, fundador da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) e grande empresário da época. Aliás, a revitalização da praça, ocorrida em 2002, foi o grande marco para a rua se tornar um centrinho da boemia piracicabana nos dias de hoje.

Linguiça caseira do Cancian

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No Cancian, a estrela é a linguiça feita pela própria casa com receita quase cinquentenária. “O nome Vecchio é do seu Josué, que foi quem começou a fazer a linguiça, em 1967, com receita trazida para o Brasil pelos pais italianos. No iní-cio, a vendinha ficava na beira da estrada, em Tietê. A linguiça pura ficou famosa e surgiram o frigorífico e os restaurantes”, conta Carlos.

O sucesso é tão grande que o restaurante, com filial em Sorocaba, se tornou uma franquia e a primeira loja será aberta até junho deste ano, no Morumbi, em São Paulo. Aliás, se você for à capi-tal, dê uma passada no restaurante Dalva e Dito, do Chef Alex Atala, e prove a linguiça pura que é feita pelo Cancian. Ela também é vendida em lugares bacanas como os empórios Santa Maria e Santa Luzia.

AR RETRÔNesse clima nostálgico, imagine uma foto com

o filtro Amaro ou Toaster do Instagram (rede so-cial de fotos). Junte a essa paisagem um letreiro vintage em vermelho onde se lê Maravilhoso Chopp Bar. Pronto, você está em um dos botecos mais charmosos da cidade. O salão principal com pouco mais de cinco mesas está quase sempre va-zio. A explicação é a unanimidade dos clientes

que preferem se acomodar junto às mesas insta-ladas na calçada ou nos bistrôs colocados na rua, ou melhor, nas mesas que invadem a praça Dona Emerlinda debaixo de uma seringueira gigante.

Depois de uma semana trabalhosa, experi-mente ocupar um destes lugares e pedir um chope gelado e o sanduíche maçarico como acompanha-mento. Difícil é para o motorista da rodada tes-temunhar tudo isso e não poder acompanhar os amigos. “Esse prédio já é um bar há mais de 50 anos e há quatro está sob nossa administração”, diz o proprietário Édson Favarin.

E como todo bom bar, nas mesas do Maravi-lhoso não é difícil ouvir um turista interessado ou-vir sobre a lenda da praça Dona Emerlinda Quei-roz, também conhecida como praça da Boyes, em referência à fábrica de tecidos Arethusina, funda-da em 1881. “Muitas pessoas que frequentam hoje o bar relembram o passado. Dizem que quando a praça foi construída, era comum encontrar os-sos. Comentam que ali era um cemitério de índios. Eu nunca vi nada porque nunca escavei, mas moradores antigos daqui falam que é verdade. De qualquer forma, nosso chope é bem vigiado”, brinca Édson.

*VIDA NOTURNA Figueira histórica abriga mesas do Maravilhoso Chopp Bar

Croc Chicken o mais pedido no Villinha Chopp

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Page 49: Revista Senhora Mesa

Gourmet

Bons Momentos. Um Grande Café.

Portal do Engenho

Brasileiro

Açaizeiro

Villinha

CancianMaravilhoso

Belíssimo

Babbo Giovanni

Rua Luiz de Queiros

Avenida Beira Rio

Avenida Beira Rio

Sal e Grill

Para agradar a todos os públicos, o em-presário abriu recentemente o bar Belíssi-mo, na esquina em frente ao Maravilhoso. “Lá servimos chope com comida japonesa e atraímos um público mais jovem”.

Já na esquina com a rua Treze de Maio chega ao fim nosso passeio pela ‘Vila Ma-dalena Piracicabana’ com a pizzaria Bab-bo Giovanni. Lembro-me de uma vez que provei uma pizza com linguiça de javali, temperada com alecrim: uma delícia!

Page 50: Revista Senhora Mesa

VINHOS*IMPERDÍVEIS

Top 10 para 2013Apreciar um bom vinho não é privilégio de

quem pode pagar uma fortuna por uma garrafa exclusiva. Essa teoria, um lugar-co-

mum, já caiu por terra, mas nunca é demais repetir. É nisso que acredita Diego Arrebola, considerado atualmente o sommelier número um do país.

A convite da Revista Senhora Mesa, Arrebola elaborou uma lista exclusiva com os 10 vinhos top para 2013. Uma relação elaborada com todo o seu conhecimento -- e democracia! --, já que Arrebola a dividiu em três categorias: custo-benefício (para

quem não pretende gastar muito), preço médio e os mais caros.

Arrebola é sommelier profissional certificado pela ABS (Associação Brasileira de Sommeliers). Foi o vencedor do concurso da categoria em 2012. É hoje responsável pela carta de vinhos dos restauran-tes Gallo Nero, Nosotros e Casa de Maria Bistrô, de Campinas.

Acompanhe a lista dos Top Ten, com breves co-mentários do sommelier

Forster Mariengarten Riesling Ka-binnet (Alemanha/Pfalz) - Decanter Importadora

“Excelente exemplar desta casta, com um preço quase inacreditável pela qualidade oferecida. Delicado, aromá-tico, fresco e mineral, deixa um discre-tíssimo toque de dulçor na boca.”R$ 70

Barbaresco Terredavino (Itália/Pie-monte) - Vinho Sul Importadora

“Um Barbaresco mais do que correto, apresentando todo o potencial da cas-ta Nebbiolo, com um perfil acessível e agradável, sem a necessidade de mais

anos em garrafa.”R$ 43

CUSTO-BENEFÍCIO:

Por Ronaldo Victoria

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Santa Carolina Carignan Dry Far-ming (Chile/Cauquenes) - Casa Flora

“Casta que tem crescido em impor-tância no Chile, oferecendo cada vez mais vinhos concentrados, elegantes e complexos, como este exemplar de

ótima relação custo/benefício da Santa Carolina.”

R$ 88

Chablis Laroche (França/Chablis/Bourgogne) - World Wine

“A prova de que bons vinhos franceses não são necessariamente caros. Um branco com fruta, frescor e mineralida-de; toda a tipicidade da Chardonnay no solo de Chablis.”R$ 92

Clos de Fous Pinot Noir (Chile/Traiguen) - Ravin

“Projeto sob os auspícios do enólogo Pedro Parra, grande conhecedor das individu-alidades do terroir chileno. Delicioso e suculento Pinot Noir, produzido na região mais ao sul daquele país.”R$ 198

Numina Salentein (Argentina/Valle de Uco) - Zahil

“Corte de Malbec e Merlot, produzido por uma das mais bem

equipadas vinícolas argentinas, na região mais promissora de Mendoza para a produção de vinhos elegantes e complexos.”

R$ 144

Mas de Daumas Gassac Rouge (França/Languedoc) Mistral

“Sem dúvida o grande vinho do sul da França, com 90% de Cabernet Sauvig-non, combinadas com outras 10 castas. O resultado é um tinto de grande estrutura, aliada a um elegância ímpar, e um gran-de potencial de guarda e evolução.”R$ 230

Champagne Dom Ruinart (França/Champagne) Moët & Henessy do Brasil

“O principal rótulo de um dos melhores e mais antigos produtores de Cham-pagne. Fino, complexo, um produto superior, digno de integrar qualquer lista com os melhores de sua classe.”R$ 750

Scala Coeli (Portugal/Alentejo) - Adega Alentejana

“Rótulo relativamente novo da Fundação Eugénio de Almeida, responsável pelo Pêra Manca. A cada ano é feita uma seleção da casta que mais se destacou, e com ela é elaborado este vinho. A atual safra, 2009, foi elaborada 100% com a casta Touriga Franca.”R$ 330

Monte Cascas Malvasia De Colares (Portugal/Lisboa) - MS Import

“Raro vinho produzido em uma região quase de-saparecida, na ponta mais ocidental do continente

europeu. Um branco fora dos padrões usuais, de qualidades e características únicas.”

R$ 150

PREÇO MÉDIO

MAIS CAROS

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VINHO Sem Frescurapor Paulo Ferretti

Vinho em Pira, a taça é sua

O sol é amigo de Piracicaba desde sempre. E a gente retribui essa admiração apro-veitando o astro de todas as formas pos-

síveis, em torno do rio que dá nome à cidade, nas chácaras, clubes, ruas e avenidas. Pira vive pra fora, adora uma cadeira na frente de casa, um olhar pela janela e uma cervejinha na calçada. Talvez seja a cerveja nossa melhor forma de agra-decer pelo calorão e os belos dias e noites em nossa terra. Mas nem só de cerveja vive o piracicabano.

Cheguei por aqui faz mais de década, pelas portas da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba). Trazia comigo alguns livros e um saca-rolhas. Sim, um saca-rolhas. Junto com a es-cova de dente, material de primeira necessidade! Desde mais cedo trabalho com gastronomia e vi-nho. Coisas apaixonantes e saborosas. Sabia que a terra era de cervejeiros, devido ao calor. Mas acredito que o que é bom sempre tem espaço no coração (e no fígado) de comilões (hoje chama-dos de gourmet). E fui pisando de mansinho na terra onde o peixe para. Me lembro da degusta-ção técnica inaugural de vinhos no laboratório da Unimep, em 2002, para os alunos do curso de tu-rismo. Escolhi dois vinhos chilenos muito bons: um chardonnay e um cabernet sauvignon. Guardei zelosamente as garrafas na temperatura certa. Or-ganizamos as mesas, taças e todos os apetrechos para o grande evento. Cabeças curiosas surgiam e olhavam pela porta, ansiosíssimas para entrar e conhecer as novidades do vinho.

Expliquei que degustar não é encher a cara. É beber utilizando todos os sentidos. Todo mun-do compenetrado, levando a sério. E começou a degustação. Cada aluno recebeu a primeira taça com o vinho branco chardonnay. Olha a cor, ‘cha-

coalha a taça’, sente o cheiro (é aroma ou bou-quet?). Agora bebe, sente o gosto, a temperatura. Beleza, acabou a primeira parte. Olho pros 50 alunos. Silêncio. Uns dez alunos esperavam eu vi-rar para fazer suas caras de nojo. Continuei obser-vando, sério (mas quase gargalhando). Vamos ao segundo vinho. Agora é um tinto, cabernet sau-vignon. Silêncio, mas não dura muito, meia dúzia engasga, uma menina literalmente cospe o vinho. Peço silêncio, retomo o controle da classe e pergun-to: quem gostou dos vinhos? Ninguém se manifes-ta. Pergunto novamente: quem NÃO gostou dos vinhos? A classe inteira balança os braços com re-pulsa. Fiquei arrasado. O que teria acontecido?

Viro várias páginas e anos desse livro e retomo a conversa nas aulas de agosto passado, mesma universidade, mesmo laboratório. Outros jovens à minha frente já sabem como deve ser feita a orga-nização e o serviço da degustação. Vários vinhos são degustados em quatro aulas. Os alunos se ma-nifestam, dão opinião, criticam, sugerem. A classe inteira participa, se emociona. O que será que mu-dou? O vinho?

Penso que a resposta é outra. Piracicaba mu-dou. A cerveja nunca deixará de ser a preferida, mas cabe espaço para novas experiências gastro-nômicas. A tradição tem dado brecha para no-vidades. É uma cidade curiosa, que mantém seus hábitos com orgulho, mas não deixa de erguer a taça para bebidas e comidas saborosas e desco-nhecidas.

Hoje temos várias lojas especializadas, confra-rias, cartas de vinhos. A bebida fermentada de uva não é mais algo raro e elitizado. Porque a ver-dade maior do vinho é essa: ele é coletivo, feito pra festejar, dar prazer. Sem frescura. Saúde!

Paulo Ferretti trabalha com gastronomia há mais de duas décadas. Professor, empresário e consultor, adora vinhos, boas comidas e ótimas companhias. [email protected]

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*DECANTER

VIAGEM SABOROSA

Primeira enoteca da cidade, Empório Santa Clara reúne alguns dos melhores

rótulos do mundo

Por Ronaldo Victoria • Fotos: Jorge Queiroz

Um parque de diversão para adultos”. A de-finição do sommelier Giuliano Maluf sobre a enoteca do Empório Santa Clara está longe de ser exagerada. Afinal, ele mesmo

observa todas as noites os olhos extasiados de mui-tas pessoas percorrendo as prateleiras da casa onde estão distribuídos os vinhos, divididos por país de origem. “É bonito de se ver”, conta.

A enoteca é a primeira da cidade e surgiu há 17 anos, quando o local era apenas uma loja de pro-dutos alimentícios importados. “Um ano e meio de-pois, com o mercado aquecido, muita coisa nova en-trando, resolvemos começar a servir sanduíche para acompanhar o vinho”, conta Felipe Gerdes, proprie-tário.

O sanduíche de pão ciabatta ficou famoso na ci-dade e ainda hoje é feito por Martim, hoje bancário, e que na época era o confeiteiro da extinta padaria Ki Pão. “Muita gente tentou imitar, mas o sabor da nossa ciabatta é inconfundível”, garante Gerdes.

Com isso, foi crescendo a enoteca, que pode ser definida como um espaço em que o cliente pode provar os vinhos, acompanhados por algum ali-mento. “Começamos com duas mesas, mas fomos ao longo do tempo ampliando e hoje contamos com 20”, diz Gerdes. As mesas ficam dispostas ao lado das prateleiras e dos produtos importados (a maio-ria italianos) como massas e molhos de tomate.

Hoje o Empório Santa Clara conta com mais de 1.000 rótulos, como são divididos os vinhos (e não

por garrafas). Os preços variam bastante, de me-nos de R$ 100 a mais de R$ 2.000. “Hoje tivemos um crescimento qualitativo e já temos um público que consome garrafas com valor médio alto, como o Angelus (R$ 1.450) e o Sodera (R$ 1.470)”, explica Felipe.

Pelas prateleiras da casa é possível se fazer uma viagem pelos sabores e histórias dos vinhos, já que cada parte é dedicada a um país produtor. É de fato interessante e enriquecedor esse ‘parque de diversão adulto’, como define o sommelier Gustavo Maluf, que aqui vira guia para os leitores da Revista Se-nhora Mesa.

A primeira prateleira, à esquerda de quem en-tra na casa, é dedicada ao Chile. “É um país que teve sua produção bem aquecida, com vinícolas ao Norte, no Vale Central e no Sul. É um país que tem utilizado muita tecnologia na produção e a maioria de seus produtos é dedicada ao mercado externo”, conta. Rótulos marcantes são De Martino, Terra No-bre e Caliterra.

Na sequência, vêm os argentinos e, hoje em dia, Maluf cita o Luigi Bosca como o mais procurado, mas atualmente vem crescendo também a linha La Linda. A maioria dos vinhos vem da região de Mendoza. A seguir, aparece a Austrália, cuja pro-dução foi descoberta mais recentemente. “Na verda-de, os grandes responsáveis por isso são os ingleses, que são ao mesmo tempo os maiores consumidores do mundo e os moradores de uma terra onde não é

“Preços variam de R$100 a mais de

R$ 2.000

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possível cultivar uva. Por isso, os australianos fo-ram privilegiados”, explica. Um rótulo em alta é o Peter Lehman, mas também há marcas da Nova Zelândia. A prateleira australiana inclui ainda garrafas do Uruguai e da Califórnia.

Já a parada seguinte na viagem do vinho é mais tradicional: a Itália. Há garrafas de todas as regiões, do norte do Piemonte à ponta sul da ‘bota’. Destaques são o Barolo, o Pio Cesare e o Brunelo di Montalcino. Também tradicionais são os franceses, segundo Maluf, “muito apreciado pela intensa ligação com a gastronomia, o vinho francês geralmente é feito para ser harmonizado com um prato”.

Depois vem a prateleira portuguesa, e Maluf se revela um grande fã dessa produção. “Eu par-ticularmente sou fã do vinho português, por cau-sa da sua acidez deliciosa para salivar. Tem um conjunto de fatores favoráveis como o solo, o cli-ma, a incidência de chuva. E gosto principalmen-te dos vinhos da região do Douro e do Alentejo”, afirma.

Outro destaque é a Espanha, e Maluf lembra que a produção vem melhorando sensivelmen-te nos últimos anos. “Os vinhos espanhóis eram muito amadeirados, mas hoje eles estão perdendo essa característica em favor de ressaltar a fruta”, explica. Destaque é o Finca Munoz;

Por fim, a ‘seleção do resto do mundo’ traz rótulos da Croácia, Eslovênia, Grécia, Hungria, Áustria e Alemanha. Hoje a produção alemã está bem menor depois da febre do Liebfraumil-ch, aquele da garrafa azul, e que hoje quase não é encontrado.

O Empório Santa Clara fica na rua Dom Pe-dro 1º, 615 (esquina com Alferes José Caetano). A loja abre de segunda a quinta das 10h às 23h, sexta das 10h à 0h, e sábado das 10h às 13h e das 19h à 0h. O restaurante abre apenas para o jantar, de segunda a quinta das 18h às 23h, sexta das 18h à 0h, e sábado das 19h à 0h

Adega abriga mais de 1000 rótulos da

principais vinículas do mundo

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ARTIGO

por Daniele Pavanelli Fidelis

Bolo e champanhe?Esqueça!

Para a maioria dos apaixonados por vinhos, uma das questões mais relevantes é saber como harmonizar comida e bebida. Para os

mais leigos, a resposta chega a ser banal: beba com o que você quiser. Eu concordo quase cem por cento com esta afirmação, se não fosse por um pe-queno porém: quando se trata deste ‘casamento’, o vinho tem poder de realçar o sabor da comida ou a tornar muito desagradável.

A partir desta edição, este espaço será dedica-do ao debate sobre harmonização de vinhos e co-midas, afinal, algumas dicas e técnicas podem aju-dar você a tomar as melhores decisões. E já começo hoje falando sobre a combinação de vinhos com sobremesa. É um ponto ainda pouco discutido, já que a união de sobremesas com bebidas ainda pa-tina no Brasil. Mas adianto que um dos principais segredos é que a doçura da sobremesa não pode exceder o nível de doçura do vinho.

Quando o doce da comida é mais pronunciado do que o do rótulo escolhido, ele ressalta a acidez do vinho e dá a sensação na boca de muito ma-gro, ou seja, os vinhos mais doces são os melhores para as sobremesas mais doces, enquanto que os

menos doces casam melhor com as sobremesas que

contêm menos açúcar.

Chocolates: são relativamente difíceis de com-

binar por causa da extrema doçura e textura,

principalmente quando se tratam de chocolates ao

leite. Procure na prateleira vinhos com taninos ele-

gantes, com açúcar residual mais elevado, como o

Vinho do Porto Tawny ou o Porto Vintage.

Nozes: caminham bem com vinhos mais enve-

lhecidos, que passaram por carvalho, como o Vin

Santo e Tokaji, e com aqueles que possuem aro-

mas de nozes, como o Porto Tawny.

Cremes: escolha um vinho que possa enfrentar

a consistência deles, e nada melhor do que os Late

Harvest (vinhos de colheita tardia), um Sauternes

ou um Tokaji para acompanhar um pudim ou um

creme brûlée.

Bolos: bolo e champagne? Esqueça! O cham-

pagne que já é seco torna-se mais seco ainda na

companhia do bolo, deixando na boca uma sen-

sação nada agradável. O ideal é servir um vinho

que, além de realçar o sabor, adicione umidade. O

Moscatel vai muito bem

Daniele Pavanelli Fidelis é apreciadora de vinhos e da boa gastronomia. Participou de inúmeros cursos de sommelier e atualmente ministra palestras e treinamentos. “Sou uma apaixonada pelas boas coisas da vida em busca constante de aprendizado”. [email protected]

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Page 57: Revista Senhora Mesa

Um show de comemoração para o dia mais especial da sua vida!Deejays | Painel de Led | Cortina de Led Sky Light 4000 watts (Sinalizador noturno) Lasershow | Piso de pista de dança Piso de pista de dança de led Moving Heads Spot Moving Heads Wash Moving Heads Led Gerador de energia | Estrutura Box Truss (circulo, estrela, quadrado, triangulo, em “X”) Chuva de bolha de sabãoChuva de papel (coração, estrela, borboleta, folha, colorido) Projetor multimidia telão 150” a 800 “ projetores( 2300 ansi à 5000 ansi lumens) Tv de LCD 42” | Sonorização DAS Iluminação Cênica ( árvores, palmeiras, jardins)| Mesas dos convidados com pimbeans

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Page 58: Revista Senhora Mesa

COMA MAIS

Pequena e vermelha, a cereja é um poderoso anti-inflamatório natural. Todas as varie-dades são ricas em cálcio e fósforo, possuem

propriedades antioxidantes e ajudam a prevenir o acúmulo de gordura nas artérias. Além de tudo isso, são saborosas e deixam qualquer sobremesa mais atraente.

Cereja

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PERSONALIDADE

Only the best

Todos os anos, a revista britânica Restaurant Magazine publica o ranking com os 50 melhores restaurantes do mundo. Para che-

gar a esta seleta lista, 800 integrantes da World’s 50 Best Academy votam em seus preferidos com base na própria experiência gastronômica dos últimos 18 meses. O grupo é composto por críticos gastronômicos, escritores, chefs, gastrônomos e ou-tros profissionais da área, de 27 regiões do mundo.

Na última edição, o D.O.M do brasileiro Alex Atala ficou em quarto lugar no ranking. Pelo ter-ceiro ano consecutivo o Noma, de Rene Redzepi, que fica na Dinamarca, ocupa a primeira posição.

Em busca dos melhores sabores, desde 2011 a empresária piracicabana Marlene Tobaldini e o namorado, Leonardo Mendoza, seguem a lista da Restaurant em suas viagens. “A ideia é visitar to-dos os restaurantes da lista”, diz. Em pouco mais de um ano, a dupla já visitou seis lugares. “Sem-pre pedimos o menu degustação para realmente entender a filosofia gourmet da casa”, conta Mar-lene.

A história toda começou com uma visita ao Arzak, na Espanha, no final de 2011. Nos últimos dois anos ele se mantém como o oitavo melhor do mundo. Fundado no século 19, o restaurante tem um ambiente familiar. “Tudo lá é uma delícia”. O segundo foi o francês Pierre Gagnairem, instala-do em Paris, que está na 17ª posição. “O salão é lindo, clássico e o atendimento perfeito. Fomos al-moçar e ficamos por quase três horas desfrutando dos pratos. Nunca vou esquecer da ostra servida: ‘summer oyster seared’. Fantástica!”.

No México, mais dois restaurantes foram acrescentados à lista do casal. O primeiro foi o Pu-jol, 49º melhor do mundo. “Nada lembra a comi-da mexicana com a qual estamos acostumados no Brasil. Já fui lá várias vezes e, em duas, provei o menu degustação. Eles fazem uma manteiga deli-ciosa”, diz Marlene.

No mesmo país, o Biko, 31º no ranking, tem uma cozinha mais contemporânea. “Eles capri-cham na gastronomia molecular. Provei um foie gras com algodão-doce na entrada que me sur-preendeu”.

No ano passado, eles também visitaram o bra-sileiro D.O.M, o quarto melhor do mundo. “Delicio-so. O Alex Atala é muito atencioso”. Em dezem-bro de 2012, eles estiveram no 25º da lista global, o alemão Aqua. “Os pratos são de uma leveza fantástica”.

E para ficar na memória, a dupla guarda os cardápios dos restaurantes autografados pelos chefs. “Eu voltaria a todos eles. Às vezes, ficamos vários dias na mesma cidade e acabamos vol-tando ao restaurante que mais gostamos. Mas o melhor de toda essa brincadeira é a companhia perfeita para os almoços e jantares”, diz Marlene, sobre o namorado Leonardo.

Em Piracicaba, Marlene conta que gosta mui-to da comida dos restaurantes Navegantes e Ca-saretto. “Cada um é marcado por um detalhe es-pecial em seu cardápio. A beringela servida como entrada no Casaretto me encanta, e não deixo de comer as ostras do Navegantes”

Ao lado do namorado Leonardo Mendoza, a empresária Marlene Tobaldini está percorrendo os melhores restaurantes do mundo, listados pela revista britânica Restaurant Magazine

Por Patrícia Guimarães • Foto: Jorge Queiroz

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Page 61: Revista Senhora Mesa

OS 10 MELHORES

1º.- Noma, Dinamarca2º.- El Celler de Can Roca, Espanha3º.- Mugaritz, Espanha4º.- D.O.M, Brasil5º.- Osteria Francescana, Itália6º.- Per Se, Estados Unidos7º.- Alinea, Estados Unidos8º.- Arzak, Espanha9º.- Dinner by Heston Blumenthal, Inglaterra10º.- Eleen Madison Park, Inglaterra

Fonte: Restaurant Magazine

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Page 62: Revista Senhora Mesa

EXCLUSIVONão faltaram flashes

e sorrisos na passagem da Revista Senhora Mesa pelos

restôs de Piracicaba...

Dalmo BragaMonique e Jullianne Chenu

Marcela Pozzer e Ciça Saad

Priscilla Perez

Sabrina Scarpare

Ronaldo Victoria

Cristiane Sanches

Wander RossetteSandro Max Feltre

Carolina Souza Nehring Bellini

Enólogo português Luis Pato

Henrique Modolo e Letícia Libardi

Foto

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Ana Paula SabadotiBruna Mellega

ESPECIAL...e nos melhores eventos

gourmet!

Jorge Queiroz

Karla Baldasso

Thais e Talita Bellato

Antenor MarconiMarcos Ducatti

Ana Paula GumierElenice e Rafael D`Abronzo

Eneias Perruchi JrCaio Souza

Giuliano MalufJoão e Joãzinho Herling

Maurício Marconi

Luis Antonio de Oliveira

Johnatan dos Santos

Lila Risi

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Page 64: Revista Senhora Mesa

Guilherme Mello

Eliete Secamilli

Cintia e Luis Augusto Machado

BODAS DE OUROPães, cupcakes, bolos e

diversos quitutes rechearam a mesa no breakfast em

comemoração aos 50 anos da Casa do Bom Menino!

FLAGRAChega o final de semana e

o que não falta é opção de

bares e restaurantes! Confira

quem aproveitou para sair

de casa e se divertir.

Graça Sousa

Bruno ChamochumbiPatricia Guimarães Juliano Dorizotto

Thiago Corazza

André Martins

Fernanda e Marco Guidotti

Nãna Toledo

Thais Vieira

Alessandra Lambertucci

Alexandre David

Carla Chamochumbi

Graziela Pizzinatto

Rose Massarutto

Ana Barros

Talita Seydell Ganzerli

Elias Mesquita

Iara R. Lopes Nete e Mauricio Iatauro

Celso, Ana, Patricia e Pite Lacôrte

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Page 65: Revista Senhora Mesa

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sobram sorrisos e gente de bem com a vida.

A ordem é celebrar!

Rodrigo e Millena Huidobro

Mateus Antonelli

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Page 66: Revista Senhora Mesa

ANTES DO FIM

Você pode encontrar mil uti-lidades para o Lemon Curd, esse creme americano azedi-

nho simples de ser feito. Use como cal-da para um bolo, ou como cobertura para sorvete. Como recheio em uma torta de chocolate vai ficar divino.

Ingredientes

90 g de manteiga derretida1 xícara de açúcar demerara2/3 xícara de suco de limão siciliano2 ovos2 gemasraspas da casca do limão para colo-car por cima

Preparo

Faça o lemon curd em fogo mínimo ou em banho-maria. Misture a man-teiga, o açúcar e os ovos. Em seguida, coloque o limão. Mexa até engrossar. Ele não pode ferver.

Lemon Curd

Por Patricia Guimarães

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